| 11 de Outubro de 2019
Sexta-feira
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Em 11/10/2019
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Fonte: BACEN
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| | | | | Novos Projetos de Lei - Coordenação de Relações Governamentais
nº 38. Ano XV. 10 de outubro de 2019
Confira nessa edição as proposições apresentadas no Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.
Para acessar a íntegra, CLIQUE AQUI.
ÍNDICE
NOVOS PROJETOS DE LEI FEDERAL
INTERESSE GERAL DA INDÚSTRIA
QUESTÕES INSTITUCIONAIS
Necessidade de lei específica para que empresas estatais possam criar subsidiárias e participar de empresa privada
PEC 150/2019 do deputado Leônidas Cristino (PDT/CE)
MEIO AMBIENTE
Destinação de recursos oriundos de infrações ambientais
PL 5142/2019 do senador Zequinha Marinho (PSC/PA)
Ampliação da utilização de regime de pousio e de compensação da Reserva Legal
PL 5186/2019 do senador Irajá (PSD/TO)
Reforma da Lei de Gestão de Florestas Públicas
PL 5283/2019 do senador Sérgio Petecão (PSD/AC)
Exigência de autorização do Congresso para supressão de vegetação
PL 5315/2019 do senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE)
Aumento da pena do crime de exploração de madeira, lenha e carvão sem licenciamento
PL 5125/2019 do deputado Célio Studart (PV/CE)
Destinação de 20% dos recursos de multas ambientais para ações de educação ambiental
PL 5170/2019 do deputado Marreca Filho (Patriota/MA)
Obrigatoriedade de divulgação de informações ambientais
PL 5204/2019 do deputado Pedro Lucas Fernandes (PTB/MA)
Suspensão de Regulamento de Fiscalização Ambiental
PDL 641/2019 do deputado Ivan Valente (PSOL/SP)
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
JUSTIÇA DO TRABALHO
Permissão da fiança bancária ou seguro garantia judicial aos processos anteriores à Reforma Trabalhista
PL 5266/2019 do deputado Alexis Fonteyne (NOVO/SP)
PL 5310/2019 do deputado Alexis Fonteyne (NOVO/SP)
FGTS
Movimentação da conta vinculada do FGTS por trabalhadores com 60 anos
PL 5312/2019 da deputada Flávia Arruda (PL/DF)
RELAÇÕES INDIVIDUAIS DO TRABALHO
Tipificação da invasão de dispositivo informático em razão de relação de trabalho
PL 5261/2019 do deputado Nereu Crispim (PSL/RS)
INFRAESTRUTURA
Incentivos fiscais sobre atividades relacionadas a mobilidade sobre trilhos e a infraestrutura
PL 5232/2019 da deputada Rosana Valle (PSB/SP)
SISTEMA TRIBUTÁRIO
CARGA TRIBUTÁRIA, CRIAÇÃO DE TRIBUTOS E VINCULAÇÃO DE RECEITAS
Prorrogação de prazo de 2020 para 2033 para apropriação de créditos de ICMS relativos às mercadorias destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento
PLP 223/2019 do senador Lucas Barreto (PSD/AP)
INFRAESTRUTURA SOCIAL
EDUCAÇÃO
Alterações na emissão da carteira de identificação estudantil e criação de banco de dados estudantil do MEC
MPV 895/2019 do Poder Executivo
INTERESSE SETORIAL
AGROINDÚSTRIA
Regulamentação da utilização e rotulagem de agrotóxicos
PL 5090/2019 do senador Styvenson Valentim (Podemos/RN)
Instrumentos de financiamento para o agronegócio
MPV 897/2019 do Poder Executivo
INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
Incentivos à fabricação de veículos elétricos de transporte de passageiros
PL 5272/2019 do deputado Carlos Henrique Gaguim (DEM/TO)
INDÚSTRIA DA MINERAÇÃO
Exploração mineral em área de fronteira
PL 5294/2019 do senador Chico Rodrigues (DEM/RR)
Destinação de parcela da CFEM à aquisição de equipamentos e sistemas de defesa
PL 5235/2019 do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL/SP)
Benefícios fiscais para reutilização de resíduos sólidos da mineração
PL 5264/2019 do deputado Zé Silva (Solidariedade/MG)
INDÚSTRIA DE ENERGIA ELÉTRICA
Determinação de contratação de fontes de geração solar pelas distribuidoras
PL 5077/2019 do senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE)
Alteração na tarifa social de energia elétrica
PL 5245/2019 do deputado Camilo Capiberibe (PSB/AP)
Incentivos à utilização de energia solar
PL 5293/2019 do deputado Otto Alencar Filho (PSD/BA)
Obrigatoriedade do repasse pelas empresas concessionárias de energia elétrica para projetos de modernização da iluminação pública
PL 5296/2019 do deputado João Maia (PL/RN)
INDÚSTRIA DO FUMO
Aumento da idade mínima de venda de produtos fumígenos para 21 anos
PL 5253/2019 da deputada Edna Henrique (PSDB/PB
INDÚSTRIA ELETRO-ELETRÔNICA
Obrigação para empresas de eletrodomésticos, eletroportáteis e eletroeletrônicos adaptarem os produtos para deficientes visuais
PL 5093/2019 do senador Romário (Podemos/RJ)
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Obrigação do fornecimento de medicamentos de canabidiol pelo SUS
PL 5158/2019 do senador Eduardo Girão (Podemos/CE)
Regulamentação de produtos e serviços relacionados à “cannabis” medicinal e ao cânhamo industrial
PL 5295/2019 da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal
INDÚSTRIA MADEIREIRA
Regras para a apreensão de madeira e produtos perecíveis
PL 5237/2019 do deputado Zé Vitor (PL/MG)
INDÚSTRIA PETROLÍFERA
Divisão dos recursos provenientes de leilões do petróleo com estados e municípios
PEC 152/2019 do Senado Federal
Inclusão do ICMS incidente sobre combustíveis no regime monofásico e unificado de recolhimento
PLP 225/2019 do deputado Bosco Costa (PL/SE)
NOVOS PROJETOS DE LEI ESTADUAL
QUESTÕES INSTITUCIONAIS
Estima a receita e fixa a despesa para o exercício financeiro de 2020
PL 739/2019, de autoria do Poder Executivo
Plano plurianual para o quadriênio 2020 a 2023
PL 740/2019, de autoria do Poder Executivo, que dispõe sobre o plano plurianual para o quadriênio 2020 a 2023 e dá outras providências
INTERESSE SETORIAL
INDÚSTRIA DA ENERGIA ELÉTRICA
Obrigação do uso de energias renováveis em edificações de propriedade do Governo do Estado
PL 732/2019, de autoria do Deputado Gilberto Ribeiro (PP)
ENERGIA ELÉTRICA
Obrigação das concessionárias de serviços públicos de energia elétrica e saneamento a informar as condições para religação do serviço nas faturas
PL 750/2019, de autoria do Deputado Rodrigo Estacho (PV)
REGULAMENTAÇÃO DA ECONOMIA
DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO
Aprovação de crédito especial para aplicação de recursos em ciência e tecnologia à ser destinado para UEPG
PL 736/2019, de autoria do Poder Executivo
SISTEMA TRIBUTÁRIO
Criação da obrigatoriedade de transparência sobre a dívida ativa do Estado
PL 746/2019, de autoria do Deputado Luiz Carlos Martins (PP)
| Coordenação de Relações Governamentais FIEP ( publicado 10-10-2019) | | | | A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manteve nesta sexta-feira, 11, sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 em 0,9%. De acordo com o Informe Conjuntural do 3º trimestre, divulgado nesta sexta, o PIB da indústria deverá crescer 0,4% neste ano, igual à estimativa anterior da entidade.
A projeção da CNI para a formação bruta de capital fixo em 2019 também foi mantida, em 2,1%, enquanto a estimativa para a expansão do consumo das famílias neste ano permaneceu em 1,5%.
“A recuperação da economia brasileira é um fato inegável; todavia não há consenso quanto à sua intensidade e extensão. Os dados mais recentes da atividade mostram crescimento no terceiro trimestre: produção e faturamento da indústria registram aumento modesto, enquanto as vendas do varejo mostram maior vigor”, afirma a CNI, no documento.
Ainda assim, para a entidade, o cenário macroeconômico segue positivo e deveria pavimentar o caminho para uma taxa de crescimento maior que a observada. O documento cita a inflação baixa e a evolução positiva das contas fiscais.
Por outro lado, a CNI destaca que há um sentimento crescente de que o processo de aprovação de reformas na economia será mais “demorado e complexo” do que se esperava. A entidade também alerta para os poucos avanços na agenda de redução do chamado “custo Brasil”.
“Mudar essa situação exige medidas urgentes, com reformas estruturais e ações que afetem o ambiente empresarial. É preciso gerar um ‘choque de confiança’ e mudanças no cotidiano das empresas de modo a melhorar a propensão a investir na economia e, consequentemente, gerar mais crescimento”, acrescenta o documento.
Mesmo com o impulso esperado na atividade no quatro trimestre do ano com liberação dos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a CNI avalia que o efeito da medida deve ser limitado sobre a atividade industrial e sobre o investimento.
“Há o risco de um cenário externo ainda mais difícil, com destaque para a possibilidade de piora econômica na Argentina, afetando as exportações, o que poderia reduzir o crescimento da indústria de transformação”, completa a entidade.
| Tribuna PR | | | | Fraco desempenho é explicado por avanços insuficientes na agenda de redução do custo Brasil e no sentimento de que a aprovação das reformas estruturais será lenta. Retomada depende de alta do investimento
Diante do cenário de lenta recuperação econômica, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) manteve a previsão de crescimento de 0,9% no Produto Interno Bruto (PIB) e de 0,4% do PIB industrial em 2019 no Informe Conjuntural do terceiro trimestre, divulgado nesta sexta-feira (11).
O estudo explica o fraco desempenho da atividade econômica e industrial por dois fatores: o sentimento crescente de que o processo de aprovação das reformas indispensáveis ao crescimento da economia será mais demorado e complexo do que inicialmente percebido e os poucos avanços na agenda de redução do custo Brasil.
O consumo das famílias, com um crescimento estimado de 1,5%, será novamente o principal motor do crescimento do PIB em 2019. Na comparação com anos anteriores, a taxa de 1,5% é inferior ao registrado em 2018 (1,9%) e levemente superior ao registrado em 2017 (1,4%). O Informe Conjuntural indica um descolamento entre o ritmo de crescimento do consumo e da produção industrial.
“As vendas no comércio varejistas têm crescido, mas este movimento não tem sido transmitindo para a indústria, que segue quase estagnada principalmente por conta da falta de competitividade”, comentou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
Para Castelo Branco, é preciso promover reformas estruturais que impactem de forma concreta no custo Brasil. “Perdemos competitividade tanto nos mercados internos quanto internacionais por conta das adversidades como os logística ineficiente, tributação onerosa, burocracia excessiva e elevado custo de capital. Nesse cenário adverso, vendemos menos e, consequentemente, a produção da indústria é menor”, explicou.
O investimento passou por uma leve revisão, passando de 2,1% no Informe do segundo trimestre para 2,5% no terceiro, como resultado da melhora gradual da economia – o que é um ponto positivo. O documento revisou também a taxa média de desemprego, que deve ficar em 11,9% em 2019, um recuo de 0,4 ponto percentual em relação ao verificado em 2018 (12,3%).
JUROS BÁSICOS - A taxa de juros, que está em 5,5% ao ano, ainda deve sofrer duas reduções, nas reuniões de outubro e bezembro do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). A perspectiva de continuidade na queda dos juros domésticos segue também a tendência do resto do mundo, com reduções dos juros básicos de países avançados e emergentes.
DÍVIDA BRUTA - O déficit nominal deve recuar de 7,14% do PIB, em 2018, para 6,43%, em 2019. A redução é explicada pela manutenção do patamar de déficit primário e a redução de 0,7 ponto percentual do PIB nas despesas com juros nominais. O déficit nominal, no entando, continua a ser superior ao necessário para estabilizar a relação Dívida Bruta/PIB, que deve passar de 77,2%, em 2018, para 78,4%, em 2019.
CÂMBIO - A elevação em relação ao Informe Conjuntral do segundo trimestre (R$ 3,75) é justificada pelo crescente impacto de fatores conjunturais, como a guerra comercial entre Estados Unidos e China e a crise na Argentina. A presença de mudanças estruturais, pelo menos no médio prazo, da política monetária doméstica também afeta a desvalorização do real frente ao dólar.
BALANÇA COMERCIAL - A CNI projeta o saldo comercial de US$ 49,2 bilhões, com as exportações registrando US$ 228,4 bilhões e as importações US$ 179,2 bilhões. Se confirmar a projeção, o superávit será 16,12% menor que o registrado em 2018 – R$ 58,659 bilhões.
SAIBA MAIS - Acesse a página de Publicações da CNI e leia o Informe Conjuntural do terceiro trimestre de 2019.
| CNI | | | | Mecanismo legal é adotado por companhia que não consegue pagar dívidas e tenta evitar a falência
Maior companhia aérea da América do Sul, a Varig faliu ao meio-dia de 20 de agosto de 2010. A empresa, fundada 83 anos antes e que chegou a ter 118 aeronaves, não sobreviveu ao processo de recuperação judicial.
Ainda que represente o caso mais rumoroso na história empresarial brasileira, a quebra da companhia que transportava em média 58% dos passageiros do país é apenas mais um episódio de uma longa lista de insucessos.
Uma pesquisa realizada no programa de pós-doutorado da USP revela, por amostragem, que 46% das grandes e médias empresas que entraram em recuperação judicial não conseguiram sair da crise e acabaram falindo.
Recuperação judicial é um mecanismo legal pelo qual uma empresa que não consegue pagar suas dívidas solicita à Justiça um fôlego para tentar evitar a falência.
Avião comercial da Varig, modelo com helices 'Electra', estacionado em aeroporto
A partir do pedido, a Justiça suspende por 180 dias as ações e execuções de cobrança. A empresa, então, tem de apresentar um plano de pagamento a uma assembleia de credores. Se a proposta não for aceita, a quebra é decretada. O mesmo pode ocorrer também em razão do não cumprimento dos desembolsos.
O estudo, realizado pelo professor Ivanildo de Figueiredo Andrade de Oliveira Filho, da Faculdade de Direito do Recife, foi feito com base em cem casos, escolhidos aleatoriamente, entre 2005, quando a lei da recuperação judicial entrou em vigor, e 2017, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Pernambuco.
Entre as empresas analisadas estão, além da Varig, a Vasp, que faliu em 2008 sem conseguir cumprir o seu plano de pagamento, e as Balanças Filizola, criada em 1886 que, tragada pelas inovações tecnológicas, sucumbiu em 2014 com dívidas de R$ 25 milhões.
O trabalho revelou que das empresas que entraram em recuperação, 54% continuam em atividade, sendo que 22% ainda se encontram em situação indefinida (não tiveram ainda o plano aprovado pela assembleia de credores ou não estão conseguindo cumpri-lo). As demais, 32%, estão cumprindo o plano.
O trabalho cita a Eucatex, controlada pela família do ex-governador Paulo Maluf, que saiu da recuperação judicial em 2010 e continua ativa, assim como a OGX, que também conseguiu sair do fundo do poço em 2017.
O professor diz que optou por não considerar as pequenas empresas na pesquisa, pois um dos seus objetivos era justamente identificar fatores que contribuem para a viabilização do cumprimento de um plano de recuperação.
“Se o estudo incluísse as pequenas, o percentual de falências seria muito maior”, diz. “Dificilmente têm êxito.”
De acordo com Ivanildo, um dos principais fatores que determinam o sucesso ou fracasso de um plano de recuperação é a demora na solicitação. “O atraso nas providências inviabiliza ou reduz a possibilidade de preservação das atividades”, afirma.
O professor cita também o grau de conflito de interesses entre os credores, a dificuldade da empresa em obter crédito e até mesmo a habilidade do juiz na condução do processo como fatores que influenciam e interferem no soerguimento de uma empresa.
O juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperação Judicial da capital paulista, afirma que, “de fato, sem dinheiro novo, é muito difícil uma empresa se recuperar”. Ele defende alterações na legislação de modo que uma instituição que continue a financiar uma empresa em dificuldade tenha uma preferência clara no recebimento dos pagamentos.
Oliveira Filho é o juiz responsável pela condução do processo de recuperação da Saraiva. Para aprovar o plano de pagamento, um grupo que reúne alguns dos mais importantes credores da livraria centenária exigiram o afastamento da família fundadora da gestão da empresa.
“Foi um caminho novo, que pode servir de exemplo”, diz. “Afinal, a crise muitas vezes não é fruto apenas dos fatores externos, mas de uma condução adequada”, diz.
O administrador judicial Ronaldo Vasconcelos, que intermediou o acordo no processo da Saraiva, diz que a recuperação judicial não existe para proteger uma empresa devedora, mas, sim, uma atividade viável. “Com a profissionalização, a empresa poderá se tornar um negócio melhor.”
De acordo com a Serasa Experian, entre junho de 2005 e setembro de 2019, foram deferidos 9.590 pedidos de recuperação judicial no país.
Se em 2014, no primeiro ano do governo Dilma Rousseff (PT), foram abertos 397 processos, em 2016, no ano do impeachment, com a crise econômica, o número saltou para 1.516. Em 2019, já houve 716.
Empresas de grande visibilidade como a Odebrecht, a OAS , a Avianca, a Saraiva e a Cultura estão nessa situação.
No estudo, o professor Ivanildo defende que somente as empresas que demonstrem condições mínimas de continuar exercendo sua atividade deveriam poder acessar o sistema judicial de recuperação.
”Na prática, observa-se que muitos desses processos estão fadados ao insucesso”, afirma. “A estratégia da empresa devedora é a de se utilizar da recuperação judicial para adiar, ainda que de modo disfarçado, o reconhecimento de seu estado irreversível de insolvência.”
Primeira empresa a requerer recuperação judicial no país, em 2005, a Varig tinha à época dívidas estimadas em cerca de R$ 7 bilhões.
A principal perspectiva de reabilitação da empresa, que nos seus últimos oito anos de vida foi comandada por sete presidentes e um comitê executivo, recaía sobre uma ação bilionária de indenização movida em 1993 contra a União.
A empresa cobrava ressarcimento dos prejuízos causados pela política de congelamento das tarifas aéreas adotada pela União entre outubro de 1985 e janeiro de 1992, que não acompanhou o crescimento dos custos.
Em 2014, mais de 20 anos depois da petição inicial, o STF deu ganho de causa para a companhia. Apesar disso, por conta de discussões em torno do valor a ser indenizado (R$ 6 bilhões, R$ 7,5 bilhões?), nada foi pago até hoje. Como a Varig não conseguiu esperar por tanto tempo, a sua massa falida, algum dia, deverá ser contemplada.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 09-10-2019) | | | | Uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) na quinta-feira (10) pode suspender temporariamente até 60% dos processos no país, segundo o ministro Vieira Mello. De acordo com o jornal Valor Econômico, a medida vale para ações na Justiça do Trabalho que tratem da validade de norma coletiva que limite ou restrinja direito trabalhista não assegurado constitucionalmente.
A decisão dos ministros, diz o jornal, ocorreu no julgamento realizado pela Subseção I da Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) e vale até que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue se o negociado pode prevalecer sobre o legislado - ainda não há data definida para análise.
Para os ministros do TST, em julho, o relator da matéria no STF, ministro Gilmar Mendes, foi abrangente ao determinar a suspensão nacional “de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos” que se referem à validade de cláusula de acordo coletivo, e não apenas ao tema da ação no STF, sobre horas de deslocamento (in itinere). A divergência no voto foi aberta pelo vice-presidente do TST, ministro Renato de Lacerda Paiva, que suscitou repercussão geral e foi acompanhado pela maioria dos ministros.
| Gazeta do Povo | | | | Uma das principais propostas prevê redução de tributos para empresas que contratarem jovens
Em elaboração pelo governo, a nova modalidade de contrato de trabalho para jovens e pessoas desempregadas há mais de dois anos deve valer apenas em caso de salários mais baixos.
O limite de remuneração ainda está sendo calculado pela equipe do ministro Paulo Guedes (Economia).
As projeções para o teto variam de um salário mínimo e meio (R$ 1.497,00) a até dois salários mínimos (R$ 1.996).
Diante de 12,6 milhões de brasileiros desempregados, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o governo estuda medidas para estimular a criação de vagas formais de trabalho.
Um novo modelo de contrato que reduz custos de contratação para empresários faz parte desse pacote.
Vagas com salários acima do limite a ser estabelecido pela equipe econômica seguiriam as mesmas regras atualmente em vigor. Apesar da restrição salarial, a medida, segundo integrantes do Ministério da Economia, teria efeito para a maioria da mão de obra do país.
Dados do governo mostram que a média salarial das vagas com carteira assinada criadas em agosto foi de R$1.619,45 —ou seja, próxima dos patamares avaliados para a medida de estímulo ao emprego.
A Folha publicou em setembro detalhes do pacote de combate ao desemprego em estudo pelo time de Guedes. Isso deve ser anunciado nos próximos 30 dias.
Uma das principais propostas prevê redução de tributos para empresas que contratarem jovens (de 16 a 24 anos) para o primeiro emprego ou pessoas (independentemente da idade) sem carteira assinada há mais de dois anos.
Como benefício ao empresário, o governo deve livrar o patrão da cobrança previdenciária. A contribuição de 20% sobre os salários dos empregados é, na avaliação de Guedes, um peso à contratação de mão de obra no Brasil.
Nesse programa, que vem sendo chamado de Emprego Verde e Amarelo, a empresa, portanto, teria um incentivo fiscal para que eleve a quantidade de funcionários. Menos dinheiro entraria na caixa do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o que tem de ser compensado com recursos públicos.
Por causa desse impacto nas contas públicas, que já estão apertadas, o Ministério da Economia passou a estudar uma limitação ao novo modelo de contrato de trabalho.
Cálculos estão sendo feito para equilibrar a queda na arrecadação da Previdência Social e o efeito da medida no mercado de trabalho.
A isenção da taxação sobre a folha de pagamentos, porém, deve ser temporária. Um dos cenários é que essa desoneração tenha validade de seis meses, mas podendo ser estendida, por exemplo, por mais um ano caso o empregado não seja demitido.
O incentivo ao empregador não retira direitos do trabalhador, como 13º salário, férias e o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
No entanto, o governo também avalia permitir que, nesses casos, haja um corte no percentual que o empresário deposita mensalmente na conta do empregado no FGTS. Atualmente, a alíquota é de 8% da remuneração, mas poderia cair –temporariamente– para 4% ou 2%.
Governo quer dar benefícios a empresários para estimular emprego
Medida vale para empresas que contratarem jovens e pessoas desempregadas há mais de dois anos
Empregador fica temporariamente isento de pagar contribuição ao INSS, que é 20% sobre folha de pagamento
Alíquota temporariamente menor nos depósitos no FGTS do trabalhador
Multa temporariamente menor em caso de rescisão contratual sem justa causa
Incentivos só devem valer para vagas com salário mais baixos, provavelmente até dois salários mínimos (R$ 1.996)
Vagas com carteira assinada criadas em agosto tiveram média salarial de R$1.619,45
Essas taxas ainda não estão fechadas. O desconto deve vigorar pelo mesmo período que a isenção na contribuição ao INSS. Mesmo que temporário, esse corte reduz o valor a ser acumulado pelo empregado no FGTS.
A medida prevê ainda uma redução na multa a ser paga pelo empregador em caso de demissão sem justa causa. Uma das possibilidades é que sejam cobrados 20%, em vez de 40% do valor depositado na conta do FGTS do trabalhador.
Esse benefício dado ao empresário também teria prazo de validade —até que acabe a desoneração da folha de pagamentos.
Para proteger o trabalhador, o governo planeja maneiras de evitar que a empresa rescinda o contrato. Se o empregado for demitido durante o período de incentivos fiscais, o patrão teria de pagar todos os tributos que foram isentados. O mesmo deve acontecer se a demissão for pouco tempo (algo como seis meses) após o fim dos benefícios.
O plano do Ministério da Economia prevê ainda medidas para impedir que o empresário demita funcionários para contratar pessoas na nova modalidade, que é mais barata. O governo quer barrar, portanto, a substituição de mão de obra e estimular a criação de novas vagas.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 10-10-2019) | | | | A Embraer vai dar férias coletivas para seus 15 mil funcionários no Brasil entre 6 e 20 de janeiro, segundo o Sindicato de Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), onde está a principal fábrica da companhia.
A decisão de parar as atividades da empresa em São Paulo e também as unidades de Belo Horizonte faz parte do processo de preparação para a transferência do controle da divisão de aviação comercial para a norte-americana Boeing.
| Gazeta do Povo | | | | Medida é parte dos esforços para reduzir custos com funcionários
A Eletrobras anunciou na noite de quinta-feira (10) que realizará o segundo plano de demissão consensual de 2019, com meta de desligamento de 1.681 empregados até 31 de dezembro deste ano, como parte dos esforços de reduzir custos com funcionários que podem chegar a R$ 510 milhões ao ano.
Em comunicado, a empresa afirmou que o novo plano será iniciado nesta sexta-feira (11) na holding e nas subsidiárias CGTEE, Chesf, Eletrobras Termonuclear, Eletronorte, Amazonas Geração e Transmissão de Energia, Eletrosul e Furnas Centrais Elétricas.
O plano, uma das iniciativas da empresa que o governo quer privatizar, foi divulgado após celebração do acordo coletivo de trabalho (ACT) que teve mediação do Tribunal Superior do Trabalho.
Segundo a empresa, ficou acordado que a Eletrobras ofereça programa de desligamento voluntário para atingimento de quadro de 12,5 mil empregados efetivos a partir de janeiro de 2020 e de 12 mil a partir de maio de 2020.
A empresa destacou que, após estas datas, "por iniciativa da empresa, ficam autorizados os desligamentos necessários para alcance dos quantitativos estabelecidos pelo TST".
A economia estimada neste novo plano de desligamentos é de R$ 510 milhões/ano, a um custo de cerca de R$ 548 milhões, o que representa um payback de 12,9 meses.
"A iniciativa em referência é muito importante para adequação dos custos de nossas empresas aos custos de uma empresa de referência do setor elétrico", disse a empresa, sem dar mais detalhes.
A abertura de um plano demissão consensual em Furnas também foi informado pela agência Reuters, na quinta-feira.
Pelo documento sobre Furnas, a companhia oferecerá indenização aos que aderirem ao PDC, incluindo 40% do saldo para fins rescisórios do FGTS e aviso prévio. O documento aponta que o incentivo indenizatório deverá variar de mínimo de R$ 75 mil até máximo de R$ 700 mil.
| Folha de S. Paulo | | | | Com retração de 0,9%, transportes exerceram principal influência para recuo do setor
O setor de serviços recuou 0,2% em agosto e chegou ao seu quinto resultado negativo do ano, informou nesta sexta-feira (11) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em divulgação de sua pesquisa mensal.
A queda no setor de transportes foi uma das principais causas da queda na comparação entre julho e agosto de 2019, mas também na análise frente ao mesmo período do ano passado, já que esse item representa 30% dos serviços.
“Transportes estão em queda em todas as comparações, incluindo os índices acumulados no ano e em 12 meses. Sua grande aderência com a atividade industrial explica esse comportamento”, disse Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.
O IBGE viu a variação de agosto como moderada, mas ressaltou as quedas do setor em 2019.
"As cinco taxas negativas foram mais intensas do que as positivas, fazendo o setor de serviços ficar 1,5% abaixo do nível de dezembro de 2018”, acrescentou Lobo.
O segmento de transportes registrou queda de 0,9% em agosto deste ano. Na comparação com agosto de 2018, teve recuo de 7,9%. No mesmo período, o setor recuou em 20 das 27 unidades da federação.
Outro fator que definiu as quedas na comparação entre um ano e outro foram os números negativos em serviços profissionais, administrativos e complementares. Em agosto de 2019, o setor registrou -2,6%.
No acumulado de 2019, os serviços avançaram 0,5%, mas com perda de dinamismo frente aos primeiros sete meses de 2019 (0,8%), informou o IBGE nesta sexta.
Mais duas atividades pesquisadas pelo IBGE em agosto de 2019 registraram números negativos: serviços prestados às famílias (-1,7%) e outros serviços (-2,7%).
O IBGE ainda informou que o índice de atividades turísticas caiu 4,2% frente ao mês anterior, após alta de 0,2% em julho. Na comparação com agosto de 2018, a atividade recuou 2,9%.
Os principais fatores que definiram os rumos da atividade turística em agosto foram a queda de receita das empresas de transporte aéreo e os registros positivos nos segmentos de locação de automóveis e de hotéis.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 11-10-2019) | | | | A inflação sentida pela população idosa desacelerou o ritmo de alta de 0,97% no segundo trimestre para 0,48% no terceiro trimestre de 2019, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, acumulou uma elevação de 3,78% em 12 meses.
Com o resultado, a variação de preços percebida pela terceira idade ficou acima da taxa de 3,51% acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que apura a inflação média percebida pelas famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos. No terceiro trimestre de 2019, porém, o IPC-BR teve a mesma taxa do IPC-3i, 0,48%.
Na passagem do segundo trimestre para o terceiro trimestre de 2019, seis das oito classes de despesa do IPC-3i registraram taxas de variação mais baixas. A principal contribuição para a desaceleração da inflação do idoso partiu do grupo Alimentação, que passou de alta de 0,02% no segundo trimestre para queda de 1,76% no terceiro trimestre. O item de maior influência foi hortaliças e legumes, que saiu de avanço de 3,45% para recuo de 22,26% no período.
Os demais decréscimos ocorreram nos grupos: Saúde e Cuidados Pessoais (de 2,05% para 1,01%), Transportes (de 0,77% para -0,37%), Educação, Leitura e Recreação (de 1,90% para -0,34%), Vestuário (de 2,09% para -0,59%) e Despesas Diversas (de 0,68% para 0,34%).
Houve impacto dos itens medicamentos em geral (de 3,11% para 0,33%), gasolina (de 2,02% para -2,58%), passagem aérea (de 12,77% para -10,75%), roupas (de 2,29% para -0,74%) e bilhete lotérico (de 31,63% para 0,00%).
Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Habitação (de 0,79% para 2,14%) e Comunicação (de 0,13% para 1,07%), sob influência de itens como a tarifa de eletricidade residencial (de 0,18% para 9,49%) e tarifa de telefone residencial (de -0,20% para 1,73%).
| Tribuna PR | | | | Um mapeamento de todo o processo de logística permitiu entender como as decisões são tomadas e em qual instância isso ocorre. Espera-se que, com a conclusão do projeto e a implementação de um sistema de picking automático, o ganho seja de aproximadamente 24 a 48 horas no tempo de processamento dos pedidos de venda
A Termomecanica , líder no setor de transformação de Cobre e suas ligas, em produtos semielaborados e acabados, visando tornar a rotina de seu armazém mais produtiva e eficaz, está implementando um projeto de automatização da gestão de armazenamento e logística, em sua fábrica em São Bernardo do Campo.
Programadas para acontecer em duas fases, as inciativas contemplam técnicas avançadas de armazenamento e gestão do conhecimento e um sistema de picking automático, que proporcionarão, ao final do projeto, ganhos substanciais de produtividade para a Termomecanica. A ideia é a governança total do processo, com acompanhamento e rastreamento, desde a venda, checagem da disponibilidade em estoque, separação dos pedidos, até a entrega do material ao cliente.
“Esse projeto, que foi desenvolvido conjuntamente pelas áreas de Tecnologia da Informação, industrial e Logística, vai bem além do desenvolvimento de sistema de armazenamento, picking e packing. Trata-se de uma iniciativa que se encaixa dentro da visão de Digitização da Termomecanica, que consiste na aplicação de tecnologia somada ao conhecimento das pessoas para tornar o processo como todo o mais digital e automatizado possível”, destaca Walter Sanches, Superintendente de TI.
Edilson Lopes, Gestor de Sistemas da Termomecanica, explica que um estudo de todo o processo de logística permitiu mapear todas as etapas e entender como as decisões são tomadas e em qual instância isso ocorre. “Essa parte do processo foi fundamental para conseguirmos realizar a gestão do conhecimento e acelerar o processo, além de torná-lo mais seguro. Afinal, o processamento automático de várias informações, após a revisão do processo, evita erros humanos, como as trocas indevidas de material, o que já aconteceu em algumas situações”.
Para Bruno Vianna, gestor da área de logística da Termomecanica, o diferencial do projeto foi também o principal desafio, ou seja, colocar tudo aquilo que estava na “cabeça” dos colaboradores em um fluxo lógico, com regras estabelecidas para todas as situações previstas. Além disso, como se trata de um processo muito abrangente, moroso e que envolve muitas áreas, após o mapeamento foram identificadas necessidades de alterações significativas na rotina de trabalho de inúmeros setores, como, por exemplo, produção, faturamento, vendas, entre outros.
“Antes de iniciarmos o projeto, o processo era totalmente manual. A partir de agora, as decisões que eram tomadas por pessoas passam a ser automatizadas e controladas. Os materiais são identificados, por meio de etiquetas, e direcionados para onde devem ser estocados e em que posição. Desta forma, quando a venda é feita, fica mais rápido localizar o produto, saber se ele já está em estoque ou precisa ser produzido e preparar o pedido”, ressalta Vianna.
A separação de pedidos é uma atividade de logística intensa, morosa e bastante custosa, justamente por demandar muito tempo, mão de obra e recursos. Nesse sentido, os sistemas de picking automático aprimoram os processos, otimizando o tempo para a realização dos procedimentos no que diz respeito ao recolhimento e separação de pedidos. Com a finalização do projeto, o processamento será feito com mais agilidade e qualidade, gerando uma vantagem competitiva para o negócio.
O tempo de processamento de pedido na área de logística demora em média 24 horas para materiais unitizados e 48 horas para materiais a granel. Com o picking automático, para os materiais unitizados, este tempo será eliminado, ou seja, de 24 horas para zero hora. Já com relação aos materiais a granel, o ganho será de aproximadamente 30 minutos, pois ainda existirá o processo de separação manual de barras.
Outras mudanças, como maior agilidade no processo de inventário, melhor aproveitamento do estoque para atendimento aos pedidos dos clientes e otimização do fluxo de materiais, também merecem ser ressaltadas, pois ajudam a garantir uma entrega mais rápida e um melhor atendimento aos clientes.
| Ind.4.0 | | | | Recessão econômica da Argentina sem previsão de melhora provoca revisão de expectativas
Com a ausência de qualquer sinal de melhora da economia argentina, a Anfavea “jogou a toalha”, admitiu excesso de otimismo com a projeção de exportações feita no início do ano. A associação dos fabricantes de veículos instalados no Brasil previu em janeiro passado vendas externas de 590 mil unidades em 2019 e baixa de 6% sobre 2018. Nove meses depois, com queda acumulada de 35,6% nos embarques de janeiro a setembro (337,5 mil), a entidade revisou sua expectativa para não mais que 420 mil veículos exportados este ano, o que significará forte retração de 33,2% ante o ano anterior.
“A Argentina continua com dificuldades enormes, é pouco provável qualquer recuperação este ano ou mesmo para 2020. É o nosso mercado externo mais importante, que sozinho representa 175 mil veículos exportados a menos em 2019”, disse Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
Em agosto e setembro as exportações de veículos se mantiveram estáveis em 36,7 mil unidades, com imperceptível variação negativa de 0,2% de um mês para o outro, em baixa de 7,1% em relação a setembro de 2018. No acumulado do ano a retração já chegou a ficar acima de 40% e na soma de nove meses o porcentual melhorou para 35,6%. A explicação é que a crise na Argentina se instalou com mais força no segundo semestre do ano passado, o que agora torna a comparação mais próxima.
De acordo com as novas projeções da Anfavea, houve crescimento de 25 mil unidades, de 155 mil para 180 mil, nas expectativas de exportações para México, Colômbia, Peru e Chile somados, o que nem de longe é suficiente para compensar a retração projetada de 175 mil unidades nas vendas para Argentina, de 370 mil esperados no início de 2019 para apenas 195 mil agora. Também houve recuo de 20 mil veículos, de 65 mil para 45 mil, na previsão de vendas para os demais países atendidos por fabricantes no Brasil.
Em valores, as exportações do setor seguem o mesmo ritmo de queda verificado em unidades. De janeiro a setembro as vendas externas dos fabricantes de veículos somaram faturamento de US$ 7,58 bilhões, valor 36,1% abaixo do registrado no mesmo período de 2018.
| CIMM | | | | Organizado pelo Centro Universitário FEI, Evento reunirá executivos de grandes multinacionais da área de tecnologia para debater as megatendências para 2050
A 4ª edição do Congresso FEI de Inovação e Megatendências 2050, que abordará o tema “Inteligência Artificial e o SER do Humano -- Complementariedade ou Competitividade para Aprender, Inovar e Viver?” contará com executivos de empresas como Bosch L.A., IBM Brasil, Volkswagen, Ericsson e Porto Seguro. Organizado pelo Centro Universitário FEI, o evento será realizado no campus da Instituição, em São Bernardo do Campo (SP), das 9h às 18h, durante os dias 15, 16 e 17 de outubro.
Considerado um dos maiores eventos sobre inovação do País, o evento contará com painéis, debates e a participação de executivos e destacados profissionais de diversas empresas, e será transmitido online para o público externo.
Diferentes composições unem três áreas-chave: qualidade de vida, educação e ética
Com os painéis “Visões do futuro -- nossa mobilidade com I.A.” e “A Inteligência Artificial e Inteligência Humana competindo ou cooperando?”, o primeiro dia do evento (15) tratará sobre explorar o ambiente digital no dia-a-dia da sociedade.
O segundo dia (16), abordará a tecnologia no viver e aprender e o terceiro dia (17) focará nos limites da I.A. para o ser humano.
Com a possibilidade da interação online do público, o Congresso FEI de Inovação e Megatendências 2050 é presencialmente restrito aos alunos da Instituição, convidados e jornalistas. Em 2018 foram 5.000 visualizações nas plataformas digitais e visto por pessoas de 6 países das Américas, Europa e Ásia. Este ano espera-se atrair mais de 2.000 pessoas.
Para saber mais sobre a programação do Congresso, como assistir online e outras informações, acesse: congressodeinovacao.fei.edu.br/ .
Sobre o Centro Universitário FEI
Com 78 anos de tradição, o Centro Universitário FEI é referência entre as instituições universitárias no Brasil, nas áreas de Administração, Ciência da Computação e Engenharia. A Instituição, com campus em São Bernardo do Campo e na capital paulista, já formou mais de 50 mil profissionais, entre engenheiros, administradores de empresas e profissionais da área de Ciência da Computação, muitos ocupando posições de liderança nas principais empresas do País.
Mantido pela Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros, o Centro Universitário FEI integra a Rede Jesuíta de Educação e agrega marcas históricas de instituições de ensino de São Paulo: Faculdade de Engenharia Industrial, Escola Superior de Administração de Negócios e Faculdade de Informática.
Os cursos oferecidos são Administração, Ciência da Computação e Engenharia -- habilitações em Engenharia Civil; Engenharia de Automação e Controle; Engenharia de Materiais; Engenharia de Produção; Engenharia Elétrica; Engenharia Mecânica e Engenharia Mecânica com ênfase Automobilística; Engenharia Química e Engenharia de Robôs. Oferece ainda cursos de pós-graduação lato sensu nas áreas de Tecnologia e de Administração, entre outros; mestrado em Administração, Engenharia Elétrica, Mecânica e Química; e doutorado em Administração e Engenharia Elétrica.
| Ind4.0 (publicado em 10-10-2019) | | | | STOR Global, empresa líder no segmento de software para gestão de informações de ativos industriais, inicia a execução do seu plano para a internacionalização definitiva.
Durante a primeira semana de atividades em território Americano e com o objetivo de buscar alinhamento do desenvolvimento da plataforma de software para gerenciamento de informações de ativos industriais STOR, a empresa esteve participando em San Diego na Califórnia do evento anual realizado pelo Instituto para Excelência em Processos que desenvolve a metodologia que surgiu através do departamento de defesa dos Estados Unidos para configuração organizacional chamado CM2.
Dando continuidade ao plano de expansão global da STOR Global no mês de Setembro de 2019, em conjunto com EMBRAPII - Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial e o Parque Tecnológico de São José dos Campos, os líderes da STOR fizeram parte da comitiva para desenvolvimento de negócios nos Estados Unidos que foi organizada pela plataforma de internacionalização de empresas Hub55 no estado de Connecticut no nordeste dos Estados Unidos.
Entre outras atividades que duraram uma semana, os líderes da STOR Global tiveram a possibilidade de conversar com as agências governamentais do estado de Connecticut, instituições de ensino como a famosa Universidade de Yale, Câmara de comércio das cidades de New Haven e Hartford, além de terem sidos recepcionados pelo Consulado Geral do Brasil também em Hartford.
Ainda durante o período de atividades na cidade de New Haven - Connecticut a parceria entre a plataforma de internacionalização de empresas Hub55 e STOR Global foi oficialmente anunciada para dar suporte às atividades de geração de demanda no mercado norte americano com a possibilidade de expandir para o mercado Europeu através da estrutura do Hub55 em Amsterdam na Holanda.
“A STOR Global tem tecnologia e modelo de negócio comprovados no mercado brasileiro, com clientes de grande porte. Certos do sucesso da STOR Global nos EUA, o HUB55 se ocupará dos aspectos operacionais da expansão dando aos gestores da STOR Global mais espaço para focar na busca de novos clientes. Nós do HUB55 apostamos no sucesso da STOR Global em terras americanas.,” diz Maurício Magalhães Costa, Diretor de Estratégia do Hub55.
“Estamos bastante impressionados com o ambiente de negocios, o alinhamento e suporte de governo, instituições de ensino, todos focados em gerar negocios, atrair empregos e tecnologia para o estado de Connectticut. Estamos certos que estabelecer nosso operacao por aqui nos permitira atingir um terço do mercado norte americano rapidamente.,” menciona Augusto Brighenti, CTO e Presidente da STOR Global.
Sobre STOR Global
STOR Global é uma organização brasileira líder no desenvolvimento e fornecimento de solução para gestão de ciclo de vida de ativos (ALIM). STOR Global oferece serviços especializados e soluções que auxiliam organizações a planejarem, executarem e manterem plantas, produtos e processos industriais. Desde 2003, a empresa auxilia empresas multinacionais como Anglo American, Vallourec, CMOC e AMG a realizar a gestão de seus ativos de plantas industriais. Atualmente a segunda maior planta produtora de Nióbio no mundo roda utilizando a plataforma STOR.
Sobre Hub55
Com a visão de reunir diferentes setores da sociedade, Hub55 é uma plataforma para internacionalização que busca reduzir custos e acelerar o processo de expansão e desenvolvimento de negocios internacionais. Com base na cidade de New Haven (EUA) e unidades em Amsterdam (Holanda) e São José dis Campos (Brasil), Representa o estado americano de Connecticut no Brasil.
| CIMM (publicado em 10-10-2019) | | | | No futuro, estudo pode permitir levar iluminação pública para regiões que não são abastecidas pela rede tradicional de energia elétrica
A Nissan e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estão testando o uso de baterias de segunda vida do Nissan LEAF, o veículo 100% elétrico mais vendido do mundo, para armazenar energia de postes de luz equipados com painel solar fotovoltaico. Este é mais um projeto desenvolvido como resultado do memorando de entendimento assinado pela fabricante japonesa e a instituição, em 2018, que tem como objetivo estudar soluções futuras para as baterias usadas de carros elétricos.
Cinco postes de luz solar com baterias do Nissan LEAF começam a ser usados para iluminar parte do pátio do laboratório de Fotovoltaica da UFSC – o Centro de Pesquisa e Capacitação em Energia Solar -, em Florianópolis, Santa Catarina. Eles são alimentados por uma combinação de painéis solares no topo e baterias do veículo elétrico na base.
A parceria com a UFSC vai de encontro à visão da Nissan para o futuro da mobilidade, a Nissan Intelligent Mobility, que tem como objetivo transformar a maneira como os carros são conduzidos, impulsionados e integrados à sociedade. As soluções para dar novas formas de utilização às baterias dos elétricos buscam a interação dos carros com a infraestrutura das cidades. Este tipo de poste, por exemplo, pode, no futuro, ser uma solução para levar energia para regiões que não são atendidas pela rede tradicional de energia elétrica.
"O compromisso da Nissan vai além de comercializar o veículo 100% elétrico mais vendido do mundo, o Nissan LEAF. Localmente, temos o objetivo de incentivar as pesquisas e desenvolver o ciclo completo de vida do carro elétrico. A parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina busca criar novos tipos de uso para as baterias e pode, inclusive, gerar soluções de iluminação limpa para áreas urbanas ou mesmo regiões remotas do país", disse Marco Silva, presidente da Nissan do Brasil.
Para este novo estudo, a Nissan cedeu para a universidade três novos conjuntos de baterias da primeira geração do LEAF, que se somam aos outros seis cedidos anteriormente. Cada conjunto conta com 48 baterias.
"Estes postes funcionam de maneira 100% independente do sistema de energia elétrica principal, não necessitando de cabos ou tomadas, sendo totalmente alimentados pela energia do sol. O estudo reforça as diversas possibilidades de aplicação das baterias elétricas de segunda vida e une três pilares de nossas pesquisas, que são a mobilidade elétrica, a energia solar e o armazenamento de energia", comenta o professor Ricardo Rüther, que coordena o Laboratório de Fotovoltaica da UFSC.
A tecnologia de armazenamento de energia nas baterias do Nissan LEAF já foi usada para iluminar parte do estande da fabricante japonesa no Salão do Automóvel de São Paulo, no fim de 2018, e em outros eventos da marca.
| CIMM (publicado em 09-10-2019) | | | | Setor registra leve crescimento de 1,8% sobre igual período de 2018
O mercado de veículos usados segue estável, de acordo com os números divulgados pela Fenabrave, que reúne o setor de distribuição. De janeiro a setembro, as transferências totalizaram pouco mais de 8,36 milhões de unidades, considerando a soma de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O volume ficou apenas 1,8% acima do registrado em igual período acumulado do ano passado.
No comparativo mensal de setembro contra agosto, todos os segmentos apresentaram queda nos volumes de vendas devido ao menor número de dias úteis do mês passado. No entanto, no acumulado dos nove meses, todos apresentaram alta no comparativo anual.
No mercado de automóveis e comerciais leves usados, as vendas atingiram pouco mais de 8,05 milhões de unidades, alta de 1,8% sobre as 7,91 milhões do ano passado. Ambos cresceram em níveis semelhantes, de 1,8% e 1,5%, respectivamente, na mesma base de comparação anual. Em média, foram vendidos 4,2 veículos leves para cada unidade nova emplacada.
Já nos pesados houve aumento de quase 3% do volume vendido neste ano, para pouco mais de 310,4 mil caminhões e ônibus. Enquanto as vendas de caminhões usados subiram 2,2%, as de ônibus saltaram 7,9% no mesmo comparativo anual, sempre considerando o acumulado de janeiro a setembro. Na média, para cada comercial pesado emplacado, foram vendidos 3,1 usados.
| Automotive Business (publicado em 10-10-2019) | | | | Subsidiária M.A.I. integrará ações já existentes no grupo e permitirá a criação de novos produtos
O Grupo Renault anuncia a criação de uma nova divisão totalmente dedicada ao negócio de serviços de mobilidade denominada M.A.I. (Mobility As an Industry – Mobilidade como Indústria). A subsidiária reunirá as atividades ligadas à área já disponíveis pelo grupo, como os serviços de mobilidade compartilhada sem motorista Mobility Zity em Madrid, na Espanha, e o Moov’in.Paris e Marcel. Além disso, as aquisições de startups especializadas tais como Karhoo, Yuso, Como, iCabbi, Glide serão de responsabilidade da nova empresa.
Em nota, o grupo reforça que ao reunir todas as suas atividades de mobilidade em uma mesma unidade de negócio será possível criar sinergias, simplificar o processo de decisão, organizar e criar outros produtos e serviços, incluindo para outras áreas que não urbanas evitando o isolamento das zonas rurais em vários locais do mundo.
O CEO do Grupo Renault e agora também presidente da Renault M.A.I., Thierry Bolloré, indica Arnaud Molinié como diretor geral da divisão. Ele está na empresa desde janeiro deste ano como diretor mundial de mobilidade.
“Após uma fase de testes e aprendizados, o Grupo Renault está atravessando uma etapa importante em seu desenvolvimento. Temos a ambição de ser um dos principais operadores mundiais de novas mobilidades compartilhadas, accessíveis e sustentáveis. Molinié terá a missão de desenvolver os ativos existentes, acelerar a conquista de novos mercados e contribuir para sua organização, fomentando novas parcerias com todos os atores públicos e privados envolvidos nesta nova revolução industrial”, comenta Bolloré em nota.
| Automotive Business (publicado em 10-10-2019) | | | | A Ford desenvolveu no Brasil um novo composto de borracha para tubulações de veículos que utilizam biodiesel. O material tem características técnicas próprias para esse combustível e sai pela metade do custo do similar importado.
Ele foi criado pela área de engenharia de materiais do centro de desenvolvimento do produto da marca no complexo industrial de Camaçari, na Bahia, e já gerou duas patentes nos Estados Unidos, estando também em processo de registro no Brasil, na China e na Europa.
Desde 2008, a legislação brasileira determina que carros e caminhões a diesel sejam validados para o uso do biodiesel, adicionado inicialmente na proporção de 5%. Em 2018 a mistura passou a ser de 10%, com previsão de aumentar para 15%, o chamado B15.
Como principais vantagens, além de ser uma energia renovável o biodiesel possui alto ponto de fulgor, o que torna o manuseio e o armazenamento mais seguros, e tem excelente lubricidade. Para o seu uso, foi preciso alterar o material das mangueiras e vedações que ligam o bocal de abastecimento ao tanque de combustível. Essas peças passaram a ser fabricadas com borracha nitrílica hidrogenada (HNBR), importada, que possui maior resistência química mas tem um alto custo.
“As peças que têm contato com o biodiesel S10 não podem ter acúmulo de carga eletroestática, devido à baixa condutividade desse combustível, o que pode gerar eventuais faíscas em períodos de menor umidade e comprometer a segurança veicular”, explica Cristiano Hubert, especialista em polímeros e elastômeros do time de Engenharia de Materiais da Ford. “As peças de borracha HNBR importadas possuem a propriedade de dissipar as cargas elétricas, mas são cinco vezes mais caras que as convencionais.”
Em 2017, a área começou a pesquisar materiais alternativos e desenvolveu o novo composto de borracha, o PVC/NBR condutivo, que atende às características desejadas com menor custo. Esse trabalho rendeu ao time três premiações internas de inovação da Ford. Uma das fórmulas patenteadas tem como componente o grafeno. Outra usa a sílica obtida a partir da cinza de casca de arroz, material renovável que atua como reforço mecânico e tem a propriedade de redução do inchamento em contato com o biodiesel.
As primeiras peças feitas com o novo material têm previsão de chegar ao mercado em 2020, na picape Ranger, e também poderão ser licenciadas para outras marcas, inclusive fabricantes de caminhões, que são grandes usuários de diesel. A produção em escala desse material, que é compatível até com o uso de B30, é favorecida também pela abundância de matéria-prima, já que o Brasil é o maior produtor de arroz fora da Ásia.
“Com essa inovação a Ford reafirma o compromisso de entregar produtos de qualidade e economicamente viáveis para o mercado da América do Sul”, diz Cristiane Gonçalves, supervisora de Engenharia de Materiais da Ford. “Esse projeto também está alinhado ao pilar de sustentabilidade da empresa, tanto pela viabilização do uso do biocombustível como pelo emprego de materiais renováveis e redução de rejeitos, ajudando a construir um mundo melhor.”
| CIMM | | | | Sistema instalado na roda monitora a pressão e comprime o ar a partir do movimento de rotação
A fabricante de pneus Continental criou o protótipo de um pneu capaz de se autocalibrar a partir de um conjunto de componentes instalados na roda. Chamado Care (iniciais em inglês para conectado, autônomo, confiável e eletrificado), o sistema é capaz de monitorar e ajustar a pressão em tempo real utilizando uma bomba centrífuga embutida na roda.
Para operar, essa bomba utiliza a força gerada pela rotação da roda a fim de aumentar a pressão do ar e manter o pneu rodando com a calibragem adequada. O sistema também tem elementos capazes de monitorar a profundidade dos sulcos.
Além de aumentar a segurança do usuário, outro benefício é o ganho em eficiência energética, já que a calibragem correta ajuda a reduzir o consumo de combustível. De acordo com a Continental, pneus com 3 libras abaixo da recomendação da montadora elevam o consumo de combustível em 2%.
E um levantamento feito pela fabricante de pneus com 3,5 mil veículos no Brasil revelou que 34% estavam com a pressão incorreta.
| Automotive Business (publicado em 10-10-2019) | | | | O minério de ferro da Vale, de maior qualidade que o de suas concorrentes, pode ser utilizado para a fabricação de um produto para a siderurgia que permite maior redução das emissões pelas indústrias siderúrgicas, mas a companhia só deve levar adiante este projeto se vingar o plano do governo brasileiro de reduzir os custos do gás natural.
Isso porque o gás é o principal insumo para a fabricação do chamado "Hot Briquetted Iron" (HBI), um tijolinho compacto com 93% de teor de ferro com "baixíssimo" teor de contaminantes e maior valor agregado.
O preço do gás teria de cair mais de 60% ante os valores atuais no Brasil, para 4 dólares por milhão de BTU, segundo fontes da companhia, que na noite de quinta-feira deram mais detalhes sobre uma apresentação da empresa realizada na quarta-feira e divulgada ao mercado.
O HBI, cuja produção é possível apenas a partir de minério de alta qualidade, elimina a necessidade de coque ou carvão metalúrgico do processo da indústria siderúrgica, que hoje responde por cerca de 9% das emissões globais de CO2.
Com tais atributos, o HBI é negociado hoje no mercado internacional entre 250 e 300 dólares por tonelada, ou mais de três vezes o valor de minério de ferro, mas pouco se produz no mundo.
"A Vale tem interesse de fazer plantas de HBI, isso nos interessa. O modelo de como isso vai ser feito, isso está em discussão...", disse uma fonte da empresa, que preferiu ficar no anonimato.
"Mas o preço do gás precisa ser reduzido drasticamente para que isso nos interesse", ressaltou.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia citado o HBI como um potencial produto da Vale, dentro de seus planos de reduzir o custo do gás. Mas a mineradora apenas estuda a situação, e não tem o produto em seu plano de investimento, segundo a fonte.
Os poucos países produtores de HBI estão situados em áreas com oferta de gás barato, como o Oriente Médio, algo que pode mudar caso o plano do Brasil para ampliar a oferta e reduzir preços do gás se desenvolva com sucesso, em meio a grandes descobertas em águas profundas no Brasil, no pré-sal, e na área de Vaca Muerta, na Argentina.
Na hipótese desse plano ser desenvolvido, a Vale poderia produzir cerca de 20 milhões de toneladas de HBI por ano --o equivalente a 5% da produção total de minério de ferro futura da empresa, maior produtora global. A fabricação do novo produto se daria a partir da metade da próxima década, segundo a fonte.
O produto de alta concentração de ferro teria grande demanda na Europa, já que se encaixaria perfeitamente com as audaciosas metas de redução de emissões dos europeus, segundo apresentação da Vale, que destacou que "produtos metálicos (como o HBI) são o próximo passo em termos de pureza química para siderúrgicas".
Além disso, explicou a fonte da Vale, o produto é muito apropriado para corrigir a qualidade da sucata.
O HBI poderia ter boa demanda também nos Estados Unidos, que já utiliza bastante a sucata na siderurgia.
O produto é usado em fornos elétricos de siderúrgicas, que se valem da sucata como matéria-prima na produção de aço, ou altos fornos, que utilizam minério de ferro.
A China também poderia ter grande interesse de utilizar o HBI, pois luta para combater as emissões de sua indústria siderúrgica, a maior do mundo, e já foca o minério da Vale em busca de menores emissões.
Segundo a fonte, a Vale faria os investimentos em unidades produtoras de HBI com parceiros, garantindo o fornecimento de minério de alta qualidade.
A obtenção do gás também seria feita por meio de parceiros, já que não está nos planos da mineradora retomar investimentos no setor de petróleo e gás, segundo a fonte.
Os representantes da empresa ressaltaram que, como o processo de produção do HBI demanda minério de ferro de alta qualidade, isso dá vantagem à Vale em relação aos concorrentes.
| CIMM (publicado em 10-10-2019) | | | |
Segundo levantamento, expansão de distribuição de gás canalizado em condomínios contribui para alta
O consumo de gás natural caiu 2% em agosto, ante igual período em 2018, diz pesquisa da Abegás (associação do setor). A queda na indústria foi de 8,7%. Nas residências, por outro lado, houve alta superior a 10%, com a expansão da distribuição de gás canalizado, segundo a entidade. Cresceu também no comércio (2,6%).
| Folha de S. Paulo | | | | Associações pedem mais investimentos em infraestrutura dedicada a veículos elétricos com célula de combustível
Três associações de classe na Europa estão se unindo para pedir aos governos locais maiores investimentos para estabelecer a infraestrutura de uma rede de abastecimento de hidrogênio para carros elétricos movidos a célula de combustível. O pedido foi assinado pela Acea, que reúne as fabricantes de veículos na Europa, a Hydrogen Europe, que representa a indústria de hidrogênio e célula de combustível, e a IRU, organização mundial do transporte rodoviário.
O documento foi assinado durante a Conferência de Hidrogênio para a Ação Climática realizada na quarta-feira, 9, em Bruxelas (Bélgica) e organizada pela Comissão Europeia. Ele é direcionado à próxima Comissão Europeia bem como aos seus novos deputados para que apoiem a implantação de infraestrutura do hidrogênio em toda a União Europeia.
Em nota conjunta, as associações reforçam para a necessidade da criar um plano estratégico que viabilize a implantação da rede de abastecimento de veículos com células de combustível, o que, segundo as interessadas, também deve considerar os requisitos específicos para caminhões, que necessitam de grandes capacidades de armazenamento em locais estratégicos, como centros de logística, por exemplo.
Além disso, indicam que o plano deve incluir a revisão da norma de combustíveis alternativos da UE para incluir metas obrigatórias para o hidrogênio e adicionar o desenvolvimento de novos instrumentos financeiros para investimentos em infraestrutura, bem como autorizar a utilização de mecanismos de financiamento existentes e direcioná-los também a este segmento.
“Juntamente com outros veículos movidos a combustíveis alternativos, os carros com células de combustível têm um forte potencial para ajudar na transição para a mobilidade de emissão zero”, afirmou o diretor geral da Acea, Eric-Mark Huitema, durante a cerimônia de assinatura. “Mas sua capacidade de atingir esse potencial depende da construção de uma rede de estações de reabastecimento de hidrogênio em toda a Europa. Hoje, existem apenas 125 estações de hidrogênio na UE, então há muito trabalho a ser feito nos próximos anos.”
| Automotive Business (publicado em 10-10-2019) | | | |
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