| 08 de maio de 2020
Sexta-feira
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Em 08/05/2020
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Fonte: BACEN
| | | | | Confira nessa edição os novos projetos de lei apresentados no Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.
ÍNDICE
NOVOS PROJETOS DE LEI FEDERAIS
INTERESSE GERAL DA INDÚSTRIA
REGULAMENTAÇÃO DA ECONOMIA
DIREITO DE PROPRIEDADE E CONTRATOS
Regime jurídico transitório e emergencial para a regulação dos contratos celebrados pela Administração Pública devido a pandemia
PL 2139/2020 do senador Antonio Anastasia (PSD/MG)
Prorrogação do stay period, realização virtual da assembleia de credores e suspensão dos Planos de Recuperação Judicial durante a pandemia
PL 2070/2020 do deputado Roberto Alves (Republicanos/SP)
Reconversão industrial destinada à produção de bens essenciais no enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente Covid-19
PL 2201/2020 do deputado Jorge Solla (PT/BA)
Plano Emergencial de Reconversão Produtiva (PERP)
PL 2224/2020 do deputado Alexandre Padilha (PT/SP)
MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
Instituição do Programa Nacional de Apoio as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (PRONAMPE)
PL 2084/2020 da deputada Joice Hasselmann (PSL/SP)
QUESTÕES INSTITUCIONAIS
Prorrogação do início da vigência da LGPD e operacionalização do pagamento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda
MPV 959/2020 do Poder Executivo
Suspensão das inscrições de registros de informações negativas de pessoas físicas e jurídicas no CADIN durante o período de pandemia
PL 2086/2020 do deputado Eduardo Bismarck (PDT/CE)
Suspensão de registros de protestos de títulos de dívida
PL 2146/2020 do deputado Eduardo Costa (PTB/PA)
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
BENEFÍCIOS
Pagamento do auxílio-doença diretamente pela empresa por até 120 dias com posterior compensação
PL 2175/2020 do deputado Fernando Rodolfo (PL/PE)
Salário maternidade em caso de adoção
PL 2244/2020 do deputado Alexandre Frota (PSDB/SP)
FGTS
Saque do FGTS devido a pandemia de COVID-19
PL 2103/2020 do deputado Alan Rick (DEM/AC)
RELAÇÕES INDIVIDUAIS DO TRABALHO
Regulamentação do 'limbo previdenciário'
PL 2260/2020 do senador Fabiano Contarato (REDE/ES)
Responsabilização das empresas pela infraestrutura e pelos acidentes de trabalho no trabalho remoto
PL 2251/2020 do deputado Cleber Verde (Republicanos/MA)
CUSTO DE FINANCIAMENTO
Dispensa de observância pelas instituições financeiras públicas de certidões para contratações e renegociações de crédito durante a calamidade
MPV 958/2020 do Poder Executivo
Uso temporário do resultado do Bacen para ações de enfrentamento da calamidade
PL 2184/2020 do deputado Paulo Teixeira (PT/SP)
INFRAESTRUTURA
Regras transitórias para os prestadores de serviço público de abastecimento de água e esgotamento sanitário durante a pandemia
PL 2072/2020 do deputado Geninho Zuliani (DEM/SP)
Redução das tarifas das concessionárias e permissionárias do serviço público de distribuição de energia elétrica em 50% durante 2020
PL 2131/2020 do deputado Dr. Sinval Malheiros (PODE/SP)
Faturamento da demanda de energia elétrica dos consumidores atendidos em alta tensão limitado à demanda medida
PL 2132/2020 do deputado Hercílio Coelho Diniz (MDB/MG)
Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE)
PL 2215/2020 do deputado Beto Pereira (PSDB/MS)
Suspensão dos vencimentos das faturas de água e esgoto, energia elétrica, gás canalizado, telefonia fixa e móvel e internet por noventa dias ou enquanto durar a pandemia da Covid-19
PL 2219/2020 do deputado Weliton Prado (PROS/MG)
Vedação da suspensão de serviços essenciais durante a crise de saúde pública decorrente da COVID/19
PL 2269/2020 do deputado Luis Miranda (DEM/DF)
SISTEMA TRIBUTÁRIO
CARGA TRIBUTÁRIA, CRIAÇÃO DE TRIBUTOS E VINCULAÇÃO DE RECEITAS
Cobrança dos tributos devidos por substituição tributária após a ocorrência do fato gerador presumido
PLP 115/2020 do deputado Luis Miranda (DEM/DF)
Desoneração da contribuição previdenciária patronal e concessão de crédito fiscal
PL 2073/2020 do deputado Eduardo Costa (PTB/PA)
Utilização integral do prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSLL em 2020 devido ao coronavírus
PL 2128/2020 do deputado Eduardo Costa (PTB/PA)
Instituição do Plano Especial de Regularização Tributária por força de Calamidade Pública (PERTCP) devido ao coronavírus
PL 2169/2020 do deputado Alexis Fonteyne (NOVO/SP)
Prorrogação da desoneração da folha para o setor de serviços
PL 2256/2020 do deputado Laercio Oliveira (PP/SE)
DESONERAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES
Prorroga, extraordinariamente, os prazos de suspensão do pagamento de tributos previstos nos atos concessórios do drawback
MPV 960/2020 do Poder Executivo
OBRIGAÇÕES, MULTAS E ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIAS
Dedução de doações para enfrentamento do coronavírus
PL 2127/2020 do deputado Eduardo Costa (PTB/PA)
Cessão de créditos tributários a terceiros
PL 2209/2020 do deputado Eduardo Costa (PTB/PA)
INTERESSE SETORIAL
INDÚSTRIA AEROESPACIAL E DE DEFESA
Autorização para União adquirir o controle acionário da Embraer
PL 2195/2020 do senador Jaques Wagner (PT/BA)
INDÚSTRIA DE PRODUTOS DE HIGIENE E LIMPEZA
Distribuição obrigatória de máscaras aos trabalhadores, clientes ou consumidores
PL 2118/2020 do deputado Alexandre Frota (PSDB/SP)
NOVOS PROJETOS DE LEI ESTADUAIS
AÇÕES DE COMBATE AO COVID-19
Determinação do uso de máscaras em ambientes de uso coletivo no território do Paraná
PL 247/2020, de autoria do Deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), Deputado Tercílio Turini CIDADANIA), Deputado Alexandre Curi (PSB)
Obrigação por parte das concessionárias de serviços públicos do Estado do Paraná a renegociar a dívida de pessoas físicas e jurídicas
PL 253/2020, de autoria do Dep. Arilson Chiorato (PT)
Determinação do uso de máscaras aos funcionários, servidores e colaboradores em estabelecimentos públicos e privados que tenham contato direto com o público
PL 254/2020, de autoria do Deputado Michele Caputo (PSDB)
Obrigação do uso de máscaras de proteção em estabelecimentos que atua com manipulação e serventia de alimentos
PL 256/2020, de autoria do Dep. Cobra Repórter (PSD)
Criação da Força Estadual de Saúde do Paraná
PL 257/2020, de autoria dos Deps. Michele Caputo (PSDB), Deputado Douglas Fabrício (Cidadania), Deputado Boca Aberta Junior (PROS), Deputado Goura (PDT), Luciana Rafagnin (PT), Deputada Cantora Mara Lima (PSC), Deputado Alexandre Amaro (REPUBLICANO), Deputado Tercílio Turini (CIDADANIA), Deputado Gilson de Souza (PSC), Deputado Delegado Francischini (PSL), Deputado Evandro Araujo (PSC), Deputado Luiz Fernando Guerra (PSL), Deputado do Carmo (PSL), Deputada Mabel Canto (PSC), Deputado Emerson Bacil (PSL), Deputado Nelson Luersen (PDT), Deputado Jonas Guimarães (PSB), deputado Soldado Fruet (PROS), Deputado Subtenente Everton (PSL), Deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), Deputado Delegado Jacovós (PL), Deputado Delegado Fernando Martins (PSL), Deputado Coronel Lee (PSL), Deputada Cristina Silvestri (CIDADANIA), Deputado Delegado Recalcatti (PSD)
Decretação de estado de calamidade pública em decorrência do Covid-19 nos municípios que especifica
PDL 06/2020, de autoria da Comissão Executiva
Decretação de estado de calamidade pública em decorrência do Covid-19 nos municípios que especifica
PDL 07/2020, de autoria da Comissão Executiva
QUESTÕES INSTITUCIONAIS
Proibição da cobrança do uso de água e energia elétrica de hospitais públicos, hospitais e clinicas filantrópicas e clinicas de hemodiálise ligada ao Sistema Único de Saúde
PL 250/2020, de autoria do Dep. Alexandre Curi (PSB), Deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), Deputado Tercílio Turini (CIDADANIA)
| Sistema Fiep | | | | O SINDIMETAL/PR divulga tabela contendo as Medidas emergenciais anunciadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal atualizada conforme levantamento realizado pela Coordenação de Relações Governamentais da Fiep, sendo incluídas as seguintes informações:
Abaixo segue link para acesso ao conteúdo completo das informações
GOVERNO FEDERAL
Decreto nº 10.342, de 7 de maio de 2020, do Poder Executivo. Altera o Decreto nº 10.282, de 20 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, para definir os serviços públicos e as atividades essenciais.
GOVERNO ESTADUAL
Lei nº 20.199, de 5 de maio de 2020, do Poder Executivo. Estabelece norma geral sobre execução indireta de serviços, extingue, ao vagar, cargos conforme especifica, e dá outras providências.
Instrução Normativa nº 002/2020 – DTD, do Departamento de Trânsito do Paraná - DETRAN/PR. Estabelece os requisitos de segurança da informação a serem cumpridos pelas plataformas de ensino remoto, para efeito de homologação pelo DETRAN/PR".
Portaria nº 024/2020 – DG, do Departamento de Trânsito do Paraná - DETRAN/PR. Autoriza a realização das aulas técnico-teóricas do Curso de Formação de Condutores na modalidade de ensino remoto, consoante a Deliberação nº 189/2020 do CONTRAN, enquanto durar a emergência de saúde pública decorrente da pandemia de COVID-19.
Resolução SESA nº 632/2020, da Secretaria de Estado da Saúde. Dispõe sobre medidas complementares de controle sanitário a serem adotadas para o enfrentamento da COVID-19.
Resolução SESA nº 653/2020, da Secretaria de Estado da Saúde. Estabelecer de forma excepcionalíssima o regime e a rotina de trabalho de todos os servidores que atuam nas Unidades da Secretaria de Estado da Saúde para o enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus e COVID-19.
GOVERNO MUNICIPAL
Decreto nº 604, de Curitiba. Dispõe sobre o fornecimento de “kit alimentação” para os pais ou responsáveis das crianças e estudantes matriculados na Rede Municipal de Ensino, durante o período de Pandemia
Decreto nº 044, de Rio Negro. Dispõe sobre a autorização do funcionamento das feiras livres no município, conforme especifica.
| Sistema FIEP | | | | Com o avanço tecnológico, o uso da simulação virtual estará cada vez mais presente no ambiente de negócios e no dia a dia das pessoas
Um dos pilares fundamentais da indústria 4.0, a simulação virtual agrega conceitos de Big Data, Machine Learning, Metodologia Lean e Inteligência Artificial que, através de experiencias simuladas, identifica pontos de melhorias em processos, prevê falhas e problemas de produção, propõe soluções, testa hipóteses e verifica relações de causa e efeito de diversas estratégias de negócio.
Neste momento complicado de distanciamento social, devido à pandemia da COVID-19, o apelo maior é, de forma objetiva, recriar estratégias, procedimentos e comportamentos para auxiliar o processo de tomada de decisão. Assim, a simulação virtual poderia, por exemplo, auxiliar a reproduzir diversos cenários de enfrentamento à pandemia em um ambiente hospitalar, simulando toda a complexidade do ambiente e permitindo um estudo minucioso das relações de causa e efeito da utilização de diversas estratégias de enfrentamento à doença.
Neste cenário, em qualquer empresa, todas as iniciativas a serem implementadas trazem consequências para o negócio de maneira direta ou indireta, podendo ser positivas ou não. E tomar decisões cujas consequências não surtam o efeito desejado ou não estejam alinhadas aos objetivos do negócio, pode custar caro, principalmente em um mundo em que as informações viajam na rede em altíssimas velocidades e novidades surgem a todo momento.
O emprego da simulação virtual é de extrema importância para o processo de tomada de decisão, uma vez que a simulação permite que o gestor tenha pleno entendimento dos efeitos que determinadas estratégias podem causar e então decidir quais métodos implementar e quais descartar.
Vislumbrando assim o melhor cenário de crescimento, alinhado as estratégias da empresa e ainda, com sua capacidade de visão facilitada, é capaz de identificar e gerenciar melhor os riscos do negócio, evitando consequências inesperadas: como gastos excessivos, erros ou retrabalhos.
Portanto, ficam evidentes os benefícios do emprego da simulação virtual, que pode ser realizada remotamente, sem prejuízo no seu resultado, para auxiliar os gestores, onde dificilmente uma mesma decisão tomada para resolver um problema será adequada para solução de outro.
Além disso, funcionam em programas de treinamento e aperfeiçoamento de competências, habilidades e até atitudes, uma vez que possibilitam treinamentos práticos, liderados e acompanhados por equipes especializadas, onde um ambiente e suas condições são simulados para estimular o comportamento adequado do colaborador frente a determinada situação.
O principal diferencial do uso dessa tecnologia para a formação de novos profissionais aptos e qualificados para tomar decisões rápidas e precisas, é a sensação de presença que provoca, estimulando o cérebro a intuir que está realmente imerso no contexto do ambiente simulado.
A simulação virtual permite que o usuário interaja com todos os elementos de um cenário, fazendo do treinamento uma verdadeira experiência com a possibilidade de manipular e entender como funciona determinado processo ou produto em sua totalidade e por todos os ângulos, como se estivesse fisicamente no ambiente simulado.
A simulação, certamente, exemplifica o enorme potencial de transformação da indústria 4.0, possibilitando processos de melhorias contínuas, teste de hipóteses, constantes reduções de desperdícios e melhoria de resultados através de uma nova e completa experiência simulada, sem que seja necessário prejudicar a rotina diária, além de mitigar riscos inerentes à tomada de decisões.
Inclusive este pode ser o momento ideal para realizar esses procedimentos de simulação e, na retomada dos negócios, estar à frente da concorrência, com o go to market de novos produtos e serviços, já testados, simulados e corrigidos.
A área de vendas é uma das que mais pode se beneficiar do alcance dessa experiencia, simulando ao consumidor todas as sensações e experiências de determinado produto antes da compra, despertando o desejo unânime de aquisição do produto.
Sua empresa está preparada para esse novo cenário, com inúmeras possibilidades que surgirão após a pandemia?
*Leonel Nogueira é CEO da Global TI
| Brasil 4.0 | | | | O presente texto tem como objetivo explicar como a Cibersegurança na Industria 4.0 tem mostrado, na prática, sua importância durante a pandemia do Covid-19, bem como, apresentar como este período pode ser utilizado como estratégia competitiva. No momento de grandes crises que observamos a ocorrência das grandes revoluções. Isto porque o ser humano é obrigado a deixar sua zona de conforto em busca de se adaptar para poder superar algum desafio antes inexistente ou transparente a nossa realidade.
O Coronavírus já tornou realidade algumas úteis mudanças que antes eram subutilizadas, destaco entre estas, o home office, o trabalho remoto e a videoconferência. Apenas estas novas realidades já são o suficiente para realmente termos um marco de virada de século. Porém, toda revolução traz benefícios e implicações, e no caso dos exemplos acima, isto não é diferente.
Para sobreviverem à nova realidade introduzida por esta pandemia, as empresas se reorganizaram, necessitando menos espaço físico para realizarem suas operações administrativas. Com isto, em menos de dois meses, surgiu um movimento de devolução de espaços imobiliários locados, levando o mercado imobiliário a revisitar seu modelo de negócio, já que este é apenas o início de um processo advindo de uma nova cultura que está se enraizando.
E quanto a Indústria 4.0 e a tão esperada revolução que estava acontecendo no momento que a pandemia se estabeleceu?
Antes de mais nada, é importante deixar claro que o Brasil largou atrasado em mais essa corrida. Países como China, Alemanha e Coreia do Sul, não apenas largaram bem na nossa frente, como reservaram investimentos bem mais consideráveis que o da indústria nacional brasileira. Mesmo começando atrasada e com tímidos investimentos, era crescente o número de empresas no Brasil que estavam em busca deste avanço, até mesmo para se manterem competitivas. Isso pode ser facilmente verificado pelas Consultorias, que passaram a ser demandadas em novos projetos e iniciativas referentes ao tema.
Porém, diferente de outras revoluções que surgiram em momentos de grandes crises, pelo menos neste primeiro momento, a tão esperada Quarta Revolução Industrial foi impactada de forma negativa. Investimentos e esforços foram focados no combate à doença que passou a se alastrar muito rapidamente pelo mundo, ameaçando não apenas os negócios, mas principalmente, a vida humana.
Neste momento de incertezas e comoção mundial, em função dos novos desafios, os esforços referentes a Industria 4.0 foram deixados ainda mais em segundo plano. Para aprofundamento do tema Indústria 4.0, no que se refere aos seus conceitos e desafios, sugiro a leitura do artigo “Indústria 4.0 – A indústria conectada ao mundo virtual: conceitos e desafios”, em nosso blog. Até o momento pré-pandemia, as principais tecnologias buscadas dentro do contexto da Indústria 4.0 eram: a análise de big data, monitoramento, controle remoto da produção, digitalização e robótica.
E a questão da Cibersegurança?
Nos anos de 2018 e 2019, precisei declinar mais da metade das concorrências que participei, pois o tema Cibersegurança, não é opcional nos projetos que realizo referente a Indústria 4.0. Não foram poucos os projetos que durante a análise de custo, o cliente sugeriu cortar o item cibersegurança, por considerar pouco significativo.
Entendo que por boa parte da população ainda ter dúvidas quanto a relação custo benefício deste tema, esta seja uma decisão a ser considerada, porém, não medimos esforços em tentar esclarecer essas empresas de um novo e obscuro mundo do cibercrime que está cada vez mais real, trazendo para estes os riscos que surgem com a indústria conectada. Produção, controle de qualidade, planejamento, e engenharia de desenvolvimento de novos produtos, são algumas das áreas que podem se beneficiar dentro das indústrias.
Porém, isso pode trazer novos riscos não apenas às áreas industriais, mas à boa parte das áreas administrativas, já que a interconexão dos sistemas fabris com os ERPs (Enterprise Resource Planning) sem uma adequada estruturação e cyber proteção, pode trazer sérios prejuízos para as companhias. A realidade de indústrias mais informatizadas e agora mais conectadas, cria um interessante alvo para criminosos.
Quando o assunto é suportar a Indústria 4.0, estas empresas de maneira geral, estão cientes da importância em investir em cibersegurança e, na sua grande maioria, acreditam não possuir uma adequada infraestrutura de tecnologia da informação para desenvolver esta revolução.
O que tem acontecido com a Indústrias 4.0 durante a Pandemia?
Apesar de ser pouquíssimo divulgado, até por uma questão estratégica e de segurança das empresas, estão sendo grandes os números de casos de ciberataques a estas indústrias nos últimos meses, desde o início da pandemia. Fomos contatados por indústrias de ramos variados que tiveram equipamentos “digitalmente sequestrados”, produção paralisada, e sistemas administrativos (ERPs) comprometidos.
Nestas situações, até que se determine de maneira segura por onde veio a invasão, o que foi comprometido e se o ambiente está realmente seguro novamente, é normal a necessidade de paralização de todos os sistemas, a fim de, tentar impossibilitar novos comprometimentos e, principalmente, blindar o negócio. Como tenho explicado aos responsáveis por estas empresas: “a pandemia tem sido o melhor professor para demonstrar na prática a necessidade da cibersegurança na indústria 4.0”.
Neste panorama, vemos indústrias que estruturaram a sua infraestrutura de tecnologia da informação para tratar o tema, reportando o aumento de tentativas de invasão e a resposta adequada de seus sistemas. Mas também vemos indústrias que não levaram o tema “cibersegurança” a sério, solicitando soluções milagrosas, “Plug and Play”, para resolver os problemas.
Estes exemplos, ressaltam a importância de projetos de infraestrutura de TI, bem estruturados e continuamente amadurecidos, já que não existe solução única que se adeque a todas as indústrias e é justamente a análise de caso a caso, que possibilita uma blindagem eficaz que minimiza os riscos, já que a atualização das estratégicas de ciberataques evoluem constantemente. ]
Precisamos parar com o desenvolvimento da Indústria 4.0 durante a pandemia?
Os Sistemas ciber-físicos (do inglês Cyber-Physical Systems, ou CPS), viabilizam que sensores, robôs industriais, controladores, bancos de dados, entre outros, comunicam entre si. Estes sistemas são uma combinação de infraestrutura física e virtual de produção e possibilitam, inclusive, que cada um dos itens acima, possam ser monitorados e controlados automaticamente.
Se a modernização da infraestrutura física já se mostrava difícil no Brasil pré-pandemia, neste momento de necessidade de afastamento físico das pessoas, esta realidade mostra-se ainda mais dificultada. Porém, por conta da diminuição de ritmo, as indústrias podem aproveitar para estruturar seu projeto de Revolução 4.0 ou mesmo realizar suas primeiras adequações.
O outro ponto dos sistemas ciber-físicos, a infraestrutura virtual de produção, continua a se destacar como uma real e interessante possibilidade de investimento. O home-office que se popularizou neste momento, pode ser aproveitado para se colocar em prática ações de IOT e verificar na prática as promessas de ganhos em eficiência operacional.
A Indústria 4.0 já é uma realidade e, como aconteceu em outras áreas, quem não se atualizar e se adequar corre um sério risco de desaparecer nos próximos anos. Levando em consideração que saímos atrás nesta corrida, a pandemia proporcionou um momento de parada mundial que pode ser estratégica para indústria brasileira, ao invés de pararmos, podemos ganhar terreno e afastar o risco de perder competitividade, desenvolvendo uma revolução industrial bem estruturada e atendendo a pontos cruciais para sobrevivência no mercado 4.0, como a cibersegurança.
Edson Costa: É CEO e Fundador da EC Consulting, graduado em Engenharia Eletrônica pela Fundação Armando Alvares Penteado - FAAP, especialista em Governança, Risco e Compliance (GRC), Gestão e Tecnologia em Segurança da Informação (DM Business School e Faculdade Impacta Tecnologia), certificado Data Protection Officer (DPO) pela EXIN, instrutor certificado EXIN ISFS, PFPE, PDPF e PDPP, Membro ANPPD® e parceiro do Studio Estratégia para execução serviços de implementação de Segurança da Informação e Proteção de Dados (GDPR e LGPD), além de formação de DPO devidamente certificados.
| Brasil 4.0 ( publicado em 07-05-2020) | | | | A conectividade de um ERP mantém a empresa conectada e em sincronismo dentro da nova realidade exigida pós Covid-19
Investir em inovação tecnológica empresarial é essencial para as pequenas e médias empresas sustentarem as operações e se diferenciarem no novo cenário econômico. Segundo estudo recente realizado pelo Sebrae e Fundação Getúlio Vargas (FGV), as pequenas e médias empresas representam hoje 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, um resultado que vem crescendo nas últimas três décadas e um desempenho importante para a economia nacional.
Para que essas empresas se mantenham no mercado e sejam eficientes é preciso o investimento em tecnologia e inovação para o futuro e diferenciação dos seus negócios. A adoção de um sistema de ERP moderno – solução de software de gestão empresarial integrada - é essencial para que as pequenas e médias empresas tenham o controle de suas operações, otimizem os processos na cadeia produtiva, e ainda, melhorar o desempenho dos negócios para se diversificarem no seu setor de atuação.
Acelerar o processamento, efetuar conciliações de fechamento fiscal, solução de governança, compliance fiscal e manter o escopo dos processos empresariais, com base unificada, sem comprometer as operações cotidianas, contribui para a proteção e geração de empregos, sendo essencial para as empresas e para o mercado. Além disso, a extrema conectividade de um software ERP com o ecossistema empresarial – parceiros, clientes, fornecedores e distribuidores -, a empresa fica conectada e em sincronismo dentro da nova realidade exigida pós Covid-19.
A possibilidade da utilização correta dos dados fiscais, quanto a obtenção de informações gerenciais, aliadas a capacidade de análises de dados empresariais, definem modelos de negócios mais inteligentes, otimizando os resultados e a produtividade das companhias.
Na atual desaceleração da economia, a transformação digital oferece oportunidades infinitas. Com a mudança do comportamento dos consumidores e o novo cenário econômico mundial, é fundamental que as empresas se adequem e invistam em tecnologia para a nova conjuntura econômica.
O novo normal empresarial baseia-se em negócios remotos, reuniões virtuais, compras on-line, supply-chain integrado entre os sistemas e, principalmente, um profissional que não aceita mais tecnologias obsoletas e desconectadas, que possam diminuir a sua produtividade. O novo normal não aceita mais o desconectado, a tendência será melhorar os processos operacionais e reduzir os custos.
Um dos investimentos necessários para promover o dinamismo e sustentação das pequenas e médias empresas no mercado é, sem dúvida, a implementação de um ERP moderno. Este processo envolve vários pontos para se obter sucesso nas operações: Os primeiros são mapear as necessidades e definir os objetivos esperados pela direção da empresa e as necessidades do mercado.
Em geral, o procedimento de aquisição de uma solução de ERP é orientado para o controle das informações e metodologias, esse processo acaba envolvendo usuários, líderes de equipe e o escopo original passa a ganhar novos direcionamentos e interesses. Após os primeiros passos, a implementação ocorre com foco nas necessidades operacionais das empresas, benefícios para os colaboradores, segurança das informações e processos mais definidos e controlados.
O ERP moderno pode disponibilizar uma visão empresarial integrada com diversos departamentos de uma empresa, possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações de negócios de forma consolidada para decisões estratégicas, gerenciais e operacionais, reduzindo custos de monitoramento, otimização do fluxo de informações e processos de decisão.
Evitar a perda de dados e processos repetitivos, que muitas vezes são desgastes nas estratégias e despendem de investimentos extras, não será mais viável em uma época de decisões rápidas e assertivas. Especialmente em períodos com maiores desafios econômicos, a busca pela eficiência do negócio passa pela adoção de um ERP como ferramenta de gestão e controle. Nesses períodos, a conectividade empresarial entre o ERP é fundamental.
A eficácia nos processos empresariais com processos já definidos (ou até definidos pela primeira vez), as informações sobre desempenho organizacional e o demonstrativo de resultados começam a mudar a forma de como o gestor toma as suas decisões e cria oportunidades para a empresa se tornar mais digital e colaborativa.
Hoje, já existem no mercado diversas opções integradas de soluções para a implementação de um ERP para empresas de diversos tamanhos e segmentos, em especial, as pequenas e médias empresas, que pretendem manter uma operação sustentável e crescer em seu mercado de atuação. São softwares modulares, com implementação remota e que atendem com eficiência diversos setores da indústria.
O investimento em um ERP pode diferenciar uma gestão de sucesso, com definição dos objetivos e dos resultados esperados para agilizar os métodos empresariais e estabelecer uma comunicação entre os diversos setores departamentais. Com as informações empresariais consolidadas em um único sistema, facilita a análise dos processos e detecção de falhas de gerenciamento, sendo possível corrigi-los em tempo real, por meio digital.
A adoção de um ERP moderno pelas pequenas e médias empresas contribui para a melhor prática de gestão dos negócios e para sobreviverem de forma organizada e sustentável no novo normal.
*Décio Krakauer é presidente da Ramo Sistemas
| Brasil 4.0 ( publicado em 07-05-2020) | | | |
A perda total ou em parte da renda mensal já atingiu 40% dos brasileiros e 77% dos que estão no mercado de trabalho têm medo de perder o emprego
O medo de perder o emprego e a intenção de manter reduzido o nível de consumo no cenário pós-coronavírus podem dificultar a retomada da economia. Pesquisa da Confederação Nacional da Industrial (CNI) revela que praticamente metade dos trabalhadores (48%) tem medo grande de perder o emprego. Somado ao percentual daqueles que têm medo médio (19%) ou pequeno (10%), o índice chega a 77%. Muitos dos entrevistados já sentiram o efeito da crise no bolso.
Do total de entrevistados, 23% já perderam totalmente a renda, e outros 17% tiveram redução no ganho mensal. Isso significa dizer que quatro em cada 10 brasileiros acima de 16 anos perderam poder de compra desde o início da pandemia.
“Há muito a ser feito nos próximos meses, mas devemos manter a confiança na ciência e na resistência da nossa economia. Certamente, com persistência e atuação conjunta, conseguiremos vencer o novo coronavírus, esse poderoso inimigo, superar a crise decorrente da pandemia e retomar a rota do desenvolvimento econômico e social do Brasil”, afitma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
A pesquisa da CNI, encomendada ao Instituto FSB Pesquisa, mostra que o impacto na renda e o medo do desemprego levaram 77% dos consumidores a reduzirem, durante este atual período de isolamento social na maioria dos estados brasileiros, o consumo de pelo menos um de 15 produtos testados. Apenas 23% dos entrevistados não reduziram em nada suas compras, na comparação com o hábito anterior à pandemia.
Perguntada sobre como pretende se comportar no futuro, a maioria dos brasileiros (percentuais que variam de 50% a 72%) planeja manter nível de consumo adotado durante o isolamento no pós-covid o, o que pode indicar que as pessoas não estão dispostas a retomar o mesmo patamar de compras que tinham antes.
Mas alguns segmentos podem ter uma volta mais acelerada. Ao todo, 46% dos brasileiros pretendem aumentar o consumo de, pelo menos, cinco itens do total de 15 testados após o fim do isolamento social. No total, 57% pretendem aumentar o patamar de consumo de ao menos um item, enquanto 44% afirmam que não aumentarão o nível de gasto com nenhum dos itens pesquisados.
Maioria dos brasileiros mantém apoio ao isolamento social
Apesar das perdas econômicas, os dados mostram que a população brasileira segue favorável ao isolamento social (86%) e quase todo mundo (93%) mudou sua rotina durante o período de isolamento, em diferentes graus. No cenário pós-pandemia, só 30% dos brasileiros falam em voltar a uma rotina igual à que tinham antes. Sobre o retorno ao trabalho após o fim do isolamento social, a maior parte dos trabalhadores formais e informais (43%) afirma sentir-se segura, enquanto 39% se dizem mais ou menos seguros e apenas 18%, inseguros.
“As atenções dos governos, das empresas e da sociedade devem estar voltadas, prioritariamente, para preservar vidas. Entretanto, é crucial que nos preocupemos também com a sobrevivência das empresas e com a manutenção dos empregos. É preciso estabelecer uma estratégia consistente para que, no momento oportuno, seja possível promover uma retomada segura e gradativa das atividades empresariais”, comentou Robson Braga de Andrade.
Quase todos os entrevistados (96%) consideram importante que as empresas adotem medidas de segurança, como a distribuição de máscaras e a adoção de uma distância mínima entre os colaboradores. E, para 82% dos trabalhadores, essas medidas serão eficientes para proteger os empregados.
Pandemia agrava endividamento da população
Um dado preocupante apontado pela pesquisa é o endividamento, que atinge mais da metade da população (53%). O percentual é a soma dos 38% que já estavam endividados antes da pandemia e os 15% que contraíram dívidas nos últimos 40 dias, período que coincide com o início do isolamento social. E, dentre quem tem dívida, 40% afirmam que já estão com algum pagamento em atraso, sendo que a maioria destes (57%) passou a atrasar suas parcelas nos últimos 40 dias. De maneira geral, 9 em cada 10 entrevistados consideram grandes os impactos da pandemia de coronavírus na economia brasileira.
O levantamento foi realizado pelo Instituto FSB Pesquisa com 2.005 pessoas de todas as Unidades da Federação entre os dias 02 e 04 de maio e tem margem de erro de dois pontos percentuais. Em virtude do próprio isolamento social, as entrevistas foram realizadas por telefones fixos e móveis, em amostra representativa da população brasileira a partir de 16 anos.
| CNI ( publicado em 07-05-2020) | | | | Para evitar aquele susto no fim do mês, veja as dicas do SENAI de como diminuir os gastos com eletrodomésticos utilizados diariamente durante a pandemia
Devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a maioria das empresas passou a adotar o sistema de home office, ou seja, seus colaboradores passaram a fazer as mesmas atividades de casa para evitar a proliferação da doença.
No entanto, a soma de computador, notebook, ar-condicionado, ventiladores, abre e fecha de geladeira durante todo dia, sem falar nas lâmpadas ficando acesas por mais tempo, pode se tornar a grande vilã quando chegar a conta de luz.
Pensando nisso, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) de Campo Grande decidiu elaborar algumas dicas de redução de consumo de cada eletrodoméstico para que ninguém se assuste com a fatura da energia elétrica no fim do mês. Confira:
1. Refrigeradores
Segundo o instrutor do SENAI de Campo Grande, Paulo César Marcolino, que ministra aulas de Eletrotécnica e Segurança do Trabalho, cerca de 30% do consumo de energia de uma residência se deve à refrigeração.
“A primeira coisa que deve ser feita é regular o termostato do refrigerador de acordo com a estação do ano e a quantidade de alimentos que ele armazena. Também vale destacar que está proibido, ou praticamente proibido, abrir a porta da geladeira sem necessidade ou por tempo prolongado”, afirmou.
Para checar a validade da borracha, coloque uma folha de papel entre a porta e a geladeira e feche
Além disso, vale a pena arrumar os alimentos de forma a perder menos tempo para encontrá-los e deixe espaço entre eles para o ar poder circular. “Ainda pensando em economizar energia, não é indicado usar a parte de trás do aparelho para secar roupas ou panos de prato.
Outra coisa importante que deve ser observada é a borracha de vedação. Basta fechar a porta com uma folha de papel entre a porta e a geladeira. Se a folha cair, significa que está na hora de trocar a borracha”, destacou.
2. Chuveiro elétrico
Um dos campeões de reclamação quando o assunto é alto consumo de energia, o chuveiro elétrico também pode ser mais econômico. “Quando possível, deixe a chave na posição verão. Dessa forma, é possível reduzir o consumo de energia em 30%, mas é bom também evitar banhos muito demorados. Essa última orientação ajuda a economizar energia e água”, pontuou Marcolino.
Evite banhos muito demorados
Outra dica importante é usar resistências originais, verificando a potência e a voltagem correta do aparelho. “Jamais faça emendas ou adaptações, pois esse procedimento aumenta o consumo de energia e pode colocar em risco sua segurança”, completou o instrutor.
3. Máquina de lavar roupa
Acumule uma boa quantidade de roupas sujas para dar uma única batida
Uma dica valiosa para ajudar a economizar energia elétrica e água, além do chuveiro, é deixar acumular roupa suja e utilizar a máquina de lavar uma única vez, com a quantidade máxima de peças indicada pelo fabricante.
“Aqui vale ficar atento à dose certa de sabão especificada no manual, para evitar repetir operações de enxágue. Mantenha ainda o filtro sempre limpo”, disse o colaborador do SENAI.
4. Lâmpadas
Que tal aproveitar a luz do sol, abrindo bem as janelas e cortinas? Além de ajudar a economizar energia, é uma forma de aproveitar para ajudar nos índices de vitamina D.
Procure lugares claros durante o dia para não precisar acender lâmpadas
Outra dica interessante é substituir lâmpadas incandescentes por lâmpadas compactas ou de LED. “Essa troca permite uma economia de até 75% do consumo da lâmpada”, apontou Paulo César Marcolino.
Ele também reforça a atenção sobre luzes acesas em ambientes desocupados. “Se for possível, vale fazer a instalação dos circuitos de interruptores para permitir o desligamento parcial de lâmpadas em desuso ou desnecessárias. Também é orientado utilizar sensores de presença que acendem automaticamente as lâmpadas somente quando houver circulação de pessoas”, completou.
5. Ar condicionado
Mantenha janelas fechadas quando o ar condicionado estiver ligado
No verão, o aparelho de ar-condicionado chega a representar um terço do consumo de energia da casa. Como em Mato Grosso do Sul, mesmo no outono e no inverno são comuns dias com temperaturas bastante altas, a média pode ser praticamente a mesma. Por isso, uma dica importante na hora de utilizar o aparelho é evitar o frio excessivo, regulando o termostato, e sempre desligar quando o ambiente estiver desocupado.
“Mantenha janelas e portas fechadas quando o aparelho estiver funcionando e evite o calor do sol no ambiente, fechando cortinas e persianas. Também é fundamental manter limpos os filtros do aparelho, para não prejudicar a circulação do ar e a propagação de vírus. Dê preferência a equipamentos na tecnologia Inverter com selo Procel, que tendem a economizar 30% de energia em relação aos convencionais”, finalizou o instrutor do SENAI.
| CNI ( publicado em 05-05-2020) | | | | Instituto promove bate-papos on-line com a participação de especialistas em gestão empresarial com foco na tomada de decisões estratégicas de empresas
Os bate-papos abertos a gestores de empresas e público interessado serão sempre às quintas-feiras, às 17 horas, ao vivo
Visando driblar os efeitos provocados pela pandemia, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) promove uma série de webinars (vídeoconferências) com a participação de especialistas em gestão empresarial. A estruturação dos temas, conduzidos por meio do conhecimento e experiência dos convidados, contribui para a tomada de decisão das demandas que se apresentam a partir da nova realidade.
Os bate-papos abertos a gestores de empresas e público interessado ocorrem sempre ao vivo, pelo Linkedin, pelo Facebook e pelo YouTube do IEL ou no Linkedin da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo o superintendente nacional do IEL, Eduardo Vaz, este é um momento em que as empresas precisam tomar decisões estratégicas, efetivas e urgentes. “Vamos apresentar os temas mais relevantes em gestão empresarial e abrir a discussão com a participação de especialistas da área de gestão para enfrentar o atual cenário”, afirma.
| CNI ( publicado em 05-05-2020) | | | | Presidente levou empresários até o presidente da corte para tratar de retomada das atividades
O presidente Jair Bolsonaro ampliou a lista de atividades consideradas essenciais durante a pandemia do novo coronavírus. Ele atendeu a demanda de empresários após uma reunião, na manhã desta quinta-feira (7), no Palácio do Planalto.
Para pressionar o STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente cruzou a praça dos Três Poderes a pé com os empresários e o ministro Paulo Guedes (Economia). Eles foram recebidos pelo presidente da corte, ministro Dias Toffoli, e trataram dos efeitos econômicos da política de isolamento social.
Pela manhã, o presidente já anunciara que atenderia o pleito da construção civil com a edição de um decreto. O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União à tarde.
Bolsonaro incluiu na lista de atividades essenciais mais três áreas: atividades industriais, setor de produção, transporte e distribuição de gás natural; o ramo químico e petroquímico de matérias-primas; e produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas.
Com a inclusão na relação, as atividades econômicas passaram a ser autorizadas a funcionar mesmo diante das restrições de circulação determinadas por estados e municípios.
O presidente defende a flexibilização do isolamento social e a reabertura do comércio. Nesta quinta, ele levou os empresários ao Supremo para reiterar essa posição.
Na semana passada, Bolsonaro já havia incluído na relação 13 serviços, entre eles o de locação de veículos, o comércio de produtos de higiene e alimentação e o transporte de carga.
Bolsonaro tem igualado a crise sanitária do coronavírus —que já matou 9.146 pessoas no Brasil até esta quinta, segundo o Ministério da Saúde— à crise econômica. Nesta quinta, foram 610 novas mortes.
Pela manhã, o presidente prometeu ampliar ainda mais a relação de atividades que são consideradas essenciais. Ele disse que poderão ser editados novos decretos nos próximos dias.
"Outras [medidas como o decreto da construção civil] virão nas próximas horas e nos próximos dias", afirmou.
"O que não está no decreto ficou decidido que estados e municípios diriam se essas categorias poderiam ou não funcionar. Então alguns estados —não estou brigando com ninguém, pelo amor de Deus—, no entendimento dos empresários, exageraram. É comum acontecer faz parte da razão do ser humano", disse.
O STF, porém, nunca obrigou estados e municípios a respeitarem a lista de atividades essenciais definidas pelo governo federal.
Os ministros decidiram que os entes da Federação têm competência concorrente em matéria de saúde pública.
Ou seja, segundo a corte, prefeitos e governadores têm autonomia para estabelecer o isolamento adequado para as cidades ou os estados que governam.
Os ministros da corte ressaltaram, na ocasião, que não cabe ao governo federal interferir na política definida pelo gestor local, porque estes são os mais indicados a definir o grau de quarentena necessário por conhecerem a realidade da região.
Bolsonaro nesta quinta se manteve na contramão. O presidente ressaltou que seu objetivo é permitir a retomada das atividades econômicas com responsabilidade e observando as normas do Ministério da Saúde.
Segundo ele, é necessário voltar à rotina normal, caso contrário "depois da [economia na] UTI [Unidade de Terapia Intensiva], é o cemitério".
Desde o início da pandemia, ao menos 5 milhões de trabalhadores com carteira assinada no país foram afetados pela crise, seja por demissão, seja suspensão de contrato, seja corte de jornadas e salários.
O encontro com Toffoli foi de surpresa. A avaliação na corte foi a de que Bolsonaro quis dividir com o Judiciário o ônus da crise.
Durante a visita, um dos integrantes do grupo de empresários chegou a comparar a situação da indústria com os efeitos da Covid-19 na saúde. Ele disse que haverá mortes de CNPJs (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas).
Toffoli afirmou que é necessário fazer um planejamento para a volta do funcionamento das atividades.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 07-05-2020) | | | | Apenas 1.800 unidades foram montadas em abril, queda de 99% sobre março
O resultado não poderia ser outro. Com fábricas fechadas ao longo do mês devido à pandemia do novo coronavírus, a produção de veículos em abril caiu 99,4% em relação ao mesmo mês de 2019 e 99% na comparação com março. No acumulado do ano, a queda é de 39,1%.
Apenas 1.800 unidades foram produzidas no país no mês passado. “Não é uma surpresa para nós, mas é impactante quando olhamos os números. É o pior resultado da série histórica da indústria desde 1957”, diz Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
Ou seja, é o pior resultado desde que a indústria automotiva nacional foi estabelecida oficialmente, no governo Juscelino Kubitschek.
Em 1957, primeiro ano completo de produção dos veículos nacionais, 30,5 mil unidades saíram das fábricas, média de 2.542 unidades por mês. Os incentivos fiscais foram concedidos pelo Geia (Grupo Executivo da Indústria Automobilística).
As medidas beneficiaram empresas estrangeiras que já importavam veículos no sistema CKD: os automóveis chegavam em partes e eram montados sem componentes feitos no Brasil.
O Plano de Metas do governo Juscelino Kubitschek não privilegiava iniciativas 100% brasileiras, o que explica a inexistência de marcas plenamente nacionais com grande capacidade de produção.
Os dados foram divulgados nesta sexta (8) pela Anfavea, associação que representa as montadoras instaladas no Brasil. Os dados incluem carros de passeio, veículos comerciais leves, ônibus e caminhões.
Com a queda nas vendas e a incerteza da retomada, o estoque disponível hoje é suficiente para atender a quatro meses. Ainda há 237,3 mil veículos produzidos em 2019 e 2020 que aguardam um comprador.
De acordo com a Anfavea, os licenciamentos caíram 76% na comparação entre os meses de abril de 2019 e de 2019. Aproximadamente 55 mil veículos foram emplacados no último mês. É a maior queda na história para o mês.
Em São Paulo, com o Detran fechado, o emplacamento de carros novos teve queda de 99% em relação a abril de 2019.
O nível de emprego nas montadoras se mantém estabilizado, segundo a associação das fabricantes. As montadoras usaram os regimes de flexibilização disponíveis agora. As fabricantes de automóveis empregam 125,3 mil trabalhadores no Brasil.
As exportações caíram 79,3% em relação a abril de 2019. A base já era baixa e, devido ao avanço da pandemia na América Latina, não há expectativa de melhora. Os 7.200 veículos enviados para o exterior no último mês representam o pior resultado dos últimos 23 anos, segundo a Anfavea.
Após diversas revisões, as datas previstas para o retorno à produção se estendem até o fim de junho. Há 55 fábricas paradas no país, apenas 10 voltaram a produzir peças e maquinário agrícola e rodoviário.
As montadoras preparam normas rígidas para evitar o contágio em suas dependências. As ações já estão sendo implementadas nas atividades de apoio ao combate da pandemia –há empresas fazendo manutenção de respiradores, entre outras iniciativas.
Na Volkswagen, que pretende retomar as atividades fabris no dia 18, a temperatura dos funcionários será medida na portaria e haverá mais ônibus disponíveis para o transporte dos trabalhadores, para evitar aglomerações.
O presidente da Anfavea diz que as experiências trazidas de outros países onde as montadoras atuam estão sendo aprimoradas no Brasil para aumentar a segurança sanitária nas linhas de produção. As medidas foram apresentadas aos governos dos estados em que há fábricas de veículos e maquinário.
| Folha de S.Paulo | | | | Anunciada pelo governo para evitar demissões em massa durante a pandemia, a linha de crédito de R$ 40 bilhões para bancar salários não está disponível para milhares de pequenas e médias empresas no País. Isso porque a medida provisória editada há um mês proíbe a concessão do empréstimo a empresas que não possuem folha de pagamento processada em um banco. O resultado é que, até agora, apenas 1% do total (R$ 413,5 milhões) foi liberado.
Pelas regras estabelecidas na MP 944, que instituiu o programa, um restaurante que pague garçons e cozinheiros com dinheiro ou cheque no fim do mês, por exemplo, não pode acessar o crédito, já que sua folha de pagamento não é "bancarizada". Esta é justamente a realidade de milhares de pequenos e médios estabelecimentos comerciais espalhados pelo País.
Só no Distrito Federal, a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), que reúne mais de 4 mil associados, estima que 95% das empresas estão tendo dificuldades para acessar a linha. "O governo fala que existe a linha, mas muita gente não consegue acessar, porque os bancos precisam que a folha seja paga dentro do sistema", afirma o presidente da CDL-DF, José Carlos Magalhães Pinto.
As empresas desenquadradas são impedidas de acessar a linha de crédito com a menor taxa de juros do mercado: 3,75% ao ano. Para se ter uma ideia, o crédito via desconto de duplicatas - bastante usado no financiamento do giro de empresas - possui hoje custo médio de 14,5% ao ano. Já uma empresa que cair no cheque especial pagará juro médio de 312% ao ano.
Ao lançar o programa, sob a liderança do Banco Central, o governo anunciou R$ 40 bilhões para o financiamento dos salários de trabalhadores de firmas com receita bruta entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano, por um período de dois meses. O financiamento é limitado ao valor de duas vezes o salário mínimo por empregado (R$ 2.090 por funcionário). E os recursos precisam ser usados apenas para pagar salários.
No início de abril, o BC chegou a citar a estimativa de que a linha permitiria a manutenção da renda de 12 milhões de trabalhadores de pequenas e médias empresas durante a pandemia. Um mês depois, em 4 de maio, o próprio BC registrava que apenas 304 mil trabalhadores haviam sido contemplados, em um total de 19,3 mil empresas.
Embora esteja em vigor, a MP 944 ainda precisa passar pelo Congresso para virar lei. Relator na Câmara, o deputado federal Zé Vitor (PL-MG) diz que negocia com o governo uma solução em "prazo hábil".
Em nota, o BC afirmou que a exigência do processamento da folha pelo banco é para garantir que os recursos sejam direcionados diretamente para as contas-salário dos empregados. A instituição defendeu ainda que o programa "terá pleno efeito" a partir deste mês, quando será paga a folha de abril.
| Bem Paraná | | | | O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, afirmou nesta sexta-feira, 8, que as montadoras vão se esforçar para manter os empregos nas fábricas, depois do fim do período de estabilidade oferecido por medidas trabalhistas, mas destacou que não há como garantir. Segundo ele, a chance de manutenção dos empregos diminui se houver continuidade da crise política.
"A manutenção dos empregos depende da retomada do mercado, que depende da gestão correta da crise no Brasil. Quanto mais coordenada for a gestão da saúde e da recuperação da economia, mais chance vamos ter (de manter empregos). As montadoras vão fazer esforços, mas garantir não dá", disse o executivo.
Moraes afirmou que é possível manter os empregos se a demanda voltar a um nível razoável, não necessariamente ao patamar anterior da crise.
"Temos alguma chance, mas se essa crise política continua, essa chance diminui", avaliou.
| Bem Paraná | | | |
Sem citar nomes, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, afirmou nesta sexta-feira, 8, que há políticos que ainda não perceberam a gravidade da situação e as consequências da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. "Os agentes políticos que deveriam estar trabalhando de forma coordenada estão prejudicando a economia", disse o executivo, em coletiva online que apresentou os dados do setor em abril.
"Eu fico trabalhando de home office, entro na internet e todo dia tem crise, além da crise de saúde. É crise de manhã, de tarde, no Ministério da Saúde, na Secretaria de Cultura, no Judiciário, no Executivo, no Legislativo. Eu queria dizer que parte dessa desvalorização cambial não é econômica, é política, é institucional", avaliou Moraes.
Participação de bancos
Com o aumento do risco causado pela crise do novo coronavírus, que deixou os bancos de varejo mais cautelosos, a participação dos bancos das montadoras nos financiamentos de veículos subiu de 45%, na média, para 60% em março, afirmou o presidente da Anfavea.
Moraes, que disse que os bancos das montadoras ajudam no escoamento da cadeia e no suporte à rede de concessionárias, aproveitou para rebater crítica que ouviu de um executivo de banco, que questionou, segundo ele, a necessidade dos bancos das montadoras. "Os bancos das montadoras estão lá quando faz sol e quando faz chuva, como instrumento para facilitar produção, ajudar concessionários com capital de giro e oferecer taxa mais baixa ao consumidor final", comentou.
Ele também lamentou a concentração dos bancos de varejo nos negócios no País. "Temos três ou quatro bancos que têm mais de 80% do volume de negócios e essa concentração não é boa para o país", disse.
Locadoras
O presidente da Anfavea afirmou que as montadoras não registraram nenhuma "grande compra" por parte das locadoras desde o início das medidas de isolamento social em vários Estados e cidades do Brasil.
"As locadoras vinham comprando veículos novos até março, mas, em função da situação, não tivemos mais nenhuma grande compra junto às montadoras, e isso pode continuar por mais tempo", disse ele.
Moraes afirmou que a demanda por locação caiu e falou que recebeu a informação de que cerca de 160 mil veículos foram devolvidos por motoristas de aplicativo.
| Bem Paraná | | | | Banco quer oferecer até R$ 5 bilhões, mas dinheiro só deve estar disponível no fim de junho
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) lançou nesta quinta (7) edital em busca de parceiros para oferecer crédito a micro e pequenos empresários por meio de canais digitais de pagamento, como maquininhas de cartão ou fintechs.
O banco vai colocar R$ 4 bilhões em fundos de crédito com essa finalidade e espera que os parceiros coloquem outros R$ 1 bilhão. O dinheiro, porém, só deve estar disponível entre o fim de junho e o começo de julho, disse o diretor do BNDES, Bruno Laskowski.
Até lá, a instituição trabalhará na escolha dos parceiros e na estruturação dos fundos de crédito que emprestarão os recursos. A ideia é lançar até dez fundos, para que operadores de máquinas de cartões, plataformas digitais de venda ou fintechs emprestem os recursos.
Segundo Laskowski, o objetivo é diversificar o acesso ao crédito, mirando principalmente empreendedores e empresários que hoje não têm acesso a financiamentos em instituições financeiras. Entre os públicos alvos, estão pequenos comerciantes, restaurantes e motoristas de aplicativo.
"A gente sabe que isso é um elemento central nesse momento de pandemia: chegar naquele que mais precisa. A preocupação objetiva que esse recurso chegue nesse momento e chegue para a quelas camadas que mais precisam", afirmou.
Desde o início da pandemia, o banco vem lançando linhas de crédito emergencial, mas sempre em parceria com bancos. Nessa lista, estão os financiamentos da folha de pagamento e o crédito para capital de giro.
Setores alvo desses programas, porém, reclamam de dificuldades para obter os financiamentos junto aos bancos e das altas taxas de juros. A linha de capital de giro, por exemplo, está saindo com taxa de juros média de 12,28%.
A taxa da linha que foi lançada nesta quinta será definida em processo competitivo para a escolha dos parceiros: assim como prazo de pagamento, ela é um dos critérios que vão nortear a escolha das empresas.
O banco estabeleceu, porém, o máximo de 3,5% ao mês para os empréstimos concedidas por grandes empresas, como as plataformas de negociação e as empresas de cartões. Para fintechs, o máximo é 4% ao mês.
"Entendemos que as taxas são competitivas. Se a gente olha como é hoje, a gente está falando de clientes que pagam taxas de cartão de crédito, de crédito rotativo", disse Lakowski. "E o processo competitivo que a gente está fazendo é para reduzir essa taxa."
Os empréstimos por máquinas de cartões ou plataformas de comércio eletrônico terão limite de R$ 200 mil por cliente com prazo igual ou superior a nove meses de pagamento para pelo menos 75% das operações.
A outra linha, operada por fintechs, terá limite de R$ 2 milhões por cliente e prazo igual ou superior a 12 meses em pelo menos 75% das operações. Segundo o banco, a ideia é que os prazos também sejam estendidos no processo competitivo de escolha dos parceiros.
Ao contrário das linhas emergenciais, a ideia é que esse tipo de empréstimo seja mantido após a pandemia, tornando-se mais uma alternativa de acesso a recursos do BNDES por pequenas empresas.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 07-05-2020) | | | | Queda nos combustíveis após crise do novo coronavírus derrubar demanda por petróleo influenciou IPCA
A inflação oficial brasileira refletiu a queda nos preços dos combustíveis e recuou 0,31% em abril, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (8). É a segunda maior deflação mensal registrada pelo IPCA desde o início do Plano Real —a queda anterior era de 0,51%, em agosto de 1998.
A exceção do grupo alimentos e bebidas, todos os segmentos do IPCA tiveram estabilidade ou queda, um reflexo da redução de demanda de consumidores após o fechamento de serviços não essenciais, medida adotada para conter a pandemia do novo coronavírus.
A principal contribuição para a deflação foi a redução de 9,59% nos preços dos combustíveis, com os sucessivos cortes nos preços da gasolina e do diesel anunciados pela Petrobras após a pandemia do novo coronavírus derrubar a demanda global por petróleo e também por combustíveis no país.
A queda da gasolina exerceu o maior impacto individual negativo no índice de abril, contribuindo para o recuo de 0,47 ponto percentual no IPCA. O produto registrou deflação em todas as 16 regiões pesquisadas pelo IBGE. Curitiba registrou a maior retração, de 13,92%.
Já o etanol apresentou queda de 13,51% no total do mês, enquanto o óleo diesel marcou recuo de 6,09%, e o gás veicular de 0,79%.
Segundo o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, a gasolina puxou o índice para baixo. "O resultado de abril foi muito influenciado pela série de reduções nos preços dos combustíveis, principalmente da gasolina".
Já os preços dos alimentos seguem em tendência de alta, resultado do aumento das refeições feitas em casa.
Alimentos foram a maior contribuição positiva no IPCA de abril, 0,35 ponto percentual. O registro é resultado de alta de 1,79% no setor de alimentação e bebidas.
O isolamento social e o fechamento de serviços não essenciais, como bares e restaurantes, fizeram o custo da alimentação no domicílio aumentar de 1,40% em março para 2,24% em abril, segundo o IBGE.
"Há uma relação da restrição de oferta, natural nos primeiros meses do ano, e do aumento da demanda provocado pela pandemia de Covid-19, com as pessoas indo mais ao mercado, cozinhando mais em casa", disse o gerente da pesquisa.
Os destaques ficaram para as altas na cebola (34,83%), batata-inglesa (22,81%), feijão-carioca (17,29%) e leite longa vida (9,59%). Por outro lado, as carnes apresentaram queda (2,01%) pelo quarto mês seguido.
A última vez que o país havia registrado deflação em um mês havia sido em setembro do ano passado. Naquele mês, porém, a queda havia sido fruto justamente da redução nos preços dos alimentos.
O IPCA mostra que outros produtos que tiveram aumento de demanda por causa do coronavírus também tiveram alta de preços, nada capaz de mudar a trajetória de deflação do país, caso de artigos de limpeza (0,10%): ficaram mais caros amaciante e alvejante (1,82%), água sanitária (0,90%), detergente (0,81%) e desinfetante (0,59%), segundo o IBGE.
| Folha de S.Paulo | | | | Queda pode ter efeitos benéficos ou não a depender do que originou a deflação e da sua duração
A deflação pode ser definida como uma taxa de inflação abaixo de zero ou negativa. É quando um índice de preços, que reflete uma determinada cesta de consumo, mostra queda na média dos preços coletados.
Essa queda pode ser pontual ou estrutural, com efeitos benéficos ou não a depender do que originou a deflação e da sua duração.
Em abril, primeiro mês completo de quarentena por causa da pandemia de coronavírus, o IPCA (índice oficial de preços ao consumidor medido pelo IBGE) registrou deflação de 0,31%, resultado só comparável ao verificado no mesmo período de 1998.
É um resultado pontual, mas que pode se tornar permanente a depender dos desenvolvimentos da crise atual.
Para o consumidor, a queda de preços pode parecer uma notícia positiva em um primeiro momento, por aumentar o poder de compra das pessoas, ou, pelo menos, minimizar sua queda no contexto atual. Uma deflação persistente, no entanto, reduz a demanda da economia e pode prejudicar a geração de empregos e da própria renda.
Esse ainda não é o cenário atual para o governo e o mercado financeiro. Ao reduzir a taxa básica de juros para 3% ao ano na última quarta-feira (6), o Copom (Comitê de Política Monetária) citou a estimativa de inflação do mercado financeiro a partir da pesquisa Focus, atualmente em 2% para este ano. As projeções do próprio Banco Central são de 2,3% e 2,4%, dependendo do cenário para câmbio e juros. Ou seja, teremos inflação baixa neste ano, mas teremos inflação.
O professor da Fipecafi (FEA/USP) Estevão Alexandre afirma ainda que o IPCA reflete uma cesta de consumo, que pode se alterar por causa da pandemia, e que o impacto da queda de preços será diferente para cada família.
Na pandemia, as pessoas mantiveram o consumo de alimentos ou até aumentaram, fazendo estoques, mas reduziram o uso de transportes públicos e privados. O IPCA mostrou alta de 2,24% na alimentação em domicílio e queda acentuada no preço dos transportes e combustíveis, o que foi fundamental para puxar a índice para o terreno negativo.
“O principal item do IPCA, alimentos e bebidas, com participação em torno de 20%, subiu muito e é um fator que preocupa. É o item que os consumidores estão consumindo mais no momento”, afirma Estevão.
Para ele, será difícil chegar a um quadro de deflação persistente no Brasil em 2020. “Não vejo um ambiente de deflação até o final deste ano, a não ser que a quarentena se estenda por muito tempo.”
Outro indicador divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (8), o INPC, mostrou deflação ligeiramente mais baixa (0,23%) que o IPCA (0,31%). Esse é o índices de preços que mede a cesta de consumo da população assalariada com rendimento mais baixo, que normalmente consome mais alimentos, produtos que ficaram mais caros em abril.
Os IGPs, índices gerais de preços medidos pela FGV e que refletem também os preços no atacado, ainda não registraram deflação ainda.
| Folha de S.Paulo | | | | A Petrobras informou que os preços de venda do gás, que incluem as parcelas de molécula e transporte, para as distribuidoras nos novos contratos iniciados em janeiro tiveram uma redução média de 36% em US$/MMBtu em maio, na comparação com dezembro de 2019, considerando a cotação do dólar na data do último reajuste do contrato, que foi 30 de abril passado.
Em nota ao mercado, a Petrobras explica que essa queda decorre principalmente das mudanças negociadas com as distribuidoras para os novos contratos de venda, onde o preço da molécula de gás está atrelado à variação do preço do petróleo no mercado internacional e é revisado a cada três meses. "Consequentemente, a queda do preço de petróleo nos últimos meses possibilitou a redução do gás", destaca.
Ainda a companhia diz que se medidos em R$/m³, os preços nos novos contratos em 2020 acumulam uma redução média de 15%, apesar da depreciação do real.
Por fim, a estatal esclarece que o preço da molécula de gás e o custo do transporte não são os únicos fatores determinantes do preço do gás natural ao consumidor final, pois há as margens das distribuidoras e a incorporação dos tributos federais e estaduais. Também a nota informa que o processo de aprovação das tarifas é realizado por cada agência reguladora estadual, conforme legislação e regulação específicas.
E completa afirmando estar comprometida com o processo de abertura do mercado de gás natural e que tem atuado para acelerar as etapas deste processo, "na busca pelo desenvolvimento de um mercado aberto, competitivo e sustentável".
| Bem Paraná | | | |
Grupo conhecido como Coalizão Indústria é um antigo aliado do presidente Jair Bolsonaro
A reunião desta quinta-feira (6) do grupo conhecido como Coalizão Indústria com o presidente Jair Bolsonaro e outros membros do governo tinha uma pauta bem precisa: situação da indústria, ações e doações para o combate ao novo coronavírus, retomada do setor produtivo —com a explicação de que a pandemia veio logo após uma longa crise que atingiu as indústrias— e retomada do crescimento econômico, com diminuição do custo Brasil e a volta da agenda de refomas.
O encontro, no entanto, acabou sendo marcado por uma discussão sobre a flexibilização da quarentena que foi levantada pelo presidente Bolsonaro.
Segundo relatos ouvidos pela Folha, quem entrou no assunto foi o próprio presidente ainda durante a reunião no Palácio do Planalto . Só após isso, segundo relatos, Marco Polo de Mello Lopes, da Açobrasil, concordou com o presidente.
Foi neste momento, dizem os industriais, que Bolsonaro perguntou se eles teriam coragem de falar que a indústria brasileira está na UTI, precisando de oxigênio, com quem estivesse de plantão no STF (Supremo Tribunal Federal).
“Não teve pedido para reabertura de comércio”, disse Synésio Batista, presidente da Abrinq (Associação Brasileira de Brinquedos).
Outro industrial, que preferiu não ter o nome revelado, disse que os industriais sabem que não cabe ao presidente decidir sobre a reabertura do comércio, e sim aos governadores e prefeitos.
A coalizão tem se reunido com membros do governo com frequência, sobretudo após o início da pandemia do novo coronavírus.
Na última reunião com o ministro Paulo Guedes, da Economia, o grupo havia sugerido que o governo utilize os bancos públicos para ajudar a liberar o dinheiro emergencial para pequenas e médias empresas que estão passando por dificuldades por conta da quarentena.
Esse foi também uma das principais reclamações feitas durante este encontro com o presidente.
Guedes e Bolsonaro reconheceram que o crédito ainda não chegou na ponta e afirmaram que estão trabalhando para que o dinheiro chegue para quem precisa de capital de giro.
Após dar aval, Bolsonaro promete veto a reajuste de servidores até o fim de 2021
Outro ponto levantado foi o risco de invasão de produtos asiáticos no mercado brasileiro, já que a indústria dos países do continente —especialmente as da China, início da pandemia— já voltam a funcionar com normalidade após o surto por lá ter diminuído.
“Achei extremamente positiva a reunião porque o governo reconheceu que precisa resolver o processo de crédito das empresas e que a indústria vai sair prejudicada. Vamos precisar da agenda de competitividade do país e da retomada da agenda do custo Brasil e da reformas”, disse José Velloso, presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).
Os industriais afirmam, no entanto, que o governo não apresentou nenhum tipo de proposta concreta para que o crédito chegue às empresas.
Mesmo que a flexibilização não tenha sido uma das agendas previstas para a reunião, foi após um encontro com os membros da coalizão que a proposta para a flexibilização da quarentena imposta para conter o novo coronavírus no estado de São Paulo começou a ser gerida pelo governador João Doria (PSDB-SP).
Na época, o grupo disse apoiar a quarentena, mas pediu ao governador ao menos uma previsão de quando as coisas começariam a ser flexibilizadas.
Para a visita ao STF nesta quinta, os empresários e membros do governo fizeram o trajeto a pé do Planalto para o Supremo. Bolsonaro estava de máscara, como recomendam autoridades de saúde. Em manifestações, o presidente tem aparecido sem o acessório.
Eles foram recebidos pelo presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, que cobrou coordenação do governo com os Poderes e os entes da federação. Toffoli disse que é necessário fazer um planejamento para a volta do funcionamento das indústrias.
No STF, Bolsonaro voltou a afirmar que os efeitos da restrição de circulação não podem ser maiores do que os problemas causados pela doença em si.
"Os empresário trouxeram pessoalmente essas aflições, a questão do desemprego, a questão de a economia não mais funcionar. As consequências, o efeito colateral do combate ao vírus não pode ser mais danoso que a própria doença", disse o presidente.
O grupo que forma a Coalizão Indústria é um antigo interlocutor do presidente. A primeira reunião com Bolsonaro ocorreu no fim de 2018, uma semana antes do segundo turno das eleições.
Composto na época por seis entidades industriais, o grupo foi até a casa do então candidato, no Rio de Janeiro.
A Coalizão surgiu como alternativa para industriais terem uma intelocução direta com o governo, sem depender de entidades como a Fiesp (Federação da Indústria do Estado de São Paulo). Atualmente, conta com 15 entidades do setor.
Os empresários que acompanharam Bolsonaro eram:
José Ricardo Roriz Coelho, da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria de Plástico)
Fernando Valente Pimentel, da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção)
José Velloso Dias Cardoso, da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos)
Paulo Camilo Penna, presidente do Snic (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento)
Elizabeth de Carvalhaes, da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa)
Synesio Batista da Costa, da Abrinq
Haroldo Ferreira, da Abicalçados (Associação Brasileira da Indústria de Calçados)
Ciro Marino, da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química)
José Jorge do Nascimento Junior, da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos)
José Rodrigues Martins, da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)
Reginaldo Arcuri, da FarmaBrasil
José Augusto de Castro, da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil)
Marco Polo de Mello Lopes, da Coalizão Indústria
Humberto Barbato, da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica)
Um representante da Anfavea
| Folha de S.Paulo | | | | Empresa importou da China equipamentos, respiradores e máquina para produzir até 100 mil máscaras/dia
Uma parceria fechada entre o Grupo Caoa e a chinesa Chery, donas da Caoa Chery no Brasil, resulta na doação de R$ 74 milhões em máscaras, equipamentos de proteção individual e respiradores. Tudo será entregue ao Governo do Estado de São Paulo, que será responsável pela distribuição dos itens para reduzir os impactos da Covid-19, doença causada pelo coronavírus, no sistema de saúde e às populações mais vulneráveis.
Foram importados da China para doação mais de 118 mil itens de proteção individual, como luvas, macacões, jalecos e óculos, além de respiradores e 6 milhões de máscaras médicas de alta proteção.
Em paralelo aos itens importados, a fábrica da Caoa Chery em Jacareí (SP) recebeu uma máquina, também importada da China, que tem capacidade de produzir até 100 mil máscaras básicas por dia, que serão utilizadas pelos empregados da empresa, familiares e profissionais de toda a rede de oficinas da marca, além de doações à população.
“Este é o momento de unir forças contra o vírus para minimizarmos o efeito da crise na saúde. A Caoa Chery está engajada em buscar soluções e iniciativas que colaborem com as autoridades no combate à pandemia. Por isso estamos contribuindo com o governo, por meio das doações e colocando nossas instalações e mão de obra à disposição para a produção de mais máscaras que vão auxiliar na proteção da população”, comenta o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, fundador e chairman do Grupo Caoa, e médico de formação, que encabeçou a iniciativa.
| Automotive Business ( publicado em 07-05-2020) | | | | Associação das fabricantes defende reinício sincronizado com fornecedores e medidas de estímulo para o mercado
Após mais de um mês totalmente paralisada, a indústria de veículos na Europa contabiliza 298 fábricas abertas até o momento, segundo balanço divulgado na quinta-feira, 7, pela Acea, associação local das fabricantes. No Velho Continente, 142 fabricas produzem automóveis, 38 são de veículos comerciais leves, 58 de caminhões, 58 produzem ônibus e 71 são dedicadas a motores – muitas delas possuem a produção de diferentes segmentos no mesmo complexo industrial/local.
“Um relançamento bem-sucedido do setor automotivo no pós-coronavírus será claramente vital para a recuperação econômica mais ampla da Europa”, disse o diretor geral da Acea, Eric-Mark Huitema.
Desde meados de março, a indústria automobilística tem sido severamente impactada pela crise do Covid-19. Segundo a Acea, as fábricas ficaram fechadas por quase 30 dias, em média, até o momento. A entidade reporta que com isso, deixou de produzir mais de 2,3 milhões de veículos até agora. Embora várias fábricas estejam reiniciando lentamente suas operações, elas ainda estão operando muito abaixo de sua capacidade que estava sendo utilizada no período antes da pandemia.
“Se quisermos voltar à produção em larga escala, os fabricantes e fornecedores de automóveis devem colocar suas fábricas em funcionamento de maneira rápida e sincronizada. É por isso que pedimos à União Europeia [que concentra 196 fábricas abertas] a apoiar um reinício coordenado de atividades e investimentos com a cadeia de suprimentos. Também serão necessárias medidas para estimular a demanda, uma vez que as vendas caíram para o pior nível nos principais mercados da Europa”, concluiu.
Juntas, as montadoras de veículos empregam 2,6 milhões de pessoas na Europa, com 13,8 milhões de empregos na cadeia.
| Automotive Business ( publicado em 07-05-2020) | | | | Em meio à pandemia do coronavírus a Ford iniciou negociações com grupo de fora do setor automobilístico interessado na compra da fábrica do ABC paulista. A empresa tenta vender as instalações desde o anúncio do encerramento das atividades no local, em fevereiro do ano passado. Desde então, entraram no páreo duas empresas chinesas e o empresário brasileiro Carlos Alberto de Oliveira Andrade, todos do ramo automotivo.
O dono do Grupo Caoa e de revendas Ford era o mais cotado para ficar com a planta, mas desistiu após ter pedido de empréstimo negado pelo BNDES.
Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que "temos novos interessados, incluindo não automotivos e com alto potencial de geração de empregos". Disse que há progresso nas negociações, mas não deu detalhes.
O fechamento da fábrica do ABC que produziu automóveis e caminhões por 52 anos como parte de um programa de redução de custos já deu alguns resultados. A empresa encerrou o primeiro trimestre com prejuízos de US$ 113 milhões, resultado 29% melhor que em igual período de 2019, com perdas de US$ 158 milhões. O Brasil representa 60% dos negócios na região.
Desinfecção
Com previsão de reabrir as três fábricas no País em 1º de junho, a Ford prepara amplo programa de segurança para evitar a contaminação pelo vírus da covid-19 tanto entre funcionários como entre concessionários e consumidores.
Nas fábricas de carros em Camaçari (BA), na de motores em Taubaté (SP) e na de jipes Troller em Horizonte (CE) os procedimentos seguirão normas adotadas pelo grupo na China e na Europa, e em acordo com o Ministério da Saúde e a Anvisa.
Em ação inédita, a Ford lançou na quinta-feira, 7, serviço de desinfecção dos carros com produto fabricado pela 3M e até agora usado por hospitais. Diferente da higienização, que elimina a sujeira, o Ford Clean, como é chamado, acaba com bactérias e vírus e será aplicado em 50 itens do automóvel como volante, alavanca de freios, bancos, fechaduras e chave de ignição.
O serviço será fornecido a partir de segunda-feira e custa R$ 129. Por enquanto vai ser aplicado apenas em modelos da marca que passaram por testes de compatibilidade do produto. "Cada empresa utiliza diferentes materiais em sua produção e, neste momento, só vamos aplicar onde temos certeza de que não haverá deterioração para garantir a integridade do produto", informou Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford.
A montadora também criou um selo de certificação para os concessionários, que têm de cumprir 15 protocolos de segurança. Segundo a empresa, as 285 revendas já receberam o certificado, embora só metade delas está funcionamento em razão de normas adotadas por Estados e municípios. "Nossas revendas serão um oásis de segurança", afirmou Watters.
Segundo ele, até que surja uma vacina contra a covid-19 as pessoas terão receio de usar transporte público e vão querer ficar "em suas bolhas" e se sentirem protegidas. O Ford Clean é uma forma de proporcionar essa segurança e, de acordo com a empresa, há outros países interessados no procedimento.
Sobre a retomada da produção Watters afirmou que, embora a previsão é para início de junho, pode ocorrer de cada uma das três fábricas reabrir em momentos diferentes. "Vai depender de como estiver a situação da contaminação em cada Estado", disse. "Se houver qualquer risco não vamos abrir."
Juro ainda alto
O executivo acredita que a decisão do Banco Central de reduzir a taxa Selic pode ajudar a estimular a economia. Assinalou, porém, não ter visto ainda redução equivalente chegar ao cliente do varejo. "As taxas reais de juros para empréstimos estão muito altas tanto para empréstimos às empresas como para consumidores."
Watter disse entender que os bancos estão preocupados com a capacidade de crédito dado os níveis de desemprego e de insegurança, "mas precisamos ser cuidadosos para não entrarmos num círculo vicioso". Para ele, "é preciso achar formas de ver as reduções do BC fluindo para o mundo real e não as margens sendo retidas no sistema bancário".
Em sua opinião, para ajudar a economia no curto prazo seria importante retomar projetos de infraestrutura para gerar empregos e movimentar a indústria. Em relação ao setor automotivo, ele argumentou que governos de muitos países estão oferecendo pacotes de estímulo à produção e vendas. No Brasil, disse, uma ação específica seria um programa de renovação da frota.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) tem mantido há mais de um mês, sem sucesso, reuniões com o Ministério da Economia, BNDES e bancos para obter linha de crédito que ajude na recomposição do caixa. A maioria das montadoras, autopeças e revendas alegam estar sem liquidez.
| Bem Paraná | | | | Montadora vai equipar plataforma SPA 2 com Lidar, espécie de radar a laser
A Volvo Cars estabeleceu uma parceria com a empresa Luminar para obter a primeira tecnologia totalmente autônoma da montadora em rodovias, chamada Highway Pilot. Segundo a Volvo, todos os carros criados sobre a nova plataforma SPA 2 estarão preparados para receber o hardware de condução autônoma a partir do início da produção, em 2022.
A Luminar colocará à disposição sua tecnologia Lidar para a próxima geração dos carros Volvo. Todos usarão o Lidar integrado ao teto. Ele é uma espécie de “radar a laser”, que mede distâncias em relação a objetos ao redor do veículo. O sistema da Luminar pode medir distâncias além de 250 metros, o que dá aos carros autônomos mais tempo para a tomada decisões em ambientes com tráfego complexo.
Segundo a Volvo, os carros com a plataforma SPA 2 poderão ter seus softwares atualizados a qualquer momento pela nuvem. E o recurso Highway Pilot será ativado apenas quando a via e o local reunirem condições de segurança.
“A condução autônoma poderá ser uma das tecnologias mais importantes da história se for aplicada com responsabilidade”, afirma o diretor de tecnologia da Volvo Cars, Henrik Green.
Além do Highway Pilot, Volvo e Luminar também estão explorando a melhoria de futuros sistemas avançados de assistência ao motorista (Adas), com o potencial de equipar todos os futuros carros baseados na plataforma SPA 2 com um sensor Lidar como padrão.
ENTENDA COMO FUNCIONA
A tecnologia da Luminar é baseada nos sensores Lidar de alto desempenho, que emitem milhões de pulsos de laser para detectar com precisão onde estão os objetos, digitalizando o ambiente em 3D e criando um mapa temporário em tempo real sem a necessidade de conexão com a internet.
O Lidar é fundamental na criação de carros que podem navegar com segurança no modo autônomo, proporcionando a visão e a percepção confiáveis que câmeras e radares por si sós não podem fornecer. O Lidar é a base ideal para a tomada segura de decisões em ambientes complexos em alta velocidade. Para ativar o recurso Highway Pilot, a tecnologia de percepção da Luminar será combinada com o software de condução autônoma e as câmeras, radares e sistemas de backup para funções como direção, frenagem e energia da bateria instalados nos próximos carros Volvo.
| Automotive Business ( publicado em 07-05-2020) | | | | Resultados do primeiro trimestre não refletem o cenário econômico atual
O crescimento de 13% do total de crédito liberado para o financiamento de veículos no primeiro trimestre, que chegou a R$ 38,5 bilhões, não reflete o cenário econômico atual, fortemente impactado pela crise causada pela pandemia de coronavírus. Em seu balanço divulgado na quinta-feira, 7, a Anef, associação dos bancos de montadoras, indica que essa tendência de alta será revertida nos próximos meses, quando já espera pela desaceleração dos negócios.
As projeções da entidade indicam quedas abruptas no trimestre atual ao contrário da tendência de aumentos contínuos observados desde 2017 no setor.
“Os números do primeiro trimestre, infelizmente, não representam a nova realidade pela qual o segmento e a economia como um todo está passando. Mesmo já vendo a diminuição do consumo devido à quarentena, março ainda contou com 20 dias de operações normais, que acompanharam a tendência de alta do mercado de veículos, registrada anteriormente à crise”, comenta o presidente da Anef, Paulo Noman.
Segundo dados da entidade, os números de março já apontavam para o movimento de retração: com mais de 50%, em média, de representatividade nas modalidades de pagamento, o CDC apresentou queda de 2,4%, fechando o mês com R$ 11,8 bilhões em recursos liberados. O leasing, que tem acumulado perdas na representatividade nos últimos anos, registrou recuo de 31,2% no trimestre, com R$ 305 milhões em recursos.
Historicamente, o pagamento à vista tem mantido níveis estáveis, representando nos últimos quatro anos cerca de 45% das vendas de veículos e comerciais leves no Brasil. Já para caminhões e ônibus, a média tem girado na casa dos 10% e, no caso das motocicletas, em torno de 30%.
Segundo o presidente da Anef, a perspectiva é que esses porcentuais de pagamentos à vista diminuam também no médio e longo prazo.
“Seja pela perda de renda ou insegurança com relação à estabilidade econômica, o consumidor provavelmente não terá a intenção de descapitalizar os recursos para a compra de um automóvel ou veículo de uma só vez. Por isso, a procura por financiamentos e prazos mais longos deve aumentar”, completa.
A média dos prazos dos planos de financiamento já sugerem uma confirmação dessa previsão: a média subiu de 43,5 meses em março de 2019 para 45,1 no mesmo mês deste ano.
| Automotive Business ( publicado em 07-05-2020) | | | | Maioria dos 2.976 empregados aprova proposta em assembleia
Os empregados da Schaeffler em Sorocaba (SP) aprovaram acordo de redução de jornada e salário por 90 dias negociado pelo sindicato local dos metalúrgicos, o SMetal, com base na Medida Provisória 936 editada pelo governo para permitir a flexibilização de relações trabalhistas diante da pandemia de coronavírus que paralisou grande parte da indústria no País.
Na mesma assembleia virtual realizada entre 5 e 6 de maio foi aprovada a suspensão de contratos de trabalho por 60 dias para funcionários que pertencem ao grupo mais vulnerável ao contágio pela Covid-19, com manutenção de salários e benefícios.
Para ambos os casos, suspensão ou redução de jornada e salários, a empresa garantiu estabilidade no emprego até 30 de novembro. Segundo o SMetal, o acordo foi negociado com perda salarial menor do que a prevista na legislação emeergencial. “Com a MP do governo, o rendimento dos funcionários cairia consideravelmente. A negociação do sindicato e a pressão dos trabalhadores possibilitaram um maior complemento da empresa, chegando ao salário líquido ou mais próximo a esse valor”, conta Leandro Soares, presidente do SMetal.
O sindicato informou que dos 2.976 trabalhadores da Schaeffler Sorocaba aptos a votar, 2.304 (77,42%) participaram da assembleia virtual que aprovou a proposta com 84,38% de votos favoráveis, 12,93% contrários e 2,69% abstenções.
Também foi aprovado um aditamento ao Programa de Participação nos Resultados (PPR) de 2020, que havia sido aprovado em 2019 como parte de um acordo de dois anos. Segundo o SMetal, a Schaeffler comunicou que não pagaria a primeira parcela do PPR que deveria ser depositada esta semana, o que levou os trabalhadores a aprovar na última quinta-feira, dia 30, um comunicado de greve na empresa. Após mais negociações, os empregados concordaram em transferir o pagamento para junho próximo.
| Automotive Business ( publicado em 07-05-2020) | | | | Processo possui seis etapas e pode ser completado sem sair de casa
A Hyundai em parceria com a Abrahy, a associação de sua rede de concessionárias, lançam um novo serviço de vendas online Hyundai Express, na qual é possível realizar toda o processo de compra de veículos pela internet. A ferramenta visa a continuação dos negócios pela marca como forma de enfrentar a pandemia causada pelo novo coronavírus, ao mesmo tempo em que mantém as pessoas em casa.
Segundo a empresa, a nova ferramenta reúne a estrutura digital já utilizada pelas concessionárias na forma de uma sequência de seis passos, que engloba todas as etapas da compra de veículos: montagem do veículo pela internet (escolha do modelo e demais configurações); atendimento virtual de um vendedor via aplicativo de mensagem com videochamadas; agendamento de test-drive em domicílio; avaliação on-line de veículo para troca; simulação do financiamento e entrega do carro em casa.
Na etapa de avaliação de veículo usado como parte do pagamento, o processo será feito em parceria com a Auto Avaliar, empresa e plataforma especializada em compra e venda de usados.
“O cenário atual desafia o modo de consumidores e revendas de carros fazerem negócio. A nossa rede de concessionárias respondeu prontamente a isso com uma série de iniciativas on-line e em domicílio, mas faltava uma plataforma que reunisse todas essas soluções de maneira organizada e completasse todas etapas do processo. O Hyundai Express será a nova maneira de todas as nossas concessionárias no País atenderem os clientes com total segurança, sem a necessidade de deslocamentos e com a maior comodidade”, comenta o vice-presidente comercial da Hyundai Motor Brasil, Angel Martinez.
| Automotive Business ( publicado em 07-05-2020) | | | | Montadora lançou plano com as três primeiras prestações quitadas, mas há entrada de 49% e balão final com outros 50%
Durante o mês de maio, a BMW assumirá o pagamento das três primeiras parcelas daqueles que comprarem um carro zero-quilômetro da marca financiado pelo banco da montadora. A condição é válida para o plano Sign & Go, com entrada fixa de 49%.
O saldo restante ocorre em 24 parcelas (sendo as três primeiras quitadas pela montadora), mais um “balão” equivalente a 50% do valor do carro. Na prática, quase todas as prestações durante estes dois anos corresponderão aos juros do financiamento, já que se paga quase a metade do veículo na retirada e ainda resta a outra metade no fim do contrato, mesmo após a quitação de 21 prestações.
A taxa de juros é de 0,79% ao mês, menor que as praticadas por Ford e Fiat em novos planos com carência surgidos com a pandemia de Covid-19. Mas ainda são altos quando se considera a taxa básica Selic, de pouco mais de 3% ao ano.
A BMW usa como exemplo um sedã 320i Sport, com valor de mercado de R$ 202.950. Dentro das condições para o período, o cliente dá entrada de R$ 99.445,50 e financia o modelo com parcelas mensais de R$ 946 (21 prestações na prática), mais o balão de R$ 101.475. A primeira parcela será paga só 120 dias depois da compra. O total pago ficará em R$ 220,8 mil, ou R$ 17,8 mil de juros. As 21 parcelas de R$ 946 totalizam R$ 19,8 mil.
| Automotive Business ( publicado em 07-05-2020) | | | |
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