| | Segue material compilado das Medidas emergenciais anunciadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal atualizado conforme levantamento realizado pela Coordenação de Relações Governamentais da FIEP, sendo incluídas as seguintes informações:
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GOVERNO FEDERAL
Portaria nº 18.176, de 30 de julho de 2020, do Ministério da Economia. Altera a Portaria PGFN nº 7.821, de 18 de março de 2020, para prorrogar a suspensão temporária de medidas de cobrança administrativa da dívida ativa da União, e a Portaria PGFN n. 9.924, de 14 de abril de 2020, para prorrogar o prazo de adesão à transação extraordinária, em função dos efeitos da pandemia causada pela COVID-19 na capacidade de geração de resultado dos devedores inscritos em DAU.
A Portaria nº 7.821/2020 estabelece medidas temporárias de prevenção ao contágio pelo Novo Coronavírus, considerando a classificação de pandemia pela OMS.
Portaria nº 98, de 30 de julho de 2020, do Ministério da Cidadania. Dispõe sobre a prorrogação do prazo para suspensão dos procedimentos dos parcelamentos de débito ativos no âmbito do Ministério da Cidadania, em razão do Covid-19.
Portaria Ancine nº 386-E, de 27 de julho de 2020, do Ministério do Turismo. Altera a Portaria ANCINE nº 151-E, de 19 de março de 2020, que estabelece, em caráter excepcional, medidas administrativas para a mitigação dos impactos da COVID-19 no setor audiovisual e no que se refere às atribuições da Agência Nacional do Cinema - ANCINE, nos limites de sua competência.
Ato Declaratório do Presidente da Mesa do Congresso Nacional nº 92, de 2020, do Congresso Nacional. Encerra, em 19 de julho de 2020, o prazo de vigência da MP 927/2020, que "Dispõe sobre as medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (covid-19), e dá outras providências".
Ato Declaratório do Presidente da Mesa do Congresso Nacional nº 93, de 2020, do Congresso Nacional. Encerra, em 19 de julho de 2020, o prazo de vigência da MP 928/2020, que "Altera a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, e revoga o art. 18 da Medida Provisória nº 927, de 22 de março de 2020".
Portaria nº 4.105, de 30 de julho de 2020, do Ministério da Economia. Altera a Portaria RFB nº 543, de 20 de março de 2020, que estabelece em caráter temporário, regras para o atendimento presencial nas unidades de atendimento, e suspende prazos para prática de atos processuais e os procedimentos administrativos que especifica, no âmbito da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB), como medida de proteção para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus (Covid-19).
Portaria nº 1.001, de 29 de julho de 2020, do Ministério da Economia. Prorroga a vigência da Portaria SRRF08 nº 333, de 18 de março de 2020, que disciplina o atendimento ao contribuinte no âmbito das unidades da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil na 8ª Região Fiscal para o enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (COVID-19).
GOVERNO ESTADUAL
Diário Oficial do Paraná dos dias 30 e 31 não disponibilizados no Departamento Oficial do Estado do Paraná.
GOVERNO MUNICIPAL
Decreto nº 225, de Contenda. Prorroga a vigência e efeitos do Decreto nº 212, de 15 de julho de 2020 que dispõe sobre medidas restritivas às atividades e serviços como mecanismo para o enfrentamento da Emergência em Saúde Pública, decorrente do novo Coronavírus, para o município de Contenda/PR, e dá outras providências.
Decreto nº 156, de Curiuva. Dispõe sobre as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública, em decorrência da Infecção pela COVID-19.
Decreto nº 17.571, de Ponta Grossa. Proíbe a circulação de pessoas nas vias públicas do Município de Ponta Grossa nos dias 31 de julho a 06 de agosto de 2020 das 23:00 às 6:00 horas.
| Sistema FIEP | | | 31 de JUlho de 2020
Sexta-feira
- MEDIDAS EMERGENCIAIS ANUNCIADAS PELOS GOVERNOS – ATUALIZADO – 31/07/2020
- Paraná lança selo de inovação para validar produtos de empresas de todo o Brasil
- Nível de ocupação no Paraná é um dos maiores do País
- Artigo: Desenvolvimento industrial do Paraná na pós-pandemia
- Produtos na saída das fábricas têm inflação de 0,61% em junho
- Empresas têm dificuldade para pagar contas, e calotes devem aumentar
- Vamos acompanhar o governo e ampliar crédito a pequenas e médias empresas, diz presidente do Bradesco
- O que se sabe sobre o novo imposto digital, moeda de troca para a desoneração da folha
- CBS vai aumentar renda do brasileiro e gerar até 373 mil vagas de trabalho, diz governo
- Na segunda quinzena de junho, 9,9 mil empresas da região Sul demitiram mais da metade dos funcionários
- Embraer conversa com sindicatos para realizar novo PDV
- Crise corta vagas, reduz renda e deixa futuro do emprego incerto
- Contra demissões, trabalhadores protestam em revendas da Renault
- Américas do Sul e Central continuam como 'epicentro de transmissão', afirma OMS
- Países castigados pela covid-19, França, Espanha e Itália registram recessão recorde
- Pandemia gera perdas de € 1,8 bilhão para o Grupo Renault
- Auxílio emergencial: R$ 100 milhões foram devolvidos após pagamentos indevidos
- Auxílio emergencial elevou em 24% renda pré-pandemia, mostra pesquisa
- Senado aprova MP que permite saque emergencial do FGTS durante pandemia
- Senado aprova, com alterações, a MP do saque do FGTS
- Flexibilização do isolamento começa a reduzir home office pela primeira vez, diz IBGE
- Governo diz que brasileiro vai ganhar mais R$ 345 por ano com unificação de PIS e Cofins
- Com nota de R$ 200, gasto com produção de dinheiro será menor, diz secretário
- Comércio varejista dá sinais de recuperação no Paraná; vendas crescem 28,85%
- Receita Federal consolida normas relativas ao IOF em uma única instrução normativa
- Receita Federal prorroga restrição para atendimento presencial até 31 de agosto
- 3 motivos que explicam por que casos de covid-19 voltaram a crescer no Brasil
- IBGE/Pnad Covid: Taxa de desocupação fica em 13,1% na semana de 5 a 11 de julho
- IHS Markit eleva projeção para caminhões e mantém para veículos leves
- Julho soma 144 mil vendas até dia 29 e confirma previsão acima de 160 mil
- Meritor aprimora sua linha de lubrificantes para eixos
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Câmbio
Em 31/07/2020
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Compra
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Venda
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Dólar
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5,197
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5,198
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Euro
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6,143
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6,145
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Fonte: BACEN
| | | | | Selo de Inovação da Tecpar vai avaliar produtos que estejam nas fases de concepção, prototipação ou que já sejam consolidados
Buscando atender a necessidade do mercado de validar produtos disruptivos, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) lançou, no final de julho, um selo de inovação para empresas e empreendedores. A iniciativa tem como objetivo avaliar o potencial inovador de produtos, que podem se encaixar em três modalidades, segundo seus estágios de concepção: Conceito Inovador, Protótipo Inovador ou Produto Inovador (no caso do que já foi viabilizado).
Para isso, a ideia passa pela avaliação de um comitê composto por profissionais do próprio Tecpar segundo sua área de atuação, o que pode levar de uma a três semanas. Na sequência, a empresa recebe um relatório com o feedback do produto e uma pontuação segundo seis critérios de avaliação, que determina se o selo será ou não concedido.
A metodologia criada pelo Tecpar para a avaliação é dividida em dois grupos. O primeiro grupo trata da viabilidade do produto, analisando aspectos técnicos, econômicos, financeiros e de patentes, e engloba itens como o valor final e a acessibilidade à matéria-prima. Já o segundo grupo trata da inovação em si, analisando quesitos como a concorrência no mercado.
Rogério Moreira de Oliveira, gerente da Agência de Inovação do Tecpar, explica que o selo de inovação está em concepção desde 2017. Ele relata que a metodologia passou por um longo processo de pesquisa para sua construção, e que deve evoluir com o tempo. “O selo é um fator redutor de risco, porque a inovação depende da aceitação do produto no mercado. Considerando isso, procuramos modelos preexistentes no mercado – o que praticamente não existe – e construímos nossos critérios”, pontua.
Rogério explica que os critérios podem ter pesos diferentes entre si a depender do nível de evolução do produto. “Existe uma ponderação. Para uma ideia conceitual, por exemplo, a viabilidade econômica ainda não é o mais preocupante, mas sim a verificação da tecnologia, saber se ela é viável. Já para um protótipo ou produto, aumenta o peso da viabilidade econômica, já que a viabilidade técnica já foi atendida”, exemplifica.
Segundo o gerente, o crescimento do número de startups no Brasil aumentou a demanda por uma validação de produtos para buscar investimentos ou parceiros externos, e que o selo vem reduzir esse risco de investimento.
“Ao mesmo tempo, ele serve como uma informação para o empreendedor. No relatório, incluímos informações sobre o que pode ser melhorado, quais são as barreiras técnicas, se o produto é inviável técnica e economicamente, e por quê. É uma análise bastante completa dos aspectos de inovação do produto”, relata. “Projetos começam pequenos, e nós queremos apoiar os empreendedores desde a sua iniciativa”.
Para pleitear o selo, é necessário enviar um e-mail para sac@tecpar.br. Podem se inscrever empresas ou empreendedores de todo o Brasil, não sendo necessário ter um CNPJ. O Selo de Inovação Tecpar terá um custo de operação, cujo valor ainda está sob consulta."
| Gazeta do Povo | | | | Os dados foram apresentados pelo Ipardes, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Covid-19), feita pelo IBGE.
O Paraná apresentou em junho nível de ocupação de 55,4% dos moradores, o terceiro maior do País, atrás apenas de Santa Catarina (56,7%) e do Mato Grosso (55.9%). No Brasil, o nível de ocupação, que representa o percentual de pessoas em idade de trabalhar que estão efetivamente ocupados, está em 49%.
Os dados foram apresentados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Covid-19), feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A PNAD Covid-19 mostra que 461.156 pessoas deixaram de procurar emprego no mês passado no Paraná devido à pandemia (isolamento social). Outros 648 mil moradores do Estado procuraram trabalho, o que mostra que a taxa de desocupação do Estado estava em 11,1%, um pouco acima dos 10% registrados em maio. Além disso, 574 mil estavam afastados do trabalho e 250 mil deixaram de receber remuneração em junho.
Por causa da pandemia, 10,4% dos trabalhadores estavam atuando de forma remota no Estado (no Brasil eram 12,7%) e a taxa de informalidade das pessoas ocupadas estava em 27,3%, número abaixo da média nacional, que era de 34,8%. O Paraná, junto com os outros Estados do Sul, apresenta uma das menores informalidades entre as unidades da federação.
“Temos em mãos um retrato do que está acontecendo no Estado do Paraná. Esses números vão nos ajudar na construção do plano de retomada da economia que está em andamento e que esperamos poder colocar em prática em breve”, disse o secretário estadual do Planejamento e Projetos Estruturantes, Valdemar Bernardo Jorge.
A pesquisa revela que as dez profissões mais afetadas pelo novo coronavírus respondem por 53% dos afastamentos ocorridos em virtude do distanciamento social. A mais afetada em termos absolutos foi a de empregados domésticos – 38 mil pessoas foram afastadas (93,9% da categoria profissional deixou de receber remuneração).
No caso de cabeleireiro, manicure e afins, 19 mil pessoas foram afastadas do trabalho e 96,9% deixaram de ser remuneradas. Também foram afetados vendedores, pedreiros, professores de educação física, motoristas de aplicativos, auxiliares de escritório e outros profissionais.
Já o auxílio emergencial que vem sendo pago pelo Governo Federal contribuiu para o aumento da renda domiciliar média per capita em todos os decis, isto é, nos dez segmentos com a mesma quantidade de pessoas, das mais pobres às mais ricas.
No Paraná, 35,7% dos domicílios receberam auxílio da União (no Brasil, 43% receberam em junho). Com isso, no primeiro decil, a renda domiciliar per capita sem auxílio emergencial era de R$ 92 e, com o benefício, subiu para R$ 379, com um incremento de R$ 287. No décimo decil, passou de R$ 6.235 para R$ 6.247.
“Estamos certos da nossa missão de oferecer dados que refletem a realidade e que ajudam na tomada de decisões, por isso o Ipardes analisou os números da PNAD Covid-19 do IBGE e apresenta os desdobramentos do que aconteceu no Estado com a pandemia”, afirmou o presidente do Ipardes, Carlos Gomes Pessoa.
A pesquisa foi feita pelo IBGE por telefone, em todo o País. Ela traz a distribuição da estrutura etária da população e mostra o número de pessoas com mais de 60 anos de idade, consideradas como um dos grupos de risco da Covid-19. No Brasil, elas somam 14,3%, porcentagem que sobe para 16,6% no Sul do País. No Paraná, os idosos respondem por 15,4% da população.
| Agência de Notícias do Paraná | | | | Diversos estudiosos, ao longo dos séculos 19 e 20, apontaram princípios e iniciativas e sistematizaram indicadores e metodologias para o desenvolvimento econômico pautado nas potencialidades locais, o chamado desenvolvimento endógeno. Este paradigma sugere como olhar para seu país – ou seu território dentro do país – e, com uma boa análise, identificar por onde e como estimular o crescimento econômico e promover o desenvolvimento sustentável.
Mais recentemente, Ricardo Hausmann, da Harvard University, e César Hidalgo, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), lançaram o Atlas da Complexidade Econômica, onde identificam – com dados concretos, obtidos a partir das exportações de mais de setecentos produtos realizadas por mais de duzentos países – o papel determinante dos produtos e serviços complexos na construção de economias dinâmicas, com oportunidades e empregos bem-remunerados.
A pandemia global da Covid-19 – que já causou mais de meio milhão de mortes, pelas quais o Brasil responde por mais de 10%, com consequências funestas para a economia mundial – escancarou a nossa dependência de outros países para o suprimento de produtos hospitalares básicos, desde máscaras e medicamentos até respiradores mecânicos de UTIs.
Estes produtos ganharam evidência com a disseminação do coronavírus, tornando-se os mais demandados. No entanto, se formos analisar a cadeia de produtos hospitalares, bem como muitas outras cadeias de suprimentos, constataremos que há milhares de produtos industriais que o Brasil não produz ou deixou de produzir. Somos, portanto, dependentes de importações.
Mas, a gravidade da pandemia e a falta de capacidade de entrega imediata pelos países produtores nos obrigaram a refletir sobre como podemos suprir nossas necessidades imediatas, sobretudo em situações de emergência, como a atual. Empresas de confecção, do setor têxtil e moda, mostraram ter condições de adaptabilidade e passaram a produzir máscaras, tornando evidente que a produção de máscaras não exige tecnologia sofisticada, embora importemos mais de 90% de nosso consumo.
Respiradores mecânicos, que se tornaram os símbolos da nossa dependência industrial na crise pandêmica, rapidamente foram desenvolvidos e viabilizam projetos para obtenção de fundos de incentivos. Para ficar em apenas dois exemplos paranaenses: em Marechal Cândido Randon, uma empresa fornecedora de peças para ônibus viabilizou em poucos dias um protótipo de respirador que já está sendo incentivado por associações empresariais e universidade; em Ponta Grossa, um motor de limpador de para-brisas para caminhões, produzido por uma indústria local, viabilizou outro modelo de respirador.
Universidades públicas desenvolveram rapidamente soluções criativas e despertaram para um dos seus papéis mais nobres, que é dialogar com as necessidades empresariais e da população. Mais do que nunca, precisamos que as universidades mobilizem os melhores cérebros para suprir com ideias e modelos – isto é, com inovação – a sociedade em suas múltiplas necessidades e dependências. Como se diz no linguajar do desenvolvimento, suprir os gargalos produtivos.
Este momento rico no despertar da criatividade, forjado a ferro e fogo em plena pandemia, quando nossos calos estão apertando como nunca, não pode ser desperdiçado. Em meio às apreensões do presente, é oportuno fazermos uma reflexão sobre a necessidade inadiável de reformulação e retomada de um projeto de desenvolvimento econômico endógeno, que valorize as nossas potencialidades. O ponto de partida deve ser o empreendedorismo local. Afinal, quais produtos ou serviços o mercado e a sociedade demandam que posso suprir desde meu território? Assim procedem os países e territórios que encontram a senda do desenvolvimento.
Quando, ao final dos anos 70, Deng Xiaoping estabeleceu o Programa das Quatro Modernizações, a China fez exatamente isto: mapeou as suas cadeias produtivas ao nível do detalhe; identificou as demandas mundiais nas diferentes áreas e setores; capacitou a sua gente; modernizou a sua incipiente infraestrutura e; adaptou a sua emergente indústria para, nas quatro décadas seguintes, realizar o salto tecnológico mais extraordinário na história da humanidade. Hoje, a China avança a passos largos para consolidar-se como a maior economia do mundo.
Outros países asiáticos, como Taiwan, Coréia do Sul, Vietnam, Malásia e Singapura, seguiram trilhas semelhantes, respeitando suas especificidades. Nos países europeus, não tem sido diferente. Embora por processos distintos, com fortes participações de empresários e entidades empresariais, áreas de ensino, pesquisa, ciência e tecnologia que se encontram organizados em sistemas de inovação e de desenvolvimento territorial, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Espanha, Áustria e Suíça possuem complexidade produtiva industrial porque pactuam e cumprem planos territoriais e nacionais. Não se adquire este status sem envolvimento, estudo, plano, políticas públicas, dedicação e muito trabalho.
Sobre o PIB e sobre valores
No Paraná, dois exemplos constatáveis: no Oeste, o programa Oeste em Desenvolvimento - que tive o prazer de fomentar e participar - dá mostras de como uma comunidade territorial pode dialogar e estabelecer consensos a partir do diagnóstico econômico e valorando suas principais cadeias produtivas, tendo como principal estímulo as possibilidades de inovação.
O outro exemplo é o setor cooperativista, que baseado em planejamento estratégico batizado de PRC100 – Plano Paraná Cooperativo, edificado em 2015, projetou ações para dobrar a sua movimentação econômica que na época era de R$ 50 bilhões. Em apenas cinco anos atingirá a expressiva marca de R$ 100 bilhões de faturamento em 2020, mesmo enfrentando crises econômicas e diante da crise pandêmica.
O Paraná tem tudo para seguir este caminho: uma economia razoavelmente diversificada, instituições de representação ativas e participantes, universidades públicas capilarizadas, tradição de cooperativismo e associativismo, sociedade civil organizada, entre outros fatores. Necessita, no entanto, incorporar este capital social nas estruturas de governo e constituir, de forma participativa, uma política estadual de desenvolvimento coerente e articulada. Sempre há tempo.
Dirão alguns que não temos condições, que perdemos o timing, ou que nossos custos de produção são impeditivos. Mentira! Tudo isso se ajeita, se arruma, se houver diálogo, pactuação, plano e comprometimento. A pandemia tem sido um teste de resiliência e tem mostrado que podemos muito mais do que já fazemos. Que esta janela de luz momentânea seja percebida e aproveitada pelas nossas lideranças institucionais e se converta em ações de política de Estado.
Que a industrialização, pautada em potencialidades e capacidades de nossos territórios, vingue e faça do Paraná muito mais do que o já próspero agronegócio tem propiciado. O Paraná, nesse tema, pode ajudar a apontar caminhos para o Brasil.
Herlon Goelzer de Almeida, engenheiro agrônomo, especialista em Desenvolvimento Territorial e Energias Renováveis, atua no IDR Paraná Iapar-Emater.
| Gazeta do Povo | | | | O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação de preços dos produtos na saída das fábricas brasileiras, teve inflação de 0,61% em julho deste ano. A taxa é inferior à observada em maio, que havia sido de 1,16%, mas superior à registrada em junho do ano passado, que havia registrado deflação (queda de preços) de 1,13%.
Segundo dados divulgados hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPP acumula taxas de inflação de 1,16% no ano e de 3,94% no período de 12 meses.
Em junho, 11 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram inflação em seus produtos, com destaque para refino de petróleo e álcool (17,07%) e indústrias extrativas (3,75%). Por outro lado, 12 atividades tiveram deflação, com destaque para metalurgia (-3,21%) e alimentos (-0,79%).
Entre as quatro grandes atividades econômicas, foram registradas taxas de inflação nos bens de consumo semi e não duráveis (2,91%) e nos bens de consumo duráveis (0,66%). Os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos, tiveram deflação de 1,64%, enquanto os bens intermediários, ou seja, os insumos industrializados usados no setor produtivo, registraram queda de preços de 0,37%.
| Isto É | | | | Maioria enfrentou problemas para arcar com compromissos, e quase metade adiou impostos
A maioria das 2,8 milhões de empresas em atividade no Brasil teve dificuldades para realizar pagamentos de rotina na segunda quinzena de junho, em meio à pandemia da Covid-19. E quase metade delas teve que postergar o pagamento de impostos como medida para ajudar nas contas, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (19) pelo IBGE.
O cenário se encaminha para o aumento da inadimplência no país, já que a demanda continua baixa e os custos, altos para as empresas, segundo especialistas ouvidos pela Folha.
Os dados da pesquisa do IBGE são de junho, mas o cenário atual do mês de julho é ainda pior e tende a perdurar por mais alguns meses. Não há como prever uma retomada enquanto a Covid-19 deixar rastros de contaminados e mortos, impondo o distanciamento social nas cidades brasileiras.
"Os custos continuam caindo na conta. E em função da falta de movimento é claro que as empresas não conseguiram adequar o fluxo de caixa", disse o professor Otto Nogami, economista do Insper.
Ele avalia que a tendência é que o quadro se agrave, já que a retomada não está acontecendo na velocidade esperada pelos empresários.
"Tem muita empresa postergando abertura, pois percebeu que ficaria mais caro abrir do que se manter fechado", definiu. Sem demanda, vão se acumulando impostos e contas atrasadas, o que vai aumentando a dívida e dificuldando a equalização do fluxo de caixa.
De acordo com o IBGE, para 52,9% das empresas em funcionamento no país foi difícil manter a capacidade em realizar pagamentos de rotina no período estudado. Entre as pequenas companhias, com até 59 funcionários, essa proporção foi maior (53,2%) do que nas médias (42,1%), com até 499 empregados, e grandes (29,5%), com 500 ou mais pessoas.
O empresário Vagner Bezerra Duarte, dono do bar Santo Remédio, no bairro Grajaú, Rio de Janeiro, foi um dos que sentiram dificuldade em arcar com todos pagamentos durante a pandemia. Ele explicou que a prioridade era garantir o pagamento dos salários da equipe durante a crise e recorreu ao Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).
O programa foi criado com o objetivo de destravar o crédito para pequenos empresários, mas a demora na liberação contribuiu para que o estabelecimento passasse aperto durante a pandemia. "Se eles tivessem ajudado no início de abril, como esperado, teríamos superado a crise com menos dificuldade", disse.
Sem faturamento por mais de 100 dias, a empresa precisou buscar cooperação de fornecedores de longa data. "Alguns foram mais flexíveis e realistas e aguardaram nosso empréstimo do governo federal. Só assim conseguimos respirar e sanar todas as contas", disse o empresário. Mesmo diante das dificuldades, Vagner conseguiu arcar com as remunerações de seus funcionários.
A realidade de Duarte é a mesma que a maioria dos empresários do setor de serviços prestados às famílias, o mais atingido pela dificuldade de arcar com os pagamentos, com 79,9% dos negócios impactados. O segmento inclui bares, restaurantes e hotéis, além de turismo e viagens, em um conjunto de atividades que acabaram suspensas ou realizadas de forma parcial ao longo da pandemia.
O IBGE aponta ainda que, do total de empresas em atividade no país, 43,9% precisaram adiar o pagamento de impostos. Flávio Magheli, coordenador da pesquisa do IBGE, explicou que isso ocorreu ou por apoio do governo por medidas provisórias ou porque as companhias tiveram problema de caixa e não conseguiram arcar com os tributos.
Novamente, o impacto foi mais percebido no setor de serviços prestados às famílias, com 74,6% das companhias apelando ao adiamento de tributos, sendo que 87,7% contaram com algum apoio do governo. Entre as empresas que conseguiram uma linha de crédito emergencial para pagamento da folha salarial, 76,4% contaram com a ajuda do governo.
Rodolpho Tobler, economista do FGV-Ibre, apontou que as companhias de menor porte vêm enfrentando dificuldades maiores para continuarem ativas, mesmo após a flexibilização do distanciamento social.
"A demanda continua baixa e os custos, altos. É um risco que nos próximos meses possa ter mais inadimplência", apontou o economista. "As empresas estão muito apertadas e as pequenas estão com mais dificuldades para sair do fundo do poço".
Tobler analisou que é preciso postergar impostos e adotar outros métodos para proteger as empresas menores, mas ainda vai haver um número elevado de calotes. "As coisas ainda estão andando devagar", disse.
BANCOS
A alta na inadimplência das empresas já reflete nos bancos. Nesta quinta, o Bradesco divulgou que seu lucro líquido caiu 40,1% no segundo trimestre de 2020 ante igual período de 2019. O tombo foi causado por mais um forte aumento das reservas para cobrir calotes, consequência dos danos econômicos do coronavírus.
O Bradesco –que já havia separado um volume 86% maior de recursos em março para tentar conter os impactos da pandemia– dobrou as provisões feitas entre abril e junho em relação ao mesmo trimestre de 2019. A alta foi de 154,9%, para R$ R$ 8,9 bilhões. Desse total, foram R$ 3,8 bilhões relacionados ao ramo financeiro e R$ 747 milhões ao ramo de seguros.
Segundo Octavio de Lazari, presidente do banco, a provisão adicional foi feita conservadoramente com base na incerteza sobre a extensão e a dimensão total da crise da pandemia.
"As provisões acontecem sempre em função da expectativa de perdas futuras da carteira de crédito e são embasadas em informações históricas e prospectivas", disse em entrevista nesta quinta (30). "O cenário econômico ainda é difícil, mas dá para dizer que aparentemente o pior momento já passou", afirmou.
VEÍCULOS
De acordo com o IBGE, o ramo mais afetado no comércio foi de veículos, peças e automocicletas, que sentiu dificuldade em arcar com os pagamentos de rotina em 61,3% das companhias. O resultado é reflexo do fechamento de fábricas e lojas e a diminuição do poder de compra do brasileiro em meio aos temores do avanço da pandemia no país e seus impactos econômicos.
Para a professora do Ibmec Vivian Almeida, a evolução do vírus e o número de contaminados e mortes permanecendo altos estão influenciando na demora para a recuperação acontecer. Outros fatores são uma parcela considerável da população que perdeu o emprego ou que, mesmo ocupada, evita gastar por medo de demissão.
"Esses são riscos que os consumidores percebem. E esses indicadores, olhando pela demanda, vão freando decisões de consumo e retardando a retomada", disse a professora. Ela explicou que, diante desse quadro, as empresas retardam pagamentos de impostos.
Segundo a última Pnad Contínua do IBGE, 7,8 milhões de postos de trabalho foram perdidos no país no trimestre encerrado em maio —a pesquisa de junho precisou ser adiada por dificuldades em colher informações por telefone em meio à pandemia.
Já dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de junho apontam que 1,5 milhão de pessoas perderam emprego com carteira assinada na pandemia.
De acordo com a pesquisa divulgada nesta quinta pelo IBGE, 14,8% do total, ou aproximadamente 410 mil empresas, precisaram fazer redução no quadro de funcionários. Cerca de 27% das companhias de serviços prestados às famílias sentiram o golpe.
Os dados fazem parte da segunda edição da pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas empresas, lançada pelo instituto no início de julho. As divulgações acontecem de forma quinzenal.
Vivian Almeida analisa que não é possível fazer uma previsão de retomada diante do atual cenário da Covid-19. "É um horizonte ainda nebuloso por essa oscilação natural da pandemia, que a cada passo monitoramos o número de casos, mortos e impacto na vida das pessoas".
CONTA DE LUZ
No setor elétrico, os indicadores de inadimplência quase quadruplicaram após o início da crise. Segundo o último boletim divulgado pelo MME (Ministério de Minas e Energia) sobre o tema, o índice de inadimplência de curto prazo entre 18 de março e o fim de junho estava em 8,12%, contra uma média de 2,40% no primeiro semestre de 2019.
Os dados, porém, sinalizavam uma evolução no volume de pagamentos: considerando apenas os 30 dias anteriores a 21 de junho, o índice de inadimplência era de 4,73%. O MME parou de divulgar os dados após essa data, mas a expectativa do mercado era de nova piora depois do fim do subsídio federal aos consumidores de baixa renda, que expirou no início de julho.
Apesar da elevação na inadimplência, as distribuidoras de energia estão, desde o fim de março, proibidas de interromper o fornecimento por determinação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Essa medida vale até esta sexta (31), quando as contas de luz dos consumidores poderão voltar a ser desligadas em caso de inadimplência.
A medida não valerá apejnas para os consumidores de baixa renda, cujo corte continuará proibido até dezembro.
| Folha de S.Paulo | | | | Segundo Octavio de Lazari, oferta para segmento 'anda de lado' e Pronampe é boa iniciativa para mudar cenário
O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, afirmou nesta quinta-feira (30) que o banco vai acompanhar o movimento do governo e ampliar a oferta de linhas para financiar pequenas e médias empresas. Citou como exemplo iniciativas que teriam apoio o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), o FGI (Fundo Garantidor para Investimentos) do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), também voltado a pequenos negócios.
“Acho que é um crédito que ainda anda um pouco de lado porque os empresários menores vão evitar fazer novos investimentos agora. Devemos crescer em linhas como o Pronampe e o FGI para poder atender estruturalmente essas empresas”, afirmou o executivo em entrevista à jornalistas.
O Bradesco deverá começar a conceder créditos pelo Pronampe em agosto.
Desde o início da pandemia, empresários têm reclamado sobre a falta de crédito no mercado bancário e afirmado que a alta burocracia, a demora na resposta e o aumento de juros e da exigência de garantias têm sido empecilhos na tomada de recursos em meio à crise do coronavírus.
Um levantamento feito no início deste mês pelo Ministério da Economia a pedido da Folha, apontava que apenas 17% dos recursos anunciados em programas de financiamento lançados ou regulamentados pelo governo haviam sido desembolsados – o que representa apenas R$ 12,1 bilhões dos R$ 70 bilhões anunciados para quatro grandes linhas.
O Pronampe –que na época do levantamento ainda estava com uma execução de apenas 7,5% do previsto– foi destaque até agora. A linha teve 90% dos recursos disponibilizados emprestados em pouco mais de um mês.
Inicialmente o governo havia destinado R$ 15,9 bilhões para linha. Os recursos são voltados para empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões (no caso do programa, vale a receita registrada em 2019). Na quarta-feira (29), no entanto, o Ministério da Economia afirmou que espera disponibilizar mais R$ 12 bilhões para a linha até 15 de agosto.
Segundo o presidente do Bradesco, já houve uma melhora da confiança que também começa a refletir na carteira de crédito do banco.
Para pessoas jurídicas, Lazari afirma que apesar do crescimento menor no crédito para pequenas e médias empresas, a busca de recursos para capital de giro e liquidez por parte dos negócios de grande porte já voltou ao normal e, a depender da evolução do cenário em relação à pandemia, é possível que a captação de recursos para investimento comece a ganhar força.
“Se o cenário econômico melhorar, já estamos vendo alguns IPO [oferta inicial de ações] e follow nos [oferta secundária de ações] acontecendo, onde empresas com bons resultados começam uma nova procura por crédito, principalmente para captação de recursos. Mas isso também é algo que depende de encontrarmos uma vacina [contra o coronavírus] e de sua eficácia”, disse.
Para pessoas físicas, a expectativa é de que linhas com maiores garantias – como é o caso do crédito imobiliário e do consignado – continuem a ganhar destaque nos empréstimos do banco.
A carteira de crédito expandida do Bradesco atingiu R$ 661,1 bilhões no segundo trimestre deste ano, alta de 14,9% em relação a igual período de 2019. Esse avanço foi puxado principalmente pelos empréstimos para pessoas físicas, que subiram 12,3%, para R$ 236 bilhões.
Os empréstimos para pessoas jurídicas registraram alta de 16,4%, para R$ 425,1 bilhões, com o crédito para as grandes empresas subindo 18,2% no período, para R$ 310,2 bilhões e os recursos voltados para micro, pequenas e médias empresas com avanço de 11,7%, para R$ 114,9 bilhões.
| Folha de S.Paulo | | | | A inclusão de um imposto sobre pagamentos, semelhante à antiga CPMF, na proposta de reforma tributária do governo parece estar mais próxima de se concretizar.
Ainda não há um texto oficial detalhando a proposta para o novo imposto. Integrantes do próprio Ministério da Economia, porém, vêm dando entrevistas à imprensa, em que revelam quais possibilidades estão sendo estudadas pelo governo.
Veja o que já se sabe a respeito do imposto sobre pagamentos:
O objetivo do imposto sobre pagamentos
O argumento do governo é de que a reforma tributária não irá subir a carga de impostos no país. Assim, a criação de um novo tributo estaria atrelada à extinção de outros, para que houvesse uma compensação à sociedade.
No caso do imposto sobre pagamentos, o principal objetivo deve ser a desoneração da folha de salários, conforme detalhou o assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos. A extensão da desoneração, porém, depende de qual será a alíquota do novo tributo (veja mais abaixo). A tendência é de que apenas parte da folha tenha o alívio nos impostos.
Além disso, o governo também cogita usar o dinheiro do novo imposto para financiar o programa Renda Brasil, que deve substituir o Bolsa Família. O vice-presidente, general Hamilton Mourão, já disse publicamente que o novo imposto poderia ajudar a bancar a iniciativa, que seria implementada depois do fim do auxílio emergencial.
O que será tributado no novo imposto
Entre as lacunas que ainda precisam ser preenchidas está, ainda, qual será a base de tributação do novo imposto. A princípio, só pagamentos seriam tributados – mas não está claro se todos estariam incluídos ou se apenas parte dessas transações teria incidência da alíquota. Há a possibilidade de que o tributo incida sobre todos os pagamentos digitais, o que acabaria incluindo mesmo transações em dinheiro, quando elas forem registradas digitalmente.
De qualquer modo, a aplicação do novo tributo exclusivamente sobre pagamentos é um dos argumentos que tem sido utilizado pelo governo para afastar as comparações entre o novo tributo e a antiga CPMF. Isso porque a antiga contribuição recaía sobre todas as movimentações financeiras, com poucas exceções. No novo modelo, a julgar pelo que a equipe econômica vem falando, operações como saques não seriam tributadas.
A alíquota do imposto sobre pagamentos
Outro ponto que ainda precisa ser esclarecido pelo governo diz respeito ao percentual de tributação. Inicialmente, a previsão era de que o novo imposto sobre pagamentos tivesse alíquota de 0,2%. Com isso, o governo conseguiria arrecadar algo em torno de R$ 120 bilhões por ano. O montante seria suficiente para desonerar a folha de salários dos funcionários que ganham até um salário mínimo (hoje R$ 1.045).
Para desonerar toda a folha, segundo os cálculos do economista Josué Pellegrini, da Instituição Fiscal Independente (IFI), seriam necessários R$ 320 bilhões por ano. Para arrecadar tudo isso, o novo tributo teria que ser aplicado com uma alíquota maior que 1% – considerada alta até pelo próprio governo.
Ao jornal Folha de S.Paulo, o assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos, explicou que o governo faz estudos para desonerar 25% da folha de salários. Para isso, a alíquota do novo imposto seria fixada em 0,4%.
O desenho da proposta deve levar em conta, porém, que tributos desse tipo tendem a provocar uma erosão da base de arrecadação. Isso porque, para não pagar o imposto, os contribuintes buscam artifícios – como só usar dinheiro vivo, por exemplo –, o que obriga o governo a aumentar a alíquota para continuar arrecadando o mesmo montante.
Governo promete novas etapas da reforma tributária para agosto
A expectativa é de que todas essas dúvidas sejam sanadas em agosto, quando o governo promete encaminhar a proposta concreta ao Congresso Nacional. Essa será apenas uma das várias etapas da reforma tributária proposta pelo Executivo.
A primeira, unificando PIS/Pasep e Cofins, já foi encaminhada ao Parlamento. A equipe de Guedes também promete enviar para discussão alterações no Imposto de Renda, com o fim da dedução de despesas médicas e mudanças nas alíquotas.
| Gazeta do Povo | | | | O governo afirma que a primeira fase da reforma tributária enviada ao Congresso Nacional tem potencial para aumentar a renda anual de cada brasileiro entre R$ 173 e R$ 345, além de gerar até 373 mil novos postos formais de trabalho. Segundo a equipe econômica, os efeitos serão permanentes, mas sentidos em médio prazo, após o período de transição e o ajuste na alocação dos recursos.
As informações são de nota técnica da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia divulgada nesta quinta-feira (30). A nota é intitulada "Desburocratizando o sistema tributário: impacto no emprego e crescimento devido à criação da CBS".
A primeira fase da reforma tributária do governo foi enviada na semana passada ao Congresso. Ela propõe extinguir os tributos federais PIS-Pasep e Cofins para criar a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). A CBS será um imposto sobre valor agregado (IVA) federal. A intenção do governo é que ela tenha alíquota única de 12%, com exceção dos bancos, que pagarão 5,8%.
Segundo a SPE, a implementação da CBS pode resultar em aumento de 1,2 ponto percentual (p.p.) do Produto Interno Bruto (PIB) per capita. Seriam 0,5 p.p. referente ao efeito da unificação das alíquotas e 0,7 p.p. a 1 p.p em relação aos ganhos com custos de conformidade. O custo de conformidade é quanto uma empresa gasta para cumprimento da legislação tributária.
Em outros palavras, isso quer dizer que a CBS, segundo o governo, permitirá que cada brasileiro, em média, tenha um aumento anual de renda entre R$ 173 e R$ 345. “Importante destacar que o ganho devido à melhora da produtividade elevará permanentemente a renda per capita e não será um ganho temporário”, garante a SPE na nota técnica.
Além de aumentar a renda dos brasileiros, a secretaria diz que a implementação da CBS deve gerar novas vagas formais de trabalho, pois a reforma levará a um aumento da produtividade total da economia, que elevará a demanda das empresas por trabalhadores. “Além disso, o impacto agregado no emprego é sempre positivo, de tal forma que a reforma pode gerar até 373 mil novos empregos.”
Segundo a Secretaria de Política Econômica, um dos principais avanços da primeira fase da reforma tributária do governo é corrigir a política de incentivo às empresas. Atualmente, existem centenas de exceções no PIS-Cofins.
"Os diferentes incentivos dados às empresas e setores com a distinção da alíquota do imposto ou o elevado custo para adequação à legislação tributária respondem por parte da má alocação de recursos na economia brasileira", diz a secretaria.
"A notável disparidade de alíquotas entre firmas e setores que vigora hoje tem efeitos perversos sobre a economia”, completa, acrescentando que no Brasil, em média, uma empresa gasta 1,5 mil horas para ter conformidade à legislação tributária.
“A complexidade do sistema tributário brasileiro se reflete no emaranhado de normas presentes no PIS/Pasep e na Cofins. Os demonstrativos de gastos tributários (DGT), da Receita Federal do Brasil (RFB), apresentam cerca de 50 exceções agregadas na incidência e em direitos a créditos tributários para a Confins. Mais ainda, as isenções normatizadas deste tributo, quando desagregadas em produtos e setores, superam a casa das centenas”, explica.
Os setores da economia mais prejudicados por esse emaranhados de exceções são a extração de petróleo, indústrias, agricultura e o comércio por atacado e de veículos, enquanto serviços, saúde e construção civil são os mais beneficiados.
A reforma proposta pelo governo busca equaliza as alíquotas entre empresas do mesmo setor e entre os vários setores para reduzir as distorções. Essa unificação, diz a SPE, tende a produzir melhora relevante na alocação de fatores produtivos entre as empresas. Ou seja, deve melhorar a produtividade.
A SPE destaca, ainda, que avaliou apenas dois efeitos resultantes da primeira fase da reforma: mudanças de alíquotas e redução nos custos de conformidade. “Os efeitos podem ser ainda maiores se considerarmos os ganhos advindos da redução de outras distorções econômicas associadas aos impostos, como efeitos nas cadeias produtivas e decisões de estrutura de negócios.”
Próximas fases da reforma tributária chegam em agosto
O governo ainda vai enviar ao Congresso a segunda, terceira e quarta partes da reforma tributária. A segunda vai tornar mais seletivo o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A terceira vai mexer com o Imposto de Renda de pessoas físicas e jurídicas e taxar dividendos (parcela do lucro distribuída aos acionistas). Por fim, a última etapa inclui a desoneração da folha e a criação de um imposto sobre transações digitais.
Segundo a equipe econômica, o efeito final da reforma sobre a carga tributária será nulo. Ou seja, o objetivo é simplificar o sistema sem aumentar ou reduzir os impostos. Mas, setorialmente, quem paga pouco ou nada deve começar a pagar para que o governo possa reduzir os tributos de quem contribui com muito.
A proposta do governo será avaliada na comissão mista do Congresso Nacional. O relator é o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). O colegiado também vai se debruçar sobre a reforma tributária proposta pela Câmara (PEC 45) e a proposta pelo Senado (PEC 110). Todas propõem a unificação de tributos em um imposto do tipo IVA. A diferença é que o governo mexe apenas com os impostos federais, enquanto os textos de autoria legislativa englobam o ICMS (Estados) e ISS (municípios).
| Gazeta do Povo | | | | Das 705 mil empresas em funcionamento na segunda quinzena de junho na região Sul, mais da metade (53,9%) informaram que a pandemia afetou negativamente suas atividades, enquanto para 30,9% o efeito foi pequeno ou inexistente e para 15,2% o efeito foi positivo. Além disso, 9,9 mil das empresas tiveram de demitir mais da metade dos seus funcionários.
Os resultados da segunda rodada da Pesquisa Pulso Empresa refletem as percepções das empresas em funcionamento ao final da segunda quinzena de junho em comparação à primeira quinzena. A pesquisa tem como objetivo acompanhar a evolução de alguns dos principais efeitos da pandemia de Covid-19 na atividade das empresas não financeiras e faz parte das Estatísticas Experimentais do IBGE.
A queda nas vendas ou serviços comercializados em decorrências da pandemia foi sentida por 47,8% das empresas sulistas, ao passo que 21,7% relataram que o efeito foi pequeno ou inexistente e 9,7% tiveram aumento.
Conforme o IBGE, a queda nas vendas afetou principalmente as empresas de pequeno porte (51%), enquanto nas intermediárias (39,1%) e de grande porte (32,8%) o contingente de empresas impactadas negativamente foi menor. Inclusive, nas empresas de maior porte o destaque é o porcentual de 41,2% que relataram efeito pequeno ou inexistente.
As demissões, entretanto, seguem acontecendo. Prova disso é que na segunda quinzena de junho 14,8% das empresas reduziram o quadro de funcionários, enquanto apenas 9% resolveu contratar mais profissionais. Entre as que demitiram, 9,5% reduziram em mais da metade o quadro, 21% reduziu entre 26 e 50% e 69,5% demitiu menos de um quarto dos profissionais.
Confira abaixo as respostas das empresas da região Sul ao questionário do IBGE
De uma forma geral, como sua empresa tem sido afetada pela pandemia da COVID-19 até o final da segunda quinzena de junho em relação a quinzena anterior?
Tem tido um efeito negativo: 53,9%
Tem tido um efeito pequeno ou inexistente: 30,9%
Tem tido um efeito positivo: 15,2%
Não sabe responder: 0,0%
Qual foi o efeito da pandemia da COVID-19 sobre as vendas dos produtos ou serviços comercializados por sua empresa durante a segunda quinzena de Junho em relação à quinzena anterior?
Teve diminuição: 47,8%
O efeito foi pequeno ou inexistente: 21,7%
Teve aumento: 9,7%
Não sabe responder: 0,2%
Qual foi o efeito da pandemia da COVID-19 sobre a fabricação dos produtos ou atendimento aos seus clientes por parte de sua empresa durante a segunda quinzena de junho em relação à quinzena anterior?
Teve dificuldade: 43%
Não houve alterações significativas: 50,2%
Teve facilidade: 6%
Não sabe responder: 0,7%
Qual foi o efeito da pandemia da COVID-19 sobre o acesso aos fornecedores de insumos, matérias-primas, ou mercadorias por parte de sua empresa durante a segunda quinzena de junho em relação à quinzena anterior?
Teve dificuldade: 41,8%
Não houve alteração significativa: 53%
Teve facilidade: 3,4%
Não sabe responder: 1,8%
Qual o efeito da pandemia da COVID-19 sobre a capacidade da sua empresa para realizar pagamentos de rotina durante a segunda quinzena de junho em relação à quinzena anterior? (exemplo: tributos, fornecedores, salários, aluguéis, energia elétrica)?
Teve dificuldade: 44,9%
Não houve alteração significativa: 46%
Teve facilidade: 6,2%
Não sabe responder: 2,9%
Qual foi o efeito da pandemia da COVID-19 sobre o número de funcionários na empresa ao final da segunda quinzena de Junho em relação à quinzena anterior?
Houve redução: 14,8%
Não houve mudança: 75,5%
Houve aumento: 9,0%
Não sabe responder: 0,7%
Indique a melhor estimativa para essa redução no quadro de funcionários
Superior a 50%: 9,5%
Entre 26 e 50%: 21%
Inferior a 25%: 69,5%
Não sabe responder: 0%
A empresa adotou algumas das seguintes medidas em relação aos impactos da pandemia da COVID-19 durante a segunda quinzena de junho? (selecione tudo que se aplica)
A empresa lançou ou passou a comercializar novos produtos ou serviços: 18,6%
Alterou o método de entrega de produtos ou serviços; incluindo a mudança para serviços online: 34%
Adiou o pagamento de impostos: 41,8%
Conseguiu uma linha de crédito emergencial para pagamento da folha salarial: 16,2%
Adotou trabalho domiciliar (teletrabalho, trabalho remoto e trabalho à distância) para os funcionários: 23,9%
Antecipou férias dos funcionários: 27,3%
Realizou campanhas de informação e prevenção e adotou medidas extras de higiene: 87,5%
Outros: 2,3%
Não adotou nenhuma medida: 2,2%
Não sabe responder: 1,2%
| Bem Paraná | | | | A Embraer afirma que conversa com sindicatos para colocar em prática mais um plano de demissão voluntária.
Segundo a companhia, além dos funcionários que estão em licença remunerada, também poderão aderir ao PDV aposentados por tempo de serviço ou quem tiver 55 anos de idade ou mais. A adesão vai até 14 de agosto.
A medida é mais uma em meio à crise gerada pela pandemia da Covid-19, com impactos fortes na indústria aeronáutica.
A proposta tem um pacote de incentivos que inclui plano de saúde para o colaborador e dependentes e auxílio-alimentação de R$ 450 mensais, ambos até janeiro de 2021, apoio para recolocação, e uma indenização de 10% do salário-base nominal por ano de empresa, além das verbas rescisórias normais.
| Gazeta do Povo | | | |
Perda de rendimentos atinge 61% dos moradores de São Paulo das classes D e E
Quase metade dos moradores de São Paulo perdeu rendimentos do trabalho depois do início da pandemia: 46%. É o que registra pesquisa Datafolha sobre os novos hábitos dos paulistanos, realizada no início de julho.
O levantamento mostra também que a esperança mais comum dos paulistanos para o fim da epidemia é conseguir um trabalho com registro, sair do bico, do emprego informal ou do desemprego, em vez de se tornar funcionário público ou empresário, por exemplo.
Uma parte importante dos entrevistados, 6%, não sabe qual trabalho terá depois da pandemia (13% entre aqueles das classes D e E).
A probabilidade de ter passado a receber menos depende do nível de instrução e da classe social. Entre os moradores da cidade das classes D e E, 61% tiveram rendimentos menores —ante 43% daqueles do segmento A e B.
Entre os que tiveram rendimentos reduzidos, 41% fazem trabalho remoto, de casa, o home office, e 59%, não. Apenas 9% dos que fizeram até o ensino fundamental trabalhavam de forma remota. Entre quem fez faculdade ou além, eram 59%.
O teletrabalho doméstico na cidade de São Paulo parece muito mais frequente do que no restante do país, a julgar pelos dados do Datafolha e da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Covid-19, do IBGE.
Parece, pois as estatísticas não são imediatamente comparáveis. Seus questionários , por exemplo, são diferentes. No entanto, a disparidade é grande. Pelo Datafolha, ressalte-se, 44% dos ocupados faziam home office em São Paulo no início de julho. Na Pnad Covid-19, trabalhavam remotamente 12,5% dos brasileiros e 15,9% dos moradores da região Sudeste.
Apenas 2% dos paulistanos na PEA (População Economicamente Ativa) dizem que estavam desempregados antes do novo coronavírus. A parcela daqueles sem trabalho agora é de mais de 16%.
A própria PEA, resultado da soma do número de empregados com desempregados à procura de emprego, diminuiu de 81% para 75%. A maior parte da diferença se deve ao crescimento do número de desalentados, que não procuravam trabalho no momento da entrevista.
Apesar das dificuldades, há otimismo quanto aos salários. Para 33% dos paulistanos entrevistados, seus rendimentos serão maiores depois da pandemia. Para 57% deles, os ganhos ficarão pelo menos iguais.
Mas o futuro do trabalho está entre muito incerto e muito preocupante.
A recessão anterior começou em 2014 e terminou em 2016. O número de pessoas ocupadas continuou a cair até chegar ao fundo do poço, em março de 2017.
Levou mais dois anos, até 2019, para que o país voltasse ao pico do nível anterior do número de empregos.
Pesquisa Datafolha mostra que maioria dos paulistanos está otimista com vida no pós-pandemia
Quarentena transforma hábitos e aprofunda desigualdades, mostra pesquisa Datafolha
Marcas mais lembradas solucionam novos problemas dos consumidores
Do saldo de vagas criadas nesse período, dois de cada três eram de assalariados sem carteira assinada e “por conta própria”, sem CNPJ, pelos dados da Pnad, a pesquisa do IBGE. O número de empregos formais, com carteira, jamais se recuperou.
A dificuldade de prever o destino do trabalho é ainda maior do que depois dessa grande recessão de 2014-2016. O choque econômico de agora é muito diferente.
Em primeiro lugar, esta crise afeta especialmente o setor de serviços (que inclui comércio), o que mais emprega e o mais prejudicado pelo distanciamento social, seja decretado por governos ou voluntário (por medo de contaminação).
Pode ser também o setor de recuperação mais lenta, por causa da longa duração da epidemia no Brasil ou das dificuldades em geral de atividades que dependem muito do fim da pandemia de fato (como turismo, aviação ou entretenimento de aglomeração: shows, arenas esportivas e casas noturnas).
Em segundo lugar, a crise não apenas reduziu o rendimento das empresas. Destruiu muitas delas.
Terceiro, os governos estarão sem recursos para investir em um grande programa de obras públicas.
Quarto, muitas empresas fazem experimentos obrigatórios de inovação, como o teletrabalho, em casa ou não (motoristas e entregadores de aplicativo também têm um teletrabalho).
Pode ser que parte ainda maior das vagas seja agora terceirizada ou contratada por tarefa, em regime intermitente. A automação também pode aumentar.
Quinto, é possível que o teletrabalho reduza a ocupação de escritórios ou atividades de entretenimento e, assim, a circulação por certas regiões das cidades, prejudicando restaurantes ou outros comércios e serviços nas redondezas.
Inovação é por definição imprevisível. Retomadas econômicas têm seu grau de incerteza, mas a recuperação brasileira depois da recessão de 2014-2016 foi a mais lenta da história e nem havia se completado quando essa nova crise chegou.
Por ora, as estimativas são de que o PIB (Produto Interno Bruto) volte ao nível ainda empobrecido de 2019 apenas em 2022. Em geral, o nível de emprego se recupera apenas depois do PIB.
| Folha de S.Paulo | | | | Sindicato diz que falta diálogo da empresa, que atribui 747 dispensas à pandemia
Funcionários de concessionárias da Renault em São Paulo, Minas Gerais e no Paraná realizaram atos nesta quinta-feira (30) contra a demissão de 747 trabalhadores da fábrica da empresa em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR).
Na capital paulista, ocorreram manifestações nas concessionárias Renault Vila Guilherme, Ipiranga e Vila Olímpia. Ações parecidas foram registradas em São José dos Campos, Osasco, Guarulhos e São João del Rei (MG). No Paraná, os protestos se concentraram nas maiores cidades - Curitiba, São José dos Pinhais, Araucária, Pinhais, Campo Largo e Londrina.
Os funcionários do Paraná foram dispensados na terça-feira da semana passada (21) e, desde então, outros empregados da linha de produção estão em greve por prazo indeterminado. Eles pedem principalmente pela suspensão das demissões.
O Sindicato dos Metalúrgicos da grande Curitiba (SMC) alega falta de diálogo por parte da Renault ao decidir sobre as dispensas. A entidade afirma que a empresa também descumpriu uma lei paranaense que concedeu incentivos à fábrica em troca da manutenção de empregos.
“Queremos que a Renault veja o compromisso que tem ao receber incentivos, afinal é um dinheiro público do qual está se beneficiando. O planeta todo passa pela pandemia, mas temos que buscar espaço de negociação e flexibilização e não partir para radicalizações. Faltou tranquilidade e boa-fé da empresa nas demissões”, disse Sérgio Butka, presidente do SMC.
“A empresa demitiu e 40% dos trabalhares estavam com problemas de saúde, isso mostra total insensibilidade. A Renault se mostra reticente às negociações, então a única maneira de chamar atenção é nas concessionárias, mostrando o problema para a sociedade”, afirmou Miguel Torres, presidente do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo.
De outro lado, a Renault relaciona a demissão em massa aos impactos da pandemia do novo coronavírus. No primeiro semestre de 2020, as vendas da montadora caíram 47%.
Em nota, a empresa informou que tenta negociar com os empregados desde abril. Houve proposta de redução de jornada e nos salários e, no último dia 15, a Renault apresentou um plano de demissão voluntária, mas, segundo a empresa, ambos foram rejeitados pelo sindicato.
Assim, a fabricante resolveu fechar o terceiro turno de produção e desligar os trabalhadores.
A empresa destacou que, além das verbas rescisórias legais, concedeu adicionalmente aos demitidos a extensão do vale-mercado até o mês de outubro e dos planos de saúde até dezembro e um programa de orientação para recolocação no mercado de trabalho.
A Renault negou estar descumprindo o Protocolo Paraná Competitivo, programa estadual de benefícios para empresas para atração de investimentos, assinado pela montadora em 2011, “pois o compromisso assumido foi atingido já em 2014 e se mantém até hoje”.
Em relação à lei citada pelo sindicato, disse que há exceções sobre a manutenção do nível de empregos diante da dificuldade financeira enfrentada durante a pandemia.
| Folha de S.Paulo | | | | Michael Ryan, da OMS, afirmou que as Américas do Sul e Central continuam a ser "um epicentro da transmissão" da covid-19
Diretor executivo da OMS (Organização Mundial de Saúde), Michael Ryan afirmou que as Américas do Sul e Central continuam a ser "um epicentro da transmissão" da covid-19. Durante entrevista coletiva hoje, Ryan destacou que "muito trabalho ainda precisa ser feito para conter a transmissão e evitar a exposição no nível comunitário" na região.
Ryan considerou a situação regional "mista", mas com algumas nações com "transmissão muito intensa". "Ainda vemos uma situação muito desafiadora para os países", destacou.
| UOL | | | | Eles foram os países mais castigados pela pandemia de covid-19 na União Europeia (UE) e agora enfrentam duras consequências da crise sanitária na economia. França, Espanha e Itália anunciaram hoje que enfrentam uma recessão sem precedentes, com quedas recordes em seus Produtos Internos Brutos (PIB).
A França registrou uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 13,8% no segundo trimestre deste ano, o pior resultado desde 1949. Porém os números se mostram melhores do que as projeções dos economistas: o Instituto Nacional de Estatísticas (Insee) previa uma retração de 17% da economia francesa, por causa do impacto das medidas de restrição adotadas para enfrentar a epidemia de coronavírus.
"A evolução negativa do PIB no primeiro semestre de 2020 está relacionada com a interrupção das atividades 'não essenciais' no contexto do confinamento em vigor entre meados de março e o início de maio", afirmou o instituto em um comunicado. O Insee também prevê uma recuperação de +19% no terceiro trimestre.
Para o ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, essa queda menos pronunciada mostra que é possível diminuir os efeitos da crise. Le Maire defendeu que o governo continue adotando decisões radicais para proteger os trabalhadores e a economia, e acredita que o governo poderá evitar uma retração de 11% do PIB em 2020.
Espanha: dois períodos consecutivos de queda no PIB
A Espanha anunciou hoje que entrou em recessão no segundo trimestre ao registrar uma queda expressiva de 18,5% do Produto Interno Bruto (PIB) na comparação com o trimestre anterior devido à pandemia do novo coronavírus, anunciou o Instituto Nacional de Estatísticas (INE). Após a contração de 5,2% no primeiro trimestre, a quarta maior economia da zona do euro registra dois períodos consecutivos de queda do PIB, a definição técnica de uma recessão.
O segundo trimestre foi marcado pelo confinamento rígido em abril, acentuado por duas semanas de paralisação de todas as atividades não essenciais. Entre maio e junho, a saída do confinamento aconteceu de maneira progressiva.
Os setores do comércio, transportes e hotelaria foram muito afetados, com uma queda de 40% na comparação com o trimestre anterior. A construção civil registrou queda de 24% e a indústria de 18,5%. O turismo, um dos pilares da economia espanhola, que representa 12% do PIB do país, também foi muito afetado, com um retrocesso de 60% de sua receita na comparação com o segundo trimestre de 2019.
O consumo das famílias caiu 21% na comparação com o trimestre anterior e os investimentos das empresas recuaram 22%, enquanto as exportações retrocederam mais de um terço em relação ao período janeiro-março.
O governo espanhol espera uma contração do PIB de 9,2% este ano. O Banco da Espanha, mais pessimista, prevê queda de 15%.
A Espanha foi um dos países mais afetados da Europa pela pandemia, com mais de 28.400 mortos, de acordo com o balanço oficial. Mas também será um dos principais beneficiários do plano europeu de estímulo anunciado pela União Europeia em 21 de julho. O país deve receber, na forma de créditos e subsídios diretos, 140 bilhões de euros do total de 750 bilhões do plano europeu.
Itália: pior recessão desde Segunda Guerra Mundial
A Itália registrou uma queda de 12,4% em seu Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre devido à pandemia, entrando, assim, em recessão, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatísticas do país, o Istat. Segundo as previsões, a economia italiana não enfrentava uma situação tão grave desde a Segunda Guerra Mundial.
Com essa queda "sem precedentes", após uma retração de 5,4% no primeiro trimestre, o PIB italiano registra "o valor mais baixo desde o primeiro trimestre de 1995". Comparado ao segundo trimestre de 2019, a queda se mostra ainda mais vertiginosa, -17,3%. Nos seis primeiros meses deste ano, a baixa chega a 14,3%.
A Itália é o país mais castigado pelo coronavírus na Europa. O governo italiano foi o primeiro a impor medidas estritas de confinamento no Velho Continente, em março, paralisando boa parte de sua atividade econômica. Mais de 35 mil pessoas morreram de Covid-19 na Itália.
Para estimular a recuperação econômica, o governo italiano injetará 25 bilhões de euros adicionais no orçamento de 2020, o que eleva o déficit público a 11,9% do PIB, o maior da zona do euro. O aumento do orçamento, anunciado no dia seguinte ao histórico acordo concluído pela UE para estimular a economia, e do qual a Itália é uma das principais beneficiárias, levará a dívida italiana a 157,6% do PIB.
| UOL | | | | Companhia divulga balanço financeiro do 1º semestre com queda em todos os indicadores
A pandemia do novo coronavírus gerou perdas equivalentes a € 1,8 bilhão para o Grupo Renault, que divulgou seu balanço financeiro referente ao primeiro semestre na quinta-feira, 30. Há dez dias, a companhia informou sobre seu balanço de vendas globais, cujo volume registrou queda de 35% no período (leia INSERIR A FRASE AQUI), levando a uma retração de mesma proporção no faturamento, ao fechar em € 18,4 bilhões.
O grupo registrou ainda uma margem operacional negativa de pouco mais de € 1,2 bilhão no primeiro semestre. O resultado operacional também ficou negativo em mais de € 2 bi, após a contabilização das despesas não recorrentes. Com isso, a companhia teve prejuízo de € 7,3 bilhões na primeira metade de 2020. Como base comparativa, no primeiro semestre do ano passado, o grupo havia registrado lucro de € 1,04 bilhão.
Segundo o Grupo Renault, o resultado líquido negativo (prejuízo) foi fortemente penalizado pela contribuição negativa da Nissan, com perdas de € 4,8 bi no período.
“Apesar da situação ser sem precedentes, ela ainda não acabou. Junto com todas as equipes de direção e os colaboradores do grupo, estamos totalmente mobilizados para corrigir nossa trajetória por meio de uma disciplina rigorosa, que vai além da redução de nossos custos fixos. Para preparar o futuro também é necessário construir nossa estratégia de desenvolvimento e, por isso, estamos trabalhando ativamente neste sentido. Tenho total confiança na capacidade de recuperação do grupo”, declarou Luca de Meo, CEO da Renault.
A CEO adjunta da Renault, Clotilde Delbos, acrescentou que a crise gerada pelo coronavírus agravou ainda mais as dificuldades pré-existentes que já estavam sendo enfrentadas pelo grupo. “O comprometimento de todos os nossos colaboradores nos permitiu enfrentar esta situação. A manutenção deste compromisso, o projeto de plano de redução de custos 2022, nossas reservas de liquidez e, logicamente, a chegada de nosso novo CEO fazem com que eu tenha confiança na capacidade de recuperação de nossa performance, o mais rapidamente possível”, disse Delbos.
O faturamento da divisão automotiva (com exceção da Avtovaz) chegou a € 15,7 bilhões, representando queda de 36,6% na comparação com o primeiro semestre de 2019. A empresa atribui a queda aos menores volumes de vendas das empresas parceiras como reflexo da crise sanitária da Covid-19.
O fluxo de caixa da divisão automotiva caiu e ficou negativo em € 6,3 bilhões, principalmente devido ao impacto da queda das atividades durante o auge da pandemia e os custos ligados a capital de giro.
Também houve efeito negativo relacionado a taxas de câmbio, principalmente à desvalorização do peso argentino, do real brasileiro e da lira turca. Outros efeitos negativos elencam a queda na contribuição dos negócios de pós-venda, que foi fortemente impactado pelos decretos de quarentena em todo o mundo.
Por outro lado, houve um pequeno efeito positivo dos preços a partir do reposicionamento dos novos veículos, principalmente Clio e Captur, e do trabalho feito para compensar os custos das mudanças na regulamentação europeia e as desvalorizações das moedas nos países emergentes.
Na nota, o Grupo Renault declara que devido às incertezas em torno da situação sanitária, tanto na Europa como nos países emergentes, “não há condições de fornecer uma previsão confiável de resultado para o exercício fiscal”. No entanto, confirmou seu objetivo de atingir € 600 milhões na redução de custos neste ano, o que equivale a 30% das economias esperadas do projeto de plano 2022.
| Automotive Business | | | | Dados do Ministério da Cidadania divulgados nesta quinta-feira (30) mostram que o governo federal recuperou mais de R$ 100 milhões do auxílio emergencial pagos indevidamente a pessoas fora dos critérios estabelecidos para receber o benefício.
Foram emitidas 107 mil Guias de Recolhimento da União (GRU) para devolver os pagamentos indevidos. Do total de devoluções, 81,7 mil foram realizadas por civis e 25,9 mil, por militares.
A devolução do benefício de R$ 600 pode ser feita pelo site. Desde o início da liberação do auxílio a Dataprev realizou o processamento de dados de 148 milhões de CPFs.
| Gazeta do Povo | | | | As pessoas que recebem o auxílio emergencial, pago pelo governo federal durante a pandemia de covid-19, tiveram seus rendimento aumentados em 24% em relação ao que recebiam usualmente antes da pandemia. Os dados, divulgados hoje (30), são do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getulio Vargas (FGV).
O impacto do auxílio emergencial é maior no caso dos empregados informais, cuja elevação de renda proporcionada pelo auxílio chegou a 50%, passando de uma média de R$ 1.344 (pré-pandemia) para R$ 2.016.
“Para aqueles que receberam o auxílio emergencial, o acréscimo de renda mais do que compensou, pelo menos até o momento, as perdas de renda derivadas da crise. Isso não significa que o auxílio emergencial seja excessivo, mas sim que o nível de pobreza e desigualdade do Brasil é muito alto”, destaca o texto do estudo.
O levantamento mostra que alguns profissionais foram mais afetados pela pandemia, como cabeleireiros e manicure, que perderam, sem levar em conta o auxílio emergencial, 42% da renda usual. Vendedor ambulante (-38%), motorista (-36%), vendedor a domicílio (-33%), e artesão, costureiro e sapateiro (-33%), também tiveram quedas acentuadas em seus rendimentos.
De acordo com o estudo, o auxílio emergencial já foi pago a cerca de 64 milhões de brasileiros, de um total de 104 milhões de solicitações. “O número de pessoas que solicitaram o auxílio mostra que o volume de recursos do Bolsa Família pode não ser suficiente. Existe uma parcela da população que é bastante vulnerável, que não está sendo atendida”, destacou o coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV, e um dos autores do estudo, Lauro Gonzalez.
“São pessoas que não são pobres suficientemente para estarem no Bolsa Família, mas que são pobres também, estão sujeitas aos efeitos negativos de choques, como esse que a gente teve na pandemia. Um mecanismo mais adequado [para corrigir isso] seria alguma coisa na linha de uma renda básica, abrangendo um número maior de pessoas”, acrescentou.
O levantamento foi feito com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19 realizada em junho de 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Benefício
O benefício foi criado pelo governo federal para tentar reduzir os efeitos negativos na economia causados pela pandemia novo coronavírus, que obrigou o mundo a suspender diversos setores da atividade econômica. O auxílio é destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEIs), autônomos, desempregados e famílias integrantes do programa Bolsa Família. A parcela é R$ 600 ou de R$ 1,2 mil, para mães solteiras.
| Isto É Dinheiro | | | | O Senado aprovou nesta quinta-feira (30) o projeto de lei de conversão da medida provisória 946/2000 que permite ao trabalhador o saque extraordinário de até R$ 1.045 (um salário mínimo) do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O PLV 31/2020 já havia sido aprovado pela Câmara, mas o texto foi alterado pelos senadores e, por isso, precisará ser reapreciado pelos deputados.
A MP editada pelo presidente Jair Bolsonaro em abril perde a validade na próxima terça-feira (4). O saque do FGTS foi autorizado para reduzir os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre a economia. O trabalhador pode retirar o valor até 31 de dezembro de 2020. A expectativa é de que a medida injete R$ 37,8 bilhões na economia até o fim do ano e que 60 milhões de trabalhadores sejam beneficiados. Veja aqui mais informações sobre o saque do Fundo.
| Gazeta do Povo | | | | O Senado aprovou, com alterações, a Medida Provisória (MP) 946/2020, que autoriza saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) durante a pandemia da covid-19. Os saques de, no máximo R$ 1.045, já estão sendo feitos pela população. A MP também extingue o Fundo PIS/Pasep. O texto foi alterado no Senado e, por isso, voltará à Câmara.
Os senadores fizeram sugestões de alterações junto ao relator, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), que também é líder do governo na Casa. Os senadores fizeram um acordo com o relator e ficou acertado que será permitida a movimentação da totalidade dos recursos da conta vinculada ao FGTS pelo trabalhador que tenha pedido demissão ou sido demitido sem justa causa.
Bezerra apoiou as alterações propostas pelos senadores, mas ressaltou que o governo não tem compromisso de sanção da modificação, visto que pretende garantir a aplicação dos recursos do FGTS em habitação e saneamento, sem apostar na criação de novas modalidades de saque de seus recursos.
Fundo PIS/Pasep
O Fundo PIS/Pasep reúne valores de contas individuais inativas com depósitos a favor dos servidores públicos e dos trabalhadores que tiveram carteira assinada de 1971 a 1988. A partir de 1989, acabaram as contas individuais, e o dinheiro passou a financiar o seguro-desemprego, o abono anual e outros investimentos.
A MP 946 transferiu para o FGTS os valores dessas contas inativas.
| Isto É | | | |
Número de pessoas em trabalho remoto caiu de 8,9 milhões para 8,2 milhões, segundo pesquisa
Cerca de 700 mil pessoas podem ter deixado o trabalho remoto e retornado ao emprego de forma presencial com a flexibilização do distanciamento social pelo Brasil, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (31).
Na divulgação referente à segunda semana de julho, o número de pessoas ocupadas que trabalhavam em casa diminuiu pela primeira vez, caindo de 8,9 milhões para 8,2 milhões, em comparação com a semana anterior.
Os números são da pesquisa Pnad Covid-19, que busca identificar os efeitos da pandemia no mercado de trabalho e na saúde dos brasileiros. A queda na população em home office foi de 11,6%.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, a diminuição é significativa e ocorre por causa da flexibilização acelerando pelo país. "Reflete o que já estamos vendo, que é o retorno dessas pessoas aos seus locais de trabalho antes da pandemia", apontou.
Em São Paulo, por exemplo, o governo dividiu as regiões com classificações por bandeiras, que vão desde restrições severas, no estágio vermelho, a mais brandas, no amarelo.
Outro dado que diminuiu foi o de pessoas afastadas de forma temporária do trabalho por causa do distanciamento social, totalizando 8,2 milhões de pessoas - eram 9,4 milhões na primeira semana de julho.
A pesquisa divulgada nesta sexta apontou que 10,1 milhões de pessoas estavam afastadas do trabalho na segunda semana de julho, quase metade dos 20 milhões apontados no início de maio.
Maria Lucia Vieira explicou que o distanciamento social vem deixando de ser motivo para o afastamento das pessoas do trabalho.
"Elas estão alegando outras razões, como licença para tratamento de doença e licença maternidade, por exemplo. Nesse grupo, há ainda pessoas que podem ter sido dispensadas do trabalho”, disse a pesquisadora.
Por outro lado, a quantidade de brasileiros que gostaria de estar empregado, mas não buscou ocupação por causa da pandemia ou falta de trabalho onde vive permaneceu estável, em torno de 19,2 milhões de pessoas, mesmo patamar do início de maio, quando a Pnad Covid-19 passou a ser avaliada.
A ocupação estava em 81,1 milhões de pessoas, 2,8 milhões de pessoas a menos do que no início da pesquisa, e menos da metade (47,6%) da população sem trabalho.
A pesquisa apontou que a taxa de desempregou ficou em 13,1% na segunda semana de julho, ou 12,2 milhões de pessoas na fila do emprego.
Os dados, contudo, não podem ser comparados com a Pnad Contínua tradicional, que calcula a taxa de desemprego oficial do país e tem metodologia diferente, com coleta de dados durante três meses e em um número maior de domicílios.
O IBGE anunciou dificuldade para divulgar a Pnad Contínua de junho, por conta das coletas estarem sendo feitas por telefone. A taxa de resposta caiu de 90% quando era feita presencialmente para 60% na apuração à distância. A publicação, que seria em julho, foi adiada para a primeira semana de agosto.
Em maio, a pesquisa apontou que 7,8 milhões de postos de trabalho foram perdidos nos três primeiros meses de pandemia, de março a maio.
Nesta quinta-feira (30), o Brasil registrou 1.189 novas mortes pela Covid-19 e 56.992 casos da doença. Com isso, o país já soma 91.377 mortes e 2.613.789 infecções pelo novo coronavírus.
| Folha de S.Paulo | | | | A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia calcula que a proposta de reforma tributária do governo federal enviada ao Congresso permitirá um aumento de renda entre R$ 173 e R$ 345 por brasileiro por ano. A estimativa consta em estudo divulgado nesta quinta-feira, 30, em defesa na criação da Contribuição sobre Bens e Serviço (CBS), tributo que unifica PIS e Cofins, com alíquota de 12%.
O projeto de criação da CBS é a primeira fase da reforma tributária do governo e foi enviada na semana passada ao Congresso. De acordo com o estudo da SPE, a reforma poderia acrescentar até 373 mil vagas ao mercado de trabalho ao simplificar o pagamento pelas empresas desses tributos.
Na avaliação do governo, o ganho ocorrerá devido à melhora da produtividade, elevando permanentemente a renda per capita. "Não será um ganho temporário. Um aumento da produtividade total da economia eleva a demanda das empresas por trabalhadores", diz o documento.
O efeito primário da proposta aumentaria em 140 mil o número de postos de trabalho. Adicionalmente, a redução dos custos de conformidade (o que é gasto pelas empresas para o cumprimento da legislação tributária) poderia acrescentar até 373 mil vagas ao mercado de trabalho, diz o estudo.
Pelos cálculos da SPE, o efeito da melhor alocação dos recursos será um aumento de 0,5 ponto porcentual do Produto Interno Bruto (PIB) per capita. Além disso, a redução do custo de conformidade com a maior simplificação tributária levará a um aumento do PIB per capita de 0,7 a 1,0 ponto porcentual.
Para a SPE, a criação da CBS terá efeitos relevantes nas principais variáveis macroeconômicas com a simplificação que ocorrerá com a unificação dos tributos e a redução das excepcionalidades. Isso reduzirá o tempo e o gasto necessários para que as empresas se adequem às exigências do Fisco.
O estudo destaca que a reforma também promoverá efeitos positivos da redução das distorções tributárias na cadeia produtiva e a equalização do que é pago entre os vários setores, o que é chamado no jargão econômico de melhoria da "alocação intersetorial".
"Em equilíbrio, pode ocorrer de cada brasileiro ter um aumento de até R$ 345 no seu bolso por influência direta da reforma tributária enviada ao Congresso", diz o documento.
A SPE destaca que o sistema tributário brasileiro é extremamente complexo, com diferentes bases de cálculo e alíquotas para um mesmo imposto, gerando diferentes cargas tributárias para diferentes empresas. Além do impacto financeiro, a complexidade eleva o custo para as empresas atenderem às exigências do Fisco, drenando esforços e recursos que poderiam ser alocados na produção e no investimento.
A situação de grandes diferenciais na taxação, diz o estudo da SPE, reduz o total de investimentos e trabalhadores alocados nas indústrias com maior produtividade.
Outro problema da legislação atual são os diferentes incentivos dados às empresas e setores com a distinção da alíquota do imposto. A proposta do Ministério da Economia tenta diminuir esses incentivos às empresas.
"A notável disparidade de alíquotas entre firmas e setores que vigora hoje tem efeitos perversos sobre a economia", afirma a SPE.
Só a Cofins apresenta cerca de 50 exceções na incidência e em direitos a créditos tributários. A carga tributária brasileira em 2019, somando-se os impostos e as contribuições, é de 34% do PIB. Já o valor da arrecadação do PIS/Pasep e da Cofins, em 2019, foi de cerca de 4% do PIB. A participação desses tributos em relação à arrecadação do governo geral tem sido inferior a 15% nos últimos anos.
| UOL | | | | Com as novas notas de R$ 200, anunciadas ontem pelo Banco Central, o governo precisará gastar menos para produzir a quantidade necessária de cédulas, afirmou hoje o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal.
Questionado sobre qual seria a economia com a novidade, o secretário não detalhou números, limitando-se a dizer, em coletiva de imprensa, que "como a gente acaba produzindo menos notas, de fato o gasto acaba sendo menor".
Na semana passada, o secretário do Orçamento, George Soares, havia dito que o Banco Central pediu R$ 437,9 milhões ao Conselho Monetário Nacional (CMN) para produção adicional de "mais de R$ 100 bilhões" em dinheiro físico neste ano para atender à demanda imposta pela concessão do auxílio emergencial.
O Brasil vive hoje o fenômeno de entesouramento, com a população guardando mais dinheiro em espécie em caso, temendo o cenário de incertezas.
Entretanto, quando anunciou a nota de R$ 200, a diretora de Administração do BC, Carolina de Assis Barros, afirmou que a autoridade encaminhou ao CMN um pedido de R$ 113,4 milhões para impressão de 450 milhões de cédulas de R$ 200 (R$ 90 bilhões) e de 170 milhões de cédulas de R$ 100 (mais R$ 17 bilhões).
A previsão é que a nova nota entre em circulação no fim de agosto.
Funchal disse ainda ser "muito difícil" que a nota de R$ 200 cause inflação, dado o cenário de inflação "extremamente baixa". "Não vejo essa possibilidade", afirmou.
| UOL | | | | Parte das empresas conseguiu adaptar seus negócios para as vendas digitais.
Após o profundo impacto da pandemia, em abril, com lojas fechadas em muitas cidades, o varejo paranaense começou a se reerguer em maio. Segundo dados da Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), as vendas foram 28,85% maiores em maio na comparação com abril. Isso porque os estabelecimentos comerciais puderam voltar a abrir as portas e receber seus clientes. Além disso, parte das empresas conseguiu adaptar seus negócios para as vendas digitais.
Setores que vinham amargando grandes perdas voltaram a ter algum nível de faturamento, e na comparação com o mês de abril, tiveram melhora considerável, tais como calçados (399,69%), vestuário e tecidos (235,29%), óticas, cine-foto-som (113,94%), livrarias e papelarias (97,81%) e concessionárias de veículos (69,50%).
O único ramo que não apresentou crescimento na variação mensal, com redução de 1,18%, foi o de supermercados, passada a urgência inicial dos consumidores em estocar alimentos e também pela reabertura dos restaurantes, fazendo com que as pessoas voltassem, ainda que em menor proporção, a fazer suas refeições fora de casa.
No entanto, esta retomada ainda é modesta diante das perdas na economia trazidas pelo coronavírus. A Pesquisa de Opinião, realizada pela Fecomércio PR, que ouviu os empresários do setor terciário sobre suas expectativas para este segundo semestre do ano, revela que 82,7% das empresas do comércio de bens, serviços e turismo do Paraná tiveram redução nas suas receitas. Esse impacto significativo justifica os altos índices apresentados pelo comércio no mês de maio. Houve empresas que ficaram totalmente paradas em abril por causa do fechamento do comércio não essencial e que, ao reabrirem, em maio, saíram do faturamento zero para o patamar habitual de vendas.
A Pesquisa Conjuntural, por sua vez, aponta redução de 10,83% nas vendas do comércio no acumulado de janeiro a maio em praticamente todos os setores. A exceção são os supermercados e farmácias, com elevação de 6,56% e 2,50%, respectivamente. Já na comparação com o mês de maio de 2019, a queda no movimento foi de 14,57%, salvo os ramos de supermercados (+6,68%) e móveis, decorações e utilidades domésticas (+2,82%).
Análise regional - Na segmentação regional, a maior recuperação foi registrada no varejo de Londrina, com alta de 57,69% nas vendas de maio em relação a abril. Maringá teve aumento de 35,23%; a região Oeste de 26,13%; Sudoeste, de 21,15%; em Curitiba e Região Metropolitana a variação mensal foi positiva em 20,91% e em Ponta Grossa o aumento nas vendas foi de 8,06%.
Mas as perdas acumuladas em todas as regiões do Estado ainda são consideráveis: o comércio de Maringá é o que mais tem sofrido com a pandemia e teve redução de 20,72% no faturamento no somatório de janeiro a maio, em todos os setores, até mesmo supermercados (-0,10%). Na região Oeste a queda no acumulado do ano foi de 15,58%; em Londrina, de 14,22%; no Sudoeste, -10,95%; e em Curitiba e RM, as perdas são de 6,57%. O comércio de Ponta Grossa registra os menores prejuízos, com redução acumulada de 4,99%.
| Bem Paraná | | | | A Receita Federal publicou hoje no Diário Oficial da União a Instrução Normativa RFB nº 1.969, que consolida em um único ato legal toda a matéria relativa à incidência do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF), revogando expressamente os atos normativos incorporados à consolidação.
Originalmente, a matéria relativa a IOF estava dividida em duas instruções normativas que já haviam sido alteradas por outros oito atos legais subsequentes. A publicação da nova IN faz parte do Projeto Consolidação da Receita Federal, que em sua primeira fase já revogou mais de 400 normas que já haviam perdido seu propósito ou estavam obsoletas. Nesta segunda fase está prevista a consolidação de cerca de 460 normas, resultando em uma redução aproximada de 50%do estoque regulatório da Receita Federal existente em 31 de dezembro de 2019.
O projeto insere-se em uma iniciativa maior projetada pelo Governo Federal, que determinou que os órgãos do Poder Executivo efetuassem a revisão de suas normas através do Decreto nº 10.139, de 2019, que entrou em vigor no início de fevereiro. A meta da Receita Federal é encerrar a consolidação de suas normas até junho de 2021, simplificando a legislação tributária e trazendo mais segurança jurídica para os contribuintes.
| Receia Federal | | | | A Receita Federal prorrogou até 31 de agosto as medidas de restrição que adotou em março em razão da pandemia do novo coronavírus. De acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), até essa data o atendimento presencial nas unidades da Receita ficará restrito a alguns serviços e só mediante agendamento prévio.
Dentre eles, Regularização de Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e cópia de documentos relativos à declaração do Imposto de Renda.O prazo inicial era 29 de maio, que passou para 30 junho, depois para 31 de julho e agora, 31 de agosto.
| Gazeta do Povo | | | | Curva de novos casos confirmados de coronavírus no Brasil reverteu tendência de queda, e, desde a última semana, voltou a subir; mas por quê?
A curva de novos casos confirmados de coronavírus no Brasil reverteu a tendência de queda, e, desde a última semana, voltou a subir.
Dados do Laboratório de Inteligência em Saúde (LIS) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, compilados a partir de estatísticas do Ministério da Saúde e baseados na média dos sete dias imediatamente anteriores, revelam que o número de casos confirmados de covid-19 está em trajetória ascendente — e "deve continuar assim", diz Domingos Alves, coordenador do LIS.
Esse método, que leva em conta a média dos sete dias anteriores, é usado para corrigir possíveis distorções na contabilização dos números.
Um levantamento realizado pela agência de notícias Reuters reforça essa tendência de alta.
Quase 40 países, incluindo o Brasil, registraram recordes diários de infecções por coronavírus na semana passada, o dobro do verificado na semana anterior, segundo a Reuters.
Na última sexta-feira (24/07), segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo registrou 284.196 novos casos em um único dia, um recorde.
A alta foi puxada por Estados Unidos e Brasil, que responderam por quase a metade das novas infecções. A marca anterior era de 259.848 em 18 de julho.
No mundo, já são mais de 15,7 milhões de casos confirmados de covid-19 e 640 mil mortes.
O número de casos vem aumentando não apenas em países como Estados Unidos, Brasil e Índia, mas na Austrália, Japão, Hong Kong, Bolívia, Sudão, Etiópia, Bulgária, Bélgica, Uzbequistão e Israel, entre outros.
No Brasil, o número de novas infecções por dia atingiu um pico de 45.665 no último sábado, considerando a média dos sete dias anteriores. Na semana anterior, esse número era aproximadamente 30% menor, 33.573.
Mas por que isso vem acontecendo?
Três pontos principais têm chamado a atenção dos especialistas:
1) Interiorização
Alguns Estados onde as capitais registraram uma redução no número de casos passaram a verificar um aumento no número de casos em seu interior.
É o caso de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, por exemplo.
"O agravamento dessa interiorização pode ser vista por volta do dia 20 de julho nesses três Estados", diz Alves.
Alves assinala que a média móvel de óbitos nessas unidades da federação permanece "em alta" nas últimas semanas.
Ele diz acreditar que os casos do interior devem começar "a suplantar os da capital". Esse efeito, segundo Alves, também tem o potencial de voltar a afetar as capitais em médio prazo.
"Chamamos isso de 'efeito bumerangue'. Além disso, as quedas no número de casos nas capitais desses Estados não são estáveis."
Alves argumenta que não se pode falar ainda de "imunidade de rebanho" (também chamada "imunidade de grupo" ou "imunidade coletiva").
Ela ocorre quando uma parte suficientemente grande de uma população está imune (protegida) contra essa doença e contribui para que esta não se dissemine. Como ainda não há uma vacina contra a covid-19, essa imunidade de rebanho só seria alcançada por uma imunidade "natural" desenvolvida por uma parte importante da população, depois de ter sido infectada.
Mas muitos especialistas advertem que a imunidade de rebanho não seria a melhor estratégia para vencer o coronavírus.
Além disso, ainda restam muitas dúvidas quanto à imunidade que desenvolvemos contra essa doença. Um estudo recente da Universidade King's College em Londres, no Reino Unido, mostrou que pacientes que se recuperam de covid-19 possivelmente perdem a imunidade em um prazo de meses.
"O que aconteceu foi um fenômeno conhecido como 'bolhas de proteção'. Essas bolhas podem estourar nas próximas semanas, devido ao relaxamento das medidas de isolamento social com a reabertura, e podemos começar a ver um agravamento da situação", acrescenta.
Um estudo recente realizado por pesquisadores da iniciativa Ação Covid-19, dedicados a estudar a evolução da doença, mostrou que o ritmo de desaceleração do número de casos de coronavírus estaria relacionado à formação de "bolhas de proteção" em cidades como São Paulo.
"Se formaram bolhas de proteção na cidade de São Paulo, em que grupos com muitos infectados e grupos quase sem infecções não interagem. Isto explica por que o ritmo da doença desacelerou na cidade, sem chegar à imunidade comunitária. Também mostramos que um eventual aumento da circulação pode estourar essas bolhas", dizem os autores do estudo.
2) Aumento de casos no Sul e Centro-Oeste
Nas últimas semanas, houve um aumento expressivo de novos casos de coronavírus no Sul e no Centro-Oeste, até então regiões que tinham conseguido controlar o contágio da doença.
Em Santa Catarina, por exemplo, a média móvel dos novos casos chegou a 3274 no último dia 28 de julho, uma alta de 254% comparada à do dia 1 de julho.
O mesmo aconteceu no Paraná e no Rio Grande Sul.
Em Curitiba, onde mais de 90% dos leitos UTI (Unidade de Terapia Intensiva) estão ocupados, os casos estão aumentando exponencialmente. Ainda assim, academias e shopping centers seguem reabertos. A cidade está "no olho do furacão", destaca a física Patricia Magalhães, pesquisadora da Universidade de Bristol, no Reino Unido.
Já na região Centro-Oeste, Goiás vem registrando uma forte alta no número de novos casos desde o último dia 21 de julho.
3) Aumento de casos em Minas Gerais
O Estado vinha controlando o contágio da doença, mas, a partir de junho, tem registrado um aumento no número de casos e óbitos.
Bastaram, por exemplo, apenas vinte dias para que Minas Gerais dobrasse a marca de mil mortes pelo novo coronavírus.
Apesar de a média de mortes por 100 mil habitantes ser mais baixa do que seus vizinhos do Sudeste, o Estado apurou, nos primeiros 20 dias de julho, em média 52 mortes por dia e 2.339 novos casos.
Segundo Alves, em Belo Horizonte, que até então, tinha sido bem-sucedida em controlar a pandemia, o número de casos aumentou — e a taxa de ocupação das UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) voltou a subir, atingindo 92%, patamar semelhante ao início deste mês.
Já Uberlândia, a segunda cidade mais populosa do Estado, com quase 700 mil habitantes, é um dos epicentros da pandemia no Estado.
Cerca de 90% dos 853 municípios mineiros já registraram casos de coronavírus.
Segunda onda?
Apesar dos aumentos no número de casos, Alves diz acreditar que não está havendo uma segunda onda.
"O que temos visto é consequência ainda da primeira onda. As curvas do Brasil e dos países que realizaram confinamento em massa de sua população ou até mesmo mantiveram-se de portas abertas, como é o caso da Suécia, não são comparáveis", ressalva.
"O que tem acontecido no Brasil é muito mais parecido ao que acontece nos Estados Unidos", conclui.
| Terra | | | |
A taxa de desocupação ficou em 13,1% na semana de 5 a 11 de julho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Covid (Pnad Covid), divulgada nesta sexta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa ficou acima tanto dos 12,3% registrados na semana anterior quanto dos 10,5% da primeira semana de maio – primeira semana de referência da nova pesquisa do IBGE. Eram 12,2 milhões de desempregados na semana de 5 a 11 de julho, indicando que 2,4 milhões de trabalhadores passaram ao desemprego desde a primeira semana de maio.
O contingente de pessoas sem emprego sobe para 40,5 milhões quando se leva em conta a população não ocupada que não procurou trabalho (ou seja, fora da força de trabalho), mas que gostaria de trabalhar. Dos 28,3 milhões fora da força que gostariam de trabalhar, 19,2 milhões deixaram de buscar um emprego por causa da pandemia de covid-19 ou por falta de trabalho em sua localidade.
A população ocupada ficou em 81,1 milhões de pessoas na semana de 5 a 11 de julho, confirmando as quedas registradas nas duas últimas semanas. Na semana anterior, a população ocupada era de 81,8 milhões de trabalhadores. A relativa estabilidade na população ocupada, da primeira semana de maio até meados de junho, indicava que as perdas de empregos – seja com demissões, seja com trabalhadores informais desistindo de trabalhar – haviam parado desde o início de maio. A comparação com a população ocupada na primeira semana de maio sinaliza para o fechamento de 2,8 milhão de vagas nesse período.
Do total de ocupados, 8,6% (7 milhões de trabalhadores) estavam afastados por causa de medidas de isolamento social relacionados à covid-19, abaixo dos 19,8% da primeira semana de maio. Essa proporção vem se reduzindo semana a semana, sinalizando para um retorno dos trabalhadores a suas atividades.
Ainda entre os ocupados, 8,2 milhões, ou 11,6% do total, exerciam suas atividades remotamente, trabalhando de casa. Esse contingente apresentou queda frente à semana anterior (8,9 milhões ou 12,5%), mas, em números absolutos, vem se mantendo estável desde a primeira semana de maio, início da Pnad Covid, quando ficou em 8,6 milhões.
O contingente de trabalhadores ocupados em atividades tidas como informais somou 27,6 milhões na semana de 5 a 11 de julho. Assim, a taxa de informalidade foi de 34%, estável ante 34,2% na semana anterior. Na primeira semana de maio, a taxa de informalidade estava em 35,7%, informou o IBGE.
A nova pesquisa é uma versão da Pnad Contínua, planejada em parceria com o Ministério da Saúde, para levantar dados sobre o mercado de trabalho e saúde. A coleta mobiliza cerca de 2 mil agentes do IBGE, que levantam informações de 193,6 mil domicílios distribuídos em 3.364 municípios de todos os Estados do País.
| Isto É Dinheiro | | | | Em AB Live, consultoria atualizou previsões de vendas e produção para Brasil e Argentina em 2020 e 2021
Faltando apenas um dia para encerrar julho e com 144 mil emplacamentos de veículos leves registrados até a quarta-feira, 29, a IHS Markit aponta que o desempenho do mês está em linha com suas previsões para 2020 e assim manteve a projeção feita ainda em abril de 1,86 milhão de automóveis e comerciais leves vendidos este ano, o que significa retração de 30% sobre 2019.
Notícias melhores vêm do segmento de caminhões acima de 6 toneladas de PBT, que fizeram a consultoria elevar em cerca de 8 mil unidades suas estimativas de vendas, lastreada na força constante do agronegócio que segue puxando as encomendas de modelos extrapesados para o transporte de grãos. Até junho a projeção era de que fossem vendidos 61,7 mil caminhões este ano em retração de 35% sobre 2019, mas agora a IHS Markit projeta 70 mil unidades, com redução da queda anual para 27,7%.
A atualização das projeções da IHS Markit foram feitas pelos consultores Fernando Trujillo (veículos leves) e Thiago Costa (caminhões) em entrevista da série AB Live na quinta-feira, 29.
“O mercado está se recuperando, o que é um bom sinal, mas sem melhoras além do projetado. Vamos fechar o mês entre 160 mil e 162 mil veículos leves [emplacados]. Nossa projeção era de 159 mil, então está muito próximo. É improvável que nos próximos meses as vendas sejam menores do que em julho. Estimamos uma recuperação de 10 mil unidades a mais por mês até o fim do ano, um pouco mais em dezembro, para atingir nossa previsão de 1,86 milhão em 2020”, avalia Fernando Trujillo.
A previsão da IHS Markit de produção de veículos leves este ano também ficou estável, com estimativa de 1,87 milhão de unidades fabricadas no Brasil, em queda de 33% sobre 2019. “Como quase todos os carros produzidos são para o próprio mercado interno e as exportações estão prejudicadas pela queda em outros países, a retração da indústria acaba sendo muito parecida com a das vendas domésticas”, explica Trujillo.
Para 2021 as projeções da consultoria para automóveis e utilitários leves também permaneceram inalteradas, com estimativa de venda de quase 2,3 milhões, alta de 23% sobre 2020, e produção de 2,4 milhões, crescimento de 29% na comparação com este ano.
CAMINHÕES VIVEM EM DOIS MUNDOS OPOSTOS
No mercado de caminhões acima de 6 toneladas existem duas forças diametralmente opostas: enquanto o desempenho expressivo do agronegócio puxa para cima as vendas de modelos pesados, a expectativa de queda de renda e consumo empurram para baixo as compras de modelos médios e leves.
“Diminuímos a projeção de queda e subimos a expectativa de vendas entre 8 mil e 10 mil unidades para este ano, mas essa melhora foi puxada só pelos caminhões pesados, o agronegócio é o grande impulsionador, com mercado de grãos muito promissor para os próximos meses.
Já para modelos médios a situação é diferente, a expectativa de investimento em novos caminhões não é boa, porque os dados econômicos de aumento do desemprego e queda da renda impactam o consumo para baixo”, explica Thiago Costa.
A projeção de produção de caminhões no País também foi aumentada pela IHS Markit em proporção parecida com a das vendas domésticas. A consultoria estima que sejam produzidos este ano 82,4 mil modelos acima de 6 toneladas, o que corresponde a queda de 26,7% - melhor do que a estimativa anterior de 77,2 mil unidades e retração de 31%.
Em função da aceleração mais rápida que a esperada do mercado nacional de caminhões este ano, as estimativas para 2021 foram revisadas para baixo. Agora a IHS Markit projeta mercado total de quase 76 mil modelos acima de 6 toneladas (em vez de 80 mil previstos antes), em pequena alta de 8% ante 2020, principalmente por causa da esperada baixa mais acentuada nas vendas nos segmentos de médios e leves que não será totalmente compensada pela maior demanda pelos pesados.
Para a produção a expectativa é de 105,5 mil caminhões em 2021, crescimento de 28%, mas o número é 5,5 mil mais baixo do que era projetado antes, porque não se espera por recuperação mais rápida dos principais mercados de exportação dos caminhões brasileiros.
ARGENTINA MELHORA, MAS DEPRESSÃO CONTINUA
A IHS Markit melhorou suas perspectivas de vendas e produção na Argentina em 2020 e 2021, mas mesmo assim os volumes seguem muito baixos, acompanhando a profunda depressão que tomou conta do país vizinho já antes da pandemia, que só aprofundou seus efeitos.
Para veículos leves, a estimativa é de mercado interno de 295,5 mil unidades, em queda de 33,5% sobre 2019 – a expectativa um mês antes era de 252 mil carros. “Essa melhora não ocorre porque a economia melhorou, mas porque em épocas de inflação alta e recessão os argentinos compram bens para proteger seus recursos. É o que está acontecendo agora”, explica Trujillo.
Mas esse fôlego dura pouco, por isso a estimativa para 2021 é de crescimento tímido do mercado argentino de veículos leves, apenas 1,4%, para cerca de 300 mil unidades.
Graças à recuperação esperada no Brasil, principal mercado de exportação dos carros feitos na Argentina, a perspectiva da IHS Markit aponta para a produção de 253 mil unidades este ano, queda de 24,3%, e 347 mil em 2021, em importante alta de 37%. Ambos os números, no entanto, são parecidos com os divulgados há um mês.
| Automotive Business | | | | Desempenho do mês mostra recuperação em linha com a projeção de queda de 30% nas vendas em 2020
As vendas de automóveis e comercias leves somaram 144.089 unidades até a quarta-feira, 29, o que representa importante e esperada alta de 26,7% sobre as 113.705 unidades licenciadas em junho, mas ainda em queda de 27% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Com isso, a retração anual, que alcançou 39% no primeiro semestre, caiu para 37%, com 783 mil emplacamentos registrados de janeiro até 29 de julho, contra 1,25 milhão no mesmo período de 2019. Os números foram levantados pela Autoinforme.
Nos 21 dias úteis de julho contabilizados até a quarta-feira, 29, a média diária de emplacamentos chegou a 6.861 por dia e está mais de mil unidades acima da média de junho, que já tinha mostrado desempenho dobrado sobre maio.
Com mais dois dias úteis na quinta-feira, 30, e sexta-feira, 31, se o mercado apenas repetir o volume médio dos últimos dias o total mensal chegaria a quase 156 mil veículos leves emplacados, mas como no encerramento do mês as vendas costumam acelerar, é esperado número superior a 160 mil.
Com isso, vai se confirmando no horizonte a projeção de recuperação do mercado brasileiro em linha com a maioria das consultorias, que estão prevendo retração de 30% do mercado de veículos leves este ano, para 1,86 milhão de automóveis e comerciais leves – previsão 10 pontos porcentuais mais otimista do que a da associação dos fabricantes, a Anfavea, que estima tombo de 40%, para 1,6 milhão.
“O que acontece em julho está em linha com o que esperávamos. Avaliamos que a retração de 30% é o cenário mais provável para este ano, é o que estimamos em abril e desde então não mudamos”, afirmou Fernando Trujillo, consultor da IHS Markit, em entrevista da série AB Live na quinta-feira, 29.
“É improvável que nos próximos meses as vendas sejam menores do que em julho. Estimamos uma recuperação de 10 mil unidades a mais por mês até o fim do ano, um pouco mais em dezembro, para atingir nossa previsão de 1,86 milhão em 2020”, avalia Fernando Trujillo.
| Automotive Business | | | | Linha de produtos agora conta com novo pacote de aditivos, embalagens mais práticas e visual mais moderno
A Meritor apresentou sua linha de óleos lubrificantes para diferenciais de eixos trativos, com importantes novidades. Oferecida nas versões sintética – especificação 75W90 – e mineral (85W140), a família de lubrificantes passou a ser formulada com aditivos que, segundo a fabricante, proporcionam maior proteção contra desgaste, corrosão e oxidação, além de um aditivo de extrema pressão (EP), que garante melhor estabilidade térmica, mesmo sob uso severo.
“Os avanços dos novos lubrificantes acompanham e interagem com os novos processos de desenvolvimento de eixos das novas tecnologias que trabalham dentro do diferencial”, explicou Fernando Martinez, engenheiro de produto da Meritor Brasil.
“Todo esse progresso possibilita a nossa engenharia trazer melhorias para elevar a performance de proteção em todos os componentes internos de um eixo, além de especificar a formulação do óleo e contemplar a classificação SAE API GL5 e níveis de desempenho como SAE J2360”, completou.
Os óleos lubrificantes da Meritor, a maior fabricante mundial de eixos, também estão com novo design e opções de embalagens.
“Além de modernizarmos o processo de fabricação, a técnica de envasamento é nova, com sistema de lacre de segurança antivazamento e tampa inviolável”, acrescentou Martinez. A garantia do produto foi ampliada para cinco anos a partir da data de fabricação, e a nova linha já pode ser encontrada nas principais lojas de autopeças.
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