| 28 de MAIO de 2019
Terça-feira
- Informe legislativo nº 14/2019
- Governador conhece projeto de alta tecnologia desenvolvido no Paraná
- Confiança da indústria cai 0,7 ponto em maio ante abril, aponta FGV
- Disputa sobre como Sistema S deve administrar recursos racha governo
- Câmara da Indústria 4.0 é debatida no Conselho de Política Industrial da CNI
- TST barra redução de hora de almoço em acordo pré-reforma
- Empresas do Japão querem investir no Brasil, diz embaixador
- Grupo dono da Air Europa vai abrir empresa aérea no Brasil
- MP que facilita abertura de empresas é exaltada por resgatar ‘boa fé’
- Comissão Especial da reforma realiza última semana de audiências públicas
- Carrefour prevê investir R$ 2 bi no Brasil em 2019; foco em atacarejo
- Lojistas do Shopping Curitiba vão vender produtos sem valor do imposto
- Expectativa é de que déficit no setor externo permaneça em níveis baixos, diz BC
- Dois em cada dez usuários do cheque especial usam a linha todos os meses
- INVESTIMENTOS - Scania anuncia investimento de R$ 1,4 bilhão em fábrica de caminhões em SP
- Projeto de lei isenta de IPI caminhonetes adquiridas por produtores rurais
- Fusão FCA-Renault entra na lista das marcas que mais vendem carros no mundo; confira
- Fusões e aquisições serão essenciais para competitividade
- Entenda o futuro das concessionárias na era digital
- Ônibus sem motorista? Sistema autônomo é testado na região de Curitiba
- Volkswagen reduz em 25% o tempo de produção dos veículos
- Nissan sinaliza interesse em aliança Renault-Fiat Chrysler, mas desconfia de italiana
- Pesquisa indica que 83% dos transportadores planejam comprar caminhões em 2019
- Crédito farto impulsiona retomada do mercado de motos
- Empresas de autopeças apostam em alta de até 25% nos próximos 5 anos
- Brasil precisa definir estratégias para veículos autônomos
- No setor automotivo, 61% das empresas estão longe da transformação digital
- Indústria automobilística reaprende a comprar
- Diesel até quando?
- Fábricas de implementos estão confiantes na Fenatran
- Montadoras querem entender os novos motivos para compra do carro zero
- Mercado de caminhões vai crescer, índice de nacionalização não
- Venda de veículos leves cairá 3,5% se não houver reformas
- Marcas premium veem potencial para crescimento no Brasil
- Braskem faz acordo de leniência e vai pagar mais R$ 410 mi
- Usiminas pagará reforma de R$ 1,2 bi de alto-forno em MG
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Câmbio
Em 28/05/2019
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Euro
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Fonte: BACEN
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| | | | | O Informe Legislativo traz mais de 30 proposições legislativas de interesse do setor industrial.
Acesse o documento
| CNI | | | | Fornecedora global de produtos, serviços e soluções, a Aker Solutions desenvolveu em sua fábrica de São José dos Pinhais projeto para uma das maiores empresas de petróleo da Noruega.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior conheceu nesta segunda-feira (27) o primeiro projeto internacional da Aker Solutions desenvolvido integralmente no Paraná, na sede da fábrica, em São José dos Pinhais. A empresa entregou os primeiros módulos de Sistema de Controle Submarino, equipamento que controla a abertura e fechamento de poços de petróleo, para Equinor Noruega.
A Aker Solution, também norueguesa, é fornecedora global de produtos, sistemas e serviços para o setor de petróleo e gás. A Equinor Noruega é a maior empresa de petróleo daquele país.
Desde 2016 instalada no Estado, a Aker Solutions emprega 4.400 pessoas no Brasil, sendo 700 delas no Paraná. O investimento no desenvolvimento do Centro de Alta Tecnologia na Região Metropolitana de Curitiba foi de R$ 100 milhões, com possibilidade de expansão nos próximos anos.
“É uma empresa de destaque, de alta tecnologia, que mostra que o Paraná tem vocação nessa área. Isso gera muitos empregos, mão de obra qualificada, o que é muito bom para o paranaense”, ressaltou Ratinho Junior. “Agora com o mercado de exportação e mais clientes fora do Brasil, existe a possibilidade de fornecedores de peças também se instalarem no entorno da indústria, gerando automaticamente mais emprego no Paraná”, completou.
A presidente da Aker Solutions no Brasil, Maria Peralta, explica que a moderna planta de São José dos Pinhais já foi planejada pensando na expansão e que a intenção é atingir a capacidade plena antes de programar o crescimento. “Hoje em dia temos capacidade sobrando para produções em escalas locais ou globais. Temos condições de fazer, precisamos apenas trazer mais pessoas, mais funcionários, além de um pequeno investimento em maquinário”, explicou.
Segundo ela, o Paraná conta com um fator muito importante para os planos de expansão da empresa que é a prioridade dada pelo atual governo de priorizar a logística. “Fico feliz por isso. Essa primeira exportação da Aker Solutions já saiu pelo Porto de Paranaguá”, comentou.
| Agência de Notícias do Paraná (publicado em 27-05-2019) | | | | O Índice de Confiança da Indústria (ICI) de maio teve uma queda de 0,7 ponto em relação ao fechamento de abril, para 97,2 pontos, informou nesta terça-feira, 28, a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice da Situação Atual (ISA) permaneceu estável em maio, aos 98,5 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 1,5 pontos ante abril, para 95,9 pontos.
“As expectativas da indústria continuaram piorando em maio e retratam agora um empresariado ligeiramente pessimista em relação aos próximos meses”, explica Aloísio Campelo Junior, Superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV. “Quanto ao desempenho do setor no mês, há sinais dúbios. Após meses andando de lado, o nível de utilização da capacidade voltou a subir, mas houve, em paralelo, acúmulo de estoques indesejados”, complementa.
O indicador de perspectivas de contratação para os três meses seguintes cedeu 3,6 pontos, representando a principal influência negativa sobre o IE em maio. “A parcela de empresas que preveem aumento do total de pessoal ocupado caiu de 17,6% para 13,9% entre abril e maio, enquanto a das que projetam diminuição aumentou de 16,8% para 17,1% do total”, relata o Ibre/FGV em nota.
Ao mesmo tempo, o indicador que mede o otimismo dos empresários em relação à evolução do ambiente de negócios nos seis meses adiante perdeu a marca de 100 pontos registrada em abril e ficou em 98,4 pontos no quinto mês de 2019.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria indicou uma alta de 0,8 ponto porcentual em relação ao patamar de abril, para 75,3%.
A Sondagem da Indústria consultou 1.109 empresas entre os dias 2 e 23 de maio. A próxima divulgação da Sondagem da Indústria ocorrerá em 27 de junho de 2019. A prévia deste resultado será divulgada no dia 19 de junho.
| | | | | Há três grupos divergentes; um deles, ligado à Casa Civil, quer retirar secretário das negociações
A reviravolta no comando da CNI (Confederação Nacional da Indústria) com o retorno de Robson Andrade, que estava afastado depois de ter sido preso por supostas irregularidades em sua gestão, gerou um racha no governo federal em torno do desfecho para o Sistema S.
O governo queria trocar a direção da CNI como forma de conquistar maioria com as demais entidades para aprovar as mudanças que pretende fazer na forma como as entidades administram os recursos.
Hoje, três grupos divergem sobre o plano. Uma ala mais radical, alinhada com a Casa Civil, tenta tirar o secretário da Sepec (Secretaria de Produtividade, Emprego e Competitividade), Carlos da Costa, das negociações.
Para isso, quer a edição de uma medida provisória que dará a "facada" nas verbas que abastecem as entidades.
Há duas semanas, a MP quase foi editada e terminou abortada pelo presidente Jair Bolsonaro, que, segundo assessores do Planalto, recebeu uma ligação de Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente do conselho nacional do Sesi.
Vieira fora surpreendido ao saber que "alguém" tinha levado a MP para a Casa Civil –e que o texto seria assinado por Bolsonaro.
A MP não passou pelo sistema eletrônico do governo; chegou em mãos à Casa Civil.
Para seus defensores, é uma forma de pressionar o Sistema S a se engajar no financiamento de programas do governo em troca de sofrerem um corte de 30% nas contribuições das empresas que abastecem o caixa das entidades.
Quem não se enquadrar terá cortes de até 50%.
A Sepec tenta evitar ao máximo esse cenário porque as entidades afirmam que, para isso, seria preciso mexer na lei que criou as regras do Sistema S. Além disso, poderiam ir à Justiça, paralisando todo o processo.
Por isso, Carlos da Costa busca uma negociação com as entidades. Sua equipe acredita que, do jeito que está a maré para Jair Bolsonaro, seria possível que o Congresso terminasse por elevar as alíquotas do Sistema S, ao invés de aprovar os cortes.
O economista Carlos da Costa, secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia
O acordo que as entidades negociam com a secretaria prevê a assinatura de um contrato de gestão em que elas aceitam utilizar os recursos que hoje saem da folha de pagamento das empresas para financiar um cardápio de programas de governo.
O contrato definirá regras de eficiência na aplicação desses recursos nos projetos selecionados pelas entidades. Uma das ideias é definir como meta de eficiência o total de alu- nos empregados após concluírem cursos de capacitação.
Caso as metas não sejam atingidas, haveria corte de recursos no ano seguinte como sanção. As entidades concordam com os termos dos contratos, mas recusam as sanções. Dizem que qualquer previsão de corte de verbas teria de passar pelo Congresso.
Nos bastidores, as principais entidades –particularmente CNI e Sebrae– se articulam em torno de um plano B a ser apresentado aos congressistas caso o assunto seja enviado para lá.
A proposta em avaliação é ampliar o Sistema S, incluindo entidades da agricultura e do setor de serviços. Somando-se à CNI e CNC (Confederação Nacional do Comércio), essa rede teria presença em praticamente todo o território nacional.
Com esse plano, tentariam convencer o governo a impor cortes de verbas entre 10% e 20%, destinando recursos primordialmente para educação. Esse sistema único de escolas do Sistema S funcionaria como rede paralela à do governo.
Elas preveem uma transição de quatro anos para a implementação das novas regras. Segundo algumas lideranças das entidades, com um corte abrupto, a rede do Sesi quebraria no primeiro ano.
Essa proposta, no entanto, não chegou à mesa da Sepec e, nesta semana, o racha em torno das propostas para a remodelagem do Sistema S ganhou um novo ator.
Com interlocução direta com o ministro Paulo Guedes (Economia), o ministro da Cidadania, Osmar Terra, passou a aglutinar as entidades em torno de seu projeto.
Terra quer concentrar os recursos do Sistema S e direcioná-los aos programas de sua pasta. A proposta, que já tinha sido apresentada em uma reunião há duas semanas, gerou uma discussão "acalorada", segundo participantes, entre o ministro e o secretário da Sepec, Carlos da Costa.
Nesta sexta-feira (24), as principais entidades e o ministro Osmar Terra se reuniram com Carlos da Costa no gabinete do Ministério da Economia em São Paulo. Ainda não houve acordo.
O que está em jogo no Sistema S?
Grupos divergem sobre planos do governo para entidades.
O que é Sistema S?
Uma rede de entidades ligadas à indústria e ao comércio que promovem programas sociais, principalmente treinamento de mão de obra e educação.
Como se financiam?
A partir de contribuições feitas pelas empresas sobre a folha de pagamento.
Qual o motivo da intervenção do governo?
Diante da crise fiscal, a gestão Bolsonaro avalia que não é certo abrir mão de arrecadação para entidades que não prestam contas com a devida transparência do uso desses recursos.
O que pretende o governo?
Forçar as entidades a financiarem uma lista de programas do próprio governo em troca de preservar suas receitas. Aqueles que não quiserem colaborar, sofrerão um corte de 50% das contribuições.
Qual o Plano B?
Grupos ligados à indústria querem criar uma grande rede nacional, incluindo novos integrantes da agricultura e de serviços, para concentrar as receitas em programas educacionais. A ideia é convencer o Congresso a encampar esse projeto.
| Folha de S. Paulo | | | | Conselheiros e autoridades discutiram políticas para incentivar modernização da indústria brasileira
Recém lançada pelo governo federal, a Câmara Brasileira da Indústria 4.0 terá a prerrogativa de incentivar a digitalização da indústria brasileira e elevar a produtividade de micros, pequenas e médias empresas. Os detalhes do novo fórum de discussão entre o setor privado e o governo foi apresentado por Caio Megale, secretario de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia, aos integrantes do Conselho Temático de Política Industrial (Copin) da Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta segunda-feira (27).
"A Câmara de 4.0 é uma das iniciativas mais importantes da secretaria. Com ela, o governo pretende atuar no sentido de melhorar as condições externas para viabilizar investimentos e também de reduzir a diferença de produtividade entre pequenas e grandes empresas", afirmou Megale.
A Câmara é composta por quatro grupos de trabalho - Desenvolvimento Tecnológico e Inovaçao, Capital Humano, Cadeias Produtivas e Desenvolvimento de Fornecedores e Regulação, Normalização Técnica e Infraestrutura e Investimentos - dos quais fazem parte associações setoriais e entidades ligadas ao desenvolvimento industrial, como a CNI e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
Grande número de conselheiros ressaltou a importância de oferecer instrumentos básicos de ganhos de produtividade para empresas, como o Brasil Mais Produtivo, programa governamental executado pelo SENAI inspirado no projeto Indústria+Produtiva, da CNI, que ajuda empresas a adotarem técnicas de produção enxuta (lean manufacturing), resultando em aumento significativo de produtividade.
"É preciso relançar o quanto antes o Brasil Mais Produtivo pois o projeto é uma alavanca para novos investimentos e mudanças. Serve de motivação para o pequeno empreendedor", afirmou Fernando Pimentel, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), novo membro do Copin. De acordo com Megale, está nos planos do governo lançar nova etapa do Brasil Mais Produtivo, mas o anúncio ainda não tem previsão
TELECOM - Ingo Plöger, fundador da IP Desenvolvimento Empresarial e Institucional, lembrou ainda que a agenda de digitalização só vai andar no país se a infraestrutura e o sistema tributário acompanharem as mudanças tecnológicas
"Precisamos de redes de fibra ótica modernas, capazes de ampliar a conectividade no país. Conexão é fundamental para dar vazão à economia digital. Neste momento de discussão de reforma tributária, também é importante prever um sistema de tributação que comporte uma economia com maior peso dos serviços", disse.
| CNI (publicado em 27-05-2019) | | | | Justiça manda montadora pagar valor total do intervalo intrajornada a funcionário
O TST (Tribunal Superior do Trabalho) condenou a montadora Mercedes-Benz a pagar o valor total do intervalo intrajornada —equivalente a uma hora de almoço— a um trabalhador de São Bernardo do Campo que não usufruiu do período completo de pausa por causa de redução prevista em acordo coletivo.
Na decisão unânime, o relator do recurso, ministro Alexandre Agra Belmonte, argumenta que a jurisprudência do tribunal não reconhece normas coletivas que reduzam o intervalo intrajornada em contratos de trabalho vigentes anteriormente à lei 13.467/2017 —a reforma trabalhista de Michel Temer (MDB).
A mudança na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que passou a vigorar em novembro de 2017, permitiu que o negociado com sindicatos prevalecesse sobre o determinado na lei em algumas situações, entre elas a redução da hora do almoço.
Segundo Belmonte, no entanto, o recurso diz respeito a questão anterior à reforma e, “com base na lei no tempo, foi usada a jurisprudência interpretativa da norma trabalhista vigente antes da reforma”.
O empregado, que prestou serviços para a Mercedes durante 25 anos e foi demitido em 2014, afirmou que nunca havia tido intervalo intrajornada de uma hora, como determina o artigo 71 da CLT.
Em sua defesa, a montadora sustentou que o intervalo havia sido reduzido para 45 minutos por meio do acordo coletivo firmado desde 1996 com o sindicato da categoria.
Antes da reforma trabalhista, porém, além do acordo coletivo para redução da jornada, era necessária uma autorização do Ministério do Trabalho, explica Rodrigo Takano, sócio de trabalhista do Machado Meyer.
“O que o tribunal está dizendo é que para situações que ocorreram anteriormente à reforma, o entendimento é este: não basta o acordo coletivo para redução de jornada”, diz.
O ex-funcionário solicitou o pagamento da hora cheia —60 minutos com caráter de hora extra, isto é, 50% sobre o valor da hora normal e com reflexos para cálculo de 13º salários e férias, por exemplo—, mas foi derrotado na primeira e na segunda instâncias.
Na 4ª Vara do Trabalho de São Bernardo do Campo, por exemplo, o magistrado disse que “a redução do intervalo de uma hora decorreu de negociação coletiva, tendo por objetivo a adequação de turnos e a possibilidade de os trabalhadores saírem mais cedo ao final das jornadas”.
Pela nova lei trabalhista, apenas a parcela de tempo restante para completar os 60 minutos de pausa é passível de ser considerada verba indenizatória, o que garante o pagamento dobrado, mas não tem efeito para cálculo de outros benefícios trabalhistas.
Em 2018, o pleno do TST aprovou uma instrução normativa segundo a qual a aplicação das normas processuais previstas pela reforma é imediata, mas não incide em processos iniciados antes da vigência da nova lei.
Foi determinado, no entanto, que temas relacionados ao chamado direito material (o conteúdo das ações em si) serão discutidos caso a caso em julgamentos no primeiro e segundo graus.
“O TST entendeu que essas questões deveriam ser decididas nas instâncias inferiores para ir ganhando um grau de maturidade até que chegassem ao tribunal. Agora traz um direcionamento de como o TST parece que deve se inclinar a respeito desse assunto”, diz Ricardo Calcini, professor de direto do trabalho da FMU.
Aparecida Tokumi Hashimoto, sócia do Granadeiro Guimarães Advogados, diz que a decisão se aplica porque todos os fatos relacionados a ela (como a contratação e a demissão do trabalhador) ocorreram antes da vigência da nova lei.
“Havendo a continuidade desse contrato para o período após a reforma, sendo feito um novo acordo coletivo posteriormente, aplica-se a lei vigente naquele momento”, afirma.
Para Otávio Pinto e Silva, professor de direito do trabalho da USP e sócio do escritório Siqueira Castro, a decisão tende a indicar o caminho do tribunal, “mas só teremos maior segurança com uma decisão da SDI [Seção de Dissídios Individuais], pois contra a decisão da Turma cabe recurso para a seção”, afirma.
Em nota, a Mercedes-Benz do Brasil disse que desconhece o teor da ação, mas “respeita as decisões do Tribunal Superior do Trabalho e, em caso de discordância, utilizará dos recursos legais cabíveis”.
A montadora afirmou ainda que todas as cláusulas do acordo coletivo são negociadas com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e referendadas em assembleia pelos próprios colaboradores.
“A Mercedes-Benz do Brasil cumpre integralmente a legislação vigente e os acordos coletivos celebrados com os sindicatos.”
| Folha de S. Paulo | | | |
Na semana em que o presidente Jair Bolsonaro isentou os japoneses da exigência do visto de turismo e de negócios, o embaixador do Japão no Brasil, Akira Yamada, disse à Agência Brasil que aumentou o número de executivos japoneses interessados em vir para o país conhecer os projetos brasileiros e investir. Segundo ele, os investimentos estão atrelados às reformas da Previdência e Tributária em tramitação no Congresso Nacional.
“O governo Bolsonaro está apenas começando, espero que o novo governo tenha uma política de liberação da economia e política de livre comércio”, afirmou Yamada, informando que as empresas observam o Brasil com “muita expectativa”. “Se a política se estabiliza e a economia caminhar bem não só as empresas japonesas, mas muitas companhias do mundo terão muito interesse em investir no Brasil.”
De acordo com o embaixador, há cerca de 700 empresas japonesas atuando no Brasil. De acordo com ele, este número não cresce há cinco anos . No entanto, o diplomata está otimista com os possíveis avanços que virão. “Compartilhamos valores fundamentais básicos como democracia, direitos humanos e justiça. Queremos desenvolver ainda mais essa parceria não só no contexto bilateral mas nos fóruns internacionais.”
G20
Com a confirmação da presença de Bolsonaro na Cúpula do G20 (que reúne as maiores economias do mundo), em junho, em Osaka (Japão), o embaixador disse que o encontro deverá intensificar as relações Brasil e Japão.
A exemplo do governo dos Estados Unidos, o embaixador disse que o Japão apoia a entrada do Brasil no grupo de países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“As empresas japonesas têm muito interesse em investir no Brasil agora. Sinto que o interesse de empresas japonesas sobre o Brasil está se recuperando”, disse. Segundo o diplomata, há um interesse mundial no Brasil, como observa a partir de relatórios de bancos sobre a economia no mundo.
Exportações
Yamada destacou que as autoridades brasileiras e japonesas estão em contato permanente para destravar os obstáculos à exportação. Segundo ele, os principais obstáculos se concentram nas questões fitossanitárias.
“O Japão tem um sistema muito rígido na questão sanitária. Se houver alguma carne contaminada isso afetaria o Japão. Uma vez concluindo o estudo sanitário, a carne poderá voltar a entrar no mercado japonês. O tema sanitário não é político, é técnico.”
O embaixador ressaltou que o “frango brasileiro quase domina o mercado japonês”. Porém, os produtores brasileiros querem elevar os números. Pelos dados oficiais, o Brasil exporta para o Japão principalmente minérios de ferro e concentrados, além de celulose e café cru. Do Japão, o Brasil compra óleos combustíveis, peças de veículos, aparelhos, automóveis, motores e pneus.
Imigração
Para embaixador, a relação entre Brasil e Japão começou há 110 anos com a chegada dos primeiros imigrantes japoneses. Ele ressaltou que há aproximadamente 2 milhões de japoneses e descendentes japoneses no Brasil, o maior contingente populacional fora do Japão.
De acordo com o diplomata, o empenho na parceria pode ser observada, por exemplo, na execução do Projeto de Desenvolvimento do Cerrado (Prodecer), um programa de cooperação iniciado na segunda metade dos anos 1970 com a participação de técnicos e pesquisadores japoneses para incentivar o plantio de cereais, sobretudo soja, no cerrado brasileiro.
“Tanto os japoneses como os brasileiros têm de estar orgulhosos com a história do Prodecer. Esse projeto é um marco na história mundial da agricultura”, afirmou Akira Yamada.
Esportes
Entusiasmado, Yamada disse que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos em 2020, em Tóquio, serão “os mais inovadores da história”. Sem entrar em detalhes, ele afirmou que haverá o uso de tecnologia avançada, incluindo biometria facial e robótica.
Admirador do futebol brasileiro, o diplomata afirmou que aguarda com ansiedade o mês de junho quando o Japão participa, como convidado, da Copa América. “Meu sonho é que o jogo final seja entre Brasil e Japão”, disse o embaixador, lembrando que no que se refere às tradições milenares nipônica, o reconhecimento do Brasil é total.
A pedido do governo brasileiro e da Confederação Brasileira do Judô, atletas brasileiros irão ao Japão para aprender a metodologia do ensino de judô nas escolas públicas. O objetivo é implementar nos colégios a prática que é disciplina para os alunos japoneses.
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| Agência de Notícias do Paraná (publicado em 24-05-2019) | | | | Anúncio foi feito pelo ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas no Twitter
O ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou na manhã deste sábado que o grupo espanhol Globalia, dono da Air Europa, vai fundar uma nova empresa de aviação no Brasil. Será a primeira após a publicação da medida provisória 863/2018, que abre o setor aéreo ao capital estrangeiro, hoje limitado em 20%. De acordo com o ministro, a outorga será pedida nos próximos dias.
— Importante para equilibrarmos oferta de voos e reduzir preço da passagem — destacou Freitas, que complementou:
— Obtendo outorga, ela vai contratar pilotos e tripulação brasileira, gerando empregos, concorrência no setor e novos investimentos no país.
As postagens foram retuitadas pelo presidente Jair Bolsonaro.
Na última quarta-feira (15), em audiência na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, o secretário nacional de Aviação Civil substituto, Carlos Eduardo Resende Prado, pediu que o Congresso vote a MP sem as modificações feitas na comissão mista.
A comissão havia incluído no texto original, que foi enviado pelo governo, a volta da franquia mínima de bagagem no transporte aéreo, além da exigência para que empresas operem ao menos 5% de seus voos em rotas regionais por, no mínimo, dois anos.
A medida provisória tem até quarta-feira (22) para ser votada na Câmara e no Senado. Caso contrário, perde a validade.
| Folha de S. Paulo (publicado em 18-05-2019) | | | | Em duas audiências públicas na terça-feira (21), especialistas elogiaram o conteúdo da medida provisória que desburocratiza o registro de certos tipos de empresas. Segundo os debatedores, a MP 876/2019 tem como grande mérito valorizar o princípio da “boa fé” do cidadão, ao garantir o registro automático nas juntas comerciais como regra.
A MP 876/2019 prevê essa solução para firmas constituídas por Microempreendedor Individual (MEI), Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli) e Sociedade Limitada (Ltda). Para obtê-la, o registro deve ser feito através de um instrumento padronizado, elaborado pela Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. O registro pode ser revogado após análise posterior.
A proposta também estabelece que a declaração do advogado ou do contador da empresa passa a ter fé pública. Na prática, quando o advogado ou o contador que representa a empresa atestar verbalmente, na hora do atendimento, a autenticidade de documento relativo à empresa que estiver representando na junta comercial, não precisará haver cópia autenticada.
Layla da Silva, representante do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), disse, na primeira audiência do dia, pela manhã, que a MP permitirá aos empreendedores concentrar recursos e energias no sucesso de suas atividades, e não nos entraves que as precedem.
— O pequeno negócio não tem que se preocupar com uma série de trâmites burocráticos e com dificuldades de formalização, que hoje são um obstáculo. O empresário tem que se preocupar com prospecção de mercados, gestão, buscar investimentos.
Ela também explicou que o recurso do registro automático não é uma mudança radical, mas sim um caminho natural que já tem precedente no país.
— Parece ser uma coisa muito radical, mas na verdade é um processo crescente e uma continuidade de melhorias que já estão sendo implementadas. Muitas juntas comerciais já trabalham com registros automáticos por vias de soluções tecnológicas.
Uma delas é a Junta Comercial do Ceará. Na segunda audiência, à tarde, a sua presidente, Carolina Monteiro, explicou o funcionamento do modelo do estado. Segundo ela, não há sequer a etapa de verificação posterior à concessão do registro, mas sim um cruzamento de dados instantâneo, a partir do preenchimento do instrumento-padrão.
Na opinião dela, o registro automático “dignifica” o cidadão e “empodera” os servidores públicos. Ela também explicou que a complexidade burocrática, na configuração atual, apenas retarda o funcionamento da economia, mas não impede ilegalidades. Exemplo disso é a empresa de fachada que foi criada para o assalto à sede o Banco Central em Fortaleza (CE), em 2005. Os criminosos atravessaram toda a burocracia e, no final, tiveram sucesso.
— Uma estrutura engessada não garante controle. A burocracia não é sinônimo de legalidade ou de segurança jurídica — resumiu.
Governo
Representantes do Executivo defenderam a MP como uma medida de impacto imediato para estabelecer condições para o crescimento econômico.
Paulo Antonio Uebel, secretário especial de Desburocratização do Ministério da Economia, avalia que o Brasil ainda é muito hostil a novos empreendimentos. Ele citou a pesquisa Doing Business, do Banco Mundial, que avalia a facilidade de iniciar um negócio em 190 países. O Brasil ficou na posição 109 na edição deste ano. Esse estudo serve de referência para empresas internacionais decidirem para onde vão expandir suas atividades.
— São 13 milhões de desempregados. Quanto mais difícil for abrir empresas e gerar oportunidades de trabalho, pior vai ficar — salientou.
Uebel explicou que 96% dos pedidos de registro são dentro das modalidades cobertas pela MP, e apenas 1% desses pedidos são indeferidos. Assim, faz sentido inverter a lógica atual e tornar a concessão do registro imediata, de modo a valorizar a maioria dos empreendedores.
O auditor da Receita Clóvis Peres, supervisor na área de escrituração, salientou que o avanço na facilitação de registros empresariais é um “ganha-ganha”, porque o Estado se beneficia da minimização burocrática e os empreendedores ganham agilidade. Ele também disse que a iniciativa está em consonância com uma longa caminhada de aperfeiçoamento do Estado.
— Não estamos falando de uma mudança inconsequente, sem nenhuma base. É uma alteração pensada, estudada, no bojo de um processo histórico de simplificação. A Receita tem se pautado pela simplificação das instituições e das ações em várias áreas.
Acréscimos
As juntas comerciais são apenas uma etapa para o registro de novas empresas. Elas também precisam da anuência formal de órgãos estaduais e municipais, como alvarás e licenças ambientais, além de fiscalizações dos bombeiros.
Cilene Sabino, presidente da Federação Nacional das Juntas Comerciais, afirmou que as juntas tentam atuar como “integradoras”, facilitando na medida do possível a comunicação entre as instâncias.
— Vemos maior possibilidade de ampliação do registro e diminuição da burocracia. Dentro das juntas já é bastante célere, precisamos focar nos órgãos de licenciamento e prefeituras, nosso gargalo maior. Estamos na ponta, buscando fazer esse serviço, conversando.
Além disso, as normas da MP poderiam ser estendidas para outros órgãos e instâncias responsáveis pelo reconhecimento de entidades, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e os cartórios de registro civil de pessoas jurídicas. Hércules Benício, da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg), observou que essa extensão beneficiaria associações, fundações, partidos políticos e organizações religiosas, que não usam as juntas comerciais, mas registram estatutos e outros documentos em cartórios.
João Paulo Mendes Neto, conselheiro da OAB do Pará, alertou que o princípio da boa fé deve funcionar como uma via de mão dupla: se as novas empresas estão recebendo o benefício da dúvida, os empreendedores não devem abusar das novas regras. Ele citou as chamadas “empresas noteiras”, que só existem para emitir notas e validar atividades irregulares. Com as novas regras, elas poderiam funcionar regularmente até a sua verificação posterior.
— Precisamos refletir sobre os impactos que os registros tácitos possam gerar em responsabilidades trabalhistas e tributárias, para que isso caminhe tranquilamente em consonância com a boa fé objetiva.
Tecnologia
A simplificação de registros pode ganhar mais impulso através de avanços tecnológicos que aprimorem a certificação digital. Ruy César Ramos, do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), listou as qualidades do certificado digital para a abertura e registro de empresas: garante a integridade do documento, atesta a sua trajetória, identifica se houve adulteração e vincula-o ao seu signatário de modo que não possa haver a negação do auto.
Ramos assegurou que o ITI trabalha para otimizar as ferramentas de certificação disponíveis e acrescentou que a medida provisória abre as portas para que elas sejam utilizadas para facilitar a vida do empreendedor.
— A partir desta MP, e com os regulamentos subsequentes, já podemos abrir uma empresa com um smartphone. Temos um modelo de certificado em nuvem. Acessando o portal do Ministério da Economia, é possível fazer [toda] a gestão.
Ele usou como exemplo de sucesso desse caminho o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que adotou a certificação digital para o registro de novos softwares e conseguiu reduzir o prazo do processo, que chegava a um ano e meio, para cinco dias úteis.
Tramitação
A comissão mista da MP 876/2019 terá mais uma audiência pública antes da apresentação do relatório. A reunião ainda não tem data definida, mas deverá ser realizada em Santa Catarina, conforme anunciou o presidente do colegiado, senador Jorginho Mello (PL-SC).
A MP tem prazo até 11 de julho, e perderá a validade se não for analisada pelo Congresso Nacional até essa data. Antes, precisa do parecer da comissão mista, composta por deputados e senadores. Depois, será enviada para a Câmara dos Deputados e, se aprovada, para o Senado. O relator é o deputado Aureo Ribeiro (SD-RJ).
| Senado Notícias (publicado em 21-05-2019) | | | | A Comissão Especial da reforma da Previdência realizará nesta semana as últimas audiências públicas para debater a matéria, antes de o relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentar o seu parecer. Dentre os convidados estão secretários do ministério da Economia e especialistas tanto da área acadêmica quanto de organizações relacionadas ao tema.
Na terça, 28, o colegiado debaterá a aposentadoria para mulheres a partir das 14h30. Foram convidadas a professora na Universidade Federal do Rio de Janeiro Denise Lobato Gentil, a pesquisadora no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Joana Mostafá, a presidente da Superintendência de Seguros Privados, Solange Paiva Vieira, e a professora na Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie Zélia Luiza Pierdoná.
Na quarta-feira, 29, a comissão se reunirá no mesmo horário para discutir o regime de capitalização e avaliação atuarial. Devem participar do debate o professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais e professor adjunto da Universidade do Rio de Janeiro, Fabio Zambitte, o professor do Instituto de Economia da Unicamp Guilherme Santos Mello, o secretário de Previdência no Ministério da Economia, Leonardo José Rolim Guimarães, e o pesquisador no BNDES Sérgio Guimarães Ferreira.
Na quinta, 30, pela manhã, a comissão especial tratará do ponto sobre a transição e a desconstitucionalização de pontos da Previdência. Foram convidados o secretário Especial Adjunto de Previdência e Trabalho no Ministério da Economia, Bruno Bianco Leal, o diretor de Programa na Secretaria Especial de Previdência e Trabalho no Ministério da Economia, Felipe Mêmolo Portela, o presidente do Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado, Rudinei Marques, e a pesquisadora da Fiocruz Sônia Fleury.
| Tribuna PR (publicado em 27-05-2019) | | | | Segundo Prioux, pelo menos 20 lojas do Atacadão serão abertas este ano, além de mais 30 unidades de menor porte
O grupo Carrefour Brasil prevê investimentos de R$ 2 bilhões no País e aposta em abertura de novas lojas, sobretudo para a bandeira de atacarejo Atacadão e nos formatos de conveniência "Market" (supermercados) e "Express" (de conveniência), afirmou nesta quarta-feira, 27, o presidente da varejista, Noël Prioux. No ano passado, a subsidiária brasileira recebeu aporte de R$ 1,8 bilhão.
Segundo Prioux, pelo menos 20 lojas do Atacadão serão abertas este ano, além de mais 30 unidades de menor porte. Outra aposta da varejista será o canal de comércio eletrônico, segundo afirmou o executivo ontem, em teleconferência com jornalistas.
A companhia, que anunciou a criação de um novo cargo - a vice-presidência de operações para o Atacadão -, desqualificou os rumores saída de Roberto Mussnich, que é responsável pelo canal atacarejo.
| Infomoney | | | | Você já parou para pensar o quanto paga de imposto toda vez que compra alguma coisa? De uma bala a um eletrodoméstico ou uma roupa, boa parte do valor que a gente desembolsa vai para a arrecadação de impostos. Foi pensando nisso que a brMalls, maior empresa do setor de shopping da América Latina, resolveu participar do movimento do Dia Livre de Impostos, o DLI, nesta quinta-feira (30). Na capital paranaense, o Shopping Curitiba vai vender produtos sem imposto.
A data busca conscientizar e mobilizar consumidores sobre a alta carga tributária brasileira, uma das maiores do mundo, e que impacta no crescimento econômico do país. A iniciativa é da Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem (CDL Jovem), em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas – CNDL.
Nesta quinta-feira, os produtos com descontos referentes a carga tributária vão ser encontrados no Shopping Curitiba. “A data tem se tornado um evento cada vez mais reconhecido pelo consumidor ano a ano. Além da conscientização da alta carga tributária, nossos clientes podem comprar produtos com valores atrativos e nossos lojistas ganham com o aumento de fluxo e de vendas”, comenta Maria Fernanda Paoli, Diretora de Marketing da brMalls.
Empresas de vários setores do varejo vão comercializar produtos descontando o valor dos impostos, que normalmente já está embutido na mercadoria. O objetivo é mostrar, de forma clara, aos clientes como os impostos que incidem sobre as mercadorias e serviços muitas vezes representam grande parte do preço dos produtos.
“Queremos mostrar para a população como as taxas são altas e o retorno dos tributos arrecadados na sociedade é baixo. Para se ter uma ideia, num ranking de 30 países, o nosso é o 14° que mais arrecada imposto, mas está em última colocação como país que melhor retorna o dinheiro para a população”, afirma Lucas Pitta, Coordenador da CDL Jovem Nacional.
É importante destacar que o desconto, no entanto, não representa uma sonegação de impostos. No DLI é o empresário que arca com os custos da taxação sem repassar aos consumidores. No site da campanha Dia Livre de Impostos é possível conferir os lojistas que estão participando do movimento.
| Traibuna PR (publicado em 27-05-2019) | | | | O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, disse nesta segunda-feira, 27, que o déficit de US$ 62 milhões nas transações correntes em abril era esperado pela instituição e ficou praticamente igual ao rombo de US$ 61 milhões de abril do ano passado. “O equilíbrio das transações correntes em abril era esperado pelo Banco Central. A expectativa é de que o déficit em transações correntes permaneça em patamares baixos”, comentou.
Segundo Rocha, o BC estima um superávit de US$ 400 milhões em maio. “Isso está de acordo com a sazonalidade do período. Em maio do ano passado, o superávit foi de US$ 900 milhões”, detalhou. “Esses déficits têm sido inteiramente financiados pela entrada de Investimentos Diretos no País (IDP)”, lembrou.
Ele destacou ainda que a entrada de IDP em abril, de US$ 6,957 bilhões, foi melhor do que o esperado pelo BC. “O resultado foi mais forte nos últimos dias do mês”, relatou.
Rocha apontou ainda que a entrada de IDP em 12 meses até abril – US$ 92,495 bilhões – é o melhor desempenho desde dezembro de 2012. Em porcentual do PIB, a entrada de IDP em 12 meses (4,96%) é a melhor desde maio de 2001 (5,09%).
“Os ingressos de IDP são fluxos mais permanentes e perenes, ao contrário dos fluxos de portfólio, que buscam resultados mais imediatos. Um IDP maior tem determinantes como perspectiva de crescimento do país e da empresa no longo prazo”, explicou Rocha. “A desvalorização da moeda nacional também torna mais barato esse investimento para as empresas estrangeiras”, completou.
Segundo Rocha, a entrada de IDP em maio, até o dia 23, era de US$ 6,454 bilhões. Com isso, a estimativa do BC para o ingresso de IDP neste mês é de US$ 7,5 bilhões. “Se confirmado, haverá um novo aumento nos fluxos de IDP no acumulado em 12 meses”, concluiu.
Gasto com viagens
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central destacou que o déficit conta de viagens ao exterior ficou praticamente estável em abril (US$ 1,021 bilhão), na comparação com o mesmo mês do ano passado (US$ 1,040 bilhão).
“Estávamos vendo uma redução no déficit dessa conta em função da depreciação cambial. Quando o dólar aumenta, torna mais caras as viagens a exterior”, lembrou ele. “As despesas continuaram caindo em abril, mas as receitas também caíram. Daí a estabilidade do saldo no mês”, completou.
Segundo Rocha, o saldo de viagens em maio, até o dia 23, é deficitário em US$ 757 milhões, decorrente de receitas de US$ 308 milhões e despesas de US$ 1,065 bilhão. A estimativa do BC para essa conta em maio é de um déficit inferior a US$ 1 bilhão. “A continuidade da redução do saldo negativo em viagens parece estar condizente com a taxa de câmbio”, acrescentou.
Conta de juros
O chefe do Departamento de Estatísticas do BC destacou também a redução no déficit na conta de renda primária em abril, tanto no resultado líquido do pagamento de juros como no resultado líquido das remessas de lucros e dividendos.
Segundo ele o aumento das receitas com as reservas internacionais impactou o saldo da conta de juros em abril.
Em maio, até o dia 23, o pagamento líquido de juros somou US$ 457 milhões. Em maio, também até o dia 23, as remessas líquidas de lucros e dividendos somaram US$ 1,171 bilhão.
Fluxo cambial
Rocha informou que o fluxo cambial total no País está positivo em US$ 1,153 bilhão em maio até o dia 23. A cifra é resultado de um fluxo comercial positivo de US$ 1,195 bilhão e de um fluxo financeiro negativo de US$ 41 milhões no mesmo período.
Na conta comercial, ocorreram em maio até o dia 23 importações de US$ 10,093 bilhões e exportações de US$ 11,287 bilhões. Dentro das exportações foram US$ 2,219 bilhões de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 2,650 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 6,418 bilhões em demais operações. Dentro da conta financeira, ocorreram no período entradas de US$ 31,775 bilhões e saídas de US$ 31,817 bilhões.
Com o movimento verificado em maio, até o dia 23, a posição dos bancos no mercado à vista passou de vendida em US$ 22,222 bilhões no fim de abril para vendida em US$ 21,294 bilhões agora.
| Tribuna PR (publicado em 27-05-2019) | | | | BC aponta a linha gera um gasto médio mensal de R$ 136 em juros
Quem cai no cheque especial pelo menos uma vez tende a voltar a usar a linha nos meses seguintes. O Banco Central apontou que, em 2018, quase 20% dos usuários do crédito, o mais caro do sistema financeiro, usaram o limite da conta-corrente todos os meses do ano.
Além disso, mais de 50% das pessoas que caíram no cheque especial usaram o crédito por pelo menos seis meses. Os dados fazem parte do Relatório de Economia Bancária do BC, divulgado anualmente.
Na média, a dívida no cheque especial era de R$ 1.310 em dezembro do ano passado, que gerava um gasto médio mensal de R$ 136.
O cheque especial é a linha mais cara do sistema financeiro nacional, com juro médio de 312,6% ao ano em 2018.
Apesar da queda da taxa Selic, a dívida de quem usa a linha ficou 5,9% mais cara em 12 meses.
O BC também mostrou que a maior fatia de usuários do cheque especial (44%) ganha até dois salários mínimos. Quando considerados os brasileiros que ganham até cinco salários, a fatia vai a 77,4%.
O Banco Central tentou encontrar uma relação entre uso do cheque especial e baixa escolaridade, apontando que o uso da linha se concentra entre os brasileiros com ensino médio completo (46,3%).
Entre as pessoas que usam o limite da conta-corrente, 12% tem a linha como a principal dívida. Apenas 7% tem como único crédito em aberto o cheque especial.
A inadimplência é uma das mais altas do sistema financeiro, superando 15,4%.
Para o BC, há espaço para a redução da taxa de juros da linha. Em um cálculo que considera custo do dinheiro, inadimplência e provisões para cobrir esses possíveis calotes, o órgão afirmou que “as taxas desse instrumento são elevadas”.
Segundo BC, o cheque especial responde por menos de 1% de todos os empréstimos do sistema bancários, mas gera 10% da margem de juros (já descontada a provisão contra calotes) com empréstimos no sistema bancário.
| Folha de S. Paulo | | | |
A Scania anunciou nesta terça-feira (21) o investimento de R$ 1,4 bilhão em sua fábrica de caminhões em São Bernardo do Campo (SP). De acordo com a montadora, o valor será aplicado no período de 2021 a 2024 para atualizar as tecnologias da linha de montagem.
O ciclo anterior de investimentos, de 2016 a 2020, foi de R$ 2,6 bilhões e ainda vai ser concluído antes da chegada do novo aporte.
“Nosso ritmo de investimento tem sido de R$ 100 milhões/ano, mas agora, para atender as necessidades das novas tendências ligadas ao mundo do transporte, precisamos elevar esse patamar”, afirmou Christopher Podgorski, presidente da Scania na América Latina.
O anúncio de investimento no ABC Paulista chega no mesmo momento em que a Ford se prepara para fechar sua fábrica de caminhões em São Bernardo do Campo. Outra concorrente no mercado de caminhões, a Mercedes-Benz ampliou a produção no início do ano.
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Isentar do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a aquisição de caminhonetes por produtores rurais que sejam pessoas físicas. Isso é o que dispõe o PL 2.966/2019, de autoria do Senador Irajá (PSD-TO), que tramita na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA).
De acordo com o texto, ficam isentos do IPI os veículos de transporte de carga de fabricação nacional, com peso bruto total de até 3.500 quilogramas (isto é, as caminhonetes) quando adquiridos por produtor rural. A diminuição da tributação visa estimular o setor rural que, segundo o autor do projeto, é de extrema importância para a economia brasileira.
“O setor rural tem-se constituído no principal esteio da economia. Nessa linha de pensamento, convém evitar que a incidência de tributos sobre atividade tão importante ponha em risco os excelentes resultados que já vem obtendo e os aumentos de produção que dela se espera”, explicou o senador Irajá.
Segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a agricultura e o agronegócio contribuíam com mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2017. O setor também é responsável por quase R$ 100 bilhões em volume de exportações, segundo dados da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O PL encontra-se na CRA, onde aguarda o recebimento de emendas. Posteriormente seguirá para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e, se aprovada em caráter terminativo, poderá ser encaminhada para a Câmara dos Deputados.
| Senado Notícias (publicado em 27-05-2019) | | | |
O anúncio de que Fiat Chrysler Automóveis (FCA) e Renault estão em negociação para uma fusão 50/50, sem que nenhuma das partes seja controladora majoritária, começa a desenhar uma nova ordem no indústria automotiva mundial.
A futura aliança, que deve ser confirmada ainda em junho, criará a terceira maior força do setor em números de produção de veículos, caso a aliança da Renault com a Nissan e a Mitsubishi se dissolva.
O novo grupo seria responsável pela oferta de 8,7 milhões de unidades, atuando em todos os segmentos e regiões ao redor do planeta.
O "amplo e complementar portfólio das duas marcas forneceria uma cobertura completa do mercado, do luxo ao 'mainstream'", disse a FCA. As ações seriam cotadas em Nova York e em Milão, numa aliança que representaria mais de US$ 35 bilhões (R$ 141 bilhões).
No Brasil, a fusão reforçaria a posição de liderança de vendas do grupo FCA, à frente de General Motors e Volkswagen. De janeiro a abril, os emplacamentos de carros e comerciais leves da FCA somaram 148,4 mil unidades, ante 144,4 mil da GM e 116 mil do grupo alemão, segundo dados da Fenabrave (associação de concessionários).
Já a Renault, quarta maior marca do mercado brasileiro, adicionaria na conta da FCA mais 70,5 mil unidades vendidas no primeiro quadrimestre do ano.
Infográfico: Fusão da FCA e a da Renault (logotipo das marcas de automótiveis em cada empresa)
A FCA tem um negócio altamente lucrativo na América do Norte com as picapes RAM e a marca Jeep, mas perdeu dinheiro na Europa no último trimestre, onde a maior parte de suas fábricas está operando abaixo de 50% da capacidade e enfrenta dificuldades com normas mais rígidas de emissões de poluentes.
A Renault, enquanto isso, foi uma das primeiras empresas a investir em veículos elétricos e tem forte presença em mercados emergentes, como a FCA no Brasil, mas não tem negócios nos Estados Unidos.
Um acordo, porém, faria pouco para resolver a limitada presença de ambos os grupos na China, maior mercado automotivo do mundo.
Em carta aos funcionários, o presidente-executivo da FCA, Mike Manley, alertou que a fusão com a Renault pode levar mais de um ano para ser concluída.
A FCA afirmou que a decisão pela fusão foi "fortalecida pela necessidade de se tomar decisões corajosas para capturar uma escala de oportunidades criadas pela transformação da indústria de veículos".
O custo enorme destas mudanças, incluindo ameaças de novos entrantes como a Tesla em carros elétricos e Uber e Google em veículos autônomos, tem pressionado montadoras de veículos a trabalharem mais juntas, incluindo Volkswagen e Ford.
Além disso, a FCA ainda sofre com a perda da liderança de Sergio Marchionne, morto em julho de 2018. Já a Renault vê a aliança com Nissan sob ameaça após o escândalo com Carlos Ghosn. Os japoneses já demonstraram insatisfeitos com a situação atual.
A parceria Renault-Nissan-Mitsubishi forma hoje a terceira maior força da indústria automotiva mundial, posição essa que seria ocupada pela fusão FCA-Renault. Caso a aliança franco-japonesa se mantenha, aí a fusão que se vislumbra ocuparia o quarto posto.
De qualquer forma, ambas se mantém atrás do Grupo Volkswagen e da Toyota, conforme mostra o levantamento mais recente da Jato Dynamics divulgado em março.
O ranking de carros vendidos globalmente pelas marcas contabilizam números de 2018:
1) GRUPO VOLKSWAGEN
10,8 milhões de veículos vendidos
O maior conglomerado de marcas do planeta se mantém no topo do ranking mesmo com o escândalo do Dieselgate, que abalou a indústria mundial, mas não as vendas da Volkswagen e suas subsidiárias.
No ano passado, aliás, houve até crescimento de 2% em relação a 2017. Apesar de não fazer sucesso no Brasil, o Golf é o modelo mais vendido da VW no planeta, ficando no quinto lugar do ranking geral em 2018. Tiguan e Polo são outros dois campeões de emplacamentos da marca, ficando entre os 10 mais no mundo.
2) GRUPO TOYOTA
10,4 milhões de veículos vendidos
A Toyota tem sido o principal concorrente da Volkswagen na briga pela preferência do consumidor mundial. A marca japonesa também controla a premium Lexus e a Daihatsu, especializada em veículos de porte mini e compacto na Ásia.
A Toyota tem se destacado atualmente no desenvolvimento de carros autônomos, com a Lexus, e a comercialização de projetos híbridos globais, como o RAV4 Hybrid, que chega ao Brasil em junho, e o Corolla Hybrid, com o primeiro motor híbrido com etanol do mundo - a nova geração do sedã estreia por aqui em outubro.
A nova geração do Corolla no Brasil terá o mesmo visual da versão europeia. Foto: Toyota/ Divulgação
Por falar em Corolla, o modelo foi o carro mais negociado ao redor do globo em 2018, enquanto o RAV4 foi o quarta. O sedã médio Camry também figurou no top 10, sendo um dos mais comercializados nos EUA.
3) RENAULT-NISSAN-MITSUBISHI
10,3 milhões de veículos vendidos
É uma potência em vendas de automóveis, atuando em diversos segmentos, de carros populares, como os da romena Dacia (subsidiária da Renault), aos utilitários esportivos da Mitsubishi e os de luxo da Infiniti (que pertence à Nissan).
Em 2018, a trinca teve alta de 0,9% na venda de veículos. Os problemas envolvendo o ex-CEO da aliança Carlos Ghosn pode ter estremecido a relação entre as marcas.
FCA-RENAULT
8,7 milhões de veículos vendidos
Com a negociação avançada entre os dois grupos, surgiria um conglomerado que atuaria em todos os segmentos do mercado e com capacidade para investir 5 bilhões de euros (algo perto de R$ 22 bilhões), gerados com a economia anual que a fusão traria.
A novo aliança ítalo-americana-francesa poderia ruir a que a parceria que Renault tem com as japoneses. Mas, existe a possibilidade que as duas estruturas caminhem paralelamente como estratégia de mercado, uma vez que não controle acionário em nenhum dos casos.
Ocuparia a quarta posição da lista, ou a terceira caso a aliança anterior se desfaça.
4) GENERAL MOTORS
8,6 milhões de veículos vendidos
A gigante norte-americana possui um pacote de marcas de peso, com Chevrolet, Cadillac, GMC e Holden. Mesmo assim aparece 'só' na quinta posição da lista. Fruto da 'saída' da Europa com a venda da Opel e da Vauxhall para o grupo PSA Peugeot-Citroën em 2017.
No ano passado, a GM apresentou queda de 4% nas vendas. Por isso, anunciou o fechamento de fábricas nos EUA e o corte de funcionários.
Para voltar a crescer a General Motors investe pesado no mercado chinês, e de lá estão surgindo projetos globais para atender, principalmente, os mercados emergentes, como o brasileiro. A nova geração do Onix, por exemplo, foi projetada por lá.
5) GRUPO HYUNDAI-KIA
7,4 milhões de veículos vendidos
As parceiras sul-coreanas são muito fortes na Ásia e, no caso da Hyundai, em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. No ano passado, comemoraram alta de 1,4% nos comércio de veículos.
6) FORD
5,6 milhões de veículos vendidos
A marca norte-americana tem enfrentado uma grave crise nos últimos anos, tanto em vendas como no modelo de negócio. Isso culminou com o fechamento de fábricas pelo mundo, inclusive no Brasil.
A Ford deixará, por exemplo, de atuar no segmento de caminhões na América Latina com o fim das operações da unidade de São Bernardo do Campo (SP).
No ano passado, a montadora reduziu em 10,4% a participação no mercado mundial, e aí inclui o braço de carros de luxo da Lincoln.
Para virar a mesa, a Ford se juntou à Volkswagen para a troca de tecnologias e produção de SUVs e veículos comerciais, além de carros elétricos e aposta na China.
7) GRUPO HONDA
5,2 milhões de veículos vendidos
A Honda conta com dois modelos best-sellers em venda: Civic (3º no mundo) e CR-V (8º). Apesar disso, perdeu 0,6% de mercado no ano passado.
Possui uma única subsidiária, a Acura, especializada em carros esportivos e de luxo, com forte atuação nos EUA e Canadá.
A empresa nipônica trabalha contra o tempo para lançar modelos eletrificados e desenvolver tecnologia autônoma. Faz muito sucesso com os SUVs de todos os tamanhos, especialmente com o HR-V.
8) FIAT-CHRYSLER
4,8 milhões de veículos vendidos
A união da fabricante italiana com a americana em 2014 tem rendido bons frutos, tanto em produtos quanto em mercados. O Jeep Renegade, por exemplo, é um sucesso na Europa, e também no Brasil.
O conglomerado FCA é um dos maiores em número de marcas e a aproximação com a Renault pode alavancar as vendas, além de criar uma abertura para novos produtos e tecnologias.
O grupo produz de tudo: automóveis, caminhões, tratores, máquinas agrícolas, motores, transmissões, autopeças e sistemas de automação industrial, entre outros.
9) PSA PEUGEOT-CITROËN
4,1 milhões de veículos vendidos
A aquisição da Opel e da Vauxhall, ex-GM, oxigenaram as vendas da PSA. Em 2018, o grupo registrou recordes de vendas, faturamento, rentabilidade e lucro em 2018. Houve uma expansão de 6,8% nos negócios em relação a 2017.
A união Citroën-Peugeot virou a segunda força na Europa, atrás apenas da Volkswagen, e à frente da rival francesa Renault. Só a divisão Opel/Vauxhall elevou em mais de 1 milhão de unidades ao volume total, quase todas vendidas na Europa.
10) SUZUKI-MARUTI
3 milhões de veículos vendidosSe por aqui a Suzuki tem pouca expressão, no Japão a marca é sensação com os kei-cars, subcompactos voltados para o uso urbano.
No ano passado cresceu 5% nas vendas com a renovação da linha e forte participação na Índia, por meio da subsidiária Maruti - detém 50% do mercado por lá.
| Gazeta do Povo (publicado em 27-05-2019) | | | | Uniões entre montadoras e/ou produtores de tecnologia serão essenciais para fabricantes de automóveis e também de autopeças
As fusões e aquisições como a mais recente anunciada por FCA e Renault serão inevitáveis no setor automobilístico por causa das mudanças pelas quais o automóvel passará. A conclusão vem Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, e Dan Ioschpe, presidente do Sindipeças. Ambos participaram de um painel sobre tendências do setor automotivo durante o Automotive Business Experience, ABX19, realizado segunda-feira, 27, no São Paulo Expo.
“A indústria automobilística fará uma nova revolução a respeito do que há ao redor do automóvel. Vamos mudar o produto e a conectividade, mas não temos capacidade de fazer tudo sozinhos”, recorda Moraes.
“Nas autopeças esperamos ter um crescimento do setor de forma diferente, com novos participantes”, diz Ioschpe, referindo-se a futuros associados à entidade entregando mais componentes eletrônicos com novas funções agregadas e menos peças metálicas ou plásticas.
O executivo afirma que a produção de tecnologia no setor de componentes por pequenas e médias empresas tem sido motivo de discussões em nível mundial.
Durante o painel, Moraes recordou a importância das definições estabelecidas pelo programa Rota 2030 para a aplicação de novas tecnologias: “Definimos o que fazer e quando entregar, isso facilita nosso planejamento”, diz.
“Para a indústria de autopeças será muito importante participar da inserção competitiva, trabalhando em melhorias e na realização de PDI (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) no Brasil, isso fará uma diferença grande. Temos de participar mais do mundo, mas sem deixar de crescer nas Américas do Sul e Central”, diz Ioschpe.
Ambos os palestrantes recordaram as dificuldades enfrentadas pela carga tributária excessiva e citaram a necessidade de desonerar as empresas como forma de tornar os veículos e componentes brasileiros mais competitivos.
| Automotive Business (publicado em 27-05-2019) | | | | Rede de revendas terá de se adaptar para manter seus negócios eficientes
As transformações tecnológicas pelas quais o setor automotivo está passando, como conectividade, carros elétricos, autônomos e compartilhados, representam desafios, mas também oportunidades, principalmente para as concessionárias. Durante o Automotive Business Experience, ABX19, realizado segunda-feira, 27, no São Paulo Expo, especialistas do setor da distribuição de veículos apresentaram suas análises sobre o futuro desse modelo de negócio, que passa, necessariamente, pelo completo conhecimento do comportamento do consumidor na era digital.
Para J. R. Caporal, presidente da AutoAvaliar, para enfrentar esses desafios, montadoras e redes de concessionárias precisam encontrar soluções, conjuntamente, para se comunicar com o cliente da forma que ele quer e espera. “O setor precisa entender seus clientes para oferecer as melhores experiências. Não existe uma receita de bolo, cada marca está em um momento diferente de sua história no País, no modo como se relaciona com seus clientes.”
Embora a preferência do consumidor seja pelo relacionamento por canais digitais, a efetivação da venda ainda é feita nas concessionárias. Contudo, Caporal destaca um entrave de legislação. “No Brasil, esse passo para a digitalização total da venda on-line esbarra na legislação, na Lei Ferrari, nas convenções de marca. Nos Estados Unidos existe uma proteção às margens do concessionário, proibindo a venda on-line de veículos novos, mesmo tendo uma prática de preços totalmente padronizada, ao contrário do que acontece aqui no Brasil, que tem diferentes preços para os diferentes canais de venda.
Essa comunicação desafiadora passa pelas experiências on e off-line do comprador e como ele quer ser atendido. “A internet empoderou o cliente e a indústria vive sob a ótica da geração de leads, de formulários, quando na verdade o que se tem de buscar é a forma como atrair esse cliente para a concessionária”, argumentou Gustavo Elias Pena, executivo de negócios do Google.
A era dos multicanais de relacionamento chegou para ficar. Contudo, é o smartphone que detém a preferência. “Atualmente, 70% das pesquisas sobre o compra de veículos são feitas por celular”, contou Pena, citando pesquisa que aponta queda de 17% no fluxo de clientes nas lojas, contrapondo a preferência de 90% dos clientes em efetivar essa compra diretamente nas lojas.
Segundo Pena, as concessionárias têm à disposição diversas ferramentas para obter acesso às preferências e hábitos do consumidor. “As ferramentas digitais são fontes de dados que representam um grande diferencial competitivo. Não basta que o cliente encontre sua loja na internet, é preciso que seus dados estejam atualizados, como o horário de funcionamento, por exemplo”, destacou o executivo.
Para Maurício Andreta, vice-presidente da Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionários, as revendas estão passando por um período de adaptações, com redução de grupos atuantes, consolidações, em busca de uma operação mais eficiente. “Entretanto, é primordial entender o tempo que vai levar para que essas transformações cheguem onde se imagina, para não investirmos em ferramentas para as quais o mercado ainda não está preparado”, explicou.
| Automotive Business (publicado em 27-05-2019) | | | | Já imaginou entrar em um ônibus, sentar e perceber que ele está trafegando sem motorista? Essa tecnologia foi testada por uma empresa de transporte coletivo na Região Metropolitana de Curitiba. O sistema é da empresa chinesa VIA Technologies e permite que o veículo circule sem condutor.
A VIA Technolies confirmou à Gazeta do Povo que o sistema foi testado durante duas semanas em uma empresa do transporte coletivo da Região Metropolitana de Curitiba. A companhia chinesa, porém, não informou qual foi a viação e nem em qual cidade foi feita a experiência. O teste não tem nenhuma ligação com a prefeitura de Curitiba.
Um veículo com essa tecnologia já circula na China desde 2018. Além do Brasil, o sistema também está sendo testado em dois países da América Latina: Colômbia e Peru.
Acompanhado por uma central, o sistema é capaz de tomar decisões baseadas em dados que colhe no decorrer do trajeto. "Se a faixa em que o veículo circula tiver algum tipo de interferência, por exemplo, o sensor dianteiro identifica e corrige a rota do veículo", relata o diretor da empresa.
Em casos de acidentes ou imprevistos no trânsito, o sistema calcula rapidamente diferentes rotas ou opções - como parar o veículo - e escolhe a que causa menor impacto. Além de controlar o próprio veículo, o sistema também é capaz de identificar o número de passageiros dentro do ônibus. “Quando o número de passageiros no veículo excede, o sistema faz um pedido à central para aumentar a frota de ônibus de determinada linha”, aponta o diretor da VIA Technologies.
Com motorista
Além de circular com o sistema autônomo, o veículo também foi testado com motorista no comando na região de Curitiba. E mesmo com a presença humana no volante, a tecnologia também facilita a vida do condutor.
Junto com as câmeras externas, sensores acoplados ao volante identificam o estado emocional do motorista. “Se caso o condutor estiver com sono ou irritado, o sistema emite um alerta para a central, que assume o controle da direção”, conta Resende.
E, para segurança dos passageiros, o veículo tem uma tela no seu interior que mostra em tempo real dados de localização, trajeto, paradas e velocidade do ônibus.
| Gazeta do Povo (publicado em 27-05-2019) | | | | Em oito anos de investimentos em manufatura 4.0, seu nível de automação aumentou de 50% para 70%
Em oito anos de investimentos na manufatura 4.0, a Volkswagen reduziu em 25% o tempo de produção dos veículos e em nove meses o prazo para o desenvolvimento de um novo produto. Os dados foram revelados pelo presidente e CEO da Volkswagen América Latina, Pablo Di Si, durante o Automotive Business Experience, ABX19, realizado segunda-feira, 27, no São Paulo Expo.
“Estamos passando do mundo físico para o digital”, comentou Di Si. “Desde que iniciamos os processos rumo à indústria 4.0, aumentamos de 50% para 70% o nível de automação em nossas fábricas e reduzimos em nove meses o tempo de construção de protótipos.”
Sobre a indústria em geral, Di Si afirmou estar otimista com o mercado brasileiro, o que já não acontece em relação ao argentino. No caso do país vizinho, a montadora reviu para baixo – de 620 mil para 500 mil – a meta de vendas de veículos para este ano. Para 2020, a projeção baixou de 770 mil para 550 mil.
Com vendas reduzidas para o país vizinho, a Volkswagen estaria operando no Brasil com 63% de sua capacidade instalada: “O ideal é ocupar pelo menos entre 70% e 75%”, comenta Di Si. Questionado sobre eventuais investimentos para aumento de capacidade, Di Si revelou que o processo de aumento de produtividade é contínuo, ou seja, mesmo operando no limite em algumas fábricas ainda é possível ter ganhos que possibilitem ampliação da produção.
| Automotive Business (publicado em 27-05-2019) | | | | Para montadora japonesa, europeia é concorrente, mais do que parceira capaz de fortalecer operação global
Logotipos da Fiat e da Renault; união de montadoras criaria gigante do setor
A montadora japonesa Nissan, que tem uma aliança com a Renault, se disse nesta segunda (27) “aberta a qualquer discussão que fortaleça” a parceria. Foi uma reação polida, mas lacônica ao anúncio do começo das conversas entre a francesa e a ítalo-americana Fiat-Chrysler (FCA) com vistas a uma fusão.
A firma asiática é controlada pela Renault (que detém 43% das ações daquela). No sentido inverso, possui 15% do capital da empresa europeia, mas sem direito a voto na assembleia-geral desta, o que sempre crispou a relação entre Paris e Yokohama.
A operação desenhada pela FCA dá voz à Nissan no conselho de administração da hipotética übermontadora, que seria a terceira do mundo, com produção anual de 8,7 milhões de veículos, atrás apenas de Volkswagen e Toyota.
Se as duas japonesas se somassem à empreitada, a capacidade de entrega chegaria a 15 milhões de unidades, sem paralelo no mundo.
Além do direito a voto, que a Nissan espera desde 2002, a possível sociedade Renault-FCA tem outro atrativo para Yokohama, como destaca o jornal econômico Les Échos: enfraquece a influência, na companhia, do Estado francês, a quem os japoneses atribuem uma operação de bastidor para tentar controlá-los.
Hoje, 15% da empresa asiática estão nas mãos do governo da França. Caso a fusão Renault-FCA se concretize, a fatia cairia para 7,5% —já que o que se propõe é um acerto com 50% de capital de cada lado.
O comunicado em que a Fiat-Chrysler anuncia as negociações menciona uma economia de 1 bilhão de euros na operação de Nissan e Mitsubishi, caso a união entre as europeias vingue. A poupança seria ainda maior se as duas últimas se implicassem ativamente na parceria.
Apesar dos aparentes estímulos, a perspectiva de uma junção de forças com a FCA não entusiasma ardorosamente a Nissan. Aos Echos, fontes da empresa dizem ver mais concorrência do que complementaridade nas atividades das duas firmas. Por exemplo, ambas têm no mercado americano um pilar –o que não é o caso da Renault.
Além disso, os japoneses afirmam que as redundâncias na operação europeia da trinca forçariam cortes (fechamento de fábricas e redução de postos) para evitar perdas financeiras, medidas que seriam rechaçadas pelos governos de França e Itália.
Mas, acima de tudo, acham que a proposta da FCA é um estratagema dos italianos para adentrar o mercado chinês —o maior do mundo, onde a Nissan vai de vento em popa— e, de forma mais difusa, o circuito asiático como um todo.
A firma de Yokohama também acredita estar à frente do consórcio Fiat-Renault nas pesquisas e no desenvolvimento de modelos elétricos e autônomos, próxima fronteira da indústria.
Seja como for, a hipotética aliança será discutida nesta quarta, no Japão, em encontro do conselho da já existente parceria Renault-Nissan-Mitsubishi, em ponto morto há seis meses.
Foi quando estourou o quiproquó envolvendo o todo-poderoso chefe do grupo, Carlos Ghosn, preso sob as acusações de não declarar parte de seus vencimentos e de usar dinheiro da corporação para compensar perdas com investimentos particulares.
Segundo a Reuters, membros do conselho de administração da Renault vão se reunir informalmente dentro de alguns dias, com o objetivo de decidir no início da próxima semana se avançarão nas negociações sobre a fusão proposta.
| Folha de S. Paulo (publicado em 27-05-2019) | | | | Estudo feito por AB em parceria com a Reed Exhibitions mostra que a renovação começou em 2018
A aguardada recuperação do mercado brasileiro de caminhões ganhou fôlego em 2018 e tende a continuar este ano. Esta é uma das conclusões da pesquisa Intenção de Compra de Caminhões, feita por Automotive Business em parceria com a Reed Exhibitions Alcântara Machado com o público visitante da Fenatran, Salão do Transporte Rodoviário, que teve a última edição em 2017 e acontece de novo em outubro deste ano.
O estudo foi realizado a partir de entrevistas on-line com 114 pessoas – 13% dos respondentes eram transportadores autônomos e 65% profissionais de empresas que têm mais de um caminhão. A seguir você conhece as principais conclusões da pesquisa, que foi apresentada com exclusividade no ABX19 – Automotive Business Experience, evento que reuniu 2 mil lideranças do setor automotivo no dia 27 de maio.
O EFEITO DA CRISE PARA OS TRANSPORTADORES
O mercado de caminhões sofreu redução dramática nos últimos anos, com queda do recorde de 172 mil unidades em 2011 para 50,2 mil veículos em 2016. Depois da forte baixa, em 2018 o segmento registrou alta nas vendas: 46,8%, segundo os dados da Fenabrave, contra uma expectativa de crescimento inicial de apenas 20%.
Segundo os entrevistados, o período anterior de retração, no entanto, provocou queda no volume transportado em 63% das organizações e fez com que 12% permanecessem estagnadas. Curiosamente, 26% dos respondentes registraram aumento de suas atividades nos últimos anos.
RENOVAÇÃO DA FROTA JÁ COMEÇOU
O estudo revelou que a renovação da frota de caminhões já começou no ano passado, quando 51% das empresas apontaram ter investido na compra de veículos novos. Só 19% dos respondentes indicaram ter feiro isso entre 2012 e 2017, enquanto 13% declaram que a última vez que investiram em um caminhão foi até 2011, no período pré-crise.
Quando analisado o perfil das empresas que compraram veículos recentemente, fica claro que este é um movimento mais presente entre médias e grandes organizações, mais capitalizadas. Só 33% dos pequenos transportadores conseguiram investir em caminhões no ano passado.
INTENÇÃO DE COMPRA DE CAMINHÕES
Dos entrevistados, 83% sinalizaram o plano de comprar caminhão em 2019. Índice um pouco maior, de 87% pretende investir em novos veículos nos próximos cinco anos. Entre 2022 e 2023 os caminhões vendidos no Brasil passarão a ter regras mais rigorosas de controle de emissão de poluentes (Proconve 8 ou Euro 6).
Em 2011, às vésperas de uma mudança equivalente na regulamentação, houve intensa antecipação das compras pelos frotistas, que buscavam garantir os preços mais baixos dos modelos com motores com a tecnologia que seria substituída. O movimento levou o mercado brasileiro ao recorde de 172 mil caminhões licenciados em apenas um ano. Desta vez, no entanto, quase metade dos respondentes, dizem que manterão sua estratégia de compra de caminhões inalterada apesar da mudança. Parcela de 13% declarou que pretende antecipar compras para garantir preços mais baixos, enquanto 19% disseram que pretendem aguardar para comprar caminhões mais modernos depois de 2022/2023.
FATORES QUE PODEM IMPACTAR OS PLANOS DE COMPRAS
o crescimento robusto da economia e a oferta de crédito barato aparecem como os fatores com maior potencial de estimularem transportadores a comprarem veículos novos. Por outro lado, os grandes e médios empresários sinalizam que uma nova retração na economia poderá interromper aquisições. Para os transportadores autônomos ou frotistas, é a falta ou dificuldade de acesso ao crédito que poderia congelar planos – o que demonstra que os desafios variam de acordo com o porte da empresa.
DIFICULDADE DE ACESSO AO CRÉDITO
Para 71% dos entrevistados, as linhas de crédito ainda são caras, com juros elevados. Somente 4% acham que é fácil obter financiamento. Por isso, a maioria dos empresários do setor (62%) gostaria que o governo desenhasse um programa de incentivos aos moldes do PSI (Programa de Sustentação do Crescimento), que durou até 2013 e garantiu taxas de juros subsidiadas para as compras de veículos comerciais.
O interesse em crédito mais acessível e as taxas menores de compras recentes de caminhões entre os transportadores autônomos ou de pequeno porte indicam que existe aí uma demanda reprimida: há interesse e necessidade de comprar veículos, mas é difícil obter financiamento.
| Automotive Business (publicado em 27-05-2019) | | | | Emplacamentos vão ultrapassar a casa de 1 milhão de unidades novamente
O mercado de motos deverá ultrapassar 1 milhão de unidades novamente em 2019, após o crescimento registrado no ano passado. Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, entidade que reúne os fabricantes do setor, apontou as razões durante palestra no Automotive Business Experience, ABX19, realizado segunda-feira, 27, no São Paulo Expo: crédito abundante e baixa inadimplência.
O dirigente revelou que no primeiro trimestre a oferta de crédito para financiamentos atingiu R$ 525 milhões, 14,4% a mais que em igual período do ano passado. Simultaneamente, a inadimplência no setor recuou para 3,3 pontos em março, o menor índice para o mês desde 2011, quando bateu em 6,7 pontos.
“Os agentes financeiros estão muito mais seguros para oferecer crédito. Nossas redes de revendedores têm sido procuradas muito mais pelas instituições bancárias”, afirma Fermanian, que agora projeta evolução de 10,7% para as vendas sobre 2018.
O desempenho no primeiro quadrimestre, contudo, foi superior. Foram emplacadas no período 352 mil motos, 16,8% a mais que no mesmo período de 2018.
Também tem contribuído para a aceleração dos negócios, diz o presidente da Abraciclo, a demanda reprimida dos últimos quatro anos, além do aumento do número de contemplações dos consórcios. “Financiamentos por CDC e consórcios já representam cerca de 70% das vendas.”
A produção também deve confirmar a curva ascendente em 2019. A variação, contudo, será menor: Fermanian aposta em crescimento de 6,1%. As linhas de montagem, assim, devem despejar no mercado interno e nas exportações perto de 1,1 milhão de unidades.
| Automotive Business (publicado em 27-05-2019) | | | | Estudo realizado por AB e Reed Exhibitions indica otimismo para o médio prazo
A cadeia de valor automotiva enfrentou momentos difíceis no Brasil nos últimos anos como consequência das dramáticas quedas na produção de veículos.
Agora, no entanto, a projeção para o médio prazo é otimista, conforme apurado na pesquisa O Horizonte para a Indústria de Autopeças, realizada por Automotive Business em parceria com a Reed Exhibitions. Segundo o estudo, a maior parte das empresas do segmento (45%) apostam em expansão de 16% a 25% do mercado brasileiro de autopeças nos próximos cinco anos.
O estudo buscou mapear como as empresas de autopeças foram afetadas pela recente crise, suas expectativas para a recuperação do mercado e a visão sobre inovação. As conclusões foram apresentadas com exclusividade no ABX19 – Automotive Business Experience, evento que reuniu 2 mil lideranças de empresas automotivas em São Paulo na segunda-feira, 27.
O EFEITO DA CRISE
A crise que contraiu as vendas da indústria automotiva nos últimos anos teve consequências severas para a cadeia de autopeças. Dos respondentes da pesquisa 52% apontam que houve queda no faturamento das empresas em que trabalham durante a crise. Para 20% a situação foi de estagnação. Para 57% dos respondentes, a crise teve impacto negativo sobre a saúde financeira da organização, aumentando ou gerando endividamento.
Parcela de 28% apontam que foram capazes de registrar expansão das receitas mesmo no cenário adverso. A maior parte dos entrevistados, 59%, apontou que o principal impacto negativo da crise foi a redução da margem de contribuição – o montante que sobra da receita das vendas dos produtos e serviços e é usado para pagar os custos fixos e gerar lucro. Outro efeito importante foi a paralisação dos investimentos em inovação, algo sinalizado por 48% dos entrevistados.
O contexto negativo, não impediu que os respondentes identificassem efeitos positivos da crise. O principal deles foi a redução de custos. Os gestores que participaram da pesquisa indicaram em seguida o enxugamento das equipes, sem levar em conta os custos sociais das demissões. A abertura da novos clientes e mercados também figura na lista dos improváveis efeitos positivos do momento complicado.
EXPECTATIVAS PARA OS PRÓXIMOS ANOS
Ainda que a recuperação da economia não tenha indicado consistência, a visão das pessoas que trabalham em empresas de autopeças se mostrou otimista para 2019. Para 87%, haverá crescimento nas vendas este ano - e 69% afirmam que esta expansão deve chegar a 15%. O panorama para a contratação de pessoas não é tão positiva: para 31% o quadro de funcionários deve se manter estagnado.
Questionados sobre a perspectiva para os próximos cinco anos, a maior parte dos respondentes, 45%, esperam que os mercado brasileiro de autopeças cresça entre 16% e 25%. Entre os entrevistados, ninguém apontou esperar contração dos negócios. As apostas também são positivas para as exportações, com 31% dos entrevistados convictos de que as vendas externas avençarão de 6% a 15% no mesmo período.
INOVAÇÃO É DESAFIO
Mesmo diante do avanço da transformação digital, boa parte da cadeia de autopeças demonstrou ter visão ainda restrita quando o assunto é inovação. Entre os entrevistados, 16% declararam que as novas tecnologias digitais não são vistas como um fator relevante para a organização em que trabalham – o número está longe de representar a maioria, mas ainda assim é alarmante pela relevância do tema.
Apenas 26% dos respondentes apontaram que suas empresas investem amplamente em tecnologias digitais, que estão inseridas em toda a estratégia da marca. Já 35% indicaram que as empresas em que atuam não geram novas receitas com soluções inovadoras.
Por outro lado, 25% dos entrevistados apontam estar criando faturamento com serviços que há pouco não existiam e 20% estão obtendo receitas com novos produtos tecnológicos.
Ainda que a recuperação da economia não tenha indicado consistência, a visão das pessoas que trabalham em empresas de autopeças se mostrou otimista para 2019. Para 87%, haverá crescimento nas vendas este ano - e 69% afirmam que esta expansão deve chegar a 15%. O panorama para a contratação de pessoas não é tão positiva: para 31% o quadro de funcionários deve se manter estagnado.
Questionados sobre a perspectiva para os próximos cinco anos, a maior parte dos respondentes, 45%, esperam que os mercado brasileiro de autopeças cresça entre 16% e 25%. Entre os entrevistados, ninguém apontou esperar contração dos negócios. As apostas também são positivas para as exportações, com 31% dos entrevistados convictos de que as vendas externas avençarão de 6% a 15% no mesmo período.
INOVAÇÃO É DESAFIO
Mesmo diante do avanço da transformação digital, boa parte da cadeia de autopeças demonstrou ter visão ainda restrita quando o assunto é inovação. Entre os entrevistados, 16% declararam que as novas tecnologias digitais não são vistas como um fator relevante para a organização em que trabalham – o número está longe de representar a maioria, mas ainda assim é alarmante pela relevância do tema.
Apenas 26% dos respondentes apontaram que suas empresas investem amplamente em tecnologias digitais, que estão inseridas em toda a estratégia da marca. Já 35% indicaram que as empresas em que atuam não geram novas receitas com soluções inovadoras.
Por outro lado, 25% dos entrevistados apontam estar criando faturamento com serviços que há pouco não existiam e 20% estão obtendo receitas com novos produtos tecnológicos.
No acumulado dos quatro primeiros meses do ano foram produzidas 368 mil motocicletas no PIM, Polo Industrial de Manaus, evolução de 5,8% ante igual período de 2018.
O número até poderia ser maior, caso a Argentina, principal destino das motos brasileiras, não enfrentasse forte declínio nas vendas. As exportações nos primeiros quatro meses deste ano limitaram-se a 14,3 mil unidades, redução de 52,3% ante o mesmo período do ano passado.
| Automotive Business (publicado em 27-05-2019) | | | | Presidentes da Audi do Brasil e Scania para a América Latina dizem que o País deve colocar o tema no radar
Apesar de o veículo autônomo ainda não ser uma realidade no Brasil, o País não pode ficar esperando até meados ou fim da próxima década para ter o ambiente favorável para circulação deles. A opinião é dos presidentes da Audi Brasil, Johannes Roscheck; e da Scania América Latina, Christopher Podgorski, que participaram do Automotive Business Experience, ABX19, realizado na segunda-feira, 27, no São Paulo Expo.
Para os executivos, indústrias, governos e demais envolvidos no ecossistema para a produção do veículo inteligente têm de colocar o tema no radar para acompanhar a tendência global. “O carro autônomo é um caminho sem volta”, diz Podgorski, acrescentando que o Brasil não pode olhar somente o fim da jornada. Isto é, aguardar o ganho de escala em outros mercados para definir a estratégia local.
Durante o painel “O que você sempre quis saber sobre veículos autônomos, mas tinha medo de perguntar”, mediado por Marcus Vinícius, sócio da KPMG na área de Industrial Markets, os presidentes das duas montadoras analisaram as vantagens dessa tecnologia e os desafios do Brasil para colocar nas ruas a nova geração de carros que se dirigem sozinhos.
Uma pesquisa realizada pela KPMG em 25 países apontou que a chegada ao mercado do carro autônomo passa por quatro pilares: regulamentação pelos governos, infraestrutura, investimentos e desejo do consumidor de ter esse tipo de carro.
“O Brasil é o último colocado entre os entrevistados no pilar de política e regulamentação”, constata Vinícius, informando que países da Europa, da Ásia e os Estados Unidos estão mais avançados nesse quesito e nos demais. Ele cita o exemplo do Japão, que promete usar carros autoguiados durante os Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio.
SEGURANÇA E SUSTENTABILIDADE
Roscheck, da Audi, destaca que um dos grandes benefícios do veículo 100% autônomo é a segurança. “Mais de 90% dos acidentes de carro são provocados pelos seres humanos”, informa. Segundo ele, o humano não pode olhar para frente e para trás ao mesmo tempo, habilidade presente nos carros inteligentes.
E recorda também a existência dos cinco níveis de automação, em que o quinto realmente dispensa motorista ao volante em qualquer situação. A Audi vai lançar no Brasil até fim de 2019 o A8 com nível 3. Roscheck diz que a tecnologia já existe, mas que o desafio agora é encontrar o ambiente ideal para que a indústria alcance os seus objetivos. Entre os fatores ele menciona a falta de legislação e o aprendizado das características de cada país.
No Brasil, o presidente da Audi cita o aprendizado dos algoritmos de machine learning para interpretar, por exemplo, o comportamento dos motoqueiros, que às vezes mudam de faixa, surpreendendo os motoristas. O carro autônomo teria de coletar dados para entender essa particularidade.
O presidente e CEO da Scania para a América Latina, Christopher Podgorski, conta que a jornada da companhia com o veículo autônomo começou em 2012. O objetivo da montadora com a oferta de ônibus e caminhões inteligentes é ajudar os países a transformar a logística de transporte. Ele enfatiza que as novas tecnologias reduzem custos, melhoram a eficiência energética e diminuem as emissões de carbono.
Entretanto, Podgorski acredita que o Brasil ainda vai demorar para vencer as barreiras para a chegada do carro autônomo. “Temos de ser realistas. Somos uma economia emergente e existem outras prioridades”, admite o executivo.
| Automotive Business (publicado em 27-05-2019) | | | | Resultados preliminares do índice feito pelo Cesar em parceria com AB mostram que companhias ainda mantêm foco só em otimizar processos
As empresas automotivas têm anunciado uma série de esforços para acompanhar a transformação digital. Apesar disso, 61% dos profissionais desta indústria indicam que as empresas em que trabalham estão longe de alcançar maturidade digital – deste porcentual, 14% estão muito longe deste ponto. Esta é uma das conclusões preliminares do Índice de Transformação Digital do Setor Automotivo, feito pelo Cesar – Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife, em parceria com Automotive Business.
Os dados foram apresentados no ABX19 – Automotive Business Experience, evento que reuniu 2 mil lideranças do segmento em São Paulo, no dia 27 de maio. Os números prévios foram apurados por meio de questionário on-line com 93 pessoas que atuam em organizações, um universo que gira em torno de 600 empresas, entre fornecedores da cadeia de valor e as fabricantes de veículos. Dos entrevistados, 46% são de cargos de coordenação, gerência, diretoria, vice-presidência e presidência das empresas.
Assim que respondiam ao questionários, estes profissionais recebiam um diagnóstico, com o índice da própria organização – este serviço segue disponível aqui/strong>. Eduardo Peixoto, Chief Design Officer, diz que os resultados estão dentro do esperado para o setor automotivo.
“Trata-se de um segmento que é símbolo da revolução industrial, marcada pela linha de montagem desenvolvida por Henry Ford. Agora, no entanto, estas empresas precisam encarar uma série de desafios para acompanhar a atual revolução digital”
Enquanto as respostas da maior parte dos entrevistados indicaram que as companhias em que trabalham estão distantes de alcançar a maturidade, 31% apontam que estão perto de concretizar a transformação digital e apenas 4% sinalizam estar muito perto.
DIGITALIZAÇÃO OU APENAS OTIMIZAÇÃO?
Ainda que exista um longo caminho a ser percorrido pelas empresas automotivas, 86% dos respondentes indicaram que a transformação digital é um tema prioritário nas empresas em que trabalham. Por outro lado, 9,7% dos entrevistados disseram que as organizações não priorizam o assunto.
“Outra questão sensível no setor automotivo é que muitas empresas falam em transformação digital, mas só executam medidas de otimização dos processos, deixando uma série de iniciativas essenciais de fora, como a geração de novos modelos de negócio”, alerta Peixoto.
Segundo o especialista, apesar da priorização da transformação digital estar na maior parte das empresas, apenas 42,9% dos respondentes mostram iniciativas mais abrangentes, que vão além da preocupação em otimizar a companhia. “Em geral, o setor automotivo ainda olha para a inovação, que engloba a transformação digital, como algo que deve ser feito internamente, de forma vertical”, diz Peixoto.
Para ele, no entanto, a abordagem deveria ser mais aberta, com cocriação em ciclos interativos, em rede, com foco que vá além do produto:
“A transformação digital precisa ser profunda e incluir a ruptura do modelo de negócio em atividades-chave das organizações. O setor automotivo tem que passar por este processo para não perder espaço para empresas desafiantes”, resume.
CONHEÇA OS OITO EIXOS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
Para medir o estágio em que as empresas automotivas estão, o Índice de Transformação Digital se apoia em oito eixos:
- Cultura e pessoas: perspectiva do ser humano em relação às mudanças na era digital, passando pelo papel de líder nas transformações e pela função das empresas nas novas configurações das sociedades e dos negócios.
- Consumidores: trata-se da mudança na relação entre as organizações e os seus consumidores. Passa pela possibilidade de customização, disponibilidade e oferta de soluções conectadas e sob demanda.
- Concorrência: a era digital reconfigurou a competição. Mesmo empresas bem estabelecidas podem ser fortemente impactadas por novos competidores ágeis, inesperados e assimétricos.
- Inovação: há novos métodos e processos. Antes as empresas desenhavam e lançavam sozinhas seus produtos no mercado. Agora a cocriação e a contínua experimentação são as estratégias com maior potencial.
- Processos: este é o eixo da otimização. Passa pelo mapeamento de como as empresas se envolvem digitalmente com o setor em que estão inseridas, e da propensão ao uso de software para gerenciar operações internas, otimizar o uso de ativos e os relacionamentos com clientes e fornecedores.
- Modelos de negócio: ao usar ferramentas digitais, as empresas devem detectar novos mercados e caminhos para crescer. Segundo o Cesar, modelar novos negócios é essencial para a sobrevivência das organizações na era digital.
- Dados: a captação e uso inteligente de dados tem extrema relevância para a estratégia e tomada de decisões das empresas. A questão é que poucas organizações sabem extrair valor deles e, ao mesmo tempo, assegurar os direitos intelectuais em ativos digitais, a privacidade e a segurança dos consumidores.
- Tecnologias: as empresas precisam conhecer e aplicar de forma inteligente as tecnologias digitais, como IoT (Internet das Coisas), big data e inteligência artificial – soluções capazes de garantir vantagem competitiva.
| Automotive Business (publicado em 27-05-2019) | | | | Executivos debatem os desafios das montadoras e fornecedores na pós-revolução digital
O futuro da cadeia automotiva e as compras do setor pós-revolução digital foram os temas centrais de dois debates durante o Automotive Business Experience, ABX19, realizado segunda-feira, 27, no São Paulo Expo. Em ambos, os palestrantes destacaram a importância da colaboração entre montadoras e fornecedores e eventuais parcerias para o setor avançar.
O diretor de compras da Toyota, Celso Simomura, lembrou que uma prioridade é deixar de ser uma indústria automobilística para se tornar uma empresa de mobilidade. Nesse sentido, há muito a avançar na área de compras: “É preciso reaprender a negociar. Nós, por exemplo, temos um treinamento na matriz sobre como negociar software”, contou o executivo.
O importante, segundo ele, são as oportunidades em curso no setor. “Vamos lançar o Corolla Híbrido Flex este ano no Brasil. É uma oportunidade para nossos fornecedores trabalharem em novas tecnologias. Não é uma revolução, mas é uma evolução”.
Além de Simomura, também participaram do painel “As compras automotivas pós-revolução digital” a gerente de compras da FCA Fiat Chrysler, Marluce Borges, o gerente de compras e funções centrais da Volkswagen, David Padrão, e o diretor de supply chain para o Mercosul da General Motors, Reinaldo Lanza.
Marluce destacou a importância do trabalho conjunto na cadeia automotiva, assim como a necessidade de envolver o fornecedor no projeto desde a sua concepção: “Quando falamos em FCA são R$ 17 bilhões de compras por ano. Colaboração e agilidade são peças fundamentais para toda essa engrenagem funcionar bem.”
A gerente da FCA informou ainda que a empresa vem trabalhando diretamente com startups. “Passamos por um processo de transformação, o jeito de comprar hoje é diferente. Dentro do conceito indústria 4.0, algumas empresas, principalmente as globais, já estão adequadas aos novos tempos. Mas ainda há problemas com alguns fornecedores. Tem de mudar, mas ainda vai levar um tempo.”
David Padrão, da Volkswagen, disse que a empresa vem realizando parcerias colaborativas, como a feita com a IBM, por exemplo, e admitiu que ainda há fornecedores com dificuldades para se adequarem à era digital. “O Rota 2030 é importante nesse sentido porque contribuirá para investimentos no setor.”
Na avaliação de Reinaldo Lanza, da GM, a transformação digital está melhorando a eficiência na comunicação. “O banco de dados em compras hoje é muito maior. Temos tudo mapeado na cadeia, incluindo tears 2, 3 e demais.”
No painel “Complexidade e colaboração: o futuro da cadeia automotiva”, os dois participantes – Letícia Mendonça, diretora da unidade de catalisadores automotivos da Basf, e Marcos de Oliveira, presidente da Iochpe – destacaram a necessidade de parcerias no setor para garantir retorno dos investimentos em prazo mais curto. “Só com colaboração será possível atingir resultados financeiros e tecnológicos”, comentou Oliveira. “A troca de experiência tem de começar dentro do grupo e se estender para os fornecedores.”
Também Letícia Mendonça avalia ser necessário diluir o risco do negócio para ter retorno. É nesse sentido que considera fundamental maior colaboração entre as empresas e mesmo parcerias para acelerar o retorno dos investimentos. “Criamos um espaço aqui no Brasil, o Nono, que é pioneiro no grupo e reúne startups, universidades e demais parceiros para troca de informações e de experiências.”
| Automotive Business (publicado em 27-05-2019) | | | | Especialistas do setor preveem a forma como o combustível fóssil será pouco a pouco substituído
O cerco está se fechando e os governos, determinando suas metas e limites de emissões e de eficiência energética em todo o planeta. Foi assim que Carlos Briganti, presidente da Power Systems Research abriu seu painel durante o Automotive Business Experience, ABX19, realizado segunda-feira, 27, no São Paulo Expo.
A empresa, líder global em estudos sobre motores e propulsão elétrica e híbrida com presença no Brasil desde 2012, concentra seu trabalho em veículos médios, máquinas agrícolas e geradores de energia.
Segundo Briganti, as regiões que trazem os maiores drivers de tecnologia no mundo, em relação à eficiência energética e aos meios de redução de emissões, são os Estados Unidos, a Europa e o Japão, que já completaram a fase do Euro 6. Índia e China devem completar este estágio em meados da próxima década.
“A Europa acabou de definir seus valores de efiência energética com 30% de redução nas emissões até 2030, passando pelos 15% até 2027. No Brasil, o P8, equivalente ao Euro 6, está programado para 2023. Este novo passo vai mudar os paradigmas, pois não falaremos mais somente em redução de emissões, mas também sobre eficiência energética", disse Briganti, da Power Systems Research.
Dessa forma, pela exigência de legislação, ao combinar eficiência energética com emissão, os fabricantes deverão buscar tendências como motores menores, sistemas de recuperação de energia, como o Kers, além das transmissões automáticas e automatizadas.
COMO ESTÁ O CALENDÁRIO DO MUNDO
As regiões metropolitanas são as primeiras a demandar e a adotar as tecnologias de maior eficiência energética e de redução das emissões de poluentes, principalmente no transporte público de passageiros. Na China, por exemplo, a data para emissão zero é 2022. Na Califórnia, Estados Unidos, e na Europa, o ano é 2030.
"Somando as exigências, as áreas metropolitanas serão as que mais trarão essas demandas e, no Brasil, vamos acompanhar essas tendências globais com a criação de alternativas globais. Cada região tem sua matriz energética e nem sempre a matriz global é adaptável em todos os lugares. Ainda estamos atrasados", disse.
Os desafios do Brasil dentro do programa P8, equivalente ao Euro 6, passam pela adoção do biodiesel, que deverá ter uma participação de até 15% em 2023 (hoje já deveríamos estar com 11%) e o especialista destacou que o Brasil precisa gerar novas tecnologias: "Não basta seguir uma tecnologia de fora, temos de adaptar nossa realidade", explica Briganti.
Segundo o consultor, o Brasil ainda não tem nenhuma meta definida para a redução das emissões e isso deve ocorrer a partir de 2027 e ser implementado até 2032. "São Paulo lidera o processo definindo para 2028 uma meta de 50% da frota com combustível não fóssil e redução de 90% das emissões de materiais particulados."
O PAPEL DE CADA UM
Diesel: importante para o transporte pesado de longas distâncias, tem restrições nos grandes centros urbanos e cederá espaço para o diesel de cana, considerado tecnicamente excelente, mas ainda não competitivo quanto ao custo;
Gás natural: aumento da disponibilidade e da distribuição como tendência, pode ser uma forte alternativa para o transporte nos grandes centros urbanos;
Etanol: alternativa viável para motores ciclo Otto, pode ser adaptado para os motores ciclo diesel. Tem sido alvo de investimentos pesados na produção e é um potencial gerador de H2 para sistemas movidos a células de energia.
| Automotive Business (publicado em 27-05-2019) | | | | Empresas do setor esperam segundo semestre aquecido e 2019 com crescimento de 20%
O presidente da Anfir, Norberto Fabris, disse em sua palestra no Automotive Business Experience, ABX19, evento realizado segunda-feira, 27, no São Paulo Expo, que o setor de implementos espera expansão de 20% no volume de implementos emplacados neste ano em comparação com o ano passado, quando foram comercializados 90.195 produtos, registrando faturamento de R$ 4,8 bilhões.
“Este ano será o segundo consecutivo de recuperação. No primeiro quadrimestre deste ano já estamos com um volume 45% superior ao registrado no ano passado.” Fabris ressalta que a linha de carretas (veículos pesados) foi a que mais cresceu neste ano (61% a mais), mas que a linha de leves, embora com expansão positiva, registra crescimento mais tímido (de 29%).
O presidente da Anfir disse em sua apresentação aos participantes do seminário que o grande problema nacional ainda é a infraestrutura precária, especialmente das estradas. “Temos de desenvolver e produzir carretas considerando estradas ruins, por isso é preciso reforçar todo o equipamento, o que os torna sempre mais caros e menos competitivos.”
Fabris acredita que o mercado vai apresentar crescimento sustentável nos próximos anos. Mas diz que as implementadoras, na crise, aprenderam que uma boa alternativa é, também, conquistar mercados externos. “As exportações para países da América do Sul e África salvaram a indústria durante a crise.” O executivo diz que a indústria de implementos chegou a ter, no auge no mercado, em 2012, 75 mil colaboradores. “Baixamos para 38 mil em 2016 e, neste ano, em recuperação, já registramos 45 mil empregos no setor.”
Para Fabris, a Fenatran de 2017, foi marcante para os implementadores. “Foi a feira da retomada e fechamos centenas de negócios. No evento deste ano já reservamos uma área 80% maior e nossa expectativa é de batermos novo recorde de negócios realizados na feira.”
De acordo com Fabris, o elevado número de implementos pesados vendidos neste ano se dá porque o agronegócio vem apresentando, desde o ano passado, forte expansão. Por outro lado, o desempenho mais tímido dos implementos leves é justificado pelo ainda fraco desempenho do comércio.
| Automotive Business (publicado em 27-05-2019) | | | | Especialistas afirmam que período de crise prejudicou a busca dos anseios do consumidor
As montadoras estão investindo pouco para entender os verdadeiros motivos que levam pessoas à compra do carro zero. Essa premissa deu o tom do painel UX: A jornada do cliente plenamente satisfeito, realizado durante o Automotive Business Experience, ABX19,, que ocorreu segunda-feira, 27, no São Paulo Expo. O mediador foi Jaime Troiano (presidente da Troiano Branding) e a mesa contou com a participação de Carlos Campos (diretor da Prime Action), Leonardo Massarelli (fundador e diretor criativo da Question) e Fábio Braga (diretor de operações da JD Power).
Segundo Troiano, a crise não permitiu investimentos das montadoras e inibiu sua busca pelo verdadeiro interesse do consumidor. “Usar métodos tradicionais de pesquisa não é suficiente para extrair do cliente o não verbal”, afirmou.
“Vivemos obesos de informação e anoréxicos de insights, que é o que movimenta o mercado”, declarou Troiano.
Fábio Braga afirmou que a satisfação não é ideal, mas nos últimos três anos, montadoras e distribuidoras estão melhorando, revitalizando o negócio. Segundo o diretor de operações da JD Power, uma pesquisa com empresas icônicas revelou quatro itens que cimentam o caminho para um cliente satisfeito:
1)Personalização - tratar o cliente de forma pessoal, tratando-o pelo nome.
2)Transparência - seja para tratar da taxa de juros, seja na forma de explicar os opcionais.
3)Eficiência - trabalhar com processos mais eficientes. Por que o cliente tem de ir ao caixa na concessionária? O consultor técnico pode receber em máquinas de pagamento.
4)Reconhecimento - premiar o cliente pela fidelidade.
Na sequência do painel, André Souza, diretor de TI do Grupo FCA, afirmou que a experiência da compra de carro deve ser igual à da compra de qualquer outro produto, em sua apresentação com o tema A jornada digital do cliente. Ele comentou o resultado de pesquisa com clientes (na qual 56% admitem que comprariam um carro assistindo a um vídeo), afirmando que o dado prova não ser mais tão relevante a realização de test-drives.
O diretor comparou, ainda, a jornada de compra no estilo antigo e no atual. Até alguns anos, o cliente via o anúncio (em revista, jornal, outdoor), depois se dirigia à loja e formalizava a compra. Hoje a jornada é extremamente complexa. As marcas diminuíram o contato pessoal e aumentaram o contato virtual com o cliente.
Há três partes principais do processo de compra, segundo Souza: pré-venda, em que é feito o engajamento do cliente de forma on-line. É uma microjornada, que envolve montar o carro on-line, customizar e salvá-lo na garagem, que é o carrinho de compra, a venda, para a qual dotamos o vendedor de ferramentas para potencializá-lo, de forma que ele não precise correr atrás do cliente. Na concessionária há a junção da experiência do que vem no on-line para o off-line.
| Automotive Business (publicado em 27-05-2019) | | | |
Montadoras esperam aumentar volume de compras, mas é baixa a expectativa de localização de itens
Os departamentos de compras das montadoras de caminhões têm uma certeza em comum: todos vão comprar mais componentes e insumos neste ano. Esta foi a conclusão do painel "Do que é feito um veículo pesado: as compras das montadoras e sistemistas”. O debate ocorreu durante o Automotive Business Experience, ABX19, evento realizado segunda-feira, 27, no São Paulo Expo.
Participaram Carlo Martorano, diretor de compras da CNH Industrial; José Azevedo Júnior, vice-presidente de compras da Scania Latin America; Nelson De Luca, diretor de Supply Chain da ZF e Silvia Simon, gerente sênior de compras da Mercedes-Benz.
Martorano considera que este ano o crescimento de negócios será de 10% na comparação com o ano passado. Azevedo, da Scania, também espera maior volume de produção, mas “por causa do aumento das exportações. No mercado interno possivelmente vamos ficar nos mesmos números do ano passado”.
Já Silvia Simon, da Mercedes-Benz, espera que o volume de compras neste ano seja cerca de 25% acima do registrado no ano passado. “O mercado interno está em expansão e os mercados de exportação também”, disse Simon. De acordo com a executiva, o conteúdo de itens importados da Mercedes gira em torno de 35%.
Para De Luca, da ZF, “com mais confiança na economia nacional, certamente o índice de nacionalização das empresas se elevará nos próximos anos”. O executivo diz que o desafio é "ter base local fortalecida, o que favorece a viabilidade econômica”.
Martorano, da CNH Industrial, concorda com De Luca, da ZF: “Precisamos de volume para nacionalizar itens, só contar com o mercado interno não viabiliza o negócio. Por isso temos o grande desafio de exportar tendo como base nossa produção local."
Instigados a opinar sobre o Rota 2030 e as novas resoluções de emissões previstas para entrar em vigor a partir de 2022, Azevedo foi categórico: “É preciso regulamentação do Rota para termos clareza de como vamos agir.” Azevedo acrescentou que a Scania já fabrica em sua planta em São Bernardo do Campo, SP, motores Euro 6. “Não teremos dificuldade para nos adequarmos às novas regras de emissão.”
A gerente de compras da Mercedes-Benz disse que o Rota 2030 "trará oportunidades futuras para a nacionalização de novas tecnologias e que a Resolução P8 (semelhante ao Euro 6) será positiva e oportuna para os fornecedores instalados no Brasil”.
De acordo com Martorano, o desafio para a introdução dos veículos Euro 6 será o mesmo que as montadoras tiveram de encarar quando prepararam os veículos para o Euro 5. “É preciso lembrar que haverá um custo adicional elevado e entendemos que até agora as montadoras não conseguiram sequer posicionar os preços dos veículos Euro 5."
De Luca afirmou que tanto local como globalmente a ZF oferece tecnologias que podem atender as regras Euro 6, bem como normas futuras ainda mais rígidas. Aproveitou para destacar que a nova caixa automatizada TraXon, cuja produção será na planta de Sorocaba, SP, começará a ser comercializada no Brasil no início do ano que vem.
| Automotive Business (publicado em 27-05-2019) | | | | IHS Markit faz previsões e diz que economia continuará dependendo do fim da crise política
O mercado brasileiro de veículos leves deverá cair 3,5% em 2019 e 8% em média até 2023 se não houver reformas estruturais no governo brasileiro que representem pelo menos R$ 800 milhões de economia em dez anos. A afirmação foi feita por Fernando Trujillo, consultor da IHS Markit, durante apresentação no Automotive Business Experience, ABX19, realizado segunda-feira, 27, no São Paulo Expo.
Trujillo fez previsões e expectativas para o mercado de veículos leves. “O grande entrave para nossa economia continua sendo a política”, disse Trujillo. “Enquanto o governo não conseguir um diálogo com o Congresso, a economia continuará sendo afetada, à espera das negociações para as reformas da previdência e tributária.”
Se até agosto, entretanto, as reformas forem aprovadas, a IHS Markit prevê um bom ciclo de crescimento para o mercado de veículos leves: 10,3% em 2019, 5,2% em 2020 e 3,5% em 2021, quando o mercado voltaria ao volume de 3 milhões de unidades anuais.
Esse segundo panorama faz parte das previsões otimistas da IHS Markit. Com ela está a queda na taxa de financiamento de veículos, que caiu de 26% para 21% ao ano. O crédito disponível para financiamento já é de R$ 180 bilhões, mesmo volume de quatro anos atrás. A inadimplência está estável, em 3,2%. Vale lembrar que 55% das vendas de veículos leves no Brasil são feitas por meio de financiamento.
Durante sua apresentação no ABX 2019, Trujillo mesclou os cenários pessimista e otimista. Voltando ao cenário pessimista, ele disse que o risco de "contágio da crise argentina no Brasil é real se o governo não acertar as contas públicas”. Para a IHS Markit, a crise política entre o governo Bolsonaro e o Congresso Nacional já está afetando os dados macroeconômicos. Trujillo aponta quatro tendências negativas verificadas no primeiro trimestre: queda na confiança do consumidor, aumento do desemprego, recuo na intenção de compra e baixa na atividade econômica.
Dentro do atual cenário, a IHS Markit prevê para 2019 um crescimento no PIB de 1,32%. Para efeito de comparação, o Banco Central trabalha com uma previsão de 1,24%, feita pela pesquisa Focus. As importações caíram para 11,7% e o dólar na casa de R$ 4 também vai impactar a importação de carros. Trujillo falou ainda sobre a continuidade da crise na Argentina, que teve sua previsão de vendas reduzida de 510 mil para 460 mil este ano.
No cenário otimista, a IHS aponta a Chevrolet, a Volkswagen e a Toyota como as marcas que mais ganharão volume no mercado interno em 2019, todas com um crescimento em torno de 40 mil unidades. A Chevrolet, por causa dos novos Onix e Prisma, a Volkswagen por causa do desempenho do Polo e do T-Cross e a Toyota em função do Yaris e do novo Corolla.
Trujillo também destacou que este será o primeiro ano em que as vendas de carros automáticos superarão os emplacamentos de carros com câmbio manual, com previsão de 53%. E observou: “Ainda não existe nenhuma transmissão automática sendo produzida no Brasil.” No segmento de SUVs, 90% dos carros já são automáticos. Essa configuração está crescendo também no segmento B, onde estão Chevrolet Onix, VW Polo, Fiat Argo e Hyundai HB20.
As previsões da |IHS Markit também alertam para o pouco investimento do Brasil na eletrificação dos carros. Segundo a consultoria, em 2022 os veículos híbridos ou elétricos já somarão 38% do mercado europeu. Nos EUA e na China a previsão é de 20%, mas no Brasil será de apenas 2%. Ampliando a previsão, no ritmo atual o Brasil terá apenas 10% de carros eletrificados em 2027. “O Brasil corre o risco de ser uma ilha de carros com motor a combustão num mundo de carros eletrificados”, observa Trujillo.
Outro ponto preocupante para as montadoras, segundo a IHS Markit, é o crescimento das vendas diretas (frotistas, PcDs, governos, taxistas). “As vendas diretas estão aumentando e devem chegar a 44% este ano, o que é um problema para as montadoras, pois essa modalidade de venda exige altos descontos”, disse. Quanto aos lançamentos, 20% serão de carros totalmente novos (como o recente VW T-Cross) e 45%, SUVs. As montadoras que mais irão renovar seus modelos, segundo a IHS, serão a GM, a FCA, a Aliança Renault Nissan e a PSA.
| Automotive Business (publicado em 27-05-2019) | | | | BMW, Mercedes-Benz e Volvo acreditam que ainda têm espaço para ampliar vendas no mercado brasileiro
O mercado de marcas premium no Brasil vem crescendo nos últimos anos. Em 2018, por exemplo, apresentou evolução de 9,1% em relação ao ano anterior e cresceu 2,3% no primeiro quadrimestre deste ano.
Apesar do resultado positivo, o sentimento das empresas que atuam nesse segmento não é de satisfação plena, já que os números estão abaixo daqueles registrados pelo mercado, que foi de 13,7% de aumento no ano passado e de 8,7% entre janeiro e abril deste ano. Os dados foram apresentados durante o Automotive Business Experience, ABX19, realizado segunda-feira, 27, no São Paulo Expo.
Para se ter ideia, a venda de carros premium responde por cerca de 2 milhões de unidades em todo o mundo e aproximadamente 40% desse total é comercializado nos Estados Unidos e na China, enquanto o Brasil responde por apenas 2% disso. Os executivos de BMW, Mercedes-Benz e Volvo, porém, preferem ver “o copo meio cheio” e enxergam potencial para crescimento no mercado brasileiro.
Para Roberto Carvalho, diretor comercial da BMW do Brasil, ainda falta volume de vendas no mercado nacional para permitir que as empresas do segmento invistam mais em pesquisa e desenvolvimento local. Além disso, as regras para exportações deveriam ser mais flexíveis com relação à exigência de conteúdo local. “Mais exportações se refletiriam na produção e também permitiriam mais agilidade na implantação de novas tecnologias nos carros produzidos aqui”, explicou Carvalho.
João Oliveira, diretor geral de operações da Volvo Cars, acrescentou que a carga tributária é outro empecilho. “No Chile – onde também atuei no setor de vendas – a participação dos automóveis premium é de 6%, ou seja, por lá esses modelos são acessíveis a uma maior parcela da população”, afirmou.
Já Dirlei Dias, gerente sênior de vendas e marketing da Mercedes-Benz, lembrou que, apesar desses obstáculos, existem aspectos positivos, como o programa Rota 2030, que “trouxe clareza para a elaboração de estratégias futuras, como a eletrificação dos carros”, disse.
Os automóveis elétricos, aliás, são vistos como o futuro inevitável do mercado brasileiro. “Os consumidores vão exigir cada vez mais carros desse tipo, mas cabe ao governo providenciar a infraestrutura básica para eles, como postos de recarga nas grandes cidades, afirmou Carvalho.
Mesmo assim, o executivo lembrou que a BMW implantou, no ano passado, o “corredor elétrico” na Via Dutra – que liga São Paulo e Rio de Janeiro – com diversos postos de recarga ao longo da estrada. “Isso só foi possível graças às parcerias que fizemos com uma distribuidora de energia e com uma rede de postos de abastecimento. E vamos continuar procurando oportunidades com nossos parceiros, sem ter de esperar iniciativas do governo”, afirmou.
Dirlei Dias, da Mercedes-Benz, lembrou a necessidade de as marcas continuarem a ser atraentes, principalmente para o público jovem. “Estamos investindo em conectividade com o objetivo de tornar nossos automóveis cada vez mais parecidos com smartphones em termos de funcionalidade”, explicou. “Com isso acreditamos que não só vamos permitir que os nossos produtos sejam tão versáteis quanto os telefones celulares, como que permaneçam desejados pelo público mais jovem”, afirmou.
| Automotive Business (publicado em 27-05-2019) | | | | Acordo com CGU e AGU faz parte de mesma tratativa envolvendo Departamento de Justiça dos Estados Unidos
A Braskem informou nesta segunda-feira que concluiu com a CGU (Controladoria Geral da União) e a AGU (Advocacia Geral da União) tratativas para assinatura de acordo de leniência, o que foi aprovado pelo conselho de administração da petroquímica, resultando em um desembolso adicional de 410 milhões de reais.
Em fato relevante, a Braskem explicou que o pagamento trata do mesmo acordo global firmado em dezembro de 2016 com o Ministério Público Federal (MPF), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a SEC (Securities and Exchange Commission) e a Procuradoria Geral da Suíça.
No acordo de dezembro de 2016, a Braskem prometeu pagar quase US$ 1 bilhão (cerca de R$ 4 bilhões) para encerrar investigações pelo seu envolvimento nos desvios apurados pela operação Lava Jato.
O desembolso adicional ocorrerá em função dos cálculos e parâmetros utilizados pela CGU/AGU. O valor será pago em duas parcelas, nos anos de 2024 e 2025, diz o documento.
A Braskem foi alvo de ação coletiva nos EUA alegando que a empresa fez declarações falsas ou deixou de divulgar pagamentos ilícitos. Em março de 2015, a Braskem foi citada em alegações de supostos pagamentos indevidos em contratos de matéria-prima com a Petrobras.
| Folha de S. Paulo | | | | Investimento dará mais duas décadas de operação ao forno, inaugurado em 1974
A Usiminas informou nesta segunda (27) que seu conselho de administração aprovou investimento de R$ 1,234 bilhão até 2022 para a reforma de alto-forno de sua usina em Ipatinga (MG).
O equipamento vai parar em meados de 2021. O conselho ainda aprovou R$ 143,9 milhões para um gasômetro, em substituição ao que explodiu em agosto de 2018.
A Usiminas, que tem mais dois alto-fornos, fará a reforma com recursos próprios.
A última no alto-forno 3, o maior e inaugurado em 1974, ocorreu em 1999 —até a nova reforma, em junho de 2021, ele terá 21 anos e 7 meses de operação.
A ação dará mais duas décadas de uso ao forno, cuja capacidade saltará de 2,3 milhões de toneladas ferro gusa por ano para 2,9 milhões.
| Folha de S. Paulo | | | |
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