| 05 de DEZEMBro de 2019
Quinta-feira
- Indústria opera 15,8% abaixo do pico de produção visto em maio de 2011, diz IBGE
- Brasil e Paraguai devem assinar acordo automotivo
- Pesquisa mostra que 80% das empresas têm expectativa melhor para 2020
- Guedes: reindustrialização do Brasil será feita em cima do gás natural barato
- Debate vê alternativas para elevar produtividade
- Brasil e Argentina assinam acordo para aumentar número de voos entre países
- Maioria dos brasileiros acredita que crescimento chinês é bom para Brasil, diz pesquisa global
- Estados tentam aprovar contribuição maior para servidor sob risco de perder recursos
- Assembleia do Paraná aprova reforma da Previdência estadual
- Governo do Paraná tenta empréstimo de R$ 1,6 bilhão com consórcio bancário
- Aprovada elevação das penas para crimes ambientais
- Reforma trabalhista reduziu número de processos na Justiça, diz Jayme Campos
- Inflação para famílias com até dois mínimos registra 0,56% em novembro
- Revisão de exportações será incorporada no fechamento do PIB
- Erro em dado de exportação reflete corte de orçamento e pessoal, diz sindicato
- ARTIGO: PEC que recria o imposto sindical prova que o Brasil não precisa de inimigos externos
- Revisão de dados da balança comercial gera no mínimo desconfiança, diz Maia
- Editorial: O teto de juros do cheque especial
- Índice de Commodities do BC sobe 4,94% em novembro ante outubro
- Fluxo cambial total de novembro é negativo em US$ 5,691 bi
- Dólar cai a R$ 4,18, atrai compradores e termina o dia em R$ 4,20
- Demanda de carga aérea em outubro cai 3,5%, diz Iata
- 59% dos investimentos serão no pré-sal, diz diretor da Petrobras
- Volkswagen Nivus chega em 2020 com ganho de espaço para bagagens
- Vemos mais oportunidades do que riscos em 2020, diz presidente da VW Caminhões
- VWCO prevê crescimento das vendas de pesados entre 5% e 10% em 2020
|
Câmbio
Em 03/12/2019
|
|
Compra
|
Venda
|
Dólar
|
4,212
|
4,213
|
Euro
|
4,672
|
4,674
|
Fonte: BACEN
|
| | | | | A alta de 0,8% registrada pela indústria em outubro ante setembro reduziu ligeiramente a distância entre o patamar de produção atual e o ponto mais elevado já registrado na série histórica da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em outubro, o patamar de produção estava 15,8% menor que o auge alcançado em maio de 2011.
“Há melhora recente? Sim, mas há espaço importante a percorrer”, afirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
No mês de outubro, a fabricação de bens de capital estava 33,8% abaixo do pico de produção registrado em setembro de 2013, enquanto os bens de consumo duráveis operavam 23,2% aquém do ápice de produção visto em junho de 2013.
Já os bens intermediários estavam 15,9% abaixo do pico visto em maio de 2011, e os bens de consumo semi e não duráveis operavam 8,9% aquém do auge registrado em junho de 2013.
Ramos
A alta de 1,0% registrada pela indústria em outubro de 2019 ante outubro de 2018 foi decorrente de avanços na produção em 13 das 26 atividades pesquisadas, segundo os dados do IBGE.
O mês de outubro deste ano teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior, mas o efeito calendário não teve grande influência sobre o bom desempenho da indústria, avaliou André Macedo.
“O efeito calendário não foi determinante, foi incremento mesmo da produção que garante essa manutenção no campo positivo. Tanto que o índice de difusão mostra menos da metade dos produtos com crescimento na produção. Então o efeito calendário não foi determinante para disseminar crescimento de atividades nem de produtos”, justificou Macedo.
O índice de difusão, que mostra a proporção de produtos com crescimento na produção, encolheu de 51,7% em setembro para 48,2% em outubro.
Em outubro, ante outubro do ano passado, o avanço de 12,3% na fabricação de produtos alimentícios exerceu a maior influência positiva sobre o total da indústria.
Também contribuíram os segmentos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (6,9%), produtos de metal (4,9%), bebidas (3,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (5,0%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,0%).
Na direção oposta, entre as treze atividades com redução, as perdas mais relevantes foram nas indústrias extrativas (-7,3%) e metalurgia (-8,0%). Outros recuos importantes ocorreram em celulose, papel e produtos de papel (-4,1%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,4%), impressão e reprodução de gravações (-12,8%) e outros produtos químicos (-1,4%).
| Tribuna PR ( publicado em 04-12-2019) | | | |
O anúncio deve ser feito na cúpula do Mercosul
O governo brasileiro está próximo de fechar um acordo automotivo com o Paraguai, que permitirá a eliminação de tarifas sobre peças e automóveis comercializados entre os dois países. O anúncio pode ser feito durante a 55ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, que será realizada nesta quinta-feira (5), em Bento Gonçalves (RS). A informação foi confirmada pelo presidente Jair Bolsonaro.
"Tem vários [acordos] engatilhados [para assinatura]. Talvez o acordo automotivo com o Paraguai também saia amanhã", disse hoje (4) pela manhã, ao sair do Palácio da Alvorada, residência oficial.
O setor automotivo não foi incluído nas regras comerciais do Mercosul. Por essa razão, os países que integram o bloco (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) estabeleceram acordos bilaterais para reduzir ou eliminar tarifas no setor. O Paraguai é o único entre os integrantes do Mercosul que ainda não mantém um acordo do tipo com o Brasil.
Se aprovado, o acordo automotivo pode ampliar as exportações de automóveis fabricados no Brasil para o Paraguai. O país vizinho também tende a se beneficiar, já que exporta peças e equipamentos que são usados na montagem de carros no Brasil.
Durante a Cúpula do Mercosul, além da assinatura de acordos, deverão ser adotadas declarações presidenciais sobre desenvolvimento sustentável, turismo e combate a ilícitos transnacionais e à corrupção. O evento marca também o fim da presidência pró-tempore do Brasil no bloco. Pelos próximos seis meses, o comando do Mercosul será do governo paraguaio.
| Agência Brasil (publicado em 04-12-2019) | | | | Uma pesquisa realizada pela consultoria Falconi mostrou que 80% das empresas têm expectativas positivas para a economia brasileira em 2020. Porém, quando se trata da geração de emprego, apenas metade espera crescimento.
A pesquisa mostra, ainda, que 81% dos empresários veem aumento de vendas e 62% vislumbram alta dos investimentos. Entre os desafios citados para o ano que vem, a transformação digital aparece em terceiro lugar, com menção de 53% dos respondentes. Melhoria de processos aparece em segundo, com 62%, e aumento de receita em primeiro, com 72%.
O levantamento da consultoria Falconi ouviu 80 companhias com faturamento superior a R$ 100 milhões por ano.
| Tribuna PR | | | | O preço do gás natural no Brasil vai cair ao menos 40% no próximo um ano e meio, gerando um choque de energia barata para sustentar um processo de reindustrialização no País, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista ao site “O Antagonista”.
Segundo Guedes, o choque “já está encomendado”, com atuação do governo em duas frentes: a quebra do monopólio da extração do gás natural pela Petrobras, a partir de uma decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade); e uma “articulação complexa” com governadores para que os Estados abram mão do monopólio na distribuição do gás.
Segundo o ministro, a Petrobras já começou a vender suas subsidiárias e, com o aumento da competição, o preço do gás já estaria caindo. “A Vale já está tentando comprar gás natural a oito, 10, 25, 30 anos”, pontuou.
“Nosso problema é esse monopólio. No Brasil, o gás natural custa US$ 12 a US$ 13 por milhão de BTUs, enquanto países que não têm gás natural, como os da Europa ou o Japão, importam da Rússia por US$ 7, quase metade do nosso preço”, avaliou o ministro. “Mas esse choque da energia barata está chegando já, já”, completou.
Segundo Guedes, o barateamento da energia vai sustentar a recuperação da indústria brasileira, que também deve ser beneficiada pela queda dos juros. “Teremos expansão do consumo, com estímulo para a indústria crescer de novo, retomar a capacidade ociosa e, depois, o investimento”, disse.
O ministro ressaltou, ainda, que a ideia parte do mesmo modelo dos Estados Unidos, onde a retomada industrial “foi feita em cima do gás natural barato deles.”
| Tribuna PR ( publicado em 04-12-2019) | | | | A continuidade da agenda para aprovação de reformas é essencial para que a produtividade do trabalhador brasileiro volte a avançar. Essa foi a conclusão dos economistas que participaram do 1º. Seminário Produtividade e Reformas, que aconteceu na manhã de ontem em São Paulo.
O evento, uma parceria do jornal O Estado de S. Paulo com o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), discutiu as reformas necessárias para aumentar esses indicadores e impulsionar o crescimento do País. Durante o encontro, também foi lançado o site Observatório da Produtividade, que vai reunir uma ampla base de dados sobre o indicador relacionado à economia brasileira.
Os dados mais recentes, no entanto, não são nada animadores: o ano de 2019 vai ser marcado pela queda da produtividade, resumiu a economista e pesquisadora do Ibre Silvia Matos. Ela afirmou que os indicadores de emprego têm melhorado ao longo de 2019, mas a produtividade caiu no período, em função do aumento do trabalho informal – que responde por mais da metade da queda da produtividade do País.
Os indicadores de produtividade por hora trabalhada apontam quedas consecutivas desde o primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo trimestre de 2018. O dado mais recente, do terceiro trimestre, mostra queda de 0,7%, com destaque para o setor de serviços, que recuou 1,3%.
Pesquisador do Ibre, o economista Fernando Veloso associou a queda da produtividade ao baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que nos últimos três anos cresce ao redor de 1%. “O PIB tem sido revisado e, com o resultado de quarta-feira, 4, (o PIB cresceu 0,6% no terceiro trimestre e teve sua série revisada ao logo de 18 meses para trás), as instituições passaram a revisar suas projeções e deve dar em torno de 1% (no fechamento do ano)”, disse Veloso.
Tipo de informalidade
Para Pedro Cavalcanti Ferreira, da FGV Crescimento & Desenvolvimento, a questão é saber se essa informalidade é temporária, com as pessoas, numa primeira etapa, aceitando o emprego que aparece para depois ir para empregos formais e de mais qualidade. A solução dessa questão vai depender das reformas a serem aprovadas, na avaliação dele.
Segundo o economista Bernard Appy, conjunturalmente, há um paradoxo na questão, já que quanto mais produtividade tiver uma economia menos ela vai contratar. Ele também deu como exemplo a construção civil, que está se recuperando porque os juros estão muito baixos. Mas sem demanda os empresários não vão investir e não vão contratar.
Reforma tributária
Autor da proposta da reforma tributária em tramitação na Câmara dos Deputados, Appy, discordou da afirmação de que os debate em torno do tema esta andando muito devagar. “No primeiro trimestre de 2020 é que veremos isso”, disse ele.
Appy, que é do Centro de Cidadania Fiscal, é autor do estudo em que se baseia a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45, de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP). A PEC 45 tem como principal objetivo a unificação de tributos federais (PIS, Cofins e IPI), estaduais (ICMS) e municipais (ISS). O novo tributo, batizado de Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), replicará no Brasil o modelo do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), aplicado em outros países.
“As reformas estruturais de que o País precisa são ainda mais importantes nesse cenário atual. Elas ajudam a dar uma sinalização de que o País está indo no caminho certo”, completou Veloso. Ele ressalta que a abertura da economia também é importante para aumentar a produtividade, já que as únicas empresas que costumam ser contra são as com menor força para ampliar sua atividade.
| Tribuna PR | | | | Limite passa de 133 para 170 por semana; novo acordo não precisa ser aprovado pelo Congresso
Um dos acordos que serão assinados entre Brasil e Argentina nesta quinta-feira (5) é o que amplia a quantidade de voos semanais entre os países.
Até agora, o limite era de 133, com sete para voos de carga. Com o novo acordo, o limite passa para 170 por semana, e termina o limite para aviões de cargas. O novo acordo não precisa ser aprovado pelo Congresso, pois é uma emenda de um que já existia, dos anos 1940. Isso responde a pedidos de companhias aéreas dos dois países.
Hoje é o último dia da Cúpula do Mercosul, que acontece em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul. O evento começou na na quarta-feira (4), com a reunião dos ministros da economia e das relações exteriores, e hoje, com os presidentes do bloco.
A revisão da TEC (tarifa externa comum), uma das principais pautas do encontro, ficará para 2020.
O Brasil entregou a presidência pro-tempore do bloco ao Paraguai afirmando que, ainda assim, foram feitos avanços nessa discussão, mas que não foi possível chegar a um acordo e que o tema será discutido em 2020.
Em vez disso, foram anunciados um acordo de reconhecimento de indicação geográfica para produtos locais —nos moldes do existente na União Europeia—, a redução da burocracia e a diminuição de custos para o funcionamento do bloco e um acordo de proteção policial nas fronteiras.
Aguarda-se para esta quinta o anúncio de um acordo automotivo entre o Brasil e o Paraguai, apenas mencionado pelo chanceler Antonio Rivas Palacios.
Em seu discurso de abertura, o chanceler Ernesto Araújo disse que o Mercosul saiu da caverna e está à luz do sol. “Apagou-se a memória do Mercosul protecionista. Saímos da caverna e saímos para a luz do sul, e não voltaremos a caverna”, afirmou.
| Folha de S. Paulo | | | | Cerca de 55% veem benefícios; de modo geral, 51% têm uma visão favorável da China
A maior parte dos brasileiros acredita que o crescimento econômico chinês é uma coisa boa para o Brasil, segundo levantamento anual feito pelo Pew Research Center em 34 países.
Neste ano, 55% dos brasileiros entrevistados pelo centro de pesquisas americano disseram que o crescimento chinês é bom para o Brasil. Em 2014, apenas 39% pensavam dessa maneira. Para 59% dos brasileiros, o investimento chinês no Brasil é uma coisa boa para o país.
De modo geral, 51% dos brasileiros disseram ter uma visão favorável da China, contra 27% que a veem negativamente.
O Brasil é o 9º país com a melhor visão sobre os chineses entre os 34 pesquisados. A Rússia, com 71%, lidera na percepção positiva, enquanto o Japão tem a pior percepção (85% veem a China negativamente).
Seis em cada dez acreditam que a China tem influência na economia doméstica brasileira, enquanto sete em cada dez pensam o mesmo em relação à influência dos Estados Unidos no Brasil, segundo o levantamento.
Essa influência chinesa é vista como positiva para a economia do Brasil por 47% dos entrevistados no país (16% a veem como negativa). Os resultados brasileiros estão alinhados com os da maioria da população dos 16 países pesquisados nesse quesito.
Ao serem questionados sobre a influência americana, 44% dos entrevistados brasileiros disseram que era positiva para a economia, contra 23% que a viram como negativa.
O resultado foi o mais favorável para os americanos entre os países da América Latina pesquisados. No México e na Argentina, a influência dos EUA é vista como negativa por 46% e 55% dos ouvidos pelo Pew Research Center.
Apesar da boa imagem dos chineses, são os Estados Unidos que são percebidos como a maior potência econômica mundial pela maior parcela dos brasileiros. São 38% os que veem os americanos no posto, ante 21% que enxergam a China na posição.
Quando questionados com qual país é mais importante ter forte laços econômicos, 49% dos brasileiros escolheram os EUA, e 29%, a China.
O Pew Research Center também perguntou sobre o crescente poder militar chinês à população de 18 países. Dos brasileiros consultados, 49% dizem ver o dado como negativo e 24%, como positivo. Nessa área, o Brasil é o 7º país menos preocupado com o poder militar da China.
| Folha de S. Paulo | | | | Vários governos estaduais já enviaram às suas Assembleias Legislativas propostas para elevar a contribuição previdenciária dos servidores públicos para 14%. Entre eles, São Paulo e Maranhão.
O Espírito Santo aprovou no mês passado o aumento, que irá vigorar a partir de março de 2020. No Paraná, a nova lei foi aprovada nesta quarta-feira (4), sob protestos de servidores.
Em São Paulo, a sessão para votação da reforma da Previdência estadual foi suspensa após uma confusão entre deputados.
A confusão ocorreu após o deputado Arthur do Val (sem partido), durante pronunciamento, chamar de "bando de vagabundo" servidores que protestavam contra a reforma.
Deputados do PT e do PSOL, entre outros, subiram à tribuna. Após um empurra-empurra e ameaça de socos —alguns deputados tiveram que ser contidos—, a sessão acabou interrompida.
Entre os quase 2.200 estados e municípios que possuem regimes próprios de previdência, 95% adotam alíquota de 11%. Apenas 1% possui contribuição de 14% ou mais. Entre eles, a prefeitura de São Paulo.
A nova alíquota precisa ser aprovada até julho de 2020, de acordo com portaria publicada pela Secretaria de Previdência do Ministério da Economia nesta quarta. Caso isso não ocorra, esses governos ficarão sem o CRP (Certificado de Regularidade Previdenciária) e não poderão receber transferências voluntárias de convênios com o governo federal.
A Reforma da Previdência aprovada neste ano também obriga estados e municípios a adotarem outras regras federais, acabando, por exemplo, com a concessão de algumas pensões e aposentarias especiais.
Também será necessário adotar o sistema de previdência complementar em até dois anos e retirar as contas dos sistemas previdenciários regionais os pagamentos de benefícios como auxílio-reclusão, auxílio-doença e salário maternidade.
O prazo para adequação às novas regras foi visto como positivo pela CNM (Confederação Nacional dos Prefeitos), que havia solicitado ao Ministério da Economia um período para que as prefeituras se adequassem à reforma.
"A aplicabilidade da norma constitucional é imediata, mas a secretaria deu um prazo para adequação que foi pedido pela CNM para que o município não seja prejudicado pela falta do CRP", diz Thalyta Alves, supervisora do Núcleo de Desenvolvimento Econômico da CNM.
Hoje, muitos estados e municípios possuem o CRP graças a decisões judiciais, pois o certificado não era previsto na Constituição até a promulgação da reforma. Agora, a situação mudou.
"A reforma incluiu o CRP na Constituição. Não tem mais como escapar dessas exigências do governo federal", afirma o diretor-geral da Secretaria da Fazenda do Paraná, João Giona Junior.
"Se a assembleia rejeitar a proposta, o governo descumpre uma das condições [da reforma] e perde as transferências voluntárias."
Atualmente, 19 estados possuem alíquota de 11%. Três aplicam valores de 12% a 13,5%. Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Piauí já possuem alíquota de 14%. Goiás tem o maior percentual do país, 14,25%.
A portaria publicada nesta quarta-feira pelo Ministério da Economia prevê duas alternativas a esse percentual. A primeira é adotar o regime de alíquotas progressivas que variam de 7,5% a 22%. Nesse caso, o governo local tem de mostrar, por meio de simulação, que a média das alíquotas será de pelo menos 14%.
A segunda é adotar as alíquotas do INSS, mas só para sistemas previdenciários que estejam atualmente com superávit.
Em nota, a SPPREV (São Paulo Previdência) informou que, em cumprimento à reforma da Previdência, a proposta de reforma previdenciária apresentada pelo o governo paulista prevê a elevação da alíquota de contribuição previdenciária dos servidores, aposentados e pensionistas de 11% para 14% e passará a vigorar 90 dias após a aprovação do projeto.
A FNP (Frente Nacional de Prefeitos) avaliou como bem-vinda a portaria e disse que os prefeitos estavam aguardando um regramento sobre o dispositivo constitucional.
| Folha de S. Paulo | | | | Um dia antes, em protesto, servidores ocuparam o plenário; votação foi transferida para a Ópera de Arame
Com proteção de cerca de 800 policiais, em uma sessão fechada, os deputados do Paraná aprovaram a reforma da Previdência estadual nesta quarta-feira (4). Um dia antes, em protesto, servidores ocuparam o plenário da Assembleia Legislativa, onde passaram a noite. Assim, a votação foi transferida para a Ópera de Arame, teatro de Curitiba, onde só funcionários da Casa e jornalistas puderam entrar.
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC), de autoria do Executivo, foi aprovada por 43 votos a 9, com uma ausência. Entre as alterações, está o estabelecimento de idade mínima para aposentadoria de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres, como instituído na reforma nacional. Será preciso pelo menos 25 anos de contribuição, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos no serviço público e cinco anos no cargo efetivo.
Também foram aprovados outros dois projetos de lei que preveem o aumento da alíquota de contribuição dos servidores de 11% para 14%, para quem recebe além de três salários mínimos.
A administração alega que a proposta segue a legislação aprovada no Congresso Nacional e deve estancar o déficit no pagamento de aposentadorias e pensões, que chega a R$ 6,3 bilhões neste ano. Defende ainda que a ideia é capitalizar e fortalecer o fundo de previdência estadual.
O principal questionamento da oposição durante a votação foi sobre o ritmo acelerado de trâmite dos projetos. Logo no início das discussões, o deputado Tadeu Veneri (PT) alegou que deveria haver um interstício de cinco sessões entre cada uma das três votações da PEC.
O presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB) afirmou, porém, que, como o texto estava tramitando em regime de urgência, seria possível derrubar a exigência. Na sequência, o líder do governo, Hussein Bakri (PSD), apresentou um requerimento para a quebra do interstício, que acabou aprovado pelos parlamentares.
A oposição e o bloco independente da Casa ainda tentaram aprovar um pedido de retirada da PEC de pauta por uma sessão, mas acabaram derrotados. Veneri alegou que pretende entrar na Justiça para anular as sessões extras em que foram votadas as propostas.
“Um processo que mexe com a vida do servidor sem que ele possa ser ouvido é surreal. O servidor tem motivos de sobra para estar desapontado com o governo porque não há explicação lógica para isso”, disse. Ele alega que outros estados seguiram regimentalmente os prazos para aprovação de suas reformas e que apenas o Paraná “atropelou” a votação.
Durante a ocupação da Assembleia, na terça, os servidores afirmaram que não foram procurados para opinar sobre a reforma. "Há mais de um mês estávamos à procura de uma mediação, que não existiu. Se (o governo) tivesse conversado antes, talvez não teríamos chegado a essa situação", afirmou Marli Fernandez, da coordenação dos Fóruns das Entidades Sindicais.
Segundo ela, o governo Ratinho Jr. (PSD) quebrou o compromisso de diálogo com a classe desde a última ocupação na Assembleia, na metade do ano, quando foi votado o reajuste anual do funcionalismo público.
De outro lado, o líder do governo na Casa comemorou a aprovação da reforma e afirmou que há avanços significativos no texto original em prol dos servidores. “Essa PEC, que segue as regras federais, é necessária e urgente, sob pena de, em cinco anos, o estado ficar impossibilitado de pagar a aposentadoria dos seus servidores”, declarou Bakri.
O texto final levou em consideração 35 de 65 emendas apresentadas pelos deputados, nove delas da oposição. Entre as mudanças na proposta original, houve a paridade nos reajustes entre aposentados e servidores da ativa, a exigência de que uma entidade de caráter público mantenha a gestão do regime de Previdência complementar, e a exclusão de autorização para que o estado institua contribuição extraordinária.
| Folha de S. Paulo (publicado em 04-12-2019) | | | | O governo do Paraná busca obter crédito de R$ 1,6 bilhão para investir em obras de infraestrutura e logística, em projetos nas áreas de segurança e agricultura, e também na urbanização do Litoral.
Um consórcio composto por Itaú, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal venceu a concorrência pública para fornecimento de crédito. O prazo para pagamento do empréstimo é de 15 anos, com juros de 7% ao ano.
A expectativa da Secretaria da Fazenda é de que os primeiros contratos sejam assinados no início de 2020. A União, através da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, ainda precisa liberar a operação."
| Gazeta do Povo ( publicado em 04-12-2019) | | | | Comissão de Meio Ambiente (CMA) realiza reunião deliberativa com 17 itens. Entre eles, o PLC 16/2016, que institui medidas de prevenção contra enchentes e deslizamentos. À mesa, vice-presidente da CMA, senador Jaques Wagner (PT-BA). Em pronunciamento, à bancada, senador Fabiano Contarato (Rede-ES).
O texto determina, por exemplo, maior punição para quem exportar sem autorização peles e couros de anfíbios e répteis, e para quem matar, caçar ou capturar animais silvestres, nativos ou em rota migratória
Roque de Sá/Agência Senado
Proposições legislativas
A Comissão de Meio Ambiente (CMA) aprovou, nesta quarta-feira (4), projeto de lei de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) que eleva penas previstas na Lei de Crime Ambientais (Lei 9.605/98). O texto determina, por exemplo, que a pena para quem exportar sem autorização peles e couros de anfíbios e répteis passe a ser de dois a quatro anos de reclusão, enquanto a legislação original estabelece pena de reclusão de um a três anos.
Já a punição para quem matar, caçar ou capturar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, passa de seis meses a um ano para um a três anos de detenção. A proposta (PL 5.373/2019) também inclui, entre as circunstâncias agravantes, o cometimento de crimes em unidades de conservação, terras indígenas e territórios de comunidades tradicionais, como os quilombolas.
O projeto prevê ainda que os produtos e os instrumentos utilizados na prática da infração poderão ser destruídos ou inutilizados quando a medida for necessária para evitar o seu uso, nas situações em que o transporte e a guarda forem inviáveis, ou possam expor o meio ambiente a riscos ou comprometer a segurança da população e dos agentes públicos envolvidos na fiscalização.
Na avaliação do autor da proposta, as penas fixadas na Lei de Crimes Ambientais não são rigorosas o suficiente para inibir a prática destas infrações. “A brandura das penas impostas pela maioria dos tipos penais previstos na lei, os caracteriza como crimes de menor potencial ofensivo, e os alça à apreciação dos Juizados Especiais Criminais, onde é facultado aos autores o benefício da transação penal”. Para o senador, entretanto é preciso observar a complexidade dos crimes ambientais para “melhor tratamento da questão”.
Desmatamento
Apresentando dados para comprovar um aumento recente do desmatamento na Amazônia, a relatora da proposta, Eliziane Gama (Cidadania-MA), defendeu o endurecimento da lei. Ela relatou que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou, de 1º de janeiro a 8 de outubro deste ano, um aumento de 49% nos focos de incêndio em relação ao mesmo período de 2018, sendo que a Amazônia concentra 46% desses focos.
A senadora revelou ainda dados preliminares do Inpe que indicam o desmatamento de 6.833 quilômetros quadrados da vegetação nativa da Amazônia entre agosto de 2018 e julho deste ano, o que representa 49% de aumento em relação ao período anterior.
Já a área desmatada em julho de 2019 foi de 2.254,8 quilômetros quadrados, 278% maior do que em julho de 2018, quando foram desmatados 596,6 quilômetros quadrados.
Para a relatora, como o crime ambiental afeta a coletividade e até mesmo as futuras gerações, a aplicação de brandas punições é “grave incoerência” do sistema jurídico, uma vez que a legislação pune com mais rigor quem inflige um dano a apenas um indivíduo ou um grupo restrito de pessoas.
“Causa indignação observar que grande parte dos crimes ambientais é punida com o pagamento de cestas básicas, levando à sensação de que esse tipo de crime compensa”, destacou Eliziane.
A proposta segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde receberá decisão terminativa.
| Senado Notícias (publicado em 04-12-2019) | | | | Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. À tribuna, em discurso, senador Jayme Campos (DEM-MT).
O senador Jayme Campos (DEM-MT) salientou nesta quarta-feira (4), em Plenário, que as alterações implantadas a partir da reforma trabalhista (Lei 13.467, de 2017) mudaram as regras relativas a remuneração, plano de carreira e jornada de trabalho, entre outras normas.
Na sua opinião, as medidas propostas pela lei garantiram uma redução considerável no número de processos que chegam à Justiça do Trabalho. Segundo o senador, o Brasil ainda figura entre os campeões mundiais em ações trabalhistas. No ano passado, foi ajuizado 1,7 milhão de novos casos; na Inglaterra, em média, são 50 mil ações por ano, e nos Estados Unidos, 20 mil processos anuais, declarou.
De acordo com o senador, a Justiça trabalhista tem papel fundamental na democracia, por promover justiça social ao administrar a resolução dos conflitos gerados nas relações entre empregado e empregador, “como forma de garantir continuidade, tanto na atividade econômica, como no trabalho, de forma justa e isonômica”.
Ressaltou a modernização dos tribunais como um dos fatores que contribuíram para a celeridade nos julgamentos dos processos. Segundo ele, o Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT 23ª Região) tem sido exemplo de renovação tecnológica, aliada a uma gestão de qualidade e transparência.
— Aqui todos os brasileiros almejam uma Justiça do Trabalho ágil, moderna e descomplicada. Com base nessa realidade, o Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso sistematizou suas práticas a tal ponto que ostenta em nossos dias o menor prazo médio no Brasil — apenas oito meses — para a publicação de sentenças de primeiro grau, em honroso ranking que incluiu todos os TRTs [tribunais regionais do trabalho] do país, bem como os tribunais regionais federais (TRFs) e os tribunais de Justiça dos estados — destacou.
| Senado Notícias ( publicado em 04-12-2019) | | | | O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede a variação da cesta de compras para famílias com renda até 2,5 salários mínimos (R$ 2.495), registrou inflação de 0,56% em novembro, acima do registrado em outubro, de menos 0,12%.
A taxa ficou acima também do Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas de renda, e que registrou taxa de 0,49% em novembro.
O IPC-C1 acumula taxas de inflação de 3,64% no ano e de 3,98% em 12 meses. A taxa anual do IPC-BR também ficou abaixo da registrada pelo IPC-C1, de 3,61%.
As altas foram registradas em sete das oito classes de despesa componentes do índice, sendo que três desses grupos tinham registrado deflação (queda de preços) em outubro e passaram a registrar inflação em novembro: habitação, que passou de menos 0,47% em outubro para 0,70% em novembro; alimentação, de menos 0,18% para 0,60%, e comunicação, de menos 0,03% para 0,14%.
Outras quatro classes de despesas tiveram aumento da taxa de inflação: despesas diversas, de 0,45% em outubro para 2,48% em novembro; educação, leitura e recreação, de 0,09% para 0,59%; vestuário, de 0,07% para 0,32%, e transportes, de 0,14% para 0,19%.
| Agência Brasil | | | | Ministério da Economia diz que falha foi causada no momento da coleta e transmissão de dados
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a revisão de números da balança comercial gera "no mínimo insegurança".
Originalmente, o Ministério da Economia afirmou que as exportações brasileiras tinham ficado em US$ 18,921 bilhões em setembro, US$ 18,231 bilhões em outubro e US$ 9,681 bilhões em novembro.
Os dados atualizados são de vendas externas de US$ 20,289 bilhões em setembro, US$ 19,576 bilhões em outubro e US$ 13,456 bilhões em novembro.
"Não estou discutindo o mérito, o mérito pode estar certo. O problema é que uma decisão no final de setembro e uma decisão no início de dezembro estão muito perto uma da outra para fazer uma revisão. Então ela gera no mínimo uma desconfiança e uma insegurança", afirmou o presidente da Câmara.
"Acho que a gente tem que tomar um certo cuidado porque o tema do câmbio é muito sensível", disse.
Maia disse, porém, que acredita que a revisão não coloca em dúvida a credibilidade brasileira.
"O trabalho é técnico, não há influência política, pressão para mexer no câmbio, segurar câmbio. Acho que isso é o mais importante, ninguém está segurando ou soltando câmbio para aumentar exportação, para mexer na economia", disse.
O Ministério da Economia afirma que a falha foi causada no momento da coleta e transmissão de dados. A tarefa é de responsabilidade da empresa estatal Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados).
| Folha de S. Paulo (publicado em 04-12-2019) | | | | Representantes de funcionários do IBGE dizem que situação é preocupante
Os constantes erros na divulgação de dados das exportações brasileiras pelo Ministério da Economia em 2019 podem estar relacionados aos cortes orçamentários feitos pela própria área econômica, de acordo com o ASSIBGE, sindicato dos funcionários do IBGE.
A entidade divulgou notas nesta quarta-feira (4) na qual cita a reportagem do jornal Financial Times "Falha em dados econômicos brasileiros preocupa analistas".
Na segunda-feira (2), o Ministério da Economia informou que uma falha no sistema de coleta e transmissão de dados do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) levou a uma correção nos dados da balança comercial de setembro, outubro e novembro. Ao todo, a diferença entre os dados anteriores e os atualizados chegam a US$ 6,5 bilhões.
Na semana passada, os dados de novembro já haviam sido corrigidos. A divulgação incorreta foi um dos motivos da alta do dólar na semana. Após a correção, o déficit registrado de US$ 1,1 bilhão no mês virou um superávit de US$ 2,7 bilhões.
Nesta terça-feira (3), o IBGE divulgou os dados do PIB (Produto Interno Bruto) do 3º trimestre deste ano e também a revisão dos números de 2018 e dos seis primeiros meses de 2019.
O IBGE informou que os erros nos dados da balança obrigarão o instituto a rever os números do último trimestre. Disse que também houve erros nas divulgações do período janeiro-junho 2019, o que já motivou a revisão do PIB desse período. A maior mudança foi a contribuição das vendas ao exterior, antes positiva em 1% no 1º trimestre, para -1,6%.
“Embora não recaia sobre o IBGE nenhuma suspeita ou dúvida sobre a capacidade técnica, o ocorrido nos causa preocupação”, diz o sindicato.
“A falha nos dados da Secex pode ser resultado do processo da precariedade orçamentária e do desmonte do quadro de pessoal dos órgãos técnicos, processo que também vitima o IBGE e representa um risco real ao sistema estatístico nacional. Além disso, é preciso lembrar que o governo pretende privatizar o Serpro e a destruição do órgão serve a esse propósito.”
O IBGE também divulgou nota sobre o assunto nesta quarta-feira. Informou que, na divulgação do PIB do 4º trimestre de 2019, que ocorrerá no dia 4 de março de 2020, será feita uma revisão nos resultados do 3º trimestre.
Veja a íntegra das notas
NOTA TÉCNICA - Sistema de Contas Nacionais Trimestrais: 3º trimestre de 2019
Em função da modificação nos dados das exportações de bens de setembro, publicados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o IBGE esclarece que, na divulgação do quarto trimestre de 2019, que ocorrerá no dia 4 de março de 2020, será feita uma revisão nos resultados do terceiro trimestre. Cabe informar que as estimativas trimestrais são ancoradas, principalmente, no desempenho das atividades econômicas, até por disporem de mais informação conjuntural, e que essas não sofrerão alterações significativas.
Nos sistemas estatísticos em todo o mundo a revisão de dados faz parte do processo. Revisões do trimestre anterior estão previstas na metodologia das Contas Trimestrais, como citado a seguir: “Caso tenha ocorrido mudanças relevantes, as Contas Trimestrais do trimestre imediatamente anterior podem ser revistas em divulgação posterior, com a substituição de projeções anteriores pelos dados realizados e a introdução de alguma revisão de dados fornecidos pelas pesquisas conjunturais do IBGE ou de outros órgãos.” - Série de Relatórios Metodológicos, volume 28, Contas Nacionais Trimestrais, ano de referência 2010, 3º edição.
Ainda não houve a incorporação da revisão das exportações, uma vez que essa foi publicada na véspera da divulgação dos resultados das contas nacionais trimestrais do terceiro trimestre.
Diretoria de Pesquisas do IBGE
04 de dezembro de 2019
Esclarecimentos a respeito da matéria do Financial Times sobre dados econômicos brasileiros
Na terça-feira, 3/12/2019, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia anunciou uma revisão nos dados relativos as exportações para os meses de Setembro, Outubro e Novembro de 2019. A revisão ocorre em função de um erro de programação no sistema mantido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
Nesse contexto, repercutiu na imprensa brasileira a matéria do jornal britânico Financial Times, com título "Falha em dados econômicos brasileiros preocupa analistas".
Ao contrário do que alguns sites brasileiros noticiaram, o Financial Times não apontou manipulação de dados, e sim um contexto de precarização técnica.
Nas palavras dos analistas ouvidos pelo jornal "não existe suspeita de que os dados foram manipulados" e "o mais provável é que a explicação real seja que o Ministério da Economia (...) tenha caído vítima das medidas de corte de custo que ele mesmo decretou. 'As contratações estão congeladas e muita gente está se aposentando, e por isso eles estão sobrecarregados' ”.
Cabe esclarecer que órgãos do Governo Federal como Banco Central, Secretaria de Comércio Exterior e IBGE possuem uma longa tradição na divulgação de dados estatísticos. A excelência desse trabalho é reconhecida nacional e internacionalmente. A construção da robustez dessas informações produzidas pelo Estado brasileiro só foi possível pela competência e dedicação de servidores comprometidos com a função pública.
Embora não seja o produtor dos dados impactados pela falha de programação, o IBGE foi afetado pelo erro, na condição de usuário da informação, uma vez que os dados da Secex são utilizados para apuração do PIB pelo IBGE.
A acusação de manipulação de dados, incompetência ou mesmo negligência em uma revisão de dados constitui pura leviandade e um imenso desrespeito aos servidores desses órgãos, principalmente em tempos em que toda a produção de conhecimento sofre ataques cotidianos.
As divulgações trimestrais do PIB pelo IBGE são sempre provisórias, passando regularmente por revisões posteriores - procedimento absolutamente normal e saudável. Nesse sentido, a correção dos dados da Secex deve ser avaliada e os ajustes necessárias feitos nos dados do PIB.
Embora não recaia sobre o IBGE nenhuma suspeita ou dúvida sobre a capacidade técnica, o ocorrido nos causa preocupação.
A falha nos dados da Secex pode ser resultado do processo da precariedade orçamentaria e do desmonte do quadro de pessoal dos órgãos técnicos, processo que também vitima o IBGE e representa um risco real ao sistema estatístico nacional. Além disso, é preciso lembrar que o governo pretende privatizar o Serpro e a destruição do órgão serve a esse propósito.
Como aponta o próprio Financial Times, o Brasil é referência internacional em qualidade dos dados. Esse é um patrimônio que deve ser defendido.
ASSIBGE - Sindicato Nacional
| Folha de S. Paulo (publicado em 04-12-2019) | | | | O preço da liberdade é a eterna vigilância. O alerta de Thomas Jefferson nunca foi tão atual. Cochilou, o cachimbo cai. Não dá para relaxar um só minuto no Brasil, pois os "monstros do pântano" conspiram diariamente contra o povo. O mais novo golpe? Uma tentativa de resgatar o nefasto imposto sindical, e ainda conceder mais poderes aos sindicatos! O deputado Paulo Eduardo Martins explica:
O deputado, que teve grande mérito no fim do imposto sindical aprovado durante o governo Temer, lamentou: "Se a PEC 196/2019 passar, jamais uma reforma estruturante ou o uma legislação liberalizante será aprovada no Brasil. Os sindicatos de esquerda terão dezenas de bilhões para nos destruir". Eis um trecho do projeto:
Ninguém poderia achar que derrotar as máfias sindicais seria missão tranquila em nossa "república sindical", mas há limites. E é preciso atenção máxima da sociedade, organização e pressão contra essa gente. Basta ver o que aconteceu na Alesp nesta quarta, com o deputado estadual Arthur "mamãefalei" do Val sendo agredido ao afirmar, bravamente, que acabaria com as "mamatas" dos sindicatos:
O deputado explicou depois o que aconteceu:
Como fica claro, os ratos sindicalistas não vão largar o osso docilmente. Isso nunca foi uma opção. Quando eles chegam para a agressão, porém, fica mais explícito o que está em jogo. O perigo maior é quando chegam como répteis, rastejando na encolha, sem barulho, sem tumulto, e metem o veneno por meio de uma PEC que quase passa despercebida. Todo cuidado é pouco!
| Gazeta do Povo | | | | O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do terceiro trimestre, divulgado na terça-feira pelo IBGE, só incorporará as revisões de dados das exportações brasileiras na divulgação do fechamento do ano, prevista para o dia 4 de março de 2020. No entanto, não deve haver mudança significativa no desempenho da atividade econômica do período, acredita o instituto.
“O panorama não vai mudar em nada. Não muda a avaliação conjuntural. O PIB vai continuar a crescer por conta do consumo das famílias e da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB)”, garantiu Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
A explicação do IBGE foi feita após a publicação de um artigo do jornal britânico Financial Times, que colocou em xeque a divulgação dos dados do governo. Sob o título “Falha nos dados econômicos brasileiros desperta preocupações entre analista”, o texto questionava a confiabilidade das estatísticas em decorrência das recentes revisões feitas pelo Ministério da Economia sobre os dados das exportações – que poderiam levar a uma revisão também do resultado do PIB.
O que aconteceu. Em 28 de novembro, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia anunciou uma revisão dos dados das exportações brasileiras em novembro. As exportações somaram US$ 13,498 bilhões até a quarta semana, e não US$ 9,681 bilhões, como informado originalmente pela Secex, uma diferença de US$ 3,817 bilhões. Após a correção, o saldo da balança comercial no mês passou de um déficit de US$ 1,099 bilhão para um superávit de US$ 2,717 bilhões. Na segunda-feira, o órgão voltou a retificar informações anteriores, desta vez os dados de setembro e outubro.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ontem que as revisões em um curto espaço de tempo geram insegurança e desconfiança do investidor. Maia acrescentou, porém, que não estava questionando o mérito das decisões, mas destacou que o problema é o tempo entre as revisões. “O problema é que uma decisão no fim de setembro e outra no início de dezembro geram no mínimo desconfiança e insegurança”, disse o deputado.
| Tribuna PR ( publicado em 04-12-2019) | | | | A partir de 6 de janeiro do ano que vem, os juros do cheque especial sofrerão uma forte redução graças a uma decisão governamental. O Conselho Monetário Nacional definiu, em 27 de novembro, que esta modalidade de crédito não poderá cobrar juros maiores que 8% ao mês, o que equivale a 151,8% anuais. Hoje, os juros do cheque especial podem chegar a 300% ao ano, ou 12% mensais em média.
A imposição de um teto para os juros neste caso gerou uma série de críticas, incluindo a de que se trata de medida pouco liberal, e por isso contrária ao ideário defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto – que, no entanto, defendeu a decisão.
O diagnóstico feito pelo governo para embasar sua decisão no fato de haver uma “falha de mercado”, como alegado em nota emitida pelo Banco Central, não deixa de ser acertado. O mercado bancário brasileiro é dominado por algumas poucas empresas – como, aliás, ocorre em diversas outras áreas, da aviação às telecomunicações –, o que atenua os efeitos benéficos de um ambiente de competição.
O cheque especial, que é de longe a mais cara das modalidades de crédito no Brasil, é usado principalmente pelos clientes mais pobres e com menor educação financeira, aqueles que desconhecem outras opções oferecidas pelos bancos e que não cobram os mesmos juros do cheque especial.
Campos Neto afirmou que os mais ricos gozam de um “luxo” ao terem limite de cheque especial sem necessariamente usá-lo – e a decisão do CMN inclui, também, uma tarifa que os bancos poderão cobrar de quem tem limites de cheque especial superiores a R$ 500, ainda que nunca usem esse crédito. Esta cobrança, que é uma forma de atenuar o impacto da limitação dos juros, foi citada pelo presidente do BC para afastar as críticas de que estaria havendo “tabelamento” de juros.
O cheque especial é usado majoritariamente pelos clientes mais pobres e com menor nível de informação
Esta Gazeta do Povo não adota a posição libertária que rechaça qualquer restrição à liberdade econômica, pois entende que a atividade econômica envolve situações em que existe impacto sobre a própria dignidade do indivíduo e que podem justificar uma ação estatal.
É o caso, por exemplo, da miséria extrema, que justifica ações de teor redistributivo, a exemplo do Bolsa Família – uma política que não deixa de ter um cunho liberal. No caso do cheque especial, estão em jogo situações que podem levar à ruína financeira de muitas pessoas. Não estamos falando, aqui, de uma pessoa bem informada, que toma decisões conscientes que terão consequências catastróficas sobre seu patrimônio.
Como já afirmamos, o cheque especial é usado majoritariamente pelos clientes mais pobres e com menor nível de informação, ou seja, que estão claramente em situação de assimetria diante dos bancos, podendo entrar em uma espiral de endividamento da qual não têm como escapar. É a dimensão dos juros praticados neste caso que pode embasar uma intervenção, como no caso do teto adotado pelo Conselho Monetário Nacional.
A pergunta que se coloca a seguir é se a imposição do teto de juros é a melhor solução, pois ela não deixa de ser uma limitação à liberdade econômica. O princípio da proporcionalidade sempre nos obriga a questionar se não existem outras ações, menos restritivas, que podem ser tomadas para se atingir o mesmo objetivo.
O incentivo à educação financeira, que permitiria aos cidadãos conhecer outras modalidades de crédito mais baratas, para evitar a armadilha do cheque especial, é medida que rende frutos no médio a longo prazo. Mas, no curto prazo, os bancos estatais não poderiam, por exemplo, puxar voluntariamente para baixo os juros do cheque especial até patamares aceitáveis? É o tipo de decisão de mercado que conquistaria mais clientes, compensando na escala o que o banco deixaria de ganhar na margem. Os bancos e as entidades que os representam costumam responder citando fatores como inadimplência, peso da tributação, altos custos administrativos, depósitos compulsórios e outros itens ligados à regulação, e que inviabilizariam uma redução tão grande dos juros.
Aparentemente, o CMN não endossa essa explicação – até porque, se esses fatores efetivamente impedissem juros mais baixos que os atuais, não haveria “falha de mercado” alguma e a intervenção seria claramente abusiva.
Não há como negar que há inadimplência e hiper-regulação, mas, na avaliação das autoridades, elas não seriam a causa determinante e inescapável dos juros atuais; o mais provável, nesta leitura, é que tenha ocorrido certa acomodação nos patamares atuais, satisfatórios para todos os concorrentes, mas que não deixariam de ser abusivos, justificando, assim, uma ação mais enfática, enviando a mensagem de que os juros atuais são inaceitáveis, enquanto se busca outras maneiras de viabilizar juros mais baixos sem recorrer a grandes intervenções.
A imposição de um teto de juros, mesmo com a compensação da tarifa, não é a mais perfeita das medidas; o país tem longo histórico de tentativas de reduzir custos e impor pisos ou tetos por decisão governamental e que terminaram mal.
Mas, na constatação de uma “falha de mercado”, uma ação emergencial pode, eventualmente, ser justificada, desde que não sirva como um “novo normal” a partir do qual nada mais seja feito. A equipe econômica tem de dedicar sua atenção aos fatores que alimentam o spread bancário e estimular a concorrência no mercado financeiro, principalmente com a chegada das fintechs, enquanto a população adquire mais noções de educação financeira, a ponto de compreender que o cheque especial é uma opção de emergência, e não uma alternativa convencional de crédito; assim, medidas deste tipo se tornarão completamente desnecessárias.
| Gazeta do Povo ( publicado em 04-12-2019) | | | | O Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) subiu 4,94% em novembro ante outubro, informou nesta quarta-feira, 4, a instituição. O indicador passou de 194,65 pontos para 204,27 pontos.
Para efeito de comparação, o BC também divulga em seu documento o indicador internacional de commodities, o CRB, que avançou 6,71% na mesma relação mensal.
A alta do IC-Br na margem em novembro foi resultado direto do avanço dos três segmentos que compõem o indicador: Agropecuária (+6,09%), Metal (+0,23%) e Energia (+5,57%).
Em Agropecuária estão incluídos itens como carne de boi, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz e carne de porco. Já o segmento de Metal reúne alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel. Por sua vez, em Energia estão inclusos os preços de gás natural, carvão e petróleo.
No acumulado do ano até novembro, o IC-Br exibe alta de 5,44%, com Agropecuária em alta de 7,56%, Metal com elevação de 3,07% e Energia com queda de 0,47%. O CRB no período avançou 7,77%.
Em 12 meses até novembro, o indicador do BC mostra alta de 5,88%, com Agropecuária em alta de 10,68%, Metal com elevação de 6,02% e Energia com baixa de 8,15%. CRB do mesmo período avançou 10,19%.
| Tribuna PR ( publicado em 04-12-2019) | | | | Depois de registrar saídas líquidas de US$ 8,494 bilhões em outubro, o País fechou o mês de novembro com fluxo cambial negativo de US$ 5,691 bilhões, informou nesta quarta-feira, 4, o Banco Central.
No canal financeiro, houve saída líquida de US$ 7,301 bilhões no mês passado, resultado de aportes no valor de US$ 44,601 bilhões e de retiradas no total de US$ 51,903 bilhões. Este segmento reúne investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.
No comércio exterior, o saldo de novembro ficou positivo em US$ 1,610 bilhão, com importações de US$ 13,581 bilhões e exportações de US$ 15,191 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 2,502 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 4,108 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 8,582 bilhões em outras entradas.
Semana de 25 a 29 de novembro
De acordo com o BC, o fluxo cambial da semana passada (de 25 a 29 de novembro) ficou negativo em US$ 4,532 bilhões. Houve saída líquida de dólares do País em todos os dias da semana.
No período, ocorreu saída líquida pelo canal financeiro de US$ 4,664 bilhões, resultado de aportes no valor de US$ 13,587 bilhões e de envios no total de US$ 18,251 bilhões.
No comércio exterior, o saldo ficou positivo em US$ 132 milhões no período, com importações de US$ 4,679 bilhões e exportações de US$ 4,811 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 757 milhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 1,410 bilhão em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 2,644 bilhões em outras entradas.
Acumulado no ano
O fluxo cambial do ano até 29 de novembro (último dia útil do mês) está negativo em US$ 27,156 bilhões, informou o BC. Em igual período do ano passado, o resultado era positivo em US$ 11,761 bilhões.
No acumulado do ano até 29 de novembro, a saída líquida de dólares pelo canal financeiro foi de US$ 42,337 bilhões. Este resultado é fruto de aportes no valor de US$ 499,171 bilhões e de envios no total de US$ 541,508 bilhões.
No comércio exterior, o saldo anual acumulado ficou positivo em US$ 15,181 bilhões, com importações de US$ 162,761 bilhões e exportações de US$ 177,942 bilhões. Nas exportações estão incluídos US$ 29,769 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 49,463 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 98,710 bilhões em outras entradas.
| Tribuna PR (publicado em 04-12-2019) | | | | O dólar chegou a ensaiar queda mais forte nesta quarta-feira, 4, mas perto do fechamento o movimento perdeu fôlego, assim como ontem. Mesmo assim, a moeda americana fechou a R$ 4,2023 (-0,08%), a terceira queda seguida.
A perspectiva de aceleração da atividade, hoje alimentada pela divulgação da produção industrial de outubro, com alta de 0,8%, ajudou a estimular as vendas de dólares. O cenário externo hoje mais favorável, por conta de notícias de que Estados Unidos e China estão mais próximos de um acordo comercial, também contribuiu para enfraquecer o dólar ante divisas de países emergentes.
O dólar chegou a cair para R$ 4,18 na mínima do dia, mas o movimento perdeu fôlego, assim como ontem, perto do fechamento e a moeda voltou para o nível de R$ 4,20. Segundo um gestor, como a avaliação é que a moeda americana deve permanecer neste patamar por agora, quando recua abaixo de R$ 4,20, atrai compradores.
Na avaliação de José Faria Junior, diretor da Wagner Investimentos (WIA), o enfraquecimento da moeda americana levou o real ao que é considerado o primeiro suporte, de R$ 4,18. “Aí chama comprador, afinal, da máxima de quase R$ 4,28 na semana passada, para esses R$ 4,18 são pouco mais de 2% de desvalorização em poucos dias”, ressalta.
De acordo com o profissional, a configuração do dólar para o curto prazo é de baixa – até porque há uma espera pelo dia 15 de dezembro, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, define os rumos da guerra comercial. Nesse sentido, diz Junior, se a moeda se mantiver abaixo dos R$ 4,22 por alguns dias, há mais chance de ir para perto dos R$ 4,15, tendo como grande suporte os R$ 4,10. Para o profissional da WIA, o pregão de hoje sofreu influência de uma sequência de dados positivos da economia chinesa, em especial, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês).
“O dólar caiu após uma melhora no otimismo de que EUA e China cheguem a um acordo comercial. Essa disputa limitou o crescimento da economia brasileira e trouxe efeitos colaterais, como as tarifas de aço e alumínio nos EUA”, afirma o analista de mercado financeiro da Oanda, Alfonso Esparza. Hoje, os dados da produção industrial reforçaram a visão de que o PIB brasileiro está em aceleração. JPMorgan e Morgan Stanley estão entre os bancos estrangeiros que melhoraram a previsão de crescimento para o Brasil.
Hoje o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a tocar no tema do câmbio. Em entrevista ao site O Antagonista, ele falou que o Brasil seguirá com o real mais desvalorizado. De acordo com o diretor da WIA, quando diz isso, o ministro deve entender que acima de R$ 4,00 já é um nível mais alto. “Neste ano o dólar no exterior não parou de subir – estando agora apenas a 2% da máxima anual -, mas se e quando as condições lá fora mudarem, também haverá reflexo por aqui.”
| Tribuna PR ( publicado em 04-12-2019) | | | | A guerra comercial entre a China e os Estados Unidos, o enfraquecimento do comércio global e uma ampla desaceleração do crescimento econômico têm deixado em xeque o transporte aéreo de cargas no mundo. De acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), a demanda por frete aéreo, medida em quilômetros por toneladas de carga (ou FTKs), diminuiu 3,5% em outubro de 2019 na comparação com igual período do ano anterior.
Segundo a entidade, o resultado marca um começo fraco para a alta temporada de carga aérea e o décimo segundo mês consecutivo de quedas ano a ano em volumes de frete.
A oferta mundial no segmento (apurada em toneladas-quilômetro disponíveis, ou AFTK, na sigla em inglês) cresceu 2,2% na comparação anual em outubro de 2019. A capacidade cresceu acima da demanda pelo 18º mês consecutivo, apontou a Iata.
“A alta temporada de carga aérea está começando de forma decepcionante”, apontou o diretor geral e CEO da IATA, Alexandre de Juniac, que acrescentou: “A demanda deverá diminuir em 2019 de forma geral – o resultado anual mais fraco desde a crise financeira global. Tem sido um ano muito difícil para o setor de carga aérea”.
Regional
As companhias aéreas na região Ásia-Pacífico e no Oriente Médio sofreram com uma forte queda na comparação anual no volume total de frete aéreo em outubro (-5,3% e -6%, respectivamente). As companhias da América Latina (-2,6%) e Europa (-1,5%) apresentaram uma queda mais moderada na demanda.
A África foi a única região a apresenta crescimento no período, de 12,6%, sustentada pelos fortes vínculos comerciais com a Ásia.
| Tribuna PR ( publicado em 04-12-2019) | | | | Dos US$ 75 bilhões em investimentos previstos pela Petrobras no Plano de Negócios 2020-2024, cerca de 59% serão direcionados para a exploração do petróleo do pré-sal. A informação foi dada pelo diretor executivo de Exploração e Produção, durante o Petrobras Day em Nova York, encontro com analistas e investidores realizado na cidade norte-americana.
Segundo as estimativas apresentadas pela companhia, em 2020 os investimentos devem somar US$ 12 bilhões, passando para US$ 13 bilhões em 2021, US$ 15 bilhões em 2022, US$ 20 bilhões em 2023 e US$ 15 bilhões em 2024.
Ele afirma que a participação do pré-sal na produção da companhia deva passar de 63% em 2020 para 66% em 2024.
O volume total, segundo Oliveira, deve ter uma queda de 10% no próximo ano, passando de 3 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) para 2,7 milhões boed. No entanto, a produção deve voltar a crescer nos anos seguintes e chegar a 3,5 milhões de barris diárias em 2024.
A diretora executiva de Finanças e Relações com Investidores, Andrea Marques de Almeida, informa que hoje, a Petrobras tem US$ 6,6 bilhões em caixa. No que diz respeito aos custos, a meta é conseguir uma redução de 10% em dois anos, segundo a executiva, com um corte de US$ 2 bilhões em despesas corporativas neste período.
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, falou sobre o assunto durante a abertura da apresentação. Para ele, “a melhor forma de sobreviver no longo prazo é ter uma estrutura com custos baixos”.
Ele lembrou que em 2019, a dívida da companhia recuou US$ 21 bilhões, e os desinvestimentos somaram US$ 16 bilhões.
| Tribuna PR ( publicado em 04-12-2019) | | | | O principal lançamento da Volkswagen em 2020 vai se chamar Nivus. O nome foi revelado nesta quarta (4) junto com uma imagem da lateral do carro.
O estilo segue a moda: trata-se de um utilitário esportivo compacto com traseira levemente caída, que remete aos cupês. Mas, dessa vez, a proposta vai além do efeito visual.
Hatches alongados são assunto conhecido no universo Volkswagen. O mais famoso deles foi a primeira geração do Passat, produzida no Brasil entre 1974 e 1988. Esse tipo de carroceria se chama “fastback”.
Lançado em 1974, o Volkswagen Passat nacional tinha carroceria estilo “fastback”, com traseira alongada (Divulgação)
A maior vantagem está no ganho de espaço para bagagens. Pablo De Si, presidente da Volkswagen América do Sul, confirma que o porta-malas do Nivus terá mais que os 300 litros disponíveis hoje no Polo, modelo com o qual compartilha a plataforma.
As vendas do novo SUV compacto devem começar no segundo semestre de 2020. O carro será a opção intermediária entre o Polo e o T-Cross. As opções de motorização incluirão o 1.0 turbo flex (128 cv) conciliado ao câmbio automático de seis marchas.
Pelo posicionamento de mercado, o preço do Nivus deve começar em R$ 70 mil.
O grupo saúde e cuidados pessoais foi o único que teve queda na taxa. O grupo de despesas continuou registrando inflação, ao passar de 0,20% para 0,11%.
| Folha de S. Paulo (publicado em 04-12-2019) | | | | Companhia projeta crescer entre 5% e 10% no próximo ano, segundo Roberto Cortes
O cenário econômico, com avanço de 0,6% do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre deste ano, é um indicativo de que o país vive uma virada, segundo avaliação do presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Roberto Cortes.
“Reconheçamos, a política econômica está dando certo. A economia está se ajustando e se abrindo. O acordo Mercosul-União Europeia, por exemplo, foi um avanço”, disse.
“Não tenho dúvida [da virada na economia]. E o nosso setor é um bom termômetro da evolução do PIB.“
Neste ano, no acumulado de janeiro a novembro, a companhia alemã teve um crescimento de 32,3% nas vendas de caminhões, enquanto no recorte de ônibus, o avanço foi de 74%, de acordo com dados divulgados à imprensa nesta quarta-feira (4).
“É uma boa notícia para a Alemanha. São números superlativos. Óbvio que as exportações nos afetaram de alguma forma, mas no total, os nove primeiros meses deste ano, a empresa, como um todo, cresceu ao redor de 15%, em relação ao mesmo período do ano passado”, afirmou Cortes.
Hoje 80% da produção da empresa fica no mercado local, enquanto 20% é exportado. Para os próximos anos, a proposta da marca alemã é aumentar para 30% os produtos destinados ao mercado externo.
“Nosso plano de internacionalização sofre devido às tensões nos países vizinhos, mas temos um plano de chegar a 30%, com aumento de produção”, disse Cortes.
Segundo o presidente da companhia, em 2011, a Volkswagen Caminhões e Ônibus operava com três turnos diários de trabalho em seis dias da semana. O cenário mudou, em 2016, para um turno diário de trabalho em quatro dias por semana.
“Claro que nosso crescimento depende de política nacional e internacional, mas, no geral, eu vejo mais oportunidades do que riscos.”
Do total de R$ 1,5 bilhão de investimentos previstos para o período de 2017-2021, a marca alemã pretende destinar R$ 110,8 milhões para a expansão do negócio de caminhões elétricos no Brasil.
Atualmente, dois protótipos elétricos desenvolvidos pela marca já são testados pela Ambev. Em dezembro, outros 17 veículos devem ser entregues para outras empresas.
Para o próximo ano, a Volkswagen Caminhões e Ônibus projeta um crescimento entre 5% e 10%. Segundo o presidente da marca, parte desse desempenho poderá vir por parte de uma lacuna que a Ford deixará no mercado.
"Os caminhões da Volkswagen acabam sendo os sucessores naturais dos produtos Ford", disse Cortes.
| Folha de S. Paulo (publicado em 04-12-2019) | | | | Para o novo ano, empresa tem como foco a recuperação da rentabilidade
Animada com a retomada do mercado de veículos pesados, a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) comemora a nova fase do setor e espera por um novo crescimento em 2020, na faixa entre 5% e 10% no volume de vendas. A companhia estima que neste ano as vendas totais de caminhões e ônibus no Brasil devem ser 35% maiores que as de 2018, quando o país absorveu 91,1 mil unidades, sendo 76 mil caminhões e 15,1 mil ônibus.
A VWCO, que é a vice-líder do mercado de pesados, atrás apenas da Mercedes-Benz, registrou aumento de 32,3% de suas entregas entre janeiro e novembro – considerando a soma de caminhões e ônibus. Só no segmento de chassis de ônibus, a companhia elevou seus volumes em 70% no período, enquanto o mercado cresceu 40%.
“Ainda no ano passado, falávamos em um crescimento de dois dígitos para 2019, mas com esses números superlativos do mercado, o crescimento foi três vezes maior que o esperado”, analisa o CEO e presidente da VWCO, Roberto Cortes.
Confiante na retomada do setor, Cortes sublinha um ambiente mais saudável para os negócios. “Isso é fundamental para que a gente possa concluir nosso investimento de R$ 1,5 bilhão até 2021, que é 50% maior do que os ciclos anteriores”, afirma. O aporte inclui, entre outras aplicações, o desenvolvimento e lançamento da nova linha de caminhões Euro 6 da marca, que vão chegar ao mercado em 2022.
Após a consolidação global do Grupo Traton, a VWCO não divulga mais as estimativas de suas vendas para o mercado.
Sob a nova condição, Cortes, que sempre foi muito aberto às projeções ao longo dos últimos anos, se limita a dizer que a participação de mercado será uma consequência e que o foco para o ano que vem é a recomposição da margem. Historicamente, o resultado operacional da empresa foi positivo até a crise iniciar em 2014, com a queda exponencial dos volumes de vendas de caminhões e ônibus.
Aliado a isso, houve aumento dos custos operacionais (insumos, mão de obra, eletricidade), o que derrubou os números não só da companhia, mas de todos os players do mercado. “A maioria incorreu em vários anos de perdas”, lembra o executivo, que fez uma linha do tempo da crise, que durou de 2014 até a metade de 2017, quando houve uma inversão da curva até chegar a um crescimento de 44% em 2018.
Para Cortes, com o novo crescimento em 2020, há possibilidade de continuar recuperando os anos de defasagem e recompor os preços. Cortes revela que atualmente os preços estão 20% abaixo dos praticados em 2011, quando o setor de pesados atingiu recorde de vendas.
Segundo o vice-presidente de vendas, marketing e pós-venda da VWCO, Ricardo Alouche, no mundo ideal, seria necessário aumentar os preços atuais em 12%, mas aponta que é impossível adotar essa postura, uma vez que haveria grande postergação de compras, derrubando os volume de vendas. Ele conta que a VWCO já iniciou sua política de recomposição de preços em setembro, elevando a cada mês a tabela em 1%, o que inclui dezembro. Tal atitude, justifica, sinaliza ao mercado que os preços vão subir, mas de forma muito gradativa para não espantar a clientela.
MAIS PLANOS EM 2020
A aposta da VWCO em um novo crescimento total de pesados no Brasil em 2020 é baseada em fatores como o lançamento de produtos – só a marca apresentou 15 novidades durante a Fenatran, incluindo o caminhão elétrico e-Delivery, que começa a ser produzido no ano que vem e a recuperação da economia, que apesar de lenta, faz com que a indústria retome seu ritmo aos poucos.
Adicionalmente a isso, a VWCO inclui em sua estratégia reforçar o plano de internacionalização da marca que consiste em aumentar a participação das exportações a partir do Brasil dos atuais 20% para 30%.
“Vamos fazer o mesmo trabalho que fizemos aqui no Brasil, entendendo o que o cliente quer, desenvolvendo da forma que ele quer, nossa engenharia de clientes está fazendo a mesma coisa, do México até a Argentina, e a hora que esses países começarem a retomar as vendas, a gente sai com uma vantagem competitiva”, explica Cortes.
Além disso, o presidente da VWCO considera outro fator: a fatia do mercado deixada pela Ford, que encerrou sua produção de caminhões no Brasil no fim de outubro. “Os produtos VW são os sucessores naturais dos produtos Ford: eles têm plataforma semelhante, vieram juntos na AutoLatina, temos a mesma filosofia de produto e de pós-venda.”
“Esses fatores vão fazer com que possamos aumentar as vendas e eventualmente a participação de mercado. A nossa prioridade é recuperação de margem/rentabilidade. Durante o período da crise, tivemos além da queda das vendas, os preços reprimidos e aumento dos custos que ainda não foram repassados no preço. Agora, com essa retomada da economia, nossa prioridade é retomar as margens aos níveis adequados para que continuemos investindo. E se com isso vier ganho de participação ou liderança de mercado, melhor ainda”, conclui.
NOVIDADES PARA O MAN TGX E VOLKSBUS
Entre as novidades para o ano que vem, a companhia reserva algumas relacionadas ao caminhão TGX, pesado da marca MAN e que é parcialmente montado em Resende (RJ): o modelo tem 35% de peças importadas, incluindo a cabine, que já vem montada da Alemanha, e o motor.
Alouche adianta que há um plano para o aumento do índice de nacionalização de peças para o MAN TGX a partir do segundo semestre do ano que vem.
“Não podemos ficar reféns de um câmbio como o de agora”, justifica. Além disso, o executivo ressalta que a família deverá crescer e passar a oferecer mais opções além das atuais. O TGX é vendido hoje em apenas duas versões: 6x2 e 6x4.
No segmento de ônibus, a empresa anunciou que conquistou mais uma licitação para fornecer ao Caminho da Escola: serão mais 3,6 mil ônibus, dos quais 2 mil micros e 1,6 mil ônibus de 11 toneladas de PBT, todos encarroçados pela Marcopolo e Neobus. Eles serão entregues entre janeiro e novembro de 2020.
Em 2019, a marca completou o volume total de 20 mil ônibus entregues ao programa desde que foi criado, há 12 anos, e que distribui os veículos para o transporte gratuito de estudantes em diversos municípios do País.
| Automotive Business (publicado em 04-12-2019) | | | |
|
| | |
|
|