| 23 de MAIO de 2019
Quinta-feira
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Em 23/05/2019
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| | | | | A partir da década de 1960, o Paraná avançou no desenvolvimento da industrialização. Nessa época, o Estado passou a investir em infraestrutura e incentivos fiscais para atrair indústrias que geravam produtos de maior valor agregado e amplo uso de tecnologia.
De acordo com o economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Marcelo Alves, foi quando as grandes montadoras passaram a ver o mercado paranaense com outros olhos.
Com a chegada das empresas estrangeiras, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Paraná (Senai) atuou na qualificação dos trabalhadores, que precisavam estar dentro dos padrões das grandes fabricantes de veículos.
A política de desenvolvimento fez com que a concentração de indústrias ficasse localizada, principalmente, em Curitiba e Região Metropolitana.
A década de 1970 pode ser considerada como um marco na mudança da base econômica paranaense, especialmente pela chegada da Volvo ao Brasil. No final dos anos 70, a sede da empresa foi instalada em Curitiba, na CIC. Era um projeto arrojado de cidade industrial pré-planejada, longe do centro urbano da capital.
Atualmente, segundo a Federação das Indústrias do Paraná, a cadeia automotiva responde por 15,2% da receita líquida de vendas da indústria estadual, atrás apenas da fabricação de produtos alimentícios. São 552 empresas que geram mais de 35 mil empregos, com uma massa salarial de R$ 2,8 bilhões ao ano.
| CBN | | | |
Governo elege 11 setores para montar pacote de benefícios, como regimes tributários e financiamentos
A administração estadual elegeu 11 setores, que representam 75% da indústria da transformação do estado, e delimitou sua área geográfica de atuação. A ideia é montar um pacote de benefícios específico para cada área/setor nos próximos dois meses.
Entre as benesses que podem ser concedidas, estão regimes tributários especiais, financiamentos mais vantajosos, programas de qualificação de mão de obra, implantação de infraestrutura e estímulo à pesquisa e tecnologia, além de medidas para desburocratizar e melhorar o ambiente de negócios.
O objetivo da política é gerar novas vagas de trabalho para reduzir o nível de desemprego em São Paulo, que atinge 3,7 milhões de pessoas. Assim, Doria tenta firmar a imagem de político preocupado com o desemprego --área em que o presidente Jair Bolsonaro é percebido como insensível.
Os chamados polos de desenvolvimento econômico de São Paulo serão: saúde e fármacos; metal-metalúrgico, máquinas e equipamentos; automotivo; químico, borracha e plástico; derivados de petróleo e petroquímico, biocombustíveis; alimentos e bebidas; têxtil, vestuário e acessórios; couro e calçados; tecnologia e ecoflorestal.
"Esperamos com esses incentivos setoriais atrair novos investimentos ainda neste ano", diz Patrícia Ellen, secretaria de Desenvolvimento Econômico de São Paulo.
Ela afirma que a inspiração do programa vem de experiências semelhantes com zonas econômicas especiais nos EUA, em Israel, no Reino Unido e na Coreia do Sul.
A adoção de políticas industriais foi uma marca dos governos petistas nas gestões Lula e Dilma e sofreu duras críticas por gastos fiscais excessivos e poucos resultados. Para especialistas, subsídios excessivos quebraram o governo federal e havia excesso de protecionismo para as empresas.
Nos últimos meses, Doria dava mostras de enveredar por caminho semelhante ao reduzir o ICMS de hortaliças, querosene de aviação e automóveis e vinha sendo acusado pelos demais estados de promover a guerra fiscal.
Para o professor da UFRJ e especialista em política industrial David Kupfer, a iniciativa de São Paulo é positiva, porque identifica gargalos e busca como dissolvê-los, mas não soluciona o problema.
"Por causa da precária situação fiscal do país, faltam instrumentos para uma política industrial efetiva", diz.
Sede da maior parte das fábricas brasileiras, a indústria de São Paulo vem enfrentando um quadro ainda mais adverso que o restante do país, com quedas sistemáticas de volume desde setembro de 2018.
O governo Doria vem se reunindo com representantes dos setores para definir o que virá em cada pacote de apoio.
No setor de fármacos, por exemplo, está sendo feito um pente-fino nos regimes tributários especiais para avaliar o que será mantido e o que pode ser ampliado. Hoje os regimes são voltados para uma empresa específica ou, às vezes, apenas um medicamento.
Para algumas iniciativas, São Paulo vai depender de apoio do governo federal. Existem, por exemplo, pleitos do setor por um "fast track" na Anvisa e por facilitação no armazenamento de componentes na alfândega.
No setor têxtil, há muitas reclamações sobre roubo de carga nas estradas, ilegalidade na entrada de produtos importados e o custo do gás para as fábricas. Outra demanda é a melhora da qualificação profissional. O governo estadual quer aumentar o número de unidades do Instituto Paulo Souza nos polos produtivos.
Na região mais pobre do estado, o Vale do Ribeira, vai ser implementado um polo de desenvolvimento chamado de ecoflorestal. A ideia é estimular atividades diferentes como plantação de eucalipto e de banana.
| Folha de S. Paulo | | | | Informação é da Sondagem Indústria da Construção. Pesquisa mostra também que desempenho do setor continua em queda, embora em ritmo menos intenso
As previsões de que a economia brasileira crescerá em 2019 em ritmo muito aquém das estimativas iniciais teve novo impacto sobre a confiança do setor da construção. Em maio, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI-Construção) apresentou a quinta queda consecutiva, com redução de 0,6 ponto em relação ao mês anterior. Com isso, o indicador marcou 55,8 pontos, se aproximando da linha divisória de 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. É o que mostra a Sondagem Indústria da Construção, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta quinta-feira (23).
A redução da confiança no setor se deve, principalmente, à percepção de que o ambiente para os negócios piorou. Pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Condições Atuais denotou maior pessimismo dos empresários da construção quanto ao presente, caindo de 46,5 pontos para 45,0 pontos. Segundo a pesquisa, o indicador foi puxado para baixo pelo índice de condições da economia brasileira, que caiu 2,8 pontos na comparação mensal.
“Houve um certo descompasso entre as expectativas dos empresários e o tempo político das reformas, que estão sendo discutidas ainda”, explica Dea Fioravante, economista da CNI. Ela acrescenta que são necessários avanços na agenda das reformas, aliados à ampliação do crédito, para que as empresas do setor recuperem a confiança na economia e demonstrem nova disposição em investir e assumir riscos. O índice de intenção de investimentos do setor, por exemplo, manteve-se praticamente estagnado em maio, em 32,9 pontos – 0,1 ponto acima de abril.
EXPECTATIVAS – Diante das incertezas com a economia, as expectativas do setor da construção permaneceram “congeladas”, segunda a Sondagem. A pesquisa mostra que os empresários estão em compasso de espera, com três dos quatro índices apresentando queda no comparativo com abril. Destaque para o de novos empreendimentos e serviços, que apresentou queda de 53,2 pontos para 52,2 pontos, no comparativo.
O índice de expectativa do nível de atividade, por sua vez, caiu de 53,6 pontos para 53,2 pontos, enquanto o de compras de insumos e matérias-primas recuou de 52,4 pontos para 51,9 pontos. Já o que mede a expectativa de contratação de empregados permaneceu estável em 52,1 pontos. “As expectativas permanecem acima da linha divisória de 50 pontos, sugerindo que ainda há otimismo por parte dos empresários do setor”, afirma a pesquisa, acrescentando que as incertezas justificam o aumento da cautela do empresariado.
ESTAGNAÇÃO – Em relação aos indicadores de desempenho, a indústria da construção apresentou recuo menor, em abril, frente ao patamar de março. O nível de atividade, por exemplo, ficou em 45,8 pontos, ante 44,5 pontos do mês anterior – abaixo da linha divisória de 50 pontos –, o que indica queda, ainda que em menor ritmo. No entanto, a Sondagem Indústria da Construção considera o atual ritmo do setor como frustrante, uma vez que se encontra 1,1 ponto abaixo dos níveis de abril de 2018.
A pesquisa também aponta queda no nível de emprego no setor. Em abril, o indicador chegou a 44,1 pontos e apresenta queda em menor ritmo do que o registrado em março (43,7 pontos). Vale destacar que tanto o nível de atividade quanto o de emprego têm reduzido o ritmo de queda desde o ínicio de 2019, embora permaneçam distantes do patamar e 50 pontos, que precisa ser superado para indicar expansão e recuperação do setor.
A Sondagem Indústria da Construção ouviu 493 empresas, sendo 171 de pequeno porte, 271 de médio porte e 105 de grande porte. Os dados foram coletados entre 2 e 13 de maio.
| CNI | | | | A indústria da construção apresentou um desempenho um pouco menos negativo em abril em relação a atividade e emprego. Entretanto, a confiança segue abalada causando estagnação na disposição a investir.
Abril/2019
| CNI | | | | Documento é o primeiro transnacional com diretrizes dedicadas a governos
O Brasil, que pleiteia uma vaga na OCDE, aderiu nesta quarta (22) aos princípios da organização para a administração responsável de inteligência artificial.
É o primeiro documento transnacional a incluir diretrizes para que governos adotem sistemas de IA que respeitem direitos humanos e valores democráticos.
Além dos países membros, também entraram Argentina, Colômbia, Costa Rica, Peru e Romênia.
Chamado de "Princípios da IA", o plano identificou cinco valores para a administração responsável da tecnologia.
O debate sobre a administração de sistemas de IA é latente e envolve governos e grandes empresas de tecnologia, como Google, IBM e Microsoft.
As discussões giram em torno dos efeitos danosos que a aplicação de IA pode gerar quando não for supervisionada ou guiada por valores que combatam discriminações ou tendências sociais que se queira superar.
A OCDE diz que as soluções devem ser desenvolvidas em bases que: 1) defendam o crescimento inclusivo e o desenvolvimento sustentável; 2) respeitem estado de direito, direitos humanos, valores democráticos e diversidade (permitindo a intervenção humana); 3) sejam transparentes e seguras; 4) funcionem de maneira robusta com avaliação contínua de riscos; e 5) responsabilizem organizações e indivíduos que as desenvolvem, implantam ou operam.
Para os governos, a organização sugere apoio a investimentos para pesquisa e desenvolvimento na área, promoção de mecanismos acessíveis que permitam o compartilhamento de dados, capacitação, apoio de trabalhadores a uma transição justa e cooperação com outras áreas de conhecimento.
As recomendações da OCDE servem para influenciar padrões internacionais e cooperar para a criação de legislações nacionais.
As Diretrizes de Privacidade da OCDE, adotadas em 1980, por exemplo, formaram a base de leis relativas ao assunto nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia.
Joana Cunha- jornalista, é formada em administração de empresas pela FGV-SP. Foi repórter de Mercado e correspondente da Folha em Nova York.
| Folha de S. Paulo | | | | 'A sensação de que seja uma coisa próxima está no ar', afirmou Araújo
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse nesta quarta-feira (22) que o Brasil tem pressa em aderir à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e que o pleito do país está “ganhando naturalidade”, mesmo que ainda não haja uma data certa para o ingresso no clube dos países ricos.
Ele viajou a Paris, sede da entidade, para conversar sobre a candidatura brasileira com ministros de Estados-membros, reunidos para uma cúpula periódica. A entrada na OCDE é uma das metas da gestão Araújo, pois representaria uma chancela ao Brasil como destino de investimentos estrangeiros.
“Estamos aderindo cada vez mais a instrumentos e órgãos da OCDE. Isso vai criando uma gravidade natural. Todos sabem da nossa expectativa”, afirmou o chanceler, pouco depois de ser recebido pelo secretário-geral da instituição, o mexicano José Ángel Gurría. “A sensação de que seja uma coisa próxima [o ingresso brasileiro] está no ar.”
Uma das pautas da reunião da OCDE, que termina na quinta (23), é justamente sua expansão e a possível redefinição dos critérios de entrada na entidade. Em março, após a visita do presidente Jair Bolsonaro aos EUA, Washington retirou o veto ao projeto brasileiro.
“Estamos todos interessados em saber como a instrução do presidente Trump vai chegar a outros estamentos [instâncias] da administração americana, até se manifestar aqui [no plenário da organização]”, disse Gurría.
Segundo o secretário-geral, o Brasil “ganha tempo” (no sentido de fazer a lição de casa, adiantar o trabalho) ao aderir a comitês e grupos de trabalho da entidade, alinhando-se a diretivas e procedimentos que são pré-requisitos para a aceitação de sua candidatura.
“Como o país está fazendo algo importante, que é trabalhar na substância [nas questões de fundo], no momento em que o processo de adesão começar formalmente, vai levar menos tempo”, afirmou ele.
Sem indicar datas precisas, Gurría disse que um intervalo de dois ou três meses deve separar a entrada, no grupo, dos próximos na fila de acessão: Argentina, Romênia e Brasil —nesta ordem.
Na América Latina, México e Chile já são membros, e a Colômbia está em processo de adesão –ao todo, o colegiado reúne 36 países.
Além da concretização do apoio americano, outro obstáculo ao plano brasileiro é a União Europeia, que deseja atrelar o “sim” a Brasília com um sinal verde também à Bulgária, o que contraria os EUA.
“Temos conversado com todos os membros. [A duração do processo] depende da dinâmica da OCDE.
Independentemente de um calendário específico, [a entrada do Brasil] é uma coisa que está ganhando naturalidade. É mais uma questão de atmosfera do que de data”, disse Araújo.
“O Brasil tem pressa. [Ingressar na entidade] seria muito bom para o nosso processo de reformas.”
| Folha de S. Paulo (publicado em 22-05-2019) | | | | Vice-presidente participa de evento de empresa de energia e visita a Muralha da China
O vice-presidente, general Hamilton Mourão, intensificou nesta quarta-feira (22) a agenda de eventos com empresários e representantes do governo chinês para estreitar e estimular investimentos no Brasil.
Mourão conversou também com representantes de empresas brasileiras instaladas na China, como BRF, Vale e Petrobras.
Na pauta dos encontros, desburocratização e desregulação estiveram presentes com medidas para melhorar o ambiente de negócios no Brasil.
Mourão participou de um almoço fechado com empresários na Embaixada em Pequim e ainda foi a um simpósio comemorativo dos 15 anos do CEBC (Conselho Empresarial Brasil-China). Ele ainda visitou a Muralha da China.
O simpósio foi patrocinado pela empresa chinesa do setor energético State Grid, que tem investimentos no Brasil.
O evento contou com menos de cem participantes e teve a presença do vice-ministro do comércio chinês, Wang Shouwen. Ele participa diretamente das negociações com os Estados Unidos na guerra comercial.
“Foi uma decisão acertada a visita dele [Mourão] à China. Desfez o desentendimento. A China estava bastante preocupada por causa dos Estados Unidos, da guerra comercial”, diz Mao An Wang, consultor chinês que atua no Brasil.
“O governo brasileiro vir aqui dar esse apoio é muito importante, para que os chineses vejam que as empresas brasileiras que estão aqui têm apoio do governo, que o governo esta por trás, que é coisa séria. Assim haverá mais confiança para fazer negócio”, afirma.
Walter Fang, que tem uma consultoria de tecnologia com sede em Hong Kong, também elogiou a visita do vice-presidente brasileiro.
“Ele veio em boa hora para a China, porque nessa nova administração o presidente está mostrando uma admiração muito forte por Donald Trump, de uma maneira que nós na China ficamos preocupados se as relações entre Brasil e a China vão ficar mais frias ou distantes”, diz Fang.
Segundo o consultor, “impostos, a complexidade e o processo de visto muito longo” são os obstáculos para investir no Brasil.
Avessos a entrevistas e a criticas públicas, muitos empresários chineses preferiram não comentar a saúde das relações China-Brasil ou expressar opinião sobre Mourão.
O vice-presidente voltou a falar em reforma tributária e confirmou a visita do presidente Jair Bolsonaro (PSL) à China no segundo semestre.
O líder chinês, Xi Jinping, deve participar da Cúpula do Brics sob a presidência brasileira em novembro deste ano.
Mourão tirou fotos com convidados, enquanto churrasco brasileiro era servido em uma recepção organizada pelo CEBC. Carne vermelha e de frango são um dos principais produtos brasileiros vendidos para o país asiático.
Na saída, Mourão disse à Folha descontraído que a Muralha da China “é uma das maravilhas do mundo” e que está achando a China fantástica. Sobre a gastronomia local, respondeu apenas que “já conhecia”.
Enquanto o governo federal tem dificuldade para definir políticas de ação sobre o principal parceiro econômico do Brasil, um número crescente de estados brasileiros e municípios tenta fazer negócios com a China por conta própria.
Muitos representantes têm feito viagens oficiais para construir relações diretas com Pequim, às vezes de forma silenciosa e sem passar pela administração federal.
| Folha de S. Paulo (publicado em 22-05-2019) | | | | Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realiza reunião deliberativa. Na pauta, PDL 41/2019 que trata de acordo de cooperação educacional entre Brasil e a Federação de São Cristóvão e Névis.
À mesa, presidente da CRE, senador Nelsinho Trad (PSD-MS). Foto: Pedro França/Agência Senado
Uma audiência pública para debater as perspectivas da atual relação entre o Brasil o Reino Unido e o distanciamento entre o povo e seus representantes nas democracias ocorrerá nesta quinta-feira (23), às 10h, na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
A reunião, que foi requerida pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), terá com convidado Anthony Wynne Pereira, professor e diretor do King's Brazil Institute, um instituto da King’s College de Londres que efetua pesquisas no Brasil e promove a integração com estudantes brasileiros.
O Reino Unido, grupo composto pela Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales, é um grande parceiro comercial do Brasil e uma das maiores potências do mundo. Somente em 2017 as trocas comerciais entre os países chegaram a US$ 5,15 bilhões e, em 2018, esse intercâmbio comercial cresceu 30%. No entanto, com a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), o futuro da relação entre os países é incerto.
A situação do Brexit ainda se encontra indefinida, visto que a saída da União Europeia deveria ter ocorrido em março, porém o acordo elaborado pela primeira-ministra Theresa May foi rejeitado pelo parlamento britânico três vezes. Agora, o Reino Unido tem até outubro para se decidir sobre seu vínculo com o bloco.
Grupo Parlamentar Brasil-Reino Unido
Em abril, a CRE aprovou a proposta do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a criação do grupo parlamentar Brasil-Reino Unido. O grupo tem a finalidade de incentivar e desenvolver as relações bilaterais entre os Poderes Legislativos dos dois países.
“O Reino Unido se notabiliza por sua democracia parlamentar. Ademais, é reconhecido como berço da Revolução Industrial e se mantém entre as maiores economias do mundo”, ressalta o autor do projeto.
A proposta de criação do grupo (PRS 4/2019) foi encaminhada para análise do Plenário.
| Senado Notícias (publicado em 22-05-2019) | | | | Presidente de colegiado que discute reforma defendeu também diálogo para obter economia mínima de R$ 1 tri
O presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), afirmou nesta quarta-feira (22) que, por se tratar de um fator variável, não tem cabimento incluir a idade mínima de aposentadoria na Constituição do país.
“Eu entendo que a idade mínima é um fator variável do cálculo atuarial. Mudou a expectativa de vida, mudou a expectativa de sobrevida, tem que mudar a idade mínima”, afirmou Ramos após participar de seminário sobre a reforma realizado pelos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas, em Brasília. “Se é um fator variável, é complicado que esteja na Constituição, que precisa ter o mínimo de estabilidade.”
Ramos, que na última sexta-feira (17) falou que alguns deputados estavam trabalhando em um texto alternativo ao enviado pelo governo ao Congresso, defendeu o diálogo para alcançar a economia mínima desejada pelo ministro Paulo Guedes (Economia), na casa de R$ 1 trilhão em uma década.
“Há uma oposição que, por uma questão política legítima, vai votar contra qualquer proposta, e há uma oposição que tem propostas alternativas de reforma. Acho que nós temos que buscar o diálogo, o justo equilíbrio, e fazer o projeto caminhar”, disse.
“Quem é contra, vote contra, e quem tem contribuições a dar, a gente possa incorporar as contribuições sem perder as perspectivas de manter um cronograma de votação e de manter a potência fiscal na casa de R$ 1 trilhão.”
Ele afirmou ser possível chegar a esse valor mesmo suprimindo itens considerados controversos por alguns deputados, como a aposentadoria dos trabalhadores rurais, as mudanças no BPC (benefício concedido a idosos carentes) e mesmo a inclusão de professores na reforma.
“Não por minha vontade, mas 14 partidos já se manifestaram contra mudanças na regra do BPC, trabalhadores rurais, contra a desconstitucionalização total e contra esse modelo de capitalização pura.
Se 14 partidos já se manifestaram contra isso, dificilmente você vai ter voto para conseguir manter esses sistemas.”
O deputado afirmou ainda que a reforma será blindada dos atritos entre governo e Congresso. “O país é maior do que isso, os 12 milhões de desempregados, os 4 milhões de desalentados precisam mais da reforma da Previdência do que da briga entre presidente e Parlamento.”
Segundo ele, a Câmara dos Deputados tem “grandeza o suficiente” para entender que atritos em “questões periféricas” não podem comprometer o futuro do país e a votação da reforma da Previdência.
A previsão é que o relatório, que será elaborado pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), seja apresentado até 15 de junho.
| Folha de S. Paulo (publicado em 22-05-2019) | | | | Texto que segue para a comissão especial é articulado sem ajuda do governo
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou em votação simbólica a admissibilidade da reforma tributária nesta quarta-feira (22).
O texto que segue agora para a fase de comissão especial é articulado pelo Legislativo, sem a ajuda do governo.
Parlamentares próximos ao presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), dizem que ele tem se irritado com a falta de envolvimento do Planalto. O deputado teria tentado marcar, sem sucesso, encontros com a equipe econômica antes da apresentação do relatório.
Assim, o avanço da proposta do economista Bernard Appy, do CCiF (Centro de Cidadania Fiscal), por meio de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) de Baleia Rossi (MDB-SP) é um recado do Parlamento.
Os deputados tentam mostrar que podem fazer sua própria agenda ser aprovada com rapidez sem o auxílio do Planalto.
A reforma que foi aprovada nesta quarta prevê a substituição, em dez anos, de cinco tributos que incidem sobre o consumo (ICMS, PIS/Cofins, ISS e IPI) por um imposto único: o IBS (imposto sobre bens e serviços).
Nos primeiros dois anos, o novo tributo seria cobrado com alíquota de 1%, destinado a financiar a seguridade social. Em compensação, haveria uma redução das taxas da Cofins.
Já nos outros oito anos, as alíquotas do IPI, ICMS, ISS, Cofins e PIS seriam progressivamente reduzidas, enquanto que a do IBS subiria com o objetivo de manter a carga tributária.
Apenas o PSOL decidiu obstruir a votação e se posicionou contrariamente à proposta. Partidos de oposição como PT, PSB e PDT orientaram suas bancadas favoravelmente.
| Folha de S. Paulo (publicado em 22-05-2019) | | | | Proposta patrocinada pela Câmara acaba com três tributos federais como o IPI, PIS e Cofins; o estadual ICMS, e o municipal ISS. No lugar de todos eles, haveria uma única taxação, o IBS
Em relatório, o deputado João Roma (PRB-BA) argumentou que esta reforma não contraria a Constituição e segue critérios técnicos
A proposta acaba com três tributos federais como o IPI, PIS e Cofins, o estadual ICMS e o municipal ISS. Todos eles incidem sobre o consumo. No lugar deles, é criado o Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS), de competência de municípios, estados e União, além de um outro imposto, sobre bens e serviços específicos, esse de competência apenas federal. O tempo de transição seria de dez anos.
O deputado João Roma (PRB-BA), apresentou na semana passada parecer recomendando a aprovação da proposta na CCJ. No relatório, ele argumentou que a reforma apresentada não contraria a Constituição e segue critérios técnicos, ou seja, que ela deve ser admitida pela CCJ para ter a análise de seu conteúdo iniciada.
O relator entendeu que os questionamentos à proposta seriam centrados na unificação de tributos, que poderia, segundo alguns entendimentos, contrariar a autonomia dos estados e municípios e ferir o pacto federativo.
Mas como o IBS será composto por três alíquotas – federal, estadual e municipal; e União, estados e municípios poderão fixar sua alíquota do IBS em valor diferente, Roma entendeu que não havia riscos para o pacto federativo.
A reforma tributária será agora analisada por uma comissão especial criada com essa finalidade. Se aprovada, segue para análise do Plenário.
Crescimento
Se aprovada, a reforma tributária em análise pela CCJ pode representar um aumento de 10% no PIB brasileiro nos próximos 15 anos, de acordo com o diretor do Centro de Cidadania Fiscal, Bernard Appy. O texto em debate na CCJ, proposto pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP), tem como base texto preparado pelo economista.
Segundo Appy, o objetivo da proposta é “sair do federalismo fratricida que temos hoje e chegar a um federalismo colaborativo”. O diretor defendeu que a autonomia de estados e municípios não será prejudicada com a extinção de tributos, já que todos os entes participarão do comitê gestor do IBS, e poderão definir suas alíquotas do imposto.
Ele participou de audiência pública na CCJ junto com outros especialistas nesta terça-feira (21). A expectativa é que a comissão analise a admissibilidade da proposta ainda nesta semana. Apos aprovação na CCJ, a reforma tributária segue para comissão especial, antes de ir a Plenário.
Appy explicou que a reforma vai acabar com incentivos como a desoneração da cesta básica, mas defendeu que um programa social para devolver às famílias carentes o imposto pago sobre consumo no mês anterior será mais eficaz na redução das desigualdades.
O texto propõe que parte do imposto pago por famílias mais pobres seja devolvido através de mecanismos de transferência de renda. Para a transferência, seria feito o cruzamento do CPF dos consumidores, informado a cada aquisição de bem ou serviço, com o cadastro único dos programas sociais. “A desoneração da cesta básica dá mais dinheiro para os mais ricos. O benefício acaba sendo pago pela própria família de baixa renda, por meio de alíquotas mais elevadas em eletricidade e telecomunicações”, afirmou Appy.
Heraldo Garcia Vitta, professor e juiz federal aposentado, acredita que a reforma responde a anseios dos contribuintes por trazer coerência e transparência ao sistema tributário.
Vitta questionou, no entanto, o item que assegura a competência da justiça federal para o julgamento de causas relativas ao IBS. “O juiz terá a função hercúlea de verificar alíquotas de estados e municípios. Falta estrutura ao poder judiciário para isso.”
Kleber Cabral, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, defendeu a aprovação da proposta. “Nós, auditores, não gostamos da complexidade. Quando o contribuinte souber quanto paga de imposto, vai se tornar mais exigente com os serviços públicos”, afirmou.
| DCI | | | | Proposta aprovada em comissão da Câmara substitui tributos sobre o consumo
A Comissão de Constituição e Justiça aprovou nesta quarta-feira (22) um projeto de reforma tributária que substitui, em 10 anos, cinco tributos que incidem sobre o consumo (ICMS, PIS/Cofins, ISS e IPI) por um imposto único com alíquota estimada de 20%.
Esse projeto, encampado por parlamentares, não é a proposta do governo, que ainda trabalha numa medida para reestruturar o sistema tributário do país.
O texto aprovado nesta quarta na CCJ —e que ainda precisaria ser aprovado em plenário na Câmara e no Senado para entrar em vigor--, é a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 45, apresentada pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP) em abril e relatada pelo deputado João Roma (PRB-BA).
Hoje, a diversidade de alíquotas é enorme —perfumes são tributados em 42%; alguns serviços, em zero.
Além de unificar os tributos sobre o consumo, o projeto também acaba com qualquer benefício fiscal para bens ou serviços.
Em compensação, as empresas poderão recuperar o imposto pago em tudo o que compram para sua atividade produtiva, como insumos e matérias-primas —princípio básico de um IVA (Imposto sobre Valor Agregado).
O intuito é desonerar aquilo que, na avaliação de especialistas, é crucial à produtividade e à expansão econômica: a produção, além dos investimentos e das exportações.
O projeto não altera a carga tributária —nem para mais nem para menos. O objetivo central é simplificar um dos sistemas mais caóticos do mundo.
A expectativa, segundo o CCiF, é que a mudança possa fazer com que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça 10% a mais em 15 anos.
Guerra fiscal
A proposta tem como grande apelo colocar um ponto final na chamada “guerra fiscal” —tentativa de atrair uma empresa de outro estado via redução de tributos.
Batizado de IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), o novo tributo não prevê nenhum benefício fiscal e será cobrado no lugar onde o bem ou serviço é consumido (destino), não no estado de origem, como o ICMS.
Segundo o projeto, os estados vão poder subir ou baixar a alíquota do imposto se precisarem de recursos.
Mas, como a alíquota é uniforme para todos os bens e serviços, não será possível elevá-la apenas para tevês ou combustíveis. Tudo o que é consumido no estado será atingido via lei ordinária.
Porém, por não prever nenhum tipo de desoneração fiscal, o novo tributo poderia afetar benefícios para os mais pobres. Hoje, alimentos da cesta básica, por exemplo, não pagam o PIS e a Cofins.
Para compensar, o projeto propõe cruzar o sistema de nota fiscal em que se fornece o CPF para obter a devolução de impostos com o cadastro único de programas sociais.
A ideia é devolver aos pobres boa parte dos impostos. Assim, nos primeiros R$ 250 gastos em compras seriam devolvidos 90% do imposto pago; de R$ 250 a R$ 500, devolução de 50% e assim por diante.
Alguns estados podem perder —aqueles que produzem mais do que consomem. Para mitigar isso, a fase de transição na distribuição de recursos arrecadados pelo tributo será maior, de 50 anos.
Além disso, tudo o que estados e municípios arrecadam hoje com ICMS e ISS será mantido por 20 anos, corrigido pela inflação. Felizmente, os estados que podem perder receita são minoria (sete dos 27 entes federados), entre eles São Paulo e Amazonas.
| Folha de S. Paulo (publicado em 22-05-2019) | | | | Secretário da Receita, que faltou à sessão da Câmara, afirmou que governo vai apoiar o texto
Ao deixar o Palácio do Planalto, o Secretário da Receita, Marcos Cintra, disse ver "com otimismo" o fato de a comissão da Câmara ter aprovado nesta quarta-feira (22) o projeto de reforma tributária.
"Acompanho reforma tributária há 30 anos e é a primeira vez que vejo Executivo e Legislativo trabalharem juntos em um projeto. O governo vai apoiar este projeto, conhece o projeto, logicamente que vamos opinar quando chegar o momento oportuno na comissão especial, mas vejo com grande otimismo a perspectiva o avanço rápido", disse.
Embora tenha comemorado o fato de Legislativo e Executivo estarem "de mãos dadas", Cintra não compareceu à audiência pública na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara nesta quarta.
Ele avisou sobre sua ausência ao presidente do colegiado, Felipe Francischini (PSL-PR), com apenas 20 minutos de antecedência
Questionado se o governo vai apresentar outro projeto de reforma, Cintra afirmou que alguns pontos não estão incluídos no texto aprovado nesta quarta.
"Por exemplo, o Imposto de Renda não está incluído neste projeto. Acompanharemos este projeto que é um projeto que inclusive já conhecíamos, a Receita já vinha analisando. Portanto, houve uma coincidência de interesses, de posições com relação a este projeto", afirmou.
Segundo o Secretário, outros temas devem ser acrescentados na discussão tributária como alíquotas de IR e a revisão da desoneração da folha de pagamentos.
"Desoneração da folha, que é outra coisa que precisaria ser revista e também enquanto aguardamos o andar deste projeto, algumas reformas, algumas melhorias que simplifiquem e desburocratizem os tributos federais, como PIS/Cofins e IPI", afirmou.
Cintra afirmou ainda que o governo aguarda "outros projetos prioritários" do governo para depois apresentar a proposta de reforma da estrutura tributária.
Ele disse não estar definido sobre o momento em que isso será levado ao Congresso. Indagado sobre se isso ocorreria na comissão especial, disse que isso dependeria do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
"Não sei se será nesta comissão especial ou se haverá a instalação de alguma outra comissão porque são projetos. Ele [Maia] poderá apensar, ele podia apensar todos eles, inclusive previdência, mas isso é um assunto que ele que vai ver. Eu não sei exatamente o tratamento que ele vai dar. Mas nós apresentaremos os projetos no momento oportuno."
Cintra disse que o importante neste momento é acompanhar a reforma da Previdência.
"Assim que ela estiver bem encaminhada, como disse o presidente, nós vamos encaminhar a nossa contribuição relativa aos impostos federais. E nesse ínterim estaremos apoiando a iniciativa do poder Legislativo, da Câmara dos Deputados com apoio ao projeto avaliado hoje", afirmou.
A aprovação do texto pela CCJ nesta quarta ocorreu em uma articulação do Legislativo e não contou com a participação do governo.
O avanço da pauta ocorre num momento em que há um agravamento da frágil relação entre o Planalto comandado por Bolsonaro e o Congresso, que com frequência recebe críticas do presidente e de seus aliados.
Os deputados tentam mostrar que podem fazer sua própria agenda ser aprovada com rapidez sem o auxílio do Planalto.
Parlamentares próximos a Francischini dizem que ele tem se irritado com a falta de envolvimento do Planalto. O deputado teria tentado marcar, sem sucesso, encontros com a equipe econômica antes da apresentação do relatório.
A reforma que foi aprovada nesta quarta prevê a substituição, em dez anos, de cinco tributos que incidem sobre o consumo (ICMS, PIS/Cofins, ISS e IPI) por um imposto único: o IBS (imposto sobre bens e serviços).
Nos primeiros dois anos, o novo tributo seria cobrado com alíquota de 1%, destinado a financiar a seguridade social. Em compensação, haveria uma redução das taxas da Cofins.
Já nos outros oito anos, as alíquotas do IPI, ICMS, ISS, Cofins e PIS seriam progressivamente reduzidas, enquanto que a do IBS subiria com o objetivo de manter a carga tributária.
Apenas o PSOL decidiu obstruir a votação e se posicionou contrariamente à proposta. Partidos de oposição como PT, PSB e PDT orientaram suas bancadas favoravelmente.
| Folha de S. Paulo (publicado em 22-05-2019) | | | |
A confiança do consumidor brasileiro caiu pela quarta vez consecutiva, voltando ao patamar de outubro de 2018, mês das eleições. O índice recuou 2,9 pontos em maio, para 86,6 pontos, uma perda de 10 pontos desde janeiro, informou nesta quinta-feira, 23, a Fundação Getulio Vargas (FGV) Ibre.
“Entre fevereiro e abril, a queda da confiança havia sido mais associada à frustração de expectativas com o ritmo de recuperação econômica e seus reflexos na evolução do emprego e da situação financeira familiar.
O resultado de maio mostra um aumento expressivo da insatisfação dos consumidores com a situação atual, principalmente entre famílias de menor poder aquisitivo. Uma alteração deste quadro parece estar condicionada à redução dos elevados níveis de incerteza política e econômica observados hoje no país”, afirma, em nota, a coordenadora das Sondagens da FGV Ibre, Viviane Seda Bittencourt.
O Índice que mede a situação atual, ISA, caiu 3,7 pontos, para 73,4 pontos, enquanto o índice que mede as expectativas recuou 2,2 pontos, para 96,5 pontos, ambos atingindo o menor nível desde outubro do ano passado.
Com relação à situação presente, pelo terceiro mês consecutivo, o indicador que mede o grau de satisfação com a economia recuou, ao passar de 82,1 pontos para 79,1 pontos, o menor nível desde outubro de 2018 (77,9). Já o indicador de satisfação com as finanças familiares caiu 4,4 pontos, para 68,2 pontos, nível “extremamente baixo em termos históricos”, observou a FGV Ibre.
Quanto às perspectivas para os meses seguintes, o indicador que mede o otimismo relacionado à evolução da economia foi o que mais contribuiu para a queda da confiança no mês, recuando 7,4 pontos, para 108,0 pontos. A perda de 22,9 pontos entre janeiro e maio significa uma devolução de três quartos da onda de otimismo observada após as eleições. O indicador que mede o grau de otimismo com a situação financeira futura caiu 5,9 pontos, para 90,9 pontos, o menor desde julho de 2018 (90,3 pontos).
A queda da confiança em maio ocorreu em todas as classes de renda, tendo sido mais forte nos extremos: a confiança das famílias com renda até R$ 2,1 mil mensais caiu 6,2 pontos no mês e 19,7 pontos nos últimos quatro meses. A piora neste grupo foi mais influenciada, em maio, por uma redução da satisfação em relação ao momento atual. Nas famílias com renda acima de R$ 9,6 mil mensais, houve redução de 6,9 pontos no mês, influenciada por uma piora das expectativas.
| Tribuna PR | | | | Índice acumula perda de 10 pontos em 4 meses e segue no menor nível desde outubro de 2018.
A confiança do consumidor recuou 2,9 pontos em maio na comparação com abril, passando de 89,5 para 86,6 pontos, divulgou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (23). Trata-se do 4º mês seguido de queda.
Com mais um recuo, o índice acumula perda de 10 pontos em 4 meses e segue no menor nível desde outubro de 2018 (85,4 pontos).
“Entre fevereiro e abril, a queda da confiança havia sido mais associada à frustração de expectativas com o ritmo de recuperação econômica e seus reflexos na evolução do emprego e da situação financeira familiar. O resultado de maio mostra um aumento expressivo da insatisfação dos consumidores com a situação atual, principalmente entre famílias de menor poder aquisitivo. Uma alteração deste quadro parece estar condicionada à redução dos elevados níveis de incerteza política e econômica observados hoje no país”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.
Segundo a FGV, a queda da confiança em maio ocorreu em todas as classes de renda, tendo sido mais forte nos extremos. Nas famílias com renda até R$ 2,1 mil mensais caiu 6,2 pontos no mês, influenciada por uma redução da satisfação em relação ao momento atual. Já nas famílias com renda acima de R$ 9,6 mil mensais, houve redução de 6,9 pontos no mês, influenciada por uma piora das expectativas.
| G1 | | | | O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou o ritmo de alta na terceira quadrissemana de maio em relação à leitura anterior, passando de 0,42% para 0,34%, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (23).
Nesta apuração, cinco das oito classes de despesas mostraram desaceleração. A maior contribuição veio do grupo Alimentação, que registrou deflação no período, de 0,18% depois de alta de 0,14%. O destaque dentro do grupo foi o item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 2,91% para -1,35%, refletindo a normalização de preços depois do choque de oferta recente.
Também registraram arrefecimento na terceira quadrissemana de maio os grupos: Despesas Diversas (1,00% para 0,49%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,89% para 0,75%), Comunicação (-0,10% para -0,14%) e Vestuário (0,29% para 0,17%).
Esses segmentos foram beneficiados pelo comportamento dos itens bilhete lotérico (40,62% para 20,55%), medicamentos em geral (2,35% para 1,92%), pacotes de telefonia fixa e internet (-0,52% para -0,69%) e acessórios do vestuário (0,58% para 0,19%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram aceleração no período os grupos Habitação (0,29% para 0,42%), influenciado por tarifa de eletricidade residencial (0,86% para 1,49%); e Educação, Leitura e Recreação (-0,07% para 0,07%), com contribuição de show musical (2,74% para 3,76%).
Já o grupo Transportes registrou a mesma taxa da quadrissemana anterior, de 0,96%. No sentido de alta, a principal influência foi de etanol (3,29% para 3,64%), enquanto a maior contribuição de baixa foi tarifa de ônibus urbano (0,78% para 0,45%).
Principais influências individuais
Entre os itens que mais contribuíram individualmente para a desaceleração do IPC-S na terceira quadrissemana de maio, a FGV destaca passagem aérea (-9,08% para -9,57%), feijão carioca (-8,20% para -9,84%), alface (-7,23% para -7,79%), tomate (8,61% para -3,23%) e laranja pera (-4,63% para -5,84%).
Já as principais influências individuais de alta foram gasolina (3,01% para 3,03%), plano e seguro de saúde (que manteve a taxa de 0,64%), além de energia elétrica, etanol e show musical.
| Tribuna PR | | | | Terminou sem acordo e em clima tenso a primeira reunião para discutir o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2019 entre a Petrobras e os seus empregados. Enquanto os 18 sindicatos que abrangem a categoria pedem a reposição da inflação, a estatal alega que entre 2003 e 2014 os empregados tiveram um ganho real de 51%, e por este motivo quer manter os salários sem ajuste, assim como outros benefícios como vale alimentação e educação, além de acabar com o programa Jovem Universitário e com os adicionais pagos no Estado do Amazonas e em campos terrestres.
"Em um esforço para continuidade do que é praticado como remuneração, a Petrobras propõe manter as tabelas de remuneração. Também haverá manutenção dos valores das tabelas de funções gratificadas (gerenciais e especialistas), nesse caso, prerrogativa exclusiva da empresa, independe de anuência dos sindicatos", disse a Petrobras em um comunicado aos empregados.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que costumam negociar separadas mas na quarta-feira, 22, se uniram na mesa de negociações, a proposta da estatal foi divulgada aos empregados antes da reunião com os sindicalistas, com objetivo de reduzir a força dos sindicatos.
O indicativo foi de rejeição da proposta e durante a reunião os sindicalistas chegaram a gritar em coro, diante dos negociadores da Petrobras, que não vão aceitar "nenhum direito a menos".
"Ela (Petrobras) quer pavimentar o caminho para a privatização da empresa. Que é retirar os nossos direitos e também praticamente aniquilar o movimento sindical. Por isso nós temos que resistir e participar das assembleias rejeitando essa proposta com disposição de luta, que será necessário", disse o coordenador da FUP, José Maria Rangel. Assembleias serão realizadas até o dia 6 de junho para votar a proposta, informou.
Entre as reivindicações da categoria está o aumento salarial equivalente ao Índice de Custo de Vida do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio Econômicos (ICV-Dieese), acumulado entre 1º de setembro de 2018 e 31 de agosto de 2019 e o reajuste de 2020 do acumulado entre 1º de setembro de 2019 e 31 de agosto de 2020. No acumulado nos 12 meses até abril deste ano, o ICV-Dieese acumula alta de 4,45%, abaixo do acumulado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação do governo, de 4,94% no mesmo período.
Os petroleiros também pediram que os mesmos porcentuais do acordo deverão reajustar os valores do vale alimentação; a gratificação de campo terrestre de produção; adicional do Estado do Amazonas; a remuneração mínima por nível e regime; os benefícios educacionais e programa jovem universitário; a contribuição de grande risco para a assistência multidisciplinar de saúde e o menor salário-base, para critério de cálculos de benefícios e participações.
Sem ajuste
A Petrobras propôs extinguir tanto o adicional do Estado do Amazonas quanto a gratificação de campos terrestres. "Ambos adicionais foram propostos quando a companhia tinha a necessidade de estimular que seus empregados fossem deslocados para trabalhar nessas áreas. No entanto, as necessidades de negócio mudaram. Hoje, a companhia possui processos de desinvestimento tanto de campos terrestres quanto de algumas unidades de refino", explicou a Petrobras no comunicado aos funcionários.
A companhia propõe mudar também o pagamento das horas extras, alegando que em 2018 representaram 7% de todo o gasto com pessoal, ou R$ 1,53 bilhão, e acabar com o Programa Jovem Universitário, mas manterá os já inscritos, não permitindo mais adesões e nem ajuste de valores. Serão mantidos ainda os atuais valores do Auxílio-Creche/Acompanhante, do Auxílio Ensino (Assistência Pré-Escolar e do Auxílio Ensino Fundamental, Auxílio Ensino Médio), ao contrário do que pedem a FUP e a FNP.
A Petrobras também não vai mais pagar pela liberação de sindicalistas, que segundo a empresa, significou um gasto de R$ 25 milhões em 2018. A conta agora irá para o sindicato.
"Não há obrigação legal para que as empresas arquem com o custo de pessoal de dirigentes sindicais. A companhia continuará praticando a liberação, mas caberá ao sindicato a compensação financeira necessária pelos períodos em que o empregado estiver à disposição do sindicato", explicou a Petrobras.
Outro benefício que a Petrobras pretende cortar é a antecipação do 13º salário no início do ano, "uma despesa adicional de R$ 35 milhões", segundo a estatal, e passar a pagar o benefício como permite a lei: até os dias 30 de novembro e 20 de dezembro. A estatal diz ainda que quer a simplificação do Acordo Coletivo de Trabalho, sugerindo excluir e alterar alguns dispositivos que já estão em procedimento na companhia e previstos em legislação vigente.
"Não vamos ver isso acontecer e ficar quietos. Vai ter resistência. Porque nós todos construímos essa empresa com o objetivo comum de uma Petrobras indutora do desenvolvimento nacional. E provamos que isso é possível, tanto que descobrimos o pré-sal", afirmou Rangel, da FUP.
| DCI | | | | Segundo a empresa, serão gerados 1.200 empregos diretos e indiretos
O valor será usado na construção de uma nova unidade para produção de motores que, além de serem exportados, equiparão os modelos Fiat e Jeep produzidos em Minas Gerais e em Pernambuco.
De acordo com dados da empresa, serão gerados 1.200 empregos, divididos entre a nova linha de montagem e a cadeia de fornecedores.
Com o anúncio do investimento, o valor aplicado pelo grupo no Brasil entre 2018 e 2024 chegará a R$ 16 bilhões. R$ 7,5 bilhões estão sendo direcionados para Goiana (PE), onde há produção de modelos Jeep e da picape Fiat Toro. Os R$ 8,5 bilhões restantes irão para Betim.
Fiat anuncia instalação de uma nova fábrica de motores em unidade de Betim, em Minas Gerais
Os novos motores 1.0 e 1.3 serão turbinados e terão três ou quatro cilindros, respectivamente. Todas as opções trarão tecnologia flex no mercado nacional, podendo ser abastecidos com gasolina ou etanol.
A construção da fábrica é uma necessidade: a empresa precisa de motores mais eficientes para equipar seus carros mundialmente e assim atender a demandas mais severas dos programas de controle de emissões. É também uma aposta na retomada do mercado brasileiro.
Segundo Mike Manley, presidente mundial do grupo FCA, cerca de 25 novos carros serão lançados no país pelas marcas Fiat, Jeep e RAM até o término do ciclo atual de investimentos.
O executivo afirma que a escolha do Brasil para a nova fábrica se deve à capacidade de atender a toda cadeia de manufatura na região. Segundo representantes do grupo FCA, outros países teriam entrado na disputa por esse investimento.
“Apesar de o Brasil ter passado por uma recessão profunda, há sinais de recuperação. Se a gente olhar as habilidades que existem aqui em comparação com outros lugares, a equipe local se mostrou muito capaz”, disse Manley durante visita ao polo da Fiat em Betim.
De acordo com Manley, os motores serão exportados principalmente para a Europa.
Os contratos incluem também os motores que já são produzidos em Betim, Goiana e Campo Largo (PR). O executivo calcula que cerca de 400 mil unidades serão enviadas para outros países até 2022. A produção atende também a mercados latino-americanos.
Ao justificar a escolha do Brasil, o executivo afirma ter uma visão de longo prazo, tentando enxergar além das questões cambiais do momento, por exemplo. Ele diz acreditar no desenvolvimento do mercado automotivo nacional a partir das propostas de reforma que estão sendo feitas pelo setor de Economia do governo Bolsonaro.
O grupo FCA Fiat Chrysler é líder de mercado no segmento de utilitários esportivos com os modelos Jeep (Renegade e Compass). Contudo, a rentabilidade poderia ser melhor: grande parte dos licenciamentos ocorre por meio da venda direta a frotistas, com grandes descontos e menor rentabilidade.
A marca Fiat também está em processo de recuperação de mercado. A linha de produtos passa por renovação, com modelos novos e antigos convivendo nas lojas. Entre os lançamentos recentes, o compacto Argo e a picape Toro se destacam em vendas.
A nova linha de motores, que será chamada de Firefly Turbo, também tenta tornar os produtos mais atraentes, com menor consumo.
A empresa desenvolve também uma opção turbinada movida apenas a etanol chamada E4, que busca reduzir as diferenças de consumo em relação à gasolina. Essa será uma alternativa para reduzir as emissões de CO2 (gás carbônico).
| Folha de S. Paulo | | | | A FCA (Fiat Chrysler Automóveis) investirá pesado no Brasil nos próximos anos para viabilizar um pacote de 25 lançamentos até 2024 - só com o logotipo da Fiat serão 15 novidades.
O grupo aplicará R$ 16 bilhões nas fábricas de Betim (MG) e de Goiana (PE) para a produção de novos modelos e séries especiais, atualização de veículos, contratação de trabalhadores e modernização das linhas de montagem.
Do total investido, a empresa divulgou nesta quarta-feira (22) que a unidade mineira ficará com R$ 8,5 bilhões, volume recorde de aporte desde que o polo de Betim foi criado, em 1976.
A empresa já havia revelado na semana passada que a planta pernambucana receberá os outros R$ 7,5 bilhões até 2023. Por lá haverá o acréscimo de 100 mil unidades na capacidade produtiva, totalizando 350 mil, a contratação de 9 mil funcionários, além da fabricação de novos produtos.
A FCA aproveitou para anunciar que R$ 500 milhões serão direcionados ao desenvolvimento em Minas Gerais dos novos motores turbos 1.0 (três cilindros) e 1.3 (quatro cilindros), da família FireFly, com injeção direta de combustível, quatro válvulas por cilindro e bloco em alumínio.
A produção começará no fim do próximo ano, informou o presidente mundial da FCA, Mike Manley, em sua primeira visita ao Brasil após assumir o cargo no ano passado com a morte do então presidente Sergio Marchionne.
Os propulsores passam a equipar os modelos de Fiat e Jeep a partir do início de 2021. Comparado aos propulsores convencionais da família FireFly, são mais eficientes e de 7% a 8% mais econômicos.
A nova fábrica de motores vai gerar 1,2 mil empregos adicionais (sendo 300 diretos), somando 9 mil novos postos de trabalho em todo o complexo até 2024.
Inicialmente, serão produzidos 100 mil unidades turboalimentadas por ano. Com isso, Betim subirá sua capacidade produtiva para 1,3 milhão de unidades/ ano a partir de 2020, transformando-se no maior polo produtor de motores e transmissões da América Latina.
O anúncio feito por Manley prevê ainda a exportação de 400 mil motores no período de três anos, tanto da fábrica mineira, quanto da unidade de Campo Largo, no Paraná.
O destino inclui vários mercados, especialmente o europeu. O Brasil venceu uma concorrência global da FCA para o fornecimento de propulsores a diversos países, entre eles a China.
| Gazeta do Povo (publicado em 23-05-2019) | | | |
A FCA Fiat Chrysler vai investir R$ 500 milhões em uma nova fábrica de motores inéditos que serão produzidos no complexo do grupo em Betim (MG) a partir do próximo ano. Os novos propulsores terão tecnologia turbo flex em versões 1.0 e 1.3. Em relação aos equipamentos convencionais, são mais eficientes e de 7% a 8% mais econômicos.
A nova linha será instalada ao lado do prédio onde já funciona a fábrica de motores aspirados e vai gerar 1,2 mil empregos entre a montadora e fornecedores específicos de componentes. A linha terá alto grau de automação e vai operar com máquinas dotadas de inteligência artificial.
O anúncio do projeto foi feito na tarde desta quarta-feira, 22, na fábrica de Betim pelo presidente mundial da FCA, Mike Manley, em sua primeira visita após assumir o cargo no ano passado, depois da morte do então presidente Sergio Marchionne.
“Esse investimento faz parte de um plano maior que vai até 2024 e prevê 25 lançamentos (de veículos)”, afirma Manley.
Entre eles estão previstos dois utilitários esportivos (SUV) da Fiat.
O investimento está inserido no plano de R$ 16 bilhões previstos pelo grupo entre 2018 e 2024. Quando anunciou o plano, no ano passado, o presidente da FCA para a América Latina, Antonio Filosa, informou que seriam R$ 14 bilhões até 2023, mas houve mudanças.Além dos R$ 500 milhões extras, o período de aplicação foi ampliado em um ano e inclui alterações cambiais. Dos R$ 16 bilhões, R$ 8,5 bilhões estão sendo gastos na fábrica de Betim e o restante na fábrica de Goiana (PE), onde são produzidos os modelos da Jeep (os SUVs Renegade e Compass) e a picape Fiat Toro.
Segundo Manley, boa parte dos novos motores será exportada para a Europa. Hoje, a FCA produz esse tipo de propulsor apenas na China e na Polônia. A capacidade da linha brasileira inicialmente será de 100 mil unidades ao ano.
Participaram do evento o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, fabricantes de autopeças e outros convidados.
| Tribuna PR (publicado em 22-05-2019) | | | | A Translift iniciou a produção de AGVs (veículos automaticamente guiados, na sigla em inglês), em sua fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Com um investimento de R$ 3 milhões, a empresa desenvolveu o modelo de robô AGV Lince, que se assemelha a uma plataforma autoguiada, indicado para o transporte e abastecimento de linhas de produção.
O produto pode ser customizado tanto em dimensões quanto em capacidade de carga. Seu sistema de navegação suporta diferentes padrões, como ótico, laser, magnético, por indução, fita magnética ou mesmo navegação natural, todas em modo autônomo.
“O robô AGV Lince já nasceu dentro do conceito de intralogística 4.0, que é a logística que se desenvolve dentro dos centros logísticos, onde a conectividade com outros sistemas da instalação é fundamental para assegurar a plena gestão das operações”, afirma o diretor presidente da Translift, Jair Alves.
O executivo conta que estudos internos apontam que produzir os robôs AGVs localmente, embora tenha que utilizar parte dos componentes importados, proporciona uma economia de 20%, considerando sua aquisição pura e simples. “Contudo, a maior economia estará relacionada ao tempo de vida útil, pois sua automação é concebida com hardware e software aberto, ou seja, com possibilidade para o cliente efetuar as próprias manutenções de forma fácil e rápida.”
Além de oferecer o produto para venda, que poderá contar com financiamento via Finame BNDES, a empresa oferecerá locação e leasing como modelo de negócio. A ideia é também estender o negócio posteriormente para mercados de exportação, principalmente na América Latina.
“No exterior, isso é muito comum, entretanto aqui, como é preciso importar o sistema, fica inviável em termos de custo e assistência técnica para empresas que desejam automatizar seus processos logísticos com esse sistema. O lançamento da Translift chega para propor uma mudança nesse cenário, por isso acreditamos positivamente em sua aceitação.”
A empresa também está colocando à disposição de potenciais clientes quatro versões diferentes do AGV para um tipo de teste drive em tempo real dentro da planta do cliente. “Temos consultas de empresas que se interessaram por este modelo novo de negócios e acreditamos que o mercado irá reagir muito bem, certamente as demandas serão potencializadas com o conhecimento difundido sobre os e robôs AGVs”, finaliza.
| Automotive Business (publicado em 23-05-2019) | | | | Wilson de Francisco Júnior é diretor comercial da Lepe, que fornece itens de ferro fundido e usinados para montadoras
A fabricante de autopeças Lepe trabalha para dobrar suas exportações até o segundo semestre do ano que vem, elevando de 5% para 10% a fatia dos negócios externos no faturamento. A empresa fornece coletores de escape, carcaças de turbo, de bombas de óleo, de água, polias e outros itens de ferro fundido para montadoras no Brasil e também nos Estados Unidos, China, Tailândia e Argentina.
“Tenho uma equipe no exterior e uma pessoa fixa nos Estados Unidos. A intenção é ampliar os negócios com novos clientes e em nichos de mercado”, afirma o diretor comercial da empresa, Wilson de Francisco Júnior. A empresa também aposta em sua experiência com materiais diferenciados e ligas especiais (como as de silício-molibdênio), que nem todas as fundições estão aptas a trabalhar.
A Lepe foi fundada em 1949. Fará 70 anos em julho. Sua lista de clientes inclui fabricantes de veículos pesados como Mercedes-Benz, Volkswagen Caminhões e Ônibus, Iveco, e de máquinas como Caterpillar, AGCO e CNH Industrial. Fornece também para as fabricadas de motores MWM e Cummins.
Registrou crescimento de 20% em 2018, com faturamento líquido de R$ 107 milhões. “Queremos crescer outros 20% em 2019, diz Francisco Júnior. A Lepe opera em Guarulhos (SP) em uma área de 24 mil metros quadrados, ocupando atualmente 50% da sua capacidade instalada.
“Nosso melhor momento foi em 2011, quando ‘estouramos’ nossa capacidade por causa das compras antecipadas das montadoras de caminhões, antes da mudança na legislação de emissões”, recorda o executivo.
“Queremos voltar ao menos aos 70% ou 80% de ocupação.” A Lepe produz peças de ferro fundido cinzento, nodular e ligados, além de itens especializados. Também fornece componentes usinados.
| Automotive Business (publicado em 23-05-2019) | | | | Sistema que já é usado nos EUA informa qual a velocidade necessária para alcançar o próximo sinal verde
A partir de julho, a Audi colocará em uso na Europa sua tecnologia Audi Traffic Light Information, que permite conectar veículos com os semáforos. Com isso, os condutores verão no painel qual a velocidade necessária para chegar ao próximo semáforo verde. Caso isso não seja possível dentro do limite de velocidade permitido, aparecerá uma contagem para a próxima fase verde. A primeira cidade a contar com a ferramenta será Ingolstadt, na Alemanha. Outras cidades da região farão parte do projeto após 2020.
O sistema será ativado em modelos Audi selecionados, que incluem todos os modelos e-tron, além de A4, A6, A7, A8, Q3, Q7 e Q8 que serão produzidos a partir da metade de julho. O pré-requisito é o pacote Audi connect Navigation & Infotainment e o opcional para reconhecimento da sinalização do tráfego baseado em câmera.
O serviço já é utilizado por clientes da marca nos Estados Unidos há pouco mais de dois anos em mais de 5 mil cruzamentos nas cidades de Denver, Houston, Las Vegas, Los Angeles, Portland e na capital Washington.
“Os desafios para a introdução em série do serviço são muito maiores na Europa do que, por exemplo, nos Estados Unidos, onde o sistema de semáforos urbanos foi planejado para uma grande área e uniformemente. Como contraste, na Europa a infraestrutura de tráfego foi desenvolvida mais localmente e descentralizada – com grande variedade de tecnologia”, explica responsável pela área de desenvolvimento de aplicativos, serviços conectados e cidades inteligentes da Audi, Andre Hainzlmaier.
“Com que rapidez outras cidades estarão conectadas a esta tecnologia depende, acima de tudo, se os padrões de dados e interfaces forem estabelecidos e as cidades digitalizarem seus semáforos. Futuramente, dados anônimos de nossos veículos podem ajudar a mudar os semáforos nas cidades para melhorar as fases e o fluxo do tráfego”, completa.
A Audi está trabalhando para oferecer sua tecnologia em outras cidades da Alemanha, Europa, Canadá e Estados Unidos nos próximos anos. Na China, a empresa juntamente com outras companhias parceiras estão testando um projeto em desenvolvimento de redes entre os veículos e os sistemas de semáforos na cidade de Wuxi.
Segundo a empresa, no futuro clientes poderão se beneficiar de funções adicionais, quando as ondas verdes forem incorporadas ao planejamento do roteiro ideal. Também se pode conceber que os modelos e-tron da Audi, ao cruzar por um semáforo vermelho, usarão cada vez mais a energia de frenagem para carregar as baterias. Acoplado ao controle de cruzeiro adaptativo preditivo, os veículos podem até frear automaticamente em semáforos vermelhos.
| Automotive Business (publicado em 22-05-2019) | | | |
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