| 13 de maio de 2020
Quarta-feira
- Estudo - Indicadores Econômicos - INPC
- Webinar - Cenários do Gás Natural no Ano da Crise
- Receita Federal prorroga o prazo de entrega da ECD
- Ministério da Economia prorroga os prazos das prestações dos parcelamentos tributários com vencimento em maio, junho e julho de 2020
- REDESIM: Mais de 70% dos pedidos de abertura de empresas realizados no mês de abril foram concluídos em até 3 dias
- Mourão defende aproximação com parceiros comercias sem barreiras ideológicas
- 14,5% das empresas ouvidas relatam impacto do isolamento em receita, diz IBGE
- Governador se reúne com empresários para discutir retomada
- Apesar de decreto de Bolsonaro, lista de serviços essenciais não muda no PR por enquanto
- Paraná não vai acatar decreto de Bolsonaro que autoriza abertura de academias e salões de beleza
- Greca pede calma na flexibilização do isolamento: 'Não há política nisto, há instinto de sobrevivência'
- FabLab começa produção de nova máscara e protetor de acrílico para os Cras
- Artigo: Fiquem em casa
- BC libera primeira remessa de empréstimo com letra financeira a 27 bancos
- Com o coronavírus, setor de serviços registra segundo maior tombo da história no Paraná
- Carros devem passar por desinfecção de rotina, com ou sem coronavírus
- Congresso quer prorrogar socorro a trabalhadores e empresas para aliviar crise do coronavírus
- Crise do coronavírus suspende contratos de 3,9 milhões de trabalhadores formais
- 7,2 milhões de trabalhadores têm contrato suspenso ou salário reduzido
- Demissão é a maior ameaça da pandemia, diz a indústria automotiva
- Crise do coronavírus pode elevar déficit do governo a R$ 1,2 tri neste ano, diz estudo
- Ministério da Cidadania quer reduzir home office na próxima segunda
- Twitter diz que parte dos empregados terá permissão para trabalhar em casa 'para sempre'
- Artigo: Cuidado com boletos falsificados e hackeados
- Portos Paraná destaca o trabalho das equipes de saúde
- Paraná quer agilizar licenciamento de empreendimentos hidrelétricos
- Mesmo competitivo, etanol despenca nas vendas em abril
- VWCO vende primeiro caminhão produzido após retomada da fábrica
- Moto Honda adia de novo retorno ao trabalho em Manaus
- Hyundai retoma parcialmente a produção na fábrica de Piracicaba
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Em 13/05/2020
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Fonte: BACEN
| | | | O SINDIMETAL divulga o estudo ATUALIZADO do Observatório do Sistema Fiep - Coordenação de Economia, Fomento e Desenvolvimento, sobre o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), com dados divulgados e projeções para os próximos meses.
Foi divulgado o INPC do mês de abril, referência para as negociações com data-base em 1º de maio, em 2,4599%. A projeção na data do estudo para o INPC do mês de maio, referência para as negociações de junho, é de 2,2758%
Vale destacar que no estudo divulgado na semana passada, a previsão para o mês de abril era de 2,7064% e na semana anterior, de 2,8296%. Semanalmente estamos observando uma queda significativa nas projeções do INPC.
| Sistema FIEP | | | | Para expor o atual cenário econômico do gás natural no país e no Estado do Paraná, bem como os impactos e as perspectivas do setor em meio à crise da COVID-19, a FIEP, a ABEGÁS e a COMPAGAS realizam o Webinar Cenários do Gás Natural no ano da crise.
Inscreva-se: https://zoom.us/webinar/register/WN_CNL3ISEURP2qWv1jzeUvSw
| Sistema Fiep | | | |
Foi publicada no Diário Oficial da União de hoje, 13-5, a Instrução Normativa 1.950 RFB/2020 que prorroga, em caráter excepcional, o prazo para transmissão da Escrituração Contábil Digital (ECD) para até o último dia útil do mês de julho de 2020, inclusive nos casos de extinção, incorporação, fusão e cisão da pessoa jurídica.
| Fonte: COAD | | | | Montante dos recursos diferidos é de R$ 9,58 bilhões e parcelas poderão ser pagas, respectivamente, nos últimos dias úteis de agosto, outubro e dezembro de 2020.
Em decorrência da pandemia da Covid-19, o Ministério da Economia prorrogou as prestações dos parcelamentos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional com vencimento em maio, junho e julho de 2020.
A novidade está na Portaria do Ministério da Economia nº 201, de 11 de maio de 2020, publicada no Diário Oficial da União de hoje (12/5) que prevê que as prestações dos parcelamentos ordinários e especiais serão prorrogadas da seguinte forma, sempre no último dia útil do respectivo mês:
a) as com vencimento em maio de 2020 terão seu vencimento prorrogados para agosto de 2020;
b) as com vencimento em junho de 2020 terão seu vencimento prorrogados para outubro de 2020; e
c) as com vencimento em julho de 2020 terão seu vencimento prorrogados para dezembro de 2020.
Essa prorrogação, neste momento, não se aplica aos parcelamentos no âmbito do Simples Nacional pois esta decisão é de competência do Comitê Gestor do Simples Nacional. Está prevista reunião deste Comitê na próxima sexta-feira, 15 de maio, para deliberar a prorrogação desses parcelamentos.
A Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional adotarão os procedimentos de suspensão do pagamento das parcelas para aqueles contribuintes que efetuem o pagamento por meio de débito automático em conta-corrente bancária.
Também serão suspensas no período de maio a julho de 2020 as retenções no Fundo de Participação dos Estados e Municípios referentes às prestações de parcelamentos desses entes federados.
| Receita Federal ( publicado em 12-05-2020) | | | | Agilidade impacta positivamente o ambiente de negócios do país
No mês de abril deste ano, mais de 70% dos processos de abertura de empresas e negócios no país foram realizados em menos de três dias. As ações de simplificação introduzidas ao longo de 2019, como o deferimento exclusivo na Junta Comercial onde se localiza a Matriz e a Tabela Nacional de Baixo Risco foram importantíssimas para o alcance deste resultado.
Mesmo no período de pandemia com isolamento social, o trabalho virtual realizado pelos órgãos de registro, administrações tributárias e outros participantes deste processo, melhorou a velocidade de análise e deferimento dos pedidos de abertura.
O sistema de monitoramento da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios – REDESIM mediu em abril/2020 a maior velocidade na análise dos processos na abertura de empresas conforme destacado abaixo:
71% em até 3 dias;
11% entre 3 e 5 dias;
5% entre 5 e 7 dias;
13% maior que 7 dias.
Comparando com os períodos entre janeiro e abril deste ano com o ano de 2019 houve redução na média do tempo de abertura de empresas de cerca de 5 para 4 dias. O quadro comparativo abaixo mostra a evolução no processo de abertura de empresas.
Sobre a REDESIM
A REDESIM, criada pela Lei 11.598/2007, é composta por diversos órgãos que integram o processo de registro e legalização de pessoas jurídicas. Os expressivos resultados só foram possíveis em virtude da parceria estabelecida entre órgãos federais, estaduais e municipais que a compõem.
São mais de 3.800 municípios integrados a esta grande Rede, abrangendo cerca de 90% das pessoas jurídicas ativas do País.
Para saber mais sobre a REDESIM acesse www.redesim.gov.br.
| Receita Federal (publicado em 12-05-2020) | | | | O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta quarta-feira, 13, em webinar promovido pela Câmara Árabe, que é preciso buscar aproximação com os parceiros comerciais sem as barreiras ideológicas ou culturais. Ele voltou a destacar a importância das relações com os países árabes, ressaltando que o País tem relações estratégicas com essas nações, construídas ao longo dos anos.
Segundo ele, o fluxo comercial com esses países no ano passado totalizou mais de US$ 12 bilhões. Os países árabes formam o terceiro parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
Indagado sobre acordos bilaterais, Mourão falou que o Mercosul apresenta problemas por causa da grave crise econômica que atinge a Argentina. "Ela praticamente se retirou da mesa das negociações bilaterais, isso complica as negociações, precisamos reorganizar o Mercosul até porque as relações políticas estão contaminadas, temos de trazer novamente a Argentina para o jogo."
Para o vice-presidente, não se pode abandonar a integração do Mercosul, a despeito dos problemas que a Argentina enfrenta, pois os países deste bloco são grandes produtores de alimentos.
| Jornal O Estado de MInas | | | | Apandemia de covid-19 e as medidas de isolamento social adotadas para impedir a disseminação do vírus impactaram a receita de 14,5% do total de empresas que prestaram informações à Pesquisa Mensal de Comércio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"As companhias da amostra pesquisada que reportaram algum efeito de Covid sobre a receita representam 5.323", disse Cristiano Santos, analista do IBGE.
Entre as empresas que deram alguma justificativa para a variação da receita em março, 43,7% citaram o isolamento por causa do coronavírus como principal causa.
Em março de 2020 ante março de 2019, houve uma queda de 23,0% no volume de vendas das empresas que relataram ter sentido o impacto da covid-19 em suas atividades. Entre as empresas que não reportaram qualquer impacto da pandemia em suas receitas, o volume vendido cresceu 1,5%.
Na média global, o comércio varejista teve uma redução de 1,2% nas vendas em março deste ano ante março de 2019.
As empresas que relataram algum impacto devido à covid-19 deram uma contribuição negativa de -2,6 ponto porcentual para a formação da média do varejo, enquanto as empresas que não relataram qualquer impacto contribuíram com 1,4 ponto porcentual.
No varejo ampliado - que inclui as atividades de veículos e material de construção -, as empresas impactadas pela covid-19 tiveram um recuo de 26,8% nas vendas, enquanto os informantes que não relataram impacto venderam 3,1% menos.
O subgrupo de empresas impactadas pela covid na média do varejo ampliado, que recuou 6,3% em relação a março de 2019, foi de -3,7 ponto porcentual, enquanto o subgrupo das não afetadas impactou a taxa em -2,6 ponto porcentual.
| Jornal O Estado de Minas | | | | Encontro teve a participação de integrantes do YPO, instituição que reúne 62 empresários no Paraná. Ratinho Junior apresentou panorama econômico do Estado e disse que o plano de transformar o Paraná em um hub logístico segue ativo.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior fez uma videoconferência nesta terça-feira (12) com o grupo YPO (Young Presidents Organization) e apresentou um panorama das principais ações do Estado na área da saúde e as perspectivas de retomada da economia depois do pico da Covid-19.
Ratinho Junior disse que o Paraná não instituiu quarentena e que manteve a indústria e o agronegócio entre as atividades essenciais, com reflexos positivos na economia. O funcionamento de setores produtivos, destacou ele, está sob toda a orientação sanitária da Secretaria de Estado da Saúde.
“A pandemia gerou novas perspectivas em todo o mundo. É um cenário preocupante, estamos trabalhando com cautela. Mas o Paraná tem conseguido fazer um bom planejamento e está passando por esse momento de forma organizada”, disse o governador. “Estamos prudentes porque o vírus se propaga de forma muito rápida, mas a nossa indústria não parou, o setor de alimentos também não e os portos trabalharam full time”.
O governador falou ainda sobre o pacote de auxílio social e de apoio aos empreendedores paranaenses que estão sentido os reflexos econômicos da pandemia. “Para aqueles que precisaram parar ou que tiveram perdas lançamos um pacote de crédito de mais de R$ 1 bilhão para manutenção dos empregos”, destacou.
Ratinho Junior demonstrou que mesmo com reflexos da pandemia, o Estado manteve operações importantes em funcionamento. Ele ressaltou que a Ferroeste (Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A.) e a Portos do Paraná fecharam abril com as maiores movimentações da história das companhias em apenas um mês, chegando a 160 mil toneladas transportadas por ferrovias e 5,5 milhões de toneladas de cargas no setor portuário.
Esse resultado é explicado pela regularidade das operações no corredor de exportação com apoio no campo e nas indústrias, além de caminhoneiros, servidores portuários e maquinistas dos trens. No acumulado dos quatro meses do ano, 11,8 milhões de toneladas de granéis sólidos foram movimentados em Paranaguá e Antonina, 17% a mais que o registrado no ano passado. O destaque é para a soja: 5,8 milhões de toneladas no quadrimestre.
PLANEJAMENTO – “O Paraná vinha num ritmo muito forte: R$ 24 bilhões em investimentos privados, produção industrial acima da média nacional, desemprego em queda”, salientou Ratinho Junior. “Nosso planejamento a médio e longo prazo é fazer do Paraná um hub logístico na América do Sul. Queremos manter esse modelo”.
Ele também explicou que o Estado planeja retomar a operação de voos regionais, manter a política de austeridade fiscal e reestruturação do setor público, além de dar velocidade a projetos como a nova ferrovia entre Paranaguá a Maracaju (MS) e do ramal ferroviário Cascavel a Foz do Iguaçu. O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica, Ambiental e Jurídica (EVTEA-J) dessas obras vai começar ainda neste mês.
Segundo estimativas do Governo do Estado, uma retomada mais acelerada da economia deve acontecer a partir de agosto. A expectativa é que essa aceleração gradual no fim de 2020 e 2021 aconteça de maneira integrada com novos programas sociais e a consolidação do Descomplica (rural, empresarial e na construção civil).
O aquecimento econômico também passa pelos investimentos em infraestrutura e pelas concessões de quatro aeroportos (Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina e São José dos Pinhais, inclusive com a garantia da terceira pista), a nova licitação do Anel de Integração com 4,1 mil quilômetros e a segunda ponte entre o Brasil e o Paraguai em Foz do Iguaçu.
O governador afirmou que o Estado dispõe de R$ 600 milhões para serem investidos em obras nos municípios, e autorização legislativa para captar um empréstimo de R$ 1,6 bilhão para grandes obras. Além disso, nos próximos meses devem ser iniciados projetos que somam R$ 750 milhões oriundos dos acordos de leniência entre o Ministério Público Federal e concessionárias de rodovias.
SAÚDE – O governador também apresentou as estratégias da saúde e disse que o Paraná tem se destacado entre aqueles que mantêm certa regularidade na curva de casos pelo volume de testes já realizados e a estruturação da nova Unidade de Apoio ao Diagnóstico Covid-19, com capacidade para alcançar 5,6 mil exames RT-PCR (padrão gold) por dia, além de 230 mil testes rápidos distribuídos aos 399 municípios.
Ele citou a contratação de 549 leitos de UTI exclusivos para pacientes do sistema público, a construção de três hospitais regionais (Guarapuava, Ivaiporã e Telêmaco Borba) e investimentos em novas estruturas nos hospitais universitários de Cascavel, Maringá, Londrina e Ponta Grossa, formando uma rede de atendimento com capacidade de cobertura regionalizada.
EAD – A manutenção das atividades na rede escolar foi outro tema do encontro. O secretário de Educação e do Esporte, Renato Feder, explicou as modalidades das aulas com apoio da televisão aberta, da plataforma Google Classroom e suas 350 mil salas virtuais de orientação e atendimento, e o aplicativo Aula Paraná, que congrega todas as informações necessárias para os estudantes.
Segundo o secretário, 100% dos professores e 60% dos alunos já aderiram, com expectativa de alcançar 90% em maio entre os estudantes. “A educação virtual vai ser uma revolução, principalmente a educação pública. Ainda temos alguns desafios de acesso, de metodologia e de como captar a atenção exclusiva do aluno. Mas estamos animados”, acrescentou Feder.
YOP – O YOP está presente em 130 países e conta com 27 mil membros, com faturamento anual de US$ 9 bilhões. No Paraná são 62 empresários que empregam 19 mil pessoas.
PRESENÇAS – O presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, e o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, também participaram do encontro.
Empresa estuda investimentos na área da saúde no Estado
O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, também se reuniram com os diretores responsáveis pela Berry Global, empresa de embalagens plásticas que tem uma planta industrial em São José dos Pinhais com 430 colaboradores.
A companhia está importando uma máquina capaz de produzir 80 mil máscaras por dia para ajudar a área da saúde e estuda uma nova tecnologia para a produção de máscaras em TNT. O objetivo é aumentar os investimentos no município, com capacidade para contratar mais 70 funcionários.
| Agencia Estadual de Notícias (publicado em 12-05-2020) | | | | No Paraná e em Curitiba, por ora, nada muda em relação ao funcionamento dos serviços. Apesar do decreto do presidente Jair Bolsonaro, que incluiu academias, salões de beleza e barbearias na lista de serviços essencias, tanto no município quanto no estado, a Saúde, por meio de assessoria, reitera que nada muda.
Por conta de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), cabe ao Estado disciplinar o que são os serviços essenciais e, no Paraná, os três segmentos não estão contemplados, conforme o decreto 4.320, de 19 de março.
Tanto a pasta estadual quanto municipal reiteram que o relaxamento no isolamento e distanciamento social se dará apenas após análises das curvas epidemiológicas do coronavírus. Informaram ainda que os dados são atualizados analisado constantemente, mas por hora, academias, salões de beleza e barbearias, assim com outros estabelecimentos, como shoppings, devem ficar fechados.
Em nota, o governo do Paraná afirma ainda que "estabeleceu que a Secretaria de Estado da Saúde é que vai deliberar sobre o funcionamento de serviços essenciais e não essenciais. Uma comissão estadual, formada por especialistas em saúde, está avaliando a possibilidade de reabertura de atividades econômicas".
Na nota, o Estado deixou claro que "o principal critério de análise é o comportamento da curva de infecção pela Covid-19 no Estado, que segue crescendo." A meta do governo é nas próximas semanas ampliar os testes na população. "O resultado permitirá entender o cenário no Paraná e ajudar a tomar decisões com maior segurança", finaliza a nota.
Já a prefeitura de Curitiba, enviou uma nota informando que "todas as medidas de combate ao novo coronavírus são discutidas e avaliadas permanentemente. A respeito da decisão do governo federal de incluir novos setores como essenciais, o município de Curitiba ainda vai avaliar. Neste momento continuam sendo consideradas essenciais apenas as atividades listas no Decreto Municipal 470."
Decreto federal
Um decreto para incluir academias de ginástica, cabeleireiros, barbearias e salões de beleza como atividades essenciais durante a pandemia do novo coronavírus foi publicado ontem em edição extra do Diário Oficial da União. Pelo dispositivo, essas atividades passam a ser consideradas essenciais, desde que obedecidas determinações sanitárias do Ministério da Saúde.
O decreto presidencial pode dar respaldo jurídico para a reabertura desses estabelecimentos, mas, segundo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada em abril, estados e municípios podem adotar as medidas que acharem necessárias para combater o novo coronavírus, como isolamento social, fechamento do comércio e outras restrições, sem aval do governo federal.
Governo diz que mantém diálogo
O governador Carlos Massa Ratinho Junior, no entanto, também por meio de nota, disse que mantém diálogo permanente com representantes de todos os setores econômicos para tratar da retomada das atividades e que uma comissão estadual, formada por especialistas em saúde, é que está avaliando a possibilidade de reabertura de shoppings, igrejas e outros segmentos.
“Está estabelecido que é o comportamento da curva de contaminação pela Covid-19 que vai balizar o retorno das atividades. Nas próximas semanas o Governo do Estado vai ampliar os testes na população e o resultado permitirá entender o cenário no Paraná e ajudar a tomar decisões com maior segurança”, diz a nota.
A Secretaria de Urbanismo de Curitiba, responsável pela fiscalização, afirmou que as academias não podem funcionar, segundo decreto estadual. A Prefeitura de Curitiba fechou duas academias na última sexta, uma no Água Verde e outra na Vila Guaíra. A secretaria ainda lembra que segundo Decreto Estadual nº 4.230, de 16 de março de 2020, academias, centros de ginásticas e esportes em geral tiveram as atividades suspensas, por tanto, não há normas e procedimentos para a regulamentação da volta dos serviços.
| Bem Paraná ( publicado em 12-05-2020) | | | | Secretaria de Estado da Saúde é que vai deliberar sobre o funcionamento de serviços essenciais e não essenciais
O Governo do Paraná informou, no começo da tarde desta terça-feira (12), que não vai acatar automaticamente o decreto do presidente Jair Bolsonaro que autoriza o funcionamento de academias e salões de beleza. De acordo com nota enviada à Banda B, a Secretaria de Estado da Saúde é que vai deliberar sobre o funcionamento de serviços essenciais e não essenciais.
“Uma comissão estadual, formada por especialistas em saúde, está avaliando a possibilidade de reabertura de atividades econômicas. O principal critério de análise é o comportamento da curva de infecção pela Covid-19 no Estado, que segue crescendo.
Nas próximas semanas o Governo do Estado vai ampliar os testes na população. O resultado permitirá entender o cenário no Paraná e ajudar a tomar decisões com maior segurança”, informou a administração municipal.
No Paraná, academias estão proibidas de funcionar por força do decreto 4.301/20. Além de academias, a norma proíbe a abertura de shoppings centers. Em Curitiba, os salões de beleza foram fechados a partir de decreto municipal do prefeito Rafael Greca.
Em abril, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu de que as medidas adotadas pelo Governo Federal para o enfrentamento do novo coronavírus não afastam a competência concorrente nem a tomada de providências normativas e administrativas pelos estados.
Para o ministro Edson Fachin, a possibilidade de Bolsonaro definir por decreto a essencialidade dos serviços públicos, sem observância da autonomia dos entes locais, afrontaria o princípio da separação dos poderes.
Essenciais
O decreto para incluir academias, cabeleireiros, barbearias e salões de beleza como atividades essenciais durante a pandemia foi publicada na segunda-feira (11), em edição extra do Diário Oficial da União.
“Saúde é vida. Academias, salões de beleza e cabeleireiro, higiene é vida. Essas três categorias juntas é mais de 1 milhão de empregos”, afirmou Bolsonaro.
Pelo dispositivo, as atividades passam a ser consideradas essenciais, desde que obedecidas as determinações sanitárias do Ministério da Saúde.
| Banda B ( publicado em 12-05-2020) | | | | Em publicação no Facebook, o prefeito de Curitiba Rafael Greca, fez mais um apelo pelo isolamento social em Curitiba apesar de a contaminação do covid-19 na capital paranaense estar 'sob controle'.
"Prudência sem pressa na flexibilização do isolamento social. Não há política nisto, há instinto de sobrevivência.Temos até aqui sido, relativamente, livrados, quanto mais inteligentes formos, melhor sobreviveremos ao flagelo da pandemia", postou ele junto com uma imagem do mapa do brasil
Os casos de pacientes com o novo coronavírus em Curitiba, nesta terça-feira (12), chegou ao total de 759 casos, 18 a mais que o boletim da segunda (11). O dado foi divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta tarde. O número de óbitos segue em 29.Além dos casos confirmados, há 263 suspeitos, 1.573 descartados e 549 recuperados.
Nesta terça, a secretária Marcia Huçulak também falou sobre a ocupação de leitos em UTI por Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), que incluem as gripes, penumonias e a Covid-19. São 233 pessoas internadas por SRAG, sendo que 115 estão em leitos clínicos e 118 em UTIs. A taxa de ocupação nos leitos de UTI exclusivos para SRAG é de 43%, segundo a secretária.
| Bem Paraná ( publicado em 12-05-2020) | | | | Desde o fim de março, o FabLab do Cajuru está produzindo máscaras-escudo em impressão 3D. Já foram fabricadas 3,6 mil unidades do modelo que é usado para proteção de profissionais de saúde e servidores do resgate social e da defesa social contra à covid-19. Agora, no início de maio, o espaço de prototipagem da Prefeitura também começou a fazer uma nova máscara, desta vez com tecnologia de corte a laser.
O novo equipamento de proteção individual (EPI) foi desenvolvido pelo gestor do FabLab, Cleverson Fuzetti, a partir de um modelo-base disponibilizado pela rede FabLab no mundo.
"O espaço do Cajuru integra esta plataforma internacional que ajuda a viabilizar projetos de fabricação digital, como as máscaras-escudo, hoje fundamentais no combate ao novo coronovírus", observa ele.
Os novos protetores faciais são fabricados a partir de chapas transparentes de polietileno (PET), as mesmas usadas para fazer os "escudos" das máscaras em impressão 3D, e saem da máquina de corte a laser do FabLab conforme o desenho do computador. Depois, é só retirar da chapa as partes da máscara fábricadas e montar os kits das peças separadas. O único item que precisa ser acrescentado é o elástico de fixação.
Desde a semana passada, 1,5 mil unidades da máscara-escudo de corte a laser já foram produzidas e começaram a ser entregues a profissionais que trabalham contra a pandemia do novo coronavírus.
Fuzetti destaca que a produção dos dois tipos de máscara-escudo nos FabLabs é complementar e, para multiplicar fabricação de protetores, o espaço da Prefeitura está compartilhando seus projetos, tanto em impressão 3D como a de corte a laser, com empresas que tenham as duas tecnologias. Quem tiver interesse em reproduzir o projeto pode acessar o site do Vale do Pinhão, o http://www.valedopinhao.com.br/.
No FabLab, as máscaras-escudo em impressão 3D são feitas em 21 máquinas transferidas dos Faróis do Saber e Inovação. Vários órgãos do município, como Agência Curitiba de Desenvolvimento, Fundação de Ação Social (FAS) e Secretaria Municipal da Educação, além de empresas privadas, se mobilizaram para implantação da linha de produção de máscaras-escudo no espaço na Rua da Cidadania do Cajuru.
Protetor para Cras
Desde a semana passada, o FabLab Cajuru começou a produzir um terceiro equipamento de combate à covid-19. Protetores de acrílico estão sendo fabricados na máquina de corte a laser e serão instalados nos setores de atendimento dos 39 Centros de Referência da Assistência Social (Cras) do município. As unidades da FAS voltaram a atender pessoas em situação de vulnerabilidade social no fim de abril.
Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento, reforça que é preciso um grande volume de matéria-prima de fabricação das máscaras-escudo no FabLab. “Pedimos que empresas do Vale do Pinhão e a população nos ajudem doando insumos, como as chapas PET, elástico e os filamentos para as impressoras 3D. Juntos, vamos combater esta pandemia", acrescentou ela.
| Prefeitura de Curitiba ( publicado em 12-05-2020) | | | | Continuamos sem saber qual é a situação da sociedade brasileira em relação à pandemia
Passaram-se quase 80 dias desde que a primeira vítima infectada pela Covid-19 foi descoberta em São Paulo, no dia 26/2.
Continuamos, até agora, sem saber qual é a situação da sociedade brasileira em relação à terrível pandemia, mais uma das muitas zoonoses que habitam a história do homem. Desde o primeiro momento, os responsáveis pela saúde pública invocaram a "ciência" como sua orientação. Ora, a essência do enfoque científico é "medir e medir!", coisa que nunca fizemos e que substituímos pela retórica midiática.
Gastamos tempo proclamando o remédio prescrito pela ciência ("fique em casa"), mas ignoramos o seu método de apreensão da realidade, o que, afinal, significa negá-la!
O pouco que sabemos sobre a pandemia, com todas as suas limitações, devemos ao competente trabalho da Fiocruz. Sua estatística informa que, desde as primeiras notícias de infectados pela Covid-19 (em 26/2), tivemos quatro dias até que se revelasse o segundo. Se tomarmos o dia 28/2 como a origem dos registros até 11/5 e os dividirmos em "blocos" de sete dias, teremos dez blocos completos (que terminam em 6/5) e um hoje ainda incompleto, de três dias de observação e que só se completará em 13/5. Por conveniência, é melhor chamá-los de "semanas".
O primeiro bloco (a primeira "semana") vai de 28/2 a 5/3. Nele, a expansão da pandemia foi incrivelmente rápida: de 1 a 7 infectados, ou seja, uma expansão de 32% de infectados por dia! As taxas de aumento de infectados dentro das dez "semanas" foram as seguintes:
A partir da sétima (em torno da terceira semana de abril no calendário: dia 16 a 22), verifica-se que ela se estabilizou numa taxa entre 6% e 7%, mas que produziu um acréscimo de quase 50 mil infectados entre a 9ª e a 10ª "semana".
É preciso reconhecer que os poderes Executivos (União e estados) e os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal, se não sentarem à mesa para um entendimento que coordene a saída da sociedade brasileira da confusão que a descoordenação entre eles produziu, conseguirão o que parecia impossível. Matar a pátria amada.
Antonio Delfim Netto - Economista, ex-ministro da Fazenda (1967-1974). É autor de “O Problema do Café no Brasil”.
| Folha de S. Paulo | | | | Medida representa mais da metade do pacote de injeção de liquidez da autoridade monetária para a crise do novo coronavírus
O Banco Central liberou a primeira remessa de empréstimos garantidos por letra financeira a 27 bancos nesta terça-feira (12). Foram liberados R$ 17,5 bilhões.
Os recursos ficarão disponíveis às instituições nesta quarta-feira (13).
A modalidade faz parte do pacote de R$ 1,2 trilhão lançado pelo BC para injeção de liquidez no sistema financeiro como enfrentamento da crise do novo coronavírus.
Liquidez é a quantidade de recursos disponíveis no sistema financeiro. Quanto mais dinheiro em caixa, maior o potencial de gerar crédito.
A autorização de empréstimo do BC às instituições financeiras garantido por letra financeira representa mais da metade desse pacote, com potencial de R$ 650 bilhões, segundo a autoridade monetária.
Na prática, a instituição emite uma letra financeira em cima de sua carteira de crédito e dá em garantia para tomar empréstimo junto ao BC.
É uma linha temporária com compromisso de recompra em até um ano.
A próxima remessa, chamada de tranche, será avaliada no final do mês.
As parcelas seguintes serão liberadas até o fim do ano e poderão chegar, no total, a até 100% do patrimônio da instituição.
O BC não divulgará o nome das instituições contempladas por sigilo bancário.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 12-05-2020) | | | | Setor de serviços é um dos que mais vem sofrendo com a pandemia da Covid-19
Embora a crise do coronavírus tenha se instalado no Paraná apenas em meados de março, foi o suficiente para que o setor de serviços no Estado registrasse o segundo maior tombo na série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), iniciada em janeiro de 2011 e cujos dados do penúltimo mês, divulgados ontem pelo IBGE, apontam uma redução de 5,4% no volume de serviços contratados no estado.
Segundo a pesquisa do IBGE, depois de começar o ano com crescimento de 1,2%, o setor já havia visto encolher no mês seguinte o volume em 1,2%. Com a chegada do coronavírus, entretanto, o tombo em março acabou sendo ainda mais signiticativo e só não foi pior do que o registrado em maio de 2018 (-9,0%).
Naquela ocasião, o resultado negativo acabou sendo fortemente influenciado pela greve dos caminhoneiros, que ocorreu nos últimos dez dias de maio de 2018. No mês seguinte, porém, o setor já esboçou uma recuperação com alta de 10,4%. Algo altamente improvável que venha a se verificar em abril ou mesmo em maio deste ano, tendo em vista a evolução da crise do coronavírus.
Gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo explica que o resultado de março reflete, em grande parte, as paralisações que aconteceram nos estabelecimentos, sobretudo restaurantes e hotéis e principalmente nos últimos dez dias do mês de março, quando começaram as paralisações.
A nível nacional, inclusive, o setor se prestação de serviços às famílias registrou a queda mais intensa desde o início da série histórica, de 31,2%, ao passo que transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio tiveram redução de 9%, a segunda mais intensa da série, atrás apenas de maio de 2018.
“Aos poucos os governos locais foram tomando medidas mais fortes no sentido de se praticar o isolamento social e com isso algumas empresas de setores considerados não essenciais, como restaurantes, acabaram tendo que funcionar de forma parcial, muitas vezes migrando para o sistema de delivery, mas os hotéis não têm essa opção e acabaram fechando”, explica o gerente.
Ao todo, 24 das 27 unidades da federação também tiveram resultados negativos em março na comparação com fevereiro. Em todo o país o volume de serviços caiu 6,9%, enquanto os destaques (negativos) regionais foram São Paulo (-6,2%) e Rio de Janeiro (-9,2%), pressionados pelos segmentos de alojamento e alimentação. Os únicos impactos positivos vieram do Amazonas (1,9%), de Rondônia (3,1%) e do Maranhão (1,1%).
Bens industriais
O consumo aparente de bens industrializados caiu 11,9% em março deste ano na comparação com fevereiro. A informação foi divulgada ontem, no Rio de Janeiro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e mede tanto a demanda pela produção interna do Brasil quanto as importações de bens industriais.
| Bem Paraná ( publicado em 12-05-2020) | | | | Veículos de aplicativo passam por limpeza avançada em Curitiba
Em tempos de pandemia provocada pelo novo coronavírus, os cuidados com a higiene e os protocolos de sanitização estão em alta. Lavar as mãos, usar álcool gel, tirar os sapatos antes de entrar em casa são conceitos que devem ser seguidos para prevenir a contaminação. Mas o mesmo cuidado é necessário para o veículo da família. E não é pelo coronavírus.
De acordo com pesquisas médicas, em veículos mal cuidados, existem cerca de 700 bactérias e organismos vivos para cada 6,5 centímetros quadrados, dez vezes mais do que o encontrado em banheiros públicos. Por isso, os cuidados são importantes.
“Basta utilizar um pano úmido com água e sabão em todas as superfícies em que botamos as mãos, como painel, volante, alavanca de câmbio, porta-luvas. Para os bancos, a dica é preparar uma mistura que não faça espuma. Quem tiver aspirador também pode fazer uma limpeza geral toda semana para tirar resíduos de pó e restos de alimento.
O lixo também deve ser retirado diariamente e os tapetes batidos todos os dias e lavados com água e sabão. São cuidados básicos que deixam o carro seguro e até mais agradável”, explica Luciana Gomes, gerente da Porto Seguro no Paraná.
E, para quem não tem tempo de fazer essa limpeza caprichada, os lava-jatos podem servir perfeitamente. O ideal é que o veículo, tanto externa como internamente, passe por uma limpeza mais profunda uma vez por semana, pelo menos. E se o veículo tem ar-condicionado, a mesma regra. Leve o carro para uma especializada para a manutenção.
Veículos de aplicativos de Curitiba podem utilizar limpeza inovadora contra a Covid-19
Para ampliar a proteção contra a Covid-19, a 99, empresa de mobilidade urbana, traz para Curitiba uma técnica inovadora para desinfectar os carros dos motoristas parceiros do aplicativo. O projeto, inédito no Brasil, chegou ontem à Capital, com a meta de atender cerca de 280 carros por dia.
A tecnologia usada é a FIP (Fog in Place), uma das mais avançadas do mundo na desinfecção de ambientes no combate a vírus e bactérias, com aplicação na Espanha na luta contra a pandemia da Covid-19 em locais como hospitais, hotéis, escritórios e bancos.
A ação 100% gratuita para os motoristas do aplicativo acontece no estacionamento do Shopping Estação (Av. Sete de Setembro, 2775), de segunda a sábado das 9 às 16 horas, é válida para as categorias 99Pop e 99Comfort. Para se inscrever, basta seguir o passo a passo enviado no aplicativo da 99. A ação vai até o dia 4 de junho.
Dicas rápidas para limpeza no interior do carro
Limpar volante, painéis e alavanca de câmbio
Com um pano úmido, limpar todas as superfícies em que geralmente colocamos as mãos. Lembre-se de usar uma solução com água e sabão, pois álcool gel pode danificar algum material no carro
Bancos
O ideal também é usar água e sabão, mas caso o banco seja de tecido, a solução não pode fazer espuma
Tapetes
Bater diariamente o tapete e lavá-los na mangueira ou tanque, com água e sabão. Se o tapete for carpete, basta utilizar uma escova úmida. O carpete, entretanto, demora mais para secar
Vidros
Por dentro, utilizar produtos específicos para limpeza de vidros. Já na parte externa, o ideal é impermeabilizá-los em algum estabelecimento particular
Geral
É preciso fazer uma limpeza geral no estofamento, retirar o lixo e passar aspirador em todo o veículo, pelo menos uma vez por semana. Isso elimina o acúmulo de sujeira e evita a proliferação de bactérias
| Bem Paraná ( publicado em 12-05-2020) | | | | Pagamento mais longo do auxílio de R$ 600 une partidos de direita e esquerda; oposição é contra estender corte de jornada e salário
A deterioração da perspectiva para a economia por causa da pandemia do coronavírus levou congressistas a defenderem a prorrogação do auxílio emergencial a trabalhadores e a ampliação da vigência do corte de jornada e salário para socorrer as empresas.
Na Câmara, a sugestão de estender a concessão dos R$ 600 une partidos de direita e esquerda.
Já a ajuda a companhias estipulada pela Medida Provisória 936 esbarra na resistência da oposição –embora tenha o apoio do relator, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).
Deputados que protocolaram projetos pedindo a prorrogação do auxílio emergencial citam a piora na perspectiva para a atividade econômica do país neste ano.
Quando o Congresso aprovou a decretação do estado de calamidade, em 20 de março, a projeção de crescimento para o PIB (Produto Interno Bruto) estava em 1,48%.
Menos de dois meses depois, o mais recente relatório Focus, do último dia 8, prevê queda de 4,11% da atividade econômica –ainda tímida, se considerada a retração de 9% vista por algumas instituições financeiras.
Líder do Cidadania na Câmara, o deputado Arnaldo Jardim (SP) afirma que a economia já dá todos os sinais de que haverá um forte aumento do desemprego.
Para manter medidas de isolamento e conter a disseminação da doença, seria necessário prorrogar a concessão do auxílio até setembro, defende.
"Temos de ter uma política para enfrentar essa situação. Não sabemos a que velocidade virá a reativação da economia", diz.
Segundo ele, há estudos que mostram que os R$ 600 se converteram em consumo, com impacto na economia.
"É uma injeção na veia. Ninguém que receba os R$ 600 vai poupar. Estamos convencidos de que são gastos humanitariamente necessários."
O líder do PDT na Câmara, deputado Wolney Queiroz (PE), também propõe prorrogar a concessão do benefício até setembro.
Na avaliação dele, a necessidade de recompor a renda dos trabalhadores informais e demais categorias que podem receber o auxílio não acaba em três meses.
"Imagina que as coisas não melhorem. O comércio não abre, o emprego não aparece e o socorro acaba. Você já recebeu o primeiro auxílio, faltam duas parcelas, vai batendo o desespero", diz.
"Mais três meses dão tranquilidade ao contingente de pessoas que dependem desses recursos."
Já a líder do PSOL na Casa, deputada Fernanda Melchionna (RS), apresentou projeto que dá prazo ainda maior, até dezembro.
Dessa forma, diz, seria possível adotar medidas de isolamento por mais tempo e garantir a renda dos afetados pela crise econômica.
"Tem de ter medidas sociais para o povo e também para permitir o estímulo ao consumo. Esses recursos retornam para a economia", afirma.
"Acho impossível que o governo acabe com a renda básica daqui a dois meses."
Em meio às propostas de prorrogação, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, afirmou na segunda-feira (11) que algumas medidas temporárias tinham "vindo para ficar", em referência ao auxílio de R$ 600.
Nesta terça-feira (12), no entanto, ele foi desautorizado pelo Ministério da Economia, que afirmou que as despesas criadas agora "não devem ser transformadas em permanentes para não comprometer a recuperação das contas públicas a partir de 2021 nem a trajetória sustentável da dívida pública".
Além das medidas para recompor a renda, o socorro a empresas previsto na MP 936 também pode ser prorrogado, segundo o relator do texto.
Silva defende a aprovação do prazo original proposto pelo governo, de três meses, mas que o Executivo seja autorizado a prorrogar o programa, total ou parcialmente.
"Pode ser necessário prorrogar por um prazo que eu não sei exatamente qual para todos os setores, ou ele pode eleger setores que tenham mais dificuldade na retomada da atividade, que continuarão sendo beneficiários desse programa", afirma.
A intenção do relator é manter a arquitetura básica da MP, permitindo a redução de jornada e salário dos trabalhadores, e também a suspensão do contrato de trabalho.
Porém, o deputado quer fazer algumas mudanças, com tratamento diferenciado entre empresas que faturam até R$ 4,8 milhões e as que faturam mais, distinguindo pequenas das médias e grandes.
Também pretende mudar a faixa de trabalhadores atendidos por acordos coletivos. A MP prevê a possibilidade de acordo individual para quem tem salário igual ou menor a R$ 3.135 ou acima de R$ 12,2 mil.
Silva quer reduzir a primeira faixa, limitando acordos individuais a quem receber R$ 1.567,5 ou menos, ou tiver salário superior a R$ 12,2 mil.
A prorrogação das medidas é elogiada por congressistas de centro e direita, mas esbarra na oposição.
"Queremos a proteção dos empregos com proteção de direitos, que o negociado seja coletivamente, e não individualmente, com parâmetros que não sejam tão baixos", afirma Melchionna, do PSOL.
"Tem uma perda salarial alta, tem impacto na economia. Aí vai gerando um efeito cascata. Estamos lutando para que as negociações sejam coletivas, que não haja redução nominal de salário."
Por outro lado, a ampliação do papel dos sindicatos e a adoção de medidas compensatórias em momentos de crise, como o atual, são vistas como mecanismos de proteção do emprego pelas próprias centrais sindicais.
"Os nossos sindicalistas defendem a garantia de ter medidas compensatórias, de seguro-desemprego, de abono emergencial, e, mais do que isso, manter a negociação com os sindicatos, coisa que não está prevista na 936 para todo mundo", afirma João Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical.
"Que as medidas compensatórias possam ser na garantia do emprego. Pode ter a redução do salário, mas vai ter a medida compensatória de seguro-desemprego, a antecipação do 13º salário, a estabilidade no emprego pelo mesmo tempo que haja a redução do salário", afirma.
A expectativa é que a 936 seja votada na próxima terça (19).
| Folha de S.Paulo | | | |
Cortes de jornadas e salários estão concentrados na região Sudeste; São Paulo reúne um terço das reduções
A crise provocada pelo novo coronavírus já levou à suspensão integral de 3,9 milhões de contratos de trabalhadores formais, informou o Ministério da Economia nesta terça-feira (12).
Após autorização concedida pelo governo em abril, 7,2 milhões de pessoas tiveram o contrato suspenso por até dois meses ou jornadas e salários cortados por até três meses.
A região Sudeste, que concentra o maior número de trabalhadores com carteira assinada do país também é a responsável pela maior fatia de acordos com esses cortes. Foram 3,9 milhões de pessoas atingidas na região, 54% do total. Somente São Paulo reúne um terço dos afetados no país.
Outros 19% estão no Nordeste, 16% no Sul, 6% no Centro-Oeste e 5% no Norte.
Ainda sobre as modalidades de acordo, os 3,9 milhões de contratos suspensos representam 54,9% do total.
Entre as reduções, o corte de 50% de jornadas e salários é o mais presente até o momento, com 1,2 milhão de pessoas afetadas (17,2%). Outros 964 mil (13,4%) tiveram redução de 25%. O corte de 70% atinge 879 mil pessoas (12,2%).
Ha ainda 167 mil trabalhadores intermitentes (2,3%) que perderam possibilidades de trabalho com a crise e ganharam o direito de receber um auxílio de R$ 600 do governo.
No balanço divulgado nesta terça, o governo não apresentou o número total de empresas que já aderiram a esses acordos.
No dia 1º de abril, o presidente Jair Bolsonaro editou MP (Medida Provisória) que autoriza a suspensão de contratos ou redução de salários e jornadas de trabalhadores durante a crise provocada pela pandemia.
Trabalhadores afetados recebem uma compensação do governo que pode chegar a 100% do que receberiam de seguro-desemprego em caso de demissão. O valor mensal médio dos benefícios está em R$ 720,73.
Para fazer frente às compensações dos contratos reduzidos ou suspensos até agora, o governo já estima um gasto de R$ 12,7 bilhões.
No recorte por idade, trabalhadores de 30 a 39 anos são 30,8% do total de cortes e suspensões de contratos, seguidos de pessoas com 40 a 49 anos, 20,7% do total. Em seguida, estão jovens de 18 a 24 anos (17,5%), 25 a 29 anos (16,4%), 50 a 64 anos (12,7%), até 17 anos (1,1%) e idosos acima de 65 anos (0,8%).
Pelas contas da equipe econômica, a medida deve alcançar 24,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada, mais de 70% de todos os empregados formais do país.
OS AFETADOS PELOS CORTES
Suspensão de contrato: 3,9 milhões de trabalhadores (54,9%)
Redução de 50% de jornadas e salários: 1,2 milhão (17,2%)
Redução de 25%: 964 mil (13,4%)
Redução de 70%: 879 mil (12,2%)
Intermitentes: 167 mil (2,3%)
Sudeste domina acordos
Sudeste: 54% do total
Nordeste: 19%
Sul: 16%
Centro-Oeste: 6%
Norte: 5%
Recorte por idade
30 a 39 anos: 30,8% do total
40 a 49 anos: 20,7%
18 a 24 anos: 17,5%
25 a 29 anos: 16,4%
50 a 64 anos: 12,7%
até 17 anos: 1,1%
acima de 65 anos: 0,8%
Segundo o IBGE, o Brasil tinha 33,1 milhões de trabalhadores com carteira assinada no setor privado no trimestre encerrado em março.
O custo total do programa aos cofres públicos é estimado em R$ 51,2 bilhões.
Por acordo individual, o empregador pode fazer cortes de jornadas e salários em 25%, 50% ou 70% por até três meses, a depender da faixa de renda do trabalhador. Nos acordos coletivos, é permitida redução em qualquer percentual.
O governo paga a esses trabalhadores uma proporção do valor do seguro-desemprego equivalente ao percentual do corte de salário. A compensação é de 25%, 50% ou 70% do seguro-desemprego, que varia de R$ 1.045 a R$ 1.813,03.
A suspensão de contratos, por sua vez, pode ser feita por até dois meses. Nesse caso, o empregado recebe valor integral do seguro-desemprego.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 12-05-2020) | | | | Mais de 7 milhões de trabalhadores formais da iniciativa privada estão com o contrato de trabalho suspenso ou com a jornada e o salário reduzidos.
Segundo dados divulgado pelo Ministério da Economia nesta terça-feira (12), o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda já atinge 7,2 milhões de pessoas.
O programa foi criado como uma alternativa à demissão nesse momento de crise causada pelo coronavírus.
De acordo com os dados, 54,9% dos trabalhadores atingidos estão com o contrato de trabalho suspenso.
Em valores absolutos, o percentual equivale a 3.956.915 empregados.
A suspensão é válida por até dois meses e durante o período o funcionário não trabalha e a empresa não precisa pagar o salário, salvo aquelas que faturam mais de R$ 4,8 milhões, que precisam pagar 30% dos vencimentos.
O governo paga um auxílio ao trabalhador de até R$ 1.813,03 para compensar a perda de renda.
Os outros 45,1% são trabalhadores que tiveram suas jornadas e salários reduzidos proporcionalmente.
A redução de 50% na jornada e salário representa 17,2% do total (1.239.084 trabalhadores), enquanto a diminuição de 25% fica em 13,4% (964.073) do total de casos.
A redução de 70% chegou a 12,2% (879.774) e os trabalhadores intermitentes respondem por 2,3% (167.069) do total.
"No caso da redução de jornada e salário, a medida pode ser aplicada por até três meses.
A empresa paga o salário proporcional ao trabalhador e o governo complementa com um auxílio para reduzir a perda de renda.
Esse auxílio é igual à parte do seguro-desemprego ao qual o trabalhador teria direito caso fosse demitido. O valor do auxílio varia de R$ 261,25 a R$ 1.813,03.
Empregados com contrato de trabalho intermitente recebem o valor fixo de R$ 600.
Ainda segundo os dados do governo, 52% (3.757.862) do total dos acordos de suspensão ou redução foram feitos por empresas com receita bruta anual menor que R$ 4,8 milhões, ou seja, pequenos negócios. Apenas 4% (305.278) dos acordos envolvem empregados domésticos e trabalhadores intermitentes.
A região Sudeste tem o maior percentual de acordos registrados: 54,5% do total. Outros 19% estão no Nordeste, enquanto 15,7% ficam no Sul, 6% no Centro-Oeste e 4,7% no Norte.
O estado com maior percentual de acordos é São Paulo, responsável por 33% dos cortes.
Na sequência, aparecem Rio de Janeiro (10,1%) e Minas Gerais (9,5%).
Por faixa etária, os acordos atingem mais os trabalhadores de 30 a 39 anos de idade.
Eles correspondem a 30,8% do total de acordos feitos, percentual equivalente a 2.218.195 empregados.
Pessoas com idade entre 40 e 49 anos respondem por 20,7% dos casos. Em seguida, vêm aqueles de 18 a 24 anos (17,4%); 25 a 29 anos (16,4%); 50 a 64 (12,7%); e idosos acima de 65 anos (0,8%).
Até as 14 horas desta terça-feira, a secretaria de Trabalho do Ministério da Economia informou que governo já calculou em R$ 12,7 bilhões o montante necessário para pagar o auxílio aos mais de sete milhões de trabalhadores com contrato suspenso ou salário reduzido e que mais 1,7 bilhão serão desembolsados até 18 de maio.
O valor médio total do auxílio pago pelo governo é de R$ 1.766,50. Ou seja, em média, os atingidos vão receber durante até três meses o total de R$ 1.766,50 de auxílio do governo. Já a parcela mensal média é de R$ 720,73.
O monitor de gastos relacionados à Covid-19, alimentado pelo Tesouro Nacional, aponta que o montante efetivamente pago é menor: R$ 3,56 bilhões até esta terça.
Ao todo, o governo prevê gastar R$ 51,64 bilhões com a medida, atingindo 24,5 milhões de empregados celetistas.
| Gazeta do Povo ( publicado em 12-05-2020) | | | | Termômetro do Setor, pesquisa exclusiva de AB em parceria com a Roland Berger realizada com 522 profissionais, mostra que empresas podem quebrar em apenas 2 meses
A pandemia de Covid-19 parou fábricas, interrompeu projetos e congelou a demanda por veículos no Brasil e no mundo. Neste contexto, precisar demitir colaboradores é a principal preocupação para 55,9% dos profissionais da indústria. A conclusão é do Termômetro do Setor Automotivo, pesquisa mensal desenhada por Automotive Business em parceria com a Roland Berger para sentir o fôlego das empresas do segmento para atravessar o atual momento.
A primeira edição do levantamento, feita no início de abril com 522 profissionais da indústria, mostra que, depois da necessidade de dispensar funcionários, as principais fontes de ansiedade são gerenciar a pressão por resultados e o congelamento de projetos relevantes. Já 39,7% apontam que o principal temor está na possibilidade de serem demitidos.
MAIORIA DAS EMPRESAS NÃO SUPORTA QUARENTENA POR MAIS DE 2 MESES
O termômetro concluiu que o fôlego da cadeia automotiva é curto: 41,2% dos respondentes dizem que as organizações em que trabalham suportam a quarentena por menos de dois meses antes de precisar tomar decisões drásticas, como demissões em massa, venda de operações ou recuperação judicial.
Com isso, grande parte destas companhias já está, neste momento, atravessando um período de cortes profundos.
“É muito preocupante pensar que grande parte das empresas não tem robustez financeira para suportar 2 meses em uma crise que, segundo as próprias expectativas do setor, deve ter efeito duradouro”, avalia Marcus Ayres, sócio da Roland Berger.
A fala do especialista está relacionada com outra informação aputada pelo Termômetro do Setor Automotivo: 56,3% dos respondentes apontam que as empresas que superarem a pandemia, precisarão de mais de um ano para equalizar os efeitos negativos deixados por ela.
Acompanhe nos próximos dias mais resultados do Termômetro do Setor Automotivo. Uma nova medição será divulgada em junho, com base em resultados de maio.
| Automotive Business ( publicado em 12-05-2020) | | | | Trabalho coordenado pelo economista Marcos Lisboa, presidente do Insper e colunista da Folha, estima que a despesa extraordinária com a pandemia de coronavírus pode superar R$ 900 bilhões. Com isso, o déficit nas contas públicas irá a R$ 1,2 trilhão em 2020, cerca de dez vezes o projetado no início do ano.
Atingido esse valor, a dívida bruta do governo vai superar 100% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano e deverá levar pelo menos uma década para ficar novamente abaixo desse patamar, com grandes chances de não retornar ao nível anterior à crise, de 76%.
De acordo com o estudo “Impacto Fiscal da Pandemia: Andando sobre Gelo Fino”, feito em conjunto com os economistas Marcelo Gazzano, Vinícius Botelho e Marcos Mendes, este último também colunista da Folha, antes da pandemia estava previsto um rombo de R$ 115 bilhões nas contas públicas. Considerando as medidas já anunciadas pelo governo, o valor ficará em R$ 712 bilhões.
O déficit pode chegar à marca de R$ 1,2 trilhão diante da hipótese, cada vez mais provável, de que seja necessário estender algumas medidas.
O gasto com o auxílio emergencial de R$ 600 é estimado em quase R$ 150 bilhões até junho. Sua prorrogação por três meses dobra essa valor.
Manter até dezembro a complementação salarial para quem teve contrato de trabalho suspenso ou redução de jornada, com uma ampliação da compensação para salários abaixo de R$ 3.000, geraria um gasto extra próximo desse patamar. A ampliação da ajuda a estados e municípios pode acrescentar quase mais R$ 100 bilhões à conta.
Os quatro pesquisadores traçaram diversos cenários para a dívida bruta. O mais otimista prevê que o PIB brasileiro recue 5% neste ano e cresça, na média, 3% ao ano a partir de 2021, com os juros reais da dívida caindo para 2% ao ano. Atualmente, estão em 4,5%. Nessa hipótese, a dívida só cairia para menos de 100% do PIB por volta de 2030.
O cenário mais realista parte da mesma queda de PIB, de um crescimento de 3% nos próximos dois anos e de 2% a partir de 2023, com juros da dívida de 4%. Nesse caso, a dívida vai a mais de 120% e apenas se estabiliza nesse patamar ao fim da próxima década, sem perspectiva de queda.
O endividamento só volta ao nível de 2019 na hipótese otimista para crescimento e juros. Desde que o gasto já anunciado não aumente mais. Mesmo assim, após um período superior a dez anos.
Lisboa afirma que o estudo incorporou outras hipóteses otimistas, como a devolução total até 2024 dos empréstimos do BNDES para o Tesouro Nacional, o crescimento da despesa limitado à inflação até 2026, quando expira a regra de teto de gastos aprovada no governo Michel Temer, e também um aumento significativo do PIB diante do fim do bônus demográfico.
“Sem preservar o teto de gastos, a relação dívida/PIB sai de controle, a não ser que mais nenhuma medida seja implementada neste ano. Se o teto não for renovado em 2026, também deve sair de controle, a não ser no cenário mais otimista, com queda expressiva da taxa real de juros implícita da dívida e aumento significativo do PIB potencial”, afirma Lisboa.
Se a economia apenas retomar o crescimento observado antes da crise, cerca de 1% ao ano, a relação entre a dívida e o PIB inicia uma trajetória de aumento ininterrupto em todos os cenários traçados pelo grupo. Se os juros da dívida ficarem no patamar atual, a dívida também não volta a cair.
“Mesmo com hipóteses muito otimistas sobre a recuperação da economia brasileira, a chance de descontrole da dívida é muito alta. Na medida em que vai caindo o crescimento esperado, esses cenários vão se agravando. E, com uma trajetória de dívida dessas, é muito difícil o juro real ficar nesse nível.”
Lisboa afirma que um cenário de crescimento de 3% por mais de uma década é extremamente otimista, pois, nos próximos dez anos, com o fim do bônus demográfico, o total da população em idade de trabalhar vai se estabilizar.
Em termos de comparação, o crescimento na época do milagre econômico dos anos 1970 seria de cerca de 4% ao ano nas mesmas condições (chegou a cerca de 7% a 8% na época por causa do bônus). Daí a necessidade de reformas para gerar aumento da produtividade.
Sobre o risco de aumento das despesas obrigatórias, os pesquisadores calculam que, se o governo tornar permanente o auxílio emergencial de R$ 600 em substituição ao Programa Bolsa Família, como foi cogitado pelo próprio Ministério da Economia, a dívida irá a mais de 150% do PIB, no cenário mais realista, sem perspectiva de estabilização.
Segundo Lisboa, é necessário limitar o gasto com a pandemia para atender a área de saúde e complementar a renda de quem realmente precisa, com cuidado para não elevar as despesas permanentes.
“Se não quiser que a economia saia de controle, tem de focar a política de gastos e não agravar o comprometimento com despesas permanentes. Além disso, vamos precisar de uma série de reformas profundas para permitir que a economia possa crescer mais do que vinha crescendo antes.”
| Folha de S.Paulo | | | | Ideia é manter poucos servidores em casa, como gestantes, doentes crônicos e idosos
Funcionários do Ministério da Cidadania começaram a circular na noite desta terça (12) um comunicado da pasta informando que a partir de segunda-feira (18) só vão ficar em home office os profissionais com determinadas características, como pessoas com mais de 60 anos, gestantes, lactantes, doentes crônicos e outros.
Também ficarão liberados para trabalhar de casa os servidores que estiverem cuidando de alguém com Covid-19 ou com suspeita, segundo o comunicado, que também menciona pessoas com sintomas de gripe ou que tenham viajado para o exterior. Os demais precisarão voltar ao trabalho presencial, conforme o documento.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 12-05-2020) | | | | Empresa é a primeira de tecnologia a anunciar medida; escritórios devem ficar fechados até setembro
O Twitter anunciou nesta terça-feira (12) que vai permitir que alguns de seus funcionários trabalhem em casa permanentemente, mesmo depois que as medidas de contenção do coronavírus forem levantadas.
A rede social americana é a primeira grande empresa de tecnologia a tomar medidas drásticas relacionadas ao teletrabalho.
"Se nossos funcionários tiverem um cargo e uma situação que lhes permitam trabalhar em casa e quiserem fazê-lo indefinidamente, permitiremos que isso seja possível", afirmou um porta-voz.
"Caso contrário, nossos escritórios vão recebê-los calorosamente com precauções adicionais quando considerarmos que não será arriscado retornar para lá", acrescentou.
O Twitter especificou que, "com raras exceções", seus escritórios vão permanecer fechados até setembro e que qualquer reabertura será "deliberada, intencional, gradual e caso a caso".
Nenhuma viagem de negócios deve ocorrer antes de setembro e os eventos corporativos programados para 2020 que exigem presença física estão cancelados. A maior parte dos escritórios também deve permanecer fechada até setembro.
De acordo com o site BuzzFeed News, essas diretrizes foram enviadas por email pelo chefe e fundador do Twitter, Jack Dorsey, aos funcionários do grupo.
Em meados de março, a rede social determinou que seus empregos trabalhassem em casa em todo o mundo devido à pandemia.
Jack Dorsey informou anteriormente planos para se mudar para a África por três a seis meses em meados deste ano, administrando a companhia sediada em São Francisco remotamente. Depois, afirmou que estava reconsiderando a ideia por causa da pandemia.
O Twitter não informou o número exato de funcionários que poderá trabalhar de casa.
Outros gigantes da internet tomaram decisões semelhantes para proteger suas equipes, incluindo Google, Apple e Facebook. O Google e Facebook adiaram o retorno aos escritórios até 2021.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 12-05-2020) | | | | Sempre que tiver qualquer dúvida, entre em contato com o prestador antes de pagar
Enquanto milhares de cientistas consomem seus dias (e noites) na tentativa de desenvolver vacinas e remédios contra a Covid-19, trambiqueiros estão falsificando boletos para roubar consumidores.
Para não ser vítima desta fraude, devemos ficar ainda mais atentos. Se o boleto for hackeado, a situação será ainda mais grave, pois estará com todos os dados corretos, mas será interceptado por criminoso. Um vírus altera a sequência numérica, e desvia o dinheiro para uma conta-corrente do golpista.
Pode ser qualquer tipo de conta. Tive conhecimento de um caso destes no boleto para pagamento de escola. Há falsificações mais fáceis de detectar, referentes a dívidas inexistentes.
Sempre que tiver qualquer dúvida, entre em contato com o prestador antes de pagar. Peça, por exemplo, que ele envie o código de barras por torpedo telefônico.
Há outras providências para não pagar gato por lebre. Operadoras de telecomunicações e outros prestadores sempre iniciam mensagens com o nome do cliente, e não com seu e-mail.
Empresas também não pedem que você confirme dados em links ou arquivos anexos para download. E não solicitam que entregue cartões bancários ou de crédito, nem chips de celular. Além disso, tenha sempre antivírus atualizado no computador e em dispositivos móveis.
Siga uma rotina: confira seu nome, número do telefone celular, CNPJ ou CPF, valor (para ver se bate com as contas recebidas nos últimos meses). Na hora do pagamento, veja se está direcionado à empresa.
Um boleto de plano de saúde sem coparticipação, por exemplo, terá o mesmo valor por vários meses, depois de reajustado, exceto quando algum dos beneficiários do contrato mudar de faixa etária. Então, se o valor cobrado for diferente, converse com a operadora.
Quem será responsável pela fraude? Cabe ao fornecedor oferecer um serviço ou produto seguro, inclusive no que se relaciona ao seu pagamento. Muitas vezes, as informações vazam das empresas, por dupla falha de segurança, pois, de um lado, permitem o vazamento dos dados dos clientes; de outro, não têm mecanismos seguros de checagem da autenticidade dos boletos.
Mas se você não seguir regras básicas de segurança digital (como não abrir anexos desconhecidos e não clicar em links enviados por e-mail ou mensagem), correrá mais risco de sofrer este tipo de golpe.
Vizinhas minhas receberam telefonemas de supostos interessados em comprar seus apartamentos. Novamente, algo muito perigoso, pois pode ser o salvo-conduto para um bandido entrar em um condomínio seguro com autorização do morador.
Se não tiver colocado o imóvel à venda, ignore a ligação. Caso contrário, peça o contato da imobiliária que intermediará o negócio. Lembro que vários crimes já foram cometidos, inclusive assassinatos, por falsos compradores de veículos, em resposta a um inocente anúncio.
Prédios também foram invadidos por falsos prestadores de serviços. As teles e outras companhias não costumam enviar funcionários para visitas técnicas, exceto quando a solicitação parte do cliente. Antes de autorizar o ingresso de qualquer pretenso técnico, verifique com a empresa por ele citada se o enviou ou não ao prédio.
Quando já estava concluindo este texto, um amigo me informou de um SMS recebido de um grande banco, advertindo que não fazia videochamadas para ajudar os clientes no caixa eletrônico. Advertência contra mais uma ação criminosa!
É lamentável que tenhamos de desconfiar de tudo e de todos, inclusive de boletos que nos são enviados pelo Correio ou por e-mail. Mas estes criminosos, que já recorriam a este expediente antes do coronavírus, também parecem não acreditar em isolamento social.
Maria Inês Dolci - Advogada especialista em direitos do consumidor, foi coordenadora da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor).
| Folha de S.Paulo | | | | Eles atuam de segunda a segunda em ações de prevenção à Covid-19. Neste Dia Internacional da Enfermagem, a empresa Portos do Paraná ressalta a importância da dos profissionais.
Há quase 50 dias, equipes de saúde se revezam em quatro turnos, a cada 24 horas, de segunda a segunda, para trabalhar na linha de frente da operação de prevenção à Covid-19, no Porto de Paranaguá. Nesta terça-feira (12), Dia Internacional da Enfermagem, a empresa Portos do Paraná destaca o trabalho desses profissionais que estão colaborando para garantir a segurança dos trabalhadores e, consequentemente, a continuidade da atividade portuária.
O presidente da empresa pública, Luiz Fernando Garcia, afirma que esses profissionais aceitaram o desafio e a convocação para exercer a enfermagem em um local tão diferente do habitual.
“Eles seguem dando atenção à saúde de todo trabalhador que acessa o cais e cada caminhoneiro que chega para descarregar os grãos de exportação. Se antes nunca pensamos nessa profissão como essencial para o dia-a-dia da atividade portuária, hoje se não pudéssemos contar com os enfermeiros, não estaríamos operando”, afirma.
Em caráter emergencial, os enfermeiros e enfermeiras atendem nas tendas e plataformas instaladas no Pátio de Triagem dos caminhões graneleiros e nos acessos à faixa portuária. A cada turno, são 14 pessoas, incluindo os técnicos e técnicas. No total, fazendo esse revezamento, são 16 enfermeiros e 56 técnicos de enfermagem.
AJUDAR PESSOAS – Enfermeira há dez anos, Andréia Letícia Soares Labes sempre quis atuar na área de saúde. “Eu me formei muito nova. Saí do ensino médio, já fiz a faculdade e já fui atuar na linha de frente. O que me cativou foi o fato de poder ajudar as outras pessoas, poder fazer a diferença na vida das pessoas. Seja por uma simples orientação, um atendimento, uma intervenção”, conta.
Apaixonada pela área de atuação atual, a de urgência e emergência, Andréia é a coordenadora da equipe de enfermagem à frente da Operação no Porto. “É a primeira vez que a gente integra uma operação como esta. A gente trabalha com outros contratos, geralmente, em atendimentos pré-hospitalares. Aqui o nosso trabalho é com a prevenção”, afirma.
Segundo ela, o fundamental dessa atuação é saber identificar, o quanto antes, sintomas que possam surgir entre os colaboradores, trabalhadores e caminhoneiros. “Assim evitamos que a Covid se instale e acabe se desenvolvendo com rapidez nesse ambiente portuário”, completa Andreia que, além de coordenar, também faz plantão, um dia por semana.
“Acho que com essa pandemia, muita coisa a gente está aprendendo. Tem coisa que antes a gente deixava de lado, mas hoje valorizamos muito mais, em termos de materiais, treinamentos, prevenção. Isso vai trazer muito crescimento profissional e valorização”, conclui a enfermeira.
NO CAIS – A enfermeira responsável, no turno da manhã, nesta terça-feira (12), no acesso à faixa primária, era a Josiane Silveira de Andrade, de 35 anos. Ela começou, em 2011, como técnica de enfermagem e, depois de cinco anos, se formou em Enfermagem e já tem três anos de profissão. Ela, que é de Quitandinha, vem para Paranaguá a cada plantão para exercer a profissão que ama.
“O Porto é um ambiente com muitas pessoas. É um espaço muito importante para o país, em geral. E a gente, como enfermeiro, estando aqui na linha de frente, se sente parte responsável por tudo isso. Nosso trabalho está sendo muito importante”, conta.
Como enfermeira responsável, ela garante que tudo esteja de acordo para que o trabalho de prevenção dos técnicos e técnicas de enfermagem seja realizado. “O que tenho percebido e me surpreendeu aqui, é a recepção dos trabalhadores e dos caminhoneiros com o nosso trabalho. A grande maioria está se cuidando e vê, na gente, uma soma para lutar contra esse vírus”, comenta Josiane.
Mantendo o cuidado também com a própria proteção, segurança e saúde, Josiane reforça, nesta data tão especial, que todos façam o mesmo. “A enfermagem é cuidar. Então, a mensagem que eu deixo é: cuide de você que você estará cuidando do outro”, completa.
NO PÁTIO – No mesmo horário, mas no Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá, quem atuava na mesma função, era a Aline Santana, de 25 anos, enfermeira há três. “Por amor ao próximo, por respeito, humanização escolhi essa profissão”, diz.
Ela, que é de Guaraqueçaba, afirma que a maior tensão de estar atuando, em tempos de pandemia, é a preocupação com o filho, que nem completou dois anos. “A maior preocupação é transmitir para aqueles que a gente ama”, revela Aline, que, nas primeiras semanas, ficou afastada do bebê.
Como enfermeira, antes de atuar no Porto, Aline trabalhou na rede pública de saúde de Guaraqueçaba e no Hospital do Rocio (em Campo Largo). Além da operação, ela atende também no Hospital Regional do Litoral. “Eu tinha muita curiosidade de trabalhar em plataformas, mas nunca havia imaginado estar em uma situação como esta, da Operação no Porto”, diz.
“Aqui a gente faz triagem, seguem um protocolo de segurança, uma profilaxia, um preventivo. Temos contato com várias pessoas, mas tomamos cuidado”, garante Aline.
A mensagem que ela deixa, nesta data, é apoio. “Força para enfrentar este momento. Parabéns pela dedicação de todos. Para os pacientes, que se cuidem. Fiquem em casa e levem a sério”, conclui a enfermeira.
| Agência Estadual de Notícias (publicado em 12-05-2020) | | | | Assunto foi discutido em videoconferência do governador Ratinho Junior com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Objetivo é destravar construções para contribuir com a retomada econômica.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta terça-feira (12) de uma videoconferência com ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para discutir uma maior celeridade no licenciamento ambiental de empreendimentos hidrelétricos. O objetivo é destravar a construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e de Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) no Estado, uma forma de garantir a retomada econômica após a pandemia do novo coronavírus.
Segundo estado com o maior potencial para produção de energia limpa, o Paraná tem 85 empreendimentos aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que somam R$ 9 bilhões em investimentos.
“Estamos fazendo um grande planejamento para amenizar o impacto econômico da pandemia. Setores como o de energia e construção civil são estratégicos para a geração de mão de obra”, disse Ratinho Junior. “São investimentos que não dependem do poder público, a não ser nas decisões administrativas dos órgãos que fazem a regulamentação e o licenciamento”, afirmou.
A ideia, ressaltou o governador, é criar um mecanismo para dar velocidade ao licenciamento. O processo é feito pelo Estado, por meio do Instituto Água e Terra (IAT), mas depende também do aval de órgãos federais como o Ibama, Funai, Fundação Palmares e o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Um diálogo do ministério com esses órgãos ajudaria a destravar esses impasses.
“Desde que assumimos, temos 31 empreendimentos liberados para iniciar a construção. São alguns milhões de reais que seriam injetados em nossa economia, além da geração de mão de obra”, explicou o governador. “O Estado tem um grande potencial a ser explorado e seria muito beneficiado com processos mais ágeis, que buscamos construir junto com o governo federal”, ressaltou.
MAIOR PARTICIPAÇÃO – De acordo com o ministro Bento Albuquerque, a pasta está ampliando a participação das PCHs e CGHs na matriz energética nacional. A participação de empreendimentos desse porte nos leilões de energia passou de 3% em 2017 para 46% no ano passado.
“Estabelecemos no ministério uma boa governança, segurança jurídica e previsibilidade para o investidor tirar os empreendimentos do papel”, afirmou Albuquerque. “Agora, queremos ampliar os leilões regionais, que beneficiariam estados como o Paraná. Estamos trabalhando para garantir a previsibilidade nos futuros leilões”, disse.
“É uma fonte vantajosa de geração de energia, por se tratar de empreendimentos menos onerosos e que causam um menor impacto ambiental. Os custos de transmissão também são menores e evitam perdas energéticas”, explicou o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do ministério, Reive Barros.
APROVEITAMENTO – Segundo dados da Copel, há 98 empreendimentos em operação no Estado que somam 397 Megawatts (MW) de potência instalada, 6,5% do total do País. O potencial de novos negócios, porém, pode ser maior. Os pedidos de outorga na Aneel para construção de novas PCHs e CGHs no Paraná totalizam R$ 20 bilhões em investimentos. São 128 usinas em construção, ainda não iniciadas ou na fase de estudos, com 1.838 MW de potência no total.
A maior parte dos empreendimentos é da iniciativa privada, mas a Copel também conta com investimentos nesses segmentos. São 11 PCHs e CGHs próprias, que somam 66,74 MW de potência, e a participação em um empreendimento, cuja parte da empresa é de 10,4 MW. Também está em construção a PCH Bela Vista, com 29 MW de potência instalada.
“O alinhamento entre o Governo do Estado, o Ministério de Minas e Energia e a Aneel é essencial para agilizar esses processos”, afirmou o presidente da companhia, Daniel Pimentel Slaviero. “A Copel não tem braço para participar de todos os empreendimentos, mas o Paraná ganha muito com esses investimentos, que trazem muitas divisas e recursos e fortalecem o setor elétrico brasileiro”, disse.
A Associação Brasileira de PCHs e CGHs (AbraPCH) diz que há cerca de 40 projetos em condições de serem iniciados imediatamente caso haja agilidade no licenciamento, que somam 180 MW de potência, R$ 1,2 bilhão de investimentos e capacidade de gerar 10,8 mil empregos.
Além do potencial energético, o Paraná tem também a segunda maior indústria hidráulica do Brasil, o que permite que todos os materiais para a construção dos empreendimentos sejam fabricados no próprio Estado.
DESCOMPLICA – A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Turismo, responsável pelas licenças ambientais, está elaborando um programa voltado para desburocratizar os procedimentos ambientais no setor industrial, nos moldes do já lançado Descomplica Rural. O setor energético está entre as prioridades nesse processo.
“Da mesma forma, queremos dar a segurança para as indústrias se instalarem no Paraná. O Estado tem todas as condições para iniciar retomada econômica por meio de empreendimentos como PCHs, CGHs, usinas eólicas, de biomassa e biogás”, afirmou o secretário Márcio Nunes.
“Os processos de licenciamento são delicados, é necessário a interveniência de vários órgãos. É importante alinhar o diálogo com o governo federal para dar mais velocidade e segurança jurídica, para evitar que a burocracia atrapalhe os projetos”, salientou.
Algumas bacias hídricas do Estado, que têm grande potencial para geração de energia, encontram entraves burocráticos por questões ambientais e pela ocupação do entorno. Um exemplo é bacia do Rio Tibagi, onde a agilidade no licenciamento poderia viabilizar a construção de cerca de 30 PCHs e CGHs.
APROVADOS – Na semana passada, a Assembleia Legislativa aprovou um projeto de lei de autoria do Executivo que propõe a construção de 15 PCHs e CGHs no Estado. Somando 41,45 MW de potência instalada, os empreendimentos serão construídos nos municípios de Clevelândia, Campo Mourão, Bituruna, Corbélia, Braganey, Iguatu, Condói, Cantagalo, Pinhão, Virmond, Lapa, Porto Amazonas, Assis Chateaubriand, Jesuítas, Palmas, General Carneiro, Mangueirinha, Faxinal e Marilândia do Sul.
Pela proposta do Governo do Estado, a construção das usinas está sujeita ao cumprimento das normas ambientais, observadas nas legislações municipal, estadual e federal. O projeto ainda condiciona, para antes da concessão da Licença de Operação, a comprovação do pagamento de indenização das terras e das benfeitorias dos proprietários diretamente atingidos pelos empreendimentos.
| Agência Estadual de Notícias (publicado em 12-05-2020) | | | | Sob efeito da pandemia do coronavírus, queda na comercial do tipo hidratado foi de 38,38% ante a 2019
Apesar de estar competitivo em 88% dos municípios de São Paulo, incluindo a capital, o etanol fechou o mês de abril com queda nas vendas nas usinas do centro-sul do país, segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), devido à pandemia do novo coronavírus.
Foram comercializados no mercado doméstico em abril 1,1 bilhão de litros de etanol hidratado –utilizado diretamente no abastecimento dos veículos nos postos–, o que representou redução de 38,38% em relação ao mesmo período do ano passado, quando as vendas alcançaram 1,78 bilhão de litros.
Até a primeira quinzena do mês, a queda era de 35,77% nas vendas (560,48 milhões de litros), o que significa que a segunda quinzena do mês foi marcada pelo aprofundamento da redução na comercialização do combustível.
Já o etanol anidro –misturado à gasolina antes da chegada aos postos– teve redução de 18,97% no mês passado, com 480,19 milhões de litros vendidos pelas usinas, ante os 592,62 milhões de litros do mesmo período do ano anterior.
Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), na semana entre os dias 3 e 9 de maio em 88% das cidades paulistas era mais vantajoso para o consumidor abastecer com etanol em vez de gasolina, mas a vantagem na paridade não foi suficiente para que as vendas fossem maiores.
O combustível derivado da cana-de-açúcar é competitivo quando seu preço equivale a até 70% do valor do litro da gasolina.
Como as usinas exportaram 76,77 milhões de litros, o volume total de vendas alcançou 1,78 bilhão de litros em abril, ou 29% menos que o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidos 2,55 bilhões de litros.
Diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues disse que, apesar do preço competitivo em relação à gasolina, a demanda do etanol tem futuro incerto devido aos impactos da pandemia com o isolamento social e às oscilações nos preços da gasolina.
O cenário de queda já tem sido sentido pelas usinas desde a segunda quinzena de março, período que coincide com o início das medidas de isolamento social decretadas em virtude da pandemia do novo coronavírus.
No período, porém, a redução na venda do hidratado tinha sido de 20,81% em relação ao mesmo período de 2019.
Na segunda quinzena de abril cresceu nas usinas a porcentagem de cana destinada à produção de açúcar: enquanto em 2019 30,87% da cana moída teve como fim a sua fabricação, no mesmo período deste ano o índice chegou a 45,76%. Para Rodrigues, esse aumento é reflexo da perda de atratividade do etanol
| Folha de S.Paulo ( publicado em 12-05-2020) | | | | Modelo Delivery 9.170 é adquirido por prestadora de serviço em rodovias
A Volkswagen Caminhões e Ônibus – VWCO – vendeu o primeiro caminhão montado em sua fábrica de Resende (RJ) após a retomar a produção local, em 27 de abril. O modelo, um Delivery 9.170, está em fase de implementação e será entregue para a Lucca Jr Eireli, de Ourinhos (SP), prestadora de serviço para concessionárias de rodovias. O veículo faz parte de um lote de dez veículos da marca, incluindo o Constellation 17.190, equipado como caminhão pipa, e que entrarão em operação nos próximos meses.
O veículo prestará serviços em rodovias no interior de Minas Gerais: a empresa Lucca Jr Eireli venceu a concorrência para assumir o suporte rodoviário na concessão Ecovias do Cerrado, que liga interior de Minas Gerais até Goiás. Com o negócio, além do incremento na frota, a empresa vai contratar 70 profissionais. Tradicional cliente da VWCO, a empresa tem mais de 75% de sua frota com veículos da marca.
“Relações como a que temos com a Lucca Jr fortalecem nosso empenho. O cliente sempre vai encontrar uma concessionária altamente equipada para atendê-lo da forma mais eficaz possível em qualquer região do País, pois o nosso compromisso é oferecer a melhor relação custo-benefício”, destaca o vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas da VWCO, Ricardo Alouche.
| Automotive Business ( publicado em 12-05-2020) | | | | Fábrica deveria retomar a produção no dia 18 de maio, mas ficará mais uma semana parada
A Moto Honda da Amazônia adiou pala segunda vez o retorno ao trabalho da fábrica de Manaus (AM). A unidade está parada desde 27 de março e deverá continuar assim até completar quase dois meses. Segundo nova previsão divulgada pela fabricante na terça-feira, 12, a paralisação foi estendida por mais uma semana, de 18 para 25 de maio.
A retomada da produção tinha sido prevista inicialmente para o dia 4 deste mês, mas foi sendo adiada por causa do avanço acentuado na capital do Amazonas da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
A maior parte dos empregados da fábrica de Manaus segue com contrato de trabalho temporariamente suspenso, nos termos previstos na Medida Provisória 936/2020, que permite a redução de jornada e salários durante o período da pandemia.
Segundo a Honda, no próximo dia 18 o plano é reiniciar a da produção de motos gradualmente, com adoção de novos protocolos para garantir higiene e evitar o contágio em suas instalações.
A empresa afirma que está a cada momento revisando as suas ações para conciliar a segurança e saúde das pessoas com a sustentabilidade dos negócios, que no caso da fábrica de Manaus envolve cadeia produtiva composta por 130 fornecedores diretos, centenas de prestadores de serviços e mais de 1.2 mil pontos de vendas de suas motos no País.
| Automotive Business ( publicado em 12-05-2020) | | | | Unidade volta a operar em apenas um turno com 700 funcionários a partir da quarta-feira, 13
A Hyundai decidiu retomar parcialmente as operações de sua fábrica de veículos em Piracicaba (SP) a partir da quarta-feira, 13, com apenas um turno de trabalho dos três que estavam operando antes da pandemia, além de parte do suporte administrativo. Com isso 700 pessoas voltam aos seus postos. Os outros empregados que trabalham nos demais turnos bem como as equipes administrativas restantes, incluindo os escritórios em São Paulo (SP), vão permanecer em layoff (suspensão dos contratos de trabalho) ou em trabalho remoto (home-office), até 26 de maio como previsto anteriormente.
Todos os 700 funcionários que retomam suas atividades usarão máscaras de tecido fornecidas pela montadora, tanto nos deslocamentos nos ônibus fretados como nas atividades diárias. A companhia adotou novos processos de higienização e proteção contra contaminação que serão aplicados constantemente tanto no transporte, nas entradas e ambientes da fábrica, como nos restaurantes, estações de trabalho e áreas de descanso. Também haverá monitoramento diário da temperatura corporal dos funcionários.
Desde 27 de abril, os funcionários da Hyundai estão com contrato de trabalho suspenso, conforme as medidas de proteção de emprego aprovadas pela MP 936, que vigora por 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias. Durante esse período, a empresa complementa o benefício emergencial do governo de forma que cada funcionário recebe o mesmo salário líquido, sem qualquer redução.
Segundo a Hyundai, a volta ao trabalho com apenas um turno de produção visa atender principalmente as vendas on-line, lançadas no início deste mês, e também para abastecer as cidades onde o funcionamento das concessionárias de veículos é permitido.
A montadora informa ainda que continuará monitorando o desempenho da economia e seguindo as orientações das autoridades da saúde no combate à pandemia do novo coronavírus, o que pode direcionar a adoção de outras ações de acordo com a necessidade no que diz respeito à antecipação ou prorrogação do afastamento dos demais funcionários.
Todas as medidas visam primeiramente a segurança, a saúde e o bem-estar dos funcionários, das comunidades em que atua, dos clientes e dos demais parceiros durante a pandemia.
| Automotive Business ( publicado em 12-05-2020) | | | |
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