| 23 de JUlho de 2020
Quinta-feira
- MEDIDAS EMERGENCIAIS ANUNCIADAS PELOS GOVERNOS – ATUALIZADO – 23/07/2020
- Planos de reabertura de empresas levam a disputas judiciais nos estados
- Paraná ultrapassa 1.000 leitos de UTI para pacientes da Covid-19
- Paraná bate recorde de mortes por coronavírus; falta de remédios preocupa
- Atividades municipais continuam suspensas; praças e parques estão fechados
- Feiras, Sacolões, Armazéns e restaurantes têm cuidados extras com pandemia
- A pandemia da Covid-19 leva a ciberataques em redes, nuvem e dispositivos
- Área de apoio logístico será licitada no Porto de Paranaguá
- Empresa projeta R$ 2,5 bilhões para ampliar operação de contêineres
- PIB do Paraná aumentou 2,3% no primeiro trimestre de 2020
- 29,4 milhões de domicílios receberam auxílio emergencial em junho, diz IBGE
- Pedidos de seguro-desemprego caem na parcial de julho e retornam ao nível de 2019
- Governo avalia antecipar desoneração ampla para evitar derrubada de veto
- ARTIGO: A (falta) de lógica dos impostos no Brasil
- Meirelles aprova que proposta de reforma tributária do governo não fale de ICMS
- Insatisfeito com alíquota de 12%, setor de serviços ameaça travar a reforma
- Governo atrela “nova CPMF” a emprego e renda mínima para reduzir resistências
- 7,1 milhões de trabalhadores ficaram sem remuneração em junho, diz IBGE
- Taxas do rotativo e do cheque especial são de fato altas, diz diretor do BC
- FGV: IPC-S desacelera a 0,53% na 3ª quadrissemana de julho, de 0,56% na anterior
- Caixa lança linha de crédito para antecipar saque aniversário do FGTS
- Para FMI, novas ondas da covid-19 são risco e tornam
perspectiva muito incerta
- 'Há desencanto com o Brasil no exterior'
- Consumidores esperam inflação de 4,5% em 12 meses a partir de julho, aponta FGV
- Deputados defendem trabalhadores da Renault
- Renault demite 747, e indústria automotiva deve chegar a 2.000 cortes no segundo trimestre
- Estudantes de engenharia criam selo de certificação de peças da indústria metalmecânica
- Engenheiros descobrem novo material forte, leve e não cortável
- Vendas em julho crescem 25%, acima das expectativas da Fiat
- Tesla cresce pelo 4º trimestre consecutivo, e Musk ganha 'bônus' de US$ 2,1 bilhão
- Petrobras aumenta em 5% valor de gás de cozinha a partir de quinta-feira
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Câmbio
Em 23/07/2020
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Euro
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Fonte: BACEN
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Segue material compilado das Medidas emergenciais anunciadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal atualizado conforme levantamento realizado pela Coordenação de Relações Governamentais da FIEP, sendo incluídas as seguintes informações:
Para acessar o documento, clique AQUI
GOVERNO FEDERAL
Portaria nº 17.304, de 21 de julho de 2020, do Ministério da Economia. Altera a Portaria CRSFN nº 7.891, de 20 de março de 2020, que estabelece, no âmbito do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, medidas temporárias a serem observadas enquanto perdurar o estado de emergência de saúde pública decorrente da Covid-19.
Portaria nº 17.303, de 21 de julho de 2020, do Ministério da Economia. Estabelece, no âmbito do Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência Privada Aberta e de Capitalização- CRSNSP, medidas temporárias a serem observadas enquanto perdurar o estado de emergência de saúde pública decorrente da Covid-19.
Portaria nº 1.802, de 20 de julho de 2020, do Ministério da Saúde. Autoriza a habilitação de novos leitos de unidade de terapia intensiva - uti adulto COVID-19 para atendimento exclusivo dos pacientes SRAG/COVID-19.
Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 400, de 21 de julho de 2020, do Ministério da Saúde. Define os critérios e os procedimentos extraordinários e temporários para a aplicação de excepcionalidades a requisitos específicos de rotulagem e bulas de medicamentos, em virtude da emergência de saúde decorrente do novo Coronavírus.
Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 405, de 22 de julho de 2020, do Ministério da Saúde. Estabelece as medidas de controle para os medicamentos que contenham substâncias constantes do Anexo I desta Resolução, isoladas ou em associação, em virtude da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) relacionada ao novo Coronavírus (SARS-CoV-2).
GOVERNO ESTADUAL
Diário Oficial do Paraná dos dias 22 e 23 não disponibilizados no Portal de Imprensa Oficial do Estado até às 9h.
GOVERNO MUNICIPAL
Decreto nº 23.493, de Guaratuba. Dispõe sobre a retomada de medidas temporárias de enfrentamento da emergência de saúde pública, em decorrência da Infecção Humana pela COVID-19, no Município de Guaratuba, em conjunto com municípios balneários vizinhos, até o dia 05 de agosto de 2020, haja vista o término do vigor do Decreto Estadual 4.942/2020 alterado pelo Decreto Estadual 5.041/2020, referente às medidas restritivas impostas aos municípios integrantes da 1ª. Regional de Saúde do Paraná.
Lei nº 11.117, de Maringá. Dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2021 e dá outras providências.
Decreto nº 8.797, de Pontal do Paraná. Unifica e dispõe sobre medidas de prevenção ao contágio pelo CORONAVÍRUS (COVID-19) no Município de Pontal do Paraná."
| Sistema FIEP | | | |
Pelo menos seis estados adotaram modelos que dividem regiões para guiar flexibilização do isolamento
Com bandeiras, fases, ondas ou riscos, protocolos que dividem estados em regiões ou municípios foram adotados em pelo menos seis governos estaduais para definir medidas e reabertura em meio a pandemia do novo coronavírus.
Seguindo critérios como evolução de novos casos e ocupação de leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) para orientar medidas, enquanto alguns têm vivido disputas judiciais em cima delas, outros apontam melhora nos índices de arrecadação.
Em São Paulo, onde a adesão é obrigatória, municípios têm brigado pela possibilidade de manter abertura; já em Minas Gerais, onde prefeitos têm a última palavra, uma decisão judicial determinou que deveriam aderir ao plano criado pelo governo Romeu Zema (Novo) ou a uma deliberação estadual mais restritiva.
Ao deixar a adesão ao Minas Consciente a critério das prefeituras, o estado acabou vivendo uma situação de insegurança jurídica que levou à judicialização para determinar quais medidas deveriam ser adotadas em vários municípios, segundo o promotor Luciano Moreira.
Municípios como Sete Lagoas e Patos de Minas aderiram depois de decisão judicial a favor de pedidos do Ministério Público estadual. A decisão judicial que determinou a escolha entre o plano ou a deliberação para toda Minas Gerais também foi movida pela Promotoria, visando padronizar o mosaico de situações pelo estado.
Até esta segunda-feira (20), 11 dias depois da decisão, a adesão ainda era baixa: dos 853 municípios mineiros, só 221 aderiram ao plano. Ele prevê quatro ondas e uma fase pós-pandemia, para a flexibilização, ativadas de acordo com a evolução da pandemia nas regiões.
Sem números fechados sobre a reativação da economia pós-flexibilização, o estado registrou queda na arrecadação tributária de R$ 1,01 bilhão em abril e R$ 902 milhões em maio. Com a flexibilização em vários municípios, em junho, as perdas foram de R$ 597 milhões. A projeção para julho é de R$ 855 milhões.
As duas maiores cidades mineiras, Belo Horizonte e Uberlândia, que concentram cerca de um quarto dos casos confirmados do novo coronavírus, seguem fora da lista de adesão ao plano, mesmo com a decisão judicial. Uberlândia chegou a recorrer, mas os embargos foram negados.
"O meu estilo de gestão é de quem acredita que quem está na frente, quem está no campo de batalha, conhece muito melhor as suas necessidades do que quem está sentado aqui dentro de um gabinete", explica Zema, sobre a decisão de não adotar a adesão obrigatória.
"Então, nós fomos muito no sentido de orientar, de fazermos um protocolo seguro que até o momento se mostrou muito eficaz".
Na última quinta, o governo do estado abriu consulta pública para ouvir sugestões da população e de prefeitos sobre mudanças no plano para a próxima fase da pandemia. A consulta terminaria nesta quarta (22).
Há cerca de um mês, Pará e Rio de Janeiro também adotaram sistema de bandeiras, deixando adesão a critério dos prefeitos. No Pará, o Retoma Pará divide o estado por regiões e tem cinco bandeiras que vão da preta (lockdown) à azul.
Como o estado não trabalha com adesão de municípios, não tem o número de quantos seguem o plano.
No Rio, as bandeiras têm três estágios, começando pela vermelha, só podendo operar serviços essenciais, com ocupação de UTIs acima de 90%. Na amarela, com ocupação entre 70% e 90%, o uso de máscara é obrigatório e bares podem abrir com 50% da capacidade.
A gestão Wilson Witzel (PSC) não tem levantamento de quantos dos 92 municípios seguem as orientações. O prefeito da capital, Marcelo Crivella (Republicanos), decidiu manter o plano próprio de retomada. A iniciativa foi dividida em seis etapas, determinadas gradualmente até o dia 16 de agosto.
Na semana passada, a cidade do Rio entrou na fase 4 da flexibilização, com os pontos turísticos retornando com regras como um terço da capacidade máxima e desde que não ultrapassem a regra de 4 m² por pessoa. O comércio de rua também passou a abrir mais cedo aos sábados e o estacionamento da orla da praia foi liberado.
Desde que a cidade passou a flexibilizar as medidas restritivas, com a reabertura de bares e restaurantes, o movimento passou a ser intenso nos principais pontos boêmios da cidade.
O Ministério Público entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal para suspender a flexibilização no Rio, com pedido de urgência no julgamento de recurso contra decisão do Tribunal de Justiça do estado que permitia aliviar o isolamento social.
Em São João de Meriti, a prefeitura fez um acordo diretamente com a Promotoria, definindo flexibilização paralela à taxa de ocupação nas unidades de saúde —quanto maior a ocupação dos leitos no município, menor será a flexibilidade.
SÃO PAULO
O sistema de zoneamento por cores, com adesão compulsória, também tem gerado polêmica em São Paulo. Dividido em cinco fases, da vermelha à azul, o plano São Paulo analisa semanalmente a situação das regionais de saúde, para definir avanço ou recuo.
São considerados fatores como ocupação de leitos de UTI para Covid-19 e as variações de casos, internações e mortes.
Na fase vermelha, a abertura do comércio só é permitida para os serviços essenciais. Nas outras, há ampliações gradativas das permissões para reabertura.
Estão na zona vermelha nesta semana as regiões de saúde de Ribeirão Preto, Franca, Araçatuba e Campinas.
A decisão do governo João Doria (PSDB), determinando fechamento, levou prefeitos à Justiça ou simplesmente a deixar de cumprir as regras.
Daniel Alonso (PSDB), prefeito de Marília, por exemplo, afirmou que não seguiria a determinação do estado quando sua região foi inserida na zona vermelha, em junho. Disse que manteria o comércio aberto, mas foi barrado na Justiça.
Em reunião entre secretários estaduais e prefeitos do interior no início deste mês, ele apontou que o interior ficou muito tempo fechado quando o epicentro estava na Grande São Paulo e que isso trouxe problemas para as cidades.
ESTADO DECIDE
No Espírito Santo, um dos primeiros a adotar o mapeamento, a decisão também cabe ao governo estadual. Foi criada escala de quatro níveis de risco, em estágios que vão de baixo a extremo (lockdown). A análise leva em conta fatores como incidência da doença, ocupação de UTIs e índice de isolamento social.
Pelo protocolo, municípios em risco alto abrem o comércio de forma escalonada, com dias determinados para cada setor, enquanto os da fase moderada podem abrir todos os dias, em dois turnos.
“O município recebe pressão de um lado e do outro. Quando o estado toma uma decisão, ele tem um argumento para o cidadão, isso fortalece a aplicação das medidas”, avalia o governador Renato Casagrande (PSB).
“A gente vive tendo que equilibrar posições de pessoas que defendem isolamento até 2050 e, de outro lado, pessoas que defendem liberdade total, negando a doença. É bom ter governos centrais dando diretrizes”.
No Rio Grande do Sul, as bandeiras regulam regiões que agrupam municípios próximos, também considerando evolução de casos e capacidade da rede de saúde. Prefeitos podem restringir mais do que as bandeiras, mas não menos.
Porém, prefeituras podem passar a ter mais autonomia. Embora o tema não esteja definido, o governador Eduardo Leite (PSDB) iniciou diálogo sobre o tema com prefeitos durante videoconferência na terça-feira (21).
ARRECAÇÃO
A retomada da economia, todavia, pode ter colaborado com a arrecadação de impostos. Em abril, o estado perdeu 14,3% (R$ 552 milhões), e em maio, 26,2% (R$ 838 milhões), na comparação com os mesmos períodos do ano passado.
Na primeira quinzena de junho, as perdas recuaram para 12,4% (R$ 376 milhões).
Segundo a Secretaria da Fazenda (Sefaz), os valores correspondem à soma do soma do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e do ITCD (Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer Bens e Direitos).
Recentemente, o governo gaúcho abriu a possibilidade para que prefeituras possam recorrer às determinações. A bandeira é anunciada na sexta-feira e, até domingo pela manhã, municípios podem contestar.
O governador defendeu o plano em vídeo divulgado no início do mês, quando apelou para que os gaúchos fiquem em casa.
“Confiamos no efeito de contenção do nosso modelo de distanciamento controlado. Mas o modelo só se concretiza a partir do comportamento das pessoas”, disse.
PROTOCOLOS DOS ESTADOS
Espírito Santo
Níveis: 4; risco baixo, moderado, alto e extremo
Adesão obrigatória? Sim
Minas Gerais
Níveis: 4; onda verde (só serviços essenciais), branca, amarela e vermelha
Adesão é obrigatória? Não
Pará
Níveis: 5; bandeira verde (baixo risco), amarela, laranja, vermelho e preta
Adesão é obrigatória? Não
Rio de Janeiro
Níveis: 3; bandeiras verde, amarela e vermelha (só serviços essenciais)
Adesão é obrigatória? Não
Rio Grande do Sul
Níveis: 4; bandeira amarela, laranja, vermelha e preta
Adesão é obrigatória? Sim
São Paulo
Níveis: 5; fase vermelha (mais restritiva), laranja, amarela, verde e azul
Adesão é obrigatória? Sim
| Folha de S.Paulo | | | | Estrutura representa aumento de 76,5% em relação ao estoque de antes da pandemia. Todos contam com respiradores, ventiladores e os sistemas de gases.
O Paraná chegou nesta quarta-feira (22) a 1.017 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos na rede exclusiva de atendimento contra o novo coronavírus. A marca de mil foi ultrapassada com a abertura de 20 leitos no Hospital Regional de Guarapuava e seis no Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, ambos na macrorregional Leste.
A estrutura atual representa aumento de 76,5% em relação ao estoque de antes da pandemia, que era de 1.329 leitos. As UTIs foram montadas em apenas 130 dias e a previsão é alcançar 1.241 leitos em agosto, o que faria o Estado praticamente dobrar a oferta de unidades avançadas no Sistema Único de Saúde (SUS). Todos contam com respiradores, ventiladores e os sistemas de gases.
“Em poucos meses abrimos praticamente a totalidade de leitos de UTI que o Estado disponibilizou para a população nos últimos 30 anos. É uma conquista que nos ajudou a salvar inúmeras vidas. Todos eles contam com intensivistas, enfermeiros e os melhores equipamentos disponíveis no mercado”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “É um esforço muito grande para atender a população com dignidade”.
Destes 1.017 leitos, 194 já existiam e foram remanejados para atendimento exclusivo da Covid-19, e os outros 817 foram criados em hospitais públicos e filantrópicos credenciados nas quatro macrorregionais de Saúde ou em estruturas totalmente novas, casos dos hospitais regionais de Telêmaco Borba, Guarapuava e Ivaiporã. Esses leitos estão distribuídos em 54 unidades médicas de 33 municípios.
O governo também entregou novas alas nos hospitais universitários de Londrina (nova maternidade), Cascavel (ala de queimados), Ponta Grossa e Maringá (clínica para adultos), além de 1.557 leitos de enfermaria, 49 UTIs pediátricas e 70 enfermarias para crianças em todas as regiões do Estado. Os equipamentos ficarão como legado para a saúde pública após a pandemia.
ESTRATÉGIA – A estratégia regionalizada, adotada desde o começo de 2019 para atender o cidadão o mais próximo possível de casa e evitar o trânsito de ambulâncias, foi ampliada em 2020 na formatação dessa rede de leitos exclusivos para UTI. O Estado recebeu cerca de R$ 130 milhões dos outros Poderes e aportou recursos próprios com prioridade de investimento em estruturas permanentes já consolidadas nos municípios, em vez de abrir hospitais de campanha, que têm caráter temporário.
Em 22 de abril, por exemplo, a Secretaria Estadual da Saúde já havia contratado 532 leitos de UTI para adultos e 1.075 leitos de enfermaria. Em 22 de maio eram 564 de UTI e 1.080 de enfermaria, e em 22 de junho 749 de UTI e 1.171 de enfermaria. Nos últimos 30 dias houve aumento de 268 leitos de UTI e 386 de enfermaria. Na segunda-feira (27) serão entregues mais 14 leitos de enfermaria no Centro Hospitalar de Reabilitação, em Curitiba.
“Atuamos para expandir o quanto podemos, dentro do equilíbrio necessário e de um cronograma de investimento que levou em conta todas as dificuldades para comprar equipamentos e contratar as equipes”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Conseguimos manter ao longo de todo esse período a ocupação dos leitos dentro de um patamar controlável, atendendo todos os pacientes. Mas esses recursos são finitos e precisamos da colaboração da população para evitar a ampliação do contágio”.
HISTÓRICO – Antes da pandemia o Estado tinha 1.329 leitos de UTI para o Sistema Único de Saúde (SUS) espalhados pelo Paraná, além de 181 UTIs pediátricas. No geral, eram 3.603 leitos de atendimento especializado (públicos e particulares, adultos e infantis).
Estado entrega novos leitos em Guarapuava, Curitiba e Litoral
O Hospital Regional de Guarapuava começou a receber pacientes nesta quarta-feira (22). A unidade abriu inicialmente 80 leitos (20 de UTI e 60 enfermarias) para atender pacientes Covid-19. Eles estão divididos em dois andares da unidade e ficarão sob a gestão do Hospital Erasto Gaertner, de Curitiba. A segunda fase, com finalização prevista para dezembro, prevê mais 10 leitos de UTI e 20 de enfermaria.
O investimento total por parte do Governo do Estado foi de R$ 115,4 milhões no Hospital Regional de Guarapuava. Após a pandemia, a estrutura atuará como referência para Urgência e Emergência, com perfil direcionado à ortopedia e trauma, cirurgia geral e clínica médica, beneficiando vinte municípios da região.
Guarapuava está na 5ª Regional de Saúde, que integra a macrorregional Leste, onde vivem aproximadamente 5,3 milhões de paranaenses ou cerca de 47% da população do Estado. A ocupação dos leitos da macro Leste nesta quarta-feira está em 85%.
CURITIBA E LITORAL – A Secretaria de Estado da Saúde também habilitou seis leitos de UTI no Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, e 30 leitos de enfermaria no Hospital do Idoso, em Curitiba. Na unidade litorânea foram implementados vinte leitos de UTI desde o começo da pandemia.
| Agência Estadual de Notícias | | | | A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta quarta-feira (22) 2.366 novas confirmações e 71 mortes pela infecção causada pelo novo coronavírus. O número de óbitos confirmados é recorde desde o início da doença no Estado. Antes, o recorde era de 58 mortes confirmadas em um único dia na terça-feira passada. O Paraná soma agora 59.269 casos e 1.467 mortos em decorrência da doença.
Mas não é apenas o número de casos e mortes que preocupam neste momento. Nesta quarta, o secretário de Estado de Saúde, Beto Preto, afirmou em entrevista ao programa Em Pauta, da Associação de Emissoras de Radiodifusão do Paraná (AERP), que o Paraná está entrando em situação de calamidade para a falta de medicamentos para entubação de pacientes com Covid-19.
“Temos estoques de medicamento para três, quatro dias. O Ministério da Saúde está fazendo compra grande no exterior. Devemos entrar nesta compra. Mas a situação é muito grave. Nós conseguimos leitos, equipamentos, ventiladores, mas temos dificuldade quanto aos profissionais de saúde e estamos em uma crise crônica de falta de medicamentos para sedação. É uma crise mundial, mas chegou ao Paraná”, disse o secretário.
“Os paranaenses têm que tomar todo o cuidado para não serem hospitalizados. O estoque de medicamentos aqui no Paraná era previsto para seis meses. Tudo foi consumido em 35 dias”, disse o secretário. A crise dos medicamentos atinge não só os hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS), mas também os particulares, que já tiveram que emprestar remédios do Estado.
O boletm da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba também trouxe dados preocupantes. Foram 662 novos casos e 17 mortes a mais em relação ao boletim de terça-feira. O total na Capital foi a 15.064 casos de pacientes com a infecção confirmadas e 404 mortes.
Calamidade
Os deputados estaduais aprovaram na sessão remota de ontem da Assembleia Legislativa o projeto de decreto legislativo 20/2020 que declara o estado de calamidade pública para as cidades de Antonina, Boa Esperança, Curiúva, Morretes e São Sebastião da Amoreira. Com isso, o Paraná tem 322 municípios em situação de emergência em virtude dos efeitos econômicos causados pela pandemia do coronavírus.
A proposta foi aprovada por unanimidade em dois turnos, nas sessões ordinária e extraordinária. O reconhecimento do legislativo serve para dispensa do cumprimento de metas fiscais previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), devendo os procedimentos licitatórios serem respeitados normalmente.
No Paraná, apenas 11 municípios não têm casos de Covid-19 confirmados até o momento — Boa Ventura de São Roque, Laranjal, Bom Sucesso do Sul, Flor da serra do Sul, São Carlos do Ivaí, São Pedro do Paraná, Rio Bom, Nova Santa Bárbara, Aririnha do Ivaí, Godoy Moreira e Rosário do Ivaí.
Brasil tem dia com maior registro de novos casos da Covid-19
O número de casos confirmados acumulados do novo coronavírus no Brasil chegou a 2.227.514. Ontem, no painel do Ministério da Saúde, pode-se observar o maior registro de novos diagnósticos positivos de covid-19 em 24 horas desde o início da pandemia, 67.860.
O balanço diário do ministério também mostra 1.294 mortes registradas nas últimas 24 horas. O total de óbitos chegou a 82.771. Ainda há 3.795 mortes em investigação.
De acordo com Ministério da Saúde, 1.532.138 pessoas se recuperaram da covid-19, ou seja, 68,8% das pessoas que contraíram o vírus foram curadas. Agora 612.605 pacientes estão em acompanhamento.
Boletins da Covid-19 no dia 22 de julho
Curitiba
Novos casos 662
Mortes 17
Total
Casos 15.064
Mortes 404
Paraná
Novos casos 2.366
Mortes 71
Total
Casos 59.269
Mortes 1.467
Brasil
Novos casos 67.860
Mortes 1.294
Total
Casos 2.227.514
Mortes 82.771
| Bem Paraná | | | | As novas regras publicadas nesta terça-feira (21/7) pela Prefeitura de Curitiba para combater a pandemia do novo coronavírus liberaram a prática de algumas atividades esportivas na cidade. No entando, pelo Decreto 940/2020, os 36 centros esportivos da Prefeitura seguem fechados. Além disso, o decreto suspende o funcionamento de parques e praças esportivas, bem como a prática de esportes coletivos (futebol, vôlei e basquete, por exemplo) e atividades físicas aquáticas (natação e hidroginástica).
A cidade ainda permanece sob a bandeira laranja, com risco de alerta médio para o novo coronavírus.
“Precisamos manter os cuidados e seguir as orientações de saúde. Depende da população seguir as regras de segurança e manter a cautela para evitar riscos de contaminação. Quem puder deve ficar em casa”, explicou o secretário municipal do Esporte, Lazer e Juventude, Emilio Trautwein.
Segundo o secretário, a medida de manter os centros esportivos da Prefeitura, os parques e as praças sem a prática de atividades físicas é para evitar a concentração de pessoas num mesmo espaço, reduzindo também a circulação de pessoas em espaços públicos.
“Nossos profissionais de Educação Física seguem produzindo aulas on-line e vídeos diários com várias dicas de exercícios e atividades físicas, esportivas e recreativas para serem feitas em casa. Todo o conteúdo está no Facebook da Smelj e no canal do YouTube da secretaria”, disse Trautwein.
De segunda a sexta-feira, às 9h30, são transmitidas aulas on-line com diversas opções de atividades físicas no Facebook da Smelj, dentro do Movimento em Casa. Nas tardes de quinta-feira, às 14h, são divulgados vídeos do Esporte em Casa com desafios esportivos propostos por atletas de diferentes modalidades e, aos fins de semana, brincadeiras e atividades recreativas divertem a família toda com o Brincando em Casa.
Todo esse material também está disponível no canal do YouTube “Curitiba mais Ativa”. Além das aulas on-line, desafios esportivos e atividades recreativas, o canal conta diariamente com várias dicas de exercícios e atividades esportivas para todas as idades.
| Prefeitura de Curitiba | | | | Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a Prefeitura de Curitiba vem mantendo abertos todos os equipamentos que garantem comida de qualidade e barata aos curitibanos. Portarias, regulamentações e normas começaram a ser publicadas no fim de março pela Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (SMSAN) e ajudam a reduzir a possibilidade de contágio pelo vírus nos 34 Armazéns da Família, 89 feiras livres, cinco Restaurantes Populares, 14 Sacolões da Família, Mercado Municipal de Curitiba e Mercado Regional Cajuru, além das 32 hortas comunitárias urbanas.
“Por determinação do prefeito Rafael Greca, continuamos a oferecer aos moradores da cidade o acesso a uma alimentação saudável fundamental para elevar a imunidade, que é indispensável para a proteção contra a covid-19”, explica o secretário municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, Luiz Gusi.
Também foram reforçadas as informações sobre Boas Práticas de Manipulação de Alimentos em todos os estabelecimentos administrados pela SMSAN, bem como encaminhado material orientativo sobre como evitar o coronavírus. “A intenção é que os permissionários, prestadores de serviços e servidores ajudem a disseminar as informações”, reforça Gusi.
No domingo, todos os equipamentos estão fechados, seguindo o Decreto 940 da Prefeitura, que entrou em vigor na última terça-feira (21/7).
Armazém da Família
Com limite de fregueses (uma pessoa a cada 9 metros quadrados) e distribuição de senhas na entrada, os Armazéns da Família têm à disposição álcool em gel 70% e cartazes estão espalhados por todo o local orientando sobre os cuidados na higienização. As 34 unidades funcionam de 8h45 às 17h15, de terça-feira a sexta-feira, e, aos sábados, das 8h30 às 13h, não sendo permitida a formação de fila antes desse horário.
Para evitar aglomerações em frente aos armazéns, nas entradas há demarcações com fita adesiva no chão para manter distanciamento de 1,5 metro entre os usuários. Também foram instalados protetores de acrílico em todos os caixas para proteger funcionários e clientes. Além disso, o uso de máscara é obrigatório.
Sacolão da Família
Nos Sacolões da Família, os cuidados já começam na entrada. Há limite de fregueses como nos Armazéns da Família e, para evitar aglomerações, há demarcações na entrada com fita adesiva no chão para manter distanciamento de 1,5 metro entre os fregueses, caso ocorra fila na parte externa.
Também é ofertado de álcool em gel 70% desde a entrada do local e cartazes estão espalhados por todo o local orientando sobre os cuidados na higienização. O uso de máscara é obrigatório. Os Sacolões funcionam de segunda a sábado em horários específicos (confira no link).
Feiras
As feiras livres (diurnas, noturnas, gastronômicas, orgânicas e Nossa Feira) abrem em Curitiba de segunda a sexta-feira, em diferentes horários (confira no link) e o uso de máscara nos espaços é obrigatório. Todos os feirantes foram orientados a dispor álcool em gel 70% e a reforçar a prática de lavagem de mão.
Em local visível, são dispostos materiais informativos sobre como se prevenir. Para evitar aglomerações em frente às barracas e trailers, devem ser feitas demarcações com fita adesiva no chão para manter distanciamento de 1,5 metro entre os fregueses.
É obrigatório o distanciamento próximo aos trailers que vendem alimentos prontos para o consumo. No caso do Nossa Feira, que reúne hortifrútis em uma única tenda, há controle de fluxo de fregueses.
Mercado Municipal de Curitiba e Mercado Regional Cajuru
Com limite de clientes e controle nas entradas, os mercados da capital estão abertos. No Mercado Municipal de Curitiba, são até 300 pessoas por vez, de terça-feira a sábado, das 8h às 18h. No caso do Mercado Regional Cajuru, são até 55 pessoas por vez, de terça a sábado, das 8h 18h; e sábados, das 7h às 18h.
Se o número limite for alcançado, filas são organizadas na parte externa com marcação no solo – para, assim, respeitar o distanciamento mínimo de 1,5 metro. Outra restrição é a quantidade de pessoas trabalhando dentro dos mercados. Esse número varia, conforme o tamanho do boxe. Fregueses e funcionários precisam usar máscaras. Álcool em gel é ofertado em vários pontos dos mercados e informações de prevenções e cuidados estão afixados em locais visíveis.
Restaurante Popular
Os cinco restaurantes populares da Prefeitura (Matriz, Sítio Cercado, CIC/Fazendinha, Pinheirinho e Capanema) funcionam de segunda a sexta-feira, das 10h às 14h. As filas nos locais são feitas do lado de fora, com orientação para distanciamento de um 1,5 metro, e a entrada é controlada para evitar aglomerações.
Também há distanciamento nos lugares das mesas, sempre pulando um banco de uma pessoa para outra. As pessoas atendidas também são orientadas sobre a higiene das mãos, estimulando cada um a lavá-las, antes e depois, de fazerem as refeições. Foram espalhados ainda cartazes com medidas de assepsia e quem preferir levar para a casa a refeição pode pedir marmitas que são entregues em embalagens térmicas, sem custo extra. Também há limite de pessoas por unidade (uma pessoa a cada 9 metros quadrados).
Horta comunitária
Com a pandemia do novo coronavírus, o cultivo e a colheita nas 32 hortas comunitárias de Curitiba ganharam cuidados extras para proteger quem trabalha nos espaços com apoio da Prefeitura. Distanciamento entre os produtores nos canteiros, criação de escalas de permanência e higienização permanente das mãos e utensílios são algumas das regras estabelecidas pela SMSAN. Além disso, todos os agricultores urbanos precisam usar obrigatoriamente máscaras e cartazes instalados nos locais trazem informações sobre prevenção e cuidados contra covid-19.
| Prefeitura de Curitiba | | | | Pesquisa revela como os cibercriminosos têm como alvo todos os setores da economia com ataques sob o tema da pandemia.
A Check Point Software Technologies divulga seu relatório global sobre “Tendências dos Ciberataques: Primeiro Semestre de 2020”, o qual aponta como cibercriminosos e grupos de ciberameaças políticas e de Estado-nação exploraram a pandemia da COVID-19, bem como temas relacionados, para atingir organizações em todos os setores da economia, incluindo governos, indústria, assistência médica, provedores de serviços, infraestruturas críticas e consumidores.
Os ataques de phishing e malware relacionados à COVID-19 no mundo cresceram drasticamente de menos de 5 mil por semana em fevereiro para mais de 200 mil por semana no final de abril. Além disso, em maio e junho, quando alguns países começaram a diminuir os bloqueios, os atacantes também aumentaram suas explorações não relacionadas à COVID-19, resultando em um aumento de 34% em todos os tipos de ciberataques globais no final de junho em comparação a março e abril.
As principais tendências apontadas pelos pesquisadores da Check Point no relatório referem-se a:
- • Cresce a ciberguerra: os ciberataques de Estado-nação aumentaram em intensidade e severidade no primeiro semestre, uma vez que procuravam reunir informações ou interromper o controle da situação da pandemia por seus rivais. Isso se estendeu a organizações de saúde e humanitárias, como a OMS que relatou um aumento de 500% em número de ataques sofridos.
- • Ataques de dupla extorsão: em 2020, uma nova forma de ataque de ransomware tornou-se amplamente utilizada, na qual os atacantes extraem grandes quantidades de dados antes de criptografá-los. Em seguida, os cibercriminosos ameaçaram suas vítimas com o vazamento dos dados caso elas se recusassem a pagar o valor do resgate para recuperação dessas informações, pressionando-as a atenderem às suas demandas.
- • Explorações (exploits) de vulnerabilidades em dispositivos móveis: os cibercriminosos buscaram por novos vetores de infecção de dispositivos móveis, aprimoraram suas técnicas para contornar as medidas de segurança e colocaram aplicativos maliciosos nas lojas oficiais de aplicativos. Em outro ataque inovador no primeiro semestre, os cibercriminosos usaram o sistema MDM (Mobile Device Management) de uma corporação internacional para distribuir malware a mais de 75% de seus dispositivos móveis gerenciados.
- • Exposição a riscos na nuvem: a rápida migração para nuvens públicas, ocorrida durante a pandemia, levou a um aumento de ataques direcionados a cargas de trabalho (workloads) e a dados críticos armazenados na nuvem. Os cibercriminosos também estão usando a infraestrutura de nuvem das empresas para armazenar payloads maliciosos que usam em seus ataques de malware. Em janeiro, os pesquisadores da Check Point encontraram uma primeira vulnerabilidade crítica do setor no ambiente Microsoft Azure que permitiria aos cibercriminosos comprometer os dados e aplicativos de outros usuários do Azure, mostrando que as nuvens públicas não estão totalmente seguras.
“A resposta global à pandemia transformou e acelerou os padrões de ciberataques criminosos durante o primeiro semestre deste ano, explorando os temores em torno da COVID-19 como gancho para suas campanhas de ataques. Também vimos novos e emergentes vetores de ataque e vulnerabilidades que ameaçam a segurança das organizações em todos os setores”, afirma Maya Horowitz, diretora do Grupo de Inteligência e Pesquisa de Ameaças & Produtos da Check Point. “Os especialistas em segurança precisam estar cientes dessas ameaças em rápida evolução para garantir que suas organizações tenham o mais alto nível de proteção possível durante os próximos meses de 2020.”
As variantes de malware mais comuns durante o primeiro semestre de 2020 foram:
Principais malwares
Emotet (impactando 9% das organizações em todo o mundo) - O Emotet é um trojan avançado, que se autopropaga e modular. Era originalmente um trojan bancário, mas, recentemente foi usado para distribuir outros malwares ou campanhas maliciosas. Ele adota vários métodos para evitar a detecção. Além disso, também pode se espalhar por meio de e-mails de spam contendo anexos ou links maliciosos com phishing.
XMRig (8%) - O XMRig é um software de mineração de CPU de código aberto usado para o processo de mineração da criptomoeda Monero e visto pela primeira vez em maio de 2017. Os cibercriminosos geralmente usam esse software de código aberto para integrá-lo ao malware, a fim de realizar atividades de mineração ilegais nos dispositivos das vítimas.
Agent Tesla (7%) - O AgentTesla é um RAT (Remote Access Trojan) avançado que funciona como um keylogger e ladrão de informações, capaz de monitorar e coletar as entradas do teclado da vítima, o teclado do sistema, tirar capturas de tela e filtrar credenciais para uma variedade de software instalado na máquina da vítima (incluindo o Google Chrome, Mozilla Firefox e o cliente de e-mail do Microsoft Outlook). O AgentTesla é vendido em vários mercados online e fóruns de hackers.
Principais criptomineradores
XMRig (responsável por 46% de todas as atividades globais de criptomineração) - O XMRig é um software de mineração de CPU de código aberto usado para o processo de mineração da criptomoeda Monero e visto pela primeira vez em maio de 2017. Os cibercriminosos geralmente usam esse software de código aberto para integrá-lo ao malware, a fim de realizar atividades de mineração ilegais nos dispositivos das vítimas.
JSEcoin (28%) - Minerador de criptografia, baseado na web, projetado para o processo de mineração on-line da criptomoeda Monero quando um usuário visita uma determinada página web. O JavaScript implementado utiliza uma grande quantidade de recursos computacionais das máquinas dos usuários finais para extrair moedas, o que afeta o desempenho do sistema. O JSEcoin teve sua atividade interrompida em abril de 2020.
Wannamine (6%) - O WannaMine é um sofisticado worm de criptomineração Monero que distribui a exploração (exploit) EternalBlue. O WannaMine implementa um mecanismo de distribuição e técnicas de persistência, aproveitando as assinaturas de eventos permanentes da WMI (Windows Management Instrumentation).
Principais famílias de malwares – Dispositivos móveis
xHelper (responsável por 24% de todos os ataques de malware móvel) - xHelper é um aplicativo Android malicioso, observado desde março de 2019, usado para baixar outros aplicativos maliciosos e exibir anúncios. O aplicativo é capaz de se esconder do usuário e se reinstalar caso seja desinstalado. O xHelper infectou mais de 45 mil dispositivos.
PreAMo (19%) - O PreAMo é um malware do tipo clicker para dispositivos Android, relatado pela primeira vez em abril de 2019, que imita o usuário (sem o seu conhecimento) clicando em banners recuperados de três agências de publicidade: Presage, Admob e Mopub. Descoberto na Google Play, o malware foi baixado mais de 90 milhões de vezes em seis aplicativos móveis diferentes.
Necro (14%) - é um aplicativo malicioso Android Trojan.Dropper que pode baixar outros malwares, mostrar anúncios intrusivos e cobrar de forma fraudulenta pelas assinaturas pagas.
Principais malwares bancários
Dridex (responsável por 27% de todos os ataques de malware bancário) - O Dridex é um Trojan bancário direcionado à plataforma Windows e é distribuído via campanhas de spam e kits de exploração, os quais contam com o WebInjects para interceptar e redirecionar credenciais bancárias para um servidor controlado por atacante. O Dridex entra em contato com um servidor remoto, envia informações sobre o sistema infectado e pode baixar e executar módulos adicionais para controle remoto.
Trickbot (20%) - O Trickbot é um Trojan bancário modular que tem como alvo a plataforma Windows e é entregue principalmente por meio de campanhas de spam ou outras famílias de malware, como o Emotet.
Ramnit (15%) - O Ramnit é um Trojan bancário modular descoberto pela primeira vez em 2010. O Ramnit rouba informações de sessões da Web, oferecendo aos seus operadores a capacidade de roubar credenciais da conta para todos os serviços utilizados pela vítima, incluindo contas bancárias, contas corporativas e de redes sociais.
| Ind 4.0 | | | | Licitação será dia 05 de agosto. Medida faz parte do projeto da empresa pública de continuidade na regularização das áreas dos portos de Paranaguá e Antonina.
A Portos do Paraná licita no próximo dia 05 de agosto uma área não operacional, exclusiva para apoio logístico, em Paranaguá. A medida faz parte do projeto da empresa pública de continuidade na regularização das áreas dos portos de Paranaguá e Antonina.
Com 1,6 mil metros quadrados, o espaço será ofertado através de Cessão de Uso Onerosa, com o aval da Secretaria Nacional de Portos e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).
A área, por suas limitações físicas, não está classificada como operacional, mas servirá de apoio logístico. Assim, o vencedor do pregão poderá exercer as atividades destinadas no edital, com finalidade diversa da operação
portuária, não podendo usar o terreno para movimentação ou armazenagem de mercadorias, embarque ou desembarque de passageiros.
O prazo de exploração é de 20 anos e o uso poderá incluir a construção de estacionamento, sede administrativa, instalação de equipamentos, por exemplo. O espaço fica na avenida Cel. Santa Rita, sem número.
O pregão 012/2020 será presencial e a abertura das propostas será no dia 05 de agosto, às 9 horas, na sede administrativa da empresa pública, em Paranaguá.
| Agência Estadual de Notícias | | | | Plano foi apresentado ao governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta quarta-feira (22). Projeto é da empresa Terminal de Contêineres de Paranaguá e deve gerar 10 mil empregos no Litoral. Iniciativa contribui para que o Paraná se torne o principal hub logístico da América do Sul.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior conheceu nesta quarta-feira (22) um projeto elaborado pela empresa Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), que planeja investir cerca de R$ 2,5 bilhões nos próximos anos no Porto de Paranaguá e gerar 10 mil empregos.
A empresa pretende instalar um parque logístico com capacidade para atender 200 caminhões simultaneamente, um armazém de 20 mil metros quadrados e linhas férreas. Além disso, projeta aumentar a captação de cargas do Paraguai. Segundo dirigentes da companhia, os novos investimentos vão reduzir o custo operacional para os clientes e atrair mais exportadores do Sul e Sudeste para Paranaguá.
Ratinho Junior afirmou que o projeto é importante para a economia do Estado, pois gera mais empregos no Litoral, e contribui para consolidar a meta de transformar o Paraná no principal hub logístico da América do Sul. Segundo ele, a proposta apresentada amplia o campo de atuação da empresa, que já opera o maior terminal de contêineres do País, com capacidade para movimentar 2,5 milhões de TEUs por ano.
A apresentação do plano de investimento do TCP ocorreu por videoconferência e contou com a participação do chefe da Casa Civil, Guto Silva, do secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, e do diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
MODERNIZAÇÃO – O governador afirmou que o Estado investe em dragagem para aprofundar o calado de Paranaguá, o que possibilita acesso de navios maiores, e que os portos paranaenses seguirão recebendo aportes para a modernização das operações nos próximos anos, para acompanhar os investimentos da iniciativa privada.
“O Paraná tem uma parceria de longa data com a TCP e esse aporte que ainda está sendo estudado vai aumentar a capacidade de escoamento da produção brasileira, além de facilitar a integração regional”, afirmou Ratinho Junior. “Estamos constantemente pensando em melhorar a logística e o setor portuário é fundamental dentro dessa estratégia”.
O governador também disse que o Governo do Estado vai investir R$ 600 milhões em obras de infraestrutura no Litoral. O recurso será disponibilizado depois da liberação do financiamento de R$ 1,6 bilhão captado junto a um consórcio de bancos. Ele afirmou ainda que Secretaria da Fazenda estuda modernizações no regime tributário para ampliar a competitividade das empresas que atuam nos portos paranaenses.
“Os investimentos conjuntos das iniciativas pública e privada são essenciais para dar mais eficiência e alcançar novos mercados. As empresas e operadores portuários fazem melhorias porque entendem que a autoridade portuária garante as condições de infraestrutura marítima, terrestre e de acesso necessárias. Juntos, todos crescem”, acrescentou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
As obras de manutenção continuada da profundidade dos Portos do Paraná reúnem investimento público total de R$ 403 milhões ao longo dos próximos cinco anos. Além das áreas do Porto de Antonina e dos berços do Porto de Paranaguá, as atividades do programa serão realizadas no canal de acesso e bacias de evolução de Paranaguá (áreas Alfa, Bravo e Charlie).
TCP – O TCP administra o maior terminal de contêineres da América do Sul e emprega 1,2 mil pessoas no Litoral. Desde março de 2018, a empresa integra o portfólio da China Merchants Port Holding Company (CMPort), maior operador de portos públicos da China. O portfólio global abrange operações em seis continentes, 26 países e regiões, e 50 portos. Em 2019 a CMPort movimentou mais de 110 milhões de TEUs.
A empresa também foi responsável pelo projeto executivo da Av. Atílio Fontana, uma das principais vias de acesso ao Porto de Paranaguá, como parte da expansão das atividades no município. O investimento foi de R$ 1 milhão. A doação do projeto facilita o processo de licitação por parte do Governo do Estado.
PRESENÇAS – Participaram da videoconferência o diretor-geral da Casa Civil, Felipe Flessak; o deputado federal Stephanes Júnior; o assessor especial da Governadoria para obras de Infraestrutura, Luiz Fagundes; o CEO do TCP, Tony Shi; e o diretor comercial do TCP, Thomas Lima.
| Agencia Estadual de Notícias | | | | O resultado positivo foi obtido principalmente pelo desempenho da agropecuária, que registrou aumento de 14,96%, puxado por uma supersafra de grãos de verão. O Produto Interno Bruto brasileiro apresentou retração de 0,3%.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná apresentou crescimento de 2,3% no primeiro trimestre de 2020, na comparação com igual período do ano anterior, segundo cálculos divulgados nesta quarta-feira (22) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Planejamento e Projetos Estruturantes.
O resultado positivo foi obtido principalmente pelo desempenho da agropecuária, que registrou aumento de 14,96%, puxado por uma supersafra de grãos de verão.
O Produto Interno Bruto brasileiro apresentou retração de 0,3% no primeiro trimestre de 2020. No resultado com ajuste sazonal, na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o PIB do Paraná teve alta de 1,28%, enquanto no país a queda foi de 1,5%.
“Os números demonstram que o Paraná estava em uma fase de crescimento, que foi freada pela pandemia. Vamos concentrar esforços agora para recuperar o ritmo”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Ele destaca que o Governo do Estado pretende ampliar investimentos. Para isso, conta com R$ 600 milhões para promover melhorias nos municípios. Além disso, aguarda o aval federal para acessar um financiamento de R$ 1,6 bilhão. O valor será aplicado em obras de infraestrutura.
O secretário do Planejamento, Valdemar Bernardo Jorge, também ressalta os excelentes resultados que o Paraná vinha obtendo antes da chegada da pandemia. “A pandemia alterou as previsões e o desafio agora é preparar o Estado para voltar a crescer”, afirma.
Bernardo Jorge informa que o governo avança na elaboração de um plano para estimular a retomada econômica. “Estamos trabalhando em um plano de retomada e novamente vamos contar com a força do agronegócio e de cada cidadão que aqui vive e trabalha”, acrescenta ele.
AGRONEGÓCIO - No primeiro trimestre o PIB do Paraná somou R$ 128,92 bilhões. Além do bom desempenho do agronegócio, que é responsável por cerca de um terço do PIB paranaense, os impostos líquidos de subsídios também apresentaram resultado positivo de 0,61% no período.
A indústria, que engloba os segmentos de transformação, construção civil e serviços industriais de utilidade pública (energia elétrica, água, esgoto e gás), registrou pequena retração de 0,42%, afetada pela diminuição dos reservatórios e a menor produção de energia elétrica. O segmento de serviços teve redução de 0,09%.
Na comparação com o trimestre anterior, houve crescimento de 6,28% na agropecuária, 2,7% na indústria, 0,24% dos impostos líquidos de subsídios e redução de 0,03% dos serviços. “O desempenho do primeiro trimestre mostra que, se fosse mantido o mesmo ritmo de crescimento, o Paraná tinha grande possibilidade de fechar 2020 com um dos melhores resultados dos últimos anos, o que foi afastado pela crise sanitária vigente”, disse o presidente do Ipardes, Carlos Gomes Pessoa.
ÚLTIMOS QUATRO TRIMESTRES - O Instituto divulgou, também, o resultado acumulado nos últimos quatro trimestres, período no qual o PIB do Paraná cresceu 0,64%, com aumento de 8,67% na agropecuária e 1,12% nos impostos líquidos de subsídios, enquanto a indústria registrou redução de 0,61% e, os serviços, de 0,2%.
O PIB representa a soma dos valores dos bens e serviços finais produzidos no País, Estados ou Municípios em determinado período e serve para medir a evolução da economia.
| Agência Estadual de Notícias | | | | Cerca de 29,4 milhões de domicílios receberam algum auxílio emergencial relacionado à pandemia no mês de junho, o equivalente a 43% do total de domicílios do País. Em maio, foram 26,3 milhões de domicílios contemplados, cerca de 38,7% do total. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid19) mensal, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O valor médio do benefício - como o Auxílio Emergencial e o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda - recebido foi de R$ 881 por domicílio em junho. Na região Norte, 60% dos domicílios receberam o auxílio, e no Nordeste, 58,9%.
Cerca de 104,5 milhões de pessoas viviam em domicílios onde pelo menos um morador recebia auxílio emergencial, o equivalente a 49,5% da população brasileira.
Entre os 10% mais pobres, com renda domiciliar per capita de até R$ 50,34 mensais, 83,5% das pessoas viviam em domicílios que receberam o benefício. Em maio, essa fatia de beneficiados era de 76%.
No segundo décimo mais pobre, que recebiam até R$ 242,15 por pessoa mensalmente, o total de contemplados chegou a 86,1% em junho, ante uma fatia de 81,1% em maio.
O auxílio emergencial atingiu ainda cerca de 75% das pessoas em domicílios do terceiro décimo de renda per capita, de até R$ 354,18 mensais.
Segundo o IBGE, 74,2% dos domicílios que receberam o auxílio do governo tinham renda domiciliar per capita de até R$ 665,11 mensais.
| Jornal O Estado de Minas | | | | Primeira quinzena do mês teve 288,8 mil solicitações do benefício, contra 294,5 mil em igual período do ano passado
Após três meses de alta nos pedidos de seguro-desemprego com o agravamento da pandemia do novo coronavírus, dados parciais de julho mostram uma redução na intensidade dos requerimentos feitos por trabalhadores demitidos.
Na primeira quinzena do mês, o número de solicitações retornou a um patamar semelhante ao observado na primeira quinzena de julho de 2019. Foram 288,8 mil pedidos registrados pelo Ministério da Economia, 1,9% a menos do que os 294,5 mil observados no mesmo período do ano passado.
Os dados de seguro-desemprego são usados pelo governo e por especialistas como um termômetro para avaliar a situação do mercado de trabalho antes da divulgação de dados oficiais mais completos sobre contratações e demissões.
O número das duas primeiras semanas de julho também caiu em relação à quinzena imediatamente anterior, quando foram registrados 301 mil pedidos. O recuo em relação à segunda quinzena de junho foi de 4,3%.
No total do ano, as solicitações ainda estão em patamar mais alto do que em 2019. De janeiro até a primeira quinzena de julho, 4,2 milhões de demitidos pediram seguro-desemprego, uma alta de 13,4% em relação ao período equivalente do ano anterior.
Membros do governo argumentam que os resultados, considerados positivos diante da gravidade da pandemia, são fruto de medidas anunciadas para evitar demissões, como a que autorizou suspensão de contratos ou corte de jornadas e salários após acordo entre patrão e trabalhador.
Pessoas afetadas pela medida recebem uma compensação parcial do governo em valor proporcional ao do seguro-desemprego. O custo total do programa é estimado em R$ 51,6 bilhões.
Esse gasto, somado a outras despesas feitas pelo governo por conta da pandemia, como o auxílio emergencial a informais, levaram a uma forte ampliação do rombo nos cofres públicos neste ano.
Relatório divulgado nesta quarta-feira (22) pelo Ministério da Economia estima que o ano será encerrado com um déficit de R$ 787 bilhões nas contas da União.
De acordo com o secretário do Tesouro, Bruno Funchal, esse dado poderá superar R$ 800 bilhões.
"O desafio fiscal já era grande, e aumentou significativamente por conta das ações para o enfrentamento da pandemia", disse.
| Folha de S.Paulo | | | | Equipe econômica diz que queda de veto seria inconstitucional; empresários afirmam que não suportam aumento de R$ 10,2 bi em encargos
O governo estuda antecipar, ao menos parcialmente, a implementação de uma desoneração ampla da folha de salários. O objetivo é evitar que o Congresso derrube o veto do presidente Jair Bolsonaro que impede a prorrogação de benefício tributário para 17 setores.
A equipe econômica afirma que a extensão da medida pelo Congresso é inconstitucional, pois, na reforma da Previdência, em vigor desde novembro, ficou proibido adotar medidas que criem diferentes regimes para pagamento dos tributos que bancam a aposentadoria dos trabalhadores do setor privado.
Como contraproposta, integrantes do Ministério da Economia avaliam um sistema diferente do modelo atual da desoneração, que, segundo técnicos, não seria vedado pela Constituição e poderia ser aprovado por meio de projeto de lei, com tramitação mais rápida e validade já para o ano que vem.
O time do ministro Paulo Guedes (Economia) entende que, em caso de uma medida ampla (sem atender a um grupo específico de empresas), a desoneração pode ser adotada por projeto de lei, sem a necessidade de alterar normas da reforma da Previdência que estão na Constituição.
No caso de uma derrubada do veto, o governo avalia recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar barrar o prolongamento da medida de redução de custo da mão de obra para os 17 setores contemplados atualmente.
Em busca de um acordo, uma das ideias é propor uma desoneração linear para trabalhadores com remuneração próxima de uma salário mínimo e meio (R$ 1.567,50). A medida dependeria de uma fonte de recurso no Orçamento.
Integrantes do Ministério da Economia defendem que, caso essa opção seja levada à frente, o benefício não fique restrito aos 17 setores, mas seja concedido a todas as empresas.
A desoneração da folha, adotada no governo petista, permite que empresas possam contribuir com um percentual que varia de 1% a 4,5% sobre o faturamento bruto, em vez de 20% sobre a remuneração dos funcionários para a Previdência Social (contribuição patronal).
Com a troca, setores com elevado grau de mão de obra pagam menos aos cofres públicos. O incentivo foi criado para estimular a contratação de funcionários.
Segundo técnicos, essa troca de tributação (deixa de ser sobre a folha e passa a ser sobre o faturamento) passou a ser impedida pela reforma da Previdência. Por isso, a ideia em estudo precisa retirar o custo do patrão e prever que a Previdência Social receba recursos de outra área do Orçamento.
Um parecer da Mesa Diretora da Câmara concluiu que derrubada do veto (prorrogando a desoneração atual) estaria de acordo com a Constituição.
O documento técnico afirma que, por a desoneração da folha já existir, a medida poderia ser prorrogada, pois a reforma da Previdência impediria apenas a criação de novos benefícios. O governo rejeita essa tese.
O modelo atual de desoneração beneficia companhias de call center, o ramo da informática, com desenvolvimento de sistemas, processamento de dados e criação de jogos eletrônicos, além de empresas de comunicação, companhias que atuam no transporte rodoviário coletivo de passageiros e empresas de construção civil e de obras de infraestrutura.
A redução dos encargos se encerra em dezembro. Em junho, o Congresso aprovou a extensão do incentivo tributário por mais um ano, o que foi vetado por Bolsonaro.
Por ano, o Ministério da Economia estima que deixaria de arrecadar R$ 10,2 bilhões.
Empresários desses 17 setores, que reúnem cerca de 6 milhões empregos diretos, dizem que não suportariam esse aumento de custo e que 1 milhão de pessoas poderiam perder os empregos caso o veto seja mantido.
O governo tem conseguido adiar a análise do veto, ganhando tempo para articular com o Congresso, onde o clima é contrário à decisão do presidente. Para derrubar o veto é necessário o voto da maioria absoluta das duas Casas —257 deputados e 41 senadores.
Na alternativa avaliada pelo governo de promover uma ampla desoneração, para que a Lei de Diretrizes Orçamentárias não seja desrespeitada, a proposta teria de ser enviada ao Congresso já com a definição da fonte de recursos para bancar a prorrogação do benefício.
Como o cenário para o ano que vem é de aperto fiscal, a solução para esse ponto não será fácil, segundo técnicos.
Além dos estudos da desoneração, o governo ainda avalia possíveis fontes de recurso para bancar o aumento de repasses ao Fundeb, aprovado pela Câmara nesta semana.
Em videoconferência nesta quarta-feira (22),o secretário do Tesouro, Bruno Funchal, afirmou que o debate sobre a desoneração tem de ser feito dentro da reforma tributária.
"É um pilar da reforma tributária, vai ser discutida em contexto mais amplo e isonômico. Mas, para isso, temos que avançar na reforma tributária", disse.
Apresentada na terça-feira (21), a reforma tributária de Guedes será fatiada em quatro etapas. Uma delas envolve a desoneração da folha de pagamentos. O governo, porém, não informou qual o prazo de envio dessa proposta.
| Folha de S.Paulo | | | | Diante das notícias sobre o possível aumento dos impostos sobre os produtos do pecado, que incidiria sobre bebidas alcoólicas, cigarros e alimentos processados com açúcar, é interessante saber mais sobre a incidência de impostos sobre outros produtos e como isso afeta a sociedade.
Olhando para a alimentação, segundo dados do DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, um item como a cesta básica, em 2019, custava, em média, R$443,56, sendo que 23% desse valor é de impostos. Em um ano, para as famílias mais humildes, que dependem desse item para seu sustento, praticamente três cestas básicas são pagas só de impostos.
Se analisarmos o âmbito da saúde, a carga tributária do nosso país sobre impostos beira ao absurdo. Em países como Portugal, Suíça e Holanda, os medicamentos são tributados em, no máximo, 10%. No Reino Unido e Canadá, as pessoas simplesmente não pagam imposto quando compram medicamento.
Já no Brasil a carga sobre medicamentos é de 33,87%, muito acima dos outros países. Até ficar doente e se curar aqui é proporcionalmente mais caro em relação a outras nações. A população de menor renda é extremamente lesada, pois não consegue cuidar nem da própria saúde. É importante frisar que 75% dos medicamentos comercializados são comprados com recursos próprios do brasileiro.
Outra questão absurda é o combustível e a energia. Praticamente qualquer produto que existe precisa de energia para ser produzido e de combustível para ser entregue. Quanto maior o preço desses insumos básicos, maior ficará o preço final de todos os produtos da cadeia, prejudicando, e muito, o bolso do consumidor. A Conta de luz no Brasil possui uma das maiores cargas tributárias do mundo.
Enquanto por aqui pagamos aproximadamente 41% de tributos, países como Reino Unido, Japão e Austrália possuem menos de 10%. Já no âmbito de combustíveis, o peso dos impostos no preço final, em média, é de 36,5% no Brasil. Nos EUA, já é bem menor: 23,9%, o que nos leva a crer que também daria pra reduzir bastante esses valores, pois são recursos diretamente necessários na produção e nas indústrias.
Estamos em uma época em que uma excelente solução para diversos problemas aqui no Brasil seria a de reduzir os impostos, principalmente esses que mais afetam toda uma cadeia de produtos essenciais à sobrevivência dos indivíduos.
Essa redução deve ser feita de forma responsável, junto com uma forte politica de corte de privilégios e redução de gastos do Governo, que está acontecendo, mas de forma muito mais lenta do que poderia. Privatizações de forma mais acelerada também impulsionariam a arrecadação estatal. A redução dos impostos acarretaria muito mais produção e consumo, o que diminuiria o desemprego, gerando um ciclo virtuoso de crescimento na nação.
Caio Ferolla Silva é Associado III e membro do comitê de formação do Instituto Líderes do Amanhã.
| Gazeta do Povo | | | | A proposta de reforma tributária entregue pelo governo federal ao Congresso na terça-feira, 21, é positiva por tratar somente de tributos federais. A avaliação é do ex-ministro da Fazenda e secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Henrique Meirelles.
Em entrevista à GloboNews, Meirelles afirmou que os Estados e municípios devem ser os protagonistas de uma discussão que leve em conta tributos como ICMS e ISS. "Cabe aos Estados e municípios chegarem a acordo sobre isso", disse.
Ele lembrou que os Estados chegaram a acordo sobre o ICMS e apresentaram substitutivo às Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que tramitam no Congresso. "O ICMS, na minha opinião, vai entrar na Reforma Tributária. A questão do ICMS e ISS já é objeto de acordo unânime, é uma proposta muito bem feita e já está no Congresso", afirmou.
Arrecadação
Acerca da arrecadação do Estado de São Paulo, Meirelles disse que o momento de maior queda das receitas ficou, "sem dúvida", em abril. O secretário lembrou, no entanto, que quaisquer melhoras deverão ter caráter marginal, mas que a arrecadação deve continuar abaixo da observada em igual período de 2019.
| Bem Paraná | | | | Um dia depois do envio do projeto de reforma tributária, lideranças do setor de serviços em peso bateram na porta do ministro da Economia, Paulo Guedes, para pedir mudanças na proposta. Insatisfeitos com a alíquota de 12% para a Contribuição Social sobre Operações com de Bens e Serviços (CBS) - tributo que será criado pela unificação do PIS/Cofins)-, as empresas querem uma compensação com a desoneração da folha de pagamentos (redução nos encargos que pagam sobre os salários dos funcionários) e ameaçam trabalhar para travar a reforma tributária.
Eles contam com o poder de pressão do setor, que representa 70% do Produto Interno Bruto (PIB) e emprega 50 milhões de pessoas, no Congresso e não aceitam o avanço da proposta com a desoneração para depois.
O texto do governo prevê a fusão de dois impostos federais: PIS e Cofins. Atualmente algumas empresas pagam esses impostos num sistema complexo, que permite a cobrança em várias etapas da produção. Agora a ideia é cobrar o imposto uma única vez, sobre o todo o dinheiro gerado com bens e serviços.
Diferentemente da indústria, o setor de serviços não tem muitas etapas de produção e é formado basicamente por mão de obra. Por isso, não tem espaço para abater os impostos em fases anteriores da produção. Em média, o setor paga 4,5%, abaixo dos 12% que prevê a alíquota unificada.
A lista de atividades de empresas do setor de serviços que devem observar um aumento na carga tributária inclui clínicas médicas, telecomunicações, escolas, telemarketing, plataformas digitais, hotelaria, entre outros.
Caso a primeira etapa da reforma tributária seja aprovada como propôs o governo, a indústria poderá se beneficiar de mais deduções via crédito; serviços devem ter aumento da carga tributária e plataformas digitais devem ser mais tributadas.
Na reunião por videoconferência, que durou mais de duas horas, Guedes, segundo relato de participantes, fez uma defesa eloquente da ampliação da base tributária com a criação de novo imposto para substituir o que chamou de "imposto criminoso sobre trabalho".
A maioria dos empresários do setor defende a recriação da CPMF para bancar a desoneração e o ministro tem aproveitado esse apoio para angariar apoio ao novo tributo que pretende propor ao Congresso no mês que vem. Parlamentares contrários à volta da CPMF veem com desconfiança os movimentos do ministro.
Na reunião, um dos empresários sugeriu ao ministro ampliar a base da CPMF para incluir, por exemplo, transações interbancárias e mercado de capitais. Guedes respondeu que "não se pode ir tão longe".
Peso dos tributos. Para o presidente executivo do SindiTelebrasil, Marcos Ferrari, a proposta que promove a unificação do PIS e da Cofins trouxe simplificações importantes, mas poderá implicar aumento de cerca de dois pontos porcentuais em uma carga tributária que já é elevada (46,7% em 2019) - a maior tributação de banda larga entre os 20 maiores mercados do mundo.
Para ele, a proposta prejudica o consumidor e a expansão do acesso da população aos serviços de telecomunicações, essencial no cotidiano dos brasileiros e para o desenvolvimento econômico, especialmente no momento de retomada pós-pandemia. Ferrari também disse que esse aumento dificulta a digitalização e prejudica a implantação do 5G no Brasil.
O vice-presidente da Confederação Nacional de Serviços, Luigi Nese, disse que representantes dos setores falaram abertamente da necessidade da desoneração devido à alíquota de 12%. Segundo ele, o setor tem influencia no Congresso e pode travar a discussão da reforma: "Eu acho que deve travar a discussão, porque a carga é excessiva."
"O que surgiu da conversa é uma espécie de um consenso em torno da desoneração para que a reforma tributária seja uma reforma que de fato contribua para que o Brasil", disse o presidente executivo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), Sergio Paulo Gallindo.
| Jornal O Estado de Minas | | | | O governo apresentou nesta semana a primeira fase da sua reforma tributária, mas deixou a parte mais polêmica por último: a criação de um imposto sobre transações comerciais digitais, um tributo semelhante à extinta CPMF. O objetivo é ganhar tempo antes de enviar essa proposta ao Congresso, enquanto a equipe econômica tenta diminuir as resistências ao tema, atrelando a necessidade de criar o novo imposto para bancar a geração de emprego (através da desoneração da folha) e o programa de renda mínima.
A equipe econômica alega que a desoneração da folha de pagamentos só será possível com a criação de um tributo de base ampla, caso do imposto sobre transações. A desoneração da folha será a quarta parte da reforma tributária que o governo pretende enviar ao Congresso ainda neste ano. As outras duas fases englobam mudanças no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Renda (IR) de pessoas físicas e jurídicas.
A desoneração é considerada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, fundamental para geração de postos formais de trabalho. O ministro considera que os encargos que incidem sobre a folha são como uma “arma” de destruição “em massa” de empregos. Ele sempre defendeu o fim desses impostos.
Só que para acabar – mesmo que parcialmente com os tributos sobre a folha –, o governo precisa encontrar uma outra fonte de receita que compense a perda de arrecadação, para não desfalcar a Previdência. Essa fonte seria esse imposto sobre transações, que deve ter uma alíquota entre 0,2% e 0,4%.
A antiga CPMF, que incidia sobre todas as movimentações, teve alíquotas de 0,2% e 0,38%, antes de ser extinta pelo Congresso em 2007. Ainda não está claro se a CPMF do governo Bolsonaro vai incidir somente sobre as vendas digitais ou sobre qualquer transação digital.
A desoneração da folha também deve ser parcial, restrita à parcela de um ou dois salários mínimos. Para desonerar completamente a folha, que era o objetivo inicial de Guedes, o governo precisaria de um imposto com alíquota em torno de 1,1%, de acordo com os cálculos de Josué Pellegrini, da IFI, o que seria inviável politicamente.
Renda Brasil
Além de atrelar a CMPF à geração de empregos, o governo também deve usar o novo imposto para cobrir partes dos gastos com o seu programa de renda mínima, o Renda Brasil. O programa vai substituir o Bolsa Família e algumas outras políticas públicas consideradas ineficientes. Estão na mira para redução ou extinção o abono salarial, o Farmácia Popular, o seguro-defeso e o salário-família.
O público-alvo do Renda Brasil serão os beneficiários do Bolsa Família (BF) mais a parcela de baixa renda da população que hoje recebe o auxílio emergencial. O programa deverá ter um custo superior a R$ 50 bilhões por ano e pagar um benefício mensal maior que os R$ 190 pagos em média às famílias do BF.
A avaliação da equipe econômica é que, mesmo com a redução ou extinção de alguns programas sociais, o dinheiro que sobrará será insuficiente para bancar o Renda Brasil. Então, a “nova CPMF” poderia entrar para ajudar essa despesa. Também seria uma forma de reduzir as resistências à criação desse tributo.
Ideia de "nova CPMF" funcionou internamente
Internamente, a ideia vem funcionando. O presidente da República, Jair Bolsonaro, era totalmente contra a criação de uma “nova CPMF”. Tanto que no ano passado, quando vieram à tona os estudos do governo sobre o tema, o então secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, foi demitido.
Neste ano, Bolsonaro mudou o tom. “O que o Paulo Guedes está propondo não é a CPMF não, é uma proposta de tributação digital. Não é apenas para financiar o grande programa [social, o Renda Brasil]. É para desonerar também a folha de pagamentos. É uma compensação, eliminar um montão de encargo em troca de outro. Mas se a sociedade não quiser, não tem problema nenhum”, disse o presidente no último sábado (18).
Um dia antes, em entrevista à Rádio Gaúcha, o vice-presidente Hamilton Mourão também saiu em defesa da ideia de Guedes, mostrando pela primeira vez um alinhamento do Executivo no discurso sobre o novo imposto.
“O ministro Paulo Guedes coloca como um substituto da desoneração da folha. Ao desonerar a folha, haveria uma oportunidade muito maior da criação de empregos formais. Eu ainda vejo mais além: um imposto dessa natureza pode ser também utilizado para reforçar o programa de renda mínima, o Renda Brasil, que vem sendo montado pelo governo”, declarou.
Mourão reforçou que não se trata da simples criação de um novo imposto, e sim da substituição de parte dos impostos da folha. “Eu acho que tem que ficar muito claro e não simplesmente criar um imposto por criar um imposto. Então, eu vejo que hoje a discussão está centrada em cima da desoneração da folha, então eu acho justo. Não abrangeria todos os tipos de transações. Hoje, nós temos uma série de transações eletrônicas que são feitas e que não pagam tributo nenhum. Nós temos que arrumar um jeito de tributar isso aí.”
E sinalizou que o governo deve sim levar a proposta para o debate no Congresso: “Se o Congresso aceitar, significa que a sociedade brasileira aceita. Se não aceitar, paciência”. A equipe econômica não informou se a criação do imposto – que é a quarta fase da reforma tributária – será apresentada ainda em agosto, junto com a segunda e terceira partes.
Guedes busca apoio do Centrão à nova CPMF
No Congresso, as resistências ao tema também vão aos poucos diminuindo. O deputado Arthur Lira, líder do PP na Câmara e um dos principais caciques do Centrão, declarou que aceita discutir o tema. Ele é apontado como um dos principais candidatos à presidência da Câmara para o biênio 2021-2022.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico neste mês, Lira disse que a ideia de Guedes tem chances de prosperar se tiver uma alíquota baixa, limite de isenção e se for direcionada para bancar o auxílio emergencial.
“A CPMF lá atrás foi de 0,38%, talvez algo em 0,2%, 0,25% e isentava quem ganha até dois salários mínimos e meio. E direcionava isso para algum fim. Qual o problema que se criticava tanto a CPMF? Era porque era para saúde e ninguém via a saúde melhorar”, lembrou.
“Mas se falamos de criar um imposto que não seja só virtual, mas também sobre operações financeiras de 0,2%, 0,1%, especialmente para esse fim social, quem iria ficar contra? A esquerda, a direita, o centro, o presidente da Câmara, o presidente do Congresso? E o ministro iria ter uma saída para iniciar a discussão”, sugeriu.
Guedes tem buscado desde junho o apoio do Centrão para sua agenda econômica. Parte do bloco informal passou a compor a base governista. Além de Lira, o ministro tem pedido ajuda a importantes líderes do bloco, como o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e os deputados Diego Andrade (PSD-MG) e Wellington Roberto (PL-PB).
A principal resistência à criação do novo imposto continua sendo de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara. Ele afirmou, por meio das suas redes sociais, que não pautará nenhum imposto “disfarçado de CPMF” até o fim do seu mandato, em fevereiro de 2021.
| Gazeta do Povo | | | | O Brasil tinha 83,4 milhões de trabalhadores ocupados em junho, mas cerca de 14,8 milhões estavam afastados do trabalho. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) mensal, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dessa fatia de afastados, 48,4% estavam sem remuneração, o equivalente a 7,1 milhões de trabalhadores. Em maio, o porcentual de afastados sem remuneração era de 51,3%, o equivalente a 9,7 milhões de pessoas.
No Nordeste, 51,8% das pessoas afastadas do trabalho estavam sem remuneração.
Em todo o País, a fatia de afastados como decorrência das medidas de distanciamento social para combate à pandemia do novo coronavírus caiu de 18,6% dos ocupados em maio para 14,2% dos ocupados em junho, totalizando 11,8 milhões de pessoas, embora tenha havido redução em todas as grandes regiões do País.
O Nordeste teve a maior proporção de afastados do trabalho devido ao distanciamento social (20,2%), seguido pela região Norte, (17,1%), enquanto o Sul foi a região menos afetada pelo isolamento (7,8%).
No mês de junho, 27,3% da população ocupada, 18,7 milhões de pessoas, trabalharam menos do que sua jornada habitual, enquanto cerca de 2,6 milhões de pessoas trabalharam acima da média habitual. A média semanal de horas efetivamente trabalhadas em junho foi de 29,5 horas no País, ante uma média habitual de 39,8 horas.
O rendimento efetivo dos trabalhadores foi de R$ 1.944 em junho, 16,6% aquém do rendimento habitual de R$ 2.332. Em maio, a renda efetiva foi 18,5% inferior à habitual.
| Jornal O Estado de Minas | | | | O diretor de Relacionamento do Banco Central, Mauricio Moura, afirmou nesta quinta-feira, 23, que, "de fato, as taxas do rotativo do cartão e do cheque especial são altas" no Brasil. O comentário foi feito durante entrevista concedida à GloboNews.
Os dados mais recentes do Banco Central mostram que o juro médio do rotativo regular do cartão de crédito ficou em 244,5% ao ano em maio. O rotativo regular representa as operações em que pelo menos o valor mínimo da fatura foi pago. Já o juro médio do cheque especial está em 117,1% ao ano.
De acordo com Moura, as duas taxas "ainda são altas e precisam ser reduzidas". O diretor ponderou, no entanto, que a redução de juros no cartão e no cheque não pode ser "voluntariosa".
A recomendação é que, neste momento de crise, o consumidor procure "seu provedor de serviços financeiros para sair de taxa gravosa de juros e ir para uma taxa reduzida".
Moura lembrou ainda que o cartão e o cheque especial são modalidades de crédito emergenciais, que devem ser acessadas apenas em situações de necessidade.
O diretor do BC também afirmou que as taxas de juros médias totais do sistema de crédito têm se reduzido, apesar do custo elevado do cartão e do cheque especial. Segundo ele, isso indica que "as taxas menos gravosas têm caído"
| Jornal O Estado de Minas | | | | O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) perdeu tração na terceira quadrissemana de julho, informou nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador subiu 0,53%, 0,03 ponto porcentual abaixo da semana anterior (0,56%).
Das oito categorias que compõem o índice, três cresceram menos em relação a leitura anterior, sendo a mais relevante delas a do grupo Educação, Leitura e Recreação, com variação de 0,10% ante 0,74% antes. O item passagem aérea foi o destaque do grupo, de alta de 19,44% na semana anterior para 11,46% agora.
Também perderam fôlego Alimentação (de 0,29% para 0,11%), com pressão para baixo de hortaliças e legumes (-9,7% para -12,12%) e Vestuário (de -0,16% para -0,24%), puxado por artigos do vestuário (0,77% para 0,14%).
Outros cinco grupos tiveram aceleração nos preços: Habitação (0,4% para 0,53%), puxado por tarifa de eletricidade residencial (0,5% para 1,33%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,27% para 0,39%), com artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,73% para -0,21%); Comunicação (0,51% para 0,61%), com mensalidade para TV por assinatura (0,94% para 1,66%); Transportes (0,47% para 0,51%), puxado por serviço de reparo em automóvel (0,28% para 1,01%); e Despesas Diversas (0,2% para 0,21%), com conselho e associação de classe (0,0% para 0,52%).
| Bem Paraná | | | | A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quinta-feira, 23, o lançamento de uma linha de crédito para antecipação de até três parcelas do saque aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A taxa de juros da linha será de 0,99% ao mês - equivalente a 12,55% ao ano - e a antecipação poderá ser solicitada a partir da próxima segunda-feira, dia 27. O valor mínimo total para antecipação será de R$ 2 mil.
O anúncio foi feito virtualmente pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Segundo ele, a nova linha representará um reforço no orçamento das famílias neste momento de crise, provocada pela pandemia do novo coronavírus.
A expectativa da Caixa é de que 1 milhão de clientes acessem os recursos de forma antecipada, o que representa a injeção de R$ 5 bilhões na economia, via crédito.
Lançado pelo governo Jair Bolsonaro antes mesmo da pandemia do novo coronavírus, o saque aniversário permite a retirada de parte do saldo da conta do FGTS anualmente, sempre no mês de aniversário.
De acordo com a Caixa, existem atualmente 61 milhões de trabalhadores vinculados ao FGTS, com R$ 390 bilhões depositados em contas. Do total, 6,1 milhões de trabalhadores aderiram ao saque aniversário, sendo que 3,9 milhões são clientes da Caixa.
São estes os trabalhadores que poderão, a partir da próxima segunda-feira, solicitar à Caixa a antecipação de até três parcelas do benefício. "A expectativa é de que 1 milhão de clientes antecipem o saque aniversário", afirmou Guimarães. "A Caixa é o primeiro banco que lança este produto."
O presidente da Caixa afirmou ainda que a antecipação deverá ser solicitada pelos clientes por meio do aplicativo do banco. No processo, o cliente irá indicar quantas parcelas serão antecipadas e de quais anos.
| Jornal O Estado de Minas | | | | Porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gerry Rice afirmou nesta quinta-feira, 23, que a possibilidade de novas ondas de surtos da covid-19 é um risco importante "em toda parte", tornando a perspectiva econômica "altamente incerta".
A declaração foi dada durante entrevista coletiva virtual, na qual Rice elogiou o fato de que a União Europeia chegou a um acordo por um Fundo de Recuperação de 750 bilhões de euros para apoiar a retomada econômica, em meio a uma crise global "sem precedentes".
Rice fez o comentário quando tratava do caso da Espanha, que foi "particularmente atingida pela pandemia". Ele notou que as projeções atuais do Fundo para o país já levam em conta a possibilidade de surtos da doença e potenciais limitações em áreas de "contato intensivo".
O FMI projeta uma contração de 12,8% neste ano na Espanha, com crescimento de 6,3% em 2021 - o porta-voz lembrou que o FMI atualizará suas projeções para os países em outubro. Rice comentou que, nesse contexto, o fundo da UE será uma "contribuição importante" para garantir uma retomada mais resistente na região.
O porta-voz lembrou que o FMI elevou recentemente o montante anual permitido que os países podem ter de financiamento. "Elevar o limite permite que esses países que pediram auxílio recebam níveis maiores de financiamento neste ano, dando a eles acesso de curto prazo a esses fundos", comentou.
Segundo ele, a intenção da entidade é criar mais espaço fiscal para as nações, nesse contexto de crise atual.
| Jornal O Estado de Minas | | | | A pandemia de coronavírus veio para complicar o cenário econômico brasileiro, que já era complexo: após anos de crescimento baixo, combinados com ruídos políticos e sociais, o País também se tornou alvo de forte desconfiança na questão ambiental.
Segundo Alberto Ramos, chefe da área de pesquisas econômicas sobre América Latina do banco Goldman Sachs, existe um conjunto de fatores que afasta os investidores do Brasil. "Há um certo desencanto", disse Ramos, durante a série de entrevistas ao vivo Economia na Quarentena, do Estadão.
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:
Como está a imagem do Brasil perante o investidor internacional atualmente?
A imagem do Brasil já passou por melhores dias, há um certo desencanto. O Brasil vem enfrentando dificuldades para apresentar um crescimento razoável. A última vez que o PIB do Brasil cresceu mais de 2% foi em 2013.
É um país hoje com uma taxa de juros muito baixa, pouco atrativo para fluxos de capital buscando retorno maior. Há uma razão boa e outra ruim para o juro estar tão baixa: a boa é o fato de a inflação estar controlada e a âncora monetária; a ruim é o mercado de trabalho debilitado, que mantém os preços baixos.
Há o persistente ruído político, com fricção entre os diferentes Poderes. Começou lá atrás, na reeleição apertada da Dilma Rousseff, e se mantém até hoje. E por último tem a questão ambiental, cujo foco aumentou muito recentemente. A visão do investidor é de pouco interesse no curto prazo.
O quanto a agenda ambiental equivocada, na prática, pode afetar a economia?
Pode atrapalhar, mas também pode ser uma oportunidade, atrair volumes significativos de capital. O grande investidor institucional tem preocupação ambiental. E o Brasil, como guardião da Amazônia, pode se prejudicar caso não tome as medidas percebidas como necessárias. É uma agenda doméstica, também. Diria que o risco ambiental não é um custo enorme no curto prazo, mas no futuro pode ser. É mais um fator, em uma lista bastante longa, que atrapalha o Brasil.
O FMI chegou a prever queda de 9% para o PIB brasileiro em 2020. Agora, porém, bancos começaram a melhorar as previsões. Qual é sua visão?
Sem dúvida que os dados mais recentes têm superado um pouco as expectativas. Mas houve uma queda violenta da atividade em março e abril. Será que os dados de junho e julho são sustentáveis? Uma recuperação mais rápida, em "v", não é o mais provável. Não é tão extraordinário que, após o fim do distanciamento social, a economia gere números bem mais positivos. Mas estamos bem longe do nível de atividade pré-covid-19. Esse programa de R$ 600 está levando uma transferência de renda de quase R$ 50 bilhões por mês, o que é quase um Bolsa Família e meio anual. Isso ajuda a amortecer a queda.
Como conciliar uma agenda de ajuste fiscal e a necessidade de irrigar a economia?
A economia vai se reconstruir quando a restrição viral for removida. Esse problema só se resolve com um tratamento efetivo ou uma vacina. Vai ser uma recessão muito profunda, mas relativamente curta. O Brasil já tinha um problema fiscal muito sério. O Brasil tem déficit primário há seis anos. Para estabilizar a dívida, teremos de chegar a um superávit. Com a covid-19, o governo teve de gastar muito mais. Estamos trabalhando com um déficit fiscal primário de 10% a 15% do PIB e endividamento público de 95% a 100% do PIB. E como conciliar a agenda pró-crescimento com algumas medidas fiscais? Com as reformas. Todo mundo entende que o governo não tinha como não fazer uma expansão fiscal na pandemia. Mas agora é a hora de redobrar o esforço pelas reformas, para dar sinalização de médio e longo prazos.
O governo entregou ontem o texto da reforma tributária ao Congresso. Como o sr. vê esse texto neste momento?
Todo mundo concorda que é necessário fazer a reforma tributária. Primeiro porque a carga tributária é muito pesada comparada com países emergentes. E uma simplificação tributária, mesmo sem receitas extras, seria muito bem-vinda. Mas passamos da noção da reforma tributária neutra em termos de arrecadação para uma que tem alguns elementos de aumento da carga tributária, visando a financiar o aumento do gasto. O Brasil já tributa muito a população, gasta muito e investe pouco. Outra agenda importante é aumentar a eficiência do gasto (do dinheiro dos impostos), que hoje é muito baixa.
A América Latina é uma região vista como pouco atraente em relação a outras áreas. O que aconteceu?
A América Latina já tinha problemas, especialmente de crescimento. O avanço médio dos últimos sete anos foi de 0,8% ao ano. A renda per capita já vinha declinando. A gente viu movimentos sociais no Chile, no Equador e até no Brasil, alguns anos atrás. Na Argentina isso é recorrente.
A pandemia não ajudou, pois tornou um quadro bastante feio ainda mais complicado. Muitos países fizeram investimento em termos de isolamento - como Argentina, Colômbia e Peru - e não conseguiram controlar o vírus de uma maneira efetiva. Pagaram o custo da queda da atividade e impacto na renda sem o benefício da saúde pública.
| Jornal O Estado de Minas | | | |
A mediana da inflação esperada pelos consumidores para os próximos 12 meses recuou 0,3 ponto porcentual em julho, para 4,5%, ante um resultado de 4,8% obtido em junho, segundo o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em relação a julho de 2019, houve redução de 0,8 ponto porcentual.
"O cenário de atividade econômica fraca, preços em geral bem controlados e expectativas de mercado ancoradas possibilitam que a mediana da expectativa de inflação dos consumidores convirja cada vez mais para o consenso de mercado e centro da meta.
Para os próximos meses, na ausência de choques, é plausível que haja espaço para novas quedas considerando que a demanda deve voltar a aumentar de forma lenta mantendo os preços em patamar mais baixo", avaliou Renata de Mello Franco, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Na distribuição por faixas de inflação, 17% dos consumidores projetaram em julho valores abaixo do piso de 2,5% da meta de inflação de 4% perseguida pelo Banco Central em 2020. Já a proporção de consumidores projetando inflação acima da meta de inflação para 2020 diminuiu de 44,8% em junho para 42,8% em julho.
Na análise por faixas de renda, todas diminuíram suas expectativas medianas para a inflação nos 12 meses seguintes, principalmente as famílias de menor poder aquisitivo. Entre as famílias com renda mensal até R$ 2,1 mil, as expectativas caíram de 5,7% em junho para 5,2% em julho, menor valor desde setembro de 2007 (4,9%). Para as famílias mais ricas, com renda acima de R$ 9,6 mil mensais, as expectativas recuaram de 3,7% para 3,6%, novo piso histórico da série.
O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.
| Bem Paraná | | | | O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), assim como demais deputados estaduais, defendeu nesta quarta-feira (22) a manutenção do emprego de 747 trabalhadores que foram demitidos pela montadora Renault, com sede em São José dos Pinhais. O tema foi assunto da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Paraná, nesta quarta-feira. Diversos deputados se pronunciaram sobre as demissões na montadora.
O deputado Romanelli recebeu o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Nelson Silva de Souza, o Nélsão, e pediu punição rigorosa à montadora, por descumprimento da lei 15.426/2007, que apresenta uma série de condições às empresas que recebem incentivos fiscais devem cumprir.
Uma das medidas, segundo o deputado, determina às "empresas que receberem incentivos fiscais de qualquer natureza para implantação ou expansão de atividades no Paraná” - o caso da Renault - deverão promover a “manutenção de nível de emprego e vedação de dispensa.
“A lei 15.426/2007 garante o emprego aos trabalhadores às empresas que recebem benefícios fiscais do Estado. A Renault foi muito bem vinda e recebe uma política de incentivo. Ou seja, o Paraná deixa de arrecadar imposto. A Renault não tem justificativa para as demissões”, disse Romanelli.
Sindicato — Nelsão disse que buscou apoio junto à Assembleia Legislativa do Paraná, para que medidas necessárias sejam tomadas para evitar essas demissões já efetivadas pela Renault. O vice-presidente lembrou que o deputado Romanelli é um dos criadores da lei de incentivo à geração de emprego no Paraná e que conhece a necessidade de cada trabalhador e da empresa.
“Romanelli tem uma história de luta em defesa do trabalhador. Foi secretário do Trabalho e conhece as necessidades do trabalhador e do empregador. Sabemos dos efeitos da epidemia na economia. Mas viemos pedir a intervenção para evitar essas 747 demissões”.
Nelsão acrescenta ainda que os trabalhadores da unidade decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, por conta das demissões em massa em meio à pandemia. Ele acrescenta que a Renault chegou a apresentar uma proposta de plano de demissão voluntária que foi reprovada em assembleia dos trabalhadores.
O presidente do sindicato, Sérgio Butka disse que a montadora obrigou os trabalhadores a decidir em assembleia o estado de greve. “Independentemente de qualquer coisa, queremos deixar nosso repúdio pela forma e tratativa que a empresa está dando ao povo do Paraná, depois se usufruir de incentivos fiscais e se comprometer em gerar e manter empregos, agora está demitindo quase 800 trabalhadores”, lamenta.
Alternativa — Romanelli disse que a Renault tem outras alternativas em lei, que não seja a demissão em massa promovida nesta terça-feira, 21. Segundo ele, muitas empresas, de menor porte, têm encontrado soluções para manter seus empregados.
“O próprio programa emergencial de manutenção de empregos é um instrumento para evitar a demissão. Temos também a própria legislação trabalhista que prevê o lay-off, quando é possível também, durante um período, afastar o trabalhador. Ou seja, dá para adotar muitas alternativas antes que tenhamos a demissão”, anuncia.
Solidariedade — Romanelli manifestou solidariedade ao sindicato e aos trabalhadores demitidos e disse ser expressamente contrário às demissões na Renault. Ainda pela manhã, o deputado conversou com o governador Carlos Massa Ratinho Junior e disse que a lei será aplicada com rigor, caso a montadora mantenha a decisão de demitir funcionários.
“Se a Renault quer demitir seus empregados, ela tem de abrir mão dos incentivos fiscais que recebe. Porque esse dinheiro é do povo do Paraná, e a contrapartida é a manutenção dos empregos”, defende. “A Renault é muito bem vinda, queremos a Renault, mas queremos emprego para os paranaenses”, completa.
| ALEP | | | | Montadora teve queda de 47% de suas vendas no primeiro semestre
Após uma queda de 47% de suas vendas no primeiro semestre, a Renault do Brasil fechou seu terceiro turno de produção e demitiu 747 funcionários no Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR).
Os cortes, confirmados nesta terça (21), levaram o SMC (Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba) a anunciar a paralisação das atividades na fábrica, que agora emprega cerca de 7.000 trabalhadores.
Em um comunicado, a Renault informa que, apesar de ter adotado algumas medidas de flexibilização permitidas pela MP 936, a situação se agravou em meio à pandemia do novo coronavírus, sem perspectiva de retomada.
A produção só foi mantida em três turnos devido às restrições impostas pela Covid-19. Houve distanciamento nos postos de trabalho e redução no número de funcionários por período, entre outras mudanças.
A relação da montadora com o SMC tem sido tensa durante a pandemia. O primeiro problema ocorreu em abril, quando a empresa tentou implementar medidas emergenciais baseadas na MP 936.
A Renault diz que os sindicalistas condicionaram a flexibilização à negociação do programa de participação nos resultados, e surgiu um impasse.
A montadora antecipou férias coletivas e, no dia 13 de maio, a redução de salários e carga horária foi aprovada em assembleia. A empresa afirma que foi além do que prevê a lei e que complementou o salário líquido dos colaboradores.
Com o agravamento da crise, uma nova proposta foi feita em junho. A Renault queria redução de 25% da jornada de trabalho e do salário na linha de produção, mas a pauta foi rejeitada pelo sindicato. No dia 15 de julho, um plano de demissão voluntária foi apresentado, mas também não foi aceito pelo SMC.
“Após realizar todos os esforços possíveis para as adequações necessárias e não havendo aprovação das medidas propostas, não restou outra alternativa para a Renault do Brasil”, diz o comunicado da empresa sobre as demissões.
A montadora diz que os cortes estão inseridos no plano global anunciado pelo grupo em maio, que prevê uma redução de R$ 12 bilhões nos gastos em três anos.
Em vídeo, o presidente do sindicato da Grande Curitiba, Sérgio Butka, afirma que a greve seguirá por tempo indeterminado até que as demissões sejam revistas.
“Queremos que a empresa cumpra a sua obrigação por estar recebendo incentivos fiscais do estado e, por contrapartida, deveria estar mantendo o emprego de todos os trabalhadores”, disse Butka.
A Nissan, que tem aliança com Renault e também passa por processo de restruturação global, demitiu 398 funcionários da fábrica de Resende (RJ) no mês passado.
De acordo com a Anfavea, houve 1.100 demissões entre os meses de maio e junho. Com os cortes na Renault e mais ações pontuais em outras empresas –a Toyota desligou 49 funcionários de áreas administrativas no início de julho, movimento negociado desde antes da pandemia— o segundo trimestre deverá registrar uma redução de 2.000 postos de trabalho na indústria automotiva.
| Folha de S.Paulo | | | | Estudantes de Engenharia de Produção, Engenharia Mecânica e Engenharia Civil avaliaram produtos da Açopeças e Zen S/A.
Qualidade, Sustentabilidade e Nacionalidade foram os três pilares usados pelos acadêmicos para avaliar as peças automobilísticas produzidas pela Açopeças e Zen S/A. A atividade de extensão realizada com os estudantes da 1ª fase de Engenharia Mecânica, Civil e demais fases da Engenharia de Produção, visou proporcionar o contato com a indústria metalmecânica da região, de modo a contribuir com a melhoria dos processos de produção.
Para auxiliar na criação do Selo de Certificação, os acadêmicos participaram de uma visita técnica virtual nas duas empresas. Além de explicar sobre o desenvolvimento dos produtos automobilísticos, cada empresa indicou um engenheiro responsável para acompanhar os trabalhos dos estudantes e sanar suas dúvidas.
A coordenadora de Engenharia Mecânica, professora Susan Thiessen, explica que a ideia era instigar o questionamento sobre os requisitos do produto e os controles de qualidade. “As perguntas feitas pelos alunos fizeram as empresas pensarem os processos deles de um jeito um pouco diferente, e esse era o nosso objetivo, sugerir melhorias e apoiar a indústria local, valorizando o que é daqui”, enfatiza Susan.
Tampa do pistão do ar-condicionado, polia, planetária e pinhão foram algumas das peças entregues aos cinco grupos para avaliação. Cada equipe recebeu uma peça da Açopeças e uma da Zen S/A, e ficou responsável por desenvolver o layout do selo e definir quais requisitos e métricas seriam utilizadas na classificação. Na primeira etapa do projeto, além das tarefas diárias, os estudantes fizeram um relatório técnico sobre os produtos e um arquivo de apresentação.
As três melhores equipes passaram para a segunda etapa e puderam apresentar seus projetos para a banca avaliadora, composta pelos representantes das empresas e professores da UNIFEBE. O trabalho desenvolvido entre os cursos envolveu outras fases, que se mostraram interessadas em estudar sobre o assunto.
“Para nós, estudantes de engenharia, ter um bom resultado em uma certificação é como um prêmio para nosso trabalho e esforço. Pensar em como avaliar uma peça, nos faz entender os melhores meios para melhorá-la, visto que a partir de um selo, podemos ver de forma mais clara os pontos fortes e fracos”, destaca o acadêmico da 3ª fase de Engenharia Mecânica, Arthur de Melo.
Interdisciplinaridade
O coordenador de Engenharia Civil, professor Jaison Knoblauch, salienta que esse contato entre os estudantes de outros cursos proporciona uma visão mais ampla sobre o papel da sua profissão na sociedade. “O engenheiro deve buscar o desenvolvimento de materiais de qualidade e, sobretudo, com um viés sustentável. É nesse sentido que a pesquisa acadêmica é tão importante para a formação desses futuros profissionais”, frisa Knoblauch.
Os Selos de Certificação criados pelos acadêmicos foram direcionados às empresas parceiras. O intuito dos cursos é incentivar a continuidade em pesquisas científicas ou em Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC).
“Embora seja um trabalho que careça de continuidade e que pode ser estendido a diferentes segmentos, todos ganharam nesse processo, no qual em última análise a relação da cadeia de suprimentos e, por fim, o consumidor final tende a ser beneficiado pela possibilidade de escolha de produtos/empresas que melhor atendam aos seus interesses”, conclui o coordenador de Engenharia de Produção, professor Marcelo Merízio.
Curricularização da Extensão
O projeto desenvolvido pelos cursos de Engenharia de Produção, Engenharia Civil e Engenharia Mecânica faz parte da Curricularização da Extensão. Constituído por meio da Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, pelo Ministério da Educação Conselho Nacional de Educação Câmara de Educação Superior, o documento que estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira, regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação – PNE 2014- 2024.
De acordo com a resolução, a Extensão deve se integrar à matriz curricular dos cursos e promover a interação entre as instituições de ensino e a sociedade, por meio da troca de conhecimentos, cultura e diálogo.
A pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, professora Edineia da Silva, e o pró-reitor de Graduação, professor Sidnei Gripa, explicam que o objetivo da Curricularização da Extensão é estimular a formação cidadã dos estudantes de modo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico e tecnológico, articulando ensino, extensão e pesquisa.
“O intuito é promover intervenções, por meio de projetos, programas, cursos e oficinas, eventos e até prestação de serviços, que envolvam diretamente o estudante com a comunidade externa. Essas ações precisam estar vinculadas à formação do aluno e devem viabilizar um diálogo construtivo e transformador entre a universidade e a sociedade”, salienta Edineia.
As atividades devem compor, no mínimo, 10% do total da carga horária curricular. Essa determinação começou neste semestre a ser implantada pela UNIFEBE, que aplicou com as primeiras fases de todos os cursos de Graduação. Durante a pandemia do novo coronavírus os trabalhos foram desenvolvidos via take-home, método de ensino adotado com êxito pela instituição.
| CIMM | | | | Os engenheiros se inspiraram em cascas e toranjas para criar o que eles dizem ser o primeiro material não cortável fabricado.
Esse novo material, que pode ser usado para indústria de segurança e saúde, pode reverter a força de uma ferramenta de corte. O material leve - denominado Proteus em homenagem ao deus mítico que muda de forma - é feito de esferas de cerâmica envolvidas em uma estrutura celular de alumínio que, em testes, não podia ser cortada por rebarbadoras, brocas ou jatos de água de alta pressão.
Uma equipe de pesquisa internacional, liderada pela Universidade de Durham, no Reino Unido, e pelo Fraunhofer Institute for Machine Tools and Forming Technology IWU, em Chemnitz, na Alemanha, teve a ideia do novo material a partir da pele celular resistente da toranja e das cascas de moluscos resistentes a fraturas.
As criaturas marinhas Abalone são feitas a partir de ladrilhos interligados a um material biopolímero que os torna resistentes a fraturas. Para resistir às ferramentas de entrada mais violentas, materiais orgânicos, como telhas de aragonita - encontrados em conchas de moluscos - foram substituídos no novo material por industriais, cerâmicas de alumina e uma matriz de espuma metálica de alumínio.
O novo material é forte, leve e não cortável. Os pesquisadores dizem que ele pode ser usado para fazer bloqueios de bicicleta, armaduras leves e equipamentos de proteção para pessoas que trabalham com ferramentas de corte.
Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports. O novo sistema de materiais é dinâmico, com uma estrutura interna em evolução que cria movimento de alta velocidade, onde interage com as ferramentas de corte. A resposta dinâmica é mais semelhante às estruturas vivas.
O material é feito de uma estrutura celular de alumínio envolvida em esferas de cerâmica e isso tem um efeito duplamente destrutivo nas ferramentas de corte. Quando cortadas com uma rebarbadora ou broca, as vibrações criadas pelas esferas de cerâmica no interior da caixa embotam o disco de corte ou a broca.
A interação entre o disco e a esfera de cerâmica cria uma conexão vibratória intertravada que resiste indefinidamente à ferramenta de corte.
A lâmina é gradualmente corroída e, eventualmente, torna-se ineficaz à medida que a força e a energia do disco ou da broca se voltam para si mesma e é enfraquecida e destruída por seu próprio ataque.
Além disso, a cerâmica se fragmenta em partículas finas, que preenchem a estrutura celular do material e endurecem à medida que a velocidade da ferramenta de corte é aumentada devido às forças interatômicas entre os grãos de cerâmica. Dessa maneira, a natureza adaptativa do material repele ainda mais qualquer ataque.
Os jatos de água também foram considerados ineficazes porque as superfícies curvas das esferas de cerâmica ampliam o jato, o que reduz substancialmente sua velocidade e enfraquece sua capacidade de corte.
“Ficamos intrigados com a forma como a estrutura celular da toranja e a estrutura de azulejos das conchas de moluscos podem impedir danos aos frutos ou as criaturas dentro, apesar de serem feitas de blocos de construção orgânicos relativamente fracos”, disse o principal autor da pesquisa, Dr. Stefan Szyniszewski, professor assistente de Mecânica Aplicada, no Departamento de Engenharia da Universidade de Durham.
“Essas estruturas naturais informaram o princípio de funcionamento do nosso material metálico-cerâmico, que é baseado na interação dinâmica com a carga aplicada, em contraste com a resistência passiva”, complementou.
O pesquisador Szyniszewski disse ainda que cortar o novo material material seria como cortar uma “geleia cheia de pepitas”. “Se você passar pela geleia, baterá nas pepitas e o material vibrará de forma a destruir o disco de corte ou a broca”.
“A cerâmica incorporada neste material flexível também é feita de partículas muito finas que endurecem e resistem à rebarbadora ou broca quando você corta em alta velocidade da mesma maneira que um saco de areia resistiria e parava uma bala em alta velocidade. [...] Esse material pode ter muitas aplicações úteis e interessantes nas indústrias de proteção e segurança. De fato, não temos conhecimento de nenhum outro material não cortável fabricado existente a partir de agora”, explicou.
A coautora do estudo, Dra. Miranda Anderson, do Departamento de Filosofia da Universidade de Stirling, disse: “Como a resistência bem-sucedida de nosso sistema material exige que ele sofra transformações internas, escolhemos o nome Proteus. [...] Em 1605, Francis Bacon comparou materiais naturais com Proteus, que 'sempre mudou de forma' e argumentou que, através da experimentação, podemos revelar as qualidades metamórficas dos materiais".
Os pesquisadores têm uma patente pendente para sua tecnologia de materiais e esperam trabalhar com parceiros do setor para que possam ser desenvolvidos em produtos para o mercado.
| CIMM | | | | Se continuar assim, recuperação pode acontecer mais rápido que o esperado, prevê Herlander Zola
Herlander Zola, diretor da marca Fiat e de operações comerciais, foi positivamente surpreendido pela evolução do mercado em julho, que nos primeiros 20 dias do mês apresentou crescimento de vendas em torno de 25% em comparação com o resultado de junho. “Pelo movimento, nossa expectativa é que o mês vai fechar 25% acima de junho. Isso representa retomada um pouco mais rápida do que prevíamos”, afirmou Zola durante entrevista em que anunciou o lançamento de nova estratégia da Fiat no País.
Julho será o primeiro mês com número de emplacamentos mais próximo da realidade desde a chegada da pandemia de coronavírus ao País, no meio de março passado. Isso porque todos os Detrans voltaram a funcionar e assim não haverá mais o elevado represamento de licenciamentos de meses anteriores, como aconteceu em junho, quando houve expansão de 113% no volume de lacrações sobre maio, mas perto de 25% dos veículos leves emplacados (ou 30,7 mil unidades do total de 122,8 mil registros) tinham sido vendidos em abril e maio. Por isso, a sustentação do crescimento este mês indica desempenho mais forte e sustentável do mercado.
Se o crescimento mensal de 25% de fato for mantido, julho deverá fechar com mais de 150 mil veículos leves vendidos, número ainda 35% menor do que o observado no mesmo mês de 2019. No acumulado de sete meses, o mercado finalmente se aproximaria da marca de 1 milhão de unidades, o que representará queda de 39% sobre igual período do ano passado.
Ou seja, até agora os números estão em linha com a projeção da associação dos fabricantes a Anfavea, que prevê retração de 40% nas vendas este ano, que fecharia com apenas 1,6 milhão de automóveis e utilitários leves emplacados. Para o resultado anual ser melhor, nos próximos meses a reação também deverá ser maior, acima de 170 mil veículos vendidos por mês até dezembro – o que de fato está sendo esperado por parte da indústria e alguns consultores.
“Se essa recuperação mais rápida que o previsto for confirmada, poderemos investir mais para antecipar os lançamentos que precisamos postergar por causa da pandemia. Nosso objetivo é lançar o quanto antes novos SUVs e a nova linha de motores turbo”, afirma Zola, em sentimento que é compartilhado por boa parte da indústria.
| Automotive Business | | | | Montadora de carros elétricos manteve meta de entrega de mais de meio milhão de veículos no ano. Com participação nas ações da empresa, Musk ganhou dividendos.
A Tesla publicou nesta quarta-feira (22) lucro pelo quarto trimestre consecutivo e manteve meta de mais de meio milhão de entregas de veículos no ano, apesar das interrupções causadas pela pandemia de coronavírus.
O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, dono de parte das ações companhia, qualificou-se na terça-feira para dividendo sem precedentes no valor de US$ 2,1 bilhões, seu segundo pacote de remuneração da fabricante de carros elétricos desde maio.
A montadora também desafiou os céticos no início deste mês, superando as expectativas de Wall Street em relação ao total de vendas de veículos durante o trimestre. Em termos ajustados, a Tesla teve lucro de US$ 2,18 por ação.
A receita caiu de 6,35 bilhões no ano anterior para US$ 6,04 bilhões, mas ainda ficou acima das previsões de analistas, de US$ 5,37 bilhões, segundo dados da Refinitiv.
| G1 | | | |
Preço médio às distribuidoras será equivalente a R$ 26,55 por botijão de 13 kg
A Petrobras informou nesta quarta-feira (22) que elevará em 5% o preço médio do GLP, também conhecido como gás de cozinha, a partir de quinta-feira (23).
Com isso, o preço médio da Petrobras às distribuidoras será equivalente a R$ 26,55 por botijão de 13 kg.
Apesar do aumento, disse a Petrobras, no acumulado do ano o produto ainda registra queda de 4,5%, ou R$ 1,26 por botijão de 13 kg.
A Petrobras ressaltou que, desde novembro de 2019, igualou os preços de GLP para os segmentos residencial e industrial/comercial, e que o GLP é vendido pela Petrobras a granel.
"As distribuidoras são as responsáveis pelo envase em diferentes tipos de botijão e, junto com as revendas, são responsáveis pelos preços ao consumidor final", disse a assessoria de imprensa, após ser procurada pela agência Reuters.
| Folha de S.Paulo | | | |
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