| 06 de JUlho de 2020
Segunda-feira
- MEDIDAS EMERGENCIAIS ANUNCIADAS PELOS GOVERNOS - ATUALIZADO - 06/07/2020
- Cidades do litoral e da RMC voltam a adotar barreiras sanitárias contra coronavírus
- Prefeitos da RMC decidem alinhamento de ações contra a Covid-19
- Detran-PR suspende atendimento presencial nas cidades em quarentena restritiva
- Comissão da covid-19 debate acesso a crédito para microempresas nesta terça
- Indicadores Industriais
- Faturamento da indústria cresceu 11,4% em maio, afirma CNI
- Setor privado quer acordo comercial Brasil-EUA até eleição americana
- Endividados, pequenos empresários diminuem de tamanho e vendem comércio para honrar compromissos
- Artigo: Indústria 4.0 depende da convergência entre OT e TI para avançar no Brasil
- Empresas participantes do Procompi aumentaram em 25% a produtividade
- Falta de crédito reduziu proteção a empregos e renda, dizem pesquisadores
- Menos de 20% do crédito para socorrer empresas foi desembolsado
- Planejamento e pesquisa ajudam microempresa a ter crédito na pandemia
- BNDES investe em fundo que apoia empresas de médio porte
- Brasileiro busca investimento no mercado americano
- Negócios estão acima do esperado, diz CNH Industrial
- Ofertas de ações no Brasil disparam apesar de pandemia; fusões e aquisições caem ao menor nível em 20 anos
- Vendas crescem 10% em junho e apontam para recuperação após impacto do coronavírus
- Vendas de máquinas agrícolas no país caem no semestre, mas projeção é de alta no ano
- Curitiba vai “vender” potencial construtivo adicional; veja o que muda
- Santander demite 20 pessoas por dia útil em junho
- Justiça faz acordos virtuais para ações não pararem na pandemia
- Alimentação, alojamento e serviços domésticos são setores mais prejudicados no emprego, diz Ipea
- Suspensão de contrato da MP 936 afeta 13º, férias, FGTS e INSS
- Artigo: Decreto estende o prazo para se livrar do fator previdenciário
- Ibovespa avança 2,5% com ânimo sobre retomada de economias e forte noticiário corporativo
- IPCA para 2020 permanece em 1,63% e para 2021 segue em 3,00%, prevê Focus
- IPC-C1 (baixa renda) sobe 0,33% em junho ante queda de 0,30% em maio, revela FGV
- Mercedes, Hyundai, GM e VWCO retomam 2º turno
- SDS passa a produzir máquinas especiais
- Depois de cinco meses, preço médio da gasolina volta a subir
- Fabricantes de implementos têm recuperação mais rápida
- Produção de veículos cai pela metade no semestre e há previsão de mais demissões
- Nível de produção de veículos no Brasil só volta ao pré-crise em 2025, diz Anfavea
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Câmbio
Em 06/07/2020
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Compra
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Venda
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Dólar
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5,319
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5,320
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Euro
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6,013
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6,016
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Fonte: BACEN
| | | | | Segue material compilado das Medidas emergenciais anunciadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal atualizado conforme levantamento realizado pela Coordenação de Relações Governamentais da FIEP, sendo incluídas as seguintes informações:
GOVERNO FEDERAL
Lei nº 14.019, de 2 de julho de 2020, do Poder Legislativo. Altera a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, para dispor sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção individual para circulação em espaços públicos e privados acessíveis ao público, em vias públicas e em transportes públicos, sobre a adoção de medidas de assepsia de locais de acesso público, inclusive transportes públicos, e sobre a disponibilização de produtos saneantes aos usuários durante a vigência das medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da pandemia da Covid-19, com veto, Mensagem 374/2020.
OBS.: Republicação do Art. 3º-B e do Art. 3º F da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, por ter constado incorreção, quanto ao original.
Resolução nº 7, de 3 de julho de 2020, da Presidência da República. Dispõe sobre procedimentos a serem adotados por órgãos e entidades do Poder Executivo federal em relação às solicitações de transporte de equipamentos, medicamentos e insumos para o combate à Covid -19.
Portaria nº 95, de 3 de julho de 2020, do Ministério da Cidadania. Dispõe sobre as programações financeiras originárias de emendas parlamentares de Bancadas Federais para às ações de enfrentamento ao COVID-19.
Portaria nº 524, de 2 de julho de 2020, do Ministério da Economia. Prorroga a vigência da Portaria SRRF08 nº 333, de 18 de março de 2020, que disciplina o atendimento ao contribuinte no âmbito das unidades da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil na 8ª Região Fiscal para o enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (COVID-19).
GOVERNO ESTADUAL
Decreto nº 4.985, do Poder Executivo. Acresce dispositivos ao Decreto 4.960, de 2 de julho de 2020, que institui o “Comitê Volta às Aulas”.
Decreto nº 5.040, do Poder Executivo. Suspende prazos administrativos, em razão da emergência de saúde pública decorrente do Coronavírus – COVID-19.
Portaria nº 002/2020 – CECONSEG, da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho. Dispensa os Conselhos Comunitários de Segurança (CONSEGs) da obrigatoriedade do envio das atas de reuniões ordinárias no prazo assinalado no art. 46 do Anexo ao Decreto Estadual nº 5.381, de 24 de outubro de 2016, enquanto perdurar a restrição para eventos abertos ao público, determinada pelo Decreto Estadual nº 4.230, de 16 de março de 2020, em virtude da situação de emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus – COVID- 19.
GOVERNO MUNICIPAL
Decreto nº 132, de Irati. Dispõe sobre adoção de medidas em relação ao COVID-19, aos serviços educacionais.
Decreto nº 133, de Irati. Institui o seguinte programa de ensino a ser organizado, ofertado e realizado pelas instituições de Ensino Municipal.
Instrução Normativa 01/2020, de Irati. Instrução Normativa sobre os decretos nº 132 e 133/2020.
Decreto nº 17.433, de Ponta Grossa. Regulamenta a concessão de carência pelo prazo de até 3 meses para pagamento de empréstimo consignado em folha de pagamento do funcionalismo da Administração Direta e Indireta, durante o período de Estado de Emergência em Saúde decorrente da Infecção Humana pelo novo coronavírus (2019-nCoV).
Decreto nº 007, de Ponta Grossa. Institui o Comitê da Secretaria Municipal de Educação – SME para o Gerenciamento das Ações de Prevenção contra o COVID-19 na Rede Municipal de Ensino de Ponta Grossa.
Decreto nº 17.450, de Ponta Grossa. Restaura os efeitos dos Decretos que tratam do enfrentamento da pandemia de COVID-19 pelo prazo de 7 dias a contar de 06 de julho de 2020.
Decreto nº 17.451, de Ponta Grossa. Altera o Decreto n. 17.395/2020.
Decreto nº 17.452, de Ponta Grossa. Proíbe a circulação de pessoas nas vias públicas do Município de Ponta Grossa nos dias 03 a 16 de julho de 2020 das 23:00 às 6:00 horas.
Decreto nº 8.723, de Pato Branco. Proíbe o ingresso de crianças em estabelecimentos comerciais, como medida complementar para o enfrentamento da pandemia provocada pelo novo Coronavírus (Covid-19), no âmbito do Município de Pato Branco, Pr.
Decreto nº 844, de Toledo. Altera o Decreto nº 721/2020, que regulamentou o lançamento e o pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), da Contribuição para Custeio dos Serviços de Iluminação Pública (CIP) e da Taxa de Coleta de Lixo (TCL), referentes ao exercício de 2020.
Decreto nº 5.288, de Fazenda Rio Grande. Cria o Programa “Família Fazendense” no Município de Fazenda Rio Grande, e confere outras providências.
| Sistema FIEP | | | | Com o objetivo de diminuir a transmissão do coronavírus, algumas cidades da região metropolitana de Curitiba e também do litoral do Paraná instalaram barreiras sanitárias mais uma vez. Não há proibição de passagem, mas os profissionais da saúde fazem uma checagem de sintomas nos ocupantes dos veículos que entram nos municípios.
É questionada a origem dos viajantes, a existência de sintomas como gripe e febre e a rotina dos ocupantes do veículo, para tentar determinar se houve contato com pessoas potencialmente infectadas. Além das perguntas, é feita a medição de temperatura em todos os passageiros.
Em Guaratuba, as barreiras começaram na sexta-feira (3), das 15 horas à meia-noite, e continuam neste sábado (4) das 8 às 23 horas e no domingo das 8 às 13 horas. Pontal do Paraná segue o mesmo procedimento de Guaratuba, porém as barreiras serão apenas neste sábado, quando é observada a chegada de mais turistas.
Antonina tem barreiras das 8 às 18 horas e das 18 às 2 horas, durante todos os dias. Quem não é da cidade não pode entrar. A barreira no local também “filtra” a passagem de pessoas que tentam acessar Morretes e Guaraqueçaba.
Em Matinhos o acesso ao calçadão e à faixa de areia está proibido no final de semana (assim como em Guaratuba), mas não há barreira sanitária na cidade.
Em Campo Magro, na Grande Curitiba, está prevista a realização de barreiras nas entradas e saídas do município durante o final de semana. O objetivo é impedir aglomerações em morros e trilhas da região. O bloqueio acontece desde as 8 horas."
| Gazeta do Povo ( publicado em 04-07-2020) | | | | Prefeitos da Região Metropolitana querem formalizar um pacto da Grande Curitiba para o alinhamento de condutas à prevenção e controle da transmissão do novo coronavírus na cidade-polo e municípios da Região. A iniciativa será levada à reunião do Fórum Metropolitano de combate à covid, marcada hoje, para a validação pelos prefeitos dos 29 municípios que integram a RMC.
A iniciativa do pacto entre as cidades foi tratada em reunião extraordinária on-line do Fórum Metropolitano de Combate à Covid-19, organizado pela Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), presidida pelo prefeito de Fazenda Rio Grande, Marcio Wozniack.
Sugerido pelo prefeito de Campo Largo, Marcelo Puppi, o Pacto pela Grande Curitiba foi encampado pelos demais prefeitos, como estratégia para que haja unidade nas decisões dos municípios que compõem a grande Curitiba relacionadas ao controle da pandemia.
Os prefeitos da Grande Curitiba estão alinhados às medidas de contenção ao novo coronavírus determinadas pelos Decretos n.º 4.942/20 e nº 4951/20, do Governo do Estado do Paraná.
| Bem Paraná | | | | O atendimento presencial está suspenso no Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) a partir desta segunda-feira (6) nas cidades das regionais incluídas na quarentena restritiva do governo do estado. A medida também vale para o atendimento a agentes externos do órgão.
Com a entrada nesta segunda-feira das sete cidades do Litoral na quarentena restritiva do governo do estado, o Paraná tem agora 141 municípios em que serviços não essenciais, como comércio, academias, bares, restaurantes e shoppings, não podem abrir. As regionais onde as medidas restritivas valem são Curitiba e Região Metropolitana, Cianorte, Cascavel, Cornélio Procópio, Londrina, Foz do Iguaçu, Toledo e Paranaguá. Ou seja, 35% dos 399 municípios do estado estão em quarentena.
De acordo com o Detran-PR, os usuários que tinham atendimento agendado serão informados do cancelamento por mensagem de SMS e e-mail ou por meio dos agentes externos credenciados. Os serviços presenciais serão reagendados para momento oportuno. O Detra-PR reforça que estão mantidos os atendimentos por meio do portal de serviços ou aplicativo.
O único serviço presencial continua sendo feito é a liberação de veículos dos pátios do órgão, que funcionarão em regime de plantão. Os atendimentos serão feitos por agendamento por telefone. Para a retirada de veículos será permitida a apenas uma pessoa por vez, observando as medidas de higiene e profilaxia, bem como o uso de máscara de proteção.
A maioria dos serviços do Detran-PR está disponível nas plataformas online, no Portal de Serviços, pelo aplicativo Detran InteliGente, e também pelo telefone 0800 643 7373.
Prazos
Os prazos permanecem prorrogados conforme a Resolução 782/2020 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que tomou algumas medidas relacionadas a dilatação de prazos referentes a veículos, habilitação e infrações. São elas:
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Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida desde 19/02/2020, fica com prazo indeterminado para renovação;
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Processos de primeira habilitação terão prazos estendidos para conclusão de 12 meses para 18 meses;
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Prazos para transferência de propriedade de veículos estão suspensos;
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Prazos para apresentar defesa, indicação de condutor e recurso de multa, suspensão e cassação de CNH ficam interrompidos por tempo indeterminado.
| Tribuna PR (publicado em 06-07-2020) | | | | A dificuldade de microempreendedores para ter acesso ao crédito durante a pandemia de coronavírus é tema de audiência pública da comissão mista que analisa as ações do governo federal no enfrentamento da covid-19. A reunião remota está marcada para esta terça-feira (7), às 10h.
A videoconferência deve contar com representantes de empreendedores, cooperativas, empresas de crédito, bancos públicos e órgãos do governo. Já confirmaram presença os seguintes convidados:
- Ercílio Santinoni, presidente da Confederação Nacional das Micro e Pequenas Empresas dos Empreendedores Individuais;
- Rosi Dedekind, presidente da Federação das Associações de Micros e Pequenas Empresas e dos Empreendedores Individuais de Santa Catarina;
- Adael dos Santos, presidente da Associação de Joinville e Região de Pequenas, Micro e Média Empresas;
- Kerson Macedo, presidente da Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito;
- Pedro Ananias Alves, consultor da Associação Brasileira das Organizações de Microcrédito e Finanças;
- Luis Carlos Floriani, diretor-superintendente do Banco do Empreendedor;
- Augusto Sperotto, presidente das Sociedades de Garantia de Crédito do Brasil;
- Paulo Sérgio Neves de Souza, diretor de Fiscalização do Banco Central;
- Carlos Melles, presidente do Sebrae Nacional;
- Bruno Laskowsky, diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto do BNDES;
- Marcelo Porteiro Cardoso, superintendente da Área de Operações e Canais Digitais do BNDES;
- Celso Leonardo Barbosa, vice-presidente de Negócios e Varejo da Caixa Econômica Federal;
- Neudson Peres de Freitas, gerente-geral de Micros e Pequenas Empresas do Banco do Brasil; e
- Carlos da Costa, secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia.
Requerimentos
Antes da audiência pública, os parlamentares devem votar três requerimentos apresentados pelo presidente da comissão mista, senador Confúcio Moura (MDB-RO).
Ele convida para audiências públicas o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário; a secretária da Educação Básica do Ministério da Educação, Ilona Maria Lustosa Becskházy; e o presidente da Federação das Micros e Pequenas Empresas do Ceará, José Edvaldo Nunes.
| Senado notícias ( publicado em 06-07-2020) | | | | Atividade industrial aumenta, mas impactos da crise seguem severos
A atividade industrial aumentou em maio. Faturamento real, horas trabalhadas na produção e utilização da capacidade instalada cresceram após terem registrado, em abril, o pior resultado da história recente.
As altas refletem a retomada da atividade industrial, após as paralisações ocorridas em diversas plantas industriais em março e em abril.
| CNI | | | | Alta reflete a retomada da atividade industrial, depois da redução e paralisação nas plantas industriais em março e em abril, quando as medidas de distanciamento social se aprofundaram e afastaram o consumidor
O elevado crescimento de maio não foi suficiente para reverter a queda registrada em abril
Faturamento real, horas trabalhadas na produção e utilização da capacidade instalada cresceram em maio depois de terem registrado seu pior resultado da história recente em abril, deste ano. Os dados são da pesquisa Indicadores Industriais, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
As altas refletem a retomada da atividade industrial, depois das paralisações em diversas plantas industriais em março e em abril, durante o aprofundamento das medidas de distanciamento social. No entanto, o elevado crescimento de maio não foi suficiente para reverter a queda de abril.
“É importante considerar que o crescimento vem após dois meses de fortes quedas. A Indústria continua bastante desaquecida, mas os resultados de maio mostram que o pior já passou”, diz o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca.
O faturamento real segue 18,2% abaixo do registrado em fevereiro e horas trabalhadas na produção caíram 15,8% na mesma comparação. A ociosidade segue bastante elevada: apesar da alta de 2,6 pontos percentuais, a utilização da capacidade instalada (UCI) segue abaixo dos 70%.
O emprego registrou a quarta queda consecutiva. Mas, em maio, o ritmo foi menor do que no mês anterior. Massa salarial e o rendimento médio pago aos trabalhadores da indústria caíram pelo segundo mês consecutivo.
| CNI | | | | Empresários temem impacto com possível derrota de Trump; período é considerado 'janela urgente' para retomar promessas que pouco avançaram
Preocupados com o impacto que uma possível derrota de Donald Trump pode causar nas relações entre Brasil e EUA, integrantes do setor privado querem a conclusão da primeira etapa de um acordo comercial entre os dois países antes das eleições americanas, em novembro.
O período é considerado uma janela urgente para a retomada de promessas que pouco avançaram desde a visita do presidente Jair Bolsonaro a Washington, em março do ano passado, como o acordo comercial e a entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Documento organizado pela Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio), entidade que reúne cerca de 5.000 empresas brasileiras e americanas, lista dez medidas consideradas prioritárias para este ano, apesar das dificuldades impostas pela crise econômica e de saúde pública causada pela pandemia.
A Folha teve acesso ao texto que será enviado para autoridades de ambos os países empenhadas nas relações bilaterais, como embaixadores, ministros, secretários e congressistas.
O objetivo é que haja envolvimento para mais resultados a curto prazo.
Os empresários reconhecem que um acordo de livre-comércio, que considere tarifas, está longe de ser realizado, mas cobram ações como facilitação de comércio, boas práticas regulatórias, comércio digital e combate à corrupção em torno do que chamam de primeira fase do trato.
“Espera-se que a iniciativa seja concluída antes das eleições presidenciais nos EUA, o que representaria um passo relevante em direção a um futuro acordo comercial mais abrangente”, diz o documento da Amcham.
O texto destaca ainda a necessidade de efetivar duas medidas que foram consideradas os grandes trunfos da diplomacia brasileira na visita de Bolsonaro à Casa Branca: a designação do Brasil como grande aliado extra-Otan e o apoio dos americanos ao país na OCDE.
“Em que pese o bem-vindo apoio manifestado pelos EUA à entrada prioritária do Brasil na OCDE, o início do processo de acessão ainda precisa ser aprovado pela totalidade dos membros da entidade.”
O principal temor de empresários brasileiros e americanos com interesse no Brasil é que, caso Trump seja derrotado pelo democrata Joe Biden —que lidera as pesquisas nacionais e nos estados decisivos—, o Brasil perca o acesso à espécie de guichê de boa vontade que existe hoje na Casa Branca em relação a Bolsonaro.
Apesar de passar por cima de qualquer aliado quando seus interesses estão em jogo, Trump costuma dizer que vê no presidente brasileiro um amigo, enquanto democratas pressionam para que os EUA não ampliem relações comerciais com um governo que ataca importantes pilares da democracia.
No mês passado, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, disse que o governo americano não tem planos de fechar um acordo de livre-comércio com o Brasil neste momento.
Deputados de oposição a Trump haviam enviado uma carta a Lighthizer dizendo-se contrários a um acordo comercial entre Brasil e EUA.
Desde março, quando Bolsonaro se encontrou com Trump, os esforços dos técnicos de ambos os países são no sentido de criar facilitação de negócios como um primeiro passo para um acordo mais amplo.
Alguns integrantes do governo e o próprio Bolsonaro, porém, seguiam falando em livre-comércio.
De acordo com o documento da Amcham, ao não envolver tarifas, as negociações podem ser realizadas em nível bilateral, sem a necessidade de participação do Mercosul ou de alteração de suas regras, “bem como prescindem de aprovação por parte do Congresso dos EUA”.
Somente após a conclusão dessa primeira etapa, segue o texto, os países fariam as consultas necessárias para “preparar o terreno para o início formal de negociações de um acordo abrangente de comércio, que incluiria tarifas e temas não cobertos no pacote inicial”.
No governo americano, porém, não há grande apetite de flexibilizar tarifas em relação a produtos brasileiros.
O documento reconhece que, com a crise econômica causada pela pandemia, os investimentos despencaram e é preciso cooperação entre os dois países para a retomada das atividades.
Na lista aparece ainda como prioritário o restabelecimento do fluxo de viajantes entre o Brasil e EUA —as fronteiras estão fechadas em razão da pandemia—, o início das negociações para um acordo que evite a bitributação —demanda antiga do setor—, assim como a participação plena do Brasil no Global Entry (o país fez um teste com apenas 20 nomes de integrantes do Fórum de CEOs Brasil-EUA) e o fortalecimento da diplomacia parlamentar bilateral.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 04-07-2020) | | | | Crédito caro e falta de perspectiva de faturamento dificulta acesso a PMEs
A dificuldade no acesso de linhas emergenciais do governo e os altos juros cobrados no mercado de crédito tradicional têm preocupado empresários de pequenos negócios.
Com as portas fechadas há três meses e sem perspectiva de faturamento no curto prazo, empresários diminuem o tamanho de suas empresas e colocam seus comércios à venda na tentativa de honrar compromissos com funcionários, fornecedores e até quitar dívidas anteriores.
Foi no cenário de crédito caro e de falta de perspectiva sobre uma reabertura duradoura que o empresário Délio Canabrava decidiu fechar e colocar à venda o bar que abriu há 14 anos no Alto da XV, região de vida noturna movimentada em Curitiba (PR) até o início da pandemia.
Quem quiser assumir o negócio terá de assumir cerca de R$ 250 mil em dívidas bancárias, e só. “Temos esse passivo e precisamos, de alguma forma, passar ele para frente. Então estou buscando alguém que pegue o bar, pague as dívidas e toque ele”, diz.
Em apenas dois dias, apareceram cerca de 100 interessados na “doação” do negócio. “Em seis meses, o bar vai bombar de novo, mas eu não tenho mais condições de bancar um custo fixo de R$ 50 mil até o fim do ano, sem faturamento”.
Os últimos dados do Banco Central apontam que o saldo de crédito voltado para pessoas jurídicas aumentou cerca de R$ 30 bilhões (0,2%) entre março – mês de início da pandemia de coronavírus – e maio, para R$ 1,566 trilhão.
As concessões, no entanto, não acompanham o pequeno movimento de alta. O montante total cedido às pessoas jurídicas caiu 36,2% na mesma relação, de R$ 224,8 bilhões para R$ 143,4 bilhões.
Canabrava diz ter buscado os bancos com quem tinha relacionamento e também a linha de crédito liberada por meio do governo do Paraná. Nos primeiros, diz, o dinheiro era aprovado, mas os juros e as condições não compensavam. No segundo, a burocracia era grande – e até hoje não houve resposta.
“Tenho um bom nome na praça, mas mesmo assim o dinheiro não vem. Vem, mas muito caro, para pagar em 36 vezes e sem carência.”
O empresário tem outros três negócios na capital paranaense, um restaurante, uma confeitaria e uma distribuição de pratos congelados –esses já adaptados à nova realidade de salões fechados.
Curitiba chegou a liberar a abertura dos bares e restaurantes, mas um novo período de quarentena foi determinado, agora mais rígido. Na terça-feira (30), o governo do Paraná decretou “lockdown” por 14 dias, período em que apenas atividades essenciais poderão funcionar.
O assessor econômico da FecomercioSP (federação de comércio, serviços e turismo em SP), André Sacconato, diz que primeiros três meses foram praticamente nulos em relação à concessão de crédito às empresas, o que começou a mudar somente em junho, com os aportes do governo no fundo garantidor do Pronampe.
Para ele, com o risco de inadimplência maior, era natural que os bancos segurassem as concessões de crédito. Era necessário, portanto, que o governo atuasse, especialmente para atender as micro e pequenas empresas.
“O governo tem obrigação de liberar [recursos que garantam os empréstimos] porque as empresas foram obrigadas a fechar devido à pandemia”, diz. “O pequeno e médio, quando o banco oferecia crédito, era um linha própria, com risco altíssimo e juros de 6%, 8% ao mês.”
Segundo o diretor de inovação, produtos e serviços bancários da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Leandro Vilain, as concessões de março a maio ainda representam um avanço importante em relação a meses anteriores.
“A tendência declinante reflete a desaceleração progressiva da atividade, que deve apresentar o seu vale no segundo trimestre”, diz.
Ele afirma, porém, que houve alta de 43,4% nas concessões para pessoas jurídicas entre março e junho deste ano quando comparado a igual período de 2019.
“Isso aconteceu pelo expressivo aumento na demanda no início da crise, por conta da forte incerteza do cenário econômico, da redução das operações no mercado de capitais e do cancelamento de linhas de financiamento externo para o Brasil”, disse Vilain, da Febraban.
Sacconato, assessor da FecomercioSP também afirma que os bancos passaram exigir imóveis como garantia desses empréstimos. Nos setores de comércio e serviços, porém, é incomum as empresas serem proprietárias dos imóveis que ocupam.
Essa foi a exigência recebida pelo empresário Sidney Rubin, que tentava um empréstimo para manter o pagamento de salários e fornecedores em dia. Não conseguiu. Dono de uma confecção, ele tem 10 lojas funcionando -desde o início da pandemia, fechou três e avalia encerrar mais uma.
“Tenho uma empresa com 53 anos no mercado e com histórico de boa pagadora, mas os bancos querem garantias para emprestar. Antes, eu colocava faturamento de loja, mas agora eles querem imóveis e eu não tenho”, diz.
Rubin está organizando um grande bazar do estoque da marca para levantar dinheiro e, assim, bancar as demissões – de 250 funcionários entre fábrica e lojas, metade já foi dispensada – e acertar contratos com fornecedores.
“Comecei a dispensar o pessoal no fim de abril e estamos tentando fazer acordos, porque não tenho dinheiro. Sei que vou encarar umas ações trabalhistas, mas não tinha outro jeito.”
Segundo o diretor da Febraban, no entanto, houve recuo nas taxas de juros entre fevereiro e maio deste ano.
“Mesmo com o aumento do risco nas operações de crédito e a expectativa de aumento expressivo da inadimplência, que já se refletiu na forte elevação das provisões, as taxas de juros e os spreads bancários recuaram. Os juros para o conjunto das operações de crédito recuou de 23,1% para 20,4% ao ano, e o spread médio [diferença entre a taxa de captação e a de empréstimo] de 18,6% para 16,4%”, disse.
O presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), Fernando Pimentel, diz que, de todas as medidas tomadas pelo governo em meio à pandemia, as ligadas à concessão de crédito para empresas são as menos eficazes. “Houve uma super demanda por empréstimo e nenhuma medida fez chegar com fluidez à ponta.”
Pimentel afirma que “ninguém quer viver de crédito”, mas que em um momento de retração é necessário dar combustível para retomar as atividades e preservar empregos. “È o que vai nos ajudar a atravessar o período de crise”.
O ajuste no Pronampe, há pouco mais de dez dias, melhorou a aprovação de crédito para os pequenos, segundo Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).
Alexandre Sampaio, da FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação), diz que não há muita boa vontade dos bancos em atender o setor de turismo, que segue sem capital de giro para se manter e sem condições de reabastecimento para uma reabertura. Ele estima que 30% dos hotéis, hostels e pousadas não consigam reabrir.
Na educação privada, o crédito via Pronampe também parece ter começado a sair, segundo presidente da Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares), Ademar Batista Pereira. “Nosso setor quase não toma crédito, usa-se mais para investimento e expansão”, diz.
Pereira afirma que a linha para financiamento da folha foi a mais utilizada pelas escolas, além da aplicação da Medida Provisória que permitiu acordos para redução de salários e jornada.
OUTRO LADO
Os bancos afirmaram que mantiveram suas políticas de análise de crédito e risco adaptadas ao atual cenário de pandemia de coronavírus e afirmam compromisso com a disponibilidade do crédito àqueles que precisam.
Em nota, o Bradesco afirmou que analisa os pedidos de crédito caso a caso, mas que os preços do crédito sempre serão estabelecidos olhando para a curva de juros futuros – os quais, em um momento de crise, tendem a ser menos previsíveis e pela qualidade do crédito do cliente.
“Houve uma diminuição natural da oferta de garantias mais líquidas e comuns nas operações de crédito para PJ. O banco, no entanto, não mudou a sua política de crédito, que analisa diferentes aspectos e perfil de risco do cliente. A orientação feita aos gerentes do banco é sempre pela oferta do melhor produto ao nosso cliente, a partir da sua necessidade de valor, carência, prazo para pagamento e, principalmente, as melhores taxas. Isto inclui as ofertas feitas nos canais digitais do banco”, disse o Bradesco em nota.
Já o Banco do Brasil afirmou que intensificou o apoio a seus clientes durante a pandemia e que cabe aos micro e pequenos empresários escolherem, junto à assessoria do banco, quais as soluções que melhor atendam suas necessidades.
“O BB continuará a apoiar o segmento, dentro de suas diretrizes de concessão de crédito e reafirma que há expectativa de aumento de exposição a esse segmento – seja por meio de linhas com recursos governamentais como das linhas tradicionais de capital de giro e investimento constantes do portfólio de produtos do BB”, disse em nota.
O banco também afirma que não houve alteração quanto à exigência de garantias para operações de crédito.
Em nota, o Santander também afirmou que não tem medido esforços para entender as necessidades de seus clientes e apoiá-los na travessia do atual momento. “Esta postura tem permitido à instituição adotar, além das iniciativas alinhadas diretamente entre o governo e o setor bancário, outras soluções direcionadas a segmentos mais vulneráveis, como microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e pessoas com dificuldades para honrar seus compromissos”, disse.
O Itaú disse que vê de forma positiva todas as medidas que contribuam para a sustentabilidade das operações de micro, pequenas e médias empresas no atual momento e afirma que não adotou como política a elevação de taxas de juros desde o início da pandemia.
“Temos oferecido condições inéditas de alongamento de prazos, carências e renegociações para seus clientes por meio do Programa Travessia. [...] Casos pontuais de ajuste de taxas de juros podem ter ocorrido em razão de uma piora na avaliação de risco de algumas operações”, afirmou em nota.
Já a Caixa Econômica Federal diz que o banco anunciou diversas medidas de estímulo à economia desde o início da crise, como taxas reduzidas para micro e pequenas empresas.
Segundo a Caixa, em menos de 20 dias de operação do Pronape, foram efetivados mais de 16,4 mil contratos até o dia 1º de junho, somando R$ 1,04 bilhão em crédito para micro e pequenos empreendedores com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 04-07-2020) | | | | A convergência entre plantas industriais e a área de TI está mudando a face do mundo. Essa nova realidade é uma das colunas da Indústria 4.0 e é fruto da digitalização da economia, que constantemente amplia o que é considerado infraestrutura de TI. Isso tem duas consequências: a primeira é que a digitalização força a modernização de setores da infraestrutura que sempre viveram de forma isolada. A segunda é que a digitalização exige que essas partes mais fechadas sejam capazes de conectar-se com novos ambientes.
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay
Isso resulta em uma convergência de múltiplas tecnologias díspares, algo que traz desafios de gerenciamento e segurança nunca vistos antes.
Podemos chamar essa nova realidade de TI Industrial, um ambiente onde três tipos de tecnologia convergem: tecnologia operacional (operational technology, OT), tecnologia da informação (TI) e a Internet Industrial das Coisas (IIoT).
Tecnologia Operacional (OT)
Eis como a Wikipedia define OT: “Tecnologia operacional (OT) é formada por hardware e software que detecta ou causa uma mudança, mediante monitoramento direto e/ou controle de equipamentos, sobre ativos, processos e eventos industriais”.
A OT inclui sistemas de controle industrial (ICS) tais como sistemas de supervisão e aquisição de dados (SCADA), controladores lógicos programáveis (PLC), unidades terminais remotas (RTU), PCs industriais (IPC) e sistemas de controle distribuído (DCS), para citar alguns. Por décadas, esses sistemas operaram de forma fechada e isolada, não necessitando comunicar-se muito com o “mundo externo”. O resultado disso é que o chão de fábrica conta, historicamente, com sistemas e plataformas que usam seus próprios padrões e protocolos.
Tecnologia da Informação (TI)
Essa é a infraestrutura “tradicional” que poderia ser encontrado em qualquer ambiente de TI.
Internet Industrial das Coisas (IIoT)
Desde o início da transformação digital nas indústrias, um número cada vez maior de dispositivos conectados e inteligentes estão sendo usados em ambientes industriais. A digitalização é responsável pelo retrofit de soluções existentes. A meta é fazer com que as máquinas existentes se tornem mais inteligentes graças à adoção, nessas plantas, de dispositivos IIoT.
O desafio da agregação de dados no ambiente industrial
Anteriormente, TI e OT existiam de forma isolada dentro da empresa. No chão de fábrica, os engenheiros gerenciavam os aspectos de OT e, no Datacenter, os administradores de sistemas gerenciavam os aspectos de TI. Com a digitalização, tudo mudou.
Os dados – fundamentais para a eficácia no gerenciamento de processos produtivos – precisam ser coletados, analisados e utilizados em todos os níveis, desde a área de produção até as próprias instalações. Isso significa que os dispositivos que, anteriormente, eram isolados – por exemplo, os controladores lógicos programáveis – agora precisam conectar-se a sistemas de coleta de dados. Em razão disso, os novos PCs industriais, RTUs ou PLCs usam protocolos para conectar-se à nuvem ou a outros sistemas de coleta de dados.
Tudo isso fez com que os dispositivos implementados no perímetro industrial se tornem pontos de agregação de dados, conectados a diversos sistemas e, assim, parte fundamental de uma solução para monitorar a infraestrutura.
O Gartner descreve esses dispositivos como “gateways de IoT”:
“Um gateway de IoT industrial é uma ponte entre uma rede de chão de fábrica e a plataforma IoT. O gateway de IoT Industrial pode, também, conectar uma rede de chão de fábrica com, por exemplo, uma plataforma ERP ou outra aplicação de negócio. Gateways de IoT Industriais podem ser vistos como pontos de agregação de dados provenientes do chão de fábrica. Para isso, proporcionam capacidades de armazenamento local e capacidades de computação, bem como uma interface de usuário para processamento de dados e gerenciamento de sistemas.”
Tanto os dispositivos IIoT como os gateways de IoT são essenciais para a gestão convergente e unificada do chão de fábrica (OT) e da TI.
Como monitorar mundos tão diferentes entre si?
A convergência OT/TI exige uma nova abordagem de monitoramento. Anteriormente, a OT seria monitorada por meios fornecidos pelas máquinas ou dispositivos, ou pelo sistema de controle industrial do chão de fábrica. Enquanto isso, a TI seria monitorada usando-se ferramentas tradicionais de gerenciamento. Os dispositivos IIoT, por outro lado, costumam fornecer seus próprios painéis de controle para monitoramento.
O desafio do monitoramento dessa infraestrutura convergente é juntar diversas métricas em uma única visão. É preciso visualizar instantaneamente se há um problema em um sistema de controle industrial, como um IPC, e se há problemas na TI. A visualização do que se passa em ambientes híbridos deve oferecer estatísticas da saúde de equipamentos como RAID, dados sobre armazenamento, uso de CPU e rotação da ventoinha de equipamentos industriais. Todas essas métricas podem ajudar a evitar interrupções da produção.
O monitoramento fim a fim tem, também, de suportar protocolos e padrões presentes na infraestrutura industrial. Historicamente, muitos sistemas de controle industrial permitiam acesso SNMP, mais abertos. Mas muitos ambientes de chão de fábrica só são acessáveis por meio de protocolos bem específicos de fieldbus como o Modbus TCP.
MQTT, por exemplo, é um protocolo frequentemente usado para levar dados do dispositivo de perímetro industrial para um data center ou para a nuvem. A infraestrutura de fábrica também está presenciando um aumento da adoção de OPC-UA, uma arquitetura aberta multiplataforma, orientada a serviços, para automação industrial.
Esses protocolos, e todos os protocolos que se costuma encontrar em ambientes TI têm de ser igualmente integrados à plataforma de monitoração dos ambientes OT/TI.
Se a chave é reunir o maior número possível de métricas em uma única visão geral, várias são as exigências para uma solução de monitoração OT/TI:
Ela precisa ser neutra em relação a fornecedores de OT e de TI.
Ela precisa entender os protocolos e padrões comuns de comunicação usados no chão de fábrica.
Ela precisa enviar notificações para a equipe correta – seja OT, seja TI – quando ocorrem falhas em qualquer ponto da infraestrutura.
Ela precisa proporcionar painéis de controle com métricas de TI, OT e IIoT entregues de forma unificada e, também, painéis de controle específicos para cada grupo de usuários.
Indústria 4.0 no Brasil: próximos passos
A indústria brasileira está sendo reinventada nesse exato momento. Setores como as indústrias extrativistas (petróleo, gás e mineração), além de utilities como provedores de serviços de água, esgoto e energia elétrica, estão na vanguarda da Indústria 4.0. Isso exige mudanças intensas na cultura dessas empresas, com a convergência entre OT e TI melhorando a gestão, acelerando a produção e trazendo crescimento econômico para o Brasil. O monitoramento integrado dos mundos OT e TI é essencial para que esse avanço aconteça.
Luis Arís, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Paessler América Latina
| Brasil 4.0 ( publicado em 03-07-2020) | | | | Programa desenvolvido pela CNI e Sebrae atendeu 2.224 empresas de todas as regiões do Brasil nos últimos quatro anos. Publicação apresenta casos de sucesso
34% das empresas também apontaram melhorias em produtos, processos ou serviços
A última edição do Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi) superou a meta e registrou um aumento médio de 25% na produtividade das 2.224 empresas atendidas em 22 estados de todas as regiões do Brasil. Realizado entre 2016 e 2020, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Prcompi foca as ações em inovação, acesso a mercados, crédito, meio ambiente, desenvolvimento empresarial e articulações no território para ajudar as empresas a buscarem parceiros estratégicos.
Confira os casos de sucesso
Entre os beneficiados estão as indústrias de fogos de artifício na região de Santo Antônio do Monte, no centro-oeste de Minas Gerais. O Procompi, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e do Sebrae, mobilizou 28 indústrias de explosivos na região, em um trabalho desenvolvido em estreita parceria com o Sindicato das Indústrias de Explosivos no Estado de Minas Gerais (Sindiemg), que reúne empresas responsáveis por 11 mil postos de trabalho direta ou indiretamente.
Com ações individualizadas, as empresas envolvidas conquistaram um aumento de 99% de produtividade e redução de 32% dos custos de produção além do ganho com a exposição nos meios de comunicação locais.
Dentro das ações voltadas para cada empresa, foram realizadas capacitações em temas como planejamento estratégico para governança, Planejamento e Controle da Produção - PCP, segurança dos trabalhadores, capacitação gerencial e gestão financeira.
"Apoiar a pequena empresa industrial, buscar novos mercados, inovar e aumentar a competitividade são estratégias fundamentais para revigorar a economia brasileira", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Para registrar as ações relizadas e os resultados alcançados nos 22 estados em que o Procompi foi realizado, a CNI e o Sebrae elaboraram a publicação Procompi – Casos de Sucesso.
Além do aumento médio de produtividade de 25%, uma em cada cinco empresas conseguiu reduzir o custo de produção e 34% das empresas atendidas em projetos de competitividade apontaram melhorias em produtos, processos ou serviços. O índice é 19 pontos percetuais maior que a meta estipulada no início do programa.
Mais competitivas e mais sustentáveis
Além de aumentar a produtividade das empresas atendidas, o Procompi ajudou as empresas a implementarem ações voltadas para o meio ambiente. Um total de 32% das indústrias atendidas no projeto competitividade fizeram um movimento nesse sentido. É o caso das indústrias de utensílios de cozinha do Ceará.
A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e o Sebrae no Ceará reuniram 19 empresas, que receberam apoio para cumprir, passo a passo, o processo de certificação de seus produtos. Em pouco mais de um ano depois, a maioria (58%) adotou pratica sustentáveis e, em média, o volume de negócios aumentou em 23% nas empresas participantes.
A primeira edição do Procpompi começou em 2000. Em 20 anos, a CNI e o Sebrae atenderam mais de 8,8 mil empresas de 28 setores industriais em todo o Brasil. O aumento médio de produtividade entre as empresas participantes ao longo dessas duas décadas foi de 20%.
| Brasil 4.0 | | | | Trabalhadores de renda média sem acesso a auxílio emergencial foram mais afetados
A falta de crédito para micro e pequenas empresas reduziu o alcance das medidas adotadas pelo governo para preservar empregos e a renda dos trabalhadores do setor formal da economia na pandemia do coronavírus, afirma um grupo de pesquisadores ligado à USP (Universidade de São Paulo).
Cálculos feitos pelos especialistas indicam que os mais prejudicados foram trabalhadores de estratos de renda média, que não tiveram acesso ao auxílio emergencial de R$ 600 pago aos mais pobres e que trabalhavam em empresas que não conseguiram mantê-los empregados com a paralisia da economia.
"O governo tomou medidas para ampliar a oferta de crédito, mas ele não chegou a quem mais precisava", diz o sociólogo Ian Prates, pesquisador do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) e um dos coordenadores do grupo. "Muitas empresas acabaram demitindo por causa disso."
Homem de máscara em fila
Os pesquisadores estimam que as medidas do governo permitiram um aumento de R$ 40 bilhões na contratação de empréstimos entre março e maio, em comparação com o volume de crédito concedido pelo sistema financeiro entre dezembro e fevereiro, antes do início do estado de calamidade pública.
Embora tenha havido aumento na oferta de crédito, o valor representa apenas 4% do impacto potencial calculado pelo grupo após analisar todas as medidas tomadas pelo governo, incluindo programas de financiamento com recursos públicos e medidas para liberar dinheiro para crédito nos bancos.
De acordo com levantamento feito pelo Ministério da Economia para a Folha, apenas 17% dos R$ 68 bilhões destinados pelo Tesouro a programas de financiamento durante a pandemia foram desembolsados até agora, sem contar as medidas tomadas para aumentar a liquidez do sistema financeiro.
Micro e pequenas empresas que tiveram dificuldade para obter crédito durante a pandemia apontaram como obstáculos a burocracia para acessar as linhas emergenciais, a exigência de garantias pelos bancos e a obrigação de evitar demissões para ter acesso aos recursos oferecidos pelo governo.
Dados publicados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na semana passada mostram que há mais desempregados entre os trabalhadores mais pobres, mas o auxílio emergencial os ajudou a preservar a renda que tinham antes da pandemia, de acordo com os pesquisadores.
Mais da metade da população com mais de 14 anos de idade estava desocupada no fim de maio, segundo o IBGE. Além dos que foram às ruas e não conseguiram encontrar trabalho, muitos desistiram de procurar emprego por causa da pandemia e da ausência de vagas disponíveis em suas regiões.
Entre os 30% mais pobres, muitos conseguiram com o auxílio do governo renda superior à que tinham no ano passado, dizem os pesquisadores. "Isso pode ter contribuído para que ficassem em casa em vez de buscar trabalho, o que é essencial para evitar a propagação do vírus", afirma Prates.
Entre os 5% mais ricos da população, poucos ficaram desempregados, e 40% continuaram trabalhando em casa, realizando suas atividades remotamente na pandemia. Nos estratos de renda mais alta, a crise econômica provocou perdas de até 20% na renda domiciliar, calcula o grupo de pesquisadores.
Nos estratos de renda média, as perdas variaram de 10% a 20%, segundo o grupo. Sem acesso ao auxílio de R$ 600, muitos desses trabalhadores também não foram beneficiados por outros programas emergenciais, por não ter vínculo formal com o emprego ou não atender outros requisitos.
Uma medida provisória editada no início da pandemia garante benefícios a trabalhadores do setor formal que tenham a jornada e os salários reduzidos, ou os contratos de trabalho suspensos temporariamente, mas somente 27% dos R$ 52 bilhões destinados ao programa foram desembolsados até agora.
Os pesquisadores dizem que as medidas tomadas pelo governo contribuíram de forma significativa para atenuar o impacto da crise entre os mais pobres. Eles calculam que 16% da população esteja na pobreza hoje, com renda mensal inferior a R$ 350. Sem o auxílio emergencial, os pobres seriam 30%.
Como o benefício deve ser extinto nos próximos meses, o Ministério da Economia promete lançar um novo programa social para substituir o Bolsa Família e garantir uma renda básica aos mais pobres. Os detalhes ainda estão em estudo, e o novo programa terá que ser submetido à análise do Congresso.
"O fim do auxílio emergencial é um dos fatores que complicará a reabertura da economia", diz Prates. "Com empresas muito debilitadas e muitos trabalhadores empobrecidos, a informalidade no mercado de trabalho e a pobreza tendem a crescer, aumentando a insegurança da população".
O grupo de Prates é ligado à Rede de Pesquisa Solidária, que reúne dezenas de pesquisadores de instituições acadêmicas públicas e privadas. Desde abril, eles têm produzido boletins semanais com os resultados de seus estudos. Os trabalhos estão estão disponíveis no site da iniciativa.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 05-07-2020) | | | | Governo estuda novas medidas como R$ 10 bi do Tesouro para operações via maquininhas
Em meio à reclamação de empresários sobre a falta de crédito durante a pandemia do novo coronavírus, apenas 17% dos recursos anunciados em programas de financiamento lançados ou regulamentados pelo governo foram desembolsados até agora.
Os números fazem parte de levantamento feito pelo Ministério da Economia a pedido da Folha. Os dados mostram a baixa execução das iniciativas do crédito quase quatro meses após começarem as medidas de isolamento.
Dos quase R$ 70 bilhões anunciados para quatro grandes linhas, apenas R$ 12,1 bilhões foram executados.
A área do crédito é a mais problemática do pacote econômico contra a crise da Covid-19, na avaliação do próprio titular da pasta, Paulo Guedes.
O ministro diz que a situação é dramática porque a demanda quadruplicou e reconhece que ele e sua equipe têm encontrado dificuldades com o tema.
“Tenho a maior franqueza em reconhecer que, na parte de crédito, [o desempenho] não foi satisfatório até o momento. Nós continuamos aperfeiçoando o nosso programa para o dinheiro chegar à ponta, que era a maior reclamação”, disse em comissão no Congresso na terça-feira (30).
Diferentes fatores são apontados como causas para o cenário. Entre eles, grandes bancos evitando o risco de concederem dinheiro a empresas menores, enquanto pequenos empresários demonstrariam não ter garantias suficientes para as operações.
Ao mesmo tempo, as grandes companhias acionaram suas linhas de crédito pré-aprovadas, drenando boa parte dos recursos disponíveis no começo da crise.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) notou, no fim de março, uma movimentação preventiva por parte de grandes e médias empresas, que recorreram a todas ou a parte das linhas de crédito que tinham a sua disposição, como estratégia para reforçar o caixa diante da pandemia.
Na visão da equipe econômica, não faltaram recursos porque o BC (Banco Central) liberou liquidez no sistema financeiro e o problema maior foi a falta de apetite das instituições por risco.
Carlos Melles, presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), diz que os pequenos acabam prejudicados por muitas vezes não terem condição financeira de garantir os empréstimos aos olhos dos bancos.
“Não existe apetite para emprestar ao pequeno. Já não existia, agora então [com a pandemia] é uma loucura. No geral não existem canais, não existe boa vontade, e o crédito fica represado”, diz.
Segundo Melles, as reclamações diminuíram recentemente porque há uma “fadiga” com o tema.
Pesquisa do Sebrae de junho mostra que 39% dos pequenos empresários buscaram empréstimos na pandemia. Apenas 15% deles conseguiram. A principal razão alegada foi o chamado CPF negativado ou entraves no Serasa.
Uma das apostas da equipe econômica para destravar recursos a empresas menores é o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).
O programa abasteceu com R$ 15,9 bilhões, vindos do Tesouro, o FGO (Fundo de Garantia de Operações) do Banco do Brasil. O fundo é responsável por garantir os empréstimos feitos por meio das instituições habilitadas.
Até o momento, três estão credenciadas (o próprio Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais), e cerca de outras 20 manifestaram interesse, diz o governo.
De acordo com o diretor de inovação, produtos e serviços bancários da Febraban, Leandro Vilain, os bancos ainda esperam aperfeiçoamentos—que devem vir com a aprovação da MP (medida provisória) 944, que regulamenta o programa que financia salários— antes de finalizarem as adaptações ao Pronampe.
“O administrador do programa, o Banco do Brasil, e o Ministério da Economia também estão discutindo alterações no regulamento do programa, que deve sofrer alterações em breve”, disse Vilain.
A execução do Pronampe está em 7,5% do total previsto e, nesse caso, o Ministério da Economia diz que o ritmo se deve ao pouco tempo de lançamento da medida.
Criado pelo Congresso em abril, o programa foi sancionado em maio e regulamentado pelo governo só em junho. A demora para o dinheiro chegar é alvo de reclamações.
“São pelo menos 90 dias que estamos lutando incessantemente, sendo que o micro e o pequeno não suportam 45 dias. Nenhum dos programas efetivamente chegou às mãos de quem precisava”, afirma Melles.
Também deve amenizar o problema, na visão do governo, o FGI (Fundo Garantidor de Investimentos), do BNDES, que receberá R$ 20 bilhões do Tesouro para bancar o risco dos empréstimos.
O BNDES opera uma linha de capital giro voltada a pequenas empresas, temporariamente aberta para companhias que faturam até R$ 300 milhões por ano, com execução acima do previsto.
Na avaliação do banco, o desempenho se deve a fatores como uma comunicação mais completa para o empresário, com exibição por meio do site de todas as instituições e respectivas taxas cobradas na região do empreendedor.
Nessa linha, a execução passou dos R$ 5 bilhões projetados, graças à demanda de médias empresas (que captaram 64% do montante). Por isso, o banco vai dobrar os recursos disponíveis para R$ 10 bilhões.
Novas alternativas estão em estudo pelo Ministério da Economia e pelo Congresso para destravar o cenário, sendo um deles o empréstimo por meio de empresas de maquininhas.
A alternativa era um pedido das próprias empresas do segmento, e as discussões apontam para o uso de R$ 10 bilhões do Tesouro para sustentar linhas de crédito.
Nesse caso, os empreendedores podem receber recursos em conta e irem pagando o empréstimo por meio das vendas que fazem via aparelhos.
O BC, responsável pelo programa que financia salários (o Pese) e que tem execução de apenas 10% do previsto, afirma que monitora continuamente as medidas e recebe propostas de melhorias.
Segundo a autoridade monetária, o BC anunciou no dia 23 de junho uma nova série de iniciativas diante do arrefecimento do crédito cujos resultados deverão se materializar a partir deste mês.
“O BC reforça que, sempre que julgar necessário, adotará novas medidas e utilizará todas as ferramentas de que dispõe para o bom funcionamento do sistema”, diz em nota.
BANCOS DIZEM QUE SE EMPENHAM PARA LIBERAR RECURSOS
Os bancos afirmaram que estão empenhados para colocar recursos à disposição das empresas, em programas do governo e em linhas próprias.
Em nota, o Itaú afirmou que já emprestou R$ 1,6 bilhão para a linha de crédito emergencial que garante o pagamento do salário de funcionários de pequenas empresas e que outro R$ 1,8 bilhão foi cedido referente ao Bem (Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda).
“O Itaú também não adotou como política a elevação de taxas de juros desde o início da pandemia e tem oferecido condições inéditas de alongamentos de prazos, carências e renegociações para seus clientes por meio do Programa Travessia. Ao todo, com a iniciativa, foram mais R$ 5,2 bilhões em novas concessões de crédito para PMEs [pequenas e médias empresas]”, disse o banco em nota.
Já o Santander Brasil disse que não tem medido esforços para entender as necessidades de seus clientes e apoiá-los na travessia do atual momento.
“Esta postura tem permitido à instituição adotar, além das iniciativas alinhadas diretamente entre o governo e o setor bancário, outras soluções direcionadas a segmentos mais vulneráveis, como microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e pessoas com dificuldades para honrar seus compromissos.”
Em nota, o Bradesco afirmou que já adotou o Pese e o Peac (Programa Emergencial de Acesso ao Crédito, que vai abastecer o FGI) e que está em processo de adesão ao Pronampe. Disse ainda que oferece opções de linha de crédito.
“A iniciativa do banco vem em linha com os programas anunciados, que tem como objetivo ajudar as empresas a enfrentar a turbulência econômica causada pela pandemia do novo coronavírus”, disse.
O Banco do Brasil afirmou que desembolsou mais de R$ 156 bilhões em crédito, considerando prorrogações, renovações e novas operações.
A Caixa disse que deu condições diferenciadas e taxas reduzidas para a micro e pequenas empresas e pausa de até 90 dias no pagamento das parcelas do crédito.
FEBRABAN DESTACA REGRAS
Especificamente sobre a linha de folhas de pagamentos, Vilain, da Febraban,disse que a adesão das empresas é considerada aquém das expectativas. “Alguns fatores contribuíram para isso.
A exigência de não ter dívidas de seguridade social afetou a elegibilidade de 20% das empresas até a emenda constitucional 106/2020, em 7 de maio, que retirou essa limitação.” Vilain também disse que os bancos não solicitam contrapartidas adicionais em relação às novas linhas e que mantêm só o que exige os regulamentos dos respectivos fundos.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 04-07-2020) | | | | Cooperativas, fintechs e empresas individuais emprestam a juros baixos
Um dos principais gargalos para os negócios de pequeno porte durante a pandemia da covid-19 pode ser superado com planejamento e pesquisa. Com dificuldade de acesso ao crédito em bancos tradicionais, as micro e pequenas empresas devem avaliar a necessidade do crédito, traçar uma estratégia financeira e diversificar a procura para enfrentarem a crise.
Uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) constatou que 80% dos negócios de pequeno porte buscam crédito apenas nos cinco principais bancos do país. Ao limitarem a procura, as empresas deixam de consultar outras instituições, como as cerca de 900 cooperativas de crédito, 30 fintechs (espécie de banco digital) e 600 empresas simples de crédito existentes no país.
“As empresas sempre buscam serviço financeiro onde têm conta e esquecem que há outro universo que pode ser buscado, porque as empresas estão absolutamente o ignorando”, disse o coordenador de Inovações Financeiras no Sebrae Nacional, Adalberto Luiz, em transmissão ao vivo na página do órgão no Facebook.
No caso das fintechs, Adalberto Luiz observa que a empresa não precisa ter conta na instituição e pode contratar a operação de crédito e enviar os documentos totalmente por meios virtuais. Em relação às empresas simples de crédito, ele explica que são empresas comerciais que emprestam apenas recursos próprios, sem a possibilidade de captar depósitos e os emprestar a outros clientes, como fazem os bancos e sem apoio do Banco Central.
Mapeamento
O Sebrae mapeou as 177 principais linhas de crédito para os microempreendedores individuais (MEI), as micro e pequenas empresas no país oferecidas em 69 instituições financeiras de todos os tipos. Diferentemente dos grandes bancos, que cobram juros de até 13% ao ano, o órgão encontrou linhas de crédito com taxas de apenas 3,04% ao ano (0,25% ao mês).
A relação pode ser consultada no site do Sebrae, mas em breve estará disponível no aplicativo do órgão para dispositivos móveis.
Garantia
Além dos juros altos nas instituições tradicionais, a exigência de garantias representa um obstáculo para o acesso ao crédito pelas micro e pequenas empresas. Muitas vezes, os bancos exigem que o empresário dê carros, imóveis ou um patrimônio que não têm como garantia para cobrir eventuais calotes. Isso reduz o interesse dos empresários e dificulta o acesso ao crédito.
Recentemente, o governo federal regulamentou o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), sancionado em maio. O programa garante até 85% da operação de crédito por meio do Fundo Garantidor de Operações, abastecido com recursos do Tesouro Nacional.
Com empréstimos de até 36 meses, o Pronampe tem juros baixos. A taxa máxima equivale à Selic (juros básicos da economia) mais 1,25% ao ano. Com a Selic atualmente em 2,25% ao ano, a taxa pode chegar a até 3,5% ao ano. As linhas do programa, no entanto, têm restrições de valor e emprestam apenas 30% da receita bruta do negócio no ano anterior.
Uma opção para conseguir garantias mais amplas é obter financiamentos garantidos pelo Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), operado pelo Sebrae. Por meio do Fampe, o Sebrae entra como avalista complementar da linha de crédito, garantindo até 80% da operação para financiamentos de até R$ 700 mil para negócios inovadores e R$ 300 mil para empresas não inovadoras. O mecanismo, porém, está disponível apenas nas 15 instituições financeiras que têm convênio com o Sebrae.
De acordo com o Sebrae, quase da metade dos 6 milhões de empreendedores individuais formalizados, trabalha em casa.
Estratégia
Apesar da crise, os especialistas do Sebrae aconselham o pequeno empresário afetado pela crise a traçar uma estratégia antes de contrair uma operação de crédito. Segundo Adalberto Luiz, o empreendedor deve avaliar as reais necessidades antes de pegar um financiamento. “Linhas de capital de giro têm prazos mais curtos e juros mais altos que uma linha de investimento fixo [para a compra de um equipamento]”, explicou.
No caso de estoque parado, o coordenador do Sebrae sugere promoções para desovar a mercadoria, antes de recorrer a um financiamento de capital de giro. Ele também aconselha o empresário a regularizar eventuais restrições que negativem o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), como contas de luz e de telefones atrasadas. “O empresário deve reunir as necessidades e os objetivos no papel e só então procurar as instituições financeiras. O planejamento é parte essencial do processo”, destacou.
Em tempos de rupturas provocadas pelo novo coronavírus (covid-19), o analista técnico do Sebrae Giovanni Beviláqua aconselha o empresário a contrair crédito não apenas para manter, mas para remodelar o empreendimento.
“Neste período, muitos negócios pararam de funcionar, mas ao mesmo tempo vimos que muitos se reinventaram. Foi acelerada a transformação digital das empresas por causa da pandemia. Essa pode ser uma oportunidade interessante, uma estratégia para manter e ampliar clientes”, recomenda o analista.
| Agência Brasil ( publicado em 05-07-2020) | | | | O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou hoje (6), no Rio de Janeiro, que irá, com um aporte de até R$ 300 milhões em fundo de investimento, apoiar empresas de médio porte. A estimativa é que, com a participação de outros investidores institucionais, o fundo apoie os negócios de quatro a seis empresas brasileiras, com potencial de geração de empregos no país.
O BNDES aprovou a subscrição de até R$ 300 milhões no fundo de investimento em participações Alaof V Brasil. Segundo o banco, o valor efetivamente aplicado está limitado a 25% do total subscrito no fundo. Com apoio indireto de instituições financeiras e agências de desenvolvimento internacionais, o fundo poderá dispor de até R$ 1,2 bilhão para alavancar negócios no Brasil.
A intenção é, com os recursos, oferecer aportes que podem variar entre R$ 80 milhões e R$ 300 milhões em cada negócio. Além do dinheiro, a gestora afirma que terá influência sobre as principais decisões operacionais, financeiras e estratégicas das empresas, a fim de gerar mais valor para elas. Diz ainda que buscará implementar níveis internacionais de governança, transparência e responsabilidade socioambiental nas companhias apoiadas.
Empresas de diversos setores
De acordo com o BNDES, o fundo buscará investir principalmente em empresas de médio porte de diferentes setores, como saúde, educação, farmacêutico, consumo e varejo, tecnologia e gestão de resíduos, entre outros. O fundo deverá ter duração de dez anos, com possibilidade de prorrogação por mais dois.
O período de investimento poderá durar entre 5 e 7 anos. Após esse tempo, o fundo terá um período dedicado a gerir e eventualmente se desfazer de suas participações, remunerando o BNDES e os demais cotistas.
O Alaof V Brasil é gerido pela Alaof do Brasil, gestora do grupo ACON Investments no Brasil. Foi um dos quatro fundos de private equity selecionados por meio de chamada multissetorial realizada pelo BNDES em dezembro de 2018.
| Agência Brasil | | | | Queda de juros e alta do dólar explicam alta de 20% em aplicações no exterior
A dificuldade em encontrar opções de investimento no Brasil que garantam boa rentabilidade e também o poder de compra em relação ao dólar tem motivados brasileiros a procurarem ativos negociados no exterior.
Segundo dados do Banco Central, os brasileiros possuíam no final de maio deste ano US$ 38,8 bilhões em ações no exterior. Houve um aumento de cerca de 20% nesse estoque nos últimos 12 meses.
Entre o final de 2017 e setembro de 2019, esse valor ficou praticamente estável. Desde o último trimestre do ano passado, vem crescendo.
O movimento está alinhado ao aumento das aplicações também na Bolsa brasileira, impulsionadas, por exemplo, pela queda nas taxas de juros que reduziram a atratividade da renda fixa no Brasil. A título de comparação, o estoque de investimento em ações no exterior equivale a 5% do valor de mercado das empresas do Ibovespa, em dólares.
Nos cinco primeiros meses do ano, o saldo de novas aplicações em ações negociadas fora do país, por pessoas residentes no Brasil, cresceu quase dez vezes em relação mesmo período de 2019, de US$ 74 milhões para US$ 707 milhões.
No caso dos fundos de investimentos registrados fora do país, houve alta de 337%, de US$ 791 milhões para US$ 3,452 bilhões.
Se os valores forem convertidos para reais, o crescimento é ainda mais expressivo, considerando que a mesma quantidade de dólares equivale atualmente a uma quantidade maior de moeda nacional em relação ao início de 2019.
Para fazer um investimento diretamente no exterior é necessário abrir conta em uma instituição americana e enviar os recursos para fora do país.
Para abrir conta nos EUA, são exigidos praticamente os mesmos documentos necessários para abrir em corretora brasileira: passaporte ou documento de identidade e comprovante de residência. Algumas instituições pedem cópia do Imposto de Renda.
Os valores investidos devem ser informados ao Banco Central, de acordo com o calendário de declarações de capitais no exterior. As aplicações também devem ser reportadas à Receita Federal na declaração do Imposto de Renda e, quando há ganho, os valores são tributados aqui no Brasil.
Roberto Lee, presidente da Avenue, corretora nos EUA para brasileiros, afirma que, antes da crise atual, as pessoas buscavam mais ações de empresas como Apple, Facebook e Netflix. Desde que o dólar começou a se valorizar mais fortemente, passaram a buscar mais ativos de renda fixa.
“O maior volume tem sido para ETF de renda fixa, buscando preservação de capital. De dívidas soberanas, especialmente de países emergentes, e bonds de grandes empresas americanas. ETFs que investem no Tesouro pagam pouco, então a alocação é pouca”, afirma Lee.
Segundo ele, o valor médio de quem tem conta na corretora fica entre US$ 7.500 e US$ 10.000. O público investidor é de classe média alta.
Em relação às ações, ele afirma que os investidores se guiam pelas marcas de produtos e serviços que utilizam. “Eles buscas as maiores empresas do mundo e as mais conhecidas para os brasileiros, como Alibaba, XP e Stone”.
O presidente da Avenue diz que a abertura de capital da XP em dezembro impulsionou a abertura de contas, que hoje somam 110 mil investidores. A alta do dólar nos últimos meses, relacionada também à pandemia, também acelerou esse movimento.
“Desde março, quando o dólar começou a tocar os R$ 6, houve uma corrida por proteção, e o fluxo cresceu. Abrimos 800 contas por dia, algo que não tínhamos antes.”
Adriano Cantreva, sócio da Portofino Investimentos, afirma que, nos EUA, em geral é cobrado um valor fixo pela quantidade de ação. No Brasil, em geral, é um percentual sobre o valor da ação.
“Existe corretora que não cobra e outras que cobram US$ 100 por trade. A RobinHood, por exemplo, não cobra nada para vender ações. Na média, custos são mais baratos do que no Brasil, onde há custos da B3 também”, afirma.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 05-07-2020) | | | | “As previsões iniciais de uma grande retração do setor de máquinas e veículos comerciais felizmente estavam erradas”, disse Vilmar Fistarol, presidente da CNH Industrial na América Latina, conglomerado de empresas fabricantes de bens de capital veiculares (Case, New Holland, Iveco e FPT Industrial), durante a live “O cenário para máquinas e veículos comerciais pós-pandemia”, promovida pelo site Automotive Business.
Na opinião de Fistarol, houve queda, mas o mercado está melhor do que o esperado, já que todos os setores em que a CNH Industrial atua estão indo bem. “No setor de construção erramos um pouco, esperávamos queda bem maior; caminhões também foram menos afetados pela crise; mas onde mais erramos foi na área agrícola, que segue com crescimento expressivo, com exportações e câmbio favorável”, explicou o executivo.
Fistarol contou que CNH cogitou interromper a produção de todas as suas fábricas na América Latina no início de abril. Porém, devido ao pânico inicial causado pela pandemia do novo coronavírus, a decisão foi antecipada e as fábricas foram paralisadas no meio do mês de março. Em sua avaliação, o ideal talvez fosse parar um pouco mais tarde. “Isso nos custou perda de produção que pode nos fazer falta”, apontou.
Para o presidente da CNH Industrial, apesar do peso da retração do PIB ser bastante negativo, a melhora da economia aumenta a confiança do mercado. “Exemplo disso é o agronegócio com exportações em alta, que gera bom humor geral no mercado”, comentou. Apesar do cenário de crise e de problemas econômicos que antecedem a pandemia, Fistarol classifica como “boa” a performance das divisões do grupo na América Latina e salienta: “Claro que gostaríamos que fosse melhor, com rentabilidade maior”.
Retorno das atividades - A CNH retomou as suas atividades no meio de abril. As primeiras fábricas a retomarem às atividades foram as dedicadas à manufatura de máquinas de construção, localizadas em Contagem (MG). Em seguida, Iveco e FTP voltaram a fabricar veículos comerciais e motores na cidade, também mineira, de Sete Lagoas.
Por último, voltaram as produções de colheitadeiras de cana e café (Piracicaba - SP), colheitadeiras de grãos (Sorocaba - SP) e tratores agrícolas em (Curitiba - PR). Na Argentina, em Córdoba, as fábricas da Iveco e da FTP também retomaram a produção, porém com restrições impostas pelo governo em relação às importações de componentes.
Manutenção dos investimentos - Segundo Fistarol, a CNH Industrial não cancelou nenhum investimento por conta da pandemia. No máximo, conforme dito por ele, alguns programas serão adiados para um futuro próximo.
“Mas espero por alguma ajuda e sensibilidade para adiar alguns programas”. Ele se refere ao pedido de postergação - em três anos - da próxima fase do Proconve 8, programa de emissões para veículos a diesel previsto para os anos de 2022/2023. A adoção de tecnologia de controle Euro 6, prevista pelo programa, exigiria investimentos da ordem de R$ 14 bilhões da indústria.
| Usinagem Brasil ( publicado em 05-07-2020) | | | | O mercado de capitais brasileiro voltou à atividade com toda força no segundo trimestre do ano, impulsionado por investidores locais procurando alternativas aos retornos mínimos com renda fixa, ainda que a crise do Covid-19 continue aumentando o impacto negativo sobre a economia.
As ofertas de ações de empresas brasileiras cresceram 10% no primeiro semestre, para 9,9 bilhões de dólares, segundo dados da Refinitiv, surpreendendo muitos banqueiros de investimento, especialmente pelo contraste com a paralisia do mercado de fusões e aquisições
Empresas de outros mercados da América Latina não recorreram a ofertas de ações, com a empresa aérea panamenha Copa Holdings como a única empresa não brasileira a concluir uma venda de ações na região. Na América Latina, as ofertas de ações caíram 13%, para 10,2 bilhões de dólares.
A primeira onda de transações depois do início da pandemia de Covid-19 foi de ofertas subsequentes (de empresas já listadas) buscando “capital de resgate”, disse o diretor de Equity Capital Markets para a América Latina do Morgan Stanley, Eduardo Mendez. O banco liderou os rankings de emissões de ações na América Latina e Brasil no primeiro semestre.
Foi o caso da varejista de eletroeletrônicos Via Varejo, que teve alta demanda por sua oferta de ações de 4,45 bilhões de reais no mês passado, ainda que boa parte das suas mais de mil lojas físicas estivesse fechada por restrições para conter a pandemia. O Grupo SBF, dono da varejista de artigos esportivos Centauro, também fortemente afetada pela pandemia, levantou 900 milhões de reais em junho.
“Agora a dinâmica mudou e estamos vendo mais empresas procurando por capital adicional para expandir investimentos em seus setores”, disse Mendez, acrescentando que varejo, serviços de saúde, infraestrutura, agronegócio, saneamento e água e logística devem ter empresas candidatas a acessar o mercado nos próximos meses. O BTG Pactual, maior banco de investimentos independente da América Latina, captou 2,6 bilhões de reais em junho para expandir sua atividade de varejo.
O sucesso de muitas empresas listadas, que conseguiram altos múltiplos em ofertas secundárias ajudaram a impulsionar outras empresas a retomar seus planos de IPOs engavetados durante o auge da pandemia. A Via Varejo, por exemplo, conseguiu vender suas ações a múltiplos preço-lucro acima de 330 considerando o resultado dos últimos 12 meses, e 51 considerando as projeções de resultados futuros.
Algumas empresas com forte crescimento durante a pandemia, como a empresa de remediação, gerenciamento de resíduos e desinfecção Ambipar, estão apresentando planos de listagem pela primeira vez. Outras, como a rede de drogarias Pague Menos e as construtoras You e Cury retomaram planos que haviam sido suspensos temporariamente.
Banqueiros de investimento dizem que até 50 empresas estão em discussões para novas emissões de ações, embora nem todas as operações venham a mercado este ano.
“Tivemos uma grata surpresa com a reativação rápida do mercado, esperávamos uma maior atividade só em setembro”, afirma o sócio e chefe da área de Equity Capital Markets do Banco BTG Pactual, Fabio Nazari.
A taxa Selic ao recorde histórico de 2,25% aumentou o apetite dos investidores por retornos potencialmente mais altos dos IPOs. Enquanto investidores estrangeiros continuam cautelosos, muitos investidores locais continuaram comprando ações mesmo durante os períodos de maior volatilidade do Ibovespa. No segundo trimestre, o índice subiu mais de 30%.
Analistas do Morgan Stanley estimam que as ações representem 25% do total de ativos sob gestão no Brasil em 2025, o dobro dos atuais 12%.
FUSÕES DESABAM
As fusões e aquisições desabaram na América Latina e Brasil no primeiro semestre, mas banqueiros de investimentos veem sinais de recuperação e esperam mais acordos nos próximos meses. O volume de fusões e aquisições caiu 72% na América Latina no primeiro semestre, para 10,8 bilhões de dólares, segundo dados da Refinitiv. O volume no Brasil foi o menor desde 1999. A América Latina teve o pior volume em 25 anos.
Um dos maiores negócios da região, a venda das operações comerciais da Embraer para a Boeing , entrou em colapso próximo da previsão de fechamento, em abril.
O Bank of America, que liderou o ranking de fusões e aquisições da Refinitiv na América Latina no primeiro semestre e trabalhou na maior transação do período, a venda das atividades do laboratório japonês Takeda Pharmaceutical Co na América Latina para a Hypera Pharma por 825 milhões de dólares, já vê sinais de retomada.
“Esperamos ver movimentos de consolidação em vários setores, incluindo varejo, hotelaria e viagens, petróleo e gás e infraestrutura, porque muitas empresas estão vendo as sinergias de fusões como uma maneira de lidar com a crise”, afirma Hans Lin, chefe da área de banco de investimento no Brasil.
Sinais de uma recuperação econômica mais rápida que a esperada pode ajudar a acelerar as fusões e aquisições, afirma Alessandro Farkuh, chefe da área de banco de investimento do Bradesco, que liderou o ranking de M&A no Brasil no primeiro semestre.
Na semana passada, a Petrobras recebeu ofertas vinculantes pela primeira das oito refinarias que pretende vender. Há duas semanas, o fundo de private equity IG4 acertou a compra de uma participação relevante num dos maiores terminais de grãos brasileiros.
| Reuters | | | | Dados da Receita captam principalmente operações entre empresas e via comércio eletrônico
O país registrou R$ 23,9 bilhões de vendas com notas fiscais eletrônicas em junho, um crescimento de 15,6% na comparação com maio e de 10,3% na comparação com um ano antes. Os dados, monitorados pela Receita Federal, apontam para uma melhora da economia após os efeitos causados pela pandemia do coronavírus.
Esse é o primeiro mês neste ano em que o indicador mostra aumento na comparação com 2019 e, segundo o Fisco, tanto em quantidades como em valores há tendência crescente em todas as regiões após as quedas de vendas em abril e em maio.
De acordo com a Receita, os dados monitorados captam, principalmente, as vendas entre empresas de médio e grande porte, bem como as vendas não presenciais de empresas para pessoas físicas.
A quantidade de notas fiscais eletrônicas subiu gradualmente após o choque da Covid-19 e é maior que no início do ano.
As vendas semanais também apontam para uma recuperação gradual dos números, na visão da Receita. Após o pico de R$ 180 bilhões na última semana de maio, as semanas de junho mostraram vendas superiores a R$ 150 bilhões. A última semana de junho registrou vendas de R$ 177 bilhões.
De acordo com o Fisco, todas as regiões brasileiras mostraram recuperação no ritmo de vendas, tanto em valor como em quantidades de notas emitidas.
Os dados de comércio eletrônico, especificamente, mostram crescimento. Com as restrições de movimentação, as vendas pela internet têm ganhado impulso desde março.
Junho teve R$ 670 milhões em vendas eletrônicas e obteve o melhor desempenho entre os meses de 2020. Foi, também, superior ao mês de junho de 2019.
Em relação ao mesmo mês de 2019, a média diária de vendas eletrônicas apuradas com nota fiscal eletrônica em 2020 cresceu 20% em março, 17% em abril, 37% em maio e 73% em junho.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 06-07-2020) | | | | As vendas de máquinas agrícolas e tratores no Brasil fecharam o primeiro semestre com queda de 1,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, para 19.642 unidades, em meio a impactos da pandemia de Covid-19, informou nesta segunda-feira a associação nacional dos fabricantes de veículos Anfavea.
Mas a associação está confiante de que terá um segundo semestre melhor nas vendas de máquinas agrícolas e elevou as projeções para uma alta de 3% em 2020 —ante aumento de 0,5% na previsão de janeiro—, com o agronegócio sendo menos afetado pela crise do coronavírus, diante do impulso do câmbio nos preços das commodities.
No que diz respeito às chamadas máquinas rodoviárias, a Anafavea reduziu as estimativas para 2020, de uma alta de 22% prevista em janeiro, para queda de 24%, devido à menor demanda para construção de estradas, com a indústria fabricante de tratores sofrendo neste ano.
Em junho, as vendas totais, de máquinas agrícolas e rodoviárias, somaram 3.910 unidades, alta de 0,9% ante maio e uma queda de 9,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.
As vendas de tratores de rodas somaram 2.614 unidades, queda de 15% ante maio e de 23,4% na comparação com junho do ano passado, o que resultou uma baixa de 5% no primeiro semestre.
Já as vendas de colheitadeiras de grãos atingiram 734 unidades em junho, alta de 130,8% versus maio e de 39,3% na comparação com junho do ano passado. No semestre, o setor ainda vê recuo de 9%.
Contudo, após um primeiro semestre de negócios mais mornos em meio a incertezas relacionadas à crise do coronavírus, o setor de máquinas agrícolas espera uma movimentação maior dos agricultores nos seus últimos meses do ano, quando é semeada a safra de soja, a principal do país, conforme executivos ouvidos pela Reuters anteriormente.
Montadoras de máquinas agrícolas estão até mesmo reajustando preços para repassar o aumento de gastos com peças importadas encarecidas pela alta do dólar, e devem ter a seu favor a boa rentabilidade de produtores de grãos do Brasil, um dos poucos setores que, também pelo câmbio, obteve margens positivas neste momento de crise histórica.
Já a comercialização de colhedoras de cana somou 52 unidades, aumento de 225% ante maio e de 160% na comparação com junho do ano passado. No semestre, as fábricas apontaram aumento de 24,2%, mesmo diante das dificuldades relatadas pelas usinas no mercado de etanol, enquanto as exportações de açúcar estão elevadas.
| Reuters | | | | A partir de agosto devem entrar em vigor na cidade de Curitiba novas regras para a aquisição de potencial construtivo adicional. Um projeto de lei que regulamenta o procedimento, previsto na Lei de Zoneamento e no Plano Diretor da cidade foi aprovado pelos vereadores e aguarda a sanção do prefeito Rafael Greca (DEM).
O potencial construtivo é uma autorização dada pelo município para construções com número de pavimentos ou área edificada acima dos limites autorizados originalmente no zoneamento de um terreno. O principal destino dos recursos obtidos com a concessão da autorização será o Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social.
Com o projeto apresentado, aprovado com um substitutivo geral de diversos vereadores, a prefeitura quer reforçar a tendência de uso habitacional da Zona Central, dando desconto na aquisição de potencial construtivo adicional. A regulamentação ainda incentiva a implantação de usos não habitacionais nas pontas dos Eixos Estruturais Norte e Sul, no sentido de obter certa centralidade nas regiões do Boa Vista/Santa Cândida (Norte) e Capão Raso/Pinheirinho (Sul).
Além disso, a regulamentação do potencial construtivo adicional apoia a ocupação de zonas residenciais de média densidade e favorece a implantação progressiva de usos não habitacionais em outros eixos estruturais da cidade.
Na Câmara Municipal, a pauta uniu base e oposição. “Isso mostra que não é uma pauta ideológica. É uma pauta que favorece a cidade, principalmente na recuperação do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social”, disse o líder do prefeito na Casa, Pier Petruzziello (PTB). A vice-líder da oposição, Professora Josete (PT), classificou o projeto como “o mais importante” analisado pelos vereadores em 2020.
Veja exemplos
A aquisição de limites adicionais para construção varia conforme o zoneamento. Há basicamente dois parâmetros que devem ser observados: o coeficiente de aproveitamento e a altura, em pavimentos.
O coeficiente de aproveitamento é um valor que, multiplicado pela área do terreno, indica a quantidade máxima de metros quadrados que podem ser construídos, somadas as áreas de todos os pavimentos. Já a altura é o total de andares que um imóvel pode ter, desde que respeitado o coeficiente de aproveitamento.
No eixo da Avenida Presidente Affonso Camargo, por exemplo, estão autorizados inicialmente imóveis com até quatro andares e coeficiente de aproveitamento de 1,5. Com a regulamentação, é possível adquirir permissão para construir mais seis pavimentos, totalizando 10, com um coeficiente de 2,5.
Já nos eixos da Avenida Marechal Floriano Peixoto e de adensamento da Avenida Comendador Franco, o coeficiente de aproveitamento é 1, mas pode chegar a 2,5 com a aquisição de potencial construtivo. O número de pavimentos pode ir de quatro (básico) para 10 (máximo).
Nos bairros Batel e Alto da XV, a altura básica é limitada a seis andares, com coeficiente de aproveitamento 2, mas é possível adquirir autorização para mais quatro pavimentos e um adicional de 0,5 no coeficiente de aproveitamento.
Confira o quadro com os parâmetros para todos os eixos, zonas e setores especiais de uso habitacional em vias normais.
Para onde vão os recursos
A aquisição de potencial construtivo adicional poderá ser feita por meio de três diferentes instrumentos. A primeira delas, a outorga onerosa do direito de construir, é emitida pelo município, mediante contrapartida financeira, para que o proprietário de um imóvel possa edificar acima dos índices urbanísticos básicos estabelecidos.
Conforme o projeto de lei aprovados na semana passada, dos recursos arrecadados na outorga onerosa, 70% serão distribuídos a programas de habitação de interesse social ou de regularização fundiária, vinculados ao Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social.
Uma parcela ainda é distribuída entre programas de promoção, proteção e preservação do patrimônio natural, vinculados ao Fundo Municipal do Meio Ambiente (5%) e programas de promoção, proteção e preservação do patrimônio cultura, vinculados ao Fundo Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural (5%).
Outros 10% vão para o município, para implantação e melhorias de equipamentos públicos urbanos e comunitários. O destino dos 10% restantes fica a critério do Executivo, dentre as destinações anteriores, conforme prioridades elencadas em consulta pública sobre o Orçamento.
Edificações em empreendimentos de interesse social e de habitação coletiva realizados pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab-CT) ou em parceria com ela, bem como equipamentos públicos de caráter social, terão isenção da cobrança da outorga onerosa. Estabelecimentos de saúde e ensino poderão ter desconto de 50%, mediante contrapartida social.
O segundo instrumento para aquisição de potencial construtivo é a chamada transferência do direito de construir. Trata-se de uma autorização expedida pelo município ao proprietário de imóvel urbano para edificar em outro local, ou alienar mediante escritura pública o potencial construtivo de determinado lote. Ocorre, por exemplo, em caso de terrenos atingidos por um novo alinhamento ou pelo sistema viário.
Conforme o texto aprovado na Câmara, sobre o montante do potencial construtivo a ser concedido por meio de transferência do direito de construir incidirá uma contribuição de 3%, em benefício do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social.
O terceiro instrumento são as cotas de potencial construtivo, emitidas pelo município para o proprietário de um imóvel regularizar uma edificação, mediante contrapartida financeira, por ultrapassar índices urbanísticos estabelecidos e pela sobrecarga da infraestrutura instalada.
O substitutivo aponta que a arrecadação deve financiar programas de habitação de interesse social e de regularização fundiária; preservação do patrimônio ambiental, tanto natural quanto cultural; implantação e melhorias em espaços de lazer, áreas verdes, equipamentos públicos e comunitários; e investimentos no sistema viário e no transporte coletivo.
| Gazeta do Povo ( publicado em 05-07-2020) | | | | O Santander Brasil demitiu cerca de 20 pessoas por dia útil de 5 de junho a 3 de julho. O último levantamento realizado pelos sindicatos do país apontou que, até esta sexta-feira (3), o banco havia demitido pelo menos 433 funcionários.
No domingo (5), o banco completou um mês desde o início das demissões –que ocorrem durante a pandemia do novo coronavírus e mesmo após o banco ter assinado um compromisso público de que não demitiria enquanto durasse a crise.
Até agora, as demissões acontecem em diversos estados brasileiros. O Santander é o único dos cinco maiores bancos do país (que também contam com Banco do Brasil, Bradesco, Caixa e Itaú) a demitir.
O Santander disse por meio de sua assessoria de imprensa que não comentaria as demissões nem abriria o número exato de desligamentos ou contratações que o banco fez desde o início de junho.
Segundo a dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Lucimara Malaquias, o volume de demissões é defasado e pode ser ainda maior, uma vez que, depois da nova lei trabalhista, os desligamentos não precisam mais ser homologados pelo sindicato.
“Tivemos uma mesa de negociação em 1º de julho, mas o banco se negou a fornecer números exatos das demissões e se recusou a negociar qualquer interrupção nessas demissões”, afirma.
Os sindicatos dos bancários de diversos estados brasileiros fizeram manifestações em agências e redes sociais contra as demissões ao longo de junho. Os bancários também reclamam que as metas dos trabalhadores foram aumentadas durante a pandemia e que há ameaça de demissão caso elas não sejam cumpridas.
Os sindicatos também chegaram a enviar uma carta a Juan Gorostidi, o diretor de relações trabalhistas do Santander na Espanha em busca de auxílio, mas o executivo afirmou que as questões devem ser tratadas diretamente pela operação do banco no Brasil.
Dentre as denúncias, também houve relatos de que o Santander aprovou mudanças no Banesprev (fundo de previdência dos funcionários do antigo Banespa), desrespeitando o termo de compromisso estabelecido em acordo coletivo e assinado pelo banco e pelos representantes de funcionários.
O termo garantia o aviso da mudança aos funcionários e a instalação de um grupo de trabalho com número igual de participantes para cada parte —ambos acordos que o banco teria descumprido.
A proposta do Santander visa substituir o plano de benefício definido –no qual é pré-fixado o valor a ser retirado na aposentadoria– por um plano de contribuição definida –que pré-define a contribuição ao longo do plano e o montante a ser retirado varia em função da quantia, do tempo de contribuição e da rentabilidade.
A mudança, segundo relatos, também foi dirigida para o público que já tem o direito à renda vitalícia.
Nesta sexta-feira (3), a juíza Cissa de Almeida Biasoli, da 75ª Vara da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro, determinou que o banco se abstivesse de dar prosseguimento à proposta apresentada para reestruturação do Banesprev e de formular qualquer outra proposta unilateral sobre o tema sem considerar a conclusão do grupo técnico de trabalho descrito no termo de compromisso feito entre o banco e os representantes de funcionários.
A pena para o descumprimento é de uma multa diária de R$ 1.000 para cada beneficiário da Banesprev, a contar do recebimento da intimação por mandado.
“O que temos de concreto é que assim como o banco afirmou que não faria demissões na pandemia, ele também se comprometeu a não fazer alterações no Banesprev. Existe um termo de compromisso que determina a instituição desse grupo de trabalho e isso precisa ser cumprido”, afirmou o secretário de assuntos socioeconômicos e representante da Contraf-CUT, Mario Raia.
OUTRO LADO
O Santander disse por meio de sua assessoria de imprensa que não comentaria as demissões nem abriria o número exato de desligamentos ou contratações que o banco fez desde o início de junho.
O banco também afirmou que ainda não foi notificado sobre a decisão judicial.
Previamente, o Santander havia afirmado, em nota, que seguiu todas as normas do processo de aprovação para a alteração do plano pelo conselho deliberativo do Banesprev.
"O novo plano ainda será submetido à avaliação e anuência do órgão competente, a Previc, e a alternativa de migração dos atuais contribuintes para esta modalidade será opcional. A instituição acrescenta que o sindicato e as associações de aposentados foram reiteradamente convidadas a discutir a proposta, mas não apresentaram contribuições. Cabe destacar, ainda, que o Plano CD oferece aos participantes as possibilidades de transmissão da reserva atuarial para herdeiros e de resgate imediato de até 25% da reserva, entre outros benefícios", disse, em nota.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 06-07-2020) | | | | Em São Paulo, WhatsApp tem sido utilizado em audiências de conciliação no TRF-3
Com os atendimentos presenciais suspensos em razão da pandemia de Covid-19, a Justiça está utilizando meios virtuais para celebrar acordos e agilizar o andamento de processos previdenciários, trabalhistas e cíveis. Até o WhatsApp está sendo usado para realizar audiências a distância.
No TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), que abrange os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, o WhatsApp foi a ferramenta encontrada para viabilizar acordos em ações judiciais que envolvem a administração pública federal, seja a União ou instituições como Caixa Econômica Federal e INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Outro programa utilizado pelo tribunal é o Microsoft Teams, para videoconferências. O juiz Bruno Takahashi, coordenador da Central de Conciliação do TRF-3 em São Paulo, explica que um dos critérios para a escolha de qual aplicativo será utilizado é o tipo da ação.
No caso de processos que tramitam no Juizado Especial Federal, em que o reclamante não precisa de advogado, é dada preferência ao WhatsApp.
Após a definição da data de audiência, o tribunal notifica as partes, seja por meio de carta ou de comunicado no Diário Oficial (quando há advogados) para que se manifestem sobre o interesse ou não em dar prosseguimento ao processo pela internet.
Se a resposta for positiva, a pessoa deve informar, por meio dos canais oficiais disponibilizados, o número de telefone ou email.
Nos casos em que o canal escolhido foi o WhatsApp, é criado um grupo no aplicativo com todas as partes envolvidas: o autor da ação e seu advogado (se houver), o representante da empresa reclamada e o conciliador.
No dia marcado, é feita uma chamada por vídeo. Informações complementares podem ser enviadas por texto.
Segundo Takahashi, o fato de, eventualmente, o reclamante não possuir acesso à internet não configura um problema. "Na conciliação, a audiência é facultativa", explica o magistrado. Ou seja, a pessoa pode ter ganho de causa sem essa etapa processual.
Já no TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), a plataforma utilizada para as audiências em processos trabalhistas é o Cisco Webex Meetings. "Começamos com as de conciliação, que são mais simples. Depois passamos para as iniciais, até começarmos a fazer as audiências de instrução", relata a juíza Heloisa Loyola. Nas audiências de instrução são feitos procedimentos como apresentação de provas e depoimentos de testemunhas.
O método adotado no TRT-2 é parecido com o do TRF-3. O juiz intima as partes a respeito da data e solicita aos envolvidos que informem ao tribunal um endereço de email válido, para onde é enviado um link e uma senha para acesso à videoconferência.
No TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), as audiências virtuais também são feitas pelo Microsoft Teams. A juíza Marcia Bosch, assessora da Corregedoria Geral de Justiça do tribunal, informa que esse tipo de procedimento tem sido usado para diversos tipos de processo, incluindo criminais. A exceção é para casos de júri popular.
Segurança
Os tribunais adotaram métodos semelhantes para garantir a segurança do processo e evitar fraudes, como no caso de uma pessoa se passar por outra durante a ação. Para isso, os juízes pedem que a pessoa apareça na câmera segurando um documento oficial com foto. No caso dos procedimentos via WhatsApp, é solicitado o envio de uma selfie com o RG ou Carteira Nacional de Habilitação.
Loyola acrescenta que nas ocasiões em que há queda de conexão durante a audiência, cabe ao juiz responsável definir o que será feito. Ela diz que houve casos em que não houve sucesso na tentativa de a parte voltar à videoconferência, que, portanto, foi suspensa. Em outros episódios, o magistrado esperou o retorno e então continuou os trabalhos normalmente.
Juízes veem tendência de continuidade
Apesar de terem sido implementadas como solução para viabilizar o andamento da Justiça durante a quarentena, as audiências virtuais são vistas como um instrumento que deverá se manter em uso mesmo após o fim da pandemia. Na opinião de magistrados, esse tipo de solução reduz custos e agiliza os processos.
A juíza Heloisa Loyola, do TRT-2, considera que a adoção dos procedimentos a distância é um "caminho sem volta". Ela considera, porém, que não serão todos os processos em que as audiências serão virtuais, já que algumas ações, de maior complexidade não poderão ser substituídas. Como vantagens das videoconferências, ela cita a agilidade e a economia de recursos públicos.
O magistrado Bruno Takahashi, coordenador da Central de Conciliação do TRF-3 em São Paulo, segue linha semelhante. "O que a gente vem notando é que as audiências virtuais tendem a durar menos", afirma, citando que há menos chances de atrasos. Isso ocorre, entre outros motivos, pelo fato de as partes não terem de se deslocar para chegar até o fórum.
"As partes estão elogiando e preferindo, por não ter o deslocamento. Claro que deve-se ter cuidado para que todos estejam assistidos e informados. Não pode haver supressão de direitos. Estamos garantindo isso, tanto que os advogados não têm reclamado", diz a juíza Marcia Bosch, assessora da corregedoria geral do TJ-SP.
Entre os dias 16 de março e 24 de julho, 17,7 mil audiências foram feitas pela internet pelo TRT-2. Já a Central de Conciliação do TRF-3 em São Paulo realizou 398 audiências virtuais desde o início da pandemia, sendo que 65% delas terminaram em acordo.
Como funciona:
1 - Na Justiça Previdenciária
TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que atende segurados de São Paulo e Mato Grosso do Sul)
As audiências na Central de Conciliação de São Paulo ocorrem pelo WhatsApp ou pelo Microsoft Teams
No WhatsApp
É dada preferência às ações em que o autor não tem advogado
As partes são comunicadas oficialmente (por meio de carta ou aviso no "Diário Oficial") para que manifestem se têm interesse na audiência pelo WhatsApp
A mensagem do TRF-3 contém os canais oficiais do tribunal para que os interessados informem seus números de telefone celular
É criado um grupo entre o autor da ação, seu advogado (se houver), o representante da empresa processada e o conciliador
No dia marcado, é feita uma chamada de vídeo
É possível ainda enviar informações complementares por texto, caso haja necessidade
No Microsoft Teams
O programa funciona como uma espécie de Skype e pode ser baixado no computador e no celular, por meio das lojas de aplicativos
A preferência é para casos em que o trabalhador ou segurado tenha advogado
Os interessados também são notificados para que manifestem interesse na audiência virtual
O tribunal envia aos participantes um link para que seja feito o acesso à plataforma na data e no horário definidos
2 - Na Justiça do Trabalho
TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, que atende a cidade de São Paulo)
As audiências virtuais são feitas pelo Cisco Webex Meetings
Como funciona:
O juiz determina a data do julgamento e intima as partes por meio de seus advogados
Os participantes recebem, no email indicado ao tribunal, um link e uma senha para acessar a audiência
O sistema pode ser baixado no computador e no celular, por meio das lojas de aplicativos
Segurança
Tanto no TRF-3 quanto no TRT-2, os interessados devem enviar a foto de um documento oficial
Esse documento pode ser mostrado na câmera do dispositivo ou o trabalhador e seu advogado devem fazer selfie cada (no caso de audiências pelo WhatsApp
Números
17,7 mil audiências foram feitas pela internet pelo TRT-2 entre 16 de março e 24 de junho
398 audiências virtuais de conciliação já foram feitas pelo TRF-3 desde o início da pandemia (65% dessas audiências resultaram em acordo)
Fontes: TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) e TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região)
| Folha de S. Paulo ( publicado em 05-07-2020) | | | | Queda nas admissões pesou mais que aumento das demissões no setor formal, mostra estudo
Os setores de comércio, construção e alimentação e alojamento foram até agora os mais afetados pelos efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho formal, aponta estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgado nesta segunda-feira. No setor informal, os serviços domésticos se destacam entre os mais prejudicados.
Para fazer a análise, os pesquisadores Carlos Henrique Corseuil, Lauro Ramos e Felipe Russo utilizaram dados do Caged (registro do Ministério da Economia de contratações e demissões de trabalhadores com carteira assinada), dos pedidos de seguro-desemprego e de aberturas de empresa no estado de São Paulo, além da Pnad Contínua do IBGE, que inclui também informações sobre o mercado de trabalho informal.
“O conjunto de medidas para conter a disseminação do novo coronavírus afetou fortemente a população ocupada no Brasil, principalmente a partir de abril deste ano”, observam os pesquisadores do Ipea.
Segundo eles, os dados do Caged revelam que o grosso do ajuste no mercado de trabalho formal aconteceu através de uma redução das contratações, mais do que o aumento significativo das demissões.
Na indústria, por exemplo, a taxa de admissão passou de um crescimento de 3,18% em abril de 2020, para 1,33% este ano. Na construção, o percentual foi de 7,80% em abril do ano passado, a 3,62% este ano. Em alojamento e alimentação, a taxa caiu de 5,14% a apenas 0,74% em igual base de comparação
Já na ponta dos desligamentos, não houve variação significativa da taxa na comparação interanual, à exceção do próprio setor de alimentação e alojamento, cujas taxas de desligamento foram de 9,02% e 8,74% em março e abril desse ano, comparado a 5,62% e 5% em igual mês do ano passado.
“A contração nas admissões teve maior relevância que o aumento dos desligamentos para a queda no emprego formal na maior parte dos setores”, observam os pesquisadores. “O setor de alojamento e alimentação foi o que registrou o pior resultado no crescimento líquido do emprego, justamente por ter sido uma exceção e ter ajustado o emprego nas duas margens, tanto nas admissões como nos desligamentos.”
Os números de abertura de empresas em São Paulo corroboram os dados de admissão do Caged, observam os pesquisadores, com quedas destacadas em comércio e construção. Os dois setores abriram respectivamente 1.219 e 5.518 empresas em abril de 2019, contra 241 e 1.392 empresas em abril deste ano, a título de exemplo.
Incorporando à Pnad Contínua à análise, o que permite observar os efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho informal, os pesquisadores observam que os impactos já eram sentidos desde março.
Conforme a pesquisa do IBGE, em abril, em relação a igual mês de 2019, a população ocupada do setor de comércio diminui em 1,9 milhão; no setor de construção, em 1,4 milhão; também em 1,4 milhão no setor de serviços domésticos; e em 1,2 milhão em alojamento e alimentação.
Os pesquisadores chamam a atenção para a particularidade da situação dos trabalhadores domésticos afetados pela crise. “É importante lembrar que o segmento de serviços domésticos é caracterizado por elevado grau de informalidade e, portanto, não se beneficia de programas voltados para o emprego formal, como o seguro-desemprego, o que sublinha a necessidade de políticas que conseguem atingir o contingente de trabalhadores informais, como o auxílio emergencial.”
Embora o Caged mostre uma perda tímida de vagas formais na agropecuária, em decorrência da pandemia, a Pnad Contínua revela que, considerando trabalhadores informais, 537 mil postos se perderam no setor em abril, em relação ao ano anterior, destaca ainda o Ipea.
| Folha de S.Paulo | | | | Benefício emergencial não conta como verba trabalhista; veja cálculos
A suspensão de contratos de trabalho durante a pandemia de Covid-19 terá impacto no pagamento do 13º salário, nas férias, no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e em benefícios do INSS.
Publicada em abril pelo presidente Jair Bolsonaro, a MP (Medida Provisória) 936 permitiu a suspensão de contratos e a redução de salários e jornadas.
O programa busca diminuir as demissões geradas pela redução da atividade econômica durante a quarentena de combate à propagação acelerada do novo coronavírus.
A medida permite a suspensão de contratos por até dois meses (períodos de 30 ou de 60 dias). Enquanto está sem trabalhar, o funcionário recebe o BEm (benefício emergencial) que é equivalente à parcela do seguro-desemprego à qual ele teria direito, cujo valor máximo é de R$ 1.813,03.
Caso a empresa tenha faturamento anual acima de R$ 4,8 milhões, o empregado recebe 70% do seu salário mensal e 30% do BEm.
Os valores recebidos durante a suspensão contratual não são considerados verbas trabalhistas, por isso, não têm efeito sobre o cálculo de 13º salário ou do período aquisitivo para as férias, tampouco a empresa está obrigada a recolher INSS e FGTS, explica o advogado trabalhista Mourival Boaventura Ribeiro.
A suspensão afeta diretamente o cálculo do 13º salário, pois desconta os meses de interrupção da atividade do profissional. “Cada mês trabalhado representa uma parte das 12 frações que compõem a gratificação anual”, comenta Ribeiro.
“Para saber quanto vai ganhar, o trabalhador deve dividir o seu salário por 12 e multiplicar pela quantidade de meses que vai trabalhar neste ano, descontando os meses de contrato suspenso”, orienta.
O raciocínio é parecido para as férias. “O tempo de suspensão é descontado do período que falta para completar os 12 meses que darão direito ao descanso”, explica o advogado.
“Patrão e empregado podem fazer um acordo para manter a data das férias, mas o período de paralisação poderá ser proporcionalmente descontado da remuneração paga nas férias, inclusive sobre o adicional de um terço do salário.”
O impacto da MP sobre o Fundo de Garantia é simples: o trabalhador perde os recolhimentos do período em que ficou sem trabalhar, o que implica redução do valor total depositado e na multa em caso de demissão sem justa causa.
Férias e 13º salário não mudam para os trabalhadores que estão com jornada e o salário reduzidos.
INSS
Já em relação aos recolhimentos feitos ao INSS, o prejuízo ao trabalhador pode ocorrer de diferentes maneiras.
A ausência de recolhimentos pode, por exemplo, atrasar a aquisição do direito à aposentadoria. “Para quem está perto de se aposentar, é recomendado que o empregador mantenha o recolhimento, mas, de fato, não há a obrigação de recolher”, diz Ribeiro.
Ainda sobre o impacto da MP 936 em benefícios do INSS, mas para os casos de jornada e salários reduzidos, a medida pode reduzir o valor dos recolhimentos e, consequentemente, a média salarial sobre a qual serão calculados os benefícios.
“Essas medidas foram duras e aprovadas com rapidez incomum, mas eram necessárias para proteger não só as empresas, mas também para amparar os trabalhadores, que terão seus empregos assegurados por um período”, diz Ribeiro.
Aposentados
Aposentados que trabalham com carteira assinada e tiverem seus salários e jornadas reduzidos ou seus contratos suspensos não têm direito ao BEm, explica a advogada Adriane Bramante, presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário).
Assim como o auxílio emergencial de R$ 600, o BEm não pode ser pago para pessoas que recebem benefícios previdenciários.
Ainda sobre os beneficiários do INSS, esse público recebeu de forma antecipada as duas parcelas do 13º salário como uma das medidas emergenciais adotadas pelo governo para lidar com os impactos econômicos da pandemia.
Com a possibilidade em discussão de prorrogação dos efeitos da MP 936 por mais dois meses, esses trabalhadores aposentados afetados pela medida deverão ter um segundo semestre com bem menos dinheiro no bolso.
CONTRATOS SUSPENSOS | IMPACTO NAS FÉRIAS E NO 13º SALÁRIO
Trabalhadores que tiveram contratos suspensos terão verbas salariais reduzidas de forma proporcional ao período em que houve a interrupção da atividade
Férias
Os cálculos abaixo mostram como ficam os valores somados da remuneração e do 1/3 de férias para quem teve o contrato suspenso e não adiar o período de descanso:
Salário Sem suspensão de contrato Com suspensão de 30 dias Com suspensão de 60 dias
R$ 1.500,00 R$ 2.000,00 R$ 1.833,33 R$ 1.666,67
R$ 2.000,00 R$ 2.666,67 R$ 2.444,44 R$ 2.222,22
R$ 3.000,00 R$ 4.000,00 R$ 3.666,67 R$ 3.333,33
R$ 4.000,00 R$ 5.333,33 R$ 4.888,89 R$ 4.444,44
R$ 5.000,00 R$ 6.666,67 R$ 6.111,11 R$ 5.555,56
R$ 6.000,00 R$ 8.000,00 R$ 7.333,33 R$ 6.666,67
R$ 7.000,00 R$ 9.333,33 R$ 8.555,56 R$ 7.777,78
R$ 8.000,00 R$ 10.666,67 R$ 9.777,78 R$ 8.888,89
R$ 9.000,00 R$ 12.000,00 R$ 11.000,00 R$ 10.000,00
R$ 10.000,00 R$ 13.333,33 R$ 12.222,22 R$ 11.111,11
13º salário
Os valores abaixo simulam como fica o 13º salário de trabalhadores que tiveram contratos suspensos por 30 ou 60 dias:
Salário 13º com suspensão de 30 dias 13º com suspensão de 60 dias
R$ 1.500,00 R$ 1.375,00 R$ 1.250,00
R$ 2.000,00 R$ 1.833,33 R$ 1.666,67
R$ 3.000,00 R$ 2.750,00 R$ 2.500,00
R$ 4.000,00 R$ 3.666,67 R$ 3.333,33
R$ 5.000,00 R$ 4.583,33 R$ 4.166,67
R$ 6.000,00 R$ 5.500,00 R$ 5.000,00
R$ 7.000,00 R$ 6.416,67 R$ 5.833,33
R$ 8.000,00 R$ 7.333,33 R$ 6.666,67
R$ 9.000,00 R$ 8.250,00 R$ 7.500,00
R$ 10.000,00 R$ 9.166,67 R$ 8.333,33
| Folha de S.Paulo ( publicado em 05-07-2020) | | | | Segurados que atingiram 86/96 até 31 de dezembro de 2019 e estão na fila terão benefício integral
Há sete meses a Nova Previdência carecia de regulamentação. Com atraso, o decreto 10.410/2020 saiu recentemente e consolidou parte das repercussões originadas no debate da reforma da Previdência. O que ninguém esperava, contudo, é que o referido decreto trouxesse uma grata surpresinha.
Na verdade, uma colher de chá para milhares de trabalhadores do país se aposentarem por tempo de contribuição se livrando do fator previdenciário.
Como a reforma da Previdência começou a valer a partir de 13 de novembro de 2019, em princípio esse seria o divisor de águas para saber quem se enquadrava na regra antiga ou na nova.
Mas o decreto regulamentador autoriza que os segurados atinjam o fator 86/96 até o dia 31 de dezembro de 2019, em vez de até o dia 13 de novembro.
Quem fez aniversário nesse intervalo ou que só conseguiu fechar a matemática do tempo de contribuição pós-reforma vai ter a chance de se aposentar pela regra antiga e sem o fator previdenciário.
O decreto 10.410/2020 (artigo 188-E, parágrafo 8º, II) dá, portanto, a oportunidade para aqueles que bateram o requisito da fórmula 86/96 até o fim do ano de 2019 terem aposentadoria sem tanta depreciação, como é peculiar para quem se submete ao cálculo do fator previdenciário.
A redação do novo decreto é clara quando tolera que até 31 de dezembro o segurado que tiver cumprido os requisitos para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário no cálculo de sua aposentadoria se o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações (meses e dias), tiver atingido o número de pontos de 86/96.
Como ninguém esperava por essa benevolência legislativa, quem se apressou para sacar o benefício com a incidência do fator previdenciário antes da publicação da reforma praticamente não terá chances de se beneficiar dessa novidade.
Quem adiou os planos de aposentadoria ou está na fila do INSS esperando uma resposta pode usar esse fundamento para melhor se aposentar e até ganhar parcelas em atraso e generosas. Esse mesmo raciocínio se aplica aos professores do ensino da educação infantil, fundamental e médio.
Rômulo Saraiva - Advogado, professor e consultor de Previdência
| Folha de S.Paulo ( publicado em 05-07-2020) | | | | O tom positivo prevalecia na bolsa paulista nesta segunda-feira, com o Ibovespa acima dos 99 mil pontos, em meio ao cenário benigno no exterior com perspectivas sobre retomada de economias e intenso noticiário corporativo no país.
Notícias otimista sobre o mercado na China puxaram o ânimo nas bolsas globais e dados sobre a atividade manufatureira nos Estados Unidos reforçavam a expectativa de recuperação rápida daquela economia, respaldando uma abertura de semana positiva.
Para a equipe do BTG Pactual, a expectativa de melhora nos dados nas próximas semanas e a possibilidade de estarmos bem próximos do desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19 ajudam nos ganhos.
Em Wall Street, o S&P 500 subia 1,5%.
Da cena doméstica, a equipe da XP Investimentos destacou comentários do ministro da Economia, Paulo Guedes, do domingo de que o governo fará quatro grandes privatizações em até 90 dias e que a Reforma Tributária deverá ser aprovada ainda em 2020.
Também no radar estavam comentários do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, de que a prioridade número um do segundo semestre é a reforma tributária, enquanto afirmou que não há chance de uma CPMF passar.
O mercado de capitais brasileiro voltou à atividade com toda força no segundo trimestre do ano e as ofertas de ações de empresas brasileiras já cresceram 10% no primeiro semestre, segundo dados da Refinitiv.
DESTAQUES
- COGNA ON avançava 9,17%, após fazer registro da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações classe A da sua subsidiária Vasta Platform Limited, junto à Securities and Exchange Commission (SEC) nos Estados Unidos. No setor de educação, YDUQS ON subia 3,10%.
- BRADESCO PN e ITAÚ UNIBANCO PN valorizavam-se 5,67% e 4,38%, respectivamente, em meio a sinalizações de que o Congresso não deve passar medida que contemple tributação nos moldes da CPMF, apesar de sinalizações sobre a possibilidade de pagamento de dividendos.
- B2W ON tinha elevação de 4,45%, após sua controladora LOJAS AMERICANAS anunciar oferta de ações de até 7 bilhões de reais que inclui a varejista online como um dos destinos dos recursos captados na operação. A Lojas Americanas disse que avalia a possibilidade de capitalizar a B2W em 3 bilhões de reais.
LOJAS AMERICANAS PN subia 1,77%.
- COSAN ON mostrava acréscimo de 1,26%, após anunciar na sexta-feira um plano para simplificar sua estrutura societária em uma única holding, e a preparação para possível listagem em bolsa das subsidiárias Moove, Raízen e Compass.
- IRB BRASIL RE ON perdia 1,24%, conforme o papel segue sendo penalizado pelo anúncio de que fará captação bilionária para repor provisões técnicas regulatórias afetadas por fraude contábil.
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiam 3,09% e 3,91%, respectivamente, tendo de pano de fundo a alta do petróleo Brent no exterior, além de avanços em seu plano de desinvestimento. Os ministérios da Economia e de Minas e Energia também defenderam nesta segunda-feira em nota que a decisão da Petrobras de vender parte de seus ativos de refino não vai contra decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre desestatizações.
- MERCADO LIVRE, negociada em Nova York, subia 3,3%, ultrapassando a cotação de 1.000 dólares pela primeira vez, com o setor de comércio eletrônico amplamente ajudado pela pandemia de Covid-19, que fez as entregas online crescerem fortemente. No Brasil, VIA VAREJO ON avançava 2,44% e MAGAZINE LUIZA ON tinha alta de 0,42%.
- JHSF ON, que não está no Ibovespa, avançava 3,4%, mesmo após anunciar oferta restrita de até 44.427.950 ações ordinárias, com distribuição primária e secundária, que espera precificar em 15 de julho.
| Reuters | | | | Os economistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2020. O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 6, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA neste ano seguiu em alta de 1,63%. Há um mês, estava em 1,53%. A projeção para o índice em 2021 seguiu em 3,00%. Quatro semanas atrás, estava em 3,10%.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa foi de 3,50% para 3,42%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,50% para ambos os casos.
A projeção dos economistas para a inflação já está bem abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).
A expectativa de inflação no curto prazo tem sido bastante afetada pela perspectiva de que, com a pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica seja fortemente prejudicada, com impactos negativos sobre a demanda por produtos e baixa da inflação.
No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 seguiu em 1,51%. Para 2021, a estimativa do Top 5 permaneceu em 2,80%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 1,67% e 3,25%, nesta ordem.
No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,50%, igual ao visto um mês atrás. A projeção para 2023 no Top 5 seguiu em 3,38%, ante 3,50% de quatro semanas antes.
Últimos 5 dias
Em meio aos efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, a projeção mediana para o IPCA de 2020 atualizada com base nos últimos cinco dias úteis seguiu em 1,69%. Houve 42 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 1,53%.
No caso de 2021, a projeção do IPCA dos últimos cinco dias úteis foi de 3,00% para 3,05%. Há um mês, estava em 3,15%. A atualização no Focus foi feita por 38 instituições.
| Bem Paraná | | | | O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) subiu 0,33% em junho, depois de uma queda de 0,30% em maio, informou na manhã desta segunda-feira, 6, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre um e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumulou alta de 1,15% no ano de 2020. Em 12 meses, o indicador acumulou avanço de 2,66%.
Em junho, o IPC-C1 ficou abaixo da variação da inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos, obtida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que teve elevação de 0,36% no mês. No acumulado em 12 meses, a taxa do IPC-BR foi inferior, aos 2,22%, segundo a FGV.
| Bem Paraná | | | | Desde o final do mês passado, todas as montadoras instaladas no País retomaram suas operações, ainda que parcialmente. Agora, em julho, começam a surgir notícias de retorno da produção em dois turnos, casos da Mercedes-Benz, Hyundai, Volkswagem Ônibus e Caminhões e General Motors.
Na quarta-feira passada, 1º de julho, a Mercedes-Benz informou a retomada do segundo turno de produção de caminhões na fábrica de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. A volta do primeiro turno aconteceu em 11 de maio.
“Teremos menos pessoas trabalhando por turno”, disse o vice-presidente de RH para a América Latina, Fernando Garcia. “Também ajustamos temporariamente nosso volume de produção para atender pedidos específicos de clientes de caminhões”.
De acordo com Garcia, o agronegócio e os segmentos de mineração, produtos químicos, gás, celulose, alimentos, bebidas e itens farmacêuticos têm gerado novos pedidos à empresa. A produção em dois turnos foi uma forma encontrada tanto de garantir o distanciamento adequado entre os trabalhadores como para o cumprimento dos cronogramas.
A Mercedes também adotou um revezamento, com o retorno dos trabalhadores que estavam com os contratos suspensos desde o início de maio, enquanto outra parte da equipe trabalhava na fábrica.Os que vinham trabalhando de maio até 30 de junho entraram agora em lay-off.
Medida semelhante foi adotada pela Hyundai Motors em sua fábrica de Piracicaba (SP). A empresa anunciou a retomada dos turnos de trabalho que no dia 26 de junho. A fábrica, que antes da pandemia operava em três turnos, retornou às atividades em 13 de maio com um turno de produção.
Agora, passou a operar com os funcionários dos 2º e 3º turnos, enquanto os do 1º turno iniciam novo turno de lay-off até 25 de julho. A fábrica vai adaptar o volume de produção à demanda de mercado "que ainda se encontra em fase de recuperação”, segundo o comunicado oficial.
"O funcionamento parcial da fábrica, agora com apenas os 2º e 3º turnos trabalhando, foi devidamente acordado com o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba (STMP), baseado nas medidas de proteção de emprego do Governo Federal."
Já a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) iniciou no úlçtimo dia 29 o segundo turno de trabalho na fábrica de Resende (RJ). Um dos motivos informados pela montadora foi o aumento da produção diária de 85 para 110/120 unidades. Cerca de metade dos quase mil funcionários que estavam com contratos suspensosretornaram ao trabalho - outros mil trabalhadores já tinham retornado à fábrica no fim de abril.
Na GM de Gravataí (RS), o primeiro turno voltou no dia 5, com 75% da mão de obra. O segundo turno, na última segunda-feira (22), também parcialmente. A fábrica gaúcha tem 3 mil funcionários diretos, além de outros 3 mil contratados das 14 empresas sistemistas que trabalham dentro da próprio GM. Antes da crise sanitária, a perspectiva era boa, conta Valcir, com produção em alta. “A questão é na ponta, precisa ter comprador.”
Em Camaçari (BA), depois do retorno 3 mil funcionários do Complexo Ford em 18 de junho, após mais de dois meses de paralisação, a montadora prepara a volta dos trabalhadores dos segundo e terceiro turnos neste mês de julho. Os três turnos juntos talvez só em agosto, de acordo com Júlio Bonfim, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari.
| Usinagem Brasil ( publicado em 07-07-2020) | | | | A SDS Indústria e Reforma de Máquinas, localizada em Indaiatuba (SP), está produzindo fresadora especial dedicada à usinagem de capas de mancal para blocos de motores. A empresa, especializada na reforma e retrofitting de máquinas, encontrou na fabricação de máquinas especiais um novo nicho para os seus negócios.
A fresadora modelo SDS-FR-40-1 - que conta com cabeçotes dimensionados para usinagem de grande esforço, motor com redutor de 40 CV e sete conjuntos de fresas Kennametal - foi encomendada pela Cestari Industrial e Comercial para produção de peças para o setor automobilístico.
Duas máquinas idênticas estão em produção, inclusive uma delas seria exposta na Feimec - Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos, que foi adiada para maio de 2022 por conta da pandemia de coronavírus. No momento, as fresadoras estão em fase de testes.
De acordo com Jone Galucio, diretor comercial da SDS, a produção da máquina pode ser expandida, já que pode ser empregada por qualquer empresa fabricante de capa de mancal: “Hoje, no mercado, há uma carência de fabricação de máquinas especiais dedicadas à retirada de cavaco e confecção de peças.
Por isso, além de realizar manutenção e retrofitting, começamos a nos dedicar ao desenvolvimento de projetos de mesas giratórias especiais para fresamento e torneamento. Logo surgiu a oportunidade de produzir essa máquina para a fabricação de capas de mancal”, comenta.
Apesar do cenário de crise, a expectativa da SDS é boa em relação ao mercado. A abertura da planta em Indaiatuba, em março do ano passado, possibilitou a expansão do portfólio de serviços da empresa que está no mercado há quase 20 anos. Segundo Galucio, muitas oportunidades foram criadas para 2020:
“Estamos aguardando o término da pandemia para dar andamento a alguns contratos que estavam para ser fechados. Se isso acontecer da forma que esperamos, teremos que nos mudar para um galpão maior e internalizar alguns departamentos de engenharia (hoje os serviços são terceirizados)”, diz o diretor da SDS.
A empresa pretende lançar outras máquinas, como retificadoras do tipo blanchard - com mesa e cabeçote giratórios - que, de acordo com Galucio, atualmente não são produzidas no Brasil. “Na parte de fresadoreas especiais, existem vários orçamentos, para diferentes clientes, para usinagem de produtos dedicados”, destaca.
Hoje a empresa conta com um quadro de 10 funcionários experientes, que já passaram por outras grandes empresas do setor como B Grob do Brasil, TM Bevo e Sulmecânica, entre outras.
| Usinagem Brasil ( publicado em 05-07-2020) | | | | Em junho, após cinco meses de queda, a gasolina ficou 3,23% mais caro no País, com preço médio de R$ 4,14 por litro. No mês anterior, o valor médio cobrado nos postos do país foi de R$ 4,01, o menor preço registrado nos últimos 12 meses. Em comparação com o valor médio de janeiro (R$ 4,762), preço mais alto deste ano, a queda foi de 13,06%.
Em junho, a Capital coo o combustível mais barato foi Curitiba, com o litro custando R$ 3,671 na média. No Paraná o preço médio em junho era de R$ 3,785, também um dos mais baixos do País. Os dados são da ValeCard.
| Bem Paraná | | | | Vendas do primeiro semestre recuaram 13% e Anfir estima queda de 10% em 2020
As vendas de implementos rodoviário no primeiro semestre apontam para recuperação mais rápida do que o mercado de caminhões, que recuaram 19% no acumulado de janeiro a junho (46,8 mil veículos emplacados) em comparação com o mesmo período de 2019, enquanto os fabricantes de carretas e carrocerias de carga apuraram retração nos negócios de 12,7%, com o total de 49,1 mil unidades comercializadas.
Na análise da Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários) o desempenho este ano poderá sofrer menos perdas em relação a outros setores econômicos, graças ao desempenho positivo do agronegócio. Com essa expectativa, a entidade projeta que a perda geral da indústria de implementos em 2020 deverá ser de aproximadamente 10%, totalizando cerca de 108 mil produtos vendidos.
“O setor do agronegócio representa mais de 40% de nosso faturamento e tem dado mostras de seguir aquecido graças à demanda por transporte da safra”, destaca Norberto Fabris, presidente da Anfir.
O segmento de implementos pesados, de reboques e semirreboques apresentou recuo de 13,4% de janeiro a junho de 2020 com relação ao mesmo período do ano passado. No semestre a indústria distribuiu ao mercado perto de 26,7 mil carretas, contra 30,8 mil na primeira metade de 2019.
No mercado de carrocerias sobre chassis a retração chegou a 11,8%, com 22,4 mil produtos comercializados de janeiro a junho, contra 25,4 mil unidades no mesmo período de 2019.
A exportações do setor anotaram expressiva contração de 52% no último semestre, caindo de 1.333 unidades nos seis meses de 2019 para apenas 638 de janeiro a junho deste ano.
| Automotive Business | | | | Montadoras cortaram 1.100 postos de trabalho entre maio e junho
A produção de veículos leves e pesados caiu 50,5% no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período de 2019. O dado foi divulgado nesta segunda (6) pela Anfavea, associação que representa as montadoras instaladas no Brasil.
O pior resultado foi registrado em abril, quando apenas 1.800 unidades foram montadas no Brasil. O fechamento das fábricas por causa da pandemia do novo coronavírus levou ao pior resultado da indústria automotiva em mais de 70 anos.
Com a volta em turno único em mais de 90% das plantas durante junho, o mês registrou crescimento de 129,1% na comparação com maio, mas a base de referência é rasa.
Na comparação entre os meses de junho de 2019 e de 2020, houve queda de 57,7% na produção. O resultado negativo aparece nos cortes de pessoal que começam a ser realizados nas montadoras.
De acordo com a Anfavea, houve 1.100 demissões entre os meses de maio e junho. Hoje, as fabricantes de carros de passeio, veículos comerciais leves, ônibus, caminhões, implementos rodoviários e maquinário agrícola empregam 124 mil trabalhadores.
Segundo Luiz Carlos Moraes, presidente da associação das montadoras, 750 mil veículos leves e pesados deixaram de ser produzidos no primeiro semestre, o que equivale a aproximadamente três meses de linhas de montagem totalmente paradas.
A entidade prevê uma queda de 45% na fabricação de veículos leves e pesados em 2020, com 1,63 milhão de unidades manufaturadas.
A Anfavea segue em busca de um programa de incentivo para o setor, e a ameaça ao emprego tem sido o principal argumento usado nas reuniões com a equipe econômica de Paulo Guedes.
O setor espera por alguma iniciativa mais imediata, como o estímulo ao consumo por meio de subsídios fiscais. O tema tem sido apresentado com cuidado, para não criar pontos de atrito com economistas de pensamento liberal.
Moraes confirma que há riscos de mais cortes na indústria automotiva, que podem ocorrer até o fim do ano. Grande parte das montadoras tem agendas de negociação com os sindicatos agendadas para os meses de outubro e novembro.
“A Medida Provisória 936 é muito boa, só que é uma ferramenta temporária. O emprego está em risco sim, e essa questão só vai ser resolvida com uma retomada forte da economia”, afirma o presidente da Anfavea.
A Nissan demitiu 398 funcionários em Resende (RJ) e ocorreram cortes pontuais em outras fábricas de automóveis. Há também planos de demissão voluntária em andamento.
A retração do setor pode se refletir em cortes entre os fornecedores de componentes, que empregam 248 mil trabalhadores. Esse setor também espera por incentivos à fabricação local de peças.
A produção das empresas associadas à Anfavea se concentra em 65 plantas espalhadas pelas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Já a região Norte é um polo industrial das fabricantes de motocicletas, cujos dados são consolidados pela Abraciclo.
Em uma estimativa que inclui os revendedores, o setor automotivo nacional responde por aproximadamente 1 milhão de postos de trabalho no país.
As vendas de veículos leves e pesados acumularam queda de 38,2% no primeiro semestre de 2020. Houve uma forte alta em junho sobre maio (113,6%), mas havia represamento de emplacamentos devido ao fechamento de unidades do Detran em diversos estados.
Moraes diz que aproximadamente 30 mil unidades licenciadas em junho haviam sido vendidas em abril ou maio. Ao se considerar esse número, a Anfavea calcula que os estoques ainda são suficientes para 46 dias de vendas, quando o ideal é manter algo 30 e 35 dias.
A associação das montadoras prevê que 1,675 milhão de veículos serão emplacados em 2020, uma queda de 40% em comparação a 2019.
De acordo com a entidade, se a recuperação ocorrer no mesmo ritmo que vinha acontecendo após a crise vivida entre 2014 e 2016, o mercado automotivo só deve voltar ao nível do ano passado em 2025.
| Folha de S.Paulo | | | | A produção de veículos no Brasil só deve voltar aos níveis pré-crise do coronavírus em 2025, afirmou a Anfavea, assumindo uma visão sombria para a indústria, que se recuperava lentamente do choque da recessão no país cinco anos atrás.
A entidade que representa as montadoras informou nesta segunda-feira que a produção de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil em junho subiu 129,1% ante o mês anterior, para 98,7 mil unidades. Na comparação com junho 2019, porém, houve declínio de 57,7%.
As vendas de veículos tiveram alta mensal de 113,6%, para 132,8 mil unidades. Ante mesmo mês de 2019, houve queda 40,5%.
Ainda de acordo com os dados da Anfavea, as exportações de veículos no mês passado somaram 19,4 mil unidades, salto de 401,4% ante maio, mas recuo de 52% ano a ano.
A pandemia afetou a produção de automóveis em todo o mundo, mas atingiu o Brasil quando já estava em um ponto fraco. As vendas de automóveis no Brasil atingiram o pico em 2012 e desabaram em 2016, não voltando aos patamares anteriores.
A Anfavea espera que a produção de automóveis caia 45% em 2020 ante o ano passado, enquanto as exportações devem cair 53%.
| Reuters | | | |
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