| 11 de DEZEMbro de 2019
Quarta-feira
- Educação Infantil- Período da Manhã-Sesi Boqueirão
- Indústria do Paraná cresce 6,9%
- CAE aprova empréstimos internacionais para Paraná e Ceará
- Pedidos de falência e recuperação judicial caem, diz Serasa
- CNI capacita examinadores de patentes do INPI em Indústria 4.0 e internet das coisas
- Mais de um terço das empresas brasileiras que abrem capital escolhem NY
- CAE aprova maior representatividade de microempresa no Comitê Gestor do Simples
- Empréstimo do BID ao Paraná é aprovado na CAE e vai agora para o Plenário
- Congresso aprova Plano Plurianual (PPA) para 2020-2023
- Governo de SP define ProFerramentaria
- Apesar de reduzir ritmo de crescimento, comércio sobe 0,1% em outubro
- Mais de 50% dos brasileiros acham que a inflação vai subir, diz Datafolha
- Dólar retoma queda com sinais de fluxo positivo e estreia da XP na Nasdaq
- IGP-M na 1ª prévia de dezembro sobe 1,83%, ante 0,08% na 1ª de novembro, diz FGV
- IGP-DI de novembro fica em 0,85% ante 0,55% em outubro, revela FGV
- Presidente da Caoa diz que compra de fábrica da Ford é 'remota'
- Caoa abre locadora própria para competir em vendas diretas
- Caoa Chery planeja chegar a 50 mil veículos em 2020
- Para Volvo, caminhões elétricos têm alto potencial no Brasil
- Com caminhões elétricos, Volvo aposta em lógica colaborativa
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Câmbio
Em 11/12/2019
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Dólar
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Euro
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Fonte: BACEN
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| | | | | A taxa de crescimento da produção industrial do Paraná foi de 6,9% até outubro, em comparação com mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ontem. É o melhor resultado dos últimos oito anos. No País, o desempenho foi negativo, de -1,1%.
No acumulado de doze meses, a produção fabril do Estado aumentou 5,9%, enquanto na comparação de outubro sobre setembro o parque industrial não oscilou.
| Bem Paraná | | | | A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou, na terça-feira (10), pedidos de empréstimos internacionais para os estados do Ceará (239 milhões de dólares) e do Paraná (118 milhões de dólares).
As autorizações (MSF 88/2019, MSF 89/2019 e MSF 90/2019) para os financiamentos externos seguiram com pedido de urgência para o Plenário do Senado. Segundo o senador Cid Gomes (PDT-CE), o dinheiro servirá para obras de segurança hídrica em seu estado. A reportagem é de Bruno Lourenço, da Rádio Senado.
| Agência Senado | | | | Indústria e serviços lideram solicitações
Vermelho Os pedidos de recuperação judicial caíram 3,4% em novembro ante igual período de 2018, de acordo com a Serasa. A maior parcela das solicitações é do segmento de serviços, com 44%.
Para baixo Pedidos de falência tiveram queda de cerca de 30%. O maior volume de requerimentos foi da indústria.
Relógio O tempo médio para abrir uma empresa em Porto Alegre caiu para 6 dias, ante 41 em 2017, segundo a prefeitura. De janeiro a novembro, foram licenciadas 17,3 mil, mais do que o triplo das 4,9 mil que abriram as portas em 2016.
| Folha de S. Paulo | | | | Parceria busca treinar profissionais para atender a demandas da nova transformação tecnológica. Aulas serão ministradas pela Bosch entre 11 e 13 de dezembro, no Rio de Janeiro
Um grupo de 120 examinadores do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) será capacitado para analisar patentes da Indústria 4.0, com aulas expositivas ministradas por engenheiros da Bosch. O curso é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o INPI e busca treinar os examinadores para avaliar tecnologias de fronteira. Esta é a segunda edição do curso. As aulas serão ministradas de 11 a 13 de dezembro, na sede do INPI, no Rio de Janeiro.
Em julho, o governo federal anunciou o Plano de Combate ao Backlog de Patentes. O objetivo desse plano, que é apoiado pela CNI, é reduzir o número de pedidos de patente na fila para análise, o chamado backlog, em 80% até 2021 e para 2 anos o prazo médio de concessão de patentes pelo INPI. Hoje, esse prazo está em seis anos. Com isso, a expectativa é que o instituto deixe de analisar pedidos de tecnologias antigas para se concentrar nas novas tecnologias.
O gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves, afirma que, neste ano, haverá aulas voltadas especialmente para o tema internet das coisas (IoT). “Em breve, os examinadores vão se deparar com tecnologias de fronteira. A CNI e o INPI vislumbraram a oportunidade de treiná-los para que o instituto esteja pronto para a nova demanda gerada pela transformação tecnológica em curso”, afirma Gonçalves.
O chefe de Inovação e Propriedade Intelectual da Bosch, Leandro Mandu, afirma que os profissionais da empresa apresentarão as mais recentes tecnologias relacionadas à Internet das Coisas (IoT) e à Indústria 4.0, já que ambas logo estarão no dia a dia dos examinadores principalmente após a implementação do plano de ação do backlog do INPI.
“Além da parte teórica, nossos engenheiros apresentarão de forma prática as novas tecnologias disponíveis no mercado brasileiro e também no exterior por meio do uso de produtos e equipamentos físicos. A nossa ideia é proporcionar conhecimento técnico de forma que isso venha apoiar o examinador em suas atividades diárias, especialmente naquelas referentes à análise de patentes de novas tecnologias”, afirma Mandu.
A CAPACITAÇÃO – A capacitação de examinadores do INPI foi criada a partir de um Acordo de Cooperação Técnica entre a CNI e o INPI, assinado em novembro de 2018. O acordo visa a disseminar e fortalecer a propriedade intelectual enquanto instrumento competitivo, e tem como principais metas capacitar examinadores em tecnologias de fronteira; capacitar empresários e colaboradores das federações das indústrias; atualizar, reeditar e relançar os guias de propriedade intelectual; e mapear potencialidades de Indicações Geográficas.
Em 2018, a primeira edição do curso treinou um grupo de 160 examinadores. O objetivo das instituições é qualificar todos os examinadores durante a vigência do acordo, até 2020.
O coordenador-geral de Disseminação para a Inovação do INPI, Felipe Melo, reforça a importância do curso. “A capacitação dos examinadores em tecnologias da indústria 4.0 é fundamental para atualizá-los sobre a evolução atual da inovação nesse campo, que está relacionado às patentes mais recentes que serão analisadas”, afirma.
SAIBA MAIS - Em 2006, CNI e INPI assinaram convênio que originou o Programa de Propriedade Intelectual para o Desenvolvimento Industrial, lançado em 2010. Desde então, o programa é coordenado pela CNI. Além de promover capacitações para empresários de todo o país, o programa desenvolveu guias sobre o tema voltados para diferentes públicos, tais como jornalistas, empresários, estudantes, docentes e magistrados.
| CNI (publicado em 10-12-2019) | | | | Das 13 ofertas públicas iniciais entre 2018 e 2019, cinco optaram pela Nasdaq
Mais de um terço (38,5%) das empresas brasileiras que realizaram abertura de capital entre 2018 e 2019 optaram pela Bolsa de Valores de Nova York.
Segundo especialistas, os maiores volumes de captação em ofertas de ações no exterior e as burocracias excessivas da Bolsa Brasileira foram os motivos que mais pesaram (e que continuarão a pesar) na decisão das companhias por abrir capital no exterior.
Entre 2018 e 2019, 13 empresas brasileiras fizeram IPO (da sigla em inglês para oferta pública inicial de ações). Destas, cinco optaram pela Bolsa nova-iorquina: além da XP – que, segundo o calendário oficial da Nasdaq, começa a ser negociada nesta quarta-feira (11) –, Afya Educacional, Stone, PagSeguro e Arco Educação estão na conta de companhias listadas na Nasdaq.
De acordo com o analista da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman, o maior apetite a risco dos investidores e os dispositivos mais avançados de governança corporativa da Bolsa americana, por exemplo, acabam compensando o alto custo da abertura de capital no exterior – dados pela rigorosidade dos requisitos exigidos pela SEC (órgão regulador de valores mobiliários dos Estados Unidos, o equivalente à CVM no Brasil).
Uma parede de vidro com os escritos da Nasdaq em azul pode ser visto. Do lado de fora, pessoas passam pela rua.
“O Brasil já avançou bastante em termos de governança corporativa, mas ainda existe muito a ser feito. Além disso, o investidor americano também consegue entender melhor a maturidade das companhias em seus ciclos de negócios, o que dá uma predisposição ao risco mais variada e abre espaço para uma captação mais significativa”, disse.
Entre os segmentos de listagem na B3, o Novo Mercado é aquele com o padrão mais elevado de governança corporativa, onde as empresas adotam, voluntariamente, práticas adicionais às exigidas pela legislação brasileira. No segmento, só é permitida a emissão de papéis com direito de voto (ações ordinárias).
Segundo Arbetman, diferentemente das regras brasileiras, a listagem na Bolsa americana também permite a emissão de ações preferenciais (sem direito à voto), o que seria outro impulsionador para que empresas como a XP –onde os acionistas vendedores não abrem mão do controle da companhia – escolhessem os Estados Unidos como destino.
A XP Inc, que começa a ser negociada na Nasdaq nesta quarta-feira (11), precificada em US$ 27, continuará detendo ações classe B (que possuem um poder de voto dez vezes maior) e terá o equivalente a 56,2% do poder de voto.
Para o CEO da Afya Educacional, Virgílio Gibbon, além da melhor avaliação que os investidores internacionais têm sobre a cadeia de valor da companhia, outro fator que motivou a companhia a optar pela Nasdaq foi a interação com outras marcas estrangeiras.
“São marcas com as quais podemos interagir e conhecer o que há de mais moderno, combinando educação médica mediada por tecnologia e metodologia ativas”, disse.
Ainda segundo especialistas, ao passo em que o mercado financeiro americano recebe cada vez mais companhias brasileiras interessadas na abertura de capital, a economia do Brasil e a própria B3 começam a se voltar para o incentivo do mercado de capitais nacionais.
De acordo com o economista da Órama Alexandre Espírito Santo a Bolsa brasileira acaba sendo um “termômetro” sobre o que os agentes econômicos estão esperando para o país no curto prazo. Para ele, levando em consideração o maior volume de operações, as expectativas são positivas para o próximo ano.
Os últimos dados da B3 registram 32 ofertas, entre IPOs e follow nos (ofertas subsequentes) neste ano: eram apenas cinco em 2018.
“A Bolsa passou muito tempo amargando a situação macroeconômica do país e agora começa a recuperar. Existem alguns ajustes que precisam ser feitos, mas a Bolsa brasileira não deixa nada a desejar em relação aos demais [países] emergentes”, diz Espírito Santo.
Em nota, a B3 afirmou que os números observados até novembro, de R$ 80 bilhões captados por meio de ofertas públicas, representam o melhor desempenho da Bolsa brasileira desde 2010.
“Ainda assim, a B3 permanece dedicada a uma agenda de medidas que entende serem necessárias para o desenvolvimento e atratividade do mercado de capitais”, disse por meio de nota. “Também estamos empenhados em auxiliar na discussão de outras mudanças regulatórias que podem ser entrave para algumas empresas e em reduzir o custo de observância [regulatórios] para vir à mercado”, acrescentou.
| Folha de S. Paulo | | | Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza reunião com 18 itens. Entre eles, o PLS 527/2018, que assegura que o Poder Executivo não será responsabilizado se as despesas com pessoal de outro Poder ultrapassarem os limites definidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Em pronunciamento, à bancada, senador Irajá (PSD-TO). Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Proposições legislativas
Garantir a representatividade das microempresas e empresas de pequeno porte no Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) é o objetivo de um projeto aprovado nesta terça-feira (10) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O Projeto de Lei Complementar (PLP) 147/2019 segue agora para o Plenário do Senado em regime de urgência.
Atualmente o comitê só tem integrantes indicados pelos fiscos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, e a proposição inclui um representante do Sebrae e um das confederações nacionais de representação do segmento de micros e pequenas empresas. A vaga das confederações será ocupada em regime de rodízio anual entre essas entidades.
Entre as atribuições do CGSN, estão estabelecer regras gerais sobre microempresas e empresas de pequeno porte e sobre ICMS em substituição tributária, definir que atividades podem ser exercidas pelo microempreendedor individual e regular a forma de pagamento de tributos no Simples Nacional.
Para o senador Jorginho Mello (PL-SC), autor do projeto, é preciso que os interesses das empresas que podem ser atingidas por essas mudanças sejam representados.
“O projeto permite que entidades que congregam interesses dos contribuintes microempresários, inclusive aquela responsável pela formulação da política pública do setor, também possuam voto e poder de proposição no referido comitê”, explicou.
O texto exige ainda que um dos quatro representantes da União no Comitê seja da Subsecretaria de Desenvolvimento das Micros e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato, da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia.
Alterações
O relator do texto, senador Irajá (PSD-TO), recomendou a aprovação, com emendas que alteram principalmente a redação e a técnica legislativa do texto. As mudanças são na forma de distribuição dos artigos.
No conteúdo, uma das mudanças é na responsabilidade pela indicação dos nomes da União no comitê. A lei estabelece que as indicações serão feitas pelos ministros da Fazenda e da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República. Como os dois órgãos já foram extintos, o novo texto atribui a indicação ao Ministério da Economia.
| Senado Notícias ( publicado em 10-12-2019) | | | | Proposições legislativas
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) autorizou a operação de crédito externo de US$ 118,3 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) ao estado do Paraná. A votação foi realizada na manhã desta terça-feira (10) a partir do relatório do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). A proposta segue para o Plenário, depois que foi aprovado um pedido de regime de urgência.
O recurso se destina ao programa Paraná Urbano III, conjunto de ações voltadas ao desenvolvimento urbano e melhorias de infraestrutura dos municípios paranaenses.
O relator destacou que os desembolsos devem ocorrer ao longo de cinco anos e confirmou que os requisitos básicos para o empréstimo foram atendidos, como autorização do Poder Legislativo local, a adimplência do governo estadual junto à União, a regularização do pagamento de precatórios, a observância de gastos mínimos do estado com saúde e educação e dos limites máximos com a despesa de pessoal.
Após a votação da proposta, o presidente da CAE, senador Omar Aziz (MDB-AM), deu um alerta ao governador do Paraná, Ratinho Júnior, lembrando que nenhum integrante do governo procurou a comissão para tratar de um assunto tão relevante para o estado.
| Senado Notícias ( publicado em 10-12-2019) | | | | O Plano Plurianual estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas a serem seguidos ao longo de um período de quatro anos. O texto segue para sanção presidencial
Waldemir Barreto/Agência Senado
Proposições legislativas
O Congresso aprovou nesta terça-feira (10) o projeto de lei do Plano Plurianual (PPA) para o período 2020-2023 (PLN 21/2019). A proposta aprovada foi um substitutivo do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) ao texto original do Poder Executivo, ao qual foram incorporadas 326 emendas. O texto segue para sanção presidencial.
O Plano Plurianual estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes, e para as relativas aos programas de duração continuada. As demais leis orçamentárias (como LDO e LOA) seguem essas linhas gerais do PPA.
No total, a proposta do governo Bolsonaro representa ações no valor de R$ 6,8 trilhões no período de quatro anos e estabelece cinco eixos principais — econômico, social, infraestrutura, ambiental e institucional —, mais a estratégia de defesa, consubstanciados em 13 diretrizes e 15 temas. No total, estão previstos 69 programas, com 69 objetivos e 69 metas.
Para o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), a noite de votações foi um marco da discussão de qualidade com as lideranças. O ano de 2019, na visão do líder, foi de vitórias para o governo.
— O presidente Jair Bolsonaro conclui um ano praticamente com ampla vitória na negociação com o Congresso Nacional, na aprovação da reforma da Previdência, na aprovação da Previdência dos militares, na tramitação séria e ainda continuada da PEC Paralela (PEC 133/2019) e de várias matérias importantes que agora já estão com relatores escolhidos e vão caminhar para o ano de 2020.
O presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, também destacou o que considerou a "maturidade" do Congresso Nacional ao votar ao longo do ano matérias importantes para o país.
— O Congresso mostrou que sabe, em momentos importantes, se impor enquanto Parlamento brasileiro. E este ano, não tenho dúvidas, as respostas que a sociedade aguardava foram dadas em votações importantes.
Substitutivo
A proposta do PPA encaminhada pelo governo tinha o objetivo de priorizar as políticas públicas para a primeira infância. O relator Oriovisto Guimarães, em seu substitutivo, criou também três novos programas, por meio de desmembramento de outros, nas áreas de educação especial, educação infantil e prevenção e controle do desmatamento e dos incêndios nos diferentes biomas nacionais. E definiu que órgãos e entidades do governo deverão elaborar planejamentos estratégicos alinhados ao PPA 2020-2023.
O relator manteve os critérios de eleição dos projetos prioritários para 2020-2023. Mas elevou de R$ 16,5 bilhões para R$ 54 bilhões os investimentos previstos. Parte desses recursos, conforme o parecer, poderão ser objeto de emendas parlamentares impositivas.
Além de propor mudanças na governança do PPA, o relator limitou em 25% do valor da carteira a possibilidade de o Poder Executivo alterar a lista desses investimentos prioritários. Incluiu ainda que o Congresso Nacional passe a exigir, além dos relatórios sobre os resultados alcançados, a defesa desses dados pelos gestores do governo perante a Comissão Mista de Orçamento (CMO).
| Senado Notícias ( publicado em 10-12-2019) | | | | Programa favorece investimento de montadoras e autopeças em equipamentos para produção
O governo de São Paulo concretizou o programa ProFerramentaria. A intenção é favorecer investimentos de montadoras e fabricantes de autopeças em equipamentos para produção a partir da utilização de créditos acumulados de ICMS. A resolução passa a valer após quase 13 meses de seu anúncio, no Salão do Automóvel de 2018.
Os créditos poderão ser utilizados para pagar por ferramentais produzidos por empresas instaladas no Estado de São Paulo. O governo acredita que a medida servirá para retomar a competitividade do setor, que enfrenta forte concorrência de produtos importados da China e da Coreia do Sul.
Os créditos serão liberados por projeto, que deverá ser apresentado e analisado pela Secretaria da Fazenda e Planejamento, conforme a Resolução SFP nº 104/19, publicada pelo Diário Oficial do Estado na terça-feira, 10 de dezembro.
| Automotive Business (publicado em 10-12-2019) | | | | Segundo o IBGE, das oito atividades pesquisadas, seis registraram alta
As vendas no varejo brasileiro subiram 0,1% em outubro na comparação com o mês de setembro segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta quarta-feira (11).
Apesar da redução do ritmo, este é o sexto mês positivo seguido do comércio varejista em 2019, com ganho acumulado de 2,7% e 4,2% em relação ao ano anterior. Já o acumulado dos últimos 12 meses passou de 1,6% em setembro para 1,8% em outubro, representando um crescimento discreto no ritmo de vendas.
Das oito atividades pesquisadas pela PMC (Pesquisa Mensal de Comércio), seis registraram alta. O setor de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação avançou para 5,3%, combustíveis e lubrificantes somaram 1,7%, enquanto artigos farmacêuticos, médicos ortopédicos de perfumaria e cosméticos ficaram com alta de 1,2%.
O setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico somou 8,3%, representando um crescimento pelo quarto mês consecutivo. O segmento respondeu pela segunda maior contribuição positiva ao resultado geral do varejo.
Entre as baixas, após avançar 4% entre maio e setembro, o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo mostrou variação próxima à estabilidade, com 0,1%. Já o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria recuou para 1,1% em relação ao mês de setembro.
No varejo ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas subiu para 0,8% em relação ao mês anterior, oitava expansão seguida, acumulando 5,2% no período.
Segundo o IBGE, as vendas seguiram em alta em 18 das 27 unidades da federação, com destaques para o Amapá (2,4%) e Paraíba. As quedas mais expressivas ficaram com Minas Gerais, com 5,2%, Rondônia (1,7%) e Mato Grosso do Sul (1,1%).
| Folha de S. Paulo | | | | Expectativa dos entrevistados ocorre em momento de alta de preços da carne e dos combustíveis
Pesquisa Datafolha feita no início de dezembro mostra que 52% dos brasileiros avaliam que a inflação subirá nos próximos meses, maior percentual desde o levantamento de agosto de 2018 (54%).
A piora na expectativa de inflação dos entrevistados se dá em um momento em que o IPCA (índice de preços ao consumidor do IBGE) voltou a subir por conta de itens como carnes e combustíveis.
Na pesquisa anterior, feita no final de agosto deste ano, 46% afirmaram que a inflação iria subir. Em dezembro de 2018, 27% esperavam que os índices de preços aumentariam, patamar mais baixo já registrado em um levantamento Datafolha, considerando o período que tem início em dezembro de 1994.
O percentual de pessoas que avaliam que a inflação irá cair passou de 20% em agosto para 17% em dezembro. Para 27%, a inflação ficará estável. Eram 30%, em agosto.
No levantamento, as pessoas foram questionadas se, na opinião delas, a inflação vai aumentar, vai diminuir ou vai ficar como está daqui para frente. Foram realizadas 2.948 entrevistas, nos dias 5 e 6 de dezembro, em 176 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
O comportamento da inflação é um dos argumentos usados pelo Banco Central para reduzir a taxa básica de juros. Nesta quarta (11), o Copom (Comitê de Política Monetária) deve reduzir a Selic de 5% para 4,5% ao ano e pode indicar se será o último corte do ciclo iniciado em julho deste ano.
Depois de seis meses de inflação de 0,10% ao mês, em média, o índice de preços subiu 0,51% em novembro. Cerca de 40% da alta foi reflexo do aumento da carne bovina. Para dezembro, as expectativas são de um IPCA de 0,70%.
A inflação acumulada em 12 meses continua em níveis historicamente baixos (3,27% até novembro) e deverá fechar 2019 e 2020 abaixo de 4%, algo que só aconteceu três vezes (2006, 2017 e 2018) desde que o país adotou o regime de metas de inflação, há 20 anos.
Apesar da queda na cotação da arroba do boi nas últimas semanas, o preço da carne bovina para o consumidor pode ter em dezembro alta maior do que a verificada em novembro e se manter elevado até o segundo trimestre de 2020, segundo estimativas de analistas do mercado financeiro.
Em novembro, o preço da carne bovina subiu 8%.
Essa alta, somada ao aumento de preços de outros alimentos e dos combustíveis, principalmente do etanol, deve manter a inflação medida pelo IPCA nos maiores níveis em quatro anos até fevereiro do próximo ano, segundo projeções dos analistas consultados pelo Banco Central na pesquisa semanal Focus.
Espera-se, no entanto, que o índice de preços volte a recuar e termine 2020 abaixo da meta perseguida pelo BC, de 4%, sem que haja necessidade de aumentar os juros.
Após a divulgação do IPCA de novembro, que veio acima do previsto, os analistas consultados pelo BC revisaram a projeção de inflação de dezembro de 0,48% para 0,70%. A estimativa para o fechamento do ano subiu de 3,52% para 3,84%. Não houve mudança na expectativa para o fechamento de 2020 (3,60%), o que reflete a avaliação de que o IPCA irá desacelerar ao longo do próximo ano.
Os analistas também mantiveram a perspectiva de que o Copom vai manter 4,5% no próximo ano.
O preço da carne tem sido influenciado por diversos fatores, como a seca que prejudicou o pasto e afetou a engorda de bovinos, a falta de investimentos por causa dos preços estáveis nos últimos anos, e, principalmente, o aumento da demanda da China.
“Esse efeito das carnes na inflação tende a perdurar no primeiro trimestre, talvez no segundo trimestre, com a manutenção dessa alta dos últimos tempos até que esses efeitos se encerrem”, diz Daniel Linger, estrategista da RB Investimentos.
“Em 2020, a pressão [de alta] vai se dissipar, vai estabilizar em um patamar alto, mas não vai devolver toda a alta que a gente viu nesse ano”, diz Luis Otavio Leal, economista-chefe do Banco ABC Brasil. Ele afirma que, dos componentes do tradicional PF (prato feito), só o arroz está mais barato, o que explica a alta do item alimentação fora de casa do IPCA.
Além da carne, houve forte alta do feijão no atacado, que já começou a chegar ao varejo, e reajustes de outras proteínas, por conta da substituição dos bovinos. Também se espera para janeiro e fevereiro, a depender das chuvas, aumento de hortifrutigranjeiros
Outro item do campo que tem pressionado a inflação é o álcool usado como combustível. O preço do etanol hidratado nas usinas de São Paulo passou de R$ 2 por litro pela primeira vez na série histórica de preços do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Embora as notícias sejam ruins para o consumidor, os números não são considerados um choque inflacionário, afirma Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, que projeta um IPCA de 0,85% em dezembro, recuando praticamente à metade em janeiro.
Para ele, a alta dos preços é mais um fator que deve levar o BC a não reduzir mais a taxa básica (Selic) no próximo ano, quando o país irá conviver com patamares baixos inéditos de juros e inflação.
Luis Otavio Leal, do ABC Brasil, afirma que, por enquanto, a alta da inflação é um choque de oferta e que o BC só age, nesses casos, quando há efeitos colaterais que geram repasses para outros preços.
“Se o próprio mercado acha que é um choque concentrado, não vejo motivo para o BC se preocupar com isso no curto prazo. Apenas diminuiu a chance de os juros irem abaixo de 4,5%”, afirma Leal.
“Não vejo pressão inflacionária por questão de demanda”, afirma Daniel Linger, da RB Investimentos.
| Folha de S. Paulo | | | O dólar volta a cair no mercado doméstico na manhã desta quarta-feira, 11, após ter subido na véspera, quando interrompeu seis sessões de perdas acumuladas em 2,63%. O ajuste de baixa é retomado ante o real em meio a sinais de fluxo positivo na esteira do otimismo com o mega IPO da XP Investimentos, que estreia suas ações na Nasdaq nesta quarta, e sob influência ainda do dólar fraco ante outras divisas emergentes ligadas a commodities, como dólar australiano, peso chileno e peso mexicano.
Às 9h47 desta quarta, o dólar à vista caía 0,70%, a R$ 4,1192. O dólar futuro de janeiro de 2020 recuava 0,71% no mesmo horário, a R$ 4,1205. Ainda assim, o investidor mantém alguma cautela em meio a dúvidas sobre um acordo preliminar entre Estados Unidos e China antes de domingo, enquanto espera as decisões de juros do Fed e Copom, ambas à tarde.
Mais cedo, a FGV informou uma aceleração do IGP-M na primeira prévia de dezembro, que ficou em 1,83%, ante 0,08% da primeira leitura de novembro, mas o resultado não trouxe pressão ao dólar.
Divulgadas pelo IBGE, as vendas no varejo restrito, que subiram 0,1% em outubro ante setembro, com ajuste, também foram monitoradas, mas sem impacto aparente na formação de preço do dólar. As vendas no varejo ficaram na mediana das estimativas do Projeções Broadcast (+0,1%) e dentro do intervalo (-0,60% a +1,30%).
Na comparação com outubro de 2018, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 4,2% em outubro de 2019. Nesse confronto, as projeções iam de uma elevação de 2,10% a 5,60%, com mediana de 3,80%. As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 1,6% no ano. No acumulado em 12 meses, houve avanço de 1,8%.
No caso do varejo ampliado, que inclui material de construção e veículos, subiu 0,8% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio exatamente no teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde um recuo de 0,20% a alta de 0,80%, com mediana positiva de 0,20%.
| Tribuna PR ( publicado em 11-12-2019) | | | | O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 1,83% na primeira prévia de dezembro, após ter aumentado 0,08% na primeira prévia de novembro. A informação foi divulgada na manhã desta quarta-feira, 11, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumulou elevação de 7,03% neste ano e em 12 meses.
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a primeira prévia do IGP-M de dezembro. O IPA-M, que representa os preços no atacado, aumentou 2,57% este mês, ante um avanço de 0,09% na primeira leitura de novembro.
O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, apresentou alta de 0,59% nesta medição, depois de uma redução de 0,06% em igual leitura do penúltimo mês de 2019. Já o INCC-M, que mensura o custo da construção, teve recuo de 0,12% na primeira prévia de dezembro, depois da alta de 0,29% na primeira medição de novembro.
O IGP-M é usado para reajuste de contratos de aluguel. O período de coleta de preços para cálculo do índice foi de 21 a 30 de novembro. No dado fechado do mês de novembro, o IGP-M teve elevação de 0,30%.
| Tribuna PR | | | | O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,85% em novembro, após um avanço de 0,55% em outubro, divulgou nesta segunda-feira, 9, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do indicador ficou dentro do intervalo das previsões do mercado financeiro, que estimavam uma alta entre 0,30% e 0,96%, com mediana positiva de 0,76%, de acordo com as instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma elevação de 5,85% no ano. A taxa acumulada em 12 meses ficou em 5,38%.
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve elevação de 1,11% em novembro ante uma alta de 0,84% em outubro. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, avançou 0,49% em novembro, após ter caído 0,09% em outubro. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, subiu 0,04% em novembro, depois da alta de 0,18% em outubro.
O período de coleta de preços para o índice de novembro foi do dia 1º ao dia 30 do mês.
IPAs
Medidos pelo IPA Agrícola, os preços dos produtos agropecuários no atacado subiram 4,50% em novembro, após a alta de 1,53% registrada em outubro. Já os produtos industriais encolheram 0,01% no atacado em novembro ante elevação de 0,62% em outubro.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram aumento de 1,74% em novembro ante uma alta de 0,40% em outubro.
Os preços dos bens intermediários caíram 0,20% em novembro, depois de avançarem 1,30% em outubro. Os preços das matérias-primas brutas registraram aumento de 1,90% em novembro, depois da alta de 0,82% em outubro.
| Tribuna PR | | | | Após quase dez meses de negociações, o presidente do conselho administrativo do Grupo Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, disse nesta terça-feira, 10, que segue buscando parcerias para comprar a fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, mas admitiu que as chances de o negócio se concretizar são "remotas".
Sem obter financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o negócio - avaliado entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões -, o executivo brasileiro passou a negociar com grupos chineses interessados em atuar no mercado brasileiro. Ele informou que, neste ano, esteve 15 vezes na China, a última delas no mês passado, mas não obteve ainda um acordo concreto. Acrescentou que a aquisição da Ford "seria uma grande empreitada."
"Estou conversando com três empresas chinesas e pelo menos uma delas já disse que quer produzir carros no Brasil", afirmou, embora a parceria, se confirmada, pode não envolver a fábrica da Ford, que no mês passado suspendeu todas as suas operações na área de produção.
Segundo ele, os chineses, inclusive, estariam dispostos a uma parceria em que a empresa brasileira ficaria com 51% das ações, ou seja, teria o controle majoritário do negócio.
O grupo fundado por Caoa há 40 anos já detém 50% de outra montadora chinesa, a Chery, com fábrica em Jacareí (SP), além de produzir, sob licença, alguns modelos da coreana Hyundai em Anápolis (GO).
Caoa não quis citar datas para novos encontros com a Ford ou com prováveis parceiros. "Não quero falar mais nada para não criar expectativa entre os trabalhadores e com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC", disse.
Quando anunciou, em fevereiro, que fecharia a fábrica, a Ford tinha cerca de 2,8 mil funcionários. Parte deles tinha esperança de manter-se no emprego caso a Caoa efetuasse a compra. Um crime. Em encontro com jornalistas em São Paulo na terça-feira, o empresário citou que seria "um crime fechar uma fábrica como aquela, que tem bons equipamentos".
De acordo com ele o BNDES informou não ter linhas de crédito para aquisição de fábricas, apenas para novos projetos de desenvolvimento de produtos e modernização, que só poderiam ser apresentados após a aquisição.
Caoa também buscou aportes junto ao Banco de Desenvolvimento da China, seguindo sugestão do secretário da Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, mas a instituição financeira só está disposta a emprestar dinheiro para empresas chinesas que queiram investir no País e não a grupos brasileiros.
Em operação há 52 anos, a unidade da Ford Taboão, como era conhecida, produzia caminhões e o automóvel Fiesta quando o grupo anunciou a decisão da matriz americana pelo fechamento, já que a operação era deficitária. A ordem era manter apenas a unidade de Camaçari (BA), onde são produzidos os modelos Ka e EcoSport, e a fábrica de motores em Taubaté (SP).
Logo após o anúncio, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se ofereceu para buscar um comprador e começaram as negociações com três grupos, segundo ele, mas a única a prosperar foi com o Caoa.
Em setembro, o governador anunciou que a Ford e a Caoa haviam chegado a um "bom entendimento" e que a conclusão da compra ocorreria em duas etapas. A primeira delas, num prazo de até 45 dias, seria a realização de uma due diligence para verificar condições da fábrica e produtos a serem produzidos. A segunda seria o acerto de valores, mas, desde então, as negociações não avançaram.
Nos bastidores do Palácio dos Bandeirantes já não se conta mais com a transação. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que chegou a negociar contratações e salários com Caoa, está desanimado. A entidade informa, porém, que o serviço de manutenção em equipamentos feito antes de encerrar as operações permitem que a produção de caminhões possa ser retomada em até seis meses (abril) e a de carros em até três anos.
| Bem Paraná | | | | Ideia é aumentar vendas a frotistas sem descontos excessivos
No melhor estilo “se não pode com eles, junte-se a eles”, o Grupo Caoa abriu este mês sua própria locadora de veículos, a Caoa Rent a Car, com o objetivo de aumentar sua penetração no segmento de mercado de vendas diretas, que este ano representa cerca de 45% das vendas no País. A empresa vai locar carros de todas as marcas que representa no Brasil: Ford, Hyundai, Caoa Chery e Subaru.
“Não fazemos vendas diretas [a frotistas] hoje porque no nível [de descontos] que este mercado chegou prejudica a rede de concessionários com concorrência de preços. Então preferimos abrir o nosso próprio negócio”, afirma Mauro Correia, CEO do Grupo Caoa.
Nos últimos anos o segmento de vendas diretas vem crescendo bem mais do que o varejo das concessionárias. Em 2019 os negócios com frotistas como locadoras e empresas sustentaram toda a alta do mercado nacional de veículos. O problema é que a rentabilidade é baixa ou até negativa, com a concessão de descontos que começam em 20% e chegam a superar os 30%.
Segundo Correia, inicialmente a Caoa Rent a Car irá atuar no chamado mercado de atacado, locando frotas para empresas ou em contratos de longo prazo com pessoas físicas, com locações de 11 a 36 meses. “Esse será o primeiro passo, que começamos este mês e já temos 400 carros locados. O segundo passo será lançar um modelo diferente de locação para consumidores em todas as nossas concessionárias”, explica. A expectativa é que o novo negócio seja um dos fatores que irão sustentar o crescimento do Grupo Caoa em 2020 e nos próximos anos.
| Automotive Business (publicado em 10-12-2019) | | | | Mas 2019 mal passa de 20 mil unidades vendidas; ano vai fechar abaixo da meta de 30 mil
Depois de impor ritmo alucinante de crescimento de suas vendas com elevação de 131% de 2017 para 2018 e de novo aumento porcentual parecido entre o ano passado e 2019, chegando à marca de 20 mil veículos emplacados no Brasil, a Caoa Chery já planeja outro salto estratosférico: almeja alcançar o patamar de 50 mil unidades comercializadas em 2020. Com isso, a marca surgida no fim de 2016 – com a sociedade em meio-a-meio entre a chinesa Chery e o brasileiro Grupo Caoa – ficaria na 11ª posição do ranking nacional de emplacamentos, desbancando montadoras que estão há muito mais tempo no País.
“Nossa estratégia era chegar no mercado muito rápido e fizemos isso com quatro novos carros: o sedã Arrizo 5 e os três SUVs Tiggo 2, 5x e 7. Agora vamos entrar na segunda fase do projeto, saltando para outro nível mais difícil de atingir”, afirma Marcio Alfonso, CEO da Caoa Chery.
O executivo reconhece, no entanto, que a primeira fase de lançamento da marca sino-brasileira termina abaixo do que era projetado, de fechar 2019 com cerca de 30 mil veículos vendidos. “Nosso resultado é bom, mas o ano foi um pouco mais fraco do que imaginávamos. Devemos dar um novo salto com o plano de abrir mais concessionárias, lançar mais produtos e entrar com mais força no mercado de vendas diretas, que foi o que mais cresceu no ano e tivemos presença fraca, restrita a vendas para PcD (pessoas com deficiência)”, explica Alfonso.
REDE MAIOR E LOCADORA PRÓPRIA
Entre os fatores para aquecer as vendas em 2020, a Caoa Chery passará a destinar maiores volumes ao mercado de vendas diretas, por meio da locadora que o próprio Grupo Caoa abriu este mês. Será uma forma de participar do segmento que este ano representa cerca de 45% das vendas de veículos no País.
“Nossa participação de mercado está crescendo mês a mês, saiu de 0,52% em janeiro passado para 0,83% em novembro, mas se considerar só o varejo, as concessionárias, o porcentual já é maior, sobe para 1,35%. Isso acontece porque temos baixa penetração em vendas diretas, o que deve mudar com a locadora do grupo”, explica Alfonso.
A rede vem acompanhando o ritmo forte de crescimento da marca: de 25 concessionárias em janeiro de 2018 o número subiu para 65 em janeiro de 2019 e deve alcançar 115 lojas ao fim de dezembro (72 são do próprio Grupo Caoa). O plano é chegar ao fim de 2020 com 142 pontos. “Seguramos um pouco o plano de expansão para garantir crescimento com qualidade. Mas voltamos a acelerar e já fizemos novas parcerias com grandes grupos concessionários, como o Barigui que já abriu quatro concessionárias este mês”, diz o CEO.
NOVOS PRODUTOS
Também está no horizonte a constante renovação de produtos. Ainda no primeiro semestre a Caoa Chery vai lançar no Brasil dois novos veículos: um SUV de sete assentos montado em Anápolis (GO), o Tiggo 8 (já apresentado ao público brasileiro no Salão de São Paulo de 2018), e um sedã maior que o Arrizo 5, o Arrizo 6, que vai dividir com o irmão menor a mesma linha de montagem em Jacareí (SP).
Os SUVs já montados no País, Tiggo 2 e 5x, vão passar por renovação no segundo semestre. E no fim de 2020, segundo Alfonso, dois novos carros devem ser apresentados, mas o lançamento deles deverá acontecer em 2021.
Este ano a Caoa Chery deu seus primeiros passos no segmento de carros elétricos no Brasil, lançando a versão a bateria do sedã Arrizo 5, importado da China. Mas as expectativas são de avanço lento da nova opção de propulsão por aqui: “Em 2025 a venda de modelos elétricos no País deve representar cerca de 0,5% do mercado brasileiro”, pondera Alfonso. Ainda assim, a empresa continua a estudar planos de executar a montagem de versões elétricas de veículos feitos em Jacareí, aproveitando o impulso que a tecnologia vem ganhando na China, onde a partir de 2020 as montadoras serão obrigadas a concentrar 10% das vendas em modelos elétricos.
| Automotive Business (publicado em 10-12-2019) | | | | Companhia vai lançar modelos com nova propulsão no mercado local, mas ainda não definiu quando
A Volvo começou a vender caminhões elétricos no mercado europeu em novembro deste ano e garante que a oferta da tecnologia não vai ficar restrita ao Velho Continente. “Vamos levar a novidade para os clientes brasileiros”, assegura Roger Alm, presidente global da Volvo Trucks. Quando se trata de estimar quando isso deve acontecer, no entanto, o executivo prefere não entrar em detalhes.
“Ainda não temos data. Primeiro vamos ver quais são os resultados da operação aqui na matriz e depois entender as possibilidades”, disse durante apresentação do FL e do FE elétricos à imprensa em Gotemburgo, na Suécia, na terça-feira, 10.
Marco Mildenberg, gerente de estratégia de produto da companhia no Brasil e responsável pelo estudo das possibilidades para veículos elétricos e autônomos no mercado local diz que já existe demanda por este tipo de veículo no País. “Há alguns clientes vanguardistas, que se interessam pela novidade, além de empresas que têm compromisso grande com a sustentabilidade e gostariam de incorporar a solução, ainda que inicialmente seja mais cara”, conta.
Mesmo sem data definida, o executivo diz que a chegada de caminhões elétricos no Brasil deve seguir a lógica de começar com a venda dos veículos importados para, em um segundo momento, partir para a nacionalização da produção.
Segundo ele, os preços serão mais elevados no começo, mas essa diferença poderá ser equalizada em uma série de operações em que o custo total de propriedade (TCO) do elétrico fica mais baixo que o de um veículo a combustão. Além disso, ele admite que a eletrificação pode fomentar também o surgimento de novos modelos de negócio, como o leasing do caminhão para o cliente, no lugar da venda.
O DESAFIO DE OFERECER UMA BOA REDE DE RECARGA
Mildenberg aponta que um dos aspectos que colocam o mercado brasileiro na rota de lançamento dos caminhões elétricos em curto e médio prazos é a oferta local de energia limpa. “Temos aqui uma vocação para isso”, diz. Já entre os desafios está um obstáculo comum ao mundo todo: a rede de recarga.
“Oferecer uma estrutura de abastecimento vai demandar investimento. Ainda que seja privado, feito pelos próprios clientes, isso requer algum tempo”, diz.
A Volvo entende que a infraestrutura de recarga de caminhões precisará atender a três situações. A primeira – e mais comum - é o reabastecimento na própria garagem do dono da frota, que deve responder entre 70% e 80% dos casos. “Estamos falando de uma recarga longa, até 12 horas, durante a noite em um ambiente privado”, esclarece Anders Berger, diretor de relações públicas da empresa.
Outra oportunidade está nos centros logísticos, quando ocorre a carga e descarga do veículo. O executivo indica que é nesta situação que devem ser realizados 10% a 20% dos reabastecimentos da bateria, com tempo variando de 30 a 90 minutos. A terceira possibilidade é a recarga totalmente pública, nas ruas e estradas.
Este último caso atenderá a uma minoria de até 10% da demanda, com equipamento ultrarrápido que reabastece completamente em até 45 minutos. “É uma situação difícil porque pressupõe uma parada na operação do veículo e demanda uma vaga para estacionar um caminhão – o que não é fácil em centros urbanos, por exemplo. De qualquer forma, é algo necessário para garantir flexibilidade ao sistema”, diz Berger.
AS VANTAGENS DA ELETRIFICAÇÃO
Além da possibilidade de reduzir as emissões de poluentes em uma série de situações e atender a metas ambientais, a Volvo aponta que os caminhões elétricos concentram uma série de outras vantagens. Entre elas está a potencial redução do custo de propriedade em determinadas aplicações e o aumento do conforto para o motorista.
Sem o motor a diesel, os veículos são bastante silenciosos e têm nível quase imperceptível de vibração. “Depois de horas de trabalho faz enorme diferença”, diz um condutor que tem rodado com um caminhão elétrico da marca há oito meses em um projeto piloto de entrega de mercadorias em Gotemburgo.
O silêncio dos veículos e a ausência de emissões de poluentes do escapamento também abrem uma gama de oportunidades de uso. “Teremos mais aplicações noturnas de entrega e também de coleta de lixo, por exemplo. Os veículos poderão até mesmo descarregar a mercadoria em ambientes internos, como centros comerciais, já que não poluem”, diz Mildenberg.
| Automotive Business (publicado em 10-12-2019) | | | | Empresa começa a fabricar veículos na Europa e aponta que pedidos superam capacidade inicial de entrega
Como mais uma montadora que se movimenta em direção ao transporte sustentável, a Volvo começa a vender caminhões elétricos na Europa. De largada, a nova opção já tem demanda aquecida na região. “Há muita procura. O volume de pedidos supera a nossa capacidade de entrega nos primeiros meses de produção”, conta Roger Alm, presidente global da Volvo Trucks, sem detalhar o volume, durante apresentação do FE e do FL elétricos à imprensa global na matriz da companhia em Gotemburgo, Suécia.
A fabricante recebe pedidos desde novembro e vai começar a produzir os veículos nos primeiros meses de 2020. Apesar da demanda acima da esperada, o executivo avisa que o plano não é apressar a solução, mas dar passos consistentes para eletrificar - ainda que menos acelerados. Tudo porque a questão essencial é garantir eficiência energética e transporte limpo, independentemente do tipo de propulsão, como conta Lars Mårtensson, diretor de meio ambiente e inovação da Volvo Trucks.
“Precisamos de uma abordagem holística. Para ser sustentável, temos de pensar na geração de energia, nos materiais que usamos no veículo e no uso que os clientes fazem do caminhão”, diz.
Ele lembra que gerar energia em uma usina de carvão faz com que o ciclo completo emita mais dióxido de carbono que um caminhão a diesel. Neste caso, países que não têm uma geração limpa podem reduzir seu impacto com motores a combustão mais eficientes.
A companhia defende que não basta desenvolver o veículo. É preciso construir uma série de soluções em paralelo, como a padronização do sistema de recarga destes modelos, a expansão dos postos de abastecimento e a implementação destes pontos dentro de centros logísticos por onde os caminhões vão circular.
“Para criar um mercado de caminhões elétricos, precisamos trabalhar em colaboração com parceiros, clientes e com a sociedade”, avalia Jonas Odermalm, vice-presidente de produtos de eletromobilidade da Volvo Trucks.
Assim, a companhia assume uma postura pouco tradicional no passado recente da indústria automotiva de se abrir para novos acordos no lugar de trabalhar fechada, em segredo. Segundo Alm, um dos resultados disso são os próprios caminhões elétricos, que serão produzidos de maneira bastante customizada para atender a cada cliente.
A aplicação das baterias é um exemplo dessa customização. Elas são fabricadas na Coreia do Sul pela Samsung em módulos de 500 quilos. O número de unidades necessárias varia de acordo com a aplicação e demanda por maior autonomia.
ELETRIFICAÇÃO COMEÇA POR DISTÂNCIAS CURTAS
A Volvo decidiu apresentar seus primeiros dois modelos com propulsão elétrica, o FL, de 16 toneladas de Peso Bruto Total (PBT), e o FE, de 27 toneladas, em versões-conceito para aplicação na construção civil e no transporte de mercadores em cidades, com 300 quilômetros de autonomia.
Segundo a companhia, essas possibilidades estão na lista das que garantem maior eficiência para a primeira fase de vendas de caminhões elétricos: transporte de curtas distâncias, com muitas paradas e acelerações, dentro de grandes cidades, por exemplo, em que o veículo volta para a garagem do operador para ser recarregado.
Estimativa da Volvo aponta que, na Europa, é em rotas assim que se concentra o maior volume de transporte. Para a segunda etapa da eletrificação, a companhia entende que será possível pensar em trajetos médios, superiores a 100 quilômetros. Neste caso, o veículo poderia fazer a recarga na parada para carga e descarga da mercadoria.
PREÇOS MAIS ALTOS E NOVO MODELO DE NEGÓCIO
Questionado sobre quanto a propulsão elétrica impacta os preços dos caminhões, Alm se esquiva. “O veículo fica mais caro, mas é difícil especificar o quanto porque depende totalmente do tipo de aplicação e das configurações de cada modelo. Além disso, vamos começar agora a produção em massa, por enquanto foi tudo muito customizado, para teste”, diz. Segundo ele, mais do que nunca, o foco é no TCO (do inglês Total Cost of Ownership, custo total da operação). É aí que mora a grande vantagem da eletrificação, diz o executivo.
“Além da economia com combustível, em boa parte das aplicações o caminhão elétrico gera menos custos com manutenção”, conta.
O executivo reforça que, assim como no caso dos automóveis elétricos, a tendência é que a diferença de preço diminua ao longo dos próximos anos conforme a demanda por baterias de íons de lítio avançar e os custos diminuírem com o ganho de escala.
Marco Mildenberg, gerente de estratégia de produto da companhia no Brasil, responsável pelo estudo de veículos elétricos e autônomos, diz que a chegada dos caminhões com a nova propulsão pode mudar também a lógica da compra do veículo.
“Em algum tempo existe a possibilidade de, no lugar de vender o veículo, oferecermos um leasing para que o cliente pague pelo uso apenas. Nesta situação, ficaria mais clara a relação custo-benefício”, diz, deixando claro que a eletrificação dos modelos pesados tem o potencial de gerar uma série de novas oportunidades.
| Automotive Business (publicado em 10-12-2019) | | | |
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