| Clipping Logística Reversa - 25/07/2019 – Ano 3 – Edição 90
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Chamada de Notícias
Logística Reversa
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| | | | | Somente o EcoSport já consumiu 650 milhões delas desde 2012 em seus tapetes e carpetes
Os cálculos da Ford apontam que a montadora é responsável a cada ano por transformar 1,2 bilhão de garrafas PET em carpetes para seus veículos em todo o mundo. No Brasil, cada EcoSport utiliza 470 garrafas plásticas em revestimentos na forma de carpetes e tapetes. Segundo a empresa, desde o lançamento da nova geração do SUV, em 2012, mais de 650 milhões de garrafas foram transformadas nesse tipo de revestimento.
Em peso seriam 8 mil toneladas. Se colocadas lado a lado essas garrafas reaproveitadas pelo EcoSport dariam duas voltas ao redor do mundo. A Ford informa que começou a utilizar plástico reciclado em seus veículos há 20 anos. O primeiro foi o Mondeo.
O processo para transformar plástico em tapetes e carpetes começa com a fragmentação das garrafas e tampas em pequenos flocos. Depois disso, em empresas especializadas, eles são fundidos a 260°C e transformados em fibras com a espessura de um fio de cabelo. Essas fibras são então combinadas a outras e passam por um processo têxtil, formando o material que dá origem ao carpete.
No Brasil, todos os tapetes e carpetes dos veículos fabricados localmente contêm PET reciclado. O trabalho realizado nos laboratórios globais da empresa para o desenvolvimento de materiais é complementado por pesquisas locais de matérias-primas de origem natural.
Um exemplo é a fibra de juta, que graças a um projeto pioneiro foi adicionada ao polipropileno no compósito usado na fabricação da tampa do porta-malas do Ka, com ganho de resistência e redução de peso.
A importância da reciclagem decorre do alto consumo mundial de garrafas PET, 1 milhão por minuto ou 526 bilhões por ano. A maioria é descartada na natureza.
| Automotive Business (publicado em 22-07-2019) | | | |
Os proprietários de borracharias e auto centers têm novamente um local para deixar os pneus inservíveis. O sistema de logística reversa foi restabelecido, após ficar cerca de dois meses paralisado. O Município interveio e firmou convênio com a Reciclanip, empresa responsável pela logística reversa de pneus no Paraná, disponibilizando um espaço para armazenamento, localizado no IBC da Vila Nova.
Nesta quarta-feira (24/07), um caminhão com 2 mil pneus foi carregado para ser transportado até a região metropolitana de Curitiba, onde fica a base paranaense da Reciclanip. “Este é o segundo lote encaminhado para que seja feita a destinação correta.
O Município interveio após denúncias de descarte clandestino de pneus inservíveis. Além da questão ambiental, outra preocupação é no tocante à saúde pública, pois os pneus mantidos a céu aberto acumulam água e contribuem para a proliferação do mosquito transmissor da dengue”, salienta o prefeito Junior da Femac.
De acordo com ele, existia um ecoponto no Parque Industrial Norte que deixou de operar há cerca de dois meses. “A partir de então, as borracharias e empresas de auto center não tinham para onde levar os pneus inservíveis. Alguns possuíam pontos cobertos na própria empresa onde estavam estocando os pneus, mas nem todos tinham essa condição”, observa o prefeito, acrescentando que o novo ponto foi criado em caráter emergencial até que seja encontrada uma solução definitiva.
Junior da Femac lembra ainda que esse é um problema enfrentado por outras cidades da região e que o espaço de armazenamento foi também disponibilizado para a Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi). “Colocamos à disposição o ecoponto para os municípios da Amuvi, pois é um problema comum enfrentado pelos municípios e Apucarana está disposta a contribuir na solução desta importante questão”, reitera Junior da Femac.
Ocimar Romagnoli Masiero, funcionário da Pneunorte Auto Center, levou cerca de 50 pneus para o armazém do IBC. “Essa é a segunda vez que trazemos aqui. Na primeira, trouxemos 130 inservíveis. Para nós, ficou excelente. Antes, o recolhimento ocorria uma vez por semana e agora é duas vezes. Além disso, antes tinha um custo de R$ 1 para pneu de utilitário e R$ 0,50 por pneu de carro de passeio. Agora, não existe mais esse custo”, destaca Romagnoli.
De acordo com o convênio com a empresa Reciclanip, a Prefeitura disponibiliza o depósito coberto para acondicionamento dos pneus e trabalhadores para carregamento dos caminhões que vierem recolher o material. “Carregamos um caminhão no início do mês e agora mais um, totalizando 4 mil pneus. Com base na quantidade diária que está chegando aqui, acredito que a cada 15 ou 20 dias irá um caminhão cheio para Curitiba”, afirma Evangelista (Ivan) Ribeiro de Matos, funcionário da Prefeitura responsável pelo recebimento dos pneus.
Conforme orientação da Divisão de Endemias da Autarquia Municipal de Saúde, os pneus não devem conter água ou lama. Além disso, para facilitar o trabalho de reciclagem, devem estar inteiros e não em pedaços como tiras ou lascas. O recebimento no IBC ocorre nas segundas e quartas-feiras, no período das 8 às 11 horas e das 13 às 16 horas.
Após ser encaminhado para a Reciclanip, os pneus são utilizados como combustível alternativo em fornos de cimenteiras, transformados em tapetes para automóveis, pisos industriais e pisos para quadras poliesportivas, além de serem adicionados à massa asfáltica dando origem ao chamado asfalto-borracha. A Reciclanip foi criada em 2007 pelas fabricantes de pneus, como Bridgestone, Goodyear, Michelin, Pirelli, Continental e Dunlop. A empresa tem a missão de administrar o processo de coleta e destinação de pneus inservíveis, colocando em prática a logística reversa.
| TN Online ( publicado em 24-07-2019) | | | |
Diego aprendeu a nadar no rio que hoje ajuda a limpar
O rio Atuba passa nos fundos da casa em que o vendedor Diego Saldanha cresceu, no bairro Jardim das Flores, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba (PR). Foram naquelas águas, mais de duas décadas atrás, que Diego, atualmente com 33 anos, aprendeu a nadar.
Mas o vendedor acompanhou, nas últimas décadas, o início do período que considera o mais triste para o Atuba. "As águas ficaram cada vez mais sujas e não havia mais peixes. O rio era limpo quando eu era criança, mas depois começou a ficar muito poluído", diz à BBC News Brasil.
O Atuba passa por Curitiba, Colombo e Pinhais - também na região metropolitana da capital paranaense. Quando as águas dele se encontram com as do rio Iraí, formam o Iguaçu, que leva às cataratas, no extremo oeste do Paraná.
Para tentar limpar o trecho que passa perto de sua residência - ele mora ao lado da casa dos pais, onde cresceu -, o vendedor pesquisou sobre como poderia melhorar a situação do rio.
Em janeiro de 2017, ele reuniu garrafas pet de dois litros em uma rede e esticou a barreira flutuante de uma margem do rio à outra. A partir de então, surgiu a "ecobarreira", como o vendedor define o objeto que segura o lixo carregado pela correnteza.
A primeira tentativa trouxe poucos resultados, mas mostrou que a iniciativa, caso melhorada, ajudaria na retirada do lixo das águas. Dias depois de criar o primeiro formato da barreira, ele aprimorou o projeto. "Comprei galões de 50 litros, usei uma rede de proteção mais forte e refiz a barreira", conta. O vendedor afirma ter gastado cerca de R$ 1 mil, de recursos próprios.
Desde o início da ecobarreira, ele estima ter retirado quase três toneladas de resíduos das águas do rio. Cerca de 90% dos itens recolhidos, segundo o vendedor, são garrafas ou isopor. Há ainda diversos brinquedos, como bonecas ou bolas. Nos últimos anos, também recolheu objetos como televisores antigos, capacetes de motocicleta, fogão e até um sofá.
Essa lista de objetos recolhidos dá uma ideia do descaso com os rios do país, tratados por muitos, literalmente, como lixo.
O professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e doutor em Ecologia Antonio Fernando Monteiro comenta que a situação dos rios no Brasil é preocupante, em virtude da poluição que atinge a imensa maioria deles. Para o especialista, a barreira criada por Diego é uma importante forma de conscientizar a população.
"Quando um rio está sujo, fedido e com água cinza, as pessoas o enxergam como lugar de lançamento de resíduos e vão jogando tudo o que não querem mais. A limpeza que ele faz no Atuba, com a ecobarreira, mostra a importância de preservar o rio", comenta.
A ecobarreira
Do lado esquerdo da margem, no qual está localizada a casa de Diego, a barreira flutuante está fixada a uma estaca de ferro. Na parte direita, está amarrada a uma árvore. Ela é ligada entre os dois lados em forma diagonal, para que os resíduos acumulem somente na parte esquerda, para facilitar a retirada dos itens acumulados.
Em dias comuns, o trecho do rio tem cerca de um metro de profundidade. Quando o nível da água sobe, a estaca se solta em direção à margem direita. "É uma forma de segurança, porque quando o rio fica cheio, começam a descer troncos e objetos maiores. Quando o nível da água abaixa, uso uma corda para puxar a estaca da barreira de volta para a margem esquerda."
O vendedor pensou em cada detalhe da barreira durante anos, enquanto via a poluição das águas. "Quando cheguei à ideia do primeiro formato da ecobarreira, logo procurei os materiais para colocar em prática", explica.
A princípio, a esposa de Diego, a microempreendedora Tábata de Oliveira, estranhou a iniciativa do marido. "Ele chegou em casa com vários galões e disse que iria fazer algumas coisas para ajudar o rio. Eu pensei que ele estava ficando doido", diz, aos risos. Hoje, ela colabora com o marido. "Quando comecei a ver que é uma ideia que realmente ajuda o rio, passei a incentivá-lo. Tento ajudá-lo reciclando alguns itens que ele recolhe", conta.
Para retirar o lixo, Diego usa uma rede de capturar peixes e uma vestimenta específica, que inclui uma espécie de macacão de borracha e uma bota - ele ganhou a indumentária em dezembro de 2017, de uma empresa que o parabenizou pela iniciativa.
Cada item recolhido tem uma destinação específica. Os plásticos recicláveis são levados à escola municipal em que os filhos dele - de 10 e seis anos - estudam. Na unidade de ensino, os itens são pesados e vendidos. "O dinheiro fica com a própria escola, que guarda para melhorias como pintura do parquinho ou compra de livros", diz.
As bonecas são restauradas pela mãe dele, que posteriormente as doa a crianças. As bolas retiradas em bom estado são dadas a garotos da vizinhança.
Em uma pequena área nas proximidades da ecobarreira, ele construiu uma espécie de museu, onde deixa os objetos que considera como os mais curiosos entre os que retirou das águas. Ali estão itens como o fogão, televisores e capacetes.
A repercussão da iniciativa
Esposa de Diego estranhou iniciativa a princípio, mas hoje ajuda a recilar os itens que ele recolhe Imagem: Arquivo pessoal
Nas primeiras semanas da criação da ecobarreira, no início de 2017, Diego gravou um vídeo mostrando a iniciativa e o lixo recolhido. O registro viralizou nas redes sociais - até o momento são mais de 5 milhões de visualizações - e o projeto ficou conhecido em todo o Brasil.
Desde então, o vendedor passou a ser chamado para dar palestras. Em escolas, Diego fala voluntariamente sobre o assunto. Ele também costuma participar de eventos em empresas - nestes casos, recebe cachê.
O vendedor já foi premiado duas vezes pela ecobarreira. Em outubro passado, levou o Prêmio Lixo Zero, no Rio de Janeiro, no qual ganhou um troféu. Em janeiro deste ano, foi o primeiro colocado no Prêmio Pega a Visão de Empreendedorismo Popular, em Goiás, e ganhou R$ 8 mil.
Ele se diz honrado com os prêmios, mas lamenta o fato de o projeto não receber apoio do poder público de sua região. "Nunca recebi nem um obrigado. É um projeto que poderia ser ampliado pela prefeitura daqui. Poderiam também me ajudar a percorrer as escolas municipais para falar sobre a importância de cuidar dos rios. Mas nunca tive nenhum apoio", afirma.
A prefeitura de Colombo informou à BBC News Brasil, em nota, que colabora com a ecobarreira por meio de um caminhão que recolhe o lixo retirado por Diego. O vendedor, porém, diz que precisou do serviço poucas vezes. "No máximo, quatro vezes. Liguei lá e pedi para recolherem. É um serviço de retirada de entulhos, disponibilizado a qualquer cidadão. Não foi uma ajuda específica à ecobarreira", afirma.
Ainda em nota, a Prefeitura de Colombo classifica a iniciativa da ecobarreira como "ótima, na dimensão ambiental e no âmbito social e cultural". O município não planeja criar outras ecobarreiras na cidade, mas afirma que está desenvolvendo um plano para limpar os rios da região, por meio do desassoreamento.
Apesar de a prefeitura de Colombo não planejar reproduzir a barreira criada pelo morador, a iniciativa foi implantada em outras cidades brasileiras. Segundo o vendedor, ecobarreiras inspiradas na dele foram desenvolvidas em ao menos outras 10 cidades, como Blumenau (SC), Araucária (PR) e Coronel Fabriciano (MG).
Uma das cidades em que a iniciativa do vendedor foi adotada é Itaí (SP). O responsável por reproduzir o projeto foi o secretário de Meio Ambiente do Município, Guilherme de Oliveira. Ele colocou duas ecobarreiras em pontos distintos do rio Ribeirão dos Carrapatos, que nasce em Itapeva (SP) e passa por Itaí.
"Nos inspiramos na iniciativa do Diego e criamos um sistema diferente, com galões de 20 litros, revestidos em telas e passamos um cabo de aço para reforçar e não ter o risco de a barreira romper quando o nível da água subir", diz o secretário. Segundo Guilherme, foram usados R$ 2 mil para a implantação da iniciativa, por meio de recursos do município.
O amor pela natureza
Diego estudou até o nono ano do ensino fundamental e desistiu da escola para trabalhar. Ele vende frutas na região central de Curitiba. Mesmo longe das salas de aula, sempre leu sobre assuntos relacionados à natureza.
O dinheiro que fatura vendendo frutas é a principal renda da família de Diego. Ele ressalta que os gastos com a manutenção da ecobarreira são mínimos e não comprometem sua renda. Porém, por ser autônomo, ele costuma perder dias de serviço quando participa de atividades voluntárias, como palestras em escolas.
"Mas nenhuma dificuldade me afeta, porque é muito gratificante saber que estou ajudando o rio. Sempre me sinto útil quando recolho o lixo das águas, pois sei que estou fazendo algo positivo para a sociedade", relata o vendedor.
Segundo o doutor em ecologia Antonio Fernando, a ecobarreira não despolui o rio, apesar de limpar a superfície. "Não é colocando essas barreiras que vamos resolver o problema, apesar de ser uma boa iniciativa. O esgoto e o material lançado nos rios, que não são visíveis, não são retirados por essa medida. Então, o rio permanece poluído", explica.
A despoluição dos rios, conforme Antonio, ocorre somente quando há saneamento básico adequado. "É preciso haver, principalmente, cuidado com o esgoto, para que não seja jogado sem tratamento. É fundamental que exista uma estação de tratamento, para que a água saia com aspecto limpo. Mas isso, infelizmente, não é adotado em muitos locais", pontua.
"Com o crescimento da população, o volume do esgoto aumentou e, sem tratamento adequado, a poluição nos rios aumenta. É uma questão de saúde pública, que precisa de mais cuidado", acrescenta.
Os problemas trazidos pelo esgoto também preocupam Diego. Ele conta que no bairro em que mora não há tratamento adequado. Em razão disso, aderiu, em sua casa, a uma iniciativa chamada ecofossa, inspirada em um professor que havia criado medida parecida para ajudar uma comunidade ribeirinha do Amazonas.
A ecofossa consiste em um túnel de pneus, que, ligados por tubos, levam os resíduos do vaso sanitário da casa para o quintal, em um buraco quadrado de alvenaria - coberto por pedras, areia, seis bananeiras e duas taiobas. "As bactérias comem os dejetos e os transformam em líquido, que escapam pelos vãos dos pneus. Esses líquidos, já livre de contaminação são sugados pelas árvores e plantas, que precisam de água para sobreviver. Assim, nada precisa ir para a rede de esgoto e, consequentemente, não vai para o rio", diz.
Para o vendedor, a ecobarreira e a ecofossa são pequenas medidas que, apesar de não despoluir o rio, podem representar o começo da limpeza das águas.
Ele comenta que, desde que iniciou a ecobarreira, a população de sua cidade ficou mais consciente sobre a importância de preservar o rio. "Hoje jogam muito menos lixo que antes. No início, eu tinha que retirar os resíduos que se acumulavam na barreira todos os dias. Agora, como jogam menos, retiro o lixo a cada três dias", comenta. O próximo objetivo de Diego é convencer os vizinhos a adotarem a ecofossa em suas casas.
Um dos maiores orgulhos de Diego é ter se tornado um exemplo para os filhos sobre os cuidados com a natureza. "Espero que eles sejam pessoas mais conscientes sobre a importância do rio no futuro, apesar de não terem tido a oportunidade de nadar naquelas águas."
| BBC News Brasil (publicado em 17-07-2019) | | | | Empresa conseguiu criar papel reciclado que se degrada depois de seis meses no oceano
A Nestlé criou um material capaz de substituir as embalagens plásticas. Trata-se de um papel reciclado com revestimento de polímero que o torna impermeável e resistente o suficiente para passar pela linha de produção, transporte e armazenamento por nove meses. Segundo a empresa, o material reciclado se degrada depois de seis meses no oceano.
A empresa não revelou o investimento desembolsado para desenvolver essa nova tecnologia e disse que é muito cedo para avaliar qual será o impacto ao meio ambiente da troca do plástico pelo papel. A companhia diz que não pretende patentear a inovação, permitindo que outras empresas adotem o material a partir de abril de 2020. “Não é do nosso interesse segurar isso”, diz Jas Scott de Martinville, líder mundial de pesquisa e desenvolvimento de produtos de confeitaria da Nestlé, ao Financial Times. “Queremos que a indústria use papel.”
Por enquanto, a nova embalagem é usada apenas nas barras cereais da marca YES!, vendidas em vários países europeus e que devem chegar em breve ao mercado global. Para que o material fosse viável, a empresa precisou adaptar as máquinas existentes e a velocidade da linha de produção. As alterações foram pequenas, mas aumentaram os custos. A barra custa £1,20 (em torno de R$ 5,60) – 50% mais que as concorrentes.
Para Erwin Reisner, chefe do Centro de Economia Circular para Eliminar Resíduos Plásticos da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, a nova tecnologia da Nestlé é um “passo importante”. "Isso vai pressionar outros fabricantes", afirma ao Financial Times. Para além de alternativas, ele ressaltou no entanto que é necessário tornar o plástico reutilizável e reciclável.
Movimento sustentável
Um terço das embalagens de todos os produtos da Nestlé é de plástico. Desse total, a empresa não revela o quanto é reciclado. A gigante de alimentos colocou como meta para 2025 que todas as suas embalagens sejam reutilizáveis, recicláveis e biodegradáveis. O movimento contra o plástico tem se tornado comum em empresas como Unilever, McDonald’s e Lego.
De acordo com um estudo de 2017, a estimativa é que 8,3 toneladas de plástico tenham sido produzidas desde a Segunda Guerra Mundial. Cerca de quatro quintos foram descartados como lixo, enquanto apenas 9% foi reciclado.
| Época Negócios (publicado em 19-07-2019) | | | | Gestão Covas atribui saldo a desvio por catadores; cidade é 10ª em ranking de capitais
A coleta de lixo reciclável na cidade de São Paulo, feita pela gestão Bruno Covas (PSDB), caiu 13% em 2018 e atingiu a pior marca desde 2014.
Na contramão de uma tendência mundial, a queda sinaliza que a maior cidade do pais recuou em uma área em que vinha melhorando de maneira lenta, mas constante. São Paulo amarga o décimo lugar, atrás de Maceió (AL), em ranking elaborado pela Abrelpe (associação de empresas de limpeza) em 2017.
No ano passado, a quantidade de lixo reciclável recolhido foi de 76,9 mil toneladas, contra 87,9 mil toneladas em 2017 — a diferença, em peso, é equivalente a um Maracanã. Se mantiver a média do primeiro quadrimestre, o material enviado para as centrais de triagem continuará abaixo dos últimos anos.
A gestão Covas justifica a diminuição à concorrência com catadores e empresas irregulares fomentada pela crise, além da própria queda na produção de material causada pela economia desaquecida.
O resultado é que a cidade tem duas modernas centrais de triagem mecanizadas que operam com apenas metade de sua capacidade.
Embora São Paulo engatinhe na reciclagem, a cidade vinha tendo alguns avanços. Mesmo que tenha ficado longe da meta de 10% do lixo reciclado (hoje SP tem índice entre 2% e 3%), a gestão Fernando Haddad (PT) dobrou a coleta de recicláveis da casa de 40 mil toneladas para mais de 80 mil. Na administração tucana, sob Doria, foi mantido patamar similar, antes do recuo no último ano.
Atualmente, um terço da cidade não tem o serviço de recolhimento de recicláveis porta a porta. Devido ao alto custo desta modalidade, a prefeitura tem tentado contornar a situação expandindo pontos de entrega voluntária, alternativa bastante comum em países europeus.
Os paulistanos que são atendidos pela coleta relatam falta de confiabilidade do serviço, o que acaba desestimulando parte da população que mora na rota dos caminhões da prefeitura.
Morador da região do Capão Redondo, o aposentado Osvande Almeida, 54, afirma que faz quatro meses que o caminhão não passa em frente à sua casa. “Reclamei e me disseram que era uma coisa pontual, que o caminhão não conseguiu entrar na rua por causa dos carros mal estacionados. Mas isso já faz meses”, diz.
Almeida afirma que, apesar da interrupção no serviço, ele continuou levando o material reciclável no ecoponto próximo de sua casa, uma exceção no bairro em que mora.
Para a consultora ambiental Verônica Polzer, São Paulo tem de ampliar o serviço de coleta e, quando não for possível, incluir ecopontos próximos das casas das pessoas.
Segundo ela, em países como a Suécia, onde apenas 0,7% do lixo vai para aterros (no Brasil o índice é de aproximadamente de 97%), a coleta de recicláveis é feita em pontos de entrega, mas que ficam a até 300 metros das casas das pessoas.
Os custos para aumentar o índice reciclagem, diz, são relativos quando se leva em conta o valor desperdiçado, seja devido ao material reciclável que vai para lixões ou pelos custos com aterros sanitário. Hoje, a unidade pública de SP que recebe os rejeitos só tem capacidade para aguentar mais 12 anos, estima a prefeitura.
“Cerca de R$ 8 bilhões que são enterrados todos os anos em São Paulo. A gente está enterrando dinheiro”, diz Verônica, que desenvolveu estudos acadêmicos sobre o assunto.
Uma alternativa barata para a melhorar a situação seria que a população fosse constantemente orientada sobre reciclagem, uma vez que muitas pessoas não sabem os horários ou mesmo que o serviço de coleta está disponível em suas ruas. Tudo isso somado a uma política educacional, que inclua a reciclagem como assunto constante nas escolas.
Enquanto há cidades japonesas onde a população separa o lixo em até 45 categorias, em São Paulo muitos não segregam o material seco do orgânico. Quando fazem, boa parte faz isso de maneira inadequada.
Atualmente, apenas 40% do material enviado às usinas seria aproveitável. Desse percentual, apenas 7% acaba sendo efetivamente reciclado.
A responsabilidade pelo baixo índice não é apenas do poder público e da população, mas também do setor privado. A indústria coloca no mercado embalagens que, mesmo recicláveis, não são reabsorvidas por ela mesma. Um exemplo disso são garrafas PET pintadas, usadas como vasilhame de leite, que acabam no lixão por falta de compradores no mercado.
Para Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, acordos setoriais bem feitos pelos estados para que a indústria assuma compromissos estimulariam a chamada logística reversa.
“A população não vai chegar sozinha a isso. O setor produtivo tem que construir a cadeia da economia circular. Tem que dar conta de receber o que produz”, afirmou.
O presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho, aponta gargalos para que a situação aconteça. “É importante que haja desoneração desses materiais para serem reutilizados. Há casos em que a tributação do reciclado é maior que da matéria virgem”, diz.
PREFEITURA INFORMA QUE TEM PROPOSTA DE MELHORIAS
O presidente da Amlurb (agência da prefeitura responsável pela zeladoria), Edson Tomaz de Lima Filho, afirma que a gestão municipal tem apostas que podem alavancar a reciclagem na cidade.
Uma delas é aumentar o número de grandes geradores cadastrados —hoje são só 22 mil, mas a estimativa é que haja dez vezes mais. São comércios e indústrias que, além de pagar pela coleta, produzem grande quantidade de lixo reciclável.
A fiscalização está sendo apertada sobre esse grupo que, algumas vezes, nem mesmo se reconhece como um grande gerador de resíduos.
Outra mudança é em relação à separação e reciclagem dos resíduos da varrição. Segundo Lima Filho, esse trabalho passou a ser feito a partir de junho, quando se iniciou novo contrato para o serviço.
Ambas as fontes ainda não entram no balanço de reciclagem da prefeitura, mas devem ser incluídas. Outro acréscimo que passará a ser contabilizado é a reciclagem de orgânicos para compostagem, o que provavelmente melhorará a posição de São Paulo no ranking nacional de reciclagem.
A meta da prefeitura é conseguir reciclar o material de todas as feiras livres da cidade. Hoje, existem cinco pátios de compostagem, quatro deles criados na gestão tucana.
Em fevereiro deste ano, a prefeitura também criou a plataforma online Recicla Sampa, com dicas, vídeos, jogos e notícias para informar a população. A ideia é dar informações que vão do horário de coleta a dicas sobre separação de materiais.
Entre os problemas enfrentados pela gestão, está a ação de catadores e empresas que levam os materiais. A colocação do lixo próximo do horário de coleta ajudaria a evitar esse desvio, mais um ponto que pode ser melhorado com informação.
COMO FUNCIONA A COLETA
1 - O caminhão passa para coletar o lixo reciclável separado. Quando não há coleta porta-a-porta na rua, a opção é levar o lixo a um dos ecopontos.
2 - O lixo é separado nas 25 cooperativas de catadores conveniadas ou em uma das duas usinas mecanizadas da cidade (uma fica em Santo Amaro, a outra na Ponte Pequena).
3 - Nas usinas, o lixo é jogado em esteiras com leitores ópticos, com capacidade para separar os materiais por tipo, cor e dimensões.
| Folha de S. Paulo (publicado em 19-07-2019) | | | | Acordo do qual agora São Paulo faz parte é o Compromisso Global para a Nova Economia do Plástico, promovido pela ONU
Medida polêmica que ainda aguarda aprovação (já prometida) do prefeito Bruno Covas (PSDB), a proibição de canudos plásticos de São Paulo é a primeira de uma nova agenda que a cidade está adotando para reduzir a produção de lixo. Nas próximas semanas, será anunciada a inclusão da capital em um acordo internacional para a redução de descartáveis e, na Câmara Municipal, uma legislação mais ampla, que proíbe todos os plásticos de uso único, está em tramitação.
O acordo do qual agora São Paulo faz parte é o Compromisso Global para a Nova Economia do Plástico, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ele foi assinado no fim de março, mas deve ser divulgado pela Prefeitura no próximo mês.
Os termos do acordo estabelecem objetivos, mas a cidade é quem determinará as metas. O compromisso é que São Paulo adote ações para eliminar o uso de embalagens de plástico desnecessárias, encorajar modelos de reúso do plástico e, entre outras ações, melhorar os índices de reciclagem do município, que hoje estão abaixo dos 10%.
A Prefeitura é a primeira cidade do continente a entrar no acordo, que tem como signatários os governos do Chile, Peru e de Granada (ilha do Caribe). O projeto vai ao encontro a iniciativas parecidas já tomadas em outros países. Em outubro do ano passado, a União Europeia decidiu banir o uso de canudos e outros produtos plásticos até 2021. No Brasil, o Rio de Janeiro foi a primeira capital a proibir os canudos de plástico. A lei foi sancionada pelo prefeito Marcelo Crivella (PRB) em junho do ano passado.
Leis
O texto, aprovado na Câmara Municipal paulistana em abril, proíbe a distribuição da canudos plásticos em restaurantes, bares, hotéis e salões de eventos, estabelecendo que eles podem ser trocados por outros materiais descartáveis, como papel reciclável e material biodegradável.
Covas já sinalizou apoio à medida, mas ainda precisa sancionar o texto e regulamentá-lo. O prefeito precisa decidir, por exemplo, quem fará a fiscalização e aplicará as multas, que variam de R$ 1 mil a R$ 8 mil.
Paralelamente, tramita na Câmara um outro projeto do vereador Xexéu Trípoli (que também apresentou o texto dos canudos), ampliando as restrições. O PL 99/2019 proíbe “o fornecimento de copos, pratos, talheres, agitadores para bebidas e varas para balões de plásticos descartáveis” nos mesmos lugares em que a distribuição de canudos foi banida, com as mesmas penalidades.
Por outro lado, o setor de hotéis e restaurantes vê a proposta com ressalva. “Qualquer medida para o meio ambiente tem o nosso apoio”, diz Percival Maricato, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). “Mas essas medidas precisam ser bem discutidas, com prazos para a adequação.”
Ambiente
Em São Paulo, o lixo coletado vai para longe do mar. Ele vai para o Aterro São João, na zona leste, distante mais de 60 quilômetros do oceano. Mas os especialistas alertam que é um erro pensar que a questão do acúmulo de plástico no meio ambiente não é uma discussão paulistana.
“O problema não é o lixo que vai para o aterro. É o que não é coletado, que é jogado nas ruas, não é recolhido, e vai parar em córregos e rios”, diz o professor de Engenharia Ambiental da USP Ronan Contrera.
Opções
O restaurante de comida natural Estela Passoni, na zona oeste de São Paulo, já nasceu sem canudos. “Nunca foi um problema, mas o fato de estar aqui em Pinheiros ajuda”, diz Mariana Passoni, de 34 anos, uma das sócias do estabelecimento na Rua Joaquim Antunes. Há dois anos, o restaurante serve as bebidas no estilo “boca no copo”. E, para quem faz questão, oferece canudinho de aço inox.
Se depender de parte dos comerciantes de Pinheiros, legislações que banem os descartáveis já pegaram. Pelo bairro, é comum encontrar bares e restaurantes que, até por pressão de moradores e frequentadores mais ecológicos, acabaram se rendendo aos biodegradáveis. Em outros, como o restaurante de Mariana, a veia sustentável faz parte do modelo de negócio.
No menu do Estela Passoni, além das opções de pratos quentes e sobremesas, também estão produtos para quem quer reduzir os descartes. Os canudos de aço inox são um sucesso. A versão dobrável sai a R$ 55 e é procurada principalmente para caber na bolsa da balada.
Em uma prateleira dentro do restaurante, os copinhos de silicone também conquistam. Eles podem suportar bebidas quentes e geladas, uma alternativa ao velho copo de plástico descartável. Quem tem um desses pode se dar bem a poucos metros dali.
Na Rua dos Pinheiros, uma sorveteria da Ben & Jerry’s, já ofereceu desconto de 10% para quem põe a sobremesa em potes trazidos de casa. Há poucos meses, as pazinhas de plástico foram trocadas por outras, de madeira. E mesmo o canudo de milk shake é daqueles de papel, que se decompõe mais rapidamente.
“Os clientes mesmo não aceitam mais os canudinhos de plástico”, diz Adenilson Santos, maître do Le Jazz, na mesma região. Na Choperia São Paulo, faz quatro meses que os canudos de plástico foram abolidos. O barman Elivaldo Campos, de 40 anos, apelou para a criatividade e passou a oferecer uma espécie de canudinho feito de cana-de-açúcar.
De olho na guinada verde de Pinheiros, uma campanha aproveitou a onda. “Queremos ser o bairro mais sustentável de São Paulo”, resumem os organizadores da Recicla Pinheiros. O movimento dá um selo para estabelecimentos que já têm hábitos de descarte consciente do lixo, pontos de coleta e que ofereçam experiências sustentáveis, como dar água do filtro a seus clientes. Quarenta e oito foram avaliados e já receberam o adesivo.
A ideia é que, em julho, um mapa indique ao público onde estão essas lojas. “A meta, que é ter lixo zero, está repercutindo dentro dos estabelecimentos”, diz Vanêssa Rêgo, presidente do Coletivo Pinheiros, associação que reúne 80 estabelecimentos.
“Pinheiros reúne uma comunidade com um pouco mais de consciência”, diz Paula Gabriel, diretora de comunicação corporativa da TriCiclos, empresa de economia circular e gestão de resíduos e uma das realizadoras da campanha Recicla Pinheiros. Segundo ela, algumas atitudes, como abrir pontos de coleta de pilhas, podem ser facilmente replicadas em outras regiões.
Na Vila Madalena, clientes do Boteco do Urso já avisam aos garçons Samuel Leccese, de 22 anos, e Wanderson de Jesus, de 19, para trazer o drink – mas sem os canudinhos. E uma turma de estrangeiros, frequentadores assíduos do bar, tira do bolso os seus próprios canudos, feitos de aço inox.
Já no Astor, na mesma região, sugar a bebida virou até piada depois que o bar lançou canudos de macarrão há mais de um ano. “Teremos macarrão ao suco”, bradou um, nas redes sociais, sobre o espaguete cru que vai mergulhado nas bebidas. A moda ganhou aplausos e algumas vaias – essas dos intolerantes ao glúten. Para os celíacos, o restaurante promete a versão de papel.
Faz dois meses que são os canudos de papel que ganham as mesas no Pasquim. “A maioria dos frequentadores aceita sem resistir”, diz Ricardo Tudeia, gerente do bar. Mas o preço preocupa. Segundo ele, o novo modelo pode ser 600% mais caro do que o de plástico e não é incomum que o canudo se desfaça com a bebida, o que obriga o bar a fazer pelo menos uma reposição por cliente.
| Época Negócios (03/06/2019 - Publicado em 27/05/ 2019) | | | |
Os prejuízos ambientais causados pelo uso do plástico, principalmente os de uso único, os descartáveis, fizeram com que várias iniciativas fossem criadas para restringir o uso de canudos, sacolas e embalagens plásticas. No entanto, essas medidas dividem especialistas, pois algumas estão confundindo as pessoas e fazendo com que novos problemas sejam criados. Vamos saber quais são as trocas erradas e quais as alternativas sugeridas.
Um exemplo publicado na revista Pesquisa FAPESP é o de vendedores de coco no Rio de Janeiro que passaram a oferecer copinhos de plástico no lugar dos canudos de plástico que foram proibidos. Agir assim é "trocar seis por meia-dúzia" ou querer “tapar o sol com a peneira”. A ideia aqui é restringir o consumo do plástico e não substituir um pelo outro.
Já com relação às garrafinhas de água, ao contrário do que é sugerido, substituir o plástico por vidro não é uma boa ideia. Especialistas lembram que, além de destruir a fonte de matéria-prima advinda dos depósitos de areia, o vidro aumentaria a emissão de dióxido de carbono no transporte, pelo fato de ser um material mais pesado do que o plástico. A pesquisa ressalta a importância de avaliar a troca do plástico por outros materiais, considerando a pegada ambiental e energética de cada substituto.
Uma outra sugestão levantada é a implementação da logística reversa ou responsabilidade estendida, nas quais os fabricantes se responsabilizam por coletar as embalagens após o consumo e destiná-las para a reciclagem. Porém, a indústria do plástico discorda dessa alternativa argumentando que ela exime os consumidores dessa responsabilidade. Segundo eles, o ideal é manter a responsabilidade compartilhada, onde cada um faz a sua parte para evitar que o plástico continue a poluir o meio ambiente.
O PLANO DE RECICLAGEM DA NORUEGA QUE PODE SALVAR O PLANETA DO LIXO PLÁSTICO
Soluções biodegradáveis
Já que o plástico tornou-se tão necessário na vida das pessoas, mas infelizmente causa muitos estragos, diversas empresas estão buscando soluções biodegradáveis para o meio ambiente. Dentre elas, as mais citadas na Pesquisa FAPESP foram:
Bioplástico - É feito com fontes renováveis de biomassa de origem vegetal (mandioca, milho e resíduos agrícolas). Devido à ação de fungos e bactérias, conseguem se degradar em até seis meses.
Plástico Verde (Braskem) - À base de cana-de-açúcar, captura cerca de 3,09 toneladas de CO2 a cada tonelada de resina produzida, contribuindo para a redução da emissão de gases do efeito estufa.
Filmes plásticos biodegradáveis - Feitos a partir de óleo de babaçu e da extração de pigmento de cúrcuma, são embalagens bioativas que contêm compostos fenólicos, com propriedades antioxidantes e antimicrobianas, o que ajuda na conservação dos alimentos.
PETase - Enzima que degrada o PET em 96 horas, transformando-o em pequenas moléculas, sem que sobrem partículas macroscópicas ou pedaços de plásticos.
Além dessas alternativas, pesquisadores e cientistas trabalham para desenvolver novos polímeros que possam ser degradados quimicamente à sua constituição molecular, para serem reutilizados na produção dos mesmos plásticos.
Todos esses projetos destacados acima ainda estão em fase de estudo e desenvolvimento e podem ser acompanhados na matéria completa da revista Pesquisa FAPESP. Clique AQUI para ler o estudo na íntegra.
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| Greenme.com ( publicado em 23-07-2019) | | | | Unidade instalada em Abaiara, região do Cariri, tem capacidade de receber anualmente 30 toneladas do material e vai atender a cerca de 60 municípios
O Estado do Ceará acaba de ganhar o terceiro posto de recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas, depois de Quixeré e Ubajara. A nova unidade, que fica em Abaiara, região do Cariri, entrou em operação no último dia 23, sob a gestão da Acace (Associação do Comércio Agropecuário do Ceará), e tem capacidade para receber anualmente 30 toneladas do material.
Com isso, o Sistema Campo Limpo, programa de logística reversa de embalagens vazias e sobras pós-consumo de defensivos agrícolas, amplia sua malha, acompanhando as necessidades do setor agrícola. O posto vai atender em torno de 60 municípios do Cariri e região centro-sul do Ceará.
“Atualmente a região do Cariri é atendida por recebimento itinerante. Mas o aumento da produção agrícola, especialmente de frutas, exigiu uma avaliação para definir o melhor modelo para a região. Com a inauguração do posto, ampliamos os dias atendidos pelo Sistema e fortalecemos os recebimentos itinerantes que, mesmo com a nova unidade, continuarão a ocorrer normalmente”, destaca Harthimes Gomes, coordenador regional de Operações do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias). O instituto é a entidade gerenciadora do Sistema Campo Limpo nas atividades de destinação de embalagens vazias de defensivos agrícolas.
A implantação da unidade de recebimento segue as normas da Lei nº 9.974/00, que disciplinou a logística reversa desse material e estabeleceu responsabilidades compartilhadas entre agricultores, canais de distribuição, indústria e poder público. De acordo com a lei, cabe ao setor de comercialização indicar ao agricultor, na nota fiscal de venda, o local onde as embalagens vazias devem ser devolvidas. A lei disciplina ainda que as empresas fabricantes devem se responsabilizar pela logística reversa e destinação final ambientalmente correta.
Além da esfera estadual, outro dispositivo que auxiliou a melhoria de desempenho no Ceará foi o Termo de Compromisso firmado entre o Sistema Campo Limpo e o Governo do Estado em dezembro de 2017. Este termo é um ato previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que visa a estabelecer compromissos específicos entre os elos da cadeia, de maneira a garantir o cumprimento efetivo da responsabilidade compartilhada e logística reversa dos resíduos.
Desde então, os processos têm sido conduzidos em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Ceará (Sema) e Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adagri) juntamente com as associações de distribuidores e com apoio do inpEV.” O Posto do Cariri, sem dúvida, é um dos resultados desta cooperação celebrada pelo Termo de Compromisso Estadual”, destaca Harthimes.
O posto fica localizado no Sítio Irapuá, CE 292, em Abaiara. Haverá expediente para atendimento de agricultores toda última semana de cada mês. O material recebido será encaminhado para as centrais de Mossoró (RN) ou de Petrolina (PE). De lá, será enviado para reciclagem ou incineração.
Sobre o inpEV
Há 17 anos, o inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) atua como entidade gerenciadora do Sistema Campo Limpo nas atividades de destinação de embalagens vazias de defensivos agrícolas e promove ações de conscientização e educação ambiental sobre o tema, conforme previsto em legislação. É uma instituição sem fins lucrativos formada por mais de 100 empresas e nove entidades representativas da indústria do setor, distribuidores e agricultores.
Sobre o Sistema Campo Limpo
O Sistema Campo Limpo tem como base o princípio das responsabilidades compartilhadas entre todos os elos da cadeia produtiva (agricultores, fabricantes e canais de distribuição, com apoio do poder público) para realizar a logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas. O Brasil é referência mundial na destinação ambientalmente correta do material, encaminhando 94% de embalagens plásticas primárias para reciclagem ou incineração.
| Agrolink ( publicado em 22-07-2019) | | | | Malbec Black tem essência a partir de lascas de madeiras negras, obtidas da fabricação de barris de carvalho francês
A preocupação com o meio ambiente abre cada vez mais espaço no debate social, na medida em que as consequências da ocupação humana se tornam mais evidentes. Diante desse cenário, negócios como O Boticário investem amplamente na sustentabilidade. O mais novo lançamento da empresa brasileira de cosméticos, Malbec Black, segue essa lógica: a matéria-prima foi obtida a partir de lascas de barris de carvalho francês que costumavam armazenar bebidas alcoólicas.
O material inovador é responsável por transmitir ao perfume força e intensidade, além do aroma nobre característico das essências da linha Malbec. A fragrância foi desenvolvida pelo perfumista Pascal Guarín e carrega suaves nuances de baunilha whisky, couro e tabaco. A alquimia criativa inclui o acorde black code, proveniente do óleo natural de Oakwook extraído das madeiras negras.
A fragrância de saída é marcada por bergamota, limão, cinamomo, gengibre, juniper e cardamomo. O acorde black code ainda dá a intensidade do corpo do perfume, acompanhado por gerânio e sálvia. Já o fundo irradia sândalo, âmbar, cashmeran, olíbano, baunilha, patchouli e benjoim. A embalagem é feita em preto fosco, com toques de rosé metalizado.
A natureza também está presente no Malbec Black Shower Gel, que apresenta extrato de carvão ativado e bambu para limpeza profunda, remoção de impurezas e combate à oleosidade. Já o Malbec Black Desodorante Body Spray apresenta a opção de refil, evitando o uso exacerbado de embalagens plásticas.
Essas opções de refis, bem como o uso de madeiras negras recicladas, têm tudo a ver com as práticas sustentáveis urgentes do mundo. Das 9.711 toneladas de resíduos sólidos urbanos geradas por dia no Ceará, por exemplo, apenas 7.588 toneladas são coletadas, sendo 25% desse número ainda destinado a lixões, segundo dados do Anuário do Setor de Reciclagem do Ceará de 2016, do Sindicato de Resíduos Sólidos, Domésticos e Industriais do Ceará (Sindiverde).
Logística reversa
Além de não realizar testes em animais e comercializar produtos veganos, a marca O Boticário promove um dos maiores programas de logística reversa do País em pontos de coleta, o Boti Recicla. Nessa iniciativa, os consumidores podem devolver nas lojas as embalagens vazias dos produtos consumidos, garantido que o material será encaminhado para a reciclagem correta.
| O povo online ( publicado em 18-07-2019) | | | | Campanha deverá ser desenvolvida para atrair participação da população
As discussões e articulações do Fórum por Logística Reversa resultaram na assinatura de termo de compromisso entre o supermercado Roma (Mercantil Nova Era), a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) e o Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral do Amazonas para a criação de Posto de Entrega Voluntária (PEV), destinado ao recolhimento de materiais recicláveis descartados pelos próprios consumidores do estabelecimento comercial.
O documento foi assinado na terça-feira, dia 23, na terceira reunião do fórum, no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) em Manaus.
O termo é resultado do Fórum, que é coordenado pelo Ministério Público Federal (MPF), pelo Ministério Público de Contas do Estado de Amazonas (MPC/AM) e pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM). O acordo prevê a alocação de dois contêineres plásticos no estabelecimento comercial para o recolhimento dos resíduos, que serão recolhidos pela Semulsp e encaminhados para adequada destinação.
A próxima reunião do fórum foi marcada para o dia 29 de agosto, no auditório do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), às 9h.
Reaproveitamento de resíduos sólidos
Criado a partir de recomendação do MPF, o Fórum por Logística Reversa tem como objetivo discutir e promover medidas de reaproveitamento e adequada destinação resíduos sólidos, conforme previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos (lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010).
A legislação ambiental prevê responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos entre fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares dos serviços de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos.
| Portal do Holanda (publicado em 24-07-2019) | | | |
O governo federal deve disponibilizar para consulta pública até a próxima semana a proposta de acordo setorial para logística reversa de produtos eletroeletrônicos
O governo federal deve disponibilizar para consulta pública até a próxima semana a proposta de acordo setorial para logística reversa de produtos eletroeletrônicos. Segundo o secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, André Luiz Felisberto França, o texto foi elaborado em parceria com as empresas que tomaram a iniciativa sobre o tema.
“Esses diálogos e esses compromissos se materializaram em uma proposta de acordo setorial nacional para o setor eletroeletrônico que nós próximos dias será colocada em consulta pública”, disse ao participar da FIEE Smart Future, feira de negócios do setor elétrico e eletrônico.
Na logística reversa, indústria e comércio ficam responsáveis por garantir o descarte adequado dos produtos. O sistema está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, que entrou em vigor em 2010. Os eletroeletrônicos podem causar impactos no meio ambiente caso sejam tratados como lixo comum. Alguns componentes são feitos com materiais de alto valor que podem ser reaproveitados caso haja um processo de reciclagem adequado.
França destacou ainda que a proposta ajuda a colocar em prática pontos da política de resíduos sólidos que foram negligenciados nos últimos anos. “Uma discussão que se arrastava por nove anos, nesse curto espaço de tempo chegamos a uma proposta que representa ousadia e ao mesmo tempo exequibilidade para que tenhamos uma gestão mais sustentável do serviço de eletroeletrônicos no país”, ressaltou o secretário sobre o acordo.
O texto deverá ficar disponível para receber contribuições por 30 dias, antes da elaboração final dos termos.
Os temas como gestão de resíduos e saneamento, ligadas ao meio urbano, são, segundo França, o foco da atual gestão do Ministério do Meio Ambiente. “A convicção que os principais problemas ambientais se encontram nas cidades, que abrigam 85% da nossa população”, enfatizou. Ele apontou como exemplo, o fato de ainda existirem 2,5 mil lixões no país.
São Paulo
Em outubro de 2018, entrou em vigor em São Paulo a regulamentação estadual da Política Nacional de Resíduos Sólidos feita por lei em 2015. De acordo com as regras, empresas com mais de mil metros quadrados de área construída que não apresentarem um plano para destinação do lixo decorrente dos seus produtos podem ser punidas.
Em 2021, será a vez de todos os empreendimentos sujeitos ao licenciamento ordinário. A meta inicial para as empresas é redução de 22% em peso dos resíduos recicláveis secos que são levados para aterros sanitários.
Estão incluídos na regulamentação diversos setores, como o de lubrificantes de carros, baterias automotivas, pilhas e baterias portáteis, lâmpadas fluorescentes, pneus, agrotóxicos, tintas imobiliárias, óleos comestíveis, produtos alimentícios, bebidas, produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, produtos de limpeza, produtos eletroeletrônicos de uso domésticos, medicamentos domiciliares.
| Época Negócios ( publicado em 23-07-2019) | | | |
Ao longo dos anos, as empresas de telecomunicações realizaram alterações significativas nas tecnologias utilizadas para o fornecimento de seus serviços. No caso de banda larga, por exemplo, ao longo dos anos, as operadoras passaram a migrar as soluções via par metálico e rádio para tecnologia via fibras ópticas.
Da mesma forma, em função da necessidade de atender ao imenso tráfego de dados móveis, houve uma aceleração do processo de upgrade das tecnologias destas redes, fazendo com que as redes 3G se tornassem cada vez mais obsoletas e as redes 2G extintas.
Todos os equipamentos destas redes obsoletas, infraestrutura e cabos, acabaram se tornando um problema para as empresas de telecomunicações, pois passaram a ocupar grandes espaços físicos nas áreas de estoque (com custo elevado) e geram uma grande variedade de materiais que necessitam de um descarte de forma correta.
A Cintitec Ambiental, empresa que atua na logística reversa de eletroeletrônicos, desenvolveu uma expertise nos últimos anos, na gestão, descaracterização e destinação de 100 % dos resíduos gerados pelas empresas de telecomunicações.
Os diversos tipos de equipamentos (modens, conversores, adaptadores, conectores, etc.), infraestrutura de sites / datacenters (racks, baterias, ar condicionado, etc.) e todos os tipos de cabos (incluindo fibras ópticas); passam por um processo de análise, desprodução e descarte correto.
A Cintitec também disponibiliza para as empresas, a opção de um processo de reutilização dos equipamentos de rede de transporte de dados / IP e TI. Neste caso, os equipamentos podem receber uma excelente valorização (compra), são submetidos a exclusão de dados (se necessário), descaracterização da marca (retirada de logo ou identificação de patrimônio) e são comercializados entre outros mercados, com tecnologia inferior a do Brasil.
Sobre a Cintitec
No Brasil desde 2013, a Cintitec é uma empresa especializada na implementação e gestão de logística reversa de resíduos sólidos e sucata eletrônica para reciclagem, destruição de dados; além de tratamento de resíduos orgânicos, através de máquina de decomposição. Seu crescimento e evolução a fizeram ser um centro global para empresas preocupadas com questões ambientais e sociais. Com sede em São Paulo e Osasco, no Brasil, também possui filiais em Nova York, EUA e Santigo, Chile.
| Exame ( publicado em 22-07-2019) | | | |
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