| 13 de DEZEMbro de 2019
Sexta-feira
- Governo acaba com multa de 10% do FGTS na demissão; medida entra em vigor em 1º de janeiro
- Congresso não quer taxar seguro-desemprego e ameaça MP Verde e Amarelo
- Analistas veem retomada certa, mas com riscos
- Oito cidades concentram 25% das riquezas do Brasil, afirma IBGE
- Atividade econômica cresce 0,17% em outubro e economia segue em recuperação, indica IBC-Br
- 'Sinais sugerem trajetória de crescimento', diz ex-diretor do BC
- O setor de petróleo e gás pode experimentar um aquecimento de negócios em 2020, diz executivo
- Faturamento e produção do setor eletroeletrônico ficam estáveis em 2019
- Dassault Systèmes lança o Museu da Inovação, uma experiência imersiva 3D em realidade virtual
- Novas tecnologias digitais aumentam 22% a produtividade das indústrias
- ProConcept Sistemas e GlobalCad firmam parceria para alavancar negócios no mercado da Indústria 4.0
- Engenheiro explica as novidades da indústria 4.0
- Tecnologias da Indústria 4.0 aumentam em 22%, em média, produtividade em PMEs
- Ford pode investir R$ 1,4 bi na Bahia, afirma sindicato
- Vendas de veículos têm alta de 8,3% de janeiro a novembro
- Pesquisa testa o uso de nióbio como catalisador em célula a combustível
- Indústria brasileira do aço espera retomada em 2020
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Em 13/12/2019
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Fonte: BACEN
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| | | | | Mudança já foi publicada no Diário Oficial, mas também está na MP do Emprego Verde Amarelo
O governo Bolsonaro acabou com a multa de 10% do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) paga pelas empresas à União em demissões sem justa causa. Com isso, os desligamentos feitos a partir de 1º de janeiro de 2020 estarão dispensados desse pagamento.
A extinção dessa cobrança, chamada de contribuição social e criada por uma lei complementar de 2001, foi incluída pela comissão mista que discutiu a Medida Provisória 889, a dos novos saques do FGTS.
Essa MP foi convertida na lei nº 13.932, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro na quarta (11) e publicada na edição de quinta-feira (12) do Diário Oficial da União.
Quando um funcionário é demitido sem justa causa, a empresa tem que calcular uma multa de 50% sobre todos os depósitos realizados na conta desse trabalhador.
Desse total, 40% referem-se a uma indenização pela dispensa e são pagos ao funcionário. Os outros 10% vão para o governo. O valor pago ao trabalhador continua em vigor e não foi alterado.
No relatório encaminhado pela comissão mista, o senador Chico Rodrigues afirma que a contribuição já cumpriu sua função. Quando foi criada, a cobrança pretendia compensar os pagamentos de atualização monetária devidos às contas do Fundo de Garantia em decorrência dos planos econômicos.
Em 2018, o recolhimento desses valores somou R$ 5 bilhões em arrecadação ao FGTS. "Trata-se de um tributo a mais a elevar o custo do trabalho, tornando a dispensa sobremaneira onerosa para o empregador, que já está sujeito ao pagamento da multa de 40% sobre todos os depósitos ao Fundo e suas remunerações", diz.
O advogado e professor de direito do trabalho da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), Ricardo Calcini, diz que a extinção da contribuição pode reforçar a tese de empresas que buscaram o judiciário para cobrar a devolução desse valor.
"As empresas defendiam justamente o fato de a contribuição ter perdido a finalidade para a qual foi criada. O governo nunca reconheceu isso", afirma.
Com o fim desse valor adicional, as demissões ficarão mais baratas.
Em outubro, o governo já estudava o envio de uma MP que acabasse com a cobrança. Como os valores passam pelo Orçamento antes de irem para a administração do FGTS, o montante entra no cálculo do teto de gastos e ocupa espaço orçamentário.
A lei publicada no DOU na quinta também trouxe mudanças no Saque Certo, que incluiu mais duas modalidades de retirada de dinheiro do fundo. No saque imediato, os trabalhadores com até um salário mínimo (R$ 998 neste ano) poderão retirar esse valor de cada uma de suas contas no fundo.
O limite anterior, previsto na MP, era de R$ 500 por conta. Quem já fez o saque seguindo a regra anterior e está enquadrado no novo limite, poderá retirar o restante no dia 20.
A mesma publicação também revogou o aumento no percentual do lucro do FGTS que é dividido entre os trabalhadores.
O fim da multa foi incluído pelo governo também na Medida Provisória 905, que criou o programa Verde Amarelo de estímulo ao emprego, e que corre o risco de naufragar diante da resistência do Congresso.
Uma das regras mais polêmicas incluídas na medida é a cobrança de contribuição previdenciária do trabalhadores que estejam recebendo o seguro-desemprego.
| Folha de S. Paulo | | | | Medida provisória que incentiva contratação de jovens pode ser devolvida ao governo, que estuda alternativas
Com receio de uma dura derrota política, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) avalia apresentar um projeto de lei que substitua a medida provisória que criou o programa Verde e Amarelo, de estímulo ao emprego para jovens.
A alternativa, considerada pelo núcleo político do Planalto, seria uma forma de solucionar um impasse entre o Executivo e Legislativo que se arrasta desde o mês passado, com o risco de criar um constrangimento ao presidente.
Em novembro, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), admitiu a hipótese de devolver a iniciativa de Bolsonaro caso seja constatado pelo corpo técnico da Casa que ela é inconstitucional e que não respeita as prerrogativas de uma MP.
Segundo relatos feitos à Folha, a possibilidade também passou a ser apoiada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que sempre foi crítico do excesso de edições de medidas provisórias pelo Executivo.
Maia tem defendido, nos bastidores, que o programa precisa de mais tempo de debate com congressistas, o que é reduzido a 120 dias quando o Planalto usa uma MP.
Em 2015, durante embate entre Poderes, o então presidente do Congresso, Renan Calheiros (MDB-AL), devolveu uma MP editada pela então presidente, Dilma Rousseff (PT), que também reduzia encargos sobre patrões para tentar estimular a criação de empregos.
Após a retaliação, Dilma enviou a proposta novamente ao Congresso, mas na forma de projeto de lei, que não tem prazo para ser aprovado pelos congressistas.
Para evitar um revés dessa proporção, o que, na avaliação de assessores presidenciais, criaria um desgaste desnecessário na relação entre Executivo e Legislativo, articuladores políticos do presidente discutem uma solução.
A ideia negociada é deixar a MP perder validade, em abril, para, logo depois, apresentar um projeto de lei com conteúdo semelhante, que poderia até corrigir eventuais problemas constitucionais.
“A gente tem de ver o que o governo poderia ter encaminhado e o que não poderia, por medida provisória”, disse Alcolumbre, em novembro.
Parecer de técnicos do Senado e da Câmara, divulgado dias depois, questiona a legalidade de trechos da MP.
A solução política entre Planalto e Congresso, no entanto, encontra resistências na equipe econômica, que ainda aposta em um acordo com Alcolumbre e no convencimento de congressistas sobre a importância do programa.
O esforço do ministro da Economia, Paulo Guedes, é transformar o Emprego Verde e Amarelo em uma das marcas da sua administração.
A iniciativa retira ou reduz obrigações patronais da folha de pagamento para contratar jovens de 18 a 29 anos com remuneração de até um salário mínimo e meio (R$ 1.497).
Para compensar o custo do programa, o governo criou uma taxação de 7,5% sobre o seguro-desemprego, o que intensificou a resistência de congressistas ao novo tipo de contratação. Essa cobrança é um dos itens cuja legalidade é contestada por técnicos do Congresso.
Segundo a equipe de Guedes, o objetivo é que o período de recebimento do seguro-desemprego também possa ser contado como período de contribuição para a Previdência.
Isso porque o valor recolhido será destinado ao INSS.
O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, reconheceu na quarta-feira (11) que o governo precisa melhorar a comunicação em relação à cobrança.
“Admito que não estamos fazendo uma comunicação eficiente, porque não é taxação. É inclusão previdenciária”, afirmou Marinho.
A resistência no Congresso, no entanto, não dá sinais de recuo.
O relator da MP, deputado Christino Áureo (PP-RJ), considera que esse item está contaminando o programa. Por isso, estuda permitir que o desempregado opte por continuar isento da taxa ou contribuir à Previdência.
Ele, então, busca recursos no Orçamento para bancar essa mudança no financiamento do programa e também para uma possível ampliação da medida para cobrir contratos de pessoas acima de 55 anos.
A MP do Emprego Verde Amarelo vem sofrendo várias críticas nos últimos dias.
A IFI (Instituição Fiscal Independente), ligada ao Senado, calcula que o programa deve gerar mais receitas para os cofres públicos do que o custo necessário para sua execução.
O órgão estima receitas de R$ 12,7 bilhões de 2020 a 2024 com a taxação de seguro-desemprego. O cálculo está levemente acima da estimativa do Ministério da Economia, de R$ 12 bilhões.
O estudo, divulgado nesta semana, aponta que o montante em receitas é superior à renúncia fiscal prevista para a execução do programa, calculada pela instituição em R$ 11,3 bilhões caso todas as vagas previstas pelo governo sejam geradas.
A SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Economia estima 1,8 milhão de contratações.
Nota técnica da secretaria aponta, contudo, que haverá 1,52 milhão de novas contratações mesmo sem o programa, e apenas 271 mil postos serão empregos adicionais por causa da MP.
O Programa Verde e Amarelo
O que é?
Governo reduz carga tributária de empresas que contratarem jovens
Quem está apto a participar?
Jovens 18 a 29 anos que ainda não tiveram seu primeiro emprego
Há limite de salário?
Sim. O programa valerá apenas para contratações com remuneração de até 1,5 salário mínimo (hoje, R$ 1.497)
Quais encargos serão reduzidos para esses trabalhadores?
A contribuição patronal ao INSS cairá de 20% para zero. A contribuição ao FGTS será reduzida de 8% para 2%
Direitos, regras previdenciárias e FGTS desses funcionários são mantidos?
Todos os direitos previstos na Constituição, como 13º e férias, serão mantidos. Benefícios do INSS, como auxílio-doença e aposentadorias, não sofrem alteração. Multa do FGTS em caso de demissão sem justa causa será de 20%, e não o patamar de 40% dos outros funcionários que seguem o regime atual
Valerá por quanto tempo?
A folha de salário desses trabalhadores será desonerada por dois anos. Depois, as alíquotas serão imediatamente ampliadas ao patamar que incide sobre os trabalhadores em geral
Quando passa a valer?
Por se tratar de medida provisória, a regra passa a valer imediatamente, mas depende de aval do Congresso para seguir em vigor
A empresa poderá substituir os atuais funcionários?
Não. O benefício será válido apenas para novos postos de trabalho e não permite substituições
Pontos polêmicos
Cobrança de 7,5% sobre seguro-desemprego. Líderes querem retirar esse ponto
Parlamentares apresentaram 1.930 emendas à proposta. A maioria é da oposição
A IFI (Instituição Fiscal Independente) calcula que o programa deve gerar mais receitas para os cofres públicos do que o custo necessário para sua execução
| Folha de S. Paulo | | | | O Brasil engrenou uma retomada cíclica que deve garantir um crescimento econômico de 2% a 2,5% (ou levemente maior após 2020) até a eleição de 2022. Isso só não deve ocorrer se houver no caminho uma piora do cenário externo ou alguma crise política mais séria do governo Jair Bolsonaro. Esses foram pontos quase de consenso entre os participantes do seminário de perspectivas Ibre-Estadão do quarto trimestre, realizado na quinta-feira, 12, na FGV de São Paulo.
O economista Fernando Veloso, da Fundação Getulio Vargas (FGV), acredita que a recuperação gradual da economia não vai gerar uma sensação de bem-estar na população a ponto de ser decisiva para uma reeleição do presidente Jair Bolsonaro em 2022, até porque o próprio presidente, com sua estratégia de polarização, retarda a retomada.
"O desemprego vai continuar bastante alto e não vejo sinais no curto prazo de (que vá) diminuir", afirmou o economista. "Ainda mais com essa estratégia de polarização, que vai impedir uma recuperação mais forte, pois o empresário vai pensar muito antes de investir. O que funciona politicamente para Bolsonaro é disfuncional do ponto de vista da economia".
Para o economista Samuel Pessoa, também da FGV, é importante analisar a geração de vagas, pois o desemprego seguirá alto por causa do aumento de pessoas que entram no mercado em momentos de recuperação econômica. "Então, uma retomada medíocre pode nos levar a repetir a eleição de 2018, com Bolsonaro e o PT no segundo turno", afirmou.
A coordenadora do Ibre/FGV, Silvia Matos, disse que acredita ser necessário esperar os dados do primeiro trimestre de 2020 para ter mais clareza, no segundo trimestre, sobre uma nova redução de juros por parte do Banco Central.
"Talvez o BC ainda não tenha dimensão de quanto vai ser o repasse dos choques na inflação. É preciso esperar os dados do primeiro trimestre para avaliar os efeitos defasados da política estimulativa, o quanto da aceleração de curto prazo vai ter de conter de aceleração do consumo das famílias", disse.
"Uma análise qualitativa do comunicado de ontem (quarta-feira) mostra cautela nas projeções. No segundo trimestre teríamos mais certeza sobre reduzir mais ou não a Selic", acrescentou. Para Silvia, os núcleos da inflação continuam preservados.
A economista chegou a fazer uma crítica ao comunicado do BC ao dizer que o texto foi "muito benigno" em relação ao cenário externo. "A gente não tem certeza", disse Silvia. Na quarta-feira o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu reduzir a Selic de 5% para 4,5% ao ano, a mais baixa taxa da história.
Falta de transparência
O economista Bráulio Borges, do FGV/Ibre, voltou a criticar o que ele chama de falta de transparência do BC em relação a suas premissas para conduzir a política monetária, como a estimativa de ociosidade do produto, e disse que isso dificulta o entendimento de por que as projeções apontadas no comunicado de quinta-feira foram alteradas.
"Se o BC fosse mais transparente em relação à estimativa de ociosidade, de premissas para a alta de preços de alimentação, não estaríamos tendo todas essas dúvidas para entender porque as projeções mudaram na direção contrária do que muitos esperavam", afirmou o economista.
Borges chegou a comparar o momento atual ao que se viveu em 2011 e 2012. "A falta de transparência em relação às premissas poderia ter evitado o que aconteceu em 2011 e em 2012, quando houve exagero, e também para entender o que acontece agora", disse.
| Bem Paraná | | | | Somente São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF) foram responsáveis por quase um quinto (19,4%) da produção de bens e serviços em 2017
As cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Osasco (SP), Porto Alegre (RS) e Manaus (AM) foram responsáveis por pouco mais de um quarto (25,5%) de todos os bens e serviços produzidos no Brasil em 2017. Em 2002, eram apenas quatro os municípios que concentravam cerca de 25% da economia nacional.
O levantamento, divulgado nesta sexta-feira (13), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que apenas a capital paulista respondeu por 10,62% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional.
Na sequência, aparecem o Rio e Brasília, cujas riquezas somaram, respectivamente, 5,1% e 3,7%. As produções nos outros cinco municípios que lideram o ranking figuram entre 1,1% e 1,3%.
Na contramão, os 1.324 municípios de menores riquezas responderam, em 2017, por cerca de 1% do PIB nacional. Apesar da baixa participação na economia, os integrantes da lista representam cerca de 50% das produções nos Estados do Piauí (157), Paraíba (133), Rio Grande do Norte (78) e Tocantins (68).
De acordo com o estudo, as 10 maiores concentrações urbanas brasileiras representavam cerca de 43% do PIB há dois anos, o que aponta para a manutenção do agrupamento das maiores parcelas de riqueza em poucos municípios.
Entre as 10 cidades que apresentaram, em 2017, maior densidade econômica no país, sete estavam na grande concentração urbana de São Paulo (SP), com destaque para Osasco, com mais de R$ 1 bilhão por km². A cidade, localizada na grande São Paulo, é também a única não capital entre as 10 maiores riquezas municipais de 2017.
Em São Paulo e no Rio de Janeiro, cada quilômetro quadrado produziu R$ 159.230 e R$ 83.769, respectivamente. Entre as concentrações urbanas, a desigualdade espacial, apesar de menor, ainda é notável.
A desigualdade regional fica ainda mais evidente quando são colocados lado a lado o Semiárido, a Amazônia Legal e a região metropolitana de São Paulo. Enquanto o Semiárido representou apenas 5,2% do PIB nacional e a Amazônia Legal, 8,7%, a região da capital paulista foi responsável por 24,6% dos bens e serviços produzidos no período.
Variação
Segundo o IBGE, os municípios com maiores ganhos em valor absoluto na passagem de 2016 para 2017 foram Maricá (RJ), Parauapebas (PA), Ribeirão Preto (SP), Niterói (RJ) e Goiana (PE), todos eles com acréscimo de 0,1 ponto percentual no resultado.
Enquanto as participações de Maricá e Niterói foram impulsionadas pela extração de petróleo e aumento no preço do produto em 2017, Ribeirão Preto contou com o auxílio das Indústrias de transformação e do comércio de reparação de veículos automotores e motocicletas. Para Goiana, foi determinante o aumento da produção da indústria automobilística.
Niterói e Maricá tiveram o PIB impulsionado pela extração de petróleo
Por outro lado, os cinco maiores tombos de participação no PIB de 2017 foram verificados em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), São José dos Campos (SP), Belo Horizonte (MG) e Betim (MG). Na capital paulista, foi determinante a redução das atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados.
Na Cidade Maravilhosa e em BH, a queda foi impactada pelo desempenho da construção civil no período. Em São José dos Campos, a diferença negativa de participação esteve atrelada ás indústrias e, em Betim, o resultado menor foi causado guiado pelo refino do petróleo, cuja matéria prima ficou mais cara.
Na passagem de 2002 para 2017, o município de Alto Horizonte (GO) obteve o maior ganho de posição e foi guiado pelo desenvolvimento da indústria de extração de minerais metálicos não ferrosos. As maiores quedas de posição, por sua vez, ocorreram em Motuca e Rubiácea, cidades paulistas com economia predominantemente agrícola.
| R7 | | | | Apesar do crescimento acima do esperado, a leitura mostra desaceleração em relação ao dado de setembro, quando houve avanço de 0,48%
O Brasil iniciou o quarto trimestre dando continuidade aos sinais de recuperação da atividade econômica, embora tenha desacelerado o ritmo em outubro na comparação com o mês anterior, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (13).
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) subiu 0,17% em outubro na comparação com o mês anterior, em dados ajustados sazonalmente informados pelo BC.
Apesar do crescimento acima do esperado, a leitura mostra desaceleração em relação ao dado de setembro, quando houve avanço de 0,48%, em dado revisado pelo IBGE após informar alta de 0,44% antes.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,10% na comparação mensal.
Em relação a outubro de 2018, o IBC-Br apresentou ganho de 2,13% e, no acumulado em 12 meses, houve alta de 0,96%, segundo números observados.
Em outubro, a produção industrial registrou o terceiro mês seguido de ganhos, no melhor resultado para o mês em sete anos, com alta de 0,8%.
Já as vendas no varejo subiram pelo sexto mês seguido com ganho de 0,1%, enquanto o volume de serviços cresceu 0,8%, no melhor resultado para outubro em sete anos.
O crescimento da economia do Brasil acelerou mais do que o esperado no terceiro trimestre em meio a ganhos da agropecuária, da indústria e do consumo das famílias. O PIB expandiu 0,6% no terceiro trimestre em relação ao segundo, indicando recuperação gradual sustentada à frente.
A expectativa é de que o quarto trimestre reflita com ainda mais força os efeitos da queda da Selic —que o BC já indicou que levará a 4,5% em dezembro— e a melhora do sentimento dos investidores e empresários após a aprovação da reforma da Previdência, além da liberação do FGTS.
A pesquisa Focus do BC divulgada esta semana mostra que a expectativa do mercado é de um crescimento da economia este ano de 1,10%, indo a 2,25% no próximo ano.
| Folha de S. Paulo | | | | Para o ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman, os dados mais recentes de serviços, pelo peso que têm na economia, ajudam a confirmar a perspectiva de que o ano que vem será de um crescimento maior do que este ano. Ele também diz acreditar que o Banco Central ainda tem espaço para novos cortes dos juros básico, hoje em 4,5% ao ano. A seguir, trechos da entrevista.
O ano de 2019 começou com muito otimismo, depois houve uma correção de expectativas para baixo. Podemos mesmo esperar um 2020 melhor?
Este ano não tem muito o que mudar, dentro do universo de resultados prováveis para o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre. Mas o crescimento de 0,8% do volume de serviços prestados em outubro, segundo o IBGE, sugere que a economia está em uma trajetória de crescimento para o ano que vem. Eu espero até 2,5% de crescimento.
Os juros básicos agora foram para 4,5% Ainda há espaço para novos cortes?
Sim. Não acho que estejamos no fim da trajetória de cortes de juros. Se a gente olha as projeções, se fala em 3,5% de inflação para 2020, 3,4% para 2021. Em ambos os casos, abaixo da meta (de 4% e 3,75%, respectivamente). Ainda tem algum espaço para redução dos juros e não é pouca coisa. Um pedaço desse reflexo de inflação vem do câmbio, que deve ficar na casa dos R$ 4,20 ano que vem. Os preços da carne bovina estão fazendo a inflação subir. Em novembro isso já aconteceu e agora, em dezembro, deve se repetir. Mas a hipótese mais forte é que isso seja um fenômeno temporário e que os preços continuem comportados em 2020.
Os juros mais baixos serão suficientes para que o consumo das famílias continue crescendo?
A gente nunca sabe se tudo é uma questão de melhorar o crédito para animar o consumo das famílias. A liberação dos recursos do FGTS ajuda, a massa salarial também ajuda. Mas muito do que eu vejo como aceleração de venda é uma reação ao juro mais baixo.
| Bem Paraná | | | | O mercado de serviços e a revitalização de campos de petróleo maduros são as atividades promissoras para o próximo ano
O ano de 2019 se iniciou com certa precaução e expectativa das ações econômicas que seriam tomadas com a entrada de um novo governo. No que diz respeito à indústria de petróleo e gás, observou-se uma continuação nos leilões da ANP, o que já mostra uma reação no sentido de trazer perspectivas para o setor e atrair investimentos.
O executivo da Roxtec, Bruno Galhardo, comentou sua visão sobre o setor petrolífero para o ano de 2020 e deu detalhes ao considerar duas atividades que serão cruciais para o aquecimento da indústria do petróleo no próximo ano: o mercado de serviços e a revitalização de campos de petróleo maduros.
“Com os novos FPSOs entrando em operação e atividade de perfuração retomando fôlego com os novos contratos, vejo um mercado de serviço em processo de aquecimento”, comentou Galhardo.
“Outro ponto que movimentará o mercado diz respeito à revitalização de campos maduros e a consolidação de players que vieram para o Brasil recentemente investir nesse segmento”, opinou.
Bruno também analisa que a retomada do setor de petróleo e gás brasileiro deve trazer benefícios para todos os elos da cadeia, mas acredita que a indústria naval ainda está ausente desse processo. Para ele, políticas precisam ser adotadas para que a Petrobras e as petroleiras internacionais comecem a firmar contratos para a construção de plataformas no Brasil, gerando mais empregos no país.
| CIMM | | | | Segundo a Abinee, apesar do crescimento nominal de 5%, não houve aumento real no total faturado, que fechou o ano em R$ 154 bilhões
O faturamento da indústria eletroeletrônica deve encerrar 2019 em R$ 154 bilhões. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), que divulgou hoje seus indicadores anuais, apesar do crescimento nominal de 5% na comparação com 2018 (R$ 146,1 bilhões), não houve aumento real, uma vez que a inflação do setor, segundo o Índice de Preços ao Produtor (IPP), também fechou o ano em 5%.
A produção industrial de bens eletroeletrônicos também apresentou estabilidade em 2019 em relação ao ano passado. Já a utilização da capacidade instalada subiu de 74% para 75% este ano.
A estabilidade no faturamento e na produção do setor ocorre após dois anos consecutivos de resultados positivos. “Este ano o setor andou de lado e não conseguimos apresentar crescimento”, afirma o presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato. Ele ressalta que a atividade produtiva ficou aquém das expectativas, em função, principalmente, da demora na aprovação das reformas, que só tiveram encaminhamento positivo no segundo semestre.
Emprego
Houve, entretanto, incremento no número de empregados do setor, que subiu de 232,2 mil para 235 mil trabalhadores em 2019, um acréscimo de 2,8 mil postos de trabalho, correspondente a um aumento de 1,2%.
Apesar disso, a indústria eletroeletrônica está longe de alcançar os níveis de emprego dos anos anteriores. Em dezembro de 2013, o setor empregava 308,6 mil trabalhadores. “São empregos que dificilmente serão recuperados”, afirma Barbato.
Balança comercial
As exportações pouco contribuíram para o faturamento da indústria eletroeletrônica, com queda de 5% em 2019, passando de US$ 5,9 bilhões para US$ 5,6 bilhões. Já as importações subiram 1%, de US$ 31,8 bilhões, em 2018, para US$ 31,9 bilhões este ano.
Com isso, o déficit da balança comercial deve atingir US$ 26,4 bilhões, total 2% superior ao apresentado em 2018 (US$ 25,9 bilhões).
Perspectivas
Para 2020, os empresários do setor têm expectativas favoráveis. A mais recente Sondagem realizada com os associados da Abinee indicou que 76% das empresas projetam crescimento nas vendas/encomendas no próximo ano; 21%, estabilidade e apenas 3%, queda.
Também o último Índice de Confiança do Setor Eletroeletrônico (ICEI) divulgado pela Abinee, em novembro, atingiu 61 pontos. Acima de 50 pontos, o ICEI indica confiança do empresário. “Estamos encerrando 2019 com um Índice de Confiança positivo, porém menor do que o do ano passado”, observa Barbato. Em novembro de 2018, logo depois das eleições, o otimismo era maior e o ICEI havia alcançado 65,2 pontos.
Considerando a projeção de crescimento do PIB de 2,2% e inflação em torno de 3,6% ao ano em 2020, o setor eletroeletrônico espera um crescimento nominal de 8% e real (descontada a inflação) de 4% no faturamento, que deve alcançar R$ 166 bilhões.
A Abinee também projeta elevação de 3% na produção e aumento no nível de emprego, que deve passar de 235 mil para 239 mil trabalhadores. As exportações devem crescer 4% (US$ 5,8 bilhões) e as importações, 11% (US$ 35,3 bilhões) — neste último caso, em função da esperada ampliação na atividade produtiva. “Aos poucos a economia vai se reativando e o ambiente parece demonstrar uma maior confiança dos empresários”, afirma o presidente do Conselho da Abinee, Irineu Govêa.
| CIMM (publicado em 12-12-2019) | | | | A Dassault Systèmes anuncia o lançamento do “Museu da Inovação” (Museum of Innovation), uma experiência de realidade virtual científica e tecnológica localizada no centro de arte digital Oficina das Luzes (Atelier des Lumières), em Paris.
A iniciativa mostrará inovações tecnológicas de todo o mundo, com ações que impactam positivamente a sociedade global. Serão apresentados projetos como drones autônomos solares, soluções voltadas à geração de energia sustentável e inciativas para a impressão de órgãos em 3D e cirurgia virtual, destacando como a nova experiência 3D oferece uma maneira imersiva para qualquer pessoa desenvolver inovações disruptivas para abordar alguns dos principais desafios do mundo em temas como saúde, bem-estar, energia, agricultura, mobilidade e outras áreas.
Projetos da Europa, Ásia, Índia e Estados Unidos estão sendo promovidos pelo laboratório aberto de inovação e pelo programa acelerador 3DEXPERIENCE Lab da Dassault Systèmes. Cada projeto potencializa a inteligência coletiva e a inovação aberta, bem como aplicativos de design, simulação e ciências de dados da plataforma 3DEXPERIENCE, para acelerar seu desenvolvimento e implantação.
Enquanto os visitantes percorrem o Museum of Innovation, diferentes espaços com exposições sobre Ciências da Vida, Cidade e Estilo de Vida permitem que qualquer pessoa, independentemente do seu nível de conhecimento sobre os assuntos, se concentre em um tema específico e, em seu ritmo, explore virtualmente projetos e startups adotando abordagens inovadoras para propor soluções personalizadas de saúde, criar cidades mais sustentáveis ou projetar bens de consumo mais ecológicos.
Os módulos individuais mostram cada projeto em uma experiência 3D interativa em tempo real, incluindo novas atualizações à medida em que elas são adicionadas pela equipe responsável pelo tema. Ao longo desta expedição de aprendizado, os visitantes podem ouvir relatos das startups envolvidas e, assim, obter informações sobre os antecedentes de um projeto, entender como ele contribui para o avanço dos objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, experimentando virtualmente simulações e interagindo com um Digital Twin (gêmeo digital) do projeto, ao lado de seu protótipo físico. O Digital Twin é criado diretamente a partir de uma protótipo digital 3D projetado pela equipe de um projeto, permite uma experiência científica realista com imersão em escala real para sensações reais.
Como essa experiência de realidade virtual está disponível em um ambiente digital em Nuvem, ela é escalável e rapidamente implementável. Após esta visualização, a Dassault Systèmes espera estender o acesso ao museu virtual para outros países onde está localizada, e formar parcerias com museus de ciência para compartilhar a experiência com o público.
| Ind4.0 (publicado em 12-12-2019) | | | | Programa piloto realizado pelo Senai testa o impacto na produção do uso de ferramentas de baixo custo como sensoriamento, computação em nuvem e internet das coisas em micro, pequenas e médias empresas.
Um programa piloto realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), com 43 empresas de 24 estados, mostrou que as novas tecnologias digitais da Indústria 4.0 aumentam em cerca de 22% a produtividade de micro, pequenas e médias empresas. Denominado Indústria Mais Avançada, o projeto é o primeiro a testar o impacto na produção do uso de ferramentas de baixo custo como sensoriamento, computação em nuvem e internet das coisas (IoT).
Indústria 4.0 é um termo recente que explica a aplicação das novas tecnologias nos principais processos industriais. Entre as características mais marcantes estão a automação de tarefas e o controle de dados e informações. O surgimento e utilização dessas ferramentas está sendo classificado como a quarta revolução industrial, devido à possibilidade de um impacto mais profundo e por se caracterizar por um conjunto de tecnologias que permitem a fusão do mundo físico, digital e biológico.
Entre as ferramentas utilizadas estão a Impressão 3D (adição de material para fabricar objetos, formados por várias peças, constituindo uma montagem); Inteligência Artificial (busca simular a capacidade humana de raciocinar, tomar decisões, resolver problemas, dotando softwares e robôs de capacidade de automatizar vários processos); Internet das Coisas (possibilidade de que objetos físicos estejam conectados à internet, podendo assim executar de forma coordenada uma determinada ação).
Há ainda a Biologia Sintética (convergência de novos desenvolvimentos tecnológicos nas áreas de química, biologia, ciência da computação e engenharia, permitindo o projeto e construção de novas partes biológicas); e Sistemas Ciber-Físicos (sintetizam a fusão entre o mundo físico e digital, com todo objeto físico e os processos físicos que ocorrem, em função desse objeto, digitalizados).
“O objetivo do Senai com a experiência-piloto, chamada de Indústria mais Avançada, é refinar um método de baixo custo, alto impacto e de rápida implementação, que ajude as empresas brasileiras a se inserirem na 4ª Revolução Industrial. A iniciativa do Senai prova que a Indústria 4.0 é para todos: qualquer tipo de empresa, em qualquer estado do Brasil. O resultado nacional é relevante, e, principalmente, houve ganhos significativos para todas as empresas atendidas”, disse o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi.
Segundo o Senai, os pilotos foram realizados entre maio de 2018 e outubro deste ano, em empresas dos segmentos de alimentos e bebidas, metalmecânica, moveleiro, vestuário e valçados. Foram instalados sensores para coletar dados, e as informações foram transmitidas para uma plataforma que acompanha em tempo real o desempenho da linha de produção, podendo ter maior controle dos indicadores do processo e antecipar-se a possíveis problemas.
“As empresas que obtiveram maiores ganhos com as tecnologias digitais foram aquelas que utilizavam menos técnicas de gerenciamento da produção antes de participar do programa. A técnica nova, ao ser introduzida em uma empresa que utiliza poucos métodos de gestão, proporciona ganho maior em produtividade”, disse o gerente executivo de Inovação e Tecnologia do Senai, Marcelo Prim.
De acordo com o Senai, a análise mostrou ainda que a percepção do ganho obtido com a tecnologia é muito afetada pelo porte da empresa. As médias e grandes empresas tendem a investir em tecnologias da Indústria 4.0 para dar continuidade aos esforços de aumento de produtividade. Os micro e pequenos empresários valorizam mais a agilidade permitida pelo sistema.
“O sistema permite aprender com o processo produtivo, diminuindo o tempo de resposta, tornando-o mais ágil e previsível. Garantir que aquilo que o empresário planejou será entregue nos prazos que ele combinou com o mercado traz um nível de competitividade maior para a pequena empresa, e ela consegue se inserir mais facilmente nas cadeias de valor”, explicou Prim.
Entre as recomendações para aderir à indústria 4.0 estão enxugar processos, qualificar trabalhadores, empregar tecnologias disponíveis e de baixo custo, investir em pesquisa.
| Ind4.0 (publicado em 11-12-2019) | | | | O objetivo pretendido é alcançar posição de destaque no fornecimento de soluções inovadoras e de excelência para os projetos de transformação digital das empresas de diferentes áreas de atuação
Em geral, todas as empresas, independentemente dos seus segmentos de atuação, precisam de ferramentas e aplicativos desenvolvidos sob medida para atender a alguma necessidade específica, ou mesmo para complementar alguns sistemas novos ou legados, como por exemplo, os de gestão empresarial (ERPs).
Com base nessa constatação, a ProConcept Sistemas, especializada na venda e implementação de soluções de TI (IoT, CAD/CAM, PLM, RA, entre outras) firmou uma parceria com a GlobalCad, justamente pela sua comprovada experiência no desenvolvimento de aplicativos (apps) para gerenciar e otimizar diferentes processos.
A ideia é unir as forças de venda e capacitações técnicas das duas empresas para melhor atender aos clientes tradicionais e potenciais que estão investindo em inovação e em transformação digital. “A parceria consolidará ainda mais a nossa atuação no fornecimento de soluções digitais e de tecnologia IoT uma vez que os aplicativos desenvolvidos pela GlobalCad irão preencher uma lacuna identificada junto às empresas que muitas vezes buscam soluções simples para implementação imediata”, destaca Elcio Pereira Diniz, diretor executivo da ProConcept.
Segundo Francisco Macedo, diretor executivo de Operações da GlobalCad, a especialidade da empresa é criar, em prazos muito curtos (em média, menos de dez dias úteis), aplicativos e ferramentas de back-office para melhorar processos de diversas naturezas. “Utilizamos uma plataforma própria de desenvolvimento e além do prazo agressivo para entrega, trabalhamos com um modelo comercial que elimina os principais entraves para a adoção de novas tecnologias, tais como incerteza sobre o retorno do investimento e imprevisibilidade de custos para implementação e aprimoramentos das soluções”, explica.
Na avaliação de Diniz, geralmente as empresas que requerem apps sob medida para complementar suas operações, necessitam também de soluções IoT para obter informações de sensores. “É o caso das empresas de mineração que precisam, para o monitoramento de barragens, de uma solução híbrida, composta de sensores instalados em pontos estratégicos e aplicativos que permitem aos engenheiros registrar vistorias periódicas e elaborar laudos técnicos. Uma solução dessa natureza provê aos gestores os dados das duas fontes: dos sensores automáticos e dos profissionais que operam os aplicativos”, exemplifica Diniz.
O diretor da GlobalCad acredita que a parceria com a ProConcept irá alavancar os negócios da companhia no segmento de médias e grandes empresas das áreas de saúde, mineração, transporte, agropecuária, óleo e gás, segurança, alimentação, construção civil, indústrias de máquinas e equipamentos, entre outras.
“Esperamos dobrar nosso faturamento em 2020, e o trabalho em conjunto com a ProConcept para atendimento das necessidades das empresas que já são suas clientes, e das que iremos prospectar a partir de seu network, irá contribuir de forma relevante para este crescimento”, destaca Macedo. A estimativa da ProConcept também é otimista, segundo Diniz, que prevê um incremento da ordem de 30% no volume de negócios em 2020 em razão dessa união de forças.
Sobre a GlobalCad
Fundada em 2011, em Belo Horizonte (MG), com o objetivo de desenvolver um sistema para auxiliar empreiteiras a realizar o levantamento em campo de ativos de iluminação pública, a GlobalCad lançou no ano seguinte o GlobalCad Energy que em pouco mais de um ano se tornou o software mais utilizado no país para gestão de ativos de iluminação, passando a ser empregado pelas prefeituras de vários municípios.
Através dele, as prefeituras controlam as manutenções preventivas e corretivas feitas sobre os postes de iluminação pública. O GlobalCad Energy também conta com um aplicativo destinado à população para o relato via celular de ocorrências relacionadas à iluminação, tais como: lâmpada queimada, lâmpada piscando, luminária quebrada, etc.
Em 2018, a empresa finalizou a implantação de uma plataforma de desenvolvimento ágil de aplicativos complexos, o que lhe permitiu oferecer ao mercado o serviço de criação de Apps sob Medida voltados para organizações das áreas de mineração, energia, óleo&gás, construção, saúde, entre outras, passando a dedicar-se exclusivamente a essa atividade.
O mais recente caso de sucesso da empresa foi o aplicativo que possibilitou ao Corpo de Bombeiros, ao Instituto Médico Legal de Minas Gerais e à Polícia Federal coletar em campo os dados relativos à localização de corpos, segmentos, veículos e equipamentos envolvidos na tragédia de Brumadinho.
Sobre a ProConcept
A ProConcept Sistemas foi constituída em maio de 2016, em Belo Horizonte (MG), tendo como base a ampla bagagem profissional do empresário Elcio Pereira Diniz, que idealizou a empresa, da qual assumiu a direção executiva. A sua experiência de 49 anos na diretoria de empresas das áreas de Engenharia, Construção Civil e Industrial, além de ter sido membro de três câmaras da Fiemg - Federação das Indústrias de Minas Gerais, contribuiu para formar um network expressivo e reunir na ProConcept um time de profissionais altamente capacitados, buscando a excelência na prestação de serviços de consultoria, desenvolvimento e implantação de soluções digitais, comercialização de softwares e treinamento.
A ProConcept começou a operar de forma efetiva em 2017 como revenda da PTC, inicialmente para atender às empresas de diversos segmentos da indústria mineira. Em abril de 2019, passou a também integrar a rede de parceiros da i-IoT Solutions, distribuidora das soluções da sensemetrics, Hexagon Xalt e Oden Technologies, estendendo o atendimento às empresas instaladas em todo o país.
| CIMM | | | | Engenheiro de produção explica o que muda na indústria 4.0 e por que é considerada uma revolução no setor industrial
A indústria 4.0 é considerada um novo período nas revoluções industriais. Isso porque ela traz mudanças significativas na forma em que os produtos serão fabricados e com isso impacta diversos setores do mercado como um todo.
O conceito principal da indústria 4.0 é que ao conectar sistemas, máquinas e ativos, as indústrias terão redes inteligentes por todo o sistema produtivo, que poderão controlar a operação de produção de forma autônoma.
Sendo assim, na indústria 4.0 as fábricas são "inteligentes" e possuem a capacidade de prever falhas, agendar manutenções e revisões e se adequar as mudanças e requisições que não foram inicialmente planejadas na produção.
Os benefícios da indústria 4.0, são:
-Economizar energia e manter a produção
-Aumentar a segurança geral
-Melhorar a conservação ambiental
-Reduzir erros humanos
-Reduzir ou acabar com desperdícios
-Mais transparência
Embora a indústria 4.0 ainda não seja realidade na grande maioria das indústria, seu conceito está ganhando força através de fatores como:
-Rápida evolução da capacidade dos computadores e da internet.
-Big Data - grande volume de informação digitalizada
-Inovações tecnológicas e de gestão
Para descobrir como dar os primeiros passos para implantar a indústria 4.0, basta acessar o texto na integra no link:
| Ind4.0 | | | | As tecnologias digitais da Indústria 4.0 permitem aumentar em 22%, em média, a produtividade de micro, pequenas e médias empresas. O resultado foi obtido no programa-piloto Indústria Mais Avançada, executado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) com 43 empresas de 24 estados. O projeto é o primeiro a testar no Brasil, em todas as regiões do país, o impacto na produção do uso de ferramentas de baixo custo, como sensoriamento, computação em nuvem e internet das coisas (IoT).
As empresas participantes já possuíam bom índice de produtividade antes do piloto, poi tinham passado pelo Brasil Mais Produtivo. O programa do governo federal, executado pelo SENAI, elevou em 52%, em média, a produtividade de três mil micro, pequenas e médias indústrias por meio de técnicas de manufatura enxuta (lean manufacturing). Após as duas etapas de atendimento de consultores do SENAI, as companhias aumentaram em 85%, em média, sua capacidade de produzir sem alterar o quadro de funcionários.
"O objetivo do SENAI com a experiência-piloto, chamada de Indústria mais Avançada, é refinar um método de baixo custo, alto impacto e de rápida implementação, que ajude as empresas brasileiras a se inserirem na 4ª Revolução Industrial", explica o diretor-geral da instituição, Rafael Lucchesi. "A iniciativa do SENAI prova que a Indústria 4.0 é para todos: qualquer tipo de empresa, em qualquer estado do Brasil. O resultado nacional é relevante, e, principalmente, houve ganhos significativos para todas as empresas atendidas", completa.
Sensores
Os pilotos foram realizados entre maio de 2018 e outubro deste ano em empresas dos segmentos de Alimentos e Bebidas, Metalmecânica, Moveleiro, Vestuário e Calçados. Os especialistas do SENAI instalaram sensores, que coletam dados, e coletores, que os armazenam. Em seguida, as informações eram transmitidas para a plataforma Minha Indústria Avançada (MInA), que permite acesso aos dados de produção da máquina sensoriada. Por meio de tablets e celulares, os gestores podem acompanhar, em tempo real, o desempenho da linha de produção e, com isso, ter maior controle de indicadores do processo e antecipar-se a eventuais problemas.
As empresas da região Nordeste, com aumento médio de 28,2%, foram as que mais tiveram ganhos de produtividade com o Indústria Mais Avançada. A Japastel, pequena indústria de Salvador que produz massas para pastel e pizza, por exemplo, conseguiu elevar em 32,8% sua capacidade produtiva com uso de sensores na máquina de empacotamento de pizza. A empresa já havia alcançado ganho de 100% ao passar pelo Brasil Mais Produtivo. Ou seja, ao participar das duas etapas, a companhia mais que dobrou sua produção com o mesmo time de colaboradores e sem aumentar o custo.
"A tecnologia ajudou a otimizar o tempo e diminuiu o desperdício. Com isso foi possível aumentar o lucro, pois conseguimos utilizar melhor a matéria-prima", explica Rose Fukuhara, dona da Japastel. Ela conta que hoje tem outra percepção do que é a Indústria 4.0. "Antes eu achava que o investimento seria muito alto", diz ela. O equipamento instalado pelo SENAI em cada empresa custou até R$ 3 mil.
Os resultados do piloto também foram expressivos na região Centro-Oeste, com aumento médio de 22,44% em produtividade. Em seguida, estão empresas do Norte (22,29%), do Sudeste (18,42%) e do Sul (6,37%).
Em relação aos estados, as empresas do Piauí, do Rio Grande do Norte, do Acre e de São Paulo foram as que mais tiraram proveito da digitalização de sua linha produção.
O gerente-executivo de Inovação e Tecnologia do SENAI, Marcelo Prim, explica que as empresas que obtiveram maiores ganhos com as tecnologias digitais foram aquelas que utilizavam menos técnicas de gerenciamento da produção antes de participar do programa. "A técnica nova, ao ser introduzida em uma empresa que utiliza poucos métodos de gestão, proporciona um ganho maior em produtividade", afirma.
Em relação ao segmento da empresa, Marcelo Prim explica que todas as áreas atendidas tiveram, em média, um ganho significativo de produtividade, porém, com pequenas diferenças em relação a quanto cada um conseguiu incorporar a nova tecnologia a seu processo produtivo. "Concluímos que o ganho de produtividade está mais relacionado com o quanto se aprende com o processo produtivo, e como esse aprendizado se transforma em ações concretas. Trata-se mais de uma ciência de dados e de capacitação de pessoas do que de automação de processos produtivos", diz.
O gerente do SENAI explica ainda que as microempresas foram as que mais se beneficiaram do uso inicial de tecnologias digitais. "É provável que tenha sido a primeira vez que a empresa parou para analisar seu processo produtivo e conseguiu compreendê-lo de uma forma ampla. Com isso os ganhos são imensos", afirma. Observamos que as tecnologias da Indústria 4.0 são uma grande oportunidade especialmente para a micro e pequenas empresas", complementa Prim.
As grandes companhias não participaram deste piloto, pois foram selecionadas participantes do Brasil Mais Produtivo, programa direcionado a pequenos e médios negócios.
A análise dos resultados do programa-piloto também mostrou que a percepção do ganho obtido com a tecnologia é muito afetada pelo porte da empresa. As médias e grandes empresas tendem a investir em tecnologias da Indústria 4.0 para dar continuidade aos esforços de aumento de produtividade. Os micro e pequenos empresários, por sua vez, valorizam mais a agilidade permitida pelo sistema.
"O sistema permite aprender com o processo produtivo, diminuindo o tempo de resposta, tornando-o mais ágil e previsível. Garantir que aquilo que o empresário planejou será entregue nos prazos que ele combinou com o mercado traz um nível de competitividade maior para a pequena empresa e ela consegue se inserir mais facilmente nas cadeias de valor", analisa Prim.
Estímulo
O empresário Domingos Moreira Cordeiro, dono da 3A Alumínio, que produz portas e janelas de metal, é um dos que comemora tanto o aumento de 25% em produtividade quanto de organização do processo após o uso de tecnologias digitais. Na empresa de 90 funcionários, localizada em Taboão da Serra (SP), foram instalados sensores em quatro estações de trabalho que produzem folhas de alumínio. "O benefício foi grande. Eu tive um ganho de produvidade e hoje consigo ver a performance de cada estação de trabalho em tempo real", diz ele. A indústria já havia passado pelo Brasil Mais Produtivo, em 2017, quando conseguiu ganhos de 86% em seu sistema produtivo.
A experiência realizada pelo SENAI, a primeira com Indústria 4.0 da empresa, estimulou o empresário, que é engenheiro mecânico, a avançar nesse campo. Com a ajuda de sua equipe de Tecnologia da Informação (TI), ele desenvolveu um novo sistema que controla a saída do produto final, assim como as ordens de serviços em execução, o processo de montagem e o tempo-padrão de produção. Cordeiro conta que o teste com a tecnologia alterou sua percepção sobre o tema. "Sou um aficionado por Indústria 4.0 e, quando eu comecei a pesquisar, eu achava que era coisa para grande empresa. Com o tempo, eu vi que essa percepção não era real, que eu podia implantar na minha empresa", conta.
Em São Paulo, o piloto também foi realizado na Engedom Artefatos de Metais, indústria metalmecânica que produz utilidades domésticas. O trabalho ocorreu na área de lavanderia e metalurgia do varal de piso com abas. A tecnologia elevou em 50,41% a produtividade da empresa, que já estava com o processo organizado após ter passado pelo Brasil Mais Produtivo, quando tinha obtido ganhos de mais de 200%.
O SENAI recomenda quatro passos para as indústrias brasileiras se atualizarem tecnologicamente. A digitalização é um dos primeiros degraus no processo. Nesse estágio, as tecnologias ajudam as empresas a conhecerem melhor seu chão de fábrica e a conseguirem se antecipar a eventos como paradas de máquinas, que afetam a eficiência do processo produtivo.
Passo a passo rumo à indústria 4.0
1) Enxugar processos: a recomendação é que, antes de digitalizar seus processos, a empresa adote métodos gerenciais e práticas organizacionais, como eficiência energética, produção limpa e manufatura enxuta (lean manufacturing), técnica que reduz desperdícios com medidas de baixo custo, com excelentes resultados no aumento de produtividade.
2) Qualificar trabalhadores: é fundamental qualificar os profissionais das empresas em técnicas como programação, robótica colaborativa e análise de dados, assim como desenvolver competências socioemocionais com métodos para estimular a criatividade, resolução de conflitos, o empreendedorismo, a liderança e a comunicação.
3) Empregar tecnologias disponíveis e de baixo custo: o SENAI recomenda que as tecnologias digitais sejam empregadas, em um primeiro momento, para que as empresas aprendam o que está ocorrendo no seu chão de fábrica e sejam mais ágeis nas decisões. A sugestão é iniciar pela digitalização – utilização de soluções de baixo custo, como sensoriamento, internet das coisas, computação em nuvem e big data para melhor compreensão do processo produtivo. Em seguida, podem ser utilizadas técnicas como "advanced analytics" e inteligência artificial para prever problemas que afetam a produtividade, como quebras de máquinas.
4) Investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação: a fim de serem mais competitivas e oferecerem melhores produtos, as empresas precisam investir em inovação. A recomendação é que os empresários tenham como objetivo a implantação de fábricas inteligentes, flexíveis e ágeis, conectadas com suas cadeias de fornecimento e com capacidade de customização em massa de seus produtos, estágio mais avançado da Indústria 4.0.
| Ind4.0 (publicado em 12-12-2019) | | | | Trabalhadores da Ford de Camaçari (BA) realizaram na quinta-feira, 12, assembleia para discutir a proposta da empresa para reduzir custos de produção e, assim, atrair aportes para a produção de novos veículos. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos local, Júlio Bonfim, disse que as negociações envolvem investimentos de R$ 1,4 bilhão.
Segundo Bonfim, o que o presidente da Ford América do Sul, Lylle Watters, pediu na semana passada, em reunião com os trabalhadores, "é a precarização da mão de obra". Proposta aprovada pelos trabalhadores e entregue à empresa, diz ele, evitaria esse quadro e ainda poderia garantir a produção de três novos veículos na unidade, todos utilitários-esportivos, segmento que cresce no Brasil e é mais rentável.
Hoje a fábrica produz os modelos Ka e EcoSport. A Ford não comentou o assunto na quinta-feira. Na quarta-feira, Lylle informou que a empresa tem urgência em reduzir custos de produção na Bahia para garantir investimentos em novos produtos. A unidade passou a ser a única fábrica de carros do grupo no País após o fechamento, em novembro, da planta de São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
O executivo citou vários custos que, segundo ele, são maiores em Camaçari do que na média das demais empresas do setor. Um deles é o da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) que é 35% superior aos demais. Também afirmou que os custos das peças são mais altos pois grande parte dos fornecedores está na região Sudeste, assim como os gastos com transporte dos carros, por causa da distância dos polos de maior consumo, como São Paulo.
Neste ano, os cerca de 8,5 mil funcionários do complexo, incluindo os das autopeças, receberam R$ 19,6 mil de PLR. "A empresa quer pagar R$ 14 mil aos funcionários da Ford e R$ 4 mil aos das autopeças, mas não concordamos", disse Bonfim.
A proposta da entidade é de R$ 15,5 mil em 2020, R$ 16,5 mil em 2021, R$ 17,5 mil no ano seguinte e R$ 18 mil em 2023, período em que os trabalhadores teriam estabilidade no emprego. O sindicalista disse ainda que a Ford quer congelar salários por quatro anos, outra medida que não é aceita.
Fábrica do ABC
Lylle também afirmou, na quarta-feira, que há outros grupos interessados na compra da fábrica do ABC, sem citar nomes. Há rumores no mercado de que a nova interessada seria a chinesa BYD, que produz ônibus elétricos em Campinas (SP), mas nenhum dos lados confirmou.
Após dez meses de negociações, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, dono da brasileira Caoa, admitiu serem "remotas" as chances de fechar o negócio.
| Bem Paraná | | | | As vendas de veículos chegaram a 2,53 milhões de unidades de janeiro a novembro, o que representa uma alta de 8,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em novembro, o número de licenciamentos chegou a 242,3 mil, correspondendo a uma queda de 4,4% ante outubro e elevação de 4,9% ante novembro do ano passado.
Os dados foram divulgados hoje (5) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A produção aumentou 2,7% no acumulado do ano, com 2,77 milhões de unidades saindo das fábricas. Já na comparação de novembro com outubro houve queda de 21,2%, e em novembro foram fabricadas 227,5 mil unidades ante as 288,5 mil de outubro. Quando comparado com novembro do ano passado a queda foi de 7,1%.
As exportações registram queda de 33,2% no acumulado de janeiro a novembro, com a comercialização de 399,2 mil unidades no mercado externo. No mesmo período do ano passado, as vendas para o exterior totalizaram 597,5 mil veículos. Em novembro, a retração ficou em 7,9% em comparação com o mesmo mês do ano passado, com a exportação de 34,4 mil veículos.
De acordo com o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, os números confirmam a tendência prevista para o ano de 2019. "Estamos com crescimento de quase 9% no acumulado do ano e a nossa expctativa é a de que essa tendência se confirme com o mês de dezembro indicando que o mercado interno de veículos pode atingir 2,8 milhões de veículos neste ano, com crescimento de 9,1%."
Com relação a 2020 Moraes avalia que pode haver crescimento, considerando a expectativa do crescimento de Produto Interno Bruto (PIB) entre 2% a 2,5%, inflação sob controle e redução da taxa de juros, propenção dos bancos a financiar, indice de inadimplência sob controle.
"Para as exportações não vemos um grande crescimento em 2020. Argentina é o nosso maior mercado e ainda está em uma situação complexa com inflação alta, juros alto, um novo governo tomando posse. Vemos provavelmente uma establididade nas exportações para 2020."
Emprego
O nível de emprego teve retração de 3,7% em novembro deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado, com 131,3 mil pessoas trabalhando no setor. No acumulado do ano houve queda de 1% no número de postos de trabalho.
| CIMM (publicado em 12-12-2019) | | | | Alimentado por glicerol, o dispositivo poderá substituir pilhas e baterias em telefones celulares e laptops. E, futuramente, ser utilizado para fornecer energia elétrica a automóveis e pequenas residências
O Brasil é o maior produtor mundial de nióbio, concentrando aproximadamente 98% das reservas ativas do planeta. Utilizado na composição de ligas metálicas, principalmente de aço de alta resistência, esse elemento químico tem um espectro de aplicações tecnológicas quase ilimitado, que vai de telefones celulares a turbinas de aviões. Mas praticamente toda a produção brasileira é destinada à exportação, na forma de commodity.
Outra substância de que o país dispõe em grande quantidade, mas pouco usa, é o glicerol, um subproduto de reações de saponificação de óleos ou gorduras na indústria de sabões e detergentes ou de reações de transesterificação na indústria de biodiesel. Neste caso, a situação é até pior, porque o glicerol é, muitas vezes, tratado como rejeito, de difícil descarte.
Um estudo realizado na Universidade Federal do ABC (UFABC) juntou o nióbio e o glicerol em uma solução tecnológica promissora: a produção de células a combustível. A pesquisa foi publicada como matéria de capa pela revista ChemElectroChem: Niobium enhances electrocatalytic Pd activity in alkaline direct glycerol fuel cells.
“Em princípio, a célula funcionará como uma pilha, alimentada por glicerol, para recarregar pequenos dispositivos eletrônicos, como telefones celulares ou laptops, podendo ser usada em regiões onde não há linha de transmissão elétrica. Depois, a tecnologia poderá ser adaptada para fornecer energia elétrica a automóveis e até a pequenas residências. Não há limites para aplicações no longo prazo”, disse à Agência FAPESP o químico Felipe de Moura Souza, primeiro autor do artigo. Souza é tem bolsa da FAPESP na modalidade Doutorado Direto.
A célula converte em energia elétrica a energia química da reação de oxidação do glicerol [C3H8O3] no ânodo e de redução do oxigênio [O2] do ar no cátodo, resultando, na operação completa, gás carbônico e água [veja, na figura, a representação esquemática do processo]. A reação total é C3H8O3 (líquido) + 7/2 O2 (gasoso) → 3 CO2 (gasoso) + 4 H2O (líquido).
“O nióbio [Nb] entra no processo como um cocatalisador, coadjuvando a ação do paládio [Pd], utilizado como ânodo na célula a combustível. A adição do nióbio possibilita reduzir pela metade a quantidade de paládio, barateando o custo da célula.
Ao mesmo tempo, aumenta expressivamente sua potência. Mas sua principal contribuição é diminuir o envenenamento eletrocatalítico do paládio, resultante da oxidação de intermediários fortemente adsorvidos como o monóxido de carbono, no funcionamento de longa duração da célula”, explicou Mauro Coelho dos Santos, professor da UFABC, orientador do doutorado direto de Souza e coordenador do estudo em pauta.
Do ponto de vista ambiental, que mais do que nunca deve ser um critério determinante nas escolhas tecnológicas, a célula a combustível alimentada por glicerol é considerada uma solução virtuosa, por poder substituir motores a combustão baseados em combustível fósseis.
Além de Souza e Santos, o estudo teve a participação de Paula Böhnstedt, apoiada pela FAPESP com bolsa de iniciação científica, de Victor dos Santos Pinheiro, apoiado pela FAPESP com bolsa de doutorado , de Edson Carvalho da Paz, de Luanna Silveira Parreira, apoiada pela FAPESP com bolsa de pós-doutorado e de Bruno Lemos Batista, apoiado pela FAPESP com Auxílio a Jovens Pesquisadores.
O artigo Niobium enhances electrocatalytic Pd activity in alkaline direct glycerol fuel cells pode ser acessado em https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/celc.201901254.
| CIMM (publicado em 12-12-2019) | | | | O desempenho da economia em 2019 frustrou as expectativas, fazendo com que a esperada retomada do crescimento não ocorresse na velocidade e intensidade desejadas. Mercado interno deprimido no 1º semestre, mercado externo em turbulência associado aos problemas enfrentados no abastecimento de minério de ferro, devido à tragédia de Brumadinho, levaram a indústria brasileira do aço a apresentar resultados abaixo das previsões.
As estimativas do Instituto para este ano são de queda nas vendas internas de 2,3% em relação a 2018, somando 18,5 milhões de toneladas, e de 2,4% no consumo aparente, que deve atingir 20,7 milhões de toneladas. No tocante à produção, a indústria brasileira do aço deve ter queda de 8,2%, somando 32,5 milhões de toneladas este ano. As importações devem aumentar 2,1% em relação a 2018, totalizando 2,5 Mt e as exportações devem cair 6,7%, devendo atingir 13,0 Mt.
Em 2020, no entanto, a expectativa é de retomada. O Índice de Confiança da Indústria do Aço (*ICIA) de novembro atingiu 62,2 pontos, o maior patamar desde abril, quando o indicador começou a ser apurado. O indicador de expectativas para os próximos seis meses ficou em 68,8 pontos, o que aponta forte otimismo dos empresários do setor sobre o futuro. A produção de aço em 2020 deve crescer 5,3%, chegando a 34,2 milhões de toneladas, enquanto as vendas internas devem ter aumento de 5,1%, somando 19,4 Mt. Já o consumo interno tem estimativa de crescimento de 5,2%, com volume de 21,8 Mt.
Esse otimismo baseia-se no fato de que a politica econômica do Governo vem assegurando as condições necessárias para que se tenha uma retomada do crescimento de forma sustentada. A aposta na construção civil, até então estagnada; a expectativa da retomada das obras de infraestrutura, e uma maior participação da indústria nacional no setor de óleo e gás e energia renovável, consolidam essa percepção.
Ressalte-se, entretanto, apesar desse cenário, a necessidade absoluta da indústria brasileira do aço em incrementar suas exportações para melhorar o grau de utilização de sua capacidade instalada hoje em níveis extremamente baixos (64%). Para tanto é necessário que seja corrigido o chamado custo Brasil, agora oficialmente mensurado pelo Governo, como também removidas as barreiras impostas às nossas exportações como aquela recentemente adotada pelo Governo americano (Seção 232).
*Clique aqui para acessar o novo índice desenvolvido pelo Aço Brasil, o ICIA (Índice de Confiança da Indústria do Aço), que é um indicador antecedente calculado para identificar alterações de curto prazo na atividade da indústria brasileira do aço com base na opinião dos CEOs das empresas associadas ao Instituto Aço Brasil.
| CIMM (publicado em 11-12-2019) | | | |
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