| 19 de MARÇo de 2019
Terça-feira
- Governo prepara plano que prevê R$ 40 bilhões em investimentos e 500 mil empregos
- Estado lança aplicativo que facilita a contratação de autônomos
- Polônia e Paraná vão reforçar relações comerciais e culturais
- Portos do Paraná apresentam nova identidade visual
- Confiança e atividade recuam no início do ano
- Brasil recua em ranking de produção global
- Atividade econômica do Brasil recua mais que o esperado em janeiro, mostra BC
- Indicadores confirmam desaceleração da atividade no Brasil
- Indústria do Brasil só é mais competitiva que a da Argentina, diz estudo
- Brasileiro leva 1 hora para produzir o que americano faz em 15 minutos
- Centrais atrasam salários e tentam reverter decisão de Bolsonaro
- Bolsonaro contraria montadoras e mantém livre-comércio de veículos com o México
- Previdência será votada na Comissão em abril, diz presidente do CCJ
- Crise na Venezuela deverá elevar conta de luz de brasileiros em R$ 50 milhões por mês
- À espera de reforma, Bolsa opera descolada da economia real
- IGP-M na 2ª prévia de março fica em 1,06%, ante 0,55% um mês antes, revela FGV
- IPC-S sobe em 4 das 7 capitais pesquisadas na 2ª quadrissemana de março, diz FGV
- Maior foco do governo no mercado de capitais dará fôlego ao private equity
- Exportação de minério de ferro do Brasil perde força em março diante de cortes da Vale
- Ações da Fiat Chrysler sobem após sócio da Peugeot falar em possível fusão
- Preço da gasolina nos postos sobe pela 3ª semana seguida, aponta ANP
- Vendas de usados avançam 6,3% no bimestre
- GM vai investir R$ 10 bilhões em SP para mnter empregos e desconto de ICMS
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Câmbio
Em 19/03/2019
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Fonte: BACEN
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O Paraná deve receber um programa de investimentos que soma R$ 40 bilhões no período de cinco anos. Com isso, o Governo do Estado projeta um crescimento anual da economia na faixa de 4% e a geração de 500 mil novos postos de trabalho até 2023.
Os instrumentos para realizar esses objetivos fazem parte do projeto de lei de Eficiência na Gestão do Estado (LEGE), que foi apresentado nesta segunda-feira (18) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior para a bancada federal do Paraná, no Palácio Iguaçu.
O anteprojeto, que estabelece as diretrizes e as ferramentas de gestão para um planejamento de longo prazo do Estado, também foi apresentado aos deputados estaduais e o texto final será protocolado na Assembleia Legislativa na próxima semana.
Na sequência, o Governo do Estado enviará o plano de longo prazo, com as metas para o desenvolvimento econômico e social do Paraná pelos próximos 20 anos. “Aqui no Paraná a eficiência será lei”, afirmou o governador.
Os R$ 40 bilhões previstos estão apoiados em recursos públicos e privados. Do total, R$ 26 bilhões virão do tesouro estadual. O restante deverá ser aplicado por meio de parcerias público-privadas (PPPs). Ratinho Junior destacou a importância da parceria dos deputados federais e senadores paranaenses.
“Temos desafios que vão passar por Brasília, principalmente para alavancar recursos para o grande pacote de projetos que estamos preparando”, disse.
LEGE - Lei Complementar, a LEGE estabelecerá os princípios e normas de gestão administrativa e de finanças públicas do Estado. O texto irá apontar mecanismos prudenciais de avaliação de controle das ações e políticas do governo. Também determinará medidas para se alcançar e manter o equilíbrio das contas públicas e o alinhamento do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual, com metas estabelecidas no planejamento de longo prazo do Estado.
A elaboração da lei contou com o apoio do economista Paulo Rabello de Castro, chamado por Ratinho Junior no ano passado, logo após as eleições, para construir métricas e metas para o governo paranaense. Ex-presidente do IBGE e do BNDES, Rabello destacou a situação privilegiada do Estado.
EQUILÍBRIO - “Ao contrário da maioria (dos Estados), o Paraná não está quebrado. Está equilibrado, e em breve terá uma lei de eficiência, com metas superiores, inclusive, à Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirmou.
Rabello também citou ranking preparado por ele que aponta o Paraná e o Pará como os estados que mais pontuam em termos de equilíbrio financeiro e fiscal em todos os aspectos. Segundo o economista, essa condição, acrescida da aprovação da lei da eficiência, vai ajudar a ampliar ainda mais os investimentos no Estado.
A expectativa é que o Paraná receba mais cerca de R$ 40 bilhões da iniciativa privada na ampliação ou instalação de negócios no Estado. “É um círculo virtuoso de prosperidade”, define o economista. “Acreditamos que o setor privado, olhando para um governo que planeja investir R$ 40 bilhões vai se sentir motivado a vir para cá.”
LONGO PRAZO – “Precisamos ter um olhar para o futuro, temos muitas demandas diárias, mas é necessário que tenhamos um instrumento para medir as ações do governo, como se gasta o dinheiro público”, ressaltou Guto Silva, Chefe da Casa Civil, que coordena a redação final da lei que será encaminhada à Assembleia Legislativa.
“Esta será uma lei moderna, inovadora, para que o Estado possa, através de métricas, acompanhar seu próprio desempenho e verificar se o recurso está sendo gasto com equilíbrio, eficiência e, sobretudo, se tem gerado resultado para a população do Paraná”, completou.
Segundo o líder do governo no Legislativo estadual, Hussein Bakri, debater antecipadamente os projetos estruturantes com os deputados é o espírito desta gestão. “Em projetos que tenham esse impacto, queremos a participação de todos os deputados, não importa o partido ou corrente”, disse.
BANCADA – A bancada federal também aprovou a iniciativa de reunir deputados e senadores para uma apresentação prévia do projeto. Para o senador Oriovisto Guimarães, a atividade parlamentar em Brasília fica melhor com o alinhamento e orientação do governo do Estado. “Além do orçamento do Estado, das emendas impositivas, fundos de participação, o Paraná também tem interesse em programas dos ministérios, transferências voluntárias e, nesse momento, a bancada é fundamental”, disse.
O deputado federal Aroldo Martins também aprovou a abertura do governo. “Essa reunião demonstra a seriedade da administração estadual, que entende que a bancada paranaense é suprapartidária e que todos devem ser ouvidos e podem colaborar”, afirmou.
A reunião com a bancada paranaense contou com a presença dos deputados federais Toninho Wandscheer, Paulo Martins, Christiane Yared, Zeca Dirceu, José Carlos Schiavinato, Leandre, Luciano Ducci, Luiz Nishimori, Sérgio Souza, Ricardo Barros e Stephanes Junior, e os senadores Flávio Arns e Oriovisto Guimarães.
| Bem Paraná (publicado em 18-03-2019) | | | | O período de lua de mel com o novo governo está sofrendo abalos. O sinal de alerta soou no mês passado. De cinco índices de confiança, empresariais e do consumidor apurados pela FGV, quatro caíram em fevereiro ante janeiro. O IBC-Br, espécie de prévia do PIB, veio negativo em janeiro, após duas altas seguidas. Também as projeções de crescimento do PIB para 2019 já rondam 2%, segundo o Boletim Focus, do BC, ante 2,28% na semana passada e 2,48% há um mês.
As incertezas quanto à aprovação das reformas e a frustração com a lenta recuperação da economia reduziram a euforia de empresários que houve após as eleições. Do lado do consumidor, o desemprego, que pesa nas decisões de compra, voltou a subir para 12% em janeiro.
Entre os índices empresariais, a grande virada ocorreu na construção que, depois de seis meses seguidos de alta, a confiança dos empresários caiu em fevereiro. No caso do setor de serviços e do consumidor, a retração ocorreu no mês passado após quatro altas consecutivas. Já no comércio, o sinal de que a euforia estava terminando começou mais cedo: houve queda na confiança dos empresários em janeiro e fevereiro. Só a indústria destoou dos demais, pois o ajuste ocorreu antes, com a greve dos caminhoneiros e a crise argentina.
“Fevereiro foi um mês de calibragem”, diz o superintendente de Estatísticas Públicas da FGV, Aloisio Campelo. Ele explica que a queda nos índices de confiança foi determinada por um ajuste nas expectativas para os próximos meses. Na sua análise, passado o segundo turno das eleições, o aumento das expectativas dos empresários e consumidores foi além do que a economia conseguiu entregar. Talvez, diz, os empresários achassem que seria mais fácil encaminhar as reformas ou teriam outros impulsos para levar a economia à frente.
Para Nicola Tingas, consultor da Acrefi, que reúne as financeiras, houve um “freio de arrumação” nas expectativas provocado pela piora do lado real da economia: a lentidão na recuperação do PIB, as dificuldades na negociação da reforma da Previdência e as trapalhadas do governo. Por outro lado, ele ressalta que, no âmbito financeiro da economia, cujo desempenho da Bolsa procura antecipar as expectativas de longo prazo, o cenário é positivo. Nessa segunda-feira, 18, o Ibovespa fechou acima de 99 mil pontos, após ter atingido marca recorde de 100 mil pontos. “Houve um freio de arrumação em fevereiro, mas o ônibus não perdeu o freio”, diz Tingas.
Campelo também não acredita que a queda que houve na confiança dos empresários e do consumidor seja uma tendência. Mas ele pondera que a calibragem pode continuar este mês.
Montanha russa
Empresários confirmam a oscilação nos negócios, o que tem levado à queda nas expectativas. Mauro Teixeira, sócio-diretor da TPA, incorporadora e construtora, por exemplo, conta que o desempenho da empresa na venda de imóveis num mês é eufórico e no outro é baixo-astral. Após as eleições, outubro e novembro foram muito bons para a companhia, que fatura, em média, R$ 100 milhões por ano. Já em dezembro, as vendas perderam o fôlego e, em janeiro, elas voltaram para nível muito bom. Mas em fevereiro, houve uma freada: a empresa vendeu um quarto das unidades comercializadas em janeiro, mas este mês começou bem.
Diante dessa montanha russa, Teixeira decidiu colocar os novos empreendimentos em banho maria. “A área de novos negócios da empresa está acionada, mas não está pressionada.” A ordem é não acelerar.
| Tribuna PR | | | | Encontrar uma diarista, encanador, pintor, garçom ou cozinheiro ficará muito mais fácil no Paraná. O governador Carlos Massa Ratinho Junior lançou nesta segunda-feira (18) o aplicativo Paraná Serviços, uma solução inovadora que faz a intermediação entre o contratante e o prestador autônomo de serviços dentro do Estado. São mais de 100 categorias de serviços beneficiadas.
O aplicativo, que já está disponível para os sistemas Android e iOS, vai facilitar a vida do cidadão que pretende contratar um serviço autônomo, além de aumentar a empregabilidade e tirar os trabalhadores da informalidade. “Esta ferramenta vai agilizar a vida de quem busca uma colocação no mercado de trabalho, ligando de uma ponta a outra quem oferece e quem procura por um serviço específico”, destacou o governador.
A ferramenta foi criada pela Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, por meio de sua Assessoria de Gestão Inteligente e Inovação e do Departamento do Trabalho, e desenvolvida pela Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar).
“A plataforma demonstra como o poder público pode ser um instrumento de soluções para a população e um indutor de desenvolvimento de novos negócios”, afirmou Ratinho Junior. “Queremos fazer com que o Estado seja um grande instrumento de desenvolvimento da área de tecnologia e crie ferramentas que facilitem a vida das pessoas”, enfatizou.
QUALIDADE DE VIDA - O secretário de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost, explicou que outras categorias devem ser incluídas no leque de opções do aplicativo. “O nosso objetivo, com o Paraná Serviço, é aumentar a renda dos trabalhadores do Estado e, por sequência, a qualidade de vida da população”, disse. “Quem utilizou o serviço poderá avaliar o trabalho feito pelo profissional, como acontece com outros aplicativos. Quanto melhor avaliado, mais serviços o profissional pode conseguir”, explicou.
CADASTRO E CAPACITAÇÃO – Além de cadastrar os profissionais no sistema para que sejam encontrados e contratados diretamente pelos usuários, o Departamento do Trabalho vai fornecer a capacitação profissional e a orientação necessária para que eles se tonem Microempreendedor Individual (MEI).
O cadastro dos profissionais no aplicativo será feito, preferencialmente, nas Agências do Trabalhador, que também ficarão responsáveis pela capacitação desses profissionais para manusear a ferramenta.
Uma pesquisa realizada pela Celepar em 2017 indica que 35% das pessoas que buscam emprego nas agências têm potencial para exercer uma atividade profissional autônoma.
INOVAÇÃO – Para o desenvolvimento do aplicativo, foram utilizadas metodologias consolidadas no mercado, como o Desing Thinking, que visa produzir uma ferramenta que atenda a necessidade do usuário, promovendo a facilidade de uso e objetividade para o resultado.
Segundo o presidente da Celepar, Allan Costa, o aplicativo é mais uma iniciativa de uso da inteligência associada à tecnologia para melhorar a vida do cidadão. “A ferramenta permite aproximar uma demanda que existe no mercado a profissionais que têm condições de prover esse serviço”, disse. “O APP é muito intuitivo, ele vai conduzindo o cidadão no uso. Ele pergunta para o usuário se ele é um prestador de serviços ou quer contratar e, a partir disso, com dois ou três cliques na tela o processo está completo”, explicou.
PRESENÇAS – Participaram da solenidade o vice-governador Darci Piana; o secretário de Estado do Planejamento, Valdemar Bernardo Jorge; o assessor especial de Gestão Inteligente e Inovação da Secretaria de Justiça, André Telles; o diretor do Departamento do Trabalho da pasta, Ederson Colaço; os presidentes da Paraná Desenvolvimento, Eduardo Bekin; da Cohapar, Jorge Lange; e da Associação Comercial do Paraná, Gláucio Geara; o diretor-geral do Detran, Cesar Kogut; o chefe do Gabinete Militar da Governadoria, major Welby Pereira Sales; o deputado federal Stephanes Júnior; a primeira-dama Luciana Saito Massa; e o ex-governador Mário Pereira.
Confira algumas dicas importantes para utilizar o aplicativo:
Para o contratante:
O contratante deve pesquisar pelo serviço ou profissional de que necessita – basta informar as características do serviço e as opções de trabalhadores será exibida para a contratação.
A escolha do profissional é da preferência do contratante e podem ser avaliadas as qualidades e habilidades do prestador de serviços.
Ao final, deve confirmar o pedido ao trabalhador para facilitar o orçamento.
O app também permite a troca de mensagens entre contratante e contratado.
Escolhido o profissional de sua preferência, marcar a data de realização do serviço.
Para o contratado
O contratante reservará o dia em que deseja o serviço na sua agenda. Então o contratado receberá um aviso e deverá confirmar ou rejeitar o agendamento.
A principal seção do aplicativo é a de agendamentos. Nela, o contratado tem acesso a todos os seus compromissos: pendentes, confirmados e finalizados.
Antes de reservar um dia na agenda, provavelmente o contratante enviará uma mensagem com a cópia do pedido para que o profissional passe um orçamento. É preciso ficar atento.
Todas as seções e configurações do aplicativo estão reunidas no menu.
Outra seção é a de destaques. Se você é uma confeiteira, pedreiro, ou marceneiro, por exemplo, adicione fotos dos seus melhores trabalhos.
O profissional recebe direto do contratante o valor cobrado pelo serviço realizado.
| Agência de Notícias do Paraná (publicado em 18-03-2019) | | | | O Governo do Paraná quer estreitar as relações culturais e comerciais com a Polônia. O vice-governador Darci Piana recebeu nesta segunda-feira (18) a cônsul do país em Curitiba, Dorota Bogutyn, e uma comitiva da cidade de Poznań, formada pelo prefeito Jan Grabkowski Starosta e membros das secretarias da prefeitura.
Darci falou que é grato pela pelos imigrantes poloneses que vieram para o Estado e que a parceria com eles foi essencial para o desenvolvimento das cidades e dos municípios onde vivem. “Nosso Paraná só chegou onde está hoje por causa da colaboração de quem vêm de fora, como os poloneses”, disse ele.
Piana afirmou que o Paraná está disposto a dar sequência na parceria produtiva com o país em todas as áreas. Na área gastronômica, o vice-governador disse que quer fomentar ainda mais a culinária polonesa no Estado por meio da parceria em eventos voltados à área.
INTERCÂMBIO – Outro assunto tratado na reunião foi o intercâmbio de estudantes. A comitiva Poznań quer, no futuro, desenvolver uma parceria para enviar jovens da cidade para o Paraná e vice-versa. “Acreditamos que as crianças e adolescentes podem colaborar com a divulgação das culturas”, disse o prefeito da cidade.
O vice-governador relatou que o Estado estuda um programa para enviar estudantes de escolas paranaenses que se destacam para outros países, e a Polônia pode ser um deles. “Uma medida positiva que com certeza vai reforçar nossa parceria”, disse a cônsul do país.
PRESENÇAS - Participaram da reunião a secretária de Finanças de Pozna, Renata Ciurlik; a secretária da prefeitura, Magdalene Byczkowska; a diretora do gabinete do prefeito, Katarzyna Wozinska; o diretor de assuntos internacionais e promoção, Tomasz Morawski; o empresário Stefan Kaczmarek; o presidente do geminações de São José dos Pinhais, Luiz Carlos Setim; e o vice-presidente de geminações de São José dos Pinhais, Elza Delage.
| Agência de Notícias do Paraná (publicado em 18-03-2019) | | | | A administração dos Portos do Paraná lança durante a 25ª Intermodal South América, que acontece nesta semana, a nova identidade visual da empresa. Criado pela Secretaria de Estado da Comunicação Social, o novo conceito é moderno, direto e simples. A ideia é representar os portos paranaenses como terminais globais, eficientes e diversificados.
Segundo o secretário da Comunicação Social, Hudson José, o novo logotipo une três temas: globalização, navegação e logística. “A criação teve como objetivo posicionar a nossa estrutura portuária como ponto de referência mundial. O Paraná é um hub logístico importante para o mundo e essa é a ideia que pretendemos transmitir”, explica o secretário.
De acordo com ele, o conceito logística inteligente, que segue a marca, explicita o trabalho dos Portos do Paraná. “A frase nos destaca como um ponto fundamental de logística e mostra a qualidade da nossa atuação: inteligente. Quem é inteligente é eficiente, é competitivo, é inovador. E assim são os Portos do Paraná”, enfatiza Hudson.
A nova identidade visual passa a ser usada já a partir da Intermodal, que é considerada a maior feira de logística. O evento acontece em São Paulo a partir desta terça-feira (19) e até quinta-feira.
IDENTIDADE - Além da nova marca, a Administração do Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) adotará o conceito de Portos do Paraná. “A razão social continuará a mesma, mas entendemos que os novos projetos ampliam a atuação da administração para todo o Litoral”, destaca o diretor-presidente, Luiz Fernando Garcia.
Uma das preocupações é facilitar o reconhecimento dos terminais paranaenses no exterior e posicionar o Estado no cenário mundial. “O logotipo reflete a nossa eficiência, conquistada ao longo destes 84 anos. O desempenho operacional dos terminais e as estatísticas confirmam que fazemos logística de forma inteligente”, diz Garcia. “Temos os portos mais eficientes do Brasil. Em 2018, foram mais de 10 mil toneladas de carga por metro linear de cais. Alcançamos a média de 145 mil toneladas por dia”, reforça.
Juntos, os Portos do Paraná têm área total de 4.129.801,3 metros quadrados e mais de 5,3 km de cais e píeres, distribuídos em 24 berços: 16 no cais comercial de Paranaguá, 4 berços em 2 píeres de líquidos, 2 berços em 1 píer de fertilizantes e 2 berços em Antonina.
MOVIMENTAÇÃO - O Porto de Paranaguá, o principal entre os portos paranaenses, é o terceiro do Brasil em volume de movimentação geral - atrás apenas de Santos, em São Paulo (com maior em área total e cais) e Itaguaí, no Rio de Janeiro, (que movimenta minério de ferro, um produto com peso, mas baixo valor agregado).
Paranaguá é o primeiro porto do país em exportação de óleo vegetal e frango; e o primeiro em importação de fertilizantes - com a melhor prancha média operacional para o embarque dos produtos, entre os Portos brasileiros: 299 toneladas/hora.
Em valor movimentado em exportação, o Porto de Paranaguá é o segundo do Brasil. Em 2018, foram U$ 18 bilhões. Ainda no ano passado, o terminal teve superávit de mais de U$3,5 bilhões e gerou U$32,4 bilhões em Corrente de Comércio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
INTERMODAL - O estande dos Portos do Paraná na 25ª Intermodal South America é o de número 30, fica na Rua 15 do Centro de Exposições São Paulo, na Rodovia dos Imigrantes, km 1,5. A visitação é das 13h às 21h, nos três dias de evento.
| Agência de Notícias do Paraná (publicado em 18-03-2019) | | | | A indústria de transformação brasileira tem desempenho negativo em um cenário de avanço das outras nações, o que pode agravar a falta de competitividade do País frente aos concorrentes
O setor automotivo é um dos poucos do País que consegue fazer altos investimentos em inovação
Enquanto a indústria de transformação global apresenta crescimento, ainda que baixo, o setor produtivo brasileiro voltou ao terreno negativo. O quadro pode agravar a falta de competitividade do País em relação às principais economias do mundo.
A partir dos dados coletados por diversas organizações estatísticas, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) elaborou um ranking internacional de crescimento da indústria geral com 45 países. Em 2018, o Brasil registrou 1,1% de crescimento acumulado, ficando com a 34ª posição, ante a 29ª colocação no ano anterior.
Entre os países com melhor desempenho que o Brasil se destacam a China, que cresceu 6,2% em 2018, Índia (5,1%), EUA (4%), Coréia do Sul (1,4%) e Alemanha (1,2%). “Em termos de produção física, estamos quase 17% abaixo do nível de maio de 2011, recorde da série histórica. Nas categorias bens de capital e bens de consumo duráveis, o desempenho é ainda pior”, assinala o economista do Iedi, Rafael Cagnin.
Ele destaca que há um descompasso entre a indústria do Brasil e a de outros países. “Enquanto a economia global crescia, nós estávamos imersos em uma crise profunda. Agora, partimos de uma base de crescimento mais baixa”, esclarece.
Ele aponta como uma das principais causas para o desaquecimento da produção mundial o momento de protecionismo e a tensão comercial, especialmente entre China e Estados. “Esta é a ponta do iceberg de uma corrida tecnológica para saber quem vai assumir a liderança nesse novo arranjo produtivo que se convencionou chamar de indústria 4.0”, pondera.
Cagnin alerta que esse cenário torna urgente para o Brasil superar a crise e melhorar a competitividade da indústria. “É precisa criar um ambiente mais propício para enfrentar os desafios que essa realidade irá trazer. O país que acompanhar essa evolução terá ganhos expressivos. Caso contrário, significa ficar à margem da economia mundial.”
O economista entende que o aumento significativo da automatização e digitalização deve trazer uma reorganização das cadeias produtivas. “As linhas transferidas para países emergentes devem retornar aos locais de origem, dado os ganhos obtidos e o nível de qualificação necessário à mão-de-obra.”
Adicionalmente, Cagnin aponta que o Brasil precisa avançar em infraestrutura e tributação. “Nossos concorrentes estão evoluindo rapidamente, enquanto o País é um dos piores colocados em termos de inovação entre as principais economias do mundo.”
Ele afirma ainda que, embora a indústria brasileira não tenha sido a única a perder dinamismo em 2018, a performance global se manteve no campo positivo. Segundo o último relatório da United Nations Industrial Development Organization (Unido), a manufatura mundial cresceu 2,4% no quarto trimestre do ano, enquanto o Brasil recuou 2,8% no período em relação ao mesmo intervalo de 2017.
“Voltamos a registrar taxas negativas no fim do ano e iniciamos 2019 com nova queda. Isso sinaliza uma desaceleração mais forte da indústria em relação à média global.”
| Reuters | | | | Na comparação com janeiro de 2017, índice apresentou crescimento de 0,79% e no acumulado em 12 meses, teve alta de 1,00%
A atividade econômica brasileira iniciou o ano com contração acima do esperado em janeiro, de acordo com dados do Banco Central, em um mês marcado principalmente por perdas na indústria que reforçam a percepção de fraqueza do crescimento no início de 2019.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), recuou 0,41 por cento em janeiro sobre o mês anterior, informou o BC em dado dessazonalizado nesta segunda-feira. Em dezembro, o índice subiu 0,21 por cento.
Na comparação com janeiro de 2017, o IBC-Br apresentou crescimento de 0,79 por cento e, no acumulado em 12 meses, teve alta de 1,00 por cento, segundo números observados.
"Esse resultado e outros indicadores divulgados anteriormente sugerem uma recuperação mais gradual da atividade econômica do que o previsto inicialmente", afirmou o banco Bradesco em relatório.
O destaque negativo em janeiro ficou para a indústria, cuja produção teve queda de 0,8 por cento sobre o mês anterior, no resultado mais fraco em quatro meses.
O volume de serviços também surpreendeu ao recuar no mês, com queda no volume de 0,3 por cento em relação a dezembro.
Somente o setor de varejo apresentou ganhos no início do ano, com as vendas subindo 0,4 por cento em janeiro sobre o mês anterior, acima do esperado.
Em 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou expansão 1,1 por cento, mas com o ritmo desacelerando no final do ano e crescendo 0,1 por cento no quarto trimestre sobre os três meses anteriores.
A pesquisa Focus realizada semanalmente pelo BC junto a uma centena de economistas mostra que a expectativa para a atividade neste ano foi reduzida no último levantamento, com o PIB crescendo 2,01 por cento, de 2,28 por cento estimados antes.
| DCI | | | | Indicadores divulgados ontem confirmam uma desaceleração da atividade econômica no início deste ano. Entre eles, o IBC-BR, a prévia do produto interno bruto (PIB) do Banco Central recuou 0,41% em janeiro, ante dezembro, retração abaixo da esperada.
“Neste sentido nossa projeção de PIB para 2019 de apenas 1,8% se mantém e assim os juros irão permanecer baixos a despeito de qualquer fato político. Lembramos que não projetamos corte de juros este ano, mesmo com a reforma da previdência”, afirmou o economista-chefe da Necton, André Perfeito.
“O índice (IBC-BR) está no menor patamar desde outubro de 2018, o que indica menor tração da economia”, comentou o economista da Modalmais, Alvaro Bandeira, em relatório divulgado ontem.
Na mesma linha de desânimo, a pesquisa Focus do Banco Central (BC) mostrou que os analistas de mercado encaram as perspectivas para o ano dentro de uma nova realidade. A projeção de crescimento do PIB em 2019 caiu para 2,01%, abaixo das estimativas de 2,28% há uma semana, e de 2,48% há um mês. A expectativa de crescimento da produção industrial também diminuiu para 2,57% na pesquisa atual, ante 2,80% há uma semana e 3% há um mês.
Segundo o levantamento do Banco Central, a estimativa de superávit da balança comercial foi reduzida para US$ 50 bilhões, frente US$ 51 bilhões anteriormente calculados, sinal de que as exportações contribuirão menos para o avanço da economia brasileira.
O esfriamento da economia ainda mostrou reflexos nas expectativas para 2020. Antes o mercado esperava a taxa básica de juros (Selic) em 8% no final do próximo ano, mas no Focus, essa previsão foi revista para Selic em 7,75% ao ano.
Visão antecedente
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas também divulgou que O Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) para o Brasil, de parceria entre a FGV IBRE e The Conference Board (TCB), recuou 1,2% em fevereiro, para 117,6 pontos.
Segundo o comunicado, seis dos oito componentes contribuíram para a queda no mês, com destaque para os índices de Quantum de Exportações (-9,7%) e de Expectativas de Serviços (-4,2%).
Já o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE, FGV/TCB) do Brasil, que mensura as condições econômicas atuais, avançou 0,1% em fevereiro, para 102,9 pontos.
"Os componentes de expectativas e o indicador de exportações impuseram uma queda ao IACE no mês", segundo Paulo Picchetti, do FGV IBRE. "Uma aceleração significativa do nível de atividade econômica parece menos provável em decorrência do cenário externo menos favorável e da estagnação do mercado de trabalho interno", diz Picchetti.
Em uma visão otimista, pesquisa da Boa Vista com mil entrevistados mostrou que 46% dos empresários disseram esperar proventos maiores em 2019, em relação a 2018.
| DCI | | | | Levantamento da Confederação Nacional da Indústria analisou o desempenho de 18 economias parecidas com a brasileira.
O setor industrial do Brasil segue em desvantagem em relação aos seus principais concorrentes. Um levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que a indústria brasileira só é mais competitiva que a da Argentina.
Diferente de grandes pesquisas internacionais, o levantamento da CNI se concentra em medir a competitividade de 18 países cuja estrutura econômica e de exportação é parecida com a do Brasil. Assim, é possível captar de forma mais fiel um avanço ou retrocesso do setor no Brasil.
A Coreia do Sul é a economia com melhor desempenho, segundo a publicação. Ela é seguida por Canadá e Austrália.
A competitividade é um fator bastante importante para o setor industrial – é ela que garante vantagem na concorrência do comércio internacional. "O Brasil não conseguiu acelerar a agenda da competitividade", disse o gerente-executivo de pesquisas da CNI, Renato da Fonseca. "A indústria brasileira precisa correr mais do que os outros países se quiser avançar."
O estudo da CNI analisou diversos fatores da indústria para classificar a competitividade do setor em cada país. Veja os destaques apontados sobre o Brasil:
O Brasil ocupa a lanterna em disponibilidade e custo de capital. É mais caro investir aqui que em outros países;
O Brasil tem o terceiro pior ambiente macroeconômico e de negócios entre os países analisados;
Em educação, o Brasil aparece na 11ª colocação. Nesse quesito, o país gasta o mesmo do que as principais economias, mas tem resultados abaixo do esperado;
O Brasil vai melhor em disponibilidade e custo de mão de obra. A indústria brasileira está na sexta colocação, atrás apenas de Peru, Índia, Chile, Turquia e Colômbia.
Agenda longa
A agenda de melhora da competitividade da indústria está na mesa há mais de uma década. Ao longo dos últimos anos, a indústria enfrentou uma combinação perversa: na mais severa crise econômica da história do Brasil, a produção manufatureira perdeu relevância na balança comercial, e o setor passou a ter dificuldade para competir com os produtos importados.
"A indústria tem uma conta que é crescente. Ela está andando em círculo e nem sequer consegue virar a página da crise enfrentada nos últimos três anos", afirma o economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rafael Cagnin.
Para avançar, o Brasil vai ter de endereçar uma série de questões, melhorando o resultado de políticas públicas de educação, avançando no ambiente de negócios e macroeconômico.
No dia a dia das empresas, a perda de competitividade fica evidente logo na largada da produção. O setor tem uma alta carga tributária, de 45%, 12 pontos porcentuais a mais do que a carga média do país, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
"Atualmente, produzir no Brasil significa enfrentar custos adicionais que os concorrentes não enfrentam. O setor tem uma carga tributária muito acima da observada nos países em desenvolvimento", diz o assessor da assuntos estratégicos da presidência da Fiesp, André Rebelo.
O exemplo coreano
Atual líder em competitividade, a Coreia do Sul já foi uma economia bastante parecida com a brasileira e hoje serve de modelo de desenvolvimento do Brasil.
Em 1980, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Brasil era de US$ 4,9 mil, e o coreano era de US$ 2,19 mil, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). No ano passado, o PIB per capita brasileiro foi de apenas US$ 16,1 mil, enquanto o coreano chegou a US$ 41,4 mil.
No recorte detalhado estudo da CNI, a Coreia é líder em infraestrutura e logística e ocupa a segunda colocação em disponibilidade e custo de capital, além de ter a terceira melhor educação entre os 18 países analisados.
"A Coreia adotou um modelo mais focado em alguns setores. Houve um incentivo para alguns setores, mas também uma cobrança", diz Fonseca, da CNI. "Com uma mercado interno pequeno, a Coreia não tinha outra opção a não ser se tornar competitiva para aproveitar o mercado externo."
| G1 (publicado em 18-03-2019) | | | | O trabalhador brasileiro leva uma hora para fazer o mesmo produto ou serviço que um norte-americano consegue realizar em 15 minutos e um alemão ou coreano em 20 minutos. Isso significa que a produtividade do Brasil é baixa, mas não quer dizer que o brasileiro seja preguiçoso ou inapto. Há atrasos na formação e na infraestrutura das empresas, o que afeta os resultados, dizem especialistas.
Em termos de riqueza, o Brasil produz em uma hora o equivalente a US$ 16,75, valor que corresponde apenas a 25% do que é produzido nos EUA (US$ 67). Comparado a outros países, como Noruega (US$ 75), Luxemburgo (US$ 73) e Suíça (US$ 70), o desempenho do país é ainda pior. As informações são do professor José Pastore, presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Fecomercio-SP.
Estes dados equivalem à relação entre o total produzido na economia (PIB) e o número total de horas trabalhadas, metodologia mais comum para medir a produtividade de um país, de acordo Pastore.
Precisa melhorar educação e equipamentos
"A produtividade média do brasileiro é de apenas um quarto da do trabalhador americano e de um terço da do alemão ou do coreano. Perdemos muito mercado [lá fora] porque a baixa produtividade dá como resultado baixa competitividade", disse Pastore.
Isso não quer dizer que o brasileiro seja um trabalhador pior do que os outros. É preciso melhorar as condições, como educação dos funcionários e equipamentos nas empresas.
Renan Pieri, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas), afirmou que, além das correções estruturais necessárias para melhorar a produtividade, o Brasil precisa trilhar dois caminhos:
* Melhorar a educação em todos os níveis (inclusive técnico) com investimentos
* Investir na modernização do capital físico (máquinas e equipamentos das empresas)
Educação voltada às empresas "Esses dois aspectos têm a ver com o Estado, que precisa gerar um ambiente econômico que permita, por sua vez, o aumento dos investimentos, tanto público como privado", declarou Pieri. Na opinião dele, o trabalhador precisa chegar às empresas com conhecimento consolidado, e não "tão sem base" como chega hoje.
"Precisamos de um programa que aproxime a demanda das empresas da oferta das escolas, sejam do ensino superior, do ensino médio ou do ensino técnico."
Segundo Pastore, a eficiência do trabalho no Brasil está praticamente estagnada desde a década de 1980, salvo raras exceções. "Estamos parados, enquanto outros países estão melhorando. A distância tem aumentado."
Por que o Brasil está abaixo de outros países?
Pieri disse que o acesso a certos recursos no Brasil, como capitais humano, físico e financeiro, entre outros, é insuficiente e desfavorável se comparado ao de outros países. Entre os fatores que conspiram contra a produtividade, ele enumera:
* Baixa qualificação e capacidade dos trabalhadores (capital humano)
* Tecnologia atrasada e mal administrada nas empresas (capital físico)
* Investimento caro e abaixo do necessário (capital financeiro)
* Infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos insuficientes e sucateados)
* Burocracia complicada
* Ambiente de negócios perverso
"Melhoramos nossa escolaridade média nos últimos 25 anos, mas foi insuficiente para aumentar a qualidade do capital humano e, assim, atender às necessidades das empresas", disse o professor da FGV.
Para Pastore, o alastramento do trabalho informal também agrava o quadro de baixa produtividade no país. "Afinal, temos cerca de 40 milhões de pessoas nessa situação hoje. Isso significa que não é apenas o trabalhador que tem baixa qualidade, é o seu emprego que é de baixa qualidade", afirmou.
Setores nos quais a eficiência melhorou
* Agricultura (devido à incorporação maciça de inovações tecnológicas)
* Financeiro (devido ao salto dado com base às tecnologias do mundo digital)
* Indústria automotiva e Embraer (devido à robotização e racionalização do trabalho)
Uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada na semana passada mostra que a produtividade do trabalho na indústria de transformação no ano passado aumentou 0,9%, em relação a 2017, quando já havia crescido 4,5%, em comparação a 2016. Trata-se do quarto ano consecutivo de crescimento do indicador, mas ainda insuficiente para ganhar competitividade.
O setor industrial brasileiro ainda é 23% mais caro que o norte-americano, segundo estudos da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) citados pelo professor Pastore.
Renda per capita dobraria com melhor produtividade Um relatório do Banco Mundial sobre produtividade, lançado em 2018, aponta que a renda per capita brasileira é aproximadamente 20% da renda per capita dos EUA. Se o Brasil tivesse a mesma produtividade que a norte-americana, a renda do país seria mais de 50% da dos EUA, mesmo sem investimento adicional em máquinas ou capital humano. Ou seja, a renda per capita atual mais do que dobraria somente com melhorais na produtividade.
Jorge Arbache, economista e estudioso do assunto, mostrou que em 1980 a produtividade do trabalhador brasileiro era 670% maior do que a do trabalhador chinês e 70% menor do que a americana.
Em 2013, o Brasil perdia nos dois casos: a do trabalhador brasileiro era 80% inferior à americana e 18% menor à chinesa. No período, a eficiência dos chineses cresceu 895%. Já a dos brasileiros, meros 6%.
E os números que conspiram contra o Brasil não param por aí. Pieri afirmou que a relação PIB/trabalhador em 1994 no Brasil era de R$ 25 mil. Em 2016, já considerada a inflação no período, passou para R$ 30 mil. Isto é, em 22 anos aumentou apenas 20%. "Nesse mesmo intervalo, a relação PIB/trabalhador nos EUA cresceu 48%", disse o professor da FGV.
| UOL | | | | Painel
É o fim Segunda maior central do país, a Força Sindical atrasou os salários de seus funcionários. A decisão do governo Jair Bolsonaro de fixar novas regras para o pagamento da contribuição sindical foi considerada pela direção da entidade um tiro para seu “matar o funcionamento”.
Virar o jogo
As centrais querem usar emendas à medida provisória do governo para reestabelecer a cobrança da contribuição. Já há articulação nesse sentido com o provável relator da proposta, Hugo Motta (PRB-PB).
| Fonte: Folha de S. Paulo | | | |
A partir desta terça, acabam as cotas que regiam as exportações e importações de veículos entre os países
O governo federal confirmou às montadoras que o livre-comércio de carros e autopeças entre o Brasil e México começa a vigorar a partir desta terça-feira (19). Ônibus e caminhões não estão incluídos.
A decisão do governo Jair Bolsonaro (PSL) de contrariar o setor automotivo e acabar com as cotas que regiam o comércio de veículos leves entre os dois países foi antecipada pela Folha.
Em comunicado enviado às empresas no início da noite desta segunda-feira (18), a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) disse a seus associados que havia sido informada sobre a decisão pelo Decex (Departamento de Comércio Exterior), subordinado ao Ministério da Economia.
Ao mesmo tempo em que acabam as cotas de exportação e importação de carros entre Brasil e México, vai ser alterada a regra de origem. Só terão direito a cruzar a fronteira sem pagar tarifa carros com 40% de peças produzidas nos dois países. No regime anterior, esse percentual era de 35%.
Em meados de fevereiro, a Anfavea havia solicitado ao ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, a manutenção das cotas por mais três anos, alegando que é mais barato produzir carros no México do que no Brasil.
A equipe econômica, no entanto, não via motivos para quebrar contratos e rediscutir o acordo como já havia sido feito em 2015 pela ex-presidente Dilma Rousseff.
Na visão dos técnicos do governo, o efeito no curto prazo será pequeno, pois o México não vem conseguindo exportar a totalidade da cota de veículos para o Brasil e vice-versa.
O livre comércio de carros entre Brasil e México acontece em meio a uma reorganização global do setor automotivo, que chegou ao Brasil com a ameaça e fechamento de fábricas.
No mês passado, a Ford anunciou que vai fechar sua fábrica de caminhões em São Bernardo do Campo (SP). Em janeiro, a GM também ameaçara encerrar atividades. Em resposta, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou uma política de incentivo tributário às montadoras.
| Folha de S. Paulo (publicado em 18-03-2019) | | | | A reforma da Previdência deve ficar para a primeira semana de abril, afirmou o presidente da CCJ
(Comissão de Constituição e Justiça), Felipe Francischini (PSL-PR).
"Muito difícil votar antes", afirmou o deputado. A previsão de votação do texto no colegiado, que analisará sua admissibilidade, era inicialmente no final de março.
Francischini, porém, diz que líderes partidários querem esperar a chegada do projeto que altera as regras de aposentadoria de militares para só então começar a análise do texto.
A nova data de votação ficou prevista para a semana de quarta-feira, 3 de abril.
A proposta dos militares deve chegar ao Congresso até esta quarta-feira (20). Depois disso, Francischini designará um relator para tratar da reforma no colegiado.
Ele diz que caso haja atraso no envio do projeto é possível reavaliar os prazos para a escolha do relator. "Se der sinais de que atrasará, conversarei com os coordenadores partidários na CCJ para redefinir", disse.
A CCJ é a primeira fase da apreciação da reforma da Previdência. Depois, se aprovada, ela seguirá para a comissão especial, onde terá o mérito analisado.
O governo estima que tem os votos necessários para a aprovação da reforma na CCJ, mas quer ampliar a margem para evitar chegar enfraquecido à votação mais difícil, na comissão especial.
| Folha de S. Paulo (publicado em 18-03-2019) | | | | Gasto é direcionado principalmente ao grupo Oliveira, que além de dono da distribuidora é o maior gerador térmico do estado
A crise energética da Venezuela deverá provocar um gasto adicional de, aproximadamente, R$ 50 milhões por mês na conta de luz dos brasileiros, segundo estimativas feitas pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) no fim do ano passado.
Há cerca de dez dias, o país vizinho, que viveu o pior apagão de sua história, deixou de enviar energia elétrica a Roraima. Até agora, as importações não retornaram.
O estado é o único no Brasil que não é interligado ao sistema elétrico nacional por meio de linhas de transmissão e depende em grande parte de importações da Venezuela. Sem essa energia, Roraima tem sido abastecida apenas por usinas térmicas, cuja operação é custeada pela tarifa de energia da população.
A distribuidora do estado Roraima Energia não informou se há previsão para que as importações sejam retomadas. A empresa, ex-subsidiária da Eletrobras, é controlada pelo grupo Oliveira e pela Atem desde o início deste ano.
Caso o cenário com a Venezuela persista, o gasto com usinas térmicas pago pelos consumidores poderá ultrapassar o R$ 1 bilhão neste ano —mais que o dobro do que seria despendido normalmente, segundo as projeções da CCEE para o orçamento deste ano.
O principal beneficiário dessa despesa é o próprio grupo Oliveira, que além de controlar a distribuidora Roraima Energia, é o principal fornecedor de energia do estado, com mais de 80% da potência contratada em usinas térmicas.
Ao todo, são quatro as usinas que abastecem o estado: Floresta, Novo Paraíso, Distrito e Monte Cristo. Além do grupo Oliveira, a empresa Soenergy controla parte das usinas.
Roraima já sofre com apagões há tempos, devido a falhas no fornecimento de energia do país vizinho. No ano passado, órgãos do setor elétrico já haviam elevado as despesas com usinas térmicas na região para garantir o abastecimento.
Como uma tentativa de responder à crise no estado, o governo Bolsonaro decidiu declarar o linhão de Tucuruí um empreendimento de infraestrutura de interesse da política de defesa nacional, como uma forma de acelerar o projeto, que deveria ter sido concluído em 2015. O empreedimento visa criar uma linha de transmissão para ligar Roraima ao sistema interligado de abastecimento de energia elétrica.
A solução, porém, ainda deverá enfrentar obstáculos, principalmente a resistência dos índios Waimiri Atroari, cujas terras são cortadas por cerca de 120 dos 715 quilômetros da linha de transmissão.
| Fonte: Folha de S. Paulo (publicado em 18-03-2019) | | | | Apesar de indicadores frustrantes, índice bate recorde de 100 mil pontos durante pregão
O mercado financeiro parece caminhar de costas ao que se passa com a economia brasileira.
No dia em que mais um indicador importante frustra as expectativas de economistas, a Bolsa bateu um novo recorde histórico nominal, fechando muito próxima dos 100 mil pontos.
Nesta segunda-feira (18), o IBC-Br, indicador de atividade do Banco Central —considerado uma espécie de prévia do PIB (Produto Interno Bruto)—, caiu 0,41% em janeiro relação a dezembro.
O número veio bem abaixo do esperado pelo mercado.
A Bolsa nem piscou. Chegou a alcançar 100 mil pontos ao longo dia e encerrou um pouco abaixo do patamar histórico, em 99.993 pontos. A alta foi de 0,86% em relação ao pregão anterior.
No mesmo dia, soube-se que as expectativas de economistas para o PIB de 2019 caíram. O crescimento econômico esperado agora é de 2% ante alta de 2,28% uma semana atrás. Em junho de 2018, havia chegado a 3%.
Na sexta-feira (15), a Bolsa chegou aos 99.136 pontos (o recorde anterior), após uma semana inteira de decepções com os números da produção industrial, do varejo e dos serviços.
“Difícil falar que a Bolsa está subindo porque o presidente Jair Bolsonaro falou isso ou aquilo. Ainda acho que o vetor principal é o bom humor internacional”, diz Ricardo Peretti, estrategista de pessoa física da Santander Corretora.
Para ele, a Bolsa brasileira vem replicando o que acontece com as principais Bolsas americanas e europeias, que começaram março em queda, mas voltaram a se recuperar na segunda semana do mês, rompendo suas máximas recentes.
A atmosfera positiva foi alimentada pela percepção de que as negociações comerciais entre China e Estados Unidos estão próximas de uma conclusão e de que os bancos centrais dos países desenvolvidos serão bem mais pacientes no momento de subir os juros, o que coloca menos pressão nas moedas de emergentes —o real incluído.
Em março, o S&P 500 sobe 1,71% e a Bolsa, 4,6%.
Embora o fluxo de recursos de investidores estrangeiros para a Bolsa brasileira ainda seja negativo no ano, isso se reverteu em março, o que ajudaria a explicar a boa performance no mês.
Outro ponto que vem animando os investidores é a expectativa de que a taxa Selic possa voltar a ser reduzida —justamente em razão da fraqueza econômica.
“Se por um lado a atividade dá sinais de decepção, por outro lado isso pode levar o BC a cortar os juros, o que pode alimentar mais uma rodada de alta da Bolsa”, diz Peretti.
Economistas não veem uma queda da taxa Selic na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), nesta quarta-feira (20), mas já há quem não descarte o movimento em maio.
“Obviamente que, se os dados econômicos continuarem decepcionando muito, em algum momento o mercado vai parar e falar que só cortar juros não adianta, tem de ter crescimento também. Mas isso ainda não aconteceu”, diz Peretti.
Parte dos analistas diz acreditar que as expectativas positivas em torno da aprovação da reforma da Previdência é que vêm ditando o rumo das ações.
Fernando Rocha, da gestora JGP, lembra que, na maior parte das vezes, os indicadores do mercado financeiro refletem uma expectativa de como estará o futuro.
Dessa forma, o otimismo derivaria do fato de que a maior parte do mercado financeiro espera aprovação de uma boa reforma da Previdência.
“Isso afastaria os riscos fiscais, como insolvência do Estado e, em tese, devolveria o otimismo aos agentes econômicos, que voltariam a investir e consumir”, diz Rocha.
Em meio ao descolamento entre o mercado financeiro e os dados de atividade, muitos se perguntam se a máxima segundo a qual a Bolsa costuma antecipar a informação econômica deixou de valer.
Luís Afonso Lima, economista-chefe da Mapfre Investimentos, diz que a relação entre Bolsa e atividade econômica se mantém desde 2004 com uma defasagem de cerca de dois meses.
O descolamento, portanto, indicaria uma das três hipóteses: ou a relação parou de existir, ou os dados econômicos vão reagir em breve ou a Bolsa é que vai cair.
“A Bolsa deve sofrer correção para baixo em algum momento”, diz Lima, que espera alta de 2% do PIB em 2019, mas afirma que o viés é de baixa.
“O mais provável é que a proposta [da reforma] seja reduzida a uma versão mais modesta e uma economia menor e de longo prazo. Acredito que a expectativa dos investidores vai se ajustar a essa realidade.”
| Folha de S. Paulo (publicado em 18-03-2019) | | | | O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 1,06% na segunda prévia de março, após ter avançado 0,55% na segunda leitura de fevereiro. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 19, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumulou elevação de 1,96% neste ano e avanço de 8,05% em 12 meses.
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a segunda prévia do IGP-M de março. O IPA-M, que representa os preços no atacado, subiu 1,41%, ante uma alta de 0,73% na segunda prévia de fevereiro.
O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, avançou 0,50% na segunda medição deste mês, depois de um avanço de 0,17% em igual leitura de fevereiro. Já o INCC-M, que mensura o custo da construção, teve aumento de 0,11% na segunda prévia de março, depois de elevação de 0,29% na segunda leitura do mês anterior.
IPAs
Os preços dos produtos agropecuários medidos pelo IPA Agrícola avançaram 3,39% no atacado na segunda prévia do IGP-M de março. Na mesma leitura de fevereiro, houve alta de 1,44%.
Já os produtos industriais no atacado,, mensurados pelo IPA Industrial, tiveram alta de 0,76% na segunda prévia deste mês, ante elevação de 0,50% na mesma medição de fevereiro.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os bens finais subiram 1,57% na segunda prévia de março, depois da elevação de 0,81% na mesma leitura de fevereiro.
Os preços dos bens intermediários tiveram alta de 0,70% na segunda prévia de março, ante queda de 0,29% em igual leitura do mês passado. Os preços das matérias-primas brutas subiram 2,07% na segunda leitura deste mês, após avanço de 1,89% em igual leitura de fevereiro.
O IGP-M é tradicionalmente usado para reajuste de contratos de aluguel. O período de coleta de preços para cálculo do índice foi de 21 de fevereiro a 10 de março. No dado fechado do mês de fevereiro, o IGP-M teve alta de 0,88%.
| Tribuna PR | | | | A alta de 0,57% do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) na segunda quadrissemana de março resultou da elevação da média dos preços em quatro das sete capitais nas quais a Fundação Getulio Vargas (FGV) faz o levantamento para o cálculo do indicador.
Os preços subiram nas cidades de Salvador, de 0,48% na apuração do índice em 7 de março para 0,54% em 15 de março. Na mesma direção no Rio de Janeiro, a média de preços ao consumidor carioca passou de 0,52% para 0,66%. Em Porto Alegre, o IPC-S passou de 0,15% para 0,47% e, em São Paulo, de 0,55% para 0,68%.
Em Brasília, a média fiou praticamente estável, com ligeiro declínio de 0,31% para 0,30%. Em Belo Horizonte, os preços caíram, com a taxa passando de 0,60% para 0,56%. Em Recife, foram de 0,62% para 0,53%.
| Tribuna PR | | | | O montante transacionado por essas operações registrou uma queda de 20,6% em 2018 contra o ano anterior, com uma alta de 97% em desinvestimentos, de R$ 3,4 bilhões para R$ 6,7 bilhões
O maior foco do governo no mercado de capitais abrirá espaço para os fundos de private equity no País, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Os últimos dados da associação, no entanto, apontam que o número de transações de fundos de private equity (que adquirem participações societárias em empresas ou projetos) em 2018 diminuiu em relação ao ano anterior (de 21 para 20). Já o volume financeiro com a modalidade caiu 20,6% na mesma comparação, de R$ 13,1 bilhões para R$ 10,4 bilhões.
Os investimentos somaram R$ 3,7 bilhões em 2018, recuo de 61,8% na mesma base de comparação (estava em R$ 9,7 bilhões em 2017), enquanto os desinvestimentos avançaram 97%, de R$ 3,4 bilhões para R$ 6,7 bilhões.
“Tivemos um volume bem maior de desinvestimentos em 2018, mas por uma questão de oportunidade de mercado. Mas para 2019, observamos uma crescente demanda, uma vez que a relevância Brasil permanece dentro das firmas. Além disso, temos captações cada vez maiores dos players”, comenta o coordenador do subcomitê de fusões e aquisições da Anbima, Dimas Megna.
Balanço
Ao mesmo tempo, apesar de o total de operações de fusões e aquisições terem sido menores no ano passado ante 2017 (140 contra 143), o volume financeiro teve um aumento de 28,3% na mesma comparação, de R$ 138,4 bilhões em 2017 para R$ 177,2 bilhões em 2018.
Entre as finalidades dos negócios, a novidade foram as joint ventures – parcerias entre empresas por um objetivo comum por tempo determinado – (R$ 5,7 bilhões), modalidade que não teve adeptos no ano anterior. A aquisição de controle foi o principal intuito das transações, com 81% do total (R$ 111 bilhões).
As incorporações mais do que dobraram (de R$ 13,2 bilhões para R$ 47,7 bilhões) e a participação minoritária, caiu de R$ 14,3 bilhões para R$ 12,8 bilhões.
Segundo Megna, o mercado está bastante otimista com o atual cenário brasileiro para esse segmento. “O governo tem se empenhado e a economia está bastante alinhada com o que o mercado espera”, analisa o especialista.
| DCI | | | | As exportações de minério de ferro do Brasil no acumulado de março perderam força, na primeira fraqueza nos embarques do país desde o rompimento da barragem de Brumadinho (MG), da Vale, maior produtora global da commodity, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo governo brasileiro.
Os embarques do país, que cresceram 9,5 por cento em fevereiro na comparação com igual mês do ano passado, apresentaram queda na média diária até a terceira semana de março em relação ao ritmo do início do mês, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Os preços médios, contudo, estão 16,6 por cento mais altos em março, na esteira da alta das cotações internacionais com os cortes de produção pela Vale, cuja capacidade produtiva foi reduzida em mais de 80 milhões de toneladas/ano por conta dos desdobramentos da tragédia em Brumadinho, que fez mais de 300 vítimas, entre mortos e desaparecidos, em 25 de janeiro.
No acumulado do mês até a terceira semana de março, o Brasil exportou em média 1,29 milhão de toneladas ao dia, ante 1,68 milhão de toneladas da média verificada em março até a segunda semana, de acordo com a Secex.
A média diária de fevereiro havia sido de 1,446 milhão de toneladas ao dia, enquanto em março de 2018 foi de 1,42 milhão de toneladas ao dia.
No primeiro bimestre, as exportações de minério de ferro do Brasil, amplamente dominadas pelos embarques da Vale, totalizaram cerca de 62 milhões de toneladas, alta de 14 por cento ante o mesmo período do ano passado.
Procurada, a Vale não tem se pronunciado sobre sua estratégia de vendas, se os embarques maiores no primeiro bimestre ocorreram com a utilização de estoques ou capacidade produtiva não atingida por cortes de produção decorrentes do rompimento da barragem —a maior parte da extração do companhia, e de melhor qualidade, está no Pará.
A Vale afirmou anteriormente que compensaria uma parte das perdas, pelo descomissionamento das barragens, com a produção em outras unidades. Mas, diante de medidas judiciais que obrigaram a mineradora a suspender parte das operações, alguns analistas têm dito que a companhia só não será atingida financeiramente porque vai se beneficiar da alta dos preços do minério de ferro.
Atualmente, o minério de ferro entregue na China, principal cliente do produto brasileiro e da Vale, está cotado a 88,50 dólares por tonelada, após um pico de mais de 94 dólares em 11 de fevereiro, segundo dados da consultoria SteelHome. No acumulado do ano, os preços subiram cerca de 22 por cento, com impulso dos problemas no Brasil.
Esse aumento na cotação começou a aparecer no valor do produto exportado. Segundo dados da Secex, o preço do minério embarcado pelo Brasil foi de 61,70 dólares por tonelada no início de março, em média, alta de quase 17 por cento na comparação com a média de fevereiro.
Mais recentemente, além dos cortes já anunciados de capacidade produtiva, a Vale sofreu os efeitos da interdição do terminal portuário de minério de ferro na Ilha da Guaíba, pela Prefeitura de Mangaratiba (RJ), que citou problemas de poluição. O terminal tem exportado cerca de 40 milhões de toneladas ao ano.
| Reuters | | | | As ações da Fiat Chrysler saltaram nesta terça-feira após o presidente da holding FFP, da família Peugeot, dizer ao jornal francês Les Echos que teria apoiado um novo acordo e sugeriu que a Fiat Chrysler estava entre as opções.
"Com eles, assim como com os outros, os planetas podem se alinhar", disse Robert Peugeot ao ser perguntadou sobre alvos para aquisições ou fusões.
As ações da montadora ítalo-americana subiam ao redor de 5 por cento às 9h34 (horário de Brasília), enquanto a Peugeot ganhava 2,7 por cento,.
Os comentários da Peugeot vêm na esteira de relatórios do presidente do grupo, Carlos Tavares, de que está aberto a negócios e que a Fiat, General Motors e Jaguar Land Rover podem ser parceiras ideais.
O novo chefe da FCA, Mike Manley, que assumiu após Sergio Marchionne morrer no ano passado, disse este mês que a montadora está aberta a buscar alianças e oportunidades de fusão se fizerem sentido e fortalecerem o futuro da empresa.
A FCA é frequentemente citada como possível candidata a fusão por causa de sua forte exposição ao mercado norte-americano, onde gera a maior parte dos lucros, e devido à suamarcas populares de Jeep, RAM e Maserati.
"A PSA está essencialmente na União Europeia (onde tem 90 por cento das vendas) e a aquisição de uma empresa com alcance mais amplo faria sentido estratégico", disse o analista da Evercore ISI, Arndt Ellinghorst.
Investidores e analistas seguem cautelosos em apostar emum acordo iminente devido a possíveis obstáculos antitruste.
| G1/EXTRA | | | | Valor por litro do combustível subiu 1,2%, de R$ 4,243 para R$ 4,294, na semana encerrada em 16 de março. Etanol e diesel também têm alta.
O preço médio da gasolina nos postos do país aumentou pela 3ª semana seguida, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP).
O valor por litro do combustível subiu 1,2%, de R$ 4,243 para R$ 4,294 na semana encerrada no dia 16 de março.
No acumulado no ano, o preço médio da gasolina nos postos ainda têm queda de 0,8%. No final do ano passado, o preço médio do combustível nos postos estava em R$ 4,330. Antes destas 3 semanais seguidas de alta, foram 18 quedas consecutivas.
O preço do diesel também subiu nas bombas na semana passada. O valor médio por litro avançou 1,08%, de R$ 3,497 para R$ 3,535.
Já o preço por litro do etanol subiu 2,06% no período, de R$ 2,902 para R$ 2,962.
Preços dos combustíveis nos postos
Nas refinarias, o preço médio da gasolina já foi reajustado pela Petrobras 7 vezes somente neste mês de março. O valor do litro subiu 0,5% nesta terça-feira (19), de R$ 1,8235 para R$ 1,8326.
No mês, o preço já subiu 10,8% nas refinarias. Em 2019, o avanço chega a 21,47%.
Já o preço do diesel foi reduzido será reduzido 1,52% nas refinarias a partir desta quarta (20), de R$ 2,1446 para R$ 2,1120. No ano, porém, ainda acumula alta de 16,7%.
Os reajustes quase que diários são praticados pela Petrobras desde meados de 2017 e visam acompanhar a paridade internacional, de modo a garantir participação à petroleira no mercado interno. No ano passado, após forte volatilidade, a empresa anunciou um mecanismo de hedge para aperfeiçoar essa sistemática, podendo congelar os valores nas refinarias por certo período de tempo, se necessário.
Nas bombas dos postos de combustíveis, contudo, tais reajustes da Petrobras não estão sendo integralmente acompanhados, segundo acompanhamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O repasse de preços ao consumidor final depende da estratégia comercial das distribuidoras e revendedoras, do valor do etanol anidro misturado à gasolina, dentre outros fatores.
| G1 | | | | Transferências somam 1,77 milhão de unidades entre janeiro e fevereiro
As vendas de veículos usados cresceram 6,3% no primeiro bimestre em comparação com mesmo período do ano passado ao somar pouco mais de 1,77 milhão de transferências, de acordo com os dados da Fenabrave, federação dos concessionários. Os números incluem os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
No segmento leve, os volumes de automóveis e comerciais leves que trocaram de dono cresceram na mesma proporção, na casa dos 6% cada um, sempre considerando o comparativo anual. O mesmo índice de alta se aplica na soma dos dois: foram 1,70 milhão de unidades contra as 1,61 milhão de um ano antes.
Segundo o levantamento da Fenabrave, foram vendidos 4,4 usados leves para cada unidade nova emplacada no primeiro bimestre.
Já nos pesados, houve aumento de quase 14% dos volumes de caminhões e ônibus usados transferidos no acumulado entre janeiro e fevereiro, para mais de 63,7 mil unidades. Os dados mostram que foram vendidos 3,8 pesados usados para cada novo que entrou no mercado ao longo dos dois primeiros meses do ano.
| Automotive Business | | | | A General Motors do Brasil acaba de anunciar reforço de investimentos de R$ 10 bilhões para as operações de suas fábricas paulistas, em São Caetano do Sul e São José dos Campos. Essa decisão foi comunicada durante evento no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, após reunião com o governador João Doria, nesta terça-feira.
De acordo com o anúncio, o aporte reforçará desenvolvimento de novos carros, bem como de novas tecnologias e deverá ajudar a preservar cerca de 15 mil empregos que a fabricante mantém no Estado. O prazo para o investimento ser feito em sua totalidade é até 2024. Cumprindo, a GM terá direito a abatimento de 25% de ICMS estadual, segundo promessa feita pelo governo estadual na última semana.
Além do ABC e de São José dos Campos, a GM mantém estruturas em Mogi das Cruzes e Indaiatuba, aqui no Estado de São Paulo. No Brasil, há ainda as unidades de motores em Joinville (SC) e a fábrica de Gravataí (RS), que entrega Onix e Prisma, respectivamente o carro mais vendido do Brasil e o sedã mais vendido do mercado.
Espera-se que o anúncio da proposta de investimento por parte da GM, com contrapartida fiscal do governo estadual, acabem com a crise instalada pela decisão da GM de, até mesmo, abandonar as operações no Brasil. A fabricante deixou vazar, no começo do ano, a informação de que a matriz estaria descontente com prejuízos que a filial brasileira estaria tendo nos últimos anos, apesar da liderança de vendas em consecutivos anos.
GM e governo estadual costuraram termos
Recém-promovido a presidente da GM para América do Sul, Carlos Zarlenga, destacou a importância das negociações com governo, concessionários sindicatos e fornecedores. O executivo ressaltou que "fornecedores aceitaram redução inicial de preços e não reajustar valores sobre inflação".
O governador Doria afirmou que o acordo vai salvar 65 mil empregos, diretos e indiretos, em São Paulo. Apenas pelas contas da GM, são 15 mil empregos diretos nas duas fábricas, mais 1.200 vagas que podem ser criadas.
Doria disse ainda que sabia da insatisfação da matriz da GM desde antes de assumir o mandato como governador de São Paulo. Em coletiva, afirmou ter recebido ligação de Marcos Munhoz, vice-presidente da GM do Brasil e responsável pelas relações governamentais da marca, em 19 dezembro "pedindo reunião urgente para dia seguinte". Segundo governador, o encontro serviu para comunicar que as duas fábricas em SP seriam fechadas por decisão Mary Barra, presidente global da GM. Doria afirmou ter pedido pediu 60 dias para tentar reverter a decisão, já se valendo da prerrogativa de governador eleito.
Não explicou, porém, por que apesar do conhecimento não houve um esforço para evitar a crise que envolveu manifestação de trabalhadores, estresse da cadeia produtiva e risco de pânico no mercado.
"Não é guerra fiscal"
O governo estadual também negou que o incentivo fiscal possa ser tratado, como já ocorre em outros estados, como "guerra fiscal". Doria afirmou que o "Incentivauto" (apelido dado ao sistema de reembolso de um máximo de 25% do ICMS, seguindo faixas de investimento, que partem de R$ 1 bilhão e vão até R$ 10 bilhões) mira as empresas já estabelecidas em São Paulo, não novas fábricas.
Já Henrique Meirelles, atual secretário de finanças do estado, apontou que a competição por investimentos ocorre em nível mundial, do Brasil com outros países, não na disputa entre estados de um mesmo país. "Estamos impulsionando toda a economia brasileira", afirmou Meirelles.
GM não abre planos para dinheiro novo
Apesar do plano multi-bilionário para as fábricas paulistanas, Zarlenga não fala em produtos, nem diz qual fatia do investimento vai para cada fábrica. Fontes ouvidas por UOL Carros, porém, apontam que o montante servirá para concretizar os planos que já haviam sido anunciados em 2017 e 2018 pela GM. Ou seja, o novo aporte apenas reforça o que já estava traçado, sem qualquer novidade.
São Caetano do Sul segue com planos para entregar quatro modelos novos: novo Tracker (para o segmento de SUVs compactos); picape para o lugar da Montana; substituta da minivan Spin; novo sedã.
São José dos Campos mantém a linha de utilitários médios, com novas gerações da picape S10 e seu derivado de passageiros.
Tirando o Tracker, nenhum dos modelos é tão importante, porém, quanto a dupla de substitutos de Onix e Prisma, que seguirão sendo feitos em Gravataí (RS) e que devem ser os primeiros da nova geração de carros da GM a desembarcarem. É esperado que a GM faça a apresentação dos modelos ainda em 2019, ainda que o grosso de vendas venha em 2020. Os motores para os carros de nova geração serão feitos em Joinville.
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