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Logística Reversa
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| | | | | O recebimento de um Auto de Infração Ambiental sempre gera angústia e ansiedade. Afinal, registra a descrição da infração e as penalidades impostas ao autuado (cidadão ou empresa acusada da prática da infração), sendo muito comum a aplicação das penalidades de multa em valores consideráveis e de embargo de obras ou atividades.
Afinal, um único e mesmo fato pode gerar a responsabilização nas esferas administrativa (Auto de Infração Ambiental), penal (Ação Penal por Crime Ambiental) e civil (Ação Civil Pública para recuperação de dano ambiental).
Diante disso, o Escritório D&P realizará em 19/09 o evento “Auto de Infração Ambiental e suas Consequências Legais”, dedicado ao esclarecimento de dúvidas comuns a cidadãos e empresas que exercem atividades sujeitas à fiscalização dos órgãos ambientais.
| Escritório De Paola & Panasolo Sociedade de Advogados. | | | |
Após acordo com a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, entidade das indústrias de pneu passará a fazer logística reversa nos 399 municípios. Atualmente são atendidos 190 municípios.
Um acordo firmado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) levará as ações de logística reversa de pneus aos 399 paranaenses. Dirigentes da secretaria e da Anip se reuniram nesta semana, em Curitiba, para tratar da logística reversa de pneus e sua destinação adequada no Paraná.
No encontro, a entidade apresentou projeto para atender 100% do Estado. Atualmente, a logística reversa de pneus acontece em 190 municípios. “Essa ação é histórica no mundo”, ressalta o secretário Márcio Nunes. “Somos o primeiro Estado que atenderá 100% na logística reversa de pneu inservível. Somos também o Estado que mais apoia os fabricantes na logística reversa”, completa.
A secretaria quer fortalecer a indústria brasileira e chamar a responsabilidade também do importador para participar do processo de logística reversa. “Queremos andar lado a lado para resolver a questão dos resíduos gerados no Estado, dando todo suporte necessário”, explica o coordenador da Divisão de Resíduos Sólidos da secretaria, Laerty Dudas. “Infelizmente ainda há muita resistência dos importadores em participar desse processo tão importante”.
PARCERIA - O objetivo é que haja a responsabilidade compartilhada entre importador, distribuidor, fabricante, comércio de pneu e município. O município terá a responsabilidade de articular com os comerciantes de pneus locais para aluguel de barracões para armazenar os resíduos trazidos por caminhões, até o recolhimento por parte do fabricante para que seja feita a destinação correta. Além disso, o comércio deverá chamar o importador para participar do processo e dividir os custos.
“Queremos que os comerciantes e importadores de pneus façam sua parte na logística reversa, ajudando a receber esses produtos nos barracões para posterior destinação correta”, disse o presidente-executivo da Anip, Klaus Curt Muller. “Junto com a secretaria, e em parceria com a área industrial, queremos que o Paraná seja exemplo para os outros Estados”, afirmou.
LEI - Segundo a Lei Federal nº 12.305/10, é responsabilidade do importador, comerciante, distribuidor e fabricante dividir a conta da logística reversa. Porém, na reunião o fabricante assumiu a maior responsabilidade, que é o transporte do resíduo até a destinação correta. Os comerciantes e distribuidores de pneus dividirão os custos do barracão e sua organização. Dudas ressalta que essa ação vai gerar emprego e renda para a população. “Aproximadamente 4 mil empregos serão gerados com essa ação, fazendo com que gire a economia no Estado”.
PNEUS INSERVÍVEIS - Os chamados pneus inservíveis são aqueles os apresentam algum dano irreparável na estrutura. Esses pneus geralmente são descartados de forma incorreta pela população, que tem o costume de queimá-los ou jogá-los em rios e terrenos baldios. Este ato afeta tanto a saúde pública, atraindo o mosquito da dengue e liberando dioxinas, por exemplo, quanto ao meio ambiente, contribuindo para o assoreamento e enchentes.
REAPROVEITAMENTO – Esses pneus podem ser aproveitados para o coprocessamento em fornos de cimento, já que são mais baratos que o coque de petróleo. Também podem ser triturados para uso em pavimentação de vias com o chamado asfalto-borracha, que além do baixo custo, dura mais que o asfalto comum.
| SEMA | | | |
Prefeito Rafael Greca com o presidente da FAS, Thiago Ferro, o presidente do Imap, Alexandre Matschinske, Gabriela Apple, Claudia Hirt Stachera e Guilherme Sell, com os móveis de pallets usados nos Worktibas, ganhadores do 26º Prêmio Expressão da Ecologia.
Foram apresentados pelo Instituto Municipal de Administração Pública (IMAP), na manhã desta quinta-feira (5/9), na Prefeitura de Curitiba, os móveis de pallets premiados no 26º Prêmio Expressão da Ecologia na categoria Reciclagem, da Editora Expressão, de Santa Catarina.
As peças foram expostas no Salão Brasil e o troféu, compartilhado com o prefeito Rafael Greca, pelo presidente do IMAP, Alexandre Matschinske. “Comemoramos a conquista da tradição da inovação curitibana, de dar novo uso a esse material que teria o lixo como destino”, comentou o prefeito, também ao lado do presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Thiago Ferro.
Greca cumprimentou os autores do projeto – as arquitetas Cláudia Stachera e Gabriela Appel e o jornalista e assessor da presidência do IMAP, Guilherme Sell.
As peças formadas por bancos, poltronas e mesas fazem parte do mobiliário dos coworkings públicos do município e são utilizadas em eventos no Memorial de Curitiba e feiras de que a Prefeitura participa.
Trabalho conjunto
O projeto surgiu após um estudo feito pelo IMAP sobre móveis e equipamentos inservíveis ou subtilizados do município. Requalificados, esses materiais poderiam voltar a servir às demandas públicas, em especial nos espaços de trabalho colaborativo do Worktiba.
Doados pela Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (antiga Secretaria do Abastecimento), os pallets foram transformados na marcenaria da FAS e ganharam almofadas costuradas pelos participantes dos cursos do Liceu de Ofícios.
Com o apoio logístico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e de arquitetos da Prefeitura, os novos móveis foram produzidos em menos de dois dias de trabalho.
Prêmio
O prêmio foi entregue no final do mês de agosto em uma solenidade na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e é uma iniciativa da Editora Expressão. Foram mais de 110 projetos inscritos nesta edição, com 24 contemplados em 18 categorias.
Em vinte e seis anos de realização, o Expressão de Ecologia registrou mais de 2,7 mil cases inscritos, de empresas, ONGs, prefeituras e entidades do Sul do país.
| Editora Expressão (publicado em 05-09-2019) | | | |
Cláusula A3P obriga fornecedores de determinados produtos a fazer o recolhimento dos resíduos após o uso e dar a destinação ambientalmente adequada
Despesas do Legislativo são disponibilizadas em mural eletrônico na recepção da Casa
A Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú incluirá, a partir de agora, a “cláusula A3P” nos seus processos de compras e licitações, a qual obriga os fornecedores de determinados produtos a fazer o recolhimento dos resíduos após o uso desses produtos e dar a destinação ambientalmente adequada – ou seja, a fazer a logística reversa dos materiais fornecidos.
A adoção se dá a partir de uma recomendação da comissão gestora da Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) no Legislativo.
Inicialmente, a cláusula A3P se aplicará aos produtos em relação aos quais a Política Nacional de Resíduos Sólidos já exige a logística reversa (como pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes e produtos eletroeletrônicos), e também aos cartuchos de tinta de impressora.
No caso de editais e contratos de obras, reformas ou serviços não será aplicada a cláusula A3P, mas os documentos também deverão prever a responsabilidade do contratado pela destinação ambientalmente adequada dos resíduos de construção.
“A adoção da exigência da logística reversa nas compras e licitações da Câmara é uma medida importante no campo da responsabilidade ambiental no serviço público”, destaca o presidente do Legislativo, vereador Omar Tomalih (PSB).
| Camboriu News (publicado em 07-09-2019) | | | |
Com o fim do ciclo de vida dos aparelhos celulares ou mesmo pela evolução tecnológica, é comum os usuários procurarem se desfazer de seus dispositivos e acessórios antigos em busca de um novo. Embora seja prática comum repassar os aparelhos antigos para familiares, mesmo esses acabarão tendo que ser descartados.
As operadoras e fabricantes então oferecem tanto o descarte dos smartphones em urnas (sempre aberto ao público em geral, e não só aos clientes da empresa) quanto a possibilidade de usar o produto como desconto na aquisição de um novo modelo. Essas iniciativas são partes importantes das estratégias de sustentabilidade que têm virado pauta, com peso cada vez maior, na agenda das teles.
Na verdade, as empresas precisam cumprir a resolução nº 401/08 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), que estabelece que fabricantes, importadores e lojas que comercializam aparelhos devem receber dos usuários pilhas e baterias usadas.
Além disso, precisam cumprir a Lei nº 12.305/10, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos e institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos. O art. 15º da lei estabelece a criação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos pela União, com coordenação do Ministério do Meio Ambiente, pelo prazo de 20 anos e com atualização a cada quatro anos. O texto determina a realização de diagnóstico, proposta de cenários e de metas, além de programas e medidas para incentivar e viabilizar a gestão.
Uma das mais atuantes em estratégia de sustentabilidade, a Vivo tem iniciativas como selo Ecorating para os smartphones, além de projetos específicos de logística reversa – o Recicle com a Vivo e o Vivo renova.
Segundo a tele, foram 2,7 milhões de itens eletrônicos reciclados nesses dois programas, além de operação fixa, em 2018. Considerando também o volume de resíduos eletrônicos, a companhia reciclou em dez anos mais de 23 mil toneladas.
"O programa Recicle com a Vivo não traz lucro, mas traz benefícios ao ambiente", pondera a executiva de sustentabilidade da empresa, Joanes Ribas. Ela afirma que há receita gerada, mas que é direcionada à Fundação Vivo para projetos sociais.
No serviço fixo, a logística reversa da empresa recolheu 966 toneladas em 2018. São equipamentos como decoders e modems, seja por conta de desconexão (desligamento do cliente) ou por substituição por dispositivos mais modernos. Desse total, 438 toneladas foram para reciclagem, e 528 foram recondicionadas para reuso.
Especificamente no projeto Recicle, foram quase 4 milhões de itens (incluindo carregadores e baterias) recolhidos, dos quais um milhão eram aparelhos celulares. Isso garantiu a destinação adequada de 105 toneladas.
No ano passado, as urnas do programa receberam cinco toneladas de equipamentos, equivalente a 76,6 mil itens. Esse material é recolhido por uma empresa parceira, que fica responsável pela reciclagem e destinação dos componentes.
A Vivo afirma ter investido R$ 1 milhão na renovação de 100% das urnas de coleta nas lojas próprias e revendas. A intenção da empresa é lançar uma campanha de incentivo junto a clientes e equipes de atendimento. Além disso, a expectativa é ampliar em 10% essa coleta nas lojas próprias. "Muita gente não sabe, mas a receita do programa é destinado a projeto social", destaca Ribas.
Já no Vivo Renova, os clientes podem trocar o aparelho usado em bom estado por descontos na compra de um novo – a taxa varia de acordo com o modelo e conservação do telefone. Em 2018 foram recolhidos 12,9 toneladas de dispositivos, ou cerca de 84,2 mil itens. Desde 2013, quando o projeto foi iniciado, foram 300 mil celulares substituídos, totalizando 43,86 toneladas. Os aparelhos aceitos no programa são recondicionados e comercializados por empresa parceira no mercado de usados.
Em se tratando de smartphones novos, 73% dos aparelhos vendidos nas lojas das operadoras possuem o selo Ecorating, que avalia (com notas de 0 a 5) mais de 100 critérios socioambientais na produção e destinação.
Cumprimento da lei
Somente em 2018, o programa de reciclagem da Claro Brasil registrou a coleta de 1,3 tonelada de material. A iniciativa tem como objetivo a adequação às normas, mas a ideia é também reconhecer o papel social.
"Como organização, a gente cumpre a lei, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, e cada vez mais a gente vem se aprofundando na legislação para entender o papel, porque não tem um capítulo que trate do tipo de eletrônico que a gente tem ou gera", explica a diretora de Responsabilidade Social e Comunicação da Claro e vice-presidente de Projetos do Instituto NET Claro Embratel, Daniely Gomiero. Segundo a executiva, não há nenhum ganho financeiro com o programa de coleta. "A gente faz por que acreditamos, está no nosso valor."
A companhia tem também um processo de coleta que inclui os aparelhos no serviço fixo, tanto na casa do cliente quanto na infraestrutura de rua, onde são recolhidas baterias e fibras. O processo é sistematizado, voltando para a área técnica. "A gente tem empresa com compliance que retira de acordo com cada item, colocando cada um com um destino diferente", diz Gomiero.
Em 2008, a companhia criou o programa Claro Recicla, que trata os aparelhos descartados nas lojas pelos clientes. A empresa tem mais de mil pontos, e agora expande para agentes autorizados. "A gente faz todo o trabalho de orientação para que o cliente tenha consciência de saber como descartar, e a gente disponibiliza para que ele faça isso na loja, com pilhas, os próprios aparelhos celulares, baterias e acessórios", afirma. O programa se estende também aos funcionários, com urnas de coletas nos prédios matriciais – a expectativa é expandir o plano para outros edifícios da tele.
No ano passado, a operadora recolheu 116,6 mil telefones nas lojas. Além disso, foram 109,7 mil baterias e 124 mil acessórios. Desta forma, foram mais de 120 toneladas de materiais depositados. Uma terceirizada regulamentada é responsável pela retirada dos aparelhos, fazendo a triagem e o descarte correto.
"No caso dos celulares e chips coletados, [os materiais] podem ser reaproveitados para o mercado de luxo, em itens como metal puro", afirma a executiva. Para incentivar o cliente, a empresa combina o descarte com o programa de fidelidade Claro Clube – a cada depósito na urna, o cliente pontua."
Telefones públicos
A assessora de comunicação, marca e sustentabilidade da Algar Telecom, Cristiana Heluy, explica que em todas as unidades da operadora mineira, "já tem recolhimento de eletrônicos há bastante tempo" para garantir o descarte adequado. Segundo ela, em 2018 foram mais de mil toneladas, entre equipamentos, pilhas e baterias recolhidos. Como é o caso das demais operadoras, não é necessário ser cliente para descartar os smartphones ou acessórios nas urnas das lojas.
Outro ponto que entra na conta da reciclagem da Algar são os telefones públicos, que além de sofrerem depreciação com as intempéries, ainda passam por depredação. "Vamos pensar no alto volume de descarte dos orelhões, que é outro resíduo e requer tratamento. A gente garante a destinação após ter buscado empresas adequadas para fazer a tratativa", explica Heluy. Além dos TUPs, há ainda materiais como lâmpadas e até mesmo uniformes dos técnicos de campo – por questões de segurança, essas roupas precisam ser descaracterizadas antes do descarte.
Metas
Por sua vez, a TIM possui um plano de gerenciamento de resíduos com objetivo de reduzir "riscos ao meio ambiente". O foco da gestão de resíduos é na minimização da geração e incentivo de coleta diferenciada, de recuperação e de reciclagem.
A tele tem o programa Recarregue o Planeta para incentivar clientes a descartarem nas lojas da empresa os aparelhos de celular, baterias, cabos e acessórios em desuso. Em 2018, a operadora queria coletar uma tonelada de aparelhos e acessórios, mas não conseguiu atingir a meta.
"Para 2019, esse programa está sendo reformulado, e a meta é atingir 500 kg de aparelhos e acessórios a serem encaminhados para reciclagem", disse a empresa em comunicado por e-mail. A companhia também tem um programa que permite trocar aparelhos por descontos na compra de um novo smartphone. Os dispositivos usados são recolhidos para reciclagem.
A coleta de baterias, celulares e acessórios também é uma prática da política de gestão de resíduos da Oi. A empresa cumpre a legislação e a resolução do Conama, que estabelece a coleta e o descarte "ambientalmente correto" de resíduos sólidos com campanha de coleta em suas lojas. A tele disponibiliza urnas coletoras em "diversos pontos" no País, utilizando recicladoras credenciadas por órgãos ambientais para o desmonte de aparelhos e destinação final adequada das baterias. A lista completa de lojas com urnas está disponível neste documento.
Além disso, a operadora também realiza ações com os equipamentos dos serviços fixos. O gerenciamento do material descartado nas operações é realizado por meio da "recompra de baterias estacionárias por fornecedor específico, certificado pelos órgãos nacionais competentes, em uma ação de logística reversa". Além disso, os materiais de montagem e manutenção – como sucatas de cobre, alumínio, cabos de fibra ótica e cabos telefônicos – são encaminhados para reciclagem.
Fabricante
Assim como operadoras, as fabricantes de aparelhos também têm iniciativas similares. A Samsung Brasil tem um programa de reciclagem para o descarte correto de smartphones e acessórios. Os interessados podem depositar nas urnas de coletas nas "Brand Shops" (lojas próprias da marca) ou nas assistências técnicas autorizadas.
"É a certeza de que os produtos terão um destino correto e sustentável sem causar algum impacto negativo ao meio ambiente", declara a empresa em comunicado atribuído ao diretor de customer service, Luiz Xavier. Da mesma forma como nas teles, o cliente da Samsung pode utilizar o aparelho antigo como desconto na hora de comprar um novo. A lista de locais de coletas pode ser acessada neste PDF.
Segundo a fabricante sul-coreana, as iniciativas não têm propósito de gerar receita. A companhia não informa números dos programas por considerar informação estratégica, mas destaca que "o engajamento das pessoas tem aumentado ao longo dos últimos anos com forte atuação nos últimos meses. Percebemos que há uma mentalidade sustentável por parte de nossos consumidores, cada vez mais preocupados com o descarte adequado dos produtos que não são mais usados".
| Teletime ( publicado em 06-09-2019) | | | |
Anuário do setor de reaproveitamento de resíduos sólidos destacou a economia gerada pela atividade
Na última terça-feira, 3, o primeiro Anuário da Reciclagem, que compilou dados do período entre 2017 e 2018, foi lançado em São Paulo. O documento foi realizado pela Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis, a Ancat, e a empresa Pragma Soluções Sustentáveis, entre outros parceiros. Para o presidente da Ancat, Roberto Rocha, “esse anuário é um marco para os catadores, um instrumento fundamental para os governos e a iniciativa privada terem acesso a informações consistentes sobre a nossa categoria”.
Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, o SNIS, apenas 22% dos municípios do Brasil possuíam coleta seletiva pública, e aproximadamente 15% dos municípios possuem pelo menos uma Cooperativa ou Associação de Catadores de Materiais Recicláveis com incentivo público. Considerando a abrangência da ação de Cooperativas ou de coleta seletiva, 25% dos municípios possuem ao menos uma das formas de coleta.
O anuário também coletou informações sobre a percepção da população: 98% enxergam a reciclagem como algo importante para o futuro, 39% não separam o lixo orgânico do reciclável, 66% sabem pouco ou nada sobre coleta seletiva e 81% sabem pouco ou nada sobre Cooperativas de Reciclagem.
Ainda, o documento destacou uma pesquisa do IPEA, com base nos dados do Censo 2010, que a existência de aproximadamente 388.000 catadores de materiais recicláveis no Brasil. Entretanto, o Movimento dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) acredita que existem de 800.000 a 1 milhão de catadores em atividade. A distribuição regional desses catadores de materiais recicláveis, a partir de dados da PNAD 2017 e 20189, demonstra grande concentração: 40% dos catadores estão na região Sudeste e 30% na Nordeste.
| Veja (publicado em 06-09-2019) | | | |
Sabe aquela placa de PC antigo, processador de celular e smartphone velho ou monitor de TV LCD que não funcionam mais e se joga fora? Vale dinheiro e, às vezes, literalmente, ouro.
De olho no mercado de lixo eletrônico, ou do e-lixo, que cresce a partir do consumo cada vez maior de eletrônicos pela população, pequenos e médios empresários têm investido neste setor, que, aqui na Bahia, está em expansão, o da chamada logística reversa de eletrônicos. A lógica, como diz o nome, é inversa: vai do consumidor final à indústria.
E com propósito ambiental. A matéria-prima do negócio são os objetos que, já sem utilidade, não podem ser descartados em aterro sanitário porque contêm substâncias que prejudicam o homem e o meio ambiente (mercúrio, cádmio, chumbo...). Daí que o trabalho dessas empresas é o da prospecção de doadores de sucata eletrônica – população e, principalmente, empresas que doam o e-lixo. O material é desmontado e adequado para a destinação final: venda para reciclagem ou reúso de algumas partes do equipamento, como teclados, monitores.
Os clientes? No caso de peças soltas, normalmente o consumidor comum, que barganha em plataformas como Mercado Livre ou OLX. Mas com o e-lixo sofisticado, como placas e processadores, por exemplo – que contêm metais nobres, como ouro, platina, paládio, ródio em pequeníssimas quantidades –, quem compra são empresas multinacionais especializadas na reciclagem e depuração (separação) dessas substâncias nobres e, por sua vez, sua reutilização. E é justamente esse o cliente mais cobiçado e onde cresce o mercado.
O mercado do e-lixo é milionário. "De acordo com a ONU, o Brasil recicla apenas 2% de seu e-lixo, em um mercado que movimenta cerca de R$ 2,5 bilhões por ano", diz Eduardo Garrido, analista do Sebrae-BA, para quem o segmento deve se expandir nos próximos anos.
Empresas baianas
Na Bahia há pelo menos 10 empresas atuando no segmento, mapeou a reportagem. A Sucatex, localizada em Salvador, é uma das maiores. Há mais de 10 anos, Elder Nogueira, 48 anos, percebeu esse nicho de mercado. "As pessoas enxergavam a separação de sucata eletrônica como brincadeira de final de semana. Eu via negócio ali", conta.
Quando iniciou, investiu na compra de um carro adequado para buscar material, publicidade, aluguel de um pequeno galpão de armazenamento e pessoal de apoio para desmonte. Hoje, Elder tem mais de 200 parceiros que doam sucata eletrônica (shoppings, grandes empresas...), dois pontos na capital e comercializa de sete a oito toneladas de e-lixo ao mês. Quanto lucra e para quem vende? Prefere não revelar. "Questão de mercado. Tem a concorrência", diz.
Empresas como a Sucatex recolhem o e-lixo de graça em residências ou empresas. Para a população, é uma forma de se livrar do que não tem serventia sem "sujar" o meio ambiente. Para empresas, contudo, trata-se de seguir o que diz a Lei nº 12.305/2010, que dispõe sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ao doar o e-lixo, recebem da empresa que faz a coleta um certificado de isenção de qualquer responsabilidade sobre o resíduo gerado. O Brasil ainda não possui uma lei específica que regule a logística reversa.
O que existe é uma proposta de acordo para a implantação de Sistema de Logística Reversa de Produtos Eletroeletrônicos de Uso Doméstico e seus Componentes, que está em consulta pública pelo Ministério do Meio Ambiente. As indústrias fabricantes de eletrônicos também têm interesse na regulamentação, para execução de novos negócios.
"A economia circular provoca um repensar do modelo produtivo, impactando desde o design do produto e provocando um novo mindset de negócios. O diferencial competitivo é a geração de valor. Nesse contexto, o Brasil tem todas as condições para liderar essa economia circular, por possuir os três elos essenciais: mercado consumidor grande, ampla gama de fabricantes e mercado de reciclagem forte", diz a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), por meio da assessoria de imprensa.
Reciclar sem poluir
Neste negócio, tão importante quanto emitir o certificado para quem doa no ato da coleta (no caso de empresas) é conhecer bem para quem vai vender o e-lixo, diz Robson Fernando Souza, da Recicle – Logística Reversa de Eletrônicos, em Salvador. O comprador tem de garantir que vai reciclar o material sem poluir. A Recicle vende cerca de 10 toneladas ao mês para uma megaempresa de reciclagem de sucata eletrônica, com filiais em 12 estados.
"Só trabalho com quem faz tudo corretamente", diz Robson. Ali na Recicle, além de vender material para reciclagem, também se comercializa parte de aparelhos para reúso, o que representa parte do faturamento da empresa. Robson é analista de sistemas e vislumbrou o crescimento deste mercado. A empresa começou aos poucos, com cinco coletas ao mês. Hoje, diz, faz cerca de 10 coletas por dia. "O consumo de eletrônicos está cada vez maior. É um mercado próspero. Existe demanda e material para coleta". Ele avalia que o investimento inicial para quem inicia no ramo hoje seja de mais de R$ 120 mil.
Investimento inicial
Na avaliação do técnico do Sebrae Eduardo Garrido, o investimento inicial para montar uma empresa de reciclagem de lixo eletrônico de pequeno porte gira em torno de R$ 160 mil, desconsiderando gastos relacionados à aquisição do imóvel e de matéria-prima.
"Esse mercado tem apresentado boas opções para novos investidores. No entanto, o custo operacional desse negócio é relativamente expressivo caso o empreendedor queira executar todas as tarefas de reciclagem de lixo eletrônico.
Dessa forma, para os pequenos empreendedores pode ser interessante, desde que adequadamente estruturados, inclusive com parcerias que assumam a reciclagem de componentes que são altamente tóxicos e que exigem maquinário específico", diz Garrido.
Mas há quem trabalhe como microempreendedor individual e mantenha um negócio de menor porte, como é o caso de Lourivaldo Januário Cordeiro Neto, dono da Descarte, aberta há cinco anos. Ali também se vende e adequa objetos para o reúso. "Com o consumismo e obsolescência programada, as pessoas jogam fora equipamentos que poderiam usar. Existe mercado para esses objetos, anunciamos na internet. O que não pode ser reusado, vendemos para as empresas que reciclam ou retornamos para o próprio fabricante", diz.
A Descarte recolhe de 300 a 400 quilos por mês de e-lixo. "Para iniciar um negócio pequeno, com uns R$ 20 mil consegue, se já tiver carro e um local de armazenagem", diz Lourivaldo, que diz tirar cerca de R$ 3 mil a R$ 4 mil ao mês. Ele dá a dica: objetos mais antigos (computadores, celulares) contêm mais minério e metais preciosos e, por isso, são mais caros na revenda. Outra coisa para quem quer entrar no ramo, diz, é ter uma boa logística para coleta.
Para entrar no ramo do e-lixo
Mercado Realize uma pesquisa acerca do mercado em que deseja se inserir, contemplando itens como perfil do público, dos parceiros, concorrentes e dos preços praticados
Informação Estude e conheça a legislação e normas técnicas aplicáveis ao segmento do negócio
Infraestrutura Ao instalar a empresa, considere itens como logística, recebimento e movimentação das matérias-primas, proximidade de público, atendimento a requisitos técnicos, layout operacional e atendimento à legislação
Coleta A coleta de insumos pode ser feita a partir da implantação de “ecopontos” – locais de entrega voluntária de resíduos eletrônicos
Inclusão social A inclusão dos catadores de material de reciclagem e a coleta domiciliar também são alternativas de obtenção do e-lixo.
Documentação Para atuar na área de coleta e/ou reciclagem exige-se registro na Junta Comercial, na Secretaria da Fazenda (CNPJ); Secretaria Estadual da Fazenda; prefeitura, para obter o alvará funcional; enquadramento na entidade sindical patronal; Corpo de Bombeiros Militar; alvará de licença sanitária e a licença ambiental do Ibama
| A Tarde (publicado em 08-09-2019) | | | |
Em Santa Catarina, cerca de 14 mil veículos cruzam as rodovias catarinenses transportando produtos perigosos e resíduos. Na carga carregam Insumos como gasolina, diesel, álcool, GLP, entre outros, que são utilizados para diversas finalidades pelas indústrias ou para outros fins. No entanto, antes de se movimentarem pelo estado precisam passar pelo licenciamento.
Para obter a licença, o empreendedor deve solicitar ao Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) que levava, em média, 100 dias, para concluir o processo. Neste tempo, sem licenciamento, o veículo não poderia sair da garagem. No entanto, para desafogar este trânsito, o IMA lançou nesta sexta-feira, 06 de setembro, a Licença Ambiental por Compromisso (LAC) para a atividade de Transporte de Produtos Perigosos e Resíduos, modalidade de licenciamento digital e autodeclaratória.
Assim, o empreendedor acessa o sistema online, preenche os dados (quais são os produtos transportados, rotas utilizadas, contatos emergenciais), encaminha a documentação exigida e, se tudo estiver de acordo com as normas legais, a autorização ambiental é emitida na mesma hora, sem fila e nem demora.
Há cinco anos o fluxo de licenciamento da atividade de Transporte de Produtos Perigosos e Resíduos aumentou 100%. Em 2014, foram 505 processos protocolados. Em 2018, foram 824. Até o fim de 2019 devem ingressar mais de 900 projetos (uma licença pode abranger mais de um veículo).
Atualmente 13.915 veículos de 1.749 empreendedores estão licenciados. Desde o lançamento da LAC, 47 veículos não enfrentaram a fila e por meio do processo autodeclaratório tiveram emitida a licença ambiental e podem percorrer as estradas catarinenses onde também estará a equipe do IMA.
Por meio de fiscalizações por auditoria, o Instituto vai apurar a veracidade das informações prestadas no licenciamento, poderá identificar quais as rodovias com maior movimentação de cargas e as rotas críticas para determinados tipos de produtos, como inflamáveis, explosivos, infectantes ou radioativos.
Fiscalizações nas Rodovias
Anualmente, o IMA, em parceria com outras instituições, realiza 52 vistorias preventivas nas rodovias estaduais e federais de Santa Catarina, abordando uma média de 80 veículos por operação. Além da Licença Autodeclaratória, o IMA desenvolveu um aplicativo para auxiliar nas fiscalizações em campo. Assim, no momento da abordagem dos veículos, por meio do app que funciona off-line, os técnicos poderão auditar as informações declaradas pelo empreendedor na LAC.
Além da agilidade na concessão da licença, um dos principais avanços da LAC é a automatização dos contatos de emergência das empresas e dos Planos de Ação Emergencial (PAE), pois com poucos cliques no celular, os técnicos que atuam nas emergências ambientais terão todas as informações relevantes para atendimento de ocorrências.
Como, por exemplo, dados do motorista, telefones de contatos para casos de emergência e a relação dos produtos que o veículo transportava, o que é fundamental para prestar um atendimento mais seguro e ágil às vítimas e para a tomada de decisão mais precisa com relação aos possíveis danos ambientais.
As informações também serão utilizadas para a elaboração de mapas de vulnerabilidade ambiental e descentralização racionalizada de recursos para atendimento a emergências.
| Editora Expressão ( publicado em 09-09-2019) | | | |
Polímeros que são metabolizados por micro-organismos do solo eliminam a necessidade de remoção após a colheita e acúmulo de plástico no Meio Ambiente
Os filmes mulching de polietileno são muito conhecidos e utilizados por produtores, especialmente de frutas e hortaliças, como uma medida no controle de plantas daninhas, manutenção da temperatura e umidade do solo, dentre outras vantagens. No Brasil, o produto tem sido cada vez mais utilizado por produtores alinhados às demandas de redução de custos e aumento da produtividade.
No entanto, após a colheita, os filmes devem ser retirados, exigindo mais uso de mão-de-obra e deixando resíduos não biodegradáveis que se acumulam no solo. A solução mais eficiente pra isso já existe no mercado: polímeros biodegradáveis, que eliminam a necessidade de remoção e reciclagem, além de serem facilmente metabolizados pelos microrganismos do solo.
O ecovio® M2351 é um plástico certificado, desenvolvido pela BASF para filmes mulching feito com polímeros produzidos a partir de matérias-primas biodegradáveis e do co-poliéster ecoflx (polibutileno adipato co-tereftalato – PBAT). Com o mulching biodegradável, é possível arar o solo após a colheita mecânica, sem necessidade de remoção.
O ecovio® M 2351 foi o primeiro material a ser certificado como biodegradável no solo, segundo a norma europeia DIN EM 17033. Muitos países também aceitam o uso de filme mulching feito com ecovio® para cultivos orgânicos.
O polímero é degradado no solo pelos micro-organismos (bactérias e fungos), que utilizam o carbono do bioplástico para produzirem energia. Os produtos finais da biodegradação são CO2, água e biomassa. Assim, além do papel de proteção das culturas e do solo durante o plantio, o polímero biodegradável ainda ajudam na melhoria da qualidade do solo (aumento da biota).
A empresa portuguesa Silvex, com mais de 50 anos de experiência na criação de produtos de consumo plástico e papel, também criou o mulch Agrobiofilm®, um polímero biodegradável produzido de acordo com os requisitos das culturas a que se destina (hortaliças, fruteiras e ornamentais em viveiros).
Mais de 25 mil hectares em solos lusitanos são cultivados recorrendo ao uso do plástico de polietileno, o que representa a utilização de cerca de 5.000 toneladas de plástico de origem fóssil anualmente. Com o polímero biodegradável, o produtor pode incorporá-lo ao solo no final do ciclo de cada cultura.
Em 2016, o mulch Agrobiofilm® rendeu à Silvex uma menção honrosa do Prêmio Produto Inovação promovido pela Cotec e ANI, entidades portuguesas que premiam publicamente produtos inovadores desenvolvidos por empresas nacionais ou estrangeiras que operam no país.
| Globo Rural ( publicado em 07-09-2019) | | | | No dia 10 de setembro, as equipes do Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos começam o roteiro pela região Oeste d e Santa Catarina. No total, 98 municípios serão contemplados pelo itinerário que irá até o dia 8 de novembro.
Os produtores deverão levar as embalagens tríplice-lavadas até os pontos de coleta conforme as informações contidas nos convites entregues pelos profissionais de campo das empresas de tabaco.
Nos dias 10, 11 e 12, os caminhões do Programa farão a coleta em localidades rurais dos municípios de Guaraciaba e São José do Cedro. Para o dia 13, a previsão é o recebimento de embalagens em Princesa e Guarujá do Sul.
Na próxima semana, as equipes estarão em Campo Erê, São Bernardino, São Lourenço do Oeste, Dionísio Cerqueira, Anchieta e Palma sola. A partir de 24 de setembro, os produtores de tabaco contemplados serão os de Belmonte, Descanso, Itapiranga, Tunápolis, Santa Helena, Iporã do Oeste, São João do Oeste, São Miguel do Oeste e Bandeiran tes.
Em outubro, o roteiro de recebimento de embalagens passará por Mondaí, Riqueza, Caibi, Palmitos, São Carlos, Cunhataí, Águas do Chapecó, Caxambu do Sul, Guatambu, Maravilha, Flor do Sertão, Romelândia, Paraíso, Barra Bonita, São Miguel da Boa Vista, Tigrinhos, Santa Terezinha do Progresso, Iraceminha, Cunha Porã, Saudades, Pinhalzinho, Nova Erechim, Águas Frias, Chapecó, Nova Itaberaba, Planalto Alegre, União do Oeste, Coronel Freitas, Modelo, Bom Jesus do Oeste, Serra Alta, Saltinho, Sul Brasil, Quilombo, Santiago do Sul, Ipuaçu, Bom Jesus, Ouro Verde, Abelardo Luz, Coronel Martins, S&ati lde;o Domingos e Lageado Grande.
E em novembro, haverá recebimento de embalagens em zonas rurais de Lindoia do Sul, Irani, Vargem Bonita, Arroio Trinta, Xaxim, Rio das Antas, Fraiburgo, Lebon Régis, Curitibanos, Frei Rogério, Brunópolis, Ibian, Tangará, Herval D´Oeste, Celso Ramos, Anita Garibaldi, Cerro Negro, Abdon Batista, Vargem e São José do Cerrito. O Oeste catarinense é uma das diversas áreas abrangidas pelo Programa, pois a coleta itinerante ocorre em todas as regiões produtoras de tabaco do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
A ação pioneira de logística reversa dá o destino certo às embalagens de agrotóxicos, pois o material coletado é destinado para centrais de recebimento credenciadas pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), onde passa por triagem e separação. Em torno de 90% das embalagens são destinadas à reciclagem e 10% são enviadas a incineradoras e aterros sanitários.
Para conferir o roteiro completo, com datas e horários de cada ponto de coleta, acesse aqui.
| Editora Expressão ( publicado em 09-09-2019) | | | |
No mesmo ano em que promete lançar 11 milhões de tênis com plástico retirado dos oceanos a a Adidas apresenta um par para corridas 100% reciclável
“O que acontece com um tênis quando não dá mais para usá-lo? Você joga fora. Só que não há como”, afirmou Eric Liedtke, membro do conselho executivo da Adidas e responsável pelas marcas globais.
“Existem apenas aterros e incineradores e, no final das contas, uma atmosfera sufocada pelo excesso de carbono ou oceanos cheios de lixo plástico. O próximo passo é acabar com o conceito de “desperdício” completamente. Nosso sonho é que você possa continuar usando os mesmos calçados repetidamente”.
Apresentado em abril, o Futurecraft Loop é o calçado com o qual o grupo planeja deixar pegadas mais sustentáveis a curto prazo. Apresentado como um tênis de corrida feito para ser refeito, ele é 100% reciclável.
É constituído de um único material, o poliuretano termoplástico, dos cordões à sola, e dispensa cola, a grande pedra no sapato na hora da reciclagem. Terminada a vida-útil do calçado, ele pode ser devolvido à Adidas, que fará um novo sem descartar absolutamente nada – a novidade está prevista para chegar às lojas em 2021.
A responsabilidade da Adidas com o meio ambiente não é desprezível. Só de tênis ela já produziu 409 milhões de pares, além de 456 milhões de peças de roupa e 113 milhões de produtos como bolas de basquete. No ano passado, as vendas globais da companhia sediada em Herzogenaurach, na Alemanha, somaram € 21,9 bilhões.
O primeiro passo para criar tênis mais sustentáveis foi dado em 2015. Naquele ano, a grife lançou o primeiro conceito de um calçado de performance com a parte superior feita inteiramente com fios e filamentos produzidos a partir de material plástico retirado dos mares. A iniciativa foi feita em parceria com a organização ambiental Parley for the Oceans.
A promessa da Adidas é produzir neste ano 11 milhões de pares utilizando os resíduos plásticos encontrados em praias, ilhas remotas e comunidades costeiras. E a companhia promete usar somente poliéster reciclado até 2014. “Retirar resíduos de plástico do sistema é o primeiro passo, mas não podemos parar por aí”, afirmou Liedtke, por ocasião do lançamento do Futurecraft Loop.
| Exame ( publicado em 04-09-2019) | | | |
A economia circular tem tudo a ver com projetar novos produtos utilizando resíduos. Com isso em mente, a designer italiano Carlo Ratti desenvolveu um espremedor de frutas experimental para a empresa Eni, que imprime em 3D um copo bioplástico com a casca da laranja. Chamado de Feel the Peel , este protótipo visa trazer circularidade para a vida cotidiana.
O processo é o seguinte: alguém pede um suco, as laranjas deslizam para dentro do espremedor e, quando as laranjas são cortadas ao meio, a casca cai na parte inferior, onde se acumulam. Através de um processo de secagem, moagem e mistura com ácido polilático (PLA), as cascas tornam-se bioplásticas.
Esse material é então aquecido e derretido num filamento usado por uma impressora 3D colocada dentro da máquina. Os copos resultantes podem ser usados para beber o suco espremido na hora e depois facilmente reciclados.
O protótipo começará a percorrer a Itália nos próximos meses, visando demonstrar e implementar uma nova abordagem da circularidade ambiental na vida cotidiana. Medindo 3,10 metros de altura, a máquina é encimada por uma cúpula cheia com 1.500 laranjas.
| Stylo Urbano ( publicado em 09-09-2019) | | | |
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