| 13 de Agosto de 2019
Terça-feira
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Em 13/08/2019
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| | | | | A Ecorodovias Infraestrutura e Logística e sua controlada direta Ecorodovias Concessões e Serviços (ECS) celebraram, nesta segunda-feira, acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF), juntamente com a Concessionárias do Paraná (Concessionária Ecovia Caminho do Mar – Ecovia) e a Rodovia das Cataratas (Ecocataratas). O acordo será levado à homologação da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF e da Justiça Federal de Curitiba.
Pelo acordo, a Ecorodovias Infraestrutura e Logística ou a ECS se comprometeram a pagar o valor de R$ 30 milhões a título de multa; a Ecovia se comprometeu a arcar com R$ 20 milhões de obras e R$ 100 milhões de redução tarifária; e a Ecocataratas, a arcar com R$ 130 milhões de obras e R$ 120 milhões de redução tarifária.
“A redução da tarifa de pedágio se dará em favor dos usuários de todas as praças de pedágio operadas pelas Concessionárias do Paraná na razão de 30% por, pelo menos, 12 meses. Adicionalmente, o acordo de leniência exige a adoção de outras medidas de aprimoramento de controles internos”, afirma a Ecorodovias, em fato relevante divulgado.
A empresa explica que, em contrapartida, haverá o encerramento, por parte do MPF, dos procedimentos de natureza criminal e das discussões de natureza cível, inclusive em relação a atos de improbidade contra a companhia e suas controladas, bem como a concordância do MPF para a utilização dos valores compreendidos no acordo de leniência para compensar eventuais pagamentos que a companhia, o ECS e as Concessionárias do Paraná venham a realizar em relação a eventuais ações propostas por autoridades governamentais acerca de fatos tratados no acordo.
“O MPF deverá desistir do pedido de bloqueio de bens (Arresto nº 5008589- 29.2019.4.04.7000) na ação penal nº 5003165-06.2019.4.04.7000. O MPF, ainda, se compromete a concordar com a utilização dos valores compreendidos no acordo de leniência para compensação na Ação Civil Pública nº 5035770-05.2019.4.04.7000/PR (ACP)”, diz a companhia.
A Ecorodovias afirma ainda que, recentemente, tomou conhecimento, de forma espontânea, que a ACP foi ajuizada pelo Estado do Paraná e o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná (DER/PR) em face da companhia, da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), da Ecovia e da ECS.
“Na ACP questiona-se, dentre outros assuntos, a validade do processo licitatório e demais atos modificativos subsequentes da Concorrência Pública Internacional nº 006/1995 e do Contrato de Concessão nº 076/1997, firmado com a Ecovia, requerendo-se, também, indenização ao Estado do Paraná, bem como a imposição das sanções previstas no artigo 19, incisos I, II e III da Lei nº 12.846/2013 à Ecovia e ABCR”, destaca.
Segundo a Ecorodovias, até o presente momento, a companhia, a ECS e a Ecovia não foram citadas para apresentar contestação na ACP.
| Tribuna PR (publicado em 12-08-2019) | | | | Nova contribuição sobre pagamentos será um dos pilares da proposta de reforma tributária que o governo elabora. A ideia é que o novo tributo substitua a atual contribuição patronal sobre salários.
A informação foi dada ontem pelo secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, em palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
O secretário também explicou à imprensa que a nova contribuição sobre pagamentos servirá para bancar despesas com a Previdência Social, mas diferenciou o tributo da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
“É uma contribuição de base muito mais ampla, que visa substituir impostos e financiar a Previdência Social. E nós vamos blindar o sistema financeiro, não incidirá sobre contas de investimentos”, disse Cintra, afastando a possibilidade de tributação em movimentações financeiras da poupança, ações, fundos de renda fixa e de ações, e títulos públicos e privados, entre outras.
Cintra propõe que a nova contribuição alcance base muito ampla da economia, mas com alíquota pequena. “São R$ 400 bilhões sonegados todos os anos. Na contribuição sobre pagamentos, toda a sociedade vai pagar, é universal, amplia a base tributária em 30%.”
O secretário disse ainda que os governos estaduais poderão aderir ou não ao IVA e que será colocado limite nas deduções do Imposto de Renda e dividendos não serão taxados
| DCI ( publicada em 12-08-2019) | | | | Passada a reforma da Previdência, o governo estuda enviar ao Congresso uma proposta de reforma sindical para atualizar o segmento à “realidade do século 21”, segundo o Ministério da Economia.
A proposta de emenda à Constituição (PEC) está sendo discutida pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, com representantes de diversos setores. O Estadão/Broadcast apurou que integrantes da equipe econômica consideram que a reforma deve ser encampada pelo Executivo, em função da sensibilidade do assunto. O ministério não quis informar quais mudanças estão sendo estudadas, pelo fato de as discussões estarem em “estágio inicial”.
Mas esse é um tema que já ganha corpo também no Congresso. Líderes na Câmara dos Deputados, por exemplo, discutem propostas de uma reforma sindical. Envolvido nas articulações e em esboços, o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (SD-SP), defendeu uma proposta que retire da administração pública qualquer vínculo com as relações sindicais no Brasil e elimine entidades sem representatividade entre os trabalhadores.
Presidente licenciado da Força Sindical, o deputado disse que a ideia é apresentar ainda neste semestre uma reforma que possibilite representatividade efetiva entre as categorias. Para isso, os sindicatos só poderiam existir se representarem 50% mais um da categoria local – o que também valeria para as entidades patronais. A regra teria um período de transição, diz o parlamentar, com exigência inicial de 10% de representatividade no primeiro ano.
Segundo Paulinho, apesar de não mexer com a unicidade sindical – regra que proíbe a criação de mais de um sindicato por categoria na mesma base territorial -, a norma de representatividade provocaria uma “seleção natural” entre os sindicatos. Na outra ponta, só teriam direito às mudanças negociadas pela entidade os trabalhadores que forem associados.
Para retirar o assunto do âmbito do governo, o deputado defende que todas as relações sindicais sejam decididas por um conselho autônomo, formado por seis representantes das centrais de trabalhadores e seis das confederações empresariais. “A ideia é o Estado não interferir mais nas relações sindicais.” Para ele, esse conselho poderia inclusive definir no futuro como funcionarão as fontes de financiamento dos sindicatos.
Líder da maioria na Câmara, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) disse que a reforma sindical é importante para dar mais transparência, tranquilidade e autonomia para quem quer ser representado. “É necessária uma reforma do sistema sindical do País, mas esse é um tema complexo que tem de ser tratado com cuidado, conversando com lideranças para construir qual será essa alternativa.”
Para o líder do Podemos, José Nelto, mudanças no sistema sindical que valorizem a representatividade e acabem com as entidades “pelegas” teriam o apoio do partido. “Tem de modernizar, dar transparência, acabar com o peleguismo. Nós defendemos os sindicatos, mas vamos acabar com as negociatas.”
| Tribuna PR | | | | Proposições legislativas
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou na quinta-feira (8) uma proposta que isenta de Imposto de Renda as pessoas com doença grave ou com dependentes nessa condição. Atualmente essa isenção já existe para os proventos de aposentados e pensionistas.
A autora do projeto (PL 1.227/2019), senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), quer ampliar o benefício tanto para os trabalhadores doentes ou seus dependentes quanto para aposentados sadios que tenham dependentes com alguma das doenças previstas pelo artigo 6º da Lei 7.713, de 1988.
São elas: tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação e Aids com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria.
A relatora na CDH, senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), apresentou parecer favorável com sugestão de três emendas para aprimoramento da técnica legislativa. Uma das adaptações feitas explicita que somente os rendimentos do trabalho estarão isentos.
Outra mudança define que a lei entra em vigor na data de sua publicação, mas produzirá efeitos a partir do dia 1º de janeiro do ano seguinte ao da publicação, uma vez que se trata de proposição com impacto financeiro e orçamentário.
Para Rose, a proposta busca corrigir distorções. “Essa discriminação é injusta, desproporcional e viola o princípio da isonomia e da capacidade contributiva. Via de regra, as doenças relacionadas pela lei reclamam tratamentos especializados e caros, e podem ter impacto significativo sobre os orçamentos das famílias daqueles que ainda trabalham ou dos aposentados e pensionistas que têm dependentes enfermos. Dessa forma, o critério para instituir a isenção (estar ou não em atividade) não se mostra válido”, argumentou.
O texto seguirá para votação terminativa na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Se aprovado, deverá seguir para análise da Câmara dos Deputados.
| Senado Notícias ( publicado em 12-08-2019) | | | | A proposta de reforma tributária formulada pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) deve ser apresentada nesta semana. Enquanto o projeto não vem a público formalmente, porém, o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, tem dado pistas de como deve ser a reforma do governo.
Em evento com representantes do mercado financeiro, Cintra sinalizou mudanças no Imposto de Renda; a criação de um imposto único sobre consumo e serviços; e a substituição da contribuição previdenciária da folha de pagamento por um tributo sobre movimentações financeiras.
O último ponto da proposta é o que tem causado mais críticas. Isso porque o tributo sobre movimentações financeiras se assemelha à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), extinta em 2007. Na prática, a nova contribuição – que Cintra chama de Contribuição sobre Pagamentos (CP) – seria aplicada a todas as operações financeiras, de um saque no caixa eletrônico à compra de um produto ou pagamento de um serviço, independentemente do fim. Grandes empresas e pessoas físicas pagariam a mesma alíquota, simplesmente por movimentar dinheiro de um lugar para o outro.
O governo de Dilma Rousseff (PT) tentou ressuscitar a CPMF, com outro nome, mas a ideia não prosperou. Agora, apesar das negativas do presidente Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes e o secretário têm falado na possibilidade de recriar o tributo.
Os efeitos de uma nova CPMF, entretanto, são vistos com cautela por especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo.
Desoneração da folha
Na opinião do tributarista Bernardo Oliveira, uma nova contribuição do tipo só poderia ser cogitada em substituição a outro tributo. "Não há um ambiente, hoje, para a criação de um novo imposto. Acho muito difícil", diz.
Para ele, se a nova CPMF substituir a contribuição previdenciária incidente sobre a folha de pagamento, como diz o secretário da Receita, os efeitos poderiam ser positivos para alguns setores da economia.
"Nos moldes atuais, as empresas podem pagar até 28% da folha de pagamento em encargos. Se houver essa troca, pode haver uma desoneração e, com isso, estimular a criação de novos empregos", afirma Oliveira.
A lógica, no entanto, não funcionaria necessariamente para todos. "Para a maioria dos setores econômicos, os eventuais benefícios da desoneração da folha salarial seriam insuficientes para compensar o adicional de custo que adviria da cobrança de um tributo sobre as transações financeiras", disse em artigo o ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola.
Salários iguais, produtos mais caros
A desoneração da folha não significa, porém, que os trabalhadores serão necessariamente beneficiados. Juliana Inhasz, professora do Insper, aponta que a redução no pagamento de encargos não vai resultar, automaticamente, em ganho de salário para os empregados.
"Se a gente for olhar para o cidadão, em teoria ele estaria sendo menos onerado na hora de receber seu salário. Mas quem garante que o patrão, ao invés de pagar a contribuição previdenciária, vai repassar esse valor ao empregado?", questiona.
Outro ponto que é alvo de críticas é a criação de uma distorção que onera a indústria. Isso porque, como incide sobre as movimentações financeiras, uma contribuição ao estilo da CPMF penalizaria as cadeias de produção mais longas, já que formaria um "efeito cascata".
"É um tributo cumulativo, que acaba sendo repassado no preço dos produtos. Isso não é bom para o consumidor final", afirma João Olenike, presidente executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
Assim, apesar de apresentar uma alíquota mais baixa – algo em torno de 0,6% em cada ponta da transação, conforme o que já foi ventilado pelo governo –, a CPMF "repaginada" acabaria por aumentar a carga tributária para as indústrias mais complexas, de cadeias mais longas, como a automotiva, por exemplo. E esse peso provavelmente seria repassado ao consumidor.
Tributos que pesam para o consumidor final também têm a desvantagem de regressivos, isto é, pesam proporcionalmente mais sobre os mais pobres que sobre os mais ricos. E, com isso, elevam a desigualdade.
Para o governo, é bom ou ruim?
Do ponto de vista da arrecadação, especialistas afirmam que a troca da contribuição previdenciária pela sobre movimentações financeiras pode ter efeitos positivos e negativos para o governo.
Waldir de Lara Junior, sócio da Roit Consultoria e Contabilidade, aponta que a concentração da arrecadação simplifica o sistema tributário e a fiscalização do governo. "Quem arcaria com a burocracia seriam as instituições financeiras. A ideia é ter o controle total, evitando a sonegação", explica.
Mas, pensando na arrecadação, o governo pode acabar se dando mal – mesmo que contribuições como a CPMF pareçam um ótimo negócio.
Em 2015, quando houve a tentativa de recriar a contribuição, ainda no governo Dilma, matéria da Gazeta do Povo já mostrava como, no passado, com uma alíquota de 0,2%, o tributo gerava arrecadação equivalente a mais de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
No caso do novo tributo, porém, o montante arrecadado não seria, necessariamente, equivalente ao que a União já recolhe, hoje, pela contribuição previdenciária da folha. Juliana Inhasz, do Insper, explica que o governo estaria trocando uma contribuição certa por um outra que depende da movimentação financeira.
"Hoje muita gente não está contribuindo pelo simples fato de que tem empregados informais. Mas, conforme a formalização do emprego volte a acontecer, o governo estará perdendo uma receita", diz a professora.
Além disso, na visão dela, a insistência na recriação da contribuição pode acabar esfriando os ânimos do mercado financeiro.
"O mercado, aparentemente, tem reagido muito bem ao pacote de reformas que já foram colocadas. Isso tem ajudado a reverter a expectativa de que o Brasil não conseguiria retomar seu crescimento. Mas uma medida desse tipo pode ser uma frustração, revertendo um ganho importante dos últimos meses", pondera.
| Gazeta do Povo ( publicado em 12-08-2019) | | | | A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados discute nesta tarde a política de valorização do salário mínimo, prevista no Projeto de Lei 370/19. O texto assegura aumento real anual de pelo menos 1%. O autor do pedido para o debate também é um dos autores da proposta, o deputado Bohn Gass (PT-RS).
O deputado quer ampliar a discussão sobre o tema, bem como analisar os impactos econômicos e financeiros da proposta. Ele lembra que a política de valorização do salário mínimo, iniciada em 2006, estabelecia o reajuste com ganhos reais. A correção era feita pelo INPC, acrescida da variação do PIB de dois anos antes. Em 2011, a aprovação da Lei 12.382/11 consolidou essa política até 2019.
"Nesse momento estamos em um vácuo na legislação deixando a decisão unicamente como prerrogativa do presidente da República a definição do índice de reajuste", alertou Bohn Gass.
Segundo o deputado, dada a importância do salário mínimo para a maioria dos trabalhadores, aposentados e pensionistas brasileiros, além dos beneficiários do benefício de prestação continuada (BPC), o objetivo do projeto apresentado é retomar essa política pública.
Foram convidados para a audiência sobre o assunto:
representante do Ministro da Economia;
representante do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio;
representante do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas (Cesit/Unicamp), Marilane Oliveira Teixeira;
professor da Unicamp Marco Antônio Martins da Rocha;
técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Christian Vonbun.
O debate será realizado às 14 horas, no plenário 12, com transmissão interativa pela Internet. Para participar e enviar perguntas, clique aqui.
| Agência de Notícias /Câmara dos Deputados | | | | Um acordo firmado em julho pelos membros do Mercosul permite que o Brasil não dependa da Argentina para colocar em vigor o tratado de livre-comércio negociado com a União Europeia. O acerto, feito na última reunião de chefes de Estado do bloco, realizada na Argentina, foi proposto pelo governo de Mauricio Macri e permite que, após a assinatura formal do acordo e o aval do Parlamento Europeu, as novas regras tarifárias passem a valer para o país que obtiver aprovação do texto pelo seu Congresso.
Até então, um acordo comercial negociado pelo Mercosul só poderia vigorar depois de o texto ter passado pelas casas legislativas de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
A medida vale somente para os temas econômicos e comerciais, que estabelecem, por exemplo, a eliminação das tarifas de importação. Os capítulos com acertos políticos e de cooperação, que envolvem compromissos na área ambiental, estão fora. Esses só passam a valer após aprovação pelos parlamentos de todos os membros da União Europeia e do Mercosul.
A medida tornou-se um “seguro” para o Brasil diante das chances cada vez maiores de vitória da chapa da oposição, formada por Alberto Fernández e a ex-presidente Cristina Kirchner.
Durante a campanha, Fernández afirmou que o tratado fechado com a União Europeia, que prevê o fim de tarifas de importação para boa parte dos produtos em até 15 anos, precisaria ser revisto. Segundo o candidato, que é alinhado à esquerda e chegou a visitar o ex-presidente Lula na carceragem da Polícia Federal, o acordo condenará a Argentina à “desindustrialização” e só foi fechado porque Macri tinha motivações eleitorais.
Um economista do mercado financeiro argentino, no entanto, vê essa posição de Fernández mais como um discurso de campanha. “É algo muito grande para se jogar para trás. Durante o kirchnerismo, Fernández não se opôs ao acordo. É normal que o tom de sua campanha seja contrário as ações de Macri”, afirmou.
Brasil. O governo Jair Bolsonaro vê em Macri um aliado e festejava o “alinhamento ideológico” entre as duas administrações. Contava, inclusive, com o atual presidente argentino para avançar em outras negociações comerciais e implementar uma reforma dentro do próprio Mercosul – para a equipe econômica, o bloco deveria se tornar uma zona de livre-comércio.
Havia torcida aberta no governo brasileiro para mais quatro anos de Macri. A vitória de Fernández ameaça, na visão do governo, a agenda de reformas.
“É previsível que um governo peronista seja menos amigável ao Mercosul e ao Brasil, sobretudo com as pretensões do governo Bolsonaro de reduzir tarifas unilateralmente e promover novos acordos de livre-comércio”, disse Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior.
A medida aprovada em julho, que cria a possibilidade de uma espécie de “fast track” na implementação do acordo com os europeus, era vista pela diplomacia brasileira justamente como uma forma de blindar o tratado com os europeus dos humores políticos da região.
O novo governo argentino assumirá o país em dezembro e, até lá, o Brasil dificilmente terá terminado a tramitação interna do tratado. O processo de aprovação de acordos internacionais são tradicionalmente morosos no Brasil. Eles precisam passar pela Câmara e pelo Senado e cumprir um longo percurso dentro do Executivo até ser “internalizado”, no jargão técnico.
| Tribuna PR | | | | Equipe econômica estuda imposto parecido com a CPMF, mas com alíquota e base de incidência diferentes
Um imposto sobre movimentações financeiras no mesmo formato da extinta CPMF poderia gerar uma arrecadação de R$ 1,175 trilhão em dez anos, segundo projeções da Receita Federal obtidas pela Folha.
A equipe econômica estuda incluir na proposta de reforma tributária um imposto em moldes parecidos com a CPMF, mas a alíquota e base de incidência devem ser diferentes.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse, porém, que a ideia não tem apoio na Casa. "Não vamos retomar CPMF na Câmara de jeito nenhum." O presidente Bolsonaro já falou isso. Tem de concentrar na reforma de bens e serviços", disse em evento em São Paulo.
O impacto da medida depende da alíquota a ser definida pelo time do ministro Paulo Guedes (Economia) e do modelo a ser escolhido.
Extinta em 2007, durante o governo do ex-presidente Lula, a CPMF era cobrada sempre que ocorria algum débito na conta bancária —apenas de quem realizava o pagamento. A alíquota era de 0,38%.
Mas o governo avalia tributar as duas pontas da operação (pagador e recebedor).
Assim, o potencial de arrecadação dobraria e alcançaria R$ 2,350 trilhões em dez anos considerando a alíquota que vigorou no passado —0,38% sobre cada lado da transação.
Esse cálculo considera as mesmas condições da extinta CPMF, que incidia sobre todas operações bancárias com exceção de negociações de ações na Bolsa, aposentadoria, seguro-desemprego, salários e transferências de conta corrente da mesma titularidade.
A ideia da equipe de Guedes é propor uma alíquota diferente. Por isso, o estudo da Receita Federal também considera outros cenários de percentual da cobrança (veja as simulações na tabela abaixo).
Esses números dão uma noção da capacidade de arrecadação com a criação de um tributo sobre movimentações financeiras.
Nesta segunda-feira (12), o secretário especial da Receita, Marcos Cintra, disse que a proposta de reforma deve ser enviada ao Congresso sem a previsão de uma alíquota para a 'nova CPMF' —a ser chamada de Contribuição Previdenciária (CP).
Segundo Cintra, o novo imposto atingirá uma base 30% maior, que incidiria sobre operações não atingidas pela antiga CPMF. Isso ampliaria o potencial de arrecadação.
Enfrentando a resistência do Congresso e do próprio presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Economia insiste em propor a CP para compensar uma promessa de campanha: desobrigar as empresas de pagar a parcela patronal para a Previdência Social.
A desoneração da folha de pagamentos foi uma medida instituída pela ex-presidente Dilma Rousseff. O incentivo foi sucessivamente ampliado até que a gestão petista decidiu retirar o benefício de quase todos os setores por entender que não teve o efeito esperado na economia.
A equipe de Bolsonaro, contudo, quer retomar a medida e torná-la ampla —para todas as empresas, que hoje pagam 20% sobre a folha de salários.
Dados mais recentes da Receita Federal mostram que a contribuição patronal à Previdência foi de aproximadamente R$ 200 bilhões em 2017.
Em dez anos, deixariam de entrar cerca de R$ 2 trilhões nos cofres públicos por causa da desoneração. Mas esse cálculo ainda precisaria considerar o aumento do PIB (Produto Interno Bruto) e inflação.
A CPMF é outra semelhança entre o time de Bolsonaro e a ex-presidente Dilma. A petista enviou, em 2015, em projeto ao Congresso para ressuscitar o imposto sobre transações financeiras, que seria usado para bancar o pagamento de aposentadorias.
A proposta não andou por causa da falta de ambiente político em aprovar a criação de um novo imposto.
Guedes deve usar, porém, o argumento de que a CP é uma substituição aos tributos que atualmente incidem sobre a mão de obra, e não uma forma de ampliar a arrecadação.
Para calcular o impacto que uma "nova CPMF" teria, a Receita usou a expectativa de crescimento do PIB para os próximos dez anos do Ministério da Economia e teve como base a arrecadação da extinta CPMF —alíquota de 0,38% sobre um lado da operação— em 2007, equivalente a 1,4% do PIB.
O professor de direito tributário da FGV Rio Linneu de Albuquerque Mello afirma que é possível simular, a partir dos números da Receita, qual seria o ganho potencial do governo em caso de criação de um novo imposto de pagamentos que incidisse nas duas pontas e alcançasse uma base 30% maior.
Como a CPMF era cobrada apenas em uma ponta, a simulação do novo imposto deve multiplicar por dois os valores calculados pela Receita. Depois, são acrescidos 30% para simular a ampliação da base arrecadatória.
Mello pondera que esse seria o ganho potencial do governo no limite, situação que não deve ser observada na realidade. Isso porque, segundo ele, quanto maior a alíquota, maior a taxa de evasão tributária.
"Existem fatores que não são mensuráveis, como a tentativa de evasão. A arrecadação aumentaria, mas, na medida em que aumenta a carga tributária, também aumenta a predisposição das pessoas de tentar burlar o sistema", disse.
A equipe econômica prevê apresentar ainda em agosto a própria proposta de reforma tributária ao Congresso.
O modelo que vem sendo finalizado é baseado em três pilares: mudanças no IR (Imposto de Renda), um IVA (Imposto sobre Valor Agregado) em substituição a tributos federais; e a criação da Contribuição Previdenciária, que seria uma espécie de 'nova CPMF'.
Contrário à tributos sobre transações financeiras, o presidente o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), João Eloi Olenike, afirmou que a medida é danosa à economia, pois funciona em efeito cascata.
"A CPMF é excelente para o governo, porque o único trabalho que ele tem é gastar o dinheiro. Mais nada. O banco desconta o imposto e deposita direto na conta do governo."
O Ministério da Economia informou que não vai se manifestar sobre o assunto.
| Folha de S. Paulo | | | | O dólar sobe mais de 1% no mercado à vista e o dólar futuro de setembro chega novamente aos R$ 4,00 em meio à cautela internacional após nova desvalorização da moeda chinesa ante o dólar, o rompimento da coligação italiana que governa o país, a possibilidade de um Brexit sem acordo e as persistentes tensões comerciais entre EUA e China. Nesta segunda-feira, o cancelamento de voos em Hong Kong colabora ainda para a postura defensiva dos investidores.
Ecoam também as declarações do presidente americano, Donald Trump, de que não está pronto ainda para fechar um acordo comercial com a China. Segundo ele, as discussões bilaterais previstas para setembro poderão não acontecer. Recentemente, Trump anunciou que pretende impor tarifa de 10% sobre mais US$ 300 bilhões em produtos chineses a partir de 1º de setembro.
Entre as moedas emergentes, a valorização do dólar ante o real se destaca assim como o avanço ante o peso argentino, após a derrota do presidente Maurício Macri, candidato à reeleição, nas prévias eleitorais ontem no país.
O operador Thiago Silêncio, da CM Capital Markets, diz que o mercado local se ajusta à nova desvalorização do yuan ante o dólar. Nesta segunda-feira, o banco central chinês (PBoC) voltou a desvalorizar o yuan menos do que se previa, mas acima dos 7 yuans por dólar pela terceira sessão seguida. Com isso, o dólar estava em 105,21 ienes, de 105,62 ienes no fim da tarde de sexta-feira.
Em relação à Argentina, Silêncio destaca que há receio de que uma derrota de Macri seja inevitável. O mercado está esperando venda de bolsa e compra de dólar no mercado argentino, afirma.
Mais cedo, foi revelado que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) avançou 0,30% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal. A alta do IBC-Br ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro, entre -1,02% e +0,70% (mediana em +0,10%).
Já a pesquisa Focus trouxe revisão para baixo para inflação, mas também para Selic e PIB deste ano. Além disso, a primeira prévia do IGP-M de agosto trouxe deflação de 0,65%, após ter aumentado 0,40% na primeira prévia de julho. Com o resultado, o índice acumulou elevação de 4,11% no ano de 2019 e avanço de 4,96% em 12 meses.
Às 9h36, o dólar à vista subia 1,34%, a R$ 3,9934. O dólar futuro para setembro estava em alta de 1,32%, aos R$ 4,00.
Ao longo da semana, as atenções locais estarão na reforma da Previdência e no pacote de medidas para ajuste fiscal que o ministro da Economia, Paulo Guedes, pode anunciar nos próximos dias, que incluiria uma proposta de reforma tributária, um programa de privatização e medidas administrativas.
| Tribuna PR (publicado em 12-08-2019) | | | | Resultado é fruto principalmente da privatização da distribuidora Amazonas Energia
A Eletrobras registrou um lucro líquido de R$ 5,5 bilhões no segundo trimestre do ano, 305% superior do que o mesmo período de 2018, quando apresentou R$ 1,3 bilhão, divulgou a empresa nesta terça-feira (13).
O resultado é fruto principalmente do lucro líquido de R$ 5,2 bilhões referente às operações descontinuadas de distribuição, resultado da reversão do patrimônio líquido negativo da Amazonas Energia, decorrente da privatização da empresa.
A maior empresa de eletricidade da América Latina teve uma receita operacional líquida de R$ 6,6 bilhões, alta de 12% frente ao mesmo período do ano anterior, segundo balanço divulgado na madrugada desta terça-feira (13).
A companhia, que controla um terço da geração e metade da capacidade de transmissão do Brasil, teve um lucro líquido de R$ 6,9 bilhões no primeiro semestre de 2019, um aumento de 272% em relação ao lucro líquido de R$ 1,8 bilhão obtido no primeiro semestre de 2018.
“O lucro do primeiro semestre de 2019 é composto pelo lucro líquido das operações continuadas de R$ 1,8 bilhão e pelo lucro líquido de R$ 5,03 bilhões referente às operações descontinuadas de distribuição, destacando a privatização da distribuidora Amazonas Energia, que deixou de ser consolidada pela Eletrobras”, informou a empresa em comunicado.
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, concederá entrevista coletiva nesta terça-feira (13), no auditório da Eletrobras, para falar sobre o resultado.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) deu sinal verde, no começo deste mês de agosto, para que a União saia do controle da Eletrobras.
Desde então, serão feitos estudos para definir o modelo de venda de ações da companhia na Bolsa. A expectativa é de que o processo seja realizado ainda neste ano.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fez o comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na semana passada.
No documento, ele informa que Bolsonaro concordou com o modelo de capitalização que, quando realizado, levará à saída da União do controle da empresa.
| Folha de S. Paulo | | | | O resultado marca o segundo trimestre seguido de contração
A economia do Brasil teve retração no segundo trimestre, apontaram dados do Banco Central nesta segunda-feira (12), ampliando as preocupações sobre as perspectivas de crescimento neste ano.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve alta de 0,30% em junho sobre o mês anterior, mas, ainda assim, o segundo trimestre terminou com queda de 0,13%, o que marcaria o segundo trimestre seguido de contração da economia.
O resultado mostrou forte desaceleração em relação à taxa de 1,1% em maio.
O IBGE divulgará os dados do PIB no segundo trimestre em 29 de agosto. No primeiro trimestre, a economia do Brasil teve recuo de 0,2% na comparação com os últimos três meses de 2018, de acordo com os dados do IBGE, na primeira contração trimestral desde os três últimos meses de 2016.
Na comparação com junho de 2018, o IBC-Br apresentou queda de 1,75% e, no acumulado em 12 meses, teve alta de 1,08%, segundo números observados.
O segundo trimestre terminou com junho marcado por fraqueza na indústria e no setor de serviços. A produção industrial do Brasil contraiu 0,6% no mês, terminando o trimestre com contração de 0,7%.
Já o volume de serviços recuou 1,0% e apresentou o pior resultado para o mês em quatro anos. Somente as vendas no varejo tiveram ganhos no mês, de 0,1%, mas ainda assim encerraram o segundo trimestre com queda.
Na semana passada, o BC estimou que PIB deve ficar estável ou apresentar ligeiro crescimento no segundo trimestre.
A fraqueza da atividade vem alimentando expectativas de mais cortes na taxa básica de juros, já reduzida a 6,0%. A mais recente pesquisa Focus do BC, divulgada nesta segunda-feira, mostra que os economistas estimam a Selic a 5,0% neste ano, com crescimento do PIB de 0,81%.
| Folha de S. Paulo (publicado em 12-08-2019) | | | | Revisão da Resolução 482 da Aneel pode alterar percentuais de remuneração para consumidores que injetam excedentes na rede elétrica e gera movimento de antecipação de novas instalações
A fonte solar fotovoltaica representa 87% da potência instalada em GD no País, ultrapassando 1 gigawatt
Os investimentos em geração distribuída (GD) crescem no País em 2019, em um movimento de antecipação a uma possível alteração de regras que irá reduzir os benefícios ao consumidor aderente nos próximos anos.
“Nossas vendas no primeiro semestre já equivalem a de todo ano de 2018. O mercado está sendo impulsionado por esse receio que a compensação será diminuída”, aponta o gerente da unidade de negócios de energia fotovoltaica da Fronius, Alexandre Borin.
De acordo com levantamento feito pela da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) a potência instalada de geração distribuída solar fotovoltaica por todo o Brasil até o início do mês de agosto é de 411,4 megawatts (MW), volume que já chega a superar o total de 2018 (393,6 MW).
A fonte solar é a mais utilizada no País pelos consumidores que optam por gerar sua própria energia, representando 87% da potência instalada em GD, modalidade realizada junto ou próximo ao consumo e que permite que a energia excedente possa ser injetada na rede, trazendo uma compensação na conta de luz.
Esse mercado é regulado pela resolução normativa 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que passa por um processo de revisão. “O ponto principal da discussão é a chamada remuneração do fio. Na regra atual, 100% da carga injetada na rede é remunerada. O que se propõe é uma redução desse percentual para até 37%”, explica o presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlos Evangelista.
Estão sendo trabalhados seis cenários: a manutenção da remuneração de 100% ou a redução para 72%, 66%, 59%, 51% ou 37%. A justificativa é que a permanência das regras atuais pode elevar os custos para os demais usuários da rede, tornando necessária uma modificação após uma maior consolidação do mercado de GD. “A Aneel está avaliando as contribuições das consultas públicas. Pelo cronograma, a publicação deveria ocorrer no fim do ano, mas é provável que fique para 2020”, conta Borin.
Evangelista entende que o mercado ainda é muito incipiente e o impacto da alteração pode desestimular investimentos. “Hoje o Brasil tem 93 mil sistemas GD conectados na rede, em um mercado total de 83 milhões de consumidores. Isso nem arranha o faturamento das distribuidoras. A mudança faria sentido se o número fosse 5% desse total.”
Borin calcula que mesmo no cenário menos dramático, de redução para 72%, o desenvolvimento do mercado seria afetado. “O retorno do investimento atual é de cinco a dez anos. Aplicando essa redução de remuneração, poderia chegar de sete a 14 anos. Isso pode reduzir a adesão à GD e impactar o mercado fotovoltaico como um todo.”
Bolha
Evangelista conta que a alteração deve atingir principalmente os sistemas remotos. “As expectativas levam a crer que a geração local vai continuar 100% e os sistemas remotos vão para o cenário de 72% ou 66%. Isso é ruim, porque os maiores investimentos e geração de empregos vêm justamente dessa modalidade.”
O dirigente também destaca que em alguns estados, a alteração tornará inviável produzir energia mais barato do que a distribuidora. “Observamos algumas pessoas prevendo essa mudança e investindo agora, acreditando que a nova regra não será retroativa. É uma bolha gerada pela corrida de alguns investidores.”
Evangelista ressalta que não é contra a remuneração do fio, mas que deve existir um planejamento de médio prazo, prevendo um mercado mais representativo para repensar a fórmula. “Também há uma série de outras considerações econômicas a se fazer, como o fato da maior parte da rede já estar depreciada.”
Ele avalia que é necessário encontrar um meio termo entre a necessidade dos consumidores por energia mais barata e o pleito das distribuidoras. “Além disso, é um setor que gera muitos empregos. Atrapalhar essa indústria em um momento de grande desemprego é um desperdício enorme.”
| DCI | | | | Estudo feito por AB em parceria com Ipsos investiga o grau de preparação dos fornecedores para atender às novas demandas do mercado
A indústria automotiva está em transformação. Diante disso, qual é o futuro dos fornecedores que compõem esta cadeia de valor no Brasil? Quais movimentos já estão em curso e onde estão os principais desafios? Para responder a estas e a uma série de outras perguntas Automotive Business se uniu à Ipsos, uma das principais empresas de inteligência de mercado do mundo, para realizar o estudo O Futuro da Cadeia Automotiva.
- Clique aqui e participe da pesquisa O Futuro da Cadeia Automotiva
O levantamento já está no ar e pode ser respondida por qualquer empresa que atue no segmento em empresas de autopeças, tecnologia ou outro tipo de fornecimento para o setor automotivo. O objetivo do estudo é apresentar um amplo diagnóstico que indique os principais gargalos e as movimentações que as empresas desta cadeia de valor têm feito para acompanhar as novas demandas do consumidor e, consequentemente, das fabricantes de veículo.
Apenas quando há conhecimento profundo sobre um contexto ou situação, é possível planejar estratégia eficiente de transformação. Ajude a construir respostas sobre a cadeia automotiva: clique aqui e participe.
| Automotive Business (publicado em 12-08-2019) | | | | Empresa apresenta recuperação de resultados no balanço fechado do primeiro semestre
No balanço fechado do segundo trimestre e primeiro semestre de 2019 divulgado ao mercado na segunda-feira, 12, a Fras-le apurou elevação de receitas e recuperação dos resultados de abril a junho na comparação com o trimestre anterior, que foi influenciado negativamente pelo aumento de custos e da carga tributária com o fim dos benefícios fiscais que vigoravam em passado recente.
A evolução do lucro semestral em relação ao mesmo período do ano passado ainda é negativa, porque reflete o efeito não recorrente da aquisição da Jurid por R$ 52,5 milhões no início de 2018. Ao mesmo tempo em que as diversas aquisições que a Fras-le vem fazendo ao longo dos últimos dois anos reduziram os ganhos, estão aumentando o faturamento.
Fabricante de pastilhas, discos e lonas de freios do grupo Empresas Randon, a Fras-le obteve no segundo trimestre receita líquida consolidada de R$ 338,8 milhões, quase 20% maior do que nos mesmos três meses de 2018. No semestre o desempenho foi melhor, as vendas somaram R$ 661,6 milhões, em crescimento de 25% sobre a primeira metade do ano passado.
A expansão das receitas, segundo a Fras-le, é devida em boa medida à participação da Fremax, fabricante de discos comprada há cerca de um ano. Excluindo a aquisição, o desempenho do faturamento, ainda que positivo, carrega parte da fragilidade econômica na Argentina, refletindo sobre os negócios das controladas localizadas no país vizinho, além de menores volumes de vendas em algumas regiões no exterior, onde a companhia mantém negócios.
Enquanto as vendas no mercado interno da Fras-le cresceram quase 40% no primeiro semestre, somando R$ 333 milhões, no mesmo período as receitas em dólares das exportações e operações no exterior avançaram apenas 1,3%, totalizando US$ 85,4 milhões.
O lucro antes de despesas financeiras, impostos e depreciação de ativos (o EBITDA, na sigla em inglês) cresceu 25,8% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2018, atingindo R$ 42 milhões, o representou margem de 12,4% sobre o faturamento, em avanço superior a três pontos porcentuais em comparação com o trimestre anterior. Já o EBITDA apurado de R$ 71 milhões no primeiro semestre do ano equivale à queda de 37,7% na comparação com os primeiros seis meses, sob influência da aquisição da Jurid.
Segundo comunicado da Fras-le, o resultado financeiro positivo da correção sobre ativos das operações na Argentina permitiu avanço considerável de 63% no lucro líquido do segundo trimestre sobre o mesmo período de 2018. O ganho líquido trimestral de R$ 28 milhões compensou parcialmente o valor negativo nos primeiros três meses de 2019, o que contaminou o resultado semestral. O lucro acumulado consolidado do primeiro semestre somou R$ 25,4 milhões, valor em baixa de 58,8% ante a primeira metade do ano passado.
Para Sérgio Carvalho, CEO da Fras-le e COO da divisão de autopeças das Empresas Randon, 2019 ainda é um ano de maturação, mas ele projeta boas perspectivas no horizonte: “Esperamos que o mercado brasileiro reaja definitivamente em compasso com as reformas encaminhadas pelo governo. Do nosso lado, continuaremos fazendo a lição de casa”.
| Automotive Business (publicado em 12-08-2019) | | | | Versão XL Plus Tech agora traz sistemas Android Auto e Apple Car Play integrados à central multimídia
A Toyota começa a vender a linha 2020 do modelo Yaris nas versões hatch e sedã. Segundo a empresa, as principais mudanças estão na conectividade. A partir da versão XL Plus Tech (R$ 71.990 no hatch e R$ 75.190 no sedã), o carro passa a contar com os sistemas Android Auto e Apple Car Play integrados à central multimídia. No desenho externo, a versão aventureira X-Way agora traz pintura em duas cores e rodas exclusivas.
Dependendo da versão, o Yaris recebe motor 1.3 com até 101 cavalos e 1.5 com até 105 cv, ambos flex. A Toyota ressalta que os proprietários dos Yaris 2019, também a partir da versão XL Plus Tech, poderão atualizar o sistema de seus veículos por R$ 429,99. O serviço precisa ser agendado na rede autorizada a partir de setembro, onde será feita a atualização de software com licenças de utilização do Google e da Apple. Também será instalado um microfone na central multimídia compatível com as funções de controle de voz.
Desde a versão de entrada, XL com câmbio manual, a linha Yaris traz de série computador de bordo, comandos no volante, controles de estabilidade e tração, mais assistente de partida em rampa (HAC). O modelo também é equipado com direção elétrica, ar-condicionado e faróis com regulagem elétrica. A versão XL com câmbio CVT traz ainda controlador automático de velocidade e função Eco Driving.
A partir da versão XL Plus Tech o Yaris recebe rodas de liga leve 15 polegadas, descansa-braço central traseiro, detalhes internos na cor prata, ar-condicionado automático digital, chave presencial e sistema de partida sem chave.
O Yaris XS tem todos os equipamentos da XL Plus Tech, mais manopla do câmbio e revestimento das portas em couro, grade com detalhes cromados, rodas de liga leve de 15 com acabamento preto e prata, bancos de couro, retrovisor externo com rebatimento elétrico, câmera de ré, tapetes de tecido e computador de bordo com tela de 4,2 polegadas de alta resolução.
A versão X-Way reúne todos esses itens em uma carroceria com aparência diferenciada, com rack no teto, apliques de para-choque e para-lama, mais frisos nas laterais.
A versão XLS recebe teto solar, sensor de chuva, maçanetas cromadas, lanternas em LED e sete airbags (dois frontais, dois laterais, dois de cortina e um para os joelhos do motorista). Desde o lançamento, em junho de 2018, o Yaris superou marca de 90 mil unidades produzidas no Brasil.
| Automotive Business (publicado em 12-08-2019) | | | | Fábricas no Brasil e Argentina fornecem propulsores para veículos, geradores, embarcações e máquinas agrícolas
A FPT Industrial atingiu a marca de 500 mil motores produzidos na América do Sul pela soma das fábricas de Sete Lagoas, em Minas Gerais, e Córdoba, na Argentina. Os propulsores foram fornecidos para os segmentos de veículos comerciais leves e pesados, máquinas agrícolas e de construção, além de embarcações e geração de energia.
Somente em 2018 foram mais de 25 mil motores fabricados no Brasil e outros 17 mil na Argentina. A planta de Minas Gerais produz as famílias F1, NEF e S8000 e a de Córdoba, os modelos NEF e Cursor. Segundo a FTP, um em cada quatro tratores vendidos no Brasil recebe motor FPT Industrial.
Os motores produzidos na região são exportados para Chile, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru e Uruguai. Desde 2015 a FPT Industrial realiza investimentos no desenvolvimento da tecnologia e preparação das unidades para a produção dos motores MAR-I/Tier 3.
Esses aportes para melhoria dos processos levaram as fábricas de Sete Lagoas e Córdoba a obter, em 2016 e 2018, as certificações World Class Manufacturing (WCM), o sistema da CNH Industrial estruturado na melhoria contínua, projetado para eliminar desperdícios e perdas do processo de produção.
De acordo com a empresa, para os próximos anos, os planos são de expansão na América do Sul a partir do aumento de participação em diferentes segmentos e o desenvolvimento da rede de distribuidores.
| Automotive Business ( publicado em 12-08-2019) | | | | Em tempos de Indústria 4.0, internet das coisas, carro autônomo e tantas outras revoluções, acompanhar o ritmo dos grandes fabricantes não é fácil para as pequenas e médias empresas, sejam elas do Brasil ou de outra parte do mundo.
É o que admite Maurício Muramoto, diretor de Inovação da Sindipeças, engajado atualmente em um projeto do Fórum Econômico Mundial, que além da entidade envolve também parceria com o governo do Estado de São Paulo e o IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas.
Juntos irão realizar projeto-piloto com o intuito de implantar tecnologias da indústria 4.0 nas pequenas e médias empresas, com foco em internet das coisas (IoT). O objetivo é desenvolver políticas públicas para a implantação das novas tecnologias em larga escala.
“O Fórum Econômico Mundial detectou que a introdução da indústria 4.0 seria difícil no mundo todo. Daí a ideia de um projeto piloto. O Brasil se candidatou, por meio do Ministério da Economia, e foi escolhido para sediá-lo. Fomos então convidados para integrar o projeto-piloto, assim como a indústria aeronáutica.
Dependendo dos resultados, o projeto será estendido para outros países e outras áreas”, comenta Muramoto.
O título do projeto é Acelerando o Impacto da Internet das Coisas – Fábrica Inteligente. A princípio estão sendo selecionadas 25 empresas associadas ao Sindipeças para participar do piloto. As empresas elegíveis precisam ter planta fabril no Estado de São Paulo e faturamento anual de até R$ 300 milhões. Também é pré-requisito ter processos de lean ou kanban em toda a empresa ou em algumas áreas.
Segundo Muramoto, não há custo para a empresa na fase inicial do projeto. Isso só ocorrerá na sua implantação e de acordo com resultados de sucesso obtidos com a iniciativa. Junto com o IPT, inicialmente é avaliada a maturidade da empresa candidata ao projeto-piloto. A partir de então se faz uma visita à fábrica.
“O interesse foi grande e já estamos perto de definir as 25 empresas. Isso ocorrerá até o fim deste mês de agosto. Daí vamos iniciar o trabalho com cinco empresas já escolhidas das 25 selecionadas num processo que estamos chamando de pré-piloto”, explica Muramoto.
Até dezembro serão aplicadas as práticas propostas no projeto, como instalação de dispositivos de internet das coisas para monitoramento das máquinas. “Até o fim do ano teremos como medir o retorno em melhoria de eficiência, produtividade e outros indicadores nas cinco empresas escolhidas para estender o projeto para as outras 20”.
O IPT contratou a Deloitte, auditoria e consultoria empresarial, para acompanhar o desenvolvimento das ações no que serão desenvolvidas nessa primeira fase. Também o ITA está participando do projeto.
Dentre os benefícios para as empresas participantes, o Sindipeças destaca alguns itens como o risco compartilhado, possibilidade de avaliar criteriosamente seu estado de desenvolvimento tecnológico ligado à indústria 4.0, possibilidade de financiamento para investimento nas soluções propostas, aceleração do processo de implantação de IoT e alinhamento com práticas que poderão tornar-se parâmetro para modelo mundial.
| Ind4.0 | | | | A quarta revolução industrial já está batendo na porta das indústrias brasileiras. A maior parte dos profissionais que atuam nesse setor já entenderem a importância de se investir nele. De acordo com um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) 90% dos industriais ouvidos concordam que a Indústria 4.0 “aumentará a produtividade” e que “é uma oportunidade ao invés de um risco”.
Apesar de estarem otimistas com este novo conceito, apenas 5% dos entrevistados se sentem “muito preparados” para superar os desafios da Indústria 4.0. Por outro lado, 23% disseram estar “nem um pouco preparados”. Isso acontece porque a adequação a este novo modelo exige uma transformação de pensamento, modo de operação e tecnologias usadas nas fábricas.
Um dos principais desafios elencados pela pesquisa para a adesão das indústrias à quarta revolução é a mão de obra. Ainda são poucos os profissionais qualificados para atuar nas novas áreas criadas. De acordo com o estudo, a maior procura está por pessoas que possam operar nas áreas de automação, cibersegurança e (capacidade) analítica e preditiva, programação, gerenciamento de dados e também Data Science.
Profissionalização
Para quem quer se inserir neste contexto, portanto, é essencial procurar se adaptar para desenvolver as habilidades esperadas pelas fábricas adequadas ao conceito 4.0. Separamos alguns cursos que podem ser feitos por quem está procurando especialização nesta área.
Confira:
O SENAI oferta mais de 10 cursos para quem quer se especializar nesta área, incluindo capacitações nas áreas de indústria avançada; Big Data; programação para internet das coisas; segurança cibernética; inteligência artificial; integração de sistemas; robótica; cloud computing; manufatura aditiva; realidade virtual e aumentada; conceitos de indústria 4.0; entre outros.
A Universidade Federal do Paraná oferece um curso de Pós-graduação em engenharia industrial 4.0, que aborda temas como automação robótica, inovação, fabricação inteligente, sensores e realidade aumentada, sustentabilidade, digitalização, produção enxuta e empreendedorismo.
A FAAP oferece um curso para profissionais já graduados que ensina a se posicionarem como viabilizadores de estratégias 4.0 dentro das indústrias.
A Faculdade Metropolitana também oferece aulas que ensinam os conceitos e como se adaptar à crescente Indústria 4.0.
São muitos os cursos que ajudam os profissionais a se qualificarem para este novo cenário. Além das especializações direcionadas, estudo de áreas como engenharia, matemática, arquitetura, programação e outras pode ajudar a conectar os trabalhadores com a quarta revolução industrial.
A dica que fica aos profissionais é procurar por cursos em suas cidades para alavancar a carreira. O SENAI costuma ter um alto alcance em grande parte do país, além disso, existem os cursos à distância que podem ser uma saída para quem mora em cidades pequenas.
| Ind4.0( publicado em 12-08-2019) | | | | A digitalização é um dos motores para crescimento sustentável da indústria automotiva brasileira, acredita o CEO e presidente global da Siemens, Joe Kaeser. Ele participou do Siemens Forum 2019, realizado em São Paulo na quarta-feira, 7. Evento tratou de como maximizar negócios por meio de ecossistemas conectados. O executivo destacou que o setor automotivo é um dos setores mais pressionados a promover sua transformação digital.
"Estamos atendendo as 20 maiores montadoras globais", informou Kaeser, destacando que a quarta revolução industrial está mudando de forma significativa os processos de produção. Ele ressalta que as fábricas inteligentes, propostas pela indústria 4.0, são um caminho para reduzir custos e gerar mais competitividade.
Como exemplo disso, o presidente global da Siemens mencionou a adoção de gêmeos digitais, sistemas que fazem a simulação virtual de ambientes reais da fabricação, diminuindo em até 50% o tempo de manufatura. "O produto chega duas vezes mais rápido ao mercado", afirmou, acrescentando que, diante do contexto de transformação, "só vão sobreviver os mais fortes".
Digitalização em primeiro lugar, puxada pelo setor automotivo
O presidente da Siemens Brasil André Clark, constata que a transformação digital está na agenda da indústria brasileira. Ele lembra que há dez anos, quando as empresas decidiam montar uma fábrica, a primeiras preocupações eram com o terreno e terraplenagem. A automação e digitalização sempre ficavam para depois da construção da obra. "Agora esse é o item número 1 dos negócios", diz.
O executivo observa que o setor automotivo é um dos que mais vêm investindo em novas tecnologias para atender os anseios do consumidor da era digital. Entre as quais ele cita soluções de internet das coisas (IoT), inteligência artificial e sistemas para analisar dados para tomada de decisão com mais assertividade.
"A indústria automotiva é inovadora até pelos desafios que vem passando", comenta o presidente da Siemens Brasil.
Clark observa que a indústria automotiva está sendo demandada a produzir carros mais sofisticados como os autônomos, elétricos e conectados, prontos para o compartilhamento. Entregar tudo isso aos consumidores, segundo ele, exige que as montadoras se preocupem não mais apenas com a fabricação dos carros. Elas precisam convergir também para colaborar com empresas do setor elétrico, de infraestrutura e com governos que estão construindo cidades inteligentes.
Mudanças no modelo de negócio
Andrea Kollmorgen, executiva responsável pela área de Connected e Mobility da Siemens global, avalia que o grande desafio das montadoras está justamente na conectividade. Segundo ela, as fabricantes são obrigadas a seguir as quatro megatendências (carro autônomo, elétrico, compartilhado e a nova mobilidade) de forma acelerada, já que o desenvolvimento de cada uma destas frentes acontecerá de forma simultânea.
"As montadoras precisam ter um olho no presente e outro no futuro. A Siemens pode ajudá-las na modernização das fábricas", afirma Andrea. Segundo ela, a digitalização é importante para que essas empresas possam enfrentar o turbilhão de mudanças que ocorre no setor e buscar novos modelos de negócios.
A executiva explica que novas formas de mobilidade estão ganhando espaço nas cidades, como é o caso das bicicletas, patinetes e dos táxis por aplicativo, fazendo com que menos consumidores comprem carros. Essa tendência, segundo Andrea, abre novas oportunidades para as indústrias. Um exemplo é a mobility as a service (mobilidade como serviço). Isto é, a possibilidade de o consumidor contratar um carro para usar pelo tempo que quiser.
| Ind4.0 | | | | Uma máquina autônoma com correias eletrônicas inicia um processo de vibrações acima do normal. Os operários desta linha de produção estão mais à frente, organizando as peças que saem da máquina, portanto, não detectam este possível defeito.
Mas um sensor instalado no equipamento consegue identificar esta alteração e emite um alerta para a central da fábrica, por meio de uma rede privada de rádio digital, informando qual a máquina que está apresentando esta anomalia, qual o grau de aumento de vibração que foi detectado e outros dados relacionados à ocorrência. Assim, a supervisão da fábrica pode destinar uma equipe técnica imediatamente ao local para avaliar e solucionar o problema.
Veja que, nesta situação, a linha de produção não precisou ser interrompida ou paralisada, e os funcionários não foram colocados em risco, otimizando o processo produtivo por meio da inteligência de dados. A tecnologia que permitiu que isso ocorresse é o rádio digital interconectado da Motorola Solutions, o sistema MOTOTRBO, que permite, além da transmissão de voz, o envio e análise de dados, e a integração com diversas soluções, proporcionando geração de inteligência e eficiência na fábrica.
Esta tecnologia foi lançada em 2008, quando os conceitos de Internet das Coisas (IoT), Big Data e inteligência artificial ainda não eram muito difundidos no Brasil. No entanto, de forma visionária, o rádio digitalizado MOTOTRBO já era um dispositivo digital com funcionalidades de interconexão e de envio de dados, trazendo inúmeros benefícios para os mais diversos segmentos de mercado, e principalmente para a manufatura.
A Motorola Solutions é líder em protocolos de radiocomunicação digital DMR (Digital Mobile Radio), padronizado pela ETSI (European Telecommunications Standards Institute). Por meio de banda estreita, que permite a transmissão de recursos de áudio e dados, a tecnologia facilita comunicações bidirecionais via rádio digital, otimizando a eficiência espectral no rádio analógico tradicional.
“O MOTOTRBO pode ser conectado em até cinco entradas e saídas digitais, gerando interconectividade entre sensores via bluetooth e WiFi, e permitindo enviar e receber dados”, explica Alex Santos, gerente de Vendas para Mercado Comercial na Motorola Solutions.
Alex conta que os clientes da multinacional possuem e optam pela instalação de redes privadas em função de uma cobertura sempre estável, alta capacidade otimizada e segurança de dados nas interfaces aéreas e físicas, além do custo reduzido em função de ser um ambiente altamente controlado.
“Uma rede privada com comunicação de rádio consegue enviar voz e dados. No caso das fábricas, nós conseguimos conectar sensores em qualquer lugar, que às vezes não tem conexão via 3G, 4G ou satélite, e transmitir essas informações em tempo real, sem perdas. Redes privadas conseguem transportar grandes quantidades de dados, fazendo transmissão e recepção sem ou com tratamento dessas informações. Por meio da inteligência de dados que é gerada no sistema, o rádio consegue identificar se uma informação é importante para ser enviada em tempo real ou não, como o caso da vibração da correia mencionado no início deste artigo em que a inteligência do sistema detectou um dado com alteração, e entendeu que isso deveria ser comunicado como uma possível ocorrência”, explica Alex.
Além das funções de transmissão e análise de dados, o rádio digital permite a integração com outras tecnologias, sensores e equipamentos, tanto da própria Motorola Solutions, quanto de outros fabricantes. “A Motorola desenvolve um programa chamado Application Development Program, voltado ao compartilhamento de APIs, para ajudar as fábricas a serem cada vez mais interconectadas, levando os dados do ponto A ao ponto B da forma mais ágil e inteligente possível por meio do MOTOTRBO”, complementa.
A digitalização do rádio traz muitos benefícios para a manufatura, com a integração de voz, dados e sensores. Recursos como este vêm sendo cada vez mais utilizados para transmissão de dados, além da conexão com GPS, o que facilita o rastreamento e acompanhamento do status de desempenho de todo e qualquer equipamento da fábrica.
Sobre a Motorola Solutions
A Motorola Solutions é uma empresa global com 90 anos de história, e está no Brasil há 40 anos. O portfólio de soluções da empresa se divide em cinco grandes áreas, sendo elas: Rádio e Integração de sistemas; LTE para Defesa e Segurança Pública; Software de Centro de Comando e Controle; Vídeo-Segurança e analítico; e Serviços Gerenciados.
Por meio do projeto “Fábrica do Futuro”, a Motorola Solutions oferece soluções para digitalizar empresas de manufatura e conectar áreas, pessoas, dispositivos, máquinas e processos para aumentar sua eficiência operacional. Com a tecnologia da Motorola Solutions, você pode manter os seus trabalhadores conectados e ampliar a segurança deles.
| Ind4.0 | | | | Em 2019 houve um aumento de mais de 18% no fundo composto por 90 empresas de ponta na indústria de robótica, automação e inteligência artificial – o ROBO Global's Robotics and Automation Index ETF, primeiro índice de benchmark do mundo a rastrear empresas do segmento.
O ganho do fundo no ano – que corresponde a quase 35% do ganho total do ETF acumulado desde o seu lançamento em 2013 – representa uma tendência que mostra estarmos nos aproximando de um momento decisivo para a indústria robótica na economia mundial. O uso de robôs em todo o mundo aumentou três vezes nas últimas duas décadas, para 2,25 milhões, de acordo com relatório da Oxford Economics. A previsão é de que 20 milhões de robôs estejam em uso industrial até 2030 .
O brasileiro especialista em automação industrial, Marcelo Miranda, explica que os próximos anos devem ser de mudanças tecnológicas que mudarão o modo de operar das empresas. "Estamos à beira de uma transformação globalizada que irá mudar a economia como um todo.
Por meio da combinação de tecnologias como Automação, Inteligência artificial, Internet das coisas, Manufatura Aditiva e Manufatura Customizada, os fabricantes poderão criar novos modelos de negócios, mais produtivos, seguros e menos onerosos devido à alta capacidade de otimização dos processos", explica o especialista, que atua no mercado há mais de 30 anos e é CEO da Accede Automação Industrial.
| Ind4.0( publicado em 12-08-2019) | | | | "Descobrimos uma maneira de transmitir as emissões em uma direção estreita. Isso permite que o sistema seja mais eficiente em ambientes urbanos."
Como mandar o calor para o espaço
Aparelhos de ar-condicionado que mandam o calor para o espaço sem gastar energia rapidamente estão se movendo de uma curiosidade científica para uma possibilidade real de aplicação.
Também conhecida como refrigeração radiativa ou refrigeração passiva, a técnica envia o calor para o espaço irradiando luz infravermelha numa faixa para a qual a atmosfera terrestre é transparente.
Lyu Zhou, da Universidade de Buffalo, nos EUA, criou agora um sistema de ar-condicionado sem energia muito simples e barato.
Refrigeração passiva
O cerne do sistema é um filme de alumínio revestido com um polímero transparente disponível comercialmente, o polidimetilsiloxano. O alumínio reflete a luz solar, enquanto o polímero absorve e dissipa o calor do ar circundante.
O filme é instalado dentro de uma caixa de isopor, na parte inferior de um "abrigo" solar especialmente projetado. O filme ajuda a manter o ambiente frio absorvendo o calor do ar dentro da caixa e transmitindo esse calor para o espaço - sem nenhum consumo de eletricidade.
"Uma das inovações do nosso sistema é a capacidade de propositadamente direcionar as emissões térmicas para o céu," explicou o professor Qiaoqiang Gan, cuja equipe havia apresentado recentemente um destilador solar com eficiência virtualmente perfeita.
"Normalmente, as emissões térmicas viajam em todas as direções. Descobrimos uma maneira de transmitir as emissões em uma direção estreita. Isso permite que o sistema seja mais eficiente em ambientes urbanos, onde há prédios altos em todos os lados. E usamos soluções de baixo custo, materiais comercialmente disponíveis, e descobrimos que eles funcionam muito bem," completou Gan.
Quando colocado ao ar livre durante o dia, o ar-condicionado sem energia reduziu a temperatura dentro da caixa em cerca de 6º C. À noite, esse número subiu para cerca de 11º C. À noite o rendimento é melhor porque o sistema não precisa se livrar do calor gerado pelo Sol.
Como funciona o ar-condicionado sem energia
O filme de alumínio/polidimetilsiloxano foi colocado no fundo de uma caixa de isopor, acima da qual foi erguido um abrigo solar, feito de um material absorvente de calor disposto na forma de quatro paredes inclinadas para fora. Um cone quadrado invertido dentro das paredes completa o sistema.
Essa arquitetura serve a um duplo propósito: Primeiro, ajuda a capturar a luz do Sol. Em segundo lugar, a forma das paredes e do cone dirigem o calor emitido pelo filme em direção ao céu.
"Se você olhar para o farol do seu carro, ele tem uma certa estrutura que permite direcionar a luz em uma determinada direção," explicou Gan. "Seguimos esse tipo de projeto. A estrutura do nosso sistema de modulação do feixe [de calor] aumenta nosso acesso ao céu. A capacidade de direcionar as emissões melhora o desempenho do sistema em áreas populosas."
| CIMM | | | | O valor médio da gasolina vendido nos postos brasileiros avançou em 16 Estados brasileiros na semana passada, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo AE-Taxas. Houve queda em dez Estados e no Distrito Federal.
Na média nacional, o preço médio subiu 0,16% na semana sobre a anterior, de R$ 4,312 para R$ 4,319.
Em São Paulo, maior consumidor do País e com mais postos pesquisados, o litro da gasolina recuou 0,12%, de R$ 4,083 para R$ 4,078, em média.
No Rio de Janeiro, o combustível recuou 0,35%, de R$ 4,818 para R$ 4,801, em média.
Em Minas Gerais, houve avanço no preço médio da gasolina de 0,39%, de R$ 4,573 para R$ 4,591 o litro.
| Tribuna PR (publicado em 12-08-2019) | | | |
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