| 21 de fevereiro de 2020
Sexta-feira
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Em 21/02/2020
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Fonte: BACEN
| | | | | Transações correntes tiveram pior janeiro em cinco anos, informou Banco Central
O governo revisou novamente as estatísticas de exportações de bens para todos os meses de 2019, o que aumentou a conta em US$ 1,4 bilhão no acumulado do ano, divulgou o Banco Central nesta sexta-feira (21), citando trabalho conduzido pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
"Agosto de 2019 concentrou os valores revisados, acréscimo de US$ 1,0 bilhão, enquanto os demais meses do ano alternaram elevações e reduções", disse o BC.
No início de dezembro, o governo já havia anunciado uma outra correção para cima no registro das exportações de setembro a novembro, atribuindo a uma falha humana uma subnotificação de US$ 6,488 bilhões que havia ajudado a piorar o resultado da balança comercial brasileira divulgado originalmente.
Na ocasião, o IBGE afirmou que a revisão do PIB do terceiro trimestre, que será divulgada em 4 março, iria incorporar os novos números anunciados pela Secex. Nesta data, o instituto também divulgará o desempenho do PIB do quarto trimestre.
Questionado sobre a razão da revisão nesta sexta-feira, a Secex não respondeu imediatamente.
Já o BC classificou a revisão como "revisão ordinária de curto prazo e efetuada na mesma periodicidade em que essa estatística é publicada".
Com a nova alteração, o déficit nas transações correntes em 2019 caiu a US$ 49,452 bilhões, ante os US$ 50,762 bilhões originalmente divulgados. O superávit da balança comercial, por sua vez, foi recalculado a US$ 40,782 bilhões pelo BC, contra US$ 39,404 bilhões antes.
TRANSAÇÕES CORRENTES TÊM PIOR JANEIRO EM 5 ANOS
Na divulgação desta sexta-feira, o Banco Central também informou que o déficit em transações correntes do Brasil somou US$ 11,879 bilhões em janeiro, maior rombo para o período em cinco anos, na esteira de um desempenho negativo da balança comercial.
O desempenho também veio pior que a expectativa do BC de um déficit de US$ 8,7 bilhões no mês. Antes dele, o maior rombo para janeiro havia sido registrado em 2015, quando foi de US$ 12,011 bilhões.
Os investimentos diretos no país (IDP), por sua vez, alcançaram US$ 5,618 bilhões, um pouco acima da projeção do BC de US$ 5 bilhões, mas num patamar insuficiente para financiar o déficit em conta corrente no período.
A performance das transações correntes foi fortemente afetada pelas trocas comerciais, que ficaram no vermelho em US$ 2,563 bilhões no primeiro mês do ano, ante superávit de US$ 1,056 bilhão em janeiro de 2019.
A perspectiva para a balança comercial tem ficado mais nebulosa diante dos ainda incertos impactos do coronavírus sobre a economia chinesa, maior parceira comercial do país.
Em janeiro, as exportações brasileiras caíram 19,5% sobre um ano antes, a US$ 14,501 bilhões, ao passo que as importações subiram 0,6%, a US$ 17,064 bilhões.
Ao mesmo tempo, o déficit na conta de serviços sofreu ligeira redução de 6,4% em janeiro, a US$ 2,659 bilhões. Entram nessa linha as despesas líquidas com viagens de brasileiros ao exterior, que caíram a 857 milhões de dólares frente 986 milhões de dólares um ano antes.
A conta de renda primária também mostrou retração, caindo 7,0% sobre janeiro de 2019, a um déficit de US$ 6,766 bilhões. Enquanto os gastos líquidos com juros subiram 13,3% na comparação interanual, a US$ 4,002 bilhões, as despesas líquidas de lucros e dividendos aumentaram 4,1% na mesma base, a US$ 2,785 bilhões.
Nos 12 meses até janeiro, o déficit em transações correntes subiu a 2,85% do Produto Interno Bruto (PIB), frente a um patamar de 2,69% em dezembro último e 2,33% em janeiro de 2019.
A deterioração das contas externas já era esperada pelos economistas, que previam que o saldo comercial do Brasil caísse na esteira de ume recuperação da economia, que tende a elevar o apetite por importações. Mas o saldo das transações correntes tem piorado em meio a um crescimento doméstico pouco expressivo.
Para 2020, o BC previu em sua última projeção novo aumento do déficit em transações correntes, para US$ 57,7 bilhões.
O cálculo, entretanto, foi feito em dezembro, antes do coronavírus despertar preocupações sobre a atividade econômica mundo afora. Também não levou em conta os impactos da Fase 1 do acordo comercial entre Estados Unidos e China, que potencialmente colocará os norte-americanos como competidores mais fortes do Brasil na venda de commodities como a soja.
| Folha de S.Paulo | | | | Apesar de otimismo, ainda há dúvidas em relação às chances de uma retomada rápida
Agora vai A decisão do Banco Central anunciada nesta quinta (20) para reduzir travas nos bancos com medidas que podem injetar R$ 135 bilhões na economia foi recebida com otimismo por empresários, apesar de um ceticismo sobre o ritmo da retomada. José Roriz, vice-presidente da Fiesp, estima alta no crédito, mas pondera que ainda paira incerteza no cenário. Marcelo Silva, do IDV (entidade do varejo), vê chance de sucesso, embora a velocidade não esteja dentro das expectativas.
Engrenagem Roriz ressalva que as empresas precisam ter confiança para desengavetar os planos de investimento, tomando novos empréstimos, e cita outros aspectos prementes no radar do setor privado, como a definição da reforma tributária para dar segurança. Ele é favorável à adoção de um imposto com o perfil do IVA, que tramita na Câmara.
Pensamento positivo O presidente do IDV recomenda esperança. “Já temos controle da inflação, juros baixos. Alguns estão otimistas, outros nem tanto, porque dezembro e janeiro não foi o esperado. Eu acho é que a velocidade não está dentro da expectativa de muita gente, mas precisamos acreditar”, diz Silva.
| Folha de S.Paulo | | | | Deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, já havia dito que o governo tentava atrair a instalação de uma planta no país
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou nesta sexta-feira (21) que irá aos Estados Unidos em março para tentar atrair para o Brasil uma fábrica da Tesla, montadora americana de veículos elétricos.
"Em março estarei nos Estados Unidos. Em nossa extensa agenda a possibilidade da Tesla no Brasil", publicou o presidente da República em uma rede social nesta manhã.
A postagem de Bolsonaro veio acompanhada da imagem de uma planta da empresa com o título "Governo quer instalar no Brasil fábrica da montadora norte-americana de veículos elétricos Tesla.
O parlamentar afirmou ter participado de videoconferência com o ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e o ministro-conselheiro da embaixada dos EUA no Brasil, William Popp, "tratando de atrair para o Brasil fábrica da americana Tesla, empresa de tecnologia renovável que produz baterias e carros elétricos".
Na semana passada, de acordo com a agenda oficial de Pontes, ele se reuniu com o deputado Daniel Freitas (PSL-SC) e o diretor de Desenvolvimento Econômico de Criciúma (SC), Claiton Pacheco Galdino para desenhar um planejamento para contatar representantes da Tesla.
| Folha de S.Paulo | | | | Ministro tem sido pressionado pelo presidente, preocupado com dados fracos, a mostrar feitos
O ministro da Economia, Paulo Guedes, enfrenta desgastes com o presidente Jair Bolsonaro e passou a ser cobrado por resultados.
Alçado a superministro no começo do mandato, Guedes tem sido pressionado, desde o início deste ano, a mostrar seus feitos na economia.
Diante de um pessimismo com a redução da projeção do PIB (Produto Interno Bruto), o presidente reforçou a Guedes a necessidade de que, neste ano, a atividade econômica cresça, no mínimo, 2%.
Segundo assessores presidenciais, Bolsonaro fez o pedido a Guedes em uma reunião nesta semana. Como resposta, o ministro afirmou que será possível atingir, ou até superar, o percentual. No entanto, a resposta não tranquilizou o presidente.
A queda na projeção gerou incômodo na própria equipe econômica.
Enquanto isso, apesar do surto de coronavírus na China, a Bolsa brasileira segue em alta.
Neste ano, subiu 0,75% —o suficiente para manter o patamar dos 114 mil pontos. Na contramão, o dólar subiu 9,4%, o que preocupa. Nesta quinta-feira (20), fechou a R$ 4,392.
Desde o início do ano, em conversas reservadas, Bolsonaro tem demonstrado preocupação com um crescimento fraco e os indicadores econômicos neste ano.
O presidente tem ainda repetido que é a principal missão de Guedes garantir um patamar que sinalize que será possível terminar o mandato com uma recuperação sólida da economia brasileira. O ministro é o seu “Posto Ipiranga” na economia desde a eleição.
O receio do presidente, segundo assessores palacianos, é que um indicador fraco neste ano possa levar empresários e investidores a perder o otimismo com o governo.
Nesse cenário, ele teme que atuais aliados no setor produtivo e no mercado financeiro flertem com candidaturas de oposição para 2022.
Entre os nomes para a próxima disputa presidencial ganham destaque o governador João Doria (PSDB) e o apresentador de TV Luciano Huck.
Além disso, Bolsonaro teme que dados negativos, como desemprego alto —em janeiro, a taxa fechou em 11% (11,6 milhões de desempregados)— e crescimento baixo, possam ser explorados por adversários políticos nas eleições municipais deste ano.
Isso poderia eleger candidatos de esquerda e dar força ao discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal adversário político.
O presidente já disse que não pretende se envolver nos pleitos municipais. Porém, ele já confidenciou a deputados aliados que poderá participar das disputas regionais se for necessário fazer uma defesa enfática de sua administração.
Segundo ministros palacianos, Bolsonaro reconhece que Guedes ajuda na credibilidade de seu governo e que sua saída poderia ser traumática.
O presidente, no entanto, considera que o “Posto Ipiranga” precisa apresentar resultados mais concretos e evitar declarações polêmicas que causem desgaste à imagem do governo.
Na terça-feira (18), em cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente mandou um recado público a Guedes. Ele disse que o ministro “tem alguns problemas pontuais”.
Para amenizar, disse que ele “sofre ataques mais pela sua competência do que por possíveis pequenos deslizes”.
“E eu já cometi muitos, muitos no passado. O Paulo não pediu para sair. Aliás, eu tenho certeza de que, assim como um dos poucos que eu conheci antes das eleições, ele vai ficar conosco até o nosso último dia”, afirmou.
A chamada pública foi feita após o presidente ter se irritado com declaração do ministro, feita na semana passada, sobre empregadas domésticas. Ele disse que, quando o dólar estava baixo, elas viajam à Disney, “festa danada”.
A frase se somou a outra trapalhada do ministro, que foi bastante criticada no Planalto.
Ele chamou servidores públicos de parasitas em meio à negociação de envio de uma reforma administrativa que enfrenta resistência junto ao Poder Legislativo.
Para tentar contornar o quadro, interlocutores do presidente chegaram a procurar Paulo Guedes para que o ministro fizesse um pedido público de desculpas.
No início, ele resistiu, mas, nesta quinta (20), acabou cedendo à pressão. “Eu peço desculpas se tiver ofendido”, disse o ministro durante cerimônia no Planalto. Ele acrescentou, entretanto, não ver problema em fazer a referência.
A articulação para que Guedes pedisse desculpas ocorreu após o setor de mídias digitais do Palácio do Planalto ter constatado que a declaração foi criticada até mesmo por perfis identificados com a direita, ou seja, de apoiadores do presidente.
O movimento foi identificado também pela empresa de dados Arquimedes. Segundo o analista e sócio da companhia Pedro Bruzzi, nem o núcleo duro de apoio ao presidente saiu em defesa do ministro nos canais digitais.
A empresa também constatou que alguns perfis identificados com a política econômica do governo também desaprovaram declarações do ministro sobre a política cambial.
“A avaliação foi a de que, para esses perfis, ele não tem sido liberal o suficiente e que tem sido infeliz em suas declarações”, explicou.
| Folha de S. Paulo | | | | Resultado foi puxado por arrecadação atípica de imposto de renda de empresas
A arrecadação do governo federal teve crescimento real de 4,69% em janeiro, a R$ 174,991 bilhões, no melhor dado para o mês da série histórica da Receita Federal, divulgou o órgão nesta quinta-feira (20).
O dado veio acima da expectativa de R$ 167,1 bilhões, segundo pesquisa da Reuters com analistas.
O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, já havia dito que a arrecadação de janeiro havia sido "espetacular", mas que o time econômico não identificara fatores óbvios para explicar o impulso nas receitas no mês.
Olhando apenas para as receitas administradas pela Receita, que abarcam o recolhimento de impostos, o crescimento em janeiro também foi de 4,69% sobre igual mês do ano passado, a R$ 163,948 bilhões.
Já as receitas administradas por outros órgãos, sobretudo com a arrecadação de royalties de petróleo, avançaram 4,65% na mesma base de comparação, a R$ 11,043 bilhões.
Em apresentação, a Receita informou ter havido arrecadação atípica de R$ 2,8 bilhões em janeiro com Imposto de Renda Pessoa Jurídica/Contribuição Social Sobre Lucro Líquido.
Sem esse fator, a alta nas receitas administradas pela Receita seria de 2,91%.
Na comparação com janeiro de 2019, a elevação na arrecadação total com IRPJ/CSLL foi de 16,45%, já descontada a inflação. Em valores, o acréscimo foi de R$ 7,357 bilhões, no principal fator a guiar do resultado do mês.
Também houve forte expansão na arrecadação com Imposto de Renda Pessoa Física (aumento de 27,14%, ou R$ 436 milhões), e com Imposto de Importação/IPI-Vinculado (alta de 6,46%, equivalente a R$ 354 milhões).
Segundo a Receita, o IR das pessoas físicas cresceu em especial "nas rubricas de ganho de capital e ganhos líquidos de operações em Bolsa".
Já a alta observada na arrecadação do Imposto de Importação ocorreu num mês de forte alta do dólar frente ao real. A moeda americana valorizou 6,80%, afetada pelos temores econômicos com a disseminação do coronavírus e pela queda da taxa de juros no Brasil.
A Receita pontuou que, na comparação com janeiro de 2019, o valor em dólar das importações subiu 5,02%.
| Folha de S.Paulo | | | | O índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 1,4 ponto em fevereiro, para 92,8 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (21). Apesar da queda pontual, o índice registrou a nona alta em médias móveis trimestrais, passando de 91,9 pontos em janeiro para 93,0 pontos.
O resultado negativo da confiança da construção reflete a piora da percepção dos empresários em relação às expectativas para os próximos três e seis meses. O Índice de Expectativas recuou 5,2 pontos, para 99,0 pontos, nível muito próximo da neutralidade (100). A FGV ressalta o comportamento do indicador de demanda prevista, que caiu 5,5 pontos, para 99,7 pontos, e o indicador de tendência de negócios para os próximos seis meses, que recuou 4,9 pontos, para 98,3 pontos.
Por sua vez, o Índice de Situação Atual (ISA) avançou pelo nono mês consecutivo, passando de 84,3 pontos em janeiro para 86,7 pontos em fevereiro, o maior valor desde dezembro de 2014 (91 pontos). Apesar do indicador de situação atual dos negócios ter permanecido estável (variação de 0,3 ponto, para 86,9 pontos), o indicador de carteira de contratos apresentou alta de 4,4 pontos, para 86,6 pontos.
A coordenadora de projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, observa que o Índice de Expectativas mostrou moderação em fevereiro após ter crescido em ritmo forte nos meses anteriores.
“Essa moderação pode ter muitas origens como uma frustração com o ritmo da recuperação ou o aumento das incertezas em relação à continuidade do Programa Habitacional”, avalia. Mas Ana Maria nota que o crescimento da confiança frente a fevereiro de 2019 e o nível do Índice de Situação Atual validam, por ora, as projeções de crescimento dos setor neste ano.
Em fevereiro, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) caiu 0,3 ponto porcentual, para 70,6%, influenciado pelas quedas do Nuci de Máquinas e Equipamentos (-1,1 ponto) e de Mão de Obra (-0,1 ponto).
Acesso ao crédito
Com as sucessivas reduções na taxa de juros de financiamento habitacional ao longo de 2019, Ana Maria nota que a proporção de empresas que apontam dificuldade de acesso ao crédito bancário, que chegou a 61% em maio de 2016, recuou 45,5% em fevereiro de 2019 e a 33% neste mês.
| Tribuna PR (publicado em 21-01-2020) | | | | Na abertura, chegou a R$ 4,4061 – nova máxima nominal intradia já registrada no país. No ano, avanço chega a quase 10%.
O dólar bateu pela primeira vez na história nesta sexta-feira (21) o patamar de R$ 4,40, mas mudou de rumo e passou a ser negociado em queda.
Às 16h05, a moeda norte-americana era negociada a R$ 4,3896 na venda, em queda de 0,05%. Na abertura, chegou a R$ 4,4061 – nova máxima nominal intradia já registrada no país. Na mínima da sessão até o momento chegou a R$ 4,3725. Veja mais cotações.
Já o dólar turismo era negociado a R$ 4,5767. Nas casas de câmbio, considerando a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), chegou a ser oferecido pela manhã acima de R$ 4,60 para compra em papel moeda e a R$ 4,84 no cartão pré-pago.
Entre os fatores que influenciaram a mudança de rota, operadores citavam o maior movimento de venda de dólares para realização de lucros com a recente alta da moeda e a queda do dólar lá fora frente a outras moedas após a divulgação de dados ruins nos Estados Unidos sobre a atividade nos setores de manufatura e serviços e com as empresas cada vez mais preocupadas com os impactos do coronavírus. O Índice IHS Markit caiu para 49,4 em fevereiro, o menor desde outubro de 2013, segundo a agência Reuters.
Na quinta-feira, o dólar encerrou o dia vendido a R$ 4,3917, em alta de 0,61%, marcando novo recorde nominal (sem considerar a inflação) de fechamento. Na máxima do dia, chegou a R$ 4,3982 – maior cotação nominal intradia até então, segundo dados do ValorPro.
A marca de R$ 4,40 é o maior valor nominal já registrado. Considerando a inflação, no entanto, a maior cotação do dólar desde lançamento do Plano Real foi a atingida no final de 2002. Segundo a Economatica, com a correção pelo IPCA, a máxima histórica é a do dia 22 de outubro de 2002, quando a moeda dos EUA fechou a R$ 3,9552, o equivalente atualmente a R$ 11,016.
O dólar acumulou até a véspera alta de 2,49% no mês. No ano, o avanço chega a 9,52%.
Gasto de brasileiros no exterior é o menor para janeiro em 4 anos
Taxa de câmbio para cartão de crédito no exterior será a do dia do gasto a partir de março
Dólar renova máximas; entenda o que explica a alta da moeda dos EUA
Cena externa
No exterior, a cautela continuava pautando os mercado, com investidores de olho no impacto econômico do surto de coronavírus da China, segunda maior economia do mundo e agente de peso no comércio internacional.
Nesta sexta-feira, a comissão de saúde da província chinesa de Hubei revisou para cima o número de casos confirmados para dar conta de um relatório do departamento penitenciário. Além disso, a Coreia do Sul registrou mais casos da doença.
O surto já matou mais de 2 mil pessoas até o momento e interrompeu a atividade industrial da China, causando perturbações para vários fabricantes no mundo..
Cena doméstica
O fim de semana prolongado no Brasil em razão do Carnaval, com os bancos e B3 reabrindo apenas na quarta-feira, enquanto as praças financeiras funcionam no exterior, corrobora o tom mais cauteloso.
Na véspera, o ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu em evento que o novo normal é um câmbio mais desvalorizado, em declaração feita na presença do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que dois dias atrás disse que o BC está "tranquilo" com o câmbio uma vez que não tem havido impactos sobre a inflação.
Na semana passada, a disparada do dólar levou o BC a realizar leilão extraordinário de swaps, atitude que ajudou o real a se recuperar momentaneamente na quinta e sexta. Desde então, porém, o BC não voltou a intervir sem aviso prévio e tem se limitado a realizar operações diárias de rolagem de swap cambial, destaca a agência Reuters.
O que explica as altas recentes
Além das preocupações sobre o impacto do coronavírus na economia global, o dólar mais valorizado nas últimas semanas tem refletido os juros em mínimas históricas no Brasil e as perspectivas sobre o ritmo de crescimento da economia brasileira e andamento das reformas.
Diversas instituições financeiras têm revisado para baixo suas perspectivas para o crescimento econômico em 2020 na esteira da disseminação do novo coronavírus e da percepção de uma lentidão um pouco maior que o esperado no ritmo de crescimento neste início de ano.
O mercado brasileiro reduziu para 2,23% a previsão a alta do PIB em 2020, segundo pesquisa Focus divulgada na segunda-feira, mas diversos bancos e consultorias já estimam um crescimento de, no máximo, 2%.
A redução sucessiva da Selic desde julho de 2019 também contribui para uma maior desvalorização do real ante o dólar. Isso porque diminuiu ainda mais o diferencial de juros entre Brasil e outros pares emergentes, o que pode tornar o investimento no país menos atrativo para estrangeiros e gerar um fluxo de saída de dólar.
| G1 | | | | O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) subiu 0,35% em fevereiro, acelerando o ritmo de alta frente a taxa de 0,26% em janeiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (21).
O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços foi o principal responsável pelo avanço no mês ao subir de 0,45% para 0,71%. A variação de Materiais e Equipamentos foi de 0,65%, contra 0,47%, sendo que três dos quatro subgrupos apresentaram acréscimo. O destaque foi materiais para estrutura, cuja taxa passou de 0,29% para 0,51%.
O índice relativo a Serviços passou de 0,37% em janeiro para 0,96% em fevereiro. Neste grupo, a FGV citou o comportamento de taxas de serviços e licenciamentos, que passou de 0,02% para 2,80%.
Já o indicador referente à Mão de Obra desacelerou de 0,09% no primeiro mês do ano para 0,04% neste mês.
Capitais
Das sete capitais analisadas, cinco mostraram avanço entre janeiro e fevereiro: Salvador (0,23% para 0,39%), Brasília (0,17% para 0,42%), Recife (0,28% para 0,29%), Rio de Janeiro (0,09% para 0,14%) e São Paulo (0,28% para 0,43%). Em contrapartida, houve desaceleração em Belo Horizonte (0,42% para 0,26%) e Porto Alegre (0,25% para 0,24%).
Influências individuais
Segundo a FGV, os itens que mais contribuíram para o aumento do INCC-M em fevereiro foram vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,20% para 1,63%), elevador (0,24% para 1,21%), taxas de serviços e licenciamentos (0,02% para 2,80%), metais para instalações hidráulicas (0,70% para 1,33%) e projetos (0,12% para 0,78%).
Já as principais influências individuais de baixa foram cimento portland comum (0,72% para -0,17%), compensados (0,15% para -0,52%) e pedra britada (0,30% para -0,09%).
| Tribuna PR (publicado em 21-01-2020) | | | | O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 1,7 ponto na passagem de janeiro para fevereiro, para 99,8 pontos, informou nesta sexta-feira, 21, a Fundação Getulio Vargas (FGV). No índice de médias móveis trimestrais, o indicador avançou 1,1 ponto, registrando a segunda alta consecutiva.
Segundo a FGV, a melhora na confiança neste início do ano de 2020 é puxada pela melhora das expectativas dos empresários, ao contrário do que ocorre com os consumidores.
“A confiança do comércio inicia 2020 em alta, sob influência dos indicadores de expectativas, que se consolidaram acima do nível neutro de 100 pontos. Essa melhora das expectativas, no entanto, ocorre em sentido contrário ao dos consumidores, que em fevereiro se tornaram bem mais cautelosos em relação ao futuro próximo, lançando dúvidas sobre a possibilidade de sustentação da atual tendência de alta da confiança do comércio”, avalia Rodolpho Tobler, Coordenador da Sondagem do Comércio da FGV IBRE.
Em fevereiro, a confiança melhorou em cinco dos seis segmentos pesquisados. A melhora do índice foi mais influenciada pelo resultado favorável do Índice de Expectativas (IE-COM), que avançou 2,6 pontos, para 107,0, maior resultado desde fevereiro de 2019 (107,2) superando o nível neutro pelo nono mês seguido. Já o Índice de Situação Atual (ISA-COM) variou, 0,7 ponto, saindo de 91,9 para 92,6 pontos.
As recentes altas da confiança do comércio refletiram também no índice em médias móveis trimestrais. Em fevereiro, nessa métrica, o ICOM avançou 1,1 ponto, influenciado pela segunda elevação do IE-COM (2,2 pontos), enquanto o ISA-COM registrou estabilidade (0,1 ponto). Com isso, a diferença entre estes dois indicadores subiu a 11,5 pontos, a maior desde abril de 2019 (12,8 pontos).
“Apesar da ligeira melhora dos indicadores da situação atual em fevereiro, o resultado foi insuficiente para compensar a perda de janeiro, sugerindo que ainda existem dificuldades para o setor engrenar um ritmo mais forte de vendas”, acrescenta Rodolpho Tobler.
A coleta de dados para a edição de fevereiro da Sondagem do Comércio foi realizada entre os dias 3 e 19 do mês e obteve informações de 801 empresas.
| Tribuna PR (publicado em 21-01-2020) | | | | Os juros futuros operam em leve alta na manhã desta sexta-feira, 21, sob a influência do dólar forte em dia de exterior tenso e de modo acentuado entre os mais longos, dando continuidade à inclinação da curva de juros.
Os mais longos subiam cerca de 5 pontos-base mais cedi, enquanto nos bem curtos a alta era de 1 ponto. O resultado do setor externo não teve efeito imediato nas taxas.
Às 9h35, o taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 estava em 4,20%, de 4,19%. O DI para janeiro de 2022 subia a 4,70%, na máxima, de 4,67% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2023 subia a 5,26%, de 5,22%, enquanto o DI para janeiro de 2025 avançava para 6,05%, de 6,00% no ajuste de quinta-feira.
| Tribuna PR (publicado em 21-01-2020) | | | | A empresa de logística Hidrovias do Brasil protocolou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido para realizar sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3. A oferta será apenas secundária, conforme o documento. A companhia nasceu de uma startup financiada pela Pátria Investimentos, que venderá ações na oferta.
Além do Pátria são vendedores Aimco 1, Aimco 2, Sommerville, HBSA FIP e o BTO FIP. O BNDESPar, braço de participações do banco de fomento, que possui cerca de 4,5% da companhia, não consta como acionista vendedor.
As conversas com os bancos de investimento com a Hidrovias do Brasil e o Pátria já ocorrem há alguns anos e em 2017 a oferta quase saiu do papel. No ano passado, a gestora chegou a contratar a Evercore como seu assessor financeiro para a venda do ativo, estimado no mercado em cerca de US$ 1,5 bilhão.
O lucro da Hidrovias do Brasil no ano passado foi de R$ 58,609 milhões, ante R$ 162,116 milhões um ano antes. A geração de caixa também caiu de um ano para o outro: foi de R$ R$ 724,851 milhões em 2018 para R$ 449,197 milhões em 2019. A dívida líquida, por outro lado, cresceu: de um ano para outro foi de R$ 1,85 bilhão para R$ 2,03 bilhões.
São coordenadores da oferta o Bank of America, Itaú BBA , Morgan Stanley ,BTG Pactual, Citigroup e Credit Suisse.
| Tribuna PR (publicado em 21-01-2020) | | | | Negociação também prevê um PDV (Programa de Demissão Voluntária), além de reajuste para repor a inflação
Os trabalhadores da Ford de Taubaté (140 km de SP) fecharam acordo com a empresa e vão garantir dois anos de estabilidade no emprego, até 31 de dezembro de 2021.
As negociações, que começaram em novembro e terminaram na quarta-feira (19), após aprovação do acordo pela categoria, incluem ainda a abertura de um PDV (Programa de Demissão Voluntária) e reajuste para repor em 100% a inflação do período. A estabilidade começa a contar em março, após o fim do PDV.
Segundo a montadora, o PDV já começou a valer nesta quinta-feira (20). Os trabalhadores interessados devem se inscrever até o dia 3 de março. A intenção, informa o Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região), é incluir ao menos 277 profissionais no plano (254 horistas e 23 mensalistas).
Se não houver um número de adesões suficientes, a empresa deverá demitir. O motivo é que a unidade tem excedente profissional.
Em nota, a Ford afirma que "a medida faz parte do acordo construído entre Ford e sindicato, aprovado pela ampla maioria dos empregados, para ajustar a força de trabalho às condições do mercado, a fim de suportar a competitividade e sustentabilidade da unidade".
A fábrica da Ford em Taubaté tem hoje 920 metalúrgicos, diz o sindicato. A intenção era demitir 350 trabalhadores. Mas, após negociações, o total diminuiu. "Para nós ainda é um número extremamente alto, porque estamos falando de pais e mães de família", afirma o dirigente sindical Sinvaldo Cruz.
Demissão voluntária
Quem aderir ao PDV terá direito a alguns benefícios. Para os horistas, será pago 0,75 do salário por ano trabalhado mais R$ 9.000 de plano de saúde. Eles também terão direito a um carro no valor de R$ 47.490.
No caso dos mensalistas, a montadora vai pagar 0,415 do salário por ano trabalhado mais dois salários como indenização adicional, informa a empresa.
Reajuste e benefícios
Os trabalhadores conquistaram ainda direito a reajuste anual em 2020 e 2021, com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). A jornada de trabalho será de 40 horas semanais.
No caso da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), o benefício será mantido por dois anos e terá reposição da inflação. Neste ano, os trabalhadores receberão o mesmo valor da PLR de 2019 mais R$ 1.400. Em 2021, será o mesmo valor de 2019, corrigido pela inflação dos dois anos.
Os trabalhadores da Ford de Taubaté terão estabilidade de emprego por dois anos
A medida começa a contar a partir de março e vai até 31 de dezembro de 2021
A jornada de trabalho ficou estabelecida em 40 horas semanais
Demissão voluntária
A montadora alega ter um excedente de 350 funcionários na fábrica
Após negociação, foi aberto um PDV (Programa de Demissão Voluntária), que deve incluir ao menos 277 profissionais no plano (254 horistas e 23 mensalistas)
Quem aderir ao programa terá direito a salários adicionais e benefícios
Reajuste
Os trabalhadores terão reajuste salarial em 2020 e 2021
No período, haverá reposição de 100% da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)
PLR (Participação nos Lucros e Resultados)
Neste ano, os metalúrgicos vão receber a mesma PLR de 2019 mais um bônus de R$ 1.400
Em 2021, o valor será o mesmo de 2019, corrigido pelo INPC de 2019/2020 e 2020/2021
| Folha de S.Paulo | | | | Profissionais voltarão ao trabalho nesta sexta (21)
Em assembleias realizadas nesta quinta (20), os petroleiros grevistas confirmaram a suspensão da paralisação iniciada no dia 1º de fevereiro em protesto contra demissões no Paraná. Assim, voltarão ao trabalho normalmente nesta sexta (21).
A interrupção da greve foi proposta aos sindicatos pela FUP (Federação Única dos Petroleiros), depois que o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) do Paraná suspendeu demissões na fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados.
Nesta sexta, sindicatos e a Petrobras participam de reunião de mediação no TST (Tribunal Superior do Trabalho). A categoria ameaça retomar o movimento caso não veja avanços nas negociações.
A greve completou 20 dias nesta quinta (20), se tornando a maior paralisação da categoria desde a greve de 32 dias em 1995.
A Petrobras decidiu fechar a fábrica, alegando prejuízos acumulados de mais de R$ 2 bilhões. A empresa diz que as demissões não serão revertidas e que a fábrica será mesmo fechada.
"Não e justo que a Petrobras carregue esse prejuízo para sempre", defendeu o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, em entrevista nesta quinta para comentar o lucro recorde de R$ 40,1 bilhões obtido pela estatal em 2019.
Segundo a companhia as negociações com os sindicatos na Justiça se restringirão ao pacto de benefícios oferecido aos demitidos. Castello Branco disse, porém, que a oferta atual já é "mais do que competitiva, é generosa".
Ele lembrou que a Petrobras chegou a negociar a fábrica com a russa Akron, que desistiu por não ver sentido econômico na operação. Por isso, a fábrica será hibernada - com operações paradas, mas manutenção dos equipamentos.
"Essa fábrica foi comprada numa daquelas decisões irresponsáveis que provocaram o desmonte da companhia", afirmou Castello Branco, repetindo que a greve não teve impacto na produção de petróleo e derivados.
Durante a paralisação, a empresa usou equipes de contingência e contratou temporários para manter as operações. "Estamos preparados para enfrentar uma longa greve", disse o executivo.
Os petroleiros criticaram o balanço da empresa, dizendo que foi obtido com a venda de "subsidiárias estratégicas" - o resultado sofreu forte impacto da venda da empresa de gasodutos TAG e de ações da BR Distribuidora.
"O resultado desse desmonte é o aumento do desemprego", afirmou a FUP, em nota. A campanha dos petroleiros contra a privatização vem recebendo apoio de partidos de oposição e outras categorias de servidores públicos.O presidente da Petrobras defendeu que, ao focar em operações mais rentáveis, a Petrobras terá mais dinheiro para investir e gerar emprego. "Se dirigirmos a Petrobras de maneira responsável, vamos criar muito valor para o Brasil."
Em seu balanço, a Petrobras diz ter recolhido R$ 246 bilhões em impostos em 2019.
| Folha de S.Paulo | | | |
Começou na manhã desta sexta-feira, 21, no Tribunal Superior do Trabalho (TST) reunião de conciliação entre a Petrobras e representantes de sindicatos sobre a greve de petroleiros, mediada pelo ministro Ives Gandra. Antes de as negociações começarem, o ministro disse que tentará sair com um acordo entre as partes até às 12 horas desta sexta-feira.
“Vamos tentar resolver ainda de manhã, até meio dia. Se conseguirmos, fechamos um acordo. Fechado acordo, ele entra nos autos. Se não, interrompemos 12h, voltamos 13h30, e ficamos até a hora que conseguirmos terminar”, explicou.
A greve, que durou 20 dias, foi suspensa para uma nova rodada de negociação entre a estatal e os funcionários.
Os dois lados divergem, principalmente, sobre a demissão de pelo menos 400 trabalhadores da Araucária Nitrogenados (Ansa), no Paraná.
Os primeiros desligamentos na Ansa iriam acontecer no dia 14 de fevereiro. Mas foram suspensos até o início de março por determinação do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), para que também o sindicato local retome a conversa com a direção da empresa.
Ao contrário dos sindicatos, que falam em 1 mil desempregados, a estatal reconhece responsabilidade pelos 396 contratados diretos.
“Não existe essa história de 1 mil empregados. O restante é dos fornecedores”, disse o presidente da estatal, Castello Branco em coletiva de imprensa na quinta-feira, 20.
A Petrobras atribui o fechamento da fábrica de fertilizantes aos sucessivos prejuízos que a Ansa estaria acumulando ao longo de anos.
No último dia 17, Gandra considerou ilegal e abusiva a greve dos petroleiros e liberou a Petrobras a aplicar “eventuais sanções disciplinares”.
A decisão atendeu pedido da direção da estatal, com o argumento de que os grevistas não estão cumprindo determinação judicial anterior de que mantenham um contingente mínimo de 90% nas unidades operacionais.
| Tribuna PR (publicado em 21-02-2020) | | | | A venda em massa de carros elétricos e híbridos no Brasil ainda é uma realidade distante, mas vem crescendo o número de empresas com projetos de instalação de postos de recarga, na tentativa de acelerar o interesse do consumidor por esses veículos, que ganham cada vez mais participação em mercados como Europa, China e EUA.
Nesta quinta-feira, 20, a Audi, empresa do grupo Volkswagen, anunciou investimentos de R$ 10 milhões para a instalação de 200 postos de recarga elétrica nos próximos dois anos. Em parceria com a empresa de energia Engie, os postos serão instalados em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. A Audi iniciará em abril as vendas do seu primeiro SUV elétrico no País, o e-tron, que custará R$ 460 mil.
A marca se une assim a empresas como BMW, Volvo e à própria parceria em que participa com Volkswagen e Porsche na instalação de pelo menos outros 680 pontos de abastecimento, vários deles com tecnologias de recarga rápida (em menos de uma hora).
Ontem, o chefe global de operações da Volkswagen, Ralf Brandstätter (que estava em visita ao Brasil), confirmou que a empresa fará seis lançamentos locais de modelos híbridos e elétricos nos próximos cinco anos. A empresa já tem um modelo híbrido à venda desde o fim de 2019, o Golf GTE. “No momento não temos planos de produção local, pois o mercado ainda não está maduro para isso, mas vamos avaliar futuramente.”
Ele ressaltou que a Volkswagen tem feito elevados investimentos na eletrificação dos veículos e em infraestrutura. A marca terá 22 modelos com essas tecnologias nos próximos anos e é dessa leva de produtos que serão escolhidos os que virão para o Brasil.
O grupo também atua fortemente no desenvolvimento de softwares para que os carros da marca possam receber todas as novas tecnologias. “Já temos, por exemplo, 5 mil engenheiros da área de TI e vamos incorporar mais 10 mil o mais rápido possível.”
Isolado. O líder global da área automotiva da consultoria PwC, Felix Kuhnert, acredita que deve demorar para que veículos elétricos e híbridos ganhem espaço significativo no mercado brasileiro, principalmente em razão do elevado custo dos produtos e da própria infraestrutura. Além disso, o País tem o etanol, que pode, por algum tempo, atender as normas mais restritas de emissões.
“O Brasil, contudo, não poderá ficar à parte do mercado de elétricos, ou ficará isolado do resto do mundo, em especial dos países mais desenvolvidos”, afirmou ao jornal O Estado de São Paulo Kuhnert, que também está em viagem pelo Brasil.
Ele lembrou que, na Europa, as montadoras que não atenderem as metas de emissões de CO2 previstas para este ano passarão a ser multadas já a partir de 2021. Para atingir essas metas, as empresas terão de reduzir em média em 20% os níveis de emissões dos automóveis atuais. “Muitas empresas estão investindo altos volumes de dinheiro em veículos elétricos, mas a grande dúvida é se os consumidores vão comprá-los”, disse o executivo, pois esses modelos são mais caros do que os convencionais, a combustão.
Ele prevê que, além dos incentivos governamentais em alguns países, as próprias fabricantes terão de dar benefícios para atrair clientela, mas, o problema, ressaltou, “é que o consumidor pode se acostumar e depois não será fácil suspender os descontos”. Hoje, disse ele, várias empresas tentam calcular se, inicialmente, vai valer mais a pena conceder incentivos ou pagar a multa por não cumprir a meta de vendas de carros mais limpos.
| Tribuna PR (publicado em 21-01-2020) | | | | Metalurgia será realizada em Joinville/SC, no segundo maior mercado produtor de fundidos do Brasil, de 15 a 18 de setembro de 2020
Em setembro, Joinville reunirá as principais inovações em máquinas, equipamentos, matéria-prima e serviços para a fundição na 12ª Metalurgia – Feira e Congresso Internacional de Tecnologia para Fundição, Siderurgia, Forjaria, Alumínio e Serviços. O evento será realizado de 15 a 18 de setembro de 2020, em Joinville/SC, em um cenário favorável para essa indústria, considerando que o estado de Santa Catarina ocupa a segunda posição no Brasil na produção de ferro fundido e concentra ampla cadeia de fornecedores do setor.
A Metalurgia é realizada na região do centro-sul do Brasil em um importante polo industrial que concentra grandes fundições como Tupy, WEG, Embraco e Schulz, grandes exportadores de peças técnicas fundidas para diferentes setores, em especial automotivo, linha pesada e agrícola. Em um raio de 100 km concentra fábricas de grandes marcas do setor automotivo como BMW, Audi, GM, Volvo, LS Tractor e Fremax, e fabricantes de peças para o setor auto como Tupy e Schulz.
O mercado industrial da região sul do Brasil demanda de alta tecnologia e investe continuamente na atualização dos processos e parques fabris. Entre os expositores confirmados destacam-se fornecedores de matérias-primas, sistemas de medição e transporte de materiais, máquinas, equipamentos, robôs e serviços, voltados para a automação de processos, indústria 4.0, tratamento térmico e soldagem, reciclagem e EPIs.
Bienal, a feira é a principal do Brasil realizada nos anos pares e reúne eventos simultâneos como a Reunião da ABIFA (Associação Brasileira de Fundição), congresso de tecnologias para fundição, seminário de inovação, workshops de expositores, rodada de negócios e visitas técnicas a empresas da região.
Praticamente todas as grandes empresas do setor no país e marcas internacionais expõe na Metalurgia, que tradicionalmente recebe visitantes qualificados do Brasil e outros países interessados em negócios e parceiras. A área útil comercializada para essa edição do evento já representa um crescimento de 30% em relação a 2018, acompanhando o cenário de retomada econômica e investimentos das indústrias que o Brasil vem sinalizando.
O mercado de fundição no Brasil
O Brasil ocupa a 10ª posição no ranking internacional de produção de fundidos, liderado pela China, Índia e EUA, que respondem por cerca de 70% da produção mundial, o equivalente a 73 milhões de toneladas/ano. Mais da metade da produção nacional de fundidos destina-se a indústria automotiva, abastecendo fabricantes de componentes automotores, autopeças e as próprias montadoras de automóveis, caminhões, ônibus e tratores.
Dados divulgados pela ABIFA dão conta que a produção brasileira de peças fundidas aumentou pelo terceiro ano seguido, totalizando 2,28 milhões de toneladas em 2019. O crescimento foi de 8,8% em relação a 2016, 6,5% sobre 2017 e de 0,8% em relação a 2018.
Mais uma vez, o ferro fundido liderou a produção do setor (1,84 milhão t), seguido do aço (259, 2 mil t) e dos metais não ferrosos (192 mil t). Comparativamente ao exercício anterior, o principal crescimento ficou por conta do aço (+6,6%), seguido do ferro fundido (+0,5%). Na vertente oposta, a produção de fundidos em metais não ferrosos caiu 3,7%.
Serviço
Metalurgia – Feira e Congresso Internacional de Tecnologia para Fundição, Siderurgia, Forjaria, Alumínio e Serviços
Data: 15 a 18 de setembro de 2020
Horário: 13h às 20h
Local: Parque de Exposições Expoville – Joinville – SC – Brasil
| CIMM | | | | Na próxima década, a manufatura aditiva se tornará parte indispensável das operações dos principais fabricantes do setor de transporte ferroviário. Essa previsão leva em consideração que, nas últimas três décadas, a tecnologia amadureceu e a gama de possíveis aplicações foi consideravelmente ampliada.
A impressão 3D já é, há algum tempo, uma ferramenta de nível industrial. No caso do setor de transporte ferroviário, os fabricantes devem utilizar a tecnologia cada vez mais para, principalmente, garantir o estoque de peças de reposição de seus produtos. Isso não quer dizer que uma impressora 3D substituirá todo o inventário de peças, uma vez que há muitas partes de uma locomotiva ou trem de passageiros que não são viáveis para impressão em 3D.
No entanto, nos últimos anos, a tecnologia percorreu um longo caminho, e agora é possível imprimir quase qualquer elemento em diversos tipos de materiais - de metais a polímeros que atendem aos requisitos de fogo, fumaça e toxicidade, até cerâmicas e metamateriais. Além disso, com a crescente oferta de provedores de serviços e ferramentas de design, mais aplicações tornam-se técnica e economicamente viáveis.
Um dos aspectos críticos do transporte ferroviário é que seus equipamentos são utilizados por décadas e levam, em média, 40 anos para serem completamente aposentados. Com isso, manter os trens funcionando e em bom estado de conservação exige peças de reposição, que, geralmente, saem de linha e deixam de serem produzidas, além de seus fornecedores também saírem do mercado.
Isto é um problema frequente para as empresas que gerem o serviço de transporte ferroviário e para o governo, isso porque acabam precisando absorver os custos da aquisição de ferramentas para refabricar novas peças ou optam por "canibalizar" trens e locomotivas para manter sua frota operando ou, até mesmo, por comprar peças de segunda mão, como aconteceu com o Metrô de São Paulo e do Distrito Federal há alguns anos.
No caso de São Paulo, em 2016, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) utilizou peças de trens parados no pátio de manutenção para realizar consertos em outras composições que necessitavam de revisão. Contudo, esse tipo de "canibalização" pode pôr em risco a segurança dos passageiros e dos trabalhadores, pois determinadas peças reutilizadas podem estar deterioradas ou desgastadas, além de não passarem por uma análise minuciosa.
Já em 2018, o Metrô do Distrito Federal fechou contrato para comprar peças de segunda mão do Metrô de São Paulo - parte delas já havia sido usada em trens paulistanos e outra parte era nova, porém estava parada no estoque. Isso foi necessário porque as peças de reposição deixaram de ser produzidas pelo fabricante.
A impressão 3D é uma forma de mitigar esse tipo de problema do setor, pois ela reduz os prazos de entrega e permite evitar os altos custos iniciais da fabricação tradicional: cadeia de suprimentos, ferramentas e configuração.
Do lado dos custos, a impressão 3D geralmente elimina os gastos com ferramental associado à fabricação tradicional. Esses custos fixos reduzidos significam que a produção em volumes baixos se torna economicamente viável. Há também um benefício no tempo, uma vez que, com a manufatura aditiva, as peças impressas em 3D geralmente podem ser produzidas com prazos de entrega em dias, ao contrário de semanas ou meses se comparada à manufatura tradicional.
Para se ter ideia da importância em se manter os trens o mínimo possível parados, segundo levantamento da Stratasys, os custos diretos de ter um único trem urbano fora de operação é de cerca de US﹩ 20.000/dia. Sendo assim, quando as perdas financeiras aumentam rapidamente, é fundamental ter a capacidade de produzir, com agilidade, peças de reposição internamente.
Em um caso, por exemplo, descobrimos que a impressão 3D de uma única peça economizou mais de US﹩ 1,5 milhão para um cliente, uma vez que, se a impressão 3D não fosse utilizada, um conjunto de trens ficaria fora de serviço por 16 semanas à espera de uma peça de reposição.
Outro benefício permitido pela impressão 3D é ter um inventário digital de peças de reposição, que podem ser produzidas por qualquer fábrica em qualquer local e os prazos de entrega seriam de horas ou dias. A Siemens e a Bombardier Transportation são algumas das empresas que já investem nisso.
Para acelerar a produção de peças para componentes de veículos internos e externos de seus trens nos países de língua alemã. Nessa parceria, a integração da manufatura aditiva da Stratasys nas instalações da Bombardier Transportation, em Hennigsdorf, permite à empresa fabricar certas peças de reposição personalizadas sob demanda via inventário digital a um custo mais baixo.
Agora, a Bombardier Transportation está utilizando uma impressora 3D Stratasys F900 para criar inventário digital, garantindo assim que as necessidades de peças de reposição sejam atendidas sob demanda - independentemente do modelo de trem ou de sua idade. Simplesmente armazenando digitalizações em 3D de peças, a Bombardier Transportation passará a ignorar o armazenamento físico de peças, pois não haverá mais a necessidade de manter grandes volumes estocados, pois a F900 permite que a equipe recrie rapidamente uma peça de reposição certificada, e de maneira rápida para atender seus clientes.
| Ind 4.0 | | | | Robôs biônicos e flexíveis
A Fundação Alemã de Pesquisa (DFG) lançou um projeto que objetiva ter, em seis anos, toda uma família de robôs flexíveis e macios, adequados para lidar com tarefas nas quais seus equivalentes rígidos e metálicos não têm se dado bem.
O foco do desenvolvimento está em materiais e sistemas que permitam construir robôs biônicos complexos e adaptáveis, para tarefas de manutenção, movimentação em terrenos irregulares e até colheita de frutas - esse conceito é normalmente chamado de "robótica mole".
"Os sistemas de robôs flexíveis abrirão opções de aplicações completamente novas, que ainda parecem impensáveis para nós hoje," disse o professor Ernst-Friedrich Henke, que está liderando o grupo na Universidade de Tecnologia de Dresden.
A nova geração de robôs deve ser capaz de se adaptar às mudanças nas condições de operação e permitir a colaboração com colegas humanos.
Os robôs biônicos feitos de materiais flexíveis podem, por exemplo, funcionar como robôs de exploração em situações de desastre ou como robôs de manutenção, graças a novas técnicas de locomoção, movimentação e manipulação.
Com sistemas de pinças inteligentes e adaptáveis, eles poderão fazer trabalhos pesados ao lado de trabalhadores humanos, por exemplo, trabalhando como colhedores de produtos agrícolas sensíveis, como frutas e verduras.
A equipe também está de olho em uma variedade de aplicações em tecnologia médica, incluindo peças de próteses inteligentes e bombas de medicamentos flexíveis.
Robôs para o mercado
Para conseguir viabilizar a robótica mole, os pesquisadores estão trabalhando com sistemas eletrônicos flexíveis feitos dos chamados elastômeros dielétricos multifuncionais, geralmente conhecidos como "músculos artificiais".
Todos os componentes dos robôs consistirão exclusivamente em polímeros e carbono eletricamente condutor. A equipe também pretende seguir a biomimética, inspirando-se na natureza para construir robôs biônicos, com o objetivo de aumentar a aceitação dos robôs na vida cotidiana.
Todo o trabalho está sendo feito com foco na comercialização de cada projeto. Para isso, duas empresas emergentes, uma alemã e outra da Nova Zelândia (Universidade de Auckland), estão participando da equipe, ajudando a direcionar os esforços para equipamentos passíveis de serem colocados rapidamente no mercado.
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