| 30 de JuLho de 2019
Terça-feira
- Confiança da indústria cai para pior nível desde outubro
- Conselho da CNI discute iniciativas do governo que impulsionam a Indústria 4.0 no Brasil
- Há grande incerteza no comércio global por tensões e restrições, diz OMC
- Carga tributária bate recorde de 35,07% do PIB, mesmo com a economia fraca
- O presidente Bolsonaro pegou o Brasil torto’, diz empresário
- Indústria responde por 33% das vagas de emprego no primeiro semestre no Paraná
- Educação e saúde puxam criação de emprego formal
- Pequenos negócios sustentam geração de emprego pelo quinto mês no país
- Itaú anuncia programa de demissão voluntária
- ‘Privatização ajuda país a atrair investimentos’
- Índice de inadimplência do consumidor em SP sobe 0,4% em junho, diz Boa Vista
- Redução das despesas no 1º semestre melhorou resultado primário, diz BC
- Em clima de expectativa, Ibovespa fecha em alta de 0,65% com ações de consumo
- Bolsa e dólar sobem em semana de Copom
- FGV: confiança de serviços sobe 2,2 pontos em julho ante junho, para 93,4 pontos
- IGP-M desacelera a 0,40% em julho, após 0,80% em junho, revela FGV
- Etanol recua em 20 Estados; preço médio cai 0,29% no País
- BMW, Ford, Honda e VW concordam em produzir carros menos poluentes nos EUA
- GM investe R$ 60 milhões no campo de provas brasileiro
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Em 30/07/2019
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Fonte: BACEN
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| | | | | A confiança da indústria brasileira caiu no mês de julho e chegou ao pior nível desde outubro de 2018, divulgou hoje (29) o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Calculado a partir de informações de 1.142 empresas, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) teve retração de 0,9 ponto em julho, chegando a 94,8 pontos.
Segundo a pesquisa, a confiança recuou em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados, e as quedas foram concentradas na avaliação do cenário atual. O Índice de Situação Atual caiu 2,2 pontos e chegou a 94,4, enquanto o Índice de Expectativas, que mede as projeções do setor para o futuro, teve sua primeira alta em 2019. O indicador avançou 0,5 ponto, chegando a 95,3.
De acordo com o Ibre/FGV, caiu de 19,6% para 11,9% o percentual de empresas que avaliaram a situação atual como boa, e subiu de 21,1% para 22,7% o das que consideram que o cenário é ruim. Por outro lado, a parcela de empresas que preveem melhora aumentou de 34,9% para 38,4%, enquanto o grupo que acredita em piora diminuiu de 13,2% para 10,3%.
O nível de utilização da capacidade instalada da indústria subiu de 75% para 75,5% em julho, segundo a sondagem. O indicador mede o quanto a indústria utilizou de seu potencial total de produção. Outros dados mostram que houve piora no nível de estoques e nas perspectivas de emprego e produção para os próximos três meses.
| Agência Brasil ( publicado em 29-07-2019) | | | | Representantes da FINEP e do INPI apresentaram, respectivamente, o Inovacred 4.0 e o Plano de Combate ao Backlog de Patentes. Reunião aconteceu na CNI, em São Paulo
O desenvolvimento da inovação no Brasil depende de projetos e estratégias que avancem na jornada da Indústria 4.0. O Inovacred 4.0, da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), e o Plano de Combate ao Backlog de Patentes, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), inciativas que caminham nesse sentido, foram os temas apresentados na 3ª Reunião Ordinária de 2019 do Conselho Temático Permanente de Política Industrial e Desenvolvimento Tecnológico da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O evento foi realizado nesta segunda-feira (29), em São Paulo.
O diretor interino de Planejamento e Gestão de Riscos da Finep, Alberto Dantas, destacou o papel do governo na inovação, além da importância do apoio da CNI em iniciativas da instituição. “Pretendemos ter uma parceria muito próxima da CNI para elevarmos a Indústria 4.0, que será um diferencial para o Brasil daqui para frente”, afirmou.
Entre os participantes do evento estavam representantes da Finep e do INPI
Newton Hamatsu, superintendente de Inovação da Finep, abordou programas que apoiam a inovação no país, como o Finep Startup, o Finep Conecta e o Finep IoT. Faz parte desta última ação o Finep Inovacred 4.0, um dos temas da reunião. O objetivo do Inovacred 4.0 é disponibilizar financiamento para empresas elaborarem e implantarem planos de digitalização capazes de incorporar tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, como Internet das Coisas, Big Data e Inteligência Artificial.
Para Hamatsu, o avanço tecnológico representa o caminho para a geração de riqueza e conhecimento. “A Indústria 4.0 é o centro das políticas industriais do mundo. Estão todos em busca de desenvolver políticas voltadas para isso”, explicou. Em sua elaboração, o programa contou com apoio técnico da Gerência Executiva de Política Industrial (GEPI) da CNI e é a primeira entrega da Câmara Brasileira da Indústria 4.0.
PATENTES E INDÚSTRIA 4.0 – O avanço rumo à Indústria 4.0 também requer um sistema de Propriedade Intelectual eficiente, como nos processos de concessão de pedidos de patentes, as quais contribuem para o desenvolvimento tecnológico. Para isso, o Ministério da Economia (ME) anunciou, no início do mês, o Plano de Combate ao Backlog de Patentes, segundo tema da reunião do Conselho.
Segundo o INPI, vinculado ao ME, o projeto pretende reduzir em 80% o backlog de patentes até 2021. Além disso, a partir do pedido de exame, o prazo médio de concessão deve ser reduzido para, aproximadamente, dois anos. Atualmente, o estoque é de mais de 150 mil pedidos de patentes pendentes com pedido de exame.
Na reunião, o diretor-executivo substituto do INPI, Pedro Areas Burlandy, apresentou resultados positivos da instituição nos últimos 4 anos, sobretudo na análise de pedidos de marcas, e explicou a importância do Plano de Combate ao Backlog de Patentes.
“Tudo tem o seu tempo. E chega o momento em que as coisas acontecem. Para o INPI, esse momento chegou. O grande desafio sempre foram as patentes, que estão passando a ser o único desafio. Mas o problema da eficiência foi superado e de forma sustentável”.
Mirando as ambições para os próximos dois anos, Burlandy detalhou que o Plano está fundamentado em pilares como segurança jurídica, proteção ao servidor e preservação da autonomia técnica do INPI. O Plano começa a operar a partir de 1º de agosto.
Os dois programas são medidas econômicas de interesse para a indústria. O gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emilio Gonçalves, destacou as ações como “ótimas notícias”. “O Inovacred 4.0 vai ao encontro do que temos discutido no Conselho como prioridade para o desenvolvimento da Indústria 4.0 no Brasil. O Plano do INPI mostra que estamos em uma fase completamente nova para a Propriedade Industrial”, finalizou.
| CNI | | | | A Organização Mundial de Comércio (OMC) afirma que existe “grande incerteza para o comércio global”. Em relatório, o diretor-geral da entidade, Roberto Azevêdo, nota que o crescimento do comércio no mundo foi de 3,0% em 2018, pouco acima da alta de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) global no período, quando em 2017 o avanço do comércio havia sido de 4,6%.
“Essa perda de impulso é em parte devida às crescentes tensões comerciais e aos níveis historicamente altos de restrições ao comércio”, afirma Azevêdo.
O levantamento da OMC afirma que medidas restritivas ao comércio estão em alta. Além disso, o comércio continua a ser concentrado, com os dez maiores países nesse quesito ficando com 37% das transações globais. De qualquer modo, as economias em desenvolvimento têm tido papel cada vez mais importante no comércio mundial, diz a OMC.
O volume de mercadorias negociadas globalmente ficou em US$ 19,67 trilhões em 2018, com a China à frente entre os países negociantes, mostra o levantamento da OMC. O aumento nas exportações foi impulsionado sobretudo pelos altos preços de energia, enquanto a Ásia foi o principal contribuinte para um aumento nas importações globais.
Já no quesito serviços, o valor das trocas comerciais no mundo ficou em US$ 5,63 trilhões em 2018, com os Estados Unidos liderando essas negociações. O relatório foi preparado sob o comando de Robert Koopman, diretor da Divisão de Pesquisa Econômica e Estatísticas da OMC, e de Andreas Maurer, chefe da Seção de Estatísticas de Comércio Internacional.
O documento ressalta que o crescimento do comércio e o do PIB no mundo desaceleraram em 2018 conforme aumentaram as tensões comerciais. A desaceleração econômica ocorreu em parte pelo aperto na política monetária, pela maior volatilidade financeira e por altas em tarifas sobre produtos muito negociados em grandes economias. “As tensões comerciais parecem ter contribuído de modo significativo para a desaceleração”, afirma a OMC. “A Europa e a Ásia contribuíram mais para a desaceleração no crescimento das negociações de mercadorias em 2018”, diz ainda o texto.
Além disso, indicadores antecedentes sugerem um crescimento mais fraco do comércio no primeiro semestre de 2019, segundo a OMC.
| Tribuna PR (publicado em 29-07-2019) | | | | Mesmo com a economia brasileira “andando de lado”, a carga tributária do País atingiu o pico histórico de 35,07% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 – o equivalente a R$ 2,39 trilhões. Em média, cada habitante recolheu o equivalente a R$ 11.494 em impostos. Cada brasileiro precisou trabalhar cerca de 128 dias apenas para quitar os seus compromissos com o pagamento de tributos.
Os cálculos foram feitos pelos economistas José Roberto Afonso e Kleber de Castro, em estudo que antecipa a consolidação dos números da carga tributária do ano passado e busca respostas para entender as razões que levaram a um movimento tão grande de alta justamente num período de crescimento muito baixo da economia.
A expansão do peso dos impostos para empresas e pessoas físicas em 2018 atingiu 1,33 ponto porcentual e bateu o recorde anterior, registrado em 2008, de 34,76% do PIB. O avanço é ainda mais impactante pelo fato de representar o maior salto dos últimos 17 anos. A série histórica é de 1947. Os dados foram extraídos de fontes oficiais, registrados nos balanços públicos.
Os dois especialistas se surpreenderam com a magnitude do resultado. Eles fizeram diversas rechecagens e consultas a outros economistas e técnicos do governo diante do tamanho do aumento de um ano para o outro. O resultado encontrado faz suscitar dúvidas sobre a tese aventada nos últimos anos de que teria havido uma quebra estrutural na trajetória crescente de alta da carga tributária.
Após a crise internacional de 2008, o comportamento estrutural da carga foi alterado com relação ao padrão histórico. A tendência expansionista passou a não se verificar. A trajetória nessa fase mais recente foi errática, com períodos de baixa seguidos de outros de expansão, mas em nenhum momento demonstrando o movimento expansivo dos anos anteriores.
De 2008 até 2015, a carga encolheu aproximadamente 1,92% do PIB. Esse quadro, porém, se inverteu a partir de 2016. De 2016 a 2018, houve um avanço dos impostos de 2,23% do PIB – sendo a maior parte no último ano. Segundo José Roberto Afonso, professor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), os resultados de 2016 e 2017 foram sustentados por fatores atípicos, como os recursos do programa de recursos no exterior e as receitas de royalties do petróleo, que foram puxadas pela trajetória expansiva do preço do petróleo no mercado internacional.
Em 2018, porém, além dos fatores extraordinários, como os royalties do petróleo, observou-se que tributos tradicionais, como Imposto de Renda, PIS/Cofins e ICMS tiveram desempenho atípico para uma fase de baixo crescimento. Se não há motivos ligados à atividade econômica para explicar esse comportamento, o mais razoável, apontam os economistas, é assumir que houve uma combinação de recuperação localizada (em alguns setores), com maior esforço de recolhimento pelos governos (aumento de alíquotas, como a dos combustíveis, e fiscalização).
Generalizado
O padrão de crescimento de carga foi disseminado nas três esferas de governo (União, Estados e municípios). Cerca de 65,7% de toda a carga tributária de 2018 é cobrada pela União, que arrecadou quase R$ 1,57 trilhão – cerca de 23% do PIB do ano passado. O restante foi cobrado pelos Estados, que contribuíram com aproximadamente 27,2% do total (R$ 650 bilhões), e municípios, com 7,2% (R$ 172 bilhões).
Para Castro, que é doutor pela Uerj e sócio da Finance Análise e Consultoria, é difícil ainda saber se o salto foi um ponto fora da curva ou se haverá um deslocamento da carga para a sua tendência histórica de crescimento. Ele destaca que o objetivo do estudo foi apresentar uma fotografia recente da carga tributária que possa servir de subsídio para o desenho de um novo sistema. “Qualquer mudança deveria ter em mente que não seria possível reduzir carga, dada a grande participação de despesas obrigatórias em nosso Orçamento”, diz Afonso, um dos pais da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Segundo ele, as mudanças devem priorizar reformar os tributos indiretos com vistas a mitigar as distorções provocadas na economia pelo sistema atual, cumulatividade, guerra fiscal, oneração de exportações e dos investimentos. “A natureza da nova economia depõe contra a carga tributária alta, como é o caso brasileiro. Não é uma questão de lei, de alíquota, mas sim de base de cálculo, cada vez menor ou mais fugitiva”, prevê o economista.
‘Grande polvo’
“A carga tributária brasileira é um grande polvo com vários tentáculos que agarram tudo que a gente faz”. É assim que Ramiro Sanchez Palma, dono da Anfra Tecidos, que atua no setor têxtil de decoração, resume o seu dia a dia em torno da burocracia para o pagamento de tributos municipais, estaduais e federais. “Quem assina o cheque sente todos os dias o peso dos impostos”, acrescenta.
Palma ressalta que o setor têxtil – com exceção das maiores empresas – não é verticalizado. Por isso, cada companhia da área participa de uma longa cadeia de suprimentos.
A criação de uma cortina de poliéster, por exemplo, começa na produção do polímero pela Petrobrás, que vai para uma companhia que transforma o insumo em fibra, passa por outra que executa o fio, vira tecido em outra, chega à fábrica do empresário – que realiza a confecção – e só então é enviada para o consumidor final.
“São cobrados tributos em cada etapa. O modelo tributário brasileiro causa um estrago no preço final do produto”, acrescenta Palma, que cita ainda os impostos pagos na folha de salários e em outros insumos, como energia e transporte.
Com isso, o executivo relata que não consegue nem cogitar exportar parte da produção. “Não dá para ser competitivo. O Brasil é o quinto ou sexto produtor mundial do setor têxtil, mas exportamos menos de 1% da produção. Não é falta de qualidade ou design. O mundo adora a moda brasileira, mas o modelo tributário não nos permite disputar mercados.”
Ricardo Gracia, um dos proprietários da Kidy Calçados Infantis, aponta que a alta carga tributária acaba com a capacidade de as empresas investirem em inovação e tecnologia para seus produtos.
“Os impostos praticamente inviabilizam a evolução dos negócios. Não dá para repassar tudo no preço, porque um país em crise deixa a população sem dinheiro para consumir. Então, as companhias acabam reduzindo a margem de lucro”, afirma.
Vivendo com uma lucratividade baixa, apenas no limite da sobrevivência das firmas, boa parte parque industrial passa por um processo de sucateamento. “Quase não sobra para modernizar a estrutura, então acabamos ficando estagnados. E depois precisamos competir com os chineses, que estão rapidamente automatizando e robotizando suas linhas produtivas.”
| Tribuna PR (publicado em 29-07-2019) | | | |
“Caipira” de Ribeirão Preto (SP), o empresário Maurílio Biagi Filho, 77 anos, já foi dono de um império, que incluía a usina Santa Elisa, um dos maiores grupos de açúcar e álcool do País, engarrafadoras da Coca-Cola e indústrias de máquinas e equipamentos. Foi um dos usineiros mais influentes do País, com trânsito livre em Brasília e no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.
Abatido pela crise que atingiu as indústrias sucroalcooleiras e levou o empresário a se desfazer de vários negócios, Biagi Filho saiu dos holofotes do setor. Ele agora se dedica à sua holding, a Maubisa, que tem participação em várias companhias – do setor imobiliário, varejo a startups. Biagi também é um dos maiores fornecedores de cana do País.
Nesta entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o empresário avalia o governo do presidente Jair Bolsonaro e reconhece as mudanças no setor de cana. No último domingo, o Estado mostrou que parte das usinas está retomando o plantio manual.
Como o sr. avalia os primeiros meses do governo Bolsonaro?
Com muita esperança. A aprovação da reforma da Previdência no primeiro turno foi um dia histórico. Acredito muito no ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele é um gênio. As pessoas dizem que ele é pavio curto, mas ele está mostrando por A mais B que está certo e que as contas não fecham. São quase oito meses de governo e estamos vendo mudanças. O presidente pegou o País torto.
Torto? O sr. se refere à longa recessão ou à corrupção?
É um combinado das duas coisas. A corrupção foi uma das causas da recessão. Parece uma coisa infindável e quase que se perpetua isso.
O sr. foi um dos empresários que deram apoio à candidatura do ex-governador, de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Achava que o Alckmin(Geraldo Alckmin, PSDB-SP) poderia ter sido eleito. Ele era um candidato ponderado. Mas Deus é mais sábio que a gente. Não era para ser ele.
O sr. passou a defender Bolsonaro após o primeiro turno?
Nunca defendi. Percebi, no final das contas, que (o Alckmin) não tinha mais chances. São águas passadas. Temos uma realidade que fica cada vez mais clara. O presidente fez um ministério muito competente. Há algumas exceções, que já foram trocadas.
Talvez o governo fale coisas que não deveria, intrometa-se em questões que talvez não (devesse), mas é o estilo deste governo. É um defeito? É, mas não é grave. A ideia de reformar o Brasil é correta, fazer menos concessões. É impossível não fazer concessões. As que estão sendo feitas são claras, não é mala de dinheiro por debaixo dos panos.
As usinas de açúcar e álcool ainda passam por uma crise. Quais as perspectivas futuras para o setor?
O setor foi e voltou algumas vezes. Mas não houve uma destruição. Destruíram o Brasil, a Petrobras, os fundos de pensão. E tem gente que ainda acha que foi tudo maravilhoso.
Quem, por exemplo?
Acho que 20% de pessoas não enxergam isso. Mas isso aconteceu e é real. Acabou com a indústria brasileira. Basta olhar Sertãozinho: as indústrias de bens de capital estão fazendo um esforço enorme para voltar. Aconteceu no nosso nariz e só percebemos depois.
O sr. se refere à corrupção?
Aqui em Ribeirão Preto teve uma operação, a Sevandija, que revelou um esquema de corrupção maior que a Lava Jato. Eu sempre me considerei uma pessoa bem informada. Costumo dizer que sou um caipira de Ribeirão Preto. Hoje vivo numa cidade destruída, que tem um déficit bilionário na Previdência. Agora vejo um alinhamento correto de ideias. É tudo o que o Brasil precisa. No momento, precisamos de uma união nacional. Nós vivemos no Brasil uma questão ideológica. É a primeira vez que isso ocorre. Esse confronto se tornou uma coisa muita séria.
E como faz para reverter?
Temos todos os requisitos para recuperar. O setor sucroalcooleiro foi afetado, mas outros segmentos da indústria estão em situação mais difícil.
Como o País chegou a essa crise?
Falta de visão das pessoas que estavam governando. Quem assumiu não tinha experiência.
O sr. está falando do PT?
Desde antes (do PT). Era mais (uma gestão) legislativa. Caímos numa armadilha fatídica. Fomos diminuindo a produtividade. As leis trabalhistas muito rígidas. Foi o que aconteceu nos últimos 30 anos. Mas não aconteceu num só governo, mas se acentuou de uma maneira muito forte no PT. Por quê? Porque ele recebeu o Brasil numa condição razoável e o cenário global estava extremamente favorável. E hoje está provado que em 2030 não teremos um real sequer para pagar a Previdência. Fomos vítimas da pior combinação possível. Governo perdulário.
Mas, à época, na primeira gestão do governo petista, os empresários deram apoio e muitos achavam que as políticas até então adotadas eram corretas.
Teve o pré-sal. Teve o maior IPO da história, o da Petrobras. Todos nós ficamos maravilhados. Eu mesmo fui lá, bati palma. Pareciam (corretas) até certo ponto. É muito importante essa inflexão. Havia uma expectativa de que um matuto poderia encontrar a saída. Não foi no governo (Michel) Temer que a crise começou. Foi antes, no governo Dilma.
O setor sucroalcooleiro foi muito crítico à política de congelamento dos combustíveis.
Esquece o setor. A Dilma quebrou a Petrobras, quebrou o setor (sucroalcooleiro) e vários segmentos da indústria.
Como o sr. tem visto as novas lideranças do setor?
O setor está se renovando. Nos últimos anos, o setor criou vários elefantes: cada um para um lado e não se compunha. Isso já está mudando.
| Tribuna PR (publicado em 29-07-2019) | | | | A indústria do Paraná criou, no primeiro semestre de 2019, mais de 1.300 postos de trabalho a mais do que no mesmo período do ano passado. O levantamento é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. De janeiro a junho deste ano, cerca de 13.300 pessoas foram contratadas pelo setor. No total, o estado criou mais de 40 mil novas oportunidades.
O desempenho do Paraná segue a mesma tendência da PNAD, divulgada pelo IBGE, no primeiro trimestre deste ano, que indicou que os três estados do Sul registravam as menores taxas de desemprego do país. Enquanto no Brasil a média foi de desocupação formal de 12,7% da população economicamente ativa, de janeiro a março, no Paraná a média foi de 8,9%.
Apesar dos resultados, confirmados também pelo crescimento expressivo da produção industrial do estado, o maior do país segundo o IBGE, em 10,4% até maio em relação ao mesmo período de 2018, é cedo para afirmar que a economia está no caminho do crescimento. Assim, a recuperação do mercado de trabalho ainda é um desafio e deve ocorrer de forma mais lenta que o esperado.
“A abertura de novas vagas em um ritmo mais acentuado ainda depende da retomada da confiança do empresário na economia”, afirma o presidente da Fiep, Edson Campagnolo. “A confirmação da Reforma da Previdência e o avanço da Tributária são fatores que podem ajudar a aumentar essa confiança e estimular novos investimentos. Também serão sinais importantes algumas mudanças na política monetária e fiscal, uma maior redução nas taxas de juros e o destravamento de projetos em ferrovias, rodovias, portos e aeroportos, que vão melhorar a infraestrutura e facilitar o escoamento de produtos”, completa.
Ainda como herança da crise econômica dos últimos anos, a produção industrial não recuperou as perdas acumuladas entre 2012 e 2016, de 19,5%. Mas com os resultados melhores dos últimos dois anos, o saldo acumulado das perdas baixou para 13%. “Isso ainda não se reflete como deveria no crescimento da empregabilidade no estado. Cresce a produção industrial, mas o mercado de trabalho não acompanha”, avalia o economista da Fiep, Thiago Ramos.
De acordo com os dados do Caged, na indústria de transformação, os setores que mais geraram empregos foram confecção e artigos do vestuário (1.036 vagas), automotivo (931), produtos de metal (751), e de borracha e material plástico (526). E os que mais dispensaram trabalhadores foram o setor madeireiro (-321), de fabricação de móveis (-204) e produtos alimentícios (-71). “Há um movimento sazonal em alguns setores, em que há um aumento temporário da produção, seguido por dispensas de trabalhadores. O setor automotivo teve crescimento para atender demanda interna do mercado. E, no setor de alimentos, o resultado é esperado em função das contratações temporárias para a Páscoa”, explica o economista.
O departamento econômico da Fiep traçou um panorama comparativo do mercado de trabalho paranaense e brasileiro nos últimos sete anos, baseado nos dados da PNAD trimestral, do IBGE. Segundo o estudo, o Brasil tinha, até março, 13,4 milhões de desempregados, 12,7% da população economicamente ativa. Desde 2014, no auge da crise, o fechamento de vagas se acentuou. No Paraná, a taxa de desemprego era 3,7% até 2014. Até o primeiro trimestre deste ano, estava em 8,9%, o que representa 536 mil de pessoas sem trabalho.
O que preocupa não é só a taxa de desemprego, mas a queda nos empregos formais, com carteira assinada, e o crescimento da taxa de subutilização da força de trabalho. Isso significa pessoas que estão trabalhando menos horas do que gostariam - tiveram redução da jornada porque a atividade está ociosa. Também houve crescimento de desocupados e do desalento - profissionais que desistiram de trabalhar. Nesta situação, que pode envolver aspectos psicológicos, são mais de 4,8 milhões de brasileiros atualmente. Há 5 anos, era 1,6 milhão. No Paraná atinge 106 mil pessoas.
A conclusão é de que a taxa de desocupação está em tendência de queda desde o primeiro trimestre de 2017, tanto aqui no estado (-13%) quanto no Brasil (-7%). Porém, a subutilização da força de trabalho vem aumentando. No Paraná, mais que dobrou desde 2014. Atingia 8,7% da população economicamente ativa e chegou a 17,6% em março deste ano. Isso representa 1,1 milhão de paranaenses.
| Bem Paraná | | | | Em meio ao quadro de lenta recuperação da qualidade do emprego no País, que atingiu número recorde de 24 milhões trabalhadores atuando por conta própria no trimestre encerrado em maio, alguns setores começam a esboçar reação na geração de vagas formais.
A recuperação é puxada por setores de serviços como saúde e educação, onde o total de vagas com carteira assinada avançou 3,1% no primeiro trimestre do ano ante mesmo período de 2018, o equivalente a 240 mil vagas, segundo levantamento do
“A estrutura de crescimento do Brasil está sendo liderada pelo setor de serviços já há algum tempo. E os setores de serviços mais qualificados são mais formais. Os trabalhadores são mais escolarizados, mais produtivos, ao contrário do que acontece em transporte e alimentação, por exemplo”, explica Maria Andreia Lameiras, técnica de Planejamento e Pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea.
O estudo do Ipea considera os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os demais segmentos com crescimento no emprego formal em um ano foram administração pública (aumento de 1,5% no total de trabalhadores com carteira assinada, 60,6 mil vagas a mais), indústria extrativa (avanço de 1,4%, com mais 4,6 mil vagas), serviços pessoais (alta de 1,2%, mais 12 mil vagas) e atividade financeira, imobiliária e serviços prestados a empresas (elevação de 0,9%, mais 57,5 mil vagas).
A arquiteta e analista de marketing digital Nathalia Borghi, 28 anos, acaba de ter a carteira assinada pelo portal de ensino a distância ProEnem, no Rio de Janeiro. Com 1,3 milhão de alunos, a plataforma é especializada na preparação online de estudantes do Ensino Médio para o Enem e para concursos militares, pelo ProMilitares.
“Com a divisão em dois braços distintos, eles passaram a contratar também para cargos como programador e editor de vídeo. O bacana é que estão formando novas equipes, não só substituindo profissionais. Meu papel é cuidar da performance no YouTube”, diz. Além dela, outros quatro funcionários foram contratados só no último mês.
Maria Andreia não descarta que o movimento de consolidações e aquisições nos setores privados de saúde e de educação superior possa ter contribuído para as contratações. Para Carlos Henrique Leite Corseuil, técnico da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, ambas as áreas mostram crescimento, o que naturalmente aumenta o número de trabalhadores atuando nesses setores, seja com carteira assinada, de forma autônoma ou via informalidade. ”
O diretor de serviços compartilhados da Sociedade Beneficente de Senhoras Sírio-Libanês, Edi Souza, acredita que o setor de saúde suplementar esteja passando por uma retomada, após perder, com a recessão, quase três milhões de usuários entre 2014 e 2017. Segundo Souza, desde então aumentou o número de hospitais e de contratações. Apenas a rede hospitalar Sírio-Libanês abriu mais de 700 vagas com carteira assinada – entre médicos, enfermeiros e técnicos – de janeiro a abril de 2019.
| Tribuna PR | | | | A geração de empregos com carteira assinada em junho veio dos pequenos negócios, pela quinta vez seguida neste ano. A análise feita pelo Sebrae a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, mostra que foram criados 52,7 mil postos de trabalho no segmento. O número de empregos criados pelas micro e pequenas empresas em junho registrou o melhor resultado para o mês nos últimos cinco anos.
Segundo o levantamento, as médias e grandes corporações, pela segunda vez consecutiva, mais demitiram do que contrataram, registrando saldo negativo de 4,8 mil empregos. Ao se agregar o resultado da Administração Pública a esses saldo, no total foram gerados no país 48.436 postos de trabalho no país.
No primeiro semestre de 2019, os pequenos negócios respondem por 387,3 mil empregos, 70 vezes maior que o saldo de empregos gerados pelas médias e grandes empresas (5,5 mil).
Enquanto as micro e pequenas empresas registraram pequeno crescimento na geração de empregos no primeiro semestre, as médias e grandes tiveram redução significativa no saldo. Na comparação com o período de janeiro a junho de 2018, as micro e pequenas empresas apresentaram crescimento de 0,8% na geração de emprego e as médias e grandes, saldo 80% menor.
Setores
No primeiro semestre, foram os pequenos negócios do setor de serviços que sustentaram a geração de empregos no país, respondendo pela criação de 213,8 mil postos de trabalho, 55,2% do total. Os pequenos negócios da indústria de transformação assumiram a segunda posição no ranking setorial, com criação de 56,6 mil empregos, seguidos pelas micro e pequenas empresas da agropecuária (+54 mil empregos). Já os pequenos negócios que atuam no comércio registraram, no primeiro semestre de 2019, demissão líquida de quase 50 mil trabalhadores.
De acordo com os dados do Caged, no primeiro semestre, o comércio foi o único a registrar foi o único semento a registrar saldo negativo, ao se considerar todos os portes de empresas. O saldo negativo nesse setor chegou a 88,7 mil, na comparação com o primeiro semestre de 2018.
Ao apresentar os dados na última quinta-feira (25), o subsecretário de Políticas Públicas e Relações de Trabalho do Ministério da Economia, Matheus Stivali, avaliou que retração do emprego no comércio é reflexo da atividade econômica em recuperação. “A explicação é próprio desempenho fraco da economia. O comércio emprega pessoas de qualificação média e é onde mais a crise econômica é sentida”, disse.
Estados
A maior parte das contratações com carteira assinada aconteceram entre as MPE do estado de São Paulo, com a criação de 15,2 mil postos de trabalho, acompanhadas das empresas de Minas Gerais (mais 14 mil empregos). Isso fez com que o Sudeste assumisse a liderança na criação de vagas de trabalho no mês de junho deste ano (mais 33 mil empregos), sendo seguido pelos pequenos negócios da região Centro-Oeste (mais 11,6 mil vagas).
| Agência Brasil | | | | Em comunicado, instituição afirma que é preciso se adequar à realidade do mercado
O Itaú anunciou nesta segunda-feira (29) um PDV (Programa de Desligamento Voluntário). Segundo texto divulgado pela instituição, o programa busca “adequar suas estruturas à realidade do mercado".
O banco tem hoje pouco mais de 85 mil colaboradores no Brasil, cerca de mil profissionais a menos do que tinha no primeiro trimestre de 2019.
Só neste ano, segundo dados que constam em seu balanço, foram fechadas 212 agências ou postos de atendimentos. O banco tem agora 4.722 unidades.
No comunicado enviado ao mercado, o Itaú Unibanco não informou qual é a meta de desligamentos.
No segundo trimestre, o lucro do banco cresceu 10%, num ritmo menor do que os de seus concorrentes.
Os resultados foram afetados, em parte, por despesas maiores justamente com pessoal.
Entre o junho de 2018 e junho de 2019, essa despesa cresceu 6,8% em função do número de desligamentos e processos trabalhistas, destaca o banco em balanço. A despesa total com pessoal foi de R$ 5,54 bilhões no segundo trimestre deste ano.
No programa anunciado pelo banco, a adesão ao PDV poderá ser feita durante todo o mês de agosto.
Quem optar pelo desligamento receberá até 0,5 salário por ano trabalhado, no limite de 6 salários, e plano de saúde por 60 meses. Outra opção é ficar com até 10 salários, com cobertura de plano de saúde por 24 meses. Também serão pagos participação de resultados e outras verbas rescisórias.
| Folha de S. Paulo (publicado em 29-07-2019) | | | | Um dos maiores fundos de pensão do mundo, o Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) quer ampliar sua presença no Brasil. No ano passado, a gestora se tornou sócia do Grupo Votorantim na Companhia Energética de São Paulo (Cesp). Neste ano, participou de consórcio para comprar a TAG, gasoduto da Petrobrás, mas perdeu o páreo para a francesa Engie.
O gestor do CPPIB para a América Latina, Rodolfo Spielmann, afirmou ao Estado que o fundo está olhando diversos negócios no Brasil – de empresas da Petrobrás e de energia a fintechs e operações do setor financeiro. Com mais de US$ 300 bilhões sob gestão, o fundo quer ampliar presença em países emergentes como o Brasil. Por aqui, o CPPIB tem quase US$ 5 bilhões investidos.
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:
Por que o CPPIB quer aumentar sua participação no Brasil?
Estamos presentes em todo o mundo. Cerca 85% dos investimentos estão fora do Canadá – a maior parte nos Estados Unidos. Depois, direcionados para Europa, Ásia e América Latina. Queremos crescer em economias emergentes, como China, Índia e Brasil.
Mas no Brasil a presença ainda é pequena. Por quê?
Não é. A América Latina como um todo responde por 4% do total – só Brasil tem 1,5% e pode atingir de 2% a 3%. É muito.
O CPPIB está esperando as reformas para avançar?
Não traçamos perspectiva política. Temos uma visão macro e microeconômica. Sob o ponto de vista macro, o Brasil está bem melhor do que um par de anos atrás. Inflação baixa, juros em queda e continuamos com política monetária responsável. Agora, com a reforma da Previdência, o País pode endereçar também a questão fiscal.
O sr. já dá a reforma da Previdência como certa?
Não. Não dá para dar o que não se tem ainda.
Mas tem um otimismo no mercado financeiro.
É um leve otimismo depois de anos de recessão. Mas a reforma ainda não foi aprovada (em segundo turno).
O mercado financeiro e o governo têm a percepção que, após a aprovação da Previdência, os investidores estrangeiros vão voltar ao País. O sr. Concorda?
A reforma da Previdência não vai ser a bala de prata. A Previdência é o principal foco, mas é o primeiro passo. Está longe de ser a solução para tudo. Faltam outras mudanças.
Quais?
A tributária, por exemplo. Mesmo que seja a simplificação para depois eventualmente vir uma redução da carga. Temos em curso um programa de privatização, que terá o duplo beneficio de contar com a gestão privada. A privatização não só proporcionará o melhor serviço e eficiência, mas também impulsionará investimentos. E mais investimentos atraem concorrentes. O Estado não tem mais capacidade de investir, sobretudo nessa cadeia de infraestrutura e energia. Privatizar é um caminho necessário para melhorar o serviço e atrair mais investimentos.
Quais empresas o CPPIB avalia nesse pacote de privatização?
Olhamos todos os tipos de negócios – sejam empresas privadas, listadas em Bolsa e as que podem ser privatizadas. Empresas de meios de pagamento, no poder do Estado, interessam, mas queremos ter clareza sobre as regras de governança. Então, o ativo tem de ser (avaliado) após a privatização. Não dá para ser empresa mista.
E as empresas da Petrobrás?
Participamos do processo da TAG. Estávamos em um dos consórcios. De modo geral, no setor de combustível, seja gasolina ou gás, estamos mais focados na extração e produção, menos na distribuição.
O fundo é sócio do grupo Votorantim. Os negócios desse setor só serão feitos com eles?
Em principio, o foco dessa parceria é em energia renovável. Os dois primeiros investimentos foram em parques eólicos e outro na Cesp. Isso pode mudar no futuro.
Ao CPPIB só interessa ser sócio, sem ter o controle?
Cada caso é um caso. Temos facilidade de fazer parcerias. Buscamos parceiros que tenham experiência em operação, seja em rodovias, gás, transmissão. Não somos operadores. Trabalhamos no conselho de administração e governança. Não damos palpite no dia a dia.
Quais outros investimentos interessam ao fundo?
Tudo. Temos quatro grandes grupos de ativos: infraestrutura para energia renovável, imobiliário, private equity (compra de participações em empresas) e crédito privado (debêntures).
Qual a meta de expansão para o Brasil e o mundo?
A estratégia até 2025 é sair de 15% para 33% do portfólio em países emergentes, como China, Índia e América Latina. Até 2025, os US$ 305 bilhões serão US$ 455 bilhões. A orientação para a América Latina é ter o mesmo peso do PIB global. Até 2025, a China ser a maior economia do mundo. A América Latina crescerá em menor ritmo, mas também crescerá.
| Tribuna PR | | | | O índice de inadimplência do consumidor em São Paulo cresceu 0,4% em junho em relação a maio, conforme a Boa Vista.
No acumulado do ano, o indicador avançou 0,6% e teve expansão de 6,2% no sexto mês de 2019 em relação a junho de 2018.
O índice de recuperação de crédito também subiu (0,1%) em junho no confronto com o mês anterior, enquanto no acumulado do ano a recuperação caiu 0,7% e cresceu 4,4% na comparação interanual.
| Tribuna PR | | | | O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou nesta segunda-feira, 29, que permanece no setor público uma trajetória de melhoria do déficit primário. Segundo ele, o déficit primário de R$ 5,740 bilhões no primeiro semestre representa o melhor resultado para o período desde 2015, quando houve superávit de R$ 16,2 bilhões.
Rocha avaliou que a redução das despesas do setor público no primeiro semestre está por trás da melhora do resultado primário. Em meio ao processo de redução de despesas, o governo central (Tesouro, BC e INSS) apresentou déficit de R$ 24,674 bilhões no primeiro semestre, ante R$ 28,718 bilhões de rombo no mesmo período de 2018.
Os governos regionais (Estados e municípios) também contribuíram para o resultado, com superávit primário de R$ 19,077 bilhões no primeiro semestre ante superávit de R$ 13,214 bilhões no mesmo período do ano passado.
Rocha lembrou que no primeiro semestre, tradicionalmente, os resultados dos governos regionais são mais favoráveis. Isso porque as despesas com servidores e aposentadorias e pensões são menores. Além disso, os entes federativos recebem transferências do governo central.
“Os resultados regionais geralmente são melhores no primeiro semestre e piores no segundo semestre”, disse Rocha. “As receitas e despesas não são recebidas nas mesmas proporções em todos os meses do ano. Os gastos com funcionários ou aposentadorias e pensões aumentam no segundo semestre. Do lado das receitas, há concentração de arrecadação no primeiro semestre”, resumiu.
O chefe do Departamento de Estatísticas disse ainda que, de forma geral, ocorre mais contingenciamento de despesas no primeiro semestre, com os governos ajustando os gastos no segundo semestre para cumprir as metas.
| Tribuna PR (publicado em 29-07-2019) | | | | O compasso de espera por uma série de fatores importantes retraiu o investidor e reduziu significativamente o volume de negócios com ações na B3 nesta segunda-feira, 29. Decisões de política monetária no Brasil e no mundo, indicadores econômicos e resultados corporativos compõem o cenário de expectativas.
Nesse ambiente, o Índice Bovespa oscilou em um intervalo estreito, com fôlego um pouco maior na última hora de negociação. Assim, terminou o pregão na máxima do dia, aos 103.482,63 pontos, em alta de 0,65%. Os negócios somaram R$ 12,1 bilhões, contra R$ 16,9 bilhões da média diária registrada pela Bolsa em julho.
O desempenho positivo do Ibovespa foi garantido em boa medida por ações dos setores de consumo, que também lideram os ganhos acumulados em julho. A alta dos preços do petróleo no mercado internacional impulsionou as ações da Petrobras, que deram contribuição importante para a alta do índice.
Por outro lado, Vale e bancos tiveram desempenho pouco empolgante. Para Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Corretora, esta é a semana mais pesada do ano, se consideradas as agendas do Brasil e do mundo. Em sua avaliação, a importância de cada um dos eventos aguardados será definida conforme os resultados ficarem dentro ou fora das estimativas do mercado.
“Por trás de um desempenho aparentemente fraco do Ibovespa hoje houve muitas oscilações importantes na Bolsa. Isso mostra que o investidor não está parado. O mercado está fazendo uma seleção bastante criteriosa das ações que têm potencial para subir”, disse o economista.
Na análise por índices setoriais, os maiores avanços foram do Índice Imobiliário (IMOB), que subiu 1,80% e do Índice de Consumo (ICON), com alta de 1,40%. O índice financeiro (IFNC) teve ganho de 0,42%. Na contramão ficou o índice de materiais básicos (IMAT), que reúne ações como Vale, Braskem, Suzano e Klabin, com baixa de 0,27%.
Segundo Silveira, o bom desempenho de ações ligadas a consumo e imobiliário reflete as apostas do investidor em eventos dedicados ao aquecimento da economia. Entre eles está a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que na quarta-feira decide sobre a taxa Selic. No mercado futuro de juros, a aposta majoritária é de um corte de 0,5 ponto porcentual.
Para Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença Corretora, a decisão de política monetária do Federal Reserve é o evento com maior potencial para influenciar os negócios nesta semana. “As mudanças nos juros americanos têm poder de interferir nos fluxos de recursos em todo o mundo. E um corte mais forte pode impulsionar os mercados de ações de maneira geral”, afirma.
| Tribuna PR (publicado em 29-07-2019) | | | | Mercados aguardam definições sobre juros nos EUA e no Brasil
A expectativa de queda de 0,25 ponto percentual nas taxas de juro americana e brasileira nesta semana levou o Ibovespa a recuperar o patamar de 103 mil pontos nesta segunda-feira (29), com alta de 0,64%. O dólar subiu 0,3%, a R$ 3,784, com a força da moeda americana frente aos seus principais pares.
Na quarta (31), o Banco Central brasileiro (BC) e o Fed (banco central americano) definem suas taxas básicas de juros. Com a inflação fraca nos dois países, investidores apostam em estímulos monetários para levantar a atividade econômica.
A expectativa, segundo o boletim Focus desta segunda, é que a Selic termine o ano a 5,5% e assim permaneça em 2020. Hoje, a taxa é de 6,5%.
Além de ser uma medida de estímulo, a queda na Selic é positiva para o mercado financeiro pois eleva o valor das companhias abertas, já que suas projeções de dívidas caem.
Apesar da expectativa de queda do juros americano, o viés foi misto no exterior com empresas de tecnologia dos Estados Unidos em queda. Dow Jones teve alta de 0,1%, S&P 500 recuou 0,16% e Nasdaq, 0,44%. Há também a expectativa sobe o encontro de americanos e chineses desta semana sobre um acordo comercial.
Paris também caiu 0,165% e Frankfurt se manteve estável. Já Londres teve alta de 1,82%, a 7.686 pontos, máxima do ano.
Com o novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, o mercado vê mais chances de um Brexit sem acordo, prejudicial à economia da região. Com isso, a libra atingiu seu menor patamar desde março de 2017, a US$ 1,22. A desvalorização da moeda leva a valorização de companhias exportadoras, que ampliaram seus ganhos na Bolsa.
No Brasil, o Ibovespa subiu 0,64%, a 103.482 pontos. O giro financeiro foi de R$ 12,4 bilhões, abaixo da média diária para o ano.
As maiores altas foram de empresas de varejo, uma das principais beneficiadas com a queda de juros. Com crédito mais barato, o consumo tende a aumentar. Via Varejo e Magazine Luiza subiram 4,6% cada.
Ainda nesta semana, a Câmara dos Deputados retorna às atividades, com a reforma da Previdência e tributária em pauta.
| Folha de S. Paulo (publicado em 29-07-2019) | | | | O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 2,2 pontos na passagem de junho para julho, para 93,4 pontos, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 30. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,4 ponto, interrompendo quatro meses de recuos seguidos.
“Depois de quatro quedas consecutivas no início de 2019, a confiança do setor de serviços parece sinalizar uma reversão de tendência. A melhora pelo segundo mês dos indicadores de situação atual e também das expectativas sugere que os empresários estão percebendo uma reação no ritmo de atividade do setor e se tornando mais otimista para o segundo semestre.
Apesar dos bons resultados, o nível ainda baixo em termos históricos mostra que há um caminho a ser percorrido e que a retomada do setor deve seguir no ritmo gradual”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/GV), em nota oficial.
Em julho, a confiança cresceu em nove das 13 atividades pesquisadas. O Índice de Situação Atual (ISA-S) aumentou 1,9 ponto, para 89,4 pontos, enquanto o Índice de Expectativas subiu 2,6 pontos, para 97,6 pontos.
O avanço do ISA-S foi impulsionado tanto pelo componente que mede o volume de demanda atual, com aumento de 0,4 ponto, quanto pela avaliação sobre a situação atual dos negócios, que avançou 3,2 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de Serviços caiu 0,2 ponto porcentual em julho ante junho, para 82,4%. A coleta de dados para a edição de julho da Sondagem de Serviços foi realizada entre os dias 1 e 25 do mês.
| Tribuna PR | | | | O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou a 0,40% em julho após mostrar alta de 0,80% em junho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (30). O resultado ficou aquém da mediana de 0,52% da pesquisa do Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de 0,25% a 0,75%.
Com o resultado de julho, o IGP-M acumula alta de 4,79% no ano e de 6,39% em 12 meses, de 6,51% no período finalizado em junho. Esse dado também ficou menor que a mediana de 6,52% (intervalo de 6,22% a 6,78%).
Entre os componentes do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) foi o responsável pelo alívio, indo de 1,16% para 0,40%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) deixou a deflação de 0,07% e passou a subir 0,16%, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) acelerou o ritmo de alta de 0,44% em junho para 0,91% em julho.
IPAs
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) foi o grande responsável pelo alívio no IGP-M em julho. Dentro do índice, a desaceleração foi geral entre os tipos de produtos e os estágios de produção, à exceção de Bens Finais.
O IPA agropecuário mostrou queda de 0,61% neste mês após alta de 1,04% no mês anterior. Já os itens industriais medidos pelo IPA Industrial arrefeceram de 1,19% para 0,73% no período.
Por estágios de produção, as matérias-primas brutas tiveram forte desaceleração de 4,24% para 2,34%, apesar de ainda manter taxa elevada, por causa do comportamento de minério de ferro (11,76% para 11,34%), de bovinos (-1,30% para 1,33%) e de laranja (-18,63% para -6,43%). Por outro lado, soja em grão (6,30% para -1,36%), leite in natura (1,13% para -6,91%) e cana-de-açúcar (3,72% para -1,13%) aliviaram os preços nessa fase da produção.
Os Bens Intermediários passaram a cair em julho (0,83%) depois de ter inflação de 0,38% no sexto mês. Nesse caso, o destaque foi para o subgrupo materiais e componentes para a manufatura (1,20% para 0,06%).
Já os Bens Finais aceleraram no período, de -0,70% para -0,09%, ainda que tenha permanecido em queda. A principal contribuição, segundo a FGV, foi do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de variação negativa de 4,95% para alta de 0,58%.
| Tribuna PR | | | | Os preços médios do etanol hidratado recuaram em 20 Estados brasileiros na semana passada, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Houve alta em quatro Estados e no Distrito Federal, estabilidade no Espírito Salto e no Amapá não foi feita avaliação.
Na média dos postos brasileiros pesquisados pela ANP houve recuo de 0,29% no preço médio do etanol na semana passada ante a anterior, de R$ 2,766 para R$ 2,758. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, houve recuo de 0,28% no período e a cotação média do hidratado variou de R$ 2,544 para R$ 2,537 o litro. A maior queda semanal, de 1,38%, foi em Goiás e a maior elevação, de 2,58%, foi no Piauí.
Na comparação mensal, os preços do etanol recuaram em 23 Estados e no Distrito Federal e subiram apenas em Alagoas e no Amazonas. Não houve avaliação mensal no Amapá. Na média brasileira o preço do biocombustível pesquisado pela ANP acumulou baixa mensal de 1,61%, com destaque para a Bahia, maior recuo individual, de 9,36% no período.
O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de R$ 2,117 o litro, em Mato Grosso, que também teve o menor preço médio estadual, de R$ 2,420. O preço máximo individual, de R$ 4,020 litro, foi registrado em um posto do no Rio Grande do Sul e o Pará registrou o maior preço médio, de R$ 4,970 o litro.
Gasolina
O valor médio da gasolina vendido nos postos brasileiros recuou em 20 Estados brasileiros na semana passada, segundo dados da ANP, compilados pelo AE-Taxas. Houve alta em outros seis Estados e no Distrito Federal.
Na média nacional, o preço médio recuou 0,32% na semana sobre a anterior, de R$ 4,338 para R$ 4,324. Em São Paulo, maior consumidor do País e com mais postos pesquisados, o litro da gasolina caiu 0,83%, de R$ 4,113 para R$ 4,079, em média. No Rio de Janeiro, o combustível recuou 0,43%, de R$ 4,850 para R$ 4,829, em média. Em Minas Gerais houve a queda no preço médio da gasolina de 0,39%, de R$ 4,626 para R$ 4,608 o litro.
Vantagem
Os preços médios do etanol continuaram vantajosos ante os da gasolina em cinco Estados brasileiros na semana passada – Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Paraná -, todos grandes produtores do biocombustível. O levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas considera que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.
Em Mato Grosso, o hidratado é vendido, em média, por 54,69% do preço da gasolina, em Goiás a 61,58% e em Minas Gerais a 61,57%. Em São Paulo, a paridade ficou em 62,20% e no Paraná em 67,76%.
Na média dos postos pesquisados no País, a paridade é de 63,78% entre os preços médios de etanol e gasolina, também favorável ao biocombustível. A gasolina foi mais vantajosa em Roraima, com a paridade de 94,41% para o preço do etanol.
| Tribuna PR (publicado em 29-07-2019) | | | | Quatro grandes fabricantes de veículos – BMW, Ford, Honda e Volkswagen – concordaram voluntariamente em produzir veículos mais eficientes e menos poluentes a partir do chamado de uma coalizão formada por 13 estados dos Estados Unidos que planeja continuar com reduções anuais das emissões de gases poluentes em veículos de passeio e comerciais leves até 2026, em uma proposta que se opõe ao que planeja o governo de Donald Trump.
Pelo acordo, as montadoras preveem melhorar a eficiência energética média (consumo) de sua frota em 3,7% ao ano em seus modelos fabricados a partir de 2022. Com isso, as empresas aumentariam a economia média de combustível das novas frotas para quase 21 quilômetros por litro em 2026.
“A Califórnia e uma coalizão de estados juntamente com essas fabricantes estão liderando a busca por políticas inteligentes que tornam o ar mais limpo e seguro para todos. Agora peço ao restante da indústria automobilística que se junte a nós e que o governo (Donald) Trump adote este compromisso em vez de buscar mudanças regressivas das normas”, declarou em nota o governador da Califórnia, Gavin Newsom.
O impasse foi gerado em outubro de 2017, quando o governo Trump anunciou que excluiria de seu governo o Plano de Energia Limpa, proposto pela gestão de seu antecessor, Barack Obama. O programa exigia que os estados cumprissem padrões específicos para reduzir as emissões de CO2. Em agosto de 2018, foi proposto dentro desse plano um acordo que estabelecia um programa nacional para limitar as emissões de veículos entre 2012 e 2025, reduzindo as emissões em cerca de 540 milhões de toneladas e totalizando a retirada de 422 milhões de carros as estradas.
O governador Newsom acrescentou que o acordo incentiva a inovação e acelera a transição da frota para veículos elétricos, estimulando a indústria a investir em novas tecnologias de propulsão. A presidente do conselho de recursos aéreos da Califórnia, Mary Nichols, alertou em um comunicado que seu estado continuará trabalhando com as montadoras para implementar esses princípios de eficiência energética e reduzir as emissões de gases, embora "a Casa Branca discorde".
No mês passado, 17 montadoras, incluindo algumas estrangeiras, pediram à Casa Branca e à Califórnia que trabalhassem juntas em um padrão nacional de emissões, alertando que as incertezas colocam o mercado local em risco.
| Automotive Business (publicado em 29-07-2019) | | | | Estrutura chega aos 45 anos com novos equipamentos e mais uma pista de testes
O campo de provas da GM em Indaiatuba (SP) comemora 45 anos de atividades com investimentos de R$ 60 milhões em ampliações para desenvolvimento de novos veículos, conectividade, segurança e eficiência energética.
O aporte resultou na adição de equipamentos para os sete laboratórios, como os de motores e eletroeletrônica, e a construção da décima-sétima pista de testes. O complexo ocupa uma área equivalente a 160 mil campos de futebol.
“O campo de provas conquistou um novo patamar por causa do desenvolvimento de uma família global de veículos. O Onix mostrou que a engenharia brasileira é referência mundial na concepção de carros compactos”, afirma o diretor das instalações de Indaiatuba, Ricardo Fanucchi .
Outro trabalho realizado no CPCA (Campo de Prova da Cruz Alta, nome de batismo do local) é a validação de itens de conectividade, segurança e eficiência energética. “Queremos continuar democratizando tecnologias como a internet veicular e os motores turbinados de alto rendimento e baixo consumo, além de equipamentos eletrônicos e até autônomos de segurança”, detalha o executivo.
A nova pista dentro do complexo é a rampa estendida, com diferentes ângulos de inclinação para simular longas subidas. Ela é utilizada para complementar os parâmetros de calibração de sistemas eletrônicos. A pista também torna os testes de durabilidade mais parecidos com situações reais de uso.
A soma de todas as pistas do CPCA chega a 44 quilômetros. Os laboratórios, oficinas e demais estruturas somam 27 mil metros quadrados. Segundo a GM, as equipes de mecânicos, engenheiros e motoristas de testes se revezam dia e noite e com isso é possível simular em seis meses o desgaste que um carro sofreria em dez anos.
Segundo a GM, a cada ano são feitos 10 mil testes no CPCA. O consumo diário de combustível é de 8 mil litros. Para os testes de corrosão são utilizados a cada ano 90 toneladas de sal grosso.
LABORATÓRIOS DO CPCA
As instalações do campo da GM incluem os seguintes laboratórios: análise de emissões (1979); segurança veicular (1997); ruídos e vibrações (1997); para testes estruturais (2000); para desenvolvimento de ar-condicionado, ventilação e arrefecimento (2000); eletroeletrônica (2009); e dinâmica veicular (2013).
| Automotive Business (publicado em 29-07-2019) | | | |
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