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Os primeiros 100 dias de gestão na área ambiental foram marcados por ações de educação ambiental, conscientização e preservação ambiental, além da efetivação de medidas voltadas à reforma administrativa e agilidade dos processos.
Nos primeiros 100 dias desta gestão, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Turismo conquistou importantes resultados nas áreas de educação ambiental, conscientização e preservação ambiental, além efetivar medidas voltadas à reforma administrativa e agilidade dos processos.
A secretaria foi remodelada, de acordo com a proposta de reforma administrativa proposta pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, que prevê o enxugamento da máquina pública.
A nova Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Turismo é composta pelo Instituto Água e Terra (IAT) – resultante da fusão do Instituto Ambiental do Paraná, Instituto das Águas do Paraná e do Instituto de Terras, Cartografia e Geologia –, pela Paraná Turismo, Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) e Agência Paraná Desenvolvimento.
“A fusão dos três institutos da área do meio ambiente do Paraná em apenas um órgão, o Instituto de Água e Terra, trará economia e mais eficiência às questões relacionadas à área, integrando em uma única estrutura o monitoramento, outorga, licenciamento, cuidado com o meio ambiente e obras de drenagem e de saneamento”, analisa o secretário, Márcio Nunes.
LICENCIAMENTOS - A pasta também está revisando a legislação relativa ao licenciamento ambiental para aliar a sustentabilidade com o desenvolvimento econômico do Estado.
Em 100 dias, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) emitiu 1.426 licenciamentos ambientais e analisou 2.409 requerimentos ambientais. No mesmo período, foram emitidos 5.974 autos de infração ambiental e cadastrados 4.496 requerimentos para solicitação ambiental.
Segundo o secretário, a revisão vai permitir que o órgão ambiental dedique maior atenção à análise de grandes empreendimentos, com maior potencial de risco.
“Queremos dar eficiência, celeridade e segurança jurídica nos procedimentos administrativos de licenciamento ambiental. Seremos muito rígidos na questão dos crimes ambientais, mas vamos simplificar procedimentos para alavancar o crescimento e a melhoria da qualidade de vida”, diz Nunes.
O Governo do Paraná também reformulou as atribuições do Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral Paranaense (Colit), que deixará de referendar as decisões de licenciamento ambiental para se transformar em um órgão propositor e consultivo.
“Estamos criando novos processos e rotinas que irão padronizar o tratamento do licenciamento ambiental, evitando a individualização, que é uma porta aberta para a corrupção”, afirma o secretário.
EDUCACÃO AMBIENTAL - Um dos novos projetos desenvolvidos pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Turismo é o Programa Educação Ambiental para Bacias Hidrográficas, em execução em 11 regiões que contemplam 16 bacias hidrográficas do Estado.
As atividades incluem a soltura de alevinos nos rios, plantio de árvores, distribuição de materiais de educação ambiental e a montagem da Tenda da Sustentabilidade, com exposição didática e jogos para crianças. Foram plantadas 200 mudas de árvores e 350 mil peixes foram soltos nos municípios de Campo Mourão, Formosa do Oeste, Porto Figueira, Terra Boa, Sertaneja e Centenário do Sul.
“É um programa muito importante porque levamos às futuras gerações o conceito de sustentabilidade e preservação dos recursos naturais de maneira responsável. Queremos que o Paraná volte à vanguarda na preservação do meio ambiente e seja referência e exemplo para todo Brasil”, destaca o secretário Márcio Nunes.
IAP - No âmbito do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), uma ação de destaque é o aprimoramento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na categoria Ecológico por Biodiversidade.
“O ICMS ecológico remunera quem contribui para preservar o meio ambiente. Vamos demonstrar aos municípios que o ICMS por Biodiversidade é um incentivo para criar ou defender a criação de mais áreas protegidas e a melhorar a qualidade das áreas já incluídas”, explica o secretário.
ITCG - O Instituto de Terras, Cartografia e Geologia ampliou o Programa Minha Terra Paraná - Pró-Rural para Regularização Fundiária em Terras Particulares, com início de trabalho em dez novos municípios. São beneficiadas cerca de 3 mil famílias que vivem em São Jerônimo da Serra, Wenceslau Braz, Nova Cantu, Roncador, Manoel Ribas, Cândido de Abreu, Rio Branco do Ivaí, Paula Freitas, Lunardelli, Apucarana, Jandaia do Sul e Tunas do Paraná.
Também foram concluídas as atividades de regularização fundiária no Jacarandá, em Paranaguá, que resultará na entrega de 350 títulos aos proprietários.
ÁGUAS PARANÁ - O Instituto das Águas liberou 33.234 tubos de concreto para obras de drenagem e perfurou 20 poços tubulares profundos, atendendo 900 famílias. Foram liberadas 415 solicitações de anuência prévia para perfuração de poços e 1.248 emissões de outorga de uso da água.
SIMEPAR - Para fortalecer as ações de prevenção de desastres, a secretaria firmou contrato de gestão com o Simepar para a realização de um levantamento das barragens existentes no território paranaense, para, em seguida, avaliar seu potencial de risco. Estima-se que existem cerca de 461 barragens.
Em 100 dias, o Simepar emitiu 430 avisos/alertas de vigilância meteorológica e de eventos extremos para a Defesa Civil, em um trabalho integrado para prevenção de desastres ambientais.
TURISMO - O seminário Sustentabilidade do Turismo, promovido pela secretaria, reuniu vários órgãos governamentais para integrar as ações de todas as áreas de governo que promovem as atividades turísticas do Estado. A Secretaria de Estado da Comunicação e Cultura e a Agência Paraná de Desenvolvimento vão dedicar parte de sua estrutura e orçamento para desenvolver os polos turísticos e trazer mais visitantes ao Estado.
Um dos destaques na área no Estado é a criação do portal Viaje Paraná (www.viajeparana.com), que reúne informações sobre os atrativos e roteiros turísticos do território paranaense.
TRANSPARÊNCIA - A Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Turismo foi umas das primeiras a ter Núcleo de Integridade e Compliance, para a adoção de métodos e técnicas para prevenir e identificar práticas irregulares e ilegais, como fraudes, subornos e desvios de conduta. “Com isso, a secretaria aumenta a transparência em suas ações e determina uma gestão eficiente e confiável dos recursos públicos, intolerante a qualquer forma de corrupção”, diz o secretário.
| Agência de Notícias do Paraná | | | |
Curitiba foi escolhida para ser a cidade teste de ônibus movidos a gás veicular natural e biometano (combustível derivado da decomposição de resíduos). Os ônibus são da indústria Scania, que foi convidada pelo prefeito Rafael Greca a instalar na capital paranaense uma fábrica de ecomotores.
“Curitiba é a cidade ideal para uma indústria de ecomotores, temos todas as credenciais para uma empresa dessa natureza”, disse Greca durante a visita de diretores da Scania no Brasil, Silvio Munhoz e Cristiano Locatelli.
A Scania acabou de entrar no mercado nacional de biarticulados. Em meados de Março foram entregues seis novos biarticulados da marca para a frota do transporte público de Curitiba.
Segundo Munhoz, a maior vantagem do uso do gás natural na frota do transporte coletivo é contribuir para a redução da poluição. “Esse tipo de combustível emite entre 70% e 85% menos material particulado no ar comparado ao diesel comum”, disse.
Os testes no sistema de transporte coletivo de Curitiba deverão começar ainda neste mês de março. Também participaram da reunião o presidente da Urbs (Urbanização de Curitiba S/A), Ogeny Pedro Maia Neto, o presidente do Setransp (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Curitiba e Região Metropolitana), Maurício Gulin.
| The Greenest Post | | | | Projeto segue agora para sanção do prefeito; PL que proíbe que pessoas condenadas por corrupção sejam homenageadas com nomes de ruas também foi aprovado
Canudos de plástico: projeto diz que, no lugar deles, poderão ser fornecidos canudos de papel reciclável ou de material comestível ou biodegradável (Rosley Majid / EyeEm/Getty Images)
São Paulo – A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (17), em segunda votação, um projeto de lei que proíbe o fornecimento de canudos plásticos em estabelecimentos comerciais, como restaurantes, bares, padarias e hotéis. O projeto segue agora para sanção do prefeito Bruno Covas (PSDB).
O Projeto de Lei 99/2018 tem autoria do vereador Reginaldo Tripoli (PV). Pelas suas redes sociais, ele comemorou a aprovação. “Uma decisão muito importante para combater o excesso de lixo na cidade e criar uma nova visão sobre o consumo do plástico desnecessário. Agradeço à população engajada na questão, que já entendeu a urgência na mudança de hábitos.”
O projeto diz que, no lugar dos canudos, poderão ser fornecidos canudos de papel reciclável ou de material comestível ou biodegradável. Para quem descumprir o determinado, a multa imposta a partir da segunda autuação é de R$ 1 mil, e pode chegar até a R$ 8 mil em caso de reincidência, com fechamento administrativo do estabelecimento flagrado.
O vereador Fernando Holiday (DEM) votou contra o projeto, sustentando que a proibição “apenas esconde o problema real de descarte irregular de lixo”. São Paulo poderá se juntar a outras cidades que já proíbem o canudo, como o Rio de Janeiro.
Ruas
A Câmara também aprovou nesta quarta o Projeto de Lei 695/2017 que proíbe que pessoas condenadas por corrupção, entre outros crimes, possam ser homenageadas com nomes de ruas, avenidas, praças ou de equipamentos públicos como escolas e teatros na cidade de São Paulo.
“A Lava Jato vai criar uma velha geração de políticos condenados por crimes contra o Brasil, que assim que morrerem, poderão ser homenageados com nomes de ruas, já que a lei atual é subjetiva. Vemos nas ruas, pessoas defendendo condenados por corrupção e provas robustas, sem qualquer pudor”, disse o vereador Rinaldi Digilio (PRB).
| Exame | | | |
Plásticos presentes também em canudos são responsáveis por grande parte da poluição ambiental. Proposta sugere substituição por outros feitos por materiais reutilizáveis ou biodegradáveis como o papel
Veja a pauta completa da CMA
Proposições legislativas
PL 754/2019
PLS 263/2018
SUG 10/2018
A Comissão de Meio Ambiente (CMA) tem reunião marcada para as 14h desta quarta-feira (24). Na pauta, estão 14 itens, entre eles o PLS 263/2018, que proíbe a comercialização de sacolas plásticas e de utensílios plásticos, como canudos, para o consumo de alimentos e bebidas.
De acordo com o texto, ficam proibidas a fabricação, a importação, a distribuição e a venda de sacolas plásticas para guardar e transportar de mercadorias, além de utensílios plásticos descartáveis para consumo de alimentos e bebidas, como é o caso dos canudos. A exceção é para as sacolas e utensílios descartáveis feitos com material integralmente biodegradável.
No caso dos cosméticos com micropartículas de plástico, valem as mesmas proibições das sacolas e utensílios plásticos, além da proibição de registro. Essas micropartículas são usadas em vários produtos, como maquiagens, protetores solares e esfoliantes e podem se acumular nas águas de oceanos e rios. Além de demorar para se degradar, esses componentes podem entrar na cadeia alimentar de peixes, por exemplo. Por isso, já há ações para a proibição deles em vários países.
O relator é o senador Roberto Rocha (PSDB-PA), que lembrou o fato de o Brasil ser o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo, com 11,3 milhões de toneladas por ano, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia.
O projeto é fruto de uma ideia legislativa (SUG 10/2018) apresentada por um cidadão que recebeu o apoio de mais de 24 mil pessoas no Portal e-Cidadania. Com 20 mil apoios, as ideias legislativas são transformadas em sugestões que são analisadas na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Caso aprovadas naquela comissão, são convertidas em projetos de lei.
Bolsa Verde
Outra proposição a ser analisada pela CMA é o PL 754/2019, do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), que inclui famílias de baixa renda participantes de atividades de reciclagem de lixo entre os beneficiários do Programa de Apoio à Conservação Ambiental.
Conhecida como Bolsa Verde, a iniciativa do Ministério do Meio Ambiente concede R$ 300 para famílias que atuem na conservação ambiental exclusivamente em áreas rurais, como em territórios ocupados por ribeirinhos, reservas extrativistas e áreas quilombolas.
| Senado Notícias (publicado em 22-04-2019) | | | | Centro em SP tem capacidade para reciclar 250 toneladas, mas não recebe metade disso
Tartatuga, preá, gato, colchão, tênis, abacaxi. Telines Basílio, 54, já encontrou “tudo isso e mais um pouco”, diz, em sacos de lixo supostamente reciclável nas mais de três décadas que trabalha como catador —ou agente ambiental, como são chamados esses profissionais hoje.
Se apenas 7% do lixo coletado é reciclado, segundo dados da prefeitura, o número seria ainda mais baixo não fossem as pessoas que, autonomamente ou em grupos, transformam em dinheiro o que muitos chamam de lixo: recolhem, separam e vendem o que seria descartado.
Mas o trabalho poderia ser mais fácil se as pessoas soubessem descartar o lixo da maneira correta, reclamam os catadores. “Falta informação e educação”, resume Basílio, conhecido como Carioca na Coopercaps, cooperativa de catadores da Capela do Socorro, na zona sul, da qual é presidente.
“O lixo me proporcionou muitas coisas”, diz ele, que morou na rua, trabalhou por 12 anos como carroceiro, mobiliou um barraco num ferro-velho com eletrodomésticos que encontrou por aí (TV, geladeira, fogão, micro-ondas), fez faculdade de gestão ambiental e viajou ao Japão representando catadores.
Na sua cooperativa, trabalham 202 pessoas, que têm renda fixa e benefícios, em condições bem diferentes de outros tempos, diz ele, quando “a necessidade fazia o sapo pular, e a gente saía na rua rasgando lixo para procurar coisa para vender, demorava dois meses pra juntar R$ 50”.
Na verdade, o processo começa bem antes, na casa de cada paulistano. O primeiro passo, fundamental, é separar lixo comum de lixo reciclável.
O resíduo comum é retirado pela coleta domiciliar (os dias e horários de cada região podem ser consultados no site da prefeitura ou pelo telefone 156) e levados a aterros sanitários —colocar o lixo para fora de casa fora do horário pode causar multa.
Num horário diferente, passa o caminhão de coleta de lixo reciclável, que leva os resíduos a galpões onde trabalham cooperativas de catadores cadastradas na prefeitura.
Lá, os agentes ambientais espalham o material sobre uma grande bancada e separam o que pode e o que não pode ser reciclado.
O processo, porém, pode ser completamente diferente. Na zona sul, a Central Mecanizada de Triagem Carolina Maria de Jesus, batizada em homenagem à catadora que se tornou escritora, automatizou o processo. “É uma coisa mais europeia”, explica Carioca.
A separação lembra mais uma fábrica, com esteiras e som de maquinário. Depois que os caminhões despejam o que foi coletado em um depósito, tem máquina para tudo.
A primeira é o rasga-sacos, cujo nome é autoexplicativo. Numa esteira, o material vai para uma grande peneira giratória chamada trommel, que separa os objetos de acordo com seu tamanho.
Um separador balístico discrimina o lixo por seu volume. Depois, sensores óticos separam por tipo (papel branco, papel colorido, papelão, plástico transparente, plástico colorido, embalagens etc.).
Isso tudo vai numa esteira onde, finalmente, tem gente trabalhando: agentes ambientais fazem uma última triagem do que chegou. Depois, materiais do mesmo tipo são unidos, prensados e estão prontos para serem vendidos.
A central de triagem tem capacidade para reciclar 250 toneladas de lixo por dia, mas a quantidade não chega a metade disso; a média é de 100 toneladas diárias, porque não chega material suficiente.
“O principal problema é a falta de informação”, resume Carioca. “Basta saber como descartar, o que pode e o que não pode, onde colocar cada coisa, e a cidade melhora muito”, conclui o agente.
CUIDE DE SEU LIXO
O que pode ser reciclado
Plástico
garrafas pet, embalagens, pratos, copos e talheres de plástico, canudos
Vidro
garrafas, copos, potes, frascos
Papel
jornais, revistas, panfletos, papelão, papéis que não estejam sujos
Metal
latas, ferragens, arames, panelas, tampas de iogurte
Atenção
Alguns materiais não podem ser jogados no lixo reclicável, como lixo eletrônico, lâmpadas e latas de tinta, que devem ser levados a postos específicos
Consulte os horários dos caminhões de lixo na sua região no telefone 156
| Folha de S. Paulo | | | | Edson Tomaz de Lima Filho, 'xerife do lixo' da cidade, quer estimular população a triar resíduos
Numa sala no segundo andar da sede da Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana), no Canindé, região central de São Paulo, o economista Edson Tomaz de Lima Filho, 67, comanda um exército de 14 mil homens e mulheres, com 600 caminhões e orçamento anual de R$ 143 milhões, incluindo o serviço de varrição.
A cada dia, a cidade produz 20 mil toneladas de lixo. São 12.000 de resíduos domiciliares e 8.000 da varrição. Daria para cobrir toda a extensão da avenida Paulista a uma altura de 53 metros. Além disso, há mais de 104 mil lixeiras espalhadas pela cidade, mas muita gente ainda prefere jogar o lixo nas ruas e nos rios.
“A sensação que eu tenho é de estar numa casa de dez cômodos, cada um com seis pessoas, uma senhorinha só cuidando da limpeza e os outros sujando”, desabafa o “xerife do lixo”, responsável pelo funcionamento de toda a máquina, que opera 24 horas por dia, de domingo a domingo.
Com os atuais aterros sanitários já no limite e sem espaço para abrir novos, Lima só vê uma solução para o problema: estimular os 12 milhões de paulistanos a separar o lixo domiciliar e aumentar a capacidade da coleta seletiva.
A coleta de recicláveis corresponde atualmente a apenas 7% do total. Quase metade dos resíduos coletados diariamente poderia ser reciclada.
Para conscientizar a população de que cada um precisa fazer a sua parte, a Amlurb lançou em fevereiro o Movimento Recicla Sampa, uma plataforma online que tem como objetivo reduzir, em quatro anos, 500 mil toneladas de resíduos atualmente despejados nos aterros municipais.
“É impossível, numa cidade como São Paulo, só o poder público zelar pela limpeza, sem a colaboração de todos, a começar pela separação do lixo comum e reciclável nas residências”.
Lima sabe do que está falando. Ele está no serviço público há 34 anos. Começou como administrador regional de São Mateus, quando era prefeito Mario Covas. Depois, trabalhou com ele em diferentes cargos no governo do Estado.
“Sou um cara de partido”, gosta de dizer o tucano histórico, de cabelos brancos e fala mansa. Pós-graduado em administração pública pela FGV, já passou por mais de dez cargos públicos e foi membro da Fundação Mario Covas. “Comecei com o avô e agora estou trabalhando com o neto.”
Quando João Doria assumiu a prefeitura, em 2017, o então vice Bruno Covas chamou o amigo da família para assumir a Amlurb. “Fiquei preocupadíssimo, era muita responsabilidade. Na primeira vez, recusei, mas ele insistiu muito, e acabei aceitando. Achava que nessa altura da vida era um cargo muito pesado”.
Bruno, na época, era também secretário das prefeituras regionais, à qual a Amlurb é subordinada. Foi criticado na imprensa porque sua família era sócia da de Lima numa pousada em Ubatuba.
“Nossas famílias são amigas há 40 anos, os filhos foram criados juntos. Qual é o problema?”. No momento, a pousada encontra-se arrendada.
O nome do presidente da Amlurb também seria envolvido numa denúncia anônima contra o então presidente do Tribunal de Contas do Município, João Antonio da Silva Filho, em maio do ano passado, durante processo de licitações de empresas de varrição. Nada ficou provado.
“Isso foi uma guerra de empresas que disputavam o serviço, mas, no fim, serviu para acabar com a cartelização, e nós acabamos economizando recursos para a prefeitura, pagando menos.”
Após várias renegociações dos contratos, a despesa anual com a varrição, que era de R$ 90 milhões, no início da gestão, caiu para R$ 76 milhões, em junho de 2018.
Agora, são seis as empresas que cuidam do serviço, com 12 mil empregados (salário médio de R$ 1.231,95) responsáveis pela limpeza das ruas. Nos novos contratos, recém-assinados, o total deste ano ficou em R$ 67 milhões.
Duas empresas são responsáveis pela coleta de lixo domiciliar na cidade: Ecourbis e Loga, que empregam 6.000 funcionários (salário médio de R$ 1.465,28) e recebem R$ 76 milhões por ano.
Ambas contam com centrais mecanizadas de triagem capazes de processar 250 toneladas de recicláveis por dia.
A baixa adesão da população à coleta seletiva, além dos problemas ambientais causados, também prejudica a geração de emprego e renda para as 1.200 famílias que trabalham na reciclagem, 24 cooperativas habilitadas na capital.
Das 1.500 escolas municipais, 300 terão cursos sobre reciclagem de lixo já neste ano, numa parceria da Amlurb com as empresas contratadas e a Secretaria de Educação.
“Nós temos capacidade para reciclar muito mais resíduos, mas falta matéria-prima para a operação. Precisamos da ajuda de todos. É só separar o lixo úmido do seco e a gente faz o resto. A megaoperação do gerenciamento do lixo e sua destinação final dependem da mudança de hábitos das pessoas”, diz Lima.
O “xerife do lixo” não quer mais se sentir como aquela senhorinha do início deste texto, limpando a casa de dez cômodos que os outros sujam.
| Folha de S. Paulo | | | |
A parceria para a elaboração do plano foi confirmada pelo Governo do Estado em reunião com o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê
Em reunião na sexta-feira (12) com o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), representantes da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) confirmaram a parceria do Governo do Estado com o consórcio para a elaboração do Plano Regional de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos.
A intenção da pasta é a de que o Alto Tietê seja o piloto das iniciativas em elaboração pela atual gestão para equacionar a problemática do lixo. O consórcio foi convidado, ainda, a participar do Comitê de Integração de Resíduos Sólidos, que reúne os principais órgãos estaduais envolvidos no assunto.
“Queremos trabalhar com vocês e concentrar esforços numa cooperação técnica. A prioridade do Estado será para os arranjos regionais e as soluções consorciadas”, ressaltou José Valverde, da Assessoria de Resíduos Sólidos da SIMA.
“Trazemos aqui o compromisso do Governo de trabalhar para solução correta no tratamento dos resíduos, sem pensar em aterros”, acrescentou Ivan Mello, assessor do secretário estadual Marcos Penido.
Em 2017, o Condemat assinou um Termo de Cooperação Técnica com o Estado para a elaboração do Plano Regional de Resíduos Sólidos. Em razão das várias mudanças ocorridas no comando da Secretaria de Meio Ambiente na gestão passada, a parceria não avançou.
No mês passado, a direção do Consórcio solicitou a Penido a prioridade na retomada do protocolo de intenções e a resposta positiva foi apresentada nesta sexta-feira, já com definições sobre as tratativas técnicas entre Estado e Alto Tietê.
“Até pela proximidade com a Capital e por ser uma região com extensa área ambiental e produtora de água, é muito importante que o Alto Tietê possa ser escolhida como piloto para o novo modelo de destinação de resíduos sólidos que o Estado vai implantar”, destacou o presidente do CONDEMAT, prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi. O Condemat é o consórcio com o maior número de cidades da Região Metropolitana de São Paulo, com três milhões de habitantes.
Entre as ações já definidas pelo Estado e consórcio está a concepção do termo de referência para elaboração do Plano Regional de Resíduos, o qual trará um diagnóstico da situação nos municípios do Alto Tietê e apontará as melhores soluções tecnológicas para a destinação dos resíduos.
A Região tem uma produção diária de aproximadamente três milhões de toneladas de resíduos e apena a cidade de Guararema possui aterros próprios. As outras dependem da iniciativa privada, e a destinação final ocorre, em média, a 60 km de distância.
| G1 | | | | A Trashin aposta na reciclagem do lixo como modelo de negócio
O serviço da Trashin é recolher resíduos recicláveis de escolas, empresas e condomínios. O que diferencia a empresa gaúcha de outras do setor é que ela paga pelo lixo dos parceiros. Eleita no início deste mês a segunda iniciativa mais inovadora do Rio Grande do Sul pelo Innovation Award, a Trashin é constituída por cinco sócios que largaram tudo para se dedicar ao projeto.
Na prática, funciona da seguinte forma: os condomínios entram em contato com a startup, que avalia os descartes e troca o material por dinheiro. Se a quantidade não for tão grande, em vez de dinheiro, produtos de limpeza servem como "pagamento".
Em 2012, Sérgio Finger, 33 anos, sócio de uma agência de publicidade, participou de um hackaton, evento que reúne profissionais relacionados à área da programação com o intuito de, em um período curto de tempo, solucionar problemas de forma inovadora. No evento, o lixo foi o tema de trabalho escolhido por Sérgio.
O projeto, por motivos de estrutura, foi deixado de lado por um tempo. Em 2018, surgiu a possibilidade de, junto ao Instituto Federal, colocar a empreitada em prática. No IF, Sérgio e o grupo contaram com a mentoria de professores, consultoria estratégica, parceria para possíveis expansões, entre outros aportes. Há, ainda, o apoio das aceleradoras Ventiur, InovAtiva Brasil e da imobiliária Bento Azevedo, que acertou com a Trashin uma parceria para recolhimento do lixo de todos os empreendimentos administrados por ela.
A chave da Trashin para trabalhar pagando pela retirada do lixo é justamente ter encontrado novas soluções para o que pode ser feito com ele. As receitas não são oriundas somente da venda do material, mas também da capitalização de produtos criados a partir do que é recolhido e da publicidade da marca. Enxergar o lixo como obra-prima é essencial.
O slogan “Cash from trash” – dinheiro vindo do lixo – abrange mais do que se pode enxergar à primeira vista. “Eu não quero vender o PET a R$ 1,50, quero construir um produto a partir daquilo e que nele eu possa cobrar R$ 10,00. É importante buscarmos marcas que entendam o valor do resíduo e saibam gerar valor agregado em cima disso”, acredita Sérgio. Para Rafael Dutra, chief operating office (COO) da marca, o projeto também é promissor para as cooperativas de reciclagem. “Temos uma responsabilidade com as cooperativas porque fazemos de tudo para que elas ganhem também. Afinal, lá se concentra a mão de obra e as pessoas que, de fato, fazem acontecer."
Sendo uma relação em que todos ganham, o trabalho funciona como uma parceria. Há um maior esforço por parte de quem vende o seu lixo. Quanto maior o aproveitamento, maior o incentivo ganho. Em um dos condomínios, por exemplo, a Trashin conseguiu aproveitar, inicialmente, 55% do material reciclável. Hoje o aproveitamento supera a casa dos 90%. “Tentamos salvar tudo que dá, inclusive o que nos concede R$ 0,05 de lucro por uma grande quantidade, mas infelizmente muita coisa ainda vai parar no aterro”, salienta Sérgio.
O projeto pode ser vantajoso para quem trabalha com a separação do lixo. “A gente trabalhava diretamente com a cooperativa e ganhava muito pouco, não temos o Ensino Médio e fazíamos, no máximo, R$ 250,00 na semana. Então, a oportunidade veio daquele jeito que o cara nem espera”, contam os meninos Guilherme Neckel e Igor Silva, que trabalham com a Trashin. Para Rafael e Sérgio, é importante valorizar quem atua diretamente na separação do lixo. “Isso também faz parte da responsabilidade social, sem falar que eles trabalham muito bem, já tinham experiência e fazem por merecer a oportunidade que demos."
Você sabia?
Conceitos modernos de negócios surgiram a partir da reciclagem de lixo na última década. Figuras como o artista plástico Vik Muniz (autor da abertura da novela Passione, de 2010, da Rede Globo, a primeira feita totalmente com material reciclado) influenciaram a população a entender que não era negativo trabalhar com resíduos.
| Jornal do Comércio | | | | De acordo com a OIT, somente 20% do lixo eletrônico é reciclado
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) das Nações Unidas fez um alerta para o rápido crescimento de lixo eletrônico no mundo, que produz cerca de 50 milhões de toneladas do chamado "e-lixo" por ano.
Durante encontro realizado na última semana em Genebra, representantes de governos e organizações sindicais concordaram que as nações devem "aumentar e promover investimento em infraestrutura de gerenciamento de resíduos e sistemas em todos os níveis". Além disso, ainda foi confirmada a necessidade de proteger as pessoas que trabalham com o lixo eletrônico, considerado tóxico e perigoso, que provoca danos aos trabalhadores e também ao meio ambiente.
De acordo com a OIT, hoje somente 20% do e-lixo é reciclado formalmente, embora o valor esteja avaliado em torno de US$62 bilhões. O objetivo do apelo por ações urgentes para gerenciar de forma mais adequada o "tsunami tóxico" de elétricos e eletrônicos é de que os resíduos possam ser transformados em uma fonte valiosa de trabalho decente.
Segundo o estudo uma "Nova Visão Circular para Eletrônicos - Hora de um Reinício Global", publicado em janeiro deste ano e divulgado pela ONU, o Brasil é um dos 11 principais destinos do mundo de materiais eletrônicos descartados. Nos Estados Unidos e no Canadá, cada pessoa produz cerca de 20 quilos de lixo eletrônico por ano, enquanto que na Europa, a quantidade é de 17,7kg. Já na África o número, em média, é de 1,9 kg de lixo eletrônico.
| Época Negócios | | | |
O Brasil produz cerca de 64 milhões de toneladas de lixo por dia, sendo que quase metade é descartado de maneira inadequada. E se todo este lixo produzisse alguma coisa, como por exemplo óleo? É exatamente isso que Profissionais do Laboratório de Combustíveis e Lubrificantes do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em parceria com a empresa Bioware estão produzindo. O bio-óleo é fabricado a partir de resíduos alimentares, papel, papelão e plástico através de um processo conhecido como pirólise de resíduos sólidos urbanos (RSU).
bio-óleo lixo 1
Marcelo Aparecido Mendonça – chefe do laboratório e um dos coordenadores do projeto, explica que a equipe já testou mais de 27 processos diferentes até agora. A pirólise consiste na transformação termoquímica de compostos orgânicos, como biomassa e RSU, em outras substâncias através do aquecimento na ausência de oxigênio, e é uma das opções mais cotadas para o tratamento de resíduos.
bio-óleo lixo 2
Cada amostra de bio-óleo passou por uma caracterização, considerando diversos parâmetros que servem sobretudo para estabelecer comparações com os óleos já existentes no mercado. Por exemplo, a pirólise do polipropileno e do poliestireno, por serem derivados do petróleo, produziu óleos com maior potencial energético do que outros resíduos. Produzir menos lixo e descartar corretamente é mais do que essencial, porém transformar os resíduos em substância aproveitável é melhor ainda. Agora é torcer para que a equipe consiga transformar esta pesquisa em realidade!
| Hypeness | | | |
O Centro de Tecnologia do Clima (CTCN) recebe propostas para a realização de pesquisa sobre o estado da economia circular no Brasil, Chile, México e Uruguai. Edital visa elaborar mapeamento de iniciativas e atores relevantes que trabalhem com modelos sustentáveis de produção e consumo nos países, levando em conta os desafios associados à exploração dos recursos naturais na América Latina. Prazo para envio de candidaturas é 8 de maio.
O Centro de Tecnologia do Clima (CTCN) recebe propostas para a realização de pesquisa sobre o estado da economia circular no Brasil, Chile, México e Uruguai. Edital visa elaborar mapeamento de iniciativas e atores relevantes que trabalhem com modelos sustentáveis de produção e consumo nos países, levando em conta os desafios associados à exploração dos recursos naturais na América Latina. Prazo para envio de candidaturas é 8 de maio.
A economia circular é um modelo econômico e industrial que busca recuperar e reusar materiais já processados, protegendo os recursos naturais da superexploração. O objetivo de sistemas circulares é manter recursos escassos e valiosos em circulação por períodos mais longos, por meio da reciclagem e de diminuições nas perdas de materiais.
Alcançar esses objetivos exige a inclusão de processos como reuso, re-design, reutilização, reciclagem, remanufatura e modelos de negócios disruptivos, entre eles, o produto-como-serviço e o ciclo de vida estendido.
Para lidar com esse desafio, os governos do Brasil, Chile, México e Uruguai solicitaram assistência técnica do CTCN — um consórcio de instituições internacionais, regionais e nacionais que tem o apoio da ONU Meio Ambiente e da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), além de ser responsável por atender a pedidos de cooperação tecnológica dos Estados-membros da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).
A pesquisa deve oferecer um plano sobre economia circular e identificar atores-chave, partes interessadas, iniciativas públicas ou privadas, áreas geográficas, oportunidades e barreiras. A abordagem tem que incorporar e focar nos benefícios climáticos que resultariam de um modelo de economia circular. A análise também deve identificar as vantagens que a circularidade traria para o cumprimento dos Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e das metas do Acordo de Paris.
O trabalho deve ser organizado nos seguintes resultados principais:
- Desenvolvimento de um planejamento de implementação e de documentos de comunicação;
- Diagnóstico dos principais atores e iniciativas atuais relacionadas à economia circular em cada país;
- Identificação do valor da economia circular e definição dos benefícios, fraquezas, oportunidades e desafios em cada país;
- Revisão de experiências internacionais;
- Mapeamento de casos bem-sucedidos de aplicação da indústria 4.0 que beneficiem a economia circular no nível internacional e a adoção de práticas no nível local, levando em conta desenvolvimentos tecnológicos nesses países;
- Identificação de projetos potenciais em economia circular para cada país participante, priorizando áreas geográficas específicas.
A proposta completa deve ser enviada pelo portal de aquisições online da UNIDO: https://procurement.unido.org. Para acessar termos de referência e informações sobre a candidatura, clique aqui (documentos em PDF disponíveis para download ao final da página).
Caso a sua instituição ainda não seja membro da rede CTCN, é possível concorrer à implementação da assistência técnica, com a condição de que uma candidatura completa para a filiação à Rede CTCN seja enviada antes do término do prazo e de que a candidatura seja reconhecida pelo centro. Além disso, o contrato para a implementação, caso a sua proposta seja aceita, fica condicionada à aprovação da candidatura de filiação, feita pelo diretor do CTCN.
Caso o concorrente decida estabelecer parceria com outra instituição para entregar os serviços descritos nos termos de referência do edital, espera-se que a instituição parceira também adira à Rede CTCN.
| ONU Brasil | | | |
Dois mil pneus, cinco mil garrafas de vidro, dois mil metros quadrados de papelão e oito mil latas de alumínio. O que dá para fazer com isso? Acredite: uma das respostas é “uma escola”, e ela já está de pé, lá no Uruguai.
Quem projetou a construção de 270 m² foi Michael Reynolds, um norte-americano que nos anos 60 percebeu que a arquitetura havia abandonado o ser humano e fundou uma comunidade para viver de forma mais inteligente e harmônica com a natureza.
Há 45 anos ele criou a Earthship, especializada em edifícios sustentáveis e de baixo custo. A escola de Jaureguiberry, no Uruguai, tem placas de energia solar e moinhos de vento para gerar energia, além de hortas para a produção de alimentos orgânicos.
60% do material utilizado na escola é reciclado. Desde 2014, os moradores da região foram apresentados ao projeto e fizeram o possível para torná-lo real. Assim como 200 voluntários do Uruguai e de outros países que colocaram a mão na massa durante as sete semanas de construção, aprenderam o método de Reynolds e poderão replicá-lo pelo mundo.
A escola sustentável atenderá cerca de cem alunos por ano, com um modelo de ensino que os coloca em contato direto com a natureza e o meio ambiente. O objetivo é ressignificar a escola, fazendo dela um espaço de encontro para comunidade, setor público e privado, com aprendizados sobre inovação e sustentabilidade desde a construção até as aulas.
| Hypeness | | | | Ação da empresa com o Grupo Reciclo já deu novos destinos a 850 mil quilos de materiais como eletrônicos, metais, baterias e cabos
Se os equipamentos da Huawei podem ajudar o meio-ambiente na geração de energia solar, permitindo que as células fotovoltaicas sejam até 4% mais eficientes, a atuação na outra ponta também é importante: gerir resíduos de produção deveria ser realidade nas atividades industriais de todos os setores industriais. Como signatária dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, no Brasil, a Huawei faz sua parte ao fomentar o processo de logística reversa, onde os itens reciclados ganham novos destinos. Entre 2017 e março de 2019, já foram mais de 850 toneladas de equipamentos reaproveitados.
Os materiais são reciclados em Sorocaba, interior de São Paulo, em parceria com o Grupo Reciclo na planta da Huawei na cidade. O grande foco é nos resíduos eletrônicos dos equipamentos, que são separados e vão para diferentes destinos. Materiais básicos, como metais, madeira e plástico são enviados para empresas de reciclagem, parceiras e homologadas pela Reciclo. Já placas eletrônicas e outros componentes mais complexos são destinados à exportação, para países com um know-how maior para separar os metais preciosos, Ouro, Prata, Paládio e Cobre.
Das 850 toneladas recicladas entre 2017 e 2019, os materiais com maior destaque foram os eletrônicos (em um total de 42 toneladas, ou aproximadamente 5% do total reciclado), cabos (em um total de 37 toneladas, ou aproximadamente 4%) e baterias de chumbo (em um total de 37 toneladas, ou aproximadamente 4%).
“Sob um modelo de economia circular, todos os recursos podem ser reaproveitados. O objetivo é maximizar o valor do produto e reduzir o consumo e desperdício de recursos, assim como o impacto ao meio-ambiente. Este conceito está em nosso design de produtos e usamos as mais recentes tecnologias para impulsionar a eficiência no uso das matérias-primas”, analisou Andrei Risso, gerente de saúde, segurança e meio ambiente da Huawei do Brasil.
A Reciclo Inteligência Ambiental tem como missão transformar o valor da reciclagem no mundo. E a mudança na percepção da importância da reciclagem na nossa sociedade passa pela compreensão do conceito de economia circular, onde os recursos naturais são escassos e devem ser gerenciados de maneira inteligente. “Neste sentido a Huawei do Brasil vem atuando de maneira proativa na incorporação da Logística Reversa na sua estratégia de negócios em parceria com a Reciclo. A empresa decidiu gerenciar os fluxos de seus resíduos por meio de nossa plataforma digital, que além da conformidade ambiental, provê disponibilidade imediata dos dados”, comenta Marcus William Oliveira, CEO do Grupo Reciclo.
Reciclagem no mundo
O setor privado tem um papel essencial nesse processo como grande detentor do poder econômico, propulsor de inovações e tecnologias, influenciador e engajador dos mais diversos públicos – governos, fornecedores, colaboradores e consumidores.
Por isso, a Huawei assumiu o compromisso de proteger o meio ambiente à medida que expande seus negócios globais de consumo. A Huawei possui um Programa Global de Reciclagem Ecológica que em 2017, chegou ao número de 705 postos de reciclagem em 36 países e regiões ao redor do mundo para o manuseio de telefones celulares, tablets e outros produtos eletrônicos descartados.
Com todas essas ações, a Huawei faz sua parte no seu compromisso com o Pacto Global para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis promovidos pela Organização das Nações Unidas, principalmente em um dos focos do Objetivo número 15: proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres.
| inforchannel | | | | Projeto da gestão Max Filho, que poderá ser estendido para Grande Vitória, pretende reciclar 600 toneladas
Um grande problema para o meio ambiente, atualmente, tem sido a destinação incorreta do vidro. Até então, todo o material é alocado em aterros sanitários juntamente com os demais rejeitos, sem qualquer cuidado ou preparo especial.
Em Vila Velha, a questão começa a ter solução. Dentro de aproximadamente 60 dias, será implantado um sistema de logística reversa para reciclagem do vidro, iniciativa da gestão do prefeito Max Filho (PSDB). Para isso, técnicos da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos estão escolhendo uma área entre as rodovias Darly Santos e Leste-Oeste, que irá receber todo material recolhido pelas associações e cooperativas. Estimativas apontam que Vila Velha gera 2 mil toneladas de vidros por mês. Desse total, apenas 20 toneladas são recicladas.
O sistema envolve três principais atores. O primeiro é a Associação Vilavelhense de Coletores e Coletoras de Materiais Recicláveis (Revive), que, em parceria com a Prefeitura, receberá uma nova área física mais ampla para que seja capaz de ampliar a coleta seletiva do vidro. O terceiro parceiro, por sua vez, é a empresa Green Ambiental, de Brasília, que fará o transporte de todo o material separado e preparado para uma usina de reciclagem, localizada no Rio de Janeiro.
De acordo com o representante da Revive, Itamarcos Coutinho Pitomba, o novo sistema tem sido fantástico. “O vidro é um material muito volumoso, que ia todo para o aterro sanitário, no caso de Vila Velha, causando um grande problema ambiental. Nós já fazíamos a coleta do vidro, junto com latinha, papelão e papel. Com a parceira com a Prefeitura, num novo local mais amplo, vamos conseguir ampliar a coleta seletiva do vidro. Não conseguíamos receber mais do que duas toneladas das 20 mil geradas na cidade”.
Itamarcos citou que, no caso das garrafas de cerveja, grande geradora de resíduo, será possível realizar o contato com donos de bares e restaurantes para ampliar a coleta.
O assunto da coleta reversa do vidro foi discutido com representantes de associações e cooperativas de catadores de lixo em reunião no último dia 17 na sede administrativa da Prefeitura, em Coqueiral de Itaparica. A previsão é de que, inicialmente, sejam recolhidas 600 toneladas de vidro por mês, que serão destinadas à reciclagem. O projeto piloto na cidade pode ainda ser estendido para toda Grande Vitória
“O vidro gera problemas ao meio ambiente e para a limpeza pública das cidades. Convidamos essa empresa de Brasília, que irá trabalhar diretamente com as associações e cooperativas de coletores da Grande Vitória, para que todo o material recolhido seja destinado à reciclagem”, afirmou a secretária da Semsu, Marizete de Oliveira Silva.
Já o diretor da Green Ambiental, Roberto Bretas, acredita na implantação do sistema no Espírito Santo. “Dialogamos há quatro meses com a prefeitura. Acredito que em 60 dias começaremos a dar nossa contribuição para a destinação correta do vidro no município e nas outras cidades da região”, declarou.
Locais de entrega
A Prefeitura de Vila Velha também ficará responsável por instalação de locais de entrega do vidro, os pontos de coleta, organizando, de fato, a coleta seletiva de materiais no município.
A secretária Marizete de Oliveira Silva reforça ainda que tanto a Green Ambiental quanto a usina localizada no Rio de Janeiro possuem certificação ambiental, o selo verde, garantindo o transporte e a reciclagem dentro de padrões internacionais de qualidade.
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