| 04 de JUNHO de 2019
Terça-feira
- Indústria cresce 0,3% em abril, mas ainda acumula queda de 2,7% no ano
- Produção industrial cresce 0,3% em abril, mas acumula queda de 2,7% no ano
- Produção avança em 20 dos 26 ramos industriais em abril ante março, diz IBGE
- Indicadores Industriais
- Otimismo da indústria enfraquece
- Otimismo enfraquece e indústria do Brasil se aproxima de estagnação em maio, mostra PMI
- Indústria de implementos pode exportar US$ 5,8 milhões ao México
- Guerra comercial se acirra no mundo e traz riscos para crescimento do País
- STF analisará incidência de ICMS sobre celulares comprados por empresa de telefonia e cedidos a clientes
- Conheça as novas regras para mudar de plano de saúde
- Brasil tem superávit de US$6,422 bi na balança comercial de maio
- Secex vai rever projeções, mas continua esperando aumento na corrente de comércio
- Governo tem feito muito na área macro e precisa avançar na área micro, diz BC
- A 3 horas de fim do prazo de validade, Senado aprova MP do pente-fino do INSS
- Exportações reduzem o impacto de mercado doméstico decepcionante
- IPC-S desacelera nas 7 capitais avaliadas pela FGV na 4ª quadrissemana de maio
- Com efeito de paralisação de caminhoneiros, venda de veículos salta em maio
- Nissan diz que vai rever laços com Renault em caso de fusão com FCA
- Venda de motos se aproxima de 100 mil unidades em maio
- Venda de veículos novos sobe 21,6% em maio ante maio de 2018, diz Fenabrave
- Vendas de pesados crescem acima dos 50% até maio
- Simulação na Indústria 4.0
- SEC investiga Siemens, Philips e GE por esquema de propinas, dizem fontes
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Câmbio
Em 04/06/2019
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Fonte: BACEN
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| | | | | No quarto mês do ano houve expansão em 20 dos 26 ramos industriais pesquisados
Após registrar grande queda em março, a produção industrial brasileira fechou abril em alta de 0,3% em abril, informou nesta terça (4) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Nos quatro primeiros meses do ano, porém, o setor ainda acumula queda de 2,7%.
Em abril, segundo o IBGE, houve expansão em 20 dos 26 ramos industriais pesquisados pelo instituto. As principais influências positivas foram veículos automotores (7,1%), máquinas e equipamentos (8,3%), outros produtos químicos (5,2%) e produtos alimentícios (1,5%).
Todos eles reverteram resultados negativos registrados em março, quando a produção industrial brasileira registrou queda de 1,4%.
O setor extrativo continua sofrendo os efeitos do desastre de Brumadinho (MG) , que levou à paralisação de uma série de minas da Vale em Minas Gerais. De acordo com o IBGE, a produção desse setor caiu 9,7% em abril. Foi o quarto recuo seguido.
Até o momento, as autoridades contabilizam 245 mortos e 25 desaparecidos após o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, que ocorreu no dia 25 de janeiro.
Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, os efeitos da tragédia têm sido determinantes no desempenho da indústria brasileira. A indústria de transformação, por exemplo, teve alta de 1,2% em abril e está hoje em nível 1,9% superior a dezembro de 2018.
"Sem Brumadinho, a indústria brasileira estaria num ritmo mais intenso", disse ele. Em relação a abril de 2018, a indústria extrativa recuou 24%, a queda mais intensa da série histórica da pesquisa, iniciada em 2002.
Nessa base de comparação, a indústria brasileira como um todo recuou 3,9%, com resultados negativos em 13 dos 26 ramos pesquisados.
Pesquisa da consultoria IHS Markit indica que a situação em maio ainda é ruim. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), calculado pela consultoria, caiu a 50,2 no mês, ante 51,5 registrados em abril.
É o número mais baixo em 11 meses e está próximo da estagnação - quando o índice atinge a marca de 50.
| Folha de S. Paulo | | | | Na comparação com abril do ano passado, houve queda de 3,9%, segundo o IBGE. Indústria extrativa tem 4º resultado negativo seguido, acumulando queda de 25,7%.
A produção industrial brasileira registrou em abril uma alta de 0,3%, na comparação com o mês imediatamente anterior, segundo divulgou nesta terça-feira (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do crescimento, o avanço foi insuficiente para recuperar a perda de 1,4% de março. Nos 4 primeiros meses de 2019, o setor industrial passou a acumular uma queda de 2,7% frente ao mesmo período de 2018.
Na comparação com abril do ano passado, a produção da indústria caiu 3,9%.
Trata-se do pior resultado para um mês de abril desde 2017, quando a indústria registrou alta de 0,2% ante março e queda de 4,5% ante o mesmo mês do ano anterior.
O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado, reforçando a leitura de estagnação da economia. A mediana das estimativas de 21 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data apontava para um avanço de 0,7% da indústria na passagem de março para abril.
A perda de ritmo do setor fica mais evidente na análise do resultado acumulado em 12 meses, que passou de -0,1% em março para -1,1% em abril, permanecendo na trajetória descendente iniciada em julho de 2018.
"Com esses resultados, o setor industrial ainda se encontra 17,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011", informou o IBGE.
Setor extrativo tem queda de 9,7%, o 4º recuo mensal seguido
Mais uma vez, a produção geral do país foi fortemente impactada pelo desempenho das indústrias extrativas (-9,7%), que registrou o quarto resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período uma queda de 25,7%, na esteira dos desdobramentos do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) na produção da mineradora. Em relação a abril de 2018, o recuo foi de 24%.
“Há um efeito de queda em sequência do setor por conta de Brumadinho, e isso vem trazendo impactos negativos na indústria como um todo”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo. Segundo ele, o crescimento na indústria geral seria de 1,2% se o setor extrativo não fosse considerado na pesquisa.
A produção do setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis também caiu em abril (-2,0%), no segundo recuo seguido, acumulando perda de 5% em dois meses.
Segundo o IBGE, 20 das 26 atividades econômicas pesquisadas registraram expansão em abril, na comparação com março. Os principais destaques positivos foram registrados por veículos automotores, reboques e carrocerias (7,1%), máquinas e equipamentos (8,3%), outros produtos químicos (5,2%) e produtos alimentícios (1,5%).
Entre as grandes categorias econômicas, o destaque foi a produção de bens de consumo duráveis (3,4%). Bens de capital e bens de consumo semi e não-duráveis assinalaram crescimentos de 2,9% e 2,6%, respectivamente. Por outro lado, o setor produtor de bens intermediários teve queda de 1,4% e marcou o quarto recuo seguido, acumulando uma redução de 4,2% no período.
“O sobe e desce da indústria se deve a uma indústria que não tem uma recuperação consistente. Ainda temos demanda doméstica longe de ser boa, com muita gente fora do mercado de trabalho, exportações perdendo fôlego, nível de confiança de empresas e famílias também fragilizados. Isso ajuda entender uma produção volátil”, disse o gerente da pesquisa, André Macedo.
Economia estagnada
A indústria foi o setor com o pior desempenho no 1º trimestre sob a ótica da oferta, puxando a queda do PIB (Produto Interno Bruto), que recuou 0,2% na comparação com o 4º trimestre, a primeira retração da economia desde 2016.
A atividade da indústria teve queda de 0,7% no 1º trimestre, impactada principalmente pelo recuo de 6,3% da indústria extrativa, refletindo os desdobramentos do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG). O setor também tem sido afetado pela desaceleração do comércio global e pela crise econômica da Argentina, que é um importante importador de produtos manufaturados do Brasil.
Economia real sofre, e indústria vira retrato do marasmo
Por que o Brasil não cresce?
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas (FGV) voltou a cair em maio, retornando ao patamar de março e ao nível mais baixo do ano.
De acordo com a última pesquisa Focus do Banco Central, o mercado reduziu a projeção de alta do PIB em 2019 de 1,23% para 1,13%. Foi a 14ª queda consecutiva do indicador. Para a produção industrial, a previsão ainda é de um resultado um pouco melhor do que o PIB geral, de alta de 1,49% no ano.
| G1 | | | | Produção avança em 20 dos 26 ramos industriais em abril ante março, diz IBGE
A indústria registrou avanços na produção em 20 das 26 atividades pesquisadas na passagem de março para abril, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média global a produção cresceu 0,3%.
As principais influências positivas foram de veículos automotores, reboques e carrocerias (7,1%), máquinas e equipamentos (8,3%), outros produtos químicos (5,2%) e produtos alimentícios (1,5%). Todos reverteram o comportamento negativo observado em março: -2,8%, -0,1%, -3,9% e -5,0%, respectivamente.
Outras contribuições positivas relevantes foram de bebidas (3,4%), metalurgia (1,7%), couro, artigos para viagem e calçados (5,4%), produtos têxteis (5,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,0%) e produtos de borracha e de material plástico (1,9%).
Por outro lado, as indústrias extrativas recuaram 9,7%, o quarto resultado negativo consecutivo, acumulando uma perda de 25,7% no período. Em abril, o setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis caiu 2,0%, a segunda queda seguida, com perda acumulada de 5,0% no período.
Revisões
O IBGE revisou o resultado da produção industrial em março ante fevereiro, de -1,3% para -1,4%. A taxa de fevereiro ante janeiro saiu de 0,6% para 0,7%.
Na categoria de bens de capital, a taxa de março ante fevereiro foi revisada de 0,4% para 0,5%. O resultado de fevereiro ante janeiro saiu de 4,7% para 5,5%, enquanto o desempenho de janeiro ante dezembro passou de -2,4% para -2,2%.
A taxa de bens intermediários em março ante fevereiro passou de -1,5% para -1,6%.
O desempenho de bens de consumo duráveis em março ante fevereiro passou de -1,3% para -0,6%. A taxa de fevereiro ante janeiro saiu de 3,6% para 3,8%, e o resultado de janeiro ante dezembro foi revisto 0,9% para 1,3%.
Já os bens de consumo semi e não duráveis em março ante fevereiro foram revisados de -1,1% para -0,9%.
| Tribuna PR | | | | Melhora da atividade industrial em abril
A pesquisa Indicadores Industriais de abril de 2019 mostra aumento da atividade industrial na comparação com março. Ressalte-se, contudo, que o março de 2019 foi excepcionalmente fraco pela celebração do Carnaval naquele mês, o que é pouco usual.
Abril/2019
| CNI | | | | A indústria do Brasil mostrou enfraquecimento e se aproximou da estagnação em maio, em meio às incertezas econômicas e políticas e com menor otimismo em relação às perspectivas futuras, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta segunda-feira.
O IHS Markit informou que o PMI da indústria do Brasil caiu a 50,2, de 51,5 em abril, muito perto da marca de 50,0, que indica estagnação. O nível é o mais baixo do atual período de 11 meses de crescimento. De acordo com a pesquisa, o crescimento do subsetor de bens de capital mostrou enfraquecimento, enquanto a categoria de bens intermediários registrou contração pela primeira vez em quase dois anos.
O subsetor de bens de consumo foi o único a apresentar melhora mais forte nas condições operacionais em comparação com abril. “O setor industrial do Brasil caminhou para estagnação na metade do segundo trimestre, com declarações dos participantes da pesquisa destacando um cenário político preocupante, desemprego alto, confiança morna e desempenho econômico fraco em destinos importantes da exportação”, afirmou a economista do IHS Markit, Pollyanna De Lima.
A produção da indústria, embora tenha crescido pelo 11º mês seguido em maio, teve o ritmo mais fraco desde outubro, com os produtores citando incerteza do mercado, alta taxa de desemprego, problemas políticos e demanda baixa.
Isso em um cenário em que as novas encomendas interromperam 10 meses de aumento e registraram contração, devido tanto ao mercado doméstico quanto ao internacional. Os pedidos para exportação recuaram pelo sexto mês seguido. O resultado foram mais cortes de vagas de trabalho, com o nível de empregos diminuindo pela primeira vez em 2019, uma vez que as empresas mostraram preocupação com custos, incerteza econômica e demanda fraca.
O enfraquecimento do real pesa em cargas de custos, e a inflação dos preços de insumos atingiu em maio um recorde de sete meses. Como resultado, os preços subiram mais fortes desde outubro de 2018, devido proteção das margens de lucros. A visão otimista das indústrias se enfraqueceu, atingindo o ponto mais baixo em mais de um ano e meio. Preocupações com os negócios e incertezas econômica estiveram entre fatores de maior pressão.
CNI
Em abril, a atividade industrial cresceu, na comparação com março, segundo mostra a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria. A utilização da capacidade instalada subiu 0,6 ponto percentual frente a março e atingiu 77,8%, maior índice desde agosto do ano passado, na série dessazonalizada. No mesmo período, as horas trabalhadas na produção cresceram 1,1% e o faturamento teve alta de 3,3%, na série sem influências sazonais.
| DCI | | | | IHS Markit informou que o PMI da indústria do Brasil caiu a 50,2, de 51,5 em abril, muito perto da marca de 50,0, que indica estagnação
Indústria cresce com melhora do cenário
A indústria do Brasil mostrou enfraquecimento e se aproximou da estagnação em maio, em meio às incertezas econômicas e políticas e com menor otimismo em relação às perspectivas futuras, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta segunda-feira.
O IHS Markit informou que o PMI da indústria do Brasil caiu a 50,2, de 51,5 em abril, muito perto da marca de 50,0, que indica estagnação. O nível é o mais baixo do atual período de 11 meses de crescimento.
De acordo com a pesquisa, o crescimento do subsetor de bens de capital mostrou enfraquecimento, enquanto a categoria de bens intermediários registrou contração pela primeira vez em quase dois anos.
O subsetor de bens de consumo foi o único a apresentar melhora mais forte nas condições operacionais em comparação com abril.
"O setor industrial do Brasil caminhou para estagnação na metade do segundo trimestre, com declarações dos participantes da pesquisa destacando um cenário político preocupante, desemprego alto, confiança morna e desempenho econômico fraco em destinos importantes da exportação", afirmou a economista do IHS Markit, Pollyanna De Lima.
A produção da indústria, embora tenha crescido pelo 11º mês seguido em maio, teve o ritmo mais fraco desde outubro, com os produtores citando incerteza do mercado, alta taxa de desemprego, problemas políticos e demanda baixa.
Isso em um cenário em que as novas encomendas interromperam 10 meses de aumento e registraram contração, devido tanto ao mercado doméstico quanto ao internacional. Os pedidos para exportação recuaram pelo sexto mês seguido.
O resultado foram mais cortes de vagas de trabalho, com o nível de empregos diminuindo pela primeira vez em 2019, uma vez que as empresas mostraram preocupação com custos, incerteza econômica e demanda fraca.
O enfraquecimento do real continuou a resultar em cargas de custos mais elevadas, e a inflação dos preços de insumos atingiu em maio um recorde de sete meses. Como resultado, os preços cobrados subiram com a maior força desde outubro de 2018, já que as empresas procuraram proteger as margens de lucros.
A visão otimista das indústrias em relação às perspectivas de crescimento se enfraqueceu no mês, atingindo o ponto mais baixo em mais de um ano e meio. Preocupações com os negócios e com a incerteza econômica estiveram entre os fatores que pressionaram o sentimento.
| DCI (publicado em 03-06-2019) | | | | Valor representa a estimativa de rodadas de negócios durante evento no país
A missão comercial de representantes da indústria brasileira de implementos rodoviários no México pode resultar em negócios na ordem de US$ 5,8 milhões em exportações. As rodadas de negócios foram realizadas durante a ExpoProveedores del Transporte, o maior evento de fornecedores de equipamentos de transporte de carga do mercado mexicano.
O evento aconteceu entre 22 e 24 de maio na cidade de Monterrey. A missão brasileira reuniu doze empresas nacionais: Grimaldi, Forbal, Frigoking, Imap, Ibiporã, Hidromas Brasil, HC Hornburg, Niju, Randon, TKA Guindastes, Thermo Star e Suspensys. Em três dias, os empresários brasileiros realizaram 293 contatos comerciais.
A ação fez parte do programa MoveBrazil, Programa de Internacionalização da Indústria de Implementos Rodoviários, coordenado pela Anfir, associação das fabricantes de implementos, e Apex-Brasil, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.
“Os empresários mexicanos mostraram bastante interesse no que estamos produzindo no Brasil e em como podemos atendê-los com produtos e serviços de pós-venda”, diz Mario Rinaldi, diretor executivo da Anfir. “Ter o Pavilhão Brasil é fundamental como ponto de atração para a indústria brasileira nos eventos internacionais”, conclui Rinaldi.
O MoveBrazil, conduzido por Anfir e Apex-Brasil, vem sendo promovido no setor há três anos, período em que deu suporte a 50 empresas inscritas no programa a entrar na trilha da exportação. Até hoje, realizou aproximadamente US$ 88 milhões em negócios.
| Automotive Business (publicado em 03-06-2019) | | | | EUA e China passam a criar “lista suspeita” de empresas e Trump começa a fazer ameaças ao México; conjuntura tende a provocar mais desaceleração econômica, o que é ruim para o Brasil
Além do acirramento da guerra comercial entre os Estados Unidos (EUA) e a China nas últimas semanas, o conflito global ganha um novo episódio com as ameaças do presidente norte-americano Donald Trump ao México.
Essa piora do cenário externo traz riscos significativos ao crescimento econômico do Brasil, diz a estrategista de câmbio da Ourinvest, Fernanda Consorte. “A China é o nosso principal parceiro comercial, e os EUA são o segundo. Com esses países entrando em desaceleração, a demanda por mercadorias se reduz”, afirma Consorte.
Ela lembra que organismos internacionais, como FMI, Banco Mundial e OCDE têm cortado projeções de crescimento mundial em decorrência dos conflitos de comércio. A OCDE, por exemplo, diminuiu de 3,5% para 3,2% a projeção de alta para este ano. “É preciso lembrar que os anos em que o Brasil expandiu 6%, 7%, a demanda chinesa era crescente”, pontua Consorte.
A estrategista da Ourinvest conta que, logo que os EUA elevaram para 25% as tarifas de importação sobre US$ 200 bilhões de produtos chineses (no dia 7 de maio), uma cliente brasileira reclamou que não pôde mais exportar seus produtos para a China.
O país asiático teria emitido uma lista de mercadorias que não serão mais importadas de nenhuma nação, inclusive do Brasil. Para Consorte, esse episódio se relaciona com o projeto chinês de ser autossuficiente em sua produção até 2025. Segundo ela, Trump pode ter avaliado, em algum momento, que somente por meio da ameaça verbal poderia barrar o projeto chinês em curso. Porém, não foi isso que acabou acontecendo. “A China tem mostrado que não se dobrará tão fácil”, destaca Fernanda Consorte.
Ela acrescenta que, além de poder diminuir o crescimento do Brasil, o acirramento da guerra comercial pode provocar evasão de divisas do País, via mercado financeiro. Em momentos de aversão ao risco, os investidores preferem retirar seu dinheiro de países emergentes para alocar em economias mais seguras.
Conflito entre empresas
Além de elevar tarifas de importação sobre produtos chineses, Trump incluiu, no dia 15 de maio, a chinesa Huawei na sua lista de empresas “não-confiáveis” para se fazer negócios. A Huawei depende dos chips eletrônicos fabricados pelos EUA para montar os seus smartphones. Durante o mês de maio, Google e fabricantes de chips como Intel, Qualcomm e Broadcom já anunciaram que não irão mais ofertar serviços à Huawei.
Em retaliação, a China também anunciou, na última sexta (31), a sua lista de empresas “suspeitas” e ameaçou restringir exportações de minerais chamados “terras raras”, que são utilizados na fabricação de celulares e carros elétricos.
Para agravar ainda mais o cenário, Trump ameaçou impor tarifas punitivas de 5% sobre as mercadorias mexicanas, que aumentariam gradualmente para 25%, se o México não controlar a imigração.
O estrategista-chefe da gestora de investimentos Levante, Rafael Bevilacqua, analisa que essa medida do Trump não é inteligente nem mesmo do ponto de vista das empresas norte-americanas. “Há muitas companhias dos EUA que possuem produção no México”, comenta Bevilacqua.
Para ele, esse episódio “esquentou” o cenário de guerra comercial e pode trazer problemas de preço e de produção para diversos países. Segundo Bevilacqua, essa postura dos EUA tende a desvalorizar o dólar no curto prazo.
Saldo de comércio
Ontem, o Ministério da Economia divulgou que a balança comercial do Brasil registrou superávit de US$ 6,422 bilhões em maio. O resultado ficou perto da mediana de US$ 6,45 bilhões das estimativas, cujo intervalo ia de US$ 5,2 bilhões a US$ 7,4 bilhões.
O valor é 5,8% maior do que o registrado em maio do ano passado. Na quinta semana de maio (27 a 31), o saldo comercial brasileiro foi de um superávit de US$ 1,379 bilhão.
No mês passado, as exportações somaram US$ 21,394 bilhões, um aumento de 5,6% ante maio de 2018. Já as importações chegaram a US$ 14,972 bilhões, uma expansão também de 7,8%, na mesma base de comparação.
| DCI | | | | O ministro Marco Aurélio (relator) afirmou que a matéria tratada no recurso extraordinário tem potencial de se repetir em diversos outros casos. Ele destacou que o STF deve analisar o tema em razão do princípio da não cumulatividade.
O Supremo Tribunal Federal (STF) irá decidir se a cobrança de Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a compra de aparelhos celulares por empresas de telefonia móvel e cedidos em comodato (modalidade de empréstimo) a clientes é constitucional. A matéria é objeto do Recurso Extraordinário (RE) 1141756, que teve repercussão geral reconhecida pelo Plenário Virtual do Tribunal.
No caso dos autos, o Estado do Rio Grande do Sul questiona acórdão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que reformou decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) que julgou válida a cobrança do tributo na hipótese.
O STJ assentou que prestadora de serviços de telefonia móvel faz jus a créditos de ICMS resultantes da comprar aparelhos celulares adquiridos com a finalidade de integrar o ativo permanente da empresa, ainda que eles sejam posteriormente cedidos a clientes em comodato. Para o STJ, como esse tipo de negócio jurídico, a cessão em comodato, não representa transferência de propriedade nem caracteriza circulação econômica de mercadoria, não é possível a incidência do tributo.
No recurso ao STF, o estado sustenta a constitucionalidade da cobrança argumentando que os aparelhos não integram o ativo permanente da empresa, uma vez que foram adquiridos com a finalidade de transferência a parcela restrita de usuários dos serviços de telecomunicações. Afirma, ainda, que essa cessão não é indispensável para viabilizar a atividade empresarial. Destaca que a matéria ultrapassa os limites subjetivos da causa, mostrando-se relevante dos pontos de vista econômico e jurídico.
Não cumulatividade
O ministro Marco Aurélio, relator do RE, observou que, como a matéria é passível de se repetir em diversos casos, é necessário que o STF analise se a cobrança de ICMS sobre telefones celulares cedidos em comodato viola o princípio da não cumulatividade. A manifestação do relator foi seguida por maioria, vencido o ministro Roberto Barroso.
A matéria será submetida a posterior julgamento pelo Plenário físico do STF.
| Imprensa STF | | | | Clientes de planos de saúde de todas as modalidades podem migrar para outros convênios ou operadoras sem precisar cumprir novos prazos de carência, a partir desta segunda-feira, 3. As novas regras foram aprovadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em dezembro de 2018.
A troca de plano de saúde só era permitida para beneficiários de planos individuais, familiares e coletivos por adesão. Com a nova norma, clientes de convênios coletivos empresariais também podem realizar a mudança.
Para realizar a portabilidade de carências, o cliente deve consultar os planos compatíveis, por meio do Guia ANS de Planos de Saúde, com o atual. As novas regras permitem aumentar a cobertura do plano, mas mantêm a exigência de compatibilidade de preço na maior parte dos casos.
A ANS preparou também uma cartilha com informações importantes sobre o tema, para orientar os consumidores sobre esclarecimentos de prazos e critérios para realização da portabilidade, como a compatibilidade entre planos, documentos exigidos e o acesso ao Guia ANS.
Como era e como ficou
Antes das novas normas aprovadas pela ANS, apenas beneficiários de planos individuais, familiares e coletivos por adesão poderiam fazer a portabilidade. Pelas novas regras, beneficiários de todas as modalidades de contratação (individuais, familiares, coletivos e coletivos empresariais) poderão trocar de planos de saúde.
Anteriormente, o período limite para efetuar a troca só poderia ocorrer nos quatro meses contados a partir do aniversário do contrato. A partir das novas normas, não há mais a janela, ou seja a portabilidade pode ser feita a qualquer tempo, desde que cumpridos os prazos mínimos de permanência no plano.
Na compatibilidade de cobertura, o beneficiário só poderia mudar para um plano com as mesmas coberturas do plano de origem. Com as novas regras, é permitido mudar para um plano com tipo de cobertura maior que o de origem, cumprindo apenas carência para as novas coberturas.
| Gazeta do Povo (publicado em 03-06-2019) | | | | Economia fraca diminui ritmo de importações e melhora saldo da balança comercial
O Brasil registrou superávit comercial de US$ 6,422 bilhões (R$ 25 bilhões) em maio, divulgou o Ministério da Economia nesta segunda-feira.
As exportações somaram US$ 21,394 bilhões no período, enquanto as importações alcançaram US$ 14,972 bilhões.
O resultado é o melhor para meses de maio desde 2017, ano de superávit recorde para o mês.
Pela média diária, as importações aumentaram 7,8% ante maio do ano passado, enquanto as exportações cresceram 5,6%.
No acumulado entre janeiro e maio, as importações cresceram apenas 0,8% sobre um ano antes.
Herlon Alves Brandão, diretor do Departamento de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, associou o lento crescimento das importações ao cenário de economia ainda debilitada.
"Com uma renda menor, você consome menos bens, e a tendência é que você importe menos", disse, citando a queda do PIB (Produto Interno Bruto).
Na semana passada, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o PIB sofreu contração de 0,2% no primeiro trimestre sobre os três meses anteriores. Esta foi a primeira queda trimestral desde o fim de 2016, confirmando o quadro de dificuldades para a retomada e as preocupações com as perspectivas à frente.
Para 2019, a projeção do governo é de um superávit de US$ 50,1 bilhões , conforme estimativas divulgadas em abril e que devem ser revistas no próximo mês.
No mercado, economistas veem um saldo positivo de US$ 50,5 bilhões para as trocas comerciais neste ano, conforme pesquisa Focus mais recente.
Em maio, as importações foram puxadas por combustíveis e lubrificantes, com aumento de 27,5%, seguido por bens de capital, que cresceram 16,4% e bens intermediários (+6,4%). As compras de bens de consumo, contudo, registraram queda de 6,5%.
Já no caso das exportações, o destaque foram as compras de manufaturados, que subiram 29,5% em relação ao ano anterior, a 7,348 bilhões de dólares. Logo depois vieram os semimanufaturados, com alta de 15,4%, a US$ 2,902 bilhões.
Os básicos foram os maiores em valor de venda (US$ 11,144 bilhões), mas fecharam o mês com volume exportado 3,9% abaixo de maio de 2018.
Brandão ainda vê crescimento das exportações de carne do Brasil à China, por causa da peste suína africana que tem atingido o país asiático. O diretor, porém, evitou comentar a suspensão de exportações de carne bovina do país à China após a confirmação de um caso atípico de doença de "vaca louca" em Mato Grosso.
| Folha de S. Paulo | | | | O secretário de Comércio Exterior substituto, Herlon Brandão, disse que, apesar de o governo observar aumento na exportação de alguns produtos com a guerra comercial, como a soja, no médio e longo prazo a disputa não é boa para o Brasil. “A guerra comercial não é interessante porque aumenta as incertezas e retrair negócios”, afirmou.
De acordo com Brandão, mesmo com a disputa entre China e Estados Unidos e a economia brasileira retraída, a expectativa do governo é de que a corrente de comércio cresça neste ano. As projeções para o comércio exterior são revistas trimestralmente e os novos números serão apresentados no próximo mês.
Às vésperas da visita do presidente Jair Bolsonaro à Argentina, Brandão disse ainda que o governo brasileiro mantém a intenção de modernizar a tarifa externa comum do Mercosul. “Queremos trazer para os nossos tempos, tornar compatível com o praticado no mundo hoje. Vai baratear o acesso a insumos e isso melhora a competitividade da economia como um todo”, acrescentou.
| Tribuna PR | | | | O presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira, 3, durante o lançamento da Iniciativa de Mercado de Capitais (IMK), conjunto de medidas para estimular o mercado, que o governo brasileiro tem feito muito na área macro e agora precisa avançar na área micro.
“Precisamos simplificar e desburocratizar o acesso aos mercados financeiros para todos, dando um tratamento homogêneo ao capital, independentemente de sua nacionalidade ou se provém de um grande ou de um pequeno investidor”, afirmou em discurso na sede do BC na capital paulista, onde ocorre o lançamento com vários participantes do mercado.
“Essa é uma importante ação estratégica voltada para o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro, com base no livre mercado”, afirmou Campos Neto. “O mercado precisa se libertar da necessidade de financiar o governo e se voltar para o financiamento ao empreendedorismo.”
Campos Netos disse que a IMK é um novo grupo de trabalho do governo com o objetivo de “avaliar e propor medidas de aperfeiçoamento regulatório” para reduzir o custo de capital no Brasil; estimular o crescimento da poupança de longo prazo e da eficiência da intermediação financeira e do investimento privado; e desenvolver os mercados de capitais, de seguros e de previdência complementar.
Sob a coordenação do BC, a IMK conta com representantes do Ministério da Economia, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Superintendência de Seguros Privados (Susep), todos com representantes no evento no período da tarde desta segunda-feira.
Ampliação
No discurso, o presidente do BC disse que nessa fase de trabalhos, o objetivo é ampliar o campo de atuação das ações para o mercado de capitais. “Além dos assuntos que já vinham sendo tratados, nossos esforços serão voltados à modernização e ampliação do ecossistema de instrumentos de private equity, do mercado imobiliário, de hedge, do mercado de derivativos, além de produtos de seguradoras, entre outros.”
A atuação do IMK, disse o presidente do BC, será guiada por duas premissas. “A primeira delas é a existência de correlação entre o desenvolvimento dos mercados de capitais e o crescimento econômico”, afirmou ele. “A segunda é que a saída do público e a entrada do privado abre espaço para que a modernização dos instrumento de mercado gere efeitos multiplicadores.”
Imperfeições
Campos Neto afirmou também que, quando os juros caem, é possível ver as imperfeições que existem na economia brasileira, que eram encobertas quando as taxas estavam na casa dos 14% a 15% ao ano. “Temos a Selic a 6,5%, mas quando vemos os canais de transmissão, eles não se fazem apropriados e não têm a eficiência devida por causa de problemas micro”, disse ele.
Ele ressaltou que a agenda microeconômica de reformas é tão importante quanto agenda macroeconômica de reformas. O presidente do BC comparou o ambiente de altas taxas de juros a pilotar um avião entre as nuvens, sem visibilidade.
| Tribuna PR (publicado em 03-06-2019) | | | | Votação foi possível após acordo para incluir na reforma da Previdência gatilho para renovar prazo para cadastramento de trabalhadores rurais
A pouco mais de três horas do fim do prazo de validade, o Senado aprovou nesta segunda-feira (3) o texto da MP (medida provisória) que cria um pente-fino nos benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O texto alterado pela Câmara foi aprovado por 55 a 12.
Os destaques para mudar o texto que haviam sido apresentados no Senado foram retirados por seus autores.
Depois de toda a polêmica na Câmara, o Senado trocou a palavra gênero por sexo em cadastros do INSS.
A mudança, que pode gerar questionamentos na Justiça, foi um pedido do líder do MDB, Eduardo Braga (AM), em um aceno à comunidade evangélica.
A população evangélica é a segunda maior do Amazonas, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica).
A versão aprovada pelo Legislativo segue para sanção presidencial.
A MP é um dos pilares da reforma da Previdência, cujo principal projeto é uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que endurece as regras para aposentadorias e pensões de trabalhadores da iniciativa privada e do setor público.
Com a MP, a equipe econômica espera economizar R$ 9,8 bilhões neste ano ao estabelecer regras mais rígidas para ter direito ao auxílio-reclusão, benefício pago ao dependente de presidiário; com os programas de combate a fraudes na Previdência Social e demais medidas previstas no texto.
Para construir um acordo que abriu caminho para a votação da MP, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, e seus assessores foram ao Senado.
Na versão aprovada na Câmara, o trabalhador rural poderá fazer uma autodeclaração de atividade no campo, cuja veracidade será comprovada por órgãos públicos. Isso valerá apenas até 2023.
Depois, a autodeclaração não será mais aceita e o trabalhador rural terá de se inscrever no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) para comprovar o tempo de serviço no campo e ter acesso ao benefício.
Pelo acordo feito, o Senado aprovou o texto vindo da Câmara e o governo se comprometeu a, no texto da reforma da Previdência, adotar um gatilho para que, se em cinco anos, não forem atingidos 50% de cadastrados, o prazo será automaticamente prorrogado, ainda não se sabe por quanto tempo.
Assim, a sessão para apreciação da MP começou, às 18h40, com 65 dos 81 senadores. Na hora da votação, estavam presentes 68 dos 81 senadores, quórum incomum no Senado para uma segunda-feira.
Marinho, e o presidente do INSS, Renato Rodrigues Vieira, ficaram no plenário durante toda a sessão.
Para passar um pente-fino no INSS, a MP prevê um bônus para servidores do INSS que fazem perícia em benefícios.
Essa força-tarefa, contudo, ainda não foi iniciada, pois, antes de pagar os bônus, o governo precisa de autorização do Congresso para incluir essa despesa no Orçamento, informou o INSS.
Mas, segundo Marinho, desde que está em vigor, a MP conseguiu um aumento de 1.400% na identificação de irregularidades.
O governo quer pagar entre R$ 57 e R$ 62 para servidores por cada processo concluído acima da média de revisão de benefícios.
Apesar do aumento de despesas com o bônus, o ministro da Economia, Paulo Guedes, espera que a identificação de fraudes compense os gastos e, assim, haja uma redução nos desembolsos da Previdência.
Além da revisão dos benefícios, a MP torna as regras de acesso ao auxílio-reclusão mais rígidas.
A medida assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) cria a exigência de 24 contribuições ao INSS para que ter direito ao benefício. Antes da MP, não havia essa carência.
Na Câmara, o governo também teve que ceder em outro item da medida provisória.
A equipe econômica queria permitir que bens da família fossem penhorados em caso de recebimento de benefícios indevidos ou em valor acima do devido. Essa possibilidade foi derrubada no plenário da Câmara.
MP da gratificação da AGU
Também a poucas horas do prazo para perder a validade, o plenário do Senado aprovou simbolicamente a MP que amplia o prazo para o pagamento de gratificações a servidores e empregados cedidos à AGU (Advocacia-Geral da União).
A medida prorroga até 4 de dezembro de 2020 o prazo de pagamento da gratificação de representação de gabinete e da gratificação temporária a servidores ou empregados de outros órgãos que estejam trabalhando na AGU. Esse prazo se encerraria em 31 de janeiro deste ano.
Os senadores modificaram o texto vindo da Câmara derrubando o trecho que excluía o dispositivo que limitava o ingresso anual ao quadro do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
Esse trecho era um jabuti, ou seja, uma proposição que nada tinha a ver com a matéria.
Bombeiros do DF estavam nas galerias e foram informados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que um projeto de lei com esse tema será apresentado pelos senadores do Distrito Federal.
O que foi proposto e ficou na MP
Criação do programa especial de análise de benefício com indícios de irregularidades e programa de revisão de benefícios por incapacidade; Isso, no entanto, ainda não saiu do papel, pois o bônus ao auditores, até agora, não foi aprovado no Congresso
Revogação da possibilidade de comprovação de atividade no campo por meio de declaração do sindicato dos trabalhadores rurais
Carência de 24 meses de contribuição ao INSS para ter direito a auxílio-reclusão
Auxílio-reclusão passa a ser pago apenas para dependentes de quem está no regime fechado, e não mais no semi-aberto
Preso em regime fechado não pode receber auxílio-doença
O que o governo incluiu durante análise do Congresso e foi aprovado
Quem recebe auxílio-acidente será obrigado a continuar contribuindo ao INSS para ter direito a aposentadoria, benefícios e deixar pensão a dependentes
Filhos não terão direito a pensão em caso de tentativa de homicídio dos pais. O mesmo vale para outros dependentes, como cônjuges
Proíbe instituições financeiras com acordos com a Previdência Social de fazer marketing direto – ligações, campanha de SMS – a beneficiários do INSS para divulgar opções de crédito pessoal e cartão de crédito
Agressor terá que ressarcir despesas da Previdência Social com vítimas de violência doméstica
Empresa terá que ressarcir despesas da Previdência Social com trabalhador acidentado ou doente em caso de negligência às normas de segurança e de higiene
O que foi derrubado no Congresso
Exigência de carência integral para quem, após um período de informalidade, voltar a contribuir ao INSS, o que dificultava o acesso a auxílio-doença, salário-maternidade e aposentadoria por invalidez; Volta a regra anterior: precisa cumprir metade da carência
Prazo de 180 dias para pedir salário-maternidade após nascimento do filho ou adoção; Volta a regra anterior: sem prazo para o requerimento
Prazo de dez dias para apresentar defesa em caso de indícios de irregularidade; Volta a regra anterior:
prazo de 30 dias para trabalhador urbano, mas cria o prazo de 60 dias para trabalhador rural
Idoso carente tinha que abrir mão do sigilo fiscal para pedir o BPC (benefício assistencial); Volta a regra anterior: sem acesso aos dados bancários
Possibilidade de penhora de bens em caso de recebimento de benefícios indevidos; Volta a regra anterior: os bens são impenhoráveis
Previsão de economia em 2019
R$ 9,8 bilhões
| Folha de S. Paulo | | | | Crescimento dos embarques nos primeiros meses do ano alivia desempenho abaixo do esperado da economia e do consumo interno; empresas esperam recuperação do varejo no 2° semestre
Linha de produção da Usaflex: fabricante espera chegar a 200 lojas franqueadas nos próximos meses
O setor de calçados está se apoiando nas exportações para compensar o desempenho abaixo do esperado no mercado doméstico. As vendas para o exterior registraram crescimento de 9% nos cinco primeiros meses de 2019.
“O setor tem o privilégio de ser um grande exportador e estar conseguindo neutralizar as dificuldades internas. Vendemos para mais de 160 países e os embarques estão crescendo”, aponta o presidente da Francal Feiras, Abdala Jamil Abdala.
Ele conta que a projeção é de que o Brasil exporte 44,4 milhões de pares de sapato em 2019, 4 milhões acima do resultado do ano passado. “Somos competitivos e conhecidos pela qualidade de nossos produtos. Além disso, em razão do conflito comercial, os EUA estão deixando de comprar calçados chineses, o que pode alavancar ainda mais nosso desempenho”, destaca Abdala.
Para o mercado doméstico, a estimativa é de 3,3% de incremento na produção. “A confiança precisa melhorar. Está abaixo do esperado em consequência do varejo. Não vai haver consumo se não houver mais emprego”, assinala o dirigente.
Abdala entende que a aprovação de reformas pelo Congresso pode destravar investimentos necessários para a geração de empregos. “É a infraestrutura que cria novos postos de trabalho e esse setor está parado. O investidor precisa de uma sinalização concreta do governo.”
O diretor de operações da Usaflex, Oscar Neto, classifica 2019 como um ano desafiador. “O otimismo do mercado era maior, em função das mudanças esperadas com a troca de governo. Mas nossa estratégia está andando e estamos crescendo acima de 10%.”
A empresa tem expandido suas exportações para América Latina e Ásia. “Estamos conseguindo levar a nossa marca para fora do País. Temos uma venda forte na Indonésia, um mercado que cresce ano a ano”, destaca o executivo.
Para crescer acima do setor no ambiente doméstico, a fabricante tem apostado em modelos que combinam conforto e design. “É uma tendência atual de consumo. Trabalhamos na renovação dos modelos e fazemos investimentos em tecnologia e inovação para ter uma qualidade superior”, afirma Neto.
O diretor da Kidy, Ramon Lanius, também observa dificuldades no primeiro semestre. “O mercado interno está fraco. Temos conseguido manter nossas metas nas exportações. Atuamos em mais de 40 países, com destaque para América do Sul e Oriente Médio”, explica.
Ele admite que a valorização do dólar beneficia os embarques, mas não é um pilar de sustentação desse crescimento. “As vendas são de longo prazo, essas variações abruptas acabam não gerando tanta vantagem.” O executivo aponta que as exportações da Kidy tem crescido na casa de 15%.
Lanius avalia que o mercado infantil passa por dificuldades semelhantes às demais categorias. “Estamos investindo em tecnologia e em comunicação para nos diferenciar. Nosso foco é a qualidade e o apelo de saúde e conforto para o público infantil.”
Lanius acredita que o mercado ainda deve enfrentar dificuldades nos próximos dois meses antes de apresentar melhora. “O canal multimarcas é o que mais está sofrendo com esse momento econômico e as transformações do consumo.”
Ele entende que nos últimos três anos, as lojas multimarcas priorizaram o preço sobre a qualidade dos produtos. “Isso fez com que o faturamento caísse e a oferta de valor agregado se deslocasse. As grandes fabricantes estão apostando em canais próprios.”
Neto declara que a Usaflex tem planos para chegar a 200 lojas franqueadas nos próximos meses. “É uma estratégia que anda a passos largos. O canal multimarcas estava tendo queda nos últimos anos, mas em 2019 mostra um desempenho positivo.”
| DCI | | | | O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou em todas as sete capitais pesquisadas na quarta quadrissemana de maio em relação à medição imediatamente anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, dia 4. No período, o IPC-S arrefeceu de 0,34% para 0,22%. Em abril, o índice fora de 0,63%.
A maior redução no ritmo de alta de preços foi observada em Salvador, onde o IPC-S passou de 0,77% para 0,37% entre a terceira e quarta quadrissemana de maio. No Rio de Janeiro, o índice registrou deflação de 0,01% no período, de avanço de 0,15% na leitura anterior.
Recife variou de 0,43% para 0,32%, já em Belo Horizonte a taxa passou de 0,34% para 0,22% e, em Brasília, de 0,32% para 0,25%. Em Porto Alegre, a desaceleração foi de 0,36% para 0,30%, enquanto em São Paulo a variação foi de 0,28% para 0,24%.
| Tribuna PR (publicado em 04-06-2019) | | | | Alta foi de quase 22% em relação ao resultado de maio do ano passado
Os licenciamentos de veículos novos no Brasil em maio subiram quase 22% sobre mesmo mês de 2018, quando as vendas do setor foram atingidas por impactos da paralisação dos caminhoneiros, segundo dados informados nesta segunda-feira pela associação que representa concessionários, a Fenabrave.
Os emplacamentos de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus somaram 245,5 mil unidades no mês passado, ante 201,9 mil registrados um ano antes, segundo a entidade.
Na comparação com abril, as vendas em maio subiram 5,8%.
Com isso, no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, as vendas de veículos novos no Brasil somaram 1,085 milhão de unidades, alta de 12,5% ante mesmo período de 2018.
"Em dias úteis, sendo 22 dias em maio, contra 21 dias em abril, o mercado evoluiu 0,78%", disse em comunicado o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.
"O consumidor final, pessoa física, foi mais impactado por essa quebra de expectativa (sobre o crescimento da economia), mantendo-se cauteloso e postergando a decisão de compra."
O boletim Focus do Banco Central de mais cedo trouxe a 14ª redução semanal seguida na projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do país em 2019, de 1,23% para 1,13%.
Por segmento, as vendas de carros e comerciais leves subiram 20,2% ano a ano em maio e 5,8% sobre abril, para 234,2 mil unidades, acumulando nos primeiros cinco meses do ano expansão de 11,1%, a 1,035 milhão de unidades.
A projeção da associação de montadoras de veículos, Anfavea, para os emplacamentos de carros e comerciais leves em 2019 aponta alta de 11,3% ante 2018, a 2,755 milhões de unidades.
A entidade divulga dados consolidados do setor, incluindo produção e exportações, na quinta-feira.
As vendas de caminhões seguem em alta em meio às incertezas criadas desde a paralisação dos caminhoneiros do ano passado, com empresas de vários setores optando por formar frotas próprias, enquanto o crescimento econômico segue patinando.
Os licenciamentos dessa categoria somaram 9.197 veículos em maio, crescimentos de 8,3% sobre abril e de quase 61% na comparação anual. No ano, as vendas de caminhões novos têm alta de cerca de 47%, a 39 mil unidades.
No mês passado, o grupo Fiat Chrysler apurou vendas de cerca de 42,3 mil automóveis e comerciais leves, ante 41,1 mil da General Motors e 38,6 mil da Volkswagen, afirmou mais cedo uma fonte do setor.
A Renault ficou na quarta posição, com vendas de 20,9 mil veículos, e a Hyundai veio logo atrás, com 19,2 mil emplacamentos. Toyota e Ford ficaram praticamente empatadas na sexta posição no ranking de vendas de maio, com cerca de 19 mil licenciamentos cada, informou a fonte.
| Folha de S. Paulo (publicado em 02-06-2019) | | | | Proposta altera estrutura da nossa parceira com a Renault, disse o presidente da montadora japonesa
A Nissan fará uma revisão de seu relacionamento com a Renault se a montadora francesa aceitar a proposta de fusão com a Fiat Chrysler, disse a montadora japonesa nesta segunda-feira (3).
A proposta em discussão "altera significativamente a estrutura da nossa parceira com a Renault", disse o presidente-executivo da Nissan, Hiroto Saikawa, em comunicado.
"Isso exigirá uma revisão fundamental da relação existente entre Nissan e Renault", disse ele, acrescentando que a chegada da FCA como um novo membro da aliança "poderia expandir o campo de pagamentos para colaboração e criar novas oportunidades para novas sinergias".
A FCA está envolvida em intensas discussões com a Renault, e o governo francês sobre a proposta de fusão de US$ 35 bilhões (R$ 137, 5 bilhões) que fez na última segunda-feira para criar a terceira maior montadora do mundo.
FCA e Renault enfatizaram que querem preservar a aliança Renault-Nissan –já prejudicada pela prisão do ex-presidente Carlos Ghosn, que agora enfrenta julgamento no Japão por acusações de fraude financeira. Ele nega as alegações.
A Renault não comentou a declaração do presidente-executivo da Nissan. Mas uma fonte próxima ao conselho de administração da montadora francesa disse que o posicionamento do executivo poderia ter sido pior. "Se você quer dizer não, você diz não", disse o porta-voz da Renault, Frederic Texier.
| Folha de S. Paulo (publicado em 03-06-2019) | | | | Resultado do mês foi o melhor em mais de 3 anos e acumulado de 2019 anota alta de 17,6%
A venda de motos em maio somou 98 mil unidades, resultando no melhor mês desde março de 2016. A média diária de emplacamentos se manteve próxima a 4,5 mil motocicletas, como nos meses anteriores. No acumulado do ano foram emplacadas 450,1 mil unidades, volume 17,6% mais alto que o anotado nos mesmos cinco meses do ano passado.
Os números foram divulgados pela Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionários.Do total de motos emplacadas no período, 355,6 mil eram da Honda, que responde por 79% do mercado. A vice-líder Yamaha teve 62,2 mil motos licenciadas e anotou alta de 21,7%, superior à média do mercado.
Um destaque no acumulado até maio foi a Haojue. Com 5,7 mil unidades licenciadas, cresceu 45,7% sobre os mesmos cinco meses de 2018 e assumiu a terceira posição no ranking, superando a Shineray. Entre as marcas premium chama a atenção o desempenho da BMW, que teve 3,8 mil motos licenciadas no período e registrou alta de 25,7% na comparação interanual.
A Kawasaki anotou 2,9 mil licenciamentos e cresceu 43,3%. Para a Harley-Davidson, a venda de 2,3 mil motos nos primeiros cinco meses resultou em uma alta bem modesta, de 6,7%.
| Automotive Business (publicado em 03-06-2019) | | | | O mercado de veículos novos cresceu 21,6% em maio ante igual mês do ano passado, aponta balanço divulgado nesta segunda-feira, 3, pela Fenabrave, federação que reúne as concessionárias de todo o País. Foram 245,46 mil unidades vendidas no quinto mês do ano, em soma que considera os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
O volume, se comparado a abril, representa crescimento de 5,83%. No acumulado do ano, o mercado registra 1,084 milhão de veículos emplacados, expansão de 12,47% em relação a igual período do ano passado.
No mercado de veículos leves, que soma os segmentos de automóveis e comerciais leves, foram licenciados 234,1 mil unidades em maio, alta de 20,16% sobre igual mês do ano passado e de 5,81% na comparação com abril.
De janeiro a maio, os dois segmentos totalizam 1,035 milhão de emplacamentos, avanço de 11,10% em relação a igual intervalo de 2018.
A venda de caminhões em maio atingiu 9,19 mil unidades, crescimento de 60,87% em comparação a igual mês do ano passado e de 8,34% sobre o resultado de abril. No acumulado do ano, foram 39,06 mil caminhões vendidos, alta de 46,81% ante o volume registrado de janeiro a maio do ano passado.
No segmento de ônibus, as vendas totalizaram 2,09 mil unidades no quinto mês do ano, expansão de 66,61% em relação maio do ano passado e queda de 2,15% sobre o desempenho do mês retrasado. De janeiro a maio, o mercado acumula 10.432 ônibus vendidos, avanço de 72,92%.
| Tribuna PR (publicado em 03-06-2019) | | | | Emplacamentos de caminhões e ônibus superam as 49 mil unidades em cinco meses acumulados do ano
As vendas de veículos pesados cresceram 51,6% no acumulado do ano até maio. Dados divulgados na segunda-feira, 3, pela Fenabrave, entidade que reúne o setor de concessionárias e distribuição, mostram que foram emplacadas mais de 49,4 mil unidades no período entre janeiro e maio, na soma dos segmentos de caminhões e ônibus. Há um ano, este volume era de 32,6 mil unidades.
Vale lembrar que em 2018 o resultado do mesmo período acumulado tinha sido prejudicado pela greve dos caminhoneiros, que parou parte das atividades econômicas na última semana de maio, o que prejudicou o desempenho de vários setores.
Naquele mês, os licenciamentos não chegaram a 7 mil unidades, na soma de caminhões e ônibus. Neste ano, o mês de maio foi positivo para o setor, com o emplacamento de 11,2 mil veículos pesados, volume quase 62% acima do registrado há um ano. As vendas de maio deste ano também foram 6,2% maiores que as de abril, quando o setor registrou o emplacamento de pouco mais de 10,6 mil veículos.
Entre os dois segmentos, as vendas de caminhões avançaram 46,8% no acumulado dos cinco meses do ano, para mais de 39 mil unidades. Em 2018, no mesmo período, os emplacamentos do setor de transporte de carga registravam 26,6 mil caminhões novos. O resultado isolado de maio mostra o desempenho ainda forte, com vendas de 9,1 mil caminhões, crescendo a 60,8% sobre as 5,7 mil de maio do ano passado, volume também negativamente impactado pela greve do setor naquela época.
No segmento de chassis de ônibus, as vendas somaram 10,4 mil unidades de janeiro a maio, 72,9% acima dos 6 mil ônibus vendidos em mesmo período de 2018. No resultado mensal, os negócios recuaram 2,1% na comparação com abril, com 46 unidades a menos emplacadas em maio. No entanto, os 2 mil chassis negociados no mês passado representam aumento de 66,6% sobre as vendas do segmento em igual mês de 2018, quando o volume foi de 1,2 mil.
| Automotive Business (publicado em 03-06-2019) | | | | Alimentados com dados, softwares de simulação ajudam as fábricas a testarem processos sem que para isso a produção seja interrompida ou prejudicada
O uso de simulação nas fábricas une diferentes agentes da Indústria 4.0. Os conceitos de Big Data, Machine Learning, Metodologia Lean e Inteligência Artificial são usados para entender pontos de melhorias no processo da manufatura, propor soluções, testar hipóteses, aplicar as mudanças e metrificá-las.
A simulação pode ser feita por meio de softwares específicos. Eles captam os dados da produção e fazem análises de variáveis e de intervalos de tempo. Juntos, os indicadores conseguem apontar onde estão os gargalos da produção e o que poderia ser feito para solucioná-los.
A efetividade da simulação depende da quantidade e qualidade dos dados que alimentam os sistemas. Por isso, para implementar esta metodologia, a fábrica precisa já ter uma estrutura de dados organizada, que os unifique e padronizem, a fim do sistema poder usar as informações.
Alimentados por estes dados, os sistemas de simulação ajudam a analisar o processo fabril de maneira integral, olhando para pontos específicos como estoque, peças e mão de obra. Além disso, o software consegue analisar a interação entre estes fatores, simulando melhorias.
A principal vantagem da simulação na Indústria 4.0 é que ela evita prejuízos. No lugar de dispor de um investimento para validar uma ideia que pode ser útil ou não, são alocados recursos apenas para ações já validadas.
O processo de simulação acontece da seguinte forma:
Definição de problema: O primeiro passo é saber o que precisa ser aprimorado dentro do processo fabril. Para isso, pode-se analisar o sistema, identificar os gargalos, as variáveis que ele envolve e as possibilidades de solução;
Validação: Depois, é preciso optar por uma das soluções e rodar novas simulações dentro do sistema para determinar se esta é a melhor opção para resolver a necessidade inicial.
Melhoria: Olhar para soluções internas da fábrica e para o que outras indústrias estão fazendo também ajuda a validar o processo. Além disso, essa prática ainda contribui para aprimorar a solução encontrada.
Implementação: Com todas as informações em mãos e resultados positivos provenientes das simulações feitas no software, é possível implementar as melhorias.
Metrificação: Por último, é preciso monitorar os resultados da melhoria para continuar a incrementá-la de acordo com as necessidades da indústria.
A regra para a simulação fabril é, portanto, definir hipóteses, testá-las por meio do software, avaliar os resultados, melhorar a partir de pesquisas de mercado, implementar a melhoria na fábrica e monitorar.
A simulação ajuda as indústrias a se inserirem no conceito 4.0 ao passo que utiliza a inteligência artificial, alimentada por dados, para encontrar problemas e validar soluções sem perder tempo de fabricação ou recursos por conta de escolhas erradas.
| Ind4.0 (publicado em 03-06-2019) | | | | A Securities and Exchange Commission, órgão encarregado pelos mercados de capitais dos Estados Unidos, está investigando Siemens, Philips e General Electric por supostamente usarem intermediários locais para negociar propinas junto a autoridades de governo e saúde da China envolvendo venda de equipamentos hospitalares, afirmaram duas fontes norte-americanas à Reuters.
As investigações dos negócios das companhias na China, junto com um inquérito atual da SEC sobre vendas delas no Brasil, são parte de um novo esforço de autoridades dos EUA para combater supostos atos de corrupção nas vendas de equipamentos médicos no mundo, afirmaram as fontes.
Representantes da SEC não comentaram o assunto. Siemens, GE e Philips negaram condutas irregulares e afirmaram que não estão cientes sobre qualquer investigação da SEC envolvendo suas operações na China.
A Reuters publicou em maio que a SEC, o Departamento de Justiça dos EUA e a polícia federal norte-americana (FBI) estavam investigando Siemens, GE e Philips, e também a Johnson & Johnson, por supostamente terem pago suborno para vencerem contratos em licitações de equipamentos médicos no Brasil.
As quatro empresas negaram irregularidades no Brasil. Sob uma lei federal dos EUA chamada de Ato contra Práticas de Corrupção no Estrangeiro (FCPA), de 1977, é ilegal para norte-americanos, empresas dos EUA ou companhias com títulos listados no país pagar autoridades estrangeiras para obterem negócios. Se consideradas culpadas de violar a legislação, as empresas podem ser condenadas a pagar multas definidas pela SEC.
O mercado de equipamentos hospitalares da China movimentou 58,6 bilhões de dólares em 2017, ante 10,8 bilhões no Brasil, segundo dados mais recentes disponíveis no Departamento de Comércio dos EUA. Em ambos os mercados, as companhias teriam se beneficiado não apenas com a venda de equipamentos, mas também com margens de lucro maiores sobre suporte das máquinas ao longo do ciclo de uso de 10 a 15 anos, bem como na venda de atualizações de software, peças de reposição e materiais usados na operação dos equipamentos, afirmaram as fontes.
A Comissão Nacional de Planejamento Familiar e de Saúde da China e a agência de alimentos e medicamentos da China, responsáveis pela regulação do sistema de saúde do país, não comentaram o assunto de imediato. Promotores federais no Brasil também não se manifestaram.
PROCESSO DE INVESTIDORES
Alguns detalhes do suposto esquema na China foram incluídos em uma ação de acionistas contra atuais e ex-membros do conselho da GE no tribunal estadual de Nova York, divulgado pela empresa em seu relatório anual de 2018.
O processo dos acionistas da GE, registrado na Suprema Corte do Estado de Nova York em dezembro passado, alega que desde pelo menos 2011 funcionários da GE na China ou trabalhadores de suas subsidiárias "subornaram administradores hospitalares, participaram de licitações fraudulentas e deram propinas a funcionários do governo".
O processo inclui traduções de sentenças do tribunal criminal chinês que julgam intermediários que venderam equipamentos da GE como culpados de subornar autoridades do governo chinês e do hospital. Alguns administradores do hospital confessaram em tribunal aberto e receberam sentenças de prisão, de acordo com as decisões citadas no processo. A GE não foi acusada nas decisões judiciais chinesas incluídas como prova.
A ação acusa a GE de conluio com a Philips, Siemens e a unidade médica da Toshiba Corp - que foi comprada pela Canon em 2016 - para combinar preços e propostas para equipamentos médicos caros, como aparelhos de ressonância magnética e scanners CT, através de intermediários chineses.
O processo incluía dados públicos sobre o quanto os hospitais chineses pagavam pelo equipamento, rotineiramente pelo menos 40% superior ao preço pago pelos intermediários às empresas.
A diferença foi então distribuída como suborno às autoridades de saúde, alega a ação, com algum dinheiro sendo embolsado pelos intermediários e retornando às outras empresas, que supostamente 'cobriram' para que a licitação pública parecesse competitiva.
Os advogados da GE em fevereiro entraram com uma ação para negar o processo, dizendo que a queixa não ligava alegações de irregularidades na China a nenhum dos réus. O juiz do caso ainda não decidiu sobre o movimento.
Os advogados dos requerentes não responderam a pedidos por comentários enviados por email.
A GE, sediada em Boston, disse em comunicado por email que acredita que o processo não tem mérito, acrescentando que "estamos comprometidos com a integridade, a conformidade e o estado de direito em todos os países nos quais fazemos negócios".
A Philips, sediada em Amsterdã, disse em comunicado por email que está "cumprindo integralmente as leis locais e internacionais contra suborno e anticorrupção". A Philips disse que "não está envolvida" em nenhuma das transações nos processos criminais na China e que faz grandes esforços para garantir que seus agentes terceirizados ajam legalmente.
A Siemens informou em comunicado por email que havia acabado de tomar conhecimento do processo em Nova York e que "investigaria qualquer nova alegação de má conduta que envolvesse direta ou indiretamente a Siemens" que possa surgir do litígio. A Siemens, com sede em Munique, disse que sua política é "cooperar com as investigações policiais quando elas ocorrerem".
A Canon informou em comunicado por email que "o Grupo de Sistemas Médicos da Canon está comprometido em conduzir atividades de negócios com a mais alta prioridade no cumprimento das leis" e que a empresa tem tolerância zero em relação ao suborno.
A Toshiba disse em comunicado por email que não estava ciente do processo do estado de Nova York. A empresa disse que as políticas da empresa "proíbem pagamentos ilegais ou impróprios contra práticas comerciais lícitas".
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