| 26 de maio de 2020
Terça-feira
- Medidas emergenciais anunciadas pelos governos
- Decreto regulamenta fiscalização e multa do uso das máscaras no Paraná
- Sanepar divulga novo rodízio do abastecimento; confira pelo CEP quando ficará sem água
- Ações trabalhistas caem 35%; na contramão, as ligadas a vírus disparam
- Processos trabalhistas por calote em rescisão na crise do coronavírus já somam R$ 1 bi
- Empresas criam campanhas para incentivar a retomada da atividade industrial brasileira
- FGV: Confiança da Construção sobe 3 pontos em maio, mas acumula queda no ano
- Movimento do comércio cai 26,6% em abril ante março, revela Boa Vista
- Investidores retiraram US$ 31,4 bilhões de aplicações financeiras no Brasil de janeiro a abril
- Investimento Direto no País tem menor resultado para abril desde 1995, diz BC
- IPCA-15 de maio é o menor desde implantação do Plano Real, afirma IBGE
- IPC-Fipe cai 0,38% na 3ª quadrissemana de maio (-0,47% na leitura anterior)
- Clima Econômico na AL cai para -60,4 pontos no trimestre até abril, afirma FGV
- FGV: IPC-S tem deflação em todas as capitais pesquisadas pela segunda vez seguida
- INCC-M acelera 0,21% em maio após 0,18% em abril, afirma FGV
- Pela primeira vez, mais da metade da zona rural e classes mais baixas têm acesso à internet, diz pesquisa
- Senado aprova projeto que proíbe corte de luz e de água nos finais de semana e feriado
- Coronavírus faz Brasil pedir 20 vezes mais dinheiro a agências internacionais em 2020
- Vendas de imóveis novos caíram 38% em abril, diz entidade da construção
- Bolsa dispara e dólar tem forte queda no primeiro pregão após divulgação de reunião ministerial
- Latam entra com pedido de recuperação judicial nos EUA
- Volkswagen terá de pagar indenização parcial por 'dieselgate'
- Hyundai adia para junho a retomada total da produção em Piracicaba, SP
- Coronavírus faz marcas de caminhão 'correrem' para criar ferramentas de vendas digitais
- Petrobras sobe preço da gasolina pela quarta vez no mês
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Câmbio
Em 26/05/2020
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Fonte: BACEN
| | | | Segue material compilado das Medidas emergenciais anunciadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal atualizado conforme levantamento realizado pela Coordenação de Relações Governamentais da FIEP, sendo incluídas as seguintes informações:
GOVERNO FEDERAL
Medida Provisória nº 970, de 25 de maio de 2020, do Poder Executivo. Abre crédito extraordinário, em favor dos Ministérios da Saúde e da Cidadania, no valor de R$ 29.058.260.654,00, para os fins que especifica e dá outras providências.
Portaria nº 1.457, de 25 de maio de 2020, do Ministério do Desenvolvimento Regional. Reconhece a situação de emergência na área descrita no Formulário de Informações do Desastre - FIDE.
Portaria Interministerial nº 12.683, de 25 de maio de 2020, do Ministério da Economia. Autoriza a contratação por tempo determinado, nos termos desta Portaria, do quantitativo máximo de 5.158 (cinco mil, cento e cinquenta e oito) profissionais, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público na forma do inciso II do art. 2º da Lei n° 8.745, de 1993, conforme detalhado no Anexo.
Resolução nº 57, de 21 de maio de 2020, do Ministério da Economia. Altera as Resoluções CGSIM nºs 51, de 11 de junho de 2019 (versa sobre a definição de baixo risco para os fins da Medida Provisória nº 881, de 30 de abril de 2019); 22, de 22 de junho de 2010 (dispõe sobre regras a serem seguidas quanto a classificação de risco da atividade para a concessão do Alvará de Funcionamento Provisório ou Definitivo); 29, de 29 de novembro de 2012 (dispõe sobre recomendação da adoção de diretrizes para integração do processo de licenciamento pelos Corpos de Bombeiros Militares); e 48, de 11 de outubro de 2018 (dispõe sobre o procedimento especial para o registro e legalização do Microempreendedor Individual - MEI, por meio do Portal do Empreendedor).
Instrução Normativa nº 1.955, de 25 de maio de 2020, do Ministério da Economia. Altera a Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006, que disciplina o despacho aduaneiro de importação, em decorrência da pandemia da doença provocada pelo coronavírus identificado em 2019 (Covid-19).
Portaria nº 17, de 22 de maio de 2020, do Ministério da Economia. Altera dispositivos da Portaria DRF/VCA nº 11, de 27 de março de 2020, para suspender, temporariamente, as atividades de atendimento presencial na ARF/JEQ.
Circular nº 4.020, de 22 de maio de 2020, do Ministério da Economia. Dispensa de autorização prévia do Banco Central do Brasil alterações de regulamentos de arranjos de pagamentos promovidas visando a realizar transações de pagamento relacionadas com contas do tipo poupança social digital de que trata a Lei nº 13.982, de 2 de abril de 2020, e impõe limites às tarifas aplicáveis a essas transações em arranjos de pagamento na modalidade "compra" e dá outras providências.
Resolução nº 9, de 25 de maio de 2020, do Ministério da Educação. Torna sem efeito a Resolução do Conselho Deliberativo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - CD/FNDE, nº 7, de 8 de maio de 2020, que dispõe sobre a prorrogação dos prazos para o envio das prestações de contas de Programas e Ações Educacionais executadas ao FNDE em virtude da situação de calamidade pública para enfrentamento da pandemia da COVID - 19 e dá outras providências.
Portaria nº 139, de 22 de maio de 2020, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Dispõe sobre a suspensão do atendimento presencial ao público externo nas Unidades da Polícia Rodoviária Federal no Estado de Santa Catarina.
Resolução nº 222, de 20 de maio de 2020, das Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais. Institui, no âmbito do Sistema CFB/CRB, as Sessões Virtuais de Plenário, e define os procedimentos a serem observados.
Resolução nº 1.327, de 25 de maio de 2020, das Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais. Prorroga o prazo para apresentação de justificativas por não comparecimento às eleições realizadas durante o período de enfrentamento da Pandemia do COVID-19.
Portaria nº 48, de 22 de maio de 2020, das Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais. Altera e amplia o rol de benefícios flexíveis constantes dos artigos 20º e 21º do Ato Administrativo, enquanto perdurar a pandemia da COVID-19 (Sars-CoV2).
Resolução nº 2, de 27 de abril de 2020, das Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais. Dispõe sobre a permissão da realização de reuniões de diretoria e sessões plenárias ordinárias e extraordinárias, do Conselho Regional de Psicologia da 10ª Região Pará e Amapá, em ambiente virtual, em decorrência da COVID-19.
GOVERNO ESTADUAL
Diário Oficial do Estado não disponibilizado no Departamento de Imprensa Oficial do Paraná até às 9h.
GOVERNO MUNICIPAL
Decreto nº 041, de Rio Negro. Ficam estabelecidas as normativas de funcionamento de igrejas, templos religiosos e afins, academias e afins, restaurantes e afins, a partir de 22 de abril de 2020.
Decreto nº 040, de Rio Negro. Fica alterado o §1º do art. 6º do Decreto nº 021, de 17 de março de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública.
Portaria nº 340, de Rio Negro. Dispõe sobre medidas a serem adotadas junto à Administração Pública Municipal, conforme especifica.
Decreto nº 039, de Rio Negro. Fica alterado o §1º do art. 6º do Decreto nº 021, de 17 de março de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública.
Decreto nº 038, de Rio Negro. Incluir o § 2º, incisos do I ao VII, no art. 5º do Decreto nº 021, de 17 de março de 2020.
Portaria nº 262, de Cascavel. Estabelece, conforme orientações do Centro de Operações de Emergência – COE para o enfrentamento da pandemia, a rotina de trabalho dos servidores em teletrabalho.
Portaria nº 261, de Cascavel. Altera, conforme orientações do Centro de Operações de Emergência – COE para o enfrentamento da pandemia, a rotina de trabalho dos servidores integrantes do grupo de risco.
Portaria nº 258, de Cascavel. Planejamento e orientações para a reabertura gradativa das Unidades de Saúde de atenção primária, sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde.
Decreto nº 6.994, de Marialva. Dispõe sobre medidas adicionais àquelas dispostas nos decretos que decretaram situação de emergência e regularizaram medidas para o enfrentamento da pandemia
| Sistema FIEP | | | | Governos devem fazer campanhas pelo uso das máscaras
A fiscalização sobre o uso obrigatório de máscaras em espaços de uso público ou coletivo será realizada pelas vigilâncias sanitárias do Estado e dos municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições. As determinações constam no decreto 4692/20, que regulamenta a lei estadual 20.189 que instituiu a obrigatoriedade do uso das máscaras no Estado enquanto durar a pandemia.
O decreto estabelece que a abordagem inicial para pessoas flagradas sem o equipamento de proteção deverá ser na forma de advertência verbal para instruir sobre a necessidade de adoção de medidas preventivas contra a Covid-19. Essa primeira fase, exclusivamente orientativa, deve ser utilizada para organizar a forma de fiscalização mais punitiva.
A regulamentação da lei orienta que a fiscalização deverá priorizar espaços com potencial para aglomeração de pessoas. Ela poderá ser motivada por denúncia, ações programadas ou informações reportadas pelos veículos de imprensa. As denúncias acerca do descumprimento devem ser encaminhadas à Ouvidoria da Saúde do Estado ou diretamente aos municípios.
A lei estadual 20.189/2020 institui multa de descumprimento da obrigatoriedade de uso de máscaras. No caso de aplicação dessa sanção, os valores variam entre R$ 106,60 (uma Unidade Padrão Fiscal do Paraná) a R$ 533,00 para pessoas físicas; e entre R$ 2.132,00 a R$ 10.660,00 para pessoas jurídicas.
Segundo o decreto, a primeira infração deverá ser aplicada na modalidade menos gravosa. Em caso de reincidência, os valores poderão ser dobrados. O decreto também trata de ações de prevenção em estabelecimentos públicos e privados
| Bem Paraná ( publicado em 25-05-2020) | | | | A chuva que atingiu o estado na semana passada está muito longe de ser a suficiente para por fim a crise hidríca pela qual passa o Estado. Por conta disso, a Saepar divulgou a nova tabela do rodizio do desabastecimento que vale até a próxima quinta-feira, 28 de maio, para Curitiba e toda a Região Metropolitana. A retomada em algumas localidades está prevista para o sábado (30).
Desde 18 de maio, a área do rodízio foi ampliada, segundo a companhia. Também houve antecipação do horário inicial do rodízio, para 16h, com a escala de encerramento prevista para 16h do dia seguinte e um período de até 12 horas para normalização.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO RODÍZIO
Conforme a companhia, o horário de término do rodízio não representa o retorno imediato da água. O abastecimento é retomado, gradativamente, após a reabertura, para evitar alta pressão e rompimento de rede.
Crise hídrica
As mudanças ocorrem, conforme a companhia, por causa do agravamento da crise hídrica no estado, com a frustração da expectativa de chuvas na semana anterior, e também em cumprimento ao decreto que instituiu a situação de emergência hídrica no Paraná por 180 dias.
De acordo com a Sanepar, a situação dos níveis de água é analisada diariamente pela equipe técnica para definir as ações que possam reduzir as consequências da seca.
A orientação é para que os moradores façam uso racional da água, priorizando hábitos de higiene, principalmente para a prevenção ao novo coronavírus, e alimentação.
| Bem Paraná | | | | Distanciamento dificulta contato entre advogado e cliente e trava processos; tendência é de alta nos próximos meses
Os efeitos da crise do coronavírus chegaram à Justiça do Trabalho ao mesmo tempo que a Covid-19 avança e as demissões aumentam no Brasil. As consequências já se refletem em números.
A quantidade de novas ações em primeira instância caiu em abril, enquanto os pedidos relacionados à doença explodiram, segundo dados do TST (Tribunal Superior do Trabalho).
Em abril, foram apresentados 108,4 mil processos no país, queda de 35% sobre abril de 2019 (166,1 mil) e de 26% ante março deste ano (146,7 mil).
Trata-se do primeiro mês com dados completos após a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarar, em 11 de março, a pandemia. Desde então, municípios e estados adotaram o distanciamento social.
Dados preliminares do TST obtidos pela Folha mostram que em abril chegaram às varas 1.107 ações relacionadas à Covid-19. A alta foi de 522% em relação a março (178). A doença surgiu na China no fim do ano passado.
O levantamento abrange varas de 15 dos 24 TRTs (Tribunais Regionais do Trabalho). Os maiores do país estão contemplados no balanço: São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Minas e Bahia. Desde janeiro, são 1.747 processos com o tema Covid —dos quais 295 em TRTs e 8 já no TST.
O corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, afirma que os dados espelham um momento sem precedentes.
“A Covid vai refletir nas relações de trabalho e haverá busca por certa prestação jurisdicional. Há os mais vulneráveis que dependem da Justiça para receber parcelas que dizem respeito à natureza alimentar”, afirma.
Segundo o ministro, o aumento dos processos dependerá da curva de contaminação. “A princípio há [expectativa de crescimento de ações relacionadas à Covid-19]. Nós estamos em um momento de ascensão absoluta dos números, dobrando a cada semana”, afirma.
Trabalhadores desligados que se sentem lesados podem reivindicar na Justiça indenizações. Os três principais pedidos são por irregularidades no aviso prévio, no FGTS e nas verbas rescisórias.
“Enquanto houver isolamento social, haverá o fechamento das atividades, muita gente sendo demitida, rompimento de contrato de trabalho e conflitos existentes dos próprios efeitos da pandemia.”
Esse cenário tende a impactar ainda mais os números, diz o ministro. “A Justiça do Trabalho é um termômetro da crise. Então, ela está oscilando de acordo com a crise”, afirma Veiga.
Um indicador de corte de vagas vem crescendo.
Em abril, foram 748 mil pedidos de seguro-desemprego, ante 613 mil no mesmo mês de 2019, segundo o Ministério da Economia —alta de 22%.
O governo estima que 250 mil trabalhadores demitidos sem justa causa estejam aptos a receber o auxílio, mas ainda não fizeram o pedido. O valor do benefício temporário varia de R$ 1.045 a R$ 1.813,03.
Em tempos de crise, o número de ações trabalhistas tende a crescer, e não diminuir. De 2015 a 2017, por exemplo, a Justiça bateu recordes de processos ajuizados.
“A Justiça do Trabalho é uma Justiça de desempregados. São trabalhadores que após o término do contrato procuram auxílio”, diz Otavio Pinto e Silva, sócio do Siqueira Castro e professor da USP.
“Se sobe o número de trabalhadores desempregados, dos contratos rescindidos, a tendência é que suba o número de novas ações ajuizadas”, afirma Silva.
A realidade na Justiça, porém, mudou após a reforma trabalhista do governo Michel Temer (MDB). Alterações na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) entraram em vigor em 11 de novembro de 2017.
Com a reforma, o trabalhador passou a ter de pagar, em caso de derrota, os chamados honorários de sucumbência ao advogado do empregador. A regra freou o ritmo de novas ações.
Desde então, o volume de processos ajuizados em abril deste ano é o terceiro menor. O mês passado só não registrou menos processos do que dezembro de 2017 (85,4 mil) e janeiro de 2018 (90,6 mil).
“Quando se transferiu o risco [os honorários] para o empregado, diminuiu bastante o número de ações. Muitos que eram aventureiros desistiram”, afirma Antonio Carlos Frugis, sócio do Soto Frugis.
Agora o motivo da queda no cômputo geral é o novo coronavírus.
As medidas de distanciamento social impactaram o dia a dia das varas. Trabalhadores e empregadores recorrem a elas para solucionar conflitos.
Embora o processo hoje seja digitalizado, falta a clientes e advogados contato para tratar dos pedidos da ação e até mesmo meios tecnológicos que garantam a discussão dos pontos reivindicados.
“A pandemia dificulta a comunicação do reclamante, o ex-empregado, com o advogado”, diz Frugis.
A Justiça do Trabalho tenta contornar os efeitos da pandemia. Magistrados e servidores estão em home office. Audiências e julgamentos são realizados por videoconferência.
As demandas nesse novo ambiente virtual tendem, porém, a crescer. Segundo os especialistas, processos que levam de dois a três meses para serem elaborados pelos advogados estão represados.
Frugis diz ainda que novos pleitos surgirão com as medidas baixadas pelo governo Jair Bolsonaro para enfrentar os efeitos da pandemia na economia.
Segundo ele, agora as empresas estão suspendendo contratos de trabalho e reduzindo jornada e salário.
“Se não der [para conter a crise], vão mandar um monte de gente embora. O número de demissões será algo enorme a partir de julho, agosto”, diz. “Então, o pior está por vir.”
Não só caiu o número de processos recebidos na primeira instância da Justiça do Trabalho como nunca tão poucas ações foram julgadas em um mês de abril.
A queda no número de julgamentos foi de 63,5% em relação ao mesmo mês de 2019. No mês passado, foram julgados 70,9 mil processos, ante 194,1 mil em abril do ano passado.
A suspensão de prazos processuais, da segunda quinzena de março até o dia 4 deste mês, explica os números.
“Isso é o momento da adaptação, um mês da adaptação. Levou a um tempo de adaptação, que não foi muito longo, mas isso afeta o tempo de julgamento. É preciso que haja aumento, e a Corregedoria está atenta”, diz Veiga, do TST.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 25-05-2020) | | | Custo das causas pode ser ainda maior porque o volume de ações caiu na pandemia com a Justiça operando virtualmente
As dispensas de funcionários em meio à crise do coronavírus já levaram quase 21 mil trabalhadores à Justiça do Trabalho para brigar pelo pagamento de verbas rescisórias. Juntos, esses processos somam R$ 1 bilhão em disputas trabalhistas.
Nessas ações, trabalhadores cobram indenizações a que teriam direito ao serem demitidos, como aviso prévio, multa de 40% do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), férias e 13º proporcionais.
A cifra, segundo advogados, pode ser ainda maior, assim como o número de processos. Com as políticas de distanciamento social, as varas estão fechadas e todo o trabalho vem sendo feito à distância. Quem ainda não tem um advogado, também está enfrentando dificuldades.
Mesmo assim, a maioria desses processos –19.408 até a segunda-feira (25)– eram individuais, segundo monitoramento do Termômetro Covid-19 na Justiça do Trabalho, feito pela Datalawyer com o site Consultor Jurídico e a FintedLab.
Caio Santos, diretor-executivo da Datalawyer, diz que a mesma ação pode ter cinco ou mais assuntos sendo discutidos. Portanto, um mesmo trabalhador pode ter levado o calote no FGTS, nas férias, no aviso prévio e no 13º.
O professor de direito do trabalho da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) Ricardo Calcini diz que se a empresa não paga as verbas da demissão em dez dias, ela fica sujeita a uma nova multa, prevista no artigo 477 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Entre as ações individuais, esse é o quarto motivo mais comum a levar trabalhadores à Justiça do Trabalho durante a pandemia.
A ferramenta criada pela Datalawyer lê todos os processos apresentados nas varas trabalhistas a partir da publicação no “Diário da Justiça” e identifica os que citam coronavírus, pandemia e Covid-19. O intervalo entre o ingresso e o aparecimento no termômetro é de uma semana, em média.
Em todo o Brasil, os setores mais processados são indústrias, bancos e financeiras e comércio.
No estado de São Paulo, o valor médio das ações trabalhista está em R$ 60,2 mil. Desde o início da pandemia, 3.992 trabalhadores paulistas buscaram a Justiça no para reclamar de falhas na homologação de suas demissões. Os setores financeiro, varejista, de administração pública, de transporte e de alimentação são os principais alvos dessas ações.
Para Domingos Fortunato, sócio da área trabalhista do Mattos Filho, o momento de retorno das atividades também deve abrir espaço para novas discussões, como o cumprimento de normas de segurança. Fornecimento de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) é o pedido mais comum nas ações coletivas apresentadas como consequência da pandemia.
A interpretação dada por empresas à legislação trabalhista deve levar a um novo aumento no volume de ações, diz o professor Ricardo Calcini.
“Nos últimos anos, após a reforma trabalhista, caiu muito o número de ações. O que temos agora é um cenário que justifica um aumento exponencial a cada dia”, diz.
Ele cita a interpretação dada por algumas empresas à teoria do fato do príncipe, por meia da qual empresas demitiram funcionários, não pagaram as verbas indenizatórias e disseram que os valores deveriam ser cobrados dos governos estaduais ou municipais.
Foi o que aconteceu, por exemplo, na rede de churrascarias Fogo de Chão, que usou o artigo 486 da CLT para evitar o pagamento da rescisão a funcionários demitidos.
A medida é controversa.
A advogada Caroline Marchi, sócia da área trabalhista do Machado Meyer, diz que mesmo que a interpretação desse artigo transferisse a responsabilidade pelo pagamento da indenização aos governos, a rescisão paga aos funcionários ainda precisaria ser feita de maneira integral. Caberia às empresas cobrar o valor do poder público.
Para Ricardo Calcini, da FMU, o prolongamento da crise econômica acabará estimulando o início de ações.
“Quanto mais tempo a atividade econômica estiver paralisada, maiores as chances de demissões, inclusive com o risco de que ocorram sem as verbas rescisórias”, afirma.
Outro ponto que deverá inundar o judiciário trabalhista é a utilização do fechamento por força maior, que permite a redução na multa do FGTS. Dos 40%, a empresa fica autorizada a pagar 20%.
Há o risco de as empresas abusarem dessa previsão legal. “É necessário que a atividade seja encerrada, que aquela pessoa, dona daquele comércio, por exemplo, feche a empresa, e que isso tenha relação com a pandemia”, afirma Calcini.
O dispositivo da força maior já estava previsto na legislação, mas a Medida Provisória 927 incluiu a pandemia do coronavírus como uma das situações que permitem essa caracterização.
O advogado Jorge Matsumoto, sócio trabalhista do Bichara, diz que o agravamento da situação econômica do país vai levando as empresas a medidas extremas.
“A tendência é a de haver um aumento nas ações trabalhistas. Quem busca a via judicial vai discutir verbas rescisórias, cálculos das indenizações, horas extras, regras de home office e cumprimento de normas de segurança”, afirma.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 25-05-2020) | | | | Ação criada pela PR2 Group oferece baixo custo na aquisição de máquinas de corte a laser
Com a pandemia causada pelo novo coronavírus no mundo, alguns eventos importantes para a indústria nacional precisaram ser cancelados, evitando aglomerações e aumentando os cuidados com a saúde e bem-estar. Neste período, muitas empresas estão criando iniciativas de incentivo à recuperação da indústria pós-pandemia, entre elas a PR2 Group - empresa especializada em máquinas de corte a laser que criou a campanha “Vem Pro Mundo PR2”.
A ação foi desenvolvida após o adiamento do evento Feimec (Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos), considerada a maior da América Latina, e consiste em oferecer preços de custo nos seus equipamentos, como forma de compensar a elevação da taxa de câmbio atual.
Outra vantagem que está sendo oferecida pela PR2 é a inclusão do frete marítimo no preço dos equipamentos sem custo extra. Para garantir uma maior produtividade e rápido retorno sobre o investimento, a empresa também está oferecendo acessórios opcionais inclusos no preço.
“Essa campanha é uma forma de aquecer o mercado para a retomada da atividade industrial no Brasil”, comenta Reinaldo Bonilha, CEO da PR2 Group. A empresa há 15 anos é distribuidora oficial de equipamentos na área de tecnologia a laser do fabricante Han’s Laser, fornecedora de máquinas de corte laser por fibra ótica, máquinas de solda laser, gravação laser e limpeza laser, além de robôs colaborativos.
Durante a campanha, as condições são válidas apenas para um equipamento de cada modelo do portfólio Han’s Laser.
| CIMM | | | | O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 3,0 pontos em maio, para 68,0, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira a Fundação Getulio Vargas. Apesar da recomposição no quinto mês, o indicador ainda acumula perda de 26,2 pontos na comparação com janeiro, quando estava em 94,2.
A melhora foi puxada por um aumento de 9,8 pontos no Índice de Expectativas (IE), para 69,7 pontos - a maior alta mensal da série histórica do indicador. Mesmo com esse avanço, o índice ainda acumula perda de 34,5 pontos na comparação com janeiro.
Nas aberturas do IE, ambos os componentes, de demanda prevista e de tendência de estoques, tiveram melhoras na passagem de abril para maio. Eles atingiram 69,6 pontos e 69,9 pontos, respectivamente.
"Em maio, 51% das empresas indicaram diminuição da atividade e 63%, que o ambiente de negócios está fraco. A 'despiora' (sic) do indicador refletiu expectativas menos negativas, mas que se mantiveram em patamar que ainda representa um grande pessimismo com os próximos meses", afirma a coordenadora de Projetos de Construção da FGV, Ana Maria Castelo, em nota.
O Índice de Situação Atual (ISA) da Construção teve queda de 4,1 pontos, para 66,8, e atingiu o menor nível desde outubro de 2017 (66,2 pontos). A retração foi puxada pelo indicador de carteira de contratos, que recuou 6,6 pontos, para 69,2, menor nível desde junho de 2018 (68,4). O indicador de situação atual dos negócios cedeu de 66,2 pontos para 64,8, menor nível desde maio de 2017 (64,6).
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor avançou 4,1 pontos porcentuais, para 61,7%. Houve alta no Nuci de Mão de Obra, que subiu 4,0 pontos porcentuais, para 62,8%, e no de Máquinas e Equipamentos, com aumento de 4,3 pontos porcentuais, para 56,8%.
Fatores de limitação
Em maio, a crise do coronavírus apareceu em segundo lugar na percepção das empresas acerca dos fatores que limitam a melhora dos negócios. Ela foi citada na categoria "outros", mencionada por 41,5% das instituições que responderam à pesquisa, atrás apenas da "demanda insuficiente", indicada por 58,1%. "Para as empresas de construção que estavam tentando retomar um novo ciclo de negócios, a covid representa uma grande mudança de cenário", afirma Ana Castelo.
| Bem Paraná | | | | O índice da Boa Vista que mede o movimento do comércio no Brasil registrou a terceira queda consecutiva em abril e a tendência é de piora, devido aos impactos da quarentena adotada no País para conter a disseminação do novo coronavírus. No quarto mês do ano ante março, o indicador já dessazonalizado recuou 26,6%, acumulando declínio de 1,3% em 12 meses e variação negativa de 6,4% no ano.
O desempenho do movimento no varejo brasileiro, conforme a Boa Vista, reflete a fragilidade do mercado de trabalho, que tem provocado crescimento fraco da renda dos consumidores. Esses fatores, cita a nota, estão sendo duramente impactados pelos efeitos das restrições pela pandemia da covid-19.
"Dadas as adversidades provocadas pela chegada do novo vírus e pelas medidas de isolamento social, pode-se esperar uma piora no emprego e no nível de consumo em 2020", avalia, completando que este cenário, por sua vez, aponta para queda da atividade econômica e do movimento do comércio nos próximos meses.
Segmentos
A categoria de supermercados, alimentos e bebidas foi a única a evitar perdas, ao apresentar leve alta de 0,1% no mês, acumulando 1,6% em 12 meses.
Em abril, o segmento de móveis e eletrodomésticos foi o que registrou a maior queda, de 83,3%, no confronto com março (-13,5%), com ajuste sazonal. No acumulado em 12 meses, o setor passou para o campo negativo, recuando 7,9%.
A categoria de tecidos, vestuários e calçados recuou 2,9% no mês, com a taxa acumulada em 12 meses mostrando elevação de 7%.
Já o setor de combustíveis e lubrificantes apresentou retração de 18,2% em abril, ante março, e recuo de 2,5% no acumulado de 12 meses.
| Bem Paraná | | | | Valores englobam aplicações em ações, fundos de investimento e títulos da dívida pública. BC informou que, em doze meses até abril, retirada soma quase US$ 50 bilhões.
Os investidores retiraram US$ 31,447 bilhões de aplicações financeiras no Brasil nos quatro primeiros meses deste ano, informou nesta terça-feira (26) o Banco Central.
De acordo com a instituição, isso representa reversão em relação ao registrado no mesmo período do ano passado – quando US$ 9,962 bilhões haviam ingressado na economia brasileira.
Os valores retirados do país englobam aplicações em ações, em fundos de investimentos e em títulos da renda fixa.
"Essas saídas se concentram basicamente nos investimentos em carteira negociados no mercado doméstico: de títulos da dívida pública no país e de ações de propriedade de estrangeiros", afirmou Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do BC.
As retiradas aconteceram em meio à pandemia do novo coronavírus – que tem gerado saída de recursos de países emergentes para títulos de países desenvolvidos, como os Estados Unidos.
Em doze meses até abril deste ano, acrescentou o Banco Central, a retirada de recursos de aplicações financeiras no Brasil somou US$ 49 bilhões.
Os números do BC revelam que, de janeiro a abril deste ano, os investidores retiraram US$ 18,849 bilhões do mercado acionário brasileiro, além de outros US$ 12,795 bilhões de títulos públicos. Por outro lado, houve o ingresso de US$ 197 milhões em fundos de investimentos.
Resultado de abril
Fernando Rocha observou que a retirada de recursos de aplicações financeiras, somente no mês de abril, somou US$ 7,3 bilhões. Com isso, acrescentou ele, houve uma queda em relação à fuga de US$ 22,2 bilhões de aplicações registrada em março deste ano.
"Houve uma permanência do sinal, com saídas líquidas, e redução desse valor. Houve redução de dois terços da saída de estrangeiros [de março para abril deste ano]", disse Rocha a jornalistas.
| G1 | | | | Em um ambiente de incertezas sobre o futuro do Brasil, na esteira da pandemia do novo coronavírus e da crise política no governo de Jair Bolsonaro, os Investimentos Diretos no País (IDP) despencaram em abril e somaram apenas US$ 234 milhões, informou nesta terça-feira, 26, o Banco Central. Este é o menor montante para um mês de abril desde 1995, quando o IDP foi de US$ 167,9 milhões.
O resultado ficou abaixo do piso das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast, que iam de US$ 1,100 bilhão a US$ 5,000 bilhões, com mediana de US$ 1,500 bilhão. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de abril indicaria entrada de US$ 1,500 bilhão.
No acumulado do ano até abril, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo somou US$ 18,043 bilhões.
A estimativa do BC para este ano é de IDP de US$ 60,0 bilhões. Este dado, no entanto, foi divulgado no fim de março.
No acumulado dos 12 meses até abril deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 73,208 bilhões, o que representa 4,31% do Produto Interno Bruto (PIB).
| Bem Paraná | | | | A deflação de 0,59% registrada em maio pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi o menor resultado do indicador desde o início do Plano Real, de 1994. No mês de maio de 2019, o IPCA-15 tinha subido 0,35% segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Como consequência, a taxa acumulada em 12 meses passou de 2,92% em abril para 1,96% em maio, o resultado mais baixo desde fevereiro de 1999, quando a taxa havia sido de 1,80%.
Grupos
Em meio à pandemia do novo coronavírus, as famílias voltaram a gastar mais com alimentação e bebidas, segundo dados do IPCA-15. O grupo Alimentação e bebidas passou de um avanço de 2,46% em abril para um aumento de 0,46% em maio, uma contribuição de 0,09 ponto porcentual no IPCA-15 deste mês.
Os alimentos para consumo no domicílio passaram de uma alta de 3,14% em abril para elevação de 0,60% em maio. A cebola ficou 33,59% mais cara, uma contribuição de 0,04 ponto porcentual para o IPCA-15 do mês. As famílias também pagaram mais pela batata-inglesa (16,91%), feijão-carioca (13,62%), alho (5,22%) e arroz (2,59%).
Por outro lado, a cenoura saiu de uma alta de 31,67% no IPCA-15 de abril para uma queda de 6,41% em maio. As carnes recuaram 1,33%, contribuindo com -0,03 ponto porcentual para a deflação deste mês.
A alimentação fora do domicílio desacelerou de alta de 0,94% em abril para aumento de 0,13% em maio. O lanche ficou 0,64% mais caro em maio, após ter subido 3,23% em abril.
Já o gasto das famílias com Transportes recuou 3,15% em maio, após uma queda de 1,47% em abril. O grupo deu a maior contribuição negativa para a taxa de -0,59% do IPCA-15, o equivalente a -0,63 ponto porcentual.
O destaque foi o recuo de 8,54% nos preços dos combustíveis. A gasolina encolheu 8,51%, o item de maior impacto negativo na inflação do mês, -0,41 ponto porcentual. O etanol ficou 10,40% mais barato, enquanto o óleo diesel diminuiu 5,50% e o preço do gás veicular encolheu 1,21%.
As passagens aéreas saíram de uma alta de 14,83% em abril para uma queda de 27,08% em maio, contribuindo com -0,17 ponto porcentual para o IPCA-15 deste mês. Houve reduções de tarifas em todas as áreas pesquisadas.
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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, diminuiu o ritmo de queda na terceira quadrissemana de maio em comparação com a leitura anterior, passando de recuo de 0,47% para deflação de 0,38%, segundo informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta terça-feira (26) .
Em relação aos grupos, a aceleração ou queda menos significativa foi observada em Habitação (-0,60% para -0,32%), Transportes (-1,64% para -1,56%), Despesas Pessoais (-1,45% para -1,22%) e Saúde (0,16% para 0,21%).
Por outro lado, perderam força ou aprofundaram a redução de preços os grupos Alimentação (0,74% para 0,69%) e Vestuário (-0,53% para -1,02%). O segmento de Comunicação, por sua vez, repetiu a taxa da segunda quadrissemana, de 0,04%.
Veja abaixo como ficaram os componentes do IPC-Fipe na segunda quadrissemana de maio:
- Habitação: -0,32%
- Alimentação: 0,69%
- Transportes: -1,56%
- Despesas Pessoais: -1,22%
- Saúde: 0,21%
- Vestuário: -1,02%
- Educação: 0,04%
- Índice Geral: -0,38%
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A pandemia do novo coronavírus fez o Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina (AL) registrar piora, passando de -14,1 pontos no trimestre terminado em janeiro para -60,4 pontos no trimestre encerrado em abril. O levantamento é feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) em parceria com o instituto alemão IFO.
O resultado foi o pior da série histórica desde janeiro de 1989. Até então, o patamar mais baixo tinha ocorrido em janeiro de 2009, quando o ICE desceu a -48,7 pontos, logo após a crise financeira de 2008.
O índice de Situação Atual (ISA) passou de -53,8 pontos em janeiro para -89,9 pontos em abril, o pior resultado da série histórica iniciada em janeiro de 1989. O Indicador de Expectativas (IE) desceu de 36,5 pontos em janeiro para -23,1 pontos em abril.
"Os resultados de abril mostram que a pandemia levou a região direto para uma fase de recessão, com reversão de expectativas e uma piora muito expressiva nas avaliações sobre a situação atual", ressaltou a FGV, em nota.
Brasil
No Brasil, o ICE recuou de -2,0 pontos em janeiro para -60,9 pontos em abril. O índice de Situação Atual (ISA) passou de -52,2 pontos em janeiro para -90,9 pontos em abril. O Indicador de Expectativas (IE) diminuiu de 65,2 pontos positivos em janeiro para -22,7 pontos em abril.
Houve deterioração do ICE em todos os países da América Latina no período. No Paraguai, o índice caiu de 28,0 pontos positivos para -70,4 pontos entre janeiro e abril.
| Bem Paraná | | | | O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou deflação em todas as sete capitais pesquisadas pela segunda vez consecutiva na terceira quadrissemana de abril, informou nesta terça-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV). É a primeira vez na série do indicador em que todas as cidades têm taxas negativas em duas divulgações seguidas.
No período, o IPC-S recuou 0,57%, 0,04 ponto porcentual abaixo da taxa registrada na segunda quadrissemana do mês. Quatro das sete capitais tiveram decréscimo nas taxas.
O aumento da deflação ocorreu em Porto Alegre (-0,37% para -0,59%), Belo Horizonte (-0,60% para -0,77%), Rio de Janeiro (-0,09% para -0,13%) e Salvador (-0,30% para -0,32%). Na outra ponta, tiveram redução da deflação São Paulo (-0,72% para -0,70%), Brasília (-1,08% para -0,90%) e Recife (-0,31% para -0,20%).
Até agora, a série histórica do IPC-S havia registrado deflação em todas as capitais em apenas três períodos: na segunda semana de agosto de 2010, na quarta semana de junho de 2017 e na segunda semana de maio deste ano.
| Bem Paraná | | | | O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) acelerou ligeiramente para 0,21% em maio, ante 0,18% em abril, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (26). O movimento foi influenciado pelo avanço do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços, que passou de 0,38% para 0,45%. Já o índice referente à Mão de Obra não variou pelo segundo mês consecutivo.
Dentro de Materiais, Equipamentos e Serviços, a aceleração foi motivada pelo subíndice de Materiais e Equipamentos (0,44% para 0,56%), sob influência principal de transporte de pessoas, cuja taxa variou de -1,21% para 0,27%.
O grupo de Serviços, por sua vez, arrefeceu de 0,13% em abril para 0,02% em maio, beneficiado pelo recuo do item projetos, que passou de 0,23% para -0,14%.
Capitais
Dentre as sete capitais analisadas, houve aceleração em Salvador (0,14% para 0,27%), Belo Horizonte (-0,03% para 0,02%), Recife (-0,08% para 0,19%), Porto Alegre (0,23% para 0,39%) e São Paulo (0,19% para 0,26%). Em contrapartida, as taxas de variação perderam força em Brasília (0,23% para -0,04%) e Rio de Janeiro (0,40% para 0,18%).
| Bem Paraná | | | | Segundo levantamento TIC Domicílios, 57% da população entre as classes D e E está conectada. Na zona rural, conexão chegou a 53%.
O acesso à internet nas residências brasileiras cresceu em 2019, com 74% da população já conectada, segundo a pesquisa TIC Domicílios, que afere informações sobre conexão à internet no país. Em 2018, o percentual da população conectada era de 70%.
Com o avanço do indicador, agora são 133,8 milhões de usuários de internet no Brasil, segundo a pesquisa divulgada nesta terça-feira (26). O levantamento, um dos principais no país, é feito todos os anos pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic).
IBGE: 46 milhões ainda não tinham acesso à internet em 2018
Entre as classes mais baixas (D e E), 57% da população está na internet. O indicador também cresceu na região rural, com 53% das pessoas conectadas. Pela primeira vez, mais da metade da população desses dois indicadores tem acesso à internet.
Ainda são 28 milhões de domicílios que não estão conectados, somando 47 milhões de brasileiros.
Os dados foram compilados antes da pandemia de coronavírus e não refletem ainda as mudanças no uso da rede que aconteceram a partir da segunda quinzena de março. O levantamento colheu informações em 23.490 domicílios, com mais de 20 mil pessoas.
Veja mais dados da pesquisa:
- Uso da internet para comunicação é o mais comum: 92% dos usuários afirmam já ter enviado mensagens por WhatsApp ou chat no Facebook;
- 74% usaram a internet para ver filmes ou séries;
- 39% dos usuários realizaram compras on-line nos 3 meses anteriores à pesquisa.
Celular continua como principal meio de acesso
Os smartphones continuam liderando na pesquisa como o principal dispositivo para acessar a internet: 58% dos usuários se conectam à rede exclusivamente por celulares. Já os computadores tiveram mais um ano de declínio.
Celulares foram utilizados como método de conexão por 99% dos usuários de internet. O computador foi usado por 42% dos usuários. As televisões inteligentes também tiveram alta considerável, de 30% em 2018 para 37% em 2019.
Em 2019, 39% das residências tinham computador, abaixo dos 42% um ano antes. O maior índice, de 50%, foi registrado em 2015.
O uso do celular, como ferramenta exclusiva de acesso, é mais comum nas classes mais baixas, nas zonas rurais e entre pessoas com menor nível de educação.
Nas classes D e E, 85% dos usuários de internet se conectaram exclusivamente por smartphones. O índice foi de 79% na zona rural e de 78% entre as pessoas que tem apenas ensino fundamental.
O celular também é o meio exclusivo de acesso para os mais novos e os mais velhos: 65% das pessoas entre 10 e 15 anos se conectaram usando um dispositivo móvel, mesmo percentual de quem tem 60 anos ou mais.
Diferentes noções de uso da internet
A TIC Domicílios apontou ainda um dado interessante, de que o número de usuários de internet no país seja maior do que os 74% divulgados. O indicador ampliado aponta que cerca de 79% dos brasileiros tem acesso à internet.
Isso acontece porque muitos usuários não definem como acesso à internet o uso de aplicações específicas e há uma discussão sobre o que quer dizer usar a internet.
"A própria ideia do que é usar a internet está em discussão. Há um percentual de usuários que usa aplicações na internet, mas não reconhece o uso da rede", afirma Fabio Senne, coordenador das pesquisas TIC no NIC.
| G1 | | | | Texto vai à sanção do presidente Jair Bolsonaro
O Senado aprovou, nesta segunda-feira (25), um projeto de lei que proíbe o corte de luz, água e gás de clientes inadimplentes nos fins de semana e feriados e obriga as empresas a avisarem o consumidor previamente do desligamento do serviço.
Por 73 votos favoráveis e nenhum contrário, a proposta retomou o texto original, que havia sido alterado em votação no plenário da Câmara. A medida agora será encaminhada para sanção do presidente Jair Bolsonaro.
"Eu estou com a sensação de missão cumprida", disse o autor da proposta, senador Weverton Rocha (PDT-MA).
A relatora da proposta na Casa, senadora Kátia Abreu (PP-TO), retomou o texto que determina que religamento ou restabelecimento do serviço deveria ser feito no prazo máximo de 12 horas, e começaria a contar a partir do pedido do consumidor ou do pagamento da dívida.
A medida vale para imóveis residenciais e comerciais.
"Parece que é maldade. Corta a luz na sexta-feira, na véspera do feriado, mesmo que a família tenha aquele dinheirinho para pagar a luz", disse a relatora.
Um dos pontos mais polêmicos foi o trecho que proibia a cobrança de taxa, tarifa ou outra modalidade de contraprestação pela religação ou restabelecimento do serviço.
Na Câmara, o relator da proposta, deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE), havia retirado esta proibição. Ele argumentou que o ponto deve ser abordado por agências que regulam os setores.
Inicialmente, a mudança não foi aceita pela relatora no Senado, mas Abreu decidiu negociar. A manutenção da taxa foi mantida, mas o corte da energia precisa ser avisado com antecedência.
Segundo a relatora, em São Paulo, Maranhão e Pernambuco, que têm as taxas mais baratas do Brasil, as empresas cobram de R$ 7 a R$ 32 para religar. Já no Tocantins, estado da relatora, a taxa pode chegar a até R$ 104.
Diante dos valores cobrados, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou que o governo irá assumir o compromisso para, junto à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), para tentar reduzir os valores.
"Vamos nos comprometer de chamar a Aneel e, se no prazo determinado, a Aneel não tomou nenhuma alternativa, colocar um projeto de lei para tratar das tarifas", disse.
Diante da flexibilização do governo, os três destaques que estavam previstos foram retirados pelos parlamentares. O texto foi votado sem novas modificações.
"Sabemos que é importante, mas é preciso que as operadoras coloquem a mão na consciência", disse a relatora.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 25-05-2020) | | | | Principal destino dos recursos são medidas para mitigar a crise gerada pela pandemia e a paralisação das atividades
A crise do coronavírus e a piora nas condições do mercado brasileiro fizeram disparar o volume de dinheiro solicitado pelo governo a agências internacionais.
O valor negociado neste ano já representa 20 vezes o registrado em 2019. O principal destino dos recursos são medidas para mitigar a crise gerada pela pandemia e a paralisação das atividades.
O Tesouro Nacional busca um financiamento de ao menos US$ 4,1 bilhões, o equivalente a R$ 22,6 bilhões, em instituições como NDB (Novo Banco de Desenvolvimento, o banco dos Brics), BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), CAF (Corporação Andina de Fomento) e até a instituição de fomento alemã KfW.
A medida foi tomada após a equipe econômica chegar ao diagnóstico de que a pandemia vai impactar o nível de recursos disponíveis no caixa do Tesouro.
Ao mesmo tempo, o governo observa uma elevação do custo do financiamento da dívida no mercado doméstico.
De 2017 a 2019, os valores de financiamentos obtidos diretamente pelo governo federal não passavam de US$ 250 milhões por ano e eram considerados pontuais.
O uso das agências ganhou impulso por ser considerado vantajoso ao proporcionar recursos volumosos, de longo prazo, a taxas mais atraentes do que as observadas atualmente no mercado doméstico.
"Voltamos a ser tomadores relevantes das agências", afirma José Franco de Medeiros Morais, subsecretário de Dívida Pública do Tesouro.
Ele diz que o instrumento é uma estratégia na política de administração da dívida pública do Tesouro, que tem como missão buscar condições favoráveis de financiamento.
"Do ponto de vista da dívida, são empréstimos baratos", afirma.
A busca por esse tipo de financiamento só não é maior principalmente por causa da limitação das próprias agências, afirma Morais.
De qualquer forma, as negociações são feitas enquanto os técnicos veem uma necessidade significativa de recursos para mitigar a crise no momento em que o Brasil já registra déficits anuais sucessivos.
O país tem necessidade de se endividar até mesmo para pagar despesas correntes, como salários de servidores e aposentadorias.
A preocupação com a situação fiscal do país, somada à aversão global de investidores ao risco durante a pandemia, criou no mercado brasileiro de títulos públicos um ambiente de perda de referência de preços e falta de liquidez nos últimos meses.
O mercado também reage às tensões políticas no país.
O CDS (Credit Default Swap, indicador que mede o risco-país) do Brasil apresentou alta de 109% em março, para 275 pontos, conforme os dados acompanhados pelo Tesouro. Em abril, houve alta de 35% (para 374 pontos).
Apesar de o Tesouro mencionar que as condições de outras economias também se deterioraram, o risco-país brasileiro é superior ao de pares internacionais como México (299 pontos registrados ao fim de abril), Colômbia (270 pontos), Peru (121 pontos) e Chile (120 pontos). Este último já mostra melhora no CDS.
O cenário fez o Tesouro observar um forte fluxo vendedor no Brasil. Os estrangeiros, por exemplo, registraram uma saída líquida de R$ 54 bilhões em março, e os fundos de investimento, de R$ 76 bilhões.
Além disso, o Tesouro teve de cancelar leilões em ações coordenadas com o Banco Central pela falta de apetite no mercado.
Os técnicos lembram, por outro lado, que há flexibilidade nas emissões por haver seis meses de folga com o chamado colchão de liquidez.
Isso significa que, em um caso extremo de a demanda por títulos públicos ir a zero, ainda haveria recursos suficientes para seis meses de vencimentos.
Outros indicadores amenizam as preocupações do governo na administração da dívida, como os juros em patamares historicamente baixos e a baixa exposição cambial, correspondente a pouco mais de 5% do total da dívida pública.
Os técnicos ainda dizem que indicadores mais recentes, em maio, sinalizam um retorno de liquidez. Os dados consolidados devem sair nos próximos dias.
Apesar das preocupações, o Tesouro entende que o momento é de dificuldade em todo o mundo.
"Não é algo específico do Brasil, a dívida de todos os países vai aumentar. Dada a magnitude da crise, é o governo que deve dar um passo à frente e fazer as transferências necessárias porque o setor privado não vai poder operar", afirma Morais.
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, reforçou nos últimos dias as dificuldades na administração da dívida.
"Essas últimas semanas foram mais turbulentas aqui, isso aumenta o risco-país", disse.
Ele lembrou que a retração da economia e a crise vão elevar o índice de endividamento brasileiro.
Em sua visão, no entanto, a trajetória da dívida nos próximos anos é mais importante do que os números de 2020 ou 2021.
Por isso, Mansueto defende o compromisso no pós-crise com a retomada da agenda de reformas estruturantes, com o ajuste fiscal e com a manutenção do teto de gastos.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 25-05-2020) | | | | Fechamento de estandes de vendas e incertezas afetam lançamentos
A indústria da construção civil estima que a queda nas vendas de imóveis no mês de abril, o primeiro totalmente sob o impacto do novo coronavírus, tenha sido de 38,8%. Entre os lançamentos, a redução deve ficar em 63%.
A estimativa foi divulgada nesta segunda-feira (25) pela Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). De 10.306 unidades vendidas em abril de 2019, e 10.618, em março deste ano, a previsão do setor é a de que 6.498 imóveis tenham sido comercializados no mês passado.
O balanço do primeiro trimestre do ano já demonstra os primeiros efeitos da pandemia –a partir da segunda quinzena de março, os lançamentos praticamente desapareceram e as vendas despencaram.
No período de janeiro a março, a redução no número de empreendimentos lançados ficou em 15% ante o mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre de 2020, foram 18.388 unidades residenciais lançadas. No mesmo período em 2019, haviam sido 21.576.
Na comparação com o quarto trimestre de 2019 –o melhor em dois anos– o tombo foi de quase 70%. Entre outubro e dezembro, foram lançados 59.553 imóveis no país.
As vendas acumuladas no primeiro trimestre foram maiores do que o mesmo período do ano passado, um aumento de 26,7%, mas 27% menores do que no trimestre anterior.
Depois de quatro anos difíceis, o setor da construção vinha tendo uma melhora nos indicadores desde janeiro de 2018. Para este ano, as estimativas não eram ambiciosas –a Cbic previa um crescimento de 3%. Em São Paulo, o sindicato da habitação estimavava crescimento zero, mas positivo.
"O mercado vinha em franca ascensão. Para nós, o ano de 2020 seria o ano de consolidação do mercado imobiliário", diz Celso Petrucci, vice-presidente de Indústria Imobiliária da Cbic.
Para ele, será importante para o setor da construção maior previsibilidade no funcionamento do Minha Casa, Minha Vida, responsável por 55% das vendas no primeiro trimestre.
A indústria imobiliária tem cobrado do governo federal uma política que permita a manutenção da utilização do FGTS nos financiamentos. Ele descartou a redução nos preços de imóveis.
Com o agravamento da pandemia, as obras contratadas continuam, mas os lançamentos foram adiados. Sem poder abrir os estandes de vendas, as incorporadoras estão segurando novos negócios.
A expectativa do setor, segundo o presidente da Cbic, José Carlos Martins, é a de que novas reduções de juros para financiamentos sejam anunciadas em breve.
Pesquisa realizada pela Brain com a Cbic mostra um aumento no número de incorporadores que pretendem adiar a apresentação de lançamentos por mais tempo. Oito em dez mexeram na programação para o ano.
Em março, 25% previam atrasar lançamentos em 60 dias. Em abril, esse percentual caiu a 16%. Agora, 28% esperam atrasar 120 dias, e 33% decidiram adiar sem prazo para começar.
De 540 incorporadores e construtores entrevistados pela Brain em abril, 54% disseram ter adotado suspensão de contratos, redução de jornada ou férias coletivas, medidas de flexibilização das relações trabalhistas definidas pelo governo federal no enfrentamento da crise econômica.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 25-05-2020) | | | | Com mercado dos EUA fechado, investidores repercutem vídeo apontado por Moro como prova contra Bolsonaro
O mercado financeiro segue reagindo de maneira positiva ao vídeo da reunião ministerial do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), divulgado na última sexta (22).
Mesmo com feriado nos Estados Unidos nesta segunda (25), a Bolsa brasileira fechou em alta de 4,25%, a 85.663 pontos, o maior patamar desde 10 de março, pregão seguinte ao primeiro dos seis circuit breakers deste ano. O circuit breaker interrompe as negociações na Bolsa quando a queda do principal índice acionário do país, o Ibovespa, supera 10%.
O dólar caiu 2%, a R$ 5,457, menor valor desde 30 de abril. O turismo está a R$ 5,67.
Na sexta, o mercado futuro teve desempenho semelhante após a divulgação do vídeo. O Ibovespa futuro —contrato derivativo do Ibovespa negociado até 18h—, que operava em queda, inverteu o sinal e fechou em alta de 1,35% e o dólar futuro ampliou queda para R$ 5,53.
Desde que bateu o recorde nominal (sem contar a inflação) a R$ 5,904 em 13 de maio, o dólar acumula queda de 7,5%. Já o Ibovespa, desde o seu vale, aos 63 mil pontos em 23 de março, acumula uma alta de 34,76%.
No ano, porém, o real é a moeda que mais se desvaloriza no mundo, com alta de 36% do dólar no Brasil e o Ibovespa cai 26%.
“A reunião não foi positiva, mas foi menos negativa do que se esperava. Muitos acreditavam que teria algo muito contundente no vídeo que pudesse derrubar o presidente” diz Daniel Herrera, analista da Toro Investimento, que não vê novidades nas falas dos ministros ou do presidente.
O vídeo foi apontado como prova, pelo ex-ministro Sergio Moro, de que Bolsonaro tentou interferir no comando da Polícia Federal.
Investidores temiam um conteúdo mais revelador, que envolvesse falas negativas sobre a China, um dos principais parceiros comerciais do Brasil.
“O tão aguardado vídeo da reunião ministerial, não trouxe nada de novo, desta forma, as tensões se voltam para o depoimento de Paulo Marinho, afirmando ter entregue provas ao inquérito que corre no STF”, diz relatório da Terra Investimentos.
Marinho prestará depoimento ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça (26) após o empresário dizer à Folha que a família do presidente soube antecipadamente de uma operação da Polícia Federal (PF) por um vazamento.
"Sem uma prova cabal da acusação de Moro sobre a interferência de Bolsonaro na PF, que retira da frente o risco de um iminente impeachment, como também o apoio irrestrito ao ministro Paulo Guedes, a nuvem pesada que pairava sobre o clima político deu uma bela dissipada e abriu caminho para a forte alta do Ibovespa", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.
Segundo analistas, a reunião afastou a hipótese do ministro Paulo Guedes (Economia) sair do governo. Após a saída de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde e de Sergio Moro do Ministério da Justiça, investidores temiam que Guedes fosse o próximo.
“Bolsonaro apontou Guedes como o principal ministro na reunião. A relação entre os dois está muito boa, e o mercado repercute isso”, diz Daniel Herrera, analista da Toro Investimentos.
Na reunião, Bolsonaro disse que tem o poder de interferir nos ministério, mas salientou que nunca teve problema com Guedes, em um sinal de independência do ministério da Economia.
“E eu tenho o poder e vou interferir em todos os ministérios, sem exceção. Nos bancos eu falo com o Paulo Guedes, se tiver que interferir. Nunca tive problema com ele, zero problema com Paulo Guedes. Agora os demais, vou!”, disse o presidente
Quando o ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, tomou a palavra para falar do plano de retomada econômica, que chamou de Plano Marshall brasileiro, Bolsonaro indicou que o parecer de Guedes é o mais importante na discussão.
“Vamos dar a palavra ao Paulo Guedes, acho que é, com todo respeito aos demais, acho que é o ministro mais importante nessa missão aí”, disse o presidente.
O plano, chamado de Pró-Brasil, foi desenvolvido pela Casa Civil e criticado por Guedes, que o chamou de "um novo PAC", em referência ao Programa de Aceleração do Crescimento de gestões petistas.
O programa sob liderança de Dilma Rousseff consumiu bilhões do caixa da União. O PAC terminou como um conjunto de obras paradas e inacabadas.
A ausência da pasta econômica no projeto levantou temores da saída de Guedes do governo.
“Não se fala Plano Marshall, porque é um desastre. Vai revelar falta de compreensão das coisas. A segunda coisa é o seguinte, é super bem-vinda essa iniciativa, para nos integrarmos todos. Agora, não vamos nos iludir. A retomada do crescimento vem pelos investimentos privados, pelo turismo pela abertura da economia, pelas reformas. Nós já estávamos crescendo”, disse Guedes na reunião de 22 de abril.
Para analistas, as falas de Guedes não são uma novidade. O ministro segue a agenda econômica liberal, que prioriza os investimentos privados para o desenvolvimento do país.
Nesta linha, Guedes voltou a defender a privatização do Banco do Brasil. Segundo o ministro, a instituição estaria pronta para ser vendida para a iniciativa privada.
"É um caso pronto e a gente não tá dando esse passo. Senhor já notou que o BNDES e a Caixa que são nossos, públicos, a gente faz o que a gente quer. Banco do Brasil a gente não consegue fazer nada e tem um liberal lá. Então tem que vender essa porra logo", disse Guedes.
Com a fala do ministro, as ações do Banco do Brasil subiram 10,2%, a R$ 31,41. A valorização da estatal impulsionou o setor e as ações preferenciais (sem direito a voto) do Bradesco saltaram 7%. O Itaú subiu 4,36% e o Santander, 5,57%.
“O mercado interpretou a reunião como algo com menor potencial de causar um aumento da instabilidade política. Além disso, o mercado internacional está bem otimista com a retomada da economia, com alguns países europeus já retornando suas atividades”, diz Igor Cavaca, analista da Warren.
Bolsas europeias fecharam em alta nesta segunda, depois que um indicador de confiança empresarial da Alemanha mostrou recuperação em maio, com resultados corporativos positivos ajudando o sentimento.
A Bolsa de Frankfurt subiu 2,9%, para o nível mais alto desde 6 de março, recuperando quase 38% ante a mínima deste ano. O índiceeuropeu Stoxx 600 ganhou 1,47%.
As ações da Lufthansa saltaram 7,5% depois que o governo alemão aprovou um pacote de 9 bilhões de euros para a empresa Segundo uma porta-voz, a companhia retomará os voos a 20 destinos a partir de meados de junho.
Na Bolsa brasileira, as ações da Via Varejo saltaram 15,5% depois que a empresa concluiu a compra de 100% do banco digital banQi da americana Airfox. Segundo analistas, a aquisição é uma medida importante para a dona das Casas Bahia na disputa do varejo online.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 25-05-2020) | | | | Grupo informou que suas afiliadas na Argentina, Brasil e Paraguai não foram incluídas no documento
O Grupo Latam Airlines disse por meio de comunicado ao mercado nesta terça-feira (26) que a companhia e suas afiliadas no Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos recorrão à proteção contra falência nos EUA.
O Grupo informou que suas afiliadas na Argentina, Brasil e Paraguai não foram incluídas no documento.
"À luz dos efeitos da Covid-19 no setor de aviação mundial, esse processo de reorganização oferece à Latam a oportunidade de trabalhar com os credores do grupo e outras partes interessadas para reduzir sua dívida, acessar novas fontes de financiamento e continuar operando, enquanto permite ao grupo transformar seus negócios para essa nova realidade", afirmou a companhia na mensagem.
A empresa deverá requisitar o chamado Capítulo 11 (lei americana que concede prazo às empresas para se reorganizarem financeiramente e que equivale à recuperação judicial no Brasil).
A maior companhia aérea da América Latina afirmou que conseguiu financiamento de acionistas, incluindo as famílias Cueto e Amaro e Qatar Airways, para fornecer até US $ 900 milhões (R$ 4,90 bilhões) em financiamento de devedores em posse.
Ainda de acordo com o comunicado, o grupo possui aproximadamente US$ 1,3 bilhão (R$ 7 bilhões) em mãos.
“A Latam entrou na pandemia da Covid-19 como um grupo de companhias aéreas saudáveis e lucrativas, mas circunstâncias excepcionais levaram a um colapso na demanda global e não apenas trouxeram a aviação para uma paralisação virtual, mas também mudaram o setor no futuro próximo” disse Roberto Alvo, presidente-executivo da Latam, no comunicado.
Ainda de acordo com Alvo, a companhia implementou uma série de medidas para mitigar o impacto da interrupção do setor, mas não foram suficientes e a proteção à falência nos EUA "representa a melhor opção para estabelecer as bases corretas para o futuro do nosso grupo de companhias aéreas".
A companhia informa ainda que está em discussões com governos do Chile, Brasil, Colômbia e Peru para auxiliar na obtenção de financiamento adicional, proteger empregos e minimizar a interrupção de suas operações.
Embora a empresa admita ainda não ter resposta para perguntas de funcionários, fornecedores e clientes, uma página foi criada para avisos e informações: www.LATAMreorganizacion.com.
A Latam ressalta que, incluídas ou não no registro, todas as empresas do grupo continuarão a operar conforme as restrições de viagem e a demanda permitida.
Na semana passada, o grupo Latam Airlines informou que passará em junho dos atuais 5% de média de voos diários no Brasil para 9% de sua capacidade pré-crise, com previsão de atingir 18% em julho. Também em julho, o grupo espera aumentar para 13 o total de destinos internacionais.
Segundo a empresa, a previsão é de crescimento gradual de suas operações nos próximos dois meses. Em junho, serão em média 50 voos diários no país, ante os 35 voos de maio. Como comparação, antes da crise a companhia operava 750 voos diários no país.
A partir de São Paulo, serão operadas as rotas internacionais para Frankfurt, Londres, Madri, Miami e Santiago.
CRISE DO SETOR AÉREO
Devido à pandemia do novo coronavírus, as empresas aéreas tiveram que interromper suas operações em todo o mundo. No Brasil a malha aérea foi reduzida a cerca de 10% do normal. A Gol, líder no mercado doméstico, reduziu a oferta em 92% e mantém 50 voos ao dia. A Latam, em 95%, e suspendeu os voos internacionais em abril. A Azul manteve 70 voos diários, 90% a menos que o normal.
Há duas semanas, o presidente da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson, disse que o pacote de ajuda via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) às três grandes companhias aéreas que atuam no país deve ser de cerca de R$ 4 bilhões.
Sem voar, a empresa perde receita e ainda tem custos para manter o avião em solo. Um arrendamento de aeronave pode custar até US$ 100 milhões (R$ 543 milhões), valor diluído em parcelas mensais ao longo do contrato.
A companhia aérea Avianca Holdings também anunciou no dia 10 de maio que formalizou um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos para "preservar e organizar os negócios". Em comunicado, a empresa citou os efeitos econômicos da pandemia de coronavírus no setor aéreo.
Nesta segunda-feira (25), a companhia aérea Lufthansa e o governo alemão concordaram com um plano de resgate da empresa de € 9 bilhões (R$ 53,3 bilhões). A ajuda fará do Estado o principal acionista do grupo com 20% do capital.
"Antes da nova pandemia de coronavírus, a empresa estava com boa saúde e lucrativa e tinha boas perspectivas para o futuro", disse o governo federal alemão em comunicado anunciando a mistura de investimentos e empréstimos estatais.
Em avaliação feita no fim de março, a Iata (associação internacional do setor) disse que as companhias no mundo todo precisam de uma injeção imediata de recursos de US$ 200 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão) para que não haja uma onda de falências.
| Folha de S. Paulo | | | Veículos da marca tinham programas que faziam motores parecerem menos poluentes do que eram
A Suprema Corte de Justiça alemã condenou nesta segunda-feira (25) o grupo automotivo alemão Volkswagen a reembolsar parcialmente um cliente, dono de um carro equipado com um motor a diesel, em uma sentença que deve influenciar milhares de ações judiciais cinco anos após a eclosão desse escândalo.
Ao equipar seus veículos com programas capazes de fazê-los parecer menos poluentes do que realmente eram, a Volkswagen "consciente e sistematicamente enganou as autoridades" por vários anos em uma perspectiva de lucro", alegou o juiz Stephan Seiters.
A sentença do Tribunal Federal de Justiça da Alemanha, a mais alta corte do país, é a primeira grande derrota legal para a fabricante alemã nesse escândalo que mergulhou a indústria automobilística, um pilar da economia do país, em um crise histórica, da qual ainda não emergiu.
A audiência de segunda-feira tratou especificamente do caso de Herbert Gilbert, de 65 anos. Ele comprou um Volkswagen Sharan a diesel usado em 2014, ou seja, um dos 11 milhões de veículos que a montadora reconheceu em setembro de 2015 estarem equipados com um software que altera as reais emissões de poluentes.
Um Tribunal de Apelação acolheu a demanda do aposentado e ordenou que a VW pagasse € 25.616 e aceitasse a devolução do veículo. O valor era inferior ao preço de compra de € 31.490, porque os juízes levaram em consideração a perda de valor por uso.
A Volkswagen e o demandante recorreram da sentença: a primeira, por considerar que não precisava pagar uma indenização; e o segundo, para receber o valor integral da compra.
O Tribunal de Justiça Federal acabou confirmando a sentença da Corte de apelações. Considera-se que Gilbert tem direito a reembolso, mas "deve levar em conta" o uso do veículo e, portanto, sua perda de valor ao longo do tempo - o que exclui um reembolso total.
EPÍLOGO?
Ainda assim, nas últimas semanas, um acordo amistoso cobrindo centenas de milhares de casos e o fim de uma investigação criminal já tiraram um grande peso das costas da Volkswagen.
No final de abril, um julgamento sem precedentes foi realizado na Alemanha, uma ação coletiva que reuniu centenas de milhares de demandantes.
A Volkswagen pagará pelo menos € 750 milhões para indenizar 235 mil clientes em um acordo extrajudicial, uma quantia que pode parecer pequena em comparação aos mais de € 30 bilhões de euros (cerca de US$ 32,7 bilhões) que o escândalo já lhe custou, principalmente nos Estados Unidos.
Cerca de 60 mil ações individuais de clientes permanecem nos tribunais alemães, porém, e a decisão do Tribunal Federal será crucial nestes casos.
De acordo com diferentes veículos da imprensa alemã, o fabricante tentou adiar a chegada do "dieselgate" perante o Supremo Tribunal para aproveitar a perda de valor dos veículos, o que a VW nega.
Na esfera criminal, o atual diretor-executivo, Herbert Diess, acusado de manipulação dos mercados financeiros, e o diretor do conselho de supervisão, Hans Dieter Pötsch, ficaram fora de perigo, depois que a VW pagou 9 milhões de euros como parte de um acordo com os tribunais.
As únicas investigações importantes ainda pendentes afetam Martin Winterkorn, diretor-executivo da VW quando o escândalo foi descoberto, e o agora ex-chefe da Audi Rupert Stadler.
Também há uma investigação do Ministério Público de Stuttgart contra Pötsch. E corre uma ação judicial por parte dos investidores, que exigem uma compensação pela drástica queda no preço das ações da Volkswagen na Bolsa. Neste caso, porém, o fim da investigação contra os executivos fortaleceu a posição do fabricante.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 25-05-2020) | | | | Retorno gradual de apenas um turno começou em 13 de maio e deveria ser finalizado nesta quarta (27). Agora, os dois turnos restantes só retornarão em 26 de junho.
A Hyundai anunciou nesta terça-feira (26) o adiamento da retomada total da produção de veículos em Piracicaba (SP), prevista para esta quarta (27), como prevenção pelo avanço da pandemia do coronavírus.
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O retorno parcial das atividades na unidade começou em 13 de maio com apenas um turno e cerca de 700 funcionários, após quase 2 meses de paralisação. O retorno dos dois turnos restantes deverá acontecer em 26 de junho.
Segundo comunicado, a marca prorrogou a suspensão de contratos de trabalho, sem redução de salários, pelo período de 27 de maio a 25 de junho, "com o objetivo de proteger seus funcionários, atendendo às determinações de isolamento social em vigor no estado de São Paulo".
A medida afeta tanto os trabalhadores da fábrica de Piracicaba, quanto as equipes administrativas e os escritórios da cidade de São Paulo.
| G1/Auto Esporte | | | |
Mercedes, Volkswagen e Scania tiveram que priorizar novas formas de negócio para não perderem ainda mais espaço durante a pandemia.
Carros e caminhões têm processos bem diferentes de venda. Nos primeiros, a emoção do cliente às vezes supera a razão. Já com os consumidores dos “grandões”, isso é mais difícil, já que são bens de produção muito mais caros. Até por isso, as vendas virtuais era raras... mas a pandemia do coronavírus já mudou isso.
“Fomos de 0% digital para 80% digital (durante a pandemia). Começou a regredir quando o pessoal começou a atender normalmente, mas a migração vai ser mais rápida”, disse Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania, a terceira maior vendedora de caminhões do Brasil.
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A empresa sueca e a Volkswagen, ambas pertencentes ao mesmo grupo, são as únicas no Brasil que possuem um configurador completo em seus sites. Hoje, o cliente pode personalizar totalmente o caminhão, mas a compra ainda não é possível.
A pandemia do coronavírus, no entanto, fez com que as empresas percebessem a necessidade de viabilizar a compra na própria plataforma para um futuro não muito distante.
"Nosso setor é muito tradicional, tem uma certa resistência de se abrir a novidades. Esse período de isolamento social, de aprendizado coletivo, está levando empresas que tinham resistência a estabelecer negociações online a se adaptarem", disse Ricardo Alouche, vice-presidente de Vendas, marketing e pós-vendas da Volkswagen Caminhões e Ônibus.
Para atender os clientes de forma mais digital, a Volkswagen desenvolveu uma forma de comunicação direta com a fábrica, por meio da leitura de um QR Code.
"O cliente lê o código e já entra em um bate-papo com um atendimento direto da fábrica. A demanda é filtrada, e vai para a fábrica ou um concessionário da região do cliente", explica Alouche.
Segundo o executivo, esse processo estava em curso, mas seu prazo de implantação, ainda como uma fase de testes, com expectativas baixas, era para daqui um ano.
No caso da Scania, a compra online do caminhão ainda não está disponível. Mas, o desenvolvimento foi acelerado. “É um projeto global que estava sendo previsto para daqui 2 ou 3 anos, e agora se tornou uma das prioridades”, dissr Munhoz.
“O projeto para melhorar o configurador está sendo acelerado. O cliente vai poder sair com a cotação e o financiamento já prontos. Se quiser viabilizar já no site, vai poder”, completou.
A líder de vendas do segmento no Brasil, Mercedes-Benz, também tomou a dianteira nesta corrida pela venda digital de caminhões.
A marca alemã lançou no último sábado (23) uma plataforma online para venda de caminhões novos, seminovos, peças e serviços. Após fazer um cadastro, o cliente poderá acessar um ambiente com todas as ferramentas.
No caso das compras, será direcionado para uma concessionária de sua região. "É importante ter a interlocução com alguém da sua área, que entende sua situação e fala do seu jeito", disse Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing de caminhões e ônibus da Mercedes-Benz.
"Esse é o movimento nessa direção que acreditamos muito. Não sei se vamos ter 10, 20 ou 30% das vendas de forma digital. O que a gente espera, é que tudo isso que etá acontecendo vai mudar o conceito de compra", afirmou Leoncini.
Assim como seus colegas de Scania e Volkswagen, Leoncini afirmou que o conceito de digitalização dos negócios estava em curso na Mercedes, mas que, da mesma forma que nas concorrentes, não era uma prioridade.
"Estávamos para fazer essa discussão em 24 meses, entre início, meio e fim. Talvez, a ferramenta pudesse aparecer lá no final. Mas não tínhamos nenhuma intenção de antecipar esse prazo", comentou.
Produzir para entregar
As três empresas, que possuem quase 70% do mercado de caminhões, já retomaram a produção em suas fábricas, após passarem por adaptações para evitar aglomerações. Os funcionários, por exemplo, têm a temperatura aferida antes de entrarem em seus turnos.
Além disso, a quantidade de funcionários transportados em cada ônibus fretado caiu.
Mercedes espera queda de pelo menos 20% na venda de caminhões no Brasil
Volkswagen e Scania retomam a produção de caminhões e ônibus no Brasil
A Scania também dividiu os funcionários em 2 turnos, em vez de 1, como era antes. "Tivemos que abrir muitos outros horários de almoço e janta para garantir um maior fluxo entre as pessoas", disse Munhoz.
Previsões revistas
As fabricantes decidiram reabrir as fábricas como uma forma de recuperar o volume de negócios de antes da pandemia. Ainda assim, as três esperam uma queda nas vendas em 2020.
"Voltamos a produzir para pagar uma dívida que temos com o mercado. Entramos na quarentena com 2.000 pedidos. As outras empresas produzem e colocam no pátio. Nós não. Primeiro vendemos o caminhão, depois produzimos e entregamos", disse Munhoz, da Scania.
Por isso, até meados de julho, toda a produção em São Bernardo do Campo (SP) será destinada para suprir os pedidos já realizados. A empresa acredita que o mercado vá cair entre 35 e 40% este ano.
Em Resende (RJ), a Volkswagen retomou a produção com um terço dos funcionários, que produzem 40% do que era feito antes do coronavírus.
A expectativa da empresa era que o mercado crescesse de 10 a 15% em 2020. Agora, sem falar sobre expectativas, Alouche tem a certeza de que não haverá qualquer alta em relação ao ano passado.
No entanto, já percebe uma movimentação em alguns setores. "Distribuição de alimentos, limpeza pública e agronegócio estão cotando caminhões, negociando. O próximo setor a reagir será o de distribuição urbana. Vejo com perspectiva otimista, porque as pessoas, com esse período de home-office, isolamento social, estão aprendendo a viver de outra forma", disse.
Já Philipp Schiemer, presidente da Mercedes, afirmou ao G1, em abril, que esperava, na melhor das hipóteses, uma queda de 20% nas vendas para 2020.
| G1/Auto Esporte | | | | Preço da gasolina sobe 5% nas refinarias a partir de quarta, e acumula alta de cerca de 45% no mês; diesel tem reajuste de 7%.
A estatal Petrobras aumentará os preços médios da gasolina em suas refinarias em 5% a partir de quarta-feira (27), informou a companhia em nota nesta terça-feira (26). Já o preço do diesel será elevado em 7%, acrescentou a empresa, por meio da assessoria de imprensa.
É o quarto aumento nos preços da gasolina da Petrobras neste mês, em meio a uma recuperação nos preços do petróleo, que influenciam os reajustes da companhia. Com isso, o combustível acumula alta nas refinarias de cerca de 45% em maio.
No caso do diesel, é o segundo reajuste no mês - no dia 18, o preço já havia sido reajustado em 8%, no que foi a primeira elevação desse combustível nas refinarias da estatal no ano.
Preços ao consumidor
O repasse de ajustes em valores dos combustíveis cobrados nas refinarias aos consumidores finais, nos postos, não é imediato e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro.
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