| 28 de JUlho de 2020
Terça-feira
- Medidas emergenciais anunciadas pelos governos - atualizado - 28/07
- ICEI- ÍNDICE DE CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO INDUSTRIAL- RESULTADOS SETORIAIS
- Dez setores industriais cruzaram a linha divisória e estão confiantes, informa CNI
- Empresas inadimplentes não serão excluídas do Simples em 2020
- Artigo: Choque de energia barata só virá com a Lei do Gás
- Rodízio da Sanepar em Curitiba e região nesta terça-feira
- OMS diz que pandemia de Covid-19 é "uma grande onda", não é sazonal
- Curitiba e outras sete capitais estão longe do pico de mortalidade por Covid-19, aponta pesquisa
- Sindicato da indústria do plástico doa três mil máscaras-escudo
- Fiscalização vistoria 39 estabelecimentos comerciais no fim de semana
- STF e a suspensão de contas em redes sociais: como lidar com o poder digital?
- Empresas devem combater fake news, diz Barroso
- IBGE adia divulgação da taxa de desemprego de junho
- Trabalhadores da Renault decidem manter greve e pressionam por fim dos incentivos fiscais
- Fechamento de empregos formais desacelera em junho, diz Caged
- Do home office ao anywhere office: como a experiência do trabalho flexível mudará os escritórios
- Artigo: Breque dos apps: estamos entendendo o novo mundo do trabalho?
- Artigo: Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho
- Conselho de Tributação da CNI defende reforma tributária ampla
- A reforma que pode mudar o futuro do Brasil
- Confiança da construção sobe 6,6 pontos em julho, para 83,7 pontos, revela FGV
- Ibovespa futuro mostra fraqueza com exterior negativo
- IBGE adia divulgação de Pnad Contínua mensal do 2º trimestre para 6 de agosto
- Brasil tem quarto superávit seguido em transações correntes em junho, a US$2,235 bi
- Exportação de minério de ferro pode ter melhor mês em quase 2 anos
- Siderurgia produz 17,9% menos no primeiro semestre, mas indica que o pior já passou
- Produção de aço bruto do Brasil cai 18% no primeiro semestre de 2020
- IABR: EUA pressionam indústria brasileira de aço para mudança no sistema de cotas
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Câmbio
Em 28/07/2020
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Compra
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Dólar
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5,169
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5,170
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Euro
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Fonte: BACEN
| | | | Segue material compilado das Medidas emergenciais anunciadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal atualizado conforme levantamento realizado pela Coordenação de Relações Governamentais da FIEP, sendo incluídas as seguintes informações:
Para acessar o documento, clique AQUI
GOVERNO FEDERAL
Lei nº 14.028, de 27 de julho de 2020, do Poder Legislativo. Altera a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, para garantir que o receituário médico ou odontológico de medicamentos sujeitos a prescrição e de uso contínuo tenha validade pelo menos enquanto perdurarem as medidas de isolamento para contenção do surto da Covid-19, na forma que especifica, com veto parcial, mensagem nº 419/2020.
Resolução nº 39, de 27 de julho de 2020, do Ministério da Educação. Dispõe sobre a suspensão das parcelas referentes aos contratos do Fundo de Financiamento estudantil - Fies, devido à pandemia da Covid-19, e dá outras providências.
GOVERNO ESTADUAL
Diário Oficial dos dias 27 e 28 não disponibilizados no Departamento de Imprensa Oficial do Paraná até às 9h.
GOVERNO MUNICIPAL
Decreto nº 17.548, de Ponta Grossa. Dispõe sobre atividades sujeitas à aglomeração de pessoas no âmbito do Município de Ponta Grossa, altera o horário de funcionamento do comércio, e dá outras providências.
Decreto nº 1.548, de Sarandi. Dispõe sobre a prorrogação do prazo e de outras medidas a serem implementadas e cumpridas em virtude dos decretos nº 1.502 e seguintes em decorrência do Novo Coronavírus.
Decreto nº 8.083, de Guarapuava. Dispõe sobre a disponibilização na rede pública municipal do tratamento precoce aos pacientes portadores da infecção pelo coronavírus, regula procedimentos e estabelece outras providências.
Decreto nº 840, de Londrina. Dá nova redação ao Parágrafo único do Art. 13 do Decreto nº 334, de 17 de março de 2020, que regulamenta medidas relativas às ações a serem coordenadas pela Secretaria Municipal de Saúde para o enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) decorrente do coronavírus (COVID-19).
Decreto nº 958, de Curitiba. Altera o Decreto Municipal n.º 421, de 16 de março de 2020, e dá outras providências.
| Sistema FIEP | | | |
Em julho, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) cresceu em 29 dos 30 setores da Indústria considerados
Leia o documento completo clicando AQUI.
| CNI | | | | Entre os setores que registraram mais de 50 pontos no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) estão: setores de produtos de limpeza, farmoquímicos, móveis, alimentos e plásticos.
O setor de produtos de limpeza apresentou o maior índice de confiança no mês de julho
Os resultados setoriais do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da indústria mostram o crescimento na confiança dos empresários. A confiança aumentou em 25 dos 26 setores da Indústria de transformação pesquisados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A exceção é Biocombustíveis.
Desses 26 setores, os empresários estão confiantes em nove, sendo que em oito os empresários passaram a ficar confiantes (indicador acima de 50 pontos) em julho; no setor de Farmoquímicos e farmacêuticos, os empresários já estavam confiantes em junho.
O ICEI da Indústria de Construção atingiu 46,3 pontos, após crescer 3,7 pontos em julho. É a terceira alta consecutiva do índice, que acumula alta de 11,5 pontos no período. Todos os três setores da Construção considerados registraram crescimento do indicador, mas seguem abaixo da linha divisória que separa falta de confiança de confiança.
O ICEI da Indústria Extrativa passou de 50,8 pontos em junho para 53,8 pontos em julho, ou seja, mostra aumento da confiança dos empresários desse segmento industrial. Esse é o décimo setor que passou da linha divisória.
O ICEI ouviu 2.305 empresas entre 1º a 13 julho, sendo 899 pequenas empresas, 845 médias e 561 grandes.
Setores confiantes: Extração de minerais não metálicos; Produtos alimentícios; Químicos; Sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal; Produtos farmoquímicos e farmacêuticos; Produtos de borracha; Produtos de material plástico; Produtos de minerais não metálicos; Outros equipamentos de transporte; e Móveis.
| CNI | | | | Medida ajuda pequenos negócios afetados por pandemia
As micro e pequenas empresas inadimplentes com o Simples Nacional não serão excluídas do regime especial em 2020, informou hoje (27) a Receita Federal. O Fisco atendeu a pedido do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e decidiu suspender o processo de notificação e de expulsão do regime como forma de ajudar os pequenos negócios afetados pela pandemia do novo coronavírus.
Em 2019, mais de 730 mil empresas foram notificadas para exclusão do Simples por débitos tributários. Desse total, cerca de 224 mil quitaram os débitos e 506 mil empresas acabaram excluídas do regime.
De acordo com o Sebrae, a manutenção das empresas no Simples Nacional, regime que unifica a cobrança de tributos federais, estaduais e municipais num único boleto, representa uma ação importante para impulsionar a recuperação dos negócios de menor porte, que tiveram prejuízos com a paralisação das atividades.
Segundo levantamento do Sebrae e da Fundação Getulio Vargas (FGV), os pequenos negócios começam a recuperar-se da crise provocada pela pandemia de covid-19.
O percentual de perda média do faturamento, que chegou a 70% na primeira semana de abril, estava em 51% na pesquisa mais recente, realizada entre 25 e 30 de junho. Foram ouvidos 6.470 proprietários de negócios em todo o país, entre microempreendedores individuais, micro empresas e empresas de pequeno porte.
| Agência Brasil | | | | Em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, explica que o efeitos do gás natural na economia são diversos, como a expansão do consumo e a preservação do meio ambiente
Depois da aprovação do marco legal do saneamento básico, o Congresso Nacional precisa retomar a análise e a votação da lei que modernizará o mercado brasileiro de gás natural. A legislação atual, aprovada em 2009, é insuficiente para promover as transformações necessárias ao setor, como a quebra de monopólios, a ampliação dos investimentos e a redução do preço desse importante insumo para a indústria.
Atualmente, a tarifa cobrada pelo gás natural dos consumidores brasileiros – uma das mais altas do mundo – representa um obstáculo à competitividade da economia nacional. No ano passado, o preço do combustível para o setor industrial ficou entre US$ 13,50 e US$ 14 por milhão de BTU (unidade térmica britânica), mais do que o triplo da média de US$ 4 praticada nos Estados Unidos e o dobro da dos países europeus. Mesmo no Japão, que importa quase 100% do gás natural que consome, os preços são inferiores aos do Brasil.
Nós dispomos de reservas significativas de gás natural. Com a exploração do pré-sal, a produção doméstica, de cerca de 124 milhões de metros cúbicos ao dia, poderá dobrar nos próximos dez anos. A expansão da oferta, combinada com estímulos adequados e um ambiente regulatório seguro, permitirá a redução do preço do insumo.
Os efeitos multiplicadores da equação que une oferta abundante e preços competitivos do gás natural sobre a economia brasileira estão estimados em estudos recentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entre os impactos positivos, destacam-se a expansão do consumo, a atração de investimentos e a conservação do meio ambiente.
As projeções indicam que, com uma queda de 50% nos preços, a indústria intensiva em energia triplicará o consumo de gás e poderá ampliar os investimentos em R$ 150 bilhões em 2030. Além disso, muitas empresas serão incentivadas a substituir de 50% a 80% do carvão utilizado nos processos de produção por gás natural, contribuindo para a redução das emissões de poluentes, que provocam o efeito estufa.
No entanto, a materialização dessas estimativas depende da aprovação do Projeto de Lei nº 6.407/13, que está pronto para votação e é o principal instrumento para a efetiva redução dos custos do gás natural no país. As mudanças previstas no texto, que está em discussão há sete anos no Congresso Nacional, são cruciais para promover o tão esperado choque de energia barata, anunciado pelo governo em junho de 2019, no lançamento do Programa Novo Mercado de Gás Natural.
De lá para cá, os esforços do governo para enfrentar o monopólio no setor na proposição de ações infralegais para a abertura do mercado foram muito importantes. Entretanto, o país ainda espera a efetiva diversificação dos atores e os investimentos necessários para adequar a cadeia de gás natural às exigências de um mercado cada vez mais competitivo.
É importante lembrar que, no passado, o sistema elétrico brasileiro era considerado um dos mais eficientes do mundo e representava uma importante vantagem competitiva para o país. Com a fonte hídrica responsável por quase 65% da matriz elétrica, assegurada por grandes reservatórios de regulação e um sistema interligado por uma ampla rede de transmissão, a energia no Brasil era barata.
Infelizmente, ao longo dos últimos anos, os custos da energia aumentaram, devido a uma série de problemas, entre eles a proliferação de taxas e encargos setoriais incidentes sobre as tarifas. Além disso, a utilização maciça de termelétricas de alto custo em períodos de escassez de água nos reservatórios das hidrelétricas elevou ainda mais os preços da energia.
Por isso, a aprovação do PL nº 6.407/13 é uma chance que não pode ser desperdiçada. Um novo marco legal para o gás natural, com regras claras para os vários elos da cadeia – produção, comercialização e transporte – se adequarem às exigências do mercado, está entre as ações indispensáveis para que o setor energético volte a ser uma vantagem competitiva para a economia brasileira.
A abertura do mercado à competição e a queda do preço do gás natural de forma consistente são cruciais para o país superar a grave crise provocada pela Covid-19. Com oferta e tarifas adequadas às demandas da indústria, o Brasil terá melhores condições para atrair investimentos, enfrentar a acirrada concorrência externa, retomar o crescimento econômico e criar empregos no pós-pandemia
Robson Braga de Andrade - Presidente da CNI
| CNI | | | | Curitiba e região metropolitana terão falta de água nesta terça-feira (28) por causa do rodízio no abastecimento. A medida ainda é necessária por conta da forte estiagem que atingiu o Paraná nos últimos meses.
**Bairros que aparecem repetidos podem ser afetados em diferentes áreas.
Rodízio de terça-feira (28).
Veja as regiões afetadas!
Curitiba
*Área da Gravidade do Reservatório Bairro Alto: Bacacheri, Bairro Alto, Jardim Social, Tarumã, Capão da Imbuia.
*Área do Recalque do Reservatório Bairro Alto: Bairro Alto, Tarumã, Capão da Imbuia, Bacacheri, Jardim Social.
*Área do Recalque do Reservatório Batel: Batel, Bigorrilho, Campina do Siqueira, Água Verde, Seminário, Vila Izabel.
*Área do Recalque do Reservatório Campo Comprido: Augusta, Bigorrilho, Campina do Siqueira, Campo Comprido, Santo Inácio, Cidade Industrial, Mossungue, Riviera, São Braz, Orleans.
*Área do Recalque Alto do Reservatório Santa Cândida): Cachoeira, Barrerinha, Santa Cândida.
*Área do Recalque para Cachoeira do Reservatório Santa Cândida): Barrerinha, Boa Vista, São Lourenço.
*Abranches, Pilarzinho, Taboão, Barrerinha, Cachoeira, Atuba, Santa Cândida..
*Área do Recalque Guarani Santa Cândida: Osasco, Campo Pequeno.
*Área do Recalque Alto do Reservatório Portão: Santa Quitéria, Seminário, Portão, Vila Izabel, Água Verde, Novo Mundo, Capão Raso.
*Área do Reservatório Pinheirinho: Capão Raso, CIC, Pinheirinho, Sítio Cercado, Tatuquara.
*Área da Gravidade do Reservatório Campo do Santana): Campo de Santana, Caximba, CIC, Ganchinho, Tatuquara.
Almirante Tamandaré
*Área do Booster Barreirinha: Lamenha Grande.
*Área da Gravidade do Reservatório Cachoeira: Colônia Prado, Graziele, São Jorge, Cachoeira, Centro, Cintia Mara, Tati, Jardim Gramados, Jardim Roma, Monte Santo, São Gabriel, Parque São Jorge, Prado, Jardim Graziele.
*Area do Recalque do Reservatório Cachoeira: Cachoeira.
Campo Largo
*Área da Válvula Ferraria: Jardim Keli Cristina, Vila Torres 1, Vila Rebouças, Vila Gilcy.
Colombo
*Atuba.
*Área da Válvula Colombo Sede II: Campo Pequeno, Osasco, Roça Grande, Curitibano.
*Área da Válvula Colombo Sede III: São Gabriel, Monza, Curitibano, Campo Pequeno.
Pinhais
*Área do Recalque do Reservatório Jacob Macanhan: Alto Atuba 1 e 2, Emiliano Perneta 2, Centro 1 e 2, Palmital 1 e 2, Sete Vilas, Estância Pinhais 2.
*Área da Gravidade do Reservatório Apoiado Alphaville): Alphaville Graciosa.
*Área da Gravidade do Reservatório Elevado Alphaville: Alphaville Graciosa.
São José dos Pinhais
*Área do Recalque do Reservatório Aeroporto): Afonso Pena, Águas Belas, Independencia, Boneca do Iguaçú, Iná, Aviação, Aristocrata, Guatupê, Rio Pequeno.
*Área do Recalque do Reservatório Cotia: Cachoeira, Campina do Taquaral Agarau, Campo Largo da Roseira, Cotia.
*Partes do Quississana; Costeira; Muricy.
Almirante Tamandaré
*Parque São Jorge, Jardim Gramado, Jardim Josiane, Vila Ajambi, Jardim Roma, Vila Edwirges, Jardim Arco Iris, Planto Santo Antônio, Jardim São Venâncio.
Colombo
*Área da Gravidade Colombo Sede: Butiatumirim, Fervida, São João, Santa Gema, Cercadinho, Serrinha, Itajacuru, Centro (parcial).
*Área da válvula Pau Brasil): Parque Embu.
Tem caixa d´água?
A Sanepar recomenda que as residências tenham uma caixa de água, conforme recomendação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A caixa d´água garante o abastecimento por cerca de 24 horas.
Faltou água e agora?
Quem ficar sem água podem entrar em contato com a Sanepar pelo Serviço de Atendimento ao Cliente, pelo telefone 0800 200 0115. Ao ligar, tenha em mãos a conta de água ou o número de sua matrícula.
| Tribuna PR | | | | A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta terça-feira contra a complacência sobre a transmissão do novo coronavírus durante o verão do Hemisfério Norte, afirmando que esse vírus não se comporta como o da influenza que tende a seguir tendências sazonais.
“As pessoas ainda estão pensando sobre estações do ano. O que todos precisamos ter na cabeça é que esse é um novo vírus e... esse está se comportando de forma diferente”, disse Margaret Harris durante briefing virtual em Genebra, fazendo um apelo à vigilância para que aplique medidas para conter a transmissão que está se espalhando em grandes aglomerações.
Ela também alertou contra pensar em termos de ondas de vírus, afirmando: “Será uma grande onda.”
| Reuters | | | | Curitiba, Porto Alegre e Florianópolis estão entre as capitais brasileiras que mostram, nesta segunda metade de julho, distância em relação ao pico da mortalidade por Covid-19, o que indica retração do combate à pandemia.
A análise é baseada no ModInterv, sistema para projeções criado por pesquisadores de áreas de Exatas das universidades federais do Paraná (UFPR), Pernambuco (UFPE) e Sergipe (UFS). Segundo o sistema, a situação ocorre também com outras cinco capitais: Goiânia, Belo Horizonte, Campo Grande, João Pessoa e Brasília. A avaliação foi registrada em artigo no banco de pré-prints da Scielo e considera a situação das 27 capitais no dia 19 de julho (que vem se mantendo desde então).
Segundo os cientistas, as oito capitais mencionadas estão com a curva acumulada de mortalidade em ascensão, seja ela mais ou menos acentuada. Considerando que todos os estados brasileiros tinham mortes confirmadas por Covid-19 já na primeira quinzena de abril, o cenário sugere que as cidades estão falhando nas medidas de combate, o que faz com que a curva permaneça ascendente desde o início, ou houve retrocessos no combate ao vírus por causa do afrouxamento de medidas de prevenção.Nesse último caso, é possível notar uma mudança de rumo na curva dos gráficos de mortalidade que os autores do trabalho chamaram de “relargada”.
“Em Curitiba foi o que aconteceu, certamente, porque a curva de óbitos da cidade parecia perto de ponto de inflexão para formar o platô e houve a ‘relargada’ no fim de junho. É um quadro parecido como o das outras capitais do Sul”, avalia o professor Giovani Vasconcelos, do Departamento de Física da UFPR, que faz parte da Rede Cooperativa de Pesquisa em Modelagem da Epidemia de Covid-19 e Intervenções não Farmacológicas (Modinterv), criadora do sistema. “É diferente de cidades que estão na mesma situação porque a curva sempre mostrou crescimento, caso de João Pessoa”.
Saturação
Recife e Belém são as únicas capitais já na fase de saturação, ou seja, que atingiram o pico de mortes, o que significa que o gráfico de óbitos tende a formar um platô que aponta regressão da pandemia — a linha reta significa que as mortes pela pandemia pararam de se acumular. As outras 17 capitais se encontram em situação de combate à pandemia (curvas de óbitos em ritmo desacelerado, próximas do ponto de inflexão).
Desse último grupo, Maceió é a que parece mais propensa a alcançar a mesma situação das outras duas cidades nordestinas. É preciso cautela, porém, já que a piora do cenário tem se mostrado mais rápida e fácil do que o contrário.
“O gráfico da capital alagoana é exemplo de como a situação é dinâmica: no domingo passado, o modelo que prevê saturação ainda não ‘convergia’ para Maceió”, explica Vasconcelos. A instabilidade fica mais clara quando se analisa o motivo pelo qual Maceió ainda não faz parte do mesmo grupo que Recife e Belém: aumentos esporádicos no número de mortes neste fim de julho, que têm adiado a inflexão da curva de óbitos e a formação do platô.
Mudanças bruscas
Da mesma forma Recife e Belém devem manter cautela, afirma o professor Raydonal Ospina, do Departamento de Estatística da UFPE e membro da rede de pesquisa. Entre as duas cidades, Recife tem números melhores no que diz respeito à taxa de mortalidade por milhão de habitantes (126,63 óbitos por 100 mil habitantes no último dia 26, contra 137,93 de Belém segundo a plataforma Brasil.io) e apresenta uma aproximação mais rápida em relação ao que se pode considerar o fim da pandemia. Ospina ressalta que a capital pernambucana Implementou em meados de maio um “lockdown”, com fechamento de escolas, comércio e serviços não essenciais, assim como do acesso às praias.
O município também fez campanhas de conscientização — obtendo altos índices de cidadãos adeptos do isolamento social — e criou grupos de trabalho com a participação de cientistas para planejar a reação à escalada de mortes. Para o professor, os resultados dessas medidas parecem se refletir nas estatísticas. Por outro lado, há o risco de uma reabertura precoce, como a decretada neste mês, suscitar uma “relargada” como a vivenciada pelas capitais sulistas.
No gráfico, as cidades de Belém e do Recife, que mostram “saturação” dos óbitos por Covid-19; Maceió, que tem chances de ingressar no mesmo grupo; e João Pessoa, que ainda apresenta progressão lenta
“Ter chegado ao platô ou à fase de saturação não implica que estamos terminando. Indica que as medidas de prevenção têm sido adequadas a fim de manter o número de óbitos controlados. Mas isso assumindo que as condições se mantenham. Se mudar as medidas de contenção da doença, por exemplo, relaxando o quadro, a doença pode recrudescer. Sem vacina fica muito difícil pensar em fim de epidemia”, analisa.
Aplicativo
O sistema ModInterv se baseia em um modelo matemática descrito em um artigo científico publicado em maio na revista “PeerJ”, focada em ciências da vida e ambientais. A inovação do modelo é a capacidade de adaptação da sua fórmula, que permite fazer projeções em diferentes cenários e localidades, desde que a hipótese de um tratamento farmacológico específico para a doença esteja fora da equação.
Em breve o ModInterv poderá ser acessado, por qualquer interessado, por meio de um aplicativo para celulares batizado com o nome do sistema. Assim como na ferramenta on-line, o aplicativo permitirá escolher curva (contágio ou óbitos) e localidade (cidade, estado ou país). Há ainda a opção de gerar imagens dos gráficos para download.
O aplicativo foi desenvolvido por pós-graduandos dos programas de Física da UFPE e pesquisadores dos Departamentos de Física da UFS e da UFPR. O lançamento ocorreu durante um seminário on-line, em junho. Atualmente o app está em fase de avaliação pela Google Play Store.
| Bem Paraná | | | | O Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado do Paraná (Simpep) fez a doação, nesta segunda-feira (27/7), de três mil máscaras-escudo de proteção facial (face shields) para a Prefeitura de Curitiba. Os equipamentos serão usados por profissionais da Saúde do município.
“Vamos conseguir, unidos, vencer esta pandemia da covid-19 em nossa Curitiba. Juntos somos mais fortes”, afirmou o prefeito Rafael Greca ao agradecer o presidente do Simpep, Dirceu Galleas.
O prefeito estava acompanhado da primeira-dama Margarita Sansone, do vice-prefeito Eduardo Pimentel e da secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.
O presidente do Simpep disse que a confecção das máscaras-escudo se deu integralmente no modelo de doações, através da campanha “Plástico Salva”, que mobilizou empresas associadas à entidade e fornecedores da cadeia do plástico, num esforço para disponibilizar equipamentos de proteção individual (EPIs).
“O momento é de união e de parceria em defesa da vida e da proteção da população curitibana”, salientou.
Galleas contou também que a máscara-escudo doada pelo Simpep foi especialmente desenvolvida para facilitar a higienização e oferecer conforto aos profissionais de saúde que precisam usar por horas o EPI.
“As empresas filiadas ao sindicato custearam o desenvolvimento do molde do aro que forma a máscara, bem como do ‘elastômero’, que substitui o elástico comum usado para fixar a máscara”, revelou.
FabLab
O Simpep também fez a doação para a Prefeitura de 20 mil aros que formam o kit do face shield. As peças, que funcionam como suporte de todo o conjunto, serão entregues ao FabLab Cajuru, que desde abril já produziu10 mil máscaras-escudo em impressoras 3D e máquina de corte a laser.
Além do aro, o kit da máscara-escudo é formado por uma chapa frontal transparente de polietileno (que cobre o rosto) e um elástico de fixação.
“A doação dos aros irá ajudar a incrementar ainda mais a produção das máscaras no FabLab, o espaço de prototipagem do município”, avalia Greca.
Para continuar fazendo as impressões das máscaras, o FabLab precisa de doação permanente de filamento para impressão 3D, chapa de PETG cristal transparente e elástico aurata com furos para regulagem de tamanho. O espaço, uma parceria entre a Fundação de Ação Social (FAS) e Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, fica na Rua da Cidadania do Cajuru.
Também participaram da entrega dos face shields o diretor do Simpep, Marcelo Prevideli; a representante do Setor Jurídico do Simpep, Maria Solange Marecki Pio Vieira; e a superintendente da Secretaria Municipal da Saúde, Beatriz Battistella Nadas.
Para doar insumos ao FabLab, entre no site do Vale do Pinhão e preencha o formulário.
| Prefeitura de Curitiba | | | | Equipes da Prefeitura participaram de três Ações Integradas de Fiscalização Urbana (Aifu), neste fim de semana, em parceria com o Governo do Estado. Da noite da sexta-feira (24/7) até o domingo (26/7), foram vistoriados 39 locais de comércio em 18 bairros da cidade.
Nos três dias foram encontradas 16 locais com irregularidades, ou seja, 41% dos estabelecimentos vistoriados descumpriram as medidas necessárias para diminuir o contágio pela covid-19. Todas as fiscalizações foram motivadas por denúncias apresentadas pela população.
Foram interditados 14 locais de comércio que funcionavam em desacordo com o Decreto nº 940/2020, sendo que seis deles foram notificados também por apresentarem inadequações nos alvarás. Outros dois locais foram notificados de forma orientativa por não atenderem a resolução municipal 01/2020, que estabelece medidas sanitárias de segurança para os estabelecimentos em atividade.
Bingo e lanchonete
Entre os locais interditados estão bares, distribuidora de bebida, lanchonete, restaurante, bilhar, bingo e loja de departamento.
Também foram feitas incursões em supermercados, salões de beleza, academias, quadras esportivas, casa de massagens, clube social, entre outros, porém, todos sem atividade no momento da fiscalização, cumprindo as determinações do decreto em vigor.
As equipes, formadas por fiscais da Secretaria Municipal do Urbanismo, Guarda Municipal, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, percorreram os bairros Ahú, Água Verde, Alto Boqueirão, Alto da XV, Boa Vista, Boqueirão, Bom Retiro, Cajuru, Centro, Guaíra, Portão, Seminário, Santa Quitéria, São Francisco, São Braz, Seminário, Tatuquara e Xaxim.
O secretário municipal do Urbanismo, Julio Mazza, ressalta a responsabilidade que cabe a cada cidadão neste momento.
“Precisamos equilibrar o funcionamento da cidade com a saúde da população e para que isso aconteça é preciso que cada um cumpra o seu papel”, diz Mazza.
A orientação é para que a população observe com atenção a lista dos estabelecimentos, dias e horários em que podem funcionar e evitar a exposição em espaços que possam gerar aglomeração.
Os demais, com restrição, devem ser evitados até que haja segurança para ampliar a circulação das pessoas.
Restrições de dias e horários
O Decreto nº 940, em vigor desde (21/7), atualizou o funcionamento do comércio e outras atividades na capital, criando restrições de horários para funcionamento de alguns ramos e atividades com maior potencial de contaminação da covid-19.
O documento estabelece que devem seguir suspensos o funcionamento de algumas atividades todos os dias, como é o caso de bares e casas noturnas.
Nos fins de semana, atividades não essenciais ficam proibidas de funcionar e aos domingos, mesmo sendo considerados serviços essenciais, ficam impedidos de funcionar os supermercados, lojas de material de construção, concessionárias, quitandas, distribuidoras de bebidas, restaurantes e lanchonetes, entre outras atividades. Em alguns desses casos é permitido apenas delivery e drive-thru.
| Prefeitura de Curitiba | | | | Vemos, em nosso cotidiano, o surgimento cada vez maior de contradições oriundas do avanço da tecnologia e da inovação. Por esses dias, emergiu mais um capítulo dessa recente discussão quando, na última sexta-feira (24), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu suspender as contas no Twitter e Facebook de aliados do presidente.
Ao mesmo tempo, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu à Corte a suspensão dessas decisões judiciais. Esse é mais um caso que evidencia os atuais tempos polarizados, em que poucos conseguem analisar ou agir sobre essas contradições com o distanciamento necessário.
O episódio nos leva à reflexão: o avanço tecnológico não é imoral, mas sim amoral. Significa que ele não é bom ou ruim, mas pode ser usado para coisas boas e ruins. Por todos. E quando me refiro a todos, não estou falando apenas do governo ou de personalidades e outras instituições públicas, como o próprio Supremo. Refiro-me a empresas privadas, sociedade, a mim e a você.
Tudo o que estamos vivendo é muito novo e muito rápido. Poderíamos relativizar a questão e dizer que a situação é mais crítica em um país em desenvolvimento como o Brasil, mas até nos Estados Unidos as autoridades não sabem como lidar com a empresa-Estado de Mark Zuckerberg. Encontramo-nos num vácuo legal ocasionado por instituições do “velho poder” e suas enfadonhas e pesadas estruturas formais, que não dão conta de agir diante de rápidas inovações causadas por empresas digitais e globais - batizei, inclusive, esse vácuo de Timing to Legal em livro que escrevi sobre o tema.
Vivemos uma era de hiperexposição, causada muito por conta das redes sociais. Nunca antes nos expusemos tanto quanto agora, por conta própria - olha aí mais uma contradição de conectar o mundo. E é muito devido à hiperexposição que verificamos, também, o fenômeno da hiperpolarização. Ocorre que essa polarização, muitas vezes, não é 100% “fechada”.
No caso da ação do STF, o episódio rendeu críticas vindas de diversos setores da sociedade. O blogueiro Leonardo Sakamoto, por exemplo, conhecido por seu posicionamento à esquerda, discordou da decisão da Corte quanto à ação dos blogueiros que defendem o presidente. Para Sakamoto, em texto publicado em seu blog, “a decisão do ministro Alexandre de Moraes de pedir o bloqueio da forma com que foi feita abre um precedente ruim. Com consequências de longo prazo”.
Como bem lembrou a Gazeta do Povo em editorial, a liberdade de expressão “requer amplo gradiente de legalidade, que se traduz em grande tolerância ao que se diz e a como se diz também. Isso inclui muitas expressões que podem ser sumamente desagradáveis”.
É preciso lembrar que a plataforma por onde circulam os novos modelos empresariais, o smartphone, surgiu há pouco mais de 10 anos, e foi popularizado em muito menos. Sejam as autoridades norte-americanas ou a alta gestão brasileira, bem como os conselhos empresariais, poucas pessoas tiveram tempo de viver profundamente esses novos empreendimentos a ponto de conseguir guiar empresas, instituições ou mesmo países.
Estudamos essas contradições em Gonew.co, buscando compreender e encontrar novas formas de lidar com o poder e a governança. Nosso Master em Governança & Nova Economia não se configura apenas no centro gravitacional dessa discussão no país, mas é, também, um generoso espaço ao contraditório quanto ao avanço da tecnologia e dos novos modelos de negócio.
Esse é justamente o cerne da questão: o poder digital não se dará por meio da regulação ou da tecnologia isoladas, até porque muitos outros avanços tecnológicos ainda estão por vir. Responderemos a esse desafio com uma sociedade preparada e bem informada, a fim de manter liberdades e responsabilidades em qualquer forma de expressão — inclusive as digitais.
| Gazeta do Povo | | | | O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso afirmou ontem que o Judiciário não tem condições de ser protagonista no combate às fake news disseminadas por aplicativos como o WhatsApp e redes sociais como o Facebook. Segundo ele, a responsabilidade pelo combate a esse comportamento deve ser das próprias plataformas.
Em debate promovido pelo jornal O Globo, Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que seria "fantasia" e "ilusão" acreditar que o Judiciário poderia protagonizar este enfrentamento.
"Havia uma certa fantasia de que o TSE e o Judiciário seriam protagonistas do enfrentamento das fake news. Isso é uma ilusão", disse o ministro. "O Judiciário não tem condição de ser protagonista nisso por muitas razões. A primeira é que a própria qualificação do que seja fake news já é muito difícil e os ritos do Judiciário são incompatíveis com a velocidade com que as notícias circulam na internet."
Para o ministro, as próprias plataformas devem ser protagonistas no combate às fake news. "(As plataformas) têm condição de fazer um controle não de conteúdo, mas de comportamentos. Derruba os robôs, os bots, os perfis falsos, os comportamentos inautênticos, orquestrados, os impulsionamentos ilegais", disse Barroso.
Há alguns dias, no Brazil Forum UK, evento organizado por estudantes brasileiros no Reino Unido que teve transmissão do Estadão, Barroso afirmou que a postura "alegadamente libertária" das redes sociais contribuiu para o aumento das fake news. Disse, porém, que vê uma mudança na atitude das plataformas, a exemplo da ação do Facebook que derrubou uma rede de perfis e contas falsos duas semanas atrás.
Em entrevista ao Estadão no fim do ano passado, o ministro havia afirmado que a Justiça consegue tirar alguns conteúdos falsos do ar. "Mas há dois problemas. Primeiro, o risco onipresente de censura, que se deve evitar. E, segundo, não há meios materiais nem recursos humanos que consigam correr atrás na velocidade necessária."
| Bem Paraná | | | |
O IBGE anunciou nesta terça-feira (28) que adiou a divulgação da Pnad Contínua, que calcula a taxa oficial de desemprego no país. A data inicial para publicação dos dados de junho era esta quarta-feira (29), mas foi transferida para a semana que vem, no dia 6 de agosto.
A pesquisa vem sendo realizada por telefone desde 17 de março por conta da pandemia da Covid-19, já que os pesquisadores estavam com dificuldade de ir a campo pelo distanciamento social.
Segundo o instituto, o desenho da amostra da pesquisa introduz a cada mês um número de domicílios que nunca foram visitados anteriormente, portanto, os números de telefones destes domicílios não foram levantados pelo IBGE.
"Como as visitas domiciliares foram suspensas desde março, tem sido um desafio realizar a coleta por telefone em todos os domicílios seguindo o cronograma original", disse o IBGE, em nota.
O instituto informou que segue estudando alternativas para a manutenção da Pnad Contínua.
"Há uma dificuldade em ter essa coleta. A coordenadora foi orientada a entrar em contato com as unidades estaduais e prorrogando a divulgação até que a coleta esteja razoável", afirmou Cimar Azeredo, coordenador do IBGE.
Mesmo com a prorrogação da Pnad, o IBGE chegou a apenas 57,6% de taxa de resposta dos entrevistados em junho. Antes da pandemia, quando a coleta era feita presencialmente, a média era de cerca de 90%. Normalmente, cerca de 70 mil domicílios são ouvidos por mês.
Cimar Azeredo apontou que o IBGE perdeu alguns funcionários temporários que tiveram seu contrato encerrado neste último mês e agora está tentando melhorar a pesquisa por cartas, motoboys, e outras iniciativas com as secretarias municipais.
"Estamos tendo dificuldade de fazer a pesquisa. Precisamos que as pessoas respondam o IBGE. O pano de fundo é essa pandemia, não sabemos o que vai ser. As pessoas vão aguentar responder a pesquisa por mais alguns meses?", questionou o coordenador.
Na divulgação de maio, a Pnad mostrou que, no trimestre encerrado naquele mês, a pandemia da Covid-19 destruiu 7,8 milhões de postos de trabalho no Brasil. Isso fez com que a população ocupada tivesse caído 8,3% na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro, indo para 85,9 milhões de pessoas.
Também foi a primeira vez na história da Pnad Contínua que menos da metade das pessoas em idade para trabalhar estava empregada. Isso nunca havia ocorrido antes na pesquisa, que teve início em 2012. Dentre os postos de trabalho perdidos, 5,8 milhões foram de empregos informais.
Diante desse cenário, o desemprego alcançou 12,9% no trimestre encerrado em maio, acima dos 11,6% registrados até fevereiro.
| Folha de S.Paulo | | | | Em assembleia na tarde desta segunda (27), os trabalhadores da montadora da Renault, em São José dos Pinhais, decidiram manter a greve iniciada na última terça (21). Os metaúrgicos querem que a empresa reverta a demissão de a demissão de 747 trabalhadores, anunciada na semana passada.
"Nós queremos o diálogo para a manutenção de empregos. O sindicato quer diálogo com bom senso, enquanto a Renault faz diálogo com imposição. Até agora, a empresa não abriu diálogo, então a categoria continua parada", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), Sérgio Butka.
O sindicato também trabalha para que o governo do Estado cobre o cumprimento do acordo que dá incentivos fiscais à montadora. "O governo deu incentivos fiscais para que essa e outras 50 empresas gerassem empregos aqui no Paraná. Se não está gerando e demitindo, deve perder esses incentivos, que são pagos por todos os paranaenses", defende Butka. Nesta 'briga', também estão outras lideranças sindicais e deputados.
Pressão dos deputados
Primeiro-secretário da Assembleia, o deputado Luiz Cláudio Romanelli recebeu o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Nelson Silva de Souza, o Nélsão, na semana passada, e pediu punição rigorosa à montadora, por descumprimento da lei 15.426/2007, que apresenta uma série de condições às empresas que recebem incentivos fiscais devem cumprir.
Uma das medidas, segundo o deputado, determina às "empresas que receberem incentivos fiscais de qualquer natureza para implantação ou expansão de atividades no Paraná” - o caso da Renault - deverão promover a “manutenção de nível de emprego e vedação de dispensa.
“A lei 15.426/2007 garante o emprego aos trabalhadores às empresas que recebem benefícios fiscais do Estado. A Renault foi muito bem vinda e recebe uma política de incentivo. Ou seja, o Paraná deixa de arrecadar imposto. A Renault não tem justificativa para as demissões”, disse Romanelli.
Os trabalhadores da Renault estão realizando assembleias diariamente na frente da fábica, em São José dos Pinhais.
Nota da Renault
Em nota, divulgada na na semana passada, a montadora explicou a decisão de manter as demissões. “A Renault do Brasil informa que desde o início da pandemia, em março, aplicou soluções de flexibilidade como férias coletivas e a MP936 para o enfrentamento da crise da Covid-19.
Com o agravamento da situação, queda das vendas da Renault em 47% no primeiro semestre, e a falta de perspectiva de retomada do mercado a Renault buscou negociações com o Sindicato, e vem nos últimos 50 dias trazendo propostas para a necessária adequação da estrutura fabril.
Após realizar todos os esforços possíveis para as adequações necessárias e não havendo aprovação das medidas propostas, não restou outra alternativa para a Renault do Brasil, que em 21/07 anunciar o fechamento do 3º turno de produção e o desligamento de 747 colaboradores da fabricação do Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR)", diz a montadora, na nota.
Entre as propostas citadas pela emrpesa, está a redução de 25% de jornada de trabalho e salário na fabricação, proposta em 8 de junho, mas recusada pela categoria. Esta proposta não foi aceita pelo Sindicato, sendo ainda condicionada a outros temas, assim como PDV, apresentado pela empresa em 15 de junho.
| Bem Paraná | | | | Saldo de vagas com carteira assinada ficou negativo em 11 mil em junho, melhor do que meses anteriores, mas 1,5 milhão de pessoas perderam emprego na pandemia
O fechamento de vagas formais no mercado de trabalho brasileiro, que disparou após o início da pandemia do novo coronavírus, desacelerou em junho. No mês passado, o saldo ficou negativo em aproximadamente 11 mil postos, uma melhora significativa em relação aos meses anteriores.
Ainda assim, o total de empregos com carteira assinada perdidos no país desde o início da pandemia, em março, supera 1,5 milhão.
Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram apresentados nesta terça-feira (28) pelo Ministério da Economia.
Nos dois primeiros meses do ano, a economia brasileira vinha criando postos de trabalho. Em janeiro e fevereiro, antes da crise de saúde pública, o país criou 341 mil vagas —quase 50% a mais do que o registrado nos dois primeiros meses de 2019.
Com o resultado negativo entre março e junho, já sob efeito de medidas restritivas nas cidades e fechamento de comércio e empresas, passou a haver saldo negativo no ano.
A perda de vagas foi de 260 mil em março, 918 mil em abril e 350 mil em maio.
Considerando os seis primeiros meses de 2020, o resultado ficou negativo em 1,2 milhão de vagas formais. No mesmo período de 2019, o saldo foi positivo em 408 mil postos.
Em relação ao mês anterior, junho apresentou uma alta de 24% nas contratações e um recuo de 16% nos desligamentos.
No mês passado, o melhor desempenho setorial ficou com a agropecuária, que abriu quase 37 mil vagas com carteira assinada. A construção também teve saldo positivo, com 17 mil novos postos.
Os dados negativos ficaram com o setor de serviços, que perdeu quase 45 mil empregos no mês, comércio, com menos 16,6 mil vagas, e indústria, com menos 3,5 mil.
No recorte por região, o Sudeste liderou as perdas, fechando 28,5 mil vagas. O Nordeste perdeu 1,3 mil. No sentido oposto, houve saldo positivo no Centro-Oeste (10 mil), Norte (6,5 mil) e Sul (1,7 mil).
O governo argumenta que programas emergenciais evitaram dados piores de emprego na pandemia. Uma das medidas citadas foi a que permitiu a suspensão de contratos e redução de jornadas e salários após acordo entre patrão e trabalhador.
Até o momento, 14,8 milhões de acordos desse tipo foram firmados por aproximadamente 1,4 milhão de empresas. O setor de serviços responde por 7,2 milhões desse total, seguido por comércio (3,7 milhões), indústria (3,3 milhões) e construção (358 mil).
Para bancar a compensação parcial paga a esses trabalhadores, o governo já reservou R$ 21,2 bilhões do Orçamento.
Nesta terça-feira, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciou o adiamento da divulgação da Pnad Contínua, que calcula a taxa oficial de emprego no país. O órgão alega haver dificuldade na realização da pesquisa, que era presencial e passou a ser feita por telefone após a pandemia.
Nesta semana, o secretário de Política Econômica do governo, Adolfo Sachsida, disse à Folha que os dados oficiais de emprego não estão captando a real situação do mercado de trabalho e que os índices de desemprego darão um “repique grande” em setembro.
| Folha de S.Paulo | | | | Como a maior experiência de trabalho flexível da modernidade pode mudar a vida dos escritórios e ambientes das empresas, para melhor
O trabalho flexível já estava em uma crescente em 2020 antes mesmo da chegada da pandemia de COVID19. Segundo uma pesquisa do Internacional Workplace Group (IWG) -- realizada com 16 mil profissionais em 100 países -- apenas 1/4 das empresas tinham políticas claras de trabalho remoto, e os espaços de trabalho mais flexíveis cresciam 2 dígitos anualmente.
Com a chegada do vírus, o mundo se viu em um dos maiores experimentos modernos de trabalho flexível, ao colocar boa parte da mão de obra mundial trabalhando de casa. Essa experiência forçada, demonstrou vantagens, mas também muitos desafios para a grande maioria das empresas.
Muitos funcionários, passados os primeiros meses de quarentena, reportaram diversas situações desagradáveis como distração residencial, problemas relacionados a tecnologia ou mesmo isolamento social de seus colegas de trabalho.
Antes mesmo da pandemia, mais de 1/3 das empresas já se mostravam preocupadas com a segurança digital de funcionários trabalhando remotamente e 1/4 demonstravam grande preocupação com seus colaboradores se sentindo sozinhos ou mesmo desmotivados.
Durante a pandemia, percebemos que conceitos iniciais como horário comercial, capacitação e ergonomia do ambiente de trabalho, assim como os benefícios ligados a atividade executada, foram ignorados por grande parte das empresas.
Isso fez com que muitos trabalhadores se vissem trabalhando ainda mais de casa do que no escritório, mas não necessariamente sendo mais produtivos. Isso sem contar a carga maior que muitas mães e pais têm vivido, tendo que cuidar dos filhos e ainda garantir um ambiente funcional para seu trabalho em casa.
Além disso, temos as reuniões virtuais e conferências, que tomaram a agenda do brasileiro isolado. Uma forma moderna, porém fria, de gestão e engajamento da força de trabalho. Importante ressaltar que toda infraestrutura de conexão deveria funcionar de maneira perfeita, o que não acontece em boa parte das vezes.
Mas não encontramos apenas pontos negativos nessa situação. Além da aproximação familiar, um dos grandes benefícios percebidos, foi o ganho de produtividade pela falta de deslocamento. Sabemos que o brasileiro, habitante das grandes capitais, perde em média 1h30 por dia em deslocamento ao trabalho, tempo este que pode ser revertido em produção e/ou qualidade de vida, além de favorecer o meio ambiente, com menos poluição ocasionada pela mobilidade.
Já pensando na volta segura aos ambientes de trabalho, as medidas de distanciamento social impõem um desafio aos gestores de espaços, uma vez que para ocupar o mesmo metro quadrado com maior distância, se faz necessário implementação de turnos ou mesmo um mix entre funcionários que estão em casa e aqueles que devem voltar ao escritório, o famoso rodízio.
A pandemia trouxe uma necessidade imediata de rever seu portfólio de escritórios, para cima ou para baixo, forçados por uma redução de custos ou mesmo aumento de demanda. Decisões de curto prazo não costumam ser amigas do mercado imobiliário, que de praxe, sempre trabalha com longos contratos.
Como fica o futuro do trabalho?
Forças de trabalho distribuídas passam a ser o futuro. Espaços de trabalho flexíveis serão cruciais para garantir que pessoas tenham acesso a ambientes de trabalho profissionais, ao mesmo tempo que se sintam seguras, mais próximas de casa, e dentro do novo padrão de custos pós-crise. Nunca fez tanto sentido pensar que o m2 mais caro que uma empresa pode ter é aquele que é pago e não é utilizado.
Muitas empresas têm diminuído drasticamente grandes escritórios centrais e transformado em células de trabalho regionais, no conceito de squad office, de forma que os funcionários possam trabalhar mais próximos de casa, reduzindo mobilidade excessiva, e junto a isso, transformando seus escritórios matriz em algo maior do que somente mesas e cadeiras.
Ao mesmo tempo, diversas companhias têm precisado de mais espaço para implementar distanciamento social seguro e medidas protetivas nos escritórios centrais. Agora elas passam também a contar com escritórios flexíveis, nesse momento, para evitar se comprometer novamente com contratos de longo prazo, além de não fazer o investimento inicial, tão importante em épocas de gestão rígida de caixa como na pandemia.
Para uma boa parcela dos colaboradores das grandes empresas que podem ter uma política de trabalho flexível mais avançada, o conceito de anywhere office (escritório na nuvem) passa a ser o principal ponto a ser implementado.
Trabalhar deixa de ser sobre onde e passa a ser sobre quando, assim, as pessoas complementarão o home-office com escritórios flexíveis para uma jornada alternada entre um ambiente profissional e uma experiência de teletrabalho, e o local de trabalho deixa de ser necessariamente um pré-requisito para o exercício da atividade de maneira diária.
Colaboradores podem usufruir de um escritório na Av. Paulista na segunda, home-office na terça, trabalhar do Morumbi na quarta-feira e por que não, home-office do interior nos últimos dias da semana? Bem-vindos ao novo mundo do trabalho flexível.
Tiago Angelo Alves, é CEO Brasil @ Regus & Spaces. Foi Diretor Executivo da Johnsons Controls - America Latina e permaneceu sete anos na multinacional Dinamarquesa ISS, acumulando funções, como: Executivo Regional da America Latina, Portugal e Espanha, assim como também diretor Executivo do Brasil. Iniciou a carreira no Grupo Semco, exercendo várias atividades de maneira à construir o espírito empreendedor.
| Gazeta do Povo | | | | Discussões intermináveis e apaixonadas debatem um mundo que não existe mais e fecham os olhos para os desafios que batem à nossa porta.
A briga dos apps de entrega com motoqueiros e motociclistas foi reduzida a um debate supérfluo, inútil e apaixonadíssimo nas redes sociais. A cada novo dado ou novo capítulo, parlamentares, comunicadores, economistas e experts no mundo digital tiram uma casquinha para dizer que estavam certos na última opinião que deram sobre o tema. Não fazem isso porque são superficiais, mas para ganhar popularidade e animar os seguidores sem ter de se meter a resolver um problema chatíssimo que ainda baterá à sua porta: o mundo do trabalho mudou rápido demais.
No mundo todo, inúmeros especialistas discutem o futuro do trabalho, levando em conta o avanço tecnológico e as novas necessidades dos seres humanos. Nas diversas teorias, um ponto é comum: os que mais perdem são os que nem percebem a mudança.
Os dois lados da disputa apaixonada nas redes sociais simbolizam formas diferentes de fingir que tudo voltará a ser como antes. De um lado, há os que defendem um vínculo empregatício entre aplicativos de entrega e entregadores. De outro, há os que defendem cegamente esse modelo de negócio como solução da nova economia para entregas. Quem tem razão? Nenhum dos dois times, ambos pensam num mundo que já não existe mais.
O erro fundamental da discussão está em estabelecer qual é o "business" dos aplicativos. Não é entrega. O business é coletar dados dos usuários dos apps e traçar padrões de consumo de grupo e individualizados. É por isso que recebem aporte de bilhões dos investidores, não porque entregam pizza.
A tecnologia trouxe uma mudança radical dentro das empresas e em todas as relações humanas, incluindo obviamente as relações de consumo. É esse o novo mercado capaz de, por meio de inteligência artificial, criar maravilhas como o software que faz petições judiciais ou recorre de multas sozinho e tem mais sucesso que humanos treinados na tarefa.
Nós sabemos quais são os detalhes que precisam ser observados para bem cumprir uma tarefa, mas não somos máquinas, deixamos escapar alguns. É por isso que aprendemos a programar máquinas, para que façam sem errar.
No caso dos aplicativos de entrega, o objetivo é entender como, quando e por que as pessoas consomem. E quanto estão dispostas a pagar a mais por pequenas comodidades. Ter essa informação, individualizada por perfil, e padronizada da forma que o cliente desejar muda completamente a pesquisa de mercado e dinâmica de consumo.
E como são coletados esses dados? Fazendo entregas. O objetivo é gastar o mínimo possível com a entrega em si, até porque daqui a pouco surgem formas tecnológicas de fazer essa entrega e vão prescindir de pessoas. Mas os dados continuarão a ser coletados, agrupados e vendidos, isso é o que importa.
Segundo o último PISA, no Brasil, só 2% das pessoas têm capacidade para distinguir um fato de uma opinião. Num mercado de consumo mediado por coleta de dados pessoais, algoritmos e percepção de padrões, que postos de trabalho teremos para os outros 98%? É esse o nó: o mundo andou e nossa educação ficou para trás.
Por isso empresas que trabalham com dados, como é o caso dos apps de entrega, conseguem pagar tão pouco a quem faz boa parte do trabalho mas não tem preparo para ocupar outra função. São muitas pessoas nessa situação, gente demais, um número que só aumentou com os últimos anos de crise econômica e explodiu durante a pandemia do coronavírus.
O trabalho que não exige dominar um ofício é a única alternativa de uma multidão. Há quem acredite que o pagamento deve levar em conta a dignidade humana e há quem acredite que é só questão de oferta e procura, não existe patamar mínimo.
Onde há miséria e falta de educação básica, esse esgarçamento começará a ficar cada vez mais evidente. Hoje, ainda há espaço de destaque, social e político, para pessoas que se orgulham de entrar na tal briga dos aplicativos de entrega falando como se o business deles fosse entregar coisas. Durante quanto tempo ainda haverá postos que comportarão pessoas paradas no passado, que ainda não enxergaram a necessidade de se aperfeiçoar? Serão eles os novos integrantes da fila de motoqueiro de aplicativo? Não sabemos.
Não precisa ser a Madre Teresa de Calcutá para verificar que as condições de trabalho de entregadores de aplicativo estão abaixo da dignidade humana. Isso ocorrerá em mais setores e não parece que estejamos próximos de resolver. Quanto mais complexas se tornam as tarefas, menos pessoas preparadas para elas teremos, então esses salários sobem.
Em oposição, cada vez mais pessoas serão empurradas para tarefas de menor complexidade e essa conta não fecha. Que trabalho arrumar para toda essa gente? É possível requalificar quantas pessoas e em quanto tempo para reverter esse processo? Essas são as perguntas do novo mundo do trabalho.
Toda vez em que há uma evolução tecnológica capaz de modificar as relações de consumo, de trabalho e as expectativas da sociedade, temos dificuldades de estabelecer parâmetros de respeito à dignidade humana. O que vivemos não é novidade, é um movimento que já presenciamos na Revolução Industrial. Num primeiro momento, o encanto com a novidade é tanto que ela é a prioridade, depois nos lembramos que somos humanos.
No momento do deslumbramento com a novidade, ela é a prioridade. Diante das máquinas e da possibilidade de progresso que a indústria trazia, nem percebemos que vidas humanas poderiam ser moídas. Aliás, as próprias pessoas que tinham suas vidas moídas viam a indústria como uma oportunidade muito melhor do que o passado. É pouco a pouco que o véu do deslumbramento cai e começamos a traçar novamente os parâmetros da dignidade humana.
No mundo analógico, ficou decidido em quase todas as culturas que empresas tinham responsabilidade sobre a dignidade humana, seja de quem trabalha para elas ou de quem consome seus produtos. Fizemos leis para isso. Mas agora temos um mercado bilionário que não se entende responsável por respeitar a dignidade nem do consumidor nem do trabalhador. E as leis antigas não parecem funcionar.
Do consumidor são coletados dados sem que seja dada contrapartida ou sequer se cumpra a lei sobre o que pode ser coletado, como deve ser armazenado e que informação deve ser dada sobre isso. São direitos de personalidade, parte importante da dignidade humana, garantidos por lei, mas não respeitados.
A remuneração miserável dos entregadores pode não ser o único modelo econômico possível para coletar esses dados, mas as empresas toleram a situação porque não se vêem responsáveis. A questão é que todos são responsáveis por respeitar a dignidade humana e precisamos aprender como isso será feito nesse adorável mundo novo.
A tensão dos entregadores com aplicativos é apenas o primeiro sinal de uma mudança profunda pela qual estamos passando. Reações que atribuem o atrito a uma diferença ideológica entre liberalismo e estatismo são cegas a esse processo. É algo que vai muito além. No maior país capitalista do mundo, os Estados Unidos, essa discussão já está muito à frente e sendo resolvida pelo próprio mercado.
Aqui no Brasil, parece que o respeito à dignidade humana é uma tarefa exclusiva do Estado-babá. Se não houver uma lei ou se quem teve a dignidade violada não recorrer à Justiça, indivíduos e empresas crêem que não são responsáveis por aquilo. É o oposto do pensamento liberal.
Nos Estados Unidos e Europa, bancos e fundos de investimento estão colocando dinheiro em aplicativos de cooperativas que passam a entrar nesse mercado. Há duas frentes diferentes: cooperativas de trabalho e cooperativas de consumo. Investimento não é só retorno financeiro, também é política. Já que a forma de trabalhar das plataformas tem gerado desequilíbrios sociais, o mercado está colocando dinheiro em formas de tentar um equilíbrio.
As cooperativas de consumo servem, por exemplo, para que motoristas de aplicativo consigam melhores preços de combustível, seguro e serviços. Também para que tenham melhor poder de barganha com as plataformas, já que a maioria transita entre várias. Ao mesmo tempo, é uma nova modalidade de relação comercial e um bom filão para negócios já tradicionais, como o fornecimento de combustíveis ou serviços para veículos.
Há ainda as cooperativas de serviços, que parecem ser muito bem vistas pelos entregadores de aplicativos do Brasil. Eles próprios não querem vínculo empregatício com as empresas para as quais fazem entregas.
Essas cooperativas obviamente não substituem as grandes empresas de tecnologia nem os aplicativos, mas funcionam no nível local para diminuir o desequilíbrio entre oferta e demanda de trabalho não especializado. Já há cooperativas de entregadores e de serviços domésticos em vários países e elas têm investidores. Existe também o investimento em serviços menores e locais, que criam mais competição.
Seriam essas alternativas suficientes para garantir dignidade às pessoas durante a profunda transformação do mundo do trabalho? Ainda demoraremos uns bons anos para saber. O que já sabemos é da necessidade de parar de dar atenção a discussões simplistas e supérfluas, que não levam em conta a dignidade humana.
Madeleine Lacsko é jornalista desde a década de 90. Foi Consultora Internacional do Unicef Angola, diretora de comunicação da Change.org, assessora no Supremo Tribunal Federal e do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alesp. É ativista na defesa dos direitos da criança e da mulher. **Os textos da colunista não expressam, necessariamente, a opinião da Gazeta do Povo.
| Gazeta do Povo | | | | No Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, celebrado anualmente em 27 de julho, a Associação Paranaense de Medicina do Trabalho (Apamt) enaltece a atuação de todos os profissionais da saúde que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus e externa sua preocupação frente ao grande número de infectados. (Até 25 de julho, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa-PR), eram mais de 3.600 casos confirmados entre os trabalhadores da área.)
Neste ano, ao contrário dos anos anteriores em que apresentávamos dados dos índices de doenças, acidentes e óbitos relacionados ao mercado de trabalho, queremos destacar o esforço e a dedicação dos profissionais da saúde em meio à pandemia da Covid-19, muitas vezes deixando de lado suas famílias em atenção aos seus pacientes, expondo-se ao risco para levar cuidado e conforto àqueles que padecem.
São médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares, farmacêuticos, fisioterapeutas, dentistas, além de equipes de segurança, limpeza, manutenção, transporte e alimentação, dentre outros que, em conjunto, promovem o bem-estar e o conforto aos seus pacientes.
Neste contexto, o Médico do Trabalho desempenha um papel importantíssimo, pois é quem vai zelar pela saúde desses trabalhadores, estabelecendo estratégias de prevenção e cuidados para que desempenhem suas atividades com o máximo de segurança e o mínimo de riscos. Ele esclarece dúvidas e promove orientações, como o correto uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), tão necessários frente à forma de transmissão da doença.
Visando a promoção da saúde dos trabalhadores e de suas empresas, a Apamt segue as normativas determinadas pelo Ministério da Saúde, bem como as recomendações da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt) sempre reconhecendo o papel dos seus especialistas no enfrentamento à Covid-19.
Que em 2021 possamos falar de dados positivos, conquistas e sucessos. Por hora, prestamos nossa homenagem a cada um que, direta ou indiretamente, participa diuturnamente desta luta, e reiteramos a importância dos cuidados de higiene, do uso de máscaras e do distanciamento social para reduzir o contágio e promover a proteção da saúde.
José Ricardo Facin Ferreira é médico do trabalho e presidente da Associação Paranaense de Medicina do Trabalho (Apamt).
| Gazeta do Povo | | | | Diante do projeto encaminhado pelo governo que substituir a cobrança do PIS/Pasep e Cofins por um único imposto, o setor industrial avalia que a criação do CBS é um avanço, mas não é suficiente
“É importante deixar explícito que a nova contribuição não poderá levar ao aumento da carga tributária” - Gilberto Petry
O Conselho de Assuntos Tributários e Fiscais (Contrif) defendeu uma Reforma Tributária ampla, com a inclusão do IPI, IOF, ICMS e ISS em um IVA Nacional, em reunião virtual do órgão, nessa segunda-feira (27).
Os membros do Conselho, que é presidido pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Petry, se mostraram preocupados com a possibilidade de aumento de carga tributária com a criação da Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), que deve substituir o PIS/PASEP e Cofins, e com o prazo para a restituição dos créditos tributários.
“É importante deixar explícito que a nova contribuição não poderá levar ao aumento da carga tributária”, afirmou Petry à diretora na Assessoria Especial para Assuntos Parlamentares, do Ministério da Economia, a tributarista Vanessa Rahal Canado, presente à reunião.
Além disso, Petry insistiu que deve ficar claro, na letra da lei, o prazo para a restituição de saldos credores da CBS. Segundo ele, a simplificação nas hipóteses de geração de crédito, o SPED e a nota fiscal eletrônica permitem tornar mais ágil o processo e estabelecer prazo máximo para restituição.
Para o setor industrial também é importante que o prazo para o recolhimento do CBS seja o mesmo do PIS/Pasep e Cofins, que é o dia 25 do mês seguinte ao do fato gerador. A proposta do governo é dia 20.
De acordo com Vanessa Rahal, a mudança de prazo é possível de ser discutida, pois não há uma posição inflexível da Receita sobre o tema. Ela afirmou ainda que a demora no pagamento de créditos do PIS/Cofins ocorre por um receio dos fiscais em assinar altas somas de crédito, pois o conceito de insumo é bastante subjetivo.
“A responsabilidade é muito grande. Para o CBS, há um compromisso da Receita Federal em restituir. Por isso, temos que nos preocupar com a excessão. Se o crédito for integral no momento da compra, e essa for regra geral, a Receita pode pagar o crédito a cada três meses. Faço um apelo em relação aos ajustes da lei, para não termos exceções e que os incentivos fiscais fiquem dentro do orçamento. Precisamos destravar a má influencia do sistema tributário nas decisões de negócios”, afirmou Vanessa Rahal.
Diante o prazo de transição da reforma tributária, que pode ser de cinco a dez anos, o novo imposto é positivo, principalmente se passar tão logo seja aprovado. A avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre o CBS é de que ele simplifica, reduz a cumulatividade, melhora a distribuição da carga tributparia e é mais transparente do que o PIS/Cofins.
| CNI | | | | Folha, CNI, SESI e SENAI promovem em 30 de julho o webinário Indústria em Debate: Custo Brasil e Reforma Tributária, com os presidentes da Câmara dos Deputados e da CN e do vice-presidente da FIESP
No momento, estão em debate duas propostas de emenda à Constituição, uma da Câmara dos Deputados e outra do Senado, e o Poder Executivo apresentou um projeto de lei
Há grandes chances de a reforma tributária sair do papel ainda este ano. Já se passam mais de duas décadas, mas tudo indica que, agora, governo, Congresso Nacional e sociedade se entenderam sobre a urgência de se reformar o sistema tributário brasileiro para remover o maior peso do chamado Custo Brasil.
A carga tributária de 33% do Produto Interno Bruto (PIB) é alta, mas o foco deve ser na simplificação. O primeiro passo, portanto, é alterar a composição da estrutura tributária, substituindo impostos ruins por outros de melhor qualidade.
No momento, estão em debate duas propostas de emenda à Constituição, uma da Câmara dos Deputados e outra do Senado, e o Poder Executivo apresentou um projeto de lei. Diante disso, a Folha, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) promovem nesta quinta-feira (30), o webinário Indústria em Debate – Custo Brasil e Reforma Tributária. O evento começa às 9h e terá transmissão ao vivo no site da Folha.
“Nossa ideia é pavimentar o caminho para o Brasil ter um sistema tributário moderno, simples, eficiente, sem cumulatividade e alinhado às boas práticas internacionais. Além disso, temos expectativas de aumentar a segurança jurídica e, sobretudo, melhorar a competitividade da economia”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
De acordo com o professor e pesquisador sênior do Núcleo de Estudos Fiscais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Isaías Coelho, é absolutamente necessário rever o desenho tributário brasileiro para eliminar ou reduzir travas ao desenvolvimento econômico e social. “Entre os principais problemas que precisam ser resolvidos se destacam a tributação de bens de capital, que onera o investimento, e a tributação de exportações, via resíduos tributários e retenção de créditos acumulados, que atrapalha a inserção do país nas cadeias globais de valor”, explica.
Com uma participação de 20,9% na economia, a indústria é responsável por 33% da arrecadação de impostos federais
Risco ao investidor
Além disso, o sistema brasileiro de tributação sobre consumo destoa completamente do padrão internacional, tanto dos países desenvolvidos quanto dos países em desenvolvimento. Esse descompasso dificulta a entrada de multinacionais estrangeiras, que precisam se debruçar sobre o intricado sistema brasileiro para se adaptar. E, nem sempre, essas empresas estão dispostas a gastar mais e conviver com as regras brasileiras.
Segundo estudo da CNI, o custo de instalação de uma siderúrgica no Brasil tem um acréscimo de 10,6% devido aos impactos diretos e indiretos dos tributos sobre bens e serviços. Em outros países, esse custo é muito menor. Na Austrália, por exemplo, a tributação eleva em 1,7% o custo do mesmo tipo de investimento. No México, o acréscimo é de 1,6% e, no Reino Unido, de apenas 0,4%, o que mostra a ineficiência do sistema brasileiro.
Para Sérgio Gobetti, economista e especialista em finanças públicas, a reforma tributária deve ser vista sob duas dimensões. “Do ponto de vista do setor produtivo, ela tende a corrigir essa colcha de retalhos construída há mais de 50 anos. Mas tem um ponto de justiça social e tributária.
Nosso modelo é concentra a receita nas regiões mais ricas. Hoje, 42% de toda receita de ISS é concentrado no estado de São Paulo, que tem 21% da população. Vemos uma guerra fiscal insana. Esse é um modelo injusto, porque quem paga o ICMS e o ISS é o cidadão, então nada mais justo do que o imposto retorne para onde essas pessoas vivem”, analisa.
A proposta que a indústria defende
O sistema tributário brasileiro é repleto de distorções e custos desnecessários. A indústria, que enfrenta concorrência externa, está sujeita a carga tributária mais elevada do que os demais setores. Com uma participação de 20,9% na economia, a indústria é responsável por 33% da arrecadação de impostos federais e por 31,2% das contribuições ao INSS.
Para a CNI, a reforma tributária deve substituir os atuais tributos sobre o consumo (PIS/Cofins, ICMS, ISS e IPI), além do IOF, por um único Imposto sobre Valor Adicionado (IVA).
O IVA deve ter alíquota uniforme para todos os bens e serviços, garantindo a igualdade na tributação sobre o valor gerado por cada setor econômico e, assim, uma distribuição mais justa da carga tributária. Além disso, o IVA deve permitir a apropriação como crédito do tributo pago em todas as compras feitas pelas empresas e devolução bem mais rápida dos saldos credores.
“Não há mais espaço para empresas e cidadãos pagarem mais impostos”
A indústria também defende que a arrecadação seja feita no destino do produto, para inibir a guerra fiscal entre os estados. O novo IVA também deve prever crédito imediato nas compras de máquinas e equipamentos, com desoneração dos investimentos.
A reforma também precisa estabelecer período de transição, dando tempo para as empresas se adaptarem e garantindo, nesse período, a manutenção dos atuais incentivos fiscais. A CNI também defende a manutenção da carga tributária global atual, a criação de instrumentos de fomento ao desenvolvimento regional e tratamento tributário favorecido para a Zona Franca de Manaus.
Presidente da CNI avalia que, após 25 anos de debates, cenário é favorável para aprovação de uma ampla reforma tributária
O termo Custo Brasil apareceu pela primeira vez num seminário promovido pela CNI em 1995. Naquela ocasião, com praticamente um ano de Plano Real, os empresários alertaram para necessidade de uma reforma tributária que eliminasse a cumulatividade de impostos. A história mostra que o problema não foi resolvido e se agravou.
Nessa entrevista à Folha, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, explica por que acredita que as mudanças, enfim, vão ocorrer e como deve ser a reforma que contribuirá para o crescimento sustentado do país.
FOLHA - Já se vão quase três décadas de debates sobre reforma tributária. O sr. avalia que chegamos a um ponto que o debate está maduro?
ROBSON BRAGA DE ANDRADE - A reforma tributária é imprescindível para dar mais competitividade às empresas nacionais e, consequentemente, incentivar o crescimento econômico sustentado. Perdemos muitas oportunidades de concretizar alterações nas regras tributárias desde a Constituição Federal, em 1988. As tentativas esbarraram justamente na falta de consenso entre os entes da Federação, que temiam, sobretudo, perder receitas no período de transição. Percebo que esse cenário mudou.
FOLHA - Qual deve ser a linha mestra de uma reforma tributária para o setor industrial?
ROBSON BRAGA DE ANDRADE - A diretriz básica é simplificar o sistema tributário e torná-lo mais racional, desonerando investimentos e exportações e reduzindo os obstáculos ao bom funcionamento das empresas. Os maiores defeitos do atual modelo são a complexidade e a cumulatividade. Os custos de se administrar as obrigações tributárias impõem uma clara desvantagem dos produtos nacionais, tanto na competição no mercado externo como interno, diante dos importados. Nossos principais concorrentes não se submetem a um sistema tão complexo e caro como o brasileiro.
FOLHA - A indústria tem preferência por alguma das reformas no Congresso?
ROBSON BRAGA DE ANDRADE - Para a indústria é importante que seja aprovada uma reforma ampla com a inclusão de impostos das esferas federal, estadual e municipal. Falamos de um IVA Nacional que inclua, além de PIS/PASEP e Confins, também o IPI, a IOF, o ICMS e o ISS. Ainda que não reduza a carga tributária brasileira as propostas em discussão no Congresso devem simplificar o pagamento de impostos no Brasil.
FOLHA - Qual a avaliação da indústria sobre a proposta apresentada pelo governo federal?
ROBSON BRAGA DE ANDRADE - Há pontos positivos como a mudança do atual modelo de crédito físico para o sistema de crédito financeiro, o que reduz complexidade e incerteza. Essa mudança também levará à redução da cumulatividade. Mas há alguns pontos a serem aprimorados, como garantir que a nova contribuição não resulte no aumento da carga tributária. É importante ter clareza de que não há mais espaço para empresas e cidadãos pagarem mais impostos.
| CNI | | | |
O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 6,6 pontos em julho, para 83,7 pontos, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, a média móvel trimestral do indicador avançou para 76,3 pontos, de 70 no período encerrado em junho. Nesta base, é a primeira alta em quatro meses.
A melhora do ICST foi puxada pela redução do pessimismo dos empresários do setor em relação aos próximos meses. O Índice de Expectativas (IE-CST) avançou 8,5 pontos, para 91,7. Com o resultado, o indicador já recuperou cerca de 72% das perdas observadas entre janeiro (104,2) e abril (59,9), quando chegou ao vale no ano.
O principal vetor da melhora partiu do indicador de demanda prevista, que subiu 9 pontos, para 92,1. O componente de tendência dos negócios também teve acréscimo, de 7,9 pontos, e atingiu os 91,1 pontos.
O Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 4,5 pontos, para 76. O indicador ficou 0,9 ponto acima do observado em julho de 2019, quando estava em 75,1 pontos. O resultado foi puxado pela melhora da percepção da situação atual dos negócios, que avançou 6,2 pontos, para 77,2. O indicador de carteira de contratos subiu 2,8 pontos, para 74,9, mas continua abaixo do nível pré-pandemia.
Nas aberturas, o setor da construção que mais recuperou as perdas registradas durante a pandemia no ISA foi o de preparação do terreno, que opera em 97,9% do nível observado em fevereiro. Em seguida, vêm as edificações residenciais (93,6%), obras de infraestrutura (90,7%), serviços especializados para construção (87,3%) e edificações não residenciais (85%).
"A atividade da construção deu outro passo em direção à recuperação ao nível pré-pandemia. A confiança cresceu, impulsionada pela retomada das obras e por expectativas mais otimistas em relação à demanda. A percepção em relação ao momento corrente já retornou ao patamar de 2019", avalia, em nota, a coordenadora de Projetos de Construção da FGV, Ana Maria Castelo. "As expectativas têm avançado e o número de empresas apontando crescimento da demanda dos próximos meses já superou o de empresas assinalando queda."
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da construção subiu 1,9 ponto porcentual, para 69,9%. Nesta abertura, a maior contribuição partiu da mão de obra, que subiu 2,0 pontos porcentuais, para 71,4%. O NUCI de máquinas e equipamentos ficou estável, de 61,4% para 61,9%.
| Bem Paraná | | | | O Ibovespa futuro com vencimento mais curto mostrava certa fraqueza na manhã desta terça-feira, em meio a um ambiente mais negativo no exterior, enquanto agentes financeiros aguardam novidades sobre novos estímulos nos Estados Unidos.
A reunião de dois dias do Federal Reserve, que começa nesta sessão, também está no radar, assim como a temporada de balanços no Brasil, com números de CSN, Cielo e Minerva previstos para após o fechamento da bolsa.
Por volta das 09:20, o contrato do Ibovespa com vencimento em 12 de agosto cedia 0,31%, a 103.830 pontos.
Nos EUA, senadores republicanos propuseram na segunda-feira um pacote de 1 trilhão de dólares para o combate ao coronavírus que foi acertado com a Casa Branca, encaminhando conversas com os democratas sobre como ajudar os norte-americanos.
O mini contrato futuro do S&P 500 recuava 0,39% em Wall Street, enquanto, na Europa, o FTSEurofirst 300 perdia 0,19%.
| Reuters | | | |
Adivulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C) mensal, referente ao segundo trimestre, prevista para esta quarta-feira (29), foi reagendada para o dia 6 de agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O órgão alegou problemas com a coleta das informações.
Desde 17 de março, por causa da pandemia de covid-19, o IBGE passou a fazer todas suas pesquisas de forma remota, por telefone, e-mail ou sistemas online, e a Pnad-C foi a mais afetada.
"O desenho da amostra da pesquisa introduz a cada mês um número de domicílios que nunca foram visitados anteriormente, portanto, os números de telefones destes domicílios não foram levantados pelo IBGE.
Como as visitas domiciliares foram suspensas desde março, tem sido um desafio realizar a coleta por telefone em todos os domicílios seguindo o cronograma original", diz a nota divulgada nesta terça-feira pelo IBGE.
O órgão informou ainda que poderá haver novas alterações no calendário de divulgações até o fim do ano. "O IBGE segue estudando alternativas para a manutenção do cronograma de divulgação da Pnad Contínua. Em caso de ajustes, será divulgado novo cronograma com datas definidas até o final do ano", diz a nota.
| Jornal O Estado de Minas | | | | O superávit em transações correntes do Brasil foi de 2,235 bilhões de dólares em junho, quarto dado positivo consecutivo, com o déficit em 12 meses passando a 2,35% do Produto Interno Bruto (PIB), divulgou o Banco Central nesta terça-feira.
Já os investimentos diretos no país (IDP) alcançaram 4,754 bilhões de dólares. Em pesquisa Reuters, a expectativa era de um superávit em transações correntes maior, de 3,8 bilhões de dólares, e de um IDP menor, de 3,58 bilhões de dólares.
Para o mês de julho, o BC projetou um novo superávit em transações correntes, de 500 milhões de dólares, e IDP de 2 bilhões de dólares. Até o dia 23 deste mês, o fluxo cambial ficou negativo em 3,733 bilhões de dólares, informou ainda o BC.
| Reuters | | | | Venda de açúcar e de soja brasileiros também cresceram em julho
As exportações de minério de ferro do Brasil neste mês têm registrado volume diário ligeiramente acima do visto no mesmo período do ano passado e podem registrar o maior patamar mensal em quase dois anos se mantido esse ritmo, mostraram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do governo nesta segunda-feira (27).
As vendas externas de minério de ferro, um dos principais itens da pauta e exportações do país, somaram 1,498 milhão de toneladas por dia até a quarta semana de julho, contra 1,488 milhão no mesmo período do ano anterior.
Isso significa embarques totais da commodity de 26,98 milhões de toneladas neste mês, com 18 dias úteis, contra 34,22 milhões de toneladas em julho passado, em 23 dias úteis.
Se mantido o atual ritmo, as exportações fecham o mês em 34,47 milhões de toneladas, acima do mesmo mês de 2019, melhor marca daquele ano, segundo dados da Secex compilados pela Reuters. O volume também seria o maior desde as 34,6 milhões de maio de 2018.
Os embarques de minério de ferro do Brasil, principalmente da Vale, segunda maior produtora global da commodity, têm sido monitorados de perto pelo mercado desde o ano passado, quando o rompimento de uma barragem da companhia em Brumadinho (MG) deixou centenas de mortos e impactou as operações da empresa em geral.
Neste ano, a oferta do Brasil continuou no radar do mercado de minério de ferro devido à preocupação com o avanço do novo coronavírus no país, que só perde para os Estados Unidos em casos e mortes pela doença.
Uma certa dose de temor de investidores quanto a potenciais impactos da pandemia sobre as operações da Vale tem ajudado a sustentar as cotações do minério de ferro em níveis elevados neste ano, acima de U$100 por tonelada na China, mesmo em meio à expectativa de uma crise global causada pelo novo coronavírus.
Açúcar
O ritmo de exportação de açúcar saltou 85% até a quarta semana deste mês, com média de embarques por dia útil somando 146,4 mil toneladas, ante 79,18 mil toneladas em julho do ano passado, conforme a Secex.
Com isso, o país já exportou 2,63 milhões de toneladas de açúcar em julho, volume superior ao total de 1,82 milhão embarcado no mesmo mês de 2019.
A média de exportações de soja passou de 323,6 mil toneladas ao dia em julho do ano passado para 485 mil toneladas até a quarta semana deste mês, somando 8,7 milhões de toneladas embarcadas.
O milho foi destaque com recuo nas vendas externas, enquanto o café segue em ritmo de exportação praticamente estável.
Na indústria extrativa, os embarques de minério de ferro também têm média diária perto da estabilidade, ao passo que o ritmo de vendas do petróleo mais que dobrou.
| Agência Brasil | | | | Números divulgados pelo Instituto Aço Brasil mostram que o setor começou a se recuperar da crise em maio e junho
As siderúrgicas brasileiras produziram 17,9% menos aço bruto no primeiro semestre de 2020 – impactadas pela pandemia do novo coronavírus – do que nos seis primeiros meses do ano passado. Segundo balanço da indústria divulgado nesta segunda-feira (27) pelo Instituto Aço Brasil, as empresas produziram 14,2 milhões de toneladas de aço este ano, contra 17,3 milhões em 2019. Apesar do forte impacto da crise de saúde, representantes do setor acreditam que o pior já passou e que já se pode falar em recuperação.
De acordo com os dados, as vendas internas de aço de janeiro a junho foram de 8,3 milhões de toneladas, o que representa queda de 10,5% em relação ao valor registrado no mesmo período de 2019. A queda na comercialização foi maior nos aços planos.
O instituto calcula que 4,5 milhões de toneladas esse tipo de material foram vendidas este ano. Uma quantidade 14,5% menor do que a registrada no mesmo período do ano passado, de 5,3 milhões de toneladas. O impacto foi menos sentido nas vendas internas de aços longos, que sofreram queda de 5%: saindo de 3,7 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2019 para 3,5 milhões na primeira metade de 2020.
A divisão de resultados se deve ao tipo de indústria a qual cada tipo de produto é destinado, segundo o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Pollo de Mello Lopes. “Os planos vão para o setor automotivo e indústrias de transformação, que pararam. Já os longos são destinados para a construção civil, que continuou operando”, explica o dirigente. De acordo com o instituto, 80% do aço brasileiro é usado por três indústrias: automotiva, de bens de capital e a construção civil.
"O pior já passou"
Apesar dos números do acumulado do semestre indicarem queda, os valores mensais mostram que a siderurgia está conseguindo se recuperar. A produção de aço bruto saiu de 2,7 milhões de toneladas em janeiro para um mínimo de 1,8 milhão em abril, até voltar a crescer em junho, com 2 milhões. As vendas internas seguiram a mesma tendência. Em janeiro o instituto registrou venda de 1,5 milhões de toneladas, que caíram para 976 mil em abril, e fecharam junho com 1,5 milhões.
“Esse crescimento ocorreu sobre uma base menor ou podem se justificar por uma demanda reprimida. Fato é que o sentimento do setor é de o pior já passou. O fundo do poço foi em abril e estamos agora em uma trajetória de recuperação”, afirma Marco Pollo de Mello Lopes. Por outro lado, a expectativa é que certos segmentos mercado interno demorem a se recuperar, como a indústria automotiva. A aposta do setor para a demanda de aço é nos projetos de infraestrutura e construção civil.
O otimismo dos empresários do setor pode ser percebido nos resultados do Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) de julho. O indicador chegou a 62,8 pontos no mês, 15,9 pontos a mais do que em maio. Como o valor está acima de 50 pontos, indica confiança. Com isso, o índice está mais próximo dos 70,2 pontos registrados antes da crise, em fevereiro.
Apesar da avaliação de que o pior já passou no mercado interno, a recuperação ainda não seria suficiente. Outra preocupação dos representantes da siderurgia durante a retomada é o nível de ocupação da capacidade instalada. Segundo o balanço, as siderúrgicas trabalham com 48,5% da capacidade no momento.
Esse índice deveria chegar 80% para o setor ser efetivamente competitivo, aponta o presidente executivo do Instituto Aço Brasil. A organização ainda calcula que o funcionamento de 13 alto fornos foram paralisados por causa da crise, sendo que seis deles em Minas Gerais. Atualmente, dez fornos continuam parados, dos 32 em todo o país.
Foco no mercado internacional
A solução de curto prazo para o problema da capacidade ociosa é focar no mercado internacional, na opinião de Marco Pollo de Mello Lopes. Para o dirigente, nesse momento o Brasil precisa incentivar as cadeias nacionais e proteger seus produtos no mercado, algo que Estados Unidos e China estariam fazendo.
“Todos os segmentos que dependeram de produtos de outros países pararam. A grande lição da pandemia é que não é pra se inserir nas cadeias internacionais, mas estimular a produção interna”, argumenta o presidente executivo do Instituto Aço Brasil.
A principal demanda do setor para cumprir com o objetivo de incentivar as exportações é restabelecer a alíquota original do Reintegra, de 3%. O Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras tem como objetivo retornar tributos residuais pagos pelas empresas que trabalham com produtores exportados. A elevação significaria um aumento de 5,3% nas exportações da indústria manufatureira e a criação de 663 mil empregos, segundo a organização.
Na visão do Instituto Aço Brasil, a recomposição do valor é “vital”, já que “possibilitará que a indústria de transformação recupere os níveis de produção anteriores ao início da pandemia e possa aumentar a oferta de empregos qualificados no país”, afirma, em nota.
Segundo os dados do instituto, a siderurgia brasileira exportou 6,1 milhões de toneladas de aço nos seis primeiros meses de 2020. O que representa uma baixa de 8,1% em comparação com as 6,6 milhões de toneladas mandadas para o exterior no mesmo período de 2019. Já o volume de aço importado na primeira metade do ano foi de 1 milhão de toneladas, 17% a menos do que as 2 milhões recebidas em 2019.
Perspectiva
O balanço também traz as projeções para 2020. Segundo os cálculos, as siderúrgicas devem produzir 28,2 milhões de toneladas de aço bruto no ano. O que representaria uma queda de 13,4% se comparado com as 32,5 milhões de toneladas registradas em 2019. Já as vendas internas devem atingir 16,5 milhões de toneladas – baixa de 12,1% e m relação às 18,7 milhões de 2019. Segundo o instituto, a confirmação desses números levaria a sideruigia para o mesmo patamar de 15 anos atrás.
| Jornal O Estado de Minas | | | | Causa da queda foram paralisação de atividades devido à pandemia
A produção de aço bruto brasileira caiu 17,9% no primeiro semestre deste ano, alcançando 14,219 milhões de toneladas, contra 17,324 milhões de toneladas em igual período do ano passado.
A queda foi atribuída aos 13 altos-fornos paralisados em função da pandemia do novo coronavírus, dos quais três retornaram à atividade, disse hoje (27), em coletiva virtual à imprensa, o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes. Foram paralisadas, também por conta da crise, oito aciarias e três laminações.
Nos seis primeiros meses de 2020, as vendas internas caíram 10,5%, com maior retração observada nos produtos planos (-14,5%), que envolvem chapas e bobinas para as indústrias automotiva e de transformação. Nos produtos longos, direcionados à construção civil, a queda foi 5%.
As exportações em volume somaram 6,147 milhões de toneladas, redução de 8,1% em comparação ao primeiro semestre do ano passado, enquanto as importações, com total de 1,044 milhão de toneladas, sofreram queda de 17%. O consumo aparente somou 9,316 milhões de toneladas, diminuição de 10,5% no período analisado.
Os dados apresentados pelo Instituto Aço Brasil revelam que a indústria do aço do Brasil se acha atualmente em patamar similar ao de 15 anos atrás. Devido ao processo recessivo, as variações acumuladas entre 2013 e 2019 são negativas em 22,9% nas vendas internas e em 25,1% no consumo aparente. Mello Lopes chamou a atenção que a análise de 2019 também evidencia queda em relação ao ano anterior de 8% na produção de aço bruto, 0,6% nas vendas internas, 8,2% nas exportações, 1,7% nas importações e 1,1% no consumo aparente.
Fim do poço
O presidente executivo do Instituto Aço Brasil se mostrou otimista em relação ao futuro. “O sentimento do setor é que o pior já passou. O fundo do poço foi abril e agora estamos em trajetória de recuperação”. Mello Lopes salientou que essa é a visão também da indústria de transformação e da Coalizão Indústria, que reúne 13 setores industriais.
Porém, Mello Lopes disse que, devido à pandemia, a utilização da capacidade instalada do setor siderúrgico, que começou o ano com 62,8% e deveria ter operado acima de 80%, se encontra atualmente em 48,5%, o que implica um grau de ociosidade em torno de 51%.
Para 2020, as perspectivas são de produção de 28,22 milhões de toneladas, queda de 13,4%, vinculada à parada dos altos-fornos; vendas internas de 16,521 milhões de toneladas (-12,1%); exportações de 10,957 milhões de toneladas (-14,4%), importações de 1,541 milhão de toneladas (-34,8%) e consumo aparente de 17,960 milhões de toneladas (-14,4%).
“Precisamos tomar as providências necessárias para que os setores industriais consigam utilizar melhor sua capacidade instalada, porque a ociosidade provoca demissões”, disse Mello Lopes. De março a maio deste ano, foram fechados 315.940 postos de trabalho nos setores da Coalizão Indústria. “A grande dificuldade da siderurgia mundial é o grau de utilização da capacidade instalada” . Ele avaliou que a recuperação será gradual e lenta.
Retomada
Para garantir a retomada do desenvolvimento no setor do aço, Mello Lopes defendeu a adoção de medidas de estímulo à exportação, entre elas a aprovação do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para Empresas Exportadoras (Reintegra) para ressarcimento de resíduos tributários às companhias. O presidente-executivo disse que o Reintegra, com elevação da alíquota de 3%, criaria mais de 663 mil novos empregos no país e representaria crescimento das exportações da indústria manufatureira de 5,3%.
Mello Lopes defendeu também a defesa emergencial de mercado para livrar o aço nacional de uma concorrência predatória. Segundo ele, devido à pandemia do novo coronavírus, o mundo está colocando medidas de salvaguarda e proteção, à exceção da América Latina e do Brasil.
O presidente-executivo disse que China e Coreia detêm mais da metade do excedente de capacidade mundial, que soma 395 milhões de toneladas, e o maior número de processos de defesa comercial movidos pelos demais países, com um total de 156 milhões de toneladas e 56 milhões de toneladas, respectivamente. A produção anual de aço brasileira corresponde a 11 dias de produção na China.
Estados Unidos
Mello Lopes acrescentou que o Brasil está enfrentando, no momento, uma situação difícil com os Estados Unidos, cujo órgão responsável pelo comércio norte-americano faz pressão para prejudicar o Brasil no fluxo do comércio bilateral. Para ele, a retirada das restrições impostas ao aço brasileiro pelos Estados Unidos é condição vital para a retomada das exportações siderúrgicas nacionais.
O Brasil importa US$ 1 bilhão de carvão metalúrgico dos Estados Unidos e US$ 4,3 bilhões de máquinas e equipamentos e exporta para aquele mercado US$ 2,3 bilhões de produtos siderúrgicos. Os Estados Unidos são o principal mercado de aço brasileiro. Os produtos semiacabados, que concentram a divergência do momento, representam 85% das exportações brasileiras.
| Agência Brasil | | | | O presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, disse que o Brasil está sendo fortemente pressionado pelos Estados Unidos para mudar o atual sistema de cotas das exportações brasileiras de aço. Em entrevista para divulgar os dados do primeiro semestre deste ano, Lopes afirmou que as discussões estão ocorrendo com a USTR, organismo responsável pelo comércio americano.
"Estamos recebendo uma pressão bastante grande por parte dos EUA para alterar as regras da seção 232. Há uma ameaça de mudança no sistema de cotas para as exportações brasileiras de aço. Se não houver flexibilização por parte das nossas exportações para os Estados Unidos, provavelmente eles virão com uma redução de cota ou uma imposição de tarifas", disse.
A briga comercial entre Brasil e Estados Unidos começou no ano passado quando o presidente Donald Trump disse que iria impor tarifas ao aço e ao alumínio brasileiros para tentar proteger os produtores locais.
Altos-fornos
Na coletiva, o Instituto Aço Brasil (IABR) informou que do total de 32 altos-fornos existentes no Brasil, 10 continuam paralisados e que a ociosidade do setor continua extremamente elevada. Lopes explicou que o setor começou o ano com 62% da capacidade, atingiu 42% em abril e hoje está com apenas 48,5%.
"O problema é que a ociosidade elevada implica em desemprego. Segundo o Caged, de março a maio de 2020, o segmento da indústria de transformação teve 315.940 demissões. Por isso, precisamos exportar e precisamos de medidas para melhorar a competitividade", afirmou.
Segundo ele, China e Coreia detêm mais da metade do excesso da capacidade do mundo e são os dois países que têm o maior número de processos de defesa comercial movidos contra eles.
"O mundo está de cabeça para baixo e cada país procura preservar o seu mercado", comentou.
| Jornal O Estado de Minas | | | |
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