| Informação sobre os Clippings de Notícias
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| Há anos o SINDIMETAL/PR mantém um serviço de clipping de notícias diário objetivando que suas empresas associadas estejam sempre bem informadas e atualizadas dos fatos importantes que acontecem no país, no mundo e refletem no setor industrial.
Ocorre que, com a digitalização que hoje vivemos, este trabalho está sendo impactado pelas políticas relativas a publicações, compartilhamentos de dados e exposições de conteúdo.
Desta forma, o SINDIMETAL/PR informa que os seus clippings de notícias estão sendo revisados e adequados às políticas e legislações atuais, mas, continuarão sendo encaminhados às empresas.
Neste momento os senhores poderão sentir alguma diferença no acesso ao material disponibilizado, mas, asseguramos que as notícias continuarão sendo relacionadas, porém com o acesso acontecendo somente através dos links originais dos veículos de comunicação.
Esperamos estar com um novo formato, devidamente adequado e atualizado, em breve.
Desejamos a todos uma boa leitura!
| SINDIMETAL/PR | | | 27 de OUTUBRO de 2020
Terça-feira
Câmbio
Em 27/10/2020
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Fonte: BACEN
| | | | | Atividade industrial de setembro foi superior ao usual para o mês
O índice de evolução da produção atingiu 59,1 pontos em setembro, bem acima da linha divisória de 50 pontos. A alta da produção foi acompanhada também de mais contratações. O índice do número de empregados alcançou 55,3 pontos.
Leia a publicação completa AQUI
| CNI | | | |
Indústria registrou aumento da produção, alta utilização da capacidade instalada e novas contratações. Pesquisa mostra melhora na situação financeira e mais facilidade de acesso ao crédito do setor
A Sondagem Industrial, pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta nova aceleração da atividade industrial, em setembro, com aumento significativo das contratações. O índice de evolução da produção atingiu 59,1 pontos no mês passado, bem acima da linha divisória de 50 pontos. A alta da produção foi acompanhada também de mais contratações. O índice do número de empregados alcançou 55,3 pontos. A ociosidade do parque industrial está em queda e a intenção de investir do empresário subiu pelo sexto mês consecutivo. Foram entrevistadas 1.881 empresas, sendo 734 pequenas, 674 médias e 473 de grandes, entre 1º e 14 de outubro.
“A atividade industrial de setembro se mostrou um ponto fora da curva para o mês. Nesse mês, podemos observar com clareza o processo de recuperação da economia, a alta de demanda e a necessidade de repor os estoques, que seguem baixos. A indústria operou acima do usual, com utilização da capacidade instalada acima do registrado nos últimos anos”, avalia o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
Todos os indicadores da pesquisa apontam para o processo de recuperação econômica da indústria. O índice de evolução do número de empregados é o maior valor da série histórica mensal, iniciada em janeiro de 2011, o que denota que a alta das contratações em setembro, em relação a agosto, foi bastante significativa.
Embora esse dado seja importante para o momento de recuperação, é preciso destacar que as altas registradas desde junho deste ano ocorrem depois de fortes quedas observadas entre os meses de março a maio, que levaram o emprego a um patamar muito baixo.
Os índices variam de 0 a 100, sendo que valores acima dos 50 pontos refletem crescimento da produção e do emprego. E quanto mais distantes da linha divisória de 50 pontos mais forte e mais disseminado é esse crescimento entre as empresas industriais.
Utilização da capacidade da indústria está bastante alta
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria ficou em 72% em setembro, aumento de 1 ponto percentual em relação a agosto. O índice de UCI efetiva em relação ao usual passou a situar-se acima da linha divisória, em 50,4 pontos; o indicador mostra que a atividade industrial está operando acima do nível usual para o mês. Desde novembro de 2010, quando registrou 50,5 pontos, o índice não mostrava aquecimento excepcional da atividade industrial.
Estoques continuam em queda e abaixo do nível planejado
O índice de estoque efetivo em relação ao planejado de setembro, encontra-se em 43,4 pontos. Ao se situar abaixo da linha divisória de 50 pontos, mostra que os estoques continuaram em patamar inferior ao esperado pelos empresários industriais. Como nos meses anteriores, os estoques continuam em ritmo de queda e abaixo do nível planejado, apesar do crescimento da produção.
Melhora as condições financeiras da indústria no terceiro trimestre
A pesquisa aponta que a recuperação mais rápida e intensa do que prevista fez com que melhorasse a situação financeira das empresas. O empresário mostra satisfação com a situação financeira e insatisfação apenas moderada com relação às suas margens de lucro.
Acesso ao crédito no terceiro trimestre foi mais fácil do que nos dois trimestres anteriores
O acesso ao crédito apresentou melhora no trimestre, com aumento de 8,4 pontos, para 41,5 pontos. Em relação ao quarto trimestre de 2019, contudo, há uma queda de 1,7 ponto, o que indica que a facilidade de acesso ao crédito está melhor que no pior período da pandemia, mas ainda não alcançou nível similar àquele observado antes da pandemia.
| CNI | | | |
Volume de subsídios chegou a 3.098 no primeiro semestre. CNI elabora propostas para fortalecer o sistema de defesa comercial e defende abertura de investigações de ofício
CNI defende a publicação de um novo decreto sobre subsídios e medidas compensatórias
Com a crise econômica desencadeada pela pandemia de Covid-19, a concessão de subsídios à produção industrial e às exportações cresceu em todo o mundo. Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o volume de subsídios no mundo aumentou 107,6% no primeiro semestre de 2020 na comparação com o mesmo período de 2019, passando de 1.492 para 3.098.
Os subsídios são benefícios financeiros concedidos pelos governos dos países à sua produção, o que se configura em uma prática que viola regras internacionais quando os seus produtos competem de forma desleal com os de outras economias. Eles podem ser tanto empréstimos, incentivos diretos, acesso a fundos, controle de preços e desonerações tributárias em condições que estejam em desacordo com o Acordo de Subsídios e Medidas Compensatórias da Organização Mundial do Comércio (OMC), entre outros.
Os números mostram ainda que, em média, o total de medidas compensatórias aplicadas pelo Brasil corresponde a 11% do total de subsídios. No acumulado de janeiro a setembro de 2020, elas chegaram a 32, ante 16 no mesmo período do ano anterior.
CNI elabora sete propostas para fortalecer o combate aos subsídios industriais
Para contribuir com uma política de contenção eficaz dos efeitos negativos de subsídios crescentes com a crise econômica nos níveis de produção e empregos no Brasil, a CNI elaborou sete propostas para fortalecer o sistema de defesa comercial especificamente no que diz respeito ao combate aos subsídios.
Elas vão desde a publicação de um novo decreto sobre subsídios e medidas compensatórias, passando pela adesão do Brasil à declaração dos Estados Unidos, Japão e União Europeia sobre o tema, até a publicação periódica de uma lista pública contendo os subsídios aplicados pelas principais economias do mundo.
O diretor de desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, afirma que o objetivo dessas propostas é contribuir para o estabelecimento de uma política consistente de combate aos subsídios industriais e práticas de economias não de mercado que violam regras internacionais e prejudicam a produção e o emprego no Brasil.
O diretor ressaltou que, durante a última crise internacional, entre 2008 e 2009, o mundo assistiu ao aumento da concorrência desleal no comércio internacional, com o incremento de medidas como os subsídios e barreiras comerciais de forma geral. Entre esses dois anos, a concessão de subsídios saltou 1.053% no mundo, de 298 para 3.437.
“Em contextos de crise como a atual, desencadeada pela pandemia de Covid-19, é comum práticas desleais de mercado aumentarem em todo o mundo. Na última crise os subsídios aumentaram e nesta a tendência é a mesma. O que estiver em desacordo com a OMC deve ser combatido para que a produção e o emprego no Brasil não sejam afetados”, afirma o diretor.
“O fortalecimento do nosso sistema de defesa comercial se torna ainda mais urgente agora. Nós precisamos combinar nossa agenda de abertura comercial com a redução de custos e também nos resguardar de práticas desleais de comércio”, ressalta Abijaodi.
Brasil deve passar a abrir investigações contra subsídios de ofício
Entre as propostas para o fortalecimento do sistema de defesa comercial brasileiro, a CNI defende a publicação de um novo decreto sobre subsídios e medidas compensatórias, em discussão desde 2013. A principal mudança seria a possibilidade de se abrir investigações de subsídios ex-officio (por iniciativa do próprio governo) contra importações de produtos subsidiados por outros países e abertura de investigações sobretudo para produtos que já haja medidas antissubsídios aplicadas por outros países.
Essa prática é adotada por economias como Estados Unidos e União Europeia. Mas hoje, no Brasil, para que uma investigação seja aberta, é necessário todo um processo custoso e de provas aberto pelo setor empresarial ferido com prática desleal. Levantamento da CNI demonstrou que, em 2019, o país importou quase US$ 5 bilhões da China em 439 bens que outras economias impõem medidas antissubsídios.
As propostas da CNI preveem ainda a aplicação de medidas compensatórias e antidumping (“double remedies”) ao mesmo tempo, dentro do previsto e permitido nas regras multilaterais, para reforçar o combate às práticas desleais de comércio.
Outra iniciativa seria a adesão do Brasil à declaração trilateral (Estados Unidos, Japão e União Europeia) contra subsídios industriais distorcivos e práticas de não mercado no mundo. O setor industrial também defende que o governo brasileiro publique periodicamente uma lista pública contendo subsídios e análises de subsídios industriais distorcivos nas principais economias, sobretudo em economias não de mercado. A União Europeia deu passo importante nessa direção ao publicar em junho de 2020 o White Paper on Levelling the Playing field as Regards Foreign Subsidies.
O setor industrial defende ainda a cooperação entre as autoridades de defesa comercial do Brasil e dos Estados Unidos para troca de informações e capacitação para o fortalecimento do sistema de investigação e aplicação de medidas compensatórias no Brasil. Por último, a indústria defende que, assim como os Estados Unidos, o Brasil deve contranotificar (ou seja, informar) subsídios adotados por outros países, mas que não tenham sido notificados à OMC.
Propostas de fortalecimento do sistema de defesa comercial no combate a subsídios
Publicação de um novo Decreto sobre Subsídios Medidas Compensatórias que contemple: a) previsão na legislação para início de investigações de subsídios ex-officio; b) flexibilização para o início das investigações antissubsídios; c) facilitação da caracterização dos subsídios; d) aumento da eficácia das medidas antissubsídios.
Aplicação de medidas compensatórias simultaneamente à aplicação de medidas antidumping.
Adesão do Brasil à Declaração Trilateral (dos Ministros de Economia e Comércio dos Estados Unidos, Japão e União Europeia) contra subsídios industriais distorcivos e práticas de não mercado no mundo.
Implementação, na prática e na normativa brasileira, da proposta apresentada na OMC pelo Brasil, em conjunto com os EUA em julho de 20204.
Publicação periódica pela CAMEX de uma lista pública ou relatório contendo subsídios e análises de subsídios industriais distorcivos nas principais economias.
Cooperação entre as autoridades de Defesa Comercial do Brasil e dos Estados Unidos para capacitação para aplicação de medidas compensatórias no Brasil.
Fortalecimento do Acordo de Subsídios na OMC, como contranotificações na OMC de subsídios industriais que não tenham sido devidamente notificados pelos demais membros.
| CNI | | | | Chamado de sandbox regulatório, modelo entrará em operação em 2021
A partir do próximo ano, empresas poderão testar projetos inovadores para o sistema financeiro com regulações e acompanhamento diferenciados. O Banco Central (BC) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovaram hoje (26) a implementação do sandbox regulatório, nome dado ao ambiente simplificado de regulação.
Em entrevista coletiva, a chefe adjunta do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro, Paula Leitão, informou que o primeiro ciclo de inscrições de empresas deverá ser aberto no primeiro semestre de 2021. O BC editará uma norma definindo os requisitos simplificados para o primeiro ciclo.
A princípio, as empresas ficarão no sandbox regulatório por um ano, renovável por mais um ano, dependendo da complexidade do produto testado. Caso seja necessário, o BC poderá estender a permanência no ambiente simplificado por um terceiro ano, informou a chefe adjunta do BC.
Monitoramento
Em comunicado, o BC informou que avaliará constantemente os resultados obtidos e monitorará os riscos de cada projeto. A autoridade monetária pode impor restrições e até proibir a inovação caso identifique algum problema. No entanto, o produto inovador poderá receber aval para comercialização em larga escala caso a experiência seja bem sucedida.
As empresas autorizadas e os projetos em inspeção no primeiro ciclo do sandbox regulatório serão divulgados pelo BC. Os detalhes de cada modelo de negócio, no entanto, não serão informados ao público.
Segundo Paula, o ambiente simplificado de regulação integra a agenda institucional do órgão para aumentar a concorrência e estimular a entrada de novos modelos de negócios no sistema financeiro brasileiro.
| Agência Brasil | | | | Esse tipo de financeira realiza operações de empréstimo exclusivamente com recursos próprios
Crédito (ESCs) possam ser controladas por pessoas jurídicas não financeiras. Hoje esse tipo de negócio só pode ser montado por pessoas físicas. O texto tramita na Câmara dos Deputados.
A proposta é do deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) e altera a Lei Complementar 167/19, que criou as ESCs, um tipo de financeira que realiza operações de empréstimo exclusivamente com recursos próprios.
Além de permitir a participação de empresas não financeiras nesse mercado, o texto do deputado acaba com uma série de limitações legais existem para a atuação das ESCs.
Entre eles: permite a concessão de empréstimos para indivíduos e médias empresas (atualmente o benefício é restrito a microempreendedores); possibilita a participação das pessoas físicas em mais de uma ESC; e autoriza a atuação em mais de um município.
O projeto também acaba com o limite de receita bruta anual da ESC (até R$ R$ 4,8 milhões).
Amarra
Para Ribeiro, as regras atuais representam uma “amarra” para o desenvolvimento desse tipo de negócio. Na prática, segundo ele, impedem que as ESCs aproveitem todas as potencialidades do mercado onde atuam.
“Em tempos de crise de acesso ao crédito relacionado ao Covid-19, com impactos particularmente proeminentes sobre indivíduos, microempreendedores e pequenas e médias empresas, a busca de maior flexibilização do arcabouço regulatório das ESCs é mais do que bem-vinda, é uma medida urgente”, disse.
Informações cadastrais
O projeto prevê ainda mais duas mudanças. Primeiro, faculta o acesso das ESCs às informações cadastrais não sigilosas mantidas pelo Banco Central, como de emitentes de cheques sem fundo e devedores inadimplentes. O acesso, porém, deverá seguir as exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A segunda medida é admitir o uso de boletos bancários para cobrança e pagamento dos empréstimos. Hoje, toda a transação entre a ESC e o tomador do empréstimo é realizada mediante débito e crédito em contas bancárias.
| Agência Câmara dos Deputados | | | | Segundo a Rais, país retomava geração de trabalho antes da pandemia
A Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2019, divulgados hoje (26) pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, aponta que o estoque de postos de trabalho com carteira assinada encerrou o ano passado no maior nível desde 2015. A tendência de crescimento dos empregos formais, segundo a pasta, foi interrompida pela pandemia de covid-19.
Em 2019, havia 47.554.211 empregos no mercado formal de trabalho brasileiro, crescimento de 1,98% (923.096 postos) em relação ao fim de 2018. Em 2015, o país havia encerrado o ano com 48,06 milhões de empregos formais.
No ano passado, o país acumulou geração de empregos formais pelo terceiro ano consecutivo. O estoque de empregos em 2019 é o quarto maior da série histórica, iniciada em 1985, e só perde para os números registrados em 2014 (49,57 milhões), 2013 (48,95 milhões) e 2015 (48,06 milhões).
Do total de vínculos formais registrados no fim do ano passado, 79,3% eram celetistas (trabalhadores do setor privado submetidos à Consolidação das Leis do Trabalho), 18% eram estatuários (servidores públicos submetidos ao Regime Jurídico Único) e 2,7% tinham outros vínculos, como aprendizes, contratos temporários e trabalhadores avulsos.
Em relação ao trabalho intermitente, modalidade criada depois da Reforma Trabalhista de 2016, o estoque de contratos atingiu 156.756 no fim do ano passado, aumento de 154% em relação ao registrado no fim de 2018. Os vínculos de trabalho em tempo parcial totalizaram 417.450, crescimento de 138% em relação a 2018.
A pandemia do novo coronavírus interrompeu a geração de empregos. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, 849.387 vagas foram fechadas de janeiro a agosto, o pior resultado para os oito primeiros meses do ano desde o início da série histórica, em 2010. Desde julho, o país tem voltado a criar postos de trabalho, mas em ritmo insuficiente para reverter a extinção de vagas acumulada de fevereiro a junho.
| Agência Brasil | | | | Jurisprudência do TST estabelece que as dívidas sejam reajustadas pelo IPCA-E, que é superior à correção da poupança
Laercio Oliveira retomou regra prevista em medida provisória
O Projeto de Lei 4001/20 determina que os débitos trabalhistas de qualquer natureza, não satisfeitos pelo empregador na época própria, sofrerão juros de mora equivalentes ao índice aplicado à caderneta de poupança. A proposta tramita na Câmara dos Deputados.
A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) prevê que os débitos trabalhistas devem ser reajustados por um índice de inflação (o IPCA-E), que é superior à correção da poupança.
O projeto é do deputado Laercio Oliveira (PP-SE) e retoma regra proposta pelo governo na Medida Provisória 905/20, que foi posteriormente revogada pelo presidente Jair Bolsonaro.
A correção proposta pelo deputado vale para débitos trabalhistas não pagos conforme regra prevista em lei, convenção, acordo coletivo, sentença normativa ou cláusula contratual. Também será aplicada aos débitos decorrentes de condenação judicial ou acordo celebrado em ação trabalhista.
| Agência Câmara dos Deputados | | | |
País gasta 13,4% do PIB com o funcionalismo, o que o coloca em 6° lugar no ranking. A principal explicação é a vantagem salarial dos trabalhadores do setor público em relação aos da iniciativa privada
O estudo foi encaminhado a autoridades do governo, parlamentares e presidentes da Câmara e do Senado
As despesas com servidores públicos ativos e inativos no Brasil estão entre as mais elevadas entre mais de 70 países em proporção do Produto Interno Bruto (PIB). A conclusão é da nota econômica “O peso do funcionalismo público no Brasil em comparação com outros países” (acesse o estudo completo no final do texto) elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Os gastos com pessoal da União, dos estados e dos municípios equivaleram a 13,4% do PIB em 2018, o que coloca o país na 6ª posição entre os países para os quais o Fundo Monetário Internacional (FMI) disponibiliza dados. O estudo foi encaminhado a autoridades do governo, líderes partidários e os presidentes da Câmara e do Senado.
No ranking, o Brasil está à frente de países desenvolvidos e reconhecidos pela participação ativa do Estado: Suécia (12,7%), França (12,1%), Itália (9,5%) e Alemanha (7,5%). Em média, o gasto com trabalhadores públicos representou 9,9% do PIB entre os integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ou seja, 3,5 pontos abaixo do índice brasileiro.
Na América Latina, os percentuais também são inferiores: Colômbia (6,4%), Peru (6,6%) e Chile (6,9%). Entre os poucos que superam o percentual do Brasil destacam-se Arábia Saudita (16,5%), Dinamarca (15,3%), África do Sul (14,6%) e Noruega (14,3%).
“A reforma administrativa, em tramitação no Congresso, é um caminho para reduzir e racionalizar o gasto público, a fim de melhorar a qualidade e a eficiência do atendimento prestado à população”, avalia o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. “O Estado precisa ter condições de responder pelo funcionalismo, mas também aos anseios da sociedade por serviços essenciais como saúde, educação e transporte”, completa.
Vantagem salarial de servidores federais é atípica para padrões internacionais
Na União, os maiores salários médios estão nos Poderes Legislativo, Ministério Público e Judiciário
A principal explicação para o maior comprometimento do orçamento brasileiro com o funcionalismo está na vantagem salarial dos servidores em relação aos trabalhadores da iniciativa privada. A remuneração de trabalhadores do setor público federal é 67% maior, o índice mais alto analisado no estudo do Banco Mundial “Um ajuste justo: análise da eficiência e equidade do gasto público no Brasil”, que inclui 53 países. O prêmio salarial dos servidores estaduais (31%) também se encontra entre os mais altos do mundo. Em média, a vantagem salarial do funcionalismo é de 16% entre os países pesquisados.
Embora o governo federal represente apenas 10,4% do número de servidores, seus gastos com pessoal representam 25% do total gasto com funcionalismo nos três níveis federativos, justamente porque é o que paga remunerações mais altas. Na União, os maiores salários médios estão nos Poderes Legislativo, Ministério Público e Judiciário, que pagam valores bem acima da média do Executivo. A remuneração média de servidores federais de nível superior no Legislativo é de R$ 27,4 mil no Legislativo federal, enquanto no Executivo é de R$ 12,5 mil, de acordo com estudo do Instituto Millenium.
A despesa total com o Poder Judiciário no Brasil (1,3% do PIB) também é muito elevada em comparação com outros países. No Chile, o gasto representa 0,22% do Produto Interno Bruto, enquanto na Argentina esse percentual é de 0,13%. Apenas com servidores do Judiciário, o país despende 0,6% do PIB, mais do que outros gastam com todas as despesas desse Poder, segundo o Observatório de Elites Políticas e Sociais do Brasil.
Funcionalismo representa 12,5% do total de empregados no país
O número de servidores públicos no Brasil não é extraordinariamente alto em proporção da população (5,6%). Está abaixo da média de países da OCDE (9,6%), mas é mais alto que a média da América Latina e Caribe (4,4%). O mesmo ocorre em relação ao total de empregados. O funcionalismo representa 12,5% do total de trabalhadores no país, enquanto esse percentual é de 21,1% na OCDE. Na América Latina e Caribe esse dado alcançou 11,9% em 2018.
O gasto total com servidores federais somou R$ 319,5 milhões em 2019, dos quais 56,5% com trabalhadores ativos e 43,5% com inativos. A maior parcela da despesa com pessoal ativo é do Executivo: 75,7%, segundo o Atlas do Estado Brasileiro 2018, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). O Poder Executivo concentra a maior parte dos servidores (85,2%) em âmbito federal.
| CNI | | | | Os clientes de bancos pagaram juros maiores no cheque especial e taxas mais baixas no rotativo do cartão de crédito em setembro, de acordo com dados divulgados hoje (26) pelo Banco Central (BC).
A taxa de juros do cheque especial para as pessoas físicas subiu 1,3 ponto percentual em setembro, comparada a agosto, e chegou a 114,2% ao ano. Em 2020, os juros do cheque especial caíram 133,4 pontos percentuais, em boa parte por causa do teto de 8% ao mês (151,8% ao ano) estabelecido pelo Banco Central em janeiro.
Apesar de estar menor, a taxa do cheque especial é a segunda mais cara entre as modalidades de crédito para as famílias, e a recomendação do BC é que só seja usado em situações emergenciais.
Em 2018, os bancos anunciaram uma medida de autorregulamentação do cheque especial. Com as novas regras, os correntistas que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxa de juros menor que a do cheque especial definida pela instituição financeira.
Cartão de crédito
A taxa média do rotativo do cartão de crédito caiu 0,3 ponto percentual em relação a agosto, chegando a 309,9% ao ano. A taxa média é formada com base nos dados de consumidores adimplentes e inadimplentes e é a mais cara entre as modalidades de crédito.
No caso do cliente adimplente, que paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia, a taxa chegou a 268,6% ao ano em setembro, diminuição de 1,7 ponto percentual em relação a agosto. A taxa cobrada dos clientes que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura (rotativo não regular) subiu 1,6 ponto percentual, indo para 336,8% ao ano.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida.
Em abril de 2018, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que clientes inadimplentes no rotativo do cartão de crédito passem a pagar a mesma taxa de juros dos consumidores regulares. Essa regra entrou em vigor em junho do mesmo ano. Mesmo assim, a taxa final cobrada de adimplentes e inadimplentes não será igual porque os bancos podem acrescentar à cobrança os juros pelo atraso e multa.
Na modalidade de parcelamento das compras pelo cartão de crédito, a taxa chegou a 142,1% ao ano em setembro, com aumento de 4,3 pontos percentuais.
A taxa de juros do crédito pessoal não consignado chegou a 69,6% ao ano em setembro, com recuo de 0,7 ponto percentual em relação a agosto. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) recuou 0,4 ponto percentual, indo para 18,5% ao ano no mês passado.
De acordo com o BC, a taxa média de juros para pessoa física caiu 1 ponto percentual em setembro para 38% ao ano. A taxa média das empresas ficou em 11,4% ao ano, queda de 0,7 ponto percentual.
Inadimplência
A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, caiu 0,2 ponto percentual para pessoas físicas e 0,1 ponto para pessoas jurídicas, passando para 4,6% e 1,5%, respectivamente.
Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes.
No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito) os juros médios para as pessoas físicas caíram 0,1 ponto percentual para 7% ao ano. A taxa média cobrada das empresas caiu 0,7 ponto percentual para 6,7% ao ano.
A inadimplência das pessoas físicas no crédito direcionado permaneceu em 1,4% e a das empresas caiu 0,7 ponto percentual para 1,5%.
Saldo dos empréstimos
Em setembro, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos ficou em R$ 3,809 trilhões, com expansão de 1,9% em relação a agosto, de 5,1% no ano e de 13,1% em 12 meses. Esse saldo do crédito correspondeu a 52,8% de tudo o que o país produz - o Produto Interno Bruto (PIB) -, com aumento de 0,9 ponto percentual em relação a agosto.
| Agência Brasil | | | | Decisão saiu no Diário Oficial de hoje
O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) divulgou nova tabela de Preços Médios Ponderados ao Consumidor Final (PMPF) de combustíveis em todo o país.
A tabela traz o preço de onze produtos nas 27 unidades da federação e foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU).
Os novos valores passam a valer dia 1º de novembro. O PMPF é usado pelos estados como base para calcular o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), mas não define os preços na bomba de combustível dos postos.
| Agência Brasil | | | |
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