| 22 de ABRIL de 2019
Segunda-feira
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Em 22/04/2019
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| | | | | A viagem acontece entre 21 e 27 de abril e atende convite feito pelo embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, que esteve no Paraná em março. O vice-governador Darci Piana assume a gestão estadual no período.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior lidera missão oficial do Governo do Estado à China nesta semana. A viagem acontece entre 21 e 27 de abril e atende convite feito pelo embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, que esteve no Paraná em março. O vice-governador Darci Piana assume a gestão estadual no período.
O secretário de Estado da Infraestrutura Logística, Sandro Alex, e o presidente dos Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, acompanham o governador. O grupo ficará baseado em Shangai para reuniões com representantes do Fundo de Investimentos Brasil-China, interessado em projetos sobre estrutura portuária e ferrovia. A missão paranaense também participa da 22ª Conferência Mundial de Dragagem.
O governador informa que o objetivo da viagem é apresentar oportunidades de negócios e prospectar novos investimentos chineses para o Paraná, principalmente no setor de infraestrutura e logística.
Ratinho Junior ressalta que o Paraná e a China já mantêm boa relação comercial. O mercado chinês é o principal destino das exportações paranaenses (44% do total exportado em 2018).
O governador também lembra que o fundo chinês já investe no Litoral paranaense. Em 2018 a China Merchants Port Holdings Company Limited (CMPort), uma das maiores operadoras globais de terminais de contêineres, comprou 90% do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP).
O governador Carlos Massa Ratinho Junior lidera missão oficial do Governo do Estado à China na próxima semana. A viagem acontece entre 21 e 27 de abril e atende convite feito pelo embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, que esteve no Paraná em março. O vice-governador Darci Piana assume a gestão estadual no período
| Agêncai de Notícias Governo do Paraná (pubçlicado em 21-04-2019) | | | | Consumo de importados no Brasil cresceu quase 19%
O coeficiente de penetração das importações, que mede a participação dos produtos importados no consumo nacional, aumentou 1,3 ponto percentual em relação a 2017 e alcançou em 18,4% em 2018, o maior nível desde 2011. Foi o segundo ano consecutivo de alta do indicador na série a preços constantes. O uso de insumos estrangeiros na indústria também aumentou e o setor perdeu mercado para os concorrentes internacionais, segundo uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O Minuto da Indústria mostra também que a CNI lançou um guia com 50 fundos disponíveis para financiamento de projetos do setor industrial para o clima. Nos últimos quatro anos, projetos para reduzir os impactos das mudanças climáticas receberam U$$ 400 bilhões de iniciativas espalhadas pelo mundo. De acordo com análise feita pela CNI, 68% desses recursos foram destinados a projetos de energias renováveis; seguido de transportes sustentáveis, com 17% do volume de investimentos; e de eficiência energética, com 6% desse valor.
Outro destaque é o SENAI CETIQT que está com vagas abertas para os cursos de pós-graduação em moda e vestiário, direcionados a profissionais de diversas áreas que desejam atuar no setor. Há vagas como MBI em Indústria Avançada, Confecção 4.0, Design de Produto de Moda e Gestão e Planejamento em Modelagem.
SAIBA MAIS - O Minuto da Indústria é uma produção da Agência CNI de Notícias veiculado todas as sexta-feiras. O vídeo traz os principais assuntos que foram destaque na semana sobre a indústria brasileira e internacional. Acompanhe!
| CNI (publicado em 19-04-2019) | | | | O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de abril teve um avanço de 0,4 ponto em relação ao resultado fechado de março, para 97,6 pontos, informou nesta segunda-feira, 22, a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice da Situação Atual (ISA) avançou 1,0 ponto em abril, para 98,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,2 ponto ante março, para 97,2 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria indicou uma queda de 0,3 ponto porcentual em relação ao patamar de março, passando de 74,7% para 74,4% em abril, segundo a FGV. A prévia dos resultados da Sondagem da Indústria abrange a consulta a 782 empresas entre os dias 1º e 16 de abril. O resultado final da pesquisa será divulgado no próximo dia 29.
| Em.com | | | | De 15 segmentos avaliados pela FGV, 12 operaram com uma ociosidade das fábricas acima da média histórica, o que significa uma retomada ainda muito lenta; para vice-presidente da Fiesp, não há indicativos de melhora para os próximos meses
A indústria de transformação brasileira começou o ano em um nível de ociosidade alarmante. No primeiro trimestre, a maioria dos segmentos industriais trabalhou ocupando uma parcela do potencial produtivo das fábricas abaixo da média histórica. Apenas dois de 15 segmentos avaliados, o farmacêutico e o de papel e celulose, usaram a capacidade de produção de suas fábricas em níveis considerados elevados, isto é, acima da média histórica, enquanto a indústria do vestuário registrou ocupação em níveis considerados normais.
Os resultados estão num levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), a pedido do Estado, para saber como anda a ociosidade por segmento. Ou seja, quanto os fabricantes estão desperdiçando do seu capital gasto na compra de máquinas, equipamentos e até para erguer galpões industriais que estão subaproveitados. “Continuamos com muita ociosidade, o que retrata o ritmo lento da economia. Por isso a indústria não tem necessidade de investir”, diz Aloísio Campelo, responsável pelo levantamento.
O estudo mostra que a indústria de transformação usou, no primeiro trimestre, 74,6% do seu potencial. Essa marca está abaixo da média histórica, de 81%. Quando se avalia a ocupação da indústria por categorias de uso, todas utilizaram, no período analisado, uma fatia menor da capacidade produtiva de suas fábricas do que no passado.
A maior diferença entre o nível de utilização da capacidade atual e a média histórica, descontadas as variações sazonais, ocorre nos fabricantes de bens de capital, que no primeiro trimestre estava 10,1 pontos abaixo da média histórica. Em seguida aparecem os bens intermediários (-6,1 pontos) e os bens duráveis (- 4,7 pontos).
Na saída da recessão em 2017, quando o produto interno bruto (PIB) voltou a ser positivo, a indústria teve uma retomada mais rápida, comparada a outros setores. Entre os fatores que alavancaram a retomada estavam o aumento das exportações para a Argentina, a liberação de recursos do FGTS – que foram direcionados para a compra de bens duráveis – e o crescimento do agronegócio, que demandou mais máquinas e impulsionou a indústria do setor.
A partir do segundo trimestre de 2018, porém, o quadro mudou. A greve dos caminhoneiros, a recessão argentina e a incerteza eleitoral tiraram fôlego da recuperação. Campelo acrescenta a esse quadro o enfraquecimento da demanda interna.
Sem arranque
“A atividade produtiva está andando de lado, principalmente na indústria, desde julho do ano passado. A economia está sem dinâmica”, afirma o gerente de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco. Recentemente, a CNI cortou a projeção de crescimento do PIB industrial para este ano de 3,3% para 1,1%. Em 2018, o PIB industrial cresceu 0,6%, depois de ter caído 0,5% no ano anterior.
Para Castelo Branco, a economia brasileira saiu da recessão, mas mergulhou num ciclo de semi estagnação por conta do desemprego elevado e das condições financeiras dos brasileiros, que afetaram as vendas e o faturamento das indústrias. “Com isso, hoje as indústrias não precisam ampliar o uso da capacidade instalada”, diz.
Essa folga na capacidade que dispensa investimentos é, na opinião de Castelo Branco, outro fator limitante ao arranque da economia. Isso porque os investimentos em novas fábricas geram contratações e gastos que impulsionam a atividade.
A expectativa, diz ele, era que a atividade começasse o ano em ritmo mais acelerado por causa das reformas previstas. Mas esse processo está mais complexo e demorado. “O tempo político não consegue ter a urgência do tempo econômico.”
Nichos
O levantamento da FGV mostra que apenas as indústrias de papel e celulose e farmacêutica estão com ocupação da capacidade acima da média. O primeiro está sendo puxado pela celulose, que é exportada e tem competitividade no mercado internacional. “As fábricas estão trabalhando a plena carga e tendo ótimos resultados”, afirma o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), José Ricardo Roriz Coelho. No caso do setor farmacêutico, o consumo resiste, pois remédio é um produto básico pouco afetado pelo ritmo da economia.
Outro impacto da ociosidade elevada recai sobre o capital de giro das empresas, observa Roriz Coelho. Quando as indústrias estão com ociosidade elevada, as margens de ganho ficam comprimidas porque as empresas não estão remunerando seus ativos fixos (máquinas, por exemplo). “Descapitalizadas, as indústrias vão ter problemas de capital de giro quando o mercado retomar”, diz.
Saber quando a atividade da indústria voltará a acelerar é a grande incógnita para os empresários do setor. Para o vice-presidente da Fiesp, não há nenhum indicativo de que o mercado vá melhorar nos próximos seis meses. Ele argumenta que os produtos brasileiros têm problemas de competitividade no mercado externo. “A Apex (agência de promoção às exportações) foi desmontada”, diz. Do ponto de vista do mercado interno, o recuo do desemprego depende da aprovação das reformas, acrescenta. “Sem a diminuição do desemprego não tem alta do consumo nem melhora da ocupação das fábricas. É um nó difícil de desatar.”
| O Estado de S. Paulo | | | | Incertezas e riscos para a política econômica minam a confiança e represam os investimentos
A economia brasileira caminha para registrar mais um ano perdido. Ao menos é essa a visão dos especialistas, caso o crescimento fique mesmo próximo de 1%, como indica a onda de revisões feitas por instituições financeiras nas últimas semanas.
Economistas ouvidos pela Folha falam em crescimento medíocre ou frustrante, levado por um novo componente: os riscos ligados à política econômica.
“Qualquer crescimento mais próximo de 1% representa um ano perdido e traz uma sensação muito próxima ao de uma parada súbita”, diz Silvia Matos, pesquisadora do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da Fundação Getulio Vargas.
O governo, afirma a economista, precisa criar um ambiente favorável ao investimento, reduzir a incerteza política e —fato inesperado, que não estava no radar dos especialistas há algumas semanas— evitar riscos à política econômica.
“Qual vai ser o preço do diesel? A reforma sai quando?”, questiona Matos para exemplificar as preocupações que despontam.
Coordenadora do boletim de macroeconomia da instituição, Matos prevê crescimento econômico entre 1,5% e 2% em 2019, mas avisa: o risco é para baixo. Segundo a economista, crescer 1% em 2018 foi compreensível, considerando a baixa popularidade de Michel Temer, a paralisação dos caminhoneiros, o mau humor externo em relação aos emergentes e o turbulento processo eleitoral. “Repetir isso em 2019 é inaceitável. Não há o que culpar.” Os indicadores econômicos já conhecidos não são bons.
A indústria patina influenciada pelo efeito da crise argentina sobre o setor automotivo somado a uma piora da demanda interna identificada a partir março.
Nas contas do Ibre, um indicador importante do apetite por investimentos que mede a demanda por máquinas e equipamentos deve crescer apenas 1% no primeiro trimestre sobre igual período de 2018 —algo pífio diante da queda acumulada de cerca de 30% do investimento na economia durante a recessão.
Essa falta de ânimo para investimentos se traduz em fraqueza do emprego, cuja reação ainda se dá pela informalidade. Mesmo as vagas formais geradas no mercado de trabalho, medidas pelo Caged, vêm basicamente do setor de serviços, que paga menores salários.
Economistas até esperam que o consumo das famílias cresça um pouco acima do PIB em 2019, em razão dos juros mais baixos e da lenta retomada do crédito, mas em ritmo insuficiente para fazer girar com mais força a economia.
A percepção é que o otimismo, que deu o tom na virada do ano, se reverte de modo profundo e rapidamente.
Samuel Pessôa, sócio da consultoria Reliance, pesquisador da FGV e colunista da Folha, afirma que houve frustração precoce com o governo de Jair Bolsonaro porque se imaginava que a reforma da Previdência seria encaminhada rapidamente e o país voltaria a andar.
“A política é muito ruim, o que não é de surpreender, porque Bolsonaro avisou. Ele não entende que um governo de coalização compartilha poder para negociar um projeto de país”, diz Pessôa.
Assustam muito, afirma o economista, os sinais de fraqueza dados por um governo recém-empossado.
“Se no começo de mandato ele não consegue controlar grupos de pressão, o resultado é que todo o mundo vai querer tirar uma casquinha”, diz.
“Temos um governo com sinais muito ambíguos”, diz Marcos Lisboa, presidente do Insper e também colunista da Folha. “Ele aprovou benefícios para a Sudam e a Sudene [autarquias de desenvolvimento regional], restrição ao comércio de leite e de banana, regras de conteúdo nacional. Que agenda liberal é essa?”
Outro exemplo dúbio, afirma Lisboa, foram as idas e vindas em relação ao preço do diesel.
“Foi um ruído desnecessário que revela falta de conhecimento das práticas de gestão de uma empresa estatal.”
A falta de organização de uma agenda econômica capaz de dar origem a um crescimento sustentado, diz ele, causa até pena. “O que veio foi na contramão de uma agenda de crescimento. Foi restabelecer o governo Dilma”, diz.
Da parte dos empresários, o desconforto se reflete nos principais indicadores de confiança da FGV. Após uma recuperação na virada do ano, o sinal se inverteu de forma generalizada. Os indicadores da instituição apontam queda na confiança na indústria, no comércio, no setor de serviços e até entre consumidores.
Guilherme Leal, da Natura, vê preocupação com a articulação entre Executivo e Legislativo. “Não é a melhor, para ser bastante diplomático.”
A queda da confiança ocorre em razão da imaturidade do governo, diz Júlio Cesar Lobato, presidente do grupo Trasmontano. Para Lobato, o mais preocupante são as intervenções na economia.
“Paulo Guedes aguenta isso até onde? O casamento vai até quando? Se ele sai, acaba de vez o governo.”
Para Caito Maia, presidente da Chilli Beans, existia uma expectativa de que o governo poderia ter feito mais coisas no início do ano. “Mas minha expectativa nunca foi que eu ia arrepiar neste ano, sempre foi a de que seria melhor que o ano passado, e deve ser. Sigo otimista”, afirma.
Carlos Santa Cruz, presidente da fabricante de embalagens Bemis América Latina, aponta a desaceleração do mercado em março, mas se diz ainda otimista.
“Depende muito do foco do governo como um todo.”
| Folha de S. Paulo | | | | No início do ano passado, uma pesquisa feita pela Anbima, a associação das empresas do mercado financeiro, mostrava que 56% dos entrevistados tinha interesse em poupar para investir nos 12 meses seguintes. Mas uma nova pesquisa feita agora pela entidade aponta para uma realidade bem diferente: apenas 8% da população economicamente ativa conseguiu guardar algum dinheiro para aplicação no ano passado.
Na prática, além da baixa capacidade de poupança, o levantamento evidencia uma certa confusão em torno da noção do que é ou não é uma aplicação financeira. Quando questionados apenas se ao longo de 2018 realizaram algum investimento, 25% dos entrevistados disseram que sim. No entanto, instigados a detalhar o destino desses recursos, 17% relataram aportes em bens duráveis, como carros e imóveis, reformas residenciais e até a abertura de uma pequena empresa.
Mesmo entre os 8% que efetivamente destinaram recursos para produtos do mercado financeiro, o estudo aponta para uma baixa diversificação. Dos entrevistados, mais de 80% dos que investiram no período (5,6% do total dos brasileiros), optaram pela caderneta de poupança, um produto que, no ano passado, acumulou retorno de 4,55% ao ano, ante 15% da Bolsa de Valores.
Para a pesquisa da Anbima foram realizadas 3.452 entrevistas em todo o Brasil, distribuídas em 152 municípios com a população economicamente ativa, inativos que possuem renda e aposentados das classes A, B e C, a partir dos 16 anos. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
Mercado distante
Para os responsáveis pelo levantamento, os dados sinalizam o quanto o mercado financeiro ainda está distante do dia a dia do brasileiro. E isso acontece por dois motivos: falta de educação financeira e uma dificuldade real em conseguir guardar dinheiro em meio a uma crise econômica persistente.
“Quando um entrevistado diz que investiu na compra de um carro, isso acontece porque, para ele, tudo aquilo que pode se transformar em um bem-estar no futuro é identificado como investimento”, diz a superintendente em educação financeira e informações técnicas da Anbima, Ana Claudia Leoni, uma das responsáveis pelo estudo.
Ana Claudia é do time dos que enxergam na falta de cultura de investidor o principal motivo pelo baixo número de investidores. Segundo ela, além de não saber ainda onde colocar o dinheiro, o brasileiro não quer guardar dinheiro. “Entre poupar ou consumir, ele prefere consumir. O brasileiro trabalha o mês inteiro e ainda não vê valor em colocar o que resta do dinheiro em uma aplicação. Vai preferir comprar alguma coisa”, destaca.
“Não interessa o tamanho da torneira, mas, sim, do ralo. Se fosse diferente, não teria como explicar países com PIB per capita mais baixo que o Brasil, mas com população com mais dinheiro investido”, afirma ela.
Atrás no ranking. Relatório de 2018 do Fundo Monetário Internacional coloca o Brasil como o segundo pior país em taxa de poupança per capita da América do Sul. A relação entre PIB e recursos investidos aqui é de 14,6%, à frente apenas da Venezuela, com índice de 13,1%. O país que lidera o ranking é o Equador, com 24,7%, seguido pelo Paraguai, com 22,6% (veja quadro acima).
Para a especialista em finanças domésticas Angela Nunes, da Planejar, não dá para descartar o pouco tino do brasileiro com o mercado de investimento, mas, ressalta ela, “realmente há parcela importante com dificuldade financeira para guardar dinheiro”.
De acordo com Angela, dos 8% que pouparam alguma coisa, 71% afirmaram terem conseguido isso por meio de contingenciamento das despesas domésticas. “E, entre os mais pobres, tem uma parte que não tem conhecimento ou tem dificuldade em poupar”, diz.
Ricos e pobres
Na opinião do gerente de projetos da empresa de pesquisa Plano CDE, Breno Barlach, o brasileiro, em todas as faixas sociais, sofre de uma cultura imediatista, que dificulta o hábito de investimento.
“Essa cultura independe de classes sociais. Entre os 40% mais pobres no Brasil, 6% poupam pensando na velhice, versus 17% da mesma condição social na América Latina. Entre os 60% brasileiros mais ricos, também 6% poupam pensando na velhice, enquanto são 15% na América Latina”, afirma Barlach.
| Tribuna PR | | | | Na esteira da Câmara dos Deputados, o Senado Federal também pretende votar mudanças no sistema tributário brasileiro. Projeto de lei do líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), amplia para cinco salários mínimos (R$ 4.990,00) a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Para compensar a queda na arrecadação, o projeto acaba com a isenção que é dada hoje para lucros e dividendos distribuídos por empresas a seus sócios e acionistas.
Hoje, a faixa de isenção do imposto de renda é de até R$ 1.903,98. A partir deste valor, os descontos são de 7,5%, 15%, 22,5% ou 27,5% sobre o valor dos rendimentos. A última alíquota é aplicada para quem ganha acima de R$ 4.664,68. Com a mudança, a estimativa é que cerca de 12,3 milhões de contribuintes passariam à condição de isentos. O aumento da faixa de isenção para cinco salários mínimos foi uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro.
“O meu projeto prova que é possível fazer com aumento de arrecadação”, diz o líder do MDB. Segundo ele, o partido, que tem a maior bancada no Senado, vai, passada a Páscoa, discutir temas econômicos para acelerar as propostas. O projeto prevê um ganho de arrecadação líquido de R$ 26,8 bilhões a R$ 42,2 bilhões, a serem divididos com Estados e municípios, já que o IR é repartido pela União com os governos regionais.
A ideia é afinar o discurso também com a bancada do MDB na Câmara. Na busca de protagonismo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já negociou no início do mês a apresentação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) de reforma tributária pelo líder do MDB, Baleia Rossi (SP).
Plano
Pelo projeto de Braga, a tributação acima de cinco salários mínimos seria unificada em 27,5%, a alíquota máxima da atual tabela. Para garantir o princípio de progressividade, os contribuintes poderiam deduzir a parte que é isenta até cinco salários mínimos. Ou seja, quanto maior a renda, maior a alíquota efetiva. Cálculos feitos para a elaboração do projeto, que contou com consultores do Senado, mostram que a pessoa que tem rendimentos mensais de R$ 7,5 mil teria o imposto reduzido de 15,9% para 9,2%. A redução para quem ganha R$ 10 mil mensais seria de 23,15% para 20,63%.
O projeto prevê uma taxação de 15% dos lucros e dividendos, a mesma alíquota incidente hoje sobre os ganhos da maioria das aplicações financeiras e em operações com ações. Dividendo é o pagamento que os acionistas de uma empresa recebem pelo lucro gerado. Hoje, os acionistas não precisam pagar impostos sobre os dividendos.
Pelo projeto, micro e pequenos empresários com renda anual de dividendos e lucros distribuídos abaixo do limite de isenção da tabela progressiva aplicada aos rendimentos do trabalho, no valor de R$ 59.998,00, poderão ter restituído o imposto retido na fonte. A proposta considera também a redução de 15% para 13,5% da alíquota padrão do IRPJ. O adicional de 10% do IRPJ que existe hoje cairia para 7,5%. Já a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) não seria alterada.
Por outro lado, o benefício fiscal concedido às empresas no pagamento de Juros sobre Capital Próprio (JCP) seria extinto, como também as isenções concedidas para estimular os investidores a optarem por ativos financeiros. Assim como os dividendos, os juros sobre capital próprio também são uma forma de distribuição dos lucros de uma empresa aos seus acionistas.
| Tribuna PR | | | | Produção industrial também teve queda, passando a 1,70%
A estimativa de crescimento econômico do Brasil neste ano voltou a ser reduzida com força na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira (22), com um ritmo esperado para a indústria bem mais fraco.
O levantamento semanal apontou que a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 agora é de crescimento de 1,71%, ante 1,95% previsto na semana anterior, na oitava semana seguida de redução.
O cenário para a produção industrial em 2019 sofreu forte piora, com as contas para o crescimento do setor passando a 1,70%, ante índice de 2,30% verificado anteriormente.
Economistas ouvidos pela Folha responsabilizam o panorama de incertezas e riscos da política econômica da gestão Bolsonaro como fatores determinantes para a queda de confiança de investidores.
Como a indústria se comportou em 2018
A visão dos especialistas é a de que este será mais um ano perdido, caso o crescimento fique próximo de 1%, como indicaram a onde de revisões feitas por instituições financeiras nas últimas semanas e como confirma agora a tendência observada pelo Focus.
De acordo com o boletim, a perspectiva para o PIB em 2020 também foi piorada, com os analistas consultados vendo agora uma expansão de 2,50%, 0,08 ponto percentual a menos do que no levantamento anterior.
Entretanto, o crescimento da produção industrial permaneceu sendo calculado em 3%.
Em relação à inflação, o levantamento mostrou que agora a expectativa é de uma alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) em 2019 de 4,01%, contra 4,06% verificado antes.
Para o próximo ano, permanece o cálculo de inflação de 4%.
O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25% e, de 2020, de 4%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que o cenário para a política monetária não mudou, apesar do cenário de crescimento mais fraco, com a taxa básica de juros Selic calculada este ano no atual piso histórico de 6,5%, indo a 7,5% em 2020.
Essa é a mesma perspectiva adotada pelo Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões.
| Folha de S. Paulo | | | | Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica de juros) no fim de 2019 e 2020. O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira, 22, que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 6,50% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. Já a projeção para a Selic no fim de 2020 seguiu em 7,50% ao ano, igual a quatro semanas atrás.
No caso de 2021, a projeção seguiu em 8,00%, valor igual ao verificado um mês antes. A projeção para a Selic no fim de 2022 também permaneceu em 8,00%, mesmo patamar de um mês antes.
Em março, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a manutenção, pela oitava vez consecutiva, da Selic em 6,50% ao ano. Ao mesmo tempo, o BC indicou que, em seu cenário básico, o balanço de riscos para a inflação tornou-se simétrico. Ou seja, o risco de uma inflação mais baixa – em função da ociosidade na economia – tem o mesmo peso do risco de uma inflação mais alta – por conta do andamento das reformas e do cenário externo. A instituição reiterou, porém, que manterá a “cautela, serenidade e perseverança” em suas próximas decisões, “inclusive diante de cenários voláteis”.
No grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a mediana da taxa básica em 2019 seguiu em 6,50% ao ano, igual a um mês antes. No caso de 2020, seguiu em 7,50%, igual a quatro semanas atrás.
A projeção para o fim de 2021 no Top 5 permaneceu em 8,00%. Há um mês, estava no mesmo patamar. Para 2022, a projeção do Top 5 foi de 8,00% para 7,50%, ante 8,00% de um mês antes.
| Tribuna PR | | | |
O banco digital ModalMais, do grupo Modal, que atende 490 mil clientes e tem R$ 6,5 bilhões sob custódia, conta com a aprovação da reforma da Previdência – cujo texto deve ser votado nesta semana na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara – para ver os investimentos na Bolsa avançarem.
“A reforma vai passar. Temos uma visão construtiva para o Brasil por causa da agenda mais liberal do novo governo e por um movimento de descompressão do País depois de um longo período de aperto. Esse viés positivo não tem por que mudar”, afirma o sócio-diretor do banco, Ronaldo Guimarães.
Para o executivo, se a reforma for aprovada, o Brasil pode viver o melhor dos mundos, com atividade econômica caminhando para uma melhora e juros globais baixos, o que atrai investimentos para os emergentes. Sem isso, prevê um colapso nos preços dos ativos. No sentido contrário, ele diz que o investidor brasileiro tende a aumentar o interesse por oportunidades de investimento fora do País. Veja os principais trechos da entrevista.
Os fundos de crédito privado estão crescendo bastante. Não é preocupante ver o investidor conservador nesse tipo de aplicação?
Para o investidor que está saindo de um investimento conservador como a poupança, o fundo de crédito pode não ser o melhor canal. Para esse perfil, a indicação inicial pode ser um título indexado ao CDI, como um CDB ou uma LCI, uma LCA. Outro movimento relevante que vimos foi o fluxo para fundos de debêntures incentivadas, que têm oferecido rentabilidade ligeiramente acima do CDI. A questão é que o brasileiro está muito acostumado a olhar a cota dia a dia. E o horizonte de investimento tem de ser maior. Entendemos que, pelas condições de hoje, a taxa básica de juros no Brasil vai ficar permanentemente baixa.
Por ora, nada contraria a expectativa de Selic de um dígito por muitos anos, ainda que o IPCA de março tenha surpreendido (com alta de 0,75%), é isso?
Verdade, mas não foi nada demais. Além disso, saiu o projeto de autonomia do Banco Central, o que ajuda a garantir que a instituição não será politicamente pressionada.
Qual é a avaliação de vocês sobre o andamento da reforma da Previdência?
A reforma vai passar. Temos uma visão construtiva para o Brasil por causa da agenda mais liberal do novo governo e também por um movimento de descompressão do País depois de um longo período de aperto, queda de PIB. Esse viés positivo não tem por que mudar. Mesmo no ambiente externo o sinal ficou melhor. O fato de o Fed (Federal Reserve, banco central americano) ter anunciado que iria parar de elevar juros favoreceu os emergentes, incluindo o Brasil. O BCE (Banco Central Europeu) veio na mesma linha. A previsão é que os juros, que estão negativos, vão ficar em zero. Então, hoje, estamos praticamente reféns dos nossos próprios problemas. Precisamos aprovar a reforma de qualquer maneira. Até porque não consigo fazer projeção de preços de ativos brasileiros caso a reforma não passe ou seja pífia.
Por que não é possível fazer projeções de preços?
Porque os ativos vão entrar em parafuso. As pessoas vão começar a exigir muito prêmio para comprar Brasil. Não sei o que vai acontecer com a Bolsa sem a reforma da Previdência ou mesmo para onde vai o dólar.
A ModalMais tem quantos clientes ativos na plataforma de fundos?
Na plataforma digital temos 490 mil clientes ativos. Desses, 35,5 mil investem em fundos de diversas classes – cerca de 9% estão em fundos de Bolsa. Daqui para a frente, o fluxo de recursos para fundos de ações, multimercados, para Bolsa vai depender da reforma da Previdência. Os gestores estão começando a ficar mais pessimistas.
Algum produto ou estratégia nova deve ganhar força neste ano? Alguma gestora nova que vai entrar na plataforma?
Estamos chegando muito perto do que considero o tamanho ideal da carteira. Ter mais do que 300 fundos não traz uma grande vantagem comparativa. No fim desse ano, deveremos chegar a 300 fundos e mais 40 emissores de títulos de renda fixa, o que vai significar quase 450 produtos disponíveis para os clientes. É um grande hipermercado financeiro.
| Tribuna PR | | | |
Um dos principais conselheiros do ministro Paulo Guedes, o ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni diz que o País precisa “apressar o passo” e acelerar o cronograma de reformas desenhado pela equipe econômica, que inclui mexer na Previdência e na estrutura tributária para então promover a abertura comercial. Isso porque o processo de “desaceleração sincronizada” da economia mundial impõe mais desafios ao Brasil.
“O ideal é que até o fim do ano possamos entrar na agenda pró-mercado”, diz Langoni, que é diretor do Centro de Economia Mundial da FGV.
Essa agenda envolve o “choque de energia barata” anunciado por Guedes, um dos temas que Langoni aborda em seus encontros frequentes com o ministro. A ideia é desregulamentar o setor e abrir o mercado de gás de forma a aumentar os investimentos e baixar o custo ao consumidor final. “Há potencial para deslanchar uma onda de investimentos em setores como petroquímica, fertilizantes, siderurgia, mineração, papel e celulose”, diz.
Langoni credita o baixo crescimento visto nesse início de ano ao desgaste natural provocado pela negociação das reformas e acredita que se trata de um período de transição. “No curto prazo, há um paradoxo: ao colocar as fichas da reforma da Previdência, que é essencial, aumenta-se o estresse político e isso acaba contaminando expectativas. O efeito de curtíssimo prazo é fazer com que a atividade econômica sofra”. A seguir, os principais trechos da entrevista:
O senhor tem tido audiências frequentes com o ministro Paulo Guedes. Do que tratam?
Tenho ajudado em duas áreas, ainda que de maneira informal. Uma delas é o que chamo de “reforma esquecida”, a abertura da economia. Não fazemos um movimento de abertura há 20 anos. Faltava visão clara dos governos sobre a importância da abertura como instrumento para alavancar um processo de crescimento sustentado.
Por que ela é tão importante?
A abertura toca na veia das fontes de crescimento: aumenta a taxa de investimento e a produtividade. O efeito é composto. Só que a América Latina tem longa tradição de superproteção. O que tenho defendido junto ao ministro Paulo Guedes é um processo de abertura tridimensional: não apenas de acesso a mercado, mas também de acesso a investimento e tecnologia. O Brasil vai superar a marca histórica de US$ 100 bilhões de investimento estrangeiro direto assim que essa agenda de reformas começar a ser implementada, e isso tem de fazer parte de uma estratégia de negociação externa.
Será uma agenda bilateral?
Não é nem questão de opção. O Brasil não pode ficar parado esperando que a Organização Mundial do Comércio (OMC) resolva seus problemas. Tenho defendido a tese de que deveríamos finalizar a negociação com a União Europeia, que está madura, abrir logo uma agenda com os Estados Unidos, já que se desenha uma parceria estratégica com eles, e fazer simultaneamente o mesmo com a China.
Quando começam esses movimentos de negociação?
Em economia, a ordem dos fatores altera o produto. É natural que Paulo Guedes tenha começado pela Previdência. Sem um ajuste fiscal sustentado, nada mais funciona. Você não pode pensar em abrir a economia, em atrair investimentos estrangeiros, nem mesmo em privatizar se tem trajetória explosiva da dívida pública em relação ao PIB. Mas não é a única reforma.
Há debate sobre se a reforma da Previdência vai garantir sozinha a retomada do crescimento.
Temos um paradoxo no curto prazo. É preciso começar pela Previdência, mas, sendo a primeira reforma, ela testa a capacidade do governo e o grau de governabilidade junto ao Congresso. Esse movimento gera um estresse político que realmente aumenta a incerteza e acaba contaminando as expectativas. Isso era inevitável. O efeito de curtíssimo prazo é fazer com que a economia sofra. Mas é uma transição. No momento em que a reforma for aprovada, lá para julho e agosto, ainda que com ajustes na potência fiscal final, você entra com a agenda da reforma tributária e com a modernização de marcos regulatórios, que inclui o gás.
O tal “choque de energia barata”. Chegamos ao segundo ponto que o sr. trata com Guedes.
Exato. Essa é uma ideia que levei. Temos aqui um exemplo clássico de como no Brasil os marcos regulatórios geram distorções absurdas que acabam penalizando o que é fundamental para o País ser competitivo, como o custo da energia. Essa produção de petróleo enorme que vamos ter nos próximos anos vem necessariamente acompanhada de gás. Só uma pequena parcela desse gás pode ser reinjetado (no campo, para auxiliar a própria extração de petróleo). Com oferta tão grande, como explicar que o Brasil tem hoje um custo do gás para o setor industrial muito maior que o de outros países? É um caso típico de disfunção regulatória. De um lado, a Petrobras exercia e ainda exerce monopólio feroz na produção, no transporte e na distribuição, pois participa como acionista minoritária de distribuidoras. Ela produz, transporta e vende para ela mesma – ou vende para terceiros a um preço absurdo.
Já há iniciativas do governo em curso. Em quanto tempo dá mudar esse cenário?
As ideias todas já estão muito bem definidas e sendo encaminhadas pelos ministérios da Economia e de Minas e Energia e pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). São todas decisões infra legislativas e ajustes regulatórios e isso pode ser feito até maio, início de junho no mais tardar. Por um lado, teremos a autoliberalização da Petrobras, em que ela vai reduzir participação no mercado. Na outra ponta, criaremos a figura do consumidor livre de gás natural, a exemplo do que existe no setor elétrico. Vai ser um choque de competitividade, que poderá deslanchar onda de investimentos de grande porte em setores-chave como petroquímica, fertilizantes, vidro, siderurgia, mineração, papel e celulose. Isso sem subsídio ou incentivo.
Setores da Petrobras resistem ao plano, conforme mostrou troca de mensagens flagrada pelo jornal O Estado de S. Paulo entre Guedes e integrantes da equipe econômica. O cronograma pode atrasar?
É natural que uma mudança tão radical no sentido de liberalizar o mercado, que até agora esteve controlado 100% pela Petrobras, encontre resistências. Mas estou convencido de que o benefício para o Brasil é tão evidente que isso será superado. Tenho absoluta confiança na competência e visão liberal do presidente Roberto Castello Branco. O argumento que surge agora, de primeiro criar uma gestora dos gasodutos e só depois fazer a abertura desse mercado, pode atrasar em até cinco anos o processo. Na minha opinião, não faz sentido. Primeiro, você tem de criar o mercado. Vamos vencer essas barreiras. Trata-se de uma visão distorcida e isso será esclarecido (dentro da Petrobras).
Quais os riscos para essa agenda de reformas que Guedes propõe?
Vejo mais o risco de timing, do processo de ajuste fiscal ser mais demorado do que gostaríamos. O FMI colocou muito bem: a economia mundial entrou num ciclo de desaceleração sincronizada. Não é recessão, mas é desaceleração gradual e bastante generalizada, que atinge tanto economias avançadas como emergentes. O Brasil precisa apressar o passo. Quanto mais cedo entrarmos num ciclo virtuoso, tudo fica mais fácil, inclusive o ajuste fiscal. A agenda que está posta é tão pró-Brasil que não tenho dúvidas de que será implementada. A dúvida é em que ritmo. E isso me deixa preocupado. Não pode ser gradual demais. O ideal é que até o fim do ano a gente entre na agenda pró-crescimento.
Será possível zerar o deficit fiscal já agora, como prometeu Guedes?
Zerar o déficit fiscal de forma sustentada vai demorar algum tempo. Isso pode acontecer em dois anos. E, a partir daí, gerarmos superávit. Estou projetando crescimento acima de 3% a partir de 2020. O PIB potencial praticamente pode duplicar se esse conjunto de reformas for implementado. Entraremos em outro padrão de crescimento. Com esses ajustes, entrando para a OCDE, o Brasil recupera o grau de investimento até o fim desse governo. Sou otimista porque o diagnóstico está correto. Vamos abrir um espaço para o setor privado que há muitos anos ele não tem.
| Tribuna PR (publicado em 20-04-2019) | | | | O ministro da Economia, Paulo Guedes, recorreu neste sábado, 20, à transparência do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para dar como exemplo o quão clara deve ser a política de reajuste de preços dos combustíveis pela Petrobrás. “O Castello Branco (Roberto, presidente da Petrobras) tem que ser o Copom do petróleo”, declarou em entrevista ao Blog da jornalista Julia Duailibi.
Guedes voltou a defender que a Petrobras é livre para definir os preços. O posicionamento ocorre após a divulgação de áudio em que o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, apareceu falando que o governo deu uma “trava” na Petrobrás.
Procurando evitar polêmica com o colega, o titular da Economia limitou-se a dizer que “ele Onix é muito leal e tem me ajudado muito”.
No entanto, segundo a entrevista à jornalista, uma das questões no radar da equipe econômica é aumentar a periodicidade de reajuste do diesel de 15 dias para no mínimo 30.
| Tribuna PR (publicado em 20-04-2019) | | | |
A recuperação do mercado de veículos a partir de 2017, após quatro anos de queda no período da crise, ainda não conseguiu reverter o processo de envelhecimento da frota brasileira. A idade média dos automóveis em circulação no País subiu para 9,7 anos, a maior dos últimos 18 anos. No caso dos caminhões, a média é ainda pior, de 11,4 anos, a mais alta desde 2007.
A tendência de envelhecimento continuará nos próximos dois anos, com a idade média dos automóveis chegando a 10 anos em 2020 e a dos caminhões em 11,11 anos, segundo projeções feitas pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
Estudo a ser divulgado pela entidade mostra que 2018 foi o terceiro ano seguido de aumento na idade média da frota brasileira de automóveis, depois de quase uma década de renovação puxada pelo boom de vendas de modelos novos até 2012. Movimento parecido ocorreu com os caminhões, que tradicionalmente têm vida útil mais longa e, por isso, têm idade média maior.
Fabricado há 46 anos, o Mercedes-Benz Mb 2013 foi adquirido há três anos por Lucas Eduardo Mendes, de 22 anos, que deixou a empresa onde trabalhava na área de TI para ser caminhoneiro. Ele deu R$ 10 mil de entrada e os R$ 35 mil restantes paga em prestações mensais de R$ 1 mil. “Faltam nove para quitar”, diz ele, enquanto faz reparos no motor do veículo num posto da Rodovia dos Bandeirantes.
Com uma carga de produtos de limpeza carregada em Guarulhos para ser entregue em Ribeirão Preto, Mendes diz que gostaria de trocar o caminhão mas, “com o preço pago hoje pelo frete e os gastos com pedágio e combustível não tem como comprar outro mais novo”. Autônomo, ele reclama que as empresas não contratam serviços de veículos com mais de 20 anos, por isso depende da subcontratação de transportadoras que pagam metade do valor que recebem pelo transporte.
Mendes afirma que seria necessária uma linha de crédito mais barata e menos burocrática para conseguir um caminhão mais novo. Ele afirma desconhecer detalhes da proposta feita na semana passada pelo governo Bolsonaro de liberação de créditos para a categoria pelo BNDES, mas acredita que não vai resolver o problema de muitos caminhoneiros como ele.
“Se não houver ajuda para promover a troca dos veículos mais antigos, o problema vai continuar”, afirma Elias Mufarej, diretor do Sindipeças. Há anos a entidade defende um programa de renovação da frota, começando com a inspeção veicular para retirar das ruas veículos sem condições de rodagem, principalmente caminhões e ônibus.
Na opinião de Mufarej, “uma frota mais velha traz efeitos danosos em relação à segurança, principalmente nas estradas, e as consequências são graves”.
Menos carro novo
Da frota de 1,98 milhão de caminhões em atividade no País, 9% têm até três anos de uso, ante 21,4% em 2014. Já modelos com 11 a 20 anos eram 29,5% da frota e hoje são 36,5%. Aqueles com mais de 20 anos passaram de 9% para 10,3%. Em igual período, a venda de caminhões novos caiu 45%.
No caso do automóveis, dos 37 milhões em circulação, 14,7% têm até 3 anos, participação que era de 25% em 2014. A maior parte (47,3%) tem entre 4 e 10 anos, enquanto 32% têm de 11 a 20 anos e 6% têm mais de 20 anos.
Levando em conta toda a frota circulante, incluindo comerciais leves e ônibus, há 44,8 milhões de veículos nas ruas. A idade média é de 9 anos e 6 meses. Pela projeção, este ano a idade média irá a 9 anos e 8 meses e, em 2020, a 9 anos e 10 meses.
O estudo do Sindipeças considera taxa anual de mortalidade de 1,5%, em razão dos veículos tirados de circulação por perda total em acidentes ou desmanche. Com base nele, as empresas definem a produção de peças para o mercado de reposição.
4,7 habitantes por veículo
Com a redução das vendas de veículos zero-quilômetro de 3,76 milhões de unidades em 2013 para 2,56 milhões no ano passado – 1,17 milhão a menos -, o número de habitantes por veículo no Brasil está estacionado em 4,7 desde 2016. Há dez anos, essa relação era de 6,9 habitantes por veículo.
Levando-se em conta a população economicamente ativa, ou seja, aquela que efetivamente teria condições de adquirir um veículo, o País tem 2,4 habitantes por veículo, relação que vem sendo mantida nos últimos seis anos. Em 2018 havia 3,5 habitantes por veículo nessas condição.
Nos Estados Unidos a relação é de 1,2 habitante por veículo, na Alemanha é de 1,7 e na Argentina é de 3,2 morador por veículo. Na China, maior mercado mundial de automóveis, há cerca de 8 habitantes por carro, enquanto na Índia a relação passa de 40.
| Tribuna PR (publicado em 21-04-2019) | | | | Eles vão ser menos poluentes, mais seguros e mais econômicos. E também mais caros. Os automóveis que serão produzidos no Brasil a partir do próximo ano terão obrigatoriamente itens tecnológicos que vão aproximá-los mais dos modelos globais. Para atender à legislação e ao programa automotivo Rota 2030, a nova geração de veículos será mais equipada e sofisticada. A produção dos chamados carros "populares", aqueles mais simples e mais baratos, hoje classificados como "de entrada", será reduzida ainda mais porque a alta tecnologia encarecerá os preços.
O segmento "de entrada" já vem encolhendo gradualmente. Em 2000, representava 50% das vendas de automóveis no País e hoje participa com 11,5%. Estão nessa classificação, feita pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) modelos como Chery QQ, Renault Kwid, Volkswagen Gol, Fiat Mobi e Toyota Etios, que custam entre R$ 27,5 mil e R$ 50 mil.
Para o presidente da Volkswagen do Brasil, Pablo Di Si, "o carro popular não vai desaparecer, mas o segmento vai encolher". Segundo ele, os próximos lançamentos da marca serão de modelos de segmento superior, como utilitários-esportivos (SUV) e intermediários entre carros de passeio e utilitários (CUV). "Esses segmentos são os que mais crescem no Brasil e no mundo."
Ao receberem mais sistemas de segurança, conectividade e de melhora da eficiência energética, os carros vão ficar mais caros. "Não tem como fazer diferente, a não ser que tivéssemos um volume grande de produção para o mercado interno e exportação para reduzir custos", afirma Di Si. Em 2014, quando passou a ser obrigatória a instalação de airbag frontal e freio ABS, os preços dos carros subiram entre R$ 1 mil e RS 1,5 mil.
Letícia Costa, sócia da Prada Assessoria, confirma que não há como evitar aumento de preços com os novos itens, mas ressalta ser "um dever da indústria encontrar formas de introduzi-los, também para evitar que o Brasil fique extremamente defasado". Ela acrescenta ainda que o veículo nacional terá mais chances de exportação.
Acidentes
Segundo balanço do Dpvat - o seguro obrigatório para acidentes de trânsito -, no ano passado 42 mil pessoas morreram no País em acidentes desse tipo. A instalação de novos itens de segurança deve ajudar a reduzir acidentes e a evitar ferimentos nos ocupantes. Testes feitos por entidades como o Latin NCap, o Programa de Avaliação de Novos Veículos para a América Latina e Caribe, comprovam isso.
Na lista de itens que serão obrigatórios estão estruturas reforçadas ou airbags laterais para reduzir riscos de ferimentos em batidas laterais, controle de estabilidade eletrônico (ESC, na sigla em inglês) - que corrige a trajetória do veículo em caso de perda de aderência dos pneus em curvas ou em desvios bruscos - e aviso de cinto desafivelado.
Esses e outros sete itens serão obrigatórios nos modelos novos (lançamentos) entre 2020 e 2026 e em todos os carros produzidos localmente entre 2021 e 2030. Há oito itens que ainda não têm datas definidas pelos órgãos regulatórios para serem instalados e dois que já começaram a equipar os lançamentos de 2018 (Isofix para fixar cadeirinhas de bebês e cinto de três pontos em todos os bancos) e devem estar em toda a produção a partir do próximo ano.
A instalação desses sistemas vai exigir aumento de importação, pois muitos deles, em especial os eletrônicos, não são produzidos no País, o que reduzirá o índice de nacionalização dos carros brasileiros.
Nacionalização
Por outro lado, há um esforço, ainda discreto, por parte de fabricantes de iniciarem a produção de alguns dos componentes, de olho no aumento da demanda.
A Continental vai inaugurar em maio uma linha de produção de ESC, hoje feito no País só pela Bosch. "Como a instalação desse item se tornou mandatória, haverá maior escala e a produção local passou a fazer sentido", diz o presidente da empresa, Frédéric Sebbagh. Hoje a Continental importa o sistema para fornecer às montadoras.
Na fábrica de Várzea Paulista (SP), onde o ESC será produzido, a Continental já faz freios hidráulicos e freios ABS. A capacidade inicial de produção de ESC será de 700 mil a 1 milhão de unidades ao ano, com investimento de ¤ 5 milhões (cerca de R$ 23 milhões). Placas eletrônicas serão importadas, pois não há produção local. Sebbagh vê chances de outros itens serem nacionalizados no futuro.
Testes indicam que o ESC reduz em até 38% o número de colisões traseiras, segundo o coordenador técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi), Alessandro Rubio.
Outra que inaugura nova linha nos próximos dias é a Joyson Safety System (ex-Takata), que produzirá airbags de cortina (ou laterais), sistema que poderá ser usado para atender norma que determina, a partir de 2020, o reforço nas laterais dos veículos para reduzir riscos de ferimentos em colisões laterais, comuns nos cruzamentos.
A Joyson já produz vários tipos de airbags, cintos de segurança e aviso de cinto desafivelado e está ampliando a fábrica de Jundiaí (SP). A capacidade atual de 5 milhões de airbags ao ano será duplicada, afirma Oliver Schulze, diretor de engenharia da empresa. O principal item dos airbags, o gerador de gás, é importado.
Estrelas
Schulze lembra que, além de atender ao Rota 2030, testes feitos pelo Latin NCAP incentivam as empresas a melhorem os níveis de segurança dos seus produtos. O teste que bate os carros em barreiras concede ao modelo de zero estrelas (inseguro) a cinco estrelas (segurança total), e a nota máxima normalmente é usada pela fabricante no marketing do veículo.
Alexandre Pagotto, gerente de Relações Institucionais da Bosch, fabricante de várias autopeças, como freio ABS, diz que a empresa avalia todo ano a possibilidade de produção local de itens importados, mas esbarra no volume. "Com a definição do que será obrigatório, é mais fácil planejar para o longo prazo."
Peças importadas
A participação de peças importadas nos carros brasileiros subiu de 20% em 2012 para 35% em média no ano passado, uma alta de 75% no período, segundo estudo feito pela Bright Consultoria. A expectativa é que esse porcentual suba ainda mais a partir de 2020, quando entra em vigor o calendário de itens de segurança obrigatórios.
Empresas que se anteciparem à agenda do Rota 2030 terão benefícios fiscais extras. Vários modelos lançados recentemente já estão equipados com alguns dos itens, como o Jeep Compass, fabricado em Goiana (PE), que tem aviso de saída involuntária de faixa, e o Volkswagen T-Cross, feito em São José dos Pinhais (PR), que tem controle eletrônico de estabilidade (ESC) e seis airbags.
A maior parte dos componentes é de alta tecnologia, como sensores e câmaras, e não tem produção local. "O Brasil perdeu a onda de grandes investimentos em tecnologias eletrônicas que começou há dez anos na Europa, EUA e China", diz Besaliel Botelho, presidente da Bosch na América Latina.
Como as grandes fabricantes que atuam no País são multinacionais, é possível introduzir algumas das novas tecnologias, mas o investimento só se justifica com grande escala de produção e custo competitivo, afirma Botelho. "Dos portões das fábricas para dentro somos competitivos, mas dos portões para fora não", diz, referindo-se a custos com tributos e infraestrutura.
Novo mix
Para Paulo Cardamone, presidente da Bright, o que gerou o aumento das importações nos últimos anos foi a mudança de mix de produtos voltados em especial para SUVs, legislações com obrigatoriedade de instalação de itens de segurança e eficiência energética e a instabilidade do mercado.
"Há muitos empresários postergando investimentos à espera do aumento mais consistente de vendas e produção da indústria", diz Cardamone. "Se continuar no ritmo que está, em alguns anos a participação de itens importados irá a 50%."
Mesmo alguns componentes já comuns nos carros brasileiros ainda dependem das importações. Cardamone cita a injeção de combustível e a transmissão automática (ver quadro).
O presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Flavio Sakai, ressalta que a condição tributária no País afugenta a produção local de vários componentes pois, sem escala suficiente, importar é mais barato.
Ele lembra que outro grande impacto ocorrerá quando as empresas iniciarem a produção de carros híbridos. Segundo Sakai, o índice de nacionalização desses modelos deve cair para 30% a 35% num primeiro momento, e retomar gradativamente ao longo do tempo. O mesmo ocorrerá com modelos elétricos.
Um dos indicadores da alta das importações é o saldo da balança comercial do setor de autopeças, que está negativo desde 2007, após quatro anos de superávit. Em 2018, o saldo ficou negativo em US$ 5,6 bilhões. Nos dois primeiros meses deste ano, está em US$ 625,8 milhões.
| Em.com | | | | Serviço começa em São Paulo com preço de R$ 6 para cada 15 minutos a bordo do carro
Quem não tem R$ 149.990 para investir na compra de um Renault Zoe agora pode experimentar o carro elétrico como serviço no sistema de compartilhamento que a montadora passou a oferecer em São Paulo, na Vila Olímpia. Quer dizer, para isso antes é preciso ser um dos 300 funcionários da companhia na cidade ou de uma das startups residentes do Cubo, ecossistema de inovação do Itaú, onde a montadora instalou um espaço próprio para interagir com a comunidade empreendedora, o Renault Lab.
Por enquanto a novidade roda em beta, com apenas um automóvel disponível, mas Ricardo Gondo, presidente da Renault no Brasil, diz que a companhia está pronta para acompanhar a evolução da demanda e, se for o caso, aumentar rapidamente a escala do serviço.
O preço de lançamento da novidade é de R$ 6 a cada quinze minutos de uso – bastante competitivo se comparado ao de empresas que oferecem serviços semelhantes na cidade, como a Zazcar e a Urbano, e interessante até em relação ao valor cobrado para rodar com os cada vez mais populares patinetes da Yellow e da Grin.
EXPANSÃO DO COMPARTILHAMENTO DE CARROS
Gondo conta que o projeto em São Paulo é a ampliação do esforço da companhia para oferecer carros compartilhados no Brasil. Segundo ele, a empresa já conta com o Renault Mobility, um sistema de uso dos carros da frota disponível para os funcionários da companhia em São José dos Pinhais (PR). Há ainda parceria da montadora com a MRV. As empresas oferecem o serviço de compartilhamento do Zoe em um condomínio em Belo Horizonte (MG).
“Entendemos que o nosso negócio não é mais só vender carros. Precisamos entregar solução de mobilidade”, diz Gondo.
O serviço que estreia em São Paulo é oferecido em parceria com a Joycar, startup residente do Cubo especializada na construção de plataformas de compartilhamento de veículos.
AUMENTO DAS VENDAS DO ZOE
Em paralelo com a perspectiva de ampliar o uso do Zoe com o novo serviço, a Renault se prepara também para um aumento das vendas do carro para o consumidor final. Desde o fim de 2018, quando a companhia passou a oferecer o veículo para este público, já foram emplacadas 20 unidades. “Já encomendamos outros 40 carros para o mercado brasileiro”, conta Gondo, apontando que o pedido se baseou no interesse do mercado detectado pela rede de concessionários.
Ao todo a fabricante já negociou 200 unidades do modelo no mercado local desde 2013, quando o carro elétrico começou a ser oferecido no Brasil apenas a outras empresas. Desde então companhias como Fedex e Porto Seguro incorporaram unidades do automóvel em suas frotas corporativas.
| Automotive Business (publicado em 20-04-2019) | | | | Companhia inaugura espaço de inovação no centro de empreendedorismo do Itaú
Para gerar inovação, a Renault se aproxima do ecossistema empreendedor do Brasil. A companhia vai passar a contar com um espaço próprio dentro do Cubo, centro do Itaú e da Redpoint Ventures que abriga 40 startups na Vila Olímpia, em São Paulo, e tem como uma de suas principais competências justamente o fomento de negócios entre grandes corporações e jovens empreendimentos.
“Nosso grande objetivo é gerar conexão. Atualmente a empresa de sucesso não é aquela que desenvolve tudo em casa, mas a que melhor sabe orquestrar diferentes parcerias para inovar”, diz Renata Zanetto, head de ecossistema do Cubo.
Segundo ela, o “namoro” entre a iniciativa do Itaú e a Renault é longo. A fabricante de carros já desenvolvia alguns projetos ali, mas só agora vai criar seu espaço físico, o Renault Lab, e se firmar como uma das organizações mantenedoras do hub de inovação.
PARCERIA ENTRE RENAULT DO BRASIL E ALLIANCE VENTURES
A decisão de fincar raízes no Cubo foi tomada em conjunto pela Renault do Brasil com a Alliance Ventures, fundo de capital de risco da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. “Foi um co-investimento”, conta François Dossa, presidente da divisão de venture capital da companhia, que veio ao Brasil para o lançamento do novo projeto. Lançado em março de 2018, o fundo é o mais generoso da indústria automotiva, com US$ 1 bilhão destinado ao investimento em startups com soluções promissoras para a companhia.
“Em um ano já compramos participação em 11 empresas”, conta. A prioridade, segundo o executivo, é encontrar empresas que tenham tecnologias relevantes para a nova mobilidade, como soluções para carros autônomos, elétricos, plataformas de serviços de mobilidade e, ainda, sistemas para digitalizar a própria organização internamente, levando agilidade e reduzindo custos.
“Em um futuro próximo ninguém vai comprar carro. Por isso estamos trabalhando para transformar o nosso negócio, para encontrar novas soluções”, diz Dossa.
Segundo o executivo, a interação com as startups é algo bastante novo e desafiador para uma corporação com a história e as dimensões da Aliança, que tem 475 mil funcionários no mundo. Ainda assim, ele garante que nesse pouco tempo de aproximação deste ecossistema, já é possível perceber uma série de benefícios potenciais. “O trabalho com startups nos permite reduzir custos, diminuir gap tecnológico, acelerar o tempo de lançamento de novas soluções, encontrar e atrair talentos, além de gerar novos modelos de negócio.
O QUE AS STARTUPS BRASILEIRAS TÊM A OFERECER AO SETOR AUTOMOTIVO?
Desde a criação da Alliance Ventures, a estratégia é garantir que o fundo tenha presença global. A divisão possui seis filiais, incluindo presença nos maiores polos de inovação do mundo, como Vale do Silício, nos Estados Unidos, Pequim, na China, e Tel Aviv, em Israel. Agora, com a presença no Cubo, Dossa espera encontrar soluções relevantes das startups brasileiras. “A nossa abordagem de inovação precisa ser global – aproveitando as tendências globais, mas trabalhando localmente para que elas funcionem aqui”, diz. E prossegue:
“No Brasil não esperamos encontrar as maiores startups de deep tech, mas devemos achar aqui boas soluções de software e de negócios, que é o que o País faz bem.”
Segundo ele, ainda que a maior parte dos saltos tecnológicos e científicos necessários para criar a nova mobilidade venham de fora, há espaço amplo para pavimentar a evolução destas soluções no Brasil. “Já trabalhamos com 10 startups localmente”, diz, citando como exemplo empresas de serviços para ganhar agilidade na área jurídica e de recursos humanos. “Há espaço para aumentar muito esta colaboração a partir da nossa presença no Cubo”, conclui.
| Automotive Business (publicado em 20-04-2019) | | | | A Vallourec Soluções Tubulares do Brasil vai fornecer 12 mil toneladas de tubos de aço sem costura para a TechnipFMC Brasil. Segundo o presidente das empresas Vallourec no Brasil, Alexandre Lira, os tubos, com diâmetros externos de 8 e 10 polegadas, começam a ser entregues no fim deste ano e deve se estender até março de 2020.
"Esse contrato é a retomada de um mercado que estava parado desde 2012 no país. E é um produto que é quase da nossa prateleira, exportamos para vários mercados", disse Lira ao Valor.
Os tubos serão usados na construção dos sistemas para interconectar 13 poços (seis poços de produção e sete poços de injeção alternada de água e gás) que serão instalados no campo Mero 1 do pré-sal, que faz parte do reservatório de Libra.
O Bloco de Libra cobre área de 1.550 quilômetros quadrados, equivalente ao tamanho da cidade de São Paulo, com reservas recuperáveis estimadas na faixa de 8 a 12 bilhões de barris de petróleo. Ele é operado pelo consórcio formado por Petrobras (participação de 40%), Shell (20%), Total (20%), CNOOC Limited (10%), CNPC (10%) e Pré-Sal Petróleo - PPSA (estatal gestora do contrato).
Já o campo Mero 1 está localizado aproximadamente a 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro em águas ultraprofundas e apresenta reservatório com hidrocarbonetos de alta qualidade com expectativa de alta produtividade do poço.
Segundo o executivo, a expectativa é que as novas rodadas para exploração do pré-sal aumentem o volume de tubos de aço rígido para a utilização em águas profundas. "É uma tecnologia mais eficiente, além de ser mais leve, e a vida útil é maior que os tubos flexíveis. E isso fez a Petrobras retomar o uso desses sistemas. Em 2021, esse mercado deve dar um salto significativo", afirmou o presidente.
Atualmente, de acordo com Lira, as vendas para o mercado interno representam somente 25% da produção da companhia no país. "A estimativa é que essa participação já alcance 40% em 2021, com a retomada do segmento de óleo e gás e a melhora da economia que deve impulsionar o mercado automotivo, por exemplo", afirmou.
No ano passado, a Vallourec obteve uma receita de € 3,9 bilhões, sendo que o faturamento de toda a América do Sul representou 16% desse total.
"Temos uma capacidade de 1 milhão de toneladas de produção no Brasil. Já estamos em conversas com a matriz para investir em nossa unidade de Belo Horizonte (MG) para atender o crescimento da exportação. Hoje, operamos em nível de ocupação razoável por causa da exportação", ressaltou. A Vallourec mantém unidades de produção na capital mineira e em Jeceaba (MG).
| CIMM | | | | Grande novidade da edição deste ano, o espaço vai ilustrar o passado e o futuro da tecnologia, como ela tem evoluído ao longo do tempo e contribuído com o desenvolvimento industrial.
A interação entre homem e robô é uma das grandes tendências dos processos industriais nos dias de hoje. Para demonstrar isto de forma prática, e também lúdica, a KUKA Roboter do Brasil, subsidiária da empresa de origem alemã e uma das líderes na fabricação de robôs industriais, leva para a EXPOMAFE 2019 – Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial, de 7 a 11 de maio, no São Paulo Expo, o RoboCoaster, um robô de entretenimento muito utilizado em parques de diversão e em eventos de grande prestígio.
Ele fará parte do Espaço Tecnologia em Evolução, grande novidade desta edição e que irá reunir três atrações imperdíveis para ilustrar a evolução da tecnologia industrial. No espaço, o visitante poderá ver o passado e o futuro da tecnologia e compreender como ela tem evoluído ao longo do tempo e contribuído com o desenvolvimento industrial.
“O RoboCoaster segue normas de segurança rígidas e específicas justamente por carregar pessoas com tecnologia desenvolvida pela KUKA na Alemanha há mais de 16 anos. Nos EUA há mais de 100 unidades em operação, sendo que dez estão na Disney”, conta o presidente da KUKA Roboter do Brasil, Edouard Mekhalian.
“Além desta aplicação, e utilizando tecnologias similares, ele pode ser aplicado na indústria, como exemplo, em simuladores de voo, ou sistemas de posicionamento humano em ambientes instáveis”, comenta.
Junto a ao RoboCoaster da KUKA, estarão presentes no Espaço Tecnologia em Evolução a nova versão do Demonstrador de Tecnologias da Indústria 4.0, que neste ano foi dividido em clusters para apresentar as soluções e benefícios da Indústria 4.0 acessíveis a indústrias de todos os portes; e o Estande Temático, que vai destacar a aplicação do uso do maquinário na fabricação dos motores instalados em réplicas dos aeroplanos de Santos Dumont, o Antoinette V8 de oito cilindros do 14-bis e Darracq 1908 de 35 Cv do Demoiselle.
O Espaço Tecnologia em Evolução atende ao foco principal da EXPOMAFE 2019, a Inovação. Durante a feira, o tema se fará notar não só nas novidades apresentadas pelas empresas expositoras para continuar provendo a indústria de maior produtividade e competitividade, mas também nas atrações e na programação técnica de alto nível oferecida aos visitantes.
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Outra atração da KUKA em seu estande na EXPOMAFE 2019 será a interação do público com robôs por meio de realidade virtual. Com o uso de óculos 3D, os visitantes poderão ver o catálogo da empresa e visualizar, de forma real, algumas aplicações. “Teremos um espaço no qual as pessoas poderão se sentar, colocar os óculos e, além de ver o que oferecemos, poderão saber como alguns robôs são aplicados”, revela o gerente de vendas da KUKA Roboter do Brasil, Marcelo Nascimento.
A empresa demonstra, também, a aplicação de “bin picking”, uma das tecnologias mais modernas em sistemas de visão artificial, com uma câmera 3D interfaceada a um robô, que permite a identificação e pega de peças aleatoriamente dispostas, sem nenhuma indexação, ou seja, em posições desconhecidas. “É como se fosse os olhos do robô, pois mesmo que as peças estejam espalhadas aleatoriamente em uma caixa ou container, a câmera verifica profundidade, sobreposição de imagens e localiza o objeto naquele instante”, explica Edouard.
Além disso, a multinacional vai expor dois modelos do LBR iiwa, robô sensível e colaborativo, que estarão em duas extremidades do estande. “De um lado, o público poderá ter acesso direto ao equipamento para perceber o nível de sensibilidade e o trabalho que pode ser executado em várias operações, interagindo com um técnico da KUKA. E do outro lado, uma aplicação vai mostrar sua flexibilidade, os acessos a diferentes e peculiares situações, já que por ser um robô de sete eixos, consegue se dobrar ao meio e fazer a pega em lugares de difícil acesso”, comenta Marcelo.
Em seu estande de 170 m², A KUKA apresentará, ainda, uma aplicação de segurança na qual um robô convencional fará um processo de carga e descarga em um torno da ROMI. Esta estará com a parte frontal da célula aberta e com monitoramento de segurança via scanner de área, responsável por duas zonas seguras (amarela e vermelha), que fará o robô reduzir a velocidade e até parar e com cortinas de luz como proteção adicional de segurança para o operador.
Sobre a EXPOMAFE 2019
Iniciativa da ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamento e Informa Exhibitions, a EXPOMAFE 2019 vai apresentar as últimas inovações de mais de 750 marcas nacionais e internacionais em acessórios (dispositivos e componentes), controle de qualidade integrado à fabricação e medição, automação industrial, robótica e integração de células de manufatura, equipamentos hidráulicos e pneumáticos, válvulas, bombas e compressores, equipamentos para movimentação e armazenagem, ferramentas manuais e de corte, máquinas e equipamentos para o setor metalmecânico, máquinas-ferramenta, soldagem e corte, manufatura aditiva, prototipagem e impressoras 3D.
São esperados mais de 55 mil visitantes profissionais do Brasil e outros 30 países; entre eles, compradores, engenheiros, técnicos, executivos e coordenadores, especialistas em produtos e processos, fornecedores de todos os segmentos do setor metalmecânico, técnicos em logística, fabricantes de máquinas e equipamentos e demais profissionais das áreas de engenharia, industrial, manutenção, produção, qualidade e manufatura
REALIZAÇÃO
ABIMAQ - A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos representa mais de 7.800 empresas dos mais diferentes segmentos fabricantes de bens de capital mecânicos, cujo desempenho tem impacto direto sobre os demais setores produtivos nacionais e está estruturada nacionalmente com a sede em São Paulo, nove regionais e um Escritório Político em Brasília. Muito além da representação institucional do setor, a ABIMAQ tem a sua gestão profissionalizada e as suas atividades voltadas para a geração de oportunidades comerciais para as suas associadas, realizando ações junto às instâncias políticas e econômicas, estimulando o comércio e a cooperação internacionais e contribuindo para aprimorar seu desempenho em termos de tecnologia, capacitação de recursos humanos e modernização gerencial.
Sobre a Informa Exhibitions
A Informa Exhibitions, divisão de exposições globais da Informa PLC, permite que as comunidades em todo o mundo se engajem, experimentem e façam negócios, fornecendo-lhes plataformas poderosas para se conectarem a regiões-chave e mercados verticais. O conhecimento do setor, aliado a uma abordagem inovadora e centrada no cliente, oferece aos clientes e parceiros da Informa Exhibitions a oportunidade de criar vantagens comerciais e acessar os mercados, tanto digital quanto presencial, 365 dias por ano.
Sobre a Informa PLC
A Informa PLC é um grupo líder internacional de serviços de informações entre empresas que opera em mais de 30 países. Nós criamos feiras lideradas por transações e eventos baseados em conteúdo, dados de especialistas, produtos de serviços de inteligência e marketing, bem como pesquisas acadêmicas e conteúdo acadêmico especialista orientado por referências. Nossos produtos e serviços ajudam empresas e profissionais a se conectar, aprender, fazer negócio e conquistar uma vantagem sobre a concorrência. A Informa é cotada na Bolsa de Valores de Londres e é membro do FTSE 100.
EXPOMAFE 2019 – Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial
Data: 7 a 11 de maio de 2019
Horário: Das 10h às 19h (dia 11, das 9h às 17h)
Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center
Iniciativa: ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos
Promoção e organização: Informa Exhibitions
Patrocínio oficial: Romi
Expositores: mais de 750 marcas nacionais e internacionais
Setores: acessórios (dispositivos e componentes), controle de qualidade integrado à fabricação e medição, automação industrial, robótica e integração de células de manufatura, equipamentos hidráulicos e pneumáticos, válvulas, bombas e compressores, equipamentos para movimentação e armazenagem, ferramentas manuais e de corte, máquinas e equipamentos para o setor metalmecânico, máquinas-ferramenta, soldagem e corte, manufatura aditiva, prototipagem e impressoras 3D
Público: mais de 55 mil compradores e visitantes profissionais do Brasil e outros 30 países
| CIMM | | | | Novo componente está sendo apresentado na Bauma 2019 e pode ser adotado nos principais caminhões fora-de-estrada das marcas mundiais. Fabricada em borracha e aço, a caçamba permite maior carga útil por viagem
A Metso está lançando uma inovação em seu portfólio de produtos. Trata-se de uma caçamba híbrida para caminhões fora-de-estrada. O equipamento é uma das novidades da empresa na Bauma 2019. Intitulada Metso Truck Body, a caçamba combina os benefícios da borracha e do aço de alta resistência estrutural, permitindo que as minas e pedreiras transportem mais carga com menos esforços.
“O transporte é um dos componentes mais caros de uma operação tradicional de mineração ou de agregados. Além de combustível e mão de obra, há muita manutenção envolvida. Para garantir a eficiência de custos, um caminhão fora-de - estrada deve transportar o máximo possível de carga em cada viagem. Na Metso, nós nos propusemos a enfrentar esse desafio e projetamos uma caçamba que requer manutenção mínima e maximiza a carga útil. O resultado é um custo operacional menor por tonelada transportada”, afirma Lars Skoog, vice-presidente da Mining Wear Lining & Screening, Metso.
A Metso Truck Body é uma caçamba leve, revestida de borracha e projetada para caminhões fora-de-estrada. A borracha elástica absorve a energia de cada impacto, impedindo que ela atinja a estrutura. Com isso, é possível ter uma estrutura de aço de alta resistência estrutural, mais leve que o usual. Em função de sua estrutura, a caçamba pode absorver o máximo de choque com o menor peso possível.
Revestimento pode aumentar vida útil em até 6 vezes e reduz de 20-30% de peso
O revestimento de borracha usado na estrutura da nova caçamba vem sendo fornecido pela Metso há várias décadas para uso como proteção de caçambas. O produto reduz a necessidade de manutenção e melhora o ambiente de trabalho dos motoristas de caminhão. Os benefícios comprovados incluem até seis vezes mais vida útil em comparação com o revestimento de aço tradicional, metade do ruído e 97% menos vibração. Com o lançamento do Metso Truck Body, o conceito é elevado a outro nível, combinando a proteção contra desgaste e os benefícios do ambiente de trabalho da borracha com as capacidades de maximização de carga útil de uma caçamba leve.
“Muitas minas preferem caçambas leves porque elas podem transportar mais carga útil. No entanto, o problema das caçambas leves tradicionais é a falta de durabilidade: elas geralmente precisam ser substituídas a cada um ou dois anos, ou consertados, o que fica caro”, explica Lars Skoog. Segundo ele, a nova caçamba da Metso oferece uma solução inédita, leve e durável. O revestimento de borracha e a estrutura de aço de alta resistência estrutural foram projetados como um processo integrado, utilizando as melhores qualidades de ambos os materiais.
A Metso Truck Body pesa de 20 a 30% a menos do que o componente tradicional de caminhão revestido de aço. Dependendo da aplicação, isso se traduz em um aumento de carga de várias toneladas. A nova caçamba está disponível para todos os principais modelos de caminhões fora-de-estrada usados em mineração e pedreiras. Segundo a Metso, diversas opções de revestimento garantem o ajuste específico da aplicação, mesmo em operações que enfrentam problemas como o carry-back.
| CIMM | | | |
Bosch apresenta soluções integradas para oficinas na Automec 2019
A Bosch, uma líder mundial no mercado de reposição automotiva, apresentará aos visitantes da 14ª Automec, evento que ocorre de 23 a 27 de abril, no São Paulo Expo, as novidades do seu amplo portfólio de autopeças, equipamentos de teste, softwares e hardware de diagnósticos, serviços e treinamentos.
No estande da empresa, localizado na Rua E 130, será possível conhecer as principais tendências tecnológicas para diagnose e reparação automotiva. “A conectividade, a eletrificação e a automação estarão cada vez mais presentes nos carros do futuro, que passarão a ter sistemas que visam melhorar a segurança e a experiência do usuário em seu dia a dia, principalmente nos grandes centros urbanos.
Com isso, tanto os profissionais quanto as oficinas mecânicas deverão estar aptos para acompanharem essas mudanças e tendências tecnológicas”, ressalta Delfim Calixto, vice-presidente da divisão Automotive Aftermarket da Bosch.
Dentro do conceito "Peças, Diagnósticos & Serviços para Oficinas”, a Bosch mostrará aos visitantes da Automec, por meio de uma jornada completa – desde o momento em que o carro entra na oficina, passando por diagnóstico, peças até chegar nas demandas por serviços diversificados – as soluções integradas e conectadas que a empresa disponibiliza para a adequada manutenção tanto da linha leve (veículos de passeio) quanto pesados (ônibus e caminhões).
Conectividade chega às oficinas
A Bosch apresentará soluções e conceitos presentes em uma oficina conectada, no qual o processamento de dados, a Internet das Coisas (IoT) e o aumento da conexão entre os produtos proporcionarão um crescimento no potencial de desenvolvimento dos negócios e mais eficiência no atendimento aos clientes.
Um dos destaques é o software Connected Repair, que conecta todos os equipamentos Bosch já disponíveis na oficina e permite que os dados coletados do veículo fiquem disponíveis para serem acessados em outros computadores e sistemas interligados em rede. Com isso, o mecânico terá acesso ao histórico completo do veículo em diferentes estações de trabalho e a qualquer momento, basta inserir o número da placa e/ou chassi no computador. Além disso, o software utiliza uma identificação inovadora, que permite realizar testes individuais para complementar os parâmetros específicos do veículo analisado. Numa visita futura à oficina, estes dados serão utilizados novamente para facilitar os processos e evitar retrabalhos.
Equipamentos de teste e diagnose
É cada vez mais comum encontrarmos carros equipados com algum tipo de Sistemas de Assistência ao Condutor, como a frenagem automática de emergência e reconhecimento de faixa, o que traz um desafio ainda maior às oficinas mecânicas. Pensando nisso, a Bosch apresentará na Automec o SCT 415 – um equipamento de teste capaz de fazer reparações e calibrar as câmeras frontais de veículos equipados com esses sistemas, especialmente em casos de reparações por conta colisões ou substituição de para-brisas.
A outra novidade é o KTS Truck, com cobertura ampla e especializada para diagnóstico de veículos pesados e comerciais. Esse scanner tem como diferencial as informações técnicas, esquemas elétricos, indicações de serviço e reparação integrados ao software. Além disso, também conta com atualização constante online – o que possibilita que o mecânico tenha sempre em mãos os dados mais recentes da frota, o histórico dos últimos 30 veículos testados, além de oferecer maior mobilidade já que a comunicação via Bluetooth tem alcance de até 30 metros.
Nova linha de palhetas
A Bosch é única no mercado a oferecer soluções integradas de “para-choque a para-choque” e, durante a 14ª Automec, os profissionais poderão conferir as novidades e diferenciais do amplo portfólio de autopeças que a empresa disponibiliza para o mercado de veículos nacionais e importados.
Uma das novidades é a linha de palhetas Aerofit, que chega para complementar o amplo portfólio de palhetas para veículos de passeio. Com limpeza superior e silenciosa, o produto conta com o Double Lock, uma tecnologia que proporciona uma instalação mais segura, além de oferecer maior durabilidade e a qualidade Bosch.
Qualificação técnica e comercial a qualquer hora e na palma da mão
Com mais de 20 anos, o Super Profissionais Bosch é um programa que tem o objetivo de disponibilizar informações técnicas e dicas para os profissionais do mercado de reposição. Além de treinamentos técnicos e comerciais alinhados à demanda do setor, o programa retorna para uma plataforma 100% online que pode ser acessada a qualquer hora e lugar por meio do celular, notebook ou tablet. O reparador passa a ter na palma da mão conteúdos exclusivos e gratuitos para sua qualificação profissional.
| CIMM (publicado em 21-04-2019) | | | |
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