| 22 de MAIO de 2019
Quarta-feira
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Em 22/05/2019
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Fonte: BACEN
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| | | | | A indústria continua operando com ociosidade elevada. Segundo pesquisa Sondagem Industrial divulgada nesta quarta-feira, 22, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), desde janeiro, o setor opera, em média, com 66% da utilização da capacidade instalada. “O nível de atividade permanece baixo, com elevada ociosidade do parque produtivo e a indústria está trabalhando com estoques indesejados pelo terceiro mês consecutivo”, destaca o documento da CNI.
O índice de utilização de capacidade instalada em relação ao usual para o mês ficou em 42,4 pontos em abril, 1,4 ponto acima do registrado em março, mas ainda distante da linha dos 50 pontos.
Os dados da pesquisa revelam um mês de abril de fraca atividade industrial e de redução do otimismo. O índice de produção registrou 49,6 pontos em abril e o índice de estoque em relação ao usual atingiu 51,3 pontos no mês passado. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem. Valores abaixo de 50 pontos indicam queda na produção e dos estoques frente ao mês anterior.
A Sondagem mostra ainda que em abril houve destruição de postos de trabalho na indústria. O índice de evolução do número de empregados ficou em 48,8 pontos, abaixo da linha divisória dos 50 pontos.
Para o economista da CNI Marcelo Azevedo, a combinação de fraca produção industrial com acúmulo de estoques faz com que as empresas priorizem a venda dos produtos estocados antes de planejar o aumento da produção. “Se continuar esse cenário, a tendência é que se reduza a atividade industrial”, afirma em nota divulgada pela CNI.
Com relação às expectativas dos empresários industriais, houve queda de todos os indicadores e a mais expressiva foi em relação à demanda, cujo indicador caiu 2 pontos frente a abril e atingiu 56,8 pontos neste mês. Mesmo com a retração, os valores estão acima dos 50 pontos, o que sinaliza otimismo.
“O otimismo ainda é bem elevado, apesar da fraca atividade. Houve um crescimento significativo desses indicadores e, agora, estamos passando por uma reavaliação das expectativas”, destaca Azevedo.
O índice de expectativa para a quantidade exportada caiu de 54,1 pontos, em abril, para 53 pontos em maio. O indicador de perspectivas para compras de matéria-prima teve retração de 56,1 pontos para 54,6 pontos e o de número de empregados foi de 51,7 pontos para 51 pontos no período. A intenção de investimentos também caiu pelo terceiro mês consecutivo e atingiu 52,5 pontos em maio.
A pesquisa da CNI foi realizada entre os dias 2 e 13 de maio, com 1.911 empresas.
| CNI | | | | O nível de atividade permanece baixo, com elevada ociosidade do parque produtivo, e a indústria está trabalhando com estoques indesejados pelo terceiro mês consecutivo. Nesse cenário de fraqueza da atividade econômica, os empresários estão reavaliando suas expectativas.
Abril/2019
| CNI | | | |
Conforme Sondagem da CNI, indústria continua ociosa, com utilização da capacidade instalada em 66% desde janeiro. Pesquisa mostra também que a intenção de investimento cai ainda mais
Mesmo com a produção industrial praticamente estável em abril, houve estoques em excesso pelo terceiro mês consecutivo. Conforme pesquisa Sondagem Industrial divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (22), o índice de produção registrou 49,6 pontos e índice de estoque em relação ao usual assinalou 51,3 pontos no mês passado. O indicadores variam de zero a cem. Valores abaixo de 50 pontos indicam queda na produção e dos estoques frente ao mês anterior. Quando está acima dos 50 pontos, sinaliza crescimento dos indicadores.
A indústria continua com ociosidade elevada. Desde janeiro, o setor opera, em média, com 66% da capacidade instalada. O índice de utilização de capacidade instalada em relação ao usual para o mês, embora 1,4 ponto acima do registrado em março, ficou em 42,4 pontos em abril, ainda distante da linha dos 50 pontos. A fraca atividade industrial fez com que houvesse redução de postos de trabalho no mês passado. O índice de evolução do número de empregados ficou em 48,8 pontos, também abaixo dos 50 pontos.
De acordo com o economista da CNI Marcelo Azevedo, a combinação de fraca produção industrial com acúmulo de estoques faz com que as empresas priorizem a venda dos produtos estocados antes de planejar o aumento da produção. “Se continuar esse cenário, a tendência é que se reduza a atividade industrial”, completa.
QUEDA NO OTIMISMO – Segundo a pesquisa, houve queda de todos os indicadores de expectativas e a mais expressiva foi em relação à demanda, cujo indicador caiu 2 pontos frente a abril, e atingiu 56,8 pontos neste mês. Apesar da retração, os valores continuam acima de 50 pontos, o que sinaliza otimismo. “O otimismo ainda é bem elevado, apesar da fraca atividade. Houve um crescimento significativo desses indicadores e, agora, estamos passando por uma reavaliação das expectativas”, destaca Azevedo.
Para se reverter o quadro no curto prazo, conforme Azevedo, é necessário recuperar a demanda. “Isso pode ocorrer de duas formas: pelo estímulo ao consumo ou por meio de reformas que aumentem a competitividade", afirma.
O índice de expectativa para a quantidade exportada caiu de 54,1 pontos, em abril, para 53 pontos em maio. Já o indicador de perspectivas para compras de matéria-prima teve retração de 56,1 pontos para 54,6 pontos e o de número de empregados foi de 51,7 pontos para 51 pontos no período. A intenção de investimentos também caiu pelo terceiro mês consecutivo e atingiu 52,5 pontos em maio.
A pesquisa foi realizada com 1.911 empresas, sendo 781 pequenas, 668 médias e 462 grandes. Os dados foram coletados entre 2 e 13 de maio de 2019.
| CNI | | | | Na avaliação do Conselho de Assuntos Legislativos da CNI, deputados e senadores têm conseguido discutir e aprovar projetos estratégicos para melhorar o ambiente de negócios do país
Em meio às discussões da reforma da Previdência, o Congresso Nacional tem conseguido avançar no debate e na aprovação de projetos da agenda de competitividade do país. Durante a reunião mensal do Conselho de Assuntos Legislativos (CAL) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta terça-feira (21), os integrantes do grupo avaliaram que temas estratégicos têm obtido tramitação favorável, tanto nas comissões temáticas, quanto no Plenário da Câmara dos Deputados e do Senado.
Presidente do CAL, Paulo Afonso Ferreira analisou que os parlamentares estão deliberando sobre temas que tratam da redução da burocracia e do aperfeiçoamento das leis. Um exemplo foi a aprovação, nesta segunda-feira (20), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, da Lei Geral das Agências Reguladoras (PLS 52/2013). A proposta, que faz parte da Pauta Mínima da Agenda Legislativa da Indústria, fortalece as autarquias e dá mais autonomia técnica às autarquias.
“O diálogo e a interlocução com o Legislativo têm sido muito construtivos. Há muita disposição em melhorar as regras para melhorar o ambiente para quem empreende no Brasil”, avaliou Ferreira. Outros projetos que têm caminhado para consensos que fortalecerão o ambiente de negócios são, por exemplo, a adesão ao Protocolo de Madri, a nova lei do licenciamento ambiental, além de expectativas positivas quanto ao debate acerca da Medida Provisória da Liberdade Econômica (MP 881).
PRESERVAR AVANÇOS – Os conselheiros chamaram atenção para a importância de manutenção de avanços recentes da agenda de competitividade. Entre elas, a modernização das leis do trabalho (Lei n. 13.467/17), a qual tem sido alvo de emendas que buscam desconstruir seus avanços. “Não se sustenta o discurso de que tudo que defendemos é para precarizar. Pelo contrário, nosso esforço é para ampliar os avanços e evitar os retrocessos”, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel.
Convidado especial para a reunião mensal do CAL, o deputado Sanderson (PSL-RS) falou da importância de tornar a legislação brasileira mais amistosa com o setor produtivo. Ele citou exemplos de mercadorias que, por restrições normativas, não podem ser produzidos no Brasil, mas que não enfrentam obstáculo algum para serem importados, o que considerou incoerente. “Vamos dar a sustentação de que a economia precisa”, disse.
As mensagens têm sido utilizadas pelo BC para sinalizar que, a despeito da inflação comportada e da falta de ímpeto da atividade econômica, não vê condições, no momento, para um eventual corte nos juros. Em suas últimas comunicações, a autoridade monetária também tem ressaltado a importância das reformas na economia, sugerindo que deve aguardar a tramitação da reforma da Previdência –considerada crucial para o reequilíbrio fiscal– para consolidar sua avaliação do quadro brasileiro.
AVANÇOS
Nesta quarta-feira, Campos Neto voltou a apontar a necessidade de avanços fiscais para que a economia melhore e cresça com mais vigor.
"Nosso desafio atual é conduzir a política monetária em um ambiente onde a retomada da atividade econômica mostra sinais momentâneos de arrefecimento e onde o equacionamento da estabilidade fiscal depende da continuidade das reformas", disse ele, afirmando que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa.
"Tenho certeza que o arcabouço de metas para a inflação, mais uma vez, nos permitirá enfrentar esses desafios, e que, diante de um quadro de continuidade das reformas e ajustes, manteremos a inflação baixa e estável e haverá impactos positivos para a redução da taxa de juros estrutural, viabilizando um processo de recuperação sustentável da economia."
O presidente do BC repetiu que a avaliação do comportamento da atividade pelo BC demanda tempo e não será concluída no curto prazo, afirmando que o grau de estímulo depende em particular da capacidade ociosa na economia, do balanço de riscos e das projeções de inflação.
Campos Neto ainda defendeu a autonomia formal do BC, afirmando que assim a autoridade monetária estaria melhor equipada para gerir o regime de metas para a inflação. A aprovação de projeto de lei sobre o tema também proporcionaria uma redução de incertezas econômicas e dos prêmios de risco, acrescentou.
REGIME DE METAS
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Viana, indicou nesta quarta-feira que a sistemática do regime de metas de inflação poderá ser aperfeiçoada para convergência para uma meta que seja considerada como a de longo prazo, ante modelo atual de metas para anos-calendário.
Na abertura do Seminário de Metas de Inflação do BC, ele também reforçou a necessidade de reformas na economia para consolidação de um quadro de estabilidade macroeconômica no país.
"Infelizmente, ainda não podemos dizer que o trabalho de conquista da estabilidade macroeconômica esteja completo. Restam reformas e ajustes importantes para a sustentabilidade da economia brasileira, especialmente os de natureza fiscal", destacou.
De acordo com Viana, a extensão do horizonte de definição da meta para a inflação de dois para três anos-calendário à frente permitiu uma maior separação entre a definição da meta para a inflação, que baliza as expectativas de médio e longo prazos, e a condução da política monetária.
Também ampliou a capacidade de a política monetária balizar as expectativas de inflação, o que reduz incertezas, segundo ele.
"O regime ainda requer a fixação de metas para a inflação para anos-calendário – sistemática que poderá ser aperfeiçoada após convergência para uma meta que seja considerada como a de longo prazo", disse ele.
Viana ainda defendeu a autonomia do BC, medida que fortaleceria o regime de metas.
"A autonomia formal não viria como algo artificial sem bases institucionais firmes, mas sim como uma consolidação institucional de processo amadurecido ao longo do tempo", disse.
O diretor do BC ressaltou a necessidade de uma política fiscal sólida para que a política monetária seja capaz de atingir seus objetivos.
"A estabilidade de preços na economia não é derivada apenas da ação da política monetária, como todos sabemos", afirmou ele.
"Não há na história –e isso é sempre importante ressaltar– regime monetário que tenha sido capaz de operar de forma satisfatória em condições de insustentabilidade da política fiscal", completou.
| CNI (publicado em 21-05-2019) | | | | Proposta segue para análise da Câmara dos Deputados. Pelo texto, Fazenda Pública poderá divulgar nomes de pessoas jurídicas beneficiadas com isenções e benefícios fiscais.
O Senado aprovou nesta terça-feira (21) um projeto que permite a divulgação, por parte da Fazenda Pública, de empresas beneficiárias de renúncias de receitas – isenções e benefícios fiscais.
A proposta, que modifica o Código Tributário Nacional, segue agora para a análise da Câmara dos Deputados.
O texto, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), foi alterado para retirar a possibilidade de divulgação de nomes de pessoas físicas beneficiárias de isenções.
O projeto teve a ex-senadora Lúcia Vânia (PSB-GO) como relatora no Senado. Ela argumentou não haver razão para tornar públicas as informações sobre os benefícios fiscais usufruídos por pessoas físicas, "pela razão de não constituírem benefícios setoriais, como pela exposição indevida desses beneficiários".
"É o caso de pessoas com deficiência que usufruem, por exemplo, de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de automóveis", exemplificou.
A Constituição estabelece que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) informe isenções e benefícios fiscais oferecidos.
Benefícios tributários são concessões do governo a determinado grupo de contribuintes com o objetivo de incentivar programas econômicos e sociais. Com isso, pessoas jurídicas pagam menos impostos.
Atualmente, o Código Tributário Nacional prevê que não é proibida a divulgação de informações relativas a:
Representações fiscais para fins penais;
inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública;
parcelamento ou moratória.
Pela proposta, também passa a não ser proibida a divulgação de incentivo ou benefício de natureza tributária, quando setorial, cujo beneficiário seja pessoa jurídica.
'Cerceamento' da fiscalização
Para o autor do projeto, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), se as informações dos beneficiários não puderem ser divulgadas, haverá "cerceamento" da fiscalização.
"Privar o cidadão brasileiro, em geral, e o contribuinte, em particular, do acesso – mediante instrumento legal – a essas informações contribui para cercear sua capacidade de fiscalizar o governo e de questionar eventuais ‘benevolências’”, afirmou Randolfe.
| G1 (publicado em 21-04-2019) | | | | As centrais sindicais estão empenhadas em estratégias para mobilização e divulgação da greve geral que organizam para o dia 14 contra o governo Jair Bolsonaro. As reivindicações estão centradas em “derrubar” a reforma da Previdência, mas também tratam do crescente desemprego e reforçam a bandeira da Educação pública.
Até o dia da greve, a agenda dos sindicalistas inclui plenárias estaduais para mobilização e também o apoio à segunda manifestação da União Nacional dos Estudantes (UNE) em resposta às medidas de contingência no Ministério da Educação, marcada para o dia 30.
Nesta quarta-feira, 22, dirigentes das principais entidades sindicais do Rio de Janeiro se reúnem com líderes nacionais para mobilizar trabalhadores para a paralisação. Na quinta, 23, o Distrito Federal tem sua plenária. As organizações circulam um abaixo assinado contra a proposta de reforma da Previdência do governo.
“Estamos discutindo em cada Estado, não só em torno da unidade dos sindicatos, mas também para ganhar a sociedade para essa discussão”, afirmou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves Juruna.
Nesta terça-feira, 21, representantes das centrais sindicais se reuniram para tratar de estratégias e preparar o material de divulgação da greve geral. Os departamentos de comunicação desenvolveram propostas para o material da campanha. As sugestões serão apresentadas aos dirigentes e seguem a linha da defesa da aposentadoria, contra o desemprego e pela Educação pública, segundo os estrategistas de comunicação.
Na segunda-feira, 20, dirigentes das centrais, dos trabalhadores de transportes e da UNE conversaram sobre a paralisação do dia 14. Na ocasião, os sindicalistas demonstraram otimismo depois da mobilização estudantil de 15 de maio. Foram registradas manifestações em mais de 170 cidades do País e, só em São Paulo, a estimativa foi de 250 mil presentes no primeiro protesto de rua contra Bolsonaro, de acordo com os organizadores.
| Tribuna PR | | | |
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender nesta quarta-feira, 22, que a reforma da Previdência abrirá os portões para o retorno do crescimento econômico e disse estar confiante de que a proposta do governo será aprovada pelo Congresso Nacional com uma potência fiscal de R$ 1 trilhão em dez anos. “Não há alternativa para a Previdência, o regime antigo quebrou. Temos uma bomba demográfica, não podemos seguir com essa ameaça”, afirmou, durante palestra de mais de uma hora de duração no Seminário Previdência, organizado pelo jornal Correio Braziliense.
Guedes admitiu que a comunicação da reforma é o grande desafio do governo, mas voltou a dizer que sem ela será inviável garantir os benefícios e aposentadorias no futuro. “A reforma da Previdência reduz desigualdades e remove privilégios, sem atingir os mais frágeis”, enfatizou.
Mais uma vez, Guedes discursou contra corporações do funcionalismo público que se opõem à proposta do governo de reforma previdenciária. “As aposentadorias dos funcionários do legislativo são 20 vezes maiores que as dos trabalhadores comuns. É evidente que lobby contra reforma da Previdência está em Brasília. Não é o Brasil que é contra a reforma da Previdência, é Brasília”, acrescentou.
Para o ministro, essas corporações estariam estão usando os pobres como escudo contra a reforma, ao alegarem que a proposta retira direitos dos menos favorecidos. “Isso é ‘fake news'”, acusou.
Ele também rebateu críticas de que a alíquota contribuição previdenciária de 22% proposta para quem ganha mais R$ 30 mil seria uma medida confiscatória. “Se algum juiz reclamar de alíquota de 22% para quem ganha mais do que o presidente da República, é melhor ficar quieto. Não chateia”, alfinetou.
Estouro do Orçamento
O ministro da Economia avaliou ainda que a reforma da Previdência livrará o País de ameaça de estouro do Orçamento pelos próximos 15 ou 20 anos. Ele repetiu estar confiante na aprovação do projeto do governo com economia de R$ 1 trilhão em uma década. “Se a reforma for pouco potente, servirá apenas aos próximos dois governos. Se a reforma tiver de R$ 500 bilhões a R$ 700 bilhões de efeito, não lançaremos um novo regime (de capitalização). Não enviaremos os jovens em um foguete para a lua se não tivermos o combustível”, afirmou.
Para Guedes, a reforma da Previdência abre um horizonte de crescimento de 3% ao ano para a economia brasileira por mais de dez anos. “Essa visão de estabilidade financeira à frente é o que traz de volta os investimentos”, completou.
O ministro elogiou o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à reforma e disse não poder “reclamar nada” da ajuda do presidente Jair Bolsonaro sobre o tema. “Não adianta cobrar tudo do presidente, ele já faz coisas além do que se poderia pedir”, afirmou.
Guedes ainda brincou ao dizer que o governo é criticado por não ter habilidade de comunicação, e lembrou que governos que eram reconhecidos por essa habilidade não conseguira aprovar correções nos sistema de aposentadorias. “A antiga forma de fazer política morreu. Não sabemos qual é a nova, porque ainda a estamos construindo. Mas estou seguro de que a classe política fará a parte dela na reforma da Previdência”, completou.
| Tribuna PR | | | | Autoridade monetária também tem ressaltado a importância das reformas na economia
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reiterou nesta quarta-feira (22) que o processo de recuperação gradual da atividade econômica sofreu interrupção no período recente, mas que o cenário básico do BC contempla sua retomada adiante.
"Essa hipótese se sustenta, entre outros fatores, no crescimento da confiança empresarial [...] na tendência gradual de recuperação do investimento, conforme indicam dados do IBGE, no patamar estimulativo da política monetária e na recuperação observada no mercado de crédito", afirmou ele, em discurso no Seminário de Metas de Inflação do BC, no Rio de Janeiro.
Campos Neto voltou a citar que os indicadores recentes sugerem probabilidade relevante de que a economia brasileira tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre deste ano em comparação com os três meses anteriores, como o BC já havia indicado na ata de sua última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Em sua fala, Campos Neto também reforçou que o balanço de riscos para a inflação do BC mostra-se simétrico apesar da piora recente na economia.
As mensagens têm sido utilizadas pelo BC para sinalizar que, a despeito da inflação comportada e da falta de ímpeto da atividade econômica, não vê condições, no momento, para um eventual corte nos juros. Em suas últimas comunicações, a autoridade monetária também tem ressaltado a importância das reformas na economia, sugerindo que deve aguardar a tramitação da reforma da Previdência –considerada crucial para o reequilíbrio fiscal– para consolidar sua avaliação do quadro brasileiro.
AVANÇOS
Nesta quarta-feira, Campos Neto voltou a apontar a necessidade de avanços fiscais para que a economia melhore e cresça com mais vigor.
"Nosso desafio atual é conduzir a política monetária em um ambiente onde a retomada da atividade econômica mostra sinais momentâneos de arrefecimento e onde o equacionamento da estabilidade fiscal depende da continuidade das reformas", disse ele, afirmando que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa.
"Tenho certeza que o arcabouço de metas para a inflação, mais uma vez, nos permitirá enfrentar esses desafios, e que, diante de um quadro de continuidade das reformas e ajustes, manteremos a inflação baixa e estável e haverá impactos positivos para a redução da taxa de juros estrutural, viabilizando um processo de recuperação sustentável da economia."
O presidente do BC repetiu que a avaliação do comportamento da atividade pelo BC demanda tempo e não será concluída no curto prazo, afirmando que o grau de estímulo depende em particular da capacidade ociosa na economia, do balanço de riscos e das projeções de inflação.
Campos Neto ainda defendeu a autonomia formal do BC, afirmando que assim a autoridade monetária estaria melhor equipada para gerir o regime de metas para a inflação. A aprovação de projeto de lei sobre o tema também proporcionaria uma redução de incertezas econômicas e dos prêmios de risco, acrescentou.
REGIME DE METAS
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Viana, indicou nesta quarta-feira que a sistemática do regime de metas de inflação poderá ser aperfeiçoada para convergência para uma meta que seja considerada como a de longo prazo, ante modelo atual de metas para anos-calendário.
Na abertura do Seminário de Metas de Inflação do BC, ele também reforçou a necessidade de reformas na economia para consolidação de um quadro de estabilidade macroeconômica no país.
"Infelizmente, ainda não podemos dizer que o trabalho de conquista da estabilidade macroeconômica esteja completo. Restam reformas e ajustes importantes para a sustentabilidade da economia brasileira, especialmente os de natureza fiscal", destacou.
De acordo com Viana, a extensão do horizonte de definição da meta para a inflação de dois para três anos-calendário à frente permitiu uma maior separação entre a definição da meta para a inflação, que baliza as expectativas de médio e longo prazos, e a condução da política monetária.
Também ampliou a capacidade de a política monetária balizar as expectativas de inflação, o que reduz incertezas, segundo ele.
"O regime ainda requer a fixação de metas para a inflação para anos-calendário – sistemática que poderá ser aperfeiçoada após convergência para uma meta que seja considerada como a de longo prazo", disse ele.
Viana ainda defendeu a autonomia do BC, medida que fortaleceria o regime de metas.
"A autonomia formal não viria como algo artificial sem bases institucionais firmes, mas sim como uma consolidação institucional de processo amadurecido ao longo do tempo", disse.
O diretor do BC ressaltou a necessidade de uma política fiscal sólida para que a política monetária seja capaz de atingir seus objetivos.
"A estabilidade de preços na economia não é derivada apenas da ação da política monetária, como todos sabemos", afirmou ele.
"Não há na história –e isso é sempre importante ressaltar– regime monetário que tenha sido capaz de operar de forma satisfatória em condições de insustentabilidade da política fiscal", completou.
| Folha de S. Paulo | | | | A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara deu início nesta quarta-feira, 22, à tarde, à sessão para votar a admissibilidade da proposta de reforma tributária apresentada pelo líder do MDB na Casa, Baleia Rossi (SP).
A votação estava prevista para esta quarta às 14 horas, mas lideranças temiam uma sessão esvaziada diante do foco do governo na aprovação da Medida Provisória (MP) 870, que implementou a reestruturação dos ministérios, e que acontecerá durante esta tarde.
O texto em análise foi uma iniciativa dos líderes da Câmara, com a anuência do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), frente à demora do governo em enviar uma proposta própria.
O presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), afirmou que não colocará em pauta outro texto sobre o mesmo tema caso o governo ainda venha a enviar uma proposta de reforma tributária. “Eu não vou pautar duas admissibilidades (de reforma tributária). Se o governo quiser (modificar o texto), vai ter que encontrar um deputado para sugerir alguma emenda”, disse.
Se aprovada, a reforma tributária terá seu mérito analisado por uma comissão especial. Mas Rodrigo Maia só deve instalar esta comissão especial após o relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentar o seu parecer.
O tucano planeja apresentar o relatório até 15 de junho.
| Tribuna PR | | | | Em seminário, Paulo Afonso Ferreira defende mudanças para a restauração do equilíbrio nas contas públicas. Ministro da Economia, Paulo Guedes, diz que é preciso desarmar bombas-relógio
“O modelo atual é financeiramente inviável, injusto do ponto de vista social", disse Paulo Afonso Ferreira
O vice-presidente executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Paulo Afonso Ferreira afirmou nesta quarta-feira (22) que a reforma da Previdência é imprescindível e inadiável para que o Brasil volte a crescer.
“A reforma da Previdência é uma medida essencial para o equilíbrio das contas públicas, a atração de investimentos, a geração de empregos e a retomada do desenvolvimento econômico e social do país”, disse Ferreira. Ele participa, nesta manhã, do seminário Por que a reforma é crucial para o futuro do país?, na sede do jornal Correio Braziliense, em Brasília. O evento é organizado pelo Correio Braziliense e pelo Estado de Minas, em parceria com a CNI, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Sebrae.
Ferreira afirmou que, no atual cenário das contas públicas brasileiras, as transformações que levarão o Brasil a níveis mais elevados de crescimento econômico começam, necessariamente, pela reforma do sistema previdenciário. “O modelo atual é financeiramente inviável, injusto do ponto de vista social e desalinhado com o extraordinário crescimento da expectativa de vida da população”, disse.
BOMBAS-RELÓGIO - Durante a abertura do seminário, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu que o Brasil precisa desarmar três bombas-relógio no que diz respeito ao sistema previdenciário: a bomba demográfica, a dos privilégios e a atual forma de financiamento da Previdência Social.
No tocante às mudanças demográficas no Brasil, o ministro ressaltou que, daqui a 40 anos, haverá dois jovens por idoso no país, o que inviabilizará o pagamento de aposentadorias se não houver mudanças no sistema previdenciário. No segundo item, o ministro destacou que a reforma precisa atacar privilégios, por exemplo, dos servidores públicos, que se aposentam com salários bem acima da média do país.
Guedes disse ainda que o atual sistema de financiamento da Previdência é “uma arma de destruição em massa de empregos”. E completou: "são milhões de brasileiros excluídos do maior programa de inclusão social que a sociedade descobriu”, afirmou o ministro, que explicou que, hoje, para abrir uma vaga de trabalho, uma empresa tem o custo equivalente ao dobro do salário pago ao trabalhador.
Segundo Guedes, a reforma trará de volta ao Brasil acumulação de poupança, equilíbrio fiscal e investimentos privados
O ministro ressaltou que é importante controlar os gastos públicos. O primeiro grande item cujo controle precisa ser recuperado, reiterou, é o da Previdência. Para ele, a aprovação da Reforma da Previdência é o primeiro passo para se “abrir os portões para um mundo novo de crescimento econômico, recuperando 10 anos, 15 anos de estabilidade fiscal. Não há alternativa. O regime antigo quebrou. A Previdência antiga está condenada porque tem várias bombas a bordo”, afirmou o ministro.
Na avaliação de Paulo Guedes, é importante que se aprove uma reforma da Previdência com "potência fiscal", o que significa uma reforma que garanta economia mínima de R$ 1 trilhão nas contas públicas nos próximos 10 anos. Para ele, a reforma trará de volta ao Brasil acumulação de poupança, equilíbrio fiscal e investimentos privados.
TRANSFORMAÇÃO DEMOGRÁFICA – Em seu discurso, o vice-presidente executivo da CNI, Paulo Afonso Ferreira, também ressaltou as mudanças demográficas em andamento no Brasil. Segundo ele, em função de regras de aposentadorias dissonantes das transformações demográficas vivenciadas pelo Brasil, em 2018 as despesas com Previdência foram elevadas a 14,6% do Produto Interno Bruto (PIB). O país chegou a esse cenário mesmo com uma população ainda jovem, observou Ferreira. Segundo o IBGE, apenas 9% dos brasileiros têm, atualmente, mais de 65 anos de idade.
“Como as transformações demográficas devem se intensificar nas próximas décadas no Brasil, o IBGE projeta que a participação de idosos na população deve quase triplicar até 2060, quando um pouco mais de um quarto da população brasileira terá 65 anos ou mais”, completou.
Nesse contexto, sem a adequação das regras previdenciárias à nova realidade populacional, as despesas devem crescer fortemente. "Apenas com o Regime Geral de Previdência Social, elas subirão de 8,6% do PIB, em 2018, para 16,4% do PIB, em 2060”, reforçou Paulo Afonso Ferreira.
Ele ressaltou que a CNI tem feito sua parte no esforço para a aprovação da reforma da Previdência. “Temos realizado campanhas de convencimento da sociedade para a importância da reforma, inclusive com anúncios nas mais diversas mídias. Além disso, estamos em permanente contato com os parlamentares e demais agentes públicos com a intenção de debater a proposta”, disse.
APOIO POPULAR – Gradativamente, a população brasileira tem tomado consciência da importância da aprovação da reforma da Previdência. Pesquisa divulgada pela CNI em 8 de maio mostra que seis em cada dez brasileiros (59%) consideram necessária a reforma da Previdência.
Ainda segundo o levantamento, o apoio a um dos principais pontos da reforma tem crescido nos últimos anos. Em 2015, 65% dos brasileiros concordavam com o estabelecimento de uma idade mínima para a aposentadoria. Em 2019, esse percentual subiu para 72%.
AGENDA LEGISLATIVA – A reforma da Previdência (PEC 6/2019) é um dos temas prioritários da Agenda Legislativa da Indústria 2019, lançada pela CNI em 2 de abril em sessão solene do Congresso Nacional. Na atual edição, a 24ª, reúne 123 propostas em discussão no Poder Legislativo consideradas estratégica pela indústria brasileira.
| CNI | | | | O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), disse na manhã desta quarta-feira, 22, que vai convocar uma sessão extraordinária do colegiado às 12 horas para votar a admissibilidade da reforma tributária apresentada pelo líder do MDB na Casa, Baleia Rossi (SP).
A votação estava prevista para esta quarta às 14 horas, mas lideranças temiam uma sessão esvaziada diante do foco do governo na aprovação da Medida Provisória (MP) 870, que implementou a reestruturação dos ministérios.
A CCJ é a primeira parada de qualquer proposta que altere a Constituição. É preciso o sinal verde do colegiado para que o texto avance à comissão especial, que discutirá o mérito da proposta.
Na terça, Francischini disse que não esperaria o governo apresentar sua proposta de reforma tributária para avançar com o tema. A intenção é liquidar o primeiro estágio da tramitação ainda esta semana. Ele ainda sugeriu que a equipe econômica agilize logo suas sugestões de mudança no texto.
Mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), só deve instalar a comissão especial da reforma tributária após o relator da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentar o seu parecer. O tucano planeja apresentar o relatório até 15 de junho.
| Tribuna PR | | | | Aumento da expectativa tem origem na percepção do aumento conjuntural de preços e na queda da confiança, influenciada pelo forte aumento da incerteza econômica, diz pesquisadora.
A expectativa dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes subiu 0,1 ponto percentual, ao passar de 5,3% em abril para 5,4% em maio. Nos três últimos meses, o índice acumula alta de 0,5 ponto percentual.
A parcela dos consumidores que projetam valores acima da meta de inflação para 2019 (de 4,25%) aumentou de 60,1% em abril para 68,4% em maio, acumulando crescimento de 12 pontos percentuais desde o estabelecimento da nova meta inflacionária.
Já a proporção de consumidores projetando valores abaixo do limite inferior (2,75%) caiu 1,1 ponto percentual, para 2,9%, a menor parcela desde o início do ano.
Segundo Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor, da FGV/IBRE, o aumento da expectativa tem origem na percepção do aumento conjuntural de preços e na queda da confiança, influenciada pelo forte aumento da incerteza econômica.
“Apesar disso, considerando-se o diferencial histórico entre as previsões dos consumidores e da inflação medida pelo IPCA, por exemplo, os números ainda são bastante moderados, compatíveis com uma inflação oficial na meta”, afirma.
Na análise por faixas de renda, só não houve aumento da expectativa para a inflação nos 12 meses seguintes entre as famílias com renda familiar mensal até R$ 2.100,00, cuja estimativa usualmente é superior às demais. Para eles, a expectativa permanece em 6,1%, enquanto os consumidores de renda superior a R$ 9.600, o valor passou de 4,5% para 4,7%.
| G1 | | | | A fabricante de caminhões e ônibus Scania anunciou ontem investimento de R$ 1,4 bilhão na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, para o período de 2021 a 2024. Até lá, o grupo sueco vai concluir o aporte de R$ 2,6 bilhões iniciado em 2016.
A maior parte do novo montante será aplicada na modernização da fábrica – que no ano passado já foi totalmente remodelada – e na produção de veículos movidos a combustíveis alternativos, começando com gás natural (GNV) e biogás.
Segundo a empresa, o GNV tem custo de operação inferior ao diesel, além de índice de emissão de poluentes até 70% menor. A nova plataforma de produtos inaugurada no fim de 2018 também terá condições de, no longo prazo, produzir caminhões híbridos e elétricos.
De acordo com o presidente da Scania Latin America, Christopher Podgorski, um aporte de R$ 75 milhões será antecipado para criar um centro de pesquisa e desenvolvimento. “As iniciativas deixam claro o quão estratégica é nossa operação no Brasil”, diz o executivo, em nota.
Hoje, a fábrica do ABC já conta com um departamento de P&D com 250 engenheiros que trabalham em parceria com a matriz do grupo. “Atualmente, por exemplo, somos os responsáveis globais pelos testes de validação de veículos em condições severas. É um claro reconhecimento da importância de estar presente na América Latina com esta área”, afirma Podgorski.
Ford. O novo plano de investimento da Scania, anunciado na fábrica em evento que teve as presenças do governador de São Paulo, João Doria, e do prefeito da cidade, Orlando Morando, ambos do PSDB, ocorre num momento em que a vizinha Ford desistiu de produzir caminhões no País e colocou suas instalações à venda.
O principal interessado no negócio, o grupo brasileiro Caoa, já disse ter intenções de manter a produção de caminhões com a marca Ford e introduzir a linha Hyundai, marca coreana que a empresa produz no País sob licença, em Anápolis (GO).
“Nosso ritmo de investimento tem sido de R$ 100 milhões ao ano mas, agora, para atender as necessidades das novas tendências ligadas ao mundo do transporte, precisamos elevar esse patamar”, diz Podgorski.
Segundo o executivo, a fábrica brasileira faz parte de um sistema de produção global. “Acabamos de lançar um produto embarcado com uma plataforma ligada à futuras tecnologias, e esses recursos são base para o que está por vir.”
Incentivo. A Scania aguarda a publicação do decreto com detalhes sobre o programa IncentivAuto para decidir se vai aderir e, assim, ter direito a desconto do ICMS. O programa foi lançado em março com promessa de descontos progressivos de até 25% do imposto, mas até agora não foi regulamentado pelo governo do Estado.
O IncentivAuto prevê desconto do ICMS para investimentos a partir de R$ 1 bilhão e geração de pelo menos 400 vagas. A Scania emprega atualmente 4,5 mil funcionários e, segundo a empresa, não tem planos de contratações no curto prazo por estar com o quadro de pessoal adequado à demanda atual. A prefeitura de São Bernardo também oferece desconto no IPTU de até 30% para quem gerar 50 novas vagas.
A previsão da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para o mercado de caminhões é de alta de 15% neste ano, para cerca de 88 mil unidades. A Scania projeta alta de 10% a 20% para suas vendas, que no ano passado somaram 8,6 mil unidades de modelos semipesados e pesados.
Entre as montadoras, já foi anunciado neste ano investimentos de R$ 10 bilhões pela General Motors para as fábricas de São Caetano do Sul e de São José dos Campos no período de 2020 a 2024. A Hyundai anunciou R$ 125 milhões para ampliar a capacidade produtiva da fábrica de Piracicaba de 180 mil para 210 mil unidades ao ano.
A FCA Fiat Chrysler anuncia hoje investimentos para a fábrica de Betim (MG) e Nissan e Renault estudam novos planos para as unidades de Resende (RJ) e São José dos Pinhais (PR), respectivamente.
| Tribuna PR | | | | Veículos da startup TuSimple transportarão correspondências entre as cidades de Phoenix e Dallas
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O Serviço Postal dos Estados Unidos (USPS) iniciou nesta terça-feira (21) um teste de duas semanas transportando correspondência em três estados usando caminhões autônomos, um passo à frente no esforço para comercializar a tecnologia para o transporte de cargas.
Caminhões autônomos da Uber já operam nos EUA
A startup TuSimple, de San Diego, disse que seus caminhões autônomos começarão a transportar correspondências entre as instalações do USPS nas cidades de Phoenix e Dallas para ver como a tecnologia pode melhorar os prazos e custos de entrega.
Um motorista de segurança sentará ao volante para intervir, caso necessário, e um engenheiro ficará no banco do passageiro.
Se bem sucedida, a experiência marcará uma conquista para a indústria de condução autônoma e uma possível solução para a escassez de motoristas e restrições regulatórias enfrentadas pelos transportadores de carga nos EUA.
O programa piloto envolve 5 viagens de ida e volta, totalizando mais de 3.380 km ou cerca de 45 horas de condução. Não está claro se a entrega autônoma de correio continuará após o programa de duas semanas.
"O trabalho com a TuSimple é a nossa primeira iniciativa em transporte autônomo de longa distância", disse a porta-voz do USPS, Kim Frum. "Estamos conduzindo pesquisas e testes como parte de nossos esforços para operar uma futura classe de veículos que incorporarão novas tecnologias."
A TuSimple e o USPS se recusaram a divulgar o custo do programa, mas Frum disse que nenhum dinheiro de imposto foi usado e que a agência depende da receita de postagem e outros produtos.
A startup já levantou US$ 178 milhões em financiamento privado, inclusive da fabricante de chips Nvidia e da empresa chinesa de mídia online Sina.
Os caminhões viajarão nas principais estradas interestaduais e passarão pelos Estados de Arizona, Novo México e Texas.
| G1 (publicado em 21-05-2019) | | | | Espaço conta com tecnologia que traz para a realidade virtual projetos de veículos que serão vendidos no futuro
A Volkswagen inaugura na Anchieta, sua fábrica de veículos em São Bernardo do Campo (SP), um laboratório de protótipo virtual para ajudar no desenvolvimento de novos produtos. No espaço são utilizadas tecnologias que tornam visíveis ao mundo virtual os carros que serão vendidos pela VW no futuro. Além de realidade virtual, são utilizadas ferramentas como realidade aumentada e outras alinhadas à indústria 4.0.
O trabalho é de cocriação: o time de desenvolvimento de protótipo virtual recebe informações da área de design e engenharia, cujo projeto é consolidado em softwares de realidade aumentada e virtual. As imagens trazem detalhes importantes, desde cores, encaixes com precisão e até texturas. Também é possível alterar todos os elementos, como cores, acabamentos e opcionais.
Com o protótipo virtual estruturado em um software, as áreas de simulações dentro da engenharia do produto dão início às suas atividades em ambiente virtual para verificar segurança (crash-test), acústica, aerodinâmica e durabilidade, entre outros pontos. Os testes com veículos físicos são realizados na sequência.
“A nova Volkswagen é movida pela inovação. Estamos utilizando recursos tecnológicos como realidade virtual e realidade aumentada para otimizar o desenvolvimento de novos produtos, tornando o processo ainda mais eficaz”, diz o vice-presidente de desenvolvimento do produto do Brasil e Região América do Sul, Markus Kleimann.
Entre os equipamentos, o laboratório conta com um cockpit para visualização, que é uma carroceria composta por chassi, bancos, painel e volante sem acabamento. Por meio de óculos de realidade virtual, é possível visualizar todos os detalhes do interior do futuro veículo, enxergando cores, texturas e todas as peças, como se estivesse sentado em um veículo real.
Também é possível interagir, abrindo as portas virtualmente, visualizar o exterior em detalhes, além de abrir o capô e ver as partes mecânicas. Todas as imagens vistas pelo óculos de realidade virtual são reproduzidas em tempo real em um monitor para acompanhamento da equipe.
Outro equipamento é o de realidade aumentada, que permite mesclar os ambientes físico e virtual: com a tecnologia, é possível direcionar o tablet para a carroceria física e projetar sua imagem na tela, onde as modificações e variações do projeto são feitas na hora e analisadas no ambiente virtual. O laboratório conta ainda com projetor de alta resolução, no qual é possível enxergar os projetos de veículos em tamanho ampliado, com detalhes e zoom para avaliação do nível de qualidade de cada textura.
| Automotive Business (publicado em 21-05-2019) | | | | A falta de conexão de internet, um antigo obstáculo nas áreas rurais do Brasil, tornou-se crítica à medida que mais e mais equipamentos agrícolas chegam ao mercado com capacidades tecnológicas que só podem ser totalmente utilizadas com a conectividade.
A agricultura brasileira cresceu a um ritmo veloz na última década, colocando o país entre os principais produtores de alimentos do mundo, mas alguns empecilhos permanecem, como a cobertura de internet.
De acordo com uma estimativa da TIM Participações, atualmente menos de 10% das fazendas brasileiras são conectadas. Para comparação, nos Estados Unidos basicamente 100% da população tem acesso à internet por banda larga.
Problema estrutural
"Esse é um problema estrutural que temos no Brasil e que precisamos resolver", disse Christian González, vice-presidente para a América do Sul da Case IH, divisão de máquinas agrícolas da CNH Industrial.
Ele afirma que as máquinas modernas, como plantadoras e colheitadeiras, podem ser ajustadas a todo momento durante as operações em busca de maior eficiência, algo que só pode ser realizado quando estão conectadas a uma sala de operações.
A fabricante de maquinário norte-americana John Deere se mostrou à frente nesse segmento quando lançou, no ano passado, um serviço de internet junto ao fornecedor de telecomunicações Tropico, oferecendo-se para instalar antenas 4G nas fazendas para conectar máquinas e veículos.
Outras avançaram ao mercado neste ano, incluindo as empresas telefônicas Oi e TIM. Fornecedoras de produtos agrícolas, como AGCO, Case, Bayer e Trimble, uniram forças para desenvolver uma plataforma de código aberto que opere conexão de internet 4G, o programa ConectarAgro.
"A falta de internet obviamente coloca os agricultores brasileiros em uma posição complicada, isso pode prejudicar o avanço de sua competitividade", disse Rafael Marques, diretor da TIM, que também participa do ConectarAgro. A empresa firmou recentemente contratos para fornecer internet 4G a dois grandes grupos agrícolas no Brasil, SLC Agrícola e Adecoagro.
"O agricultor deseja utilizar aplicativos no campo, ele quer enviar um vídeo para seu agrônomo quando encontrar um potencial problema na plantação, eles querem estar online", disse Marques.
Em fazendas sem internet, as máquinas precisam, por exemplo, de coordenadas inseridas manualmente para plantios guiados por GPS, o que leva funcionários a andarem carregando dezenas de pen-drives.
A TIM planeja alcançar 5 milhões de hectares de fazendas cobertos por internet até o final deste ano. O Brasil possui cerca de 65 milhões de hectares de cultivos de grãos e oleaginosas.
Rival da TIM, a Oi fechou um acordo para fornecer internet para uma das fazendas controladas pela produtora e trading Amaggi, levando a conexão para a fazenda Tucunaré, de 87 mil hectares, no Estado de Mato Grosso.
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| UOL (publicado em 21-05-2019) | | | |
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