| 11 de SETEMBRO de 2019
Quarta-feira
Câmbio
Em 11/09/2019
|
|
Compra
|
Venda
|
Dólar
|
4,059
|
4,060
|
Euro
|
4,464
|
4,466
|
Fonte: BACEN
|
| | | | | | Estatística mostra que de janeiro a agosto deste ano, complexo de exportação de grãos do Porto de Paranaguá carregou meio milhão de toneladas a mais de grãos, em comparação com 2018, com praticamente o mesmo número de navios.
Números do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá mostram que a produtividade do complexo está maior. De janeiro a agosto deste ano, pelos três berços exclusivos, foram 500 mil toneladas a mais de carga em relação ao mesmo período do ano passado, com praticamente a mesma quantidade de navios.
De janeiro a agosto deste ano, 235 navios graneleiros foram carregados pelo Corredor de Exportação, com diferença de apenas um navio na comparação com 2018. Já o volume embarcado aumentou de 13,5 milhões para 14 milhões.
Em média, um navio do Corredor de Exportação recebe 60 mil toneladas de carga – soja (em grão ou farelo) e milho. Essa diferença de meio milhão de toneladas que este ano foi carregado a mais seria suficiente para encher os porões de mais de oito embarcações.
“Estamos trabalhando de maneira mais produtiva e eficiente. As campanhas de dragagem realizadas pela administração dos portos possibilitam que navios maiores, com maior programação de embarque venham à Paranaguá”, afirma o diretor-presidente da empresa Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Como explica o chefe da Divisão de Silos, Gilmar Francener, isso significa que os navios estão carregando mais em Paranaguá. Ele lembra que, este ano, inclusive, um navio chegou a carregar 90.110 toneladas de farelo de soja, o Lan Hua Hai.
RECORDES – Francener destaca ainda outra grande marca: em 28 de agosto último, o Corredor de Exportação atingiu a marca de 138.989 toneladas embarcadas em um único dia, período de 24 horas. O recorde anterior de embarque diário foi em 16 de setembro de 2017, com 134.057 toneladas.
Isso significa mais de 23.166 toneladas carregadas, por shiploader (equipamento utilizado para o carregamento dos granéis nos porões do navio); mais de 965 toneladas embarcadas por hora, pelos seis carregadores – dois em cada berço.
Em junho deste ano, lembra o chefe da divisão de silos, foi atingida a marca de 2.291.024 toneladas embarcadas em um único mês.
“Nosso objetivo é seguir ganhando em eficiência e produtividade. Essas metas serão alcançadas com as campanhas de dragagem de manutenção contínuas, já em andamento; com o repotenciamento dos equipamentos, que está em fase de licitação do projeto, além de gestão operacional inteligente, redução dos tempos e maximização da produtividade”, afirma Francener.
O tempo médio de atracação, no Corredor, está em 65:55 horas, ou seja, menos de três dias de operação.
PRODUTOS - Das 14 milhões de toneladas de granéis exportados pelo Corredor este ano 7,3 milhões são soja; 3,8 milhões milho e 2,9 milhões farelos. O berço mais produtivo, no período, foi o 213, onde atracaram 88 navios e por onde foram movimentadas quase 5,4 milhões de toneladas dos produtos.
O diferencial do berço 213 é que ele trabalha com navios denominados super berço, que assumem a condição de embarcar uma prancha (volume embarcação por hora) superior à média normal. Logo, a produtividade deles é sempre maior.
No berço 212 atracaram 72 navios (que carregaram 4,2 milhões de toneladas) e 214 atracaram 75 embarcações (que receberam 4,4 milhões de toneladas dos três produtos).
MODAIS – O volume de grãos e farelo que chegou ao Porto de Paranaguá pelos trilhos aumentou 7,5%. Este ano, de janeiro a agosto foram 4,3 milhões de toneladas descarregados de vagões. No mesmo período, em 2018, foram 4 milhões. Das 4,3 milhões de toneladas – 2,62 milhões foram de soja; 1,03 milhão de milho e 646,2 mil de farelo de soja no modal ferroviários. Foi o milho o grande responsável pelo aumento registrado.
Já o volume que chegou com granéis no Porto de Paranaguá, via modal rodoviário diminuiu. Em 2018, nos oito meses, foram 11 milhões de toneladas que chegaram em caminhões. Este ano foram 10,5 milhões – 5,25 milhões toneladas de soja, 2,85 milhões de milho e 2,4 milhões de farelo de soja.
De janeiro a agosto, 283.071 caminhões desceram carregados com soja, farelo e milho até o porto paranaense. Apenas no mês de agosto foram 38.564. De vagões, no período, foram 73.434. No mês, 9.371 vagões.
| Agência estadual de Notícias | | | | Movimento precede abertura formal das negociações de um acordo comercial
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, viaja a Washington nesta semana para negociar, entre outras medidas, ações de facilitação de negócios entre Brasil e EUA.
O movimento é considerado um passo anterior à abertura formal das tratativas de um acordo comercial mais abrangente entre os dois países.
A comitiva brasileira quer definir a data de uma visita de Donald Trump ao Brasil para anunciar oficialmente o início dessas negociações.
Araújo desembarca nesta quarta-feira (11) nos EUA e deve discutir com integrantes do governo americano medidas de simplificação de processos de importação e exportação, reduzindo burocracias e custos no trânsito de produtos.
Entre as propostas está a criação de um sistema que facilitaria a entrada de mercadorias de empresas pré-aprovadas por ambos os países.
Dessa forma, produtos de origem americana, por exemplo, passariam por um protocolo de liberação alfandegária antes da saída dos EUA, ao invés de aguardarem liberação da Receita Federal quando chegam ao Brasil.
O mecanismo —que funcionaria da mesma forma para itens brasileiros com destino aos EUA— seria baseado em uma espécie de autorização prévia de empresas consideradas confiáveis por departamentos dos dois governos.
Cada país já conta com um protocolo simplificado desse tipo. No Brasil, são os Operadores Econômicos Autorizados. Nos EUA, o programa tem o nome de Trusted Traders.
As negociações para que esses sistemas sejam reconhecidos e aplicados nos negócios bilaterais já começaram e a expectativa dos brasileiros é que o martelo seja batido até o fim deste ano.
As empresas participantes precisam demonstrar às autoridades que se adequam às regulações locais, incluindo regras tributárias, sanitárias e de segurança. Quem for beneficiado pode receber tratamento diferenciado, ficando sujeito a rotinas de inspeção mais simples e rápidas.
A previsão é que Araújo aprofunde esse e outros assuntos em conversas com representantes de comércio do governo Trump durante os três dias que pretende passar em Washington.
O chanceler deve se reunir com Wilbur Ross, secretário de comércio americano, Robert Lighthizer, representante para o comércio internacional dos EUA, e Larry Kudlow, conselheiro econômico da Casa Branca.
Na sexta-feira (13), Araújo tem encontro com o secretário de Estado, Mike Pompeo, para a retomada de um fórum bilateral para ampliar a parceria entre os países, chamado de Diálogo de Parceria Estratégica.
Segundo integrantes do Itamaraty, havia ainda a possibilidade de um encontro com o secretário de Segurança Nacional, John Bolton. Mas Bolton foi demitido no início da tarde desta terça (10) por Trump.
O ministro dará também uma palestra na Heritage Foundation, o maior think tank conservador dos EUA, alinhado ao governo Trump.
Medidas de redução da burocracia e custos de importação e exportação podem ajudar a pavimentar as negociações para o acordo comercial, já que são menos sensíveis que discussões sobre a redução ou isenção de tarifas.
Como mostrou a Folha, não está previsto que haja eliminação total de impostos nas relações comerciais entre Brasil e EUA.
A avaliação é que a boa sinergia dos governos Jair Bolsonaro e Donald Trump não é suficiente para romper interesses políticos em barreiras históricas.
Apesar de o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter dito que o Brasil já começou a negociar com os EUA, as tratativas oficiais do acordo comercial ainda não foram lançadas. Nos EUA, o Congresso precisa dar o aval para que o USTR —representante comercial americano— inicie o trâmite formal. No Brasil, o Legislativo chancela o trato somente depois de firmado.
A expectativa é que a visita de Araújo comece a traçar a abrangência do possível acordo comercial, apesar de até os mais otimistas afirmarem que uma aliança dessa proporção não deva sair do papel em menos de cinco anos.
Medidas pontuais, porém, devem ser anunciadas, e pessoas envolvidas nas negociações afirmam que a imprevisibilidade de Trump e Bolsonaro pode acelerar o processo.
Até o fim do ano, por exemplo, o Brasil deve implementar uma cota para a importação de trigo --demanda antiga dos americanos.
O país também já se comprometeu a abrir mão do status de nações em desenvolvimento no âmbito da OMC.
Na semana passada, o Ministério da Economia brasileiro prorrogou por mais um ano a importação de etanol sem a tarifa de 20% para produtos fora do Mercosul e aumentou a cota de 600 milhões para 750 milhões de litros.
Trump comemorou e disse que a medida derivava "do tom das negociações em andamento entre a nação sul-americana e os EUA para um acordo comercial."
O anúncio foi feito após visita de Araújo e do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) a Washington, no fim de agosto. Os dois se reuniram por meia hora com Trump, mas saíram sem fazer anúncios concretos.
Diplomatas brasileiros nos EUA avaliam, porém, que o encontro serviu para abrir novos caminhos para as negociações comerciais a partir de agora.
Além da visita de Araújo aos EUA, duas outras reuniões estão marcadas até o fim deste ano no Brasil para seguir a discussão --e definição-- do escopo do possível acordo comercial.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 10-09-2019) | | | | Ex-ministro de Itamar Franco diz que relação com a França também irá retardar ou até inviabilizar adesão à OCDE
O embaixador e ex-ministro Rubens Ricupero afirmou nesta terça-feira (10) que o posicionamento do governo Jair Bolsonaro em relação à questão ambiental irá gerar mais embargos a produtos brasileiros e adiará a ratificação dos acordos comerciais negociados com a Europa.
Ricupero, que ocupou o Ministério da Fazenda no governo Itamar Franco, durante a implantação do Plano Real, afirmou ainda duvidar da paciência do presidente da República com a falta de resultados da política econômica do ministro Paulo Guedes (Economia).
Também classificou os comentários de Bolsonaro e de Guedes sobre a primeira-dama francesa como "cafajestismo".
"O dano irreparável já foi feito. A primeira vítima é o acordo dito de livre comércio que custou 20 anos de negociação entre o Mercosul e a União Europeia. Ninguém vai assumir o ônus de anunciar a morte oficial do acordo. O mais plausível é que ele permaneça em um estágio de profunda hibernação, congelado por período indefinido", afirmou Ricupero, que participou do 16º Fórum de Economia, organizado pela FGV.
"Adicionalmente à indignação coletiva causada pela destruição da Amazônia, deve-se levar em conta o efeito perdurável do estúpido conflito criado com a França. As agressões ignóbeis ao presidente francês e à sua esposa continuaram até a semana passada em atos de membros do governo que só se podem se qualificar como de cafajestismo."
Ricupero afirmou que também é pouco provável que seja ratificado o acordo do Mercosul com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA, na sigla em inglês), após as declarações de autoridades da Noruega condenando a postura do Brasil em relação à Amazônia.
Segundo ele, a questão da Amazônia e da França também irá retardar ainda mais ou inviabilizar de vez o projeto de adesão à OCDE, organização que reúne os países mais desenvolvidos e tem grande influência do governo francês.
O ex-ministro também afirmou que o movimento de boicote a produtos brasileiros ainda está no início e que tem informações de que a situação irá se agravar, principalmente para o setor do agronegócio.
"O que está se articulando em matéria de boicotes é grave. Estão subestimando a gravidade da coisa. Essa mentalidade de que nós podemos nos socorrer no governo Trump é ingenuidade. O setor do agronegócio lá não quer nem ver um acordo comercial com o Brasil", afirmou.
Ricupero fez críticas diretas ao ministro Paulo Guedes, citando sua fala sobre a primeira-dama francesa como uma atitude de "cafajeste" e dizendo que a política econômica atual é pautada pelo fracasso.
"O presidente e seus seguidores se confessam agoniados com a falta de espaço para estimular o consumo. Acumulam-se os sinais de impaciência com a demora dessa política em produzir resultados de crescimento econômico e geração de emprego", afirmou.
"Não preciso lembrar das inúmeras ocasiões em que os propósitos liberalizantes cederam a pressões no sentido contrário. Não é brilhante a história do liberalismo econômico no Brasil. Será diferente dessa vez, com um presidente sem convicções e obcecado com a ideia fixa da reeleição?"
| Folha de S. Paulo (publicado em 10-09-2019) | | | | Empresas sabem cada vez menos quanto imposto vão pagar, o que atrapalha negócios
As empresas não sabem quanto vão pagar de imposto no ano que vem, menos ainda nos seguintes. De costume, a despesa com tributos é incerta, dado o tamanho dos contenciosos (disputas com os governos sobre os valores devidos). Com o barata-voa das reformas tributárias, a indefinição aumenta.
Algum economista por aí acha que incerteza é um incentivo para investimentos (que já são uma miséria)?
Até a noite desta terça-feira, o governo dava a impressão de que teria abandonado o pacote de mirabolâncias reformistas. Começaria apenas com a modesta e antiga proposta de reformar o PIS/Cofins, a princípio. A nova CPMF, a redução dos impostos sobre a folha salarial e, talvez, do IR das empresas ficariam para depois. Tributação sobre dividendos? Viria também, não se sabe quando.
Seria uma reforma “um dia de cada vez”. Nos anos seguintes, haveria outras mudanças, que não conversam com as reformas que andam pelo Parlamento.
Em uma proposta que tramita no Congresso, seriam unificados vários impostos federais, o ICMS estadual e o ISS municipal, mudança a ser implementada gradualmente, em dez demasiados anos. Algumas empresas pagariam mais imposto, outras menos, em tese, pois o conflito e a reivindicação de regimes especiais mal começaram. Poderia haver mudanças adicionais, dado o plano do governo de fazer uma reforma fatiada pelos próximos anos. Quem sabe?
Isto é, em um futuro próximo mas incerto, sobre as empresas incidiriam menos contribuição para o INSS e menos IR. A perda de receita seria contrabalançada pelo quê? Mesmo uma alíquota de nova CPMF altíssima, de 1%, bancaria apenas o fim da contribuição patronal para a Previdência. E o resto, a redução do IR? Viria de mais CPMF (note-se que a CPMF vai incidir mais sobre algumas empresas do que outras) De impostos sobre dividendos e rendimentos do capital em geral?
Em circos antigos, havia o número do artista que equilibrava com o corpo uma dúzia de pratos girando sobre varas. Essa barafunda de impostos novos e velhos lembra os pratos do equilibrista. Caso alguns caiam, quebrem, não funcionem, como vai ser? É um risco para a receita do governo, que já tem déficits brutais e, daqui a pouco, ficará sem dinheiro para a conta de luz. A fim de evitar o risco de perder receita, vai então chutar as alíquotas para cima, a fim de arrecadar mais, por segurança?
Não seria nem problema assim tão grande, porque a carga tributária federal CAIU desde o início da década. Mas passemos.
Para falar francamente, todas essas hipóteses são na prática questões retóricas. Ainda não é possível discutir a qualidade tributária da reforma, seus efeitos na arrecadação, as distorções econômicas que vai causar ou a repartição da conta tributária (quem vai pagar mais). Sabemos apenas de rumores, fofocas de alíquotas, sensacionalismos tributários, no máximo de informações fragmentadas.
Mais do que uma vergonha, é um problema político e econômico que, a um trimestre do final do ano, não tenhamos nem uma comissão de consolidação das ideias de reforma tributária, se é que existe algum plano sério de articular o barata-voa das projetos.
Mesmo que a proposta do governo se resuma, a princípio, a uma mexida no PIS/Cofins, os planos para os anos seguintes são tão audaciosos quanto nebulosos. Vamos ter reforma tributária anual? Isso não vai prestar politicamente e cria incerteza, o que costuma colocar as empresas na retranca.
Vinicius Torres Freire -Jornalista, foi secretário de Redação da Folha. É mestre em administração pública pela Universidade Harvard (EUA).
| Folha de S. Paulo | | | | Uma grande mudança impactará nos negócios a partir de agosto de 2020. A Lei 13.709 - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) -, passará a regulamentar todo o processo e cuidado referente aos dados pessoais, desde sua captação, armazenamento, processamento, finalidade e proteção. Seja em âmbito físico ou digital.
"As mudanças necessárias para o atendimento da lei definirão um novo sistema organizacional nas empresas, não restrito a área de TI e jurídica", afirma o diretor da Squadra Gestão de Riscos, Leandro Longhi. Segundo Longhi, as alterações vão desde as estruturas hierárquicas, composições estruturais em departamentos, novos cargos e funções, políticas, diretrizes, processos, regulamentações internas, auditorias, compliance e risco, cultura e treinamento, planos de contingência e na relação da empresa com o mercado como um todo.
Mesmo a lei não determinando, de forma específica, as ações a serem adotadas, Longhi conta que ela aponta as diretrizes e, em poucos casos, consegue-se ter descrições mais discriminadas. Ele também acredita que o detalhamento maior será trazido após a criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) na formulação da Política Nacional de Proteção de Dados Pessoais e Privacidade.
"Todas as empresas que operam no mercado brasileiro, sejam elas de capital nacional ou estrangeiro, com subsidiária ou matriz no país, devem atender a nova regulamentação", explica o especialista em gestão de riscos. Ele lembra que as companhias brasileiras que atuam na Europa já estão operando e sujeitas a normativa da Legislação Europeia de Proteção de Dados (GDPR), que vigora desde 2016.
No campo organizacional, segundo Longhi, a empresa deverá estabelecer todo o processo de proteção de dados, com funções operacionais, regras, descrições, protocolos e demais atribuições administrativas, seguidas por toda a empresa. "O monitoramento dos riscos e fragilidade do sistema deve ser constante", aconselha e lembra que, em caso de vazamento de dados pessoais, é necessário um plano de comunicação e um plano de contingência para conter possíveis incidentes. E que tudo isso ajudará a minimizar a pesada multa de até 2% do faturamento, limitada, no total, a R$ 50 milhões por infração.
JC Contabilidade - Quais são as principais mudanças da LGPD?
Leandro Longhi - A partir de agosto de 2020, a LGPD passará a regulamentar todo o processo e cuidado referente aos dados pessoais, desde sua captação, armazenamento, processamento, finalidade e proteção, ou seja, todo o tratamento de dados pessoais seja em âmbito físico ou digital. As principais mudanças dizem respeito à necessidade de adaptação da estrutura funcional e operacional da empresa, que terá de rever seus processos internos que tenham o fluxo de informações pessoais e gerar as adaptações necessárias. Além disso, inúmeros protocolos deverão ser criados para atender à legislação, tais como obter a anuência da pessoa até o registro da operação com os dados processados.
Contabilidade - Ela é relevante para o ambiente de negócios brasileiro?
Longhi - Era uma necessidade do mercado, tendo em vista o avanço tecnológico e a falta de regulamentação sobre o uso das informações pessoais. Em primeiro lugar, hoje o vazamento e manipulação maliciosa de dados representa um dos principais riscos corporativos, segundo o Global Risks Report de 2019. Atualmente, os dados são considerados um dos ativos mais valiosos do mercado.
Contabilidade - Que mudanças devem ser feitas dentro das empresas para atender à nova legislação?
Longhi - As mudanças organizacionais necessárias para o atendimento da lei definirão um novo sistema organizacional não restrito à área de TI e jurídica, mas trazendo mudanças nas estruturas hierárquicas, composições estruturais nas áreas e departamentos, novos cargos e funções, políticas, diretrizes, processos, regulamentações internas, auditorias, compliance e risco, cultura e treinamento, planos de contingência e na relação da empresa com o mercado como um todo. Será uma mudança abrangente, sistêmica e cultural. No centro de toda essa transformação estão as empresas e sua relação com o mercado e seus agentes. A empresa terá de rever todo processo de tratamento de dados na sua cadeia produtiva, tendo em vista que toda a pessoa tem controle sobre seus dados pessoais e o direito de saber como as informações coletadas serão usadas pela empresa, e sempre mediante sua autorização.
Contabilidade - Há setores que serão mais impactados? Quais?
Longhi - As empresas que têm como atividade principal o processamento de dados são as que terão de ter um cuidado ainda maior no compliance da LGPD. Elas serão o principal alvo da ANPD (Agência Nacional de Proteção de Dados). E as empresas que tratam com os dados sensíveis, tais como: racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, quando vinculado à pessoa, perfil comportamental.
Contabilidade - Você acredita que as empresas brasileiras, em sua maioria, estão prontas para isso?
Longhi - Não estão prontas e, como é a cultura do país, estão deixando para a última hora. Tendo em vista o elevado nível de mudanças a serem realizadas, este processo já deveria estar em andamento. De acordo com a recente pesquisa realizada pela Serasa Experian, 85% dos empreendimentos entrevistados disseram que ainda não conseguem garantir todas as obrigações da lei. Como essa pesquisa foi realizada através de perguntas e respostas com executivos das empresas, e não com avaliações de internas de compliance com a lei, particularmente, acredito que esse número é ainda maior.
Contabilidade - Como você indica que deve ser a adesão à nova lei? Tem metodologias que você indica para trazer segurança às organizações de que estão no caminho certo?
Longhi - Nosso ponto de partida para essa adequação é a própria Lei. Ela não determina, de forma específica, as ações a serem adotadas pela empresa para a proteção dos dados, mas aponta as diretrizes e, em poucos casos, consegue ter descrições mais detalhadas. Três fatores são importantes para estabelecer os critérios internos da empresa para a implantação das medidas de proteção de dados, segundo a LGDP, são programa de governança em privacidade, boas práticas, sanções. Também será necessário criar o Comitê de Implantação, formado por equipe multidisciplinar com colaboradores internos e externos que darão vida ao planejamento. Este comitê e suas equipes serão os responsáveis pela criação e implantação de todas as estratégias e ações definidas pelo Conselho e dará o report da evolução desta.
Contabilidade - A lei prevê três profissionais diretamente responsáveis pelo processamento de dados e sua proteção: controlador, operador e encarregado. Quais as atribuições de cada um deles? São profissionais que já estão no mercado ou se trata de especializações que devem surgir com a novidade?
Longhi - Caberá a empresa também desenvolver sua área ou setor que será responsável pelo tratamento e proteção dos dados pessoais, ou vinculá-la a outro setor da empresa. Lembrando que a lei prevê três profissionais diretamente responsáveis pelo processamento de dados e sua proteção: controlador, operador e encarregado. O controlador será responsável pelas instruções e orientações operacionais, por tomar as decisões sobre a atividade de tratamento e por definir processos e dados necessários a serem coletados e tratados. A ele também cabe a função de gerar o relatório de impacto à proteção de dados pessoais, que será exigido pela ANPD. Já o operador processará o tratamento de dados segundo as instruções do controlador. E o encarregado terá o vínculo com os proprietários dos dados e ANPD, além da atribuição da relação com os colaboradores da empresa no sentido de orientá-los na condução operacional dos dados.
| Jornal do Comércio | | | | Para técnicos do Congresso, supressões de Tasso mudam conteúdo, e PEC teria de voltar à Câmara
O relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), disse nesta terça-feira (10) que pode fazer alterações em seu relatório para evitar que a PEC (proposta de emenda à Constituição) tenha que retornar à Câmara, atrasando a promulgação.
Alguns técnicos do Congresso entendem que supressões feitas pelo relator mudam o conteúdo da PEC e ela teria que voltar para a Casa de origem.
O trecho que tem gerado debate entre os técnicos é o que trata de contribuição extraordinária. O senador retirou a expressão "no âmbito da União", o que permite que governadores e prefeitos criem alíquotas extraordinárias de contribuição de seus servidores para cobrir o déficit de seus regimes próprios de Previdência.
"Existe essa discussão entre os técnicos, mas não vai haver atraso nenhum. Vamos discutir, sendo o caso, eu jogo para a [PEC] paralela, se tecnicamente se chegar a esta conclusão", afirmou Tasso em referência à proposta que tramita paralelamente, na qual estão sendo inseridas todas as alterações de conteúdo para que a PEC principal possa logo ser promulgada.
A Câmara já protestou em ao menos dois casos neste ano por causa de alterações feitas pelo Senado, sem a devolução no texto.
Como a Folha mostrou em agosto, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), havia pressionado o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a votar uma PEC que altera o rito de tramitação de MPs. A Câmara aprovou um texto, mas o Senado fez uma alteração e não o encaminhou de volta.
Pela versão que foi à promulgação, se a comissão mista não cumprisse o prazo, a MP iria para a Câmara sem caducar. No texto vindo da Câmara, a MP caducaria se não saísse do colegiado em 40 dias.
O Senado considerou que o relator da matéria, Antonio Anastasia (PSDB-MG), fez apenas um ajuste de redação. A Câmara não entendeu do mesmo jeito e, por isso, não deu aval à promulgação e o rito aprovado está na gaveta desde 12 de junho.
Assim, continua valendo a regra antiga: uma MP tem 120 dias para passar por comissão mista, Câmara e Senado, mas não há uma definição de tempo para cada uma destas etapas.
Mais recentemente, deputados questionaram no STF (Supremo Tribunal Federal) uma alteração feita pelo Senado na MP da Liberdade Econômica, que reduz burocracias e limita o poder de regulação do Estado.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES FEITAS PELO RELATOR NO SENADO
Pensão por morte não poderá ser inferior a um salário mínimo (R$ 998)
Exclusão do artigo que colocava na Constituição o critério para receber BPC (benefício assistencial). O governo esperava redução nas ações judiciais sobre o tema
Regra mais benéfica de aposentadoria para trabalhadores expostos a agentes nocivos, como mineiros
Derrubou alterações proposta para anistiados políticos. O governo queria cobrar alíquota previdenciária sobre indenizações e reparações
O Senado aprovou o texto após retirar a permissão de trabalho aos domingos e feriados, que havia sido incluída pela Câmara. A proposta foi enviada para sanção do presidente Jair Bolsonaro (PSL), mas a polêmica no Legislativo está instalada.
A Câmara decidiu notificar o Senado oficialmente, alegando que a Casa vizinha não podia ter atuado como juíza, considerando parte do texto matéria estranha, e tinha que ter devolvido a MP, já que uma mudança foi feita.
Técnicos do Senado, no entanto, entendem que a supressão não pode ser entendida como alteração e que, por isso, não era necessário devolver a medida à Câmara.
Jereissati e a cúpula do Congresso deve se reunir ainda esta semana para decidir sobre o caso.
Nesta terça-feira (10), o plenário do Senado realizou uma audiência para debater a reforma da Previdência.
O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, atualizou a expectativa de economia com a PEC principal da reforma, que já passou pela Câmara.
O governo calcula que a proposta representará um corte de R$ 876,7 bilhões em dez anos nos gastos previdenciários, segundo a versão que está pronta para análise pelo plenário do Senado. A projeção anterior era de R$ 870 bilhões.
Quando a PEC principal da reforma foi aprovada em agosto pela Câmara, a estimativa de economia era de R$ 933 bilhões.
Esse valor recuou para R$ 876,7 bilhões por causa das alterações feitas pelo relator.
| Folha de S. Paulo (publicado em 10-09-2019) | | | | Precisamos atrair rapidamente o capital privado nacional e estrangeiro para financiar os projetos de infraestrutura
Para tentar entender o complicado problema em que nos metemos, é preciso partir de uma evidência empírica secular: os recursos disponíveis em cada momento para a sociedade têm uma “produtividade” muito maior (a quantidade média de bens e serviços por unidade de mão de obra) quando usados pelo setor privado do que quando usados pelo setor público. Isso parece autorizar uma primeira conclusão: cada real transferido do setor privado para o setor público como imposto ou dívida pública para cobrir despesas de custeio estará, provavelmente, reduzindo a produtividade média da mão de obra empregada e, portanto, o nível PIB.
Por outro lado, é também um fato empiricamente reconhecido que a produtividade média do trabalho em qualquer sociedade depende, fundamentalmente, de instituições que estimulem a formação do estoque de capital e da tecnologia nela incorporada, por unidade de mão de obra com capacidade de operá-lo.
Quando ela cresce? Quando o estoque de capital da sociedade cresce mais rapidamente do que a mão de obra que o opera. Em outras palavras: a sociedade precisa aumentar o estoque de capital, pelo investimento, a uma taxa maior do que a do crescimento da mão de obra. Isso nos leva a uma segunda conclusão: deve haver uma harmonia cuidadosa entre o consumo e o investimento, porque é ela que regula a velocidade de crescimento do PIB.
Não parece fora de propósito enunciar um resultado final. Toda sociedade sempre terá duas limitações físicas no uso dos seus recursos: uma determina a produtividade média da mão de obra empregada (o nível do PIB). A outra, a velocidade do crescimento dessa produtividade, o que chamamos de desenvolvimento econômico. Na primeira metade dos últimos 70 anos, aos trancos e barrancos, cumprimos as duas condições e nosso PIB cresceu à taxa de 7,5% ao ano. Na segunda, assistimos à queda daquela taxa para 2,4%.
O resultado é a tragédia que estamos curtindo: 1. crescimento do PIB de 1% em 2019; 2. déficit fiscal/PIB de 6,3%; 3. déficit primário/PIB de 1,7%; 4. dívida bruta/PIB de 70% e 5. gente pedindo para acabar com o teto e tentar aumentar a demanda com mais dívida pública.
O problema é que nossa falta de demanda não tem a cômoda solução “keynesiana” (pobre Keynes na mão de seus epígonos!). Precisamos, para expandir a demanda, de uma forte, inteligente e rápida política de oferta que atraia o capital privado nacional e estrangeiro para financiar nossos excelentes projetos de infraestrutura. É preciso insistir: sem um “fast track” (talvez uma Lei Delegada), o ministro Guedes não conseguirá realizá-lo.
Antonio Delfim Netto - Economista, ex-ministro da Fazenda (1967-1974). É autor de “O Problema do Café no Brasil”.
| Folha de S. Paulo | | | | Quem não quiser desconto da taxa no salário deve formalizar pedido a sindicato correspondente
Quem passou pelo vale do Anhangabaú nesta terça-feira (10) provavelmente se deparou com filas formadas por centenas de pessoas.
Os trabalhadores, do setor de supermercados, esperavam em frente ao Sindicato dos Comerciários de São Paulo para entregar a carta de oposição à cobrança da contribuição assistencial. O prazo terminava ontem.
Conforme aprovado em assembleia da categoria no dia 1º de setembro, cada trabalhador teria descontado 1% do salário mensalmente, em favor do Sindicato dos Comerciários, a partir deste mês, limitado ao teto de R$ 50.
A taxa, que incide automaticamente e vale para qualquer trabalhador, sindicalizado ou não, é também facultativa. Aquele que não quer contribuir deve entregar a carta ao respectivo sindicato em até dez dias após a publicação da convenção coletiva.
Depois, é preciso apresentar ao empregador o aviso de recebimento, que deve, a partir de então, cessar as cobranças no holerite.
Segundo o Sindicato dos Comerciários, os trabalhadores presentes nesta terça foram atendidos e orientados sobre o papel da entidade em atividades como a negociação do piso salarial.
A contribuição assistencial é diferente da contribuição sindical, que deixou de ser obrigatória com a reforma trabalhista do ex-presidente Michel Temer (MDB), de 2017.
A cobrança de um dia de trabalho ao ano passou a depender de autorização do trabalhador que, caso queira, deve enviar carta ao sindicato, que, por sua vez, irá avisar a empresa para fazer o desconto no holerite.
| Folha de S. Paulo | | | | Sem acordo coletivo, categoria decretou greve geral nesta terça
O Sintect-SP (Sindicato dos trabalhadores dos Correios de São Paulo, Grande SP e Sorocaba) anunciou greve a partir desta terça (10) em todo o país por tempo indeterminado.
A decisão foi tomada após assembleias dos trabalhadores, que buscam reajuste salarial pela inflação, de 3,43%, e a manutenção de benefícios, como ter os pais como dependentes no plano de saúde e coparticipação de 30%; continuidade de percentual de férias em 70% e vales alimentação e refeição.
A categoria é contra a privatização dos Correios, medida defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Segundo ele, a iniciativa melhoraria e baratearia os serviços prestados.
O Sintect-SP diz que a decisão foi tomada em assembleias em locais como São Paulo, Bauru, Rio de Janeiro, Tocantins e Maranhão, que decretaram greve a partir das 22h dessa terça-feira (10)
Rivaldo Gomes -29.set.2017/Folhapress
Para o Sintect-SP, "a direção dos Correios a mando do governo se negou a negociar com os trabalhadores. O próprio TST denunciou isso". "A intenção do governo e da direção da ECT é acabar com os benefícios da categoria." Segundo o sindicato, em nota, a direção da ECT e o governo querem "reduzir radicalmente os salários e benefícios para privatizar os Correios".
No último dia 4 de setembro, os Correios rejeitaram uma mediação feita pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) com funcionários. Pela primeira vez uma empresa fechou as portas, de forma unilateral, em negociação dirigida pela corte, que é responsável por arbitrar impasses envolvendo categorias de empresas com abrangência nacional.
| Folha de S. paulo ( publicado em 10-09-2019) | | | | O fato é que se trata de um tributo bastante polêmico, pouco adotado na experiência internacional
O imposto sobre transações financeiras (ITF) é bastante polêmico entre os economistas e especialistas em questões tributárias de modo geral. A bem da verdade, há uma clara predominância de críticos a esse tributo.
A base tributária do ITF pode ter vários graus de abrangência, mas o usual é que incida em transações feitas pelo sistema financeiro, quitadas por meio de cheque, cartão de débito ou de crédito, por exemplo.
Os defensores do ITF costumam argumentar que o imposto apresenta um baixo custo administrativo. De fato, as transações ocorrem e os recursos entram automaticamente no caixa do Tesouro. Não é necessária qualquer iniciativa do contribuinte ou do fisco. A experiência do Brasil com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2008, quando o tributo foi extinto, é ilustrativa a esse respeito.
Outro argumento levantado pelos apoiadores é o da tributação da economia informal. Esse lado da economia passa à margem de todo tipo de registro que possa revelá-la, muitas vezes por causa da origem ilícita das operações, mas com frequência, com o simples objetivo de sonegar os impostos devidos. Como essas transações nem sempre podem deixar de ser feitas por meio do sistema financeiro, acabariam registradas e tributadas pela ITF.
Os problemas começam a surgir justamente nesse ponto. Não apenas a economia informal como a formal teriam incentivos para, a depender da alíquota do ITF, encontrar meios para transacionar fora do sistema financeiro, levando à chamada desintermediação financeira.
Trata-se de um problema sério, pois o efeito seria a redução da eficiência e da produtividade da economia. Basta pensar em uma situação extrema, na qual as transações fossem feitas com dinheiro. Na época da CPMF, por exemplo, os cheques eram emitidos e demoravam a ser descontados pois eram utilizados em outros pagamentos.
Pode-se alegar que a desintermediação financeira foi pouca significativa com essa contribuição. Entretanto, a alíquota era baixa (0,38%), escondida em uma taxa de juros bastante elevada. A arrecadação também era baixa, mais um imposto em meio a vários outros.
Um outro problema do ITF é a incidência cumulativa. Esse é um problema que aflige o Brasil, com seu complexo conjunto de tributos sobre bens e serviços. As propostas de reforma tributária que tramitam no Congresso buscam justamente resolver as distorções daí advindas.
Se um bem for produzido em várias etapas, várias transações financeiras seriam necessárias para se se chegar à etapa final, provavelmente, cada qual com a incidência do ITF. Nesse contexto, cria-se novamente um incentivo negativo, agora para organizar o processo produtivo e empresarial de modo a economizar etapas e reduzir a incidência do imposto, com perdas extras de produtividade e eficiência.
Outro problema do ITF que deriva das dificuldades antes apontadas é a falta de transparência. O desejável é que os contribuintes possam saber quanto estão pagando de impostos até para que possam fiscalizar os governantes para que usem os recursos de forma adequada. Essa é uma questão importante da nossa tributação sobre bens e serviços. É quase impossível conseguir discriminar em uma nota fiscal a parcela da conta formada por tributos. No caso do ITF, a dificuldade seria possivelmente ainda maior.
O ITF ficou por um bom tempo esquecido. Não houve qualquer tentativa séria de reinstituir a CPMF ou algo parecido nesses dez anos que se passaram desde sua extinção. O tema reascendeu na campanha presidencial e, principalmente, por conta dos sucessivos pronunciamentos de autoridades econômicas a respeito das virtudes desse imposto. Uma proposta do governo poderá ser enviada ao Congresso a qualquer momento, com a presença desse controverso tributo.
É preciso ver se isso de fato ocorrerá e, se ocorrer, como será, especialmente em termos de alíquota e abrangência. Substituirá outro tributo, como a contribuição previdenciária do empregador, ou resultará, na verdade, em aumento da carga tributária, já que o ajuste sobre despesas obrigatórias tem se mostrado tão difícil?
O fato é que se trata de um tributo bastante polêmico, pouco adotado na experiência internacional. O fato de termos produzido um sistema tributário tão distorcido não depõe favoravelmente a opções made in brazil.
Josué Pellegrini - Diretor da IFI
| Folha de S. Paulo | | | |
Para pagamentos no débito e no crédito, alíquota inicial estudada é de 0,2% em cada lado da operação
O governo planeja em sua proposta de reforma tributária que saques e depósitos em dinheiro sejam taxados com uma alíquota inicial de 0,4%. A cobrança integra a ideia do imposto sobre pagamentos, que vem sendo comparado à antiga CPMF.
Já para pagamentos no débito e no crédito, a alíquota inicial estudada é de 0,2% (para cada lado da operação, pagador e recebedor).
Ambas as taxas tendem a crescer após serem criadas, já que ideia do governo é usar o novo imposto para substituir gradualmente a tributação sobre os salários, considerada pela equipe econômica como nociva para a geração de empregos no país.
Marcelo de Sousa Silva, secretário especial adjunto da Receita Federal, defendeu a contribuição nesta terça-feira (10) no Fórum Nacional Tributário (promovido pelo sindicato dos auditores fiscais, em Brasília), ao ressaltar que o instrumento substituiria tanto a tributação sobre a folha como o IOF.
"Estamos ano a ano com uma regressão percentual de pessoas empregadas formalmente. E isso não pode ficar de fora da reforma tributária, porque o impacto mais significativo [para o emprego] talvez seja a desoneração sobre folha. Dentre todos os tributos no nosso ordenamento jurídico a tributação sobre folha é o mais perverso para a geração de empregos", afirmou.
Apesar de o governo rechaçar a semelhança com a antiga CPMF, ele próprio acabou fazendo a comparação ao mostrar um gráfico com o histórico relativamente estável das alíquotas de CPMF ao longo dos anos em que vigorou, o que representaria uma previsibilidade para a contribuição.
Silva afirmou que, com a substituição da tributação sobre folha de pagamentos pelo novo imposto, a seguridade social acabaria sendo bancada pela população como um todo. “Estamos transferindo o ônus para toda a sociedade”, afirmou. Ele ressaltou logo em seguida que a reforma vai propor, por outro lado, benefícios como ampliação da faixa de isenções e reembolso de impostos à baixa renda.
O presidente Jair Bolsonaro já havia afirmado neste mês à Folha que a recriação de um imposto nos moldes da antiga CPMF deve ser condicionada a uma compensação para a população. "Já falei para o Guedes: para ter nova CPMF, tem que ter uma compensação para as pessoas. Se não, ele vai tomar porrada até de mim", disse o presidente.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira (10) que tema tem muita dificuldade de andar na Câmara e que estava esperando a formalização da proposta.
"A CPMF tem pouco apoio entre aqueles que conhecem a questão tributária, não sei se esse é o melhor caminho para você resolver os custos com mão de obra", afirmou. "Nós entendemos a preocupação do governo. Acho que a intenção está correta, mas não sei se a fórmula é a melhor."
Reforma tributária planejada pelo governo
Contribuição sobre Pagamentos (CP)
Cobrança inicial de 0,2% no débito e no crédito financeiro
Cobrança inicial de 0,4% no saque e no depósito em dinheiro
CP substitui gradualmente contribuição patronal sobre a folha de pagamentos e extingue IOF arrecadatório e CSLL
Redução de 7% no custo sobre a folha de pagamento das empresas (equivalente ao custo do FGTS)
Não incide sobre operações do mercado financeiro
Fusão de Impostos
PIS e Cofins seriam fundidos na Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS)
CBS terá alíquota única de 11%
Desoneração total das exportações
Manutenção dos benefícios da Zona Franca de Manaus
Permitirá adesão de estados e municípios
Mudanças no IRPJ
Redução dos benefícios fiscais
Transferência da CSLL para a CP
Tributação dos dividendos
Alíquota do IRPJ cai de 34% para 20% a 25%
Mudanças no IRPF
Ampliação da base tributária sobre as altas rendas
Tributação de dividendos
Limite de isenção para moléstia grave
Redução de descontos no IRPF
Revisão de tributação sobre aplicações financeiras
Fonte: apresentação da Receita Federal
As mudanças devem integrar a proposta de reforma tributária sendo elaborada pela equipe econômica e que deve ser enviada ao Congresso. O plano do governo está dividido em três pernas. Uma é justamente a criação do imposto sobre pagamentos. Outra é a junção de diferentes impostos federais em um único tributo sobre bens e serviços. E a terceira são as mudanças no imposto de renda.
Segundo Silva, as propostas para o imposto de renda devem ser concluídas pela equipe econômica ainda nesta semana. Pela proposta, o Imposto sobre a Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) deve diminuir de 34% para um percentual entre 20% e 25%.
No caso do Imposto de Renda sobre Pessoas Físicas (IRPF), o governo planeja aumentar a base tributária (ou seja, o número de pagadores de impostos) entre os mais ricos. De acordo com o secretário, isso será alcançado com a própria tributação de dividendos, criação de um limite para benefícios de portadores de moléstias graves redução de descontos e revisão sobre aplicações financeiras.
Com as mudanças no imposto de renda, o governo defende que haverá a correção de um problema existente hoje, quando a curva da chamada alíquota efetiva (o percentual em impostos realmente cobrado do contribuinte) cresce até determinada faixa salarial e depois começa a cair entre os mais ricos. "Temos que fazer a curva continuar até as altas rendas. Hoje [a arrecadação] está concentrada nas primeiras faixas", disse.
O secretário ainda indicou que a fusão de impostos deve começar apenas com a junção de PIS e Cofins, que virariam a Contribuição sobre Bens e Serviços. A alíquota proposta será de 11%.
| Folha de S. Paulo (publicado em 10-09-2019) | | | | Medida beneficia principalmente os Estados Unidos, principal exportador de etanol para o Brasil
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (10) a urgência do projeto de decreto legislativo que susta decisão do governo de aumentar a cota para importações anuais de etanol sem tarifa.
Ainda é necessário que seja apreciado o mérito do projeto, o que não deve acontecer na mesma sessão. A aprovação da urgência é parte da articulação para derrubar a portaria publicada no final de agosto.
Pelo texto, o governo brasileiro elevou para 750 milhões de litros (ante 600 milhões anteriores) uma cota para importações anuais do combustível.
A medida beneficia principalmente os Estados Unidos, principal exportador de etanol para o Brasil, e aliado do presidente Jair Bolsonaro.
A proposta de sustar os efeitos da portaria é assinada pelo líder da maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e tem apoio do centrão.
Os deputados dizem que a medida impacta os produtores brasileiros e precisa ser discutida pelo Congresso.
"As usinas brasileiras esperavam que o fim da cota significaria o início da cobrança tarifária em 20% sobre todas as importações de etanol. Embora a medida tenha possibilitado a abertura do mercado internacional, discussões dessa natureza precisam ser melhores enfrentadas pelo Parlamento brasileiro", diz o texto do projeto.
| Folha de S. Paulo (publicado em 10-09-2019) | | | | O fusquinha amarelo parado em um dos acessos do Salão do Automóvel de Frankfurt tem um cabo de energia plugado no lugar em que deveria haver o bocal do tanque. O carro foi transformado em elétrico com o apoio da Volkswagen.
Batizado de e-Käfer, o Fusca alemão que pode ser recarregado na tomada é construído pela empresa eClassics. A VW fornece toda a parte mecânica, que vem do compacto e-Up. A potência chega a 81 cv e há bastante força disponível nas arrancadas.
Segundo dados da fabricante, o modelo pode chegar aos 80 km/h em oito segundos.
O Fusca em exposição é conversível e traz alguns detalhes modernizados. Os faróis têm lentes lisas e LEDs. Além disso, os estribos laterais foram transformados em peças inteiriças pintadas na cor da carroceria.
Por dentro, o quadro de instrumentos traz um marcador digital de autonomia, que pode chegar a 200 quilômetros.
O e-Käfer está exposto em uma área de pouco destaque em Frankfurt, mas pelas tantas pessoas que param ao lado para fazer selfies durante a prévia do evento, deverá ser um dos carros mais fotografados. O Salão do Automóvel de Frankfurt estará aberto ao público entre os dias 12 e 22 de setembro.
Enquanto o Fusca elétrico chama a atenção do lado de fora, o ID3 é a principal atração da Volkswagen dentro de seu estande. Mas será difícil superar o carisma do besouro amarelo.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 10-09-2019) | | | | Crise abala venda de carros no país vizinho
A Volkswagen vai interromper por quatro meses a exportação de carros produzidos no Brasil para a Argentina. Os estoques estão elevados no país vizinho, que, devido à crise, vê as vendas de veículos despencarem.
Apesar disso, os planos de produção futura na fábrica argentina da Volks continuam de pé. A montadora pretende produzir o utilitário esportivo Tarek na unidade de Pacheco.
| Folha de S. Paulo (publicado em 10-09-2019) | | | | Metas apertadas de redução de emissões provocam o maior fluxo de lançamentos de híbridos e elétricos na Alemanha
Quem circular ao longo dos 12 pavilhões da Messe onde esta semana acontece o Salão de Frankfurt, na Alemanha, sairá da exposição com a nítida impressão que o mundo da mobilidade individual, representado pelo automóvel, mudou para outro planeta – e ele é completamente eletrificado.
Ao menos foi essa a imagem que dezenas de expositores do IAA 2019, fabricantes de veículos e sistemas automotivos, quiseram passar aos jornalistas que foram conhecer as novidades nos dois dias do evento dedicados à imprensa, antes da abertura oficial ao público.
O que se viu este ano foi um genuíno salão de carros elétricos e híbrido. Em alguns momentos, as apresentações fizeram parecer até que os motores a combustão acabaram, em um universo paralelo que bem ao lado de fora da feira contrasta com a realidade de ruas cheias de motores queimando gasolina e diesel.
Olhando para o futuro próximo que o IAA deixa antever, o que era apenas uma abstração tecnológica há menos de 10 anos virou lugar-comum. A indústria automotiva alemã – e as estrangeiras que operam no país – lançaram mais de uma centena de automóveis elétricos e híbridos.
São tantos que, em alguns estandes, a propulsão elétrica passou de coadjuvante a ser protagonista. Por falta de espaço para mostrar tantas ofertas de eletrificação, nos dias de imprensa alguns fabricantes deixaram do lado de fora dos pavilhões os veículos equipados unicamente com motor a combustão.
Por traz da aparente limpeza da pegada de carbono dos automóveis produzidos na Europa está a dura legislação da União Europeia (UE). Em 2015 a obrigação dos fabricantes era que a média de emissões dos veículos vendidos fosse de no máximo 130 gramas de CO2 por quilômetro rodado.
O Parlamento Europeu reduziu em 25% o limite para 95 g/CO2/km a partir de 2020 e este ano já estipulou um novo e ambicioso corte de 37,5% até 2030. Na prática, quem não eletrificar a frota não alcançará essas metas e poderá pagar pesadas multas por grama de CO2 excedente para cada carro vendido.
“Será necessária uma rápida penetração de veículos elétricos no mercado para alcançar objetivos ambiciosos de redução de emissões da UE. Para reduzir em 37,5% do nível atual, somente na Alemanha de teremos de colocar nas ruas de 7 a 10,5 milhões carros elétricos até 2030”, calcula Bernhard Mattes, presidente da VDA, Associação Alemã da Indústria Automotiva.
Tudo isso vai custar muito dinheiro: “Nos próximos três anos fabricantes de veículos e seus fornecedores vão investir € 40 bilhões em mobilidade elétrica, para ter uma oferta de 150 modelos eletrificados até 2023”, acrescenta Mattes.
O FUTURO ELÉTRICO NO IAA 2019
Todo esse movimento, de cumprir a legislação sem perder clientes, está estampado nos estandes do IAA 2019, que apontam claramente para o futuro elétrico desde já, com a promessa de mais de uma centena de lançamentos agora e nos próximos anos, mesmo que ainda faltem respostas para todas as questões. Os compradores de veículos têm ainda muita insegurança quanto aos veículos elétricos, não enxergam nas ruas uma grande rede de recarregamento de baterias e temem quanto à vida útil de um bem caro.
“A infraestrutura precisa ser ampliada de maneira sustentável. A Alemanha tem 20.650 pontos de recarga e isso não é suficiente. Até 2030 [para sustentar o volume de carros elétricos previstos na frota] precisamos de 1 milhão de pontos públicos e outro milhão de privados, além de 100 mil estações adicionais de recarga rápida”, afirma o presidente da VDA.
Com ou sem infraestrutura, o fato é que os fabricantes estão cumprindo a promessa de ser cada vez mais elétricos. No IAA, a Volkswagen (maior fabricante europeu) montou um estande completamente tomado de opções eletrificadas, desde modelos já conhecidos de sua linha, como a versão elétrica e-Up!, até o hatch médio ID.3, o primeiro lançamento comercial de sua plataforma modular puramente elétrica MEB – uma estratégia lançada há apenas quatro anos como antídoto do escândalo da fraude de emissões de motores diesel do grupo.
Embora tenha dimensões externas comparáveis a de um Golf, a Volkswagen quer que o ID.3 seja “o veículo elétrico do povo”, remontando às origens de seu próprio nome (carro do povo em alemão) surgido nos anos 1930, quando abriu o caminho da motorização para milhões de pessoas no mundo com o Fusca. O ID.3 começa a ser vendido na Alemanha por € 24 mil com incentivos do governo (o preço sem eles é de € 30 mil) com banco de baterias que garante autonomia de até 420 km, mas já está previsto o lançamento de versões acima e abaixo, para rodar até 330 km ou 550 km antes de precisar de recarga.
Em sua guinada elétrica, a Volkswagen não quer nada menos do que ser a maior vendedora de veículos elétricos do mundo, com o lançamento de 20 modelos até 2028 e a ambição de colocar 50 milhões de unidades para rodar em todo o mundo. Parte significativa deles será construída sobre a futurista plataforma MEB, da qual depois do ID.3 ainda vão nascer um SUV, sedã e até o sucessor da Kombi, o simpático ID.Buzz, todos presentes no salão ainda como protótipos.
SOFISTICAÇÃO ELETRIFICADA
Ao menos pelo que se vê neste IAA, a eletrificação veicular envolve bem mais do que modelos populares e compartilhados. Muito pelo contrário, fabricantes de marcas premium apostam que carros elétricos e híbridos altamente sofisticados, tanto do ponto de vista tecnológico como do luxo oferecido, e farão grande diferença para continuar a alimentar e estimular o desejo pela mobilidade individual.
Ola Källenius, o recém-empoderado presidente do conselho do Grupo Daimler e chefe da Mercedes-Benz Cars, durante sua suntuosa apresentação no salão de Frankfurt reconheceu que “a eletrificação é o ponto central do IAA 2019”, ao mesmo tempo em que figuravam atrás de si no palco nada menos que 19 opções inéditas de carros elétricos e híbridos plug-in da marca.
Todos são parte da estratégia de até 2030 eletrificar metade do portfólio de produtos, primeira etapa da ambição de até 2039 oferecer uma frota de modelos 100% neutra em emissões de CO2. Também está nos planos até 2022 criar fontes de recarga neutras na Alemanha e produzir na Europa sem emitir gases de efeito estufa. Tudo isso sem abrir mão do luxo de um Mercedes-Benz.
“Estamos convencidos de que a necessidade de mobilidade individual vai continuar a crescer no mundo. Aliado a isso, especialmente para a Mercedes-Benz, vemos uma segunda tendência global: a demanda por algo especial, por produtos e experiências extraordinárias. Nosso trabalho agora é redefinir o ‘luxo moderno’, que precisa ser desejável, contemporâneo e sustentável”, afirma Ola Källenius.
Traduzindo em ações, a Mercedes lançou no IAA versões híbridas plug-in de quase todo seu portfólio. Modelos Classe E, C, B, A, GLC e GLE ganharam baterias e motor elétrico capazes de sustentar a tração 100% elétrica por até 70 km, o suficiente para o uso diário da maioria das pessoas que trafega nas cidades. O carro pode ser recarregado à noite na tomada ou pelo motor a combustão, que trabalha em conjunto na estrada. De quebra, a Mercedes transformou toda a sua linha de minicarros Smart em veículos 100% elétricos.
Também foram apresentados os elétricos EQC, baseado no SUV GLC, e o EQV, uma van Vito alimentada por baterias. Até 2021 estão a caminho 10 modelos baseados na plataforma elétrica EQ da Mercedes-Benz. A marca adiantou uma visão do que será a nova linha com a apresentação pela primeira vez do carro-conceito Vision EQS, um cupê de quatro portas que mostra que o futuro elétrico pode ser desenhado com belos traços.
A concorrente BMW foi pela mesma linha, destacando para si a liderança em vendas de veículos eletrificados na Europa. “Estamos à frente, lançamos a linha de elétricos i em 2014 e estamos na quinta geração de híbridos. Até 2023 teremos 23 modelos eletrificados no portfólio e estamos trabalhando fortemente nas células de combustível com o iHydrogen Next. Teremos uma frota em testes em 2022”, enumera Oliver Zimpse, CEO do Grupo BMW.
A BMW também deu tom futurista ao seu projeto de eletrificação com a apresentação do Concept 4, um cupê esportivo elétrico que deverá se tornar realidade como i4 em 2021, juntando-se ao portfólio “i” que já conta com o compacto i3 e o híbrido i8. O carro-conceito traz consigo uma renovada identidade visual, que deverá se espalhar por outros carros da marca.
Outro símbolo do luxo veicular alemão, a Audi promete ter 30 carros eletrificados até 2025, sendo 20 deles 100% elétricos. “O futuro é elétrico”, resumiu o CEO Bram Schot. Nesse sentido, a marca premium do Grupo VW apresentou quatro abstrações tecnológicas movidas unicamente por baterias e com avançados sistemas de condução autônoma e inteligência artificial: uma espécie de cupê AI:Com, o compacto urbano AI:Me, o 4x4 offroad AI:Trail e o superesportivo AI:Race.
No mesmo pavilhão ocupado por todas as marcas do Grupo VW, até a Porsche, que já tinha lançado híbridos, agora se rendeu à propulsão puramente elétrica com o recém-lançado Taycan, um cupê de quatro portas que quer concorrer com a Tesla, primeira marca a explorar o luxo e esportividade da eletricidade.
Marcas estrangeiras também fazem seus lançamentos elétricos em Frankfurt. A japonesa Honda levou à Alemanha a versão de produção do minicarro Honda-e. A coreana Hyundai eletrificou vários de seus carros vendidos no mercado europeu e apresentou co conceito elétrico 45. A base europeia da americana Ford nem convocou entrevista coletiva para apresentar seus modelos, mas trouxe ao IAA a maior linha de veículos eletrificados já lançada pela marca na Europa. As novidades incluem o híbrido Puma EcoBoost, os híbridos plug-in Explorer e Tourneo Custom e o Kuga, primeiro modelo da Ford a oferecer as opções de mild-hybrid 48V, total e plug-in.
A eletrificação do IAA também tomou conta da frota de carros colocada à disposição dos jornalistas para o transporte entre os distantes pavilhões da Messe. Modelos elétricos – inclusive alimentados por células de hidrogênio – de meia dúzia de marcas como Hyundai, BMW, Mini e Mercedes-Benz faziam o trajeto circular. Mas nenhum deles chamou tanta atenção quanto uma restaurada VW Kombi dos anos 1970, com pintura estilizada e duas pranchas de surf no bagageiro do teto, roncando com seu característico motor refrigerado a ar, como que para lembrar que o mundo automotivo já foi bem diferente, mas continua a fascinar as pessoas.
| Automotive Business (publicado em 10-09-2019) | | | |
Volume chega a 743,5 mil unidades em oito meses; agosto é o melhor mês do ano com mais de 114,7 mil
A produção de motos acumula crescimento de 6,7% de janeiro a agosto ao comparar com o volume de iguais meses do ano passado. Dados da Abraciclo, associação das fabricantes, divulgados na terça-feira, 10, apontam que as linhas de montagem instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) entregaram pouco mais de 743,5 mil unidades.
Em agosto, a indústria nacional atingiu a produção de 114,7 mil motos, o melhor resultado mensal do ano. Até então, apenas os meses de fevereiro (101,3 mil) e de maio (100,9 mil) haviam ultrapassado a barreira das 100 mil unidades fabricadas em um único mês.
Segundo o presidente da entidade, Marcos Fermanian, a alta registrada nas linhas de montagem reflete fatores que estão impulsionando o mercado, como a maior oferta de crédito para o consumidor, o que eleva o número de financiamentos de motos.
“Este veículo tem se tornado um importante aliado para a melhoria da mobilidade urbana e isso gera interesse crescente pela aquisição de novos modelos”, afirma o executivo.
Os números confirmam a tendência: de janeiro a agosto, foram vendidas mais de 708,7 mil unidades, aumento de 14% sobre os emplacamentos de mesmo intervalo de 2018. Em agosto, os licenciamentos fecharam em 88,6 mil, leve queda de 1,6% contra julho deste ano. Contudo, a média diária de vendas cresceu 4,2%: no mês passado, foram emplacadas pouco mais de 4 mil motos em cada um dos 22 dias úteis de agosto, o melhor volume para o mês desde 2015.
As vendas no atacado – das fabricantes para as concessionárias – avançaram 13,5% no acumulado do ano, para 720,7 mil.
Para Fermanian, o mercado deve continuar em expansão nos próximos meses com a expectativa dos lançamentos que serão apresentados no Salão Duas Rodas, que ocorre entre 19 e a 24 de novembro em São Paulo.
Na direção contrária do mercado doméstico, as exportações de motocicletas caíram na ordem de 50% no acumulado do ano, com apenas 53 mil unidades embarcadas. O resultado se deve à retração na Argentina, para o qual o Brasil exporta quase 46% do total de motos destinadas a outros mercados: de janeiro a agosto, o país vizinho comprou menos de 13 mil motos feitas no Brasil.
| Automotive Business (publicado em10-09-2019) | | | | Complexo em Gravataí teve a terceira ampliação anunciada em 2017 com aporte de R$ 1,4 bilhão
A General Motors Mercosul inaugura na próxima semana a sua nova plataforma de veículos no complexo em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A montadora confirmou nesta quinta-feira (5) que lança no dia 12, em evento na sede da (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre, o novo carro e a nova fase de produção do parque fabril. A apresentação do modelo será acompanhada por concessionários da marca no Mercosul.
Esta é a terceira ampliação em quase 20 anos no Complexo Industrial Automotivo General Motors (Ciag), às margens da BR-290 (freeway), no Rio Grande do Sul. Segundo a GM, a produção do modelo já começou na segunda-feira (2). A data da chegada do novo carro, um dos que serão feitos na nova plataforma, será divulgada no lançamento.
A marca estreou a produção gaúcha para o mercado em julho de 2000. A primeira expansão foi anunciada em 2004, e a segunda em 2010. O novo modelo - o primeiro da plataforma - faz parte de pacote de investimento anunciado em 2017, totalizando R$ 6,5 bilhões, sendo R$ 1,4 bilhão para o desenvolvimento da plataforma que agora será apresentada e mudanças estruturais nas instalações da unidade gaúcha.
No começo do ano, a montadora, após chegar a ameaçar deixar o Brasil em função de custos de produção e queda na demanda de mercado, confirmou novo ciclo de aportes, que podem alcançar R$ 10 bilhões e devem abranger o período de 2019 a 2024. Os planos de investimentos do setor costumam abranger períodos de cinco anos.
O novo carro gaúcho gaúcho, que até agora não foi revelado, é uma plataforma voltada a mercados globais da marca. Vai atender tanto o mercado brasileiro como o internacional. A fábrica de Gravataí é considerada uma das mais eficientes por ter alta produtividade. Um carro fica pronto em até um minuto, considerando todas as linhas que passa até ser concluído. O parque industrial também ganhou ainda mais tecnologia, na terceira expansão, com ingresso de mais robôs em diversas etapas da produção.
O complexo fabrica hoje dois modelos, o Prisma, que vem desde a primeira ampliação, e Onix, que é líder em vendas no Brasil em sua categoria de modelo hatch pequeno de veículos. A unidade tem capacidade de montra 350 mil carros por ano - é a maior em capacidade da GM no Mercosul -, e conta com 7 mil trabalhadores, entre diretos e indiretos.
Na fábrica e ligados à GM, são cerca de 3 mil, sendo mil a mais comparando com a condição anterior ao novo projeto. Os outros 4 mil trabalham principalmente nos dezoito sistemistas, que são fornecedores de peças e componentes para os carros a serem montados na fábrica, que ficam dentro da área do complexo.
Todas as fases da fábrica da GM em Gravataí:
2000: inauguração da fábrica em julho, que teve a construção iniciada em 1998. Investimento de US$ 600 milhões, na época. Primeiro carro foi o Celta, hoje fora de linha, e a capacidade era de 120 mil veículos ao ano.
| CIMM | | | | O Projeto ALISE surpreendeu com a primeira versão de sua bateria de lítio-enxofre, quase três vezes melhor que as atuais.
Bateria lítio-enxofre
O Projeto ALISE, financiado pela União Europeia (16 parceiros de 5 países), surpreendeu com a primeira versão de sua bateria de lítio-enxofre.
Com uma densidade de energia de 440 watts-hora por quilograma (Wh/kg) - próximo ao objetivo final do projeto, de 500 Wh/kg - a bateria Li-S tem mais de duas vezes mais energia e é 15% mais leve do que uma equivalente de íons de lítio.
Para comparação, outras tecnologias emergentes, como as baterias ar-lítio, atingiram 300 Wh/kg, enquanto os protótipos de baterias de íons de sódio vêm logo atrás, com 90 Wh/kg - as baterias de íons de lítio atuais têm cerca de 150 Wh/kg.
As baterias de lítio-enxofre vêm sendo pesquisadas há anos não apenas por sua maior leveza, mas também por uma durabilidade significativamente superior em relação às atuais e pelo seu alto potencial energético.
O protótipo apresentado agora, por exemplo, atinge apenas 17% da densidade energética teórica do enxofre, que é de 2.600 Wh/kg.
Por isso, a equipe afirma que, prosseguindo sua linha de desenvolvimento, é razoável contar com uma bateria de até 800 Wh/kg no futuro próximo, bem acima do objetivo inicial, para uso em veículos elétricos e híbrido-elétricos.
Outra vantagem esperada das baterias Li-S é que o enxofre é bem mais barato do que os componentes usados nas baterias de íons de lítio, potencialmente reduzindo os custos.
2006: primeira ampliação do complexo é inaugurada. Investimento de US$ 240 milhões na produção do sedã Prisma. Capacidade sobe a 230 mil veículos ao ano.
2012: segunda expansão, com aporte de R$ 1,4 bilhão e lançamento do Onix. Capacidade de produção sobe para 350 mil veículos ao ano.
2017: anúncio da terceira ampliação, com aporte de R$ 1,4 bilhão para Gravataí.
2019: GM vai apresentar novo carro no dia 12 de setembro. Antes, também houve anúncio de novo ciclo de investimento no Brasil, mas não há detalhes de aportes para a unidade gaúcha, o Complexo Industrial Automotivo General Motors (Ciag), às margens da BR-290 (freeway) em Gravataí.
| CIMM | | | | Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL
A indústria 4.0 está cada vez mais preocupada com a segurança de dados e isso deve ser uma forte tendência para os próximos anos
A segurança dos dados é um problema comum dentro da Tecnologia da Informação. Agora, tornou-se uma preocupação para a indústria 4.0, uma vez que pode frear seu desenvolvimento e seus resultados.
Ao analisar o início do processo de automação industrial, não é difícil perceber que o roubo de dados não estava entre suas inquietações. Isso porque não existia uma rede e as informações eram armazenadas localmente.
Com a transformação digital, Tecnologia da Informação e Tecnologia da Automação passaram a atuar de maneira colaborativa, o que abriu espaço para novos desafios, dentre eles a segurança dos dados.
A verdade é que a indústria 4.0 abriu as portas para cenários que, até então, eram inimagináveis. Porém, a integração entre máquinas, pessoas e internet tem seus pontos críticos e trouxe a insegurança para o cotidiano industrial.
Sem o devido investimento em segurança de dados, informações estratégias, fórmulas químicas e senhas de acessos podem parar nas mãos erradas. Trata-se de um grande risco, capaz de gerar prejuízos que ultrapassam as perdas financeiras e podem causar sérios danos à reputação de uma marca.
Enquanto a Indústria 4.0 prevê uma agilidade, produtividade nunca vista e imaginada no mercado. Os mesmos motivos que levam a ter esse ganho são os mesmos que podem levar a grandes problemas de segurança da informação que podem acarretar em perdas igualmente não imagináveis, arriscando ao afirmarmos que pode ser motivo pela falência de uma empresa.
Não é por acaso que os investimentos em segurança da informação crescem exponencialmente. Segundo a IDC, os gastos com inteligência artificial e machine learning devem chegar a US$ 671 milhões em 2019. Uma das justificativas para esse número é a busca por prevenção de ataques de ransomware.
Dentro do cotidiano da indústria, esses ataques têm um modus operandi bem comum. Após a inserção de um pen drive ou abertura de um anexo duvidoso de e-mail, um programa invade o sistema. Depois de instalado, todos os dados e ações realizadas ficam à disposição do hacker, que pode roubá-los, alterá-los e deletá-los.
Assim sendo, a proteção dessas informações precisa ser eficiente e agir de modo progressivo. A melhor estratégia é trabalhar os acessos, liberando permissões e bloqueando usuários, de modo que a visualização dos dados só seja permitida a quem está autorizado.
Nesse contexto, algumas ferramentas e ações podem ser implementadas com sucesso, como a autenticação de usuários, o controle de acesso, a identificação de invasores e arquivos suspeitos, o uso de criptografia de dados e das varreduras periódicas em busca de vírus.
As soluções da BluePex para a segurança e controle de redes, servidores e endpoint atuam diretamente nos problemas apresentados. Elas garantem conexões seguras e o bloqueio do acesso a aplicativos, páginas e dispositivos de armazenamento, como HD externo e pen drive, o que reduz os riscos de invasões e favorece o monitoramento em tempo real.
Essas são ferramentas modernas e eficazes para a proteção de dados dentro da indústria 4.0. Sendo de fácil implementação e uso, a detecção de ameaças é feita de maneira automática e muito mais rápida, o que representa uma segurança efetiva aos dados e às informações sigilosas e estratégicas do negócio.
Com mais de 14 anos de atuação no mercado, a BluePex se especializou no desenvolvimento de soluções de segurança e controle de TI no Brasil, oferecendo aos seus clientes produtos inovadores para um desafio real.
Diante de inúmeras ameaças, esse é um investimento imprescindível para o sucesso da indústria, que está cada vez mais moderna e precisa contar com recursos que protegem com eficiência aquilo que é mais importante.
| Ind4.0 | | | | Para melhorar os materiais de construção, os engenheiros se baseiam na natureza, tentando imitar a resistência dos conglomerados e arenitos das montanhas.
Concreto de endurecimento rápido
Um novo tipo concreto de endurecimento rápido promete reduzir o tempo de construção de estruturas de engenharia em três a quatro vezes.
O concreto é resistente a rachaduras, à água, ao gelo e, por isso, adequado para construção nas mais variadas condições ambientais. E a tecnologia para sua fabricação pode ser implementada nas fábricas atuais com gastos mínimos, garantem Ruslan Ibragimov e Roman Fediuk, da Universidade Estadual de Kazan, na Rússia.
A resistência à compressão do novo concreto - alcançada 28 dias após o vazamento - aumentou de 2,7 a 3,3 vezes (B60) em comparação com as misturas tradicionais de concreto de componentes similares. A resistência ao gelo aumentou três vezes, saindo de F200 e chegando a F600, e resistência à água (a pressão sob a qual a água permeia um concreto) aumentou mais de quatro vezes - W18 em vez de W4.
Geônica
Para melhorar os materiais de construção, os engenheiros se baseiam na natureza, mas ainda não conseguiram obter a mesma resistência que os conglomerados e arenitos das montanhas. A força dessas pedras naturais é 10 vezes maior, ainda que elas tenham quase a mesma composição e a estrutura que o concreto.
Para tentar diminuir esse hiato, surgiu um novo campo da ciência, a geônica, ou geomimética, que tenta imitar as rochas, assim como a biomimética tenta imitar os seres vivos.
"Nossa tarefa é melhorar a força dos novos materiais de construção, aproximando suas características das características naturais através do uso de novas tecnologias. No momento, somos capazes de criar concreto várias vezes mais forte do que o obtido com tecnologias antigas," disse Fediuk.
Materiais da mesma origem
Além de mudanças no processo de fabricação, as melhorias foram obtidas selecionando as matérias-primas do concreto em termos de similaridade de sua composição química, características físicas e mecânicas. De acordo com os princípios da geônica, essa similaridade pode ser alcançada se a brita, a areia, o cimento e a água - todos os componentes tradicionais do concreto - forem obtidos na mesma área geográfica. Portanto, é mais rentável produzir os componentes na região onde o concreto será produzido.
Uma das mudanças no processo, que também o tornam mais ambientalmente amigável, foi a redução no uso de água, que normalmente controla a fluidez da mistura de concreto. No entanto, quando seca, a água provoca rachaduras, diminuindo a resistência da estrutura.
Na nova composição, toda a água não essencial é substituída por superplastificantes de última geração. Essas substâncias fazem com que as moléculas da mistura de concreto se afastem umas das outras, o que resulta em aumento da fluidez, trabalhabilidade e outras qualidades do concreto úteis para a engenharia de construção.
Outro passo importante é a ativação mecânico-química, ou seja, os componentes do concreto são misturados e triturados em alta velocidade em um aparelho de rotação pulsante - um misturador de concreto especial.
Velocidade na construção
A característica de endurecimento rápido do novo concreto - a redução da água utilizada é uma das principais responsáveis por esta melhoria - permite remover a cofragem das estruturas em três a sete dias, em vez de 28 dias, como normalmente é necessário. Contudo, ainda são necessários 28 dias para que o novo concreto atinja sua resistência final.
Os dois engenheiros afirmam que é possível fabricar concreto de resistência rápida semelhante ao novo usando métodos tradicionais, mas haverá inconvenientes, como ineficiência de custo e danos ao meio ambiente. Para obter o mesmo endurecimento rápido seria necessário usar uma quantidade maior de cimento de alta qualidade. E a fabricação de cimento ocupa a posição número dois no mundo em termos de liberação de gases de efeito estufa, defende ele.
| CIMM (publicasdo em 10-09-2019) | | | | Dez milhões e meio. Esse é o número de profissionais ligados à tecnologia que precisam ser qualificados para trabalhar na indústria brasileira até 2023, segundo o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Os dados constam do Mapa Industrial do Trabalho, publicado pelo órgão.
A maior demanda será por qualificação de trabalhadores que já estão empregados e, em menor parcela (22%), capacitação para quem ainda vai ingressar no mercado de trabalho. O estudo também prevê que as vagas disponíveis aumentarão em 22,4% no mesmo período.
Nos meios acadêmicos, a situação já é perceptível na formação dos alunos. “Nós percebemos as mudanças no mercado de trabalho quase em tempo real, e elas impactam diretamente o meio acadêmico”, diz o coordenador de Engenharia da Computação do Centro Universitário Internacional Uninter, Frank Alcantara.
Como exemplo, o professor assinala duas disciplinas que são oferecidas na instituição: Computação Quântica e Inteligência Artificial, além de conteúdos sobre internet das coisas e indústria 4.0. “Em especial na disciplina de Computação Quântica, estamos antecipando uma necessidade que o mercado terá em quatro ou cinco anos. É preciso ficar de olho no futuro”, defende.
As tecnologias também podem ser usadas para modernizar a própria educação. Com a popularização do ensino a distância, a tecnologia de realidade virtual, por exemplo, leva experiências imersivas aos estudantes que estão longe.
“Nós já estamos desenvolvendo um laboratório em realidade virtual, no qual os estudantes poderão realizar experimentos. Também estamos planejando um tutor inteligente, usando inteligência artificial, que vai guiar os estudantes, adaptando a rota de aprendizagem de cada um”, conta.
| CIMM (publicado em 10-09-019) | | | | Um grupo de montadoras instaladas no Brasil tem conversado com um grupo de empresas de energia e de tecnologia para montar uma rede de abastecimento para carros híbridos ou elétricos no País. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 10, pelo presidente da Volkswagen para América do Sul e Caribe, Pablo Di Si, durante conversa com jornalistas no Salão de Frankfurt.
A Volkswagen é uma das marcas que participaram das conversas. Di Si não quis revelar os nomes das outras montadoras envolvidas no esforço, mas disse que são “quatro ou cinco” no total.
Detalhou também que há uma empresa de tecnologia que tem centralizado as negociações porque seria a responsável para montar a estrutura, enquanto as empresas de energia, naturalmente, ficariam responsáveis pelo fornecimento do combustível.
A declaração do executivo foi dada após ter sido questionado sobre as condições de infraestrutura do Brasil para um mercado de carros elétricos.
A Volkswagen lançou um automóvel elétrico no Salão de Frankfurt, o ID.3, para ser comercializado inicialmente na Europa, e tem planos para levar um outro modelo elétrico ao Brasil no fim de 2021.
| Tribuna PR (publicado em 10-09-2019) | | | |
|
| | |
|
|