| 05 de NOVEMbro de 2019
Terça-feira
- Call for Action - B20 2020
- Artigo: Acordo UE-Mercosul: aumentando o volume e a qualidade do comércio
- Crise e burocracia fazem brasileiro pedir menos patentes
- Em média, 30% do faturamento de empresas vem do comércio digital, diz Boa Vista
- Preços da indústria sobem 0,45% em setembro e têm 2ª alta seguida
- PMI composto do Brasil recua para 51,8 em outubro, diz IHS Markit
- Dólar cai em linha com exterior, mas alta de juro e calibragem para leilão pesam
- Copom vê aceleração do crescimento do PIB e inflação dentro da meta
- IBGE: 17 entre 24 atividades têm altas de preços no IPP de setembro
- Risco ligado à desaceleração global e a conflitos geopolíticos permanece, diz BC
- No Japão, Microsoft testa semana de trabalho de quatro dias e produtividade aumenta 40%
- Exames detectam até 80% dos casos de câncer de próstata
- STF decide sobre imposto no salário-maternidade
- Relacionamento entre chefe e subordinado cria riscos para empresas
- FUP assina acordo trabalhista com Petrobras mas discute greve contra privatização
- Alemanha vai aumentar subsídios para compra de carros elétricos
- UE apresenta argumentação na OMC contra tarifas de Trump sobre aço e alumínio
- Volkswagen lança Golf GTE, seu primeiro híbrido no Brasil, por R$ 200 mil
- Volvo cria programa Selekt para certificação para usados
- ZM investe R$ 8 mi em equipamento de conformação a frio
|
Câmbio
Em 05/11/2019
|
|
Compra
|
Venda
|
Dólar
|
3,998
|
3,998
|
Euro
|
4,426
|
4,427
|
Fonte: BACEN
|
| | | | | | Estudo mostra que países em desenvolvimento podem se beneficiar muito do comércio com países mais desenvolvidos
Um relatório lançado recentemente pelo escritório do economista-chefe do Banco Mundial para a ALC (América Latina e Caribe) traz evidências muito úteis sobre o comércio na região da ALC e as oportunidades e desafios que o acordo UE-Mercosul representa para o Brasil.
O estudo mostra que países em desenvolvimento podem se beneficiar muito do comércio com países mais desenvolvidos não apenas pelo aumento no volume de negócios, mas também pela possibilidade de aumento na produtividade ocasionada pela transferência de conhecimento. No caso do Brasil, no entanto, é preciso estar atento também para os impactos ambientais que o acordo pode trazer.
O volume comercial dos países da região ALC não é muito elevado, por dois motivos principais. Primeiro, porque os países fazem comércio principalmente entre si, recorrendo a inúmeros acordos bilaterais.
Quando os países da ALC fazem negócios com países com estruturas econômicas semelhantes, o volume real de comércio gerado é baixo (e, em alguns casos, pode até distorcer o comércio –quando produtores mais eficientes são substituídos por outros menos eficientes, mas que desfrutam de acesso mais barato ao mercado).
Segundo, porque esses acordos comerciais bilaterais são muito superficiais. O resultado é uma abertura comercial limitada. O Brasil, inclusive, apresenta o segundo maior índice geral de restritividade comercial em termos de barreiras tarifárias e não tarifárias (7,44%), atrás apenas da Venezuela (8,99%) e bem à frente de outros países, como a Argentina (2,02%).
Fica claro, portanto, que a região —e o Brasil— precisam começar a negociar com países mais ricos, a fim de abrir mercados maiores e promover o aumento da produtividade através da potencial transferência de conhecimento. Os impactos positivos podem ser enormes.
Primeiro, o comércio criará mais oportunidades —pois esses países têm economias maiores— e ampliará a complexidade econômica dos parceiros comerciais, aumentando as oportunidades de aprendizagem proporcionadas pelo conhecimento. Segundo, o comércio pode gerar crescimento econômico e criar novos empregos.
O relatório lança mão das evidências disponíveis e mostra que o aumento da abertura comercial em 10% do PIB está associado a um adicional de 0,06% na taxa de crescimento anual do PIB. O comércio pode até ajudar a reduzir a volatilidade do PIB, pois hoje a maioria dos países da ALC concentra as suas exportações na área de commodities e, portanto, sofre conjuntamente com os mesmos termos comerciais.
Novos acordos comerciais com países mais ricos, portanto, podem elevar a sofisticação econômica dos países da região, enriquecendo a estrutura econômica e (potencialmente) mitigando a volatilidade econômica.
De fato, o potencial de ganho comercial difere bastante ao se considerar dois cenários distintos: quando o comércio envolve países desenvolvidos e quando se restringe apenas aos países em desenvolvimento.
Um país em desenvolvimento típico aumenta seu volume comercial em 12% do PIB ao assinar um acordo comercial com um país desenvolvido, comparado a apenas 7% do PIB ao firmar um acordo comercial com outro país em desenvolvimento.
Além disso, o índice de complexidade econômica do país (que reflete uma economia mais sofisticada) aumenta 24% no primeiro caso, comparado à redução de 5% no segundo. Doze anos após firmar o acordo comercial, o país terá se tornado 10% mais rico no primeiro caso, em comparação a apenas 2% no segundo caso.
De modo geral, o acordo UE-Mercosul é justamente isso —um acordo comercial mais profundo que, espera-se, irá acelerar a trajetória de investimentos para além da linha de base e tornar as economias mais complexas.
O acordo terá impactos distributivos, mas, de modo geral, não se espera que mude fundamentalmente a estrutura econômica dos países signatários, apesar de esperarmos algumas realocações internas entre os diversos subssetores. Alguns subssetores sairão ganhando e outros, perdendo, mas espera-se que o acordo comercial aumente, principalmente, a produtividade de algumas atividades agrícolas específicas — e não que cause uma desindustrialização.
Além disso, haverá um longo período de transição para acomodar essas mudanças. Mas, de modo geral, alguns impactos regionais precisarão ser mitigados nas regiões que sofrerem efeitos negativos.
Distribuição espacial desigual dos ganhos
O acordo comercial UE-Mercosul também terá um impacto distributivo entre os fatores de produção. No Brasil, os trabalhadores não-qualificados teriam o maior aumento salarial (1,1%), acima dos trabalhadores qualificados (1%) e trabalhadores rurais (0,8%) e também acima das rendas de capital (0,5%) e do arrendamento de terras (0,4%).
Finalmente, é preciso estar atento aos impactos ambientais que o acordo UE-Mercosul causará no Brasil. As emissões de CO2 devem aumentar cerca de 8%, principalmente graças à aceleração do crescimento do PIB.
Outra preocupação é o impacto que o acordo comercial pode ter sobre o desmatamento no Brasil, já que um dos setores mais beneficiados será a pecuária. Espera-se que o acordo aumente em 22,3% a produção pecuária até 2030, com um acréscimo de aproximadamente 48 milhões de cabeças de gado.
Com a produtividade inalterada, essa situação provavelmente aumentará ainda mais a pressão pela abertura de novas pastagens (principalmente na região do Cerrado), com o potencial de afetar cerca de 3% da área florestal do Brasil.
Torna-se necessário, portanto, trabalhar com vigor para aumentar a produtividade do setor e explorar as oportunidades apresentadas pelo acordo UE-Mercosul, garantindo, ao mesmo tempo, a sustentabilidade dos recursos ambientais brasileiros.
Distribuição espacial de cabeças de gado no Brasil
Tradução
Mapa 1: Distribuição atual, cabeças de gado a cada 100 km²
Mapa 2: Distribuição de cabeças de gado adicionais a cada 100 km²
Esta coluna foi escrita em colaboração com Martin Rama, economista chefe do Banco Mundial para América Latina e o Caribe.
Rafael Muñoz - Coordenador da área econômica do Banco Mundial para o Brasil, já trabalhou para a instituição na Ásia e na África.
| Folha de S. Paulo | | | | No mundo, o volume de pedidos de patentes vem aumentando há mais de uma década
Os pedidos de patentes feitos no Brasil tiveram a quinta queda consecutiva. A análise foi feita pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), com base em dados do relatório World Intellectual Property Indicators 2019 da Ompi (Organização Mundial de Propriedade Intelectual).
Segundo o relatório, em 2018 foram feitos 24.857 solicitações de depósitos de patente no Brasil, uma queda de 3,1% na comparação com o ano anterior.
Em contrapartida, foram realizados 3,3 milhões de pleitos no mundo todo, o que corresponde a uma alta de 5,2%, ante 2017, e recorde da série histórica iniciada em 1980.
Em todo o mundo, o volume de pedidos de patentes vem aumentando há mais de uma década. Apenas em 2009 que houve queda, em função da crise financeira global.
Já o Brasil apresentou alta nas solicitações entre 2009 e 2013, mas desde 2014 os números vêm caindo.
“A queda no pedido de patentes pode ser explicada pelo ambiente de econômico pouco favorável e pelo elevado nível de estoque aguardando a análise em 2018”, disse Carlos Eduardo Abijaodi, diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI.
As patentes servem para impedir terceiros de produzir, usar, vender ou importar produtos ou processos objetos da proteção. No Brasil, o processo de registro leva cerca de oito anos. Um dos principais problemas é o represamento das solicitações, chamado de backlog.
Em julho deste ano, o Ministério da Economia e o Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) anunciaram medidas para reduzir burocracia, custos e tempo em processos de marcas e patentes.
Haviam cerca de 160 mil pedidos no lançamento do projeto do governo. Em três meses, o número foi reduzido para 139 mil.
“Em dois anos, pretendemos reduzir o estoque em 80%. A meta é bastante ambiciosa, mas já está em funcionamento e os resultados já vêm sendo observado”, afirma Liane Lage, diretora de Patentes, Programas de Computador e Topografias de Circuitos Integrados do Inpi.
O número de patentes concedidas já vem apresentando alta. Em 2018, foi 82,9% maior, na comparação com 2017, de 5.450 para 9.966. Foi o quarto crescimento consecutivo nesse indicador, com tendência de manutenção da alta.
No acumulado de janeiro a setembro de 2019, já foram concedidas 9.503 patentes de invenção no Brasil, alta de 17% em relação ao mesmo período de 2018, quando foram aprovados 8.116 pedidos.
“Com o plano de combate ao backlog e melhora da economia, a tendência, após cinco anos consecutivos de queda, é que o número de solicitações volte a crescer”, comentou Abijaodi, diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI.
Os dados serão apresentados nesta terça-feira (5) no III Seminário de Propriedade Intelectual: Construindo Uma Agenda para o Brasil, nesta terça-feira (5), em São Paulo.
| Folha de S. Paulo | | | | Em média, 30% do faturamento das empresas do País vem do comércio digital, aponta pesquisa da Boa Vista com 430 empresários do comércio, indústria e serviços. Para a maior parte dos negócios (45%), contudo, o faturamento por meio do e-commerce representa bem menos: até 10% das receitas.
Para 16% das empresas, as receitas com os negócios online representam de 10% a 30% do faturamento total. Em 11% dos estabelecimentos, essa participação é de 30% a 50%. Para ouros 15%, equivalem a 50% a 75% do faturamento. Apenas 11% das empresas obtém mais de 75% do seu faturamento por meio do comércio eletrônico.
Do total de empresários entrevistados, 26% disseram que têm um site de vendas próprio e outros 66% afirmaram que possuem contas em redes sociais para ajudar a impulsionar as vendas dos seus negócios. Sobre os negócios que realizam na internet, 47% disseram que realizam vendas propriamente. Outros 37% afirmaram que tanto compram, quanto vendem mercadorias, e 16% afirmaram usar as plataformas digitais para comprar insumos e matérias-primas.
A pesquisa realizada pela Boa Vista entrevistou os empresários entre agosto e setembro de 2019, com amostragem para micro, pequenas, médias e grandes empresas. Os dados têm margem de erro de 4% para mais ou para menos e o intervalo de confiança é de 95%.
| Bem Paraná (publicado em 04-11-2019) | | | | No acumulado no ano, índice tem alta de 2,94% e, em 12 meses, queda de 0,99%.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação dos preços dos produtos na "porta das fábricas", sem impostos e frete, avançou 0,45% em setembro, resultado inferior ao observado em agosto (0,91%), segundo informou nesta terça-feira (5) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esta é a segunda alta seguida, depois de duas quedas consecutivas em junho (-1,13%) e julho (-1,20%), sendo que em agosto houve variação de 0,92%. No acumulado no ano, os preços subiram 2,94% e, em 12 meses, caíram 0,99%.
Segundo o IBGE, a alta em setembro foi pressionada pelo aumento dos preços do diesel, gasolina e óleos combustíveis e dos alimentos.
Em setembro, das 24 atividades pesquisadas, 17 apresentaram alta de preços.
As quatro maiores altas foram nas registradas nas indústrias extrativas (-10,49%), refino de petróleo e produtos de álcool (3,64%), outros equipamentos de transporte (1,85%) e fumo (1,69%). Já em termos de peso no índice geral, os destaques foram nas indústrias extrativas (-0,56 p.p.), em refino de petróleo e produtos de álcool (0,36 p.p.), em alimentos (0,23 p.p.) e em outros produtos químicos (0,08 p.p.).
"O setor de alimentos foi influenciado pelos aumentos dos preços do óleo de soja, carnes bovinas e açúcar, especialmente devido à depreciação do real frente ao dólar", destacou o IBGE.
| G1 | | | | O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Brasil recuou de 52,5 pontos em setembro para 51,8 em outubro, informou nesta terça-feira, 5, a IHS Markit. Apesar da diminuição, o resultado ficou acima de 50 - que separa a contração da expansão - pelo quarto mês consecutivo.
"As empresas indicaram o melhor ganho de vendas desde março, o que levou à recuperação mais forte nos níveis de empregos em mais de 56 meses", ressalta a economista da IHS Markit, Pollyanna de Lima, no relatório da empresa. O movimento foi puxado pelos prestadores de serviços, que realizaram contratações na taxa mais rápida dos últimos quatro anos e meio, apesar de o emprego no setor industrial ter ficado estagnado.
Outro destaque do mês foi o crescimento dos custos dos insumos e de preços cobrados no setor privado, que tiveram recorde de alta de cinco e de sete meses, respectivamente.
"Muitos provedores de serviços mencionaram que a valorização do dólar continuou a exercer pressão ascendente nas suas cargas de custos", pontua a economista da IHS Markit. "Embora esse aumento nos preços cobrados de prestação de serviços possa restringir o crescimento da demanda, as empresas continuaram absorvendo parte da carga adicional de custos", completa.
Serviços
O PMI do setor de serviços de outubro também registrou uma leve desaceleração na comparação com setembro - de 51,8 para 51,2 - indicando arrefecimento no ritmo de melhora da atividade. O setor de Finanças e Seguros teve o maior crescimento nas vendas. No mês, apenas dois setores tiveram queda: Transporte e Armazenamento e Serviços Imobiliários e Empresariais.
Respondendo ao aumento das cargas de custos no mês, as empresas de serviços aumentaram suas taxas em outubro. "A inflação de preços cobrados foi sólida no contexto dos dados históricos, tendo aumentado e atingido o seu ponto mais forte em quase quatro anos", diz a IHS Markit em relatório.
| Bem Paraná | | | |
O dólar recua em linha com o sinal predominante no exterior em relação a outras divisas emergentes ligadas a commodities, mas segue acima dos R$ 4,00 no mercado à vista, em razão de uma diminuição de expectativas sobre a participação de investidores estrangeiros no leilão de petróleo do pré-sal, amanhã.
Os agentes de câmbio monitoram os ajustes de alta dos juros futuros, após um tom considerado mais Hawkish (duro) da ata do Copom, ao declarar que os membros do Comitê decidiram ‘reforçar’ a recomendação de cautela em eventuais novos ajustes do grau de estímulo a partir da primeira reunião de 2020.
No parágrafo 15, aparece que o comitê discutiu ainda as características do atual ciclo econômico, com menor participação do Estado na economia, e suas possíveis implicações para a atuação da política monetária.
Nos mercados de moedas no exterior, persiste um apetite por ativos de risco com novos sinais de avanços nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China.
Os dois países estão considerando retirar algumas tarifas de importação para garantir o fechamento do acordo comercial preliminar que está em negociação, segundo fontes da Dow Jones Newswires. O Financial Times, por sua vez, noticiou que Washington poderá remover tarifas sobre US$ 112 bilhões em importações chinesas.
Às 9h40, o dólar à vista caía 0,03%, a R$ 4,010. O dólar futuro de dezembro recuava 0,06%, a R$ 4,016.
| Tribuna PR | | | | Colegiado indicou que taxa Selic, atualmente em 5% ao ano, deve recuar para 4,5% ao ano em dezembro. Mercado financeiro já projeta nova redução, para 4,25% ao ano, em fevereiro.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), responsável por fixar os juros básicos da economia estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter apresentado crescimento no terceiro trimestre e que, nos próximos meses, deve registrar "alguma aceleração", reforçada pela liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Na semana passada, o Copom decidiu reduzir de 5,5% para 5% ao ano a taxa básica de juros da economia, a Selic (veja no vídeo abaixo). Com a decisão, a Selic chegou ao menor percentual desde 1999, quando começou o regime de metas para a inflação.
Sobre a inflação, o Banco Central avaliou que as projeções de inflação, e suas medidas subjacentes (que procuram captar a tendência dos preços), estão em "níveis confortáveis", dentro do regime de metas.
"As estimativas e projeções de curto prazo indicam que a inflação acumulada em 12 meses ainda deve ter recuado em outubro, para níveis ao redor das mínimas observadas durante o regime de metas para a inflação, voltando a se elevar ao longo dos últimos meses do ano", acrescentou.
O Copom avaliou que essa trajetória de curto prazo reflete uma inflação abaixo do esperado pelo colegiado em setembro e revisão, também para baixo, da projeção referente ao mês de outubro.
Copom reduz taxa básica de juros de 5,5% para 5% ao ano
Definição da taxa de juros
A principal missão do Banco Central é controlar a inflação, tendo por base o sistema de metas. Para este ano, a meta central de inflação é de 4,25%, podendo oscilar de 2,75% a 5,75%. Para 2020, o objetivo central é de 4% (com oscilação de 2,5% a 5,5%).
Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, o BC reduz os juros. Quando estão acima da trajetória esperada, a taxa Selic é elevada.
Para definir a taxa básica de juros, o BC já está de olho nas previsões de inflação do ano que vem. Isso porque as decisões levam meses para ter impacto pleno na economia. Para este ano, a previsão do mercado é que a inflação fique em 3,29% e, em 2020, em 3,6%.
Já as projeções do Banco Central, no cenário com juros e câmbio estimados pelo mercado financeiro, são de que a inflação ficará em torno de 3,4% para este ano, de 3,6% para 2020 e de 3,5% em 2021 - em linha com as metas de inflação.
Com base no cenário projetado para a inflação, o Copom já indicou que pretende realizar um novo corte de juros, em dezembro, para 4,5% ao ano. Para as decisões de 2020, o BC informou que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela em eventuais novos ajustes no grau de estímulo.
"O Copom reitera que a comunicação dessa avaliação não restringe suas próximas decisões e enfatiza que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação", informou.
O mercado financeiro estima que o Banco Central reduzirá novamente os juros em fevereiro, para 4,25% ao ano, e que a taxa permanecerá neste patamar até setembro do ano que vem, quando avançaria para 4,5% ao ano – nível em que fecharia 2020.
Reformas econômicas
O Comitê reiterou ainda a visão de que a "continuidade do processo de reformas e a perseverança nos ajustes necessários na economia brasileira são essenciais para permitir a consolidação da queda da taxa de juros estrutural, para o funcionamento pleno da política monetária e para a recuperação sustentável da economia". "O Comitê ressalta ainda que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes", acrescentou.
Em contexto de espaço fiscal limitado [para gastos públicos], os integrantes do Copom enfatizaram a relevância da aprovação da Reforma da Previdência pelo Congresso Nacional, mas reforçaram a importância da continuidade do processo de reformas e ajustes que gerem sustentabilidade da trajetória fiscal (contas públicas).
"Ao reduzirem incertezas fundamentais sobre a economia brasileira, essas reformas tendem a trabalhar no mesmo sentido da política monetária e, portanto, estimular o investimento privado. Esse potencial efeito expansionista deve contrabalançar impactos de ajustes fiscais correntes sobre a atividade econômica, além de mitigar os riscos de episódios de forte elevação de prêmios de risco", avaliou o Copom.
O BC avaliou que uma aceleração do ritmo de retomada da economia para patamares mais robustos também dependerá de outras iniciativas e reformas microeconômicas que visam ao aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios.
| G1 | | | | A alta de 0,45% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em setembro foi decorrente de avanços disseminados. Houve aumentos de preços em 17 das 24 atividades pesquisadas, segundo os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As maiores elevações foram registradas por refino de petróleo e produtos de álcool (3,64%), outros equipamentos de transporte (1,85%) e fumo (1,69%).
Em termos de influência, os principais impactos positivos sobre o IPP foram dos aumentos nos preços de refino (0,36 ponto porcentual), alimentos (alta de 1,06% e impacto de 0,23 ponto porcentual) e outros produtos químicos (aumento de 0,97% e contribuição de 0,08 ponto porcentual).
Por outro lado, a queda de 10,49% nos preços das indústrias extrativas impediram uma alta mais elevada na inflação da indústria, ajudando a conter o IPP em 0,56 ponto porcentual.
| Bem Paraná | | | | A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira, 5, trouxe a avaliação de que "os riscos associados a uma desaceleração da economia global e a conflitos de natureza geopolítica permanecem".
Para o BC, "as incertezas no cenário externo implicam riscos para ativos cuja precificação dependa sobremaneira de um cenário com taxas de juros globais baixas e manutenção do ritmo de crescimento econômico recente".
A instituição pontuou, no entanto, que o cenário internacional segue "relativamente favorável" para as economias emergentes.
O BC registrou que os "bancos centrais de diversas economias, incluindo algumas centrais, têm provido estímulos monetários adicionais, o que contribui para o afrouxamento das condições financeiras globais".
Neste contexto internacional, o BC brasileiro voltou a destacar a capacidade da economia brasileira de absorver um revés, "devido ao seu balanço de pagamentos robusto, à ancoragem das expectativas de inflação e à perspectiva de continuidade das reformas estruturais e de recuperação econômica".
| Bem Paraná | | | | Número de páginas impressas caiu 59% e 94% dos funcionários ficaram satisfeitos
A Microsoft realizou uma experiência de semana de trabalho com apenas quatro dias no início deste ano em um dos lugares mais improváveis: o Japão. Mas mesmo em um país conhecido pela cultura de muito trabalho a semana mais curta teve um grande impulso na produtividade, afirmou a unidade de negócios da empresa em um post em seu site.
O teste, que ocorreu em agosto e deu aos funcionários folga em cinco sextas-feiras consecutivas, aumentou as vendas por funcionário em 40% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo a postagem. O número de páginas impressas no escritório caiu 59%, o consumo de eletricidade diminuiu 23% e 94% dos funcionários ficaram satisfeitos com o programa.
Logotipo da Microsoft
O teste de um mês foi anunciado como parte de uma estratégia de "opção de vida profissional", que visa ajudar os funcionários a trabalhar com mais flexibilidade e ocorre em meio a reformas trabalhistas em todo o país. O primeiro-ministro Shinzo Abe adotou limites para as horas extras e aumentou a renda dos trabalhadores temporários e de meio período como parte de suas reformas trabalhistas, que às vezes causaram polêmica.
No entanto, é também o exemplo mais recente de um movimento global crescente para se experimentar o conceito de semana de trabalho de quatro dias, à medida que as condições do mercado de trabalho continuam duras, a tecnologia oferece maior flexibilidade e proliferam relatos de que alguns locais tiveram resultados benéficos ao se trabalhar quatro dias e depois tirar três de descanso.
Nos Estados Unidos, a rede de hambúrgueres Shake Shack disse que está testando a ideia. No Reino Unido, a semana de quatro dias foi apoiada por alguns dos maiores sindicatos da Irlanda e da Grã-Bretanha, e o Partido Trabalhista encomendou um estudo sobre a ideia. (Ele concluiu que um limite para a duração da semana de trabalho seria irreal.)
Na Nova Zelândia, uma empresa de consultoria de investimentos e fundos chamada Perpetual Guardian iniciou um teste de 8 semanas em toda a empresa, em que os funcionários trabalhavam 30 horas por semana, mas eram pagos por 37,5 horas. Desde então, ela disse que a mudança será permanente, em base opcional, depois de informar que o desempenho no trabalho se manteve e os níveis de estresse e engajamento do pessoal melhoraram.
Algumas empresas menores que testaram a ideia aplaudem seus benefícios, de maior equilíbrio entre vida pessoal e trabalho e maior produtividade dos funcionários. Mas elas também disseram que isso pode levar os trabalhadores a forçar os limites na programação do fim de semana prolongado e resultar em dias de maior pressão quando as pessoas estão trabalhando. Alguns observadores alertaram que o esforço pode reduzir os salários dos trabalhadores e prejudicar a competitividade, e que é mais desejável um "esforço" para reduzir os horários, em vez de leis que definam limites.
Até agora, de acordo com uma reportagem em julho de The Washington Post, a ideia não recebeu muita força do movimento trabalhista americano. Na época, o Post informou que nenhum dos candidatos a presidente democrata de 2020 adotou a semana de trabalho de quatro dias, mesmo tendo apoiado outras ideias ambiciosas, como renda básica universal ou garantia federal de emprego.
Na Microsoft Japão, o projeto "Work Life Choice Challenge 2019 Summer" [Concurso Opção da Vida Profissional verão 2019] concedeu aos funcionários férias especiais remuneradas, fechando os escritórios em todas as sextas-feiras de agosto. A ideia era promover um trabalho mais eficiente em menos tempo, instando os funcionários a "trabalhar um tempo curto, descansar e aprender bem" para melhorar a produtividade e a criatividade, de acordo com a versão traduzida de um post no site da empresa.
O programa pediu aos funcionários que limitassem as reuniões a 30 minutos e "fizessem pleno uso da ferramenta de colaboração Microsoft Teams", realizando mais bate-papos informais ou reuniões online, em vez de pessoalmente. Noventa e quatro por cento dos funcionários disseram estar satisfeitos com o programa.
A postagem no site disse que haverá outro "Desafio de Opção da Vida Profissional" no inverno, mas não concederá licença remunerada especial aos funcionários. (As perguntas feitas sobre os planos do programa a um porta-voz da Microsoft não foram respondidas imediatamente.) Em vez disso, ele os incentivará a trabalhar de forma independente com mais flexibilidade e a utilizar reuniões mais curtas e ferramentas de colaboração, além de usar suas férias pagas e feriados de fim de ano.
| Folha de S. Paulo (publicado em 04-11-2019) | | | | Ardência ao urinar e fluxo fraco ou interrompido devem acender o sinal de alerta nos homens
A descoberta de um câncer de próstata está longe de ser uma sentença de morte para o paciente, principalmente se o diagnóstico foi realizado logo no início da doença. Para isso, é fundamental combinar ao menos dois tipos de exames, que dão até 80% de sucesso na detecção precoce desse tipo de tumor.
O toque retal garante até 48% de chance de encontrar o câncer, caso ele exista. Quando feito em conjunto com o PSA (exame de sangue que identifica alterações), sobe para 80%. Homens negros ou filhos de quem teve a doença devem procurar o urologista para investigar o problema já aos 45 anos. Os demais, a partir dos 50.
“Quanto mais precoce se faz o diagnóstico, maiores são as chances de cura. Nos estágios iniciais, a sobrevida da doença se aproxima dos 100% em cinco anos. Porém, quando a doença é diagnosticada em estágios avançados [com metástase], a sobrevida em cinco anos cai drasticamente”, diz Gustavo Guimarães, diretor do IUCR (Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica).
Segundo Guimarães, o principal problema é que o câncer de próstata tem evolução silenciosa, podendo se confundir com o crescimento benigno da glândula. O paciente deve suspeitar de algo errado quando sentir dor ou ardência ao urinar e tiver fluxo de urina fraco ou interrompido, entre outros sintomas, e isso permanecer por duas semanas ou mais. Outro sintoma recorrente é o surgimento de sangue na urina ou no sêmen, além da dificuldade de ereção.
Além de procurar o urologista e fazer os exames dentro da faixa etária adequada, adotar hábitos de vida saudáveis é algo importante para evitar o câncer de próstata. Fugir do cigarro e das comidas gordurosas, além de praticar atividade física são atitudes recomendáveis.
Segundo um levantamento feito pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer), do Ministério da Saúde, só em 2017 foram cerca de 15 mil mortes em decorrência do câncer de próstata no Brasil. A estimativa é de que neste ano sejam registrados 68 mil novos casos da doença e venham a morrer de 27% a 34% desses pacientes —uma multidão entre 18 mil a 23 mil pessoas.
Metade dos homens nunca consultou o urologista
Piadinhas na roda de amigos sobre o toque retal e desconhecimento sobre como cuidar da saúde formam a combinação perfeita para que o câncer de próstata se desenvolva. Mesmo com grande chance de cura, a doença ainda mata por causa do preconceito.
“Ainda, sim, há preconceito, principalmente em relação ao exame de toque. No entanto, está diminuindo com campanhas importantes, como a do Novembro Azul”, afirma o urologista Alex Meller, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e do Hospital Israelita Albert Einstein.
Segundo Meller, estudo feito pela Sociedade Brasileira de Urologia apontou que 51% dos homens nunca foram a um urologista. “Normalmente as mulheres são orientadas pelos pais a realizarem exames anuais com o ginecologista desde o período da adolescência, associado ao início da menstruação e aos cuidados com o útero”, diz.
“Esse hábito levado a vida adulta as torna mais preocupadas com a saúde. Ainda muitos homens vão ao médico porque a esposa agenda a consulta”, completa.
| Folha de S. Paulo (publicado em 03-11-2019) | | | | Ministros devem julgar nesta quarta (6) se cobrança de contribuição é constitucional
O STF (Supremo Tribunal Federal) analisa nesta quarta (6) a cobrança da contribuição previdenciária sobre o salário-maternidade.
Hoje, o benefício tem natureza remuneratória e, por isso, é tributado como um salário normal, sobre o qual incide a alíquota do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), de 8%, 9% ou 11%.
A corte irá julgar se a cobrança é constitucional ou não. Para alguns especialistas, o benefício, pago a quem tem um filho ou adota é indenizatório. Neste caso, não poderia incidir contribuição previdenciária.
“A justificativa para se levar o caso ao STF é a de que o salário-maternidade já é um benefício pelo qual a trabalhadora paga sobre os salários comuns, que já têm o desconto da contribuição previdenciária. Portanto, [a contribuição] não poderia ser cobrada duplamente”, explica Luciana Codeço, advogada trabalhista da Rocha & Codeço.
A especialista faz um paralelo com outros tipos de benefício pagos pelo INSS.
“Se você pegar o benefício por acidente de trabalho ou outros benefícios previdenciários de caráter indenizatório, como o salário-maternidade, não incide contribuição previdenciária sobre eles”, diz.
Para o tributarista Luis Alexandre Castelo, do Lopes & Castelo, o fato de a trabalhadora estar afastada da atividade é outro fator que contribui para o salário-maternidade ser considerado como indenização.
“O profissional não está trabalhando, então não tem como se falar em compensação remuneratória, equiparada a um salário normal.”
Tem direito ao salário-maternidade por até 120 dias quem tem um filho ou adota uma criança.
Para quem tem carteira assinada, o benefício é pago pela empresa, que tem, então, os valores compensados junto ao instituto.
Já autônomas não precisam pagar a guia de contribuição durante o recebimento do salário-maternidade.
Mas, segundo instrução normativa do INSS, pode haver desconto da contribuição no benefício.
Regras do benefício | Como é e o que o Supremo decidirá
O salário-maternidade é o benefício pago quando a criança nasce ou é adotada; a duração é de até 120 dias
A discussão que está no STF (Supremo Tribunal Federal) é sobre a natureza do benefício: se é remuneração ou indenização
Contribuição
Hoje, o salário-maternidade é tributado como remuneração, seguindo as alíquotas de contribuição previdenciária de um salário comum
O que os ministros vão analisar é a possibilidade de o benefício ser considerado uma indenização e, assim, não incidir a cobrança de contribuição ao INSS sobre ele
Como é hoje?
>>Para a empregada com carteira assinada
O benefício é solicitado na empresa, a partir de 28 dias antes do parto
Empresa continua pagando o benefício em nome da Previdência Social e compensado os valores junto ao INSS
Contribuição previdenciária
O desconto no holerite é o mesmo de um salário normal (de 8%, 9% ou 11%, respeitando o teto do INSS)
A empresa paga entre 11% e 23% de contribuição previdenciária
>>Para a autônoma
A contribuinte individual pede o benefício direto ao INSS, a partir de 28 dias antes do parto
No período de afastamento de 120 dias, não precisa recolher a guia de contribuição, mas instrução normativa do órgão manda o INSS descontar os valores do benefício
Fontes: Luciana Codeço (advogada especialista em Direito do Trabalho da Rocha & Codeço Advogados), Luis Alexandre Castelo (tributarista e sócio da Lopes & Castelo Sociedade de Advogados), INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), STF (Supremo Tribunal Federal) e reportagem
| Folha de S. Paulo | | | |
McDonald's demitiu seu presidente após descoberta de envolvimento com funcionária
Onde se ganha o pão A demissão do presidente do McDonald's por causa de um relacionamento com uma funcionária deve provocar uma onda de reavaliação dos códigos de conduta nas empresas, afirma Rodrigo Vianna, presidente da Mappit, de RH.
Segundo Vianna, algumas empresas proíbem namoro entre funcionários por receio de acusações de assédio e de vazamento de dados. Casos entre chefes e subordinados podem provocar no resto da equipe a sensação de tratamento privilegiado, segundo Paulo Sardinha, da ABRH (associação de recursos humanos).
Uma alternativa que pode ser adotada para evitar problemas como esses é a mudança de departamento de um dos membros do casal, diz Sardinha.
Apesar do caso rumoroso envolvendo o McDonald's, Sardinha diz que as empresas tendem a se tornar mais tolerantes com relacionamentos entre seus funcionários conforme a tecnologia avança e ganham espaço ferramentas que deixam a avaliação de desempenho mais objetiva.
O consultor Reinaldo Passadori diz que é importante que empresas tenham regras claras sobre relacionamento em seu ambiente antes de se defrontar com casos do tipo: "A pessoa vive a maior parte do tempo dela no trabalho, é natural que aconteçam aproximações."
Do lado do funcionário, saber a regra da companhia ajuda a tomar a decisão de iniciar ou não o relacionamento, já que ele sabe quais são os riscos envolvidos.
| Folha de S. Paulo | | | | Sindicatos ligados à FNP votam indicativo de rejeição a proposta do TST esta semana
Os 12 sindicatos ligados à FUP (Federação Única dos Petroleiros) assinaram nesta segunda (4) acordo coletivo de trabalho com a Petrobras, encerrando impasse que se estendia desde maio. A federação, porém, ainda ameaça com paralisação contra a venda de ativos da estatal.
Já a FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) indica a seus filiados rejeição da proposta, em um racha entre as duas federações que reúnem a categoria. Com cinco sindicatos filiados, a FNP acusa a FUP de traição e também indica a realização de greve, com início em 12 de novembro.
As duas entidades vêm negociando o acordo coletivo com a estatal desde maio. Desde o início de agosto, quando venceu o prazo do acordo atual, as conversas passaram a ser mediadas pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho).
A primeira proposta do tribunal foi rejeitada pela maioria dos sindicatos em assembleias durante o mês de outubro. Há duas semanas, após revisão dos termos, a FUP decidiu indicar aprovação. "A proposta do TST não é a dos nossos sonhos, mas garante muitos direitos", disse o coordenador-geral da entidade, José Maria Rangel.
O acordo dá reajuste salarial de 2,3%, segundo informou a Petrobras. "O acordo é fruto de um esforço conjunto das partes, considerando a sustentabilidade econômica e financeira da companhia e a própria realidade do país", disse a estatal, em nota.
Em vídeo divulgado para a categoria, Rangel afirmou, porém, que o conselho deliberativo da associação se reúne nesta terça (5) para discutir uma greve contra a venda de ativos da Petrobras. "Vamos virar a página do ACT [acordo coletivo de trabalho] e centrar os esforços na luta pela defesa da Petrobras."
Durante as negociações, havia no TST a preocupação de que os sindicatos estivessem forçando o impasse para justificar greve com motivação política. As federações só decidiram levar a proposta a assembleias após o fim do prazo para decidir a questão.
Na quinta (30), a FNP divulgou vídeo indicando a rejeição da proposta e de greve e criticando a decisão da FUP. Eles pediram ao TST mais prazo para avaliar a segunda proposta. A primeira foi rejeitada por quase todos os sindicatos filiados à exceção do Sindipetro-RJ, que concentra trabalhadores da área corporativa da estatal.
"Achamos um equívoco histórico da FUP, uma traição contra os interesses da categoria o indicativo de aceitação dessa proposta que rebaixa direitos e impede que a categoria lute contra o processo de desmonte do sistema Petrobras", disse, no vídeo, o secretário de Comunicação da FNP, Rafael Prado.
Com o fim da vigência do acordo anterior, a Petrobras anunciou a migração dos contratos para regras estabelecidas na legislação trabalhista, com a retirada de benefícios adicionais, como abono de férias equivalente a 100% do salário e auxílio para universidade dos filhos.
Àqueles que recebem mais de R$ 11.678 e têm curso superior foi oferecido um acordo individual, possibilidade criada pela reforma trabalhista, que tem mais benefícios do que a legislação prevê mas é pior do que o acordo do TST. A estatal deu a eles a opção de migrar para o acordo coletivo caso fosse aprovado.
| Folha de S. Paulo (publicado em 04-11-2019) | | | | Governo quer ter 10 milhões de veículos elétricos nas ruas até 2030
A Alemanha planeja aumentar em 50% os subsídios disponíveis para compradores de carros elétricos nos próximos cinco anos a partir de 2020, de acordo com documento do governo visto pela Reuters, na mais recente de uma série de medidas para acelerar o uso de veículos de baixas emissões.
Segundo o documento, que deve ser discutido em uma reunião de funcionários de alto escalão do governo e das montadoras nesta segunda-feira (4), os subsídios para híbridos subirão de 3 mil para 4.500 euros (R$ 20 mil). Para veículos com preços acima de 40 mil euros (R$ 178 mil), os subsídios subirão para 5 mil euros (R$ 22 mil).
O governo quer ter 10 milhões de veículos elétricos nas ruas até 2030, parte de uma ofensiva projetada para mudar o status atrasado da indústria automobilística alemã em mobilidade elétrica, ante rivais nos Estados Unidos e na China.
O documento foi revelado no dia em que a chanceler Angela Merkel fez um discurso na fábrica da Volkswagen em Zwickau, onde a montadora iniciou a produção em massa de seu carro elétrico ID.3, um veículo que custa cerca de 30 mil euros (R$ 133,5 mil).
"Agora podemos dizer que Zwickau é um pilar da indústria automobilística alemã de hoje e do futuro", afirmou Merkel. "Nossa tarefa como políticos é criar uma estrutura em que inovações tecnológicas possam se firmar".
Merkel disse que o governo investirá 3,5 bilhões de euros (R$ 15,5 bilhões) até 2035 para estações de carregamento de carros elétricos.
No domingo, ela disse que a Alemanha precisava de um milhão de estações de carregamento até 2030 e pediu às montadoras e empresas de serviços públicos que cumpram seu papel na construção da infraestrutura necessária.
As montadoras alemãs estão acelerando os planos de lançar veículos elétricos, sob pressão de um mandato da União Europeia para proporcionar um corte de 37,5% nas emissões de dióxido de carbono entre 2021 e 2030, além de um corte de 40% nas emissões entre 2007 e 2021.
| Folha de S. Paulo (publicado em 04-11-2019) | | | | EUA impuseram taxas de 25% sobre importações de aço e de 10% sobre as de alumínio
A UE (União Europeia) levou à OMC (Organização Mundial de Comércio) uma argumentação pela retirada de tarifas de importação de aço e alumínio impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Trump impôs tarifas de 25% em 2018 sobre importações de aço e de 10% sobre alumínio usando como pretexto uma lei norte-americana de 1962 que permite ao presidente restringir importações com base em risco à segurança nacional.
Bandeiras da União Europeia em frente ao edifício da Comissão Europeia, em Bruxelas - Yves Herman - 19.mar.19/Reuters
A imposição das tarifas motivou a abertura de nove reclamações na OMC contra os EUA por parte de exportadores que incluem China, Índia, Rússia e Turquia. Canadá e México encerraram seus casos depois que aceitaram os termos norte-americanos ao assinarem um acordo comercial com os EUA.
Representantes da UE e dos EUA apresentaram seus argumentos nesta segunda-feira diante de um painel formado por membros do Uruguai, Chile e Filipinas.
O argumento central dos EUA é que a segurança nacional é assunto a ser decidido pelos próprios países e que não deve ser avaliado pelo painel da OMC em Genebra.
"Se os EUA perderem o caso, Donald Trump ficará muito bravo", disse um diplomata de um dos países que apresentaram queixas contra Washington na OMC.
O painel afirmou que não vai divulgar uma decisão sobre os casos até o último trimestre de 2020, o que significa que ela poderá ser proferida apenas depois da eleição presidencial marcada para 3 de novembro do próximo ano.
O representante da UE James Flett afirmou que apesar do caso ser importante ele é simples de ser resolvido e que as tarifas de Trump, em vez de protegerem a segurança dos EUA, foram criadas para "tornar a América rica de novo".
As tarifas também são uma "salvaguarda", o que sob as regras da OMC devem ser impostas apenas em resposta a um aumento nas importações. Segundo o representante da UE, isso não é o caso para todas as classes de metais alvo das tarifas.
A equipe de advogados dos EUA argumenta que a UE já tinha apoiado a tese de que segurança nacional é um assunto próprio de cada país, quando das sanções adotadas durante a Guerra das Malvinas e a intervenção dos EUA na Nicarágua na década de 1980.
"Certamente, a mudança da posição da UE é um mistério", disse um dos advogados de Washington.
Um painel da OMC decidiu em abril a favor do argumento da segurança nacional e disse que as restrições da Rússia sobre o mercado de transporte rodoviário e ferroviário da Ucrânia eram legais por causa da situação de emergência entre os dois países.
| Folha de S. Paulo (publicado em 04-11-2019) | | | | Modelo pode rodar até 50 km só com tração elétrica e bateria é recarregada pelo motor ou na tomada
A Volkswagen começa semana que vem a vender seu primeiro modelo elétrico-híbrido no Brasil, o Golf GTE, importado da Alemanha, que chega por R$ 200 mil a apenas três concessionárias no País, em São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Brasília (DF). O hatch médio é um híbrido plug-in, com capacidade para rodar até 50 km só com o motor elétrico, mais apropriado para trechos urbanos ou rodoviários curtos, e as baterias são recarregadas pelo motor a combustão TSI 1.4 (turbo) a gasolina ou também em uma tomada, comum ou de recarga rápida que começam a ser instaladas.
O mais novo híbrido vendido no mercado brasileiro chega completo, em versão única e sem opcionais (incluindo o teto solar). Ele poderá ser encomendado a partir do próximo dia 11 em umas das três concessionárias credenciadas ou via internet, no site da marca.
Foi importado ao Brasil um lote inicial de apenas 100 unidades, “para fazer um teste de mercado e avaliar se é viável trazer mais e se é necessário credenciar mais pontos de venda e assistência”, informa Gustavo Schmidt, vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen do Brasil. Apesar do elevado patamar de preço, Schmidt lembra que que o Golf é o mais barato dos modelos híbridos plug-in disponíveis no mercado brasileiro – mas é bem mais caro do que os R$ 125 mil pedidos pelo Toyota Corolla híbrido flex nacional, que não é plugável.
O Golf GTE é o 14º dos 20 lançamentos programados pela Volkswagen no Brasil entre 2017 e 2020 e é o primeiro de seis modelos híbridos e elétricos que serão introduzidos pela fabricante na América Latina nos próximos quatro anos. A região é um grão de areia perto da ambição global de eletrificação da Volkswagen, que investe € 9 bilhões para lançar mais de 20 automóveis eletrificados até 2023 e produzir 1 milhão deles por ano a partir de 2025.
“A região não pode ficar de fora dessa tecnologia nem das metas globais da companhia, por isso insisti em trazer modelos eletrificados também para o mercado brasileiro. Vamos começar com o híbrido plug-in, que no momento é a solução de mobilidade elétrica ideal para um país do tamanho do Brasil, ainda sem muitas estações de recarga”, explica Pablo Di Si, presidente da Volkswagen Brasil e América Latina.
MERCADO INCIPIENTE EM ASCENÇÃO
Di Si reconhece que o potencial para elétricos e híbridos no Brasil ainda é incipiente, apesar da rápida ascensão. Este ano as vendas de carros eletrificados devem alcançar o recorde de 8 mil unidades, cerca do dobro de 2018, mas ainda assim representam menos de 0,3% do total de veículos vendidos.
Para o executivo, as iniciativas de ampliar a rede de recarga devem ajudar a atrair mais interesse à mobilidade eletrificada, como a recente parceria estratégica do Grupo Volkswagen (inclui as marcas VW, Audi e Porsche) com a distribuidora de energia EDP , para a instalação de 30 novas estações de recarga rápida no País, onde será possível repor até 80% da carga das baterias em cerca de meia hora.
“A expansão do mercado e dos postos não será de um dia para o outro, mas temos de começar e isso já está sendo feito pelo setor privado, antes mesmo da legislação”, afirma o Di Si. Ele destaca que enquanto a regulamentação desse novo negócio não for feita, os donos de modelos elétricos ou híbridos plug-in vão poder fazer a recarga nesses postos sem pagar nada, o que pode servir de estímulo inicial.
Mesmo depois que a cobrança começar, o gasto de reabastecimento de um carro eletrificado é muito menor. Para rodar 50 km (autonomia diária suficiente para 7 a cada 10 pessoas) em modo 100% elétrico com o Golf GTE, o cálculo de custo é de apenas R$ 5,18 para uma carga completa do banco de baterias. Para alcançar 100 km em modo híbrido, o dispêndio sobe para também muito acessíveis R$ 17.
Segundo informa a Volkswagen, o GTE tem autonomia total de 939 km antes de precisar ser reabastecido com gasolina e energia elétrica. Em tomada comum o tempo de recarregamento das baterias do híbrido plug-in varia de 2 a 4 horas, dependendo da voltagem. O consumo médio do hatch medido na Europa é de 1,6 litro a cada 100 km rodados, cerca de 62,5 km/l – no Brasil essa marca é necessariamente mais baixa por causa da gasolina misturada com 28% de etanol.
MELHOR DE DOIS MUNDOS COM PEGADA ESPORTIVA
Com pegada esportiva e ótima eficiência energética, o Golf GTE alia o melhor dos dois mundos. A soma de potências do motor térmico TSI 1.4 (turbo) de 150 cavalos com o propulsor elétrico de 102 cavalos entrega potência combinada de 204 cavalos, com torque máximo de 350 Nm.
O motorista escolhe como quer andar: em modo 100% elétrico a até 130 km/h ou com a força dos dois motores à máxima de 222 km/h. O powertrain elétrico híbrido aliado ao câmbio DSG automático de dupla embreagem e seis velocidades garante acelerações muito espertas, de 0 a 100 km/h em apenas 7,6 segundos.
Com controles ao lado da alavanca de câmbio e na tela tátil central de 9,2 polegadas, o motorista pode escolher quatro modos de condução: “e-mode” para rodar só com tração 100% elétrica; modo híbrido para deixar o sistema escolher a propulsão mais eficiente (elétrica ou híbrida); “battery charge” para o motor térmico tracionar o carro e recarregar as baterias; e o modo GTE, quando os dois motores entram em ação para assegurar potência máxima – nesta função freios, direção, suspensão, transmissão e até o ruído interno são ajustados eletronicamente para uma tocada esportiva.
O motor elétrico também funciona como gerador para recuperar energia cinética e recarregar as baterias nas reduções e frenagens. Com um toque para trás na alavanca do câmbio automático, é acionado um sistema para potencializar esse aproveitamento energético, aumentando a resistência das rodas quando se tira o pé do acelerador, como se fosse a redução de uma marcha, para gerar mais energia. Em uma descida de serra, por exemplo, nesse modo o carro pode chegar ao fim com carga de bateria maior do que quando começou a descer.
O Golf GTE tem pacote completo de sistemas de assistência ao motorista, incluindo frenagem automática de emergência, controle de estabilidade (ESC) e tração, controle de velocidade de cruzeiro adaptativo (ACC), detector de fadiga e assistente de farol alto, que reduz a intensidade da luz automaticamente quando detecta outro veículo em direção contrária. Ar-condicionado e aquecedor são elétricos, também consomem energia das batarias. O painel de instrumento é totalmente digital e configurável.
O GTE trazido ao Brasil agora ainda está na carroceria da sétima geração do Golf. A oitava geração apresentada recentemente começa a ser vendida na Europa em dezembro e também terá versões elétricas e híbridas, mas Volkswagen não informa quando devem chegar ao mercado brasileiro.
BICICLETA E PATINETE ELÉTRICOS
Para marcar sua entrada na era da eletrificação agora também no Brasil, a Volkswagen começa a vender junto com o Golf GTE modelos de bicicleta e patinete elétricos.
Com estilo “mountain bike”, a bicicleta elétrica tem motor de 350 W e atinge velocidade máxima de 25 km/h no modo elétrico, com autonomia de 30 km. Poderá ser comprada nas mesmas concessionárias que vendem o GTE pelo salgado preço de R$ 11,5 mil.
O patinete vai custar R$ 3,4 mil. Também tem motor de 350 W, capacidade de peso de 100 kg, autonomia de 20 km e chega a 25 km/h.
| Automotive Business (publicado em 04-11-2019) | | | |
Carros participantes têm menos de 5 anos e passam por checagem de mais de 100 itens
A Volvo criou uma certificação para venda de usados. Chamado Volvo Selekt, o programa inclui mais de 100 verificações feitas por técnicos treinados, atualizações de softwares e garantia estendida de 12 meses ou 25 mil quilômetros.
O Volvo Selekt está disponível em 32 concessionárias, com preços a partir de R$ 140 mil para veículos das linhas 40, 60 e 90. Os carros têm menos de cinco anos ou até 150 mil quilômetros rodados. Os itens checados servem para atender aos padrões de segurança, desempenho e aspecto da marca. Durante a preparação são utilizadas apenas peças originais.
Para se enquadrar no programa, o carro precisa ter o histórico completo de serviços realizados. Bruno Gomes, gerente do Volvo Selekt, recorda que essa é uma forma segura de comprar um seminovo porque são selecionamos apenas “os melhores carros disponíveis”.
A certificação da montadora garante cobertura mecânica e elétrica. Outro benefício do programa de seminovos é o Volvo Assistance, que oferece por 12 meses o Volvo On Call, pacote de soluções de monitoramento e de auxílio ao motorista que pode ser acessado por aplicativo no celular ou por uma central 24 horas no caso de acidente, assistência ou para recuperação do veículo em caso de roubo.
| Automotive Business (publicado em 04-11-2019) | | | | A Peugeot começa a vender o utilitário esportivo 2008 na versão Griffe THP, equipada com motor flex 1.6 turbo de 173 cavalos e câmbio automático de seis marchas. Os novos 2008 foram apresentados em maio. A opção Griffe THP mantém o preço de R$ 99.990 divulgado há seis meses, assim com as outras versões.
Aqueles que comprarem o carro até o fim do ano ganharão as três primeiras revisões. O Peugeot 2008 é um carro bastante agradável, com ótima posição de dirigir e agilidade acima da média quando comparado a outros SUVs. Segundo a montadora, a versão Griffe THP com câmbio automático Aisin de seis marchas acelera de zero a 100 km/h em apenas 8,8 segundos.
Essa transmissão traz quatro modos de condução (Drive, Eco, Sport e Sequencial) e é capaz de adaptar o veículo a diferentes tipos de uso. No modo Eco é possível reduzir o consumo em até 6,5% nas situações de tráfego intenso. A lista de recursos eletrônicos inclui o Grip Control, que impede a patinagem das rodas e aumenta a aderência na areia, lama ou neve.
A central multimídia recebe tela de sete polegadas e os sistemas Apple Car Play e Android Auto, que permitem o espelhamento do celular. As outras três versões do 2008 trazem motor 16 aspirado com até 118 cv, mas são sempre equipadas com câmbio automático Aisin de seis marchas. O preço inicial é de R$ 69.990.
| Automotive Business (publicado em 04-11-2019) | | | | Nova máquina produz peças com até 310 mm, como barras axiais
A fabricante de autopeças ZM, com sede Brusque (SC), investiu R$ 8 milhões na aquisição de um equipamento para produção de peças longas, obtidas por processo de conformação a frio. A máquina permitirá a produção de itens com até 310 milímetros de comprimento, como barras axiais utilizadas nos sistemas de direção dos veículos.
A conformação a frio é um processo de produção mecânico que permite a fabricação de peças por compressão, fornecendo condições para bom acabamento, grande resistência, qualidade e durabilidade em peças de formas geométricas complexas. O processo otimiza a utilização de matéria-prima e diminui a quantidade de aparas e material destinado a reciclagem.
“Essa aquisição faz parte de um programa de investimentos que somará R$ 17 milhões em máquinas para o desenvolvimento de uma nova linha de produtos ZM, já inserida na iniciativa da indústria 4.0.”, afirma o diretor superintendente da ZM, Alexandre Zen.
A ZM é especializada na fabricação de parafusos e porcas de roda, cruzetas e componentes para cardãs, além de relés e motores de partida, alternadores, polias para alternador, induzidos, rotores e estatores. Recentemente, ergueu uma nova fábrica de R$ 100 milhões.
Com a aquisição do equipamento, além de ampliar sua linha de reposição a ser lançada em 2020, a empresa ganha em produtividade e precisão dimensional.
| Automotive Business (publicado em 04-11-2019) | | | |
|
| | |
|
|