| 17 de ABRIL de 2019
Quarta-feira
- Paraná recebe investimento de R$ 9,1 bilhões em nova unidade da Klabin
- Empresas estão atrasando decisão de investimentos, diz empresário
- Conselho de Assuntos Legislativos avalia andamento da pauta de competitividade no Congresso Nacional
- Participação dos importados no consumo brasileiro sobe para 18,4%, a maior desde 2011, mostra estudo da CNI
- Fortalecimento do sistema de propriedade intelectual brasileiro ganha espaço na pauta do Congresso Nacional
- Guedes diz que Petrobras estuda indexar preço do frete ao valor do diesel
- Artigo: E se Guedes pegar fogo?
- Nas bombas, diesel é 5,3% mais barato que antes da greve de 2018
- Ações do governo não resolvem problema e país ainda é refém dos caminhoneiros
- 'Se subir o diesel, ministro, nós vamos parar', diz caminhoneiro a Onyx
- Caminhoneiros dizem que linha de crédito 'é esmola' e que não resolve problema
- Artigo: Outra rendição
- Governo tenta evitar greve de caminhoneiros com nova linha de crédito do BNDES
- Caoa Chery planeja produção nacional de carro movido a etanol e eletricidade
- Volvo cria acelerador inteligente para nova linha F de caminhões pesados
- Volvo reafirma projeção de mercado de 20% a 30% maior este ano
- Novo Toyota Corolla brasileiro terá versão híbrida flex e pode ser cliente do IncentivAuto
- Monitor do PIB recua 0,4% em fevereiro ante janeiro, revela FGV
- FGV: IGP-M na 2ª prévia de abril sobe 0,78%, ante 1,06% na 2ª prévia de março
- IPC-S desacelera em 3 das 7 capitais pesquisadas na 2ª leitura de abril, diz FGV
- Sem BNDES, vendas de máquinas devem cair
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Câmbio
Em 17/04/2019
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Fonte: BACEN
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| | | | | Governador esteve em Ortigueira para o anúncio do empreendimento
O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o presidente da Klabin Papel e Celulose, Critiano Cardoso Teixeira, anunciaram ontem um novo investimento da empresa no Paraná. No total, a indústria vai investir R$ 9,1 bilhões na ampliação da fábrica de Ortigueira (Unidade Puma), que está em operação desde 2017.
Ratinho Junior destacou que o empreendimento da Klabin é o maior investimento privado da América Latina.
“É um projeto que contribuirá para o desenvolvimento de todo o Paraná”, afirmou o governador que esteve em Ortigueira para o lançamento da primeira escola técnica para formação de profissionais para a indústria de papel e celulose, numa parceria entre o Estado e a indústria.
A construção da nova planta vai abrir 11 mil postos de trabalho na região. Em comunicado ao mercado, a direção da empresa explica que a unidade Puma II abrange a instalação de duas máquinas com capacidade de produção de 920 mil toneladas anuais de papéis Kraftliner. A companhia estima iniciar as atividades da nova planta em 2021.
Na Unidade Puma, a Klabin já opera a produção de celulose branqueada (fibra curta, fibra longa e fluff), que continuará abastecendo os mercados interno e externo com capacidade anual de 1,6 milhão de toneladas.
Escola técnica
O governador também firmou uma parceria para a instalação da primeira escola técnica de operação florestal do Brasil. A criação do Centro Estadual de Educação Profissional Florestal e Agrícola de Ortigueira, nos Campos Gerais, é uma parceria entre o Governo do Estado, Klabin e a prefeitura do município, e terá capacidade de receber até 800 alunos. A unidade vai ofertar cerca de 300 vagas em regime de internato e semi-internato, possibilitando o ingresso de estudantes de diferentes regiões do País.
| Bem Paraná | | | | Para Luiz Fernando Furlan, Bolsonaro se precipitou ao intervir na Petrobras
A iniciativa do presidente Jair Bolsonaro de interferir na Petrobras na semana passada foi precipitada, na opinião do empresário Luiz Fernando Furlan, ex-ministro e chairman do Lide (Grupo de Líderes Empresariais).
"Se a equipe tem uma estrutura e tem gente competente na estrutura, é sempre oportuno ouvir o que dizem os especialistas, mesmo que você não aceite. Mas ouvir é sempre bom", disse Furlan.
Nesta terça-feira (16), Bolsonaro reuniu-se com sua equipe ministerial, o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, e representantes da ANP (Agência Nacional de Petróleo). Ao fim do encontro, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que caberá à Petrobras decidir sobre a alta do preço do diesel.
Furlan falou também sobre a expectativa do empresariado em relação à reforma da Previdência. Segundo ele, empresas estão atrasando decisão de investimentos.
Por que a confiança tem caído? É desânimo dos empresários em relação à reforma da Previdência?
Ela não precisa ser aprovada para mudar o humor das pessoas. Precisa ser assegurado que vai andar. Tem tido altos e baixos. Quando o setor empresarial vê que a reforma vai andar, que o diálogo entre Congresso e Executivo está melhorando, o ânimo melhora. Quando dá uma tropeçadinha, fica no estado de atenção. Agora, a reforma da Previdência é um passaporte. Você tira o passaporte e ele te dá direito a avançar para outras áreas. A partir do momento em que o governo mostrar que tem competência de aprovar uma reforma básica, eu acho que a sociedade toda vai entender que ele tem competência para avançar com outras coisas.
Ele ainda não mostrou que tem competência?
Ele está construindo a competência.
Tem um desconforto no empresariado?
Uma quantidade grande de empresas está atrasando a decisão de investimentos e isso tem um efeito multiplicador. Um efeito a montante, que significa colocar pedidos de máquinas e equipamentos, e outro a jusante, porque aumenta a produção depois. Então, se não tiver uma sinalização forte, as empresas vão ficar em stand-by. O humor do empresário muda rápido.
Qual é a sua opinião sobre a iniciativa do presidente Jair Bolsonaro de interferência na Petrobras na semana passada?
Eu acho que foi precipitado. Eu fui presidente do conselho do BNDES por quatro anos. E um dia, o ministro da Fazenda me falou que era para o BNDES dar um dividendo extraordinário para fechar as contas do superavit primário. Aí eu falei: 'olha, eu vou reunir o conselho e discutir". Então, o ministro da Fazenda me disse: 'mas o chefe mandou'. Eu falei: 'se o chefe mandou, é melhor não ter conselho nem presidente do conselho. Não é assim que funciona numa grande organização'. Certamente, o chefe não entende de tudo. Se entendesse, seria um cientista.
A brincadeira na sexta-feira (12) foi a de que Bolsonaro 'dilmou' [ao intervir em preço da Petrobras]. O sr. ouviu falar?
Eu ouvi. Eu acho que ele deve ter percebido que não é o melhor caminho. Se a equipe tem uma estrutura e tem gente competente na estrutura, é sempre oportuno ouvir o que dizem os especialistas, mesmo que você não aceite. Mas ouvir é sempre bom.
| Folha de S. Paulo | | | | Em reunião nesta terça-feira (16), colegiado comemorou aprovação e avanços de projetos estratégicos e analisou o cenário para a aprovação de reformas da Previdência e do sistema tributário ainda em 2019
Deputados Marcos Pereira (centro) e Celso Russomano (direita) analisaram o cenário para discussão das reformas da Previdência e tributária
O Congresso Nacional tem se debruçado sobre temas importantes da agenda de competitividade do país e propostas estratégias têm potencial de avançar, no futuro próximo. Durante a reunião mensal do Conselho de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta terça-feira (16), representantes da indústria e parlamentares convidados analisaram o cenário para discussão de projetos que melhorem o ambiente de negócios e as perspectivas de votação das reformas estruturais, principalmente as da Previdência Social e a do sistema tributário.
Nas últimas semanas, o Congresso levou adiante debates importantes. A aprovação do Protocolo de Madri, que agiliza o registro internacional de marcas foi aprovada na Câmara dos Deputados e começa a ser discutido no Senado. Também tem avançado, de forma positiva, o debate sobre a atualização da Lei de Licitações, do novo marco regulatório do saneamento e da Lei Geral das Agências Reguladoras, todos incluídos na Pauta Mínima da Agenda Legislativa da Indústria 2019, lançada em 2 de abril.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, que presidiu a reunião do conselho, analisou que o Congresso tem conseguido discutir temas relevantes, mesmo em meio a uma discussão complexa, como a da reforma da Previdência. Ele reforçou a importância da aprovação das mudanças estruturais, como forma dar ao país condições de crescer de forma sustentada. “Temos as reformas como prioridade, principalmente a tributária, porque falam diretamente com as necessidades da indústria brasileira”, disse.
CENÁRIO – Convidados para a reunião, os deputados Marcos Pereira (PRB-SP), que é vice-presidente da Câmara, e Celso Russomano (PRB-SP) ofereceram uma análise das perspectivas de votação de propostas estratégicas, além das reformas estruturantes. Segundo Pereira, o cenário provável é de que a da Previdência seja votada em julho, na Câmara, e no Senado, no segundo semestre.
Como forma de ganhar tempo para a modernização do sistema tributário, Pereira afirmou que será constituído um grupo de trabalho para já ir discutindo diferentes propostas de reforma tributária. Nesse período, serão ouvidos especialistas e deve ser iniciada a construção de um texto de consenso. “Nosso objetivo é deixa-la pronta para ser votada o mais rápido possível após a votação da reforma da previdência”, disse o parlamentar.
Russomano defendeu a importância de votação de propostas que fortaleçam o setor industrial brasileiro. Entre elas, o PL 333/99, que aumenta penas para crimes de pirataria. A pauta é uma das prioritárias da indústria dentro da agenda de propriedade intellectual. Do ponto de vista do consumidor, Segundo o deputado, o projeto pode representar um avanço na proteção de seus direitos. “Conheço a realidade da piratira e o mal que isso faz para o consumidor, principalmente para sua saúde”, argumentou.
| CNI (publicado em 16-04-2019) | | | | Participação dos importados no consumo brasileiro sobe para 18,4%, a maior desde 2011, mostra estudo da CNI
Uso de insumos estrangeiros na indústria também aumentou. Mas a fatia das exportações no valor da produção nacional ficou estável
A indústria brasileira perdeu mercado para os concorrentes estrangeiros. O coeficiente de penetração das importações, que mede a participação dos produtos importados no consumo nacional, aumentou 1,3 ponto percentual em relação a 2017 e alcançou em 18,4% em 2018, o maior nível desde 2011. Foi o segundo ano consecutivo de alta do indicador na série a preços constantes. “Desde 2003, esse é o segundo maior valor do indicador, perdendo apenas para os 18,8% registrados em 2011”, informam os Coeficientes de Abertura Comercial, divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira, 16 de abril.
“Isso indica que a competitividade da indústria brasileira ainda é baixa diante dos principais parceiros comerciais”, afirma o gerente-executivo de Pesquisas e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.
“O aumento do coeficiente de penetração das importações ocorreu apesar da desvalorização do real no período, que encarece os produtos importados frente aos nacionais”, diz o estudo. Na prática, nem sempre as importações coincidem com o aumento ou a queda da taxa de câmbio. Muitas vezes, as empresas mantêm as compras externas pela dificuldade em substituir fornecedores no exterior ou pelas incertezas em relação às variações do câmbio.
Entre os 23 setores da indústria de transformação analisados, apenas três registraram queda no consumo de importados e ganharam espaço no mercado doméstico entre 2017 e 2018. “O coeficiente de penetração de importações de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis caiu 2,1 pontos percentuais, o de celulose e papel recuou 0,4 ponto percentual e o de bebidas diminuiu 0,3 ponto percentual”, diz o estudo.
O estudo, feito em parceria com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), mostra que o coeficiente de insumos industriais importados, que mede a participação dos insumos importados na produção da indústria, subiu de 23,1% em 2017 para 24,3% em 2017. Com isso, o indicador alcançou o maior valor desde 2014, quando era de 25,9%. Dos 19 setores da indústria de transformação, apenas três – metalurgia, químico, e impressão e reprodução – reduziram a proporção de insumos importados na produção.
VENDAS EXTERNAS – O coeficiente de exportação, que mede a importância do mercado externo para a indústria, ficou estável nos últimos dois anos. Na série a preços constantes, teve uma leve variação de 15,7% em 2017 pata 15,8% em 2018. “Tal comportamento deve-se, sobretudo, à recuperação da produção doméstica, que praticamente acompanhou o aumento das exportações”, afirma o estudo.
O coeficiente de exportações líquidas caiu de 6,5% em 2017 para 5% em 2018 em valores correntes. “Esse é o segundo ano de queda do coeficiente”, informa a CNI.
Conheça os quatro coeficientes de abertura comercial
1) Coeficiente de exportação: O indicador mede a participação das vendas externas no valor da produção da indústria de transformação. Com isso, mostra a importância do mercado externo para a indústria. Quanto maior o coeficiente, maior é a importância do mercado externo para o setor. O Coeficiente de Exportação a preços constantes, que exclui os efeitos das variações de preços, ficou praticamente estável. Saiu de 15,7% em 2017 para 15,8% em 2018. Isso significa que a indústria de transformação brasileira exportou 15,8% da produção no ano passado.
2) Coeficiente de penetração de importações: O indicador acompanha a participação dos produtos importados no consumo brasileiro. Quanto maior o coeficiente, maior é a participação de importados no mercado interno. O coeficiente de penetração das importações a preços constantes subiu de 17,1% em 2017 para 18,4% em 2018. Isso significa que entre todos os produtos consumidos no país no ano passado, 18,4% foram importados.
3) Coeficiente de insumos industriais importados: O indicador aponta a participação dos insumos industriais importados no total de insumos industriais adquiridos pela indústria de transformação. Quanto maior o coeficiente, maior é a utilização de insumos importados pela indústria. O indicador aumentou de 23,1% em 2017 para 24,3% em 2018, a preços constantes. Isso significa que, do total de insumos industriais consumidos pela indústria de transformação no ano passado, 23,5% foram importados.
4) Coeficiente de exportações líquidas: O indicador mostra a diferença entre as receitas obtidas com as exportações e as despesas com a importação de insumos industriais, ambos medidos em relação ao valor da produção. Se o coeficiente é positivo, a receita com exportação é maior do que os gastos com importações de insumos industriais. No ano passado, o coeficiente ficou em 5% a preços correntes, abaixo dos 6,5% registrados em 2017.
| CNI (publicado em 16-04-2019) | | | | Em café da manhã, parlamentares e representantes de empresas e entidades da indústria comemoraram avanços recentes e debateram oportunidades para dar maior eficiência à proteção de marcas no país
Para o gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves, tem havido sintonia entre os Poderes e setor privado na modernização do sistema de propriedade intelectual do Brasil
A necessidade de modernizar o sistema de propriedade intelectual brasileiro, dotando-o de maior eficiência e capacidade de acompanhar as exigências da economia moderna, tem ganhado importante espaço nas discussões do Congresso Nacional. Em café da manhã realizado nesta terça-feira (16/04), na Câmara dos Deputados, parlamentares, membros do Poder Executivo, representantes de empresas e de entidades do setor privado destacaram avanços recentes em propostas e a urgência de concluir a votação de propostas que atualizem o arcabouço de proteção de marcas e de conhecimento brasileiros.
O evento foi realizado com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Frente Parlamentar de Comércio, Serviços e Empreendedorismo. Coordenador da frente, o deputado Efraim Filho (DEM-PB) destacou o papel do Congresso na condução deste debate e observou a sintonia entre Legislativo, Executivo e setor privado na construção de consensos. “Construímos pontes, mostramos força de colocar em pauta e obtivemos êxito na aprovação do Protocolo de Madri”, afirmou.
O parlamentar se refere ao PDC 860/2017, que trata da adesão do Brasil a um tratado internacional que agiliza e desburocratiza o processo de registro internacional, e que será debatido no Senado. “A sintonia entre os Poderes e o setor privado pelo aprimoramento do sistema de propriedade intelectual é muito positiva. A proposta tem papel-chave para a internacionalização de nossas empresas, beneficiando, sobretudo, as de pequeno porte”, analisou o gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves.
SIMPLIFICAÇÃO – A adesão do Brasil ao Protocolo de Madri é demanda antiga do setor produtivo nacional. Hoje, quando uma empresa brasileira parte para o mercado estrangeiro, ela precisa entrar com pedidos de registro de suas marcas em cada um dos países onde quer vender seu produto. Com a adesão, esse processo passa a ser simplificado, ao unificar o registro na Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), com a marca passando a ser reconhecida em todos os 97 países-membro do organismo internacional, que respondem por 80% do mercado consumidor mundial.
"A proteção das marcas ajudará muito empresas a ocuparem espaços no exterior. É um passo importante na direção de seguirmos os exemplos de países que deram certo”, diretor regional do escritório da OMPI no Brasil, José Graça Aranha
“As marcas são ativos estratégicos para as empresas, sobretudo para aquelas que vão exportar. A aprovação pela Câmara demonstra maturidade em acessar o sistema internacional de marcas e entrar em novos mercados”, avaliou o secretário especial adjunto de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Igor Calvet. “A proteção das marcas ajudará muito empresas a ocuparem espaços no exterior. É um passo importante na direção de seguirmos os exemplos de países que deram certo”, disse o diretor regional do escritório da OMPI no Brasil, José Graça Aranha.
AGILIDADE –Gonçalves destacou a importância do café da manhã como celebração da Semana Mundial de Propriedade Industrial, que ocorre na próxima semana, e lembrou de outras propostas que estão na agenda temática em discussão no Congresso. Além do Acordo de Madri, que figura na Pauta Mínima da Agenda Legislativa da Indústria, a indústria brasileira defende a aprovação do projeto (PL 3406/15) que confere autonomia administrativa ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), órgão responsável pelo registro de marcas e patentes no Brasil.
Segundo a proposta, o orçamento do instituto não poderá mais ter seu orçamento contingenciado e as receitas obtidas na prestação de serviços passam a ser vinculadas à sua atividade. Para a CNI, a segurança de que o INPI terá previsibilidade orçamentária é fundamental para conferir maior agilidade à análise dos pedidos de patente, que hoje demora, em média, 10 anos, contra uma média de três anos, em países desenvolvidos. Hoje, existem em torno de 250 mil processos aguardando análise.
Outro projeto estratégico é o que aumenta penas contra crimes de pirataria (PL 333/99). Hoje, por conta da legislação em vigor, os crimes de falsificação de produtos têm redundado em penas alternativas, como o pagamento de cestas básicas. A proposta permite que sejam processados, criminalmente, quem fabricar, importar e distribuir produtos falsos – não atinge camelôs e pequenos comerciantes. A estimativa é que a economia brasileira em torno de R$ 100 bilhões por ano com a pirataria.
1) Coeficiente de exportação: O indicador mede a participação das vendas externas no valor da produção da indústria de transformação. Com isso, mostra a importância do mercado externo para a indústria. Quanto maior o coeficiente, maior é a importância do mercado externo para o setor. O Coeficiente de Exportação a preços constantes, que exclui os efeitos das variações de preços, ficou praticamente estável. Saiu de 15,7% em 2017 para 15,8% em 2018. Isso significa que a indústria de transformação brasileira exportou 15,8% da produção no ano passado.
2) Coeficiente de penetração de importações: O indicador acompanha a participação dos produtos importados no consumo brasileiro. Quanto maior o coeficiente, maior é a participação de importados no mercado interno. O coeficiente de penetração das importações a preços constantes subiu de 17,1% em 2017 para 18,4% em 2018. Isso significa que entre todos os produtos consumidos no país no ano passado, 18,4% foram importados.
3) Coeficiente de insumos industriais importados: O indicador aponta a participação dos insumos industriais importados no total de insumos industriais adquiridos pela indústria de transformação. Quanto maior o coeficiente, maior é a utilização de insumos importados pela indústria. O indicador aumentou de 23,1% em 2017 para 24,3% em 2018, a preços constantes. Isso significa que, do total de insumos industriais consumidos pela indústria de transformação no ano passado, 23,5% foram importados.
4) Coeficiente de exportações líquidas: O indicador mostra a diferença entre as receitas obtidas com as exportações e as despesas com a importação de insumos industriais, ambos medidos em relação ao valor da produção. Se o coeficiente é positivo, a receita com exportação é maior do que os gastos com importações de insumos industriais. No ano passado, o coeficiente ficou em 5% a preços correntes, abaixo dos 6,5% registrados em 2017.
| CNI (publicado em 16-04-2019) | | | | Medida minimizaria o aumento dos custos dos caminhoneiros em eventuais altas
O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou nesta terça-feira (16) que a Petrobras estuda indexar o valor do frete ao do óleo diesel, o que minimizaria o aumento dos custos dos caminhoneiros em eventuais altas do combustível.
"O presidente da Petrobras já estava estudando tudo isso há alguns meses e por conta da greve isso tudo começou a ser avaliado", disse.
A declaração do ministro foi feita após reunião da equipe econômica com o presidente Jair Bolsonaro, nesta terça, para discutir a política de preços de combustíveis adotada pela estatal petrolífera.
Segundo Guedes, a ameaça de uma greve por parte dos caminhoneiros, que se mostram insatisfeitos com a oscilação do valor do diesel, provoca a "aceleração" dos estudos.
O ministro mencionou que esse tipo de indexação é feito nos EUA, por exemplo.
"Essa solução americana de indexar [o preço do frete ao do diesel] está sendo analisada também, tudo isso está sendo analisado", afirmou.
A possibilidade dessa medida ser levada adiante havia sido comentada em entrevista no Palácio do Planalto na manhã desta terça pelo ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura).
Ao falar que o governo vê como prioridade garantir o valor do frente para os caminhoneiros, ele disse que isso poderia ser feito de duas formas: indexá-lo ao aumento do diesel ou por meio do cartão caminhoneiro, com o qual haverá um crédito para garantir o preço combustível naquele frete.
"Ou seja, dá previsibilidade, isso vai mitigar o impacto de ele iniciar o transporte e de repente ter aumento do diesel e ele ser surpreendido, ter parte da renda consumida. Ele vai poder comprar, ter um crédito naquele cartão para ele fazer o transporte naquele preço de largada, aquele preço de contratação", afirmou.
Logo em seguida, a assessoria de imprensa do ministério informou que não haverá a indexação do frete ao diesel. Segundo a pasta, esse era apenas um exemplo que não será adotado pelo governo.
As discussões sobre formas de suavizar o impacto de eventuais altas de combustíveis nos custos dos caminhoneiros ocorrem depois de a Petrobras ter segurado, a pedido de Bolsonaro, um reajuste de 5,7% do diesel na semana passada.
A ação, vista como um ato intervencionista do governo pelo mercado, impôs à petroleira uma perda de R$ 32 bilhões em valor de mercado na última sexta-feira (12).
O governo se esforça agora para achar um meio termo entre demonstrar que não pretende repetir a política do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), de influenciar na política de preços da Petrobras, sem gerar descontentamento por parte dos caminhoneiros, que ameaçam fazer greve.
| Folha de S. Paulo (publicado em 16-04-2019) | | | | Se o 'Posto Ipiranga' fechar, a conta irá para todo o Brasil
Todos os adultos que ouviam Jair Bolsonaro dizer que não entendia de economia, mas tinha à mão o seu "Posto Ipiranga", sabiam que isso era apenas uma frase engraçadinha. Alguns endinheirados, julgando-se mais espertos que os outros, viam nela uma promessa de abdicação. O capitão seria eleito, mas Paulo Guedes comandaria a economia. Fariam melhor se acreditassem em Papai Noel.
Nos últimos 60 anos o Brasil teve 12 presidentes e esse comando só foi delegado por três deles: Itamar Franco com FHC, Emílio Médici com Delfim Netto, e Castello Branco com a dupla Octavio Bulhões-Roberto Campos. Bolsonaro não tem a astúcia de Itamar, a disciplina de Médici nem o rigor de Castello. Para preservar o "Posto Ipiranga", precisará de astúcia, disciplina e rigor.
Quando o presidente meteu o sabre na política de preços da Petrobras, mostrou que precisa entender de administração. O estrago estava feito e o caminhoneiro "chorão" prevaleceu, ainda que momentaneamente. Prenuncia-se encrenca muito, muito maior: o incêndio do "Posto Ipiranga".
Cem dias de governo mostraram que a habilidade política de Paulo Guedes é mínima e, ainda assim, ele é obrigado a carregar as encrencas geradas pelo Planalto. Tudo isso com 13 milhões de desempregados e a economia andando de lado.
Se o "Posto Ipiranga" pegar fogo, por acidente ou autocombustão, a conta irá para todo o Brasil, para pessoas como as que procuram trabalho na fila do vale do Anhangabaú. Guedes atravessará a lombada do preço do diesel, mas o seu cristal trincou. Desde a campanha eleitoral, ele vinha repetindo uma palestra sobre macroeconomia. Desde o desastroso episódio da semana passada, o problema passará a ser de microgestão para prevenir o incêndio.
Guedes, ou qualquer outro ministro, não poderá carregar sozinho o piano da reforma da Previdência. Desde que ele atirou nas contas do Sistema S tem a má vontade do corporativismo empresarial. Isso para não mencionar os pleitos desatendidos na Fazenda que correm para outros ministérios ou mesmo para o palácio.
A preservação de Paulo Guedes não poderá depender só dele. Com a quantidade de poderes que lhe foram atribuídos por Bolsonaro, competirá ao presidente impedir que apareçam novas lombadas. É isso ou é melhor que se comece a pensar num substituto. Armínio Fraga? Falta combinar com ele.
Em 1979, o economista Mário Henrique Simonsen aceitou o que supunha ser o comando da economia. Aguentou seis meses num ministério onde estavam as poderosas figuras de Delfim Netto (Agricultura) e Mário Andreazza (Interior). Simonsen foi professor e amigo de Guedes e ensinou-lhe desprezar a pompa do poder. Ele sabia que aceitou uma aposta e posteriormente arrependeu-se de tê-la feito. Durante seu ocaso, o presidente tinha a bala de Delfim Netto na agulha, pronto para assumir a economia. O professor largou o piano, chamou o caminhão da mudança e foi para a praia do Leblon.
Guedes e Bolsonaro têm sobre suas cabeças a nuvem de uma cena ocorrida no gabinete onde hoje trabalha o capitão. O presidente João Figueiredo recebeu o professor sabendo que a conversa seria uma despedida. Era um general direto, desbocado.
--Mário, você acha que meu governo está uma merda, não?
--Presidente, eu estou indo embora, respondeu Simonsen.
O aspecto pitoresco desse diálogo tornou-se um irrelevante asterisco diante do tamanho da crise que já havia começado e caminhava para um catastrófico agravamento. Vieram o segundo choque do preço do petróleo e o colapso da dívida externa brasileira. Quem perdeu foi o Brasil
Elio Gaspari - Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".
| Folha de S. Paulo | | | | O preço do óleo diesel nas bombas está hoje 5,3% menor do que na semana anterior à paralisação dos caminhoneiros, em maio de 2018, de acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).
Segundo a pesquisa da agência, o litro do combustível foi vendido na semana passada a R$ 3,55, em média, no Brasil.
Corrigido pela inflação, o preço médio vigente na semana do dia 19 de maio de 2018 era R$ 3,75 por litro.
No dia 21 daquele mês, os caminhoneiros iniciaram a paralisação que parou o país por duas semanas e culminou em um programa de subsídio ao preço do diesel que custou aos cofres públicos até o momento R$ 6,7 bilhões.
Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, durante anúncio de medidas para caminhoneiros
A insatisfação dos caminhoneiros colocou novamente em discussão a política de preços dos combustíveis praticada pela Petrobras desde outubro de 2016, que prevê o acompanhamento das cotações internacionais.
Nesta terça-feira (16), executivos da Petrobras se reuniram com Bolsonaro e ministros para explicar como funciona a política de preços. Com a intervenção, a estatal perdeu R$ 32 bilhões de seu valor de mercado na sexta-feira (12).
Após o encontro, o governo reforçou que a decisão é da companhia. Por volta das 20h, porém, a estatal decidiu manter nesta quarta-feira (17) o preço que já vigora há 26 dias.
De acordo com a ANP, o preço do diesel nas bombas acumula alta de 5% desde que a nova política foi adotada.
Já foi mais alto durante o primeiro semestre de 2018, mas recuou no fim do ano com a queda das cotações internacionais do petróleo e corte de impostos federais para encerrar a greve.
Relatório do MME (Ministério de Minas e Energia) mostra que, entre a última semana de setembro de 2016 e o fim de fevereiro —último dado disponível— a parcela do preço final referente ao diesel vendido pela Petrobras teve alta de 1,7%, desconsiderando a inflação do período.
Já as parcelas referentes ao biodiesel e a tributos federais tiveram alta maior: 25% e 10%, respectivamente. Em julho de 2017, o governo Michel Temer (MDB) praticamente dobrou a alíquota de PIS/Cofins sobre o combustível.
A margem dos postos de gasolina subiu 12,1% no período, também desconsiderando a inflação. Por outro lado, as fatias referentes ao ICMS e a margens de distribuição e transporte caíram 3,85% e 25,9%.
“Parece que há um problema de comunicação entre o que se discute no governo e o que se verifica na prática”, disse nesta terça Leonardo Gadotti, presidente da Plural, entidade que representa as distribuidoras de combustíveis.
Em seminário sobre o tema na Folha, ele argumentou que em 2019 o preço do diesel nas refinarias subiu 17% mas o repasse às bombas foi de 3,3%.
Sergio Araújo, presidente da Abicom (associação de representa os importadores) pondera, no entanto, que o preço praticado pela Petrobras permanece abaixo das cotações internacionais.
Segundo ele, a defasagem nesta terça ficou entre R$ 0,02 por litro no porto de Santos e R$ 0,14 por litro no porto de Itaqui, na Bahia.
| Folha de S. Paulo | | | | Matriz de transportes é distorcida, com uma participação excessiva de rodovias
Sob pressão dos caminhoneiros, que ameaçavam reeditar uma paralisação que fará um ano em maio, o governo tomou duas medidas emergenciais: adiou o aumento do diesel e lançou um pacote de benefícios de forma a melhorar a rentabilidade da atividade e as condições de trabalho da categoria.
Tal qual o tabelamento do frete e outras medidas tomadas pelo governo Temer —que permanecem—, as iniciativas não serão eficazes. São, na melhor das hipóteses, paliativas, em razão de um cálculo político realista: o país ainda é refém dos caminhoneiros autônomos, e quebrar a espinha de uma greve necessitaria com toda a probabilidade da aplicação da Lei de Segurança Nacional e de uma intervenção das Forças Armadas em caráter decisivo. Não se vislumbra apetite no governo para exercer essa opção.
Qual o problema estrutural do mercado de fretes rodoviários? Um desequilíbrio entre oferta e demanda que levou à queda dos fretes e à dificuldade de segmentos dos caminhoneiros de pagar seus custos profissionais e suas contas domésticas.
A situação se tornou crítica pela combinação de baixo crescimento econômico e aumento do preço do petróleo (e, logo, do custo direto e de oportunidade da Petrobras).
Infelizmente, esses fatores continuam a operar neste ano: estamos contratando um repique do ano passado —um crescimento medíocre, e o preço do barril permanece acima de US$ 70 o barril, próximo aos valores de 12 meses atrás, antevéspera da greve.
Qual a saída? No médio prazo, o mercado de frete necessita se ajustar, reduzindo a sobreoferta. Controle de preços, tabelas e outras intervenções levam na realidade a aprofundar o desequilíbrio: os caminhoneiros menos competitivos adiam a saída do mercado; e os donos de carga verticalizam suas frotas e procuram alternativas (ferrovias, cabotagem, hidrovias).
Esse processo já está acontecendo, e o mercado para os autônomos tende a encolher, agravando a situação particularmente desse segmento.
As medidas do governo pouco fazem para suavizar o ajuste do mercado, ainda que melhorar a qualidade das estradas mais perigosas, ou prover áreas de descanso (desde que seguras), ou ainda desburocratizar esse mercado sejam ações bem-vindas.
No longo prazo, o desafio é ampliar os investimentos em transportes e melhorar sua alocação e eficiência.
Nossa matriz de transportes é distorcida, com uma participação excessiva de rodovias no transporte de cargas (entre 63% e 71%, dependendo do critério adotado), muito acima de países de grande extensão territorial, a exemplo dos EUA (38%).
Inversamente, as ferrovias, as hidrovias e as dutovias no país ainda têm uma participação de segunda ordem. Melhorar a qualidade da nossa malha de transportes, resolver os gargalos e reduzir os custos logísticos (que consomem perto de 12% do PIB, ante 8% a 9% em países continentais) irá demandar um esforço da ordem de 2% do PIB em investimentos por cerca de duas décadas, algo como três vezes o que vimos investindo nos últimos 15 anos.
Nessa perspectiva, há dois conjuntos de imperativos:
1) reduzir a insegurança jurídica, melhorar o ambiente regulatório e ampliar as concessões para incentivar o investimento privado; e
2) reformar o Estado e reestruturar seus gastos para voltar a abrir espaço para investimentos públicos que permanecem imprescindíveis.
Cláudio Frischtak é presidente da consultoria Inter.B
| Folha de S. Paulo | | | | Depois de troca de áudios tensas, ministro teria bloqueado caminhoneiro no WhatsApp
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, trocou mensagens pelo WhatsApp com o caminhoneiro Wanderlei Alves, o Dedéco, ao longo desta terça-feira (16), dia no qual foram anunciadas medidas que beneficiam a categoria.
Alves, que é de Curitiba, participou da paralisação de maio de 2018 e afirma fazer parte de um grupo formado por várias lideranças de caminhoneiros.
Os dois discutiram sobre os líderes ouvidos pelo governo Jair Bolsonaro (PSL) para criar o plano de ação.
Para Alves, o governo não está falando com as pessoas certas.
Desde o fim de março, a gestão Bolsonaro tem feito promessas para agradar a categoria e evitar uma nova paralisação.
“Nós, governo, tomamos atitudes em cima da pauta que dezenas de líderes de caminhoneiros de todo o Brasil nos apresentaram. Inclusive tu, Dedéco”, afirma Onyx, em áudio obtido pela Folha.
E continua: "Não estamos aqui para mediar nem briga de caminhoneiro com caminhoneiro, e muito menos de quem se acha líder do A ou do B. Nosso negócio é respeitar e valorizar o caminhoneiro”.
Na troca de áudios pelo WhatsApp, Alves respondeu que não enviou nenhuma pauta ao governo, que não fosse o cumprimento da tabela e a redução do óleo diesel.
“A pauta nossa é fazer valer o piso mínimo e não subir óleo diesel. A decisão do nosso grupo está tomada”, diz.
O caminhoneiro também fala sobre a possibilidade de uma nova greve. “Se subir o óleo diesel, ministro, nós vamos parar e ponto final.”
O ministro responde agradecendo as “palavras de consideração”. E diz: “Vamos trabalhar daqui, e tu trabalha daí”.
Após troca de áudios, o caminhoneiro diz que o ministro o bloqueou no WhatsApp.
| Folha de S. Paulo (publicado em 16-04-2019) | | | | Motoristas de caminhão que participaram da paralisação de 2018 criticaram as medidas anunciadas nesta terça-feira (16) pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
"Nada do que o ministro da Infraestrutura anunciou nos ajuda. É um avanço conseguir pegar dinheiro no BNDES a baixo custo? É. Mas hoje, mais da metade dos caminhoneiros estão com o nome sujo no Serasa. Nós vamos conseguir pegar esse crédito?", questiona Wanderlei Dias, o Dedéco, de Curitiba (PR).
Ele diz que não representa toda a classe. "Eu tenho os caminhoneiros que estão comigo. E faço parte de um grupo com outros amigos, que têm outros caminhoneiros com eles. Isso faz uma rede de mais de um milhão de caminhoneiros".
Segundo Dias, os motoristas não estão conseguindo pagar as parcelas dos caminhões e por isso estão com o nome sujo.
Daniel Dias, o Queixada, que faz parte do mesmo grupo de Dias, afirmou que há muitos motoristas que não aguentam pagar os financiamentos devido ao baixo valor pago dos fretes e preço alto do diesel.
"As agências estão lotadas de carro de gente que não conseguiu pagar. Não resolve sair liberando mais financiamento para quem já está endividado", diz.
Ariovaldo Junior Almeida, diretor do Sindicato dos Caminhoneiros de Ourinhos, interior de São Paulo, chamou de "esmola" o crédito oferecido.
"É melhor do que nada, mas é esmola. Trinta mil reais não dá para 15 pneus. O caminhoneiro precisava de uma linha de crédito de R$ 200 mil", afirmou.
A Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) afirmou que não irá se pronunciar sobre as medidas anunciadas pelo governo.
| Bem Paraná (publicado em 16-04-2019) | | | | Suspensão do aumento do diesel é um desastre sob todos os aspectos
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes durante cerimônia no Palácio do Planalto, no início deste mês
Foi uma semana dramática. O ilustre ministro Paulo Guedes, o famoso “Posto Ipiranga” que ajudou a eleger Jair Bolsonaro, que insistia “não entender de economia”, mas prometia tirar o governo do cangote do setor privado e devolver a liberdade e a criatividade aos brasileiros, foi surpreendido por um despropósito.
Assustada com o ultimato do sr. Chorão (que está no seu direito), a Casa Civil, com a qual declara “ter um canal direto”, rendeu-se! Sugeriu ao presidente a lamentável suspensão do aumento do diesel aprovado pela Petrobras, cujo presidente, aliás, a engoliu sem soluço.
Trata-se do mesmo poderoso senhor que constrangeu os governos Dilma e Temer e que destruiu as perspectivas de crescimento do Brasil — além de desmoralizar o Supremo Tribunal Federal ao exigir o impossível: tabelar, para manter nas alturas, os fretes rodoviários.
O mais destrutivo para a credibilidade do governo é que Guedes estava em Washington, na reunião do FMI, para tentar convencer a comunidade econômica mundial de que agora é sério: o país decidiu dar oportunidade a uma política liberal!
O fato insólito, no mínimo malicioso, mas muito grave, é que Guedes não tenha sido informado, imediatamente, da decisão do presidente, quando as comunicações se fazem à velocidade da luz. A mais benigna das hipóteses sugere que se trata de uma lamentável falta de coordenação interna do governo. A pior, o leitor deduzirá facilmente...
Emparedado e perplexo diante da imprensa internacional sobre a medida que não conhecia, mas lembrava o pior dos governos voluntaristas que Bolsonaro prometeu corrigir, Guedes, depois de alguns segundos, desabafou “eu tenho um silêncio ensurdecedor para os senhores”.
A medida sugerida pela Casa Civil é um desastre sob todos os aspectos. Não só desmoralizou o “discurso liberal” do governo como provocou uma perda de valor da empresa da ordem de US$ 10 bilhões.
Esqueceu que a Petrobras não é uma empresa do governo. Ele é apenas um acionista de uma empresa de capital aberto, com papéis (ADRs) cotados no exterior. Vai ser acionada (na corte internacional) a pagar indenização, pelo menos aos acionistas estrangeiros.
É preciso insistir. Não há solução que resolva o problema do excesso de oferta de cargas (estimulada no governo Lula com crédito do BNDES) que previa um aumento do PIB de 4% ao ano e a diminuição da demanda de cargas gerada pela redução do PIB produzida pela recessão do governo Dilma, sem um ajuste do valor do patrimônio, como, aliás, aconteceu mais de uma vez no setor agrícola.
É o valor do frete que determina o valor do caminhão, não o contrário.
Antonio Delfim Netto - Economista, ex-ministro da Fazenda (1967-1974). É autor de “O Problema do Café no Brasil”.
| Folha de S. Paulo | | | | Com um total de R$ 500 milhões e limite de R$ 30 mil por profissional autônomo, recursos serão destinados à manutenção e compra de pneus
Temendo a ameaça de uma nova greve dos caminhoneiros, o governo anunciou na terça-feira, 16, um pacote de medidas que visam beneficiar a categoria, entre elas, uma linha de crédito de R$ 500 milhões do BNDES com um limite de até R$ 30 mil para cada profissional autônomo. Os recursos serão dedicados à manutenção dos caminhões e compra de pneus.
Segundo o governo, o crédito poderá ser acessado primeiro via bancos públicos e depois nos demais bancos e cooperativas de crédito. O limite de R$ 30 mil será por CPF que possua até dois caminhões. Segundo o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que fez o anúncio durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, o crédito não subsidiará a compra de novos veículos. Também disse que o dinheiro a ser utilizado virá de contribuições de cada ministério. No entanto, não ficou claro se o crédito será oferecido com taxas subsidiadas.
Além disso, também anunciou um total de R$ 2 bilhões que serão realocados para o Ministério de Infraestrutura destinados à rodovias em todo o País, dos quais cerca de R$ 900 milhões serão utilizados para recuperação e manutenção, incluindo obras de pavimentação da BR-163/PA até o porto de Mirituba (PA), que liga o Centro-Oeste ao Norte do País, além da conclusão de 69 km de duplicação da BR-116, duplicação de 84 km da BR-101/BA e construção de oito pontes de concreto em substituição às de madeira na BR-242/MT, entre outras obras.
O anúncio vem quase uma semana após a suspensão do aumento médio do diesel em 5,7% previsto pela Petrobras, que desistiu do ajuste a pedido do próprio presidente, Jair Bolsonaro, indo contra sua própria declaração de que a estatal era independente para tomar decisões em sua política de preços. Uma outra reunião entre o presidente e seus ministros na tarde desta terça-feira está tratando da política de preços da Petrobras para alinhar a postura do governo. Um dia após o recuo da estatal sobre o aumento do diesel, a Petrobras perdeu R$ 32 bilhões em valor de mercado na bolsa.
Ao jornal Folha de S. Paulo, a CNTA, Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, declarou que a medida é “esmola” e não contempla as principais reivindicações da categoria, como o cumprimento do tabelamento do frete e redução do preço mínimo. À publicação, o presidente da entidade, Wanderlei Alves, não descartou uma nova paralisação.
“Nada do que o ministro da Infraestrutura anunciou hoje nos ajuda. É um avanço conseguir pegar dinheiro do BNDES? É, mas hoje, mais da metade dos caminhoneiros está com o nome sujo. Nós vamos conseguir pegar esse crédito?”, declarou ao jornal.
Além disso, Alves disse que a categoria está se mobilizando para uma paralisação no dia 21 de maio: “Isso se não parar antes, se houver aumento do [preço] do diesel”, afirmou.
| Automotive Business (publicado em 16-04-2019) | | | | O Brasil ainda não está preparado para adotar um sistema de veículos totalmente elétricos, afirmou o presidente da Caoa Chery, Marcio Alfonso, durante conversa com jornalistas brasileiros nesta terça-feira (16), em Xangai.
"Acreditamos que, no Brasil, vamos ter que partir para o híbrido primeiro e, no futuro, assim que a infraestrutura estiver desenvolvida, caminhar juntamente com os países mais avançados para o elétrico", diz o executivo.
Além do ambiente incipiente para o motor totalmente elétrico, a avaliação de Alfonso é que a ideia de um carro híbrido, a partir da junção de eletrificação e etanol, "cai muito bem no Brasil".
"Estamos desenvolvendo muito rápido fontes de energia limpa e já temos o biocombustível. Essa combinação nos dá uma opção que nem todo país tem. Então, gradualmente, nós vamos migrar para isso."
De acordo com o executivo, quem possui veículo 100% elétrico no país enfrenta a dificuldade de encontrar postos de recarga.
Embora projetos de carros eletrificados possam ocorrer tanto com o QQ e Tiggo 2 quanto com Tiggo 5X e Arizzo 5, este último parece ser o alvo mais certo, segundo o executivo.
"O [sedã] Arizzo 5 tem um apelo muito forte para frotas. Frotas de empresa, frotas de taxi, até de veículos compartilhados. Então ele é naturalmente um candidato a isso."
Alfonso disse que ainda não há um valor de investimento que deva ser feito para produzir os carros elétricos no Brasil, mas afirmou não devem ser aportes gigantescos e que as fábricas da montadora chinesa têm estrutura para se adaptar. Existem estudos em andamento para tal mudança.
A projeção da marca é lançar entre o fim do ano e o começo de 2020 uma versão atualizada do Arizzo 5. Além disso, o Tiggo 8, na configuração chinesa, está em desenvolvimento e deve chegar no Brasil no ano que vem.
| Bem Paraná | | | | Tecnologia pode reduzir em até 10% o consumo de diesel ao dosar a aceleração
A Volvo promete reduzir em até 10% o consumo de diesel da nova linha F de caminhões pesados com a introdução de uma nova tecnologia nos veículos, o acelerador inteligente, que dosa a intensidade da aceleração de acordo com a topografia da rota, peso transportado e velocidade, com resultado direto na economia de combustível. Não deixa de ser uma compensação para o aumento de 8% nos modelos 2020 dos Volvo FH, FM e FMX.
A tecnologia foi desenvolvida no Brasil em conjunto com a engenharia global da Suécia. O sistema, por enquanto, é exclusivo para os caminhões da linha F equipados com motores Euro 5 de 13 litros, vendidos pela Volvo em toda a América Latina.
A Volvo espera que a nova tecnologia chame a atenção dos frotistas como diferencial da marca, levando em conta que o gasto com combustível representa de 35% a 50% dos custos operacionais do transporte rodoviário de carga, dependendo da operação. Por isso, “qualquer ganho de economia de diesel reflete diretamente na rentabilidade do transportador, que demanda soluções nesse sentido”, destaca Carlos Paulin, gerente de engenharia de vendas da Volvo Brasil.
“O motorista é peça-chave na redução de consumo e o acelerador inteligente ajuda a economizar. A tecnologia dá ao motorista iniciante a habilidade de um profissional experiente”, explica Carlos Paulin.
Segundo o técnico, o sistema é capaz de entender a topografia da rota, se o caminhão trafega no plano, subida ou descida, e cruza essa informação com o peso da carga e velocidade. “Quando mais carregado o caminhão, mais inércia ele tem e mais economia se obtém com o acelerador inteligente. Em uma descida com o veículo carregado, por exemplo, o sistema vai entender que não é preciso acelerar tanto para manter a velocidade. Nesse caso a aceleração é dosada para menos, mesmo que o motorista pise mais fundo”, esclarece Paulin.
Segundo ele, para calibrar o sistema a Volvo rodou 1,2 milhão de quilômetros e durante dois anos fez testes em frotas de clientes que já tinham caminhões da linha F, em operações e aplicações variadas, como transporte rodoviário e fora-de-estrada, com cargas de 48 a 150 toneladas. Assim conseguiu comprovar na prática os ganhos reais trazidos pelo acelerador inteligente.
Entre os testes de campo com frotistas, a economia de combustível pôde ser quantificada. Por exemplo, um transportador de cenouras em rotas rodoviárias conseguiu de 4,5% a 5% de redução de consumo com o acelerador inteligente, na comparação com outros FH da frota sem a tecnologia. Com 10 cavalos mecânicos em operação que são renovados a cada cinco anos, o cálculo é de ter economizado o preço de um Volvo novo no período, algo em torno de R$ 500 mil. Já outro operador que atua com 30 veículos na colheita de cana, com cargas fora-de-estrada que chegam a 150 toneladas, calcula que economizou R$ 700 mil por ano com a redução do consumo de diesel.
MAIS MELHORIAS
A linha 2020 dos Volvo FH, FM e FMX recebeu outras melhorias, além do acelerador inteligente, para aumentar a eficiência. Novas camisas de cilindro e novos anéis de pistão reduziram o atrito interno do motor, proporcionando ganho adicionais de consumo. Também são novos o turbocompressor, com geometria mais eficiente segundo a Volvo, e as unidades de gerenciamento eletrônico do motor, com mais memória e processamento mais rápido.
Outra novidade é o óleo lubrificante do motor Volvo VDS 4.5 (10W30), com viscosidade reduzida para garantir maior economia de combustível e aditivado para proteger o propulsor, o que aumentou em 33% o tempo de troca – outra redução de custo.
| Automotive Business (publicado em 16-04-2019) | | | | Movimento de renovação de frotas deve sustentar vendas de caminhões em alta
Apesar das constantes revisões para baixo de crescimento do PIB este ano, a Volvo segue trabalhando com a perspectiva de que o mercado de caminhões pesados e semipesados deve crescer de 20% a 30% em 2019. No primeiro trimestre, as vendas desse segmento foram 46% maiores do que no mesmo período de 2018, com alta de 67% para modelos pesados e de 30% para semipesados, pontua Alcides Cavancanti, diretor de comercial da Volvo Brasil.
“Em 2018 vimos que o agronegócio sustentou o mercado. Este ano há um forte movimento de renovação de frotas, porque já fazia alguns anos que muitos transportadores não renovavam e agora estão fazendo isso”, explica Alcides Cavalcanti.
O executivo lembra ainda que também ajuda a aquecer o mercado o acesso facilitado ao crédito dos bancos privados, com redução da dependência das linhas subsidiadas do BNDES, que até 2014 foram responsáveis por cerca de 80% das vendas de caminhões no País. “Com a inflação e os juros baixos e estáveis, as linhas de CDC ficaram muito competitivas, com taxas de 10% a 11% ao ano”, diz. Segundo ele, também aumentaram bastante as compras à vista: “É porque no movimento de renovação o frotista vende o usado e usa o recurso para comprar o novo”.
FILA DE ESPERA MENOR
Devido ao forte fluxo de pedidos iniciado no segundo semestre do ano passado, a Volvo terminou 2018 com fila de espera pelos seus caminhões pesados FH que chegava a oito meses. No começo deste ano a empresa contratou mais 270 funcionários para acelerar o segundo turno na fábrica de Curitiba (PR). Também conseguiu reduzir o gargalo causado pela limitação de componentes importados da transmissão automatizada I-Shift. Com isso, segundo Cavalcanti, o prazo de entrega dos pesados da linha F caiu para 60 a 90 dias, e dos semipesados VM pra no máximo no máximo 60 dias.
“O problema é que os mercados dos Estados Unidos e Europa estavam em forte alta e com boas margens, então ganharam a disputa pelos componentes que precisávamos, porque aqui as vendas também cresceram, mas as margens eram bem menores”, explica Cavalcanti. “Com a queda de exportações para Oriente Médio e África este ano estamos conseguindo importar mais e reduzimos esse gargalo.”
Outro fator que ajudou a reduzir o tempo de espera pelos caminhões Volvo foi a queda nas exportações para a Argentina, com mercado reduzido à metade, enquanto as vendas para Chile e Peru permanecem estáveis.
DE OLHO NO ESPAÇO DA FORD
Cavalcanti admite que a Volvo também está de olho no espaço deixado pela Ford, que anunciou sua retirada do mercado de caminhões e o encerramento da operação na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). “Podemos pegar com o VM até 20% dos volumes de modelos 6x2 e 6x4 da Ford”, ele estima.
Mas o executivo afirma que não tem interesse pelo mercado de entrada, formada por modelos 6x2 que correspondem a cerca de 25% das vendas de semipesados. “Não estamos nesse segmento e não estamos interessados em entrar”, diz.
A partir da renovação da linha F de caminhões Volvo, com introdução de novas tecnologias para redução de consumo, Cavalcanti avalia que a marca pode retomar a liderança do mercado de pesados, perdida para a Mercedes-Benz no ano passado.
“Este é um segmento muito sensível a economia de combustível, produtividade e valor de revenda. Conseguimos aprimorar essas qualidades com a nova linha F e queremos retomar a liderança do segmento de pesados”, afirma o diretor comercial.
Como exemplo, Cavalcanti destaca que o Volvo FH 540, apesar de ser o caminhão mais caro do País (R$ 550 mil), foi em 2018 o modelo pesado mais vendido e assim segue sendo no primeiro trimestre, com o emplacamento de pouco mais de 1,4 mil unidades de janeiro a março. “Isso comprova o quanto o frotista profissionalizado deste segmento faz contas para muito além do preço de aquisição.”
| Automotive Business (publicado em 16-04-2019) | | | | Fabricante irá confirmar produção em Indaiatuba nesta quarta-feira ao governador de SP
A Toyota informou que vai anunciar nesta quarta-feira, 17, qual será o seu primeiro modelo híbrido flex a ser fabricado no País. Embora ainda não confirme oficialmente qual será o modelo, é o segredo mais descoberto da atualidade no setor automotivo nacional: será uma das versões do novo Corolla, que entra em produção sobre a plataforma TNGA (Toyota News Global Architecture) em Indaiatuba (SP) no meio do segundo semestre – o lançamento do carro no mercado brasileiro é aguardado para outubro.
O anúncio foi marcado para o fim da manhã da quarta-feira no Palácio dos Bandeirantes, com a presença do governador João Doria e do presidente da Toyota do Brasil Rafael Chang, entre outras autoridades e representantes da empresa. O local e os personagens do encontro sugerem que o novo carro poderá ser o segundo “cliente” beneficiado pelo IncetivAuto – programa criado no início de março pelo governo de São Paulo de incentivo à indústria automotiva, que prevê descontos no ICMS de 2,25% para investimento mínimo no Estado de R$ 1 bilhão e geração de pelo menos 400 empregos; o benefício sobre gradualmente até o abatimento máximo no imposto estadual de 25% para aportes superiores a R$ 10 bilhões, como anunciado pela GM no mês passado.
Em setembro passado a Toyota anunciou investimento de R$ 1 bilhão para modernizar e trazer novos modelos para a fábrica de Indaiatuba (SP). Como o projeto ainda não chegou ao fim, em tese toda a nova linha Corolla poderia ser também beneficiada pelo IncentivAuto, conforme o próprio governador Doria confirmou quando foi anunciado o investimento da GM, ao dizer que o programa poderia ser aplicado a projetos em curso. Também é possível que a Toyota faça investimentos adicionais na planta paulista e dessa forma poderá aumentar também o tamanho do desconto do ICMS a receber.
Caso seja confirmado, este seria o segundo incentivo importante negociado pela Toyota para o seu primeiro híbrido flex. A fabricante conseguiu o apoio da bancada da cana no Congresso Nacional e conseguiu incluir no Rota 2030 – programa federal de metas e incentivos ao setro automotivo nacional aprovado no fim de 2018 – o desconto de três pontos porcentuais no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de carros com motorização híbrida bicombustível, que alia a propulsão elétrica ao motor a combustão que pode usar etanol ou gasolina em qualquer proporção.
A Toyota começou a testar o sistema híbrido flex no início de 2018, transformando em bicombustível o motor a combustão de seu híbrido Prius, que rodou o País por alguns meses. A solução tecnológica foi validada em campo e a fabricante japonesa anunciou, ainda no ano passado, que iria produzir no Brasil o primeiro híbrido flex do mundo, mas sem ainda divulgar qual seria o carro. Como o Prius é fabricado sobre a plataforma TNGA e já era sabido que a Toyota preparava a produção em Indaiatuba da nova geração do Corolla sobre a TNGA, não tardou para se concluir que o sedã, um dos 10 carros mais vendidos do mercado brasileiro, iria incorporar uma versão híbrida, para aproveitar sua força de vendas aliada ao apelo tecnológico de um carro muito econômico com baixas emissões.
Conforme medições já feitas com o Prius a gasolina, o consumo urbano chega a quase 24 km/l, porque o motor elétrico está constantemente ajudando na propulsão e em baixas velocidades, no anda-e-para do trânsito, só é usada a propulsão elétrica sem gasto de combustível e emissão zero. Segundo a Toyota, com motor flex a tecnologia híbrida será ainda mais eficiente e limpa, porque cerca de 90% do CO2 emitido na queima de etanol são reabsorvidos pelas próprias plantações de cana, em um ciclo quase neutro de emissões de gás de efeito estufa quando se considera a equação “do poço à roda”, ou da produção, distribuição e uso do biocombustível.
| Automotive Business (publicado em 16-04-2019) | | | | O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheu 0,4% na passagem de janeiro para fevereiro, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e divulgado nesta quarta-feira, 17. Na comparação com o segundo mês de 2018, porém, a atividade econômica avançou 2,3% em fevereiro deste ano.
“O recuo de 0,4% do PIB em fevereiro, de acordo com o Monitor do PIB-FGV, é consequência das retrações nas três grandes atividades econômicas (agropecuária, indústria e serviços). Apesar disso, os resultados interanuais mostram melhora substancial da economia, tanto pelo lado da oferta quanto pelo lado da demanda. Essas variações opostas retratam o cenário econômico vivido atualmente no País: a economia ainda evolui positivamente com relação ao ano de 2018, porém não consegue reagir em 2019 dada a grande incerteza com relação ao cenário político e às reformas necessárias para que a economia deslanche.
Aparentemente a economia está em modo de espera”, avaliou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.
Na passagem de janeiro para fevereiro, o PIB agropecuário diminuiu 3,0%, o PIB industrial encolheu 1,3% e o PIB dos serviços caiu 0,1%.
Na comparação com fevereiro de 2018, houve perdas apenas nas atividades agropecuária (-0,2%) e indústria extrativa mineral (-8,8%), como consequência do rompimento de uma barragem da Vale na região de Brumadinho, em Minas Gerais, no fim de janeiro. A indústria de transformação cresceu 3,4%, o comércio teve expansão de 5,0%, e os transportes tiveram avanço de 3,2%.
Sob a ótica da demanda, ainda em relação a fevereiro do ano passado, as quedas ocorreram no consumo do governo (-0,6%) e nas importações (-10,0%). O consumo das famílias aumentou 3,8%, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve elevação de 5,1%. Em termos monetários, o PIB totalizou aproximadamente R$ 1,154 trilhão em valores correntes no primeiro bimestre do ano.
| Tribuna PR | | | | O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,78% na segunda prévia de abril, após ter aumentado 1,06% na segunda prévia de março. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 17, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com o resultado agora apresentado, o índice acumulou elevação de 2,96% no ano de 2019 e avanço de 8,50% em 12 meses.
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a segunda prévia do IGP-M de abril. O IPA-M, que representa os preços no atacado, subiu 0,89%, ante um avanço de 1,41% na segunda prévia de março. O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, apresentou alta de 0,66% na prévia de abril, depois de um avanço de 0,50% em igual leitura de março. Já o INCC-M, que mensura o custo da construção, teve aumento de 0,39% na segunda prévia de abril, depois da alta de 0,11% na segunda prévia de março.
O IGP-M é usado para reajuste de contratos de aluguel. O período de coleta de preços para cálculo do índice foi de 21 de março a 10 de abril. No dado fechado do mês de março, o IGP-M teve alta de 1,26%.
| Tribuna PR | | | | O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), desacelerou em três das sete capitais pesquisadas na segunda quadrissemana de abril na comparação com a primeira leitura do mês. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 17, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Na segunda quadrissemana deste mês, o IPC-S subiu 0,79%, ante 0,80% na quadrissemana anterior.
Somente em Recife o IPC-S repetiu a taxa, em 0,75%, na segunda medição de abril. Já em São Paulo (de 0,64% para 0,55%), Rio de Janeiro (de 0,96% para 0,90%) e em Belo Horizonte (de 0,18% para 0,16%), houve desaceleração. Por outro lado, em Salvador (de 1,09% para 1,11%), Brasília (de 0,49% para 0,59%) e Porto Alegre (1,19% para 1,24%), houve aceleração da taxa.
| Tribuna PR | | | |
Com o esgotamento dos recursos do programa Moderfrota, principal linha de financiamento de máquinas agrícolas do Brasil, às vésperas da maior feira de tecnologia agrícola do País, a Agrishow, o volume de negócios envolvendo maquinários deve recuar significativamente na edição de 2019, segundo o vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Alfredo Miguel Neto.
Na segunda-feira, 15, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou ter suspendido no dia 11 pedidos de crédito do Moderfrota e do Inovagro, que financia investimentos em inovação no setor, na safra 2018/19. “O grande produtor tem alternativas, com linhas do banco onde é correntista, mas o pequeno e o médio não têm. As vendas não devem parar na feira, mas vai haver uma redução grande”, disse Miguel Neto ao Broadcast Agro. A Agrishow será realizada em Ribeirão Preto (SP) de 29 de abril a 3 de maio.
Conforme o executivo da Anfavea, o investimento necessário para cobrir toda a demanda do setor agrícola seria de R$ 14 bilhões. No entanto, o valor liberado foi de R$ 8,6 bilhões, além de mais R$ 470 milhões liberados para o Moderfrota no fim de fevereiro.
Outras linhas usadas por produtores rurais para financiar a compra de máquinas, como Pronaf (destinada a agricultores familiares) e do Fundo Constitucional do Centro-Oeste, estão esgotadas.
Miguel Neto diz que ainda é difícil estimar o tamanho da redução durante a Agrishow e que será preciso observar a reação dos produtores. O executivo lembra que a rentabilidade no campo aumentou nos últimos anos, o que poderia levar o setor a usar recursos próprios.
Não há, por ora, qualquer sinalização do Ministério da Agricultura de novo remanejamento de recursos para a linha, de acordo com o vice-presidente da Anfavea. “O ministério não tem dinheiro novo nem de onde remanejar recursos. Temos falado constantemente com eles”, afirma o executivo.
As esperanças do setor agora se concentram no BB. Miguel Neto diz que existem comentários no mercado de que o banco liberaria cerca de R$ 500 milhões para o setor agrícola. Mesmo se isso ocorrer, diz ele, o montante seria suficiente apenas para 15 dias.
| Tribuna PR | | | |
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