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Logística Reversa
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| | | | Criado por estudantes do SESI de Mossoró (RN), o canudo comestível é feito à base de mandioca e cera de carnaúba. Projeto foi o vencedor entre mais de 3 mil inscritos
Um projeto idealizado por estudantes do Serviço Social da Indústria (SESI) foi premiado como uma das principais ideias de jovens da educação básica para os desafios do planeta. Desenvolvido por estudantes do SESI de Mossoró (RN), o canudo biodegradável e comestível ganhou medalha de ouro, na Sapientia – Olimpíada do Futuro, da qual participaram mais de 3 mil projetos inscritos. A premiação ocorreu neste domingo (17), em São Paulo.
A Olimpíada do Futuro traz desafios baseados nos nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) e tem como objetivo impactar de forma positiva a educação brasileira e revelar novas ideias que podem mudar a realidade do planeta nos próximos anos.
O canudo desenvolvido pelos jovens do SESI de Mossoró é feito a partir mandioca e cera de carnaúba, plantas típicas da caatinga, bioma muito presente na região Nordeste. De acordo com a estudante Francisca Helen Marques, líder do projeto, a ideia surgiu porque o canudo de plástico vêm sendo apontado como um grande problema ambiental, já tendo sido abolido em diversos locais. Por isso, ela escolheu o objetivo de número 12, que é: “Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis”.
“Foi uma emoção muito grande. Quando anunciaram o quarto e o terceiro lugar, e vimos que ficamos entre o ouro e a prata, já tinha sido demais. Quando anunciaram então o primeiro lugar, foi uma loucura, todo mundo tremendo muito”, conta a aluna de 18 anos, que está concluindo o 3º ano, e que nunca tinha ido à SP.
O professor que ajudou a equipe a se inscrever e a passar pelas três etapas da competição, Aryon Diniz Soares, acredita que esse tipo de resultado obtido pela criação do canudo comprova o quanto é importante incentivar a pesquisa entre estudantes mais jovens. “No Brasil, existe uma cultura de que a ciência só pode ser praticada na graduação ou na pós-graduação”, disse. “Esse tipo de premiação é importante porque mostra pros estudantes que eles são os protagonistas do processo, e que eles podem sim desenvolver projetos científicos relevantes ainda na educação básica”, explicou.
A líder da equipe, Francisca Helen, afirma que, daqui pra frente, a ideia é investir ainda mais no projeto. “Já fomos procurados para ir apresentar o projeto em outros encontros, estamos muito felizes. Nossa ideia, agora, é facilitar o método de produção, criando uma embalagem que também seja sustentável, para poder comercializar o produto”, conta.
SOBRE A SAPIENTIA – Realizada pelo Instituto Vertere e pelo Grupo Companhia das Letras, a Olimpíada foi composta por duas fases online com questões de múltipla escolha e prova discursiva baseadas nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. As provas também conectaram as disciplinas curriculares com habilidades e competências atuais e ligadas ao século 21, como Economia, Sustentabilidade, Direito, Linguística, e a vertente STEAM, sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática.
A primeira edição da Sapientia teve mais de 3 mil inscritos, sendo estudantes do ensino Fundamental II, do ensino Médio e até mesmo não-estudantes de 24 estados (participantes da categoria aberta não elegível às fases dois e três).
“Durante a terceira fase, os 21 team leaders tiveram acesso a um programa de mentoria com equipe multidisciplinar mentoria para aprimorar seus projetos. As entregas finais foram de altíssimo nível, desenvolvendo o caráter empreendedor dos estudantes e contribuindo para aproximar os jovens e a escola dos desafios da sociedade” explica Gustavo Wigman, presidente do Instituto Vertere e membro da comissão da Sapientia.
SAIBA MAIS - Assista a reportagem veiculada no programa Fantástico, da TV Globo.
| CNI (publicado em 18-11-2019) | | | | A separação incorreta de resíduos, a presença de animais mortos e o descarte de lixo hospitalar no lixo comum é preocupante em Tibagi. Casos de materiais que não deveriam chegar até o Centro de Triagem e Compostagem de Tibagi (CTCTI), na sede do programa Recicla Tibagi, aumentam a cada dia. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) tem feito recorrentes campanhas de conscientização sobre o descarte de resíduos e de entulhos e de como a separação correta traz benefícios para os catadores e para toda a comunidade.
O presidente da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Tibagi (Acamarti), Ademir Amancio Rodrigues, faz um apelo para que a população faça a separação corretamente. “Precisamos que a comunidade separe melhor. Nos ajude um pouco. Cada um aqui está buscando seu sustento, e com uma separação correta nós conseguimos aumentar os lucros e a renda de cada um dos associados”, diz.
Uma das maiores preocupações é a recorrente chegada de cadáveres e fezes de animais domésticos, contaminando boa parte dos resíduos, que são descartados como rejeito e diminuem a vida útil do aterro sanitário. Animais domésticos mortos não devem ser dispensados junto ao lixo orgânico. A Sema orienta que o cidadão comunique a secretaria para que recebe a orientações.
Materiais automobilísticos e pneus devem seguir a logística reversa e precisam ser entregues no ponto de venda, que fará a destinação final. Lixos hospitalares, como seringas e bolsas de sangue, funcionam da mesma forma e podem ser entregues nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e na Farmácia Municipal.
O município tem a coleta comum, para lixo de banheiro, restos de alimentos e rejeito e a coleta seletiva para os materiais recicláveis, com um cronograma que passa uma vez por semana na sede e a cada 15 dias nos distritos. A gerente reforça que é importante que a separação correta seja feita.
Outra grande preocupação do executivo é o entulho em excesso espalhado pelas ruas do município, contribuindo para a proliferação de animais peçonhentos e zoonoses. Quintais também devem ser mantidos limpos, evitando assim o desenvolvimento do mosquito da dengue.
Para tirar dúvidas e saber como descartar corretamente cada tipo de resíduo a população pode procurar a Sema, através do telefone (42) 3916-2151 ou pelo e-mail meioambientetibagi@hotmail.com.
| A Rede ( publicado em 17-11-2919) | | | | Produto é utilizado no revestimento interno do novo Zoe
O Grupo Renault está utilizando um novo tipo de tecido criado a partir de materiais reciclados para servir de base no acabamento interno do novo Zoe. O projeto, iniciado em 2015, agora resulta na utilização do novo tecido em uma área total de 8 m2 por veículo, usado na fabricação de capas de assentos, parte do revestimento do painel, no suporte da alavanca de câmbio e nas portas. O produto atende a requisitos como o de resistência aos raios UV e de durabilidade.
O material foi desenvolvido em parceria com a Les Filatures du Parc, uma empresa francesa especializada em fios cardados, a Adient Fabrics, fornecedora de assentos automotivos, e contou com o apoio das regiões de Ademe e Occitânia, na França, historicamente especializadas na indústria têxtil, de vestuário e de couro.
No processo, a Renault Environment, subsidiária do Grupo Renault criada em 2008 e dedicada à economia circular, coleta materiais destinados a reciclagem ou segunda vida, tais como fragmentos de cintos de segurança e sucatas oriundas da fabricação de tecidos virgens para o setor automotivo.
Por sua vez, a Filatures du Parc é responsável pela preparação dessas matérias-primas a fim de aprimorar o comprimento das fibras por meio de sua nova linha de desfibragem industrial, adaptada à robustez dos cintos de segurança. Após cortar e triturar, as fibras têxteis são misturadas com fibras de poliéster feiras de garrafas plásticas, garantindo a coesão das fibras, antes de de passar por uma série de operações de cardagem.
Derivada do termo cardo ou planta pontiaguda, a técnica tradicional de cardagem possibilita a obtenção de um novo fio de tecelagem graças a um sistema de tambores revestidos com pontas de aço muito finas girando em alta velocidade. Tal conhecimento permite, assim, sem transformação química ou térmica, desembaraçar e depois dividir, esticar, alinhar paralelamente e finalmente torcer as fibras limpas de impurezas. Este fio cardado 100% reciclado foi patenteado pelas duas empresas.
Por fim, a Adient Fabrics, tecelã e fornecedora de um terço dos assentos automotivos do mundo, recebe o fio reconstituído em bobinas em sua unidade de Laroque d'Olmes (Ariège), localizada a 120 km das fiações, para tecer e produzir o tecido automotivo, estofamento e guarnição para o interior de veículos.
O fornecimento e a fabricação dessa malha curta de fio cardado reciclado - sem transformação química ou térmica - reduz as emissões de CO2 associadas em mais de 60% em comparação com o tecido utilizado no ZOE e feito pelo processo de fabricação padrão.
“Diante do desafio da transição energética, as indústrias têm um papel essencial a desempenhar na mudança de seus métodos de produção e na redução de seu impacto ambiental. Com o apoio de nossos parceiros, Filatures du Parc e Adient Fabrics, estamos demonstrando que é possível implementar modelos de desenvolvimento circular e competitivo focados em recursos, enquanto adquirimos uma valiosa vantagem competitiva no momento em que a disponibilidade e o custo das matérias-primas estão se tornando uma questão estratégica real.
Essa abordagem contribui para o compromisso do grupo em reduzir os impactos ambientais de cada veículo ao longo de seu ciclo de vida e de reduzir sua pegada de carbono global em 25% em 2022 em comparação a 2010”, declarou em nota o diretor de estratégia e planejamento ambiental do Groupe Renault, Jean-Philippe Hermine.
| Automotive Business (publicado em 14-11-2019) | | | Empresa tem como um dos principais objetivos o de atingir emissão zero de carbono até 2050
A Cummins anunciou sua nova estratégia global de metas de sustentabilidade ambiental que tem como um dos principais objetivos atingir zero emissões de carbono (CO2) até 2050. Seu novo escopo de ações denominado Planet 2050 inclui metas que atendem ou excedem os limites do Acordo de Paris das Nações Unidas sobre mudanças climáticas e está focada em três áreas: abordar as mudanças climáticas e as emissões, usar os recursos naturais da maneira mais sustentável e melhorar as comunidades.
A empresa informa que fará investimentos para atingir as metas, o que exigirá novas tecnologias e recursos. O plano inclui resultados a serem alcançados já em 2030. No que diz respeito a produtos, instalações e operações, a empresa pretende reduzir o consumo de água nas instalações e operações em 30%, diminuir as emissões de gases de efeito estufa de suas fábricas em 50% e em 25% as emissões ao longo da vida útil de produtos recém-vendidos, além de realizar parcerias com clientes para diminuir as emissões de produtos em campo em 55 milhões de toneladas.
Também consta no plano reduzir as emissões de compostos orgânicos voláteis das atividades de pintura e revestimento em 50%, usar recursos naturais de forma mais sustentável e criar um plano de ciclo de vida circular para que cada peça use menos recursos, seja melhor utilizada e que possa ser reutilizada. Ademais, pretende reutilizar ou reciclar 100% dos plásticos das embalagens e eliminar os plásticos de uso único em instalações para refeições, área de funcionários e eventos.
“Nossas comunidades e nossos negócios dependem de nossa resposta coletiva para melhorar a saúde do planeta e, ao mesmo tempo, criar prosperidade para todos. Está claro que governo, empresas, organizações não-governamentais e comunidades devem-se unir a uma ação rápida e decisiva para enfrentar as ameaças ambientais que enfrentamos”, disse o presidente e CEO da Cummins, Tom Linebarger.
Já em 2020, a Cummins vai lançar um programa ambiental estratégico da comunidade. Além disso, como parte de seu foco nas comunidades e nos recursos naturais, a Cummins nomeou seu o CEO Water Mandate, responsável pela administração corporativa de recursos hídricos, como porta-voz de uma parceria com as Nações Unidas, governos, organizações da sociedade civil e outras partes interessadas.
“Reconhecemos que alcançar nossa estratégia exige que a Cummins invista em novas tecnologias, juntamente com o desenvolvimento, implementação e aplicação pelos governos de regulamentações claras que reduzem as emissões de gases do efeito estufa e de ar em toda a economia. Continuaremos a trabalhar com associações comerciais, nossos clientes, fornecedores, líderes comunitários e outras partes interessadas para defender políticas alinhadas com nossas metas para 2050”, afirma Brian Mormino, diretor executivo de estratégia e conformidade ambiental mundial da Cummins.
| Automotive Business ( publicado em 18-11-2019) | | | | O aquecimento global ainda não entrou na agenda de muitos setores industriais com a urgência que os cientistas julgam necessária. Porém, o empreendedor João Carlos de Godoy Moreira, 55, resolveu encarar a realidade. Ele criou um negócio que busca minimizar a poluição e a emissão de gases de efeito estufa relacionadas à produção e descarte do plástico de origem fóssil.
Em 2014, o engenheiro de materiais fundou a Oeko Bioplásticos, que fabrica copos, canudos, sacos e sacolinhas de plástico a partir de fontes renováveis, como mandioca e milho. Os produtos podem ser biodegradados por meio da compostagem ou biodigestão.
A motivação do empreendedor surgiu da percepção de que, cedo ou tarde, as indústrias terão de se adaptar aos novos tempos do planeta.
“O plástico de fonte fóssil tem um enorme impacto ambiental desde a extração do petróleo, e a reciclagem não resolve a questão do descarte. A Oeko está baseada em uma tendência irreversível. Não existe outro caminho que não seja a indústria petroquímica investir em materiais biobased”
Segundo o empreendedor, para se produzir um quilo de PET são emitidos 5,8 quilos de dióxido de carbono (CO2). “Para o propileno, são emitidos 3,8 quilos, se for produzido no Brasil, com uma matriz renovável de energia”, diz João. “Na China as emissões dobram, porque a matriz energética deles lança mais carbono na atmosfera. Já o polietileno obtido de fonte renovável sequestra carbono, porque as plantas absorvem CO2 para crescer.”
COMO MANDIOCA E MILHO VIRAM PLÁSTICO
A fermentação da mandioca e do milho geram moléculas que podem ser polimerizadas, se tornando uma cadeia. Da mesma maneira que polietileno, PVC, polipropileno e PET são polímeros gerados a partir de monômeros do petróleo. “Os derivado de biomassa têm a mesma trajetória do polímero de petróleo”, explica João. O resultado, porém, são os biopolímeros — como PLA, PBS, PHA, PHB.
“É uma nova classe de materiais. Nossa expertise é modificá-los para que sejam processados nos mesmos equipamentos de transformação de plástico convencional”
Em 2018, a Oeko faturou R$ 850 mil. O mercado principal são grande empresas geradoras de resíduos, que devem, por lei, dar a eles a destinação correta. São restaurantes, cozinhas industriais, indústria e varejo alimentício, praças de alimentação de shoppings, hospitais, aeroportos. Empreendimentos que já fazem a segregação dos resíduos orgânicos. Principalmente as multinacionais, afirma João, por determinação das matrizes.
“Já é muito corrente na indústria o slogan zero landfill, aterro zero. As empresas têm que conseguir promover a destinação correta e o reprocesso, a recuperação dos resíduos de alguma maneira”.
O PRIMEIRO NEGÓCIO FOI VENDIDO PARA UMA ANTIGA SUBSIDIÁRIA DA GE
João Carlos se formou na UFSCar em 1990, e começou a empreender ainda na universidade, fundando a MIXCIM Plásticos de Engenharia Ltda, uma empresa de engenharia de materiais com foco em plásticos para aplicações técnicas da indústria automobilística e eletroeletrônica.
Em 2002, a MIXCIM foi vendida para a GE Plastics (antiga subsidiária da General Electric que, em 2007, foi adquirida pela saudita SABIC).
João permaneceu como diretor da empresa, mas tirou um ano sabático para estudar os bioplásticos. Participou de congressos internacionais sobre o tema, estreitou laços com o meio acadêmico e centros de pesquisa, e em 2005 criou um novo negócio, a Biomimetic Ecomateriais, com o objetivo de produzir e vender bioplástico para empresas que fabricam produtos. “Mas estávamos adiantados para o mercado”, lembra.
Segundo ele, ainda não havia transformadores utilizando bioplástico.
“A indústria de transformação não tinha interesse. São até hoje muito receosos. É uma pena essa falta de visão. A reciclagem não vai dar conta do problema do plástico”
Na falta de visão da indústria João enxergou uma oportunidade. Em 2013, ele redesenhou a Biomimetic, dando origem à Oeko, com foco em fabricar o produto acabado, e não apenas o material. O investimento inicial foi de cerca de R$ 1,8 milhão entre o primeiro e o terceiro ano, quando a empresa atingiu o ponto de equilíbrio.
O BAIXO CUSTO DO PRODUTO CONVENCIONAL ATRASA A ADOÇÃO DO BIOPLÁSTICO
Segundo João, não existem muitas barreiras para a indústria mudar do plástico convencional para o bioplástico, já que o parque industrial pode ser o mesmo. Mas o baixo preço do plástico de fonte fóssil atrasa a adoção da versão biobased.
A maior parte dos plásticos é produzida com subprodutos da cadeia do petróleo — diesel e gasolina — e portanto são muito subsidiados. O mercado, diz o empreendedor, é muito competitivo, com margem pequena, e o advento desses novos materiais muda a questão do preço.
“Os bioplásticos apareceram como alternativa, mas com custo cinco a oito vezes mais alto que o plástico convencional. Porém, o custo ambiental de produção e de fechamento do ciclo de vida do plástico não contabiliza os impactos ambientais acumulados ao longo da cadeia”
Ou seja: a conta, se fosse feita como deveria, não iria fechar. “Não há perspectiva, mesmo com o ganho de escala que vem sendo conquistado globalmente, de redução de custos do bioplástico, justamente por causa dessa relação injusta com os derivados de petróleo.”
A OPÇÃO POR BIOPLÁSTICOS COMPOSTÁVEIS DETERMINOU A SEDE DA EMPRESA
No Brasil, segundo João, de 45% a 55% do que chamamos de lixo são resíduos orgânicos — restos de comida, cascas, talos, material verde, plantas, madeira, toalhas de papel — que poderiam ser compostados, mas vão para o aterro sanitário e viram gás metano, o principal agente do efeito estufa. “Quando a gente tira o resíduo orgânico do aterro estamos mitigando o efeito mais agressivo para a mudança climática”.
A decisão de trabalhar com bioplásticos compostáveis acabou fazendo João trocar São Carlos por Florianópolis, onde fica a sede da Oeko.
“Houve a necessidade de criar mercado para os produtos. Florianópolis era o único lugar do Brasil onde a compostagem estava desenvolvida em nível comunitário e em grandes geradores”
A capital catarinense tem um projeto de compostagem comunitária premiado internacionalmente, a Revolução dos Baldinhos; e em setembro de 2019 a cidade aprovou uma lei que determina que grandes geradores devem separar resíduos orgânicos para compostagem.
“Em 2014 já havia aqui empresas de compostagem e coleta seletiva de resíduos orgânicos. De lá pra cá isso evoluiu muito no Brasil, mas ainda assim temos no país pouco mais de 60 empresas com o CNAE de usina de compostagem. Nos Estados Unidos há 4 733. A Áustria, que é menor do que Santa Catarina, tem 479.”
AS EMPRESAS DE COMPOSTAGEM HOJE SÓ DÃO CONTA DE 1% DOS RESÍDUOS
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (instituída pela lei 12.305/10) prevê que os grande geradores têm que se responsabilizar e dar destinação correta para cada tipo de resíduo. Entretanto, segundo João, ainda são poucas as empresas especializadas na coleta desses resíduos.
“A capacidade das empresas de compostagem em operação hoje é de menos de 1% dos resíduos orgânicos gerados no Brasil diariamente. Se todo mundo seguisse a lei não haveria empresas de compostagem suficientes”
Para que o resíduo orgânico seja compostado, é necessário que haja separação em três frações, na fonte: os recicláveis, os orgânicos e os rejeitos. Mas na maioria das cidades do Brasil em que há esse esforço, o resíduo é separado e coletado em apenas duas frações: recicláveis e rejeito (enviado a aterros sanitários).
“As pessoas pensam que coleta seletiva é somente reciclagem, as cidades estão montadas em coleta seletiva em duas frações. E no orgânico está tudo misturado. Isso deseduca as pessoas”, diz João. “Se a coleta seletiva no Brasil tivesse começado pelos os compostáveis, a gente já tinha resolvido o problema dos recicláveis.”
CANUDINHOS E SACOLAS EM GERAL SE DECOMPÕEM NOS PRIMEIROS 30 DIAS
No varejo, um pacote de 250 canudinhos da Oeko custa cerca de R$ 38. Cem unidades de sacolas de bioplástico (de 30 x 40 cm) saem por R$ 86. Os produtos são compostáveis em sistemas domésticos, comunitários e industriais, desde que seja no método de compostagem termofílica — e não por vermicompostagem, os chamados minhocários.
“Quando falamos que um material é biodegradável, temos que especificar em que tempo e em que meio ele é biodegradável. O plástico de petróleo também é biodegradável, mas em 400 anos — e vai causar muitos problemas perambulando por esse tempo no planeta. O tempo de biodegradação precisa ser curto”
Na compostagem, fungos e bactérias transformam a matéria orgânica em adubo em cerca de 75 a 180 dias, de acordo com João. “Nossos produtos geralmente se decompõem nos primeiros 30 dias — mais rápido do que uma casca de laranja.”
A compostagem é um processo que pode ser realizado em casa ou de maneira comunitária — e também é uma indústria de saneamento e de fertilizantes orgânicos. Por meio da compostagem, carbono e nutrientes são devolvidos ao solo.
“Os resíduos orgânicos não fazem parte da cadeia do lixo, eles fazem parte da cadeia dos alimentos. Não podemos mais desperdiçar os resíduos urbanos, que são muito ricos para a produção de um adubo de qualidade”.
DRAFT CARD
Draft Card Logo
Projeto: Oeko
O que faz: Fabrica produtos de plástico a partir de fontes renováveis, como mandioca e milho.
Sócio(s): João Carlos de Godoy Moreira
Funcionários: 6
Sede: Florianópolis
Início das atividades: 2014
Investimento inicial: R$ 1,8 milhão (nos três primeiros anos)
Faturamento: R$ 850 mil (2018)
Contato: contato@oeko.com.br
| Projetodraft ( publicado em 18-11-2019) | | | | Uma designer britânica de 24 anos criou uma alternativa ao plástico feita de restos de peixe e ganhou um prêmio internacional por isso
Uma designer britânica de 24 anos criou uma alternativa ao plástico feita de restos de peixe e ganhou um prêmio internacional por isso.
O material, batizado de MarinaTex, é feito de restos de peixe descartados que acabam em aterros ou em usinas de incineração. De acordo com um relatório das Nações Unidas, 27% dos peixes que são apanhados e retirados do mar nunca são consumidos.
Lucy Hughes, inventora do material, que é translúcido, resistente e flexível, conduziu uma pesquisa na costa do Reino Unido e descobriu que, com sua flexibilidade e força, pele e escamas de peixes eram boas fontes para alternativas a plástico. Ela juntou os restos de peixe com algas vermelhas, entre outras coisas, para criar o MarinaTex.
O material que ela criou, diferente de outros tipos de bioplástico, biodegrada em temperaturas normais. Isso significa que pode ser jogado fora em composteiras.
Hughes diz que o material pode ser usado como sacos de padarias, por exemplo, "que às vezes são usados durante um total de 15 segundos", assim como para embrulhar sanduíches ou como pequenas sacolas para outras coisas.
Sustentabilidade
A invenção de Lucy Hughes ganhou o prestigioso prêmio internacional James Dyson, para a nova geração de inventores. No prêmio, derrotou 1.078 outros inscritos do mundo inteiro, e Hughes ganhou 30 mil libras (cerca de R$ 164 mil).
A Fundação James Dyson diz que 2019 teve o maior número de inscrições de mulheres, espalhadas pelas 27 nações que participaram, desde seu começo, em 2007.
O prêmio, para estudantes, propõe que os inscritos "projetem algo que resolva um problema".
O fundador do prêmio, James Dyson, diz que a invenção de Hughes "resolve elegantemente" ao mesmo tempo o problema do plástico usado apenas uma vez e o problema de restos de peixe sem utilização.
"É louco que eu tenha ganhado, especialmente com os outros inscritos com invenções realmente inovadoras que resolviam questões urgentes", diz a inventora.
Hughes estudou design industrial na Universidade de Sussex, perto da zona costeira do sul do Reino Unido, e o material que criou foi seu projeto final antes de se formar.
"Para mim, a sustentabilidade nunca ficou em último lugar", ela diz, comentando sobre como o processo de design de produtos é feito "tradicionalmente de maneira bem linear". "Pegamos o material, fazemos algo com ele e depois o descartamos." Para ela, no entanto, o impacto ambiental é parte integral de qualquer coisa que projeta.
Sua mãe diz que ela sempre teve um cérebro "tridimensional", e que, quando chegava da escola, fazia a lição de casa antes de qualquer coisa.
Depois de trabalhar no desenvolvimento do material durante um ano — e ganhar o prêmio— Hughes diz que "ainda está no começo". "O próximo passo de desenvolvimento é verificar como manufaturar o material em massa."
Segundo Meller, estudo feito pela Sociedade Brasileira de Urologia apontou que 51% dos homens nunca foram a um urologista. “Normalmente as mulheres são orientadas pelos pais a realizarem exames anuais com o ginecologista desde o período da adolescência, associado ao início da menstruação e aos cuidados com o útero”, diz.
“Esse hábito levado a vida adulta as torna mais preocupadas com a saúde. Ainda muitos homens vão ao médico porque a esposa agenda a consulta”, completa.
| Época Negócios (publicado em 19-11-2019) | | | | O governador em exercício Darci Piana esteve nesta segunda-feira (18) em Faxinal do Céu, no município de Pinhão (Centro), para recepcionar os 220 estudantes da Residência Técnica em Engenharia e Gestão Ambiental.
O governador em exercício Darci Piana esteve nesta segunda-feira (18) em Faxinal do Céu, no município de Pinhão (Centro), para recepcionar os 220 estudantes da Residência Técnica em Engenharia e Gestão Ambiental, promovida em parceria pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
O desafio que têm pela frente é aliar os conhecimentos técnico e científico para solucionar questões ambientais e trazer mais agilidade aos processos de licenciamento no Paraná. Eles ficarão no local durante uma semana para uma imersão, com o objetivo de conhecer a estrutura do Estado na área ambiental.
Pelos próximos dois anos, os estudantes farão residência técnica no Instituto de Água e Terra (IAT), que une os atuais institutos Ambiental do Paraná (IAP), de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG) e das Águas. Ao mesmo tempo, terão formação acadêmica pela UEPG, que equivale a uma pós-graduação. As aulas serão a distância, já que os profissionais atuarão nas 20 regionais da secretaria em todo o Estado.
Para Piana, os residentes serão essenciais para agilizar os processos de licenciamento ambiental do Estado, necessários para ampliar o desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental.
“São jovens que acabaram de sair da graduação, que estarão preparados e vêm com vontade de ajudar o Paraná. Temos uma grande necessidade de modernizar a área ambiental do Estado e prepará-lo para ser o melhor do País”, disse o governador em exercício.
Piana acrescentou que o Estado precisa dar uma resposta rápida para quem quer instalar um empreendimento no território paranaense. “A demora nos processos de licenciamento ambiental é um dos gargalos do nosso desenvolvimento”, ressaltou.
FORMAÇÃO — O programa de Residência Técnica tem como objetivo qualificar os servidores públicos estaduais e habilitar profissionais de diferentes áreas. A oferta de um conhecimento especializado contribui com a formação de pessoal para atender demandas em diferentes áreas do setor público.
A formação desta semana conta com palestras de representantes do setor produtivo, do Ministério Público e de órgãos ambientais, além do primeiro contato com os técnicos da secretaria que farão a tutoria dos residentes pelos próximos dois anos.
Este trabalho, ressaltou o secretário do Desenvolvimento Sustentável, Márcio Nunes, busca a qualificação da área ambiental do Paraná, que também será reforçada com profissionais que serão contratados por meio de concurso público.
“Esses jovens terão a possibilidade de aprender fazendo. A convivência com os tutores da secretaria, com profissionais de diversas áreas ligadas ao meio ambiente, será muito importante. Eles vêm com uma formação moderna na bagagem”, destacou. “Será a interação da experiência profissional com novas tecnologias. A expectativa é formar bons profissionais para o futuro”, afirmou.
O diretor-presidente do IAP, Éverton Souza, explicou que mesmo com a futura fusão dos órgãos ambientais, os residentes atuarão nas áreas técnicas correspondentes de cada uma das estruturas, além da própria secretaria. “Eles estão separados pelas áreas técnicas que abrangem todas as atividades que o Instituto de Água e Terra terá no futuro”, disse.
Souza destacou que os estudantes vão participar de projetos e programas que serão desenvolvidos pelo órgão nos próximos dois anos, contribuindo com o conhecimento acadêmico nos processos de licenciamento, outorga, nas unidades de conservação e na área de regularização fundiária.
PRESENÇAS — Participaram da solenidade o coordenador pedagógico da Residência Técnica, Marcos Rogério Szeliga; os presidentes do ITCG, Mozarte de Quadros; d Paraná Turismo, João Jacob Mehl; da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Ágide Meneguette; da Ocepar, José Roberto Ricken; o chefe de gabinete da presidência da Federação da Indústria do Estado do Paraná (Fiep), João Arthur Mohr; e o superintendente do Ibama, Luiz Antônio Lucchesi.
| Agência Estadual de Notícias (publicado em 18-11-2019) | | | | Como descartar corretamente lâmpadas, pilhas, pneus, peças de veículos e demais resíduos sólidos?
Para falar mais sobre este assunto e sobre a Logística Reversa, nós recebemos o Coordenador da Divisão de Resíduos Sólidos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Laerty Duas.
Saiba o que é logística reversa, como essa política funciona no estado do Paraná e quais setores conseguiram implantá-la escutando o audio no site da CBN Curitiba.
| CBN Curitiba ( publicado em 18-11-2019) | | | | Um grupo de jovens peruanos lançou um projeto chamado ‘Bio Plant’ para ajudar o mundo a usar menos plástico. Eles criaram pratos biodegradáveis feitos de folhas de bananeira para reduzir a poluição ambiental causada pelo descarte excessivo de plástico. Cada peça de folha de bananeira usada em vez de uma de plástico é um item a menos que polui nosso planeta!
Este produto inovador pode se decompor em dois meses – é completamente degradado naturalmente antes dos 60 dias. Por outro lado, os recipientes mais usadas em poliestireno (isopor) levam até 500 anos, causando danos incalculáveis à flora e fauna dos oceanos e à vida selvagem em terra.
Com o co-financiamento do Programa Innóvate Peru (por meio do concurso Bio Challenge, destinado a apoiar o desenvolvimento de soluções inovadoras voltadas ao uso sustentável dos recursos de nossa biodiversidade), eles foram capazes de projetar e fabricar máquinas especializadas – um prensador, expedidor e cortador – para a produção de pratos biodegradáveis. Com o novo equipamento, eles podem fabricar 50.000 pratos mensalmente.
Josué Soto, líder do projeto, explicou como eles estão trabalhando diretamente com pequenos produtores da Amazônia peruana, que recebem um preço justo e treinamento técnico para aproveitar as perdas do cultivo de banana.
O grupo Chuwa Plant também preparou esses pratos com celulose de papel e papelão – todos (incluindo as folhas de bananeira) são descartáveis (uso único), resistentes a várias temperaturas, líquidos e podem ser usados com qualquer tipo de alimento.
Josué Soto disse que eles não precisam cortar bananeiras ou arrancar suas folhas quando se separam quando os catadores retiram os cachos de bananas da árvore.
As placas são de forma retangular, medindo 22 cm x 16 cm x 3 cm (altura) e não são cancerígenas porque não contêm estireno, um derivado de petróleo encontrado em outros tipos de recipientes.
As placas da Bio Plant já foram utilizadas em celebrações tradicionais e de clientes em várias regiões do país. O grupo planeja entrar no mercado de restaurantes naturais e vinícolas ecológicas com seus produtos. “O preço aproximado de venda de nossos pratos é de 100 a 120 soles (US $ 29,64-35,56) para 100 pratos, dependendo da espessura da chapa, mas com o tempo pode ser mais acessível a todos os consumidores”, disse Soto em espanhol.
| Pensar Contemporâneo | | | | A cidade eco inteligente projetada pelo italiano Stefano Boeri privilegia áreas verdes e só irá permitir o acesso com carros elétricos e barcos
Os números impressionam: 577 hectares dos quais 400 destinados a parques, 7,5 milhões de plantas de 400 diferentes espécies; 260 mil árvores, cerca de 2,3 por habitante. Esta é a primeira cidade eco inteligente e estará pronta em 2026 a 100 quilômetros de Cancún, no México. A arrojada iniciativa é do grupo imobiliário Karim’s que engajou o arquiteto Stefano Boeri, pai do premiado Bosco Verticale, um edifício residencial sustentável em Milão, na Itália, que ficou famoso mundo afora.
A futura Smart Forest City é inspirada nas enigmáticas cidades-floresta das civilizações maia e será a primeira autossuficiente e sustentável do planeta. Uma mini Vale do Silício latinoamericana. “A proposta é criar um polo dedicado à inovação que irá abrigar instituições acadêmicas, centros de pesquisa e empresas preocupadas com os temas ligados à sustentabilidade”, explica o arquiteto Stefano Boeri. As obras já começaram e acontecem em colaboração com o escritório alemão Transsolar Lima Engineering, responsável por implementar sistemas de eficiência energética.
Como funcionará a cidade inteligente
Inteligente, futurística e ecológica, a cidade green foi pensada para acolher seus residentes de maneira planejada. O acesso ao centro só será consentido por meio de carros elétricos, barcos e lanchas. Trens e veículos a combustão poderão chegar somente até a entrada da metrópole. Painéis solares serão instalados ao redor de todo o perímetro da cidade/floresta horizontal. Uma torre de dessalinização irá fornecer água tratada vinda do mar por meio de um sistema de canais usados para circulação e irrigação no cinturão externo de plantações agrícolas.
Os 120 mil moradores poderão usufruir das mais avançadas tecnologias. E tudo será sustentável e “smart”. Todo o lixo produzido será recuperado e reciclado e cada habitante terá a sua disposição 40 metros de superfície verde. O projeto urbanístico foi concebido de acordo com princípios de infraestrutura energética, mobilidade e integração de espaços verdes que estarão por toda parte, inclusive nos tetos das casas, nos muros e até nas ruas. Até mesmo a distribuição de edifícios e lojas de comércio seguirão um planejamento igualitário.
“Haverá diferentes tipologias habitacionais para todo o tipo de morador: estudantes, pesquisadores e professores”, comenta o arquiteto italiano que optou por não criar um centro tradicional mas várias praças que servirão como pontos de integração entre os bairros.
A tecnologia é uma ferramenta fundamental na estilo de vida sustentável e na administração da cidade inteligente. Sensores instalados internamente nos edifícios e casas irão coletar dados e fornecer informações relevantes armazenados em um data-base. “Tais dados serão usados para melhorar e incrementar o abastecimento e economia de energia. Por exemplo, o morador poderá saber previamente os melhores horários para usar seus eletrodomésticos e assim reduzir o uso energético. Isso significa, pagar menos pelo fornecimento”, observa Stefano Boeri que revela a criação de um parque ornitológico para receber os turistas que passam por Cancún.
| Gazeta do Povo ( publicada em 30-10-2019) | | | |
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