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Chamada de Notícias
Logística Reversa
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| | | | | A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Sistema Fiep) e do Instituto Paranaense de Reciclagem (InPAR), promovem o 3º Seminário Paranaense de Logística Reversa. O evento ocorrerá dia 12 de novembro, no Campus da Indústria (Av. Comendador Franco, 1341 - Curitiba/PR).
| FIEP | | | | Estávamos sentadas sobre meu antigo sofá quando minha mãe disse: "Não tem mais jeito, é melhor comprar um novo!". A frase me impactou. É verdade que ele já estava desfigurado pelo poder feroz das patas de dois gatos, me causando uma dor nas costas danada. Mas a ideia de jogar fora e investir em outro me levou para as cenas seguintes.
Além de me imaginar gastando um dinheirão em uma peça nova, vi o móvel velho empilhado em uma caçamba qualquer. Pensei para onde ele seria levado. Um lixão? A beira de um rio? Quanto tempo a espuma do estofado, o ferro das molas e a madeira da estrutura levariam para se degradar?
Olhei de novo para o sofá e fiquei pensando se não haveria como reaproveitá-lo. Aí viajei novamente: e se tudo que compramos ou produzimos pudesse ser usado novamente em vez de virar lixo inútil? Foi então que descobri que não ando pensando nisso sozinha.
Pelo contrário, tem mais gente se dedicando a pesquisar e praticar o que tem sido chamado de economia circular. Trata-se de um conceito baseado na ideia de que se pode e deve evitar ao máximo o desperdício e aumentar o ciclo de uso de todo e qualquer material.
Enquanto o modelo clássico, também chamado linear, se baseia em retirar da natureza, produzir e jogar fora, o circular tem o objetivo de fazer com que tudo retorne à cadeia de produção. Dessa forma, a extração de recursos naturais é reduzida, além de minimizar os gastos nos processos.
"É uma nova mentalidade que considera que nossos recursos são finitos e que não dá mais para explorar a natureza de forma indiscriminada", diz Susana Farias Pereira, coordenadora do Centro de Inovação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas.
Estamos falando de reciclagem, certo? Também. Mas não só. A economia circular vai muito além disso. Ela se importa com todo e qualquer resíduo e como ele poderá ser reutilizado, pensando desde o design do produto até o consumo final. A meta é lixo zero.
"Se nós, consumidores, pensarmos somente em reciclar, vamos continuar consumindo sem nos preocuparmos com o tipo de recurso usado naquela roupa, no tênis, na embalagem...", completa Susana.
Veja a mantéria completa clicando AQUI
| UOL | | | |
A logística reversa é um importante instrumento da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e é definida pela Lei como “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.”.
São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: agrotóxicos, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; produtos eletroeletrônicos e seus componentes; produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens.
Os créditos de logística reversa
Com o objetivo de viabilizar a realização da logística reversa pelas empresas fabricantes de produtos embalados, foi criado um sistema de compensação, semelhante ao dos ”créditos de carbono”. Portanto, as empresas podem remunerar operadores de logística reversa pelo serviço de reinserção do material pós-consumo na cadeia de reciclagem.
Esta reinserção do material na cadeia de reciclagem é feita através da venda dos resíduos pós-consumo às indústrias recicladoras. A Nota Fiscal referente a esta transação dá origem aos Créditos de Logística Reversa e a compra dessas notas fiscais pelas empresas fabricantes de produtos embalados é usada como comprovação legal de responsabilidade pela logística reversa de suas embalagens.
Este sistema permite que a comprovação seja feita de maneira eficiente, porém possui vulnerabilidades relacionadas ao rastreio e à garantia de que a mesma Nota Fiscal não esteja sendo utilizada para comprovar a logística reversa de duas empresas diferentes.
Onde adquirir créditos de logística reversa?
Uma possibilidade para adquirir estes créditos e se adequar à Lei é através da Plataforma de Créditos de Logística Reversa da Polen.
A Plataforma de Créditos de Logística Reversa é uma aplicação digital baseada na tecnologia ’blockchain’, que transforma as informações contidas nas Notas Fiscais Eletrônicas de venda de resíduos pós-consumo a indústrias recicladoras em ’ativos digitais’ totalmente rastreáveis e impossíveis de serem duplicados. Estes servem como uma representação e prova legal da ocorrência do processo de logística reversa.
A aplicação também funciona como um ’mercado online’ para os referidos Créditos de Logística Reversa, permitindo que empresas que precisam comprovar a execução da logística reversa possam adquirir os créditos a serem utilizados para este fim.
Os dados sobre as transações ocorridas na plataforma são compilados e apresentados de forma que as partes envolvidas possam comunicar a seus stakeholders (internos e externos) as atitudes que estão tomando para fomentar a cadeia da reciclagem no Brasil e compensar o impacto das suas embalagens no meio ambiente.
| Exame ( publicado em 21-10-2019) | | |
Já imaginou para onde vão aqueles copos plásticos que usamos no dia a dia? A Braskem desenvolveu uma microfibra feita a partir de copos descartáveis para aplicação na indústria têxtil.
A empresa reafirma o projeto de soluções cada vez mais inovadoras e sustentáveis por meio do uso do plástico na cadeia de valor. O material de polipropileno (PP) poderá ser usado na fabricação de embalagens e tecidos, por exemplo.
Para certificar a viabilidade técnica e econômica do processo de produção renovável, a Braskem segue em parceria com empresas ligadas ao setor têxtil, como Profil, responsável pela produção dos fios e cliente da petroquímica, e a EcoSimple.
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A companhia também firmou parceria com a grife PatBO para utilização de fios e tecidos à base de microfibra de PP com material reciclado. As peças de moda praia feitas com o material foram destaques no desfile da nova coleção da marca na última edição da São Paulo Fashion Week – principal evento de moda do Brasil.
“As parcerias têm sido fundamentais para que possamos evoluir o desenvolvimento de soluções que possam fortalecer a Economia Circular na cadeia de valor em que atuamos. O Polipropileno, que já é uma alternativa com custo mais acessível e viável para atender a demanda crescente da indústria têxtil, pode oferecer vantagens ainda maiores para o setor se for produzido a partir de material reciclado”, explica André Giglio, especialista de Desenvolvimento de Mercado Polipropileno da Braskem.
Projeto consciente
Com o objetivo de reduzir o impacto ambiental e desenvolver soluções inovadoras, a Braskem consegue, no caso do PP com material reciclado, um índice de impacto ambiental 45% menor do que em outras alternativas mais utilizadas em tecidos sintéticos.
“A sustentabilidade é uma questão muito presente em nossos processos e temos avançado cada vez mais no desenvolvimento de soluções que possam minimizar impactos ambientais na cadeia de valor de forma geral. A ampliação do nosso portfólio de produtos sustentáveis é consequência dos nossos compromissos com a Economia Circular, que incluem investimentos em tecnologia e inovação e trabalho conjunto com nossos parceiros, clientes, fornecedores e a sociedade”, afirma Ana Laura Sivieri, Diretora de Marketing & Comunicação da Braskem.
Os tecidos fabricados com as microfibras de material reciclado também são recicláveis e, ao final da sua vida útil, se descartados adequadamente, poderão ser transformados em novas malhas ou outros produtos.
| Consumidor Moderno (publicado em 16-10-2019) | | | |
Eles criaram uma técnica que transforma o óleo em um tipo de carvão granulado, que pode ser usado como mistura para asfalto e blocos de construção
Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) estão tentando minimizar os efeitos negativos do óleo recolhido nas praias do litoral do Nordeste.
Eles criaram uma técnica que transforma o óleo em um tipo de carvão granulado, que pode ser usado como mistura para asfalto e blocos de construção, como explica a professora Zenis Novais.
Segundo a professora, o projeto de compostagem adiciona álcool, etanol e acetona no óleo achado nas praias e que, para fazer a mistura, é usada uma betoneira.
O governador da Bahia, Rui Costa, informou que todo o material que for recolhido nas praias do estado será processado e reciclado por uma empresa especializada.
Origem desconhecida
Já foram recolhidas mais de 900 toneladas de petróleo cru em todo o litoral nordestino. Mais de 2 mil quilômetros de costa foram poluídos com o material, que também atingiu mangues e corais.
Os primeiros registros de manchas de óleo nas praias da Região Nordeste são do dia 30 de agosto deste ano. Ainda não há certeza sobre a origem do vazamento.
Atualmente, mais de 200 localidades litorâneas registram presença de óleo cru. De acordo com o governo da Bahia, novas manchas apareceram nesta terça-feira (22) no litoral sul do estado.
| Época negócios (publicado em 24-10-2019) | | | |
Projeto recebe material enviado por voluntários
Segundo levantamento da manhã desta sexta (19), 81 toneladas de petróleo cru já haviam sido coletadas das praias de Salvador desde que manchas do óleo começaram a aparecer na areia. Mas, afinal, o que acontece com esse material recolhido?
Um projeto do Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (Ufba) encontrou um destino para o resíduo: transformar o petróleo em carvão. A técnica foi testada por membros do projeto ‘Compostagem Francisco’, que trabalha com processos de compostagem acelerada.
“Bioativadores criados aqui no instituto aceleram a degradação da matéria orgânica e, em 60 minutos, o petróleo é degradado e transformado em carvão”, explica a professora doutora Zenis Novais da Rocha, responsável pelo projeto. Com ela, trabalham na transformação do resíduo quatro estudantes - três de graduação e uma de doutorado.
A professora explica que as máquinas disponíveis na universidade permitem transformar 50 kg do óleo por dia, mas que o instituto ainda tem recebido o material em pouca quantidade. O que chega é trazido por voluntários que atuam na limpeza das praias.
“Esse processo de compostagem acelerada é limpo, não inflamável, com aditivos que não agridem o meio ambiente, e ainda não libera gases que seriam liberados em caso de incinerar o óleo, por exemplo. Então, é uma escolha com inúmeras vantagens”, explica a professora.
Além do carvão, o petróleo pode ser transformado para outros usos, como materiais de construção civil, por exemplo, mas seriam necessários estudos adicionais. “O carvão a gente já sabe que deu certo, mas para outros usos é preciso realizar mais testes”, explica a pesquisadora.
Manchas de óleo na praia? Saiba o que fazer
1) Evite ir à praia, nadar ou praticar esportes aquáticos nas regiões afetadas;
2) Se encontrar algum animal ferido ou em contato com óleo, ligue para Polícia Ambiental (190) ou Guarda Civil Municipal (3202-5312);
3) Agentes de limpeza da Prefeitura estão de plantão 24h em todas as praias de Salvador. Disque 156 para acionar o serviço;
4) Em caso de reação alérgica ao toque ou ingestão do óleo, procure uma unidade básica de saúde.
| Correio 24Horas (publicado em 19-10-2019) | | | |
GDF mobiliza setores diversos para discutir ações para a chamada cadeia produtiva reversa
O Brasil é um dos maiores produtores de embalagens de vidro, um produto 100% reciclável, passível de retorno ao ciclo da cadeia produtiva. No entanto, a aplicação da chamada logística reversa, estabelecida na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), ainda enfrenta problemas. A metodologia é um dos instrumentos para aplicação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.
Para acelerar a adoção das normas fixadas em lei no Distrito Federal, a Secretaria do Meio Ambiente do DF, órgãos do governo, representantes de organizações do terceiro setor, sociedade civil e iniciativa privada, além do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), estiveram reunidos na Sema para discutir ações e avanços na cadeia produtiva reversa.
De acordo com o coordenador de Implementação da Política de Resíduos Sólidos da Sema, Glauco Amorim, o mercado responsável pelos produtos que se utilizam de embalagens de vidro ainda não deu a devida importância ao impacto econômico e ambiental no Distrito Federal.
“Assim, os custos e investimentos para implementação têm sido absorvidos pelo governo do DF e iniciativa privada. São investimentos em infraestrutura, equipamentos de triagem e armazenamento, terrenos e galpões e servidores que realizam a gestão e operação in loco”, explicou.
Desafios
O Subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos da Sema, Jair Tannús, enfatizou na reunião a importância da discussão do termo de compromisso a ser firmado entre a secretaria e as indústrias de vidro. Ele também destacou que um dos desafios para a construção do sistema de logística reversa é estabelecer a responsabilidade de cada ator nas várias etapas da cadeia.
Segundo Tannús, para construir o termo de compromisso existem questões que precisam ser respondidas, como a responsabilidade da indústria em relação a buscar o resíduo no ponto de coleta, bem como a responsabilidade do comércio, do distribuidor e do consumidor na hora do descarte.
“A proposta é avançar, dar um passo à frente no sentido de atender à legislação. Hoje o DF gera aproximadamente 1.188 toneladas de embalagens de vidro por mês, sendo que 888,17 toneladas (74,76%) ainda são indevidamente enviadas para o aterro sanitário. Vale lembrar que é um produto infinitamente reciclável e que a concepção do aterro é receber somente rejeitos”, explicou Jair Tannús.
O subsecretário reafirmou que é compromisso da Sema construir o termo de compromisso de forma participativa. “Reunimos aqui parte significativa da cadeia da logística reversa do vidro para discutirmos a possibilidade de avançar, no DF, com termo de compromisso, na forma preconizada pelos artigos 30 e 33 da Lei 12.305 e seus parágrafos”, acrescentou o subsecretário.
Participaram da reunião representantes da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural, Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU), Instituto Ecozinha, Rede Alternativa dos Catadores de Materiais Recicláveis do Distrito Federal, Central das Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis do DF, Green Ambiental e Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro).
O que é
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) define a logística reversa como um “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”.
Cabe à Sema, como formuladora de políticas públicas ambientais do DF, a responsabilidade de fomentar a implementação da logística reversa com o objetivo de preservar e prevenir o meio ambiente do DF com ações que destinem de maneira ambientalmente correta os resíduos da logística reversa. Além disso, atender às demandas da população por ações que garantam um destino correto aos resíduos gerados.
| Agência Brasília ( publicado em 21/10/2019) | | | |
O uso indevido de antibióticos em humanos e animais está acelerando o processo de resistência a esses medicamentos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Antibióticos também parecem estar se espalhando no meio ambiente. Um estudo global recente descobriu que as concentrações de antibióticos em alguns rios do mundo excedem os níveis “seguros” em até 300 vezes.
Os antibióticos são apenas um entre uma variedade de produtos farmacêuticos, produtos de higiene pessoal e outros contaminantes ambientais cada vez mais presentes nas águas residuais e nos lixões do mundo. O relato é da ONU Meio Ambiente.
Descobertas recentes indicam que 20% das gaivotas-prata na Austrália carregam bactérias patogênicas resistentes a antibióticos, o que está aumentando o receio de que bactérias causadoras de doenças possam se espalhar das aves para os seres humanos e animais domésticos. As gaivotas coletam bactérias, como a E. coli, de águas residuais, esgotos e lixões.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a resistência a antibióticos é hoje uma das maiores ameaças à saúde, à segurança alimentar e ao desenvolvimento global. Numerosas infecções, como pneumonia, tuberculose, gonorreia e salmonelose, estão se tornando mais difíceis de tratar, à medida que os antibióticos usados tornam-se menos eficazes. A resistência a antibióticos leva a internações hospitalares mais longas, custos médicos mais altos e aumento da taxa de mortalidade.
A resistência aos antibióticos ocorre quando as bactérias mudam em resposta ao uso de tais medicamentos. Essas bactérias podem infectar humanos e animais, e as infecções que causam são mais difíceis de tratar do que aquelas causadas por bactérias não resistentes.
Embora a resistência a antibióticos ocorra naturalmente, o uso indevido de antibióticos em humanos e animais está acelerando o processo, segundo a OMS.
Antibióticos também parecem estar se espalhando no meio ambiente. Um estudo global recente descobriu que as concentrações de antibióticos em alguns rios do mundo excedem os níveis “seguros” em até 300 vezes.
“Os pesquisadores procuraram 14 antibióticos comumente usados em rios de 72 países, em seis continentes, e encontraram antibióticos em 65% dos locais monitorados”, diz um relatório recente da Universidade de York.
“O metronidazol, usado para tratar infecções bacterianas, incluindo infecções de pele e da boca, excedeu os níveis seguros pela maior margem, com concentrações 300 vezes maiores que o nível ‘seguro’ em uma área em Bangladesh.”
“No rio Tâmisa e um de seus afluentes em Londres, os pesquisadores detectaram uma concentração total máxima de antibióticos de 233 nanogramas por litro (ng/l), enquanto em Bangladesh a concentração foi 170 vezes maior”, diz o estudo global.
Os antibióticos são apenas um dentre uma variedade de produtos farmacêuticos, produtos de higiene pessoal e outros contaminantes ambientais, cada vez mais presentes nas águas residuais e nos lixões, que podem ter efeitos adversos à saúde. Essas substâncias são conhecidas como “poluentes emergentes”.
Poluentes emergentes
“As águas residuais municipais, industriais e, mais recentemente, domésticas são as principais fontes de poluentes emergentes no ambiente aquático”, afirma Birguy Lamizana, especialista em águas residuais do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Produtos químicos e compostos que apenas recentemente foram identificados como ameaças potenciais ao meio ambiente e ainda não são amplamente regulamentados pela legislação nacional ou internacional são conhecidos como “poluentes emergentes”. Eles são classificados como “emergentes”, não porque os próprios contaminantes sejam novos, mas por causa do crescente nível de preocupação gerada.
“A lista de compostos que são qualificados como poluentes emergentes é longa e cresce cada vez mais”, diz um estudo do PNUMA sobre produtos farmacêuticos e produtos de higiene pessoal no ambiente marinho: uma questão emergente.
“A categoria inclui uma variedade de compostos: antibióticos, analgésicos, anti-inflamatórios, medicamentos psiquiátricos, esteroides e hormônios, contraceptivos, fragrâncias, filtro solar, repelentes de insetos, microesferas, microplásticos, anti-sépticos, pesticidas, herbicidas, surfactantes e metabólitos de surfactantes, retardantes de chama, aditivos e produtos químicos industriais, plastificantes e aditivos para combustíveis, entre outros.”
A deposição atmosférica é uma fonte significativa de poluentes emergentes em águas abertas. No entanto, a maioria desses poluentes não está incluída em acordos internacionais com programas de monitoramento de rotina; portanto, seu impacto no meio ambiente não é bem conhecido.
Desreguladores endócrinos
Um grupo de contaminantes emergentes são os desreguladores endócrinos. Os desreguladores endócrinos são substâncias químicas que inibem ou aumentam artificialmente a função dos mensageiros químicos naturais do corpo.
Peixes e anfíbios próximos a fontes de água poluída mostraram anormalidades reprodutivas e deformidades físicas, e acredita-se que isso seja resultado de contaminantes causadores de desregulação endócrina.
“Mais pesquisas são necessárias para determinar os possíveis efeitos à saúde de desreguladores endócrinos de baixo nível no esgoto e no abastecimento da água doméstica”, diz Lamizana. “No entanto, é razoável supor que em áreas secas ou durante a estação seca os corpos d’água são mais propensos a conterem proporções mais altas desses contaminantes”.
O estudo do PNUMA diz que o princípio da precaução deve orientar as respostas aos poluentes emergentes. “Ao promover pesquisas, programas de monitoramento, reduções de resíduos e química verde, deve se tornar possível prevenir e mitigar os impactos negativos dos produtos farmacêuticos sem comprometer sua disponibilidade, eficácia ou acessibilidade econômica, particularmente em países onde o acesso a importantes serviços de saúde ainda é limitado”.
“Os ecossistemas naturais de água doce são desvalorizados e sobre-explorados. Precisamos mudar as nossas estruturas de incentivo do estímulo à poluição, à degradação do ecossistema e à exploração excessiva dos recursos naturais para comportamentos pró-conservação. As ferramentas adequadas para isso já estão à nossa disposição, mas precisamos garantir que os tomadores de decisões as levem em devida consideração e ajam”, afirma Jacqueline Alvarez.
Uma resolução adotada pela Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente em março de 2019 incitou os governos e todas as outras partes interessadas, incluindo agências, fundos e programas da ONU, “a apoiar plataformas relevantes de interface de políticas científicas, incluindo contribuições da comunidade acadêmica; melhorar a cooperação nas áreas de meio ambiente e saúde; e chegar a maneiras de fortalecer a interface ciência-política, incluindo sua relevância para a implementação de acordos ambientais multilaterais em nível nacional”.
| Nações Unidas ( publicado em 21-10-2019) | | | | Alguns supermercados da rede neozelandesa New World abandonaram o uso de embalagens plásticas para praticamente todas as suas frutas, verduras e legumes em um projeto chamado ‘food in the nude’ (comida nua). A iniciativa fez as vendas do setor de hortifrúti subirem em 300 por cento.
“Quando montamos as novas prateleiras, nossos clientes ficaram impressionados”, disse Nigel Bond, responsável pela mudança na primeira loja da rede na cidade de Christchurch. “Isso me lembrou de quando eu era criança indo à quitanda com meu pai, você podia sentir o cheiro das frutas cítricas frescas e da cebolinha. Ao embrulhar produtos em plástico, nós higienizamos e privamos as pessoas dessa experiência.”
Bond diz que inicialmente estava preocupado que seus planos pudessem sair pela culatra: “Quando você assume esses projetos, eles podem ser um desastre e levar ao rebote do cliente, mas em meus 30 anos no setor de supermercados essa simples mudança resultou no retorno mais positivo dos clientes que já recebi.”
Como resultado, outras nove lojas da rede resolveram seguir o projeto de Bond. Ele diz que ele e o gerente da loja, Gary May, chegaram à ideia há dois anos: “Na época, percebemos que uma quantidade crescente de produtos frescos estava sendo fornecida em embalagens plásticas. Pensávamos que isso era loucura e prometemos fazer alguma coisa sobre isso.”
Bond iniciou discussões com produtores e fornecedores, a maioria dos quais ele diz estar feliz em procurar maneiras de fornecer produtos livres de embalagens plásticas, mas é bom lembrar que ainda existe uma longa jornada para extinguir totalmente o plástico de todos os produtos.
Um novo sistema de prateleiras de refrigeração para a exibição de frutas e legumes frescos foi instalado junto ao processo conhecido como ‘nebulização’ para ajudar a manter itens frescos.
“Vegetais são 90% de água e estudos mostraram que a ‘nebulização’ não só faz o produto ter um aspecto melhor, mantendo sua cor e textura, mas também tem maior conteúdo vitamínico”, diz Bond. “Nós também instalamos um sistema de osmose reversa que trata a água removendo 99% de todas as bactérias e cloro, então estamos confiantes de que a água que estamos misturando permanece pura.”
Traga seu próprio recipiente
A rede New World também está experimentando outra iniciativa onde consumidores podem levar seus próprios recipientes de casa para loja, no sistema conhecido lá fora como BYO (Bring Your Own). A ideia já foi implementada para a compra de carnes e frutos do mar.
| Ciclo Vivo (publicado em 18-02-2019) | | | |
Marcas globais e nacionais estão investindo em iniciativas sustentáveis como embalagens retornáveis, refis de produtos e até logística reversa para reduzir custos e melhorar o posicionamento perante os consumidores
Reduzir, Reutilizar e Reciclar formam o princípio dos 3 Rs da sustentabilidade, adotados dentro de políticas corporativas de responsabilidade social. Ações como essa ajudam a minimizar o desperdício de materiais e produtos, poupam a natureza da extração de mais recursos e engajam consumidores dentro da nova lógica de consumo consciente.
Por isso, companhias globais estão investindo em iniciativas sustentáveis para reduzir a quantidade de embalagens, a fim de melhorar o posicionamento de marca perante os consumidores e reduzir seus custos produtivos a médio e longo prazo.
Seja com embalagens retornáveis, refis de produtos e até logística reversa (quando o consumidor devolve a embalagem em pontos de coletas), elas fazem parte da chamada economia circular.
Conheça algumas iniciativas como essas adotadas por empresas conhecidas do público brasileiro.
Coca-Cola
A Coca-Cola Brasil lançou esta semana, em Manaus, as garrafas de PET retornável de suas marcas de refrigerantes de 2L em um único formato, para qualquer produto da marca: Coca-Cola, Coca-Cola Sem Açúcar, Fanta Uva, Fanta Laranja, Fanta Guaraná e Sprite. As embalagens de antes eram diferentes, de acordo com o tipo do refrigerante. Os produtos já estão disponíveis no mercado local.
O consumidor leva a embalagem ao ponto de venda e todas as vezes que a embalagem retornar à fábrica, poderá ser envasada e receber um rótulo de papel destacável novamente.
A empresa informou que investiu R$ 100 milhões na estratégia, que promete trazer mais eficiência e menos desperdício à cadeia produtiva. As garrafas pets de 2L e 2,5L continuam sendo comercializadas.
Häagen-Dazs
A marca de sorvetes premium Häagen-Dazs, da Nestlé, começou a vender seus sorvetes em potes reutilizáveis de aço inox, forrados com isopor, em substituição ao tradicional pote de papelão. Segundo a marca, isso garante que o sorvete fique mais bem conservado.
A meta da Nestlé é que até 2025 todas as embalagens de sorvete da marca sejam recicláveis e reutilizáveis.
A embalagem é desenvolvida pela empresa TerraCycle, líder global em soluções para resíduos de difícil reciclabilidade para várias marcas.
Natura
A Natura é reconhecida como uma marca de cosméticos de venda direta, aquele que o consumidor compra de um consultor de vendas via catálogo. Cerca de 110 itens da Natura vêm na opção de refil, como shampoos, condicionadores, cremes faciais, desodorantes-colônia, pó compacto, hidratantes, óleos corporais, tônico adstringente, entre outros.
Assim, o consumidor paga apenas pelo conteúdo reposto na embalagem reutilizável, o que torna o produto mais barato ao final.
Quem disse Berenice?
A marca do Grupo O Boticário, especializada em maquiagem, oferece o programa de fidelidade “Retorna-bere”, que coleta embalagens usadas em qualquer loja do país. A cada cinco embalagens vazias de qualquer produto da marca, a cliente tem a opção de trocar por um batom cremoso.
Primeiro é necessário realizar um cadastro on-line das embalagens. Para efetuar a troca, o participante deve apresentar na loja as cinco embalagens (de quaisquer produtos válidos), o CPF e um documento oficial com foto.
Unilever
Desde maio de 2019, as marcas Axe e Dove, do grupo Unilever, começaram a vender desodorantes em refil, com uma lata que pode durar até 8 anos! Mas a novidade ainda não chegou ao Brasil.
Dona de um grande portfólio de produtos, a Unilever teve lançou outra iniciativa semelhante. Este ano, lançou uma parceria com a startup Molécoola para recolher frascos vazios da marca OMO levados por clientes a pontos de coleta. Em troca, o consumidor receberá pontuações, que poderão ser trocadas por brindes e descontos em outros produtos.
| A Critica (publicado em 14-10-2019) | | | | Em nota, pasta diz que texto traz medidas que aumentam segurança sanitária
O Ministério da Agricultura publicou nesta sexta-feira (18/10) no Diário Oficial da União a Instrução Normativa 48/2019, que estabelece as regras sobre o recolhimento, transporte, processamento e destinação de animais mortos e resíduos da produção pecuária. "A IN estabelece regras que possibilitam a utilização de rotas tecnológicas para os resíduos da produção pecuária de forma sanitariamente segura, alternativas às práticas até então adotadas", diz a pasta em nota.
De acordo com a Instrução Normativa, para destinar animais mortos e resíduos da produção pecuária para unidade de recebimento, de transformação ou de eliminação, o estabelecimento rural deve possuir cadastro atualizado junto ao Serviço Veterinário Oficial e dispor de um local exclusivo para o recolhimento, que deverá estar fora das áreas utilizadas para o manejo da exploração pecuária e afastado das demais instalações do estabelecimento rural.
Os veículos utilizados para o transporte de animais mortos e resíduos da produção pecuária devem ser de uso exclusivo para esta finalidade. Também devem ser vedados e identificados. É obrigatório o porte de Documento de Trânsito de Animais de Produção Mortos (DTAM) durante todo o percurso para o transporte de animais mortos e resíduos da produção pecuária.De acordo com o ministério, o Serviço Veterinário Oficial de cada Estado deverá estabelecer os controles necessários para a devida aplicação da IN.
| Globo Rural ( publicado em 18-10-201(9) | | | |
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