| 02 de mARÇO de 2020
Segunda-feira
- Reforma trabalhista reduziu incertezas, mas inovações da lei exigem maturação
- Agenda para inserção do Brasil na economia global
- Confiança empresarial cai 0,5 ponto em fevereiro ante janeiro, revela FGV
- Confiança empresarial recua em fevereiro após 8 meses em alta, diz FGV
- Com Bolsonaro, Paulo Skaf quer conselho de empresários na Fiesp
- Grupo de empresários diz que não vai a ato contra Congresso
- Governo publica MP com regras para contratar servidor temporário e reduzir fila do INSS
- Indústria e Congresso reagem e avisam governo que resistirão a corte unilateral de tarifa comum do Mercosul
- Taxação do seguro-desemprego requer regulamentação e não começará em março, diz governo
- Bosch diz que coronavírus preocupa, mas ainda não impacta indústria
- Coronavírus deve levar economia global para nível mais baixo desde 2009, diz OCDE
- Com coronavírus, estimativas para o crescimento do PIB recuam até 1,4%
- Coronavírus faz fábrica na RMC criar turnos extras e quase dobrar número de maquinários
- Coronavírus: riscos e oportunidades para o setor de máquinas
- Fabricante da Motorola mantém operação reduzida por conta de coronavírus e reveza férias coletivas
- Abimaq diz não ter dado que indique desabastecimento por causa do coronavírus
- País tem taxa de informalidade de 40,7%
- Cibersegurança deve movimentar milhões em negócios no Paraná em 2020
- Artigo: O desenvolvimento e o tripé de confiança
- Começa prazo para que 2,070 milhões de paranaense prestem contas à Receita Federal
- Troca por benefício mais vantajoso não deve ter devolução
- Dólar do cartão terá de ser o do dia da compra a partir desta segunda
- Perigo e oportunidade no mercado financeiro; saiba o que fazer
- Setor de alumínio quer levar ao governo estudo sobre concorrência chinesa
- Volkswagen vai ressarcir 400 mil clientes por 'dieselgate'
- Petrobras reduzirá gasolina em 4% e o diesel em 5% nas refinarias no sábado
- Óleo diesel passa a conter mínimo de 12% de biodiesel
- FCA assina parceria para o desenvolvimento de novas ligas de alumínio
- Logística 4.0: um conceito que vem revolucionando a indústria mundial
- Maxion Wheels desenvolve roda de alumínio mais leve que reduz o peso do carro em sete quilos
- Artigo: A revolução dos dados na indústria automotiva
- CGCRE do Inmetro certifica IQA para realização de ensaios em pilhas e baterias
- IA na logística: como a tecnologia vai transformar completamente o setor
- Produção de fundidos recupera perdas do fim de ano
- Gemu moderniza fábrica e amplia capacidade em 60%
- Senai desenvolve robô para a GM
|
Câmbio
Em 02/03/2020
|
|
Compra
|
Venda
|
Dólar
|
4,491
|
4,492
|
Euro
|
4,998
|
5,001
|
Fonte: BACEN
| | | | | Reportagem da série especial do site Poder 360, com apoio da CNI, Caminhos da Indústria - desafios e oportunidade, desta semana, avalia como a negociação coletiva e o diálogo foram valorizados, a queda do número de ações trabalhistas e porque o custo e a produtividade foram pouco afetados
ABRH acredita que o trabalho intermitente pode ser usado em diversos setores da economia, até mesmo na construção civil
Mais de dois anos após a nova legislação trabalhista entrar em vigor, o mercado de trabalho do país ainda está se adaptando às novidades implementadas pela reforma sancionada no governo de Michel Temer. A crise fez com que empresários demorassem a testar os novos instrumentos, e foi só a partir do 2º semestre de 2019 que o reaquecimento da economia se traduziu em aumento de vagas de empregos formais, criadas principalmente por micros e pequenas empresas.
Essa é a avaliação do economista e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Carlos Henrique Corseuil. Ele acredita que, com a retomada da atividade econômica, novas modalidades de contratação como o trabalho intermitente, a jornada parcial e o home office devem ganhar força no Brasil.
“Há uma fase de maturação, de exploração e de checagem da validade dos instrumentos permitidos pela nova legislação. No caso da reforma trabalhista, essa espera não foi custosa para os empresários porque, devido à fraca atividade econômica, os níveis de contratação permaneceram baixos por muitos meses. Atravessamos um período de incertezas, mas agora as coisas estão se consolidando, e já vemos reflexos no mercado de trabalho. Exemplo disso é o aumento do contrato intermitente no ano passado”, explica.
O trabalho intermitente é uma modalidade em que o funcionário presta serviço apenas algumas vezes por semana. Ele recebe pelas horas trabalhadas, incluindo os valores do INSS e FGTS, além das férias e 13º salário proporcionais. A modalidade cresceu 70% entre novembro de 2018 e novembro de 2019.
Diretor-executivo da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Wolnei Ferreira afirma que as novas modalidades de contratação trouxeram maior flexibilidade e segurança para o trabalhador, definindo regras para uma atividade que já era realizada no país.
“O trabalho intermitente e o parcial já eram práticas comuns, realizadas por meio de mão de obra contratada de forma autônoma ou terceirizada. O trabalhador acabou ganhando proteção legal para realizar esse tipo de serviço, e as empresas agora se sentem à vontade para fazer esse tipo de contratação. É uma modalidade de trabalho muito comum em países desenvolvidos e especialmente na Europa e que, no Brasil, ocorria sem nenhuma proteção para o trabalhador ou para a empresa contratante”, avalia o diretor.
Ainda de acordo com Ferreira, as novas modalidades reduzem os custos de contratação, fomentando segmentos da economia que precisam reforçar equipes por períodos curtos e pré-determinados. Ele afirma que empresas de call center, produtoras de eventos, centros de convenções, escolas, hotéis e várias marcas de varejo poderão utilizar as novas modalidades.
“Até setores como a construção civil podem se beneficiar, porque a demanda por pedreiros, por exemplo, ocorre em um período específico da obra. Já a demanda por azulejista, em outra etapa. Manter toda essa mão de obra de forma permanente custa caro. Por outro lado, o trabalhador pode prestar serviço para diversas empresas ao mesmo tempo, aumentando a própria renda e organizando a rotina com maior autonomia”, explica.
Renan Pieri, doutor em economia e professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EESP), também acredita que a reforma trouxe benefícios, mas destaca que a criação de novas modalidades de emprego formal não resolvem dois problemas centrais no mercado de trabalho brasileiro: o elevado custo de contratação via CLT e a baixa remuneração média.
“A baixa remuneração tem a ver a com produtividade, e há 40 anos a produtividade está estagnada no país. Nossa capacidade tecnológica é menor do que a de outros países e os empregos gerados acabam pagando menos. Além disso, temos que melhorar a qualidade da nossa educação. Os estudantes saem da escola sem habilidades básicas para o mercado de trabalho.”
Sobre os custos elevados de contratação com carteira assinada, o professor da FGV diz que a reforma trabalhista quase não trouxe avanços, porque não alterou os encargos e tributos que uma empresa assume quando contrata um novo funcionário.
“A CLT é muito engessada, e isso não mudou. A questão do trabalho intermitente ou de outras modalidades mais baratas, como a carteira de trabalho verde e amarela, é que elas acabam parecendo subterfúgios. Como continua muito caro contratar no Brasil, foram criadas essas modalidades. O trabalhador intermitente não é o ideal, mas, na ausência dessa possibilidade, esse trabalhador provavelmente acabaria no mercado informal. Com a modalidade, pelo menos durante o tempo acordado de trabalho ele terá alguns direitos”.
O trabalho intermitente é uma modalidade em que o funcionário presta serviço apenas algumas vezes por semana
Queda nas ações trabalhistas e maior diálogo
Dois efeitos positivos da nova legislação foram a redução do número de novas ações registradas na Justiça do Trabalho e o estímulo à negociação entre empresas e sindicatos, pela qual pactuam ajustes nas rotinas e condições de trabalho, como definição de bancos de horas, fracionamento de férias, definição de turnos de trabalho e forma de pagamento do 13º salário (no número de parcelas ou no mês do aniversário do empregado, por exemplo), entre outros.
Presidente do Conselho de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Alexandre Furlan pontua, embora o direito à negociação coletiva fosse assegurado pela Constituição, o diálogo livre entre empresas e trabalhadores vinha sofrendo interferência do Estado, com repetidas anulações de cláusulas e até acordos coletivos por inteiro negociados, de forma legítima.
“A negociação coletiva tem um papel fundamental no mundo do trabalho, que é o de ajustar os interesses de empresas e trabalhadores e evitar o conflito. Cedem ambas as partes para que se, no geral, os dois lados percebam um ganho maior, que é atividade econômica da empresa e o emprego. No entanto, os sucessivos casos de anulação de negociações legítimas pela Justiça do Trabalho vinham criando um ambiente de desconfiança e representava potenciais passivos para as empresas”, explica Furlan.
Pesquisa recente da CNI mostra, por exemplo, que as mudanças trazidas na reforma para dar mais segurança à negociação coletiva foi o principal avanço percebido pelos empresários da indústria. Para 63,3% das empresas industriais, a chamada prevalência do negociado sobre o legislado para que se pactue rotinas e condições específicas de trabalho teve impacto muito positivo no diálogo com os sindicatos de trabalhadores.
Professor titular de Direito do Trabalho da Universidade de São Paulo (USP) e advogado sócio de Mannrich e Vasconcelos acredita que a reforma melhorou o ambiente de negócios do país, uma vez que diminuiu as burocracias e afastou o Estado das negociações entre trabalhadores e empresas. O poder público é acionado apenas para garantir a proteção do trabalhador.
“Muitas vezes, a legislação anterior, no lugar de proteger o trabalhador, criava embaraços para a contratação. Isso mudou. Não há mais obrigatoriedade de homologar as rescisões contratuais de empregados com mais de um ano; as dispensas coletivas passaram a receber o mesmo tratamento das individuais; e foram eliminadas burocracias envolvendo arranjos de jornadas. Muitas questões envolvendo duração do trabalho foram simplificadas, como a questão das férias que podem ser fracionadas em até três períodos, acabando com o antigo sistema. Embora vedada, os empregados fracionavam as férias em comum acordo com a empresa e depois conseguiam receber em dobro na Justiça do Trabalho, pois a lei exigia que as férias fossem concedidas em um único período”.
Mannrich destaca que a reforma também garantiu maior segurança jurídica, em especial no que se refere às obrigações assumidas por meio de negociação coletiva. Isso porque, ao estipular o que é possível negociar e quais condições de trabalho os sindicatos não podem negociar com as empresas, a nova legislação limitou o papel dos juízes do trabalho –que só podem anular cláusula negociada com o sindicato em caso de vício de natureza formal.
“Antes, qualquer cláusula era passível de ser anulada pela Justiça do Trabalho, provocando grande insegurança. A reforma também impediu a ultratividade dos convênios coletivos. Antes, qualquer vantagem conquistada pelo sindicato só podia ser retirada por meio de novo acordo ou nova convenção, mesmo após seu prazo de vigência”.
Reforma buscou disciplinar litígios
A regra em vigor estabelece que o trabalhador é obrigado a comparecer às audiências e, caso perca a ação, deve arcar com os custos do processo e com os honorários da parte vencedora –algo que não ocorria antes da reforma.
Outra mudança importante é que o trabalhador que entra com ação deve definir o valor da causa, e há previsão de punição para aqueles que agirem com má-fé. Também ficou determinado prazo máximo de 8 anos para andamento das ações. Se a ação não for julgada ou concluída nesse prazo, o processo será extinto.
Todas essas mudanças tiveram grande impacto no volume de ações que tramitam na Justiça do Trabalho. Dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST) mostram que em novembro de 2017 foram registradas mais de 290 mil novas ações. No mês seguinte, já com a reforma em vigor, esse número caiu para pouco mais de 85 mil. Nos meses posteriores, houve aumento do número de novas ações registradas pela Justiça do Trabalho, mas as médias anuais e mensais continuam inferiores às registradas antes das mudanças na legislação. No ano passado, o total chegou a 1,82 milhões de ações –ante 1,75 milhão em 2018, 2,65 milhões em 2017 e 2,76 milhões em 2016.
Leia mais no infográfico:
Em 2019, o assunto que mais levou trabalhadores a buscar a Justiça do Trabalho foi aviso prévio. Eis a lista dos temas que resultaram em mais ações:
“Essa redução é positiva por muitos motivos: aposta-se em outras formas de solução de conflitos, como mediação e arbitragem. Mas de modo particular houve redução pelo fato de ajuizar uma ação trabalhista deixou de ser, para muitos, aventura processual, passando a litigância de má-fé a ser temida, mesmo porque haverá sucumbência no caso de uma das partes não ter êxito”, afirma Nelson Mannrich, professor titular de Direito do Trabalho da Universidade de São Paulo (USP) e advogado sócio de Mannrich e Vasconcelos.
Novas mudanças?
Como a reforma é ampla e relativamente recente, os juristas acreditam que inúmeros aspectos da nova legislação podem ser questionados nos próximos anos. A contratação de trabalhadores intermitentes pela rede de varejo Magazine Luiza, por exemplo, foi tema de ação julgada pelo TST em 2019, e a Corte definiu que a modalidade pode ser usada para contratar profissionais de todas as áreas. Para o advogado trabalhista Fernando Miranda, sócio do escritório Paixão Côrtes, alguns detalhes das novas regras para negociação coletiva, para o teletrabalho e para o trabalho intermitente só poderão ser definidas após a experiência prática.
“Em um cenário de tão amplas alterações, seja quanto à extensão, seja quanto à profundidade, é de se supor a necessidade de aperfeiçoamentos. Muitos deles, inclusive, virão pela própria jurisprudência, já que é mesmo impossível se esperar que a legislação consiga exaurir a complexidade da realidade. Nesse sentido, há ainda várias indagações que precisarão ser respondidas em relação às novas figuras como teletrabalho e o trabalho intermitente, para o exemplo acerca do Direito Individual do Trabalho, e sobre a transcendência do Recurso de Revista, para um exemplo do Processo do Trabalho. O próprio rol de limitação da negociação coletiva certamente ainda passará por relevantes construções jurisprudenciais”.
Para Pieri, professor da FGV, será necessário pensar em formas de proteger os trabalhadores que prestam serviços para plataformas de aplicativos, como Uber, Cabify, Rappi, entre outras. Ele vê a expansão desse tipo de serviço como positiva porque permite ao trabalhador informal ter algum tipo de renda, mesmo num cenário em que a economia cresce pouco. “Acho perigoso reconhecer vínculo empregatício como alguns países fizeram, mas precisamos ter associações que representem esses trabalhadores negociando por melhores condições de trabalho. O problema principal nesse mercado é o monopólio: se vou prestar esse serviço, para quantas plataformas poderei trabalhar?”
Corseuil, do Ipea, levanta outra questão sobre a “uberização” do mercado de trabalho: a sobrecarga no sistema público de saúde. “Quando a gente olha para o tipo de emprego que começou a crescer no país a partir de 2018, é justamente o trabalho autônomo. Esse trabalhador depende da demanda: quanto maior a demanda, maior a remuneração. Como a economia não está aquecida, a demanda é baixa, e a remuneração também. Assim, ele não consegue prover uma poupança e contribuir para a previdência, ou até mesmo fazer um seguro que o proteja em caso de acidentes. Isso é preocupante do ponto de vista do bem-estar dele e também porque vai recair sobre o SUS. Esse é um problema que deveria ter sido debatido mais afundo nas discussões sobre políticas para o mercado de trabalho”.
A série Caminhos da Indústria – desafios e oportunidades é produzida pelo Poder360 Mercado, divisão de conteúdo patrocinado do Poder360, com apoio da CNI. Leia todas as reportagens.
| CNI | | | | Em artigo publicado no jornal Correio Braziliense, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, avalia que é necessário dar seguimento à abertura comercial por meio da negociação de acordos comerciais
O Brasil precisa avançar mais rapidamente no comércio internacional. O país é a nona economia do mundo, mas não se situa entre os 20 maiores exportadores e importadores. Além disso, perdemos quase uma década: as exportações de produtos básicos e industrializados diminuíram de 2011 para 2019. Para reverter esse quadro adverso, é preciso resolver problemas de duas ordens: de um lado, as questões estruturais que atrasam o nosso progresso e, por consequência, nossa competitividade internacional; de outro, os desafios específicos da política de comércio exterior do país.
Nesse contexto, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) lança, pelo quinto ano consecutivo, a Agenda Internacional da Indústria. Trata-se do maior conjunto de propostas de comércio exterior do setor empresarial brasileiro para o governo federal. A Agenda é resultado de um amplo processo de consulta ao agronegócio, à indústria e ao setor de serviços, incluindo federações estaduais, associações setoriais, sindicatos patronais e empresas.
O documento apresenta mais de 100 ações, divididas em quatro eixos: a modernização da política de comércio exterior; a prestação de melhores serviços de apoio à internacionalização das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs); o aprofundamento do relacionamento com os mercados estratégicos; e a cooperação internacional. Desse conjunto, a CNI selecionou 10 prioridades, agrupadas em cinco frentes, que, por sua urgência e abrangência, têm impacto positivo significativo para o setor privado e para o Brasil como um todo.
Em primeiro lugar, é necessário dar seguimento à abertura comercial do país por meio da negociação de acordos comerciais e do aprofundamento da agenda econômica do Mercosul. Permitir o acesso ao nosso mercado de maneira negociada é muito melhor do que fazê-lo de forma unilateral, pois proporciona contrapartidas e períodos de transição, essenciais para que as empresas façam os necessários ajustes à nova situação de competição.
Em seguindo lugar, é preciso dar andamento ao processo de ingresso do país na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de forma a melhorar o ambiente de negócios, assim como apoiar a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC). A paralisação do Órgão de Apelação da OMC, por exemplo, é um problema grave, que mina a capacidade brasileira de combater práticas comerciais ilegais por parte dos outros países.
Outra medida fundamental é garantir que a reforma tributária assegure a imunidade total das exportações de bens e serviços, eliminando os problemas de cumulatividade e de compensação de créditos. Não faz sentido exportar impostos, uma prática sem base econômica e inconstitucional. Por isso, a CNI ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer valer a imunidade tributária das exportações estabelecida na Constituição Federal. Também é importante revisar a Lei de Lucros no Exterior para permitir que as multinacionais brasileiras possam competir em igualdade de condições.
É urgente, também, concluir programas já iniciados, como o Portal Único de Comércio Exterior; manter instrumentos que têm efeito positivo comprovado, como o sistema público de financiamento e garantias às exportações; e desengavetar medidas que dependem apenas da chancela presidencial, como a modernização do decreto para combater subsídios de outros países que promovem comércio desleal na agriculta e, sobretudo, na indústria.
Por fim, cabe maior coordenação entre as organizações públicas e privadas de apoio empresarial para oferecer serviços de internacionalização para MPMEs. A CNI desenvolveu, com recursos da Comissão Europeia, uma metodologia premiada de atendimento às empresas de médio e pequeno porte, transferida para o Ministério da Economia em 2018. A meta é implementá-la em todo o território nacional, numa parceria com o Sebrae, a Apex-Brasil e o Ministério das Relações Exteriores.
Para vencer os desafios no cenário comercial global, o governo brasileiro, à luz da experiência de países como os Estados Unidos, deveria adotar uma Estratégia Nacional de Comércio Exterior, com metas claras e mensuráveis. Ninguém melhor do que os empresários, que estão na ponta das operações, para diagnosticar o que precisa mudar nessa área.
Por isso, a adoção das medidas prescritas na Agenda Internacional da Indústria contribuiria imensamente para a inserção competitiva do Brasil no mundo, com vistas ao crescimento das exportações brasileiras e ao desenvolvimento econômico do país.
| CNI (publicado em 28-02-2020) | | | |
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 0,5 ponto em fevereiro ante janeiro, para 97,2 pontos, informou nesta segunda-feira, 2, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 0,6 ponto.
"Em fevereiro, o índice de expectativas empresariais registrou a primeira queda desde agosto passado, tendo como destaques negativos o setor de Serviços e a Construção. Em ambos os casos, os indicadores, que antes sinalizavam otimismo com os meses seguintes, passaram a retratar neutralidade. Os indicadores de situação atual também recuaram no mês, embora neste caso o setor de Serviços tenha sido o único responsável.
Quase toda a coleta de informações para as sondagens de fevereiro foi realizada antes do expressivo avanço do surto mundial de coronavírus, na última semana do mês", ponderou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
O Índice da Situação Atual (ISA-E) recuou 0,6 ponto em fevereiro, para 92,8 pontos. O Índice de Expectativas (IE-E) diminuiu 0,3 ponto, para 101,5 pontos.
Entre os componentes do ICE, a Indústria e o Comércio avançaram. Já a confiança no setor de Serviços recuou 1,7 ponto em fevereiro, e a confiança da Construção caiu 1,4 ponto.
A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.356 empresas dos quatro setores entre os dias 3 e 21 de fevereiro.
| Bem Paraná | | | | Indicador que mede esse sentimento registrou a primeira queda desde agosto passado, tendo como destaques negativos o setor de Serviços e a Construção
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) caiu 0,5 ponto em fevereiro, para 97,2 pontos, após oito meses em alta. Em médias móveis trimestrais, o índice manteve tendência ascendente ao avançar 0,6 ponto.
Houve queda tanto do índice que mede a percepção dos empresários sobre a situação corrente dos negócios (ISA-E) quanto do Índice de Expectativas (IE-E). O ISA-E recuou pelo segundo mês seguido, em 0,6 ponto, para 92,8 pontos. O IE-E teve queda de 0,3 ponto, para 101,5 pontos, permanecendo na zona de neutralidade (próximo aos 100 pontos).
Entre os setores integrantes do ICE o resultado foi bastante heterogêneo em fevereiro. A indústria, continuou avançando, em ritmo menos intenso, enquanto o comércio avançou pelo terceiro mês consecutivo, puxado pelas expectativas dos empresários, que caminharam em sentido oposto ao aumento do pessimismo observado nos demais setores.
Entenda o impacto do novo coronavírus na economia e a revisão do PIB 2020
A confiança no setor de serviços recuou em 1,7 ponto em fevereiro e é o único setor que recua na métrica de médias móveis trimestrais. Após avançar por sete meses consecutivos, a confiança da construção recuou 1,4 ponto.
“Em fevereiro, o índice de expectativas empresariais registrou a primeira queda desde agosto passado, tendo como destaques negativos o setor de Serviços e a Construção. Em ambos os casos, os indicadores, que antes sinalizavam otimismo com os meses seguintes, passaram a retratar neutralidade.
Os indicadores de situação atual também recuaram no mês, embora neste caso o setor de Serviços tenha sido o único responsável. Quase toda a coleta de informações para as sondagens de fevereiro foi realizada antes do expressivo avanço do surto mundial de coronavírus, na última semana do mês”, diz Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas Públicas da FGV, em comentário no relatório.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
O mercado brasileiro reduziu para 2,17% a previsão a alta do PIB em 2020, segundo pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira, mas diversos bancos e consultorias já estimam um crescimento abaixo de 2%.
| G1 | | | | Presidente deve visitar a entidade na próxima quinta (5)
A menção que o presidente Jair Bolsonaro fez na live desta quinta-feira (27) a uma visita à Fiesp no começo de março se refere ao evento de lançamento de um conselho de grandes empresários que será criado para discutir assuntos do país no ambiente da entidade.
Jair Bolsonaro e Paulo Skaf na Fiesp - AFP
A nova visita de Bolsonaro à Fiesp, prevista para a próxima quinta (5), é mais um passo da aproximação do governo com o presidente da entidade, Paulo Skaf.
O encontro acontece menos de um mês depois de outra visita recente de Bolsonaro à entidade, no dia 3 de fevereiro, quando ele foi ao local acompanhando de seus filhos, o senador Flávio e o deputado Eduardo, dos ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Abraham Weintraub (Educação), além de Regina Duarte (Cultura).
Ainda não estão fechados os nomes dos empresários que participarão do conselho de empresários nem quantos serão. Bolsonaro participará apenas do evento de abertura.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 28-02-2020) | | | | Fundado por Flavio Rocha, Brasil 200 diz que críticas ao Congresso se limitam à reforma tributária
Deixa disso Depois da recente troca de farpas públicas entre os empresários contrários à PEC 45, proposta de reforma tributária da Câmara, e o presidente da Casa, Rodrigo Maia, começa um movimento de reconciliação.
O Brasil 200, grupo fundado por Flávio Rocha (Riachuelo), decidiu não participar do ato contra o Congresso marcado para 15 de março. Foi feito até um convite para que Maia participe de um jantar oferecido pelos empresários em São Paulo na primeira quinzena do mês.
Agenda bloqueada Segundo a assessoria de imprensa de Maia, há chances de ele aceitar o convite. Os anfitriões deixaram que o próprio parlamentar escolha a data.
Liberado Gabriel Kanner, presidente do Brasil 200, diz que a entidade não vai fazer convocação para a manifestação de rua do dia 15 e que liberou seus membros para decidirem individualmente se participam ou não do ato.
Microfone Luciano Hang, dono da rede de varejo Havan, publicou apoio ao ato em seu perfil nas redes sociais. O próprio Kanner afirma que deve comparecer. Porém, sem fazer discurso em carro de som.
Mais um Kanner nega qualquer intenção do grupo de atacar o Congresso. Mas a bandeira de resgatar um imposto nos moldes da antiga CPMF permanece. Após promover um evento em SP em fevereiro para criticar a PEC 45 —apoiada por Maia—, marcou mais um para o próximo dia 11, agora no Senado. O presidente da Câmara será convidado.
PROSA
"Atacar o Congresso é muito diferente de atacar uma PEC. Estamos atacando a PEC 45 porque é uma péssima proposta de reforma tributária. Causaria desarranjo na economia e elevaria a carga de setores essenciais"
| Folha de S. Paulo | | | | Um dos pontos (contratação de servidores aposentados) é voltado especialmente para redução da fila de pedidos do INSS, segundo o governo. Contratações poderão ser feitas sem concurso.
O presidente Jair Bolsonaro assinou uma medida provisória, publicada no "Diário Oficial da União" desta segunda-feira (2), que institui novas situações em que o governo federal pode contratar profissionais por prazo determinado e sem concurso público.
Um dos pontos da lei prevê a contratação de servidores aposentados para atuarem na mesma área de quando estavam na ativa. De acordo com o governo, esse trecho da MP é voltado especialmente para a tentativa de reduzir a fila de pedidos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Decreto que autoriza reforço de militares ao INSS ainda não foi publicado
A MP altera pontos de uma lei de 1993, que já permitia a contratação temporária sem concurso. Agora, o governo adiciona novos casos de aplicação do dispositivo.
O texto da medida não diz especificamente que as contratações deverão ocorrer no INSS. Poderão ser feitas em todas as áreas do serviço público federal.
Pela nova regra, as contratações emergenciais passarão a ser permitidas nos seguintes casos:
- para reduzir "passivos processuais ou de volume de trabalho acumulado"
- quando o o governo entender que as atividades a ser executadas "se tornarão obsoletas no curto ou médio prazo, em decorrência do contexto de transformação social, econômica ou tecnológica". Assim, o governo considera que não haveria vantagem para o poder público em fazer a contratação efetiva desse profissional
- para "conter situações de grave e iminente risco à sociedade que possam ocasionar incidentes de calamidade pública ou danos e crimes ambientais, humanitários ou à saúde pública"
- para ações de assistência em situações de emergência humanitária que ocasionem aumento súbito de chegada de estrangeiros ao país
Uma medida provisória passa a valer assim que é publicada, mas precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado em até 120 dias, senão perde a validade.
O governo chegou a anunciar, em janeiro, que editaria medidas para reforçar o número de servidores que analisam os pedidos. Uma delas seria a contratação de militares da reserva, mas o texto ainda não foi publicado.
Fila de espera do INSS tem dois milhões de pedidos de benefício aguardando resposta
Edital
Desde o início de 2020, pedidos de benefício do INSS, como aposentadoria e pensão, estão acumulados na fila. Atualmente, cerca de 1,4 milhão de pedidos aguardam uma resposta. O tempo máximo de espera deveria ser de 45 dias, mas o órgão não está conseguindo atender a população no prazo.
Para que as contratações temporárias no INSS comecem a ser feitas, o governo ainda precisa lançar um edital, com os critérios para o tipo de profissional que será aceito. A previsão é a de que o edital vai ser lançado na primeira quinzena de março, e até o início de abril, os convocados estarão aptos a trabalhar.
A prioridade será para quem estiver afastado há menos tempo do serviço e for mais jovem, segundo o INSS.
O INSS calcula que R$ 240 milhões serão gastos com as contratações temporárias para reduzir a fila de espera do INSS e que o estoque de requerimentos com mais de 45 dias vai zerar no prazo máximo de seis meses.
A expectativa do governo é que 1500 aposentados do INSS se interessem pelo trabalho temporário e retornem ao órgão.Aqueles que forem selecionados para o atendimento ao público passarão por um treinamento. Eles vão ser remunerados por produtividade: R$ 57 por processo concluído. Médicos peritos também serão chamados e vão receber, por perícia realizada, R$ 61.
Além da possibilidade de contratação emergencial de profissionais, a MP publicada nesta segunda prevê a contratação de estatais para processar as consignações em folha do INSS.
| G1 | | | | Entidades afirmam que qualquer movimento precisa ser discutido para garantir período de adaptação para as empresas brasileiras
Setores da indústria e do Congresso reagiram a uma das principais bandeiras do governo Jair Bolsonaro para o Mercosul: a reforma da TEC (tarifa externa comum), imposto sobre importações compartilhado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Entidades representativas e congressistas avisaram o governo que não aceitarão cortes unilaterais nessas alíquotas.
Disseram ainda que qualquer movimento nesse sentido precisa ser discutido para garantir, entre outros pontos, um período de adaptação para as empresas brasileiras.
Eles cobraram que as mudanças tarifárias devem ser acompanhadas de medidas para melhorar a competitividade e o ambiente de negócios.
Os índices atuais da TEC sempre foram considerados um entrave pela equipe econômica comandada pelo ministro Paulo Guedes, que advoga por uma maior abertura comercial.
Em outubro de 2019, circulou pelas embaixadas dos países do Mercosul um anteprojeto de corte que foi visto como radical demais pelo setor produtivo brasileiro. À época, o esboço foi divulgado pelo jornal Valor Econômico.
O rascunho elaborado pela equipe econômica previa, na média, uma TEC para produtos industriais que passaria de 13,6% para 6,4% em quatro anos.
Diante do que consideraram uma abertura comercial sem um período de transição adequado, associações que representam a indústria passaram a pressionar tanto o governo quanto o Congresso contra a ideia.
Uma das queixas era que o Ministério da Economia vinha dando pouco espaço para o setor no debate de uma proposta de corte tarifário.
O principal interlocutor dessas entidades no Legislativo foi o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), vice-presidente da Câmara e ex-ministro da Indústria e Comércio Exterior (estrutura que foi incorporada pelo superministério da Economia).
Ele passou o recado à equipe de Guedes de que uma proposta de corte das tarifas naqueles termos seria mal recebida no Legislativa.
Também pontuou que muitos congressistas são contrários a qualquer medida unilateral do Ministério da Economia nesse assunto e que, se aquele estudo de redução tarifária fosse adotado, haveria ainda risco de judicialização.
"Nós incentivamos a abertura comercial, desde que seja de uma forma planejada, gradual e dialogada. E que ande em paralelo com a melhoria do ambiente de negócios interno", afirmou Pereira.
Segundo relatos feitos à Folha, a reação dos industriais e do vice-presidente da Câmara fez com que os membros da equipe econômica pisassem no freio na defesa da agenda junto aos demais parceiros do Mercosul.
O Brasil segue levantando o tema nas reuniões técnicas do bloco, mas os negociadores do país, disseram interlocutores, reconhecem que será preciso encampar um cenário de corte menos ambicioso e com transição mais alongada.
A resistência interna gerou especial frustração na equipe econômica porque as contraofertas tanto do Uruguai quanto do Paraguai coincidiam em grande parte com a brasileira.
Além da sinalização dessas dificuldades, a reformulação da TEC esbarra no segundo maior parceiro do Mercosul, a Argentina.
Até o fim de 2019, o país vizinho era comandado pelo liberal Mauricio Macri, que endossava a agenda reformista do bloco.
No entanto, apesar do discurso pró-modernização, as autoridades argentinas durante o governo Macri ressaltavam que o então presidente não tinha condições políticas de encampar uma redução das tarifas durante o período eleitoral.
Com a vitória do peronista Alberto Fernández, de linha protecionista, o lado brasileiro permaneceu durante meses esperando uma sinalização sobre qual linha Buenos Aires adotaria.
A primeira resposta veio em meados de fevereiro, durante a visita a Brasília do novo chanceler, Felipe Solá.
De acordo com relatos feitos à Folha, os argentinos disseram que apresentarão uma proposta de modificação integral da TEC na cúpula do Mercosul em julho, no Paraguai.
Apesar da promessa, negociadores brasileiros ponderam que a modernização tarifária sempre foi um tema sensível no país vizinho e que ainda é incerto se o estudo que será entregue pela Argentina terá a coincidência necessária para tirar uma reforma do papel.
Integrantes do governo consultados afirmam que avançar com a agenda de reforma da tarifa externa é importante até para dar ao Brasil melhores condições nas futuras tratativas de acordos de livre-comércio.
Em 2019, o Mercosul concluiu as conversas para um tratado desse tipo com a União Europeia e com a EFTA (Associação Europeia de Livre-Comércio). Estão em curso tratativas para possíveis acordos com Canadá, Cingapura, Coreia do Sul e Líbano.
A reformulação do imposto comum de importação do Mercosul é necessária, disseram esses interlocutores, porque o bloco tem níveis de proteção tarifária bastante superiores ao dos demais países.
Procurada, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) não respondeu os questionamentos encaminhados pela Folha.
O Ministério das Relações Exteriores afirmou por sua vez que a reforma da TEC "permanece como prioridade para o Brasil na agenda de modernização do Mercosul".
"As alíquotas de imposto de importação estabelecidas pela TEC foram determinadas inicialmente em 1994 e sofrem constantes alterações pontuais, mas nunca passaram por uma revisão integral. Os níveis tarifários atuais encontram-se desalinhados aos praticados internacionalmente", diz a pasta.
Sobre a simulação de corte que foi apresentada em outubro, o Ministério da Economia disse que atualmente ocorrem "discussões técnicas bastante preliminares com sócios do Mercosul".
O ministério destaca também que são debatidos diferentes aspectos metodológicos e cenários. "Não há uma proposta oficial de revisão tarifária do governo brasileiro", afirmou.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 01-03-2020) | | | | Governo editou MP para taxar o benefício a partir de março. Porém, mudança não será implementada neste momento. Informação foi divulgada pelo Ministério da Economia.
O Ministério da Economia informou que, apesar de estar em vigor Medida Provisória prevendo a taxação do seguro-desemprego por meio da contribuição previdenciária a partir de março deste ano, esta cobrança não será realizada neste momento.
A medida fixa que a contribuição sobre o seguro-desemprego varie de 7,5% a 11%. Pelo texto, o beneficiário pode contar o tempo de recebimento do seguro-desemprego para a aposentadoria.
Questionado pelo G1, o Ministério da Economia informou que a mudança precisa ser regulamentada antes de começar a valer:
"A cobrança de contribuição previdenciária sobre o seguro-desemprego depende de regulamentação, especialmente em relação à categoria de segurado obrigatório e alíquota. Já há previsão na modernização do Regulamento da Previdência, em fase final de tramitação. Após regulamentação, serão necessários atos concretos para operacionalizar a cobrança".
A medida provisória cria o chamado Programa Verde e Amarelo, de incentivo à geração de emprego para jovens, com a previsão de gerar 1,8 milhão de empregos para jovens entre 18 e 29 anos.
Em audiência pública no Congresso Nacional em dezembro do ano passado, o então secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, atualmente ministro do Desenvolvimento Regional, admitiu que a comunicação do governo não foi "eficaz" sobre a taxação do seguro-desemprego, alvo de críticas da sociedade e dos parlamentares.
Para Marinho, deveria ter sido reforçado que o tempo de recebimento do seguro-desemprego passará a contar no tempo para a aposentadoria, um argumento considerado positivo pelo governo. Naquele momento, ele também avaliou que o Legislativo poderia mudar essa proposta se desejasse.
O relator da MP, deputado Christino Aureo (PP-RJ), apresentou parecer favorável à aprovação da Medida Provisória, mas com alterações.
No caso da contribuição previdenciária no seguro-desemprego, ela passou a ser opcional. O relatório ainda não foi votado. Houve um pedido de vista coletiva no dia 19 de fevereiro. A próxima reunião da comissão mista está marcada para esta terça-feira (3).
A medida provisória começa a valer no momento em que é publicada no "Diário Oficial da União" (DOU), mas precisa passar pela Câmara e pelo Senado em até 120 dias para não perder a validade. No caso da MP do Programa Verde e Amarelo, o texto precisa ser aprovado pelas duas Casas até 20 de abril.
| G1 | | | | Para presidente da empresa na América Latina, cenário de investimentos depende mais da reforma tributária
Máscara Com fornecedores na China e em outros países afetados pelo coronavírus, a Bosch afirma que a doença é preocupante, mas ainda não afeta a indústria no Brasil.
Calculadora Segundo Besaliel Botelho, presidente da empresa na América Latina, a perspectiva de investimentos na Bosch poderá ser comprometida se houver demora na reforma tributária. “O Congresso está perdendo uma grande oportunidade para fazer isso acontecer dentro do prazo”, diz o executivo.
| Folha de S. Paulo (publicado em 01-03-2020) | | | | Organização pede que governos e bancos lutem para evitar queda mais profunda
O surto de coronavírus está afundando a economia mundial em sua pior recessão desde a crise financeira global, alertou nesta segunda-feira (2) a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), pedindo a governos e bancos centrais que lutem para evitar uma queda ainda mais profunda.
A economia global deve crescer apenas 2,4% este ano, o nível mais baixo desde 2009 e ante expectativa de 2,9% em novembro, disse a OCDE em uma atualização de suas perspectivas.
A organização projetou que a economia global pode se recuperar com um crescimento de 3,3% em 2021, assumindo que a epidemia atinja o pico na China no primeiro trimestre deste ano e outros surtos sejam contidos.
Entretanto, se o vírus se espalhar pela Ásia, Europa e América do Norte, o crescimento global pode cair para 1,5% este ano, alertou a OCDE.
"A principal mensagem para esse cenário de recuo é de que ele colocará muitos países em recessão, motivo pelo qual pedimos que medidas urgentes sejam adotadas nas áreas afetadas o mais rápido possível", disse à Reuters a economista-chefe da OCDE, Laurence Boone.
Ela disse que os governos precisam dar suporte aos sistemas de saúde com pagamentos extras ou benefícios fiscais para trabalhadores que fazem horas extras e esquemas de trabalho para empresas que enfrentam recuo na demanda.
PROJEÇÕES
No cenário básico da OCDE, em que a situação não se deteriora de forma dramática, a China sofrerá o maior impacto. A organização reduziu sua estimativa de crescimento em 2020 para a mínima de 30 anos de 4,9%, ante 5,7% em novembro.
A segunda maior economia do mundo vai se recuperar em 2021 para níveis pré-coronavírus com crescimento de 6,4%, estima a OCDE.
Na zona do euro, onde o número de casos está aumentando rápido, a expansão foi estimada em 0,8% ante 1,1% em novembro, com a Itália registrando estagnação este ano. O crescimento da zona do euro deve subir para 1,2% em 2021.
O vírus deve ter impacto limitado sobre o crescimento dos EUA, estimado em 1,9% de 2,0% em novembro, acelerando a 2,1% em 2021.
Para o Brasil, a OCDE manteve a expectativa de expansão de 1,7% em 2020, indo a 1,8% no ano seguinte.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 02-03-2020) | | | | Previsão oficial de crescimento do governo para 2020 permanece em 2,4%
O impacto do surto de coronavírus na economia brasileira, dados mais fracos sobre a atividade e dúvidas sobre a agenda de reformas econômicas geraram novas revisões para baixo nas estimativas de crescimento do país.
Nesta quinta-feira (27), o Bank of America Merrill Lynch reduziu sua perspectiva de crescimento econômico do Brasil em 2020 de 2,2% para 1,9%, se juntando a outras instituições financeiras que já haviam cortaram suas projeções para baixo dos 2%.
Na quarta-feira, o JP Morgan já havia revisado sua projeção de 1,9% para 1,8%.Segundo reportagem da Folha, o ministro da Economia, Paulo Guedes, enfrenta desgastes com o presidente Jair Bolsonaro e passou a ser cobrado por resultados.
O presidente reforçou a Guedes a necessidade de que, neste ano, a atividade econômica cresça, no mínimo, 2%. A previsão oficial de crescimento do governo para 2020 permanece em 2,4%. “O surto de coronavírus deve impactar negativamente as exportações.
Dado o maior impacto esperado do vírus e os contínuos indicadores de atividade econômica sem sinal uniforme no Brasil, reduzimos nossa previsão”, afirmaram os economistas do banco, David Beker e Ana Madeira, em relatório.
Outros analistas do setor privado, como a empresa de pesquisa britânica Capital Economics, estão mais pessimistas, prevendo um crescimento de 1,5% neste ano. O BNP Paribas reduziu sua previsão de crescimento de 2% para 1,5%.
O Fator foi ainda mais pessimista e derrubou sua projeção de 2,2% para 1,4%. Estimativa do banco BBVA está em 1,9% desde janeiro. Nas últimas semanas, também revisaram para baixo suas projeções, embora ainda no piso de 2%, Santander, UBS, Barclays e Safra.
Na contramão da maioria dos analistas, o banco Suíço Julius Baer projeta uma desaceleração da economia brasileira no próximo ano, com projeção de 2,0% para 2020 e 1,5% para 2021.
Na quarta-feira, a economista Zeina Latif afirmou que um crescimento maior da economia neste ano será garantido pela queda recente dos juros, mas que, sem a aprovação de reformas que ajudem na retomada do investimento, poderá haver perda de fôlego do PIB no próximo ano.
A mediana da última pesquisa Focus realizada pelo Banco Central, com projeções feitas na semana passada, está em 2,2%, mesma estimativa do Boletim Macro do Ibre/FGV divulgado recentemente. Para 2021, está em 2,5%.
Alguns analistas aguardam a divulgação dos dados do último trimestre de 2019, na próxima quarta-feira (4), antes de revisar suas projeções.
Desde a divulgação do PIB do 3º trimestre de 2019, a Tendências mantém a projeção para 2020 em 2,1%, mas a consultoria diz que o número deve ser revisto após a divulgação do resultado de 2019, levando em conta os últimos eventos domésticos e externos que aumentaram os riscos de revisão para baixo neste ano.
A última projeção do Itaú é de crescimento do 2,2%. A do banco Credit Suisse é de 2,3%. A do Bradesco, de 2,5%.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 27-02-2020) | | | | O que para muitos têm sito motivo de preocupação, para a Betel Uso Único acabou se tornando também uma oportunidade de negócio. É que a empresa, fundada há 19 anos e localizada em Campo Magro, na região metropolitana de Curitiba (RMC), é especializada no mercado hospitalar e industrial. E com os casos de coronavírus no mundo, a demanda por máscaras tripla (também chamadas de máscaras cirúrgicas) disparou, com encomendas de praticamente todos os cantos do mundo.
De acordo com Edgar Pereira da Silva, fundador e diretor da Betel, a fábrica localizada na RMC é hoje capaz de produzir entre 50 e 60 milhões de máscaras por mês. “Mas os volumes que estão chegando são bem consideráveis. Está chegando para nós 200 milhões, 400 milhões (de máscaras encomendadas), um volume fora da curva”, conta o empresário.
Com tamanha demanda, a empresa já aumentou em 35% o efetivo trabalhando apenas na produção de máscaras e a expectativa é alcançar o porcentual de 70% nos próximos meses. “Há uns dois meses já sentimos que a coisa estava bem feia, bem crítica lá fora.
Aí já fizemos o segundo turno (na linha de produção), depois o terceiro turno e hoje adquirimos mais duas máquinas e fechamos parcerias com outras fábricas também para produzir para outros países”, comenta ele, destacando ainda que até o final de março serão 12 máquinas (hoje são sete, contando com o parceiro) trabalhando full time somente com as máscaras cirúrgicas.
Além da demanda crescente no mercado interno, explica Edgar, o mercado internacional também tem buscado pelos fabricantes brasileiros para conseguir material. Alemanha, Coreia do Sul, China, Israel, Itália, Polônia e Ucrânia são alguns dos compradores, e o foco hoje da empresa está no atacado, ou seja, nas vendas em grandes quantidades.
“A procura está grande a nível nacional e internacional. Na China, por exemplo, são 2 bilhões de pessoas. Agora imagine cada um desses componentes utilizando duas ou três máscaras por dia... A China tem condições de abastecer o país, e estão fazendo isso hoje, mas em contrapartida eles desabastecem o mercado internacional. É onde o Brasil e outros países começam a ter seu retorno.”
Ainda segundo o empresário, a demanda atual é muito maior do que a registrada em 2009, quando houve uma pandemia de gripe A (H1N1). “Quando surgiu o H1N1, surgiu mais a título de um evento que estava acontecendo em separado do mundo, eram alguns países (afetados). Hoje, todos os continentes estão numa epidemia global, então é assustador para o mundo”, aponta.
Variação do dólar faz aumentar o preço do produto na indústria
Hoje, uma máscara tripla é comercializada no mercado por preços entre R$ 0,55 e R$ 0,70, diz Edgar Pereira da Silva, diretor da Betel. Há pouco tempo, porém, o preço chegou a ser consideravelmente menor. É que como o material é precificado através do dólar, a variação cambial, aliado ao aumento da demanda por matéria-prima, acabaram provocando uma elevação de custos e, consequentemente, do valor do produto.
“Hoje nosso material é precificado através do dólar. Estamos tendo grande impacto nos valores e estamos redimensionando algumas situações. O impacto está sendo grande”, afirma Edgar. “Hoje consideramos aumentos de 60, 70%. Isso para nós é preocupante, não é muito bom essa elevação para a imagem da empresa. Mas você é carregado, tem de acompanhar, senão você não produz, é abarrotado pelo preço praticado”, complementa.
Desde o final do ano passado e início deste, o dólar vem oscilando para cima, muito por causa do coronavírus. Depois que o Brasil confirmou seu primeiro caso, em São Paulo, na semana passada, a moeda norte-americana disparou e atingiu recorde. Na sexta-feira fechou em R$ 4,481.
Máscaras podem ser usadas por até 5 horas, diz fabrcante
Edgar Pereira da Silva destaca ainda que as máscaras cirúrgicas não servem para evitar o contágio, mas sim para não permitir que alguém transmita um vírus. Para isso, as máscaras possuem uma barreira tripla, com barreira viral e barreira de filtragem, e é feita com um material sintético, o prolipropileno.
“Por que surgiu a máscara? Simplesmente para evitar salivação ou a inspiração num processo cirúrgico, a contaminação cruzada em sala cirúrgica. Elimino a salivação e não trago a inspiração”, diz o empresário. “A máscara tem eficiência de até 2 horas e meia, caso a pessoa tenha um resfriado ou outro vírus. Então em 2 horas e meia tem de dispensar o material. Se a pessoa não está resfriada, dá para usar por até 4, 5 horas.”
Para quem não está infectado, valem as recomendações de higiene, como lavar as mãos, evitar compartilhar objetos pessoais e que são usados na alimentação, também evitar locais com grande aglomeração de pessoas, manter ambientes ventilados, na prática, as mesmas recomendações para prevenir a gripe.
O coronavírus vem avançando pelo mundo, e a cada dia um novo país informa sua presença. Hoje, todos os continentes, exceto a Antártica, têm a presença do vírus.
| Bem Paraná ( publicado em 01-03-2020) | | | | “A questão {dos problemas enfrentados pela indústria chinesa} com o Coronavírus traz riscos e oportunidades para a indústria nacional de máquinas e equipamentos”, disse José Velloso, presidente-executivo da Abimaq, respondendo a pergunta que lhe foi dirigida por uma repórter na última quarta-feira, durante a entrevista coletiva para a apresentação do balanço de janeiro do setor de máquinas e equipamentos.
Desculpando-se por abordar do ponto de vista comercial um problema grave (“uma tristeza, que ninguém sabe onde vai parar”), Velloso disse que o principal risco para a indústria nacional é o desabastecimento. Do total das importações brasileiras de máquinas e equipamentos, 18% são originários da China.
Parte desse volume é composta por componentes eletrônicos “como hoje praticamente todas as máquinas têm eletrônica embarcada, este é um possível problema”. Ou seja, indústrias nacionais correm o risco de podem ficar sem um determinado componente para a montagem final de uma máquina ou equipamento.
No entanto, o executivo disse desconhecer qualquer indústria do setor de bens de capital mecânicos que esteja nessa situação. “Em conversas com entidades de outros setores, caso da indústria eletrônica, já há problemas de abastecimento, mas em nosso setor, até este momento, nenhum caso relatado à entidade”, acrescenta.
O que existe até aqui, segundo Velloso, são casos esporádicos de empresas que importam componentes da China e que já estão se movimentando para substituir esses itens, seja de fabricantes nacionais ou de outros países, de modo preventivo.
E, em sua opinião, aí está justamente uma das oportunidades para as empresas do setor. “Se sou fornecedor de determinado cliente e meu produto em um determinado momento foi substituido por um produto chinês, tenho oportunidade agora de voltar a fornecer, de oferecer meu produto em substituição ao produto chinês”, disse.
Outra oportunidade, apontada pelo executivo, está na exportação. “Além de atender 47% do consumo aparente brasileiro, o nosso setor é um grande exportador. Do total das exportações da indústria de transformação do Brasil, 12% são máquinas e equipamentos. Nós exportamos cerca de 40% do nosso faturamento.
Não é um setor que vai começar a exportar, que vai abrir mercado... Portanto, assim como existe a oportunidade de substituir o produto chinês aqui no mercado doméstico, existe também a possbilidade de substituir o produto chinês nos mercados para os quais nós já exportamos, como são os casos dos Estados Unidos, nosso principal mercado atualmente, a América Latina e a Comunidade Europeia. “
Setor inicia 2020 com queda no faturamento
De acordo com o balanço apresentado pela Abimaq, a indústria nacional de máquinas e equipamentos fechou o primeiro mês de 2020 com queda no faturamento. De 3,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Na avaliação da entidade, “o desempenho mais fraco foi ifluenciado pela piora nas vendas no mercado externo”.
De fato, as vendas no mercado doméstico voltaram a registrar alta (6,6%) após dois meses de desaceleração (-2,7% em novembro e -2,9% em dezembro). O resultado no mercado interno, porém, foi insuficiente para anular a queda nas exportações.
| Usinagem Brasil ( publicado em 01-03-2020) | | | |
Nesta segunda (2), os 1,5 mil empregados que estavam de folga desde fevereiro retornaram as atividades em Jaguariúna. Outros 1 mil ficam de folga a partir do dia 9 de março.
A Flextronics, fabricante dos celulares da Motorola, programou um revezamento de férias coletivas entre os 3,5 mil funcionários do complexo de Jaguariúna (SP) por conta do impacto do novo coronavírus na China. Nesta segunda-feira (2), os 1,5 mil empregados que estavam de folga desde fevereiro retornaram as atividades. Outros 1 mil ficam fora a partir do dia 9 de março.
Segundo a empresa, a operação está reduzida desde o mês passado porque os materiais para confecção dos aparelhos vêm da China e ainda não voltaram a ser enviados à fabricante. Em fevereiro, as fábricas chinesas paralisaram as atividades na tentativa de reduzir o número de infectados pela doença.
Atualmente, 42% dos componentes necessários no Brasil são provenientes da China.
Já a Samsung, que possui linha de produção em Campinas (SP) e paralisou as atividades por três dias em fevereiro, informou por nota que "a Fábrica de Campinas opera normalmente".
Revezamento de folgas
A previsão é que os 1 mil empregados da Flextronics que entram em férias coletivas na próxima semana só retornem no dia 28 de março.
Assim como o primeiro grupo, eles são funcionários dos setores de produção "back-end" e "front-end", que atuam no desenvolvimento de interfaces e recursos dos celulares, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Jaguariúna.
Do total, os demais 1 mil colaboradores ainda não estão com as férias coletivas agendadas, informou a Flextronics.
Impacto no 1º trimestre
A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) tem mapeado o impacto no setor eletroeletrônico no país por conta de problemas para receber materiais, componentes e insumos da China. Cerca de 50 indústrias de diversas áreas do setor integram a pesquisa.
Há empresas que já indicaram redução média de 22% na produção do 1º trimestre. Apesar disso, a Abinee afirma que não há, por enquanto, "risco de falta de produtos acabados, como celulares e computadores, no mercado brasileiro".
Realidade de empresas associadas:
- 4% operam com paralisação parcial em suas fábricas.
- 15% já programaram paralisações para os próximos dias, a maior parte delas, também de forma parcial.
- 54% ainda não têm previsão de parar suas atividades.
- 17% informaram que não devem atingir a produção prevista para o 1º trimestre deste ano.
- Metade das empresas, acreditam que as projeções devem ser mantidas.
- 33% afirmam que ainda não é possível dar essa indicação.
"Segundo a pesquisa, as empresas devem demorar, em média, cerca de dois meses para normalizar o ritmo da produção, após a retomada dos embarques de materiais, componentes e insumos da China", informou a Abinee.
| G1 | | | | Segundo presidente da associação, setor está tomando medidas preventivas para evitar eventuais riscos
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso Dias Cardoso, disse na quinta-feira, 27, que no setor de máquinas e equipamentos não há sequer um dado que indique que há ou haverá desabastecimento ou paralisação de produção por conta da epidemia de coronavírus.
"Não temos nenhum dado nem nas empresas, nem nas câmaras setoriais, que indique desabastecimento", disse. Mesmo porque, continuou o executivo, o que mais a indústria importa da China são componentes eletrônicos.
De acordo com Velloso, o que o setor está fazendo é tomar ações preventivas para evitar que em algum momento possa ocorrer algum eventual risco de se parar produção por falta de matérias-primas.
Neste sentido, segundo ele, as empresas já estão substituindo a China por outros fornecedores para o pouco de peças e componentes vindos da China.
Ao contrário, disse Velloso, o advento do coronavírus pode até representar uma oportunidade para as exportações brasileiras de máquinas e equipamentos, especialmente para países da América Latina que hoje importam da China.
"Exportamos 40% do nosso faturamento. Então não vamos ter de abrir mercado. Não quero dizer, com isso, que o coronavírus é bem vindo, longe disso", disse o presidente da Abimaq.
Para ele, o setor é como uma tartaruga e não reflete os movimentos imediatos das bolsas nem do câmbio. Isso porque da contratação de uma máquina até a sua entrega leva coisa de ano ou mais.
Sobre o câmbio, Velloso disse que o que mais o preocupa é a volatilidade. Porém, diz não ver o governo, que é liberal, interferindo no dólar.
| CIMM | | | |
O País alcançou uma taxa de informalidade de 40,7% no mercado de trabalho no trimestre até janeiro, com 38,3 milhões de trabalhadores na informalidade, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE.
O trabalho por conta própria alcançou 24,575 milhões de brasileiros no trimestre encerrado em janeiro. Em apenas um ano, o trabalho por conta própria ganhou a adesão de 745 mil pessoas.
| Bem Paraná (publicado em 01-03-2020) | | | | No dia 5 de março uma das principais empresas de segurança cibernética do país vai inaugurar filial em Curitiba. Com 24 anos de estrada, a ISH chega ao Paraná com a expectativa de já faturar neste ano R$ 30 milhões com soluções de segurança da informação, detecção de ataques e monitoramento.
O cenário complexo de segurança da informação ocupa hoje o topo das prioridades dos tomadores de decisão e a tendência é que ganhe cada vez mais independência da TI – Tecnologia da Informação, tanto em orçamentos quanto em gestão e liderança. A avaliação é do executivo com sólida formação em tecnologia, Allan Costa, que hoje é um dos sócios da ISH.
“Em 2020, o mercado de cibersegurança no Brasil deve atingir R$ 8 bilhões, com um crescimento impulsionado principalmente por software e serviços, e o tema de segurança digital, deixa de ser uma preocupação da área de tecnologia para estar na pauta da alta gestão”, prevê o empresário.
Allan Costa, que também foi presidente da Celepar, diz que a inauguração na capital paranaense coloca o Paraná em um lugar privilegiado no que diz respeito às inovações que estão por vir. “E o objetivo vai além da oferta de serviços continuados.
Queremos criar uma cultura de cibersegurança”, diz ele. Segundo Allan, o que ocorre é que, embora o cenário seja de crescente preocupação, o tema ainda é novo por aqui. "A ISH estar em Curitiba se conecta com a necessidade da economia paranaense de se adequar a essa nova realidade dos negócios na era digital, para continuar se expandindo e crescendo de maneira consistente”, destaca Costa.
O Brasil contabilizou em 2018 mais de R$ 80 bilhões em prejuízos causados por falhas em proteção. Somente em 2019, estima-se que as empresas do país tenham sofrido pelo menos 60 bilhões de tentativas de ataques virtuais. Dados assim colocam o Brasil em 2º lugar no ranking da Organização das Nações Unidas (ONU) dos países que tiveram mais prejuízos com ataques cibernéticos.
| Bem Paraná (publicado em 01-03-2020) | | | | Uma sociedade, para civilizar-se, precisa se erguer sobre três círculos de confiança: a autoestima, confiança em si mesmo; a cooperação, confiança nos outros; e o estado de direito, a confiança nas instituições que promovem e protegem os direitos individuais e a justiça.
A auto estima é a base da livre iniciativa. É o que empurra, junto com a racionalidade e a objetividade, o ser humano em direção ao progresso individual e ao desejo de interagir com outros seres humanos para juntos criarem, manterem ou trocarem valores para mútuo benefício, levando a sociedade a um grau crescente de prosperidade.
A cooperação é o meio pelo qual indivíduos com capacidades e ambições diferentes associam-se voluntariamente para alcançarem resultados maiores do que se o fizessem isoladamente, cada um contribuindo livre e espontaneamente com os demais em troca daquilo que deseja.
O estado de direito é a conjugação de leis objetivas que dizem para os indivíduos o que não podem fazer para garantir que os direitos individuais, à vida, à liberdade, à propriedade e à busca da felicidade de todos sejam respeitados. Entendendo-se por leis objetivas aquelas que são negativas, prospectivas, iguais para todos, possíveis de serem atendidas, que sejam claras e simples para o fácil entendimento de todos.
Tais leis, junto com aquelas estabelecidas em contratos particulares, formam as regras de convivência na sociedade e devem ser impostas por um governo estabelecido exclusivamente para prover a segurança jurídica de que as relações sociais não serão um jogo de soma zero, resultado normalmente obtido quando a coerção é utilizada como instrumento de persuasão.
Coerção numa sociedade só pode ser utilizada como forma de se retaliar contra o uso da força ou fraude por alguém através do sistema jurídico existente para mediar conflitos ou punir quem iniciar o uso da coerção sem motivos, ressalvado o direito individual à legítima defesa da vida e da propriedade em situações emergenciais.
Esse tripé de confiança é a base do livre mercado, aquele no qual o mercado é livre da coerção entre seus integrantes e, principalmente, da iniciação do uso da força pelo estado.
Confiança em si mesmo, confiança nos outros e confiança nas instituições dependem da certeza de que aqueles que tiverem seus direitos individuais violados possam recorrer ao estado para que seus haveres materiais ou intangíveis possam ser recuperados e que os que violaram tais direitos sejam processados e punidos exemplarmente, de acordo com as regras estabelecidas.
Isso é o que se chama segurança jurídica.
Uma sociedade baseada na confiança, na privacidade, na razão e nos quatro pilares da civilização: livre iniciativa, propriedade privada, estado de direito e livre mercado, não pode aceitar governantes assaltarem quartéis arremetendo violentamente um trator contra pessoas indefesas. Não pode também aceitar que governantes apoiem milícias, principalmente sendo estas parte de uma organização estatal como a polícia.
Uma sociedade civilizada não pode ser refém de políticos, burocratas ou qualquer tipo de servidor público, seja do legislativo, do executivo ou do judiciário, que usam o poder delegado para intimidar, gerar medo e submissão, com o objetivo claro de controlar e espoliar a população para alcançarem uma vida cheia de privilégios, enquanto o povo que os obedece e sustenta vive na miséria, na pobreza, em estado de privação.
Infelizmente, no Brasil, não podemos confiar nem nas instituições, nem nos outros e nem em nós mesmos, porque viver virtuosamente nesta sociedade imoral é um ato de sacrifício que poucos podem suportar.
Rodrigo Constantino - Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal."
| Gazeta do Povo | | | | Começa nesta segunda-feira, 2, o prazo para a entrega da Declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF) 2020, ano-base 2019. No Paraná a expectativa da Receita Federal é de receber 2.070.000 declarações. O período de entrega começou às 8 horas do dia 2 de março e vai até 30 de abril às 23h59. Neste ano há várias novidades no programa da entrega da Receita. Uma delas é antecipação do programa de restituição. Confira abaixo os detalhes das principais mudanças.
Antecipação do cronograma de restituição
A Receita Federal reduzirá o número de lotes de restituição de sete para cinco lotes e antecipará o pagamento das restituições do Imposto de Renda da Pessoa Física referentes ao exercício de 2020, ano-calendário de 2019. O primeiro lote de restituição está programado para o dia 29 de maio, com o último lote previsto para 30 de setembro. Para efeitos de comparação, no ano passado as restituições iniciaram no dia 17 junho e se estenderam até o dia 16 de dezembro.
As restituições serão priorizadas pela data de entrega da DIRPF. Algumas categorias de contribuintes têm prioridade legal no recebimento da restituição: aqueles com 60 anos ou mais, sendo assegurada prioridade especial aos maiores de 80 anos; os portadores de deficiência física ou moléstia grave e contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.
É possível doar diretamente na declaração aos Fundos controlados pelos Conselhos Nacional, Distrital, estaduais ou municipais do Idoso. Até 2019 só era possível efetuar essa doação diretamente na declaração para os Fundos da Criança e do Adolescente.
As deduções relativas aos Fundos controlados pelos Conselhos do Idoso efetuadas diretamente na declaração não podem exceder a 3% do valor do imposto devido apurado na declaração.
O somatório das deduções diretamente na declaração "Criança e Adolescente" e "Idoso" estão limitadas a 6% do imposto devido apurado na declaração em conjunto com as doações efetuadas no decorrer do ano-calendário de 2019 relativas ao Estatuto da Criança e do Adolescente, Incentivo à Cultura, Incentivo à Atividade Audiovisual, Incentivo ao Desporto e Fundos controlados pelos Conselhos do Idoso.
Declaração Pré-Preenchida
A declaração pré-preenchida pode ser obtida diretamente no programa gerador da DIRPF 2020 por meio da opção "Iniciar Declaração a partir da Pré-Preenchida" na Aba "Nova" da Tela de Entrada.
Até o ano passado, para o contribuinte ter acesso ao arquivo da declaração pré-preenchida precisava entrar no Portal e-CAC no site da Receita Federal com seu certificado digital, baixar o arquivo e importá-lo no programa gerador. Agora o contribuinte solicita a declaração pré-preenchida diretamente no programa gerador.
Para obter a declaração pré-preenchida é necessário o uso de certificado digital do próprio contribuinte ou de seu procurador.
Outras novidades
A Receita exigirá o número do recibo da declaração anterior para os contribuintes titulares e seus dependentes que, no ano-calendário 2019, auferiram rendimentos sujeitos ao ajuste anual igual ou maior que R$ 200.000,00.
Para determinados bens e direitos é obrigatório marcar se eles pertencem ao titular ou a dependente e preencher o campo específico com o CNPJ ou CPF relacionado ao bem ou direito informado.
Aqueles contribuintes que apurarem imposto a pagar e quiserem selecionar o débito automático em sua conta corrente para efetuar o pagamento da quota
única ou a partir da primeira quota poderão entregar sua declaração até o dia 10/04/2020. Até 2019 essa entrega tinha que ser feita até o dia 31/03.
Portanto o prazo foi ampliado.
| Bem Paraná | | | | Troca de benefício de prestação continuada para uma pensão por morte requer cautela
Existem situações em que o segurado do INSS consegue fazer um upgrade no seu benefício, isto é, sair do atual e para outro melhor. Mas é preciso ter cautela.
No caso da troca de benefício de prestação continuada para uma pensão por morte, por exemplo, é preciso atenção —principalmente se o novo pensionista vivia com cônjuge ou companheiro que também ganhava renda previdenciária.
É que a Previdência Social não costuma tolerar que um casal ganhe cada um o salário mínimo, sendo um deles titular de benefício assistencial. Nesse tipo de upgrade, o instituto condiciona administrativamente que o interessado assine o Termo de Renúncia de Benefício em Manutenção para Acessar Outro Benefício Mais Vantajoso.
E, com isso, obtém autorização para cobrar todos os valores recebidos de benefício assistencial e ainda descontar 30% mensalmente a perder de vista.
A prática é polêmica. Muitas decisões judiciais rechaçam completamente esse entendimento do INSS. Mas, mesmo assim, a autarquia continua submetendo a população a essa confissão de dívida e descontos indevidos em forma de “consignado”.
A controvérsia se divide em dois aspectos. O primeiro é que os valores pagos a título de pensão por morte não podem ser acumulados com o benefício do Loas (artigo 20, parágrafo 4º da lei 8.742/93) 8.742/93). Por isso, no ato do upgrade é preciso escolher apenas um deles.
O segundo é que um casal de idosos pode receber um salário mínimo por pessoa, como um BPC para cada, ou um BPC e um benefício previdenciário, com base no artigo 34, do Estatuto do Idoso, mas a Previdência não aceita isso e resolve cobrar a grana de quem recebeu renda acumulada.
Para não ficarem tolhidos do melhor benefício, muitos segurados terminam assinando o termo de renúncia e, em seguida, buscam desfazer o ato no Judiciário.
Recentemente, a juíza Ara Cárita Muniz da Silva, da 7ª Vara Federal de Pernambuco (0818359-51.2019.4.05.8300), anulou a cobrança retroativa, restituiu os valores descontados via consignação e condenou o INSS em danos morais de R$ 5.000 pela medida equivocada.
| Folha de S. Paulo | | | | Bancos também serão obrigados a detalhar o cálculo utilizado para a conversão da moeda; expectativa é que medida eleve competição
Começa a valer nesta segunda-feira (2) a nova regulamentação do Banco Central para cobranças de compras em moeda estrangeira no cartão de crédito.
A medida, estabelecida pela autarquia em 2018, obriga bancos a cobrar o dólar com a cotação do dia em que as compras foram realizadas. Até então, a maioria das instituições cobra o valor da data do fechamento da fatura, o que deixava consumidores à mercê da volatilidade da moeda.
Além dessa mudança, os bancos também serão obrigados a detalhar o cálculo utilizado para a conversão da moeda estrangeira em real. A nova regra também vale para compras realizadas pela internet em sites de outros países.
Segundo Carlos Formigari, diretor do Itaú Unibanco, o principal reflexo da nova regra será em benefício do cliente, que terá maior previsibilidade de pagamento e segurança.
"Além disso, o cliente também terá maior facilidade para fazer o controle de gastos e comparar as taxas praticadas pelos diferentes cartões disponíveis hoje no mercado."
A possibilidade de uma maior concorrência acontece porque, apesar de as instituições se basearem na Ptax (taxa de câmbio calculada pelo BC que consiste na média das taxas informadas pelo mercado), cada banco usa um cálculo próprio para fazer a conversão.
Nesse sentido, a cotação final cobrada do cliente tem um ágio, estabelecido livremente por cada instituição e cobrado em cima da taxa de referência. Normalmente, varia de 4% a 5%.
"O banco vai ter que ajustar sua operação para fazer o provisionamento do dólar. E a cobrança dessa tarifa pode ser em cima desse custo e também para evitar que a própria instituição corra o risco da variação até o pagamento da fatura", afirma o professor do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais) George Salles.
É importante destacar que, além da cobrança da tarifa sobre a taxa de referência, há a tributação das operações. Para as compras feitas no cartão de crédito, é cobrado um IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 6,38%.
Já para o viajante que opta por levar dinheiro em espécie, a alíquota cai para 1,1%. Para os cartões pré-pagos também é de 6,38%.
Para Felipe Tayer, sócio da MelhorCambio.com, o fato de os bancos precisarem detalhar abertamente os cálculos de conversão pode acabar trazendo uma maior competitividade para o segmento, uma vez que aumenta a possibilidade de o consumidor fazer a escolha do uso do cartão de forma mais consciente.
"Quando a instituição abre todo o cálculo, permite que o consumidor compare as taxas e os valores entre instituições financeiras e decida pela mais interessante", afirma.
Dentre os cinco maiores bancos do país –Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander–, apenas a Caixa já utiliza a cobrança com o dólar no dia da compra. Nos demais, a sinalização é de preparo dos sistemas para a adoção da nova regra no prazo estabelecido. A comunicação da mudança aos clientes, de acordo com essas instituições, também já começou.
Segundo a Caixa, a conversão da moeda no dia da compra é a modalidade mais escolhida entre os portadores de cartão de crédito da instituição, e a antecipação da mudança –que foi feita pelo banco em 2017– diminuiu os impactos sistêmicos e operacionais pelos quais as demais instituições passam no momento.
De acordo com o superintendente-executivo de cartões do Santander, Rogério Panca, os sistemas do banco já estão adaptados para a nova regulamentação, e a cobrança da compra com a cotação do dia entrou em fase de testes em outubro, com um grupo de funcionários da instituição.
“Também já começamos a comunicar os clientes das mudanças em janeiro, porque existe todo um ciclo de emissão de faturas. Os clientes que têm as faturas fechadas no primeiro dia útil [de março] já terão a nova sistemática do câmbio na fatura do mês”, afirma Panca.
Segundo ele, a indústria já discutia mudanças havia um tempo e a maioria das instituições optava pela cotação somente no fechamento da fatura em razão da dificuldade sistêmica do processo.
"Era a pior forma para o banco, que tinha que ter dois processamentos diferentes, e para o cliente, que também poderia ficar confuso. Mas a mudança vem no sentido de padronizar a indústria e favorecer o consumidor, o que acaba sendo bastante positivo", afirma Panca.
O Nubank, que também já trabalhava com a cotação no dia da compra antes da regulamentação do Banco Central, afirmou enxergar as novas regras de um jeito positivo para o mercado.
"É uma medida que traz mais transparência. Os clientes terão acesso a mais informações e poderão tomar melhores decisões, passando a ter um controle maior de suas finanças", afirmou, em nota.
| Folha de S. Paulo | | | | Depois de atingir seus máximos históricos este ano, bolsas de valores pelo mundo caíram mais de 10% em apenas cinco dias. No atual século, quedas desta magnitude e velocidade só ocorreram no ano de 2008, durante a crise financeira. Com uma mudança tão rápida de humor do mercado, investidores se questionam sobre se o momento seria para comprar, vender ou não fazer nada.
Em seu discurso de 12 de abril de 1959, John F. Kennedy disse:
When written in Chinese, the word “crisis” is composed of two characters – one represents danger and one represents opportunity. Quando escrita em chinês, a palavra crise é composta de dois caracteres – um representa perigo e o outro oportunidade.
Embora linguistas argumentem que Kennedy não estivesse completamente correto em sua tradução, para este momento ela cabe em todos os sentidos.
A culpa das recentes desvalorizações nos mercados é atribuída à epidemia causada pelo coronavírus, Covid-19 que se iniciou na China.
A dúvida dos investidores é se este surto pode levar a uma crise global devido a queda de consumo pelo comportamento de reclusão das pessoas ou se seria uma oportunidade para aproveitar o desconto no preço dos ativos.
O momento ainda sugere cautela, pois os indicadores econômicos provavelmente ainda vão se mostrar negativos. Por exemplo, nesta sexta-feira à noite, a China divulgou o Índice dos Gerentes de Compra da indústria (PMI Manufacturing). Este índice é uma pesquisa entre empresas privadas que respondem sobre se as condições estão iguais, melhores ou piores para sua respectiva produção, compras, estoques e emprego.
O PMI divulgado pela China, nesta sexta, foi pior que o mais baixo índice durante a crise financeira de 2008. Este número foi divulgado depois do fechamento do mercado e pode causar novas quedas na segunda-feira.
Resultado similar deve ocorrer pelo resto do mundo. No entanto, espera-se que esta queda seja temporária como ocorreu em outros surtos de gripe, no passado.
Adicionalmente, espera-se que os governos e Bancos Centrais tomem medidas compensatórias para retomar a atividade como redução das taxas de juros e flexibilização do crédito.
Para quantificar o reflexo da perda de um ano de resultados podemos fazer uma simulação simples.
O preço dos ativos é o resultado do desconto a valor presente dos fluxos de caixa futuros.
Considere que se esperava que as empresas que formam o índice global de ações gerariam, em conjunto, um fluxo de caixa de $100/ ação neste ano de 2020 e que eles cresceriam 2% ao ano de forma perpétua. Assumindo uma taxa de desconto de 10% ao ano, o valor deste índice hoje deveria ser de $1.250,00.
Simulação de um fluxo de caixa perpétuo para índice de ações. O valor justo para o índice é calculado por meio do desconto a valor presente destes fluxos.
Imagine que com a crise, o fluxo deste ano seja zero, que o fluxo de 2021 caia para $95, mas que o crescimento a partir de 2022 volte a ser de 2% ao ano. Perceba que o fluxo de 2020 foi perdido e que os fluxos de todos os outros anos até a perpetuidade, no novo cenário, são 7% menores que aqueles esperados no cenário anterior.
Simulação de um fluxo de caixa perpétuo para índice de ações. O valor justo para o índice é calculado por meio do desconto a valor presente destes fluxos. Este novo fluxo é bem menor que o anterior, simulando a queda econômica produzida pelo coronavírus.
O valor deste novo fluxo seria de $1.079,55, ou seja, 13,6% menor que o anterior.
Portanto, o mercado já teria ajustado os preços dos ativos para um efeito, razoavelmente forte como o da simulação, para os resultados das empresas. Esse ajuste de preços pode ser visto na tabela abaixo.
O MSCI Global é um índice que engloba 1644 empresas distribuídas em 23 países desenvolvidos. O MSCI Emergentes é um índice formado por 1402 empresas de 26 países emergentes. A queda nos índices de mercados emergentes foi menor que o de países desenvolvidos, pois os primeiros já tinham apresentado quedas nos dias anteriores à esta semana.
Com esta simulação, parece claro que uma decisão não deveria ser tomada pelos investidores. Não está na hora de vender, pois se puder esperar entre um a dois anos, a perda deve ser recuperada.
No entanto, para aqueles que já possuem posição, não é recomendável comprar mais no momento, pois ainda não está claro a extensão das notícias negativas e o mercado costuma responder irracionalmente às notícias negativas, possibilitando comprar a preços mais baixos.
Investidores que possuem baixa exposição ao mercado de ações podem iniciar seus investimentos de forma cautelosa.
Michael Viriato - é professor de finanças do Insper e sócio fundador da Casa do Investidor.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 01-03-2020) | | | | Fluxo de produtos aumentou após a instalação de barreiras comerciais em outros países
Desvio A Abal (Associação Brasileira do Alumínio) está concluindo um estudo com a FGV sobre o aumento do fluxo de produtos de alumínio chineses para o Brasil após a instalação de barreiras comerciais em outros países que serviam de destino aos asiáticos.
Conclusões O plano é apresentar o resultado ao Ministério da Economia, diz Milton Rego, presidente da entidade.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 29-02-2020) | | | | Montadora fecha acordo de R$ 4,1 bilhões para encerrar processo na Alemanha
A Volkswagen irá desembolsar cerca de 830 milhões de euros (R$ 4,1 bilhões) para ressarcir cerca de 400 mil clientes em um acordo amigável concluído nesta sexta-feira (28) para encerrar o maior processo "dieselgate" na Alemanha.
A montadora propõe entre 1.350 e 6.257 euros (R$ 6.670 e R$ 30.900) por veículo de acordo com seu modelo e ano, informou a associação de consumidores VZBD, que representa os clientes nessa ação conjunta.
Entre esses clientes, segundo a associação, cerca de 260 mil são elegíveis ao acordo e receberão uma oferta da VW.
O acordo, que não abrange clientes residentes no exterior, prevê que a VZBV retire sua queixa perante o tribunal de Brunswick no final de abril, marcando o fim do processo.
Logo da montadora alemão Volkswagen; empresa fechou acordo de R$ 4,1 bilhões para encerrar processo na Alemanha
Logo da montadora alemão Volkswagen; empresa fechou acordo de R$ 4,1 bilhões para encerrar processo na Alemanha - AFP
A diretora jurídica da VW, Hiltrud Werner, elogiou um "acordo justo e viável". Já o presidente da VZBV, Klaus Müller, considerou ter negociado o "máximo possível" após discussões "difíceis".
O grupo automotivo é acusado de ter prejudicado seus clientes de forma deliberada, ao instalar, sem seu conhecimento, um dispositivo que fazia o veículo parecer menos poluente do que era na realidade.
O valor de 830 milhões de euros já havia sido estipulado em um acordo previamente negociado. Esta primeira tentativa fracassou há duas semanas, devido a um divergência sobre a remuneração dos advogados e sobre as condições de pagamento das indenizações.
Na ocasião, o grupo automobilístico e a associação de consumidores VZBV se acusaram mutuamente de serem responsáveis pelo "fracasso" das negociações. A fabricante acabou por oferecer indenizações aos seus clientes, mesmo sem o apoio da associação.
O escândalo remonta a setembro de 2015, quando a gigante automobilística alemã admitiu ter equipado 11 milhões de veículos com um software que manipulava os valores das emissões de poluentes e que assombra a indústria.
Sem uma resolução amigável, este primeiro grande processo de consumidores na Alemanha poderia se arrastar até 2023 pelo menos.
O montante de 830 milhões de euros pode parecer relativamente modesto em comparação com os 30 bilhões de euros (R$ 180 bilhões) que o Dieselgate já custou à fabricante alemã.
Até agora, grande parte dos mais de 30 bilhões de euros em multas, gastos jurídicos e indenizações paga pela Volkswagen foi nos Estados Unidos.
Na Alemanha, a VW pagou apenas três multas, totalizando 2,3 bilhões de euros (R$ 11,4 bilhões), e contesta a acusação de ter causado danos aos motoristas.
O grupo permanece sob a ameaça de uma cascata de processos civis e criminais, parte dos quais resultou em acordos.
Vários dirigentes do grupo, incluindo o atual CEO, Herbert Diess, e o presidente do conselho de supervisão, Hans Dieter Pötsch, assim como o ex-chefe Martin Winterkorn e o ex-chefe da marca Audi Rupert Stadler, estão sob investigação.
Na semana passada, os escritórios da Porsche foram alvo dos investigadores, segundo o semanário "Der Spiegel".
Em uma ação judicial iniciada há um ano, os investidores exigem compensação pela dramática queda no preço das ações nos dias que se seguiram às revelações do escândalo.
Na França, uma fundação holandesa lançou uma ação coletiva contra a Volkswagen no final de janeiro.
Além da frente jurídica, o escândalo acelerou o declínio do diesel, e os carros a diesel podem ser banidos de várias cidades alemãs por causa de seu nível de poluição por óxido de nitrogênio (NOx).
A Volkswagen tenta virar a página, investindo mais de 30 bilhões de euros em carros elétricos para atender aos rígidos padrões europeus de emissão de CO2.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 28-02-2020) | | | | Recuos vêm após quedas expressivas do petróleo no mercado internacional, devido a uma ampliação de casos do coronavírus
A Petrobras reduzirá em 5% o preço médio do diesel em suas refinarias e o da gasolina em 4%, a partir de sábado, de acordo com informação obtida pela agência Reuters no mercado e confirmada pela assessoria de imprensa da estatal.
Os recuos vêm após quedas expressivas do petróleo no mercado internacional, devido a uma ampliação de casos do coronavírus pelo mundo, em um movimento que traz temores sobre uma desaceleração da economia global e na demanda por combustíveis.
O repasse de ajustes dos combustíveis nas refinarias para o consumidor final nos postos, no entanto, não é imediato e depende de diversos fatores, como consumo de estoques, impostos, margen
| Folha de S. Paulo ( publicado em 28-02-2020) | | | | Cronograma determina que o teor mínimo de biodiesel no óleo diesel será acrescido de 1% a cada ano, até atingir o limite de 15% em 2023.
O percentual mínimo de biodiesel no diesel passou a ser de 12% a partir deste mês de março, e não mais de 11%, segundo estabelecido por resolução aprovada em agosto do ano passado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O percentual máximo permanece sendo de 15%.
Segundo o cronograma determinado na resolução, o teor mínimo de biodiesel no óleo diesel será acrescido de 1% a cada ano, até atingir o limite de 15% em 1º de março de 2023, informa a ANP.
O primeiro aumento autorizado ocorreu em setembro de 2019, quando o percentual mínimo passou de 10% para 11%.
"Os postos que tiverem diesel com 11% de biodiesel adquirido antes de 1º de março poderão continuar vendendo o produto até o final dos estoques", explicou a agência.
Aumenta demanda de soja para produção Biodiesel
Atualmente, cerca de 80% do biodiesel no Brasil é produzido a partir do óleo de soja.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a expectativa é de entrega superior a 1,1 milhão de metros cúbicos de biodiesel para as distribuidoras ao longo de março e abril, totalizando cerca de R$ 3,4 bilhões negociados, destaca a Reuters.
A Abiove ressaltou que previsão é que a produção de biodiesel em 2020 atinja 6,9 milhões de metros cúbicos, incremento de cerca de 17% em relação a 2019, o que deve gerar uma movimentação financeira da ordem de R$ 20 bilhões
| G1 | | | | Projeto engloba a participação de CBA, Novelis, Aethra, Senai FIEMG, Embrapii e 6PRO Virtual
A FCA Fiat Chrysler assinou uma parceria para participar de um projeto de desenvolvimento de novas ligas de alumínio de alta resistência. A iniciativa conta com fomento da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) com fundos gerados pelo Rota 2030 e terá a cooperação de outras empresas da cadeia automotiva, como a CBA (Companhia Brasileira do Alumínio), Novelis e Aethra, além do Centro de Inovação e Tecnologia (CIT) Senai FIEMG, do Instituto Senai de Inovação em metalurgia e ligas especiais (unidade da Embrapii) e a 6Pro Virtual.
O projeto intitulado como Otimização de Ligas de Alta resistência de Alumínio para o Setor Automotivo terá duração de pouco mais de um ano e é fruto do mapeamento das demandas tecnológicas da FCA feita pela área da engenharia body, responsável pelo projeto estrutural dos veículos.
Por meio dele, serão desenvolvidas duas ligas de alumínio para fabricação: elas propiciam um amplo leque de possibilidades de aplicações nos veículos e a intenção é chegar a um produto que atenda aos objetivos de eficiência energética e com potencial para exportação.
“O que está sendo posto é muito desafiador que é colocar o setor automotivo brasileiro em um padrão europeu ou mesmo americano. Com isso o mercado de automóveis irá se abrir e por isso temos um desafio enorme. O Senai tem um papel muito importante nesse negócio, pois as indústrias não conseguiriam fazer isso sozinhas”, destaca o diretor de segurança veicular e conformidade regulatória da FCA para a América Latina, João Irineu Medeiros.
O gerente de inovação e tecnologia do CIT Senai, André Zanatta, reforçou que este trabalho irá agregar mais valor para o setor automotivo.
A gerente de desenvolvimento de mercado e inovação da CBA, Nataly Yoshino, disse que a empresa vai atuar no projeto com foco estratégico no setor automotivo. “Vamos realizar uma cocriação com vários membros da cadeia do setor com objetivo de extrair um produto de valor e atingirmos um novo patamar de inovação”.
O representante da Aethra, Felipe de Faria Martins, disse que a empresa irá contribuir com sua experiência de transformação de chapas em produtos. “Vamos confirmar se o resultado está satisfatório; nossa expectativa é entrar com mais força com este produto, pois aqui no Brasil as ligas de alumínio ainda não são usuais”, disse Martins.
Por sua vez, a 6PRO Virtual vai trazer seu conhecimento para realizar simulações virtuais. “Todos os processos serão previamente testados trazendo economia em materiais no processo de desenvolvimento das ligas”, explicou Mariana Medeiros, supervisora comercial.
“É muito importante fazermos parte de projetos que visam o desenvolvimento do setor automotivo e que geram um impacto positivo no meio ambiente. Nosso objetivo é colaborar com a indústria local, em parcerias estratégicas como essa para o desenvolvimento de soluções inovadoras”, finalizou o gerente comercial e de marketing da Novelis, Guilherme Superbia.
| CIMM | | | | Novas tecnologias para os setores de logística e de transporte de cargas marcam mais uma Intermodal South America, em março
Muito se fala no desenvolvimento de novas tecnologias que prometem mudar a forma como conhecemos diversos setores econômicos e industriais. É a chamada era da Indústria 4.0 ou Quarta Revolução Industrial, que defende e incentiva a adoção de tecnologias inteligentes e automatizadas, conectando empresas e negócios mundo afora.
Inovações como automação industrial, computação em nuvem, inteligência artificial, internet das coisas (IoT) e robotização passam a ser cada vez mais comuns no dia a dia das empresas, que buscam na tecnologia uma estratégia para reduzir custos, otimizar recursos e ganhar eficiência no abastecimento de toda a cadeia de suprimentos, nacional e internacional.
As últimas tendências das tecnologias aplicadas à logística e a gestão da cadeia de suprimentos estarão na Intermodal South America 2020, que ocorre de 17 a 19 de março no São Paulo Expo, em São Paulo (SP). Em sua 26ª edição, o evento, maior ponto de encontro para estes setores na América Latina, reúne mais de 450 marcas expositoras, de 37 países, que trazem para a Intermodal o que há de mais moderno no mercado em termos de tecnologia.
Uma delas é a PagBem, considerada uma das principais empresas de gestão logística e financeira para operações de frete e pedágio rodoviário do País, que leva para a feira o SuperApp, um aplicativo exclusivo para os caminhoneiros que já possuem o cartão PagBem, lançado neste ano. Nele, o usuário encontra informações completas sobre fretes, serviços financeiros (como transferências e pagamentos de contas) e recargas de celular.
“Em breve, os profissionais poderão contar também com uma nova funcionalidade do aplicativo, chamada Soluções de Abastecimento, a mais completa solução para consulta de redes credenciadas.
Nela, o caminhoneiro poderá encontrar os postos com melhor nível de serviço, avaliar e fiscalizar preços. Fora isso, outras novidades estão a caminho, sempre com o objetivo de oferecer a melhor experiência para nossos clientes”, afirma o CEO da PagBem, Gustavo Maniero.
Tecnologia da Informação -- Outra companhia que espera ansiosa a realização da Intermodal é a Startrade, especializada na concepção de inovações em tecnologia da informação. “Apesar de estarem presentes no mercado há mais de 20 anos, nossas ferramentas de TI para o setor logístico são sempre uma grande novidade. Sem similares nacionais e com grande apelo a melhorias em processos, atendemos, atualmente, a 200 companhias que estão listadas entre as 500 maiores do Brasil”, diz o diretor de soluções em TI para o setor logístico da empresa, Luís Maurício Gardolinski.
Segundo o executivo, para o evento deste ano, a companhia reserva a exposição de duas grandes novidades. “Estamos levando para a feira a apresentação das nossas mais novas soluções para o setor. Uma delas é um software exclusivo para o gerenciamento de recursos logísticos no mercado de comércio exterior, o LRM.
Já a segunda inovação, é uma solução dotada de um sistema único de internet das coisas (IoT), desenvolvido especialmente para salvar vidas, o Heroby. Com ele, equipamentos de segurança e sinalização, em áreas de grande movimentação de máquinas, passam a ser ainda mais eficientes na prevenção de acidentes e fatalidades”, acrescenta.
“Sem contar nossos outros produtos já consolidados e com grande aceitação do mercado, como softwares para desenvolvimento de embalagens, para planejamento de cargas em veículos, para etiquetagem de códigos de barras, para simulação de processos, entre outros, que também integram nosso portfólio que estará exposto no evento”, finaliza Gardolinski.
Estas são apenas algumas das inovações que marcam mais uma Intermodal. Além delas, muitas outras estarão disponíveis aos profissionais do setor que visitam o evento, afinal, a feira conta com a participação de diversas outras empresas especializadas em tecnologia, como Average, Bysoft, Compex, Ecomex, Envimat, Logcomex, Kestraa, Open Tech, Runtec e T2S.
Outro diferencial desta edição neste sentido será a Arena TI Innovation, um espaço dedicado, exclusivamente, para a apresentação de cases inovadores no que refere a automação de processos, ao uso da inteligência artificial e de outras tecnologias disruptivas nas várias fases da operação logística.
26ª Intermodal South America
Data: De 17 a 19 de março de 2020.
Horário: Das 13 às 21 horas.
Local: São Paulo Expo - Rod. dos Imigrantes - Vila Água Funda, São Paulo -- SP.
| Ind 4.0 | | | | A empresa customizou um processo matemático, chamado Otimização Topológica, utiliza um super computador no centro técnico da Maxion em Limeira com cinco nós, 144 cores e 768GRAM. Esse equipamento reduz o tempo de processamento de análises complexas em até 75%.
O time de Engenharia Avançada da Maxion Wheels, da planta de Limeira, desenvolveu uma roda de alumínio para um cliente japonês que pode reduzir o peso do automóvel passeio em mais de 7 kg, contribuindo para que uma montadora esteja apta para a atender à legislação de emissão de CO2 no Japão.
Atualmente, uma roda de alumínio com o tamanho de 6,5’’ x 17’’ pesa, em média, 10,5 kg. Um projeto ambicioso, em parceria com uma montadora Japonesa, previa um novo modelo de roda com essa dimensão e 9,8 Kg de peso. A nova roda desenvolvida pela Maxion Wheels ultrapassou essa meta e atingiu a marca de 8,7 kg, ou seja, 1,8 kg mais leve que a atual. Com isso, um veículo de passeio pode ter uma redução de peso de 7kg. Um veículo mais leve reduz as emissões e torna-se mais econômico. O novo produto chegará ao mercado Asiático em maio de 2020.
O nome do método utilizado no design de rodas é a Otimização Topológica, um processo matemático customizado pela Maxion Wheels, que avalia a quantidade mínima de massa estrutural necessária para garantir o máximo de rigidez e performance do produto. Para realizar esse trabalho, o time de engenharia avançada utilizou um super computador no centro técnico da Maxion em Limeira com cinco nós, 144 cores e 768GRAM.
Esse equipamento reduz o tempo de processamento de análises complexas em até 75%. Esta combinação de hardware e software customizados é capaz de verificar o melhor design para roda, entre mais de cinco mil opções de projeto, enquanto um experiente projetista, conseguiria conceber de três a quatro alternativas apenas.
| CIMM | | | | Os carros conectados avançam com o potencial de gerar novas receitas às fabricantes
Vivemos constantemente conectados, algo que impacta diretamente nossas vidas por meio de dados e informações que nós mesmos geramos quando acessamos redes sociais ou páginas da web. As pesquisas virtuais realizadas dão pistas para que empresas de diversos segmentos de mercado se aproximem de nós, clientes, e ofereçam produtos ou serviços intimamente alinhados com nossas preferências e necessidades. O mesmo ocorre com a Indústria.
Por ter um produto de alto valor agregado e por atuar em um segmento cujos clientes têm se tornado cada vez mais exigentes e menos fieis a uma marca ou modelo de veículo, empresas que atuam no setor automobilístico buscam também utilizar as informações disponíveis para prever as demandas do mercado e estar o mais próximo possível de potenciais clientes. Quando pensamos em quantidade de dados, no entanto, não há nada similar ao montante produzido por um carro conectado.
Seja por meio de uma rede móvel própria do veículo ou da integração do smartphone do motorista ou passageiro com o sistema de infoentretenimento do carro, a conexão do veículo a um hub externo pode criar um mundo novo de perspectivas, riscos, oportunidades e de receitas financeiras ainda pouco exploradas ou não identificadas.
De uma forma geral, além de transformar os dados em um ativo de muito maior valor, a conectividade permite que as empresas possam oferecer recursos que melhorem a segurança, comodidade e conveniência dos ocupantes do veículo; pode ser utilizado como um diferencial da marca e também gerar novas receitas no pós-venda do veículo, ao longo de todo o seu ciclo de vida.
A IHS Markit estima que, em 2025, 78% dos veículos produzidos no mundo sejam conectados por meio de recursos próprios ou preparados para utilizar dispositivo externo para estabelecer conexões. Com isso, o volume vai saltar de 51 milhões em 2019 para 74 milhões em 2025.
Em algumas regiões do mundo esse crescimento tende a ser muito acelerado, como é possível inferir a partir do gráfico abaixo.
Por diversos fatores, entretanto, somente uma pequena porcentagem dos veículos produzidos na América do Sul saem de fábrica com sistemas de telemática instalados atualmente. Para os próximos anos, espera-se que o crescimento na adoção desses sistemas continue ocorrendo paulatinamente.
No Brasil, em função da crise que impactou a indústria automotiva nos últimos anos, dos altos investimentos necessários para as montadoras adequarem seus veículos às novas exigências do governo (obrigatoriedade de ABS, airbags e agora Rota 2030), e também por causa do fracasso na promulgação da resolução 245 do Contran, cancelada definitivamente em 2015 antes de ser efetivada, foram poucas as montadoras que decidiram até o momento apostar na produção de veículos com sistema de conectividade própria. Somente pouco mais de 16% dos veículos produzidos no Brasil possuíam este recurso em 2019. Para 2025, a IHS Markit prevê que este número fique em torno de 24%.
Os dados com potencial de exploração podem ser gerados pelo sistema de navegação do veículo, pelos sensores que os veículos modernos utilizam para monitorar o seu entorno, pelas diversas ECUs embarcadas no veículo ou ainda pelo próprio motorista e passageiro(s). É difícil mensurar o valor intrínseco desses dados para cada subsegmento que atua direta ou indiretamente dentro do mercado automobilístico, mas é certo que eles têm valor para diferentes players, dependendo da origem dos mesmos.
Por exemplo, a forma com que o motorista conduz o veículo e os lugares por onde ele trafega podem ter muito valor para as empresas de seguro, que podem criar novos modelos de avaliação de risco com cobranças customizadas em função dos hábitos de cada cliente. Já as músicas que o motorista gosta de ouvir enquanto dirige podem ser ativo significativo para empresas de streaming.
Quando o carro possui sua própria rede móvel, o detentor desse fluxo de dados é a montadora do veículo e suas subsidiárias. Desta forma, essas empresas podem fazer suas próprias análises sobre esses dados e criar serviços ou inciativas próprias para capitalizar tendo como base as informações disponíveis ou então passar esse direito a terceiros, cobrando uma comissão sobre as receitas geradas. No mundo, por exemplo, existem empresas, como é o caso da GM e da Chrysler, que já vêm criando seus próprios marketplaces para vender produtos de dentro do próprio veículo.
Um novo mercado on-line
Há inúmeras possibilidades de serviços que as empresas podem oferecer aos clientes através de veículos conectados. A IHS Markit prevê que os serviços com maior potencial de geração de receitas hoje e no futuro são o diagnóstico e prognóstico remoto do veículo, plano de dados (Wi-Fi), serviços de segurança (chamadas de emergência), monitoramento e controle de veículos roubados, controle remoto de funções do veículo (ar-condicionado, configuração da posição de assentos), pagamentos de serviços a partir do carro (pedágio, estacionamento), e-commerce de produtos, vídeos e músicas via streaming e serviços de informação (clima, trânsito, rotas dinâmicas).
O gráfico a seguir mostra o número de usuários e/ou assinantes de serviços conectados ao longo dos anos, em que é possível observar que no mundo haverá aproximadamente 500 milhões de usuários desses serviços em 2025. Para ilustrar, a utilização de serviços relacionados à segurança deve crescer 12,7% ao ano, gerando uma receita de US$ 60 milhões em 2025; o diagnóstico remoto deve crescer 13,5% ao ano, gerando uma receita de US$ 50,5 milhões em 2025; e o serviço de monitoramento de veículos roubados deve crescer 15,8% ao ano, gerando uma receita de US$ 51,5 milhões em 2025.
Todavia, apesar da conveniência e da comodidade que os serviços conectados podem prover aos usuários, muito se questiona a respeito dos valores cobrados para que os clientes mantenham estas conveniências ativas após o período de teste, que pode variar de três meses a um ano.
Pesquisa realizada pela IHS Markit em alguns países, incluindo o Brasil, constatou que aproximadamente 50% dos respondentes estariam dispostos a continuar pagando pelos serviços de conectividade do veículo após o período de teste. No Brasil, esse número chega a 56%.
Dentre os serviços de maior interesse entre os pesquisados estão o rastreamento e notificação de veículos roubados, os serviços de assistência na estrada e o controle remoto de funções do veículo. De uma forma ampla, as pessoas que utilizam ou se interessam por serviços de telemática enxergam este sistema muito mais como um item de segurança e que traz tranquilidade do que um item de conforto ou conveniência.
É certo que no momento as montadoras ainda não estão totalmente seguras ou cientes a respeito da forma de capitalizar sobre o fluxo de dados que o automóvel conectado pode gerar. No momento em que isso acontecer, oferecer esses serviços gratuitamente como forma de acesso a essa avalanche de dados e para construção de uma linha direta com o cliente começará a fazer total sentido para as montadoras, pois elas irão monetizar com um novo leque de oportunidades que vai muito além da simples venda de veículos ou peças.
* Flávio Dias, Analista Sênior de Supply Chain da IHS Markit, consultoria que atua na oferta de informações, análises e soluções críticas para os principais setores e mercados que orientam a economia em todo o mundo. Sediada em Londres, a companhia tem como um de seus pilares o compromisso com o crescimento sustentável e rentável.
| Ind 4.0 (publicado em 01-03-2020) | | | | Reconhecimento atesta qualidade e segurança das avaliações feitas em laboratório próprio localizado em Sorocaba, SP
A CGCRE (Coordenação Geral de Acreditação) do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) concedeu ao IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) certificado que atesta a qualidade do laboratório de análises químicas – situado no Parque Tecnológico de Sorocaba, a 100 km de São Paulo – para a realização de ensaios em pilhas e baterias, de acordo com a resolução Conama nº 401, de 2008, que determina os limites de metais pesados.
Segundo Roberta Morette, coordenadora técnica do laboratório de análises químicas do IQA, “o certificado da CGCRE representa o reconhecimento nacional e internacional da competência técnica do Instituto”, que também está habilitado para o atendimento de demandas que exigem acreditação internacional, uma vez que a CGCRE mantém acordos de reconhecimento mútuo com os principais organismos de acreditação em âmbito global.
Para obter a certificação CGCRE para ensaios em pilhas e baterias, o IQA dobrou a instalação física do laboratório, que passou de 85 m² para 170 m². No decorrer de aproximadamente um ano, o Instituto também cumpriu várias etapas, como estudo de viabilidade; desenvolvimento de análises e treinamentos; aquisição de mão de obra; inauguração do espaço ampliado; adequação e documentação para acreditação; e avaliação para extensão do escopo.
Certificação – Fabricantes e importadores devem atender limites máximos de metais pesados para pilhas (cádmio, mercúrio e chumbo) e baterias (cádmio e mercúrio), segundo a resolução Conama nº 401. No caso das baterias, as análises químicas integram certificação compulsória, conforme a portaria Inmetro nº 299, de 14 de junho de 2012.
O laboratório de análises químicas do IQA também é certificado pela CGCRE do Inmetro para realização de ensaios em Arla 32 e líquido de freios, além de já possuir equipamentos para ensaios em líquido de arrefecimento. Interessados em obter mais informações sobre os produtos ensaiados podem contatar o IQA por meio do telefone / WhatsApp Business (11) 3181-9181 ou e-mail negocios@iqa.org.br.
| CIMM ( publicado em 01-03-2020) | | | | Assistentes de voz, chatbots, beacons. Hoje, é impossível imaginar um mundo sem Inteligência Artificial (IA). Esses dispositivos já tornaram as tarefas do dia a dia muito mais práticas, mas ainda têm muito a oferecer. Empresas de diversas áreas têm apostado cada vez mais na modernização de seus processos, tornando- -se mais competitivas e atraentes para o mercado.
O setor de logística é essencial para empresas de diversos ramos. São os profissionais dessa área que organizam a entrega e a coleta de produtos, a manutenção do estoque, a inteligência por trás do trajeto a ser feito, entre outras atividades.
Nessa área, por exemplo, a Inteligência Artificial pode ser a solução para problemas bastante comuns, como caminhões vazios ou parcialmente vazios depois de uma entrega, o que resulta em perda de tempo e combustível. Com IA, análise de grandes dados (Big Data) e Machine Learning, esses espaços, que seriam inutilizados, podem ser comercializados para outras empresas, otimizando toda a operação. Além disso, por meio de softwares inteligentes, é possível fazer o monitoramento das cargas e planejamento de rotas, ajudando a combater casos de roubo, por exemplo.
Para que estratégias como essa funcionem, o ideal é desenvolver os projetos em células de inovação dentro das empresas, com o suporte de uma consultoria experiente. Assim, é possível identificar as principais oportunidades em que a Inteligência Artificial pode atuar, otimizando processos e possibilitando a redução de custos. A Neotix utiliza IA em praticamente todos os projetos que envolvem e- -commerces ou entrega de produtos.
Um dos casos de maior êxito foi o da TENA. No projeto, a tecnologia aplicada à logística foi justamente o que viabilizou o site financeiramente. Desde a separação dos itens para coleta e entrega (picking and packing) até a destinação do melhor local para armazenamento e distribuição dinâmica do estoque com base na demanda, a IA foi fundamental.
Por outro lado, uma das principais barreiras aparece quando as empresas tentam tratar a tecnologia como um departamento, ou apenas em um serviço a ser contratado. A Inteligência Artificial nas empresas de logística precisa permear as conversas de todas as áreas, do financeiro ao carregamento, para que o projeto seja implementado com rapidez e uma equipe qualificada saiba fazer os ajustes necessários em longo prazo.
Segundo um estudo da CB Insights, 10 milhões de empregos correm o risco de desaparecer nos próximos cinco a dez anos por causa da tecnologia. Se pensarmos que um algoritmo, aliado à automação, consegue executar um trabalho que um humano levaria horas ou dias para resolver, isso será de fato inevitável.
Por isso, é importante buscar a qualificação profissional. Hoje, existem diversos cursos de especialização e capacitação em IA. Empresas como Microsoft, Oracle, Data Science Academy e muitas outras possuem em seu programa de ensino as tecnologias para que um interessado comece a se especializar no tema. Ter uma base de lógica de programação e matemática, além de alguma experiência com linguagens utilizadas por algoritmos de Inteligência Artificial, como Python, ajuda bastante.
É praticamente impossível prever todos os avanços que a Inteligência Artificial vai possibilitar, mas descobrir novas oportunidades de crescimento para empresas e usabilidades para usuários é o que motiva consultorias de transformação digital.
Ao longo desse processo de estudo, é preciso que as companhias estejam abertas à inovação, implementando projetos em parceria com consultores externos. Por enquanto, o que podemos afirmar é que todas essas inovações irão criar, em longo prazo, uma nova relação entre humano e máquina, com novas maneiras de pensar o mundo e, com certeza, uma maior praticidade na resolução de problemas.
| CIMM ( publicado em 29-02-2020) | | | | As fundições brasileiras começaram bem o ano de 2020, tendo conseguido recuperar-se da queda na produção registrada no final do ano passado - fenômeno, aliás, recorrente no setor, que costuma sempre fechar os últimos meses dos anos em baixa.
De acordo com o levantamento mensal da Abifa - Associação Brasileira da Indústria de Fundição, recém-divulgado, a produção brasileira de fundidos totalizou 167 mil t em janeiro - volume 23,6% superior às 135,3 mil t de dezembro. O volume, no entanto, ficou 4,1% abaixo do verificado em janeiro de 2019.
O mercado automotivo, que absorve 50,4% da produção de fundidos, também acusou este movimento pendular. Segundo números da Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a produção de veículos caiu 3,9% no comparativo entre janeiro de 2020 e janeiro de 2019, totalizando agora 199,1 mil unidades. Porém, no comparativo com dezembro de 2019, este volume corresponde a uma alta de 12,2%.
Ainda de acordo com a Abifa, das 167 mil t fundidas em janeiro de 2020 o mercado interno absorveu 148 mil toneladas. O volume restante foi exportado. Mas houve queda nas exportações tanto na comparação com dezembro quanto com janeiro de 2019. Os embarques em relação a dezembro de 2019 caíram 20,5%, enquanto a queda diante de janeiro do ano passado foi de 29,1%. Em valores, devido principalmente ao câmbio, as baixas foram de 32,4% e 33,8%, respectivamente.
Embora promissor, o desempenho da indústria de fundição no último mês de janeiro não serve, segundo a Abifa, para balizar tendências para o restante de 2020 - até por conta da sazonalidade que marca as viradas de ano. Mas a entidade está otimista, calculando em 6% o potencial de crescimento do setor em 2020, na comparação com as 2,28 milhões de t fundidas em 2019.
“Esta projeção é baseada nas estimativas dos principais consumidores de fundidos e nos índices de intenção de investimentos da indústria”, explica Afonso Gonzaga, presidente da Abifa. “E também no ‘destravamento’ de uma das mais relevantes demandas reprimidas do nosso setor de fundição: a infraestrutura, que deve alavancar o segmento em 2020”.
| Usinagem Brasil ( publicado em 01-03-2020) | | | | Durante os anos de crise econômica, a multinacional alemã Gemü Válvulas, Sistemas de Medição e Controle optou por investir na modernização de seu parque fabril, em São José dos Pinhais (PR). Os investimentos proporcionaram um aumento de 60% da capacidade produtiva, que, “agora, com a retomada do otimismo na indústria, está permitindo atender a crescente demanda por peças e equipamentos”, informa a empresa.
Com isso, a Gemü informa ter superado as metas de faturamento nos dois primeiros meses de 2020, com a venda de válvulas e acessórios para diversos setores da indústria, como siderurgia, fertilizantes, setor automobilístico, petróleo & gás, farmacêutico, alimentos, cosméticos, biotecnologia, entre outros.
Entre os setores beneficiados com a modernização está o de usinagem. O setor ganhou nada menos que quatro máquinas: dois tornos CNC de 4 eixos com ferramentas acionadas e dois centros de usinagem, de 4 e 5 eixos. Outro destaque foi o aumento da capacidade de prensagem na fabricação de diafragmas e de injeção para borracha, com uma máquina de última geração, destinada ao revestimento das válvulas.
“O investimento traz maior produtividade e confiabilidade ao processo de fabricação, que ficou mais estável”, explica o gerente industrial da GEMÜ, Fabiano Gemin. “Investir em maquinário e equipamentos minimiza custos de manutenção, permite reduzir os prazos de entrega e moderniza a operação, com aumento da qualidade.”
As novas prensas permitem fazer muito mais peças por vez. Na área de revestimento, além das novas injetoras, uma nova máquina autoclave possibilita fazer a cura final da vulcanização da borracha, usando pressão e temperatura.
O sistema de pintura também foi aprimorado, de forma a criar um ambiente mais controlado e adequado ambientalmente. A área de acabamento garante o controle total da emissão de resíduos.
“Essas e outras melhorias trouxeram um desejado aumento de 60% de capacidade produtiva, o que colocou a filial brasileira entre os grandes fornecedores do próprio grupo Gemü”, informa a empresa em comunicado de imprensa.
A empresa informa ainda tere realizado investimentos na área de recursos humanos, com o aumento da equipe e a abertura de um escritório em São Paulo. “Outra estratégia para aproveitar da melhor forma o momento econômico foi aproximar-se do mercado, pulverizar a penetração em diversos nichos da indústria e organizar as vendas com sistema de representantes”, conclui.
Sobre a Gemü - A filial do grupo alemão que faturou 319 milhões de euros em 2019, a Gem¨do Brasil irá completar 40 anos de atividades em 2021. Com 100 colaboradores, a planta situada em São José dos Pinhais (PR) produz válvulas e acessórios para o tratamento de água e efluentes em indústrias de todas as áreas, como siderurgia, fertilizantes e setor automobilístico, bem como para integrar sistemas de geração de energia. Na área de PFB (farmacêutica, alimentícia e biotecnologia), a empresa exporta para toda a América Latina produtos de alta precisão, com atendimento local, além de consultoria com profissionais capazes de orientar na escolha da melhor solução em válvulas para cada aplicação.
| Usinagem Brasil ( publicado em 01-03-2020) | | | | Os Institutos Senai de Inovação em Sistemas de Manufatura e em Processamento a Laser apresentaram os resultados parciais da terceira fase do projeto do robô Snake, que está sendo desenvolvido para a montadora GM com o apoio da Embrapii - Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial. Quando estiver inteiramente concluído, o robô será utilizado pela GM em escala global.
As pesquisas para o desenvolvimento do robô se iniciaram em 2017. A ideia é de fazê-lo utilizar recursos do biomimetismo, no qual a engenharia busca na natureza soluções para problemas práticos, como a cinemática da serpente na transposição de obstáculos – daí o seu nome, Snake: serpente, em inglês.
O robô tem o movimento do braço humano e a agilidade de uma cobra e foi desenvolvido para executar tarefas em locais de difícil acesso e espaços restritos. O robô se caracteriza pela agilidade e flexibilidade nas operações e, também, pela versatilidade: cada unidade pode substituir de dois a quatro robôs convencionais, tornando assim a produção mais econômica.
A concepção do Snake permite que ele seja adaptado a diferentes aplicações, como pintura, montagem de sistemas complexos, soldagem e inspeção de máquinas e equipamentos da indústria aeronáutica, petróleo e gás e automotiva. As aplicações desenvolvidas até o momento já se encontram em fase de testes. Versões-piloto do robô vão ser testadas posteriormente na indústria.
“Existem muitos robôs snake no mundo, mas as características desenvolvidas nesse projeto são únicas”, elogia o gerente de inovação de engenharia de manufatura da GM América do Sul, Carlos Sakuramoto. O executivo adianta que a GM não deverá produzir o robô em escala, devendo repassar a tarefa a outras empresas. Segundo ele, já há um investidor brasileiro interessado no projeto.
Para o Senai e a Embrapii, o desenvolvimento do Snake é um grande passo das duas instituições na seara da Indústria 4.0. “Atender a uma demanda de uma grande multinacional como a GM, e na área da alta tecnologia, nos abre, sem dúvida, grandes perspectivas para seguir adiante neste segmento”, diz o diretor de planejamento e gestão da Embrapii, José Luís Gordon.
| Usinagem Brasil ( publicado em 01-03-2020) | | | |
|
| | |
|
|