| 09 de ABRIL de 2019
Terça-feira
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Em 09/04/2019
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| | | | | Repsol Sinopec Brasil lança chamada no Edital de Inovação para a Indústria, que vai selecionar soluções com uso de ferramentas da Indústria 4.0; protótipos serão desenvolvidos na rede de institutos de P&D do SENAI
Estão abertas as inscrições para a seleção de até cinco propostas ao custo individual de até R$ 866,6 mil. Edital busca soluções disruptivas para Indústria 4.0
Projetos inovadores que envolvam uso de inteligência artificial, robotização e digitalização na indústria de óleo e gás terão apoio da Repsol Sinopec Brasil e do Edital de Inovação para a Indústria para serem desenvolvidos. Estão abertas as inscrições para a seleção de até cinco propostas ao custo individual de até R$ 866,6 mil. No total, serão investidos até R$ 4,3 milhões na chamada, que busca soluções disruptivas com ferramentas da chamada Indústria 4.0 – a integração entre os mundos físico e virtual para aumento de produtividade.
A área de óleo & gás enfrenta desafios como coletar e integrar múltiplas fontes de dados em um ambiente complexo e com baixa padronização. O objetivo é encontrar soluções que agreguem inteligência aos processos, permitam a correlação de dados e a análise de resultados. “O Desafio Repsol Sinopec Brasil de Digitalização visa impulsionar o desenvolvimento de soluções que integrem sensoriamento, processamento, inteligência artificial, robotização, modelagem computacional direcionada para redução de custos, economia de tempo, aumento da segurança e redução do impacto ambiental no setor”, explica o regulamento.
A chamada faz parte da categoria Empreendorismo Industrial e tem dois grandes temas: aumento da eficiência operacional, saúde, segurança e meio ambiente; e engenharia de reservatórios. A Repsol deseja, por exemplo, sistemas para dar suporte à tomada de decisão em tempo real durante a perfuração de poços; que utilizem robótica a fim de diminuir as atividades de mergulho, a exposição de pessoas em ambientes com riscos e a utilização de andaimes nas atividades de manutenção. A intenção também é financiar propostas que utilizem algoritmos de inteligência artificial e supercomputação para auxiliar a identificação dos melhores locais de perfuração, entre outras possibilidades.
“Para a companhia, a cooperação é o caminho mais efetivo para a inovação. O objetivo é o desenvolvimento de tecnologias que possibilitam um processo de tomada de decisão mais seguro e preciso, viabilizam o desenvolvimento de campos e maximizam os resultados dos ativos, sempre priorizando a segurança das pessoas e a preservação do meio ambiente”, destaca Tamara Garcia, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Repsol Sinopec Brasil.
APOIO – As propostas selecionadas receberão apoio para desenvolvimento de uma prova de conceito, passando por processos de validação, de protótipo e de teste na rede de 26 Institutos SENAI de Inovação e 58 Institutos SENAI de Tecnologia. Cada projeto aprovado deverá ter duração máxima de 12 meses.
O objetivo é que o protótipo resultante do projeto inscrito no Edital seja o instrumento para construir confiança entre grandes indústrias e startups de base tecnológica. A avaliação é que projetos de P&D de pequenas empresas que sejam desenvolvidos buscando atender a uma sinalização de médias e grandes empresas têm mais chances de chegar ao mercado e trazer resultados financeiros.
O Edital de Inovação para a Indústria é uma iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Serviço Social da Indústria (SESI). Desde que foi criado, em 2004, o Edital ajudou mais de 800 empresas a serem competitivas por meio de novos produtos e processos inovadores. Já foram selecionados mais de mil projetos inovadores, nos quais foram investidos mais de R$ 545 milhões.
“O SENAI está pronto para ser o principal parceiro da indústria brasileira nesta nova revolução digital. Os Institutos de Inovação já entregaram 332 projetos de P&D e inovação à indústria, sendo 36% com pequenas empresas e startups de base tecnológica e 44% com grandes empresas, com destaque para projetos de alta complexidade no segmento de óleo e gás. Mais importante, 91% dos projetos foram entregues no prazo contratado”, explica o gerente-executivo de Inovação e Tecnologia do SENAI, Marcelo Prim.
“A atuação do Sebrae nesta chamada visa promover de inserção das micro e pequenas empresas (MPE), incluindo startups, no processo de encadeamento tecnológico junto a médias e grandes empresas (MGE) - processo em que o desenvolvimento tecnológico e inovação acontece de forma colaborativa entre as empresas e os Institutos SENAI de Tecnologia e Inovação. A parceria entre o Sebrae e o SENAI nos projetos viabiliza o desenvolvimento de novas soluções, que tem na tecnologia seu maior diferencial de mercado, aumentando a competitividade dos pequenos negócios envolvidos no desenvolvimento dessas soluções inovadoras. Enfim, um verdadeiro ganha-ganha entre todas as partes envolvidas”, analisa o gerente de Inovação do Sebrae, Célio Cabral.
As inscrições podem ser feitas no site do Edital de Inovação para a Indústria. Além da chamada a Repsol, também estão abertas as seguintes chamadas da categoria C:
Fibras sustentáveis para vestuário
Startups que trabalhem no desenvolvimento de fibras para vestuário sustentáveis têm a oportunidade de apresentar suas ideias na chamada lançada pela Reserva e pelo SENAI Cetiqt. O objetivo é mapear empreendedores em todo o Brasil que desenvolvam fibras alongadas, mais resistentes e com toque extra macio. O emprego de materiais alternativos busca substituir os materiais derivados do petróleo devido a seu alto custo e impactos ambientais. Serão selecionadas até três startups, que terão projetos desenvolvidos em até 12 meses. O investimento em cada proposta será de R$ 150 mil.
Cidade conectada
A prefeitura de Salvador, o Correio e o SENAI Cimatec lançaram desafio para tornar a capital baiana referência nacional em conectividade e comunicação. As instituições buscam startups que proponham maneiras de ampliar o acesso à internet ou estimular a relação das pessoas com equipamentos inteligentes. A chamada também busca soluções inovadoras que deem visibilidade a dados públicos e acesso a informações sobre ações realizadas na cidade de forma conectada a veículos de comunicação de grande audiência. Há também interesse por projetos de tecnologia que estimulem o engajamento dos cidadãos com a gestão municipal e permitam o relato de falhas em serviços públicos.
Transformação digital
Por meio do Edital, a Daten Tecnologia, indústria do ramo da informática, lançou o Desafio Transformação Digital, que vai selecionar ideias nos ramos imobiliário e da saúde. No campo imobiliário, a empresa tem interesse em propostas dos seguintes temas: automação e monitoramento residencial; eficiência hídrica e energética para residências; soluções web para busca, comparação e venda; análise de projetos imobiliários e planejamento de obra, assim como soluções em Modelagem da Informação da Construção (BIM). Na área da saúde, o objetivo é apoiar o desenvolvimento de produtos que possuam elementos de software e hardware para tratamento, diagnóstico e monitoramento de pacientes. Serão selecionados até 10 projetos, que contarão com investimento de até R$ 416,6 mil. A startups selecionadas ficarão instaladas no HUB Salvador.
Sustentabilidade
Um dos principais players de energia do país, a empresa Enel propõe três desafios. Um deles pede soluções para levar água potável a populações sem acesso a serviços de água tratada e esgoto. O outro diz respeito à diminuição de poeira em residências próximas a construções de usinas fotovoltaicas e eólicas. O terceiro pretende resolver a gestão de resíduos sólidos e promoção do melhor aproveitamento do lixo no Nordeste brasileiro.
Plataformas digitais
A Engie Energia quer selecionar até até seis startups que apresentem soluções aplicáveis e funcionais. Dos três desafios propostos, dois estão centrados no desenvolvimento de plataformas digitais (como formato de nuvem e big data) que permitam otimizar o consumo de energia por meio de análise de perfil de consumo, inteligência operacional e diminuição de desperdícios. O objetivo também é financiar o desenvolvimento de um sistema para gestão da saúde e segurança do trabalho para reduzir a incidência de acidentes.
Produtos de aço
A chamada da Ternium, empresa especializada na produção e processamento de produtos em aço, vai selecionar até 10 startups que apresentem soluções para três temas. O primeiro propõe que a startup desenvolva monitoramento online para garantias físico-químicas das matérias-primas e solução automatizada para determinação de peso de materiais baseado no volume versus densidade. O outro diz respeito à mobilidade com segurança e pede à startup que crie tecnologia para carros industriais autônomos de transporte de metal líquido nos processos siderúrgicos. E, por fim, uma solução para rastreamento e monitoramento online dos resíduos e coprodutos gerados no processo siderúrgico.
| CNI (publicado em 08-04-2019) | | | | Novos projetos do setor fotovoltaico estimulam investimentos da indústria
Perspectiva de aumento do uso de energia solar no País nos próximos anos deve criar demanda por produtos e serviços, trazendo novas oportunidades para empresas de diversos segmentos
Usina do grupo Alexandria: companhia estima até R$ 200 milhões em novos empreendimentos em 2019
A perspectiva de expansão dos projetos de energia solar no Brasil e o aumento da demanda por serviços e equipamentos têm motivado investimentos da indústria. Empresas esperam crescimento de até 40% da receita do segmento em 2019.
“Há uma participação crescente de fontes renováveis no País e existe um espaço grande para contribuir com nossos clientes, desenvolvendo uma consultoria mais profunda no segmento”, afirma o diretor geral América Latina da fabricante Fluke, Hector Trabucco.
Projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam que o setor deve ter um aumento de 44% na capacidade instalada em 2019, gerando até R$ 5,2 bilhões em novos investimentos. A entidade estima incremento de 88,3% do faturamento na comparação com 2018.
Esperando que esse cenário ofereça novas oportunidades, a Fluke, especializada em equipamentos de testes e medição na área industrial, lançou uma linha de produtos voltada para o setor fotovoltaico. “Podemos ter um papel importante ao ajudar a impulsionar esse mercado, identificando problemas e melhorando a eficiência dos equipamentos”, diz Trabucco.
A expectativa da companhia é de 25% de aumento das vendas nos produtos relacionados ao mercado de energia solar, como câmeras termográficas e ferramentas de controle. “Acredito que é um negócio que vai crescer muito mais ao longo dos próximos anos”, avalia o executivo.
A ABB, fabricante de tecnologias de energia e automação, firmou uma parceria com a Aldo, distribuidora de equipamentos de geração fotovoltaica, para a importação de inversores de energia e carregadores para veículos elétricos. “O mercado de mobilidade elétrica é novo, mas está em expansão e possuímos o know-how”, explica o diretor de marketing da divisão de produtos para eletrificação da ABB Brasil, Marcelo Vilela.
O executivo destaca que a companhia desenvolve produtos e soluções para o setor há dez anos e investe na infraestrutura para veículos elétricos no Brasil. “Já temos alguns marcos, como o corredor que liga as cidades de São Paulo, Campinas e Jundiaí, com pontos de recarga nas rodovias Anhanguera e Bandeirantes. Acreditamos no uso conjunto da mobilidade elétrica com a energia fotovoltaica.”
O presidente da Aldo, Aldo Teixeira, acredita que o programa Rota 2030 irá incentivar o mercado de veículos híbridos e elétricos no País. “As grandes montadoras já estão lançando esses produtos. O papel da Aldo será fornecer uma infraestrutura para pontos de carregamento, com insumos fornecidos pela ABB.”
O executivo afirma que a empresa teve 40% de crescimento na receita em 2018 e espera repetir o número nesse ano. “A área está avançando bastante e com a expectativa de melhora econômica do País, a tendência é que a indústria e o comércio façam mais investimentos na melhora da eficiência energética.”
Empreendimentos
O grupo Alexandria, que trabalha com projetos de usinas de energia elétrica, tem expectativa de R$ 120 milhões a R$ 200 milhões em novos empreendimentos em 2019. “Vai depender da demanda. Para 2020, o alcance pode ser em torno de R$ 500 milhões. Temos obtido um crescimento expressivo”, assinala o CEO da empresa, Alexandre Brandão.
A corporação já conta com usinas construídas em empresas como a Ambev, grupo Positivo Tecnologia e Mufato. “Atuamos majoritariamente em empreendimentos de autogeração. Além de energia fotovoltaica, trabalhamos com outras fontes, como o biogás.”
Atualmente, a Alexandria possui mais de 33,3 quilômetros em sistemas implantados, que somam R$ 20 milhões em valor patrimonial. O grupo lançou uma plataforma própria para investimentos digitais, lastreados em todos esses projetos de energia. “É uma forma de investir e obter ativos diretamente da empresa. Enquanto o processo tradicional tem muitos custos e é lento, essa plataforma busca facilitar e reduzir custos para o investidor”, explica o executivo.
| DCI | | | | Depois de ficar estagnada no ano passado, a produtividade do trabalhador brasileiro deverá voltar a crescer a partir deste ano, embora ainda em ritmo lento, mostram projeções traçadas pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) obtidas pelo Valor.
Nos cálculos do instituto, a produtividade da hora trabalhada deve avançar 0,9% neste ano e mais 0,8% no ano que vem. Apesar de recolocar o indicador em trajetória positiva, o cenário aponta para uma "lenta recuperação", considerando-se que o país saiu de um longo período recessivo, com queda intensa da produtividade.
O movimento de recuperação vai refletir basicamente o aumento do valor adicionado bruto - medida de bens e serviços produzidos no país, sem os impostos - de 2,1% neste ano e de 2,4% em 2020, acima do projetado para as horas trabalhadas nos próximos dois anos, de 1,2% e 1,6%, respectivamente.
"Estimamos uma melhora no investimento neste ano, com crescimento de quase 4%, e uma melhor composição das vagas geradas no mercado de trabalho, com um geração líquida de cerca de 750 mil empregos formais", disse a economista Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Ibre.
Se confirmadas as projeções, a produtividade por hora trabalhada no país vai chegar ao fim de 2020 no mesmo nível em que estava em 2014. No fim do ano passado, o nível da produtividade equivalia ao registrado em 2012 e permanecia 2,7% abaixo de seu pico, que foi atingido no primeiro trimestre de 2014.
"Nossa história é de baixa produtividade. Nossa estimativa é que entre 1982 e 2018 a produtividade por hora trabalhada cresceu apenas 0,4% ao ano em média", disse a economista.
Como a maioria dos cenários econômicos atuais, as projeções do Ibre consideram a aprovação da reforma da Previdência. "As projeções representam um cenário base otimista em relação à capacidade do governo em aprovar as reformas, mesmo com algum grau de desidratação", disse Silvia.
Durante a recessão, a produtividade por hora trabalhada saiu de uma taxa positiva de 2,2% no quatro trimestre de 2013 para uma taxa negativa de 2,5% no primeiro trimestre de 2016, considerando a base de comparação interanual. Depois disso, houve uma melhora gradual, até crescer 1% no quatro trimestre de 2017.
Nos cálculos de Fernando Veloso, pesquisador do Ibre, a produtividade por hora trabalhada da economia brasileira ficou estagnada no ano passado. Em artigo recente, o pesquisador atribuiu esse desempenho do ano passado ao lento ritmo da economia e ao aumento do número de trabalhadores na informalidade.
Veloso estimou que a estagnação está diretamente relacionada ao setor de serviços. Ainda que o valor adicionado do setor (+1,3%) tenha crescido mais do que o da indústria (0,6%) e o da agropecuária (0,1%) no ano passado, sua produtividade foi negativa em 0,6%. O motivo foi o aumento maior das horas trabalhadas.
"A baixa taxa de crescimento da produtividade agregada nos últimos anos decorre principalmente do fraco desempenho da produtividade do setor de serviços, que concentra cerca de 70% da alocação setorial de horas trabalhadas no país e que tem apresentado taxas negativas desde o terceiro trimestre de 2014", avaliou.
No cenário traçado pelo Ibre para 2019 e 2020, o setor de serviços deve finalmente sair do terreno negativo em termos de produtividade. "A recuperação desse setor tem sido bem lenta, mas cada ano tem sido um pouco melhor", acrescentou Silvia Matos.
O professor de economia do Insper Renan Pieri diz que a aceleração do crescimento da produtividade passa por melhora na formação da mão de obra, dos investimentos das empresas em tecnologia e medidas mais amplas que reduzam a burocracia e incertezas no país.
"Em longo prazo, o capital humano é uma grande questão no país. Os jovens saem das escolas sem estar preparados para o mercado de trabalho, para o uso de ferramentas. Por isso, programas voltados para expansão da oferta de escolas técnicas são importantes", disse o professor.
Ele acrescenta que as reformas - especialmente a da Previdência, mas também a tributária - são importante para retomar a confiança de empresários a investir no país. "Máquinas mais modernas são mais produtivas e contribuem para o ganho de produtividade do trabalho", explicou Pieri.
| CIMM | | | | Presidente Jair Bolsonaro sanciona Cadastro Positivo nesta segunda-feira
Senado aprova e Cadastro Positivo passará a valer após sanção presidencial
Diminuir os custos dos empréstimos e facilitar o acesso dos brasileiros ao crédito – estes são os principais objetivos do Projeto de Lei Complementar 441/17 – que institui o Cadastro Positivo para consumidores. A medida foi sancionada na tarde desta segunda-feira (08/04) pelo presidente Jair Bolsonaro, em Brasília/DF. Participaram da solenidade de sanção presidencial, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, general Floriano Peixoto; o Ministro da Economia, Paulo Guedes; e o Secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa.
De acordo com o Secretário Especial, “com o cadastro positivo, todas as instituições que competem no mercado de crédito terão acesso às mesmas informações de cada consumidor ou empreendedor. Portanto, todas poderão, com base nas mesmas informações, competir para oferecer o empréstimo que ele queira, com prazos, valores e taxas de juros adequadas aos diferentes perfis de capacidade de pagamento”.
Da Costa afirmou que, com o Cadastro Positivo, o Governo estima que haverá redução em até 45% na inadimplência no Brasil, que hoje atinge mais de 60 milhões de pessoas. E, ainda, “que se espera uma injeção de recursos da ordem de R$ 1 trilhão na economia brasileira, com impacto de aproximadamente 19% na relação crédito/PIB (de 47% para 66%)”.
O Secretário disse, ainda, que o aumento da oferta e da competição no mercado de crédito diminuirá as taxas de juros e potencializará as possibilidades de consumo e investimento, ampliando e facilitando o empreendedorismo dos brasileiros e gerando empregos: “o crédito é uma alavanca fundamental para o crescimento econômico e a geração de empregos, seja pela possibilidade de aumentar o consumo, seja por fomentar o empreendimento, aumentar a capacidade de investir, comprar máquinas e equipamentos, de construir edificações, de reformar – todas essas ações que geram empregos”, finalizou.
| MDIC (publicado em 08-04-2019) | | | | O secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Costa, afirmou nesta segunda-feira, 8, após cerimônia no Palácio do Planalto, que o novo cadastro positivo, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, levará mais seis meses para que seu banco de dados seja formado. Com o cadastro formado, segundo ele, o funcionamento começará de fato.
“O cadastro vai abrir as portas para mais crédito”, afirmou a jornalistas.
Segundo ele, caso o consumidor não opte por sair do cadastro – o que é previsto na lei – ela vai, “sempre que não tiver pagamento à vista, vai criando impacto no cadastro”. “Aquele que paga pontualmente vai criando uma reputação de bom pagador. Essas pessoas vão aumentando o acesso ao crédito”, comentou.
Costa chamou atenção para o fato de que pessoas que pagam hoje contas de luz e gás, sem atrasos, passarão a ter acesso a mais crédito em função do cadastro. “Aquele que é o bom pagador só tem a ganhar. Hoje, muitas vezes o bom pagador paga um juro alto por conta do mal pagador. O bom pagador paga juro excessivo”, pontuou.
Ele afirmou ainda que, com o cadastro, deve ser criada no Brasil uma situação já vista em países desenvolvidos que possuem regras semelhantes. “Os excelentes pagadores provavelmente não vão precisar mais de fiador para alugar um apartamento”, citou.
| Tribuna PR (publicado em 08-04-2019) | | | | O presidente Jair Bolsonaro ressaltou nesta segunda-feira, 8, que a tramitação da reforma da Previdência depende agora de outro poder, o Legislativo, mas que o Executivo tem feito “algumas gestões” porque tem uma “bancada grande lá”, em referência aos parlamentares do seu partido, o PSL, o segundo maior partido da Câmara.
“A proposta mais importante do governo vem da economia, do ministro Paulo Guedes, que é a Previdência. A reforma depende agora de outro poder, mas fazemos algumas gestões, temos bancada grande lá”, disse Bolsonaro, em entrevista à Rádio Jovem Pan, gravada nesta segunda-feira e transmitida há pouco.
Bolsonaro lembrou que a aprovação da reforma da Previdência seria um sinal positivo para o mercado financeiro. “Aumentará a confiança do investidor”, declarou.
O presidente admitiu que gostaria que o governo estivesse funcionando como mais agilidade e salientou que os novos ministros são novos e têm pouca vivência política. “Isso acaba atrapalhando um pouco o andamento”, disse. “Mas acreditamos que vamos atingir bem mais de 90% daquilo que nos propomos há pouco tempo”, afirmou.
O presidente disse que é parceiro dos demais parceiros. “Devemos ouvir os parlamentares e buscar soluções para suas demandas, que, em grande parte, passam por nós, assim como nossas propostas passam pelo Parlamento. Isso causou algum ruído e dificultou implementação de alguma proposta, mas não vamos colocar algo que não se possa cumprir”, disse.
| Tribuna PR | | | | "Capitalização da Previdência vai gerar empregos? Não é tão simples
Um dos indicadores de que a economia de um país está indo bem é o nível de emprego. No Brasil, desde a recessão, o mercado de trabalho anda patinando muito. E sucessivos governos adotaram uma estratégia semelhante para tentar impulsionar a geração de vagas: a flexibilização de direitos ou retirada de encargos que incidem sobre a folha de pagamento.
Dilma Rousseff (PT) desonerou a folha. Michel Temer (MDB) promoveu a reforma trabalhista. E o governo de Jair Bolsonaro (PSL) propõe uma nova modalidade de contratação, com menos encargos trabalhistas, e uma capitalização da Previdência como auxiliares nesse processo. Mas os indicadores de emprego mostram que nem sempre a solução para esses problemas é assim tão simples.
Quando esteve na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na quarta-feira passada (3), o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre a situação do mercado de trabalho ao defender a reforma da Previdência e o sistema de capitalização, em que cada segurado faz uma ‘poupança’ para garantir a própria aposentadoria.
"O país tem, hoje, 40 milhões de brasileiros excluídos do mercado formal. Eles foram expulsos devido à maneira perversa como a previdência é financiada. Cobrar encargos trabalhistas sobre a mão de obra, sobre a folha de pagamento, é uma condenação do ponto de vista social", declarou.
A proposta de capitalização está na corda bamba – Bolsonaro sinalizou a jornalistas que ela pode ser excluída da reforma. Mas ela dialoga com uma promessa de campanha do pesselista: a carteira de trabalho verde e amarela. Muito falada ao longo da campanha e apontada como prioridade, a proposta ainda não saiu do papel, mas basicamente flexibiliza alguns direitos trabalhistas, para tornar o custo do funcionário menor para as empresas.
A reforma trabalhista de Temer foi lançada cercada de muita expectativa pelo governo na época. Enquanto ainda tramitava, em 2017, a expectativa era de gerar até 5 milhões de novas vagas. A cada avanço no Congresso, o governo recuava na estimativa de novos postos de trabalho. Depois, o então ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, falou em 2 milhões de empregos em dois anos.
A flexibilização da legislação trabalhista, no entanto, não conseguiu impulsionar o mercado de trabalho. As novas regras passaram a vigorar em novembro de 2017. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostram que no período entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2019, o saldo de movimentação (diferença entre admissões e demissões) foi de 402.693, um número muito aquém da expectativa inicial. Caso a projeção do governo se confirmasse, esse período dos primeiros 15 meses de vigência da reforma deveria ter gerado 1.250.000 vagas – o saldo do período corresponde a 32,2% da expectativa.
A curva do emprego no Brasil começa a mudar depois de 2010, de acordo com os dados do Caged, quando o saldo de criação de vagas foi de 2,6 milhões. A partir de 2011, a geração de novos postos de trabalho foi diminuindo, mas até 2014 o saldo ainda era positivo.
A situação inverteu a partir de 2015. Segundo o Caged, naquele ano o Brasil fechou 1,5 milhão de empregos. No ano seguinte, o resultado foi igualmente ruim: saldo negativo de 1,3 milhão de postos de trabalho. No ano da reforma trabalhista, 2017, o resultado também foi negativo, mas em um patamar menor: o ano terminou com -11,9 mil vagas. Foi só no ano passado que houve um respiro: foram 531,8 mil vagas de saldo ao fim de 2018.
Economia anda a passos lentos
Esses números mostram que apenas flexibilizar a legislação em meio a uma crise econômica não resolve o problema da falta de emprego. Enquanto não há confiança e crescimento, não há contratações. E muitas consultorias e institutos estão revisando para baixo as suas projeções para a economia brasileira em 2019.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), por exemplo, revisou no final de março a previsão de crescimento do PIB em 2019 de 2,7% para 2%. A análise do instituto é de que a retomada da atividade econômica permanece lenta. “Os dados mais recentes de atividade, como de produção industrial e de serviços, bem como os relativos ao mercado de trabalho, reforçam o fato de que a tão aguardada recuperação cíclica da economia brasileira acontece de maneira mais lenta do que a desejável”, avalia o Ipea.
Na análise do Ipea, o quadro de incertezas e desequilíbrio fiscal impede a aceleração da retomada da atividade econômica, e isso reflete no nível de emprego. “A expectativa é que a redução das incertezas permitirá um avanço maior dos investimentos e abrirá espaço para uma queda maior do desemprego no ano que vem, favorecendo uma dinâmica mais positiva do consumo”, explica a Carta de Conjuntura, que ainda classifica a situação atual do mercado de trabalho como ruim, pela combinação de desemprego elevado e baixa qualidade do emprego.
A experiência de outros países na flexibilização
Mudanças nas políticas trabalhistas podem impactar positiva ou negativamente no mercado de trabalho, mas não há um consenso sobre que tipo de mudança provoca cada efeito. E isso não se restringe apenas ao Brasil.
Um relatório do Banco Mundial, de 2013, já avaliava o impacto dessas políticas no mercado de trabalho. “Em muitos casos, contudo, as restrições à geração de empregos transformacionais não estão relacionadas à legislação trabalhista. A baixa produtividade da agricultura de pequena escala nas economias agrícolas está provavelmente mais estreitamente ligada às falhas de pesquisa e extensão agrícola. E a falta de concorrência em atividades tecnologicamente avançadas que poderiam impulsionar a demanda de trabalho qualificado nos países com elevada taxa de desemprego entre jovens tem mais probabilidade de ser decorrente do nepotismo e do favoritismo político”, pondera o documento.
No caso de países em desenvolvimento, a conclusão do Banco Mundial é que a regulamentação excessiva ou insuficiente do mercado de trabalho reduz a produtividade. “O desafio é colocar as políticas trabalhistas em uma área de estabilização — uma faixa onde as regulamentações e as instituições possam, pelo menos parcialmente, tratar as imperfeições do mercado de trabalho sem reduzir a eficiência”, explica o relatório.
Um outro estudo, mais recente, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), avaliou políticas reformistas de mercados de trabalho implementadas entre 2008 e 2014 em 111 países, para identificar se elas ajudaram a reduzir as taxas de desemprego e aumentar o emprego. Os resultados indicaram que nos países mais desenvolvidos, a ocorrência de uma crise econômica seguida por uma alta nos níveis de desemprego promoveu reformas que visavam diminuir a regulamentação trabalhista enquanto em países em desenvolvimento o resultado foi o oposto.
Os resultados apresentados no artigo “Labour market reforms since the crisis: Drivers and consequences”, de Dragos Adascalitei e Clemente Pignatti Morano, mostraram que, por um lado, mudanças nos contratos de trabalho permanentes, demissões e negociações coletivas são mais sensíveis à evolução macroeconômica e, de outro lado, modificações para contratos temporários e outras formas de emprego não necessariamente respondem às flutuações do ciclo de negócios.
Os pesquisadores ainda analisaram os efeitos de curto prazo das reformas no mercado de trabalho nos países desenvolvidos que flexibilizaram a proteção aos trabalhadores, houve um aumento temporário na taxa de desemprego, o que não ocorreu em economias em desenvolvimento. Mas, nos dois grupos, a desregulamentação foi associada a uma queda na taxa de emprego no ano seguinte. Efeitos de médio a longo prazo ainda não podem ser analisados com os dados disponíveis, por ora."
| Gazeta do Povo (publicado em 08-04-2019) | | | | O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) , criticou “o silêncio” do setor produtivo na defesa da reforma da Previdência. De acordo com ele, “a falta de manifestação do setor produtivo estabelece um vácuo” que é utilizado por opositores ao projeto, “para aqueles que no grito” querem evitar a aprovação do projeto.
Ele comentou sobre a tumultuada participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, na semana passada, e considerou o debate ocorrido como “não democrático”. “No grito e na intimidação, não é democrático”, afirmou.
Doria disse que “o PSDB de São Paulo estará apoiando” a reforma da Previdência sem pedir nada em troca. “O governo que foi eleito tem que dar certo e temos que ajudar em todas iniciativas positivas, como a da Reforma da Previdência”, comentou. “Vamos pedir o que é necessário, mas não estabelecer como moeda de troca para apoiar as boas iniciativas, como a reforma da Previdência”, acrescentou.
Renovação de contratos de concessão
O governador afirmou ainda que todos os contratos de concessões de rodovias que vencem até 2022 serão renovados. “É decisão de governo”, disse. Ele salientou que há previsão legal para realizar a renovação e que esse processo “facilita e agiliza” e tem em vista os resultados positivos apresentados pelas atuais concessionárias.
“O governo não tem interesse em auferir recursos, mas em melhorar serviços de forma mais rápida e reduzir custos de logística”, disse, afirmando que o governo paulista “tem outras formas de auferir recursos” para o Estado.
Ele afirmou que o governo estadual ainda vai negociar com cada concessionária os novos contratos, de maneira que haja vantagem para os dois lados e que sejam implementadas inovações tecnológicas que garantam “o estado da arte” para essas concessões.
Doria também reiterou que o Estado pretende avançar em outros programas de privatização e citou a concessão de 22 aeroportos regionais e a Hidrovia Tietê-Paraná.
O governador citou ainda que o governo está estudando o modelo de repasse da hidrovia para a iniciativa privada e tem discutido com outros Estados que possuem trechos da hidrovia sobre a questão.
| Tribuna PR (publicado em 08-04-2019) | | | | O vice-presidente, general Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira,8, que a confiança da população na economia vai se recuperar quando o Congresso aprovar a reforma da Previdência. Ele novamente afirmou que o governo “não tem varinha de condão”. “Pode ser que as expectativas das pessoas estivessem muito altas”, afirmou.
“Para o Brasil avançar, ele precisa das reformas e inicialmente a da Previdência faz parte desse pacote”, avaliou o vice-presidente. “Nós temos clareza do que queremos, precisamos dessas reformas, independente de serem populares ou não e temos que ter paciência para negociar com Congresso”, afirmou Mourão a jornalistas.
Antes, ele se reuniu com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence. Na reunião, Mourão disse ter comentado com o americano que há mais de 30 partidos diferentes no Brasil e por isso é preciso de “diálogo permanente” com o Congresso. Segundo ele, o americano brincou: “talvez aqui eu preferisse ter esses 30 do que dois”.
Antes de desembarcar em Washington, Mourão passou com Boston, para participar do Brazil Conference, evento organizado por estudantes brasileiros das universidades de Harvard e do MIT. Segundo Mourão, no local ele teve uma conversa “muito boa” com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que também participava do evento. “Temos muita convergência de pensamento e posições”, disse Mourão sobre Toffoli.
Ele não quis comentar a prisão dos dez militares do Exército em flagrante pelo envolvimento no fuzilamento do carro de uma família em Guadalupe, na zona norte do Rio, no domingo, 7. O músico Evaldo Rosa dos Santos, de 46 anos, morreu depois que o carro foi alvejado por mais de 80 tiros.
“Estou tomando conhecimento agora, o que eu soube pela manhã é que uma patrulha do Exército tinha sido emboscada por uma quadrilha de narcotráfico. Foi o último dado que eu sabia”, afirmou Mourão, que disse não ter conhecimento sobre a prisão.
Mike e Tony
Na entrevista aos jornalistas, Mourão respondeu perguntas em português, inglês e espanhol. No início da conversa com a imprensa, o assessor de Mourão avisou que o vice-presidente estaria apto a responder perguntas nas três línguas. “E em francês”, emendou Mourão. O vice-presidente disse que a intenção da visita a Pence, em Washington, era abrir caminho de diálogo entre os dois. “Nós criamos aquele sentimento de que posso pegar um telefone e ligar para ele. Eu chamo ele de Mike, ele chama de Tony e está tudo bem”, disse Mourão.
A visita do vice-presidente, menos de 20 dias depois da passagem do presidente Jair Bolsonaro pelos Estados Unidos para encontro com Trump, gerou estranheza em parte das autoridades americanas. Segundo Mourão, a ideia era fazer um “aproveitamento de êxito” e tirar vantagem do que ele considerou como o momento de empatia entre Trump e Bolsonaro.
| Tribuna PR (publicado em 08-04-2019) | | | | O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a venda de ativos do Estado para enxugar a máquina pública. Vamos vender ativos, a mensagem é clara”, disse ele, afirmando que o governo tem atualmente 700 mil imóveis. Ele falou ainda sobre participação em estatais para reduzir a dívida. “Os juros da dívida são inaceitáveis, todos os economistas brasileiros viraram banqueiros”, completou.
Durante palestra promovida pelos jornais O Globo e Valor Econômico nesta tarde em Brasília, Guedes disse que pediu que o Executivo vendesse a própria casa em que mora atualmente. A residência era do ministro da Fazenda no governo anterior, mas já havia sido colocada à venda ainda no governo Michel Temer.
O ministro voltou a falar sobre a reforma da Previdência e disse que só não adotou as mudanças defendidas pelo economista Armínio Fraga porque quer “uma viagem mais longa em direção a capitalização”.
Ele afirmou ainda que 50% do funcionalismo federal se aposenta nos próximos cinco anos e que, com isso, haverá redução no número de servidores, que só serão repostos pontualmente. “Travamos concurso público, vai desidratar pela metade por aposentadoria”, disse.
| Tribuna PR | | | | Fundo passou a estimar uma expansão de 2,1% este ano; crescimento mundial deve ser de 3,3%. Crise na Venezuela deve encolher PIB em 25%.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu em 0,4 ponto percentual sua previsão para o crescimento da economia brasileira em 2019. No relatório "World Economic Outlook", divulgado nesta terça-feira (9), o órgão passou a estimar uma expansão de 2,1% para o país este ano.
Em janeiro, o FMI previa que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceria 2,5% este ano – uma ligeira melhora em relação à projeção feita outubro do ano passado, que era de uma expansão de 2,4% na economia em 2019.
No estudo, o Fundo cita o Brasil entre os exemplos de nações latino-americanas que estão em um ciclo de recuperação, após sair de um crescimento de 1,1% em 2018. A última estimativa do FMI para o crescimento brasileiro em 2018 era de 1,3%.
As projeções do órgão para o PIB brasileiro em 2020, no entanto, vão no caminho contrário, como mostra o gráfico abaixo: o FMI estima que a economia do Brasil vai avançar 2,5% – uma melhora de 0,3 ponto percentual em relação à projeção feita em janeiro, mas uma queda de 0,1 em relação à projeção feita em outubro.
Trajetória das estimativas para o PIB do Brasil
O relatório destaca que os spreads (diferença entre o que se gasta e recebe em juros) caíram desde outubro no Brasil, em meio ao otimismo com a reforma da Previdência no novo governo. No entanto, o estudo aponta que, particularmente no país, desequilíbrios fiscais pesaram na projeção.
“No Brasil, a principal prioridade é conter o aumento da dívida pública enquanto mantém intactos os gastos sociais. O teto de gastos introduzido em 2016, que incrementa o resultado primário em 0,5 ponto percentual por ano, é um passo na direção certa para facilitar a consolidação fiscal”, pontua o FMI.
O estudo aponta que mais ajustes são necessários no Brasil, particularmente cortes na folha de pagamentos e reforma da Previdência para frear gastos crescentes – enquanto é preciso proteger programas sociais essenciais aos mais vulneráveis, diz o Fundo.
“Com a inflação ainda perto da meta, a política monetária pode ficar acomodativa para suportar a demanda", diz o órgão. "A recente reforma trabalhista e subsídios ao crédito são esforços para melhorar a infraestrutura e a eficiência da intermediação financeira", acrescenta o FMI, e "pode ajudar a aumentar a produtividade e elevar as perspectivas de crescimento no médio prazo”.
Emergentes, América Latina e a tragédia Venezuelana
A expansão projetada para o Brasil em 2019 é menos da metade da esperada para os países emergentes, de 4,4%. A expansão deve ser puxada pela China e pela Índia, que devem crescer 6,3% e 7,3%, respectivamente. Para 2020, a estimativa é de 2020 para este grupo de países.
Enquanto China e Índia puxa para cima o crescimento dos emergentes, a Venezuela tem forte peso negativo no crescimento da América Latina: o FMI projeta expansão de 1,4% para a região, fortemente influenciada, negativamente, pela contração esperada de 25% na economia do país em crise. Em 2018, o PIB venezuelano caiu 18%; para 2020, expectativa é de contração de outros 10%.
Argentina também deve ter recessão este ano, com uma queda esperada de 1,2% no PIB.
Economia global
O órgão também reduziu sua previsão de crescimento para a economia mundial em 2019, passando a 3,3% (uma queda de 0,2 ponto percentual em relação à estimativa feita janeiro). Com isso, prevê uma desaceleração ainda maior frente ao avanço de 3,6% em 2018.
Segundo o relatório, a previsão de crescimento global reflete uma combinação de “forças cíclicas em declínio e um retorno ao crescimento fraco nas economias avançadas”.
O Fundo atribui a fraqueza, ainda, a uma recuperação precária nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento, impulsionada em grande parte por economias com graves problemas macroeconômicos, e fatores complexos que moldam as perspectivas de crescimento nestes grupos.
Já para 2020, o Fundo manteve a estimativa de expansão maior para a economia mundial, de 3,6%.
Efeitos de Brumadinho
O relatório do FMI também menciona o aumento nos preços dos metais, citando o desastre com a barragem de Brumadinho entre as principais causas. O órgão destaca a alta nos preços entre agosto do ano passado e fevereiro deste ano, após um período de desaquecimento “notadamente” causado pelo enfraquecimento da economia chinesa.
“No entanto, os preços dos metais reverteram desde então, guiados pelas expectativas de mais estímulos fiscais na China e melhora do humor dos mercados globais – acoplado a um forte aumento do minério de ferro devido ao desastre de Brumadinho no Brasil”.
| G1 | | | | O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), acelerou em seis das sete capitais pesquisadas na primeira quadrissemana de abril na comparação com a última leitura de março. A informação foi divulgada na manhã desta terça-feira, 9, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Na primeira quadrissemana deste mês, o IPC-S subiu 0,80%, ante 0,65% no fechamento do mês passado.
Somente em Belo Horizonte, o IPC-S repetiu a taxa, em 0,18%, na primeira medição de abril. Nas demais, entretanto, houve aceleração: Salvador (de 0,64% para 1,09%), Brasília (de 0,47% para 0,49%), Recife (de 0,71% para 0,75%), Rio de Janeiro (de 0,83% para 0,96%), Porto Alegre (de 0,89% para 1,19%) e São Paulo (de 0,56% para 0,64%).
| Tribuna PR | | | | O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 5,8 pontos na passagem de fevereiro para março, para 93,5 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 9. Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 1,1 ponto, após quatro meses consecutivos de avanços.
“O resultado negativo do IAEmp em março reforça a leitura feita no mês anterior de que os empresários estavam se tornando mais cautelosos após um período de aumento do otimismo. O ajuste expressivo das expectativas, devolvendo cerca de três quartos da melhora observada ao final de 2018, sugere que o ritmo esperado de contratações continuará lento e gradual”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 2,0 pontos em março, para 94,1 pontos. “O aumento do Índice Coincidente do Desemprego (ICD), mantendo-se em patamar elevado, retrata a situação ainda difícil do mercado de trabalho”, completou Rodolpho Tobler.
O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto menor o patamar, menos satisfatório o resultado.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados em quatro classes de renda familiar da pergunta da Sondagem do Consumidor, que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. Já o IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.
No IAEmp, os componentes que mais contribuíram para a queda de março foram os de Emprego Local Futuro (-13,4 pontos) e de Tendência de Negócios (-8,5 pontos).
No ICD, a classe de renda familiar mais baixa foi a que mais contribuiu para o avanço do indicador. O aumento foi de 6,2 pontos para os consumidores com renda familiar até R$ 2.100,00.
| Tribuna PR | | | | Polêmica
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu nesta segunda-feira (8) a extinção da tabela do frete rodoviário, considerada por ela “perversa”, na medida em que eleva custos do setor produtivo.
A avaliação da ministra foi feita em um momento em que o próprio governo busca um aperfeiçoamento da tabela, instituída após a greve dos caminhoneiros, no fim de maio do ano passado, em protesto contra altos custos do diesel e baixa remuneração do frete.
Entre os setores mais prejudicados pela tabela está o de grãos. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu na semana passada sua perspectiva de exportação de milho do Brasil, citando que os embarques neste ano podem ser menores que o projetado se a tabela continuar em vigor.
A ministra comentou que tem conversado sobre o problema com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, responsável por conduzir o assunto dentro do governo e junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde a constitucionalidade da tabela aguarda um julgamento desde meados do ano passado, após ações de contratantes de frete.
Uma audiência pública para estabelecer regras gerais, metodologia e indicadores dos pisos mínimos do frete será aberta na terça-feira (9) pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Segundo Tereza Cristina, documento com proposta da nova tabela deverá ser divulgado no fim de maio.
“Mas o ideal é que a tabela caísse pois, afinal, vivemos em uma economia aberta”, defendeu. “Precisamos sentar e conversar, para chegar a um entendimento entre as partes e não criar lei e tabelamento”, disse ela, durante a 18.ª feira Tecnoshow Comigo, em Rio Verde (GO).
Há duas semanas, uma das entidades que representam caminhoneiros autônomos do país, a Abcam, informou que o nível de insatisfação da categoria estava “muito grande” e que isso poderia resultar em uma nova greve dos motoristas.
Reações negativas
Lideranças dos caminhoneiros e empresários do setor reagiram negativamente à declaração da ministra da Agricultura. A declaração ocorre após a procuradora-geral da República, Raquel Dodge defender a legalidade da tabela de frete mínimo em parecer encaminhado ao STF na sexta-feira (5).
"A declaração dada pela ministra está equivocada, uma vez que a lei trouxe transparência às negociações de contratação de frete e regulou a um mercado que estava desequilibrado", afirmou Diumar Bueno, presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) em nota.
A entidade afirma, também, que está "à disposição da ministra para dialogar sobre a importância da medida à categoria e para a economia" e que "mantém conversa constante com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, que já se posicionou favorável" ao tabelamento.
"É a opinião dela, mas temos uma lei vigente que tem de ser cumprida. Ela defende o setor do agro, tem uma opinião particular. A minha opinião é de que vou lutar para que a regra atual seja mantida", diz Wallace Landim, o Chorão, um dos articuladores da paralisação dos caminhoneiros em maio de 2018.
"Não queremos um tabelamento em si, mas sim a garantia do custo mínimo de frete. O que buscamos é um preço mínimo porque o transportador é hipossuficiente na negociação, é o lado mais fraco", afirma.
Para Claudio Adamuccio, presidente do G10, grupo paranaense que possui 1.700 caminhões, o preço pré-fixado é errôneo, mas um preço mínimo é importante para evitar a canibalização do setor. "Pelo que sabemos, o estudo da USP vai sugerir pisos, o que é positivo. A primeira tabela tinha problemas, como um pequeno número de perfis de preço. Isso foi revisto", afirma.
Uma das maiores reclamações do formato atual da tabela é referente à precificação de serviços de transporte de produtos químicos ou combustíveis, segundo o presidente de uma grande transportadora que prefere não se identificar.A tabela estipula um valor muito baixo para esse tipo de serviço, que envolve custos e riscos mais altos que as modalidades convencionais, segundo o executivo.
| | | | | O Grupo Caoa está prestes a confirmar a compra da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP). E a oficialização do negócio virá acompanhada de outro anúncio: a empresa brasileira pretende montar a linha de caminhões pesados Xcient, da Hyundai, segundo informou fontes ligadas à negociação para o site Jornal do Carro.
O novo produto para o mercado brasileiro faria companhia na futura unidade da Caoa aos caminhões leves da Ford, da linha Cargo, já produzidos no local.
O modelo que pode marcar a entrada da Hyundai no segmento de transporte pesado no Brasil é o cavalo-mecânico P440, que brigaria por clientes com Mercedes-Benz, Volkswagen, Scania, Volvo, entre outras.
A Caoa já atua no segmento de veículos comerciais, com a produção dos leves HR e HD80 em Anápolis (GO), e estudava operar também com veículos semipesados e pesados.
Recentemente circularam fotos na internet de unidades Xcient P440 e do leve Mighty estacionados no pátio da fábrica destinado à modelos importados.
A compra da unidade da Ford no ABC paulista, segundo o Jornal do Carro, atenderia aos planos da empresa brasileira de transformá-la numa plataforma de exportação da linha de caminhões da Hyundai para a América do Sul, além de abastecer o mercado brasileiro.
Vale lembrar que modelos Hyundai Xcient já são vendidos no Uruguai e Paraguai, países nos quais o Brasil mantém acordos bilaterais de comércio.
Experiência Hyundai no Brasil
O Caoa já é o representante oficial da Hyundai no Brasil, produzindo os SUVs ix35 e Tucson, além de importar o Elantra e o Santa Fe. O grupo também detém a importação de veículos japoneses da Subaru. Também é o maior distribuidor da marca Ford na América Latina.
No fim de 2017, comprou parte das operações da Chery no Brasil. Com isso, incorporou a fábrica da marca chinesa em Jacareí (SP).
De lá para cá, já lançou quatro modelos da nova marca Caoa Chery no mercado nacional. São eles os SUVs Tiggo 2, Tiggo 5X e Tiggo 7 e o sedã Arrizo 5.
O resultado é que a Caoa Chery foi a marca que mais cresceu no país em 2018. Foram 8.640 unidades vendidas no ano passado, ente 3.734 em 2017, uma alta de 131%.
De acordo com o Jornal do Carro, o Grupo Caoa deverá assumir o controle da fábrica de São Bernardo do Campo em dezembro. Já de olho na oportunidade de negócios que se abrirá em julho de 2020, quando começa a vigorar o acordo de livre comércio de produtos entre Brasil e México.
A indústria brasileira de caminhões está num patamar acima ao da mexicana, produzindo modelos com nível de tecnologia e sofisticação similares aos que circulam na Europa. A exportação entraria como a menina dos olhos para o grupo gerenciado pelo médico e fundador Carlos Alberto de Oliveira Andrade, daí surgiu a abreviatura Caoa.
Mercado de caminhões em alta
Vale destacar que o segmento de caminhões está em franca recuperação, sobretudo na categoria de semipesados e pesados, que contabilizou no primeiro trimestre deste ano 75% das vendas no setor de caminhões no país, conforme os dados da Fenabrave (associação que reúne as concessionárias no Brasil).
Soma-se ainda o fato de que veículos desses segmentos representam uma receita maior para as fabricantes, apesar de movimentar menos unidades que a de carros, por exemplo.
No ano passado foram emplacados 76,4 mil caminhões no Brasil, um salto de 46,8% comparado ao ano anterior, que licenciou 52 mil. Para 2019, a Fenabrave projeta um crescimento de 15,4%, atingindo um total de 88 mil unidades comercializadas.
A Mercedes-Benz fechou 2018 como líder nas vendas de caminhões, com 22,3 mil exemplares negociados, o que representou 29,2% de participação no mercado. Em seguida ficou a Volkswagen, com 18,8 mil caminhões e 24,6% da fatia. A Volvo apareceu em terceiro, com 10,6 mil (13,9%), à frente da Ford, 9,3 mil (12,2%), e Scania, 8,6 mil (11,3%)."
| Gazeta do Povo (publicado em 08-04-2019) | | | | Caoa exige contrapartidas, mas SP diz que benefício está atrelado a investimento
Um impasse em torno de incentivos fiscais ameaça travar a venda da fábrica de caminhões da Ford em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, para a Caoa.
Segundo apurou a reportagem, representantes da Caoa, que pertence ao empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, estiveram nesta segunda-feira (8) na Secretaria de Fazenda e Planejamento do governo de São Paulo.
Os executivos solicitaram ao governo estadual contrapartidas fiscais para adquirir a unidade e preservar os cerca de 3.000 empregos. O governador João Doria (PSDB) já anunciou publicamente que ajudaria a buscar compradores para a fábrica.
Os técnicos da Fazenda, no entanto, afirmaram que o programa estadual para o setor automotivo contempla apenas novos investimentos, o que significa que, para se enquadrar, a Caoa teria de se comprometer com um plano de aportes para a unidade.
Chamado de IncentivAuto, o programa do governo estadual prevê desconto progressivo até o limite de 25% do ICMS para os veículos fabricados em São Paulo.
Para participar, as empresas têm de investir mais de R$ 1 bilhão e se comprometer a criar, no mínimo, 400 postos de trabalho.
Pessoas próximas a Oliveira Andrade dizem que o empresário ficou decepcionado e que estaria até pensando em desistir de adquirir a fábrica.
Outras fontes dizem acreditar que se trata de pressão para levar o governo estadual a conceder mais incentivos.
Conforme apurou a reportagem, as tratativas com a Ford continuam, mas a Caoa teria informado que vem tendo dificuldades nas negociações com o governo estadual. A empresa ainda não está fazendo "due dilligence" (análise dos dados) da unidade.
Doria está pessoalmente empenhado em deter o fechamento de vagas no setor automotivo. O próprio programa IncentivAuto nasceu de uma negociação com a General Motors, para evitar que a empresa deixasse o estado e até o país.
No entanto, o secretário de Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles, vem sendo cuidadoso na concessão dos benefícios e faz questão de atrelá-los a novos investimentos, para evitar que se tornem apenas um socorro para empresas em dificuldades.
Em fevereiro, a Ford anunciou que fecharia a fábrica de São Bernardo do Campo no fim deste ano, gerando forte reação do sindicato de trabalhadores. A montadora americana informou que desistira de fabricar caminhões no mundo.
Por insistência do governador tucano, a Ford retomou as tentativas de tentar vender a fábrica, que não haviam sido bem-sucedidas até então.
Três grupos teriam demonstrado interesse. As negociações estariam mais avançadas com a Caoa.
Procuradas, Caoa e Ford não se manifestaram.
A Secretaria de Fazenda e Planejamento paulista não confirmou a reunião e informou que emitirá em breve uma resolução com as condições de enquadramento dos novos investimentos dentro do IncentivAuto.
| Folha de S. Paulo | | | | A Petrobras manteve sem alteração o preço médio do litro da gasolina A sem tributo nas refinarias, válido para terça-feira, 9, em R$ 1,9354. Além disso, a estatal manteve sem alteração o preço do diesel, em R$ 2,1432, conforme tabela disponível no site da empresa.
Em março de 2019, a Petrobras informou que os preços do diesel nas refinarias da companhia, que correspondem a cerca de 54% dos preços ao consumidor final, serão reajustados por períodos não inferiores a 15 dias. Anteriormente, a empresa adotava uma política de mantê-los estáveis por curtos períodos de tempo de até sete dias.
Segundo a petroleira, ela continuará a utilizar mecanismos de proteção, como o hedge com o emprego de derivativos, cujo objetivo é preservar a rentabilidade de suas operações de refino. Já o hedge da gasolina, que passou a ser adotado em setembro de 2018, permite à empresa manter os valores estáveis nas refinarias por também até 15 dias.
| Tribuna PR (publicado em 08-04-2019) | | | | A ZF Friedrichshafen AG recebeu um pedido referente à avançada transmissão automática de 8 marchas com valor de dezenas de bilhões de Euros. Espera-se que o negócio ocorra ao longo de um período de vários anos. A versão mais recente da transmissão de 8 marchas da ZF – em produção desde 2009 – foi aperfeiçoada com a integração de um motor elétrico, que inclui uma variante híbrida.
A produção em série da nova geração de transmissões deve ser iniciada em 2022 na fábrica da ZF em Saarbrücken, Alemanha, que é a principal planta produtiva de transmissões automáticas para carros de passeio da ZF. No futuro, a empresa também planeja iniciar a produção da mesma tecnologia em outros locais, incluindo Estados Unidos e China.
“Este negócio representa o maior pedido da história da ZF”, afirma o CEO da ZF, Wolf-Henning Scheider. “Quando se trata de eletrificação de carros de passeio, além de motores puramente elétricos, confirmamos nossa estratégia de focar em híbridos plug-in como solução para o dia a dia e desenvolver produtos atrativos nestas áreas”.
Otimizado para eletrificação
A nova transmissão automática de 8 marchas pode ser instalada em quase todas as classes de veículos com configuração de tração longitudinal frontal. A inovação técnica da transmissão aperfeiçoada é a integração de um motor elétrico.
“Aperfeiçoamos nossa transmissão automática de 8 marchas de forma consistente, conforme os requisitos de eletromobilidade do futuro”, explica Michael Hankel, membro do Board of Management da ZF responsável por tecnologia de transmissão e eletromoblidade, entre outras áreas. “Com a construção modular utilizando vários elementos originais, a nova geração de transmissão híbrida oferece uma solução flexível adequada a todos os carros de passeio – tanto convencionais como elétricos”.
“O pedido se baseou no fato de que os clientes enxergam nossa tecnologia como uma solução de transmissão sustentável para seus veículos, que os ajuda a atingir as metas de emissão de CO2“, enfatizou Hankel. “Além disso, a possibilidade de mudar facilmente de uma variante de transmissão para outra permite que nossos clientes reajam de forma flexível aos requisitos do mercado”.
“Aliado ao potencial significativo de redução de CO2, este alto grau de flexibilidade está aumentando o interesse em nossa transmissão. Estamos conduzindo negociações muito promissoras com outros clientes”.
“O pedido também reforça a importância de nossa rede de produção global”, adiciona Hankel. “Após o início da produção em Saarbrücken em 2022, também fabricaremos esta nova geração de transmissões para outros clientes em nossas instalações em Gray Court, EUA e Xangai, China”, conclui.
| CIMM (publicado em 08-04-2019) | | | | Montadoras que adotarem tecnologias desenvolvidas pela japonesa pagarão pelo suporte técnico
A Toyota concederá licenças isentas de royalties sobre 23.740 mil patentes (incluindo algumas aplicações pendentes) de tecnologias relacionadas à eletrificação de veículos. Essas patentes foram obtidas ao longo de mais de 20 anos de desenvolvimento de veículos eletrificados. O período de concessão já está vigente e vai até o fim de 2030. Os contratos para as concessões podem ser emitidos por contato com a Toyota e pela discussão de termos e condições específicas de licenciamento.
A Toyota também fornecerá suporte técnico mediante taxas para outros fabricantes que estejam desenvolvendo e vendendo veículos eletrificados, quando estes usarem motores, baterias, PCUs, ECUs de controle e outras tecnologias de sistemas de eletrificação de veículos da Toyota como parte de seus sistemas de transmissão.
"Com base no grande volume de contatos que recebemos sobre nossos sistemas de eletrificação, acreditamos que agora é a hora da cooperação", afirma Shigeki Terashi, membro do conselho e vice-presidente executivo da Toyota Motor Corporation. "Caso o número de veículos eletrificados acelere significativamente nos próximos dez anos, eles se tornarão padrão. Esperamos participar apoiando esse processo”, ressalta Terashi.
As patentes livres de royalties são tecnologias encontradas em veículos eletrificados, especialmente em modelos híbridos elétricos (HEV) que ajudaram a Toyota a obter um desempenho melhor, um tamanho reduzido e uma redução de custos. As patentes incluídas são de peças e sistemas, como motores elétricos, unidades de controle de potência (PCUs) e controles de sistema.
Elas podem ser aplicadas no desenvolvimento de vários tipos de veículos eletrificados, incluindo híbridos elétricos (HEVs), híbridos elétricos plug-in (PHEV) e veículos elétricos movidos a células de combustível (FCEV).
OUTRAS PATENTES JÁ LIBERADAS
A Toyota já oferece 5.680 patentes relacionadas aos seus veículos elétricos movidos a células de combustível (FCEV) desde janeiro de 2015. Agora ela inclui 2.590 outras patentes relacionadas a motores elétricos, 2.020 patentes referentes a PCUs, 7.550 patentes ligadas a controles do sistema, 1.320 patentes de transeixo de motores, 2.200 patentes de carregador e 2.380 patentes de célula de combustível (o que eleva a 8.060 o número total de patentes relacionadas a essa tecnologia).
Quanto ao suporte técnico mediante taxas a ser oferecido pela Toyota, a orientação da montadora incluirá, por exemplo, ajudar outras fabricantes a atingir um nível elevado de desempenho do produto em eficiência de combustível e produção. O contato com a montadora japonesa para obtenção de patentes deve ser feito pelo site https://global.toyota/en/mobility/case/patents2030.html.
| Automotive Business (publicado em 08-04-2019) | | | | De janeiro a março, fabricantes emplacam 25,5 mil unidades; há um ano, volume era de 17,5 mil
As vendas de implementos rodoviários saltaram 45% no primeiro trimestre contra igual período do ano passado ao atingir os 25,5 mil emplacamentos no período, segundo dados divulgados na segunda-feira, 8, pela Anfir, associação das fabricantes. O segmento pesado exerceu a maior influência positiva do setor, impulsionado pelo agronegócio.
Entre janeiro e março, foram vendidos quase 14 mil implementos pesados – reboques e semirreboques – representando avanço expressivo de 61% na comparação anual. Com quase 4 mil unidades, a categoria graneleiro/carga seca lidera as vendas, conforme o levantamento da entidade. No segmento leve, o crescimento foi menos intenso, de 29,4%, para 11,5 mil unidades.
No entanto, a Anfir vê os números com cautela. Para seu presidente, Norberto Fabris, os investimentos necessários para aumentar o aquecimento dos negócios ainda não aconteceram. “A confiança geral melhorou mas as decisões de investir demandam um pouco mais de tempo. Daí esse ritmo mais lento na retomada”, explica.
Apesar disso, Fabris lembra que datas comemorativas, como Páscoa e Dia das Mães, tradicionalmente representam aquecimento no comércio de varejo. “São eventos no qual o comércio nas cidades espera ter bom desempenho e isso se reflete nos negócios de nosso setor”, comenta.
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