| 22 de JUlho de 2020
Quarta-feira
- Sondagem Industrial
- Confiança da indústria sobe 12,5 pontos em julho ante junho, diz prévia da FGV
- Pessimismo dos empresários começa a cair, diz FecomercioSP
- Prévia da confiança da indústria mostra recuperação em julho, diz FGV
- Conheça os 3 principais motivos que fizeram a Indústria Ashot trocar do NX CAM para o SolidCAM
- Indústria 4.0: Ciser passa a digitalizar a manufatura com o sistema MES
- UiPath ganha aporte de US$ 225 mi para ampliação de plataforma de hiperautomação e soluções em nuvem
- Covid-19 acelera a transformação do mercado automotivo tradicional, diz KPMG
- Novo decreto afrouxa restrições e flexibiliza atividades em Curitiba, mesmo com bandeira laranja
- Veja como funciona o sistema de bandeiras
- Curitiba confirma mais 467 casos de coronavírus, em dia de novo decreto e liberação de atividades
- Mais profissionais de enfermagem são convocados para contratação
- Paraná pode perder até R$ 3,7 bilhões com Covid
- Devemos nos preparar para os próximos surtos
- Projeto de lei proíbe reajustes na tarifa de energia elétrica em 2021
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- Ipea defende, pós-crise, desoneração temporária e extensão de redução de jornada
- Renault confirma 747 demissões no Paraná e trabalhadores entram em greve
- Sem acordo, Renault fecha turno e demite 747; empregados entram em greve
- Sindicato cobra da GM estabilidade de emprego em São José
- Governo blinda estados da 1ª fase da reforma tributária, mas quer rever pacto federativo
- Goldman/Ramos: Simplificação tributária é bem-vinda, mas ajuste fiscal é urgente
- Reforma fatiada cria imposto unificado mais alto e deixa carga total incerta
- Reforma tributária do governo pode ter quatro etapas; entenda
- Compras de aço em junho têm alta de 49,7% ante maio, diz Inda; vendas sobem 38,5%
- Weg passa por 1ª onda da pandemia com alta de 32% no lucro
- Produção de gasolina da Petrobras cai quase 20% por causa do coronavírus
- NSK expande atuação no aftermarket do setor automotivo
- Mercedes-Benz vende planos de manutenção a 350 caminhões do Grupo Vamos
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Câmbio
Em 22/07/2020
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Euro
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Fonte: BACEN
| | | | Indústria continua se recuperando, mas impactos da pandemia seguem fortes
Como em maio, a indústria em junho dá novos sinais de recuperação, após os fortes impactos da pandemia em abril. A produção aumentou frente ao mês anterior e a ociosidade continuou em trajetória de queda.
| CNI | | | | O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de julho teve um avanço de 12,5 pontos em relação ao resultado fechado de junho, para 90,1 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, 22. Caso se confirme, o índice terá recuperado de maio a julho 74% das perdas observadas em março e abril decorrentes da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
O Índice de Expectativas subiu 14,6 pontos, para 90,8 pontos. Já o Índice de Situação Atual avançou 10,2 pontos, para 89,4 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria indicou um aumento de 5,8 pontos porcentuais em relação ao patamar de junho, passando de 66,6% para 72,4% em julho.
A prévia dos resultados da Sondagem da Indústria da FGV abrange a consulta a 783 empresas entre os dias 1º e 20 de julho. O resultado final da pesquisa será divulgado no próximo dia 29.
| Bem Paraná | | | | O pessimismo dos empresários começa a cair, segundo nova pesquisa da FecomercioSP. O índice de confiança da entidade cresceu 8,6% em julho na comparação com o registrado no mês passado.
Em escala que vai até 200, o indicador marcou 66,2 pontos. Na comparação com o mesmo período do ano passado, ainda mostra uma queda profunda, de 41%.
Se a tendência de alívio no pessimismo do empresariado se confirmar, será uma discrepância em relação à intenção de consumo das famílias, medida pela CNC (Segundo Watters, a conectividade será um dos pilares do novo produto, que vai trazer o aplicativo FordPass, conectado ao modem embarcado no veículo para dar informações, funções remotas e câmera com visão externa 360 graus, a chamada visão de pássaro.
| Folha de S.Paulo | | | | Melhora no sentimento dos empresários em relação à indústria ocorre em meio ao relaxamento das medidas de quarentena em importantes centros econômicos do Brasil.
A prévia da confiança da indústria brasileira registrou um salto em julho, indicando que o setor está a caminho de recuperar boa parte das perdas sofridas no auge das paralisações causadas pela pandemia de coronavírus, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas.
O resultado preliminar da Sondagem da Indústria sinaliza que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) deve avançar 12,5 pontos em junho, a 90,1 pontos. Caso esse resultado se confirme, o índice terá recuperado 74% das perdas observadas entre março e abril, no ponto mais crítico das interrupções econômicas de contenção da Covid-19.
"O aumento da confiança nesta prévia ocorre pela melhora da avaliação dos empresários em relação ao presente e, principalmente, das expectativas em relação aos próximos meses", disse a FGV em nota.
O Índice de Expectativas -- que mostra a percepção dos empresários sobre o futuro da indústria -- deve ganhar 14,6 pontos, a 90,8 pontos.
Já o Índice de Situação Atual mostraria alta de 10,2 pontos, para 89,4 pontos.
A melhora no sentimento dos empresários em relação à indústria ocorre em meio ao relaxamento das medidas de quarentena em importantes centros econômicos do Brasil.
| G1 | | | | Indústrias como a Ashot trocaram o CAM e entendem que não foi uma decisão fácil, mas entendem que foi a escolha certa.
Indústria israelense Ashot é a líder em fornecimento de sistema de tecnologia avançada e componentes para indústrias de vários países nos segmentos aeroespacial, defesa, automotivo e outros.
A Ashot é uma empresa de pesquisa e desenvolvimento, com produção sob demanda e de impressão nas áreas de:
- Transmissões e caixas de velocidades para aplicações aeroespaciais, automotivas e de defesa.
- Eixos longos e curtos para motores a jato.
- Sistemas de aeronaves de alta elevação, incluindo transmissões e caixas de velocidades, conjuntos eletromecânicos, juntas universais e eixos.
- Componentes do trem de pouso.
Produtos à base de tungstênio para aeroespacial, defesa, petróleo e gás e médica.
A Ashot tem mais de 500 funcionários e mais de 50 anos de experiência em manufatura. A Reliance Gear Corp é uma subsidiária americana da Ashot. A Reliance Gear serve como base regional para o desenvolvimento de engrenagem e transmissores para clientes comerciais e de defesa.
Até 2013, os engenheiros usavam o NX para CAD e CAM. Com novas necessidades na geração dos processos de usinagem utilizando o CAM, começaram a avaliação do SolidCAM.
Conheça os 3 principais motivos que entendem sobre a excelência que o SolidCAM oferece para a indústria:
Ajuste perfeito dos pós-processadores SolidCAM para máquinas complexas de usinagem com 5 eixos simultâneos e máquinas de torneamento CNC de múltiplos eixos e múltiplas torres, conhecidas como tornos suíços.
Interface de usuário eficiente e de fácil aprendizado, com uma curva de aprendizado muito rápida.
O módulo iMachining reduz em até 70% o tempo de usinagem e aumenta drasticamente a vida útil da ferramenta de corte, o que é muito significativo em uma grande fábrica de múltiplas máquinas, onde a maioria da usinagem é feita com materiais muito duros.
A mudança do NX CAM para o SolidCAM, em 2013, não foi uma decisão fácil para os diretores da indústria Ashot, hoje esta decisão é completamente justificável. Os gerentes de fábrica estão muito satisfeitos com o uso e suporte que recebem do SolidCAM.
Ao longo dos anos, a planta continua a adquirir estações SolidCAM adicionais, bem como novos postos e módulos, e o SolidCAM continua acompanhando a empresa em seu desenvolvimento tecnológico, com forte apoio.
"A SolidCAM Brasil é um braço da SolidCAM Israel, e possui toda excelência para atender com a mesma qualidade as indústrias brasileiras, como faz para a Ashot e todos os seus clientes no mundo. Indústrias como Tramontina Multi, Taurus e Imbel usam o SolidCAM no Brasil.
No cenário atual, as indústrias precisam de alto rendimento em usinagem com custo de investimento adequado. Com a necessidade do mercado brasileiro, o SENAI Brasil adotou o SolidCAM como ferramenta de aprendizado para Metal Mecânica como ferramenta CAM atual. A SolidCAM Brasil está cada vez mais preparada para atender a indústria brasileira", conta Marcelo Ongaro, diretor operacional da SolidCAM Brasil.
| CIMM | | | | Com o objetivo de digitalizar seus processos e aumentar a eficiência de gestão, dando mais um passo para a indústria 4.0, a Ciser, maior fabricante de fixadores da América Latina, atuante no fornecimento de soluções industriais para diversos segmentos, implantou a tecnologia MES ("Manufacturing Execution System", ou seja, "Sistema de Execução de Manufatura"). Trata-se de uma das ações estratégicas da Ciser para caminhar junto à economia digital, aplicando novas tecnologias em seus processos industriais.
Atualmente, o projeto piloto do MES está implantado em cinco máquinas. A previsão é que, em 2020, o sistema seja instalado, ao todo, em 35 equipamentos. A ideia é que os processos de manufatura se tornem paperless, ou seja, com fluxos de informações digitalizados.
Mais agilidade e assertividade
Entre as principais vantagens da implantação do MES, estão o fornecimento de informações de caráter produtivo em tempo real, originando uma fonte única de dados (Big Data), proporcionando maior confiabilidade e rastreabilidade mediante a eliminação da coleta manual de dados. Isso garante mais assertividade e agilidade na tomada de decisão, além de impactar diretamente no aumento da eficiência dos equipamentos (OEE).
Com um tablet, o operador pode controlar todas as máquinas que possuem o MES. E, por meio de qualquer dispositivo com acesso à rede da Ciser, os gestores podem consultar diversas informações, tais como ordem de produção, item, quantidade produzida, quantidade faltante, paradas de máquinas, resultados de inspeções de qualidade, etc.
"Em máquinas que não têm esse sistema, o acompanhamento do dia a dia da manufatura é feito por meio de cartas de inspeção, ou seja, o colaborador anota tudo o que aconteceu no turno dele para que depois as informações sejam lançadas manualmente no ERP (sistema integrado de gestão empresarial), o que acaba gerando demora no processo", frisa Rafael Gomes König, gerente de manufatura da Ciser. "Com o MES, os gestores param de olhar pelo retrovisor (para o que aconteceu antes) e passam a ter as informações em tempo real."
| Ind 4.0 | | | | Em 24 meses, a líder em RPA e IA aumentou a receita recorrente anual de US$ 100 milhões para mais de US$ 400 milhões.
A UiPath, empresa líder em automação de processos robóticos (RPA), levantou US$ 225 milhões em uma rodada de investimentos liderada pela Alkeon Capital Management e com participação das empresas Accel, Coatue, Dragoneer, IVP, Madrona Venture Group, Sequoia Capital, Tencent, Tiger Global, Wellington e fundos e contas assessorados por T. Rowe Price Associates, Inc.
Com o novo aporte, a empresa pretende investir ainda mais em sua plataforma de hiperautomação e em novas soluções em nuvem, visando ajudar cada vez mais empresas em sua transformação digital, bem como levar capacitação a milhares de desenvolvedores de todas as partes do mundo. "Esse financiamento nos permite acelerar o crescimento da nossa plataforma para atender às crescentes demandas dos clientes”, disse Daniel Dines, co-fundador e CEO da UiPath.
O executivo observou que a COVID-19 aumentou a necessidade de automação para enfrentar desafios e dar continuidade a negócios dos mais diversos segmentos. Nas palavras de Dines “Vamos avançar em nossa plataforma líder de mercado e continuaremos investindo cada vez mais em inovação baseada em IA e na expansão de soluções em nuvem. Estamos comprometidos em trabalhar mais para ajudar nossos clientes a evoluir, transformar e obter sucesso rapidamente no novo normal”.
A plataforma da UiPath combina software escalável com uma interface de usuário intuitiva, o que facilita a rápida transformação digital das empresas, na avaliação de Abhi Arun, sócio geral da Alkeon. Ele destacou ainda que a “automação, semelhante à computação em nuvem, tornou-se um imperativo estratégico que está mudando fundamentalmente a maneira como as organizações operam” Sobre a parceria, Arun afirmou: “a UiPath é uma das empresas de software corporativo que mais cresce na história da tecnologia e estamos entusiasmados em fazer parceria com eles nos próximos anos, pois eles oferecem as plataformas de automação mais avançadas e disruptivas da empresa moderna".
A UiPath é uma das empresas de software corporativo que mais crescem no mundo. Em 24 meses, a companhia aumentou sua receita recorrente anual de US$ 100 milhões para mais de US$ 400 milhões.
| Ind 4.0 | | | | A Covid-19 está acelerando a transformação do mercado tradicional de automóveis de passageiros que já estava em curso. Além disso, a pandemia está impulsionando o surgimento de mercados automotivos regionais diferentes, mas também criará novas oportunidades para os fabricantes.
Essas são algumas das principais conclusões da 21ª edição da tradicional "Pesquisa Global com Executivos do Setor Automotivo 2020" (Global Automotive Executive Survey 2020, em inglês), GAES 2020, conduzida pela KPMG.
O conteúdo também revelou que não se espera que a produção e as vendas de veículos se recuperem globalmente já no terceiro trimestre deste ano. Além disso, o aumento da capacidade ocorrerá em ondas e, portanto, deve variar muito de uma região para outra.
A previsão, ainda, é que a pandemia levará a mudanças fundamentais na demanda e, consequentemente, deve gerar oportunidades para os fabricantes em decorrência da possibilidade das pessoas se afastarem do transporte público e estarem dispostas a voltar a investir em carro próprio para se sentirem mais seguras.
"Os consumidores consideram mais que nunca os veículos como um meio de proteção para sua segurança pessoal, portanto, ponderam cuidadosamente seu orçamento com sua saúde pessoal. É aqui que os fabricantes devem se reposicionar e intensificar o relacionamento com seus clientes.
Em períodos de incerteza e de aumento da conscientização de custos pelos consumidores, isso inclui o desenvolvimento de ofertas contratuais flexíveis e acessíveis para novos veículos, principalmente nos produtos de entrada", afirma Ricardo Bacellar, sócio-líder do setor de Industrial Markets e Automotivo da KPMG no Brasil.
De acordo com a pesquisa, entender o cliente em todos os pontos de contato de sua jornada completa é fundamental e as decisões de compra serão orientadas pelo "ticket de entrada", custo total de propriedade e uma experiência de mobilidade simples e transparente.
Outro dado é que, com a complexidade crescente de relacionamento com clientes, espera-se nesse setor um aumento nas despesas de marketing. Apesar disso, em uma visão global, as compras on-line estão mais distantes do que o esperado, uma vez que um em cada cinco consumidores globais (20%) afirmaram que não comprarão um carro on-line. Porém, vale ressaltar o peso dos aspectos sócio-econômico-culturais para uma melhor assertividade por País.
"Neste momento de alta criticidade, é fundamental que a indústria tenha acesso a informações qualificadas que suportem suas decisões estratégicas de negócio e acompanhe com extremo cuidado as eventuais alterações de percepção de valor de compra dos consumidores. Estes dois elementos serão cruciais para ditar o rumo dos próximos passos na retomada dos negócios", completa Ricardo Bacellar, da KPMG.
A 21ª edição da "Pesquisa Global com Executivos do Setor Automotivo 2020", GAES 2020, da KPMG, foi conduzida com mais de 1.100 executivos dos setores automotivo e de tecnologia e mais de 2.000 consumidores de 30 países, com dados coletados em fevereiro de 2020. Mais da metade (59%) dos tomadores de decisões trabalham para empresas com faturamento superior a US$ 1 bilhão, enquanto 22% atuam em empresas com faturamento superior a US$ 10 bilhões.
| CIMM | | | | Academias podem voltar a funcionar: proprietários prometem prevenção e distanciamento entre alunos
Curitiba mantém a bandeira laranja de alerta contra a Covid-19, mas mesmo assim, ontem a Prefeitura publicou novas regras flexibilizando o funcionamento das atividades não essenciais. O Decreto 940 atualiza o funcionamento para o comércio e outras atividades na Capital.
As principais mudanças foram a permissão para funcionamento de academias e salões de beleza, igrejas com cultos e comércio de rua com horário maior — antes era das 10 às 16 horas e com o novo decreto das 10 às 18 horas.
Também ficou determinado que quase as atividades não essenciais e parte daquelas na lista de essenciais não abrem mais aos domingos. “A ideia é que façamos uma ‘quarentena’ no final semana”, explicou a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, durante o anuncio do novo decreto, ontem.
Curitiba continua, desde 13 de junho, na bandeira laranja, o que indica nível de alerta médio para o novo coronavírus. O novo decreto revoga o 810, que vigorou desde junho, tendo sido suspenso durante a vigência do Decreto Estadual 4942, expirada em 14 de julho.
Academias
Uma das novidades deste decreto é a permissão de funcionamento das academias. Desde o início da pandemia e das medidas mais restritivas, estes estabelecimentos ficaram praticamente 130 dias fechados, com exceção de um pequeno período de 10 a 12 dias em junho, pouco antes do decreto da quarentena restritiva do governo, no dia 1º de julho.
“Vamos rebrir amanhã (hoje), com toda a prevenção: limitar os equipamentos, distanciamento entre alunos.Cada um deles vai receber, quando chegar, álcool em gel e um pano para higienização. Na entrada também terá um tapete de desinfecção dos calçados”, conta Guilherme Augusto dos Santos, proprietário e educador na Academia Vox A.
Mas, apesar da autorização para reabrir — com restrições — Guilherme sabe que os tempos antigos estão longe de retornar. Antes da pandemia, a academia recebia cerca de 250 alunos por dia. Quando conseguiu abrir no mmeio da pandemia, esse número caiu para 5% a 10% da carteira de alunos.
Funcionamento conforme o dia da semana
Segunda a sexta
Comércio de rua não essencial: atendimento ao público entre 10 e 18 horas. Sábados e domingo permitido apenas para a modalidade delivery
Shopping centers: podem funcionar entre 12 e 20 horas. Os serviços de alimentação que funcionem nesses locais poderão operar nos fins de semana apenas na modalidade delivery, sem restrição de horário; drive-thru e retirada em balcão estão vetados nesses estabelecimentos
Galerias e centros comerciais: das 10 às 18 horas. Os serviços de alimentação que funcionem nesses locais poderão operar nos fins-de-semana apenas na modalidade delivery, sem restrição de horário
Feiras livres: sem restrição de horário
Segunda a sábado
Restaurantes e lanchonetes: até às 22 horas. Após esse horário e aos domingos, podem funcionar apenas na modalidade delivery e drive-thru
Mercados, supermercados e hipermercados: sem restrição de horário. Aos domingos, não podem funcionar em nenhuma modalidade de atendimento
Comércio de produtos e alimentos para animais: sem restrição de horário, sendo no domingo permitido atendimento de delivery e drive-thru
Comércio varejista de hortifrutis, quitandas, mercearias, distribuidoras de bebidas, peixarias e açougues
Serviços não essenciais: sem restrição de horário. Enquadram-se neste item serviços como escritórios em geral, salões de beleza, barbearias, atividades de estética, academias de ginástica, serviços de banho e tosa de animais
Lojas de material de construção (serviço essencial): sem restrição de horário. Aos domingos, podem funcionar nas modalidades delivery e drive-thru
Concessionárias de veículos em geral: sem restrição de horário
Segunda a domingo
Panificadoras e padarias: até às 22 horas. Aos domingos, das 7 às 18 horas, sem consumo no local
O horário de entrada dos trabalhadores dos estabelecimentos comerciais deverá ser compatível com o horário de abertura do estabelecimento
Permanecem suspensos
- Atividades de entretenimento com ou sem música (tais como casas de show, festas, teatros, circo e atividades correlatas), eventuais ou periódicas, bem como estabelecimentos destinados eventos sociais e atividades correlatas, além do voltados a feiras técnicas ou de varejo, mostras comerciais, congressos, convenções e outros
- Bares e atividades correlatas
- Parques e praças esportivas
- Atividades físicas aquáticas e práticas esportivas coletivas
- Clubes sociais e esportivos, podendo manter o funcionamento das atividades permitidas nos estabelecimentos de rua (como lanchonetes e restaurantes, academias e salões de beleza), dentro das regras de cada área (veja mais a seguir)
| Bem Paraná | | | |
O sistema de monitoramento da covid-19 foi instituído em Curitiba em 09 de junho. Ele permite que se saiba de forma direta como está a capacidade de resposta do sistema de saúde para o enfrentamento do problema e também baliza as medidas necessárias para contenção da pandemia.
São avaliados nove indicadores, divididos em dois grupos: nível de propagação da doença e capacidade de atendimento da rede – cada um com peso de 50% na nota final de análise.
O cruzamentos dos dados de cada indicador resulta em numa média ponderada, identificada pelas notas 1, 2 ou 3 – que, por sua vez apontam a situação da cidade, identificada por cores.
- A cor amarela significa situação de alerta, cujas notas variam de 0,01 a 1,99.
- A cor laranja significa situação de alerta de risco médio, e cujas notas variam de 2 a 2,99.
- A cor vermelha significa situação de alerta de risco alto, e cujas notas ficam de 3 ou mais.
O monitoramento das variáveis é diário.
Curitiba encontra-se desde 13 de junho na bandeira laranja.
Detalhamento
No grupo de “propagação da doença” entram os seguintes indicadores:
- Número de casos novos confirmados nos últimos sete dias em relação ao número de casos novos confirmados nos sete dias anteriores.
- Número de internados por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em UTIs no dia em relação ao mesmo número de sete dias atrás.
- Número de pacientes de covid-19 confirmados em leitos de UTI no dia em relação ao mesmo número de sete dias atrás.
- Número de pacientes de covid-19 confirmados em leitos clínicos no dia em relação ao mesmo número de sete dias atrás.
- Número de casos confirmados nos últimos sete dias para cada 100.000 habitantes.
- Número de óbitos nos últimos sete dias para cada 100.000 habitantes.
No grupo “Capacidade de atendimento” entram os seguintes indicadores:
- Número de leitos de UTI disponíveis para atender covid-19 no dia.
- Número de leitos de UTI disponíveis para atender covid-19 no dia em relação ao mesmo número de sete dias atrás.
- Número de leitos de enfermaria disponíveis para atender covid-19 no dia em relação ao mesmo número de sete dias atrás.
| Prefeitura de Curitiba | | | | Curitiba atualizou, nesta terça-feira (21), as regras da bandeira laranja de combate ao coronavírus com a publicação do decreto municipal nº 940, que liberou o funcionamento de academias e ampliou o horário de lanchonetes e restaurantes, entre outras medidas. Nesta mesma data, de acordo com o novo boletim epidemiológico municipal, a capital chegou ao total de 14.402 casos confirmados e a 387 mortes por covid-19, com o registro de mais 467 infectados e 18 novos óbitos.
Entre os mais de 14 mil contaminados, 6.100 moradores de Curitiba estão na fase ativa da covid-19, sendo capazes de transmitir o novo vírus. Mas a boa notícia é que 7.915 pessoas estão sem sintomas e livres do isolamento social de 14 dias, consideradas recuperadas da doença pelas autoridades de saúde. Outras 520 suspeitas de infecção pelo vírus Sars-CoV-2 são acompanhadas na cidade.
Mais 18 mortes
Segundo o informe da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as novas vítimas fatais da doença são 12 homens e seis mulheres, com idades entre 47 e 89 anos, que em sua maioria, faleceram nas últimas 48 horas. Na lista de óbitos por covid-19 divulgada nesta terça-feira, também estão as mortes ocorridas entre os dias 13 e 18 de julho, que estavam em investigação.
Ainda conforme a SMS, estas pessoas que faleceram recentemente tinham doenças crônicas e tiveram atendimento médico. E apenas um destes óbitos ocorreu em casa. Na capital, mais 11 mortes que podem ter sido provocadas pelo coronavírus ainda esperam pelos resultados dos exames laboratoriais.
Pacientes da covid-19
Curitiba tem hoje 565 pacientes com covid-19 internados em hospitais públicos e particulares. Menos da metade deles, exatas 234 pessoas, estão em estado mais crítico, hospitalizadas em leitos de unidades de terapia intensiva (UTI).
Na capital parananense, a taxa de ocupação é de 91% nesta terça, nos 335 leitos de UTIs exclusivos para covid-19 do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a prefeitura, ainda há 30 leitos do SUS livres em hospitais de Curitiba.
| Tribuna PR | | | | Para manter o atendimento na rede municipal de saúde de Curitiba para o enfrentamento ao novo coronavírus, as secretarias de Administração e de Gestão de Pessoal e da Saúde convocam para comparecimento nesta quarta-feira (22/7) um grupo de 38 profissionais de enfermagem que participam do processo seletivo simplificado (PSS).
Conforme edital publicado no Diário Oficial e disponível no site da Prefeitura de Curitiba, eles farão a entrega de documentos e a assinatura dos contratos de trabalho, de acordo com o horário estabelecido para cada grupo, na sede da Secretaria de Administração e de Gestão de Pessoal (Rua Solimões, 160 – bairro São Francisco).
No site, é necessário escolher a função pública para poder consultar os últimos editais de convocação.
São 26 técnicos de enfermagem em saúde pública e 12 enfermeiros que participam do PSS e serão contratados temporariamente, desde que a documentação, incluindo o registro junto ao Conselho Regional de Enfermagem esteja em dia. Outro grupo de 12 profissionais de enfermagem já foi contratado.
Manutenção das equipes
Todos eles substituem aqueles profissionais contratados temporariamente que se desligaram da Prefeitura de Curitiba.
A manutenção das equipes é necessária devido à pandemia pelo novo coronavírus e da bandeira laranja, estágio de alerta médio no qual a cidade está atualmente.
A meta é manter o patamar de 140 enfermeiros e 218 técnicos de enfermagem em saúde pública, total contratado em abril. Mais de 300 profissionais de enfermagem já tiveram os seus contratos temporários renovados por mais três meses.
| Prefeitura de Curitiba | | | | O Paraná pode perder R$ 3,7 bilhões em arrecadação por causa da queda na arrecadação motivada pela pandemia do Covid-19.
A informação é do secretário de Estado da Fazenda, Renê Garcia Júnior, que participou ontem de audiência de comissão especial do Congresso por videoconferência com outros secretários estaduais. Os cálculos são baseados na curva da arrecadação, na dinâmica da economia e no comportamento da atividade econômica nos principais municípios do estado.
Segundo Garcia Júnior, o novo coronavírus continua atingindo com força os estados do Sul e que os efeitos sobre a atividade econômica vão durar pelo menos até setembro. “Nós chegamos a perder, ao longo dos últimos três meses, R$ 1,7 bilhão só de ICMS. Isso representa praticamente a totalidade dos recursos que virão por conta do auxílio (federal)”, explicou.
“A situação nos Estados só vai ser potencialmente resolvida com uma grande reflexão sobre o Pacto Federativo, sobre a distribuição de funções entre os entes federativos,e com uma reforma tributária que venha de fato a mudar o perfil da arrecadação”, declarou.
Garcia Júnior defendeu o prolongamento do auxílio federal aos estados e municípios. “A ajuda a estados e municípios é a parte menor de todo o conjunto de auxílios do governo federal, representando algo em torno de 10% a 15%. Mas o estrago causado nas finanças pode ser para sempre, porque certamente teremos uma deterioração na qualidade do serviço, acúmulo de dívidas e perdas estruturais”, disse o secretário.
Frustração - Para o secretário, estados e municípios ainda não passaram pela fase mais crítica em termos financeiros. “O segundo semestre pode ter frustração de receita e muita necessidade de despesa, principalmente na área de saúde. O pior pode passar no ponto de vista da quantidade de casos de Covid-19 e de óbitos, mas a partir de agora será preciso repensar o sistema de saúde, a proteção aos idosos e outros aspectos”, afirmou.
O secretário defendeu que o Congresso trabalhe pela continuidade nesse mecanismo de ajuda a estados e municípios, com alguns ajustes - pois a distribuição de forma isonômica pode não ser a mais correta.
“Outra medida importante é que houvesse durante esse período uma revisão na metodologia de cálculo por parte da Secretaria do Tesouro Nacional para avaliação dos estados, pois vivemos uma situação de profunda destruição daquilo que a gente entende como receita e despesa, mas o critério continua o mesmo”, afirmou. “Estudos mostram que 25% a 30% das pequenas e médias empresas podem fechar de forma definitiva”, disse.
| Bem Paraná | | | | No artigo publicado anteontem na revista The Lancet com os primeiros resultados da promissora vacina da Universidade de Oxford contra a covid, o nome de Pedro Moreira Folegatti aparecia com destaque como autor principal.
Líder clínico dos estudos do imunizante no Reino Unido, Folegatti é um médico infectologista brasileiro de 34 anos, nascido em São Paulo, que, ao mudar-se para o Reino Unido, há seis anos, se especializou no desenvolvimento de vacinas para doenças emergentes.
Em entrevista ao Estadão, ele contou que seu grupo de pesquisa trabalha sempre se preparando para a próxima epidemia, mas confessa que a pandemia do coronavírus alcançou magnitude que ninguém esperava. "A gente espera que, depois disso tudo, tenhamos mais investimento em pesquisa para que a gente possa se preparar de uma forma mais adequada para a próxima pandemia", destaca.
Como você foi trabalhar na Universidade de Oxford e acabou envolvido na pesquisa da vacina contra a covid?
Sou médico, minha formação toda foi no Brasil. Me formei em 2009 na Faculdade de Medicina do ABC, fiz residência em infectologia no Instituto Emílio Ribas. Trabalhei em diversos hospitais em São Paulo até setembro de 2014, quando me mudei para o Reino Unido para fazer um mestrado em saúde pública.
Quando concluí o mestrado, surgiu a oportunidade de trabalhar para o Jenner Institute (da Universidade de Oxford) para um programa de influenza. Depois surgiu a oportunidade de trabalhar nessa mesma plataforma de vetor viral que a gente vem testando as vacinas para o coronavírus, mas contra outras doenças. Já estou aqui há quatro anos.
Essa plataforma de vetor viral é aquela que usa uma parte do adenovírus (causador de resfriado) para carregar um gene para o coronavírus?
Isso, a vacina é baseada num adenovírus de chimpanzé. A gente deleta os genes responsáveis pela replicação. O que a gente faz é trocar esses genes por outros genes que vão levar proteínas de quaisquer outros vírus ou patógenos que a gente quiser gerar proteção. Nesse caso, a gente troca os genes de replicação do adenovírus por genes que vão codificar proteínas da superfície do coronavírus atual.
Quais são as vantagens e incertezas de trabalhar com uma plataforma inovadora?
A vantagem é que a gente consegue produzir vacina mais rápido utilizando o mesmo molde e trocando só o antígeno, que é o pedaço que a gente espera que vá induzir resposta imune. A dificuldade é que é uma tecnologia que ainda não é utilizada em larga escala, então existem muitas dúvidas sobre como será o registro.
Qual é sua a função específica na pesquisa?
Meu papel é um pouco variado, desde a concepção e o desenho do ensaio clínico e execução do projeto como um todo. Oficialmente, eu sou o clínico responsável pelo projeto, então meu papel é garantir o seguimento da segurança desses voluntários.
E como tem sido sua rotina?
A rotina é (trabalhar) sem hora para entrar, sem hora para sair, fim de semana, feriado. Eu acordo umas 6 horas, venho para o escritório, saio umas 18 horas e continuo trabalhando em casa, madrugada adentro. Durmo uma média de quatro horas por noite.
Como vocês reagiram quando viram que os primeiros resultados eram animadores e como se preparam para as diferentes possibilidades da fase 3, inclusive não ter o resultado esperado?
Ciência é muito sobre tentativa, erro e acerto. Então, sim, a vacina é bastante promissora, é capaz de induzir uma resposta imune que a gente considera uma boa resposta dos anticorpos capazes de neutralizar o vírus, mas não se sabe se isso é suficiente para prevenir a doença. Como tudo na vida, existe uma chance de a vacina não dar certo, mas a gente tenta manejar tanto as nossas expectativas quanto as do público geral. Mas todo mundo está bastante confiante.
Você faz parte de um grupo que estuda patógenos emergentes. Vocês já fazem pesquisas se antecipando a novas doenças? Imaginava enfrentar uma pandemia dessa?
A comunidade científica internacional vem se preparando para enfrentar uma epidemia de uma doença X. Agora, que essa epidemia fosse ter as dimensões e o impacto global que teve, isso pegou todo mundo de surpresa.
As outras epidemias recentes, como Ebola e zika, castigaram mais os países em desenvolvimento. O fato da pandemia de covid atingir todos os países vai mudar a visão sobre a importância do investimento na ciência?
Sempre houve interesse da comunidade científica internacional de estudar essas doenças, mas o que sempre faltou foi financiamento. A gente espera que o mundo tenha compreendido com essa última pandemia que o que acontece na China, por exemplo, tem impacto quase que imediato no Brasil, nos Estados Unidos, no mundo inteiro. A gente espera que, depois disso tudo, tenhamos mais investimentos em pesquisa para que a gente possa se preparar de uma forma mais adequada para a próxima pandemia. Essa não foi a última.
| Bem Paraná | | | | Reajuste tarifário para o setor elétrico ficaria vedado até janeiro de 2022, e resultado do congelamento tarifário do período anterior não poderá ser repassado de uma vez aos consumidores
Com a crise econômica causada pela pandemia do coronavírus, a renda das famílias brasileiras tem diminuído. Para amenizar os impactos dessa recessão, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) apresentou o PL 3.851/2020 que veda reajustes na tarifa de energia elétrica em 2021.
De acordo com o projeto de lei, ficará vedado o reajuste tarifário para o setor elétrico até janeiro de 2022. Neste ano, o resultado do congelamento tarifário do período anterior não poderá ser repassado de uma vez aos consumidores, devendo ser escalonado ao longo dos próximos cinco anos.
Ao justificar a proposta, o senador afirmou que os impactos da pandemia na economia do país serão sentidos por longo tempo após o controle da doença. Para Rogério, é necessário que o Congresso aprove medidas capazes de amenizar as consequências da crise para os brasileiros.
“As famílias brasileiras estão com a renda cada dia mais reduzida. A pandemia do coronavírus agravou esse quadro. Por isso, o Estado brasileiro precisa adotar medidas para amenizar esse sofrimento”, disse Rogério em suas redes sociais.
O senador declarou ainda que o setor elétrico teve seu revés econômico imediato mitigado por meio de ação governamental — edição da Medida Provisória 950/2020, que criou a conta-covid. Porém, segundo ele, deve haver compensação aos usuários do serviço, os quais também sofrem e sofrerão efeitos da crise causada pela pandemia.
| Senado Notícias | | | | Proposições legislativas
A Medida Provisória (MP) 927/2020, que alterou as regras trabalhistas durante o período da pandemia, e a MP 928/2020, que tratou de pedidos feitos à administração pública baseados na Lei de Acesso à Informação (LAI), perderam a validade nesta semana. Sem a vigência, os textos não produzem mais efeitos.
Editada pelo Executivo em março, a MP 927 teve prazo expirado na segunda-feira (20) e previa mudanças na legislação trabalhista para auxiliar empregadores a manterem os empregos de seus funcionários durante a crise de saúde pública. O texto já havia sido votado pelos deputados, que o transformaram no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 18/2020, e foi relatado pelo senador Irajá (PSD-TO), no entanto, não obteve acordo para sua votação final no Senado.
A matéria chegou a fazer parte da pauta de votações da sessão remota da última quarta-feira (15), mas foi retirada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, após ouvir a opinião das lideranças partidárias sobre a falta de entendimento sobre o texto.
Na ocasião, o presidente do Senado explicou que 17 destaques foram apresentados à proposição, e ressaltou que o sistema remoto de votação pode ter contribuído para a falta de um entendimento entre as lideranças.
— Quando não se tem entendimento é praticamente impossível votar MP ou uma matéria com a complexidade dessa — afirmou Davi na sessão.
Entre outras as ações, a MP previa a possibilidade de acordo individual entre o empregado e o empregador se sobrepondo a leis e acordos coletivos, respeitando os limites estabelecidos na Constituição; permitia que o empregador optasse por celebrar acordo coletivo ou convenção coletiva com o sindicato da categoria; previa a suspensão do cumprimento de acordos trabalhistas em andamento quando houvesse paralisação total ou parcial das atividades da empresa por determinação do poder público.
As iniciativas poderiam ser aplicadas aos empregados contratados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aos contratos temporários urbanos e aos contratos do meio rural.
Lei de Acesso à Informação
Já a MP 928/2020, que perdeu eficácia nesta terça-feira (21), estabelecia que, enquanto durasse a pandemia e o enfrentamento da emergência de saúde pública em razão da pandemia de covid-19, ficariam suspensos os prazos de resposta para os pedidos de informação feitos à administração pública baseados na Lei de Acesso à Informação (LAI).
A suspensão valia para requisições a órgãos cujos servidores estivessem em regime de teletrabalho, em quarentena e que dependessem de acesso presencial para resposta ou que dependessem de agentes ou setores que estivessem diretamente envolvidos no combate à covid-19.
Ainda conforme a medida provisória, o atendimento presencial para pedidos de informação seria suspenso e, enquanto durasse a suspensão, os requerimentos via LAI deveriam ser apresentados somente pela internet. Caso fossem apresentados recursos diante da negativa dos pedidos de informação, eles não seriam reconhecidos pela administração pública.
Em abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia derrubado, por unanimidade, trechos da MP por considerar que os dispositivos restringiam o cumprimento da Lei de Acesso à Informação. Em vigor desde 2012, a LAI regulamenta o direito de qualquer pessoa física ou jurídica (mesmo sem apresentação de motivo) pedir e receber informações de toda a administração pública, direta e indireta, em nível federal, estadual e municipal.
Em caso de perda de eficácia de medida provisória, o Congresso Nacional pode disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas decorrentes da MP. Se esse decreto não for editado no prazo de 60 dias, as relações jurídicas constituídas durante o período de vigência continuam regidas pelo texto da MP.
| Senado Notícias | | | Em meio ao aumento do desemprego e à preocupação do governo com a retomada da geração de vagas no mercado de trabalho no momento pós-pandemia, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) defende uma desoneração temporária de tributos sobre salários, com maiores benefícios para contratos de jornada parcial, e a extensão dos instrumentos que permitem redução de jornada e salários na crise.
As sugestões constam no documento "Brasil Pós Covid-19", que é lançado nesta quarta-feira (22) e traz propostas de medidas para ajudar a impulsionar a retomada da economia brasileira após os impactos do novo coronavírus.
No caso da autorização para cortes de jornada e salário, o Ipea argumenta que os efeitos da crise devem permanecer mesmo após a fase mais aguda da pandemia, deixando empresas em situação de dificuldade. O foco dessa ação seria a preservação de empregos.
Por outro lado, o órgão reconhece que o governo não possui recursos suficientes para seguir bancando compensações aos trabalhadores atingidos por essas negociações. A União já destinou R$ 51,2 bilhões ao pagamento do benefício emergencial para empregados que fecharam acordos de redução de jornada e salário ou suspensão de contrato.
Na proposta do Ipea, o formato dos acordos seria ajustado para caber no Orçamento. Não seria mais permitida a suspensão do contrato (que obriga o governo a pagar a parcela cheia do seguro-desemprego que seria devido em caso de demissão). As empresas que adotaram essa modalidade poderiam migrar para uma redução de jornada e salário de até 70%.
Já os acordos de redução de jornada e salário, que hoje permitem corte de até 70%, ficariam restritos a diminuições de 25% e 50%. Na avaliação do Ipea, a medida poderia vir acompanhada de maior adiamento em pagamento de tributos para as empresas que mantiverem os pagamentos dos salários, ainda que de forma parcial, e oferta de empréstimos em "condições facilitadas" aos trabalhadores.
Além da preservação de empregos, os técnicos do órgão defendem uma política desenhada para alavancar a geração de novos postos de trabalho. Para isso, propõem uma desoneração temporária de tributos sobre salários, para que as companhias tenham incentivos nas contratações.
Os benefícios seriam diferenciados de acordo com o contrato: um empregado com jornada parcial (20 horas) traria incentivo maior para a empresa, com redução de 15 pontos porcentuais na alíquota de 20% de contribuição sobre a folha, do que um de jornada integral (40 horas), com corte de 5 pp.
O foco da desoneração seria a contratação de funcionários com salário equivalente a até três salários mínimos (R$ 3.135). O estudo não detalha qual seria o custo da política, mas propõe como fonte de recursos uma taxação adicional sobre horas extras pagas aos trabalhadores e uma alíquota extra em contratos que ultrapassem as 40 horas semanais.
Dividido em quatro eixos, o estudo do Ipea traz uma série de sugestões de iniciativas para melhorar o ambiente de negócios no Brasil e destravar os investimentos. Há ações focadas nas atividades produtivas e reconstrução das cadeias de produção, inserção internacional, investimento em infraestrutura e proteção econômica e social de populações vulneráveis - o que inclui um benefício universal infantil para menores de 18 anos, ao custo de R$ 26,6 bilhões. O programa seria feito a partir da unificação de benefícios do Bolsa Família, salário família e dedução de dependentes do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
O presidente do Ipea, Carlos von Doellinger, afirma que o documento é um "ponto de partida" para as discussões que começam a se aprofundar no governo. "Tentamos mostrar caminhos específicos. Selecionamos os mais viáveis e os que teriam maior impacto na economia", diz.
O estudo destaca ainda a necessidade de continuar o ajuste nas contas públicas e aprovar reformas para controlar a trajetória de gastos, afetada devido à necessidade do governo de abrir os cofres para bancar ações de combate à covid-19. No texto, os pesquisadores defendem a aprovação das reformas do Pacto Federativo, que garante instrumentos para conter o avanço de despesas na União e nos governos regionais, da desvinculação dos fundos e a reforma administrativa, que ataca a despesa com pessoal do governo.
A partir dessas medidas de ajuste, o governo já conseguiria ter uma recuperação em 2021, com crescimento de 3,6% do PIB no ano que vem, após um tombo estimado em 6% em 2020.
| Bem Paraná | | | | A montadora da Renault em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, não recuou na demissão de 747 trabalhadores e eles decidiram, em assembleia, no início da noite desta terça (21), entrar em greve por tempo indeterminado em repúdio às dispensas.
Na última sexta-feira (17) os trabalhadores reprovaram uma proposta de Plano de Demissão Voluntária (PDV) apresentada pela empresa. Foi dado um prazo de 72h para que a montadora voltasse negociar com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), mas como a Renault confirmou as demissões nesta terça (21), eles decidiram paralisar as atividades.
Em nota, a montadora explicou a decisão de manter as demissões. “A Renault do Brasil informa que desde o início da pandemia, em março, aplicou soluções de flexibilidade como férias coletivas e a MP936 para o enfrentamento da crise da Covid-19. Com o agravamento da situação, queda das vendas da Renault em 47% no primeiro semestre, e a falta de perspectiva de retomada do mercado a Renault buscou negociações com o Sindicato, e vem nos últimos 50 dias trazendo propostas para a necessária adequação da estrutura fabril.
Após realizar todos os esforços possíveis para as adequações necessárias e não havendo aprovação das medidas propostas, não restou outra alternativa para a Renault do Brasil, que em 21/07 anunciar o fechamento do 3º turno de produção e o desligamento de 747 colaboradores da fabricação do Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR)", diz a montadora, na nota.
Entre as propostas citadas pela empresa, está a redução de 25% de jornada de trabalho e salário na fabricação, proposta em 8 de junho, mas recusada pela categoria. Esta proposta não foi aceita pelo Sindicato, sendo ainda condicionada a outros temas, assim como PDV, apresentado pela empresa em 15 de junho.
| Bem Paraná | | | | Sem acordo, Renault fecha turno e demite 747; empregados entram em greve
Empresa informa que tomou decisão após apresentar propostas nos últimos 50 dias que foram rejeitadas por sindicato e trabalhadores
Após tentar sem sucesso na semana passada acordo com os trabalhadores para abrir um programa de demissões voluntárias (PDV) na fábrica de São José dos Pinhais (PR) com o objetivo de reduzir em 800 pessoas o quadro de 7,2 mil funcionários da unidade, a Renault decidiu não esperar mais. Na terça-feira, 21, a empresa informou que unilateralmente vai fechar o terceiro turno e, com isso, demitirá 745 empregados da produção. O ritmo dos três turnos já era bastante lento, com 70% de redução de jornada.
A decisão foi anunciada 24 horas antes do prazo de 72 horas que Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) havia dado à empresa para fazer nova proposta aos trabalhadores.
Em vez da contraproposta, vieram as demissões com menos benefícios do que os previstos na oferta rejeitada de PDV. A reação sindical foi imediata, com a convocação de assembleia, realizada no fim da tarde da terça-feira, que colocou em votação e segundo a entidade aprovou “por unanimidade” a realização de greve por tempo indeterminado, até que a empresa volte a negociar para reverter os cortes de pessoal.
“A Renault do Brasil informa que desde o início da pandemia, em março, aplicou soluções de flexibilidade como férias coletivas e a MP 936 (redução de jornada e salários) para o enfrentamento da crise da Covid-19. Com o agravamento da situação, queda das vendas [da marca] em 47% no primeiro semestre e a falta de perspectiva de retomada do mercado, a Renault buscou negociações com o sindicato e vem nos últimos 50 dias trazendo propostas para a necessária adequação da estrutura fabril.
Após realizar todos os esforços possíveis e não havendo aprovação das medidas propostas, não restou outra alternativa que, em 21 de julho, anunciar o fechamento do terceiro turno e o desligamento de 747 colaboradores da produção do Complexo Ayrton Senna”, diz a nota oficial da empresa.
“Queremos deixar nosso repúdio pela forma que esta empresa está agindo, mesmo recebendo incentivos fiscais do governo do Estado para gerar e também manter empregos. Infelizmente não é o que a direção atual desta planta está pensando. Vamos nos manter em estado de greve, em assembleia na porta da fábrica, até que a Renault reveja essa decisão e volte a negociar conosco”, afirmou o presidente do SMC, Sérgio Butka.
RETIRADA DE BENEFÍCIOS
O PDV proposto na semana passada previa o pagamento de 1,5 a 4 salários extras (dependendo do tempo de casa de cada funcionário), primeira parcela de R$ 8,5 mil do programa de participação nos resultados (PPR) e extensão de vale-mercado até o fim do ano e do plano médico até junho de 2021. Como a proposta foi rejeitada em assembleia na sexta-feira, 17, agora os funcionários serão desligados involuntariamente com benefícios bem menores.
Segundo a Renault, além das verbas rescisórias normais, serão pagos dois salários extras que equivalem ao período de estabilidade de dois meses após a adoção de jornada prevista na MP 936. A empresa concederá vale-mercado integral só até outubro próximo e o plano de saúde para titular e dependentes será garantido até dezembro. Também será oferecido um programa de orientação para a recolocação.
Desde o início da crise instalada pela pandemia de coronavírus, a Renault está entre as marcas que mais perderam vendas e vem enfrentando resistência do sindicato e de seus trabalhadores em aprovar ajustes para adequar a produção da fábrica ao Paraná à realidade de demanda reduzida que, na avaliação da empresa, deverá perdurar por longo tempo. Sem acordo, a empresa decidiu impor suas necessidades.
ESTRATÉGIA GLOBAL DE CORTES DE CUSTOS
A Renault acrescenta ainda que o enxugamento do quadro de funcionários e da produção na fábrica do Paraná “também está alinhada com projeto de redução de custos anunciado pelo Grupo Renault em maio”, que envolve cortes de € 2 bilhões nos próximos três anos, com a diminuição da capacidade global de produção de 4 milhões para 3,3 milhões veículos/ano, fechamento de fábricas e demissão de 15 mil pessoas no mundo (4,6 mil só na França).
A empresa é a segunda montadora a anunciar demissões desde o início da crise da pandemia de coronavírus. A primeira foi justamente sua sócia de Aliança, a Nissan, que também adota programa global de cortes de custos e em 22 de junho anunciou o fechamento de um dos dois turnos de produção na fábrica de Resende (RJ), com a demissão de 398 pessoas.
| Automotive Business | | | | Fábrica trabalha com metade dos funcionários; Zarlenga disse em entrevista que cortes poderiam acontecer
Dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região se reuniram com representantes da direção da General Motors na terça-feira, 21, para cobrar a manutenção dos postos de trabalho na fábrica instalada no Vale do Paraíba.
A reunião, realizada a pedido da organização sindical, foi motivada por entrevista ao jornal Valor Econômico do presidente da GM América do Sul, Carlos Zarlenga, em que o executivo admitiu a possibilidade de demissões no País por causa da queda da produção provocada pela pandemia de coronavírus.
Após quase três meses de paralisação devido à pandemia, a GM retomou a produção em São José dos Campos em 16 de junho, quando voltou a operar com 1,8 mil empregados, cerca de metade do contingente da unidade onde são produzidos a picape S10, o SUV Trailblazer, motores, transmissões e outros componentes. Os demais funcionários permanecem afastados.
Uma versão renovada da S10 está em produção para ser lançada até o fim deste mês, mas não parece suficiente para manter o mesmo nível de emprego. A planta havia sido incluída em um novo ciclo de investimentos de RS 10 bilhões da GM no Brasil, que foi congelado com o aprofundamento da crise.
Segundo informou o sindicato, “os representantes da montadora confirmaram a queda na produção, mas não informaram o número de trabalhadores que estariam ociosos”. Uma nova reunião foi marcada para a próxima semana.
“É inadmissível que a GM ameace acabar com o sustento de tantas famílias em um momento de crise como o que estamos vivendo. Todos os nossos esforços serão empregados para a manutenção dos postos de trabalho”, afirmou em nota Renato Almeida, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.
| Automotive Business | | | | O governo federal finalmente apresentou a primeira fase de sua proposta de reforma tributária, que unifica PIS e Cofins – de competência federal – na nova Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), um modelo de imposto de valor agregado (IVA).
E decidiu "blindar" estados e municípios, excluindo ICMS e ISS da proposta e transferindo esse debate para o Congresso. Ao mesmo tempo, pretende avançar as discussões sobre a revisão do pacto federativo – que envolve amplo debate sobre arrecadação, repasses e gastos desses entes – e cuja PEC está parada no Parlamento.
A decisão de deixar ICMS e ISS, impostos de âmbito estadual e municipal, é estratégica: o governo acredita que será mais fácil e rápida a tramitação de uma reforma tributária fatiada. A proposta da criação do CBS, por exemplo, é um projeto de lei, e não uma PEC. A nova contribuição teria uma alíquota única de 12% sobre o valor da receita bruta auferida em cada operação. Seriam descontados valores de ICMS e ISS e descontos incondicionais que aparecem no documento fiscal.
O ministro Paulo Guedes sinalizou que não se opõe a um “acoplamento” dos dois impostos ao CBS posteriormente, mas justificou a exclusão dizendo que não caberia a ele propor a mudança nesses impostos. “Cabe ao Congresso legislar as relações entre os entes federativos. Eu não posso invadir os territórios dos prefeitos e governadores falando de ISS e ICMS. Nosso apoio é total ao acoplamento desses impostos”, disse.
Paralelamente ao andamento da reforma tributária, o governo também tem expectativa de que a PEC do Pacto Federativo avance no Congresso. Essa proposta, além de criar um estado de emergência fiscal, também propõe uma nova política de distribuição de repasses da União para os entes, unifica o mínimo constitucional de gastos com saúde e educação e extingue os fundos de participação de estados e municípios.
Há pontos polêmicos, como a extinção de cidades com menos de 5 mil habitantes e arrecadação insuficiente, que seriam incorporadas pelas vizinhas. O governo tem interesse em ver esse projeto andar, tanto que concordou em deixar a PEC Emergencial de lado e agora trabalha junto com a equipe do senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da matéria, em uma proposta mais enxuta e palatável para aprovação no Congresso.
Discussão sobre ICMS é mais complexa
Tributaristas ouvidos pela Gazeta do Povo ponderam que, embora seja mais interessante fazer uma reforma ampla e única, é coerente a estratégia do governo de fatiar a reforma tributária visando agilidade na tramitação. E isso explica a exclusão do ICMS, porque sua discussão é mais complexa.
“A discussão do ICMS vai ser muito maior e mais abrangente, porque não vai envolver só uma decisão federal. Vamos ter todos os governadores em cima, até por estudos que já apontam quem vai ter perda de arrecadação considerando as propostas que já foram apresentadas. Acredito que a discussão que vai ter mais relevância envolve mais o pacto federativo do que propriamente a sistemática de tributação do que mudar”, aponta Charles Dutra, contabilista e administrador do Canal Tributário.
Para Tiago Conde, sócio do Sacha Calmon-Misabel Derzi Consultores e Advogados, mexer em um sistema tributário tão complicado quanto o brasileiro pode trazer uma confusão enorme. Portanto, começar o processo com uma simplificação de tributos de competência privativa da União dá fôlego para discutir ICMS e ISS.
“O ICMS é um dos impostos que mais traz guerra fiscal e precisa ser resolvido. Mas o governo precisa começar a reforma para criar um sistema mais justo e não tão complexo. Para isso, o ideal é não mexer no ICMS e construir uma proposta com governadores”, defende.
O advogado tributarista Renato Gomes, sócio da Gomes, Almeida e Caldas Advocacia, avalia que o governo optou pelo caminho da simplificação não só tributária, mas de apresentar uma proposta mais básica com mais chance de aprovação. Exemplo disso é não ter incluído outros impostos de competência federal – como o IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) – para apostar na tramitação mais veloz.
No caso da discussão sobre o ICMS, Gomes defende que a inclusão do imposto em eventual reforma tributária vai demandar discussão com os estados sobre suas arrecadações e sobre o próprio pacto federativo.
“A proposta de divisão é a mesma estabelecida em 1988, quando o Poder Legislativo aprovou a Constituição e analisou um cenário de estados já consolidados – como São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul –, outros recém-criados – como Tocantins e Mato Grosso do Sul – e ainda alguns que já existiam, mas precisariam de mais esforço para se desenvolver”, relembra.
Para ele, aí entra a discussão sobre repasses e, em especial, o ICMS interestadual, em que estados mais novos ou que precisassem de mais impulso ficariam com uma parcela maior. “É a realidade de estados como o Mato Grosso do Sul, que se desenvolveu com o agronegócio, do Tocantins, de algumas regiões do Espírito Santo, por causa do complexo portuário.
São estados que se desenvolveram significativamente, aumento de população. A repartição tributária favorece mais a eles”, aponta. Gomes ainda lembra que na discussão do ICMS, cada estado defende seu lado do ponto de vista da arrecadação e nenhum quer dar o braço a torcer.
| Gazeta do Povo | | | | A simplificação dos tributos proposta pela reforma do governo, que o ministro da Economia Paulo Guedes entrega nesta terça-feira, 21, no Senado, é "muito bem vinda", mesmo sem gerar mais receitas, avalia o diretor e economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos, em live nesta tarde do Estadão.
"A carga tributária é extraordinariamente alta no Brasil, é muito pesada, elevada, comparada com emergentes, com a média da OCDE", afirmou ele, que vê urgência maior no ajuste fiscal, na medida em que o Brasil vai sair da pandemia com as contas públicas mais vulneráveis.
Ramos ressaltou que o sistema tributário brasileiro por ser muito complexo, acaba gerando muitas distorções. "Todo mundo concorda que é necessário fazer uma reforma no Brasil", disse o economista do Goldman. "A própria tributação vem de instrumentos muito ineficientes", completou. "O Brasil tributa muito, gasta muito mal e investe pouco. É preciso aumentar a eficiência do gasto."
A reforma tributária, reconheceu Ramos, é uma agenda muito "complexa, densa" e que "claramente trará perdedores e ganhadores", seja entre indústria e o setor de serviços, e entre Estados riscos e pobres. "Não é fácil conciliar todos os interesses."
Fiscal
Para o economista do Goldman, apesar do empenho em avançar com a reforma tributária, a necessidade mais urgente do Brasil será prosseguir com a reforma fiscal, na medida em que o País já começou a pandemia com as contas públicas muito deterioradas. "O Brasil já tinha um problema sério, estava atrasado na agenda", disse ele, ressaltando que há seis anos o País registra déficit primário e, para estabilizar o crescimento da dívida pública, será preciso voltar a gerar superávits.
"A situação fiscal que já era precária, vai ficar ainda mais vulnerável. As reformas fiscais se tornaram mais importantes e urgentes", disse ele. Ramos prevê que a relação entre a dívida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB) se aproxime dos 100%. "É necessário redobrar os esforços para as reformas fiscais que já estão pendentes para dar uma sinalização de médio e longo prazo de uma âncora fiscal."
Ramos disse ainda que a recessão brasileira será profunda em 2020, mas tende a ser relativamente mais curta. Indicadores recentes da atividade têm vindo melhores que o esperado, disse ele, ressaltando que a dúvida é se este fôlego vai se manter. "Não dá para apostar em uma recuperação em V, não é o cenário mais provável", disse ele.
Estrangeiros
Ramos, que mora em Nova York, ressaltou que a imagem do Brasil não está muito positiva entre os investidores, em meio a vários fatores, que incluem a questão do desmatamento na Amazônia, os ruídos políticos e o crescimento dos casos de coronavírus. "A visão do investidor é de pouco interesse, não tem crescimento, não tem retorno na renda fixa", disse.
O investidor estrangeiro tem até participado de oferta de ações, como as recentes aberturas de capital e ofertas subsequentes, disse Ramos. Mas para estes agentes voltarem de vez, será preciso mais crescimento da economia. "Se o crescimento voltar, certamente volta o estrangeiro", disse ele, ressaltando também que é importante melhorar o quadro político, marcado recentemente por embates institucionais e saídas de ministros.
| Bem Paraná | | | | A unificação de dois impostos federais – o PIS/Pasep e a Cofins – é uma das medidas centrais da primeira parte da proposta de reforma tributária elaborada pelo governo federal (PL 3887/2020) e trazida a público nesta terça-feira (21).
O projeto de lei reformula as formas de recolhimento e propõe a junção do PIS e da Cofins em um imposto único – a Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS). A CBS segue na direção dos moldes de um IVA (Imposto sobre Valor Agregado), metodologia simplificada de tributação do consumo usada em boa parte do mundo.
A alíquota final proposta pelo governo, de 12%, fica maior do que as atuais, que variam da faixa de 3% a 9% para o PIS/Cofins somados, de acordo com a atividade e o regime tributário da empresa.
Não significa necessariamente, entretanto, que a conta sairá mais cara para o consumidor, já que a forma de cálculo muda: a porcentagem é maior, mas aplicada sobre pedaços menores dos valores dos produtos. Há também uma ampliação nos direitos de créditos tributários das empresas, que são partes dos impostos que elas pagam e que têm direito a receber de volta depois.
De toda maneira, a mordida de 12% é também maior do que a estimada pelas outras duas propostas de reforma tributária que já estavam no Congresso e que também são centralizadas na criação de um imposto único e simplificado.
No projeto qeu deu origem à PEC 45, por exemplo, que corre desde o ano passado na Câmara dos Deputados, a contribuição estimada para essa fatia do imposto é de 9%, já incluindo PIS, Cofins e também o IPI, que ainda nem entrou nos 12% que o governo fixou. No Senado, corre em paralelo tabém a PEC 110, de teor parecido.
Além disso, diferentemente das duas propostas anteriores, a proposta enviada nesta semana pelo governo é parcial. Ela deixou uma parte importante da cesta de impostos sobre consumo, caso do IPI, do ICMS e do ISS, para ser unificada depois, em uma segunda etapa da reforma.
É nesse grupo, entretanto, que está a parte mais espinhosa e também mais pesada dos impostos que recaem hoje sobre os bens e serviços brasileiros. E o fato de ele não ter sido contemplada dessa vez deixou tributaristas e contribuintes sem saber, afinal, qual deverá ser a carga total de impostos que o país terá sobre o consumo ao fim da reforma tributária.
“Se a União já saiu na frente abocanhando 12%, sobra pouco espaço para acomodar os outros impostos”, disse Eurico Santi, diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF). “Ao somar tudo, é possível dar mais de 30%.”
Coordenado pelo ex-secretário do Ministério da Fazenda Bernardo Appy, o CCiF é o centro que criou a proposta de reforma tributária incorporada pela PEC 45, da Câmara.
Na proposta vinda do CCiF, o novo imposto unificado já engloba de uma vez o PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS e ficaria em 25%, numa taxa equiparada à de outros países de perfil parecido ao do Brasil. Disto, 9% seriam dos impostos federais (PIS, Cofins e IPI) e os 16% restantes dos dois demais, fontes históricas de conflitos acalorados entre estados e municípios.
Reforma fatiada e “IVA dual”
A intenção do governo foi enviar a sua proposta de reforma tributária em “fatias”, em uma tentativa de facilitar a discussão e as chances de aprovação no Congresso.
Também é intencional separar a criação do imposto único em duas partes bem claras, conceito que foi chamado de “IVA dual”: um IVA da União, que incorpora os impostos federais (PIS, Cofins e IPI), e outro a ser repartido entre estados e municípios, para abarcar o ICMS e o ISS, hoje geridos localmente por eles e suas principais fontes de receita.
“É uma maneira de não tirar totalmente a capacidade dos estados e municípios de pensarem políticas de impostos locais”, diz o economista Ernesto Lozardo, professor da Fundação Getulio Vargas. A unificação total do recolhimento do IVA, afirma ele, além de brusca, também tende a encontrar mais resistência de governadores e prefeitos.
Foi Lozardo, quando presidia o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2017, que desenvolveu junto com sua equipe a ideia de uma reforma tributária com um IVA dual. A proposta foi apresentada à equipe de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes ainda durante a campanha eleitoral de 2018, e caiu no gosto do atual ministro da Economia.
Ninguém sabe quanto o consumidor paga
Para as empresas, a proposta de unificação do PIS/Cofins é um primeiro passo na simplificação da hercúlea tarefa que é contabilizar e pagar impostos no Brasil. Para os consumidores, porém, a conclusão é um pouco menos clara.
Especialistas já concordam que, como a cobrança passará a ser igual para todos os negócios, os consumidores podem esperar serviços (como cursos, tratamentos de saúde ou academia) um pouco mais caros do que hoje. Por outro lado, os produtos físicos, vendidos pela indústria e o comércio, podem ficar um pouco mais baratos.
Isto porque os serviços são os que, no geral, pagam hoje as menores alíquotas, e devem portanto ver um aumento de imposto. "Os serviços pagarão um pouco mais, os bens e produtos um pouco menos, mas o objetivo é que, no geral, a carga tributária fique igual", afirma o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), Kleber Cabral.
O mais nebuloso é saber se, nesta conta final, com a CBS de 12% proposta pelo governo, o imposto total sai maior do que o que efetivamente é pago hoje pelo consumidor, ou se simplesmente fica igual, apenas calculado e recolhido de uma maneira diferente.
“Ninguém sabe direito qual é o percentual efetivo que pagamos [em impostos sobre o consumo]”, disse Cabral. “A nova alíquota pode ser 10%, 11%, 12%... Talvez ela não esteja subindo, mas apenas revelando o quanto sempre foi.”
Isso acontece, explica o presidente do Sindifisco, pela reformulação na maneira como a cobrança deve passar a ser feita. Se, por um lado, a CBS fica com alíquota final maior do que as atuais do PIS/Cofins, por outro, passa a incidir sobre partes menores do preço do produto.
A ideia de um IVA – e daí o “valor agregado” do nome – é sempre aplicar a cobrança apenas sobre a parte que aquela empresa da cadeia adicionou sobre os produtos e serviços que adquiriu para fazer os seus e passar para frente. No modelo brasileiro, ela vai para o valor cheio, o que vai colocando imposto sobre imposto ao longo das várias etapas.
“Torna-se um imposto totalmente não cumulativo e com muito mais transparência”, disse Santi, do CCiF. “A carga do imposto recai de maneira honesta sobre o os cidadãos, e ele passa a saber exatamente o quanto está pagando em imposto sobre aquele produto.”
| CNN Brasil | | | | Projeto de lei unifica PIS e Cofins para criar um IVA
O governo enviou nesta terça-feira (21) a proposta de reforma tributária. O projeto de lei unifica PIS e Cofins para criar a CBS (Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços). A alíquota ficou em 12%.
O tributo deve ser aplicado de forma linear, em todos os setores. A decisão representa um recuo em relação a estudos que vinham sendo feitos pela equipe econômica para aliviar áreas mais impactadas, como o setor de serviços.
A proposta da equipe de Guedes foi chamada de tímida pelos parlamentares, que defendem medidas mais ambiciosas.
Entenda como é o Pis/Cofins hoje e as propostas que estão em discussão.
AS QUATRO ETAPAS DA PROPOSTA DE GUEDES:
- Governo diz que carga tributária ficará estável após a reforma
- Unifica dois tributos federais: PIS e Cofins
- Transforma o IPI em um imposto seletivo, cobrado especialmente sobre produtos como cigarro e bebidas alcoólicas
- Reforma no IR de pessoas físicas e empresas, tributação sobre dividendos e revisão de deduções do IR
- Proposta de desoneração da folha de pagamentos; governo estuda um tributo sobre transações para compensar a desoneração
PIS/COFINS HOJE
DE QUEM É COBRADO?
Todas as empresas. Por exemplo: a empresa que vende madeira, a empresa que fabrica uma cadeira com a madeira e a loja que vende a cadeira de madeira. É cumulativo
QUEM COBRA?
União
QUAL O PROBLEMA?
São variadas e subjetivas as regras sobre como descontar o valor do imposto que já foi pago sobre outras etapas de produção. Mais de 70 mil processos na Receita e no Carf questionam cobranças
PROPOSTAS EM DISCUSSÃO
GOVERNO
- Unifica dois tributos federais: PIS e Cofins
- Nome: CBS (Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços)
- Alíquota: 12%
- Período de transição: Validade imediata seis meses após publicação da lei
CÂMARA
- Unifica cinco tributos (IOF, PIS, Cofins; ICMS-estadual; e ISS-municipal). Também haveria um imposto seletivo sobre itens como cigarro
- Nome: IBS (Imposto sobre Bens e Serviços)
- Alíquota: Poderá variar de acordo com estado e município
- Período de transição: 10 anos
SENADO
- Unifica nove tributos (IPI, IOF, PIS/Pasep, Cofins, Salário-Educação, Cide-Combustíveis; ICMS-estadual e ISS-municipal). Também cria um imposto seletivo sobre itens como petróleo, combustíveis e cigarros
- Nome: IBS (Imposto sobre Bens e Serviços)
- Alíquota: Múltipla, pode variar, dependendo do bem e do serviço
- Período de transição: 10 anos
| Folha de S. Paulo | | | | As compras de aço pela rede de distribuição no mês de junho registraram alta de 49,7% ante maio, para 297,2 mil toneladas. Na comparação com junho do ano passado, cresceram 29,2%, segundo dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) divulgados nesta terça-feira, 21.
As vendas de aços planos em junho, por sua vez, aumentaram em 38,5% sobre maio, para 290,5 toneladas, e na comparação anual, o avanço foi de 17,4%.
Em números absolutos, o estoque de junho ficou 0,8% acima de maio, em 855,5 mil toneladas. O giro de estoque fechou em queda, com 2,9 meses.
As importações cresceram 38,4% sobre maio, para um volume total de 103,6 mil toneladas, e 60% ante junho de 2019.
O Inda projeta para o mês de julho que compra e venda tenham uma alta de 15% em relação a junho.
| Bem Paraná | | | | As ações da Weg disparavam nesta quarta-feira, renovando máxima histórica, após reportar mais cedo alta de 32% no lucro líquido do segundo trimestre frente ao ano anterior, apesar dos efeitos da pandemia de coronavírus nos resultados da companhia.
“Nossa carteira de equipamentos de ciclo longo, em conjunto com a agilidade nos ajustes operacionais e o impacto positivo da variação cambial, mais do que compensaram até o momento as dificuldades impostas pela pandemia..., que causou impactos negativos importantes em parte dos nossos negócios”, afirmou a empresa no balanço. A Weg teve lucro de 514,4 milhões de reais de no segundo trimestre.
A receita operacional líquida cresceu 23,7%, para 4 bilhões de reais, com o retorno sobre o capital investido (ROIC) passando a 21,6%, de 18,4% um ano antes.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) totalizou 732,2 milhões de reais, um avanço de 36% frente ao mesmo período de 2019. A margem Ebitda teve aumento de 1,7 ponto percentual, para 18%.
“A Weg conseguiu reportar um resultado bastante sólido e positivo. Este contou com aumento nas vendas no mercado externo de produtos de ciclo longo, crescimento do Ebitda e ROIC se mantendo acima de 21%”, afirmou a Guide Investimentos. “Reforçamos nossa recomendação de compra no papel”, afirmaram em relatório a clientes.
Por volta de 10:25, as ações subiam 7,05%, a 64,10 reais, liderando as altas do Ibovespa, que mostrava acréscimo de 0,06%. As ações chegaram a 64,77 reais na máxima até o momento, cotação intradia recorde. No ano, os papéis já acumulam alta de 85,5%.
A Weg disse que os efeitos da pandemia foram sentidos principalmente na demanda por equipamentos de ciclo curto, nas áreas de Motores Comerciais e Appliance, Tintas e Vernizes e também Motores Industriais, cuja retração de volumes foi similar no mercado brasileiro e no exterior.
“A paralisação das operações de alguns clientes e a incerteza na demanda desses produtos foram fatores determinantes para a queda na entrada de pedidos ao final do trimestre passado e início do segundo trimestre, resultando em menor receita reportada em parte destas áreas de negócios.”
A companhia ressaltou que houve melhora gradual ao longo do trimestre na dinâmica de entrada de pedidos para os negócios de ciclo curto. A avaliação da empresa é que isso indica que, aparentemente, os piores meses de entrada de pedidos para esses negócios foram abril e maio.
A companhia ponderou, contudo, que não pode afirmar que a crise foi superada, argumentando que incertezas em relação à recuperação econômica dos países onde atua e possível segunda onda global de contágio pelo coronavírus podem impactar seus negócios nos próximos meses.
| Reuters | | | | Efeitos da Covid-19 no consumo do combustível derrubaram vendas no mercado interno
Em meio à pandemia de Covid-19 no Brasil, a produção de gasolina da Petrobras caiu 19,4% no segundo trimestre de 2020 na comparação com os três meses anteriores, de acordo com relatório de produção e vendas divulgado nesta terça-feira (21).
A queda foi ainda maior na comparação com o ano anterior, chegando a 23,2%. O volume de produção no segundo trimestre foi de 290 mil barris por dia, contra 360 mil no trimestre anterior e 388 mil no mesmo período do ano passado.
A empresa creditou o resultado principalmente às menores vendas no mercado interno, motivada pelos efeitos do coronavírus no consumo deste combustível. O relatório aponta que o volume de vendas para o mercado interno sofreu queda de 14,5% na comparação com o primeiro trimestre do ano e de 23,2% com relação ao mesmo período do ano passado.
As menores vendas causaram a redução das atividades operacionais, analisou a Petrobras no relatório. A empresa apontou que as medidas de precaução contra a Covid-19 demandaram redução do número de turnos, operando com apenas 50% do efetivo regular.
No início do mês de julho, a Petrobras havia subido em 5% o preço da gasolina, no que foi o oitavo aumento seguido desde o início de maio, acompanhando a recuperação das cotações internacionais do preço do petróleo após a reabertura da economia em diversos países.
Após o reajuste, o litro da gasolina sairá das refinarias da estatal, em média, a R$ 1,65. O valor é 60% superior ao vigente antes do início da sequência de aumentos. No início da pandemia, os preços registraram quedas acentuadas, com a gasolina chegando a custar cerca de R$ 0,90 nas refinarias.
Segundo um levantamento da ValeCard, responsável por gestão de frotas e meios de pagamentos, o preço da gasolina na bomba para o consumidor caiu 13% desde janeiro no Brasil. A queda se deu, principalmente, por causa do avanço da pandemia de Covid-19 em todo o planeta.
Em janeiro, quando o combustível vinha em alta, o preço havia alcançado R$ 4,762, o maior valor de 2020. Já em junho, a gasolina encerrou cinco meses de recuo e era possível abastecer o carro por R$ 4,14 o litro. A diferença é de mais de R$ 0,60.
A política de preços da Petrobras acompanha as cotações internacionais dos combustíveis, considerando ainda a taxa de câmbio, custos de importação e margem de lucro. Apesar da queda na produção de gasolina, a estatal apontou que apresentou um sólido desempenho operacional no período.
A empresa destacou que a produção média de óleo, LGN e gás natural no segundo trimestre foi 6,4% maior do que no mesmo período do ano anterior e apenas 3,7% abaixo dos três primeiros meses de 2020.
A Petrobras ainda manifestou que iniciativas integradas de logística e marketing permitiram o crescimento das exportações, o que compensou a contração da demanda doméstica por combustíveis. Segundo o relatório, a estatal alcançou recorde de exportação de petróleo, atingindo a marca de 1 milhão de barris por dia.
No primeiro trimestre do ano, a Petrobras decidiu adequar o valor de seus ativos aos novos preços do petróleo e anunciou prejuízo recorde de R$ 48,5 bilhões. O balanço do período apontou lenta recuperação da demanda e mudança de hábitos de consumo após a pandemia.
| Folha de S.Paulo | | | | Foco será frota de veículos leves, acima de cinco anos, faixa que oferece grande potencial de reposição.
A NSK Brasil, referência mundial na fabricação de rolamentos, anuncia a expansão de sua atuação no aftermarket do setor automotivo. No início, o foco será na frota de veículos leves, acima de cinco anos de uso, por conta do grande potencial de reposição desse segmento.
Segundo Marcelo Torquato, Diretor de Vendas Industrial e Aftermarket da NSK Brasil, a empresa decidiu apostar nesse direcionamento devido a oportunidade de crescimento do aftermarket no país. “Enquanto no Brasil temos dois carros para cada dez habitantes, na Alemanha a frota é de seis carros e nos Estados Unidos, oito”, explicou, acrescentando a mudança de hábito dos motoristas, que já demonstram mais cuidados, privilegiando a manutenção preventiva.
“Apesar disso, dados apontam uma média de gastos com reparos de R$ 300 no Brasil, enquanto na China os gastos são de R$ 400 e nos países desenvolvidos chegam a R$ 800. A NSK Brasil sempre atuou no mercado de reposição automotiva, mas, diante destes e de outros fatores, resolvemos dar um foco maior e expandir os nossos negócios neste segmento”, ressalta Marcelo.
Para atender a demanda, a NSK desenvolve rolamentos de roda (HUBS) para suportar o peso do veículo, a transmissão de torque e as cargas em ambos os sentidos, com destaque para HUB geração I (Cubo simples) e HUBS geração III (Cubo integrado).
A diferença entre gerações está na tecnologia agregada ao componente. Os rolamentos geração III integram o sistema de fixação (manga) e sensoriamento ABS, pois já são embutidos no conjunto. Essa compactação auxilia na redução do peso do veículo e, consequentemente, na emissão de poluentes e no consumo de combustível.
Os rolamentos desse segmento permitem a redução do atrito e do desgaste, contribuindo para a maior eficiência energética. “Com o objetivo de atender integralmente o mercado de reposição nesse segmento, investimos em novos produtos, desenvolvimento de canais de distribuição com estoques adequados e treinamentos para os aplicadores. Isso tem garantido um crescimento exponencial nos últimos três anos. Estamos apenas no começo de um projeto que já demonstra resultados significativos dentro do grupo NSK”, finaliza Torquato.
| CIMM | | | | Modelos Axor 3344 6x4 foram comprados no fim de 2019 e são destinados a locação para empresas dos setores sucroalcooleiro e energia
A Mercedes-Benz fechou recentemente a venda de planos de manutenção e serviços de telemetria Fleetboard para 350 caminhões modelos Axor 3344 6x4 do Grupo Vamos, empresa de locação de veículos e bens de capital com sede em Mogi das Cruzes (SP). Os veículos foram locados para duas empresas dos setores sucroalcooleiro e de energia: eles transportam cana-de-açúcar dos campos de produção até as usinas de etanol e açúcar em várias cidades do interior de São Paulo.
Segundo Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing de caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, essa negociação começou no fim do ano passado, quando o Grupo Vamos comprou os 350 caminhões Axor 3344, que estão sendo entregues de forma programada.
“Com os planos de manutenção damos suporte ao cliente para que ele faça uma boa gestão da frota, melhorando os custos operacionais e alcançando a rentabilidade desejada. Essas soluções também apoiam os transportadores a trabalharem com visão de longo prazo, olhando para o custo operacional total [TCO] ao longo de toda a vida do veículo. Assim, eles têm previsibilidade de custos e podem se programar com mais assertividade”, afirma o executivo.
Com preços mensais fixos e valores dependendo do tipo, os planos de manutenção oferecidos pela montadora garantem o uso de peças genuínas, mão de obra especializada e atendimento programado, conforme a conveniência e necessidade do cliente.
O Grupo Vamos opera no setor de locação há pouco mais de cinco anos, mas essa atividade já vinha sendo realizada há mais de 30 anos por meio de sua controladora JSL. Atualmente, a companhia possui 14 mil ativos para locação, entre caminhões, máquinas e equipamentos.
“A expectativa é continuarmos crescendo nos próximos anos, porque este é um modelo ainda pouco conhecido e explorado no mercado nacional, com oportunidades de expansão”, ressalta Gustavo Couto, diretor presidente do Grupo Vamos.
| Automotive Business | | | | Propostas serão analisadas pelos deputados estaduais. Medidas estão dentro do contexto da pandemia do novo coronavírus. Projetos de lei serão votados já nesta quarta-feira (22).
O governador Carlos Massa Ratinho Junior enviou para a Assembleia Legislativa nesta terça-feira (21) dois projetos de lei que alteram a legislação vigente sobre veículos automotores. Ambos estão no âmbito do enfrentamento ao novo coronavírus. O primeiro texto permite o parcelamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) ainda devido em 2020. A segunda proposta isenta o pagamento das diárias dos veículos apreendidos que ficam nos pátios do Detran e da Polícia Militar
O projeto tributário vale para veículos adquiridos até 31 de dezembro do ano passado. O IPVA poderá ser parcelado em até seis vezes, com taxas mínimas de R$ 106,60 (uma Unidade Padrão Fiscal do Paraná). Os pedidos deverão ser feitos até o dia 17 de agosto no site da Secretaria de Estado da Fazenda pelos proprietários dos veículos e, assim que o primeiro pagamento for realizado, o Detran poderá emitir o licenciamento.
Essa medida, se aprovada, será inédita no Estado. O parcelamento da dívida era permitido apenas para o exercício seguinte. “É um projeto de lei que dá oportunidade aos paranaenses de regularizarem a situação de seu veículo neste momento de pandemia, e, ao mesmo tempo, gera mais receita ao Governo em um momento de dificuldade de arrecadação”, afirmou Ratinho Junior.
Segundo a Secretaria da Fazenda, até junho de 2020 a inadimplência de IPVA era de cerca de 23,7%, dentro da média dos últimos primeiros semestres. Em 2019, por exemplo, foi de 20%. Em valores absolutos cerca de R$ 890 milhões poderão ser parcelados pelos contribuintes, sem contar os juros e encargos incidentes nos parcelamentos.
Pelo texto, o inadimplemento de três parcelas, consecutivas ou não, ou de valor equivalente a três parcelas, e a falta de pagamento de quaisquer das duas últimas parcelas ou do saldo residual, por prazo superior a 60 dias, acarretarão na suspensão do parcelamento.
PÁTIOS – O outro projeto de lei isenta o pagamento das diárias dos veículos apreendidos que ficam nos pátios do Detran e da Polícia Militar enquanto o atendimento do órgão estiver restrito em função da pandemia provocada pelo novo coronavírus. A medida vale a partir da publicação da lei e o benefício cessará quando todas as atividades puderem ser desempenhadas normalmente.
Pelo texto, apenas a primeira diária deverá ser paga porque diz respeito ao trabalho de recolhimento do veículo ao pátio, ou seja, a isenção valerá apenas a partir da segunda diária. O projeto de lei também indica que quem tiver quitado diárias entre 19 de março e a data da publicação da lei poderá solicitar o reembolso junto ao Detran.
“A suspensão dos serviços de competência do Detran não pode gerar maiores prejuízos para a coletividade. Não seria razoável. Esse é o motivo do cancelamento das taxas enquanto o cenário ainda for incerto e do reembolso para aqueles que eventualmente conseguiram pagar durante esse período de enfrentamento do coronavíus”, disse o diretor-geral do Detran, Wagner Mesquita.
Os projetos de lei serão votados já nesta quarta-feira (22).
| Agência Estadual de Notícias | | | | Reajuste do piso mínimo de janeiro variou entre 11% e 15%, conforme o tipo de carga e operação; valores serão revisados duas vezes ao ano
Com valores mais baixos, a nova tabela de frete mínimo rodoviário entrou em vigor nesta segunda-feira, 20. Após ter sido reajustado para cima em janeiro, o valor do piso teve redução média de 6,5%. Os novos patamares, aprovados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na semana passada, se devem principalmente ao preço do óleo diesel, que registrou quedas neste ano.
Em janeiro, o piso mínimo sofreu reajuste que variou entre 11% e 15%, de acordo com o tipo de carga e operação. A lei prevê que os valores sejam revisados duas vezes ao ano.
A tabela de fretes foi criada em 2018 pelo governo Michel Temer, após a greve dos caminhoneiros que bloqueou estradas e comprometeu o abastecimento de combustível, de medicamentos e de alimentos em todo o Brasil. A criação era uma das reivindicações da categoria, mas acabou questionada no Supremo Tribunal Federal (STF). Até hoje, no entanto, a Corte não julgou o caso.
Uma queda nos valores já era esperada pelo setor em razão das variações registradas no preço do diesel. O gerente de Relacionamento com o Poder Executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Pablo Cesário pontua que a redução não é tão relevante, considerando ainda que a última atualização já estabeleceu valores mais baixos. "É conjuntural. Principalmente devido a queda de demanda muito forte do transporte. E, em certa medida, esperada. Mas, no fundo, estruturalmente o problema continua o mesmo", disse.
Para a CNI, que é contrária à política de frete mínimo, o avanço no setor de transportes depende de três pilares principais, além da derrubada da tabela: isonomia tributária para os transportadores autônomos, melhora da qualidade de prestação de serviço e a "desintermediação" entre o caminhoneiro e o setor produtivo.
A Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (Anut) previa, inclusive, uma redução maior, de em média 10%. "Eles adotam premissas com as quais não concordamos", disse ao Estadão/Broadcast o presidente da Anut, Luiz Henrique Teixeira Baldez.
Um dos pontos de discordância é sobre o modelo de caminhão utilizado pela ANTT na formulação de preços. Segundo Baldez, a agência toma como base um caminhão ainda pouco usado pelos motoristas, que é novo no mercado e é mais caro que a maioria daqueles que estão nas estradas.
Outra questão levantada pela Anut é sobre os valores de queda do diesel, sobre a qual a entidade deve pedir maiores explicações. "Nós tínhamos imaginado que tinha caído mais (em relação ao preço base usado na tabela de janeiro). Então estamos pedindo que haja esse esclarecimento", disse Baldez, lembrando que a entidade é contrária à política de tabelamento do frete.
Na outra ponta, o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim - conhecido como Chorão - afirmou que os esforços da entidade ainda são voltados para que o frete mínimo seja cumprido pelas empresas. "Nós ainda estamos com esse empecilho", disse. Chorão pontua que um dos principais problemas são os atravessadores, que acabam dificultando o repasse dos valores pagos pelo embarcador ao transportador, explicou.
"Precisa de uma ação para conectar o autônomo diretamente com o embarcador", disse o presidente da Abrava, que cobra também uma maior fiscalização por parte do governo e da ANTT para o cumprimento da tabela.
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