| 23 de ABRIL de 2020
Quinta-feira
- Casos de dengue sobem para 128,4 mil no Paraná
- Demandas entregues à União podem reforçar o caixa do Estado em R$ 5 bilhões
- Economia paranaense iniciou 2020 com indicadores positivos
- Senado vota linha de crédito para pequenas empresas durante pandemia
- Câmara aprova projeto que cria linha de crédito a micro e pequenas empresas
- Empresas doam R$ 4 milhões para testes de Covid-19 na Saúde
- 90% das pequenas indústrias não conseguem dinheiro em banco, diz pesquisa
- Após pressão de empresários e do governo, votação na Câmara sobre empréstimos de empresas bilionárias é adiada
- Dólar supera patamar de R$ 5,40 pela 1ª vez
- IPC-S desacelera a 0,07% na 3ª quadrissemana de abril, de 0,34 na 2ª, revela FGV
- Com queda no preço da gasolina, abastecer com etanol só é vantajoso em quatro estados
- Mercedes-Benz aprova acordo para suspender contratos de trabalho, mas pagará compensação salarial
- Recalls de veículos somaram 23 campanhas no primeiro trimestre
- Honda suspende contratos de trabalho e ficará sem produzir carros por 3 meses
- Scania, MAN e Volkswagen Caminhões e Ônibus se preparam para voltar a produzir
- Daimler e Volvo vão desenvolver e produzir células de combustível para pesados
- FCA traça estratégia para renovar toda linha Fiat e Jeep após quarentena
- ZF alcança aterro zero em fábrica do interior paulista
- John Deere organiza série de ações no combate ao coronavírus
- Pirelli retoma a produção de pneus nas fábricas de Campinas e Gravataí
- Foton inicia testes de novo caminhão no Brasil
- Volkswagen reduz jornada em 30% sem mexer nos salários líquidos
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Câmbio
Em 23/04/2020
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Fonte: BACEN
| | | | Boletim divulgado nesta quarta-feira (22) confirma mais seis mortes em relação ao informe da semana passada. A Secretaria de Estado da Saúde reforça a importância da participação da população no combate à doença, já que 90% dos criadouros estão em domicílios.
A Secretaria de Estado da Saúde segue em alerta para o combate à dengue. O boletim divulgado nesta quarta-feira (22) confirma 128.405 casos da doença no Paraná. Mais seis mortes foram registradas em relação à semana anterior. Desde o início do monitoramento, em julho de 2019, são 111 mortes causadas pela dengue.
O secretário estadual da Saúde Beto Preto ressalta a necessidade da eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, já que 90% dos focos estão nos domicílios, em áreas internas e externas. Por isso, a participação da população neste combate é tão importante.
De acordo com ele, a dengue não pode ser renegada em função do coronavírus. Beto Preto destaca que o mosquito transmissor continua se proliferando, as pessoas estão se infectando e morrendo, e tudo diante de um quadro que pode ser minimizado com a eliminação dos focos. “Já comprovamos que a remoção mecânica reduz a taxa de incidência. Fizemos este tipo de ação em mais de 60 municípios que apresentaram diminuição na curva epidemiológica, por isso ressaltamos a importância da participação da população no combate”, disse.
ÓBITOS – Dos seis óbitos confirmados no boletim desta quarta, dois são de residentes do município de Cambé. Um homem de 81 anos sem comorbidade associada, e uma mulher de 71 anos, também sem registro de doença crônica associada.
Outras duas mortes foram confirmadas no Norte do Estado. Uma mulher de 63 anos, sem doença pré-existente, moradora do município de Primeiro de Maio, e uma mulher de 68 anos, portadora de hipertensão, moradora de Alvorada do Sul.
Outros óbitos foram de Marechal Cândido Rondon, uma mulher de 87 anos, com hipertensão e insuficiência cardíaca, e de Rondon, um homem de 57 anos que apresentava hipertensão e insuficiência renal crônica.
DADOS – O número de casos confirmados de dengue aumentou em 11,94% em relação ao último boletim. Na semana anterior eram 114.711 mil e agora são 128.405 – uma diferença de 13.694.
Dados comparativos de abril de 2019 apontam que nesta mesma semana do ano passado Paraná tinha 4.308 casos confirmados. “Atribuímos este grande aumento à maior circulação do sorotipo 2 do vírus da doença, situação que não ocorria desde 2008”, explica a coordenadora de Vigilância Ambiental da secretaria, Ivana Belmonte
O Estado tem 203 municípios em epidemia de dengue. Oito passaram para este patamar nesta semana: Pérola D´Oeste, Céu Azul, Espigão Alto do Iguaçu, Mamborê, Francisco Alves, Iporã, Rancho Alegre e Carlópolis.
Outros 30 municípios estão em situação de alerta, sete deles a partir deste informe: Paranaguá, Palmital, Cruzeiros do Iguaçu, Boa Vista da Aparecida, Catanduvas, Arapongas e Ortigueira.
CHIKUNGUNYA – O boletim semanal da secretaria de Estado da Saúde registra um novo caso de chikungunya no município de Marialva, na região Noroeste. Trata-se de uma mulher que esteve em janeiro na Bahia, onde contraiu a doença que também é transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti. A paciente está bem e segue com acompanhamento médico.
Agora são cinco casos de chikungunya neste período no Paraná, todos importados, adquiridos em outros estados.
A zika, outra doença transmitida pelo mesmo mosquito, mantém quatro casos confirmados no Estado. Três são autóctones e um caso é importado.
| Agência Estadual de Notícias ( publicado em 22-04-2020) | | | Ofício protocolado na Casa Civil da presidência da República pede a suspensão da dívida com a União, revisão do plano de pagamento de precatórios, seguro contra a queda do ICMS, fim dos fundos dos Poderes com retorno do superávit financeiro e compensação previdenciária.
O Governo do Paraná encaminhou um ofício ao ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, general Walter Souza Braga Netto, em que solicita apoio para demandas do Estado de natureza econômica, sanitária, social e de abastecimento para enfrentar a crise causada pela Covid-19.
Entre as prioridades econômicas está a suspensão dos pagamentos da dívida do Estado com a União, a revisão do plano de pagamento de precatórios, o seguro contra a queda do ICMS, o fim dos fundos dos Poderes com retorno do superávit financeiro e a compensação previdenciária.
“Essas são as medidas de maior impacto e com efeito quase imediato para o Tesouro do Estado, podendo somar mais de R$ 5 bilhões em economia”, calcula o chefe da Casa Civil, Guto Silva, encarregado de levar a Brasília o ofício do governo paranaense. O documento foi protocolado na tarde de quarta-feira (22) e entregue a deputados federais e senadores.
RECURSOS ADICIONAIS - A suspensão dos pagamentos da dívida com a União, por um ano, deixará nos cofres do Estado mais R$ 300 milhões. O Paraná recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e já conseguiu o adiamento por seis meses. A mudança no plano de pagamento dos precatórios pode manter em caixa R$ 1,5 bilhão entre 2020 e 2021.
Os recursos adicionais gerados pelo seguro do ICMS foram calculados em R$ 2 bilhões ainda para este ano, o fim dos fundos dos Poderes em R$ 1,2 bilhão e a compensação previdenciária em R$ 150 milhões. “São recursos que vão compensar a queda de arrecadação gerada pela crise”, explica Guto Silva.
O documento assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior destaca os esforços feitos pelo Paraná para atendimento emergencial de saúde e transferência de renda aos mais vulneráveis. O texto solicita também o aumento de repasses do BNDES para o BRDE e a Fomento Paraná para ampliar a oferta de crédito às empresas paranaenses com dificuldades de caixa, além de um programa específico de assistência aos municípios com economia dependente do turismo.
APOIO - Também como apoio aos setores que estão sofrendo com as dificuldades causadas pela pandemia, o Paraná solicita a abertura de linhas específicas de crédito para socorrer a atividade leiteira, incentivo para manutenção e expansão da aviação regional e um plano de socorro emergencial para o setor de eventos e cultural.
Na área sanitária, o Estado pede que a União disponibilize um estoque de contingência de testes rápidos para a Covid-19 que serão utilizados em 5% da população carcerária e reforce o estoque de equipamentos de proteção especial para agentes penitenciários.
| Agência Estadual de Notícias | | | | Os números bimestrais da indústria, do comércio e do setor de serviços apontavam otimismo para o Paraná em 2020. Os números de março ainda não foram finalizados, mas eles sinalizarão o começo da inflexão da economia.
Os números bimestrais da indústria, do comércio e do setor de serviços apontavam otimismo para o Paraná em 2020. A supersafra do agronegócio com 41,2 milhões de toneladas (2ª maior da história) completaria a cadeia de produção e consumo e os investimentos públicos nos municípios estavam assegurados na faixa de R$ 9 bilhões.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até fevereiro a produção industrial paranaense cresceu de 3,1%, sexto maior índice do País; o comércio varejista paranaense subiu 3,4%; e o turismo evoluiu 4,2% no comparativo com o mesmo período do ano passado.
As variações pareciam concordar com a projeção de crescimento de pelo menos 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB), estimada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Essa taxa seria a maior desde 2014.
Os números de março ainda não foram finalizados, mas devem sinalizar o começo da inflexão da economia e o impacto da luta contra o novo coronavírus. Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o Paraná enfrentará um desafio que se assemelha à geada negra de 1975. Na ocasião, a produção de café foi dizimada e a matriz econômica do Estado se diversificou para outras commodities e industrialização mais acelerada.
Diante da mudança de curso da economia e da necessidade de impor isolamento social, o Governo do Estado reorganizou as contas públicas e passou a investir pesadamente em novas estruturar hospitalares e no suporte para a manutenção do emprego, com estímulo ao crédito e dilações de prazos para as empresas quitarem seus impostos. Em paralelo, programas de proteção social para famílias mais vulneráveis vão distribuir milhões de reais nos próximos meses para evitar empobrecimento ainda maior.
“A Covid-19 impôs uma nova realidade ao Paraná e ao mundo. Vamos sofrer, mas vamos vencer essa maratona com solidariedade e planejamento. O momento é muito duro, mas estamos trabalhando diariamente para minimizar os danos colaterais na saúde e na economia”, avalia o governador.
Confira os números da economia antes do coronavírus:
INDÚSTRIA - A produção industrial paranaense cresceu 3,1% no primeiro bimestre (janeiro e fevereiro) de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF).
As maiores evoluções foram registradas na produção de derivados de petróleo e biocombustíveis (20,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,4%), alimentos (8,1%) e móveis (6,4%).
O crescimento nos dois primeiros meses de 2020 esteve entre os melhores do País. Nesse índice, apenas nove locais pesquisados pelo IBGE apontaram variação positiva, enquanto o acumulado nacional ainda é negativo, de -0,6%.
COMÉRCIO - O comércio varejista paranaense cresceu 3,4%, mesmo índice do País, no acumulado do primeiro bimestre. O resultado também é positivo em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de 4,2%, e em fevereiro em relação a janeiro, de 1,8%. Os dados são do volume de vendas ampliado, que engloba as vendas de materiais de construção e veículos, da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC).
Somando janeiro e fevereiro, houve aumento na venda de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9,4%), combustíveis e lubrificantes (8%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,1%), veículos, motocicletas, partes e peças (4,6%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e bebidas (2,4%).
SERVIÇOS - O setor de serviços caiu -0,9% no acumulado do bimestre no Paraná – 14 unidades da federação registraram números negativos no setor. Os serviços ainda vinham sofrendo reflexo dos níveis insatisfatórios da demanda interna, posteriormente à crise brasileira de 2014-2016.
Em relação ao turismo, que é avaliado está dentro da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), o acumulado do bimestre apontou variação positiva de 4,2% no Paraná.
Em fevereiro de 2020, o índice de atividades turísticas variou positivamente frente ao mesmo mês do ano anterior, 2,17%, e negativamente frente a janeiro, -4,9%. O turismo no País cresceu 6,7% em fevereiro (mês/mês) e 4,9% bimestralmente, e caiu -0,3% na comparação de fevereiro com janeiro.
| Agência Estadual de Notícias (publicado em 22-04-2020) | | | | Projeto do Senado já aprovado pela Câmara busca apoiar pequenos negócios durante a crise
Proposições legislativas
Está agendada para as 16h desta quinta-feira (23) a votação do Projeto de Lei 1.282/2020, do Senado, que concede uma linha de crédito especial para micros e pequenas empresas pedirem empréstimos de valor correspondente a até 30% de sua receita bruta obtida no ano de 2019.
A proposta, que já havia sido votada pelo Senado no dia 7 deste mês, foi aprovada pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (22), na forma de um substitutivo da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), e retorna agora para análise dos senadores devido às mudanças feitas no projeto original.
De acordo com o texto, em vez de a União repassar os recursos diretamente aos bancos para cada operação de empréstimo, como previsto pelo Senado, será concedida uma garantia de até 85% do valor emprestado.
O limite global dessa garantia para todos os empréstimos seria de R$ 15,9 bilhões, por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO-BB), a ser gerido pelo Banco do Brasil. A intenção é garantir recursos para as empresas e manter empregos durante o período de calamidade pública decorrente da emergência do coronavírus.
A taxa anual que poderá ser cobrada no empréstimo será a Selic (atualmente em 3,75%) mais 1,25%. No cenário atual, a taxa final, sem encargos, seria de 5% ao ano. O prazo de pagamento será de 36 meses, com carência de oito meses para começar a pagar as parcelas. Durante o período de carência, o empréstimo será corrigido apenas pela taxa Selic vigente.
Tanto o substitutivo quanto o texto original do Senado — de autoria do senador Jorginho Mello (PL-SC) — aproveitam parte da Medida Provisória (MP) 944/2020, que instituiu o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Entretanto, na MP e no texto do Senado — que teve como relatora a senadora Kátia Abreu (PP-TO) — era proibida a demissão do empregado, sem justa causa, da data do contrato até 60 dias após o fim do pagamento da última parcela.
Já o texto de Joice Hasselmann prevê que a empresa deve, nesse intervalo de tempo, apenas manter pelo menos a mesma quantidade de empregos existente quando da assinatura do empréstimo.
Os recursos recebidos no âmbito do Pronampe poderão ser usados para qualquer atividade empresarial, como investimentos e capital de giro isolado ou associado, sendo vedada a sua destinação para distribuição de lucros e dividendos entre os sócios. O valor global do programa também mudou. Dos R$ 34 bilhões previstos na MP 944, passou para R$ 10,9 bilhões na versão do Senado e para R$ 15,9 bilhões na redação da Câmara.
Beneficiários
O público-alvo são empresas com receita bruta de até R$ 4,8 milhões ao ano, segundo definido no Estatuto da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123, de 2006). No caso daquelas com menos de um ano de funcionamento, o limite do empréstimo será de até 50% do seu capital social ou até 30% da média de seu faturamento mensal apurado desde o início de suas atividades, o que for mais vantajoso.
Nenhuma empresa com histórico ou condenação por irregularidades relacionadas a trabalho em condições análogas às de escravo ou ao trabalho infantil poderá obter o empréstimo no âmbito do programa.
Os empréstimos poderão ser solicitados no prazo de três meses, contados da data de publicação da futura lei, prorrogáveis por igual período.
Na MP 944, o governo propunha emprestar apenas às pequenas empresas (receita bruta acima de R$ 360 mil ao ano) e atingia ainda aquelas com até R$ 10 milhões de receita bruta em 2019 (médias empresas).
Parcelamentos
Para o contribuinte pessoa física ou jurídica de qualquer porte, que tenha débito parcelado perante a Receita Federal ou a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), o texto concede uma "minimoratória" de 180 dias no pagamento de prestações desses parcelamentos.
Ao fim dessa moratória, o devedor poderá quitar o valor suspenso, sem juros e multas, em parcela única.
Outra opção será parcelar em seis prestações mensais a partir do mês seguinte ao do último mês do parcelamento normal. Geralmente, os débitos são parcelados em cerca de 120 meses.
Uma terceira alternativa será pagar juntamente com as prestações normais depois dos 180 dias. Nesse caso, o total que deixou de ser pago será dividido em 24 parcelas mensais e sucessivas.
Para a parcela única, não haverá incidência de juros ou multas. Nas outras opções, correrão apenas juros pela taxa Selic mais 1% ao ano.
Bancos
Os empréstimos poderão ser pedidos em qualquer banco privado participante e no Banco do Brasil, que coordenará a garantia dos empréstimos. Outros bancos públicos que poderão aderir são a Caixa Econômica Federal, o Banco do Nordeste do Brasil, o Banco da Amazônia e bancos estaduais.
O relatório de Joice Hasselmann permite a participação ainda de agências de fomento estaduais, de cooperativas de crédito, de bancos cooperados, de instituições integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro, das fintechs e das organizações da sociedade civil de interesse público de crédito. Os bancos públicos deverão priorizar as contratações de empréstimo no âmbito do Pronampe, inclusive utilizando, quando cabível, recursos dos fundos constitucionais de financiamento.
Como instrumento complementar ao FGO-BB, poderá ser utilizado o Fundo de Aval às Micros e Pequenas Empresas (Fampe) do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae).
Exigências
Embora empreste com garantia de até 85% do fundo garantidor, a instituição não poderá usar como fundamento para negar o empréstimo a existência de anotações em quaisquer bancos de dados, públicos ou privados, que impliquem restrição ao crédito, inclusive protesto.
Na concessão do empréstimo, poderá ser exigida apenas a garantia pessoal do contratante, em montante igual ao empréstimo contratado, acrescido dos encargos.
A exceção é para empresas abertas e em funcionamento há menos de um ano, cuja garantia pessoal poderá alcançar até 150% do valor contratado, mais acréscimos.
As instituições financeiras serão dispensadas de exigir certidões ou seguir restrições para a concessão do empréstimo, como de regularidade com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e com a Previdência Social (Certidão Negativa de Débito, a CND), regularidade eleitoral ou de pagamento do Imposto Territorial Rural (ITR).
Os bancos públicos estão dispensados ainda de consultar o Cadin, cadastro de restrição para contratos com o governo federal. Terão, entretanto, de seguir as normas da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020 (Lei 13.898, de 2019).
Informações
O projeto prevê que a Receita Federal encaminhará ao Banco Central as informações sobre as empresas optantes pelo regime de tributação diferenciada do estatuto, o Simples Nacional. Na hora da concessão do empréstimo, o banco deverá obter concordância expressa do interessado para acessar as informações da empresa junto ao Banco Central. Se a pessoa desejar receber oferta de ajuda e de ferramentas de gestão por parte do Sebrae, deverá autorizar o repasse de dados cadastrais ao serviço.
Dívida pública
Os valores não utilizados para garantia das operações pelo FGO-BB, assim como os valores recuperados em ações de cobrança, deverão ser devolvidos à União e serão integralmente utilizados para pagamento da dívida pública de responsabilidade do Tesouro Nacional.
Política permanente
Após o prazo para contratações, o Poder Executivo fica autorizado a adotar o Pronampre como política oficial de crédito de caráter com o objetivo de consolidar os pequenos negócios.
| Senado Notícias | | | | Pela proposta, linha terá juro correspondente à Selic mais 1,25% ao ano e prazo de 36 meses
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (22) o projeto que cria programa de apoio a micro e pequenas empresas e estabelece linha de crédito garantida de R$ 15,9 bilhões concedida por bancos, cooperativas e fintechs.
A ideia é estimular a concessão de crédito no país, diante de um cenário de recessão econômica provocado pelo novo coronavírus que deve secar o caixa de muitas empresas.
O texto foi aprovado em votação simbólica.
A seguir, como sofreu alterações em relação ao texto original do senador Jorginho Mello (PL-SC), a proposta volta ao Senado, que dará a palavra final. A seguir, vai a sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O texto estabelece o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).
Pela proposta, a União vai transferir R$ 15,9 bilhões ao FGO (Fundo Garantidor de Operações), administrado pelo Banco do Brasil, para cobrir as operações de crédito contratadas pelas empresas junto aos bancos e demais instituições.
Bancos públicos e privados, além de bancos estaduais, cooperativas de crédito, fintechs e demais instituições autorizadas pelo Banco Central e que façam parte do Sistema de Pagamentos Brasileiro poderão aderir ao Pronampe e requerer a garantia do FGO.
Os bancos que fizerem parte do programa vão ter que operar com recursos próprios para conceder os créditos às empresas. No entanto, contarão com garantia do FGO de até 85% do valor de cada operação garantida.
O racional do projeto é que, como os bancos ficariam com apenas 15% do risco dos empréstimos, liberariam recursos para as companhias que precisarem de dinheiro.
As instituições financeiras participantes poderão formalizar operações de crédito no programa até três meses após a entrada em vigor da lei, prorrogáveis por mais três meses.
Segundo o texto aprovado, a linha de crédito para a empresa corresponderá a 30% da receita bruta anual registrada pela companhia em 2019.
No caso daquelas com menos de um ano de funcionamento, o limite subirá para 50% do capital social ou para 30% da média do faturamento mensal apurado desde o início de suas atividades, o que for mais vantajoso.
Os empréstimos terão juro correspondente à taxa básica Selic mais 1,25% ao ano sobre o valor concedido, prazo de 36 meses para pagamento e carência de oito meses para que o empresário comece a quitar a dívida —durante o período, continuará incidindo a Selic.
As empresas terão que se comprometer a manter pelo menos o mesmo número de funcionários no período compreendido entre a data de contratação do crédito e 60 dias após o recebimento da última parcela do empréstimo.
Além disso, os recursos deverão ser usados para financiamento da atividade da empresa, fazer investimentos ou capital de giro, mas não poderão ser destinados a distribuição de lucros e dividendos entre os sócios.
Se descumprirem a condição, terão que pagar antecipadamente a dívida, conforme o texto.
No empréstimo, deverá ser exigida apenas a garantia pessoal do empresário em valor igual ao crédito contratado, acrescidos dos encargos —a exceção são companhias criadas a menos um ano, cuja garantia pessoal poderá alcançar até 150% do valor contratado, mais acréscimos.
O empréstimo é vedado a companhias com histórico ou condenação por irregularidades relacionadas a trabalho em condições análogas à escravidão ou ao trabalho infantil.
O projeto estabelece que a Receita Federal encaminhe ao Banco Central informações sobre as empresas para que sejam usadas para a concessão da linha de crédito. Os bancos poderão pedir aos donos das empresas a autorização para ter acesso ao dado de receita bruta anual enviada pelo Fisco.
Caso os proprietários concordem também, o Sebrae receberá os dados para oferecer ajuda e ferramentas de gestão às microempresas que contratarem o crédito.
Se o empresário ficar inadimplente, as instituições financeiras arcarão com o gasto da recuperação de crédito.
Segundo o texto, o cotista do FGO e seus agentes públicos não responderão a qualquer obrigação ou prejuízo do Fundo. O projeto permite ainda que seja utilizado o Fampe (Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas) do Sebrae para complementar o FGO na estruturação das garantias das operações do Pronampe.
A relatora do projeto, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), incluiu alguns dispositivos que não constavam no texto do senador Jorginho Mello.
O texto prorroga por 180 dias os prazos para pagamento das prestações mensais de parcelamentos que as empresas tenham junto à Receita Federal ou à Procuradoria-Geral da Fazenda. Além disso, suspende, nesse período, o início de procedimentos de exclusão de contribuintes desses parcelamentos.
Também estabelece condições para que esses parcelamentos sejam pagos, após os 180 dias.
Além disso, promove alterações no PNMPO (Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado), mudando o valor da receita bruta anual para enquadramento dos beneficiários do programa.
A relatora incluiu ainda dois dispositivos segundo os quais os profissionais que atuam na concessão de crédito não estará sujeito a controle de jornada. Além disso, dispôs que a atividade que eles prestam não se equipara à de bancários para fins trabalhistas e previdenciários.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 22-04-2020) | | | | Parceria entre grandes empresas prioriza exames de profissionais na linha de frente da pandemia
Bradesco Seguros, Coca-Cola Brasil, Coca-Cola FEMSA e Grupo Fleury estabeleceram parceria e firmaram acordo com a Secretária de Saúde do Estado de São Paulo e o Instituto Butantan para ampliar a capacidade de processamento de exames para diagnóstico do novo coronavírus.
Os testes são destinados com prioridade aos profissionais de saúde na linha de frente do combate à pandemia.
A meta é que sejam processados, ao longo das próximas semanas, 26 mil diagnósticos na metodologia RT-PCR, contribuindo para acelerar o processamento e liberação de resultados dos exames já coletados.
O investimento é de R$ 4 milhões. Pela parceria, as empresas envolvidas estão aportando os recursos para realização dos exames pelo Grupo Fleury, que fará o processamento e análise dos exames a preço de custo. Fará também a entrega dos resultados à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
Banco do Brasil e Bradesco também já haviam anunciado doação de R$ 20 milhões à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para produção de kits de diagnósticos rápidos para a Covid-19. Os testes serão destinados ao Ministério da Saúde.
Mais de 2 milhões de testes rápidos de coronavírus foram doados ao Ministério da Saúde pela mineradora Vale. A Petrobras também entregou ao SUS neste domingo (19) o segundo lote de 300 mil testes para diagnóstico de Covid-19. Desse total, 200 mil foram doados ao Ministério da Saúde e 100 mil à Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro.
A falta de testes no Brasil é um problema na contenção do contágio. Nesta segunda-feira (20), o Ministério da Saúde abriu edital de chamamento público para aquisição de mais 12 milhões de testes rápidos para Covid-19.
A pandemia causou uma corrida internacional por insumos e equipamentos médicos, e os países mais ricos estão em vantagem nesse grande pregão internacional. De acordo com Benisio Ferreira da Silva Filho, coordenador do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Internacional Uninter, “nós sofremos com os custos e, em caso de emergência como essa, precisamos entrar na fila para concorrer com outros países.”
Ele explica que o fato de o Brasil ser um país muito grande piora a situação, uma vez que “o volume de equipamentos e reagentes é proporcional —ou seja, precisamos de muitos”.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 22-04-2020) | | | | A pouca oferta de crédito é o maior problema enfrentado atualmente por empresas que precisam de caixa para atravessar o período de crise econômica provocada pelas medidas de restrição à circulação das pessoas tomadas pelo governo para conter o novo coronavírus no país.
Pesquisas da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas) e do Simpi (Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo) apontam que mais de 90% dos empresários estão com dificuldades para levantar recursos junto aos bancos. Esses empréstimos são fundamentais, apontam as entidades, para enfrentar o problema mais crítico no curto prazo, que é a preservação de empregos.
Entre as micro e pequenas indústrias, o Simpi levantou que 91% não estão conseguindo acesso a crédito neste momento. E, entre os empresários que estão obtendo financiamento, apenas 3% conseguiram capital de giro novo, enquanto 4% estão tendo recursos por meio de linhas de crédito que já tinham antes da chegada da crise.
Aumento de calotes
O levantamento, realizado com 208 empresas entre os dias 13 e 14 de abril, mostrou que uma parcela de 45% das empresas já registra aumento da taxa de inadimplência, ou seja, no número de calotes e na falta de pagamento, em relação aos registros de antes da pandemia.
Para 42% dos empresários, a inadimplência se manteve igual a antes da crise, enquanto 13% não sofrem com o problema da inadimplência por enquanto.
"O impacto da crise do coronavírus nas micro e pequenas indústrias de São Paulo já é amplamente negativo para a maioria", afirma o presidente da entidade, Joseph Couri. Segundo ele, 44% dos dirigentes de micros e pequenas indústrias afirmam que a situação dos negócios irá piorar nos próximos dias, enquanto para 39% o quadro ficará estável. Apenas 14% estão otimistas e esperam alguma melhora, enquanto 3% não opinaram sobre o tema.
Governo e bancos precisam atuar, pede associação
Também na indústria de máquinas, o problema do crédito é destaque entre os empresários. Segundo levantamento da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas) com associados entre os dias 30 de março e 3 de abril, um universo de 32,4% dos associados da entidade já haviam procurado as agências bancárias na intenção de acessar capital de giro, apenas um terço conseguiu o crédito.
O levantamento mostrou que os motivos informados para a não obtenção das linhas foram taxas de juros elevadas, cadastro negativo, excesso de garantias exigidas e mesmo ausência de informação.
A pesquisa identificou que 79% das empresas fabricantes de máquinas e equipamentos precisam fazer uso de capital de giro adquirido no mercado bancário para cumprir suas obrigações com folha de salários, pagamento de fornecedores, impostos, parcelas de financiamentos assumidos e outras despesas fixas.
O presidente da Abimaq, José Veloso, disse que para contornar o aumento dos riscos que o setor financeiro se recusa a assumir, o governo deveria atuar oferecendo garantias, implementando medidas como a suspensão da exigência de cadastro negativo, direcionando o depósito compulsório liberado exclusivamente aos bancos compromissados em conceder o crédito.
"O setor financeiro também precisa mudar sua postura em relação ao seu cliente na concessão de crédito, considerando, além das garantias convencionais, o potencial do negócio do tomador. O sistema bancário brasileiro, diferentemente do estabelecido em países de economia dinâmica, está muito longe de assumir riscos e, principalmente, de valorizar o potencial do negócio de seus clientes", afirmou o presidente executivo da Abimac.
Segundo a Abimaq, as demissões no setor podem chegar a 15% do nível de emprego dessa indústria, o que significaria 200 mil vagas fechadas, entre empregos diretos e indiretos.
| UOL | | | |
Projeto determina que o dinheiro recolhido obrigatoriamente seja destinado a despesas extraordinárias provocadas pelo coronavírus
Pressionada por empresários e pelo governo, a Câmara dos Deputados adiou nesta quarta-feira (22) a votação da urgência do projeto que estabelece empréstimos compulsórios de empresas bilionárias.
O texto enfrenta resistência do empresariado, de parlamentares e, principalmente, da equipe econômica, que afirma que a proposta prejudica a imagem do país e afugenta investidores.
O projeto de lei que institui o empréstimo compulsório foi apresentado no último dia 23 de março pelo deputado Wellington Roberto (PL-PB), líder do partido na Câmara.
Segundo o texto, empresas domiciliadas no país com patrimônio igual ou superior a R$ 1 bilhão estariam sujeitas à medida.
Se a proposta for aprovada, permitirá ao governo cobrar dessas companhias valor equivalente a até 10% do lucro líquido apurado nos 12 meses anteriores à publicação da lei.
O projeto determina que o dinheiro recolhido obrigatoriamente das empresas seja destinado a despesas extraordinárias provocadas pelo novo coronavírus.
Após análise técnica do projeto, o Ministério da Economia concluiu que a proposta é inadequada. Os técnicos avaliam que o projeto é prejudicial à imagem do Brasil e dificultaria a atração de novos investimentos, seja por meio de dívida ou de investimentos diretos.
A imagem do Tesouro Nacional, especificamente, poderia sofrer danos. Na avaliação dos técnicos, a medida mandaria uma equivocada mensagem que o órgão teria alguma dificuldade de se financiar.
O Ministério lembra que também teriam prejuízo as próprias empresas, que enfrentam dificuldades de caixa neste momento e que podem precisar se desfazer de ativos para pagar o empréstimo compulsório. A pasta vê risco, inclusive, de “inúmeras, complexas e desnecessárias demandas judiciais”.
Além disso, a proposta é considerada desnecessária porque o mercado de títulos públicos do Brasil é desenvolvido o suficiente para captar recursos e bancar despesas emergenciais do governo em meio à pandemia do coronavírus.
A equipe econômica considera que o Brasil já criou mecanismos eficientes de contratação e gestão de dívida e que não tem qualquer dificuldade em se financiar com a adesão voluntária de investidores.
A medida ainda traria grandes dificuldades operacionais em comparação com o mecanismo existente hoje.
Guedes tem afirmado que este não é o momento de elevar encargos ao setor produtivo. O governo tem procurado líderes da Câmara para tentar barrar a proposta.
Na Câmara, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) também se opõe à proposta, mas decidiu pautar a votação da urgência após o PL ameaçar obstruir todas as votações remotas na Casa enquanto o texto não fosse apreciado pelos deputados.
Nesta quarta, o deputado Wellington Roberto, no entanto, decidiu solicitar a retirada da votação da urgência da pauta, afirmando que havia recebido pedidos de mais informações por empresas, indústrias e outros líderes partidários.
Nos bastidores, a avaliação é que o parlamentar percebeu que não teria voto para levar a proposta adiante e decidiu ganhar mais tempo para tentar convencer seus colegas.
Entidades empresariais também articulam contra o projeto. Para a CNI (Confederação Nacional da Indústria), a medida teria efeito negativo na produção e manutenção de empregos.
As confederações nacionais do Comércio (CNC), das Instituições Financeiras (CNF) e do Transporte (CNT) pediram para Maia não colocar a proposta em votação.
Entidades jurídicas, como a associação dos advogados de São Paulo, preveem que a ideia, se aprovada pela Câmara, geraria disputas judiciais.
Do outro lado estão centrais sindicais, que apoiam a proposta do líder do PL.
A adoção do empréstimo compulsório está prevista na Constituição, que diz que a União pode, mediante lei, instituir empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública. É o caso da pandemia provocada pelo vírus Covid-19.
O dinheiro, conforme prevê o texto constitucional, só pode ser aplicado em ações relacionadas ao evento que gerou a necessidade de estabelecer o crédito obrigatório sobre empresas.
Estimativa do gabinete de Wellington Roberto indica que esse montante pode alcançar R$ 19 bilhões.
Os valores deverão ser pagos até 30 dias a partir da publicação da lei. O percentual incidente sobre cada setor seria definido pelo Ministério da Economia.
Se o montante superar R$ 1 milhão, a empresa poderia dividir o pagamento em até três parcelas mensais e sucessivas.
Segundo o texto, o governo pode devolver os valores aos contribuintes em até quatro anos após o fim da pandemia e corrigidos pela taxa básica Selic. A proposta permite ainda o parcelamento da restituição em até 12 parcelas mensais e sucessivas.
Em entrevista à Folha no final de março, Wellington Roberto defendeu sua proposta e afirmou que, pelo que os empresários ganharam até agora e “fizeram em benefício das suas empresas, é o mínimo que eles têm de fazer”, disse. “Eles tinham de doar isso pela soma e o volume do que eles ganharam, mas não fizeram até agora."
"Os mais humildes já vêm pagando há muito tempo. Tudo o que acontece nesse país é sempre em cima de quem bota dinheiro na economia, que são os mais pobres. Os mais ricos só contribuem para concentrar mais a renda no país", afirmou, na época, o líder do PL.
O deputado ressalta que não se trata da criação de um imposto compulsório sobre as receitas das empresas e diz que, se o projeto for aprovado, caberá ao Executivo decidir se vai tomar os empréstimos ou não.
O líder do PP, Arthur Lira (AL), reforça que a proposta não trata de taxar grandes fortunas, porque é voltada especificamente a empresas.
Partidos como o Republicanos já declararam apoio à medida. O MDB tende a apoiar. No PSD, parlamentares como Fábio Trad (MS) querem ver o texto aprovado.
Outros partidos, como o Novo, que tem como fundador o empresário João Amoedo, já disseram ser contra a ideia.
Em meados de abril, o banco Itaú Unibanco anunciou doação de R$ 1 bilhão para instituir um fundo de combate ao coronavírus.
O recurso ficará sob a gestão da Fundação Itaú Unibanco e será administrado exclusivamente por um conselho de profissionais de saúde, onde estarão diretores de hospitais públicos e privados.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 22-04-2020) | | | | Expectativa de novo corte nas taxa de juros faz moeda subir 1,95%; valorização acumulada no ano chega a 35%
O dólar subiu 1,95% nesta quarta (22) e superou pela primeira vez o patamar de R$ 5,40. A moeda fechou o dia cotada a R$ 5,4120, novo recorde nominal (sem contar a inflação). No ano, a divisa acumula valorização de 35%—alta de R$ 1,40. O turismo está a R$ 5,65 na venda.
Em termos reais (corrigidos pela inflação), o dólar ainda está longe de sua máxima de 2002. Se for considerado apenas o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE, o pico de R$ 4 naquele ano, equivale a cerca de R$ 10,80 hoje. Caso também seja levada em conta a inflação americana, o valor corrigido seria cerca de R$ 7,50.
A desvalorização de 3,3% do real ante a moeda americana nesta semana reflete uma precificação de investidores de um corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros brasileira (Selic) na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC), em 6 de maio, o que levaria o juro para 3% ao ano.
Segundo analistas, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, deixou claro ao mercado, em videoconferências na segunda (20), de que a instituição deve fazer novos cortes na Selic e que, mesmo com o juro baixo, a política monetária ainda pode estimular a economia.
Para Fabrizio Velloni, chefe da mesa de câmbio e sócio da Frente Corretora, novas reduções não devem surtir efeito.
“O corte na Selic não reflete na economia real porque não está sendo repassado. Os bancos estão subindo juros. Cortes de juros funcionam apenas em países com sistemas financeiros mais desenvolvidos, que têm concorrência bancária.”
Campos Neto também apontou que o cenário mudou desde a reunião mais recente, em 18 de março, e está favorável a novas reduções na Selic, com queda nas expectativas de inflação.
Segundo o boletim Focus, economistas preveem a Selic a 3% ao fim de 2020. Dentre os cinco economistas que mais acertam, a projeção é de 2,50%.
Para o IPCA, a previsão é de 2,23% este ano, ante 2,52% no levantamento da semana passada. Caso a expectativa se concretize, a inflação ficaria abaixo do centro da meta de 4%, que tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Juros mais baixos contribuem para a alta do dólar por meio do carry trade. Nesta prática de investimento, o ganho está na diferença do câmbio e do juros. Nela, o investidor toma dinheiro a uma taxa de juros menor em um país, no caso, os Estados Unidos, para aplicá-lo em outro, com outra moeda, onde o juro é maior, o Brasil.
Com a Selic na mínima histórica de 3,75% ao ano, e expectativa que caia mais, investir no Brasil fica menos vantajoso, o que contribui com uma fuga de dólares do país.
Com a crise do coronavírus, o fluxo cambial ao Brasil está negativo em US$ 12,878 bilhões este ano. No mesmo período de 2019, havia superávit de US$ 1,295 bilhão.
Dentre emergentes, o real foi a moeda que mais se desvalorizou nesta sessão. Diante de todos os países, foi a quarta moeda a mais perder valor, atrás do berr da Etiópia, do tenge do Cazaquistão e da coroa norueguesa.
“A alta de hoje começou por ontem. Enquanto o mercado brasileiro estava fechado pelo feriado, o dólar subiu bastante no exterior”, diz Velloni.
Ele aponta que a crise entre líderes do Congresso e governo de Jair Bolsonaro após a participação do presidente em ato pró-golpe de domingo (19) também contribui para a alta do dólar.
“O governo perdeu força, especialmente na Câmara dos Deputados. Não vejo nenhuma condição hoje para o governo aprovar as reformas administrativa e tributária”.
Já o Ibovespa subiu 2,17%, aos 80.687 pontos, maior patamar desde 13 de março.
A alta da Bolsa brasileira refletiu a valorização das Bolsas americanas e a recuperação das ações da Petrobras. As preferenciais (mais negociadas) subiram 5%, a R$ 16,75 e as ordinárias (com direito a voto), 3,6%, a R$ 17,15.
Após as fortes quedas no preço do petróleo entre segunda (20) e terça (21), a matéria-prima se recuperou na sessão.
O contrato futuro do barril de Brent, referência internacional, de vencimento em junho, subiu 5,4%, a US$ 20,37. O do WTI , referência nos EUA, teve alta de 19%, a US$ 13,78.
Em Nova York, Dow Jones subiu 2%, S&P 500, 2,3% e Nasdaq, 2,8%. Investidores esperam que a Câmara dos Deputados americana aprove, nesta quinta (23) a liberação de mais US$ 484 bilhões de auxílio a pequenos negócios e hospitais, como ampliação do pacote trilionário aprovado em março. A medida já foi aprovada pelo Senado na terça (21).
| Folha de S.Paulo ( publicado em 22-04-2020) | | | |
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,07% na terceira quadrissemana de abril, informou nesta quinta-feira, 23 a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O indicador perdeu força e ficou 0,27 ponto porcentual abaixo da taxa da divulgação anterior, de 0,34%.
Sete das oito classes de despesa que compõem o IPC-S tiveram decréscimo na inflação. A maior contribuição partiu dos Transportes (-0,97% para -1,57%), puxado pela forte deflação da gasolina (-3,68% para -5,29%).
Também houve desaceleração em Educação, Leitura e Recreação (0,41% para -0,22%), devido à passagem aérea (7,40% para 1,43%); Habitação (0,38% para 0,23%), puxada por móveis para residência (-0,34% para -1,07%); Alimentação (1,65% para 1,51%), com hortaliças e legumes (11,73% para 9,87%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,50% para 0,38%), devido a artigos de higiene e cuidado pessoal (0,94% para 0,52%); Vestuário (-0,23% para -0,32%), com calçados (-0,15% para -0,39%); e Despesas Diversas (0,34% para 0,32%); por causa de serviços bancários (0,33% para 0,22%).
O grupo de Comunicação repetiu a taxa de 0,06% registrada na segunda quadrissemana do mês. Neste grupo, os destaques foram a aceleração da mensalidade para TV por assinatura (0,03% para 0,12%), com pressão para cima, e a tarifa de telefone residencial (0,48% para 0,33%), que puxou a taxa para baixo.
Influências individuais
As principais influências para cima sobre o IPC-S partiram do leite tipo longa vida (6,74% para 7,55%), cebola (29,41% para 30,46%), batata inglesa (10,30% para 13,69%), plano e seguro de saúde (estável em 0,59%) e taxa de água e esgoto residencial (1,35% para 1,38%).
Por outro lado, pressionaram o índice para baixo o etanol (-5,23% para -8,22%), curso de ensino superior (-0,29% para -0,64%) e curso de ensino fundamental (-0,55% para -0,65%), além da gasolina e dos móveis para residência.
| UOL | | | | Nas outras 24 unidades da federação, o litro do biocombustível custa nos postos mais que 70% do preço da gasolina
Com a queda abrupta no preço da gasolina, abastecer o tanque com etanol hidratado só é vantajoso hoje em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Nas outras 23 unidades da federação, o litro do biocombustível custa nos postos mais que 70% do preço da gasolina.
O limite de 70% é uma referência utilizada no mercado, baseada em testes de rendimento dos dois combustíveis. Estudos recentes, porém, apontam que o valor pode chegar a 75% e depende também de outros fatores, como o modelo do veículo e tecnologias embarcadas.
Considerando o teto de 75%, o Paraná entra na lista dos estados onde vale à pena usar etanol, de acordo com a pesquisa de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) sobre os preços médios praticados pelos postos na semana passada.
A perda de competitividade do etanol mesmo em estados produtores, como Mato Grosso do Sul, é fruto de repasses às bombas dos sucessivos cortes no preço da gasolina promovidos pela Petrobras em 2020, em resposta à queda das cotações internacionais do petróleo.
Pela primeira vez desde ao menos 2005, a gasolina está sendo vendida nas refinarias da estatal por menos de R$ 1 por litro, considerando a correção dos valores históricos pela inflação. De acordo com a ANP, o preço da gasolina nas bombas já caiu 10% em 2020, para um valor médio, no Brasil de R$ 4,095 por litro.
O preço do etanol também despenca nas usinas: na semana passada, segundo o Cepea (Centro de Estudos e Economia Aplicada) da Esalq/USP, o litro de hidratado custava R$ 1,4545 por litro. Nas bombas, o produto é vendido, em média no país, a R$ 2,796 por litro, 11% a menos do que no fim de 2019.
O cenário levou usineiros a pedirem socorro ao governo federal e provocou reações da Petrobras, para quem propostas de cortes de impostos ao biocombustível pode impactar a produção de gasolina e, consequentemente, a oferta de gás de cozinha, já que os dois combustíveis são produzidos em conjunto.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 22-04-2020) | | | | Negociação vale para empregados de São Bernardo do Campo e garante empregos até 31 de dezembro
A Mercedes-Benz anunciou nesta quarta-feira (22) a assinatura de um acordo coletivo que prevê suspensão de contratos dos trabalhadores de sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP) e redução de jornada e salários do pessoal administrativo da empresa.
Os dispositivos são previstos na MP (Medida Provisória) 936, editada em abril com o objetivo de dar fôlego às empresas em meio à pandemia do novo coronavírus.
A proposta da montadora de veículos foi aprovada em assembleia virtual dos trabalhadores realizada no último sábado (18). Segundo o sindicato da categoria, o texto do acordo prevê pagamento de compensações que mitigariam perdas salariais durante o período de redução de jornada ou suspensão de contratos.
Linha de montagem de caminhões em fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo (SP) - Divulgação
Pelo texto, os trabalhadores da empresa, que estão em férias coletivas, voltarão às atividades gradualmente a partir de 4 de maio.
Metade dos operários da planta de São Bernardo do Campo, porém, terá o contrato de trabalho suspenso até 30 de junho. Ao término desse período, os outros 50% dos trabalhadores da fábrica também terá suspensão temporária, de 1º de julho a 31 de agosto.
Os funcionários administrativos terão redução de jornada de 25%, com diminuição proporcional dos salários, de maio a julho.
A Mercedes-Benz se comprometeu a dar estabilidade no emprego até 31 de dezembro deste ano aos afetados pelas medidas.
De acordo com o sindicato dos metalúrgicos do ABC, a montadora se comprometeu a complementar o auxílio pago pelo governo previsto pela MP 936 para minimizar as perdas salariais.
Com a medida, quem tem até R$ 4.000 de salário bruto terá garantido o recebimento integral do salário líquido usual. Os que recebem de R$ 4.001 a R$ 6.000 terão 95% da remuneração líquida. De R$ 6.001 a R$ 8.500, a garantia é de 90%. Acima disso, de 80%.
A Mercedez-Benz ainda mantém negociações com sindicatos que representam seus trabalhadores em suas unidades de Campinas, Iracemápolis (SP) e Juiz de Fora (MG).
Na última terça-feira (21), os empregados da Volkswagen aprovaram proposta da montadora que reduzia em 30% suas jornadas e salários. O acordo, porém, prevê compensação paga pela empresa para que não haja redução no valor líquido dos salários.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 22-04-2020) | | | | Chamados envolveram 70 modelos; Mercedes-Benz e BMW lideram em número de convocações no período
O primeiro trimestre de 2020 teve 23 campanhas de recall comunicadas pelas montadoras. O levantamento é do Papa Recall, aplicativo que avisa o motorista se o automóvel cadastrado teve algum chamado da fabricante para reparo ou troca de peças.
Os recalls envolveram 70 modelos de 13 montadoras, o que representa 31,7% da base de 41 empresas cadastradas no aplicativo. Segundo o Papa Recall, houve redução de 7,3% na comparação com o trimestre anterior.
A Mercedes-Benz foi a que mais lançou campanhas no período, cinco. Estão relacionadas a defeitos no teto solar (duas campanhas), portas dianteiras, turbocompressor e módulo de travamento de diferencial traseiro de diferentes modelos: AMG G63, A 250 Vision, C 180, C220 Kompressor, C 230 e 350, AMG C 55, E 280, 350 e 500, AMG E 63, CLK 350 e 500, CLS 350, 500 e 550, AMG CLS 63, AMG E 63 S 4matic+, S 63 L 4matic+, S 63 L 4matic+ Coupé, G63, e GT S 63 4matic+.
Em segundo lugar está outra alemã, a BMW, com quatro campanhas para solucionar problemas em airbags do motorista, sistema Isofix (para prender cadeirinhas infantis), transmissão e brake lights. Os modelos envolvidos são 323Ci, 323i, 328 Ci, 328i, 330i, X6 x Drive 50 i, X 6 xDrive 35i, X6 xDrive 30d, X6M, M5 e M6 Gran Coupé. Em terceiro lugar vem a Fiat, que deu início a três recalls para averiguar coxins de distribuição, sistemas de freios, airbags e volante. Toro Diesel, Mobi e Grand Siena Attractive 1.0 e 1.4 foram os modelos convocados.
AIRBAGS MANTÊM DESTAQUE NEGATIVO
Os airbags permanecem em evidência por provocar sete das 23 campanhas monitoradas. As empresas BMW, Nissan, Subaru, Chevrolet, Honda, Fiat e Volkswagen fizeram convocações por causa de bolsas infláveis com defeito. Os airbags continuam na liderança como problema mais recorrente desde o lançamento do Papa Recall, em fevereiro de 2019.
| Automotive Business ( publicado em 22-04-2020) | | | | Fábricas de Sumaré e Itirapina estavam paradas desde 25 de março; volta ao trabalho foi prorrogada para 25 de junho
A Honda anunciou que irá estender até 25 de junho a paralisação da produção de automóveis no País, em decorrência do avanço do avanço da pandemia da Covid-19, doença causada pelo coronavírus. Com a decisão, as fábricas de Sumaré e Itirapina, ambas no interior de São Paulo, vão ficar paradas por três meses. As duas operações já estavam suspensas desde 25 de março, quando foram concedidas férias coletivas aos funcionários envolvidos no processo produtivo até o próximo 27 de abril. Mas na terça-feira, 21, os empregados aprovaram a suspensão dos contratos por 60 dias.
Em comunicado divulgado na quarta-feira, 22, a Honda informa que “a medida visa assegurar a saúde e segurança dos colaboradores, bem como adequar a produção à demanda atual do mercado de automóveis”. O acordo para suspensão dos contratos de trabalho com reduções salariais foi negociada com os Sindicatos dos Metalúrgicos de Campinas e Limeira e aprovada pelos empregados em assembleia virtual, realizada em 21 de abril.
A suspensão foi feita nos termos da Medida Provisória 936/2020, editada pelo governo no início de abril para flexibilizar relações contratuais trabalhistas com reduções de jornada e salários, diante da crise provocada pela pandemia de coronavírus, que paralisou todas as fábricas de veículos no País.
O desconto salarial negociado varia de 0% a 25% e será escalonado conforme faixas salarias, sendo maior para aqueles que ganham mais, o que segundo a Honda vai além da exigência legal. No período de inatividade os funcionários vão receber parte dos salários cobertos pelo seguro-desemprego, conforme previsto na MP 936.
A Honda informa que continuará revisando a cada dia as contramedidas em resposta aos desafios impostos pelo avanço da Covid-19, com objetivo de conter a escalada da pandemia e manter a sustentabilidade dos negócios.
| Automotive Business ( publicado em 22-04-2020) | | | | Fábricas do Grupo Traton adotam medidas para retomar as operações neste mês em todo o mundo
As fábricas da Scania, MAN e da Volkswagen Caminhões e Ônibus estão se preparando para retomar sua produção global. Em comunicado divulgado na quarta-feira, 22, o Grupo Traton, que detém as três marcas, informa que as companhias estão adotando medidas e seguindo o cronograma que prevê reiniciar suas operações ainda neste mês.
A Volkswagen Caminhões e Ônibus – VWCO – retomará as atividades de sua linha de montagem brasileira de Resende (RJ) na próxima segunda-feira, 27. Por aqui, a unidade do sul-fluminense estava parada desde 30 de março por meio de férias coletivas. Já a unidade de Querétaro, no México, está programada para reabrir em 4 de maio.
Também na semana que vem, a fábrica da Scania no Brasil, em São Bernardo do Campo (SP), bem como na França, retomará suas atividades. A planta brasileira também estava paralisada desde o fim do mês passado. A matriz sueca testará inicialmente a estabilidade de sua cadeia de fornecedores e dos seus processos de produção por dois dias úteis antes de retomar a produção em ritmo mais lento.
A MAN Truck & Bus também reiniciará sua produção de ônibus e caminhões no início da próxima semana.
“Estamos nos concentrando totalmente em proteger a saúde de nossos funcionários e em limitar sensivelmente as consequências econômicas da pandemia de coronavírus, controlando cuidadosamente o ramp up de nossas operações”, declarou em nota o CEO do Grupo Traton e membro do conselho de administração da Volkswagen AG, Andreas Renschler.
Segundo o executivo, a companhia está adotando medidas de proteção e demais configuração necessárias, como sistemas de orientação de rotas e novos conceitos de limpeza e escritórios, para garantir a reabertura gradual da sede em Munique nas próximas semanas.
“A pandemia de corona nos mostrou claramente nas últimas semanas o quão importante é o transporte rodoviário para fornecer às pessoas os bens de que precisam. Nossa retomada cuidadosa das operações de produção garantirá que nossos clientes recebam os suprimentos de que precisam. A crise do coronavírus é única, porque paralelamente e quase em todo o mundo paralisou a produção, como consequência da ruptura das cadeias de suprimentos e do colapso da demanda. Só conseguiremos superar essa crise em nível europeu apenas com uma abordagem enérgica e coordenada na União Europeia. É necessária uma ação vigorosa em todos os estados.”
O reinício levará em consideração a disponibilidade atual de peças e a demanda dos mercados. A organização reforça que a prioridade é manter as precauções abrangentes para proteger a saúde dos funcionários. Para isso, todas as empresas do grupo estão adotando precauções especiais: os processos de produção estão sendo modificados e os tempos de ciclo de montagem estendidos, como forma de criar espaço extra entre os funcionários.
Requisitos de distância mínima e padrões higiênicos mais rigorosos serão aplicados em todas as áreas. Será fornecido equipamento de proteção nas áreas em que será impossível manter uma distância de 1,5 metro. Também serão tomadas precauções adicionais durante intervalos. Além disso, os turnos de trabalho serão dissociados para reduzir o potencial contato entre todos.
| Automotive Business ( publicado em 22-04-2020) | | | | Empresas se uniram em joint venture, na qual a sueca entrará com cerca de € 600 milhões
A fabricantes Daimler e Volvo vão desenvolver e produzir células de combustível para veículos comerciais pesados e outras aplicações. A Daimler vai concentrar suas atividades atuais dessa tecnologia em uma joint venture. E o Grupo Volvo irá adquirir 50% desta joint por cerca de € 600 milhões.
A meta é que ambas produzam em série veículos pesados movidos a células de combustível na segunda metade da década. Outros usos da tecnologia também estão previstos, inclusive fora do segmento automotivo. A joint venture incluirá operações em Nabern, na Alemanha. Haverá instalações de produção na Alemanha e no Canadá.
“Essa iniciativa conjunta com o Grupo Volvo é um marco de progresso para viabilizar a chegada de nossos caminhões e ônibus movidos por essa tecnologia nas estradas”, diz Martin Daum, presidente do conselho de administração da Daimler Truck AG e membro do conselho de administração da Daimler AG.
Apesar da parceria, a Daimler recorda que as duas companhias permanecem concorrentes nas outras áreas de negócios. Daimler e Volvo compartilham a visão Green Deal (Acordo Verde), cujas soluções de transporte pretendem eliminar as emissões de carbono até 2050.
Uma célula de combustível converte a energia química do hidrogênio e oxigênio (do ar) em eletricidade. Essa energia alimenta os motores elétricos que impulsionam o veículo. O processo não gera emissão de poluentes. Recentemente, Toyota e Hino anunciaram o desenvolvimento de um caminhão com essa tecnologia.
| Automotive Business ( publicado em 22-04-2020) | | | | Em Live #ABX20, Antonio Filosa prevê “um novo normal” difícil pela frente, com queda do mercado de 35% a 40% em 2020 e três anos para retornar aos níveis de 2019
A devastadora crise global provocada pela pandemia de coronavírus não contaminou o vigor com que costuma trabalhar e agir Antonio Filosa, presidente da Fiat Chrysler Automobiles na América Latina, a FCA Latam.
Desde o fim de março isolado em sua residência nos arredores de Belo Horizonte (MG) para se prevenir do contágio da Covid-19, o agitado engenheiro napolitano de 46 anos lamenta a falta do ritmo frenético das linhas de produção – ele sempre trabalhou na manufatura e estava acostumado a administrar fábricas que produziam 4 mil carros/dia –, mas está igualmente acelerado em casa, de onde conduz diversas reuniões diárias com as lideranças globais e regionais da companhia para redesenhar toda a estratégia da empresa para o que chama de “nova realidade pós-pandemia”, que inclui uma completa renovação das linhas de produtos Fiat e Jeep na região.
Filosa conseguiu abrir uma generosa brecha de hora e meia de sua disputada agenda para falar com Automotive Business sobre as estratégias da FCA Latam para superar a crise do coronavírus, em mais uma entrevista exclusiva da série Lives #ABX20 (assista aqui esta e outras lives já gravadas e veja o calendário das próximas).
Com o tombo profundo do mercado brasileiro – que na visão de Filosa será de 35% a 40% este ano – e previsão de retomada lenta que deve demorar cerca de três anos para regressar aos níveis de 2019 (quando foram produzidos quase 3 milhões de veículos no Brasil), o presidente da FCA Latam confirma que muitos planos precisaram ser adiados, mas garante que o programa de investimentos de R$ 14 bilhões (inicialmente de 2018 a 2024 e que agora deve ser estender a 2025) e todos os lançamentos decorrentes dele foram mantidos, ainda que atrasados de três a seis meses.
“Está tudo está mantido. A nova Strada está pronta, devemos lançar entre junho e agosto. Também teremos nova Toro, reconfiguração de Mobi, Argo, Cronos e Fiorino, dois SUVs Fiat, o novo SUV Jeep (de 7 lugares), renovações de Renegade e Compass, outros que não posso falar ainda. Esses projetos existem e estão mantidos. Esperávamos ter tudo pronto até o começo de 2022, agora pode ter defasagem de tempo de até seis meses, dependendo do produto”, revelou Antonio Filosa.
Também está adiada a entrada da FCA no segmento de veículos eletrificados no Brasil. Até o fim deste ano estava prevista a importação para o mercado brasileiro do Fiat 500 elétrico e das versões híbridas plug-in dos Jeep Renegade e Compass. “Iríamos lançar [a linha eletrificada] no Salão de São Paulo, que foi cancelado. Agora esses modelos só devem chegar a partir da metade de 2021”, conta Filosa.
Seja como for, está mantida a ambição da FCA de dominar 20% do mercado brasileiro, 15% com a marca Fiat e 5% com a Jeep. “É o que esperamos com todas as renovações das linhas de produtos que vamos fazer”, reforça Filosa.
A ADMINISTRAÇÃO “DRAMÁTICA” DO CAIXA
Se manter investimentos e lançamentos pode ser considerada uma conquista e tanto no cenário atual, será uma vitória ainda maior conseguir superar os atuais déficits de caixa causados pela paralisação dos negócios durante a fase crítica da pandemia, situação que Filosa chama de “dramática”. As receitas pararam e muitos gastos continuaram, em uma conta que não fecha. “Este é o principal problema, é um drama nosso, dos concorrentes e de todo o setor que envolve 7 mil empresas e 1,2 milhão de empregos, considerando fornecedores, montadoras e concessionários”, destaca Filosa.
Para preservar a cadeia, o executivo prevê exercícios financeiros complexos, com postergação de investimentos e cortes de custos. Também está no horizonte um inescapável aumento de custos de produção. “Vamos entrar em uma nova realidade com volumes muito mais baixos do que tínhamos, isso é mais caro. Deveremos em um primeiro momento pagar mais aos fornecedores [que terão escala menor], precisar fazer fretes emergenciais [de componentes]”.
Filosa elogiou as medidas de flexibilização trabalhista já adotadas, como redução de jornada e salários e suspensão temporária de contratos de trabalho previstas na Medida Provisória 936 editada pelo governo no início de abril. “Tudo depende de quanto tempo vai durar a paralisação dos negócios, mas até o momento são boas medidas, que nos permitem reduzir a produção com menos prejuízo”, avalia.
Assim como disse no fim de março, o executivo voltou a afirmar que a FCA evitará demissões a todo custo – ou melhor, para conter custos. “Você forma profissional de todas as áreas da empresa em não menos do que nove meses. Então quando precisa desligar alguém tem o custo associado ao recrutamento e a trilha de aprendizado para o novo profissional contribuir como o anterior. Pagamos um alto preço por demissões. A perda de um profissional da nossa cadeia de valor é muito cara para nós quando voltar a precisar”, pontua.
A FCA se preparou para retomar a partir de maio, de forma gradual e lenta, a produção em suas fábricas no Brasil em Betim (Fiat), Goiana (Jeep) e na Argentina em Córdoba. “Como e o que encontraremos na retomada são as perguntas mais urgentes.
No momento enxergamos este ano 35% a 40% de queda nos volumes no Brasil. Na Argentina é ainda pior, com possível contração de 50%, um mercado de apenas 250 mil veículos que já foi de mais de 850 mil há três anos. Voltaremos em diversas etapas em maio se todas as condições de segurança permitirem. Vai começar devagar”, afirmou o executivo.
“Agora na FCA estamos na fase de rethinking (repensar), que antecipa a fase da retomada e da nova normalidade. Queremos prever o que vai acontecer e preparar empresa para isso. O legado dessa pandemia vai impactar famílias, comunidade, organizações, todos os atores da sociedade”, resumiu Filosa.
| Automotive Business ( publicado em 22-04-2020) | | | | Unidade de Engenheiro Coelho desativa antigo aterro e passa a reciclar 9 mil toneladas de resíduos
A fábrica da ZF em Engenheiro Coelho, no interior de São Paulo, alcançou o nível de aterro zero com seu programa de gerenciamento ambiental. Com isso a unidade deixa de enviar mais de 9 mil toneladas de resíduos por ano para área de aterro e passa a reciclar 100% dos resíduos. O antigo aterro com 126 mil metros quadrados de área foi desativo e deu lugar a uma área de conservação permanente com mais de 15 mil árvores nativas.
A ação faz parte do grupo de meio ambiente da empresa, formado por funcionários de várias áreas, como os da produção e da área administrativa das fábricas de Limeira e Engenheiro Coelho. O grupo coordena projetos ambientais em andamento em várias frentes, como ações para eliminar desperdício, reutilizar materiais, economizar água e energia, entre outros.
Segundo o gerente de meio ambiente, saúde e segurança da ZF, Sildson Corrêa, sua equipe também atua com atividades de conscientização internas e externas em todas as plantas da ZF na América do Sul.
As ações abrangem diversas áreas que de alguma forma geram resíduos: na fábrica de Engenheiro Coelho, por exemplo, na área de fundição, cerca de 750 toneladas de resíduos geradas mensalmente foram destinadas para empresas parceiras. Com os novos processos e parcerias, o material descartado se transforma em insumos para concreto, calçadas, asfalto e vergalhões; a areia de fundição se transformou em estruturas metálicas para ralos e caixas de correio, combustíveis para cimenteiras entre outros.
“A partir dos trabalhos que vem sendo executados pelo GMA – Grupo de Meio Ambiente nas plantas de Engenheiro Coelho e Limeira, colaboradores dessas unidades passaram a ser mais vigilantes em todos os aspectos e a contribuir de forma ativa para alcançar novos modelos de atuação e identificação de novas oportunidades. Trata-se de um trabalho amplo que vem sendo executado de forma totalmente colaborativa”, reforça o gerente de meio ambiente, saúde e segurança da ZF, Sildson Corrêa.
De acordo com o executivo, há outros projetos nas plantas da ZF América do Sul, alguns já concluídos e outros em andamento, todos de acordo com as políticas ambientais do grupo e também com metas de desenvolvimento sustentável da ONU.
| Automotive Business ( publicado em 22-04-2020) | | | |
Iniciativas incluem doação de alimentos, kits de testes e de tratores e pulverizadores para sanitização de vias públicas
A fabricante de máquinas agrícolas John Deere está organizando uma série de ações no Brasil para ajudar no combate ao coronavírus com iniciativas que incluem a doação de alimentos, de kits de testes para o novo vírus e da disponibilização de tratores e pulverizadores para a sanitização de vias públicas.
Em parceria com o Instituto John Deere, rede de concessionários e funcionários, a montadora arrecadou 190 toneladas de alimentos que vai beneficiar cerca de 12 mil famílias com cestas básicas.
No âmbito da área da saúde, a empresa doará às secretarias municipais de cerca de 6 mil kits de testes rápidos para a detecção do novo coronavírus.
“A John Deere está comprometida com sua força de trabalho, seus clientes e autoridades competentes para atravessarmos juntos este momento tão desafiador do Brasil e do mundo. É um ciclo que vamos superar contribuindo com a saúde das pessoas e mantendo o suporte necessário para atividades essenciais à população, como produção de alimentos e serviços de infraestrutura”, declarou Paulo Herrmann, presidente da John Deere Brasil.
Além disso, a companhia entregou tratores e pulverizadores para a sanitização de vias públicas em mais de 40 cidades. Os roteiros e as datas de aplicação serão definidos pelas administrações municipais. Neste primeiro momento, serão beneficiadas cidades em 12 estados: Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
| Automotive Business ( publicado em 22-04-2020) | | | | Decisão foi acompanhada de medidas de saúde para evitar a propagação do coronavírus
A Pirelli está retomando a produção em duas de suas fábricas no Brasil, em Campinas (SP) e Gravataí (RS). O reinício se deu na segunda-feira, 20, e ocorre com capacidade reduzida como forma de evitar a disseminação da Covid-19. A empresa não revela o porcentual dessa redução. A produção em Feira de Santana (BA) deve ocorrer na última semana de maio. A paralisação das fábricas na América do Sul começou no dia 20 de março. A primeira a parar foi a unidade de Merlo, Argentina, cujo retorno também está previsto para o fim de maio.
A unidade de Campinas produz pneus para automóveis e utilitários e a de Gravataí, para motos. A fabricante de pneus informa que adotou uma série de medidas de contenção ao coronavírus para a volta ao trabalho, como a utilização de equipamentos de proteção individual recomendados pelo Ministério da Saúde, checagem da temperatura dos funcionários assim que entram na fábrica e aumento do número de ônibus fretados para reduzir a quantidade de passageiros por veículo.
A utilização dos refeitórios também foi racionalizada para reduzir o tempo de permanência nas mesas e aumentar o afastamento entre as pessoas sentadas. Ainda segundo a Pirelli, os funcionários da área administrativa continuarão em home office, assim como todos aqueles do grupo de risco.
A Pirelli informa que continuará a monitorar diariamente a situação da pandemia e poderá anunciar novas medidas se for preciso.
| Automotive Business ( publicado em 22-04-2020) | | | | Modelo TM 2.8 chega ao mercado no segundo semestre e virá com kit GNV
A Foton inicia no Brasil os testes de rodagem do novo caminhão TM 2.8 indicado para transporte urbano. Com PBT de 2,8 toneladas, a camionete oferece características de um automóvel, podendo ser guiada por motoristas com carteira de habilitação categoria B. O lançamento no mercado interno está previsto para o segundo semestre.
De acordo com o diretor industrial, engenharia e desenvolvimento da Foton, Leandro Gedanken, a princípio o veículo será importado da China. O primeiro lote será de 100 unidades e chega ainda neste ano.
“Começamos com importação e à medida que o volume cresça já temos estrutura pronta para nacionalização do novo modelo”, prevê Gedanken.
O TM 2.8 é o modelo mais leve da Foton e permite a instalação de uma carroceria com 3 metros de comprimento por 1,5 m de largura. “Basicamente o novo modelo é ideal para utilização em vários segmentos da economia, equipado principalmente com implemento do tipo baú e carga seca, mas com certeza haverá outras inúmeras possibilidades”, aponta o diretor de desenvolvimento de produtos da Foton do Brasil, Eustáquio Sirolli.
O modelo é equipado com motor a gasolina e segundo a empresa, virá com um kit para GNV (gás natural veicular) com garantia da Foton e feito pela empresa especializada Convergas. O modelo com kit gás já está na primeira fase de testes na Coopercarga, uma das maiores cooperativas de carga do País, fazendo logística urbana para a rede de supermercados Carrefour.
A previsão é que o veículo rode até 5 mil quilômetros em um mês. De acordo com a Coopercarga, cada viagem levará aproximadamente 800 kg em produtos, realizando dois ciclos de viagens em dias úteis. Ao todo serão transportados 35 mil kg de produtos por mês.
“O novo TM é um produto que já nasce preparado para uso do GNV e tem um relevante diferencial, que é a sua motorização de 1.5 e com essa capacidade de carga útil de 1.788 kg, expressiva para uma camionete e uma grande novidade no mercado brasileiro”, enfatiza o diretor de vendas, marketing e rede de concessionárias da Foton, Ricardo Mendonça de Barros.
A primeira unidade será operada pela Ecomoby, transportadora especializada na utilização de combustíveis alternativos, em parceria com a Coopercarga. A Convergas, empresa responsável pela tecnologia do kit GNV, instalou no veículo um módulo de controle de ignição para assegurar a disponibilidade de potência do motor. O peso total do equipamento é de aproximadamente 170 kg.
“Para armazenar o GNV o sistema é composto por dois cilindros de 60 litros hidráulicos cada, totalizando uma capacidade de 30 metros cúbicos. Com isso a autonomia do veículo só com GNV pode chegar a 280 quilômetros”, explica o diretor da Ecomoby, André Bermudo.
| Automotive Business ( publicado em 22-04-2020) | | | | Soluções adotadas a partir da MP 936 são válidas por 3 meses para as 4 fábricas e 15 mil funcionários
Funcionários das quatro fábricas da Volkswagen do Brasil aprovaram proposta de redução 30% da jornada de trabalho. As negociações também mantiveram os salários líquidos, diferentemente do que ocorreu em outras fabricantes.
O acordo foi feito em assembleias virtuais nos dias 20 e 21, atinge 15 mil trabalhadores e é válido por três meses. A montadora aderiu à Medida Provisória 936, criada pelo governo para atenuar os impactos da pandemia de Covid-19.
A proposta aprovada pelos funcionários permite desconto de 30% no valor do salário bruto, proporcional à redução da jornada. Uma parte do complemento da renda será paga pelo governo e o restante pela própria Volkswagen.
A empresa recorda que as medidas também se aplicam ao centro de peças em Vinhedo (SP) e aos escritórios regionais. O acordo feito com os trabalhadores também adiou para dezembro o pagamento de 20% da primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
“Os efeitos provocados pela pandemia levaram a VW a aplicar novas medidas de flexibilidade previstas em acordo coletivo de trabalho, negociadas com os sindicatos de todas as nossas operações no País. Temos o compromisso de proteger o emprego e evitar demissões, além de garantir a sustentabilidade do negócio", afirma o presidente e CEO da VW para a América Latina, Pablo Di Si.
Em entrevista a Automotive Business no dia 15 de abril, o executivo citou que o futuro plano de investimento no País foi congelado, mas também mencionou o desejo pela manutenção dos empregos e revelou a intenção de retomar a produção em maio.
A Volkswagen produz Polo, Saveiro e Virtus em São Bernardo do Campo (SP). Desta unidade também sairá o Nivus. Em Taubaté (SP) são fabricados Gol, Voyage e Up! Também no Estado de São Paulo são produzidos motores na cidade de São Carlos. Em São José dos Pinhais (PR) são fabricados o T-Cross e o Fox.
| Automotive Business ( publicado em 22-04-2020) | | | |
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