| 29 de JUNHO de 2020
Segunda-feira
- Confiança da indústria sobe 16,2 pontos em junho, a 77,6 pontos, afirma FGV
- Confiança da indústria registra segunda alta seguida em junho, aponta FGV
- Confiança de consumidor e empresa tem queda mais forte e recuperação mais lenta no Brasil
- Futuro do emprego no setor automotivo está na cadeia de fornecedores
- Indústrias de alumínio estão mobilizadas no combate ao coronavírus
- Empresários relatam a Guedes que pior já passou, mas situação segue muito ruim
- Número de ‘casos ativos’ de Covid-19 em Curitiba aumenta 640% em um mês
- Efeitos econômicos da covid-19 serão sentidos muito além de 2020, diz BCE
- Airbnb em crise com o coronavírus: 'Levamos 12 anos para construir a empresa e perdemos quase tudo em semanas'
- Entidades denunciam à ONU obstáculos à obtenção do auxílio emergencial na pandemia
- Efeitos do novo marco do saneamento virão em três ondas, avalia secretário
- Executivos aprovam home office, aponta pesquisa
- Mesmo com flexibilização, escritórios continuam com home office no Brasil
- Sistema de home office derruba mito de perda de produtividade
- Erro de sistema reduz benefício de 97 mil que tiveram redução de jornada ou contrato suspenso
- MP do corte de jornada mexe em PLR e pode afetar autuações da Receita
- 'Tem havido um desmonte da legislação social', diz vice-presidente do TST
- STJ admite trabalho infantil para completar aposentadoria
- 17,9 milhões ficaram fora da força de trabalho de 31/5 a 6/6 com a pandemia
- Gilmar Mendes suspende ações trabalhistas sobre correção e ameaça parar Justiça do Trabalho
- Impostômetro atinge R$ 1 trilhão neste sábado; Covid-19 faz arrecadação cair 26%
- Comitê da FGV que estuda ciclos econômicos sinaliza que Brasil entrou em recessão no 1º trimestre
- Mercado vê Selic a 2% e queda de 6,54% para PIB, aponta Focus
- Mercado piora previsão para o PIB de 2020 e vê novo corte nos juros
- Em linha com o mercado internacional, Ibovespa inicia semana em alta
- Contribuinte tem até esta terça-feira (30) para declarar o IR
- Postos de gasolina vão questionar escalada de preço do biodiesel no Cade
- Alta nos combustíveis faz IGP-M acelerar subida a 1,56% em junho, diz FGV
- Brasil e México incluem caminhões e ônibus em plano de livre comércio
- Mercedes-Benz vende 51 unidades do chassi OF 1724 para a Transwolff
- Com nova Strada, Fiat amplia o mercado que inventou
- Reed remarca para 2021 a AMTS, feira de manufatura automotiva
- Mercado mundial de autopeças deve registrar queda de 15% em 2020
- Hyundai faz rodízio de suspensão de contratos de trabalho em Piracicaba
- Setor de máquinas agrícolas já enxerga luz no fim do túnel
- Usiminas Mecânica será reestruturada
- Tramontina amplia portfólio de serviços de injeção de peças
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Em 29/06/2020
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Fonte: BACEN
| | | | | A confiança da indústria avançou 16,2 pontos em junho ante maio, alcançando 77,6 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (29). A variação registrada no mês foi a maior da série histórica da Sondagem da Indústria, iniciada em 2001, mas, mesmo considerando a alta de 19,4 pontos em maio e junho, a confiança ainda se situa abaixo do nível pré-coronavírus (101,4 pontos, em fevereiro).
Em junho, todos os 19 segmentos industriais pesquisados tiveram aumento da confiança. Este resultado é atribuído à forte melhora da percepção dos empresários em relação ao momento presente e, principalmente, para os próximos três meses. O Índice de Expectativas subiu 21,3 pontos, para 76,2 pontos. Já o Índice de Situação Atual cresceu 10,6 pontos, para 79,2 pontos. A diferença entre ISA e IE, que chegou a ser de 17,8 pontos em maio, agora é de apenas 3 pontos.
A maior contribuição para alta neste mês veio da redução do pessimismo dos empresários sobre a produção nos próximos três meses. O indicador de produção prevista saltou de 46,9 pontos para 82,9 pontos, recuperando 48,3 pontos desde maio, ou 71% do que foi perdido entre janeiro e abril. Houve forte queda da proporção de empresas prevendo nível de produção menor para os três meses seguintes (de 63,9% para 36,4%) e aumento do porcentual de empresas esperando nível maior (de 13,5% para 30,7%).
Além disso, os indicadores de emprego previsto e tendência dos negócios subiram 17,8 pontos e 9,1 pontos, para 76,5 pontos e 70,5 pontos, respectivamente. Já entre os indicadores que avaliam a situação no momento, apesar dos estoques permanecerem estáveis (de 81,9 pontos para 81,4 pontos), os demais avançaram. A demanda total aumentou 17 pontos, de 62,2 pontos para 79,2 pontos, e o de situação atual dos negócios cresceu 14,3 pontos, de 64,7 pontos para 79 pontos
"Em junho, a confiança do setor industrial avançou de maneira expressiva e disseminada entre todos os segmentos. Exceto pelos estoques, que se mantiveram estáveis, todos os demais indicadores apresentaram melhora significativa, embora permaneçam em nível muito baixo. A maior contribuição para a alta no mês vem da produção prevista, que sinaliza forte aceleração da produção no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre.
De maneira geral, os resultados sugerem que o pior momento tenha passado para a indústria, apesar de estarmos longe dos níveis anteriores ao início da pandemia e de haver elevada incerteza em relação ao ambiente de negócios para os próximos seis meses, que pode comprometer a velocidade da recuperação", comentou Renata de Mello Franco, economista da Ibre/FGV.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) também continuou a subir, depois do avanço de 3 pontos porcentuais em maio. Agora, em junho, a elevação foi de 6,3, pontos porcentuais, de 60,3% para 66,6%. Mas, da mesma forma, ainda se encontra 13,2 pontos porcentuais abaixo da média de janeiro de 2001 a março de 2020 (79,8%).
A edição de junho de 2020 da Sondagem da Indústria coletou informações de 1010 empresas entre os dias 1º e 25 deste mês. A próxima divulgação ocorrerá em 29 de julho. A prévia deste resultado será divulgada no dia 22 do mês que vem.
| Bem Paraná | | | | Indicador teve a segunda alta seguida e registrou a maior variação positiva da série histórica. As duas altas, porém, não foram suficientes para recuperar as perdas de março e abril.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getúlio Vargas, divulgado nesta segunda-feira (29) aumentou 16,2 pontos em junho, alcançando 77,6 pontos. De acordo com a FGV, trata-se da maior variação positiva do indicador da série histórica.
Esta foi a segunda alta consecutiva do índice. Nos dois meses, o índice acumula alta de 19,4 pontos, o que recupera apenas metade dos 39,3 pontos perdidos entre março e abril.
Com pandemia, produção industrial tem tombo recorde de 18,8% em abril, diz IBGE
De acordo com a FGV, todos os 19 segmentos industriais pesquisados tiveram aumento da confiança em junho. Este resultado é atribuído à forte melhora da percepção dos empresários em relação ao momento presente e, principalmente, para os próximos três meses.
A economista do FGV-IBRE ressaltou que todos os indicadores que compõem o índice apresentaram melhora significativa, à exceção dos estoques, que se mantiveram estáveis. No entanto, ela ponderou que todos permanecem em nível muito baixo. Segundo a economista, a maior contribuição para a alta no mês veio da produção prevista, "que sinaliza forte aceleração da produção no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre".
O Índice de Expectativas subiu 21,3 pontos, para 76,2 pontos. Já o Índice de Situação Atual cresceu 10,6 pontos, para 79,2 pontos. A diferença entre ISA e IE, que chegou a ser de 17,8 pontos em maio, agora é de apenas 3,0 pontos.
Renata avaliou que o índice de junho sugere que a indústria esteja saindo do seu pior momento diante da pandemia do coronavírus.
"De maneira geral, os resultados sugerem que o pior momento tenha passado para a indústria, apesar de estarmos longe dos níveis anteriores ao início da pandemia e de haver elevada incerteza em relação ao ambiente de negócios para os próximos seis meses, que pode comprometer a velocidade da recuperação”, enfatizou.
A maior contribuição para alta neste mês veio redução do pessimismo dos empresários sobre a produção nos próximos três meses. O indicador de produção prevista saltou de 46,9 pontos para 82,9 pontos, recuperando 48,3 pontos desde maio, ou 71% do que foi perdido entre janeiro e abril.
Houve forte queda da proporção de empresas prevendo nível de produção menor para os três meses seguintes (de 63,9% para 36,4%) e aumento do percentual de empresas esperando nível maior (de 13,5% para 30,7%). Além disso, os indicadores de emprego previsto e tendência dos negócios subiram 17,8 pontos e 9,1 pontos, para 76,5 pontos e 70,5 pontos respectivamente.
Ainda de acordo com o levantamento, o Nível de Utilização da Capacidade instalada teve acréscimo de 6,3, pontos percentuais, de 60,3% para 66,6%. Apesar da alta de 9,3 p.p. acumulada nos últimos dois meses, o NUCI ainda se encontra 13,2 p.p. abaixo da média de janeiro/2001 a março/2020 (79,8%).
Para compor o Índice de Confiança da Indústria, a FGV coletou informações de 1.010 empresas entre os dias 01 e 25 de junho.
| G1 | | | | Incertezas e destruição de empregos e empresas tornam retomada mais difícil
Apesar de a confiança de consumidores e empresários ter apresentado dois meses seguidos de recuperação após o fundo do poço verificado em abril, o indicador brasileiro encontra-se em uma situação desfavorável em relação à maioria dos países economicamente relevantes.
Segundo levantamento do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da FGV), o Brasil partiu de um patamar mais baixo de confiança antes da crise e, quanto se considera as magnitudes da queda e da recuperação, o país está em pior situação entre cerca de 20 economias selecionadas.
A confiança da indústria brasileira, por exemplo, caiu quase 50% de março para abril (cerca de 45 pontos, praticamente o dobro da média do recuo nos países selecionados).
Algo similar foi visto apenas na China. O país asiático, no entanto, recuperou em março mais de 100% da perda de fevereiro (pior mês nesse caso). O Brasil não chegou no meio do caminho e apresenta recuperação mais lenta que praticamente todos os países selecionados.
Em relação à confiança dos consumidores, a queda foi de 50 pontos, quase o dobro do verificado no Japão e na Colômbia, que ficaram em segundo lugar entre os países mais afetados nesse indicador. Nesse caso, a Brasil tem uma taxa de recuperação mais alinhada a outros países, mas que é favorecida pela base de comparação mais baixa.
"Se a gente considerar o momento anterior da pandemia e que o Brasil é o país que tem o indicador de incerteza mais elevado do mundo, isso tudo contribui para que a gente imagine que a recuperação da confiança não vai ser tão rápida assim. O Brasil vai ter mais dificuldade que outros países", afirma o economista Rodolpho Tobler, da FGV Ibre.
Segundo Tobler, é muito provável que abril tenha sido mesmo o fundo do poço para a economia, mas ainda não se sabe se haverá uma nova onda de contaminação que possa reverter o processo de reabertura das últimas semanas.
Além disso, as sondagens da FGV consideram tanto a avaliação da situação atual como a expectativa em relação ao futuro. E o resultado tem sido mais influenciado pelo indicador de expectativas, pois na situação atual é natural que as pessoas imaginem um futuro melhor do que o presente.
O economista afirma ainda que o consumidor brasileiro está menos confiante que o empresariado, algo que se explica pelos altos índices de desemprego e afeta o principal pilar da economia, o consumo das famílias, que deve demorar a se recuperar.
Segundo Tobler, o pagamento do auxílio emergencial a trabalhadores informais contribuiu para melhorar a confiança do consumidor, mas não foi suficiente para recuperar o que foi perdido.
Marcelo Neves, professor da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras da FEA/USP), afirma que os índices de confiança e outros indicadores econômicos confirmam que a economia está em processo de recuperação, mas a destruição de empresas e empregos nos últimos meses vai atrasar esse processo.
"Aparentemente, a gente bateu no fundo do poço e estamos em uma trajetória de estabilidade para melhora. A notícia ruim é que o poço é muito fundo. Agora, é preciso dar tração à economia", afirma Neves.
"Será muito difícil ter uma retomada muito rápida. Estávamos atrasados em relação ao resto do mundo antes da crise. E você teve destruição de emprego, destruição de renda, empresas fecharam, pararam de recolher impostos. Vai ter menos gente para empurrar o carro."
Ele afirma que o auxílio emergencial e outras ações do governo foram importantes para essa estabilização, mas que agora é necessário retirar lentamente esses incentivos e, ao mesmo tempo, buscar outras formas de ação estatal para que haja uma retomada do crescimento.
Além disso, afirma ser importante que a sociedade possa caminhar na mesma direção, a despeito dos problemas políticos, e que haja mais harmonia entre os Poderes para que sejam aprovadas reformas que estimulem os investimentos privados, como ocorreu no caso recente da aprovação do novo marco do saneamento pelo Congresso.
O professor de macroeconomia do Insper Eduardo Correia afirma ver nos indicadores de confiança, incluindo sondagens e índices financeiros como Bolsa e juros, um otimismo exagerado.
Ele questiona a capacidade do Ministério da Economia de coordenar um processo de recuperação econômica que dependa mais da ação governamental e critica o relaxamento das medidas de isolamento por governos estaduais, que classifica como precipitada.
"Eu sou muito cauteloso com o caso brasileiro, porque aqui, mais do que em outros países relevantes economicamente, a gente tem se movido no escuro, sem testagem para a Covid-19, com manipulação de dados pelo Ministério da Saúde", afirma Correia.
"O Brasil corre um risco maior do que outros países de ter uma segunda onda muito forte justamente por causa de um relaxamento prematuro. O que diferencia o Brasil é essa falta de planejamento."
| Folha de S.Paulo ( publicado em 26-06-2020) | | | | Produção local de peças tornou-se uma necessidade devido à pandemia
Desde a crise que se agravou em 2014, as montadoras já fecharam quase 30 mil postos de trabalho.
O setor viveu seu sonho de Ícaro entre 2003 e 2013. Impulsionadas pelo crescimento econômico e por benefícios fiscais pouco ortodoxos, como o vai e vem do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), as vendas batiam seguidos recordes.
No Salão do Automóvel de São Paulo 2012, a Anfavea (associação das montadoras) projetou um futuro brilhante.
A expectativa era de alta constante, chegando a 5 milhões de veículos emplacados em 2017. As fabricantes se prepararam para atender a essa demanda.No meio do caminho, a cera das asas derreteu ao sol.
Em 2012, as montadoras empregavam 150 mil trabalhadores. Nos anos seguintes, apesar da crise, novas marcas estabeleceram fábricas no país. O programa Inovar-Auto estimulava a produção local, mesmo que essa se resumisse ao encaixe de peças importadas.Em dezembro de 2013, havia 157 mil empregados.
Ao longo do ano seguinte, cerca de 12 mil foram demitidos. Hoje, há 125 mil trabalhadores nos diferentes setores das montadoras.A previsão virou pó: foram comercializados 2,24 milhões de veículos leves e pesados em 2017 —e isso não foi considerado ruim, pois o mercado vinha de três anos de crise aguda.
Mas sempre pode piorar. A nova retração causada pela pandemia do novo coronavírus vai derrubar as vendas em 2020, que deve terminar com 1,8 milhão de carros licenciados. A consequência é vista nas movimentações das montadoras.
A Nissan desligou 398 funcionários em Resende, a Volvo Caminhões deve abrir um programa de demissão voluntária em Curitiba e outras empresas negociam com os sindicatos de diferentes regiões.
Há esperança de que a onda de demissões não se concretize, e para isso os capitães da indústria buscam auxílio governamental. Pode haver uma chance de preservação de postos aí, mas não é mais possível falar em geração de novas vagas dentro das montadoras.
O caminho para o emprego passa pela cadeia de fornecedores. O Brasil viveu um intenso processo de desindustrialização nos últimos anos. As montadoras passaram a importar mais componentes, operação que se tornou menos onerosa do que fomentar a produção local.
Os fornecedores foram penalizados, principalmente as empresas de menor porte, que não tinham escala para atender à demanda ou condições de oferecer produtos competitivos em comparação a gigantes chineses, por exemplo.
Com a pandemia do novo coronavírus, o jogo mudou. Houve falhas na cadeia de abastecimento das montadoras, tanto pela paralisação de fábricas na Ásia como por problemas de logística.
Agora, as empresas reveem estratégias e começam a investir novamente na produção local de componentes, sem abandonar a importação de itens específicos. Entretanto, esse movimento não se dará dentro das montadoras. As fábricas de automóveis são cada vez mais robotizadas e focadas na produção de partes da carroceria, chassis e motores.
Em condições normais, os 125 mil trabalhadores de hoje dão conta de toda a operação. Mesmo que haja uma forte retomada do mercado em 2021, não há contratações no horizonte. Mas se o processo de localização de componentes for adiante, haverá movimentação na cadeia de fornecedores.
Caso surja algum plano de incentivo governamental, o setor de peças deve ser colocado em primeiro plano. De acordo com o Sindipeças (entidade que representa os fornecedores), as empresas do setor empregam 248 mil trabalhadores.
Se os negócios se expandirem, haverá até a possibilidade de absorver ex-funcionários de diversas marcas automotivas, mão de obra altamente qualificada.
Esperar que as fabricantes de veículos saiam da crise, preservem empregos e voltem a contratar é um sonho distante.
Se a indústria tem alguma chance de reverter o encolhimento das vagas, essa possibilidade está na cadeia de suprimentos que abastece as montadoras.
Eduardo Sodré - Jornalista especializado no setor automotivo.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 26-06-2020) | | | | As instituições disponibilizaram respiradores mecânicos e testes rápidos. Para auxiliar a área da saúde, as empresas também doaram recursos financeiros
Como outros ramos essenciais, a indústria do alumínio também está empenhada no combate ao coronavírus no Brasil. Empresas de diversos estados realizaram doações no mês de junho para auxiliar na detecção e no tratamento da doença causada pelo vírus: Covid-19.
A Mineração Rio do Norte (MRN), por exemplo, realizou a entrega de quatro respiradores para os municípios de Terra Santa e de Oriximiná, localizados na região Oeste do Pará.
“Desde o início da pandemia, a MRN vem apoiando os sistemas públicos de saúde dos municípios de sua área de atuação. Doamos para as secretarias municipais de saúde diversos equipamentos hospitalares, EPIS e aparelhos respiradores. Acreditamos que esses equipamentos de ventilação mecânica poderão ampliar o atendimento à população”, afirmou o diretor de Sustentabilidade da Mineração Rio do Norte, Vladimir Moreira.
Os recursos destinados para os quatro respiradores totalizaram R$ 232 mil reais. Até o momento, a Mineração Rio do Norte investiu cerca de R$ 5 milhões em ações de enfrentamento à Covid-19 na região, o que inclui campanhas preventivas; distribuição de cestas básicas paras comunidades (quilombolas, ribeirinhas e indígenas); doação de equipamentos hospitalares, materiais de higiene e testes rápidos para os hospitais municipais. Além desses, a empresa está apoiando hospital de Alenquer com equipamentos e a prefeitura de Santarém com 3 mil cestas básicas.
Doações de recursos financeiros auxiliam no atendimento de pacientes
A Alcoa Foundation fez a doação de R$ 240 mil para a aquisição de mobiliário, equipamentos e medicamentos em prol do Hospital de Campanha de Poços de Caldas (MG), sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde.
Com doação da Alcoa, barco-hospital atende 38 comunidades ribeirinhas de Juruti (PA)
Em abril, a unidade da Alcoa na região já havia fornecido mobiliário e televisores para a montagem de novos leitos de isolamento e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“Desde o início da pandemia, temos direcionado todos os nossos esforços para ajudar as comunidades. Com esta doação, totalizamos R$ 670 mil investidos na nossa região”, destaca o gerente de Operações da Alcoa Poços de Caldas, Walmer Rocha.
Além disso, a indústria doou outros R$ 400 mil para o Barco-Hospital Papa Francisco, que atende 38 comunidades ribeirinhas do município de Juruti (PA). A unidade móvel de saúde está auxiliando os serviços médico ambulatorial e clínico, além de realizar exames laboratoriais, de imagem (mamografia e Raio-X), ultrassonografia, eletrocardiograma, atendimentos odontológicos, entre outros.
O Barco-Hospital percorre as regiões dos polos Uxituba, Maravilha e Galileia, na região de Juruti Velho, e os polos Guaranatuba, Mocambo e Sabina, na região do Rio Mamuru.
| CNI (publicado em 26-06-2020) | | | | Um grupo de empresários disse nesta sexta-feira (26) ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que o pior da crise do coronavírus já passou, mas que a situação continua muito ruim.
Em reunião fechada à imprensa, representantes da Coalizão Industrial relataram ao titular da Economia que as vendas começaram a se recuperar depois de atingir o fundo do poço em abril, mas que a maior parte dos setores ainda trabalha com ociosidade altíssima.
Foram citados no encontro os exemplos dos setores de aço, cuja produção equivale a apenas 60% da capacidade instalada, e os fabricantes de calçados, que produzem hoje menos de 30% do que poderiam.
Para minimizar o problema, os setores solicitaram ao ministro a retomada do Reintegra, regime especial de tributação que devolve impostos para empresas exportadoras. Hoje a alíquota é apenas simbólica, de 0,1%, e o pleito é elevar para 3% do valor do produto exportado.
Pelas contas do setor privado, uma taxa de 3% no Reintegra significaria um gasto adicional de US$ 2,5 bilhões por ano para a União, o equivalente a cerca de R$ 13,5 bilhões. Segundo pessoas que participaram do encontro, o ministro disse que o pedido era justo e que iria avaliar.
Na reunião, Guedes ainda ouviu muitas queixas de que a Receita Federal não estaria dando a devida atenção ao assunto, e também reclamações contra a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Os empresários estão preocupados com a revisão das regras do antidumping, que devem dificultar a adoção de medidas de defesa comercial, e também com o avanço das negociações de livre comércio entre Mercosul e Coreia do Sul, que representariam mais concorrência.
| CNN Brasil ( publicado em 26-06-2020) | | | | Em 27 de maio, a Capital paranaense tinha 228 casos ativos. Ontem, esse número chegou a 1.689
O número de casos “ativos” de Covid-19 aumentou 640% em Curitiba, em um mês. Os dados constam de relatório divulgado ontem pela Secretaria Municipal de Saúde e se referem à diferença entre casos confirmados e pacientes recuperados ou mortos, ou seja, são pacientes que seguem em acompanhamento médico.
Em 27 de maio, a Capital paranaense tinha 228 casos ativos. Ontem, esse número chegou a 1.689. Do total de casos analisados até ontem, 2883 foram descartados, 513 seguem como suspeitos, 2.377 foram recuperados. O relatório aponta ainda um total de 133 mortos, 98 casos novos contabilizados ontem, além de seis mortes.
As seis novas vítimas são um homem de 59 anos e cinco mulheres entre 59 e 98 anos de idade. Todas vítimas tinham doenças crônicas e estavam internadas em diferentes hospitais de Curitiba. Um óbito ocorreu neste sábado (27/6), quatro na sexta-feira (26/6) e um no dia 22 de junho, todos com resultado laboratorial (PCR) que confirmou a infecção pelo novo coronavírus.
Novos casos - O boletim mostra ainda 98 novos casos confirmados da doença em moradores da cidade. Até agora 4.199 pessoas testaram positivo para o novo coronavírus, dos quais 2.377 já estão liberados do isolamento. Há ainda outros 513 casos em investigação, aguardado resultado de exames, e 2.883 já foram descartados, desde o primeiro caso confirmado da doença na capital paranaense, em 11 de março de 2020.
Além dos 133 óbitos confirmados até agora, 431 mortes foram descartadas e 9 estão em investigação para covid-19.
Internamentos - Atualmente, 345 pacientes confirmados com a covid-19 estão internados em hospitais públicos e privados da capital paranaense, 120 deles em UTI.
A taxa de internamento das UTIs do SUS exclusivas para covid-19 neste sábado (27/6) na capital é de 82% - todos aqueles que deram entrada no internamento com sintomas suspeitos de síndromes respiratórias agudas graves vão para leitos exclusivos covid-19 e não apenas os com casos confirmados.
| Bem Paraná ( publicado em 28-06-2020) | | | | Dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Isabel Schnabel afirmou que os efeitos econômicos da crise gerada pela pandemia de covid-19 serão sentidos "muito além" de 2020. "As mudanças em nossa economia induzidas pela pandemia são, portanto, com toda a probabilidade, não apenas temporárias, mas estruturais", disse a dirigente, em um discurso feito neste sábado.
De acordo com Schnabel, a taxa de desemprego na zona do euro provavelmente ainda estará "visivelmente mais alta" daqui a dois anos do que o previsto antes da crise. Ela destaca que as projeções apontam para um declínio de 9% na atividade econômica do bloco comum neste ano, com encolhimento de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha, maior economia da zona do euro.
"As cadeias de valor globais já estão sendo testadas, a produtividade em muitos setores de serviços pode ser permanentemente afetada e alguns setores provavelmente nunca voltarão aos níveis anteriores à crise", alertou.
Para a dirigente, o curso atual da política monetária do BCE contribuiu "decisivamente" para aliviar as consequências financeiras e preservar empregos e investimentos na região. "Em suma, os benefícios de nossas medidas superam claramente seus custos", afirmou.
Schnabel defendeu o uso do Programa de Compras de Emergência de Pandemia (PEPP, na sigla em inglês) e disse que, até agora, não há sinais de que a resposta de política monetária do BCE tenha afetado significativamente a disciplina orçamentária dos governos ou criado um risco moral. "Isto significa que as medidas tomadas pelo BCE em resposta à crise foram necessárias, adequadas e proporcionadas para garantir a estabilidade dos preços na zona do euro", defendeu.
| Bem Paraná ( publicado em 27-06-2020) | | | | Pandemia fez com que a startup tivesse que reduzir seus custos, o que levou à demissão de 1.900 pessoas
O golpe devastador da pandemia na indústria turística colocou a startup, considerada uma das empresas de tecnologia mais valiosas dos Estados Unidos, diante do maior desafio da sua história.
"Demoramos 12 anos para construir o negócio do Airbnb e perdemos quase tudo em questão de quatro a seis semanas", revelou o diretor e fundador da empresa, Brian Chesky, esta semana.
Em uma entrevista para a rede americana CNBC, Chesky detalhou os problemas do Airbnb e compartilhou seus prognósticos sobre o futuro da indústria, que será "muito diferente" do que a que conhecemos.
VIAGENS PARALISADAS
A crise da Covid-19 afetou duramente o Airbnb no começo de março, quando o turismo ficou paralisado em meio às quarentenas ao redor do mundo.
O coronavírus fez com que a startup tivesse que reduzir drasticamente seus custos, o que levou à demissão de 1.900 pessoas — ou 25% de seus empregados — e eliminação de gastos com marketing, entre outros.
"Foi uma experiência horrível", disse.
"Não sabemos quanto tempo essa tormenta vai nos atingir, por isso, então esperamos o melhor, mas nos preparamos para o pior."
O corte de pessoal —que a imprensa americana classificou como um dos maiores feitos no Vale do Silício (apelido dado à região perto de San Francisco onde ficam várias das maiores empresas de tecnologia do mundo) durante a Covid-19 — permitirá que a empresa possa aguentar uma nova fase da crise, diz o executivo.
"Se tivermos outra quarentena ou várias quarentenas, se as comunidades continuarem obrigadas a fechar e o turismo parar, estaremos bem com as mudanças que fizemos."
Este ano, o Airbnb estima que terá menos da metade das receitas de 2019, segundo mensagem enviada pelo executivo a seus empregados, na época do anúncio dos cortes.
O FUTURO DO TURISMO
Ainda que a empresa não tenha se recuperado, nos últimos meses, ela tem "produzido algo significativo", segundo o diretor.
No final de maio e começo de junho, o Airbnb registrou o mesmo volume de reservas que o ano anterior nos Estados Unidos, mesmo sem nenhum tipo de investimento em publicidade.
Isso, na opinião de Chesky, reflete o fato de que as pessoas querem se relacionar com os demais —que querem sair de casa.
"Acho que o turismo vai voltar, mas tomará mais tempo do que pensávamos e será diferente."
O diretor executivo do Airbnb tem certeza: o turismo tal como o conhecíamos é coisa do passado.
"Ninguém sabe como será, mas acho que veremos uma redistribuição dos lugares para onde se viaja."
Nesse novo panorama e com dados disponíveis do Airbnb, Chesky prevê que, diante das incertezas provocadas pelo vírus, o enfoque será sobre o turismo interno, com viagens a comunidades locais.
No momento, há alguns dados que trazem esperança para a empresa. O Airbnb não perdeu nenhum imóvel na sua plataforma.
"Temos mais casas hoje do que quando começou a Covid-19", diz o co-fundador.
A Airbnb queria abrir em bolsa neste ano, uma medida que ainda não está descartada, mas que já não é mais um compromisso da diretoria.
O co-fundador diz que é um momento para ser mais moderado e não ver as coisas de forma tão extrema.
"Espero que esses últimos quatro meses tenham sido uma lição."
| Folha de S.Paulo ( publicado em 27-06-2020) | | | | Um grupo de 162 entidades de defesa da renda básica enviou documento à ONU denunciando o que apontam como obstáculos à obtenção do auxílio emergencial na pandemia de Covid-19 pela população mais necessitada, público alvo da iniciativa do governo federal. O texto é assinado pela Conectas e pelo Inesc (Instituto dos Estudos Socioeconômicos).
BLOQUEIO
Entre os problemas apontados estão “a demora em dar retorno às solicitações de milhões de brasileiros”, a “inadequada exigência de telefone, conexão à internet e e-mail para todas as pessoas se habilitarem” e as dificuldades enfrentadas por pessoas que perderam seus documentos e não conseguem obter segunda via na pandemia.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 28-06-2020) | | | Os efeitos do novo marco legal do saneamento, aprovado nesta semana pelo Congresso, serão percebidos em "três ondas", avalia o secretário de Desenvolvimento da Infraestrutura do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord.
A primeira poderá ser observada em breve, com possíveis processos de privatização de empresas estatais. Apesar da avaliação de especialistas de que esse tipo de estruturação levará mais tempo, Mac Cord acredita que companhias com capital já negociado na Bolsa de Valores, como a Sabesp (SP) e a Copasa (MG), não terão dificuldades em seguir com planos de privatização, se optarem por esse caminho.
"Nessa primeira onda, que é espontânea, você tem governadores que já queriam privatizar ou conceder, então isso já acontece imediatamente. Há razão quando se diz que as modelagens demoram um pouco, mas não é tão traumático assim modelar uma privatização de empresas que já tem capital aberto", disse Mac Cord.
Para essa primeira onda, Mac Cord também inclui o avanço dos projetos de concessão já estruturados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para alguns Estados, como Rio de Janeiro e Alagoas. Esses, no entanto, não dependem do novo marco legal.
Já o segundo momento de resultados do novo marco será visto em 2022, avalia o secretário. A data marca o prazo final para que as companhias estaduais renovem seus contratos atuais por mais 30 anos. Para isso, no entanto, vão precisar comprovar que têm capacidade econômico-financeira para fazer frente aos investimentos necessários.
A terceira onda, avalia o secretário, será percebida em sete ou oito anos, resultado de eventuais caducidades contratuais após empresas não conseguirem bancar com o cronograma de universalização previstos nos contratos.
O novo marco legal estabelece que as empresas terão de garantir o atendimento de 99% da população com água potável e de 90% da população com coleta e tratamento de esgoto até o fim de 2033.
| Bem Paraná ( publicado em 27-06-2020) | | | | A nova rotina de Alexandre Cavalcante ilustra bem o resultado de pesquisa conduzida pela FIA e FEA/USP sobre o home office forçado pela covid-19. Funcionário de um banco de investimentos, Cavalcante improvisou uma mesa de operações dentro de seu apartamento. Colocou em uma gaveta aberta o notebook do banco com as cotações de mercado e as ordens de serviço e compartilhou o sistema com seu computador pessoal, que antes era usado como videogame.
"O resultado tem sido satisfatório. Apesar de algumas vezes eu estar no meio de uma negociação complicada e entrar um dos meus dois filhos gritando para colocar Power Rangers na televisão", diz ele. "Dá para trabalhar bem, mas rotina em casa é chata. Gosto de pessoas."
Realizada entre os dias 27 de maio e 3 de junho, a pesquisa mediu a percepção de trabalhadores alocados em cargos de média e alta gestão nesses primeiros três meses de home office.
Apesar de trabalharem mais do que oito horas por dia, sendo que 12% relatam jornadas acima de 10 horas, sete dias por semana, e de contarem com pouco suporte de infraestrutura - apenas 13% dizem dispor de equipamentos apropriados cedidos por suas empresas -, 7,5 em cada 10 executivos afirmam ter uma percepção positiva da experiência.
Ainda segundo a pesquisa, obtida com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, cerca de 70% deles se dizem motivados a continuar trabalhando em suas casas depois do término do período de isolamento compulsório.
"Esse resultado nos surpreendeu positivamente", afirma o professor da FEA/USP e coordenador de cursos de gestão de recursos humanos da FIA, André Fischer. "Observamos que, embora com pouco auxílio das empresas, no sentido de suprir os seus executivos com equipamento, eles estão satisfeitos com o home office e mantêm um alto índice comprometimento", afirma.
Segundo a pesquisa, 47% dos entrevistados afirmam que não contam com nenhum equipamento ergonômico, como cadeiras, suportes para computador e bases para os pés. A infraestrutura de trabalho em casa é, em sua maioria, de propriedade do profissional, assim como as despesas decorrentes com internet (93%) e energia elétrica (97%). Até mesmo o computador corporativo não é realidade para 39% dos trabalhadores em nível de gestão.
Para o paulistano Alan Couto, que trabalha como gerente de operações em uma rede de escolas de idiomas, a falta de equipamentos para o teletrabalho está associada ao inesperado da situação. "De uma hora para outra estávamos trabalhando em casa", diz ele, que está em home office desde a segunda quinzena de março. "Tenho uma equipe com mais de 30 pessoas e não temos máquinas para todos. Eles estão trabalhando com o que têm em casa", diz.
No ambiente corporativo, a percepção é de que muitas empresas esperavam por um período relativamente curto de home office.
"No começo, a quarentena iria até 30 de abril em São Paulo, depois até 15 de maio, depois 30 de maio. Agora que percebemos que ela será longa, com um retorno em fases", afirma Paôla Borges, gerente comercial da empresa de locação de mobiliário John Richard.
Há dez dias, a empresa lançou um serviço de aluguel de home office. "Quando caiu a ficha, mudamos do escritório para o home office. Em dez dias temos mais de 500 contratos em análise", afirma. "Minha opinião é que as pessoas e as empresas gostaram de trabalhar em casa e isso veio para ficar."
Crise
Na opinião de Alan Couto, independentemente de gostar ou não do home office, a percepção positiva captada pelos profissionais na pesquisa se dá pelo fato de que eles se mantêm empregados em um momento de grave crise. "As pessoas têm se dedicado ao trabalho. Estão com medo de perder o emprego."
Responsável pela pesquisa, Fischer compartilha da mesma opinião. "Não temos isso no levantamento, mas é claro que o momento de grave crise afeta nesse cenário positivo", diz. "Uma outra explicação para a boa receptividade do home office é o tempo economizado com o deslocamento até o trabalho, que era motivo de queixa dos trabalhadores. A maioria demorava em média 61,5 minutos no trajeto diário de ida e volta ao trabalho", afirma ele.
A pesquisa ouviu 1.566 pessoas, sendo que 64,4% são de pós-graduados e 42% atuam em posições de alta gestão, como presidente, diretor, gerente, coordenador ou supervisor, recebendo um salário bruto médio acima de R$ 9 mil.
A maioria dos pesquisados (58,3%) não trabalhava em home office antes da pandemia. Agora, sete em dez trabalham cinco dias da semana em casa. Exercem suas atividades em um cômodo da residência que é compartilhado com outras atividades domésticas.
| Bem Paraná ( publicado em 28-06-2020) | | | | Uma pesquisa realizada pela Mercer Marsh Benefícios, empresa de gestão em saúde empresarial, obtida com exclusividade pela CNN, mostra que mesmo com a permissão para a retomada das atividades em escritório em grande parte do país, 43% das empresas ainda não voltariam ao trabalho presencial, nem definiram data para o retorno dos funcionários.
No escritório de um banco em São Paulo, 90% dos colaboradores ainda estão home office e a empresa não pretende retomar tão cedo.
“O home office se provou muito eficiente, e essa é uma forma de cuidarmos da saúde dos nossos colaboradores”, disse Rafael Brazão, head de RH do C6 Bank.
O estudo (online) ouviu cerca de 300 grandes e médias empresas nacionais e multinacionais, de 4 a 12 de maio. A maior participação foi de bancos, instituições financeiras e empresas de tecnologia.
Mesmo depois das medidas de flexibilização, 43% das empresas ouvidas ainda estão planejando retorno das atividades presenciais. Por outro lado, 50% já retomaram. As demais já definiram a data da volta, que ainda não aconteceu.
Para conter os riscos de contaminação pelo novo coronavírus entre os trabalhadores, 75% das empresas já mapearam quais são os funcionários que estão no grupo de riscos.
Em relação aos critérios utilizados para identificar e selecionar os trabalhadores que irão retornar, 46% vão priorizar funcionários sem familiares que estão no grupo de riscos de contaminação pelo vírus e 38% aqueles sem histórico da doença.
O estudo traz ainda os principais protocolos de segurança no ambiente de trabalho: 65% vão aferir a temperatura corporal e 31% farão entrevistas para identificar possíveis sintomas. Foi identificado também que 84% fornecerão equipamentos de proteção individual (EPIs) - máscaras, luvas e frascos individuais de álcool em gel dentro das fábricas, comércios e escritórios.
Mariana Dias Lucon, diretora da Mercer Marsh Benefícios, disse à CNN que outra ação observada pela pesquisa foi o investimento das empresas em relação a saúde mental dos colaboradores “76% das empresas incluíram nos seus pacotes de benefícios, ações relacionadas ao apoio da saúde mental”.
Quem já retornou ao trabalho diz que a rotina mudou com o escritório vazio. “Queria dar um abraço no meu colega de trabalho, depois de três meses de home office, mas não podemos, né”, lamenta a head de finanças Karina Rodriguês.
| CNN Brasil ( publicado em 27-06-2020) | | | A percepção dos executivos sobre os primeiros três meses de home office é de que o período serviu para implodir o mito da perda de comprometimento da equipe com a descentralização do trabalho fora do escritório. Assim, a expectativa é que a "nova realidade" mude as relações corporativas de agora em diante.
Uma das consequências deve ser a manutenção do home office. Pesquisa conjunta realizada pela FIA e pela FEA-USP indica que 70% dos executivos brasileiros se sentem motivados a continuar trabalhando em suas casas depois do término do período de isolamento compulsório.
O presidente da Trevisan Escola de Negócios, VanDyck Silveira, é um deles. Antigo crítico do modelo, desde os tempos em que era o número dois na estrutura da Duke Corporate Education, em Londres, se diz agora um convertido.
"O home office nunca funcionou e o que via era que os executivos usavam o dia de trabalho em casa para fazer outras coisas. Agora, nesses três meses, minha percepção mudou e sou agora um cristão-novo do home office", diz ele, que estuda manter o teletrabalho para parte de seus mais de 300 funcionários no futuro. "Nunca tivemos tantas entregas quanto agora."
Pela pesquisa, a percepção de 71% dos executivos é de que o desempenho em casa está igual ou superior ao do escritório.
"Os resultados de produtividade são altos", diz André Fischer, responsável pela pesquisa.
| Bem Paraná ( publicado em 28-06-2020) | | | | Trabalhadores vão receber a diferença em uma folha complementar nesta semana
Cerca de 97 mil trabalhadores tiveram o Bem (Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e Renda) reduzido devido a um erro no sistema de processamento de dados da Dataprev.
De acordo com o órgão, que atua com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, responsável pela gestão e definidor das regras do programa, o erro atinge cerca de de 2,7% do total das parcelas pagas pelo governo na semana passada (23 a a 26 de junho) e das agendadas para pagamento nesta semana, de 30 de junho a 3 de julho.
Segundo o Dataprev, o problema atinge cerca de 97 mil trabalhadores que tiveram o depósito reduzido. O erro também alterou no sistema o montante pago na primeira parcela para essas pessoas.
Esses trabalhadores vão receber a diferença em uma folha complementar com a diferença do valor enviada às instituições bancárias nesta semana. “ A previsão é que os depósitos sejam regularizados a partir do dia 7 de julho”, afirmou o Dataprev, por meio de nota.
De acordo com o governo, o erro aconteceu no dia 19 de junho, quando foram implementadas correções para tratar divergências em informações que haviam sido prestadas pelos empregadores, como CNPJ, data de nascimento e de contratação, entre outros.
"Assim, foi aplicada nova regra de procedimento para a verificação de novos campos constantes dentro das bases de dados consultadas pela Dataprev. No entanto, a aplicação foi efetuada para todos os acordos firmados e não apenas para os novos, inseridos daquele momento em diante", diz o órgão.
O corte de salário e jornada ou a suspensão do contrato de trabalho tem respaldo na medida provisória 936, publicada no início de abril. As regras podem ser aplicadas após acordo entre patrão e empregado, de forma individual ou coletiva.
O valor a ser pago pelo governo federal é calculado com base no valor que o trabalhador teria direito a receber como parcela do seguro-desemprego.
Pelo texto da norma, trabalhadores que tenham o contrato suspenso ou reduções de jornada e salário terão um benefício do governo que pode chegar a 100% do que receberiam de seguro-desemprego em caso de demissão (que hoje varia entre R$ 1.045 e R$ 1.813,03). O valor do pagamento dependerá do faturamento da empresa e da faixa salarial do empregado.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 28-06-2020) | | | Artigo, inserido na MP ainda na discussão na Câmara, permite acordos de PLR no mesmo ano do pagamento da participação
À espera de sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a medida provisória 936, que suspende contratos de trabalho e reduz jornada e salário, incluiu dispositivo que altera a lei da PLR (participação nos lucros ou resultados) e pode afetar autuações da Receita.
O artigo foi inserido na MP ainda na discussão na Câmara. O texto permite que empresas e funcionários fechem acordos de PLR no mesmo ano do pagamento da participação, e não no ano-calendário anterior, como no entendimento vigente no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).
Se a empresa decidir pagar a participação em parcela única, o acordo deve ser fechado até 90 dias antes, conforme a MP. Se o valor for fracionado e uma parte for antecipada, o texto diz que as duas partes precisam assinar a negociação antes, mas isso pode ocorrer no mesmo ano, e não necessariamente no ano-calendário anterior.
“É uma forma de estimular os acordos de PLR”, afirma Domingos Fortunato, sócio do escritório Mattos Filho. “Por que esses 90 dias? Como empresário, você vai ter uma previsibilidade do que vai acontecer nesses 90 dias, saber como está indo o barco.”
É a mesma avaliação de Marcello Pedroso, sócio do Demarest. “A jurisprudência do Carf entendia que, para a PLR de 2020, o plano deveria estar assinado até dezembro de 2019”, diz. “Mas, às vezes, isso é impossível, porque envolve planos globais da companhia. Como estipular a PLR se você só vai fechar o balanço no começo do ano seguinte?”
ação.
A lei veda o pagamento de antecipação ou distribuição de PLR em mais de duas vezes no mesmo ano ou em periodicidade inferior a um trimestre. Isso acontece para que o valor não configure salário.
No entendimento do Carf, se uma empresa pagasse a PLR em mais do que duas parcelas --o que poderia ocorrer em caso de erro contábil, por exemplo--, poderia ser autuada e todo o valor era descaracterizado. A autuação era feita com base no pagamento inteiro, e não sobre a parcela excedente.
“Vai causar um bom impacto [nas autuações], porque acaba com parte das discussões sobre PLR”, avalia Giácomo Paro, sócio do Souto Correa Advogados. “Hoje, se ocorre um pagamento em desacordo com a regra, isso invalida o plano de PLR ou só o que foi pago fora dele? Essa mudança vai dizer que invalida só os pagamentos feitos em desacordo com a norma.”
O texto da MP também diz que as alterações promovidas na lei da PLR têm caráter interpretativo, o que significa que valeriam para novos processos no Carf, mas também poderiam ser aplicadas em ações em andamento no conselho.
“Todas as autuações em discussão podem ser afetadas por esta regra. Mas isso é reflexo da jurisprudência do Carf, que já caminhava nesse sentido”, afirma Marcello Pedroso, do Demarest. “Dá mais segurança jurídica para a empresa. Antes, se mudasse a composição do Carf, poderia mudar uma situação que foi discutida há dez anos.”
O relator do texto na Câmara, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), também diz que a intenção foi dar mais segurança jurídica à lei da PLR. “Havia uma interpretação polêmica pela Receita. A Receita interpretava que a empresa tentava burlar ou como uma forma de aumento de salário para diminuir a tributação. Havia uma controvérsia jurídica.”
Segundo ele, as mudanças atenderam a pedidos de sindicatos de trabalhadores, como bancários e metalúrgicos, mas também de entidades patronais da indústria e do setor de serviços.
“A PLR constitui parte relevante da renda dos trabalhadores no setor bancário. Foi uma maneira de permitir uma interpretação clara da norma, já que alguns auditores identificavam de um modo, outros de outra maneira.”
| Folha de S.Paulo ( publicado em 26-06-2020) | | | | O crescimento do teletrabalho no mundo pós-pandemia deve demandar uma regulamentação adicional da modalidade para garantir aos trabalhadores o "direito à desconexão", afirma ao jornal O Estado de S. Paulo e ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Luiz Philippe Vieira de Mello.
O ministro diz que a crise mostrou a necessidade de fortalecer a proteção social dos trabalhadores e questiona o mote do governo de que menos direitos trabalhistas vão gerar mais empregos.
O governo permitiu suspensão de contrato ou redução de jornada e salário por meio de acordos coletivos e individuais. Haverá judicialização?
Em questões de redução de salário, jornada ou qualquer outra discussão que envolvam perdas, é imprescindível a participação do sindicato. É ele que opera as compensações e assegura a manutenção de patamares salariais para a categoria. Neste momento da pandemia, o Supremo entendeu ser constitucional a excepcionalidade de ajustes individuais. Mesmo assim, muitas categorias resolveram as questões pela via sindical, porque isso gera muito mais segurança e estabilidade para os empregados e para os empregadores. E milhões de trabalhadores acabaram seguindo pela via individual, que pode levar a questionamentos futuros por força da insegurança.
Determinar por WhatsApp a redução de salários e jornada é negociação? Ou isso é uma imposição em razão das circunstâncias? Não quero aqui preconizar que o questionamento vai acontecer. Mas aqueles que optaram pela via coletiva com certeza estão muito mais resguardados.
A informalidade é elevada no Brasil. Qual é a importância de tentar reduzir isso no pós-crise?
O Estado tem de ter políticas inclusivas, para efeitos de proteção à saúde e dos próprios direitos sociais como um todo. Sem proteção social, vou jogando as pessoas na informalidade. É muito fácil dizer que o trabalhador de uma plataforma, por exemplo, é um empreendedor.
Como ele é um empreendedor se não precifica sua atividade? Além de não precificar, existe uma outra questão importante com relação à proteção social: férias, 13º salário. A legislação social surge para criar um patamar mínimo civilizatório. Não podemos ter uma nação que quer 60 milhões de pessoas excluídas, sem a menor possibilidade de renda. Isso significa que nós temos de olhar o futuro com novos olhos. Temos de dizer que o Estado é imprescindível em algumas relações, sim.
Mas fazer isso na prática?
É justamente a regulação social, a proteção do trabalho. Quando você protege o trabalho, começa a criar uma teia mínima de sustentação. Nós precisamos de um pacto de proteção social, e não desmontar a proteção social existente.
O sr. vê tentativa de desmonte?
Sim, ela tem ocorrido há uns três anos. Tem havido um desmonte da legislação social a pretexto de que com menos direitos, teríamos mais empregos. Essa ideia de que vai reduzir direito e isso vai facilitar contratação, não vai. Vai criar trabalhadores absolutamente precarizados e sem perspectiva. Para equilibrar as relações, ninguém pode ter poderes absolutos.
O governo discute uma política de combate ao desemprego em massa, com retirada de encargos sobre a folha de pagamento. O sr. vê isso como uma quebra na proteção?
Depende de como esse diálogo é conduzido. Algumas pessoas têm dito que férias e 13.º são encargos. Se chegar nesse patamar, acho que não há como prosseguir. Agora, se houver necessidade de discutir Sistema S, algumas outras circunstâncias, talvez (possa avançar). Eu tenho medo é da generalização. Quando o 13.º foi instituído no País, as notícias eram de que os empresários iriam quebrar. Hoje, o 13.º é motivo de alegria dos empresários, o mercado muda. A renda do trabalhador volta para o mercado com o consumo.
A reforma trabalhista impôs uma série de requisitos para o ajuizamento de ações. Isso de alguma maneira está inibindo acesso dos trabalhadores à Justiça do Trabalho?
Temos dois pontos, os honorários advocatícios e a gratuidade de Justiça. Quanto aos honorários, acho plenamente razoável, os profissionais vão saber selecionar os pedidos (na ação). Agora, quando fala de gratuidade de Justiça, a reforma colocou os trabalhadores em posição pior do que o cidadão comum. Se perder, tem de pagar todos os encargos decorrentes da ação, mesmo que seja pobre, e fica condicionado cinco anos com uma espada sobre a cabeça. Acho que isso foi exacerbado.
Muitos empregados migraram para o teletrabalho na pandemia. Como o sr. vê esse instrumento?
O teletrabalho veio para ficar. Agora, a regulação do teletrabalho inexiste, ela precisa ser redimensionada, entendendo a profundidade da questão. O empregado está em casa, tem as atividades de casa, tem os filhos, tem uma série de circunstâncias. Tem questões de gênero muito graves que têm de ser observadas. Nossa lei hoje equivocadamente, de forma muito modesta, emite um ou dois artigos que não dizem nada relevante em relação ao teletrabalho.
Na Europa, já é um consenso teletrabalho ter regulamentação, com jornada limitada. Aqui se parte de uma premissa de que teletrabalho não é aferível. O tempo de utilização dos equipamentos é plenamente aferível. Tem de desmistificar algumas coisas. O teletrabalho tem ganhos na mobilidade, tem ganhos que voltam para a pessoa, mas tem de ter um limite.
Não pode ficar conectado o dia inteiro, trabalhando o dia inteiro. É o direito à desconexão. Tem de haver um debate sério, igualitário, não só observando os interesses de um dos lados, para a construção de uma nova legislação que abarque tudo isso.
| Bem Paraná | | | | Segurado não pode ser duplamente prejudicado e tem direito de incluir período no cálculo
O descompasso entre o que está previsto na lei e o que acontece na prática foi minimizado com o julgamento do STJ (Superior Tribunal de Justiça) admitindo a contagem de tempo de trabalho infantil para a aposentadoria.
Embora no Brasil o trabalho de menores de idade seja proibido, infelizmente faz parte da realidade de muitos que precisaram trocar sua infância para se manter logo cedo.
Nesse caso, prevaleceu o bom senso de, embora reconhecer a proibição do trabalho infantil, se ele ocorreu, o mínimo que se deve fazer é reconhecê-lo, para não punir duplamente aquele que teve a infância sacrificada por conta do trabalho na lide rural e que não poderia ter tal tempo aproveitado no momento da concessão de sua aposentadoria.
O caso decidido no STJ decorreu de um segurado de São Paulo, que havia iniciado sua vida profissional no campo antes dos 12 anos, mas só houve autorização para averbar o período trabalhado a partir dos 14 anos.
Essa limitação desestruturava a pretensão do trabalhador de se aposentar. Como o TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) havia negado a averbação completa, o processo REsp 956.558 chegou ao ministro Napoleão Nunes, que reformou a decisão por entender que a lei não estabelece idade mínima para o cômputo de período laboral rural, o que autoriza a contagem antes dos 12 anos de idade.
Embora seja um período longínquo de se comprovar, a discussão pode ser viabilizada por meio de testemunhas e/ou com a apresentação de documentos da época trabalhada. E a recompensa por tal sacrifício consiste em conseguir se aposentar, em alguns casos antes da própria reforma da Previdência ou com uma regra que não traga tanto prejuízo financeiro ao trabalhador.
Rômulo Saraiva - Advogado, professor e consultor de Previdência
| Folha de S.Paulo ( publicado em 28-06-2020) | | | O contingente de pessoas desocupadas somou 11,228 milhões de trabalhadores na semana de 31 de maio a 6 de junho, alta de 14,4% ante os 9,817 milhões de desocupados registrados na primeira semana de maio, entre os dias 3 e 9, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Covid (Pnad Covid), divulgada nesta sexta, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outras 17,917 milhões de pessoas estavam fora da força de trabalho, gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego por causa da pandemia de covid-19 ou porque não havia vagas em sua localidade.
A taxa de desocupação ficou em 11,8% na primeira semana de junho, ante 10,5% na primeira semana de maio. O IBGE informou que não calculou taxas compostas de subutilização do trabalho na versão semanal da Pnad Covid - uma vez por mês, a nova pesquisa tem uma divulgação consolidada dos dados do mês fechado.
A soma dos desocupados com o contingente de trabalhadores que estavam sem trabalho por causa da pandemia ficou em 29,145 milhões na semana de 31 de maio a 6 de junho, 0,7% acima dos 28,954 milhões da primeira semana de maio.
Quando se leva em conta todos os motivos, e não apenas a pandemia, para não procurar emprego, entre as pessoas que gostaria de trabalhar, esse contingente ficou em 38,066 milhões na primeira semana de junho, 1,2 milhões de pessoas a mais do que na primeira semana de maio.
No total, a população ocupada foi estimada em 83,7 milhões de trabalhadores. O número ficou estável em relação à semana anterior (84,4 milhões) e em relação à semana de 3 a 9 de maio (83,9 milhões), indicando que não houve fechamento relevante de vagas no período.
Entre os ocupados, 8,9 milhões (ou 13,2% do total) trabalhavam remotamente, contingente que ficou estatisticamente estável em relação à semana anterior (8,8 milhões ou 13,2%) e, também, em relação à semana de 3 a 9 de maio (8,6 milhões ou 13,4%), informou o IBGE.
A taxa de informalidade chegou a 35,6%, crescendo em relação à semana anterior (34,5%) e permanecendo estatisticamente estável (35,7%) ante a semana de 3 a 9 de maio. Segundo o IBGE, 29,783 milhões de trabalhadores estavam em atividades consideradas informais na semana de 31 de maio a 6 de junho, 178 mil trabalhadores a menos do que o contingente registrado na primeira semana de maio.
Além disso, cerca de 13,5 milhões (16,1% da população ocupada) estavam afastados do trabalho devido ao distanciamento social. Esse contingente teve redução em relação à semana anterior (14,6 milhões ou 17,2% da população ocupada) e também frente à semana de 3 a 9 de maio (16,6 milhões ou 19,8% dos ocupados).
A nova pesquisa é uma versão da Pnad Contínua, planejada em parceria com o Ministério da Saúde. A coleta mobiliza cerca de dois mil agentes do IBGE, que levantam informações de 193,6 mil domicílios distribuídos em 3.364 municípios de todos os Estados do País.
A divulgação desta sexta-feira, 26, da Pnad Covid inclui os dados da primeira semana de junho, após os dados referentes às quatro semanas de maio terem sido divulgados em conjunto. A partir de agora, as divulgações passarão a ser semanais.
| Bem Paraná ( publicado em 26-06-2020) | | | | Considerando apenas o TST, ficam suspensos 26,5 mil ações; Corte concluiria julgamento nesta segunda (29)
O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), suspendeu todas as ações relacionadas à correção monetária de dívidas trabalhistas. Entidades e especialistas vêem risco de a decisão paralisar a Justiça do Trabalho.
A liminar (decisão provisória) de Gilmar, deste sábado (27), trava a análise de casos que tratem do impasse entre TR (Taxa Referencial) e IPCA-E (Índice de Preço ao Consumidor Ampliado Especial).
A reforma trabalhista, de 2017, determina a aplicação da TR, que hoje está em 0%. A Justiça do Trabalho tem contrariado a norma e aplicado o índice inflacionário, que nos últimos 12 meses ficou em 1,92%.
Sobre as dívidas incidem ainda juro de 1% ao mês, ou 12% ao ano. Processos trabalhistas envolvem indenizações, como ações sobre horas extras, férias, depósitos no FGTS e 13º salário.
A decisão foi tomada às vésperas de o TST (Tribunal Superior do Trabalho) concluir um julgamento, que já formou maioria na corte, pela adoção do índice mais vantajoso para o trabalhador. O Judiciário está perto do recesso.
Nesta segunda-feira (29), o pleno do TST finalizaria a análise do caso e indicaria o IPCA-E como índice para corrigir as dívidas dos empregadores com os trabalhadores.
Dos 27 ministros, 17 já declararam a inconstitucionalidade da TR no julgamento iniciado no dia 15. Desses, 16 defenderam o uso do índice medido pelo IBGE. Faltavam os votos de apenas 3 integrantes.
A presidente do TST, Maria Cristina Peduzzi, votou pela validade da TR, na ocasião. À Folha, neste domingo (28), ela afirmou que a análise do caso será interrompida.
"Divergi [da inconstitucionalidade da TR], com a adesão de votos de colegas, para julgar improcedente o incidente [recurso], por entender que a escolha legislativa da TR como índice de correção de débitos trabalhistas não afronta a Constituição", afirmou Peduzzi.
Segundo ela, ações ficarão suspensas até que o STF decida em definitivo sobre o caso.
Há ministros do TST que criticaram a decisão de Gilmar. Integrantes da corte ouvidos pela Folha questionam o fato de a liminar ter sido concedida poucos dias antes do início do recesso do Judiciário.
Há ministros que apoiam a decisão porque, assim, o STF resolve a questão de uma vez por todas. Isso traria segurança jurídica.
O impacto da decisão de Gilmar vai se esparramar por toda a Justiça do Trabalho.
Juízes de primeira instância terão de aplicar a TR, e não mais o IPCA-E. Os recursos em TRTs (Tribunais Regionais do Trabalho) e TST terão de aplicar a partir de agora a TR, como determinou a reforma trabalhista. Quem pede IPCA-E é que terá de esperar.
Com a liminar de Gilmar, o caso terá de ser solucionado pelo plenário do STF, composto de 11 ministros. Ainda não há data para julgamento.
Só no TST, são 26,5 mil ações, de um total de 301 mil pendentes de julgamento, que tratam especificamente de correção monetária. O tema, em um ranking de 912 assuntos, aparece em 7º lugar —9% do total.
Embora a discussão se arraste há anos na Justiça do Trabalho, Gilmar argumentou que tomou a decisão liminar em razão da crise causada pela pandemia do novo coronavírus.
Segundo ele, com impacto no mercado de trabalho, o cenário atual torna ainda mais relevante a busca por solução ao impasse sobre qual o índice deve ser aplicado: TR ou IPCA-E.
"As consequências da pandemia se assemelham a um quadro de guerra e devem ser enfrentadas com desprendimento, altivez e coragem, sob pena de desaguarmos em quadro de convulsão social", escreveu Gilmar.
Zerada, a TR é mais prejudicial ao trabalhador, pois não repõe as perdas com a inflação entre a causa trabalhista e a quitação da dívida por parte do empregador. Isso ocorre ao término da ação.
A discussão sobre a fórmula de correção monetária dos valores trabalhistas faz parte de uma ação apresentada pela Consif (Confederação Nacional do Sistema Financeiro), em 2018. Nela, a entidade pede que o STF declare a TR constitucional.
Outras entidades de representação de empregadores, como CNI (Confederação Nacional da Indústria) e CNT (Confederação Nacional do Transporte), apoiam a iniciativa da Consif. Elas também pediram a liminar.
O argumento é que, na reforma trabalhista, o Congresso decidiu aplicar a TR como índice de reajuste nesses processos judiciais. Por isso, a Justiça do Trabalho deveria seguir essa norma, respeitando a decisão do Legislativo.
Diante da proximidade da finalização do julgamento no TST, representantes patronais acionaram o STF para que todos os processos relacionados ao reajuste de dívidas trabalhistas fossem suspensos.
Eles argumentaram que a corte trabalhista estava se antecipando a uma questão que ainda está em avaliação do Supremo. Gilmar, então, aceitou o pedido das entidades e reconheceu que o avanço do julgamento no TST foi um dos motivos para suspender os processos trabalhistas.
A Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) vai apresentar nesta segunda-feira um pedido para que o ministro esclareça alguns pontos da decisão. A entidade questiona os efeitos dela.
Para a entidade, a liminar praticamente paralisa toda a Justiça do Trabalho.
"Essa é uma decisão que, concretamente, favorece os maiores devedores da Justiça do Trabalho, incluindo os bancos", disse a presidente da Anamatra, juíza Noemia Porto.
Para ela, a aplicação da TR desestimula que os empregadores quitem as dívidas trabalhistas, pois a correção é zero.
O professor de direito do trabalho da FMU Ricardo Calcini também destaca o forte impacto da liminar.
"Essa é a decisão mais importante do STF em matéria trabalhista dos últimos anos. Vai paralisar qualquer tipo de processo. Qualquer processo precisa de um índice de correção monetária", afirmou.
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também questionou a decisão de Gilmar. "Perto do recesso [do STF], em meio ao caos da pandemia, a paralisação das execuções trabalhistas será uma tragédia para a população", disse Felipe Santa Cruz, presidente da entidade, em uma rede social neste domingo.
No TST, no dia 15, a relatora do recurso suspenso, ministra Delaíde Miranda Arantes, disse que a TR afronta o princípio da propriedade. No caso, a propriedade é a indenização que o trabalhador receberá caso vença a ação.
Para fundamentar o voto —vencedor até então—, Arantes se baseou em entendimento do STF, de 2015. A corte mandou aplicar o IPCA-E na correção de precatórios —dívidas públicas reconhecidas em decisão judicial.
"Entendo que a ratio decidendi [razão de decidir] dali extraída pode e deve ser utilizada para declarar a inconstitucionalidade do termo 'Taxa Referencial' previsto no parágrafo 7º do artigo 879 da CLT", afirmou.
No dia 15, o ministro Ives Gandra Martins Filho lembrou que, até 2015, o TST usava a TR. Depois, com a decisão do STF, passou a adotar o IPCA-E, o que criou "um passivo trabalhista enorme". Em seguida, a reforma retomou a TR.
"Nós estamos invadindo a seara legislativa, estamos invadindo a separação dos Poderes", disse Gandra, no julgamento.
A corrente majoritária no TST, no entanto, refutou os argumentos de advogados e colegas. Cláudio Mascarenhas Brandão, por exemplo, diferenciou juros de mora de atualização monetária.
"Os juros de mora decorrem do retardamento do cumprimento da obrigação, ao passo que a correção monetária é a recomposição do poder aquisitivo da moeda", afirmou.
De acordo com o ministro Alexandre Agra Belmonte, a TR "é imprestável" para a correção da moeda. "Se não serve para precatório, por que serviria para débito trabalhista que tem natureza alimentar?"
| Folha de S.Paulo ( publicado em 28-06-2020) | | | O Impostômetro alcançou neste sábado (27/6), às 4h32, a marca de R$ 1 trilhão em tributos arrecadados pelo governo na forma de impostos, taxas, multas e contribuições, pagos pelos brasileiros desde o primeiro dia do ano.
O montante chega com atraso de 33 dias em relação ao ano passado, registrado em 24/05/2019, indicando recuo no crescimento da economia do País, ocasionado pela crise do novo coronavírus (Covid-19).
“A arrecadação, com a diferença de praticamente um mês de um ano a outro, mostra a forte desaceleração da receita tributária em consequência da recessão provocada pela pandemia. De acordo com a projeção feita para este ano, logicamente antes do Brasil ser afetado pelo novo coronavírus, a arrecadação deveria estar em R$ 1.263.198.081.264,14, ou seja, há uma queda de 26% em relação ao esperado”, diz Marcel Solimeo, economista da Associação Comercila de SP.
Para ele, como a projeção revista levava em conta uma crise menos intensa e demorada, é provável que seja necessário refazer novamente os cálculos sobre o desempenho da arrecadação de tributos para o segundo semestre, pois os dados já divulgados pela Receita apontam para uma queda maior.
“No entanto, mais importante do que acertar a projeção exata, é constatar que a magnitude da perda tributária dos três níveis de governo já foi bastante expressiva, e ainda deverá continuar nos próximos meses, com um impacto muito forte na capacidade do Estado para cumprir com os seus compromissos, o que deverá afetar ainda mais os investimentos”, analisa o economista da ACSP, ressaltando que o cenário mostra também que o endividamento do setor público aumentará muito, provavelmente não apenas neste ano como nos próximos.
| Bem Paraná ( publicado em 27-06-2020) | | | | Codace indentificou o fim de uma expansão econômica que durou 12 trimestres — entre o primeiro trimestre de 2017 e o quarto de 2019.
O Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), da Fundação Getulio Vargas (FGV), identificou, na sua última reunião, na sexta-feira (26), a ocorrência de um pico no ciclo de negócios brasileiro no quarto trimestre de 2019.
"O pico representa o fim de uma expansão econômica que durou 12 trimestres — entre o primeiro trimestre de 2017 e o quarto de 2019 — e sinaliza a entrada do país em uma recessão a partir do primeiro trimestre de 2020", informou, em comunicado, o grupo, ligado ao Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV.
Há diferentes maneiras de definir uma recessão. A chamada recessão técnica é registrada quando o Produto Interno Bruto (PIB) de um país cai por dois trimestres consecutivos.
Já o conceito usado pelo Codace considera que há recessão quando é observada uma queda generalizada no nível de atividade econômica, independentemente de haver dois trimestres seguidos de PIB negativo. São analisados indicadores como consumo, investimento, nível de emprego, desempenho da construção civil, importações e exportações, por exemplo.
O Codace também realizou a datação mensal da recessão de 2014-2016 ao identificar um pico em março de 2014 e um vale em dezembro de 2016. Isso significa que a recessão teria durado 33 meses, entre abril de 2014 e dezembro de 2016, a mais longa já registrada no país, superando a recessão de 1989-1992, que durou 30 meses.
Última recessão começou em 2014 e acabou no fim de 2016, diz comitê da FGV
Com coronavírus, Brasil deve colher sua primeira década de recessão
Os economistas do mercado financeiro voltaram a piorar as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020, segundo o boletim "Focus" do Banco Central divulgado nesta segunda-feira. A projeção passou de uma retração de 6,50% para 6,54%.
No 1º trimestre, o PIB do Brasil encolheu 1,5% e a previsão do mercado é de um tombo ao redor de 9% no 2º trimestre.
O Codace foi criado pela FGV em 2004 com a finalidade de determinar uma cronologia de referência para os ciclos econômicos brasileiros, estabelecida pela alternância entre datas de picos e vales no nível da atividade econômica. A fase cíclica marcada pelo declínio na atividade econômica de forma disseminada entre diferentes setores econômicos é denominada recessão. A fase entre um vale e um pico do ciclo é chamada expansão.
O Codace é formado por oito membros com conhecimento em ciclos econômicos. Embora tenha sido criado e receba apoio operacional da FGV, a FGV destaca que as decisões do Comitê são independentes. No comunicado desta segunda-feira, o comitê também informou a entrada de dois novos membros: os professores Fernando Veloso, em substituição a Regis Bonelli, e Vagner Ardeo, na condição de membro secretário sem direito a voto.
Além deles, estiveram presentes na reunião os especialistas: Affonso Celso Pastore, diretor da AC Pastore & Associados, como coordenador; Edmar Bacha, diretor do Iepe-Casa das Garças; João Victor Issler, professor da FGV/EPGE; Marcelle Chauvet; professora da Universidade da Califórnia; Marco Bonomo, pofessor do Insper; e Paulo Picchetti, professor da FGV/EESP e pesquisador do FGV/IBRE.
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Os economistas do mercado financeiro voltaram a aumentar as expectativas de tombo para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A mediana das previsões passou de 6,50% na semana passada para 6,54% nesta semana.
Os dados estão no relatório semanal Boletim Focus, publicado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central, que também traz atualizações para a projeção da taxa básica de juros, a Selic. O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos.
Até então, a pior projeção trazida pelo Focus era de uma contração de 6,51%. A piora nas projeções são reflexo das incertezas do mercado financeiro em meio ao avanço dos impactos da pandemia da Covid-19 na economia brasileira e mundial.
Na semana passada, o BC atualizou sua projeção oficial para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, estimando uma recessão de 6,4% em 2020.
Já o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), esperam tombos de 8% e 9,1%, respectivamente, para o desempenho da atividade econômica do Brasil.
O Ministério da Economia, espera que o PIB caia 4,7% este ano. No entanto, a estimativa da pasta levava em conta o fim das medidas de distanciamento social em maio, o que não ocorreu.
As projeções para este ano mostram consenso de que 2020 vai registrar a pior a recessão da atividade econômica doméstica da história brasileira. Até hoje, a maior queda já registrada no PIB foi de 4,35%, em 1990, no governo do ex-presidente Collor.
Selic e inflação
Após mais uma redução do Comitê de Política Monetária (Copom) na taxa básica de juros, o mercado reduziu a projeção para a Selic em 2020. Atualmente a taxa está na mínima histórica de 2,25% ao ano, no entanto, o Copom indicou que ainda pode haver novo corte, mesmo que menor que os 0,75 ponto percentual anteriores. Assim, os analistas do mercado financeiro projetam uma Selic em 2% ao ano.
A taxa é o principal instrumento do Banco Central para alcançar a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Com a crise econômica deste ano, a inflação brasileira deve ficar abaixo do piso da meta.
A previsão para o desempenho do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 1,61% para 1,63%. Para este ano, o centro da meta de inflação é de 4%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, podendo oscilar entre 2,5% a 5,5%.
| CNN Brasil | | | Projeção de tombo da economia brasileira passou de 6,50% para 6,54%; analistas também passaram a prever nova redução da Selic, de 2,25% ao ano para 2%.
Após uma trégua na semana passada, os economistas do mercado financeiro voltaram a piorar as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020.
A projeção passou de uma retração de 6,50% para 6,54%. Os analistas também passaram a prever um novo corte na taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 2,25% ao ano. A nova estimativa é de que a taxa encerre 2020 em 2%.
Os números fazem parte do boletim de mercado, conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central (BC). O levantamento foi feito na semana passada e ouviu mais de 100 instituições financeiras.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
A expectativa para o nível de atividade foi medida em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia global e colocado o mundo no caminho de uma recessão.
Em 13 de maio, o governo brasileiro estimou uma queda de 4,7% para o PIB de 2020, tendo como base a perspectiva de que as medidas de distanciamento social terminariam no fim de maio.
O Banco Mundial prevê uma queda de 8% no PIB brasileiro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um tombo de 9,1%.
Em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,1%. Foi o desempenho mais fraco em três anos. Nos três primeiros meses de 2020, foi registrada uma retração de 1,5% na economia brasileira.
Para o próximo ano, a previsão do mercado financeiro para o crescimento do PIB permaneceu estável em 3,50%.
Inflação abaixo de 2%
Segundo o relatório divulgado pelo BC nesta segunda-feira, os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para 2020, de 1,61% para 1,63% .
Se a previsão for confirmada, será o menor patamar da inflação desde o início da série histórica do IBGE, em 1995. O menor nível já registrado foi em 1998 (1,65%).
A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% neste ano.
Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2021, o mercado financeiro manteve em 3% sua previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.
Novo corte nos juros
O mercado também passou a prever um novo corte na taxa básica de juros da economia, a Selic, que atualmente está em 2,25% ao ano. A previsão dos analistas é de que a taxa caia para 2% até o fim de 2020.
Para o fim de 2021, a expectativa permaneceu estável em 3% ao ano. Isso quer dizer que os analistas seguem estimando alta dos juros no ano que vem.
Outras estimativas
Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 continuou em R$ 5,20. Para o fechamento de 2021, ficou estável em R$ 5 por dólar.
Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2020 foi elevada para US$ 53 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado continuou em US$ 55 bilhões de superávit.
Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2020, foi reduzida para US$ 57,50 bilhões. Para 2021, a estimativa dos analistas também foi cortada, para US$ 72,5 bilhões.
| G1 | | | | Diante do otimismo cauteloso nas bolsas da zona do euro e em Wall Street, o Ibovespa iniciou a sessão desta segunda-feira (29) em alta. Por volta das 10h09, o principal índice da bolsa de valores operava em crescimento de 0,63% aos 94.425 pontos.
A recuperação vem após uma semana negativa na bolsa brasileira, marcada por preocupações com uma nova onda de casos de Covid-19 em meio à reabertura das economias pelo mundo. Mesmo assim, o estado de alerta com a pandemia permanece entre os investidores, na visão da equipe da Guide Investimentos.
Internamente, o total de infectados pelo coronavírus atingiu 1.344.143 no domingo (28), enquanto o número de mortos chegou a 57.622, segundo dados do Ministério da Saúde. Enquanto isso, as principais capitais do país seguem afrouxando as medidas de isolamento social — como São Paulo que planeja a reabertura de bares e restaurantes.
Na agenda econômica do dia, os economistas do mercado financeiro voltaram a aumentar as expectativas de tombo para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A mediana das previsões passou de 6,50% na semana passada para 6,54% nesta semana, conforme dados do relatório semanal Boletim Focus, publicado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central (BC).
Ainda entre os indicadores publicados nesta manhã, a confiança da indústria avançou 16,2 pontos em junho, na comparação com maio, alcançando 77,6 pontos, conforme informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado é atribuído à forte melhora da percepção dos empresários em relação ao momento presente e, principalmente, para os próximos três meses.
Na parte da tarde, investidores vão ter acesso a dados do emprego no país, via Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que voltou a ser divulgado pelo Ministério do Trabalho.
Questões políticas seguem no radar do mercado. O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que a Lava Jato "não é um órgão autônomo" do Ministério Público (MP) e que uma atuação fora desse parâmetro passaria o grupo para a "ilegalidade", após a saída de procuradores que integraram a Força-Tarefa da operação que atua na Procuradoria-Geral da República (PGR).
Lá fora
Enquanto vários países enfrentam um aumento dos casos de coronavírus, após relaxamento das medidas de isolamento social, o apetite por risco recuava no exterior. Nas principais bolsas do mundo o viés era positivo, ainda que cauteloso, com investidores buscando a segurança de ativos como títulos e ouro.
Em Wall Street, as esperanças por mais estímulos faziam os futuros dos principais índices americanos crescerem antes do início da sessão, perto da estabilidade. Os e-minis do Dow Jones ganhavam 0,22%, os do S&P 500 subiam 0,06% e os do Nasdaq 100 subiam 0,3%.
Na zona do euro, os índices permaneciam praticamente estáveis. Por volta das 7h51 do horário de Brasília, o Eurofirst 300 caía 0,01%, a 1.399 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdia 0,01%, a 358 pontos em meio a negociações voláteis.
Ainda reverberando as preocupações em torno de uma segunda onda de Covid-19, os índices acionários da China fecharam o dia em baixa. O CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,71%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,61%. Ao mesmo tempo, no Japão, o índice Nikkei apresentou uma queda ainda mais expressiva com um recuo de 2,30%, chegando a 21.995 pontos.
| CNN Brasil | | | Quem descumprir o prazo terá de pagar multa, que varia de R$ 165,74a até 20% do imposto total devido
Acaba nesta terça (30) o prazo para entregar a declaração de IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) relativa aos ganhos de 2019. Até sexta-feira (26), quase 25 milhões de declarações foram entregues, de acordo com a Receita Federal. Ainda são esperadas 7 milhões de declarações.
Inicialmente, a data limite para o envio era 30 de abril, mas o prazo foi prorrogado em razão da pandemia.
O contribuinte que não fizer a declaração ou entregá-la fora do prazo fica sujeito a multa, que varia de R$ 165,74 a até 20% do imposto devido.
Devem fazer a declaração todos que, em 2019, tiveram renda tributável superior a R$ 28.559,70 ou renda isenta não tributada ou tributada na fonte acima de R$ 40 mil.
Aqueles que tiveram ganho de capital no ano passado (com operações na Bolsa de Valores ou na venda de bens ou direitos sujeitos à incidência do imposto, por exemplo) também devem declarar.
Em relação à atividade rural, quem obteve renda bruta anual superior a R$ 142.798,50 com produção agrícola em 2019 ou que busque compensar prejuízos de anos-calendários anteriores também deve prestar contas à Receita.
TIRE SUAS DÚVIDAS
Confira aqui perguntas e respostas sobre o Imposto de Renda 2020
Quem passou a ser residente no Brasil em 2019 ou que tinha, em 31 de dezembro, bens acima de R$ 300 mil, também são obrigados a declarar.
Não há teto para dedução de gastos com saúde. Para gastos com educação, o limite de dedução é de R$ 3.561,50. No caso de dependentes, o limite de abatimento é de R$ 2.275,08.
Há três formas de fazer a declaração. Pelo computador, o contribuinte tem acesso ao PGD (Programa Gerador de Declaração) 2020, disponível no site da Receita, ou pelo serviço “Meu Imposto de Renda”, disponível no Portal e-CAC.
É possível declarar pelo aplicativo “Meu Imposto de Renda” via dispositivos móveis (como celulares e tablets).
O primeiro lote de restituições foi pago no final de maio para quem já entregou a declaração. O segundo lote deve começar a ser pago em 30 de junho —o maior lote de restituições da história, com R$ 5,7 bilhões pagos a cerca de 3,3 milhões contribuintes.
O cronograma de pagamento das restituições vai até 30 de setembro.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 28-06-2020) | | | Combustível natural já é 12% do segmento e foi vendido pelo dobro do diesel de petróleo no último leilão
A escalada do preço do biodiesel nos últimos meses começa a gerar questionamentos sobre o modelo de leilões promovidos pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) e será levada ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) pelos postos de gasolina, que reclamam de concentração do mercado e pedem abertura das importações.
O cenário gerou um embate público em que produtores de biodiesel acusam o setor de combustíveis de propagar análises equivocadas e prestar desserviços ao consumidor, enquanto postos e distribuidoras relatam dificuldades de conseguir o produto.
O biodiesel representa 12% do diesel vendido pelos postos. As compras do produto são feitas por meio de leilões realizados pela ANP a cada dois meses, modelo que foi implantado há 15 anos para garantir previsibilidade ao mercado e fomentar investimentos na produção de biocombustíveis.
O último leilão de biodiesel promovido pela agência teve preço médio de R$ 3,80 por litro, um recorde histórico e o equivalente ao dobro do preço cobrado pela Petrobras pelo diesel de petróleo em suas refinarias. O valor é 63% superior ao verificado há um ano.
Foi um leilão extraordinário, com pouco volume vendido, mas o movimento de alta é constante nos leilões anteriores. No penúltimo, o produto foi vendido a R$ 3,53, alta de 51% com relação ao verificado em junho de 2019.
Para empresários do setor de combustíveis o modelo de leilões já não garante os melhores preços ao consumidor. "Está na hora de liberar, de cada um negociar com seus fornecedores", diz o presidente da Fecombustíveis (Federação do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes), Paulo Miranda.
Ele questiona a proibição de importações do produto, alegando que a produção brasileira é concentrada nas mãos de um grupo com forte poder de pressão. "São trinta e poucos produtores, que se fortaleceram com o lobby do agronegócio", afirma.
Miranda diz que o biodiesel pode ser encontrado no mercado internacional 30% mais barato do que no Brasil e que na semana que vem levará ao Cade uma denúncia de concentração de mercado no setor. Segundo a ANP, 33 produtores realizaram entregas de biodiesel a distribuidoras de combustíveis em 2020. Quase metade das vendas foi feita por oito deles.
Em geral, os produtores de biodiesel são grandes empresas do agronegócio, que têm a soja e outros grãos como principal produto entre os produtores, estão empresas como Bunge, a chinesa Cofco e a JBS, por exemplo. Parte deles usa gordura animal como matéria-prima.
Na semana passada, distribuidoras e postos começaram a reclamar de escassez do produto, principalmente na região Sudeste, mais distante da produção. Com dificuldade de encontrar o biocombustível para misturar no diesel, as distribuidoras passaram a racionar a entrega deste último aos postos.
Segundo a Fecombustíveis, em média, os pedidos vêm sendo entregues com um volume 20% menor do que o solicitado. Na semana passada, a ANP chegou a reduzir temporariamente o percentual obrigatório para 10%, em uma tentativa de evitar falta de óleo diesel nos postos.
Diante das queixas, o MME (Ministério de Minas e Energia) divulgou nesta sexta (26) comunicado em que diz que está monitorando o mercado e tomando medidas para resolver problema, entre elas o leilão desta semana.
O texto diz que "a pandemia de Covid-19 impôs uma série de grandes desafios ao abastecimento de combustíveis". "MME e ANP têm acompanhado a grade de carregamento de biodiesel no produtor para avaliar eventual dificuldade logística e fiscalização dos agentes regulados."
Os produtores e biodiesel rechaçam as acusações do setor de combustível e dizem que os leilões são públicos e transparente, "um ambiente de alta competitividade que permite estabilidade nos preços por 60 dias". "Não há concentração de mercado, muito menos um monopólio", afirma a Aprobio (Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil), em nota.
Eles acusam distribuidoras e postos de "propagar uma análise equivocada sobre a formação de preços do diesel e a capacidade de entrega da cadeia". "Com isso, prestam desserviços aos seus consumidores e à sociedade", dizem.
Quando os preços começaram a subir em 2019, os produtores disseram que o movimento acompanhava a alta da cotação do óleo de soja. Agora, jogam na recuperação das cotações do petróleo a responsabilidade pela alta recente do preço do diesel mas bombas. Em nota, disseram ainda que "não é possível dizer que há escalada" e que o biodiesel estaria ajudando a segurar os preços..
A Aprobio defendeu ainda que a falta de produtos é responsabilidade de distribuidoras que deixaram de coletar suas cargas. Em nota, a ANP afirmou que "não existe escassez de biodiesel" e que não tem conhecimento de falta de diesel em postos.
A agência disse ainda que o modelo de leilões está sendo discutido no âmbito do programa Abastece Brasil, iniciativa do governo federal para desenvolver o setor "com foco na promoção da livre concorrência".
| Folha de S.Paulo ( publicado em 29-06-2020) | | | Os preços no atacado subiram com força e no varejo voltaram a subir, levando a alta do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) a acelerar a 1,56% em junho, de 0,28% no mês anterior, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira (29) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
A expectativa em pesquisa da Reuters era de uma alta de 1,51% no mês. Segundo a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 2,25% em junho, ante alta de 0,59% no mês anterior.
Os Bens Intermediários passaram a registrar avanço de 1,70% no mês, deixando para trás a queda de 1,34% vista em maio.
O resultado foi influenciado principalmente pelo comportamento de combustíveis e lubrificantes para a produção, cujos preços passaram de uma queda de 15,89% para alta de 6,12%.
"Em junho, os aumentos captados nos preços dos combustíveis responderam majoritariamente pela aceleração da taxa do IPA, índice com maior contribuição para o IGP", explicou o coordenador de índices de preços, André Braz.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% sobre o índice geral, passou a subir 0,04% em junho depois de ter recuado 0,60% em maio.
A principal contribuição partiu do grupo Transportes, com avanço de 0,21% em junho depois de recuo de 2,60% no mês anterior. A gasolina pressionou ao subir 0,40%, depois de deflação de 8,59% em maio.
Já o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, acelerou a alta a 0,32% no período, de 0,21% antes.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.
| CNN Brasil | | | Tarifas de importação serão reduzidas gradualmente a partir de julho até chegar a zero em 2023
Brasil e México anunciaram na quinta-feira, 25, que chegaram a um entendimento para incluir caminhões e ônibus no acordo de livre comércio entre os dois países, que desde 2006 já contempla automóveis, comerciais leves e seus componentes – mas limitado por regime de cotas entre 2012 e 2019.
Em nota conjunta, os ministérios da Economia e das Relações Exteriores informaram que redução de tarifas de importação aplicadas a veículos pesados em ambos os mercados será feita de forma gradual, iniciando em 1º de julho de 2020 com desconto de 20%, de 40% no ano seguinte, 70% em julho de 2022, até zerar a alíquota no segundo semestre de 2023. No caso de autopeças para pesados, o imposto será zerado já no próximo mês.
A inclusão de caminhão e ônibus no planos de livre comércio entre Brasil e México consta no sétimo protocolo adicional do Acordo de Complementação Econômica nº 55 (ACE 55). O acordo está no momento em processo de revisão legal. Após a assinatura do novo protocolo adicional, será enviado para depósito junto à Aladi (Associação Latino-Americana de Integração). Em seguida, para que entre em vigor, o instrumento necessita ser incorporado aos ordenamentos jurídicos dos dois países.
Adicionalmente, o mesmo documento estende de dois para dois anos e meio (30 meses) o prazo para que os produtos exportados por ambos os países alcancem índices mínimos de conteúdo regional, apenas para o caso de novos veículos lançados entre abril de 2018 e dezembro de 2019. A flexibilização, segundo a nota dos ministérios, atende às dificuldades enfrentadas pelas empresas em decorrência da pandemia de coronavírus.
“Brasil e México já se beneficiam de livre comércio no intercâmbio comercial de automóveis, veículos comerciais leves e suas autopeças. Estima-se que, ao promover o livre comércio também de caminhões, ônibus e suas autopeças, o novo acordo gerará aumento importante das exportações brasileiras para o México nos próximos anos, tendo em vista a reconhecida competitividade do Brasil no segmento de veículos pesados”, diz a nota conjunta dos ministérios.
Segundo dados do Ministério da Economia, atualmente, o México é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil no segmento automotivo, superado apenas por Argentina e Estados Unidos nos últimos dois anos. Em 2019, a corrente de comércio de produtos automotivos entre os dois países somou US$ 3,8 bilhões, com exportações no valor de US$ 1,8 bilhão e importações no valor de US$ 1,9 bilhão.
| Automotive Business ( publicado em 26-06-2020) | | | | Empresa tem frota superior a 1,2 mil veículos, dos quais 80% são da montadora alemã
A Mercedes-Benz vendeu um novo lote e 51 chassis de ônibus urbanos OF 1724 para a Transwolff, concessionária de transporte coletivo da cidade de São Paulo. Dos mais de 1,2 mil ônibus da empresa, 80% foram fornecidos pela montadora de origem alemã.
Nos últimos quatro anos, a Transwolff fez a maior renovação de frota na capital paulista, cerca de 800 veículos, a maioria do modelo OF 1724. Ele é equipado com motor Mercedes OM 926 LA de seis cilindros e 238 cavalos.
A empresa Transwolff desloca 700 mil passageiros por dia em cerca de 100 linhas que interligam diversos bairros do extremo sul da capital paulista, como os terminais Santo Amaro, Campo Limpo, Grajaú e Varginha. São aproximadamente 163 mil quilômetros percorridos diariamente.
Os 51 novos ônibus foram vendidos pela concessionária Divena, de Diadema (SP). Receberam elevador para cadeirantes, ar-condicionado, wi-fi e entradas USB para recarga de aparelhos eletrônicos.
“A Divena nos dá ótimo suporte de peças e oficina. É um parceiro que assumiu o compromisso de agilidade na reposição de peças, assessoria pós-venda e manutenção”, afirma Nivaldo Azevedo, diretor de relações institucionais da companhia de transporte.
| Automotive Business ( publicado em 26-06-2020) | | | | Nova geração da picape mais vendida do País tem preços de R$ 69,6 mil a R$ 80 mil em duas versões de cabine estendida e três de dupla com quatro portas
Com quase três meses de atraso provocado pela pandemia de coronavírus, a Fiat finalmente divulgou preços e começa a entregar aos clientes a nova geração de sua picape compacta campeã de vendas no País, a Strada, que já está disponível na maioria das concessionárias da marca no País em duas versões de cabine estendida e três de dupla com quatro portas, por preços que vão de R$ 69,6 mil a R$ 80 mil, quase os mesmos valores da antiga geração – que ainda manterá um representante de entrada por R$ 61,6 mil. Com a nova oferta, a Fiat amplia sua oferta em um mercado inventado no Brasil por ela mesma há mais de 40 anos, quando lançou o 147 Pick-Up, a primeira derivação do gênero.
Com a picape completamente nova, maior e com substancial elevação de conteúdo tecnológico de segurança e conforto, a Fiat aumentou as opções da Strada para uso familiar e de lazer, assim espera não só manter mas ampliar ainda mais a liderança folgada do modelo, que além de ser a picape mais vendida do País, no seu próprio segmento de compactas até agora tinha participação recorde de 58% e vendia mais do que as duas concorrentes somadas (VW Saveiro e Chevrolet Montana).
Segundo estima Herlander Zola, diretor da marca, a nova geração deve elevar em mais de 20% o volume de vendas da Strada. O maior crescimento virá das versões cabine dupla Freedom e Volcano, que têm potencial para aumentar dos atuais 5% para 25% a participação das opções “de lazer” nas compras da Strada, sem prejuízo das configurações para trabalho com cabine estendida (passou a ser chamada de Plus), que incluindo a remanescente Working da geração anterior devem continuar respondendo por mais da metade da demanda.
Se a estratégia funcionar como planejou a fabricante, fará subir ainda mais a importância da picape compacta no resultado da Fiat e FCA no mercado brasileiro, que em 2019, com 76 mil unidades emplacadas, foi o sétimo veículo leve mais vendido do País e respondeu por 21% de todas as vendas da Fiat. Este ano, Zola espera vender mais de 30 mil unidades da Nova Strada – já contabilizando os efeitos da crise trazida pela pandemia. “Agregamos conteúdo que vai dar acesso à Strada a segmentos que ela não estava e assim vamos novos clientes. Com essa grande vantagem competitiva, existe espaço até para superar esse número [inicialmente projetado]” afirma o diretor.
“Nunca tivemos competitividade de produto e preço tão grande quanto agora com a nova Strada. Aumentamos muito a oferta de design, tecnologia e inovação, tudo pelo mesmo preço de antes. Por isso temos certeza que a demanda vai aumentar e ajudar a passar melhor por essa crise que reverbera em toda a economia. Estamos prontos para aumentar a produção”, afirmou Antonio Filosa, presidente da FCA Latam.
NOVA STRADA SOBE A RÉGUA
Desde que foi lançada pela primeira vez, em 1998, a Strada seguia a sina de todas as picapes compactas inventadas no Brasil: era uma derivação direta de um carro já existente – no caso da Fiat, a base e o design frontal eram do Palio, que ao longo dos últimos 20 anos foi emprestando suas diferentes feições à picape da mesma família. Com a nova Strada essa ligação não é mais tão direta: ela é montada sobre a plataforma MPP, que tem elementos do Uno, Mobi e Fiorino, mas desta vez ganhou design exclusivo, com clara inspiração na irmã maior, a Toro.
É clara a inspiração no design da Toro, inclusive no nome igual das versões, mas segundo Zola não há perigo de canibalização. “Existe diferença de R$ 20 mil entre a versão mais cara da Strada e a mais barata da Toro. Dessa forma as duas terão espaços distintos no mercado”, pondera.
Produzida no Polo Automotivo Fiat em Betim (MG), a nova Strada é um dos primeiros resultados da lista de lançamentos orçados no programa de investimento de R$ 14 bilhões da FCA no Brasil (inicialmente previsto de 2018 a 2024 e que no pós-pandemia deve se estender a 2025). A picape foi projetada e desenvolvida com intenso uso de recursos digitais implementados no polo mineiro nos últimos anos, onde trabalham 1,2 mil engenheiros.
Com isso, a picape subiu sua própria régua, ganhou mais robustez, espaço, segurança e tecnologia, ficou mais bonita, aumentou seu conteúdo tecnológico, é maior, mais robusta, tem maior capacidade de carga e acomoda um passageiro a mais (até cinco) na nova versão de cabine dupla com quatro portas (na geração anterior eram três). Mesmo assim, ficou mais leve, graças ao uso de aços de alta resistência na sua construção, que cobrem 90% de seu pavimento.
Mais do que recursos de última geração para projetar e produzir a nova picape, a FCA lançou mão do velho (e ainda muito eficiente) contato cara-a-cara com o freguês do modelo. Os designers da empresa visitaram consumidores da Strada para entender o que eles mais gostavam e o que mais gostariam que o veículo tivesse. Esse cuidado, claro, deriva da liderança de 20 anos da Strada e sua grande importância nas vendas da Fiat – é sempre mais difícil mexer em time que está ganhando.
PASSOS À FRENTE DOS CONCORRENTES
“A Strada lidera o mercado porque sempre esteve um passo à frente dos concorrentes. A nova geração coloca a picape vários passos à frente”, decreta Herlander Zola.
O diretor da marca Fiat inclui entre esses “passos à frente” a inédita cabine dupla com quatro portas no segmento, que abriga até cinco passageiros, e o embarque de muitas tecnologias, já presentes em muitos automóveis no Brasil, que ainda não tinham chegado às picapes compactas, a começar pelos modernos sistemas de segurança ativa e passiva.
De série em todas as versões, a nova Strada vem equipada com controles eletrônicos de estabilidade (ESC) e tração (ASR) que são autocalibráveis conforme a variação de carga do veículo, E-Locker que trava a roda sem tração para atravessar terrenos escorregadios, cintos de segurança dianteiros com pré-tensionador, quatro airbags (dois frontais e dois laterais), sistema Isofix de fixação de cadeiras infantis no assento traseiro da versão cabine dupla e o desenho dianteiro agrega o conceito de proteção a pedestres em caso de atropelamento.
Embora tenha agregado atributos de conforto para o uso de lazer, a Strada conservou e aprimorou suas características de robustez para o trabalho, mantendo a suspensão traseira com feixe de molas, o que garante a maior capacidade de carga do segmento, que subiu para 720 kg na caçamba da carroceria com cabine estendida/Plus e 650 kg na cabine dupla. Também tem a maior altura do solo (23,2 cm) e o maior ângulo de entrada (23,2 graus) da categoria.
Por fora, a preocupação dos designers da Fiat foi dar uma aparência mais robusta à Strada, o que foi feito com elevação do capô, muito vincos na carroceria e uma ampla grade frontal, que marca a estreia do novo logo da marca, escrito em letras grandes – que em breve será estendido a todos os outros Fiat.
Por dentro, são novos os revestimentos de assentos e portas, os vários porta-objetos e o painel, que no centro abriga a nova geração da central multimídia Uconnect com tela tátil de de 7 polegadas – desenvolvida no Brasil e que irá equipar outros carros da FCA no mundo, incluindo Estados Unidos e Europa. O sistema foi desenvolvido para funcionar como um smartphone, intuitivo e sem necessidade de consulta a manual, e pela primeira vez permite a conexão sem fio com celulares via Apple Car Paly ou Android Auto.
Embaixo do capô não há muitas novidades. O velho motor Fire 1.4 de 88 cv e 12,5 kgfm equipa as versões de entrada Endurance, que vêm com direção hidráulica. Também já conhecido em outros carros da Fiat, Firefly o 1.3 de 109 cv e 14,2 kgfm faz sua estreia nas opções mais caras, Freedom e Volcano, da nova Strada, ambas equipadas com direção elétrica. Só há opção de câmbio manual de cinco marchas – por enquanto não está nos planos a oferta de transmissão automática nem de motorizações mais potentes, o que será uma possibilidade com a produção em Betim de novos propulsores turbinados a partir do ano que vem.
VERSÕES, PREÇOS E EQUIPAMENTOS DA NOVA FIAT STRADA
• Endurance Cabine Plus (R$ 63.590) e Cabine Dupla (R$ 74.990)
De série: ar-condicionado, direção hidráulica, computador de bordo, volante com regulagem de altura, iluminação no vão de carga, porta-escada, controle de estabilidade (ESC), airbags frontais, controle de tração eletrônico E-Locker, assistência de partida em rampa (Hill Holder), luz diurna (DRL), rodas de aço 15”, grade de proteção do vidro traseiro. De série para cabine dupla: Isofix no assento traseiro, airbags laterais.
Opcionais – Pack Worker (R$ 2.500): acionamento elétrico de travas e vidros; Pack Áudio (R$ 1.500): rádio com entrada USB e controle de áudio no volante; Pack Tech (R$ 3.490): central multimídia Uconnect com tela de 7”, sensor de estacionamento, câmera de ré, comandos de áudio no volante e quadro de instrumentos digital de 3,5”.
• Freedom Cabine Plus (R$ 69.490) e Cabine Dupla (R$ 77.990)
De série: agrega todos os equipamentos da versão Endurance e acrescenta rádio com entrada USB, controle de áudio no volante, acionamento elétrico de travas e vidros dianteiros, alarme, retrovisores elétricos com função de rebaixamento tilt down à direita, capota marítima, farol de neblina, direção elétrica, rodas de liga leve 15”, quadro de instrumentos digital de 3,5”, chave canivete.
Opcionais –Pack Tech (R$ 2.290): central multimídia Uconnect com tela de 7”, sensor de estacionamento, câmera de ré.
• Volcano Cabine Dupla (R$ 79.990)
De série: agrega todos os equipamentos de série das versões Endurance e Freedom e acrescenta câmera de ré, sensor de estacionamento, acionamento elétrico de vidros traseiros, barras longitudinais de teto, santantônio, tapetes de borracha, central multimídia Uconnect com tela de 7”, faróis de LED, bancos com acabamentos em couro, pneus de uso misto (ATR)
Opcionais – Rodas Liga Leve 16” (R$ 2.500)
| Automotive Business ( publicado em 26-06-2020) | | | | Primeira edição do evento no Brasil agora ocorrerá de 31 de agosto a 2 de setembro do ano que vem
Em razão da pandemia de Covid-19, a Reed Exhibitions decidiu adiar o lançamento da AMTS Brasil, Feira Internacional de Tecnologia para Manufatura Automotiva. Marcada inicialmente para ocorrer entre 8 e 10 de setembro de 2020, a primeira edição do evento foi adiada para 2021, entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro no São Paulo Expo.
"O adiamento visa a preservar a saúde e a segurança de visitantes, expositores e parceiros, bem como permitir maior tempo de recuperação dos impactos do novo coronavírus em toda a economia", afirma o gerente de produtos da Reed Exhibitions, Ricardo Barbosa.
Além do preparo de um encontro melhor para 2021, a empresa está às voltas com o desenvolvimento de oportunidades de interação digital, para que expositores e visitantes possam se conectar antes mesmo que no ambiente físico.
"São recursos que irão complementar e tornar mais dinâmica a experiência dentro da própria feira", avalia Barbosa. A AMTS Brasil será a versão nacional da AMTS (Automotive Manufacturing Technology & Material Show), plataforma de negócios e inovações realizada com sucesso em Xangai, na China, desde 2004.
A feira apresenta tecnologias, produtos e serviços capazes de ampliar a produtividade e sustentabilidade de montadoras e fabricantes de autopeças. Entre os destaques estão soluções em inteligência artificial (IA), robótica, IoT (internet das coisas) e automação industrial, muitas delas alinhadas ao conceito de indústria 4.0.
A expectativa é de 80 expositores e 5 mil visitantes. O evento terá a realização simultânea do 29º Congresso e Mostra Internacionais de Tecnologia da Mobilidade da SAE Brasil.
| Automotive Business ( publicado em 26-06-2020) | | | | Reflexos da pandemia permanecerão pelos próximos 5 anos por causa da mudança de comportamento do consumidor
O mercado mundial de autopeças deve registrar queda de 15% nas vendas de 2020 por causa da Covid-19. A conclusão vem de um estudo da Bain & Company. Os reflexos da pandemia serão sentidos até a metade da década.
De acordo com a consultoria, apesar da recuperação nos próximos cinco anos na comparação com 2020, ainda serão registradas quedas significativas. A projeção é que o mercado de autopeças tenha entre 2021 e 2025 uma variação negativa entre 4% e 8% na comparação com as projeções anteriores à crise.
Os maiores impactos ocorrerão no fornecimento às montadoras. No Brasil, o faturamento das fábricas de autopeças no acumulado até abril já recuou mais de 30%. A Bain & Company ressalta que os dados da pesquisa não incluem o mercado chinês.
Projeção para o mercado de autopeças
"A crise vai afetar especialmente a venda de carros novos. Mas o momento também pode representar algumas oportunidades. Nesse contexto, o Brasil pode aproveitar para aumentar a exportação a alguns países", recorda Carlos Libera, sócio da Bain & Company.
Ainda de acordo com a consultoria, os resultados serão determinados pelo novo comportamento dos motoristas. Com o isolamento social e o receio de contágio pelo novo coronavírus, as pessoas passarão a transitar em pequenas distâncias e dirigir menos. Esse comportamento deve permanecer pelos próximos anos. Outros fatores importantes a considerar são a incerteza econômica e o desemprego decorrentes da pandemia.
A Bain & Company adverte que as empresas precisarão investir em comunicação, fidelização do cliente e oferecer serviços adicionais para reconquistar o mercado. Será preciso ter preços competitivos e adotar medidas direcionadas como revisões gratuitas em veículos, contratos de serviço de longo prazo e extensão das garantias.
VENDA GLOBAL DE VEÍCULOS CAIRÁ QUASE 20%
A Bain & Company recorda que algumas atividades como a venda de veículos estão sofrendo os efeitos da pandemia com maior intensidade e que o cenário geral de desaceleração prolongada parece mais provável, com queda global de vendas estimada em 29% para 2020.
Para essa análise foram consideradas a configuração do mercado do primeiro trimestre de 2020, avaliações colhidas com especialistas em várias regiões, as medidas para enfrentar a Covid-19 em cada país e o desenvolvimento do cenário econômico esperado. No Brasil, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a projeção de queda nas vendas é de 40%.
| Automotive Business ( publicado em 26-06-2020) | | | | Empregados do 2º e 3º turnos voltam a trabalhar e funcionários do 1º entram em layoff
A Hyundai fez um rodízio da suspensão temporária de contratos de trabalho em sua fábrica de Piracicaba (SP), para adequar o ritmo da produção ao nível mais baixo de demanda resultante da pandemia de coronavírus. A partir da sexta-feira, 26, voltaram a trabalhar na unidade os funcionários do segundo e terceiro turnos que estavam em layoff há dois meses, desde 27 de abril. Agora serão temporariamente afastados por um mês, de 26 de junho a 25 de julho, cerca de 700 empregados do primeiro turno, que haviam voltado à operação em 13 de maio.
Segundo a Hyundai, o rodízio de layoff foi negociado com o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba (STMP) e está baseado nas regras da Medida Provisória 936 editada pelo governo federal em abril para evitar demissões em massa. Pelo acordo, os afastados continuam a receber 100% do salário líquido, parte paga com fundos do seguro desemprego e outra parte complementada pela empresa.
As equipes administrativas da fábrica de Piracicaba e os funcionários do escritório de São Paulo também voltaram ao trabalho na sexta-feira, 26. A Hyundai informa que o retorno segue as determinações do Governo do Estado de São Paulo e as orientações das autoridades de saúde para o combate à Covid-19, com protocolos de segurança sanitária para evitar o contágio.
Todos os funcionários que retomam suas atividades usarão máscaras de tecido fornecidas pela Hyundai, tanto nos deslocamentos nos ônibus fretados como nas atividades diárias, e respeitarão o distanciamento social. Processos de higienização e proteção contra contaminação foram introduzidos no transporte, nas entradas e nos ambientes da fábrica e dos escritórios, nas estações de trabalho e nas áreas de alimentação e descanso. A temperatura corporal dos funcionários também será monitorada diariamente.
A Hyundai afirma que seguirá observando a recuperação da economia nacional e as orientações das autoridades para o combate à pandemia do novo coronavírus para ajustar o funcionamento de sua fábrica e escritórios, e novas ações poderão ser adotadas em caso de qualquer alteração do cenário atual.
| Automotive Business ( publicado em 26-06-2020) | | | | Impulsionado pelo agronegócio, mais uma vez o setor de máquinas agrícolas dá mostras de sua capacidade de se destacar do panorama da indústria nacional, a exemplo do ocorrido em outros momentos de crise. Já se ouve de alguns fabricantes que a recuperação talvez seja mais rápida que a prevista anteriomente, pelo menos neste setor industrial, para esta crise provocada pela pandemia de Covid-19 .
Esta é, por exemplo, a análise de Rafael Miotto, vice-presidente da New Holland Agriculture, em live promovida pela Consultoria Safras, no último dia 25 de junho. “Estou bem otimista. Está melhor do que em projeções anteriores e a tendência é de recuperação mais rápida do que imaginávamos”, comentou.
De acordo com o executivo, após um período de temores, o varejo tem reagido nas vendas de máquinas e agora já estariam em patamares normais, devendo fechar 2020 no mesmo patamar de 2019. “Já o atacado enfrentou um pouco mais de dificuldades, mas também hoje vive um aquecimento e deve fechar com desempenho de 5% a 10% abaixo de 2019 neste ano de pandemia”, disse.
Os números do setor no mercado interno justificam essa postura mais otimista. Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq, lembra que antes da pandemia o mercado estava bem aquecido.
“Com o advento da Covid-19, houve um período de acomodação das expectativas futuras - em abril havia muita dificuldade de enxergar o real impacto da pandemia”, diz, acrescentando que “passado este período, o mercado voltou bem, considerando a enorme dificuldade de realização do processo de compra e venda com o vírus em circulação”.
Bastos lembra que o faturamento das associadas cresceu 6,5% no primeiro trimestre. “Em abril e maio as vendas caíram em torno de 10%, mas no acumulado do ano o faturamento está positivo em 2%. A perspectiva para o mês de junho também é de queda devido ao esgotamento dos recursos do Moderfrota, a principal linha de financiamento de máquinas agrícolas”.
Em sua opinião, para o segundo semestre, a perspectiva é a de um mercado normal para o período. “Não havendo grandes surpresas, o ano de 2020 deve fechar bem próximo da estabilidade, com pequenas variações de queda ou de crescimento”, disse Bastos, dias antes do anúncio do Plano Safra 2020-2021.
Opinião semelhante tinha Alfredo Miguel Neto, vice-presidente da Anfavea - Máquinas Agrícolas e Rodoviárias, no início de junho. “As projeções para 2020 dependem muito do Plano Safra. Nossas novas projeções serão feitas com base no anúncio do Plano, não só no que se refere às condições e volume para financiamento, mas também quando estará efetivamente operacional”, disse.
O balanço de maio do segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias, divulgado no início de junho pela Anfavea, mostra que as vendas de máquinas agrícolas no mercado interno atingiram 3,9 mil unidades em maio, o que representa alta de 23,3% na comparação com maio do ano passado e de 61% na comparação com abril. De janeiro a maio, as vendas totalizaram 15,7 mil unidades, alta de 0,9% sobre igual período de 2019.
Porém, as exportações caíram 39,4%, na comparação entre os meses de maio de 2020 e de 2019; no acumulado do ano, a queda foi de 31,1%. Esses números refletiram na produção do setor, também afetada pela paralisação das atividades nos meses de março e abril, que registra desempenho abaixo do verificado no ano anterior: - 29,5% no que se refere a maio e de - 22,5% no acumulado do ano.
PLANO SAFRA 20/21 - No dia 17 de junho o governo lançou o Plano Safra 2020/2021. Os valores e taxas de financiamento não chegaram a encantar a indústria, mas não foram de todo decepcionantes, tendo em vista o quadro atual.
“Diante da conjuntura que estamos vivendo e as dificuldades orçamentárias do Tesouro Nacional por conta dos gastos inesperados que estão sendo feitos devido à crise atual, a minha avaliação é que temos um bom Plano Safra”, afirmou Wilson Vaz de Araújo, diretor do Departamento de Crédito e Informação da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em webinar promovido pela Abimaq.
Araújo informou que o Plano Safra contará com R$ 236,3 bilhões de recursos para crédito rural, aumento de R$ 13,5 bilhões sobre o montante do plano anterior. Desse total, para o financiamento de máquinas e equipamentos, serão destinados R$ 11,8 bilhões, sendo R$ 9 bilhões para o Moderfrota e R$ 2,8 bilhões no Pronaf Mais Alimentos. A taxa de juros do Moderfrota caiu um ponto percentual em comparação ao plano anterior, de 8,5% para 7,5%. Os financiamentos podem ser contratados de 1º de julho de 2020 a 30 de junho de 2021.
“Nos últimos 12 meses esse segmento teve vendas da ordem de R$ 30 bilhões e estimamos que 4 milhões [de agricultores] não conseguiram ter acesso ao financiamento e financiou a juros de mercado, que é mais caro”, comentou Bastos, da Abimaq. “Além disso, o ministério está deixando de lado o grande agricultor, que ficará sujeito a juros mais altos, de mercado”, disse, acrescentando ainda o fato de que, quando se esgotam os recursos (como ocorreu este ano), “as indústrias ficam paradas e o empresário não consegue recuperar os negócios perdidos”.
| Usinagem Brasil( publicado em 28-06-2020) | | | | A Usiminas anunciou na última quarta-feira, 24, o plano de reestruturação das atividades de sua subsidiária Usiminas Mecânica, localizada em Ipatinga, no Vale do Aço, em Minas Gerais. A subsidiária é especializada em soluções para diferentes indústrias, como óleo e gás, siderurgia, energia, mineração, indústria primária, transporte e infraestrutura.
De acordo com o comunicado da companhia, que é uma das principais do setor siderúrgico brasileiro, a Usiminas Mecânica irá daqui para frente executar somente as atividades ligadas à prestação de serviços para a Usiminas e as suas controladas. A exceção fica para os projetos externos que estão hoje em andamento.
“A reestruturação decorre do fato de a Usiminas Mecânica, cujas atividades não constituem o core business da Usiminas, ter apresentado significativa redução na geração de caixa nos últimos cinco anos, com resultados decrescentes nos segmentos de montagem industrial e manufatura”, explicou a companhia em seu comunicado.
A proposta, que foi apresentada pela diretoria da empresa e aprovada pelo conselho de administração, põe fim aos rumores de que a Usiminas Mecânica encerraria as suas atividades. Os rumores foram alimentados pela própria empresa, ao reconhecer as perdas que vinha sofrendo por causa dos recuos na economia, situação agravada pela pandemia da Covid-19.
A Usiminas não se manifestou sobre as possíveis demissões que poderão ser feitas devido à reestruturação, embora já tenha afirmado, por meio de nota, que estava dialogando com os sindicatos acerca da adequação da fábrica de Ipatinga ao novo contexto, e que tentaria reduzir ao máximo o impacto sobre os empregos sem comprometer a sustentabilidade.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga e Região (Sindipa), Geraldo Magela, no entanto, teme a possibilidade de ocorrer cerca de 700 demissões. Na mesma quarta-feira, ele afirmou que o fato não está descartado e que os postos de trabalho podem ser perdidos nos próximos três meses.
“Estamos nos movimentando, buscando autoridades, para conseguir barrar as demissões. Pensamos em fazer, inclusive, uma paralisação na fábrica, caso a empresa insista em demitir”, antecipou Magela.
| Usinagem Brasil ( publicado em 28-06-2020) | | | | A Tramontina Eletrik anunciou a ampliação da capacidade produtiva da Tecnopeças. A divisão agora oferece peças de grande porte e alto grau de complexidade injetadas em alumínio para atender diversos segmentos industriais: elétrico, automotivo/sistemista, duas rodas, agrícola, linha branca e da construção de máquinas.
Feitos sob demanda, os projetos incluem desde o desenvolvimento de ferramental até equipamentos necessários para produção e testes de qualidade de cada componente. Com a novidade, a empresa tem a expectativa de atender maior quantidade de projetos especiais.
Criada em 2000, a Tecnopeças possui matrizaria própria. Dispõe de laboratórios e máquinas de medição tridimensional por coordenadas de última geração, análise de composição química de matérias-primas e simulação do processo de injeção sob pressão (possibilitando ajustes no projeto do ferramental).
Além disso, a fábrica conta com um conjunto de tecnologias e competências para atender às complexas especificações dimensionais, de resistência mecânica e qualidade dos projetos. A divisão também conta com um setor de usinagem, que garante a entrega de peças que exigem alta precisão no processo produtivo.
A empresa destaca ainda que, recentemente, a divisão conquistou a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade Automotiva conforme a norma IATF 16949:2016.
| Usinagem Brasil ( publicado em 28-06-2020) | | | |
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