| 03 de MAIO de 2019
Sexta-feira
- Produção industrial cai 1,3% em março, pior resultado desde setembro
- Produção industrial cai 1,3% em março, diz IBGE
- Governo lança programa para mapear entraves na produtividade
- Indústria intensifica pressão por reforma tributária
- Banco suíço se encontra com liderança de caminhoneiros para entender setor
- Cerca de 50 mil empresas estão expostas a hackers por falha em softwares da SAP, dizem pesquisadores
- Portaria do Ministério da Justiça disciplina retomada de registros sindicais
- Aprovada em 2017, reforma trabalhista alterou regras, mas não gerou empregos
- MDB anuncia posição contrária a três itens da reforma da Previdência
- ‘Reforma da Previdência será aprovada; problema é de que tamanho”, diz Lira
- Inflação ao consumidor sobe 1,7% na preliminar de abril, na comparação anual
- FGV: IPC-S desacelera em 4 das 7 capitais avaliadas na 4ª quadrissemana de março
- Doria se reúne com presidente da Scania e anuncia investimento em São Bernardo
- Anfavea: fabricar carro no Brasil custa 20% a mais que no México
- Venda de veículos sobe 11,1% em abril ante março, diz Fenabrave
- Fiat Chrysler vê lucro menor e aponta avanço nas vendas no Brasil
- Tesla vai levantar até U$2,7 bilhões em nova venda de ações
- Workshop Novidades Comex (DU-E, DUIMP, NBS 2.0)
|
Câmbio
Em 03/05/2019
|
|
Compra
|
Venda
|
Dólar
|
3,936
|
3,937
|
Euro
|
4,403
|
4,405
|
Fonte: BACEN
|
| | | | | Na comparação com março do ano passado, queda foi de 6,1%, segundo o IBGE. Em 12 meses, setor registrou 1º resultado negativo desde agosto de 2017, reforçando a leitura de perda de ritmo e maior fraqueza da economia.
A produção industrial brasileira registrou em março uma queda de 1,3%, na comparação com fevereiro, eliminando o crescimento de 0,6% observado no mês anterior, segundo divulgou nesta sexta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com mais esse resultado negativo, o setor passou a acumular queda de 2,2% no ano.
Trata-se do pior resultado mensal desde setembro do ano passado, quando houve queda de 2,1% na produção do setor.
Na comparação com março do ano passado, a indústria caiu 6,1%, queda anual mais intensa desde maio de 2018 (-6,3%).
O resultado de março veio pior que o esperado pelo mercado. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de quedas de 0,7% na comparação mensal e de 4,6% na base anual.
No acumulado em 12 meses, o setor passou a ter queda de 0,1% – primeiro resultado negativo desde agosto de 2017 (quando também recuou 0,1%), o que confirma a leitura de perda de ritmo e maior fraqueza da economia brasileira.
Após esboçar uma recuperação no começo do ano passado, o setor voltou a entrar em uma trajetória descendente em julho de 2018 e, desde então, vem mostrando perda de dinamismo.
Com o resultado de março, o patamar de produção da indústria brasileira ainda segue 17,6% abaixo de seu ponto mais alto, alcançado maio de 2011.
"É como se a gente estivesse em janeiro de 2009”, resumiu o gerente da pesquisa, André Macedo. "Podemos dizer que estamos longe de pensar em qualquer trajetória de recuperação, que dirá de uma recuperação consistente”.
Queda de 0,7% no 1º trimestre
Na análise trimestral, a produção industrial registrou queda de 0,7%, na comparação com o 4º trimestre de 2018. Já na comparação com os 3 primeiros meses do ano passado, o recuo foi de 2,2%.
“Este é o resultado negativo mais intenso desde o 4º trimestre de 2016, quando havia recuado 3,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior”, destacou o gerente da pesquisa. “Desde o 4º de 2017, quando a indústria crescia 5%, o setor vem numa trajetória de redução de ritmo”, acrescentou.
Questionado sobre as razões para a piora da produção industrial no país, o gerente da pesquisa apontou para a conjuntura econômica do país, com o mercado de trabalho afetando o consumo das famílias, o que influencia nas decisões de investimento por parte dos empresários. “Há outros fatores que também impactam nessa produção, como a redução de exportações importantes”, acrescentou.
16 dos 26 ramos pesquisados recuam em março
Para melhor visulaizar clique na imagem
Em relação à queda de 1,3% na comparação com fevereiro, Macedo apontou que, além da conjuntura econômica, houve impacto negativo na indústria de alimentos, atividade com maior impacto no mês, em decorrência de condições climáticas desfavoráveis.
Segundo o IBGE, houve queda em 16 das 26 atividades econômicas pesquisadas, com destaque para produtos alimentícios (-4,9%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,7%), indústrias extrativas (-1,7%) e outros produtos químicos (-3,3%).
"Esse perfil disseminado de taxas em queda dá exatamente a ideia de redução de ritmo da produção”, enfatizou Macedo.
Entre as grandes categorias econômicas, a única alta foi no setor produtor de bens de capital (0,4%), que registrou o segundo avanço mensal consecutivo. O pior desempenho foi do setor de bens intermediários (-1,5%), seguido por bens de consumo duráveis (-1,3%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-1,1%).
No ano, as quatro grandes categorias econômicas e 21 dos 26 ramos acumulam queda na produção. Entre as atividades, a que exerce no ano a maior pressão negativa é a das indústrias extrativas, com queda acumulada de 7,5%, por consequência principalmente dos impactos do rompimento da barragem de Brumadinho na operação da Vale.
Já os maiores recuos foram na produção de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-13,0%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10,6%).
Para melhor visualizar clique na imagem
Economia mostra fraqueza nos primeiros meses do ano
Os primeiros meses do ano têm sido marcados por uma perda de força da recuperação econômica em meio a uma frustração de expectativas de empresários e percepção de que a tramitação da reforma da Previdência deverá levar mais tempo do que o inicialmente esperado.
Uma série de indicadores têm mostrado uma perda de ritmo da economia e uma maior fraqueza da atividade econômica e do mercado de trabalho.
Na véspera, pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou queda tanto da atividade como do faturamento do setor em março.
Desemprego sobe para 12,7% em março e atinge 13,4 milhões de brasileiros
As estimativas para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019 também vem sendo reduzidas e parte dos analistas avalia que, no primeiro trimestre, a economia brasileira deve ter ficado estável ou pode até mesmo ter recuado levemente na comparação com últimos três meses de 2018.
De acordo com a última pesquisa Focus do Banco Central, a expectativa dos economistas para a alta do PIB neste ano foi reduzida de uma expansão de 1,71% para 1,70%. Foi a nona queda consecutiva do indicador.
| G1 | | | | Resultado ficou bem abaixo da projeção de analistas ouvidos pela Bloomberg, que esperavam queda de 0,6%
A produção industrial brasileira caiu 1,3% em março, fechando o primeiro trimestre em queda de 2,2%, informou nesta sexta (3) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparação com março de 2019, a queda foi de 6,1%.
O resultado ficou bem abaixo da projeção de analistas ouvidos pela Bloomberg, que esperavam queda de 0,6% com relação ao mês anterior e de 4,7% na comparação com março de 2018.
De acordo com o IBGE, os maiores impactos negativos vieram das indústrias de produtos alimentícios, que teve queda de 4,9%, veículos automotores (-3,2%) e derivados de petróleo e biocombustíveis (-2,7%).
Dos 26 grupos analisados pelo instituto, 16 recuaram em março. Entre os que apresentaram resultado positivo, o destaque foi o setor de produtos farmacêuticos, com alta de 4,6%.
A indústria extrativa permanece sentindo os efeitos da tragédia em Brumadinho (MG), que contabiliza até o momento 233 mortos e 37 desaparecidos, e teve queda de 1,7% no mês.
O rompimento da barragem Córrego do Fundão levou autoridades a decretarem a suspensão de operações em diversas barragens em Minas Gerais, com impacto sobre a produção nacional de minério de ferro.
Dados compilados pela consultoria IHS Markit mostram que a situação não melhorou em abril. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), calculado pela consultoria, teve no mês o resultado mais fraco em seis meses.
| Folha de S. Paulo | | | | O governo federal vai mapear os gargalos e debater políticas públicas que possam contribuir com a geração de emprego e renda nos municípios.
Essa é a proposta do programa Mobilização pelo Emprego e Produtividade para Todos, lançado hoje (3), em Belo Horizonte, pela Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, em parceria com os governos estaduais e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Além do lançamento do programa, 300 empresários participam da plenária durante a manhã de hoje, quando também será lançado o webaplicativo Mobiliza Brasil, que vai levantar os gargalos com base em temas e subtemas.
A ferramenta permitirá aos empresários indicar os principais obstáculos, que serão ranqueados de forma inteligente para construção, direcionamento e apresentação das políticas públicas necessárias à solução das questões no país.
| Agência Brasil | | | | Setor não quer esperar Previdência; alterar impostos esbarra em estados
Com a reforma da Previdência já pautada no Congresso, a indústria se articula para garantir a tramitação ainda neste ano de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que altere o sistema tributário brasileiro.
Entre empresários, a leitura é que novas regras para as aposentadorias devem ajudar a macroeconomia do país no longo prazo e, no médio, atrair investimentos, mas é a reforma nos impostos que pode reduzir o chamado "custo Brasil" das companhias.
"A reforma da Previdência é a mais importante para o país. Mas a tributária é a principal para o setor produtivo. É imprescindível", diz José Velloso, presidente-executivo da Abimaq (associação da indústria de máquinas).
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou a uma plateia de diretores e associados da Fiesp (federação das indústrias de SP) que não precisa esperar a conclusão da PEC da Previdência na Casa para pautar a reforma tributária.
A questão dos impostos foi a mais endereçada a Maia pelos participantes do encontro.
"Encerrando o ciclo de debates da Previdência na comissão especial, a gente passa a ter condição de discutir a tributária", disse Maia.
Paulo Skaf, presidente da Fiesp e filiado ao MDB, reforçou que a Previdência deve ter prioridade, mas disse que a sinalização de Maia foi boa.
"Se pudéssemos aprovar amanhã as duas, seria o ideal. Desde que uma coisa não atrapalhe a outra, é possível caminhar de forma paralela, com prioridade para a Previdência, mas em seguida colocando a tributária", afirmou.
A comissão especial da PEC da Previdência foi instalada em 25 de abril e tem até 40 sessões para analisar o projeto. Maia já disse que a tramitação nesta fase pode durar de 60 a 70 dias.
"Temos uma ansiedade grande de encontrar melhorias no ambiente tributário. Não temos por que ficar esperando uma reforma tramitar para começar outra. Acho normal que o Parlamento discuta mais de um tema", disse Humberto Barbato, presidente da Abinee (associação da indústria elétrica e eletrônica).
Para a indústria, o maior peso vem do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), cobrado pelos estados por meio de 27 legislações e alíquotas diferentes.
"A reforma da Previdência é estruturante. Mas a verdade é que, na hora de emitir nota, ela não vai me influenciar", afirma Renato Jardim, superintendente de políticas industriais do Sinditêxtil-SP.
Se tudo correr bem na política, diz ele, há chance de a reforma tributária estar avançada ou até aprovada no fim deste ano.
Baleia Rossi (SP), líder do MDB na Câmara, protocolou no início de abril uma PEC para alterar o sistema tributário, antes mesmo que o governo apresentasse a sua proposta.
A base para o texto de Rossi é do CCiF (Centro de Cidadania Fiscal) e encabeçada pelo economista Bernard Appy.
A ideia central é substituir, em dez anos, cinco tributos que incidem sobre o consumo (ICMS, PIS/Cofins, ISS e IPI) por um imposto único com alíquota estimada de 20%.
Mexer no sistema atual esbarra em governadores e prefeitos, que temem perda de receita, além do setor de serviços, que, em geral, paga menos imposto que a indústria.
Maia admitiu a empresários que uma reforma profunda exige "reorganizar o poder de estados e municípios na legislação tributária".
"A reforma da Previdência unifica a Federação, mas não unifica a sociedade. Já a tributária unifica a sociedade, mas não a Federação", disse.
Appy argumenta que, além da transição de dez anos para empresas, haveria uma transição de 50 anos para a distribuição da receita entre estados e municípios. "O efeito de mudança sobre as finanças é muito diluído no tempo", diz.
Para Velloso, da Abimaq, o projeto tributário deve caminhar com uma proposta de novo pacto federativo. "Estados querem menos obrigações e mais receitas. Por isso digo que a reforma tributária é muito complexa e mais difícil do que a da Previdência."
À Folha o secretário da Receita, Marcos Cintra, disse que o governo quer substituir a contribuição previdenciária da folha de pagamentos por um tributo sobre todas as transações financeiras.
A CP (Contribuição Previdenciária) teria uma alíquota de 0,9%, rateada entre as duas pontas da operação.
Cintra nega que seja disfarce para uma nova CPMF, que incidia sobre movimentações bancárias até 2007 e assombra empresários ainda hoje.
A indústria não rechaçou. "Não tenho preconceito. Tudo é uma questão de fazer conta", disse João Carlos Basílio, presidente-executivo da Abihpec (associação da indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos). "Não deixa de ser uma CPMF disfarçada", disse.
Já o setor de serviços vê na desoneração da folha uma compensação para o aumento tributário gerado pela alíquota unificada. "Poderia ficar cerca de 28% mais barato contratar", diz João Diniz, presidente da Cebrasse (central do setor).
| Folha de S. Paulo | | | | Dedeco participa de almoço com funcionários e investidores do Credit Suisse para falar sobre interesses da categoria
O caminhoneiro Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, pegou um avião de Curitiba (PR) para São Paulo para participar de um almoço com analistas e investidores do banco suíço Credit Suisse.
Ele diz que aceitou o convite para ir “lá defender o interesse dos caminhoneiros autônomos”.
Alves estava na última reunião entre a categoria e o governo Jair Bolsonaro (PSL), que evitou uma nova paralisação no dia 29 de abril. O almoço foi nesta quinta-feira (2).
A paralisação foi um dos temas abordados durante o almoço. “Se estavam preocupados com uma nova greve, agora eu deixei eles com mais medo ainda”, afirmou.
Para o motorista, o governo corre o risco de uma enfrentar uma nova paralisação enquanto a tabela do frete não estiver sendo cumprida e fiscalizada.
Na quarta-feira (2), a ANTT publicou uma nova decisão liberando de multa os caminhoneiros que transportarem ou denunciarem empresas que não cumprem o piso.
Na reunião com a categoria, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, também afirmou que aumentará a fiscalização nas estradas.
Na terça, ele chegou a enviar para os líderes de caminhoneiros vídeos gravados pelos fiscais da ANTT mostrando que estavam nos postos de fiscalização.
Segundo Alves, o Credit Suisse quer entender a situação do caminhoneiro e saber como a categoria pensa a respeito do preço do diesel, do piso mínimo do frete e das recentes ações do governo Bolsonaro para o setor.
No almoço, estavam quatro analistas do banco e quatro clientes da área de investimento. O encontro aconteceu em um bairro nobre de São Paulo.
A principal preocupação de Alves foi falar sobre o impacto das grandes transportadoras, que têm frotas próprias, na demanda de serviço dos motoristas autônomos. Segundo ele, essas companhias têm “passado por cima deles e sufocado o mercado”.
“Depois de três ou quatro anos, elas vão querer trocar a frota, mas não vão conseguir vender. Porque só autônomo compra caminhão usado no Brasil”, afirma.
Para ele, sem conseguir trabalho, os motoristas não terão dinheiro para trocar de caminhões, normalmente, revendidos pelas transportadoras. E, assim, de acordo com a lógica do caminhoneiro, essas companhias começarão a prejudicar o seu próprio lucro.
A intenção do motorista é que os investidores pressionem as empresas nas quais investem para que elas trabalhem em parceria com os caminhoneiros.
“Eu não investiria em uma transportadora que não tenha 30% ou 40% de autônomos parceiros ou agregados”, disse Alves.
Segundo a Folha apurou, reuniões entre analistas e representantes de entidades e categorias fazem parte da rotina do banco para afinar a projeção de cenários.
Alguns são eventos de porte para um grande número de investidores; outros, encontros reservados, como o que ocorreu com o representante dos caminhoneiros.
O banco não quis se manifestar. Segundo Alves, as despesas da viagem foram custeadas por ele.
| Folha de S. Paulo | | | | Programas da companhia são usados na administração de empresas. Pesquisa mostra que 90% dos sistemas da SAP não foram protegidos corretamente.
Cerca de 50 mil empresas que executam o software SAP estão sob maior risco de serem hackeadas depois que pesquisadores de segurança descobriram novas maneiras de explorar vulnerabilidades de sistemas que não foram devidamente protegidas e publicaram online as ferramentas para fazê-lo.
A gigante de software alemã SAP divulgou orientações sobre como configurar corretamente os ajustes de segurança em 2009 e 2013. Mas dados compilados pela empresa de segurança Onapsis mostram que 90% dos sistemas SAP afetados não foram protegidos adequadamente.
"Basicamente, uma empresa pode ser paralisada em questão de segundos" ,disse o presidente-executivo da Onapsis, Mariano Nunez, cuja empresa é especializada em segurança de aplicações de negócios, como os feitos pela SAP e a rival Oracle.
"Com essas explorações, um hacker poderia roubar qualquer coisa que estivesse nos sistemas SAP de uma empresa e também modificar qualquer informação lá - para que ele possa executar fraudes financeiras, retirar dinheiro ou simplesmente sabotar e interromper os sistemas."
O software SAP é usado por mais de 90% das 2 mil maiores empresas do mundo para gerenciar tudo, desde a folha de pagamento dos funcionários até a distribuição de produtos e processos industriais.
Especialistas em segurança dizem que ataques a esses sistemas podem ser extremamente prejudiciais, tanto para as organizações vitimadas quanto para a cadeia de suprimentos mais ampla.
Os clientes da SAP distribuem coletivamente 78% dos alimentos do mundo e 82% dos dispositivos médicos globais, diz a empresa em seu site.
A SAP disse que a segurança do cliente era uma prioridade e as vulnerabilidades mostraram a necessidade de os clientes implementarem as correções recomendadas quando forem liberadas. "A segurança é um processo colaborativo, por isso nossos clientes e parceiros precisam proteger seus sistemas também", afirmou em um comunicado.
| G1 | | | | O Ministério da Justiça e Segurança Pública editou portaria que retoma a tramitação de pedidos de registro sindical. Suspensa há dez meses, a análise desses processos era, até o ano passado, uma atribuição do Ministério do Trabalho, que foi extinto por medida provisória no primeiro dia do governo de Jair Bolsonaro. Mais de 3,4 mil pedidos aguardam avaliação.
A portaria está publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) da quarta-feira, 1º de maio, e dispõe sobre os procedimentos administrativos para o registro de entidades sindicais, agora sob a gestão do Ministério da Justiça, comandado por Sergio Moro. As regras aplicam-se a todos os processos, tanto aos que estão em curso quanto aos que se iniciarem a partir da publicação da portaria.
Novas autorizações estavam vetadas desde julho passado, depois da terceira fase da Operação Registro Espúrio, que investigou fraudes e desvios na aprovação desses documentos no Ministério do Trabalho.
Para liderar o reordenamento do sistema de concessão de registros sindicais, o ministro Sergio Moro nomeou o delegado da Polícia Federal Alexandre Patury. Segundo a pasta, as principais diretrizes são dar transparência e respeitar a ordem cronológica de análise dos pedidos, obrigação legal que vinha sendo descumprida.
“Para a solicitação de registro sindical – SC, fusão e incorporação de entidades sindicais, e alteração estatutária – SA, a entidade sindical deverá acessar o Sistema do Cadastro Nacional de Entidades Sindicais – CNES, disponível no endereço eletrônico www.justica.gov.br, e seguir as instruções ali constantes para a emissão do requerimento de registro, exigindo-se para isso o certificado digital”, estabelece a portaria.
Dentre as disposições, os procedimentos administrativos previstos na norma observarão as seguintes diretrizes: simplificação do atendimento prestado às entidades sindicais; presunção de boa-fé; transparência; racionalização de métodos e procedimentos de controle; eliminação de formalidades e exigências cujo custo econômico ou social seja superior ao risco envolvido; e aplicação de soluções tecnológicas que visem a simplificar processos e procedimentos de atendimento aos usuários dos serviços públicos e a propiciar melhores condições para o compartilhamento das informações.
| Tribuna PR (publicado em 02-05-2019) | | | | Em vigor desde 2017, a reforma trabalhista (Lei 13.467, de 2017) mudou as regras relativas a remuneração, plano de carreira e jornada de trabalho, entre outras. A norma foi aprovada para flexibilizar o mercado de trabalho e simplificar as relações entre trabalhadores e empregadores.
Os favoráveis à mudança argumentavam que ela seria a esperança de gerar mais empregos. Porém, passado um ano e meio, as expectativas não se confirmaram, de acordo com o consultor legislativo do Senado Eduardo Modena. Segundo ele, a reforma trabalhista, sozinha, não teria a capacidade de melhorar o mercado de trabalho, já que isso deveria estar associado a outros aspectos da economia, que, desde 2014, atravessa um período de baixo crescimento.
* Os acordos coletivos passaram a prevalecer sobre a legislação. Com isso, o que for acertado entre empregado e empregador não é vetado pela lei, respeitados os direitos essenciais como férias e 13º salário.
* O pagamento da contribuição sindical, equivalente a um dia de trabalho, deixou de ser obrigatório.
* A jornada de trabalho, antes limitada a 8 horas diárias e 44 horas semanais, pode ser agora pactuada em 12 horas de trabalho e 36 horas de descanso, respeitadas as 220 horas mensais.
* As férias, de 30 dias corridos por ano, agora podem ser parceladas em até três vezes.
* Possibilidade do trabalho intermitente, com direito a férias, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), contribuição previdenciária e 13º salários proporcionais. O salário não pode ser inferior ao mínimo, nem aos vencimentos de profissionais na mesma função na empresa.
* Grávidas e lactantes só poderão trabalhar em locais com insalubridade de grau médio ou mínimo. Mesmo assim, se for por vontade própria e desde que apresentem um laudo médico com a autorização.
| Senado Notícias (publicado em 02-05-2019) | | | | Partido diverge de texto quanto a benefício pago a idosos carentes e aposentadoria rural e de professores
Sexta maior bancada da Câmara, o MDB anunciou, nesta quinta-feira (2), ser contrário a três pontos da proposta de reforma da Previdência do presidente Jair Bolsonaro.
O partido é contra a proposta de mudança no BPC (benefício pago a idosos carentes), na aposentadoria rural e nos critérios para aposentadorias de professores.
Sigla do ex-presidente Michel Temer, que falhou ao tentar aprovar uma reforma da Previdência, o MDB é a favor de ajustes na Previdência Social e redução dos gastos com aposentadorias e pensões, além de defender a criação de uma idade mínima para aposentadoria.
No entanto, a legenda quer discutir as propostas de Bolsonaro para mudar a fórmula da pensão por morte e os critérios de aposentadorias especiais, como de policiais.
O MDB também questiona a parte da reforma que altera as alíquotas de contribuição à Previdência, que criaria taxas diferentes a depender da renda do trabalhador ou servidor público.
Outro item criticado pelo partido é a ideia de restringir o acesso ao abono salarial, benefício pago a trabalhadores de baixa renda.
A proposta de trocar o atual regime previdenciário pelo sistema de capitalização, no qual cada trabalhador faz a própria poupança, será debatida pela bancada durante a tramitação da reforma da Câmara.
“É um documento que servirá como o começo de uma discussão, servindo de orientação às bancadas da Câmara e do Senado Federal”, disse o presidente do partido, Romero Jucá.
O MDB e mais 12 partidos já tinham se posicionado contra a proposta para o BPC e para a aposentadoria rural.
Agora, o partido se une a outras bancadas, como a do PR, que querem derrubar as mudanças sugeridas por Bolsonaro para os critérios da aposentadoria de professores.
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma da Previdência prevê uma economia de R$ 1,2 trilhão nos gastos públicos em dez anos.
Sem os trechos para alterar regras do BPC, aposentadoria rural e de professores, essa estimativa seria reduzida em R$ 122,6 bilhões.
| Folha de S. Paulo (publicado em 02-05-2019) | | | | O líder do PP na Câmara, deputado Arthur Lira (AL), acredita na aprovação da reforma da Previdência, porém ressaltou que a proposta precisa ser amplamente debatida e que não é possível determinar agora a intensidade e o prazo para sua aprovação pelo Congresso. “O problema é de que tamanho, com que prazo. Não haverá votos se continuarmos com essa especulação de prazos. Quanto mais se discutir e buscar por uma reforma minimamente consensuada, maior a chance de ter os 308 votos necessários”, afirmou Lira, em entrevista à Rádio Eldorado.
O parlamentar alagoano explicou que, neste momento, o número de parlamentares que votariam pela reforma da Previdência não é suficiente para aprovar a medida no plenário da Câmara. “Hoje, não temos os 308 votos para aprovar a reforma, isso é fato”, disse. “Não adianta levar a pauta na marra ao plenário de 513 deputados que ninguém controla. Falar em rapidez quando não se tem voto é arriscado”, insistiu.
“É melhor modular e fazer enxugamentos pontuais”, continuou, prevendo a ocorrência de alterações no texto original. “O governo não tem mais a capacidade política de dizer ‘não aceito que mude mais nada na reforma'”, comentou o deputado, que disse nunca acreditar na economia de R$ 1 trilhão ou mais em dez anos. “Talvez algo em torno de R$ 600 bilhões já seria positivo, e aí pode se fazer outra reforma lá na frente, quando necessário”, afirmou Lira.
O deputado refutou, entretanto, que uma desidratação da reforma seja estratégia do “Centrão” para enfraquecer Bolsonaro e sua eventual candidatura à reeleição em 2022. “Não existe Centrão, isso é uma denominação da imprensa para aglutinar os partidos que não estão na base do governo”, disse.
“Paulinho da Força errou ao sugerir desidratar a reforma como estratégia para enfraquecer Bolsonaro. O tempo das mídias sociais é muito mais rápido que o tempo da política real e ele já reconheceu que errou”, afirmou. I deputado Paulinho (Solidariedade-SP) deu declaração neste sentido na quarta-feira, dia 1º.
“O atual governo decidiu governar sem uma coalizão e isso trouxe benefícios, diminuindo concessões de parte a parte. As indicações de cargos não são mais aos partidos, mas ainda seguem políticas”, finalizou Lira.R
| Tribuna PR | | | | O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro cresceu 1,7% em abril, na comparação anual, acelerando após a alta anual de 1,4% registrada em março. O resultado superou a previsão de avanço de 1,6% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, embora tenha continuado abaixo da meta de quase 2% do Banco Central Europeu (BCE).
O núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 1,2% em abril, na comparação anual, depois de avançar 0,8% em março. O resultado de abril é o mais alto desde outubro de 2018 para o núcleo da inflação ao consumidor na zona do euro.
Embora o avanço possa ser bem-vindo pelo BCE após vários meses de leituras fracas, ele pode se dever a fatores temporários. O feriado da Páscoa, quando há uma alta nos gastos dos consumidores, caiu em abril neste ano, mas a maior parte dele foi em março em 2018. Isso significa que a inflação de abril pode ter sido exagerada, com os preços de serviços como restaurantes e hotéis em particular recebendo um impulso transitório.
| Tribuna PR | | | | O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), desacelerou em quatro das sete capitais pesquisadas na última quadrissemana de março na comparação com a leitura anterior. No fechamento do mês, o IPC-S apresentou alta de 0,63%, após expansão de 0,69% na terceira quadrissemana de março.
Conforme a FGV, os decréscimos registrados nas taxas do IPC-S em relação à quadrissemana anterior foram os seguintes nos seguintes locais: Recife (de 0,66% a 0,64%), Rio de Janeiro (de 0,73% para 0,57%), Porto Alegre (de 1,10% para 0,89%) e São Paulo (de 0,50% para 0,42%). Já os acréscimos foram registrados em Salvador (de 1,01% para 1,08%), Brasília (de 060% para 0,70%) e Belo Horizonte (de 0,12% para 0,26%).
| Tribuna PR | | | | Segundo governador, também haverá um programa de biogás com a Sabesp na cidade
A Scania será a segunda companhia a ingressar no IncentivAuto, o novo programa de incentivo fiscal do governo de São Paulo para a indústria automotiva.
O anúncio do investimento na fábrica da Scania em São Bernardo do Campo será feito no dia 21 de maio, segundo informou o governador João Doria nesta quinta-feira (2). Ele afirma também que, em breve, deve anunciar um programa na área de biogás em conjunto com a Sabesp.
A General Motors foi a primeira companhia do setor a integrar o IncentivAuto, com um investimento de R$ 10 bilhões divulgado em março para as fábricas de São José dos Campos (interior de São Paulo) e de São Caetano do Sul (Grande SP).
O IncentivAuto concede desconto de até 25% no ICMS para montadoras que investirem no mínimo R$ 1 bilhão e gerarem 400 empregos. O governador ainda não revelou o tamanho do investimento da Scania.
Doria e o secretário da Fazenda, Henrique Meirelles, receberam o presidente da Scania, Christopher Podgorski, no Palácio dos Bandeirantes nesta quinta. O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, também participou do encontro.
A indústria em São Bernardo do Campo está no radar do governo paulista desde que a Ford anunciou, em fevereiro, o fechamento de sua fábrica de caminhões e Ford Fiesta no município.
Meirelles ficou responsável pelos esforços do governo em ajudar a encontrar um comprador para a fábrica da montadora.
| Folha de S. Paulo (publicado em 02-05-2019) | | | | O economista Luiz Carlos Moraes, diretor de comunicação e relações institucionais da Mercedes-Benz, assumiu mês passado a presidência da Anfavea, a associação nacional das montadoras. O executivo tomou posse no momento em que a indústria automotiva brasileira passa por lenta recuperação, com grande capacidade ociosa nas fábricas e exportações em baixa.
Moraes aposta na reforma da Previdência para resolver o déficit fiscal e garantir a vinda de novos investimentos ao país. Ele também revela, em entrevista concedida a UOL Carros, que a Anfavea mantém conversas com o governo federal para ajudar a formatar a reforma tributária -- que poderá ser aprovada já neste ano, acredita.
"Nós vamos opinar e sugerir para que o setor não fique tão dependente de um sistema tributário caótico", avalia Moraes. Ele defende que o primeiro passo seja simplificar o que considera complexo demais e oneroso, para em seguida efetivamente reduzir a carga de impostos sobre os veículos fabricados aqui.
Essa seria uma das medidas cruciais para combater o que chama de "custo Brasil" e aumentar a competitividade frente a países como o México, que recentemente ganhou direito de exportar para cá sem limites por cotas, além de estar isento de tributação.
Custo Brasil x México
No próximo dia 7, inclusive, a Anfavea irá apresentar um estudo encomendado à consultoria PwC para comparar o custo de produção de um veículo no Brasil com modelo semelhante ou idêntico no México.
O executivo já nos adiantou uma das conclusões: fazer carro aqui é pouco menos de 20% mais caro que no país norte-americano, que tem acordo comercial com quase 50 países, contra 13 do Brasil -- e cujo maior parceiro automotivo são os poderosos Estados Unidos. Esse percentual não inclui impostos e outros custos.
Luiz Carlos Moraes também cita outros entraves à competitividade, como a retenção de créditos de ICMS de parte dos governos estaduais e a necessidade de buscar novos mercados para exportações, rompendo com a dependência da Argentina -- hoje nossa principal parceira comercial no setor automotivo. A grave crise econômica no país vizinho derrubou as vendas externas de veículos brasileiros, após recorde histórico registrado em 2017.
"O Brasil já está discutindo com Canadá, Coreia do Sul, Europa, África e Oriente Médio", afirma, salientando que as vendas externas tornam o país menos sujeito a "volatilidades" do mercado interno.
Mesmo cortando impostos, salienta, os preços ao consumidor final só cairão com aumento na produção. A base fabril de veículos hoje tem ociosidade de 40%, contra capacidade instalada de até 5 milhões de unidades/ano.
"O que vai trazer mais benefícios ao consumidor em termos de competitividade é o volume. Quanto maior for o volume, mais condições você tem de transferir o ganho de escala ao preço".
Confira a íntegra da entrevista, concedida à reportagem durante a 26ª edição da Agrishow, em Ribeirão Preto, que vai até esta sexta-feira (3) na cidade do interior paulista.
UOL Carros - Como você avalia a situação da indústria automobilística no Brasil no momento atual, em que você assume a Anfavea?
Luiz Carlos Moraes - Nos últimos anos, o Brasil passou por um momento muito difícil, o PIB caiu quase 7% e isso afetou diretamente a indústria automobilística. A taxa de juros subiu, a inflação subiu. A confiança do consumidor e a confiança do investidor caíram sensivelmente. A partir de 2017, nós estamos vendo uma pequena recuperação. Ainda não temos os 3,8 milhões de carros que vendemos em 2012, mas começamos a falar de crescimento.
Aparentemente, vamos ter crescimento constante. Dependendo ainda de alguns elementos importantes: as reformas que também defendemos, dentre elas a da Previdência, um tema difícil. Mas entendemos que, resolvendo o problema do déficit fiscal, que afeta o futuro do país, novos investimentos virão para o Brasil.
Com uma boa comunicação, com uma boa explicação para a sociedade e para quem vai votar, a gente acha que terá um impacto muito importante para o país, e a indústria vem na carona.
UOL Carros - Nesse cenário, é factível a projeção da Anfavea feita no início do ano de alta de cerca de 12% nos licenciamentos de automóveis em 2019?
Luiz Carlos Moraes - Ainda é muito cedo para falar, mas sinalização é de crescimento nessa ordem de grandeza. Mais para o segundo semestre, se aprovar a reforma da Previdência, a gente pode ter uma reavaliação. Mas hoje a gente acha que é um número razoável. Lógico que é diferente por segmento: caminhões vão ter um crescimento maior, ônibus também, e carros, na média, devem subir cerca de 12%.
UOL Carros - E a reforma tributária?
Luiz Carlos Moraes - Na sequência, também queremos defender a reforma tributária. Achamos que hoje o sistema tributário, que foi construído nos últimos 50 anos, inibe de certa forma o crescimento do país. Isso vale para todos os setores, inclusive pessoa física. É muito complexo, muito burocrático, a carga tributária é muito alta. Tudo está errado na questão tributária. Além de apoiar as reformas da Previdência e tributária, mais do que isso a Anfavea quer sentar e colaborar com sugestões. Começando pela simplificação, paulatinamente. Esses são os principais desafios e nós queremos participar.
UOL Carros - Vamos falar de competitividade. Sabemos que a Anfavea encomendou um estudo à consultoria PwC Brasil em relação ao custo de manufatura de veículos no Brasil na comparação com o México, país com o qual temos acordo de livre comércio. O Brasil tem condições de ser competitivo frente ao México, que pode exportar veículos leves sem tarifas nem cotas para cá e já está acostumado a abastecer um mercado como o norte-americano?
Luiz Carlos Moraes - O que a Anfavea fez nesse estudo foi o seguinte: pegamos cinco empresas que produzem veículos no Brasil e fazem os mesmos modelos ou muito similares no México e entregamos os dados para a PwC, que os consolidou. Esse estudo, muito bem estruturado, que nós vamos apresentar na próxima semana, compara quanto custa produzir um veículo no Brasil e o mesmo veículo no México.
Como você mencionou, o México tem um parceiro comercial, os Estados Unidos, com volume de 17 milhões de carros por ano, e com certeza é o maior fornecedor para esse mercado. Além disso, tem cerca de 50 acordos comerciais com outros países e isso dá aos mexicanos muita oportunidade de compras mais atrativas e mais baratas. Nós temos 13, como Argentina, Paraguai e Colômbia, enquanto o México exporta para Europa e Estados Unidos. Eles têm fontes de fornecimento muito mais atrativas economicamente do que nós e mais escala. As condições de competitividade e negociação são muito diferenciadas.
No estudo, também analisamos custos tributários, mão de obra incluindo encargos sociais, logística e burocracia. Um exemplo: no Brasil, para você importar airbag precisa ter autorização de um órgão do governo, paga taxa. Então, você não tem só o custo da logística tradicional, que é liberar no porto, tem outras burocracias. É taxa aqui, taxa lá. Além do imposto de importação, você soma outros custos, fora o tempo, risco de parada de produção. A diferença no custo de produção é de quase 20% comparando com o México. Sem contar os impostos, o que vamos detalhar no próximo dia 7.
Hoje, para calcularem e pagarem imposto as empresas gastam uma energia muito grande que, no final do dia, significa recursos. Como temos um sistema tributário muito complexo e muitos impostos, diretos e indiretos, você tem uma estrutura enorme nas empresas para isso, incluindo profissionais e TI para calcular. É um investimento enorme em TI. E, ainda, você sempre tem questões interpretativas, como o ICMS, cada Estado tem seu regulamento.
A gente acha que esse dinheiro poderia ser mais bem gasto, em termos de pesquisa e desenvolvimento e nas novas tecnologias que nós temos pela frente.
UOL Carros - A redução nos impostos e na burocracia, por exemplo, tornaria os veículos mais acessíveis ao consumidor final?
Luiz Carlos Moraes - Acho que tecnologia vem por conta de segurança, mais conforto e mais conectividade. O que vai trazer mais benefícios ao consumidor em termos de competitividade acho que é o volume. Quanto maior for o volume, mais condições você tem de transferir o ganho de escala ao preço. Esse é um custo que nós brasileiros estamos pagando. Essa ineficiência tributária todos os setores têm.
UOL Carros - Com a concorrência de outros países, incluindo o livre comércio com o México, você vê risco de retirada de investimentos na indústria automotiva brasileira, de desaceleração na produção local?
Luiz Carlos Moraes - Nós, como Anfavea, queremos jogar o campeonato regional e a Champions League. Nós entendemos que, com os investimentos que temos aqui, precisamos ter mais volume sim, para uma indústria do nosso porte.
UOL Carros - Qual patamar de volume de produção seria necessário para a indústria automobilística local ser autossustentável?
Luiz Carlos Moraes - Nós já chegamos a 3,8 milhões e temos uma capacidade de mais de 5 milhões. Então a gente tem de buscar cobrir essa ociosidade, que é importante.
UOL Carros - Para ocupar essa ociosidade, a própria Anfavea já disse que o papel das exportações é essencial.
Luiz Carlos Moraes - Eu acredito particularmente que uma indústria do nosso porte precisa ter um mix entre mercado interno e exportação mais saudável. Tem empresas que acham que ter pelo menos algo entre 30% e 40% da sua produção destinada ao mercado de exportação é um número razoável. Tem gente que pode ter até mais. Porque se acontece uma volatilidade no mercado interno, isso faz parte, você tem outros mercados para compensar. Se a Argentina não está bem, você tem como compensar.
Então esse equilíbrio ajuda a indústria a ter uma produção menos sujeita às volatilidades. Você usa a variação de outros mercados para compensar. Esse é o objetivo.
UOL Carros - Como atingir esse objetivo?
Luiz Carlos Moraes - Não é só exportação de veículos. Nós podemos exportar também componentes, motores e agregados. Algumas montadoras já estão fazendo. Você pode também participar do planejamento global das montadoras. Às vezes você não vai produzir todos os modelos no Brasil, vai se especializar em um nicho ou um componente e exportar para outras fábricas.
Esse dinamismo da indústria automobilística é interessante. Você ter uma visão de plataforma global. Quanto mais produtos específicos você fizer, só para o Brasil, menos chances você tem de participar desse jogo global. É por isso que muitas estão procurando plataformas globais, justamente para você ter essa facilidade.
Nós temos praticamente todas as grandes montadoras de automóveis instaladas no Brasil, competimos entre nós aqui e é uma competição interessante. Toda a semana você tem feirão, taxas diferenciadas de financiamento. Então nós sabemos competir. O problema é que a gente compete aqui e na Argentina, que é um pequeno mercado, mas muito importante para nós. Queremos sair da "caixinha".
UOL Carros - No ano passado, a importante queda nas exportações, após recorde histórico em 2017, esteve diretamente ligada à crise econômica na Argentina, principal parceiro automotivo do Brasil. Como fugir dessa dependência?
Luiz Carlos Moraes - Você só tem dois jeitos: atacar o "custo Brasil", para ser competitivo, e fazer acordos bilaterais. Acertamos com a Colômbia, o Brasil já está discutindo com o Canadá, Coreia do Sul, comunidade europeia, África, Oriente Médio. Você tem que ter acordo comercial para facilitar.
UOL Carros - Por falar em exportações, como está a questão da retenção de créditos de ICMS? João Doria, o governador de São Paulo, anunciou recentemente que sua administração está trabalhando para acelerar a devolução desse dinheiro, que as montadoras pagam no processo de produção, mas não recuperam quando a venda é para outros mercados.
Luiz Carlos Moraes - Esse é outro exemplo de como o sistema tributário provoca essa falta de competitividade. Eu tenho uma indicação da Anfavea que acima de 30% de exportação você já começa a incorrer em saldo credor. O que é um caos.
Você está querendo exportar, gerar mais emprego, gerar mais negócio, cobrir essa ociosidade, porque o mercado interno ainda não está bom o suficiente. Aí você resolve um problema e cria outro, que é o saldo credor. Saldo credor é como você fazer seu imposto de renda, ter um valor a restituir e você não ter nenhuma noção de quando vai receber esse dinheiro de volta. Quando recebe, é sem correção. E continua pagando imposto.
Estimativa preliminar aponta que, dentre impostos federais e estaduais, a indústria tem cerca de R$ 13 bilhões para receber no Brasil. Somente em São Paulo, são aproximadamente R$ 7 bilhões. Como cidadão, reconheço que a situação fiscal dos estados está complicada, é uma coisa que os novos governadores herdaram, mas a gente tem de resolver. Vamos sentar, vamos conversar e negociar para tentar encontrar um mecanismo de recuperação o mais rápido possível desses créditos.
UOL Carros - Aqui em São Paulo a situação dos créditos de ICMS já avançou?
Luiz Carlos Moraes - Já estamos em conversas com o governo, mas tem de acontecer. Como você sabe, nós temos o Rota 2030, que definiu o volume de investimentos em eficiência energética, emissões e segurança. Nós temos um volume de investimentos para ser feito nos próximos dez, 15 anos enorme. E nós vamos fazer. O que nós não podemos é ter dinheiro parado e não remunerado e pedir dinheiro para a matriz. Não funciona assim.
Nossa função, como Anfavea, é provocar essa discussão e negociar com os estados e governo federal um sistema tributário que resolva. O que é possível resolver no curto prazo vamos resolver, mas nem tudo será resolvido este ano.
UOL Carros - Imagino que a reforma tributária esteja entre as coisas que não serão resolvidas este ano.
Luiz Carlos Moraes - Olha, a gente pode se surpreender. Passando a reforma da Previdência, o governo federal já tem proposta na mesa e nós já estamos participando, vendo as alternativas e propostas. Nós vamos opinar e sugerir para que o setor não fique tão dependente de um sistema tributário caótico. Primeiro começa pela simplificação e na sequência a redução na carga tributária, que é o objetivo do ministro Paulo Guedes (Economia). Entendemos que ele está na direção correta.
| UOL (publicado em 02-05-2019) | | | | Na comparação com o mesmo mês de 2018, a alta foi de 9,08%
As vendas de veículos novos no Brasil em abril subiram 11,1% ante março, para 305.524 carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, informou nesta quinta-feira (2) a associação de concessionários, Fenabrave.
Na comparação com abril do ano passado, as vendas subiram 9,08%, acumulando expansão de 12,2% nos primeiros quatro meses frente o mesmo período de 2018.
De acordo com o presidente da Febanbrave, Alarico Assumpção Júnior, o desempenho positivo em abril está relacionado aos dois dias úteis a mais do que em março.
"O mercado, como um todo, manteve o ritmo de recuperação. A média diária de vendas cresceu 0,5%, o que, para nós, reflete a expectativa de aprovação das reformas que estão em andamento", explicou em nota.
| Folha de S. Paulo | | | | O lucro da Fiat Chrysler caiu 39% no primeiro trimestre de 2019, para 619 milhões de euros, afetado por fatores como a reestruturação da companhia na Europa.
Se forem consideradas apenas as operações continuadas, a montadora ítalo-americana registrou lucro de 508 milhões de euros, 46,5% menor na comparação anual.
A receita recuou 5% na comparação com um ano antes, para 24,48 bilhões de euros. O número de veículos vendidos caiu 14% ao redor do mundo, considerando também os resultados de joint ventures.
Na América Latina, as entregas caíram 9%, puxadas pelo declínio no mercado argentino, que foi parcialmente compensado pelo aumento nas vendas no Brasil, informou a companhia.
Na América do Norte, a Fiat registrou queda de 14% nas vendas, enquanto, na Europa, houve queda de 12%.
Na região que engloba Austrália, China, Índia, Japão e Coreia do Sul, as entregas de veículos caíram 11%, se forem consideradas apenas as subsidiárias, e 30%, se também for levado em conta o resultado das joint ventures.
| Valor Econômico | | | | A Tesla definiu nesta sexta-feira que irá levantar até 2,7 bilhões de dólares em capital para a montadora elétrica, com os investidores comprando uma mistura de novas ações e títulos conversíveis, que irá o melhorar balanço negativo da empresa.A companhia informou em comunicado que elevou sua oferta para 3,1 milhões de ações, subindo para 3,5 milhões, incluindo uma parcela para os bancos organizadores, de 2,7 milhões inicialmente planejados, cotadas a 243 dólares por ação.
O documento também mostrou que colocaria uma dívida conversível no valor de 1,6 bilhão de dólares, acima dos 1,35 bilhão inicialmente planejados.Tudo isso apontava para um interesse flutuante na oferta e as ações da empresa subiram 1,5 por cento nas negociações antes do pregão.
O lançamento de um aumento de capital da Tesla foi recebido com alívio por Wall Street na quinta-feira, depois de um ano tumultuado que levou analistas e investidores a duvidarem de sua capacidade de produzir, vender e entregar carros suficientes para gerar lucros sustentáveis.
A empresa enfrenta desafios caros, incluindo o lançamento da produção na China, a revisão de suas operações de varejo e serviços nos EUA e o desenvolvimento de novos modelos, incluindo o modelo de alto volume SUV e um caminhão semi-comercial.Muitos analistas calcularam que, sem o novo caixa, a Tesla --que consumiu 1,5 bilhão de dólares no primeiro trimestre e viu a demanda de carros enfraquecer - não seria capaz de realizar seus planos.
O bilionário Musk, cuja fortuna gira em torno de 20 por cento de participação na empresa de 42 bilhões de dólares, também dobrou seu compromisso inicial de comprar ações e agora vai adquirir ações no valor de até 25 milhões de dólares, informou a companhia.
| DCI | | | |
Objetivos:
-
Analisar a legislação atualizada e acompanhar os procedimentos para preenchimento da Declaração Única de Exportação (DU-E), com foco nas principais soluções para problemas encontrados na implementação do sistema.
-
Analisar a legislação atualizada e acompanhar os procedimentos para preenchimento da Declaração Única de importação (Duimp), com foco nas principais mudanças em relação ao SISCOMEX IMPORTAÇÃO.
-
Analisar a legislação e as alterações na NBS 2.0 (Nomenclatura Brasileira de Serviços).
Público-alvo:
Todos os profissionais envolvidos com o processo de exportação de mercadorias brasileiras.
Programa:
Declaração Única de Exportação (DU-E)
1 - O novo processo de exportação, realizado por meio de Declaração Única de
Exportação (DU-E)
2 – O que é o módulo de tratamento administrativo (TA)
3 – O que é o módulo LPC
4 – Como será tratado as licenças e permissões para exportação
5 - O despacho de exportação (ACD)
6 – O que é o módulo de controle de carga e trânsito (CCT)
7 – Principais pergunta e respostas sobre a DU-E
Declaração Única de Importação (Duimp)
1 - O que é a Duimp?
2 – O que muda em relação a Declaração de importação (DI/DSI)
3 - Por que ela otimiza o processo de importação?
4 - O que muda com a implementação da Duimp?
5 - Qual é o objetivo das mudanças?
6 – O que muda nos controles governamentais com a Duimp?
NBS 2.0 (Nomenclatura Brasileira de Serviços)
1 – O que é NBS 2.0 (Nomenclatura Brasileira de Serviços)?
2 - O que é NEBS?
3 – A importância da NBS para o Comercio Exterior de Serviços
4 – Cuidados a serem tomados para classificar serviços na NBS
5- O que mudou na NBS 2.0 em relação a NBS 1.1
Parceria UHK Consultorias e Serviços
INVESTIMENTO:
R$ 125,00 - Empresas associadas a sindicatos da Fiep e estudantes
|
|
R$ 175,00 - Demais participantes
|
O curso acontecerá em Curitiba e também será transmitido por vídeo conferência para as unidades do Sistema FIEP das seguintes cidades:
-
Cascavel
-
Francisco Beltrão
-
Londrina
-
Maringá
-
Pato Branco
-
Ponta Grossa
INVESTIMENTO PARTICIPAÇÃO DEMAIS CIDADES:
R$ 95,00 - Empresas associadas a sindicatos da Fiep e estudantes
|
|
R$ 145,00 - Demais participantes
|
Local: Unidades do Sistema Fiep
** Para assistir à capacitação nas demais cidades do estado do Paraná, é necessário se deslocar até a unidade do sistema Fiep. Por gentileza informe a cidade de preferência no preenchimento do formulário de inscrição.
** Caso tenha interesse em participar da capacitação em alguma cidade do Paraná que não foi mencionada, por gentileza entrar em contato para que possamos verificar a possibilidade de transmissão.
Data: 22/05/19 (quarta-feira)
Local Curitiba: Campus da Indústria do Sistema Fiep – Av. Comendador Franco (Av. das Torres), nº 1341. Sala 10. Jardim Botânico - Curitiba, PR.
Horário: 09:00 às 13:00
Carga Horária: 4 horas
*Inscrições até 14/05/19
INFORMAÇÕES:
Camilla Rocha Baptista Bonnevialle
Caroline Pinheiro do Nascimento
Facilitador: UHK Consultorias e Serviços
** A FIEP se reserva o direito de adiar a data de início do curso; ou mesmo cancelá-lo, em caso de número insuficiente de inscritos para realizá-lo, com até 48 (quarenta e oito) horas de antecedência da data prevista para seu início.
Os alunos matriculados serão notificados e o prazo para devolução dos valores dependerá da forma de pagamento utilizada.
Mais informações:
Parceiro:
| FIEP | | | |
|
| | |
|
|