| Clipping de Logística Reversa - 06-09-2019 - Ano 3 - Edição 95
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Chamada de Notícias
Logística Reversa
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Curitiba gera 1,9 milhão de toneladas de resíduos gerados por construção civil todos os anos. O índice do Ministério do Meio Ambiente considera de 520 kg de resíduos da construção civil (RCC) por habitante/ano, e a população estimada pelo IBGE em 2019 para a capital. De acordo com levantamento divulgado pelo Conselho Regional de Engenharia do Paraná (Crea-PR), cerca de 98% desse material (principalmente entulho e madeira) poderiam ser reciclados, dentro do próprio canteiro ou em centrais externas especializadas.
Um dos problemas que dificultam a destinação correta está na atuação de empresas clandestinas e na falta de fiscalização. Empresários ouvidos pela reportagem estimam que cerca de 150 empresas de recolhimento de entulhos atuem regularmente em Curitiba e outras 150, sem documentação. Essas seriam as vilãs do meio ambiente.
A proprietária de uma das maiores locadoras de caçambas de entulhos de Curitiba, que pediu para não ser identificada por receio de retaliação de concorrentes, reclama da atuação de empresas clandestinas na capital e Região Metropolitana.
“Quando solicita locação de caçamba, com licenças, tem toda a documentação que a empresa deve apresentar para o cliente. Temos certificação de destinação, a MTR, que é a licença de transporte, precisa de licença do Instituto Ambiental do Paraná, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e tudo isso tem que pagar.
Tenho que ter essas notas e enviar para Secretaria do Meio Ambiente todos os meses, para comprovar o trabalho. O problema são as empresas que trabalham clandestinamente. Nós oferecemos as notas fiscais, tudo certo. A clandestina não tem nota, não paga taxas, não paga imposto, então lógico que vai ser mais barato. Em Curitiba e região tem muitas empresas clandestinas. Só em Curitiba, em torno de 50 empresas atuam sem documentação”, denuncia.
Além de todo o processo de separação e destinação, as empresas de caçambas também devem obedecer as regras de trânsito, relacionadas pela Superintendência de Trânsito de Curitiba (Setran). “No Centro de Curitiba, por exemplo, a colocação de caçamba precisa seguir a regulamentação. Precisamos pagar todas guias, as taxas do Setran, o Estar, e a gente apresenta para o cliente para mostrar transparência e permanecer no mercado”, justifica.
De acordo com a empresária, as empresas licenciadas seguem rigoroso sistema de reciclagem. “O material comum, como concreto limpo e madeira pode ser destinado a aterro licenciado. Os materiais contaminantes devem ser levados para as usinas. A gente envia para Cetric (Central de Tratamento de Resíduos Sólidos), em Araucária; e a Essencis Soluções Ambientais (na CIC), todas emitem o certificado de destinação correta que a gente apresenta para o Meio Ambiente. Também tem a Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná) que recebe concreto e madeira”, detalha.
O preço médio para contratar o recolhimento de entulhos em Curitiba gira em torno de R$ 200,00 a R$ 230,00, segundo ela. “Caçamba de 5 metros cúbicos varia de 200 a 230, com caliça limpa (concreto), que somente o custo para aterro comum é de R$ 50,00, só para descartar no aterro”, diz. A prefeitura de Curitiba permite a permanência de uma caçamba pelo período de três a cinco dias. No caso de material contaminante, como gesso, o preço é mais alto.
“Em torno de R$ 450, dependendo do material. Quando é gesso e drywall a gente manda para o HSG Reciclagem de Gesso, em Pinhais. O clandestino joga em qualquer lugar. O cliente liga para a gente e diz que ‘conseguiu por R$ 130 ou R$ 150’. Claro, sem destinação correta fica fácil”, reclama. Empresas grandes não costumam contratar clandestinas porque precisam comprovar com a certificação de destinação.
O pedido da empresária para não ser identificada, diz, decorre de uma concorrência considerada por ela como desleal. Ela afirma que empresas clandestinas também costumam retaliar concorrentes quando se consideram ameaçadas, inclusive com depredação e roubo de caçambas. “Roubam caçamba, marcam caçamba. Tem roubo. Chega um caminhão e rouba. Quando a gente vê simplesmente a caçamba sumiu. Uma caçamba nova custa em torno de R$ 2,5, mil”, calcula.
A empresária recomenda que os clientes fiquem atentos aos serviços, já que, segundo ela, é fácil identificar quem trabalha de maneira irregular. “Quando a caçamba não tem faixa refletiva, não tem as pinturas e contatos da empresa, já pode desconfiar que todo o resto pode estar errado. A pessoa tem que questionar. Inclusive o preço. A minha locação esta mais cara por causa da separação e destinação correta. Isso tem um custo óbvio”, justifica.
Ela afirma que a fiscalização existe, mas que ainda é insuficiente para o número de irregularidades. “A fiscalização é importante, mas tinha que ser mais. “No site da Setran, nos sites das empresas que trabalham de forma correta já tem as explicações sobre as normas”, orienta.
Falta de dados trava criação de soluções
Embora não haja dados precisos, o que é um dos principais problemas do segmento, o Caderno Técnico sobre Resíduos Sólidos publicado pelo Crea-PR aponta que a atividade de reciclagem e reaproveitamento ainda é pouco debatida. De acordo com o vice-presidente da Associação Paranaense dos Engenheiros Ambientais (Apeam), Luiz Guilherme Grein Vieira, que é também responsável pela atualização do Caderno Técnico do Crea-PR, o cálculo do setor é de que o Brasil reaproveita 21% dos resíduos da construção civil. Na Alemanha, por exemplo, o índice chega a 90%. Um verdadeiro 7 a 1 no canteiro de obras.
“A gente tem muita dificuldade com relação a números. Mesmo esse valor dos 21% é um número bem questionável. Para planejar alguma coisa, fazer uma gestão de alguma coisa, é saber quanto se tem dessa coisa. No plano estadual de resíduos uma das propostas é criar um sistema de informações. Em vez de ter um papel para cada caçamba, a gente tenha um sistema informatizado. Lá na prefeitura tem uma pilha de papel. E nunca foi feito esse levantamento. Tendo esse número correto vou saber que gero 2 milhões de toneladas. O que é feito com esse restante, vai para onde? Rastreando é possível fazer um plano, um Ecoponto, uma legislação para criar novas usinas, formas de incentivo à reciclagem”, avalia.
A fiscalização da atuação profissional é responsabilidade do Crea, já a prefeitura monitora as licenças e danos ambientais. “O pessoal do departamento de limpeza pública comentou em um evento na semana passada que houve redução de pessoal que faz a fiscalização da prefeitura. O Crea tem feito essa fiscalização nas obras, que é cobrar a atuação dos profissionais. E cresceram. Em 2017 foram 160 fiscalizações. Em 2018 saltou para 893 e em 2019, até agora, foram 593”, afirma.
Iniciativas das próprias empresas e indivíduos responsáveis pelos resíduos também são vistas como evoluções na construção civil aliada ao meio ambiente. “Existem algumas soluções como o britador móvel, que em vez de ter que manter uma usina, que é mais cara, pode com o britador reduzir bastante na própria obra. Alguns mecanismos também não geram resíduos, o que ajuda bastante”, sugere.
Segundo Vieira,o Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Paraná (PERS/PR), de 2017, mostrou que, dos 81 municípios que responderam à pesquisa, 92% destinavam os resíduos em locais inadequados, ou seja, sem a devida licença ambiental. “Parte dos resíduos de construção é composta por materiais perigosos, como tinta, solvente, EPIs contaminados, que, destinados de forma inadequada, podem contaminar o solo, a água subterrânea e a água superficial, causando impactos ambientais. Você pode contaminar o solo, a água subterrânea, a água superficial, causando vários problemas de saúde. O entulho também é um atrativo grande de vetores, como ratos e moscas, que podem causar doenças para a população”, acrescenta.
| Bem Paraná (publicado em 03-09-2019) | | | | Além de dar posse a novos Conselheiros, foi discutida e aprovada a Ata da reunião anterior sendo deliberadas alterações no Regimento Interno do CEMA
O Conselho Estadual do Meio Ambiente-CEMA, da Secretária do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, realizou nesta terça-feira (03.08), a 101ª Reunião Ordinária, no Palácio das Araucárias, em Curitiba. A abertura foi feita pelo secretário de Estado e presidente do Conselho, Márcio Nunes, que empossou os novos Conselheiros para atuar no período 2019/2020.
Iniciando a reunião, com a presença de 29 Conselheiros, o Presidente do CEMA disse que não existe disputa entre ambientalistas de um lado e desenvolvimentistas de outro. “Temos clareza que o momento é muito bom, onde todos estão entendendo que nossa Secretaria tem a missão de poder ser o equilíbrio, de promover crescimento, desenvolvimento, geração de emprego e renda e cuidado com o meio ambiente, e é nesse sentido que temos trabalhado”, enfatizou Nunes.
Na pauta da Ordem do Dia, foram aprovadas alterações no Regimento Interno do Conselho que darão maior agilidade nos processos de deliberação pela Plenária, na construção de políticas públicas para a melhoria da gestão ambiental do Paraná.
Conselho - O CEMA, criado pela Lei Estadual nº 7.978/84 e disposto no Decreto Estadual nº 4.447/01, é um órgão superior de caráter colegiado, consultivo, normativo e deliberativo, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), instituído pela Lei Federal nº 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto Federal nº 99.274/90.
O Conselho é composto por Plenário, Câmaras Temáticas, Grupos de Trabalho e Comitê Gestor do Cadastro Estadual de Entidades Não Governamentais (CEENG). Integram o Conselho Secretários de Estado, Procurador Geral do Estado, Diretores-Presidentes de órgãos ambientais, representantes de entidades ambientalistas, das instituições de ensino superior, das categorias patronais e de trabalhadores, além de representantes de Secretários Municipais do Meio Ambiente.
Saiba mais sobre o trabalho da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo em:
| SEMA ( publicado em 04-09-2019) | | | | Estão abertas as inscrições para encontro promovido pela Confederação Nacional da Indústria em São Paulo, no dia 24 de setembro. Especialistas vão debater caminhos para implementar a economia circular no Brasil
A Nespresso investe no Brasil mais de R$ 5 milhões por ano em reciclagem de cápsulas de alumínio
A economia circular, que prevê o uso mais racional dos recursos naturais com redução de desperdícios, é um modelo que, na União Europeia, já reduz custos com materiais em até US$ 630 bilhões por ano. De olho nessas oportunidades, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mobiliza indústrias para alavancar esse novo modelo econômico no Brasil e, no próximo dia 24 de setembro, realiza em São Paulo o Encontro Economia Circular e a Indústria do Futuro. No evento, especiaslistas brasileiros e estrangeiros debaterão tendências e oportunidades para desenvolver novos negócios e melhoria no ambiente regulatório. O evento conta com o patrocínio do Instituto C&A e apoio da Nespresso e Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep). Inscrição pode ser feita aqui.
Entre os presentes no evento está Lorraine Smith, escritora e especialista em economia regenerativa, que busca promover a transição para economia circular e a saúde do planeta por meio de novos modelos de negócios. Também estão entre os confirmados no encontro a secretária Nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano do Ministério do Desenvolvimento Regional, Adriana Melo, o diretor de Transformação Circular do Instituto C&A, Douwe Joustra, o CEO da Signify no Brasil, Sergio Baptista, e o superintendente de Financiamento de Projetos do Banco Santander, Jorge Ball.
LOGÍSTICA REVERSA – Um exemplo de empresa que caminha a passos largos na agenda de economia circular é a Nespresso. Ela investe no Brasil mais de R$ 5 milhões por ano em reciclagem de cápsulas de alumínio. Cada país onde a Nespresso atua desenvolve uma solução de acordo com a infraestrutura local. No Brasil, a marca iniciou a reciclagem em 2011, com um sistema próprio de separação do alumínio e da borra de café.
A reciclagem de alumínio libera somente 5% das emissões de gás de efeito estufa do processo de produção do alumínio primário
O Centro de Reciclagem Nespresso, na região metropolitana de São Paulo, é o grande foco do investimento e recebe atualmente 22% das cápsulas comercializados pela marca. A companhia também investe em delivery verde com entregas de bicicleta nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro para clientes da linha doméstica. Nessas cidades, carros elétricos possibilitam aos clientes da linha Nespresso Professional entregarem suas cápsulas para reciclagem.
A empresa realiza ainda ações de engajamento com o consumidor para aumentar a taxa efetiva de reciclagem. O processo de reciclagem de alumínio libera somente 5% das emissões de gás de efeito estufa do processo de produção do alumínio primário.
Segundo Cláudia Leite, gerente de Criação de Valor Compartilhado e Comunicação Corporativa da Nespresso no Brasil, a economia circular é parte do compromisso da empresa com a sustentabilidade e, no caso da reciclagem, uma das vertentes da economia circular, é uma responsabilidade que deve ser compartilhada entre empresas e consumidores. “Por isso, sempre engajamos nossos consumidores a entregarem suas cápsulas de café usadas em um dos nossos mais de cem pontos de coleta”, destaca Cláudia.
Os interessados em conhecer o Centro de Reciclagem Nespresso, podem participar de visitas guiadas, se inscrevendo pelo site. Desde a abertura para visitação pública, o local já recebeu mais de mil visitantes. Quem não está em São Paulo, pode acessar o tour virtual.
| CNI (publicado em 03-09-2019) | | | |
André Julião | Agência FAPESP – Minerais nobres, como o cobre, estão entre os materiais que podem ser retirados de eletrônicos descartados e reutilizados em novos celulares e computadores. Já o resíduo orgânico doméstico e o proveniente da agroindústria podem dar origem tanto a adubo natural como ao biogás e ao biometano e ser usados diretamente como combustível ou queimados para geração de energia elétrica.
Essa chamada economia circular, no entanto, depende de uma gestão adequada dos resíduos sólidos. Para isso, universidades, governos e empresas precisam trabalhar de forma integrada, criando tecnologias e políticas públicas adequadas.
A análise é de especialistas presentes no seminário “Ciência e a Gestão de Resíduos Sólidos”, ocorrido no dia 26 de agosto como parte do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação. Os eventos da série ocorrem uma vez ao mês na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e são resultado de uma parceria entre o Instituto do Legislativo Paulista (ILP) e a FAPESP.
Um dos campos mais promissores para a geração de energia a partir de resíduos é a agroindústria. Responsável por mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, o setor também gera em grandes quantidades elementos que podem ser reaproveitados, como estrume de animais, bagaço, vinhaça e torta de filtro da cana-de-açúcar (subprodutos da indústria sucroalcooleira), entre outros.
“Só na produção de cana-de-açúcar, são gerados hoje 200 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano. Alguns têm uma destinação. O bagaço, por exemplo, nem pode ser considerado resíduo: é queimado para gerar energia elétrica para as próprias usinas, tornando-as autossuficientes”, disse Bruna de Souza Moraes, pesquisadora do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético da Universidade Estadual de Campinas (Nipe-Unicamp).
A professora apresentou ainda outros exemplos no Brasil e no exterior de geração de energia a partir de resíduos da agroindústria, como o da cidade de Entre Rios do Oeste, no Paraná, que gera biometano com resíduos da criação de porcos. Depois dos dejetos serem colocados em um biodigestor, o gás gerado corre por uma rede de gasodutos e é queimado em uma minicentral termelétrica, movimentando um gerador e levando energia para a rede da cidade.
Quando se trata de eletroeletrônicos, o que hoje é um passivo ambiental também pode ser transformado em recursos. O lixo eletrônico tem grandes quantidades de metais que podem ser totalmente reutilizados, desde que sejam realizadas técnicas adequadas para a sua recuperação.
“Não é trivial fazer a reciclagem de eletroeletrônicos, que usam materiais cada vez mais raros na natureza. Então, o caminho natural é fazer essa recuperação”, disse Jorge Alberto Soares Tenório, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
O pesquisador lembrou que a produção de eletroeletrônicos consome hoje, por exemplo, 30% do cobre e mais de 80% do índio, metal usado em telas de smartphones, produzidos no mundo. As chamadas terras-raras, também usadas nesses equipamentos, existem hoje em apenas um país, a China.
“Se não recuperarmos esses minerais, eles vão se perder. A ideia, portanto, é realizar processos para criar uma economia circular para produzir esses bens que temos em mãos, como celulares, TVs e demais eletroeletrônicos”, disse Tenório, que em seu laboratório consegue recuperar atualmente até 10 diferentes materiais por meio de técnicas mecânicas, térmicas ou químicas.
Gestão
Um passo fundamental para que os resíduos possam ter uma destinação adequada foi a promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010.
“Hoje, quem atua nessa área tem um norte, um direcionamento do que fazer inclusive em termos de pesquisa, tanto em nível de ciência quanto de tecnologia. Então, a Política Nacional de Resíduos Sólidos é um marco para quem estuda esse tema”, disse Valdir Schalch, professor da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP).
O pesquisador lembrou que 60% dos municípios brasileiros ainda têm lixões, nos quais os resíduos são despejados a céu aberto sem nenhum tratamento. O fim dos lixões era uma meta estabelecida para 2014, que acabou sendo estendida para 2021.
Na gestão dos resíduos sólidos, a parte mais onerosa para as prefeituras é a coleta, correspondente a 70% dos custos. Como estima-se que o Brasil gaste cerca de R$ 21 bilhões por ano com a gestão de resíduos, mais de R$ 14 bilhões iriam só para a coleta.
Com esse problema em vista, a RedeResíduo desenvolve, com auxílio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), um sistema inteligente que avisa, em um determinado perímetro, quais lixeiras estão cheias e quais estão vazias. Com esses dados, é possível traçar uma rota e evitar deslocamentos desnecessários, otimizando a coleta e gerando uma economia em torno de 30%.
“Estamos convivendo com algumas tendências mundiais de escassez de matéria-prima e recursos, ao mesmo tempo em que os custos de gestão ambiental são bem maiores. Se não inovarmos, vamos chegar ao mesmo lugar. E hoje esse local é o aterro sanitário, rios e mares poluídos cheios de plástico. O que vai fazer a diferença é tecnologia e inovação”, disse Francisco Luiz Biazini Filho, sócio da empresa.
Participaram ainda do evento Vinícius Schurgelies, diretor-presidente do Instituto do Legislativo Paulista (ILP); o professor Fernando Menezes de Almeida, diretor administrativo da FAPESP, e o ex-deputado estadual Roberto Massafera (PSDB).
| Agência Fapesp (publicado em 02-09-2019) | | | |
A Millennium Network acaba de lançar em seu OmniBlog um Guia Rápido sobre Logística Reversa. O material foi desenvolvido pela analista de comunicação da empresa, Joyce Alcântara, e conta com informações fundamentais para ajudar o varejista a estruturar uma metodologia mais favorável para os negócios.
O mercado eletrônico cresceu absurdamente nos últimos anos e a tendência é que o número de e-consumidores (nova geração de consumidor que usa a web para realizar suas compras) ultrapasse o de varejo tradicional. Mas todo crescimento traz grandes desafios, e a logística reversa é um deles.
Nesse sentido, o guia traz um capítulo inteiramente dedicado a organização da logística reversa no comércio eletrônico. Há diversos insights para colocar em prática e facilitar os processos, diminuir os gastos, melhorar o relacionamento com o cliente e, claro, o posicionamento estratégico.
Confira outros assuntos abordados no guia:
O que é Logística Reversa
Fases da Logística Reversa
Importância
Como organizar a Logística Reversa no e-commerce
Como reduzir o índice de trocas e devoluções
Conclusão
Já é possível baixá-lo gratuitamente, acessando o site.
| E-commerce Brasil ( publicado em 02-09-2019) | | | |
Além de ser extremamente tóxico ao corpo humano, o cigarro é uma ameaça real aos oceanos. De acordo com a Ocean Conservancy, que patrocina anualmente a limpeza de praias, em 32 anos foram colhidas mais de 60 milhões de bitucas nos mares.
O fato coloca o resto desprezado do cigarro como o responsável principal pela poluição dos oceanos, ultrapassando inclusive o plástico. As bitucas representam um terço das porcarias retiradas do fundo do mar.
Para piorar, resíduos de cigarro foram detectados em cerca de 70% e 30% das aves e tartarugas marinhas, respectivamente. O plástico também faz participação especial no cenário catastrófico, já que as guimbas possuem o produto nos filtros, que não são biodegradáveis.
As bitucas de cigarro estão poluindo os oceanos mundo afora
No mundo, são produzidos cerca de 5,5 trilhões de cigarros todos os anos e a grande maioria deles leva filtros de acetato de celulose, levando mais de 10 anos para se decompor totalmente. Somado ao descarte irregular, os oceanos se transformam no abrigo do poluente.
Os dados foram revelados por Thomas Novontny, fundador do Projeto de Poluição por Bitucas de Cigarro. Falando à NBC News, o professor da Universidade Federal de San Diego conta que os filtros são apenas uma instrumento de marketing adotado pelas empresas.
| Hypeness | | | |
A ideia de reutilizar materiais que seriam descartados em salões de beleza é do cabeleireiro australiano Bernie Craven, criador da empresa Waste Free Systems
Durante seu 40 anos de experiência, o cabeleireiro Bernie Craven, hoje aposentado, vivenciou o desperdício diário dos salões de beleza da Austrália. Não apenas o cabelo, mas também embalagens de shampoo e condicionador podiam ter fins diferentes. Por isso, ele criou um projeto para fabricar próteses para crianças usando utensílios plásticos descartados pelos cabeleleiros.
Duas crianças que nasceram sem a mão esquerda, Connor Wyvill, de 11 anos, e Haley Wright, de 12 anos, foram as primeiras a experimentar as próteses criadas pela Waste Free Systems, empresa fundada por Craven.
À GALILEU, o empresário conta que as crianças estão usando as mãos biônicas há mais de dez semanas e o resultado tem sido positivo. Os pequenos amam esportes e ganharam uma outra prótese à parte só para andarem de bicicleta.
O teste das próteses com os meninos é um primeiro passo para que os aparelhos comecem a ser comercializados. “Ambos sentiram que elas eram um pouco longas e queriam ter mais controle nos dedos, então fizemos alterações", conta Craven. Em breve, o menino e a menina devem receber uma nova versão.
A empresa pretende continuar trabalhando com as crianças conforme elas crescem – a ideia é que as próteses provisórias se tornem mãos robóticas definitivas.
Para fabricar os protótipos, a empresa fez uma parceria com a ONG E-Nable, que produz próteses em 3D para crianças ao redor do mundo. Uma vaquinha online também tem ajudado: pouco mais de 10 mil dólares australianos (cerca de R$ 28 mil) foram arercadados até agora.
| Galileu ( publicado em 28-08-2019) | | | |
O World Cleanup Day ou Dia Mundial da Limpeza é uma ideia que teve um início humilde e pode mudar o mundo. A ideia de limpar coletivamente um país começou na pequena nação da Estônia em 2008, quando 50.000 pessoas se reuniram para limpar o país inteiro em apenas cinco horas.
Esta ação cívica foi realizada por voluntários e os organizadores nomearam a ação “Let's Do It!” ou “Vamos fazer isso!”, que descreve perfeitamente a essência do movimento. O sucesso da limpeza da Estônia se espalhou pelo mundo e agora são mais de 158 países que organizam limpezas baseadas no mesmo modelo. O movimento cresceu para ser a maior organização do gênero no mundo.
No Brasil, o movimento acontece desde 2012 sendo que no ano de 2018 foram 363 cidades que realizaram a ação, mais de 100 mil pessoas retiraram 2 mil toneladas de resíduos de praias, rios, praças, parques, avenidas, ruas e terrenos.
Em 21 de setembro de 2019, todos os países, voluntários e parceiros se reunirão novamente para diminuir o lixo no mundo e chamar a atenção para os impactos em nossas vidas e no meio ambiente. Uma poderosa "onda verde" de limpezas começará na Nova Zelândia e terminará no Havaí 36 horas depois, com milhões de pessoas trabalhando em um único objetivo: um mundo mais limpo.
A mobilização nacional ocorre pelo Instituto Limpa Brasil e Teoria Verde, sendo que os realizadores são todas as instituições e líderes em cada cidade que fazem adesão. Nesse ano, a ação pode ser considerada a maior já realizada no Brasil com mais de 700 cidades confirmadas.
Acesse o site, clique no mapa e digite o nome da sua cidade. Faça contato com o líder para participar ou você também pode mobilizar seu grupo e cadastrar sua ação www.diamundialdalimpeza.com.br
| Teoria Verde (publicado em 02-09-2019) | | | |
A bióloga molecular Miranda Wang, premiada com o Prêmio Rolex de Empreendedorismo, fala exclusivamente à Marie Claire sobre o método industrial de reciclagem que desenvolveu
Você já deve ter lido por aí que em 2050 a quantidade de plástico na água deve superar a de peixes. Segundo o World Wide Fund for Nature (WWF), cerca de 8 milhões de toneladas desses materiais entram no oceano anualmente. Um dos motivos que levam a esse cenário é o fato de que o sistema vigente de reciclagem não comporta diversos resquícios presentes nos plásticos. Mas e se pudéssemos recuperar uma parcela das sacolas e embalagens que hoje invariavelmente terminam em aterros - ou no mar?
Essa é a ideia da canadense Miranda Wang, bióloga molecular e empresária de 25 anos à frente da BioCellection, empresa que transforma resíduos plásticos não recicláveis em substâncias químicas úteis para as indústrias. Elas podem originar o volante de um carro, o interior de um colchão e até fraldas: Wang criou uma mina de ouro que associa sustentabilidade e interesse financeiro.
Em entrevista exclusiva à Marie Claire, a bióloga destrincha a origem, o funcionamento e o impacto da empresa, que acaba de ser laureada com o Prêmio Rolex de Empreendedorismo, iniciativa por meio da qual a empresa de relógios apoia indivíduos com projetos transformadores.
A alma do negócio
O interesse de Miranda por questões ambientais é antigo: desde a adolescência, ela tenta compreender o que acontece com produtos após seu descarte. Aos 16 anos, quando visitou uma estação de transferência de resíduos (onde o lixo é compactado antes de ser enviado para aterros), ela se chocou com a quantidade de plástico que acaba em aterros. “Percebi que as formas atuais de reciclagem de materiais têm uma tolerância muito baixa para plásticos contaminados e sujos, o que inconvenientemente se aplica para embalagens”, resume.
Em maio de 2015, a partir de um investimento de 50 mil dólares, Wang abriu junto à sua amiga Jeanny Yao a BioCellection, atualmente sediada no Vale do Silício. “Foi um desafio levantar fundos nos dois primeiros anos, principalmente porque não sabíamos como explicar para os investidores que nossa tecnologia era um bom negócio, já que estávamos num estágio inicial de pesquisa e desenvolvimento”, lembra ela. Mas a empresa teve algo valioso desde o início: uma ideia sem precedentes que poderá converter um terço do plástico que atualmente asfixia aterros, rios e oceanos em fonte de riqueza industrial.
A tecnologia da BioCellection
“Estamos essencialmente reorganizando quimicamente o que está nesses plásticos e reciclando-os num nível muito fundamental”, resume Wang. O time de dez pessoas, inclusos sete cientistas, atua para quebrar moléculas dos materiais, que são decompostos em blocos químicos. “Plásticos são longas cadeias de carbonos que podem ser quebradas. Pense neles como peças de Lego: os pequenos pedaços podem montar qualquer tipo de estrutura”, ilustra ela.
As aplicações, portanto, são vastas: os blocos podem ser usados como nylons, poliuretanos, fotopolímeros e polímeros super absorventes (para uso em fraldas); e podem também ser modificados por bioprocessos e se tornarem lipídios, proteínas, alimentos e produtos farmacêuticos.
Quando questionada sobre o porquê de a indústria não ter explorado essa possibilidade para a reciclagem, Wang explica com detalhes: “Grupos industriais ficam em suas zonas de conforto. A atual indústria química e de plásticos é projetada para absorver óleo ou xisto e refiná-lo em matérias-primas puras, como o etileno.
Quando você recicla quimicamente resíduos em um método como o que desenvolvemos, você inevitavelmente acabará com uma mistura de produtos químicos, porque os plásticos não são puros (possuem aditivos).
Tornar os produtos competitivos em termos de custos usando uma mistura é tecnicamente desafiador e substituiria muitos dos produtos existentes nos quais a indústria desfruta de grandes margens se for bem-sucedida. Portanto, o setor tem muitos motivos para não querer seguir esse caminho.”
| Marie Claire (publicado em 30-08-2019) | | | |
Reduzir o nosso impacto sobre o meio ambiente depende em partes da gestão e descarte de resíduos eficientes
Você conhece o seu lixo? A pergunta pode parecer estranha, mas, de acordo com Alex Pereira, presidente de uma cooperativa de triagem de resíduos eletrônicos de São Paulo chamada Coopermiti, é essencial para que possamos, de fato, contribuir para a preservação do meio ambiente. “É assim que as pessoas podem ter mais consciência sobre o tipo de lixo que geram e para onde o encaminham”, explica.
Alguns números indicam a necessidade dessa consciência. De acordo com pesquisa Ibope feita em 2018, 66% dos brasileiros sabem pouco ou nada sobre coleta seletiva e 39% da população não separa o lixo orgânico dos outros tipos de resíduo.
Conforme Pereira, conhecer o lixo não precisa ser nada muito complicado. Para os cidadãos, o mais importante é saber separar os resíduos úmidos dos secos. No primeiro grupo, entram os não recicláveis e orgânicos, ou seja, tudo aquilo que não pode – seja por falta de condições do material ou falta de tecnologia adequada – ser reutilizado e ainda os resíduos de origem biológica. Alguns exemplos são papel higiênico, adesivos e esponjas de aço, além de restos de frutas e verduras.
No grupo dos secos, entram os materiais recicláveis: papéis, plásticos, vidros, madeiras etc. Para Pereira, o único requisito é que eles estejam, de fato, secos. “Tem que limpar ou lavar e deixar secar”, resume o presidente da cooperativa. Se isso não for feito, as sujeiras do lixo podem acabar contaminando os outros materiais. Um pote plástico engordurado, por exemplo, quando jogado junto com outros papéis, pode inutilizá-los para a reciclagem e fazer com que eles acabem em um aterro.
Edimar Camargo, da cooperativa curitibana Catamare, concorda que é preciso evitar a contaminação, mas alerta que a lavagem com água – e às vezes algum empenho – nem sempre é necessária. “Depende do tipo de produto. A caixinha de leite, embalagens de carne e frango crus e plásticos engordurados precisam ser lavados”, exemplifica. Se os resíduos forem secos e não contaminantes, retirar o excesso é o suficiente.
Ambos lembram que a limpeza, além de evitar a contaminação, beneficia o trabalho de quem faz a triagem dos recicláveis. “Se você não limpa a sua embalagem de leite e deixa resíduo, fica um odor característico muito ruim. Então, é também uma questão de respeito com o próximo”, explica Pereira. Em Curitiba, esse debate rendeu até uma postagem nas redes sociais da prefeitura defendendo a limpeza do lixo.
Quando a dúvida é sobre a reciclabilidade do tipo de material a ser descartado, a recomendação é colocá-lo junto com o lixo seco para que os profissionais das cooperativas possam fazer a triagem. Ou, ainda, recorrer à tecnologia: “Hoje, se tiver dúvida, é só procurar na internet”, diz Camargo.
O que fazer com o material?
No cenário ideal, os próprios municípios ofereceriam sistemas de coleta seletiva. Contudo, dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2018, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, mostram que ainda há muito o que se fazer nesse sentido: em 2017, 1.647 cidades das 5.570 do país ainda não tinham qualquer iniciativa de coleta seletiva.
Outra alternativa é enviar o lixo para cooperativas especializadas em reciclagem. No caso de resíduos eletrônicos, pilhas, lâmpadas, embalagens de inseticidas, toner de impressão – os chamados lixos tóxicos –, é preciso separá-los dos demais e enviá-los para essas cooperativas, que possuem licença ambiental especial. Nesse caso, a dica é fazer uma pesquisa, seja com a prefeitura ou mesmo na internet, para encontrar os pontos de coleta dessas cooperativas.
Algumas cooperativas não trabalham com pontos de coleta, mas se disponibilizam a buscar os resíduos – desde que a quantidade de lixo “valha a pena”. “Tem que ser um volume expressivo para cobrir as despesas de logística. E, em geral, as cooperativas buscam apenas o que conseguem reciclar”, diz Camargo.
Especificamente sobre os eletrônicos, o presidente da associação diz ainda que as pessoas devem evitar doá-los ou deixá-los em frente às suas casas para que pessoas os levem. “No mercado informal, é comum essas pessoas tirarem o que o eletrônico tem de valor e jogarem o restante fora, inadequadamente”, diz.
Planilha
Embora um conhecimento “superficial” sobre o lixo possa ser suficiente para otimizar a reciclagem e dar a destinação correta aos resíduos, Pereira ensina uma forma de conhecê-lo a fundo: fazendo uma planilha. A ideia é anotar o tipo de lixo produzido e a quantidade, o que vai permitir que cidadãos e empresas pensem na gestão desse resíduo e em como reduzi-lo.
A planilha pode diferenciar apenas os lixos secos dos úmidos, mas também pode ser mais detalhada, separando recicláveis, não-recicláveis, orgânicos e até tóxicos – e ainda entrando nos subgrupos dos recicláveis: papel, vidro, plástico, metal e madeira. “Quando você começa quantificar, você tem um ponto de partida do que fazer, o que pensar, o que mudar”, resume.
| Gazeta do Povo ( publicado em 26-08-2019) | | | |
Atualmente, a geração de resíduos é um dos maiores problemas enfrentados no nosso país, principalmente, nos grandes centros urbanos. A falta de locais apropriados para a sua disposição e técnicas que apresentam valores cada vez mais elevados para seu tratamento são cada vez mais difíceis de serem implementadas. No Brasil, 41,6% das 78,3 milhões de toneladas de resíduos gerados anualmente têm destinação inadequada, segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
Tal situação se torna alarmante, representando um risco à saúde pública e ao meio ambiente. Elementos como Cádmio (Cd), Chumbo (Pb), Cobre (Cu), Arsênio (As), entre outros metais tóxicos, são grandes fontes de contaminação do solo por meio do descarte incorreto de lâmpadas, pilhas, baterias, restos de tintas, cimento, componentes eletrônicos, óleos lubrificantes, entre outros. Esses tipos de materiais deveriam ser, sem exceções, tratado com muita cautela durante os processos de coleta seletiva.
Mas, infelizmente, os dados são outros: informações do estudo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, realizado em 2017 pela Albrepe, 59% dos resíduos descartados foram em aterros sanitários, 22% em aterros controlados e 18% em lixões. Dos 214.868 resíduos descartados por dia, somente 196.050 foram coletados, resultando em 7 milhões, por ano, de toneladas coletadas inadequadamente.
Se você ainda não está convencido sobre a importância do assunto, ainda segundo dados do estudo, cada brasileiro produz 378 quilos por ano – e o problema, que parece só aumentar, revela que 40,9% do que é capturado pelo sistema de coleta regular é descartado de forma inadequada, num total de 29 milhões de toneladas, em lixões ou a aterros controlados.
Com tantos resultados alarmantes, o país presencia uma situação de colapso. Afinal, estamos falando da contaminação do solo e, direta ou indiretamente, resulta na poluição da água e do ar que resultam no desequilíbrio ecológico, graves problemas de saúde pública, liberação de gases poluentes, contaminação de alimentos, entre outras consequências negativas.
Mesmo com nove anos de vigência da lei que regulamenta a gestão de resíduos sólidos no país, que estabeleceu um cronograma para o fim dos lixões, que deveriam ser encerrados até 2014, devemos assumir nossas responsabilidades como cidadãos, já que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) ainda não cobra, na prática, a responsabilidade de gestores públicos e empresas que estão obrigadas a fazer logística reversa.
*Francisco Oliveira é engenheiro civil e mestre em Mecânica dos Solos, Fundações, Geotecnia
| Bahia Notícias ( publicado em 03-09-2019) | | | |
Em Feira de Santana, o Aplicativo Anjos foi criado no intuito de preservar o meio ambiente através do descarte correto dos medicamentos que não são mais utilizados.
Os medicamentos descartados de forma incorreta no meio ambiente podem trazer malefícios seja para o próprio meio ambiente, quanto para a saúde pública. Em contato com o meio ambiente, pode contaminar a água, solo e toda flora e fauna que existe no ambiente aquático, seja em rio ou lago, onde os medicamentos são descartados.
Em Feira de Santana, o Aplicativo Anjos foi criado no intuito de preservar o meio ambiente através do descarte correto dos medicamentos que não são mais utilizados. Além da preservação, o cliente ganha descontos nas compras de medicamentos e produtos realizados pelo aplicativo.
Segundo Dionísio Neto, criador do aplicativo, o usuário realiza a compra do medicamento através do aplicativo tendo a oportunidade de escolher entre seis farmácias da cidade que estão vinculadas ao serviço.
"Quando a pessoa realizar a compra pelo aplicativo, será feita uma leitura da localização onde o cliente está, direcionando para uma farmácia parceira mais próxima, com isso barateamos o custo do frete além de facilitar a rapidez da entrega".
Segundo a engenheira ambiental, Simara Mello, a população tem o hábito em descartar os medicamentos vencidos no vaso sanitário ou no lixo convencional dentro de casa, onde a coleta desses resíduos será exposta no aterro sanitário.
"Com este tipo de descarte, não será realizado um tratamento adequado para esses resíduos, ocasionando na contaminação dos rios e lagos pelo tratamento que não é apropriado para tratar os medicamentos, somente o esgoto que é gerado pelos seres humanos", explicou a engenheira ao Acorda Cidade.
Ainda segundo Simara, os resíduos devem ser encaminhados para um local adequado como farmácias e drogarias passando por uma logística reversa, retornando para o fabricante do medicamento para que o tratamento seja feito através da incineração.
A versão final do Aplicativo está ativa há dois meses, desenvolvida por uma equipe composta por cinco feirenses, já disponível nas lojas virtuais.
Link para download:
| Acorda Cidade (publicado em 03-09-2019) | | | |
Além de contribuir para a redução de emissões, medida pode baratear os custos energéticos.
O sistema de metrô London Underground possui 11 linhas ao todo, mas é da Northern Line (ou Linha do Norte) que sairá o calor residual para aquecer centenas de casas em uma área descolada de Londres – o distrito de Islington.
O projeto consiste em capturar o excesso de calor que hoje é expelido em City Road, uma estação de metrô desativada desde os anos 20. Este excedente será canalizado para fornecer calor e água quente aos lares londrinos durante o inverno. Já no verão, o sistema é projetado para funcionar de forma reversa: permitindo a entrada de ar fresco. Trata-se de uma iniciativa conjunta entre o Conselho de Islington, Transport for London (órgão do governo que gere o transporte) e a empresa de engenharia Ramboll.
Esta é segunda fase do projeto da central elétrica Bunhill inaugurada, em 2012, para fornecer aquecimento mais barato em Islington. Até então, já são beneficiados 700 casas, escolas e um centro de lazer pelo calor excedente da central. Agora, a ideia é expandir para mais prédios comunitários, escritórios e 450 residências.
De todo modo, o potencial é ainda maior. Segundo a Greater London Authority (GLA), o calor que é desperdiçado em Londres seria suficiente para atender 38% das demandas de aquecimento de toda a metrópole.
Tal busca por fontes alternativas não é à toa. O governo anunciou que vai proibir caldeiras a gás em novas residências a partir de 2025. Além disso, quer zerar suas emissões de transporte até 2050.
O projeto integra uma série de iniciativas similares que estão ocorrendo no Reino Unido: aquecer casas usando os “resíduos” de calor das fábricas, usinas de energia, rios e poços de minas desativados. Além de contribuir para a redução de emissões de carbono (em um momento em que todas as grandes nações precisam apresentar esforços frente ao Acordo de Paris), a medida ainda pode baratear os custos energéticos dos moradores.
A promessa é que o aquecimento oriundo do metrô já comece a funcionar no próximo inverno, que tem início em 22 de dezembro.
Islington
Reduto de jovens e pubs, Islington é uma área conectada com as demandas sustentáveis. O Conselho local já declarou emergência climática e prometeu trabalhar para tornar a região carbono zero até 2030. Por enquanto, já converteu todas as luzes de rua para lâmpadas LED, instalou pontos de recarga para veículos elétricos e tem a meta de reduzir suas emissões de carbono em pelo menos 40% até 2020 – em comparação com os níveis de 2005.
Também o Fundo de Pensões do distrito busca “descarbonizar seus investimentos” até 2022, reduzindo ações em combustíveis fósseis. “Existem muitos fatores que estão fora do controle do conselho e pedimos ao governo nacional e outros que forneçam a liderança e as ações ousadas necessárias para nos apoiar”, afirma a conselheira local Claudia Webbe.
| Ciclo Vivo (publicado em 29-08-2019) | | | |
A empresa calcula que um quilo de resíduos plásticos pode ser convertido em um litro de combustível.
A startup alemã Biofabrik desenvolveu um sistema inteligente capaz de transformar uma enorme quantidade de lixo marinho em combustível pronto para uso.
Segundo a empresa, um quilo de resíduos plásticos pode ser convertido em um litro de combustível, que fornece até 3,5 kWh de eletricidade.
Ajude a levar água limpa para aldeia no Acre
O equipamento fica protegido dentro de um contêiner cinza. Ele é formado por uma dúzia de tubos e contêineres menores, responsáveis por fazer a chamada pirólise, isto é, a decomposição de resíduos pela ação do calor.
A tecnologia foi batizada de WastX Plastic e pode ser usada em geradores e turbinas ou mesmo convertido em eletricidade.
“Um quilo de plástico produz cerca de um litro de combustível”, afirma o fundador e gerente de negócios da empresa Biofabrik White Refinery.
A startup submeteu seu produto a 6 anos de testes e diferentes versões de protótipos até o sistema final. Ele é totalmente automatizado e capaz de reciclar resíduos plásticos pouco convencionais.
Produção
A fábrica aberta em Dresden, na Alemanha, pretende começar a operar ainda neste ano. A meta da WastX Plastic é processar cerca de uma tonelada de resíduos plásticos por dia.
O processo de transformação acontece graças às altas temperaturas do processador, que decompõem os resíduos, tornando-os líquidos ou gasosos.
Neste ano, milhões e milhões de toneladas de embalagens plásticas serão descartadas nos oceanos do planeta. Dessa forma, qualquer parte desviada desse destino e reintroduzida na cadeia de produção de forma sustentável é bem-vinda!
De acordo com a Fundação Ellen MacArthur, uma das instituições mais influentes na implementação da economia circular na sociedade, se nada for feito até 2050, a quantidade de plástico (em peso) poderá superar a massa de peixes dos oceanos.
| Razões para Acreditar ( publicado em 03-09-2019) | | | |
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