| 22 de NOVEMbro de 2019
Sexta-feira
Câmbio
Em 22/11/2019
|
|
Compra
|
Venda
|
Dólar
|
4,186
|
4,186
|
Euro
|
4,618
|
4,620
|
Fonte: BACEN
|
| | | | | A Sondagem Industrial mostra continuidade da melhora de atividade e, mais do que isso, uma aceleração deste processo. Ainda que a sazonalidade seja favorável – a atividade industrial costuma aumentar na passagem de setembro para outubro – os dados de atividade não só são amplamente positivos como também superam o observado no mesmo mês de anos anteriores.
| CNI ( publicado em 10-11-2019) | | | | Novos Projetos de Lei - Coordenação de Relações Governamentais - nº 44. Ano XV. 21 de novembro de 2019
Confira nessa edição as proposições apresentadas no Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.
Para acessar a íntegra, CLIQUE AQUI.
ÍNDICE
NOVOS PROJETOS DE LEI FEDERAL
INTERESSE GERAL DA INDÚSTRIA
REGULAMENTAÇÃO DA ECONOMIA
RELAÇÕES DE CONSUMO
Informação obrigatória sobre a durabilidade estimada de produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos
PL 5939/2019 do deputado Aécio Neves (PSDB/MG)
QUESTÕES INSTITUCIONAIS
Mudança na tramitação de PEC
PEC 189/2019 do senador Alvaro Dias (Podemos/PR)
Instituição de empresa individual de responsabilidade limitada
PL 5889/2019 do deputado Fabiano Tolentino (Cidadania/MG)
Recuperação judicial e falência de pessoas jurídicas empresárias ou não
PL 5916/2019 do deputado Luiz Lima (PSL/RJ)
MEIO AMBIENTE
Concessão de incentivos fiscais a indústrias dedicadas à reutilização, ao tratamento e à reciclagem de resíduos sólidos estabelecidas na região Nordeste
PL 5942/2019 do deputado Pedro Augusto Bezerra (PTB/CE)
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
SISTEMA DE NEGOCIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
Revogação da prevalência do acordo coletivo sobre a lei e a figura do trabalhador hipersuficiente
PL 5907/2019 do deputado Daniel Almeida (PCdoB/BA)
ORGANIZAÇÃO SINDICAL E CONTRIBUIÇÃO
Reforma Sindical
PEC 196/2019 do deputado Marcelo Ramos (PL/AM)
JUSTIÇA DO TRABALHO
Alterações na Reforma Trabalhista sobre justiça gratuita e honorários periciais
PL 5908/2019 do deputado Daniel Almeida (PCdoB/BA)
Isenção do valor do depósito recursal para MEI e microempresas
PL 5931/2019 do deputado Nereu Crispim (PSL/RS)
OUTRAS MODALIDADES DE CONTRATOS
Instituição do Contrato de Trabalho Verde e Amarelo e alterações na legislação trabalhista
MPV 905/2019 do Poder Executivo
CONTRATO DE TRABALHO VERDE E AMARELO
DEMAIS ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
SISTEMA TRIBUTÁRIO
OBRIGAÇÕES, MULTAS E ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIAS
Determinação de que a mera inadimplência não configura crime contra a ordem tributária
PL 5903/2019 do deputado Guiga Peixoto (PSL/SP)
INTERESSE SETORIAL
INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA
Obrigatoriedade de informação da presença de adoçantes, naturais ou artificiais, no rótulo de alimentos e alerta para o uso
PL 5943/2019 do deputado Felipe Carreras (PSB/PE)
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Alteração na faixa não-edificável das rodovias e ferrovias
PL 5927/2019 do deputado Geninho Zuliani (DEM/SP)
INDÚSTRIA DA MINERAÇÃO
Facilitação de acesso a informações sobre segurança de barragens e outras construções de risco
PL 5966/2019 do deputado Tadeu Alencar (PSB/PE)
INDÚSTRIA DE ENERGIA ELÉTRICA
Mudança no cálculo da Tarifa Atualizada de Referência (TAR)
PL 5895/2019 do deputado Glaustin Fokus (PSC/GO)
Sistema de compensação de energia elétrica
PL 5992/2019 do deputado Celso Sabino (PSDB/PA)
Sustação da cobrança do custo de disponibilidade ao consumidor de energia elétrica
PDL 689/2019 do deputado Gurgel (PSL/RJ)
INDÚSTRIA DE RAÇÕES
Redução da alíquota do PIS/Pasep e da Cofins para rações de bovinos
PL 5925/2019 do deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB/AL)
INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA
Restabelecimento de normas sobre zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar e financiamento ao setor sucroalcooleiro
PDL 684/2019 do deputado Rogério Correia (PT/MG)
PDL 686/2019 do deputado Nilto Tatto (PT/SP)
Sustação do ato que permite o plantio de cana-de-açúcar na Amazônia e Pantanal
PDL 691/2019 do deputado Edmilson Rodrigues (PSOL/PA)
PDL 695/2019 do deputado Célio Studart (PV/CE)
NOVOS PROJETOS DE LEI ESTADUAL
INTERESSE SETORIAL
INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA
Cria a condecoração selo “desperdício zero”
PL 835/2019, de autoria do Deputado Marcel Micheletto (PL)
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
OUTRAS MODALIDADES DE CONTRATO
Regulamentação do Programa Cartão Futuro no Estado do Paraná
PL 838/2019, de autoria do Poder Executivo, que institui o Programa Cartão Futuro no Estado do Paraná
INFRAESTRUTURA SOCIAL
Criação do Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos - FEID
PL 839/2019, de autoria do Poder Executivo, que cria o Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos - FEID
| Coordenação de Relações Governamentais Sistema FIEP | | | | Sondagem Industrial mostra que a produção aumentou e os estoques ficaram mais próximos do planejado em outubro. Isso confirma a aceleração do processo de retomada da atividade econômica
A utilização da capacidade instalada da indústria brasileira aumentou 1 ponto percentual em relação a setembro e alcançou 70% em outubro, o maior nível desde novembro de 2014, quando foi de 73%. A informação é da Sondagem Industrial, divulgada nesta sexta-feira (22), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “A maior utilização da capacidade instalada é fundamental para a aceleração e continuidade da recuperação da economia brasileira, a medida que estimula novas contratações e investimentos”, afirma a pesquisa.
De acordo com a Sondagem Industrial, a produção do setor também aumentou frente a setembro e atingiu 55,2 pontos em outubro. Tradicionalmente, observa a CNI, a produção cresce neste período do ano. Mas o índice de 55,2 pontos é o maior para o mês de outubro desde 2010, quando começou a série histórica. O emprego ficou em 49,5 pontos, muito próximo da linha divisória dos 50 pontos.
Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão acima dos 50 pontos mostram aumento da produção e do emprego.
Outro dado positivo de outubro foi o ajuste dos estoques. O índice de estoque efetivo em relação ao planejado caiu 0,3 ponto no mês passado frente a setembro e ficou em 51,1 pontos, quase em cima da linha divisória dos 50 pontos. Isso indica que os estoques estão praticamente dentro do planejado pelos empresários.
“Cada vez mais aumentos adicionais da demanda irão se traduzir em aumento da produção e da utilização da capacidade instalada, realimentando o processo de recuperação”, afirma a pesquisa. Os dados de outubro, avalia a CNI, mostram a aceleração do processo de retomada da atividade industrial.
"A recuperação da atividade industrial segue na esteira da melhora do ambiente econômico, com juros em patamar histórico de baixa e inflação bem comportada, além da aprovação da reforma da Previdência e da gradual recuperação do mercado de trabalho. Tudo isso contribuiu para o reaquecimento do consumo, que também foi estimulado pela liberação de recursos do FGTS", afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
EXPECTATIVAS E INVESTIMENTOS - Com isso, as expectativas para os próximos seis meses e as intenções de investimentos também melhoraram. Todos os indicadores de expectativas ficaram acima dos 50 pontos, mostrando que os empresários esperam o aumento da demanda, da compra de matérias-primas, das exportações e do número de empregados nos próximos seis meses.
O índice de intenção de investimentos subiu 2,1 pontos em relação a outubro e ficou em 56,2 pontos neste mês. O indicador é 1,2 ponto maior do que o registrado em novembro de 2018 e está 6,9 pontos acima da média histórica. A intenção de investimento é maior nas grandes empresas, segmento em que o índice alcançou 62,3 pontos neste mês. Na média, ficou em 55 pontos e, nas pequenas, em 45 pontos. O indicador varia de zero a cem pontos. Quanto maior o índice, maior é a disposição dos empresários para investir.
Esta edição da Sondagem Industrial foi feita de 1º a 12 de novembro com 1.962 empresas. Dessas, 787 são pequenas, 690 são médias e 485 são de grande porte.
| CNI | | | | O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 0,9 ponto entre o final de outubro e o dia 19 de novembro, informou nesta sexta-feira, 22, a Fundação Getulio Vargas (FGV) por meio da Prévia da Sondagem da Indústria do mês. Com a melhora, o indicador vai a 95,5 pontos, considerando a série dessazonalizada.
As expectativas dos empresários com relação ao futuro dos negócios puxaram a melhora observada no período. Após duas quedas consecutivas, o Índice de Expectativas avançou 2 pontos, para 95,9 pontos, maior patamar desde maio. O Índice de Situação Atual (ISA), por outro lado, recuou 0,3 pontos, para 95,1 pontos, o menor nível desde agosto.
O resultado preliminar de novembro também mostra que houve queda de 0,6 ponto porcentual no Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci), que ficou em 75,2% após 75,8% no mês anterior, considerando a série dessazonalizada.
Para a prévia de novembro, a FGV ouviu 790 empresas até o dia 19 do mês. O resultado final da Sondagem da Indústria será divulgado na próxima quinta-feira, 28.
| Tribuna PR | | | | Projeto de lei amplia desconto em débitos atribuídos a companhias em crise financeira
Após editar uma MP (medida provisória) que concede descontos para empresas quitarem dívidas com a União, o governo quer ampliar ainda mais os benefícios para estimular o pagamento pendente de companhias em RJ (recuperação judicial).
A chamada MP do Contribuinte Legal, em vigor desde outubro, autoriza reduções de até 50% no valor que o governo cobra das empresas.
Agora, projeto de lei que tem aval da equipe econômica e está pronto para votação no plenário da Câmara autoriza o governo a perdoar até 70% dos débitos que têm a receber de empresas em recuperação judicial.
Em simulação conservadora, o Ministério da Economia estima que a proposta provocará renúncia fiscal de R$ 885 milhões em três anos.
A pasta considera, entretanto, que o programa vai incentivar a recuperação de créditos que seriam perdidos se nenhuma regra fosse alterada. Com isso, prevê que o impacto total da medida será positivo em R$ 1,9 bilhão ao fim do período.
Em meio ao cenário de fraco desempenho da economia, cerca de 1.400 empresas que hoje estão em processo de RJ têm R$ 69 bilhões cobrados pela União, aponta levantamento da PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) obtido pela Folha.
Ex-funcionários da Varig se juntam a apoiadores em frente à casa de Bolsonaro, no Rio
Estão em discussão cobranças previdenciárias, de FGTS e de outros tributos, além de multas e juros.
Embora o número corresponda à metade do rombo fiscal estipulado para este ano, o nível de recuperação desses valores é muito baixo.
De 2014 a 2018, a União conseguiu reaver R$ 845 milhões aos cofres públicos de empresas nessa situação, pouco mais de 1% do montante.
Na tentativa de reverter esse cenário, o governo articula com o Congresso uma revisão na Lei de Falências. O texto cria um programa de refinanciamento.
O objetivo geral da proposta é melhorar os mecanismos de recuperação e ampliar as chances de sobrevivência das empresas, reduzindo também o risco de calote definitivo aos cofres públicos.
A recuperação judicial é um instrumento que pode ser usado por empresas em situação financeira crítica para evitar que cheguem à falência. Elas apresentam um plano para se reerguer e ganham prazo para pagar a credores.
De acordo com o levantamento do governo, 89% das pendências atualmente inscritas na Dívida Ativa da União são classificadas pelo Ministério da Economia como em situação irregular. O valor chega a R$ 61,5 bilhões.
O relator do projeto na Câmara, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), afirma que o texto cria uma espécie de Refis —programa especial de refinanciamento de dívidas— direcionado a empresas em RJ.
As pendências poderão ser parceladas em até dez anos, e há possibilidade de concessão de desconto. Em outro ponto do texto, a Receita Federal ficará autorizada a negociar.
O governo poderá aceitar receber menos que o previsto inicialmente. Isso significa que, em alternativa ao parcelamento, a empresa em recuperação poderá propor o pagamento com essa redução de até 70% do total cobrado.
O montante principal, aquele que originou a cobrança, não poderá ter desconto. Membros do governo afirmam, entretanto, que multas e juros crescem em bola e neve e acabam ficando maiores que o principal.
De acordo com o relator, o fisco terá de “sentar à mesa” e negociar. Para a definição do desconto, o Ministério da Economia avaliará, entre outros pontos, a chance de o crédito ser perdido, considerando o risco de falência.
Membros da equipe econômica afirmam que esse desconto foi incluído no texto com uma condição. O governo terá direito de pedir a falência da companhia se houver descumprimento do acordo. A União estará entre os credores prioritários.
Desde o início do governo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e sua equipe criticam a concessão de descontos em dívidas fiscais e os parcelamentos especiais.
Eles argumentam que esses programas geram efeito perverso ao criar um estímulo ao não pagamento de tributos.
A proposta de alteração da Lei de Falências, porém, foi construída em parceria.
O relator da proposta argumenta que os descontos atendem a um segmento específico e observam uma série de critérios. Para ele, é preferível o governo receber menos a não receber nada no fim.
“O fisco está entendendo que é melhor fazer a negociação. Se não fizer isso, vai ficar sempre por último, tentando fazer a execução fiscal e não vai conseguir nada”, disse.
O texto em negociação também traz a possibilidade de as empresas compensarem prejuízos passados em tributos específicos, como PIS e Cofins.
Na Câmara, já foi aprovado o pedido de tramitação da proposta em regime de urgência. Com isso, o texto será analisado diretamente em plenário, sem a necessidade de avaliação por comissões temáticas.
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, que acompanha a tramitação, disse que espera ver o texto aprovado ainda neste ano.
Para ele, a medida pode destravar a recuperação dos créditos. “Hoje, muitos casos ficam artificialmente parados porque o devedor não tem condições mínimas de seguir em frente”, disse em outubro.
A Folha procurou as empresas em recuperação listadas com os dez maiores valores inscritos na dívida ativa. Duas se manifestaram, e as outras não foram localizadas ou preferiram não se manifestar.
A Dedini Indústrias de Base informou que existem várias ações em discussão e que busca a regularização da situação tributária. A Teka afirma que não reconhece o passivo tributário, que se encontra em discussão judicial.
| Folha de S. Paulo | | | | Para especialistas, porém, empresas que já tinham controle devem continuar com acompanhamento
O restaurante de Angelita Gonzaga, 53, em São Paulo tinha 15 empregados quando a MP (medida provisória) da Liberdade Econômica foi sancionada.
Com as novas leis, seus funcionários entraram para o grupo de 4,5 milhões de trabalhadores brasileiros que podem deixar de bater o ponto eletrônico ou de ter o horário controlado pelas empresas.
Isso porque a medida provisória passou a exigir o controle de horas só em casos de empresas cujo corpo de funcionários supere 20 pessoas. Antes da lei, a exigência era que o acompanhamento fosse feito em companhias com mais de 10 empregados.
Com isso, 10% do estoque de 46 milhões de empregados formais no Brasil se viram livre da marcação de entrada e saída, segundo dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) de 2018 sobre o total de empregos formais em empresas com 10 a 19 trabalhadores.
"Tem suas vantagens, porque é uma burocracia e um custo menor, mas sempre se recomenda a pessoa a ter algum tipo de controle", disse Percival Maricato, presidente da Abrasel (associação de bares e restaurantes) de São Paulo.
"Não quer dizer que a empresa não possa fazer o acompanhamento, ela só é dispensada por lei da obrigação de qualquer tipo de controle", afirma Ricardo Calcini, advogado e professor de direito do trabalho.
No caso do Arimbá, restaurante de Angelita, foi exatamente isso que ocorreu: apesar do fim da exigência, ela manteve a marcação dos horários de entrada e saída de seus funcionários.
"Prefiro continuar com algum controle. Até tudo ficar ajustado é melhor, pois as leis mudam a todo momento, e quem sempre paga o preço é o empresário", disse a proprietária do restaurante.
Ela afirma ainda que, embora considere o ponto eletrônico mais seguro, o custo do aparelho não não compensa já que agora não há mais essa exigência legal.
"Tínhamos o ponto de biometria, mas era um custo mensal de R$ 250 de manutenção do relógio. Por conta da crise, nós começamos a aparar arestas e cortar gastos, e eu adotei o livro de ponto."
Para advogados trabalhistas, o caminho seguido no Arimbá deveria ser o de todos os empreendimentos que se enquadram nesta situação.
Na avaliação da advogada Mayra Palópoli, do escritório Palópoli & Albrecht, a empresa tem que ter algum tipo de controle, ainda que informal, para que, quando o empregado tiver trabalhado em horário extraordinário, ele seja remunerado corretamente.
"A hora extra precisa ser paga independente de quantos funcionários se tenha na empresa", afirmou.
Ela alerta, no entanto, que nessas empresas que têm entre 11 e 20 funcionários, e que passam por essa transição, inverte-se a lógica do ônus da prova em um possível processo trabalhista.
"Se ocorrer uma disputa judicial, e a empresa tiver menos de 20 trabalhadores, ela não precisa apresentar documento nenhum, porque a lei não exige que ela tenha esses documentos. Então é o empregado que vai ter que comprovar, seja por testemunha, por email ou chamada de telefone."
Pela mudança de interpretação, o advogado Ricardo Calcini avança na precaução para essas empresas, ao dizer que retirar o controle de horas em contratos de trabalho já vigentes pode até ser considerado ilegal.
"Fazer alterações nesses casos não é recomendável, porque pode-se entender que esse registro [de trabalho] foi acertado com condições mais benéficas para o trabalhador, porque era a empresa que precisava comprovar o horário de trabalho extraordinário. Quando ela fica isenta disso, e a lógica muda, é o trabalhador que assume essa responsabilidade."
A medida, que foi criada como mais um dispositivo para desburocratizar o país, vai acabar sendo ruim tanto para a empresa quanto para o trabalhador, segundo Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores).
"Empresas de até dez funcionários já vinham negociar conosco justamente pela ausência desse controle. Então isso vai gerar um passivo para elas. Já do ponto de vista do trabalhador é uma insegurança, porque ele vai ter que anotar a exceção, se ele for permitido a fazer isso."
Por enquanto, as empresas que tinham entre 11 e 20 funcionários não estão mudando seus sistemas, de acordo com o analista de departamento pessoal Fernando de Paula, do escritório de contabilidade Resc Radial.
"Elas preferem manter porque entendem que pode aumentar o número de seus empregados, e então elas estariam já adaptadas para as regras de empresas com mais de 20 funcionários. As novas é que vão poder optar por isso", afirmou.
Uma grande empresa do setor de aparelhos de ponto eletrônico, que não quis ter seu nome revelado, disse à Folha que até agora não sentiu nenhuma redução na demanda pelo seu produto.
Segundo a companhia, o preço dos relógios de ponto costuma variar entre R$ 1.500 e R$ 2.000. Já o software, que computa as informações registradas no aparelho, variam de preço, com um valor mínimo de R$ 5 por funcionário da empresa.
| Folha de S. Paulo | | | | TST decide que trabalhadora temporária não tem direito à estabilidade se engravidar
Restrição vale em contratos feitos com empresas prestadoras de serviços
Trabalhadoras contratadas em regime temporário que engravidarem não têm direito à estabilidade no emprego, decidiu o TST (Tribunal Superior do Trabalho).
O plenário da corte decidiu na segunda-feira (18), por maioria (16 votos a 9), que esse tipo de contratação tem peculiaridades que impedem a equivalência com o emprego comum.
As demais trabalhadoras não podem ser demitidas no período entre a gravidez e cinco meses após o parto.
O julgamento discutia a aplicação da súmula 244 do TST e do artigo do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias), que trata do direito da empregada gestante.
O ADCT proíbe a demissão sem justa causa desde a confirmação da gestação e até cinco meses após o parto. A súmula estabeleceu que o desconhecimento da gravidez não dispensa o pagamento de indeniza- ção pelo período de estabilidade. Ou seja, se a grávida for demitida, tem direito a receber os salários de todo o período que teria de estabilidade.
O relator da ação, ministro Luiz Philippe Vieira de Mello, e o revisor, ministro Alberto Luiz Bresciani, eram favoráveis ao reconhecimento dos direitos a todas as funcionárias, independentemente do contrato.
A ministra Cristina Peduzzi, autora do voto divergente –e que acabou vencedor ao ser seguido por outros 15 ministros–, afirmou que a empregada temporária não é titular do mesmo direito estendido às demais trabalhadoras.
Para ela, o ADCT proíbe a dispensa arbitrária da gestante. No caso dos contratos temporários, porém, a ministra considerou que a duração com prazo determinado exclui esse entendimento, pois a demissão já é esperada.
É caracterizado trabalhador temporário aquele que é contratado por meio de uma empresa fornecedora de mão obra para atender uma necessidade provisória, por isso há expectativa de desligamento.
Essa regra está em vigor desde outubro, quando a legislação do trabalho temporário foi alterada por meio de decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro.
A ministra disse que esse regime difere do período de experiência, no qual há perspectiva de manutenção do emprego.
O advogado Marcelo Fortes, do Fortes e Prado, explica que o entendimento afirma a noção de que o temporário não é compatível com a garantia de emprego. A partir dessa compreensão, esse tipo de contratação também não geraria o direito à estabilidade.
O caso ainda pode parar no STF (Supremo Tribunal Federal), por ter discutido a aplicação de preceito constitucional. No âmbito da Justiça do Trabalho, porém, o julgamento deve encerrar discussões, pois foi analisado por um dispositivo criado para uniformizar a jurisprudência nas turmas e tribunais.
Os principais pontos em discussão
Trabalho temporário
Regido pela Lei 6.019, é aquele em que uma pessoa física é contratada por uma empresa de trabalho temporário, que a coloca à disposição de outra empresa
Esse tipo de contrato só pode ser usado para atender uma demanda temporária ou complementar e tem duração máxima de 180 dias (seis meses)
Estabilidade
No caso das mulheres, considera o período da gestação e os cinco meses depois do parto
O que muda
Para as mulheres em empregos temporários, como não há estabilidade, também não haverá o direito a receber os salários do período, caso seja demitida durante a gravidez
Contrato por tempo determinado
O TST decidiu pela não aplicação da estabilidade nos contratos temporários
O contrato por tempo determinado é diferente e é fechado entre o funcionário e empresa, sem intermediários
Ele pode durar até dois anos
| Folha de S. Paulo (publicado em 21-11-2019) | | | | Queda da inflação leva governo reduzir reajuste; inicialmente alta seria de R$ 998 para R$ 1.039
Com a perspectiva do governo para uma inflação mais baixa, o valor do salário mínimo em 2020 deve ser reajustado dos atuais R$ 998 para cerca de R$ 1.030.
Em agosto, a equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) anunciou que o piso salarial poderia subir para R$ 1.039 no próximo ano. O valor, porém, tende a ser revisado diante de um cenário mais suave para os preços no país.
Guedes defende que o salário mínimo seja corrigido apenas pela inflação, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), encerrando o ciclo de reajustes com ganhos reais ao trabalhador.
Uma alta mais modesta no piso salarial pode provocar um alívio nas contas públicas de aproximadamente R$ 5,2 bilhões no Orçamento de 2020.
O valor do piso serve para balizar os pagamentos de benefícios assistenciais, previdenciários, além do abono salarial e do seguro-desemprego.
Nesta semana, o ministro enviou ao Congresso um documento que revisa as projeções usadas na elaboração do projeto de Orçamento do próximo ano.
A estimativa para o INPC de 2019, que norteia o reajuste do salário mínimo para 2020, caiu de 4,02% para 3,26%.
Isso se deve principalmente por causa do comportamento dos preços de alimentos, segundo a SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Economia.
Para a equipe de Guedes, os números "indicam que a inflação deve permanecer baixa e controlada".
Isso explica a frustração no valor do salário mínimo para 2020, que pode ficar até R$ 9 abaixo do que foi divulgado anteriormente.
A decisão final será do Congresso, responsável por aprovar o projeto de Orçamento e definir as despesas do próximo ano.
O governo já enfrenta dificuldades em 2020 para cumprir o teto de gastos nos próximos anos —o limite de despesas, criado no governo de Michel Temer (MDB), é reajustado apenas pela inflação.
Conceder um aumento acima da inflação (aumento real) seria mais um entrave para a meta.
Dados do Ministério da Economia indicam que a cada 0,1 ponto percentual de alta no INPC, o governo precisa desembolsar R$ 689 milhões a mais do que no ano anterior.
Esse cálculo, usado na elaboração do Orçamento, considera benefícios pagos pelo piso e também com valores acima do mínimo —como aposentadorias e pensões.
Como o país passa por uma crise fiscal, a economia de recursos é considerada importante pelo governo.
O alívio pode ajudar o governo a recompor a previsão de despesas para custeio e tentar afastar o risco de paralisação da máquina pública diante da forte pressão de gastos obrigatórios, como aposentadorias e salários de servidores.
Ministros de Bolsonaro, entre eles Guedes, convocaram a imprensa para um anúncio na segunda-feira (18) sobre modificações no projeto de Orçamento de 2020, considerando as novas projeções e medidas adotadas pelo governo de controle de gasto.
Mas a divulgação foi adiada para a próxima semana.
No documento já encaminhado ao Congresso, o ministro da Economia também atualiza a perspectiva de alta no PIB (Produto Interno Bruto) de 2020, passando de 2,17% para 2,32%.
Com a expectativa de uma economia mais aquecida, o governo deve prever um aumento na arrecadação federal, o que contribui para o ajuste nas contas públicas.
O time de Guedes deve ainda prever uma despesa menor com o funcionalismo público no próximo ano.
Mesmo assim, a equipe econômica está convencida de que o aumento nominal —apenas pela inflação— para o salário mínimo é o mais adequado para o próximo ano.
Na prática, o governo interrompe uma política pública que permitiu 25 anos de ganhos reais aos trabalhadores.
O aumento real do salário mínimo foi implementado informalmente em 1994, por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), logo após a adoção do Plano Real.
As gestões petistas oficializaram a medida.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estabeleceu a fórmula de reajuste pela inflação medida pelo INPC mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
Dilma Rousseff (PT) transformou a regra em lei com vigência para os anos de 2015 a 2019 —Temer, que governou durante a recessão, não mudou a legislação.
Até o fim deste ano, o governo deve apresentar um projeto de lei definindo qual será a nova política de reajuste sob Bolsonaro.
Apesar de oficialmente dizer que ainda não tomou uma decisão sobre o tema, o time de Guedes defende aumentos apenas pela inflação, como determina a Constituição.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 21-11-2019) | | | | Jerônimo Goergen protocola 20 projetos com ideias que caíram durante tramitação de texto
Mais uma vez O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) volta a tentar emplacar a liberação do trabalho aos domingos para todas as categorias. Ele já havia defendido a ideia quando foi relator da MP da Liberdade Econômica, mas o Senado barrou. Agora, a mudança surge em pacote de 20 projetos de lei do parlamentar.
Ideia fixa O trabalho aos domingos também foi colocado na MP do Programa Verde Amarelo e é debatido em grupo de estudo para uma nova reforma trabalhista. Mesmo assim, Goergen diz que insistiu no tema por precaução, caso haja dificuldade na aprovação do texto do governo.
Licenças O deputado diz que, de seu pacote, formado por emendas que caíram na tramitação da Liberdade Econômica, vai se empenhar principalmente no projeto que trata da desburocratização de abertura de empresas de médio risco. O texto dá a elas um ano de prazo para conseguirem alvarás de funcionamento. A medida pode atingir grandes restaurantes e lojas, afirma.
| Folha de S. Paulo | | | | Votos contrários são registrados em consultas online do Senado; recordistas são Teto de Gastos e reforma Trabalhista
Duas propostas do presidente Jair Bolsonaro estão entre as três com maior rejeição nas consultas públicas online promovidas pelo site do Senado Federal neste ano. São elas: a PEC Emergencial e a MP do Contrato de Trabalho Verde e Amarelo.
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) Emergencial trata da redução dos gastos públicos, mexe com servidores, reduz benefícios tributários e afeta também as finanças de estados e municípios. Ela já recebeu mais de 85 mil votos contrários e pouco mais de 1.000 a favor em cerca de duas semanas de tramitação.
Já a MP do Contrato Verde e Amarelo, que tem sido chamada de Nova Reforma Trabalhista, acumula em pouco mais de uma semana mais de 50 mil votos contrários e menos de 2.000 a favor.
O texto reduz a tributação sobre empresas que contratarem jovens de 18 a 29 anos em primeiro emprego. A queda na arrecadação será bancada pela cobrança da contribuição previdenciária de quem recebe seguro-desemprego.
A polêmica em torno do tema também pode ser vista no número de emendas apresentadas pelos parlamentares. A nova MP trabalhista já recebeu 1.930 emendas (sugestões de deputados e senadores para alterar o texto).
Em termos de rejeição, entre todas as propostas apresentadas em 2019, as duas só ficam atrás do projeto de lei dos senadores Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e Marcio Bittar (MDB-AC) que pretendia alterar o Código Florestal para reduzir as áreas de reserva legal. Foram 129.230 votos contrários e 3.724 a favor, no projeto que acabou sendo arquivado a pedido dos autores.
Os números das três iniciativas superam as interações com a reforma da Previdência, que teve 14,5 mil votos, a maioria (8.423) a favor.
A rejeição à PEC Emergencial chama a atenção também por ser a única com alto nível de interação entre as três emendas à Constituição apresentadas pelo governo em novembro. As outras duas, a PEC dos Fundos Públicos e a PEC do Pacto Federativo, tiveram baixa votação até o momento, com cerca de 200 e 300 votos, respectivamente, a maioria contra as iniciativas.
A temática das duas propostas do atual governo com alto índice de reprovação guarda semelhanças com as duas iniciativas de um presidente da República mais rejeitadas até hoje.
Desde a implantação do sistema de consulta pública do Senado, em 2013, a proposta do Poder Executivo com maior rejeição foi a PEC do Teto de Gastos, promulgada em 2017. Foram 23.766 votos favoráveis e 345.654 contrários na enquete. Em seguida vem a reforma trabalhista do governo Michel Temer (16.789 a favor e 172.166 contra). Ou seja, propostas que tratam de controle de gastos públicos e de legislação trabalhista.
Mesmo com a alta rejeição, as duas propostas foram aprovadas.
Desde 2013, o Senado estabelece que todas as proposições que passam pela Casa devem ficar abertas para receber opiniões até o final de sua tramitação. Qualquer pessoa cadastrada pode se manifestar contra ou a favor da matéria (um voto por usuário em cada proposta). O site do Senado também remete para comentários feitos em redes sociais sobre o tema.
De acordo com o Senado, os gabinetes dos parlamentares recebem periodicamente informações sobre as consultas, que podem ou não pesar na decisão deles. Desde a implantação do sistema, 8,8 milhões de pessoas votaram em 8.523 propostas. Na média, cada uma recebeu cerca de 20 mil votos.
| Folha de S. Paulo | | | | Os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, viajam este mês a países da Europa para divulgar projetos do Brasil para concessão à iniciativa privada. Segundo o Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 22, Lorenzoni irá, no período de 25 a 30 de novembro, a Londres (Inglaterra), Milão (Itália) e Moscou (Rússia) “para participar do roadshow de divulgação da carteira de projetos do Programa de Parcerias de Investimento”.
Já o ministro Tarcísio viaja de 24 a 30 de novembro para Londres e Berlim (Alemanha) para roadshow de divulgação da carteira de projetos para concessão do Ministério da Infraestrutura.
Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, viaja neste fim de semana para os Estados Unidos, informa o DOU desta sexta. O período da viagem do ministro será de 23 a 27 de novembro. De acordo com o despacho, Guedes vai a Washington D.C. para participar do 10th Meeting of the U.S. – Brazil CEO Forum e de encontros com autoridades do setor privado daquele país.
| Tribuna PR | | | | A Caixa continua nesta sexta-feira, 22, o pagamento do saque imediato do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para quem não tem conta corrente nem conta poupança na instituição. Nesta nova fase poderão receber os trabalhadores que fazem aniversário em junho e julho. Serão pagos R$ 3,3 bilhões para aproximadamente 8,7 milhões de pessoas. Para atender à demanda, os bancos da Caixa vão funcionar em horário estendido.
O saque extraordinário foi autorizado por um decreto do governo federal em julho passado. O objetivo inicial do governo era liberar até 35% de cada conta mas, após pressão do setor de construção civil, ficou estabelecido o teto de R$ 500. De acordo com empresários da área, a liberação porcentual implicaria em um efeito cascata prejudicial à economia brasileira.
“Confio no bom senso do governo. Não tem dinheiro para saque extra, desestabiliza o fundo e gera desemprego no setor”, afirmou à época o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins.
Cálculos do governo apontam que os saques extraordinários do FGTS, junto com a liberação dos saldos do PIS/Pasep, podem injetar até R$ 30 bilhões na economia brasileira em 2019 e R$ 12 bilhões em 2020, aumentando a previsão inicial de crescimento do PIB de 0,81% para 1,1%. No último dia 7 de novembro, o mercado reajustou a projeção de crescimento do PIB para 0,90%.
Quem tem direito ao saque?
Os contribuintes podem sacar até R$ 500 de cada conta do FGTS. Um trabalhador com uma conta ativa e outra inativa, por exemplo, pode receber até R$ 1 mil. De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, 96 milhões de trabalhadores devem ser beneficiados.
Calendário
Pelo novo cronograma antecipado, divulgado no último dia 21 de outubro pela Caixa, todos os trabalhadores poderão sacar o valor ainda em 2019. Confira as datas:
– Aniversário em fevereiro ou março: 25 de outubro
– Aniversário em abril e maio: 8 de novembro
– Aniversário em junho e julho: 22 de novembro
– Aniversário em agosto: 29 de novembro.
– Aniversário em setembro e outubro: 6 de dezembro.
– Aniversário em novembro e dezembro: 18 de dezembro
A data limite para recebimento dos valores continua sendo 31 de março de 2020. Anteriormente, a previsão da Caixa era de que os saques imediatos somente seriam finalizados em 6 de março de 2020, quando seriam pagos os valores para quem faz aniversário em dezembro.
| Tribuna PR | | | | O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,14% em novembro, após ter avançado 0,09% em outubro, informou na manhã desta sexta-feira, 22, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados na pesquisa do Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de 0,09% a 0,31%, porém veio abaixo da mediana positiva de 0,16%.
Com o resultado agora anunciado, o IPCA-15 acumulou aumento de 2,83% no ano. Nos 12 meses encerrados em novembro, o indicador ficou em 2,67%, acima da mediana de 2,68% das projeções (2,53% a 2,84%), porém aquém do centro da meta de inflação, que é de 4,25% ao ano para 2019.
O valor do IPCA-15 agora divulgado foi o menor já registrado em um mês de novembro desde 1998, quando a taxa foi de queda de 0,11%.
Neste mês a principal influência de baixa partiu do grupo de Habitação, que cedeu 0,22%, gerando impacto negativo de 0,04 ponto porcentual. O desempenho deste segmento de preços foi afetado pela queda de 1,51% no item energia elétrica, com efeito de -0,06 ponto porcentual.
No período de pesquisa, houve redução média de 5,30% nas tarifas residenciais de uma das concessionárias de São Paulo (-1,68%). O mesmo aconteceu em Brasília (-5,44%) e Goiânia (-4,75%).
| Tribuna PR | | | |
Iniciativa é a primeira de acordo de educação financeira com o BC; não há plano para medir impacto do programa
Os grandes bancos brasileiros anunciaram nesta quinta-feira (21) que vão abrir parte de suas agências em horário estendido por uma semana, de 2 a 6 de dezembro, para oferecer educação financeira e renegociar dívidas em atraso.
Essa é a primeira medida concreta de um acordo firmado entre o BC (Banco Central) e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) para melhorar a educação financeira do país. O projeto tem quatro pilares, que devem ser implementados até maio de 2020.
Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander vão abrir 261 agências até as 20h na semana do programa --a lista de agências será divulgada na próxima segunda (25).
“Todos os bancos participantes vão oferecer condições mais vantajosas para que esses clientes renegociem, mas cada um terá a liberdade de exercer sua própria política de negociação. Alguns podem dar prazos maiores, outros podem oferecer créditos mais baratos para uma troca de dívidas. Mas é um compromisso dos bancos para essa semana", disse o diretor de autorregulação da Febraban, Amauri Oliva.
Grandes bancos e varejistas tradicionalmente oferecem descontos e renegociações de dívidas no fim do ano, quando trabalhadores têm o dinheiro extra do 13º salário e, em alguns casos, das férias.
As demais iniciativa são o lançamento de uma plataforma online de educação financeira, um concurso e um trabalho conjunto entre as instituições para a semana nacional de educação financeira, sobre o qual não foram divulgados mais detalhes.
A plataforma online mapeará os hábitos do consumidor e oferecerá um programa de fidelidade com descontos e benefícios para aqueles que seguirem as chamadas "trilhas educacionais". BC e Febraban não deram detalhes de quais tipos de benefícios poderiam ser oferecidos, afirmando apenas que o tema está em discussão.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já declarou ter o plano de condicionar juros menores a consumidores que fizessem cursos de finanças.
| Folha de S. Paulo (publicado em 21-11-2019) | | | | Atual presidente do conselho de administração assumirá o posto
O atual presidente da Braskem, braço petroquímico do grupo Odebrecht, Fernando Musa, vai deixar o cargo no dia 31 de dezembro. O atual presidente do conselho de administração, Roberto Lopes Pontes Simões, é quem assume o posto.
“A minha nomeação será submetida à aprovação do conselho de administração da empresa. Adicionalmente, será convocada assembleia geral extraordinária de acionistas para a nomeação do novo presidente do conselho de administração”, diz trecho do email enviado nesta quinta (21).
Segundo funcionários da petroquímica, Musa não se adaptou ao espírito do grupo. Ele foi presidente da Brakem América entre 2012 e 2016 e atuou no planejamento e desenvolvimentos de negócios da petroquímica no Brasil entre 2011 e 2012.
Simões está na Odebrecht desde 1994. Antes de assumir a presidência do conselho da petroquímica, ele atuou por cinco anos como líder de negócios da Ocyan.
| Folha de S. Paulo (publicado em 21-11-2019) | | | | Prefeitura isenta carros elétricos de EstaR
A Prefeitura isentou nesta segunda-feira (11/11) o pagamento do Estacionamento Regulamentado (EstaR) para carros 100% elétricos nas vias públicas da capital com a assinatura do decreto para este fim. O objetivo é incentivar a eletromobilidade e o uso de veículos não poluentes na cidade.
O decreto vale para veículos elétricos particulares e também para carros de compartilhamento elétrico (sharing) – aluguel de curta duração e para curta distância desses veículos - na cidade.
Com o decreto, o dono de veículo elétrico poderá ficar sem pagar o EstaR por até duas horas, de acordo com a área já disponível para estacionamento rotativo na cidade. No caso do car sharing, não haverá limite de horas para a isenção.
Ainda são poucos veículos elétricos em circulação em Curitiba, mas a perspectiva é que esse número aumente, com aumento da produção de montadoras, como Renault e outras fabricantes, e a implantação do car sharing.
Funcionamento
Com o decreto, o dono de veículo elétrico poderá ficar sem pagar o EstaR por até duas horas, de acordo com a área já disponível para estacionamento rotativo na cidade. Após esse tempo terá que mudar de local.
Segundo dados do Detran-PR, a frota de veículos elétricos em Curitiba ainda é pequena – são 89 automóveis - mas deve crescer significativamente nos próximos anos. No caso do car sharing, não haverá limite de horas para a isenção.
A Prefeitura definirá áreas específicas para estacionamento de veículos elétricos alugados. A intenção é implantar as primeiras vagas na região central, próximos a postos de recarca da Copel.
Para usufruir da isenção – o decreto tem validade de dois anos - os donos de veículos e as empresas de car sharing deverão fazer um cadastro na Urbanização de Curitiba (Urbs). As informações necessárias para o cadastro serão divulgadas por meio de portaria.
"É um incentivo importante para os carros elétricos, o que deve contribuir para a diminuição do número de emissões de poluentes e, com o car sharing, reduzir o número de veículos particulares no trânsito da cidade, melhorando a fluidez do tráfego", disse o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.
Rede de car sharing
Em julho desse ano, o prefeito e a direção da montadora Renault se reuniram para discutir uma parceria para viabilizar a criação de uma rede de car sharing elétricos na cidade. A intenção da montadora de origem francesa é colocar em operação 500 carros no modelo de car sharing até 2025.
Há também startups interessadas na fabricação e na operação do mercado de carros elétricos, segundo Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento.
"Curitiba vem somando esforços para se colocar no topo da transformação energética e no uso de novas tecnologias. Esse decreto, que foi estruturado com a participação de vários atores, é uma iniciativa que comprova esse compromisso", afirmou Cris Alessi.
Aluguel
O modelo de car sharing estabelece o aluguel do carro elétrico e a contratação do serviço se dá por meio de um aplicativo no celular. O usuário utiliza o veículo apenas pelo tempo necessário e depois o devolve.
É possível, dentro da área de abrangência do serviço, pegar o veículo em um ponto e devolver em outra área da cidade, em um sistema similar ao dos aplicativos de patinetes e bicicletas. O pagamento é feito por minuto e inclui todos os serviços.
Estima-se que pelo menos 5 milhões de pessoas no mundo já utilizam esse sistema, segundo dados compilados pelo World Resources Institute (WRI). Além disso, a estimativa é que para cada carro elétrico compartilhado é possível evitar o lançamento de 15 toneladas de CO2, o que equivale à poluição gerada por nove carros a combustão por ano.
| Prefeitura Municipal de Curitiba ( publicado em 12-11-2019) | | | | Projeto pioneiro na companhia já tem 9 robôs; serão 19 até o fim de 2020
A fábrica da Eaton de Valinhos (SP) automatizou sua área de forjaria, tornando-se a primeira unidade da companhia em todo o mundo a executar esse projeto. A mudança, segundo a empresa, trouxe ganhos em ergonomia, segurança e competitividade.
O ambiente de forjaria conta com nove robôs e quatro linhas automatizadas. A previsão é que, até o fim de 2020, a automação esteja em todas as dez células e a área conte com 19 robôs em operação.
De acordo com o colíder do conselho de automação da Eaton, Edinaldo Fancio, a forjaria atende atualmente as fábricas da Eaton de Mogi-Mirim (SP), Valinhos e Caxias do Sul (RS). “Contar com uma forjaria local significa mais competitividade e agilidade no desenvolvimento de produtos pela flexibilidade na operação e velocidade na gestão de mudanças, além de custo 35% mais baixo quando comparado a forjados comprados”, diz Fancio.
A automação da forjaria exigiu o desenvolvimento interno de um robô capaz de reproduzir o movimento de um cotovelo humano na etapa de forjamento de eixos. Além disso, os projetos das novas células foram validados antes mesmo da construção a partir da utilização de óculos de realidade aumentada, que auxiliaram nos estudos de mudança de layout e validação.
“Após a elaboração do desenho em 3D, transferimos todas as informações para os óculos, com os quais é possível visualizar in loco (na máquina) onde a nova automação ficaria. Com uma visão mais real, conseguimos otimizar o tempo e reduzir custos e riscos como colisão, por haver menos tempo de máquina parada”, afirma o técnico de processo na Eaton e líder da iniciativa na área da forjaria, Jaderson Melo.
A Eaton de Valinhos comemora 60 anos neste mês. Tem 105,8 mil metros quadrados de área. A forjaria ocupa 5,3 mil m² desse total.
| Automotive Business (publicado em 21-11-2019) | | | | Organização global intersetorial desenvolve tecnologias para serviços futuros da mobilidade
A Here Technologies acaba de ingressar na 5G Automotive Association (5GAA), organização global intersetorial formada por empresas automotivas, de tecnologia e de telecomunicações para o desenvolvimento de soluções que ajudam a definir a próxima geração de serviços para o futuro da mobilidade e do transporte conectado. A empresa fornece tecnologia e inteligência de localização, dados e serviços necessários para a condução autônoma.
Fundada em setembro de 2016, a 5GAA conta atualmente com 134 membros, incluindo oito empresas fundadoras: Audi, Grupo BMW, Daimler, Ericsson, Huawei, Intel, Nokia e Qualcomm. A entidade reforça sua estratégia baseada no 5G, nova geração de telecomunicação móvel, tecnologia que será capaz de realizar comunicações críticas para uma condução mais segura e soluções de mobilidade conectadas, entre outros benefícios.
“A adesão ao 5GAA reforça o nosso compromisso com tecnologias emergentes que melhorarão a mobilidade em todo o mundo. O 5G dará início ao futuro das indústrias automotiva e de telecomunicações, permitindo novos serviços, maior segurança e direção autônoma e a Here contribuirá para a missão da 5GAA, fornecendo um rico contexto de localização, para que as novas tecnologias possam se orientar e navegar por esse novo mundo”, disse Edzard Overbeek, CEO da Here.
“Estamos felizes em receber a Here na família 5GAA: a experiência da empresa em tecnologias de localização nos aproximará da próxima geração de soluções para veículos e novas soluções de mobilidade”, afirma Christoph Voigt, presidente da 5GAA.
| Automotive Business ( publicado em 21-11-2019) | | | | Empresa reduziu lead time interno de processamento de itens de 4,2 dias para menos de 12 horas
A fabricante de motores a diesel MWM conseguiu reduzir de 4,2 dias para menos de 12 horas o tempo interno de processamento das peças. O resultado rendeu à empresa o prêmio Value Chain 2019 na categoria Especialista em Excelência Operacional.
A MWM tinha a meta inicial de melhorar em cerca de 25% os níveis de produtividade e eficiência nas células de trabalho do centro de distribuição de peças (onde 1,6 milhão de itens são movimentados a cada mês) e também melhorar os níveis de qualidade e padronização do processo com a aplicação da metodologia lean.
Com o desenvolvimento e a implementação de um sistema que permite identificar com antecedência o tempo e quantidade de recursos necessários para processar os componentes, houve um ganho em produtividade de mais de 85% em todos os perfis de peças, reduzindo assim o tempo de processamento e tornando a empresa um benchmarking entre os parceiros do setor logístico de peças de reposição.
De acordo com Thomas Püschel, diretor da unidade de peças de reposição e marketing, o centro de distribuição de peças da MWM tornou-se referência por seu projeto inovador em gestão e produtividade.
Em junho deste ano, a MWW também conquistou o Prêmio REI de Automotive Business na categoria Fornecedores por manter ininterruptamente por mais de 60 meses o envio de seus produtos à Volkswagen Caminhões e Ônibus, principal cliente.
| Automotive Business (publicado em 21-11-2019) | | | | Presidente da entidade confirma que não há pedido de aporte ao banco para aquisição da fábrica da Ford
Após uma reunião com representantes do BNDES na última terça-feira, 19, os dirigentes do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP) querem se encontrar com a Caoa para verificar o andamento das negociações da compra da fábrica da Ford no ABC Paulista.
“Queremos saber em que pé está a negociação e se o interesse continua ‘forte’”, afirmou em uma entrevista ao jornal Agora após o encontro com representantes do BNDES.
O presidente do sindicato disse que a reunião com o BNDES tinha o objetivo de verificar os desdobramentos da negociação entre a Ford e a Caoa após informações desencontradas. Segundo ele, o superintendente de área industrial do banco, Marcos Rossi Martins, e a responsável pelo setor automotivo, Ana Cristina, explicaram as linhas de financiamento disponíveis por videoconferência.
“O BNDES confirmou que tive reuniões com a Caoa, sendo a última no fim de outubro e que não há pedido formal da Caoa de aporte para aquisição da planta da Ford São Bernardo”, disse Santana.
“De fato, o BNDES não financia aquisição, mas afirmou que está à disposição para o financiamento dos valores necessários para investir em modernização, reestruturação, engenharia e para a sequência do negócio. Mas que essas tratativas, pelas próprias regras do BNDES, só podem ser feitas após a concretização do negócio”, acrescentou.
Além de Santana, participaram da reunião o ex-presidente do sindicato, Rafael Marques, o diretor executivo, Alexandre Colombo, e Adalto Oliveira, da equipe de coordenação do CSE na Ford.
Para Marques, o que se espera agora é rapidez nas negociações. Ele lembra que no início de setembro, o governador de São Paulo, João Doria, disse que o desfecho da negociação seria divulgado em até 45 dias, o que não aconteceu.
Naquela ocasião, o governador convocou uma coletiva de imprensa para a confirmar a compra da fábrica paulista da Ford pela Caoa com a presença dos presidentes de ambas as montadoras. Aos jornalistas presentes, o fundador da Caoa disse que não haveria financiamento do BNDES, mas que a empresa poderia utilizar o IncentivAuto do governo do Estado.
“Prioridade é atuar para que o processo siga em frente, lembrando que o fechamento da Ford impacta 30 mil trabalhadores na região metropolitana de São Paulo. Vamos pedir também uma reunião com o governo estadual, que vem acompanhando o processo desde o início”, disse Marques à reportagem do Agora.
Com a negociação ainda sem desfecho, a Ford fechou a fábrica de São Bernardo no último 30 de outubro. Até março de 2020, funcionários da área administrativa da empresa serão transferidos para um escritório na capital paulista, confirma o sindicato.
| Automotive Business (publicado em 21-11-2019) | | | | Evento gratuito de matchmaking realizado em São Paulo em dezembro busca soluções em conservação de alimentos, sanidade animal e segurança alimentar
Empresários, frigoríficos e investidores estarão de olho em startups ligadas à cadeia do gado de corte, ou que tenham inovações com possibilidade de aplicação no setor. Conservação de alimentos, sanidade animal, segurança alimentar e educação desde o trabalhador do campo até o cliente final serão os grandes temas do evento gratuito Gado de Corte 4.0, que será realizado em São Paulo entre 9 e 10 de dezembro pela Rede de Manufatura Avançada para o Agronegócio (RAMA).
As startups e pequenas empresas devem enviar suas propostas de projetos para participarem de um bootcamp no primeiro dia de evento e as apresentarem para grupos de investidores no 2º dia. A programação do dia 10 será aberta a todos os interessados no assunto e contará com um workshop sobre a transformação digital desta cadeia.
O evento está sendo promovido pelos parceiros na criação e gerenciamento da RAMA: a Fundação CERTI, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a BASF, que cede o espaço Onono para a realização das atividades. A programação conta com palestras sobre aceleração de startups, estratégias para apresentação de pitches e oficinas para modelamento de negócios.
Até 9 empresas participantes serão classificadas para o evento de matchmaking do dia 10, com investidores de venture capital, empresas frigoríficas, varejistas e representantes do governo. “A primeira colocada poderá firmar uma parceria com a EMBRAPA, além de participar do programa Pontes para Inovação, uma iniciativa que conecta as startups ligadas ao agronegócio com investidores, para acelerar seus negócios.”, explica André Luiz Oliveira, coordenador da RAMA na Fundação CERTI.
Como participar
Para participar do evento, as empresas e ICTIs devem apresentar soluções inovadoras ligadas às necessidades do mercado identificadas pela RAMA, como redução de custos na produção ou logística da cadeia, geração de impacto positivo no meio ambiente e uso de tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, como mobile, IoT, Impressão 3D, Sensores Inteligentes, Big Data, entre outros.
“É importante também que as inovações tenham capacidade de integrar diferentes agentes da cadeia, criando oportunidades de cooperação e avanço mútuo nos elos, e possam minimizar conflitos”, diz Oliveira. Podem se inscrever empresas que tenham tecnologias com todos os níveis de maturidade, desde soluções em validação laboratorial até protótipos testados em campo.
As inscrições são gratuitas, tanto para o bootcamp, quanto para o workshop. Para o bootcamp, as propostas devem ser enviadas até 08 de novembro, enquanto para o workshop, realizado no dia 10, as inscrições podem ser feitas até 9/12. As vagas são limitadas. O objetivo da criação da RAMA é conectar as cadeias do agronegócio, com foco principal na redução de custos e aproveitamento de oportunidades comuns para criar valor à cadeia do gado de corte, utilizando as tecnologias e a filosofia da Indústria 4.0.
SERVIÇO
O que: Bootcamp e Workshop Gado de Corte 4.0
Quando: 9 e 10 de dezembro
Onde: Espaço BASF / Onono - Avenida das Nações Unidas, 14171, Torre C, 9º andar, Vila Gertrudes, São Paulo/SP
Inscrições: bit.ly/eventogadodecorte
| Ind4.0 | | | | Empreendedores do futuro devem ser criativos e inovadores, segundo avaliação de especialistas ouvidos em pesquisa do Sebrae
Criatividade, inovação, empatia e uma visão sustentável e holística do mundo. Essas são algumas das principais características que os empreendedores precisarão desenvolver para serem bem-sucedidos nos próximos cinco a 10 anos. O perfil foi traçado por pesquisa do Sebrae realizada a partir de entrevistas com especialistas em gestão e empreendedorismo do país.
O empresário do amanhã precisará ter forte formação nas chamadas Soft Skills (habilidades comportamentais, que envolvem aptidões mentais, emocionais e sociais); pelo menos o “nível básico” em Hard Skills (habilidades teóricas e profissionais que são quantificáveis, como domínio de tecnologias de informática ou capacidade de utilizar ferramentas de análise de dados de mercado, por exemplo), conhecimentos sólidos sobre técnicas de gestão, além de noções básicas de TI e novas tecnologias de comunicação.
O retrato atual das habilidades e comportamentos dos donos de pequenos negócios aponta para um grande desafio perante o perfil almejado nos próximos 10 anos. Levantamentos recentes feitos pelo Sebrae mostram que 19% dos empreendedores iniciais não chegaram a concluir o ensino fundamental e 22% não terminaram o ensino médio.
Quanto ao uso das novas tecnologias da informação, o Sebrae identificou que 18% dos donos de micro e pequenas empresas não acessam a internet e 26% deles não utilizam computador. Ainda de acordo com as pesquisas da instituição, 73% das micro e pequenas empresas não contam com página na internet e 60% delas não têm perfil no Facebook (60%).
Quanto à gestão financeira, os donos de pequenos negócios também apresentam uma grande defasagem de qualificação/formação. Cerca de 43% das micro e pequenas empresas ainda fazem a gestão em cadernos ou em folhas de papel e 53% dos empreendedores não fizeram nenhum curso para melhoria do conhecimento sobre como administrar um negócio, de acordo com pesquisas do Sebrae.
Novos tempos - Os especialistas ouvidos pelo Sebrae entendem que, a cada ano, a evolução tecnológica de equipamentos se mostra agressiva e progressiva. Com isso, é necessário acompanhar o processo evolutivo, fazendo com que os serviços ou produtos ofertados pela empresa não fiquem obsoletos ou tenham rápido desuso.
O ciclo de vida do produto, tão estudado nas últimas décadas, não segue mais as tradicionais regras do mercado. A maioria dos entrevistados acredita que o novo empreendedor tem que estar preparado para as mudanças tecnológicas que são impostas. Torna-se necessário, muitas vezes, o investimento em equipamentos e novas formas de produção, sendo que em determinados casos, é preciso repensar todo o modelo de negócio.
Nesse contexto, o empreendedor do amanhã deve ter a capacidade analítica do mercado, compreender de forma criativa as transformações sociais e, consequentemente, desvendar os desafios de marketing que surgem todos os dias. Assim como os respectivos gaps que podem ser atendidos, principalmente com novas soluções tecnológicas.
Conforme os especialistas, é necessário criatividade e iniciativa para isso. Porém, o empreendedor, além das boas ideias e das devidas competências técnicas e comportamentais necessárias, precisará desenvolver uma capacidade de relacionamento eficiente e um networking compatível com suas ambições.
Independente dos avanços tecnológicos e dos impactos causados nas relações de trabalho, segundo os especialistas, o relacionamento humano continuará sendo um dos aspectos mais relevantes na gestão dos negócios.
A capacidade de gestão de pessoal se manterá importante. Mesmo com a evolução nas relações entre máquina e homem e por mais que equipamentos substituam a mão de obra qualificada em diversos ramos de atuação; a capacidade de gestão de pessoal vai continuar interferindo diretamente na possibilidade de sucesso dos empreendimentos. Um ambiente de trabalho com sinergia entre profissionais de todos os níveis contribui para melhor produção em uma empresa.
A pesquisa mostra que, acima de tudo, será necessário equilíbrio e inteligência emocional por parte do empreendedor do amanhã. Os especialistas destacam também que o domínio de idiomas, embora não sejam imprescindíveis, guardam papel estratégico quando se trata da expansão dos negócios, do acesso a novos conhecimentos e ampliação do networking, sendo mais relevante nos negócios com alto potencial de expansão. Já o conhecimento básico de TI é indispensável para que os empreendedores possam estar sempre antenados com as tendências tecnológicas de seu setor.
Sobre as Hard Skills, habilidades técnicas adquiridas em cursos tradicionais e/ou com a experiência profissional, ainda guardam seu lugar de importância. Porém, muito mais para que o empreendedor possa saber de quem demandar e o que demandar, dentro de sua equipe, evitando desperdício de tempo e recursos. Os especialistas reforçam que, cada vez mais, as Hard Skills serão incorporadas nos equipamentos e nas tecnologias. Isto deverá reforçar o crescimento da importância das Soft Skills.
Resiliência
Em um contexto de intensa pressão econômica e até mesmo psicossocial pela obtenção do lucro de forma imediata, os especialistas entrevistados concordam que existe uma tendência da valorização da capacidade de resiliência dos empreendedores do futuro, ou seja, a capacidade de ouvir, ficar atento ao que acontece ao seu redor e esperar o momento certo para agir.
Nesse ponto, eles destacam o empreendedor mais novo, mais adaptado às tecnologias e inserido em ambientes de startups. Esse perfil tem maior chance de sucesso, melhor gestão de recursos humanos e maior oxigenação na capacidade de ampliação de negócios, estando mais preparado para enfrentar os desafios.
Perfil desejado do empreendedor do amanhã
- Possuir forte formação em Soft Skills (habilidades socioemocionais)
- Possuir, pelo menos, nível básico em Hard Skills (habilidades técnicas)
- Ter conhecimentos sólidos sobre técnicas de gestão
- Fluência no idioma inglês (opcional)
- Possuir conhecimentos em linguagem de programação
- Acompanhar a evolução das novas tecnologias/tendências
Especialistas ouvidos pelo Sebrae
- Bety Tichauer - Junior Achievement
- Bruna Tronchin Gallo - Já Brasil
- Carlos Pacheco - FAPESP
- Érik Capodeferro - CONAJE
- Heloísa Menezes - Empresa Tron
- Luciano Coutinho - UNICAMP
- Luis Cláudio Kubota - IPEA
- Sérgio Moreira - SENAI /CNI
- Thales Andreassi - FGV
- Victória Carramaschi - Falconi Consultores de resultados
| CIMM | | | | A vigorosa indústria de autopeças de Taiwan e as facilidades em fazer negócio com o país são tema de seminário marcado para 28/11, em São Paulo
Com números pujantes, a fabricação de autopeças é um dos setores mais produtivos de Taiwan, gerando impacto na economia de norte a sul do país. As 2.505 fábricas de autopeças se espalham por todo o território, com predominância do norte, onde há 1.018 fabricantes (41%), seguido das regiões central (764 fábricas ou 31%) e sul (723 ou 28%). O setor emprega em torno de 90.000 pessoas e faturou U$6,70 bilhões no ano passado.
Por ter um mercado interno pequeno, 85% das autopeças produzidas em Taiwan são exportadas. Segundo o Ministério da Economia, o valor de exportação de autopeças em 2018 foi de U$ 5,73 bilhões. Os cinco principais países importadores de autopeças de Taiwan foram EUA (45,3%), Japão (5,7%) e China Continental (5,2%), Reino Unido (3,4%) e Alemanha (2,8%). O valor total das exportações para os cinco principais países representou 65% do total.
Embora seja um parceiro potencialmente importante, o Brasil ainda não figura na lista dos mais expressivos importadores de autopeças de Taiwan, com pouco mais de 0,67% de participação de mercado.
“Temos bons distribuidores no Brasil, alguns líderes em seus segmentos, mas precisamos reforçar a nossa presença aqui. A ascensão de marcas chinesas favoreceu a expansão de autopeças de Taiwan, por serem mais abertas para fabricantes menos tradicionais, mas com ótima relação custo/qualidade”, diz Rachel Lu, diretora do Conselho para o Desenvolvimento do Comércio Exterior de Taiwan - TAITRA.
Para mudar essa realidade, e intensificar as relações comerciais no setor, a Taitra irá promover o Seminário Autopeças Taiwan, dia 28 de novembro, no L´Hotel Porto Bay, em São Paulo, das 9h30 às 11h30. O tema central irá trazer um panorama das tendências dos fabricantes de autopeças taiwaneses para atender as demandas tecnológicas do mercado automobilístico mundial, especialmente em carros eletrificados.
A força vigorosa da indústria de autopeças do país será apresentada com os números da AMPA, a tradicional feira do setor, que reúne cerca de 1400 expositores e 4 mil estandes em dois pavilhões do Taipei Nangang Exhibition. Na última edição, realizada este ano, a feira atraiu mais de 39 mil visitantes de todas as partes do mundo. A próxima edição está marcada para 15 a 18 de abril de 2020. “Queremos levar muitos empresários e sistemistas brasileiros para conhecer a manufatura de autopeças de Taiwan e fazer negócios conosco”, diz Rachel.
O Seminário é gratuito e as inscrições podem ser feitas pelo link: Clique aqui
Carros eletrificados – o futuro
O volume anual de exportação de autopeças de Taiwan só tende a crescer. Atualmente, os fabricantes investem em montar fábricas no exterior, estabelecer escritórios de vendas, buscar cooperação técnica ou joint-ventures, conseguindo assim entrar na cadeia de fornecimento de sistemistas ou montadoras e distribuir seus produtos no mercado global.
A concentração de fábricas-satélite e a divisão sincronizada de trabalho no processo fabril permitiram, ao mesmo tempo, a produção de escala e o fornecimento flexível. O mercado de reposição sempre foi o principal segmento para os fabricantes de autopeças de Taiwan, porém, com a difusão de veículos elétricos e a ascensão de montadoras chinesas, a indústria ganhou novos impulsos de crescimento.
O futuro do setor automobilístico mundial passa pelo carro elétrico e o carro autônomo: ambos os modelos estão se desenvolvendo com velocidade, motivados pela determinação de vários países europeus, como Alemanha, França, Grã-Bretanha e Noruega, assim como a China continental e a Índia de estabelecer uma política de proibição de vendas de veículos a combustível a partir de 2030 ou 2040. Taiwan também está estudando adotar a mesma política. O governo pretende adquirir apenas ônibus e veículos oficiais totalmente eletrificados em 2030, e a partir de 2040, todos os novos veículos comercializados em Taiwan deverão ser totalmente eletrificados.
O advento da era dos veículos elétricos permitirá que o motor elétrico substitua o motor à combustão, a bateria substitua o tanque de combustível, o redutor substitua a caixa de câmbio, colocando a indústria de autopeças em nova ordem. Atualmente, já há empresas especializadas na produção de motores elétricos em Taiwan. Uma delas é a Fukuta Motor.
Segundo seu presidente, Gordon Chang, estima-se que metade dos 90 milhões de automóveis produzidos anualmente no mundo deverá ser de carros elétricos até o ano 2040, graças à política de fomento de uso do veículo elétrico dos governos no mundo. Para atender essa demanda, Fukuta integrou motor, atuator e diferencial do sistema de transmissão, criando um motor elétrico muito semelhante ao "motor tradicional”. O produto é homologado pela Tesla e já se encontra em todos os modelos da marca.
Os componentes automotivos estão se tornando cada vez mais eletrificados, inteligentes, modulares e leves. A indústria está passando por uma transformação que direciona o mercado global para duas extremidades. Uma extremidade é a demanda por componentes de alto valor, novas fontes energéticas e veículos elétricos.
E a outra, de baixo custo, demandada por veículos pequenos e enxutos. Taiwan possui sólida indústria de tecnologia de informação e de semicondutores, o país investe em tecnologia de manufatura avançada e inovação, para aumentar o valor agregado dos produtos e inserir-se numa divisão internacional do trabalho para manter as vantagens da concorrência industrial. É este debate que o Taiwan Trade Center do Brasil levará no dia 28 de novembro, em São Paulo.
Sobre a AMPA : A AMPA é organizada pelo Conselho de Desenvolvimento do Comércio Exterior de Taiwan (TAITRA), que ocorrerá junto com Autotrônics (Eletrônicos automotivos), EV Taiwan (veículo elétrico) e Taiwan ITS (Intelligent Transportation Show).
Serviço:
Seminário Autopeças Taiwan
28 de novembro de 2019
9h30 x 11h30
L´Hotel Porto Bay – Alameda Campinas, 266
| CIMM ( publicado em 21-11-2019) | | | | Uma pesquisa da Kaspersky mostra que dois terços (67%) das empresas industriais não reportam os incidentes de cibersegurança às agências reguladoras. Embora a conformidade das organizações industriais modernas seja uma necessidade e fator determinante para os investimentos, muitas questões afetam a maneira como elas aderem às regras.
Em um mundo onde cibercriminosos realizam ataques sofisticados contra empresas industriais, nunca foi tão importante ter políticas sólidas e cumprir as regulamentações. Da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) aos padrões estabelecidos pela International Electrotechnical Commission (IEC), são muitos os requisitos que as empresas industriais precisam preencher.
No entanto, o relatório da Kaspersky sobre o Estado da Cibersegurança Industrial em 2019 mostra que muitas empresas têm desprezado as diretrizes de divulgação de informações, talvez para evitar punições regulatórias e a exposição pública, com possíveis danos a sua reputação. De fato, os participantes da pesquisa declararam que mais da metade (52%) dos incidentes causou uma violação dos requisitos regulatórios, enquanto 63% deles consideram a perda da confiança de clientes uma importante questão para os negócios, caso ocorra uma violação.
Além da divulgação de incidentes, outros resultados da pesquisa mostram que as empresas têm dado muita importância à conformidade - apenas um quinto (21%) delas admite que, no momento, não cumpre as regulamentações do setor. É crucial que, mesmo não apresentando os relatórios exigidos, as organizações compreendem a necessidade de cumprir as demandas regulatórias.
Para 55% dos respondentes, a conformidade é o principal determinante dos orçamentos nas estratégias de investimento em cibersegurança. No entanto, esse foco nos procedimentos pode estar levando as empresas a uma atitude mais complacente em relação à qualidade das soluções de cibersegurança e a não considerar as ameaças reais; apenas 28% identificaram o cenário das ameaças como um elemento fundamental para o orçamento.
"A conformidade e as regulamentações industriais não devem ser consideradas de maneira superficial. Porém, também é muito importante ter em mente o cenário real das ameaças, que muda dinamicamente. Uma solução de cibersegurança eficiente, associada a uma política clara, deve ajudar as empresas a alcançar o nível necessário de proteção de acordo com os requisitos regulatórios. Essas soluções devem englobar novas tecnologias, análise de vulnerabilidades e medidas de resposta a incidentes, além de iniciativas de treinamentos de conscientização de segurança para todos os funcionários que trabalham com sistemas de automação industrial", comenta Georgy Shebuldaev, chefe de desenvolvimento de negócios do Kaspersky Industrial Cybersecurity.
O relatório completo da Kaspersky sobre o Estado da Cibersegurança Industrial em 2019 está disponível aqui.
Sobre a Kaspersky
A Kaspersky é uma empresa internacional de cibersegurança fundada em 1997. Seu conhecimento detalhado de Threat Intelligence e especialização em segurança se transformam continuamente em soluções e serviços de segurança inovadores para proteger empresas, infraestruturas industriais, governos e consumidores finais do mundo inteiro. O abrangente portfólio de segurança da empresa inclui excelentes soluções de proteção de endpoints e muitas soluções e serviços de segurança especializada para combater ameaças digitais sofisticadas e em evolução. Mais de 400 milhões de usuários são protegidos pelas tecnologias da Kaspersky e ela ajuda 270.000 clientes corporativos a proteger o que é mais importante para eles. Saiba mais em www.kaspersky.com.br.
| Ind4.0 | | | | Um campo com espelhos e inteligência artificial foram as “fórmulas” para atingir uma marca recorde em energia solar. A startup Heliogen, que já recebeu aportes de Bill Gates, combinou os dois para refletir raios solares que geraram calor acima de mil graus Celsius – um quinto da temperatura do Sol. A técnica pode ser a solução para substituir o uso de combustíveis fósseis na indústria.
A startup desenvolveu o que chamaram de “forno”. Em vez de usar painéis solares para capturar energia, o sistema usa “energia solar concentrada”. O método por tanto já existe, mas é a primeira vez que alguém consegue atingir temperaturas altas o suficiente para produzir cimento e aço, por exemplo.
“Se você pegar mil espelhos e alinhá-los exatamente em um único ponto, poderá atingir temperaturas extremamente altas”, diz Bill Gross, fundador e CEO da Heliogen, à CNN. De acordo com Gross, a startup alcançou essa marca no primeiro dia em que ligou sua fábrica.
A inovação foi alcançada graças a Inteligência Artificial. A startup, por sua vez, usou um software de computação de visão, detecção automática e tecnologias sofisticadas para treinar um campo de espelhos para refletir a luz solar em apenas um ponto.
Com essa técnica, empresas podem reduzir em até 60% o uso de combustíveis fósseis para a produção de cimento, aço, vidro e outros materiais, por exemplo. A mudança pode diminuir significativamente as emissões de poluentes. O cimento representa 7% da emissão de carbono mundial, de acordo com a Agência Internacional de Energia.
“Sua capacidade de atingir as altas temperaturas exigidas para esses processos é um desenvolvimento promissor na busca de um dia substituir o combustível fóssil”, afirma Bill Gates.
Entretanto, mesmo em dias nublados, as indústrias conseguiriam gerar calor pela tecnologia, graças a um sistema de reserva.
Segundo a Heliogen, a usina está gerando energia suficiente para, um dia, sintetizar hidrogênio em larga escala. A ideia é que o hidrogênio sem emissão de carbono possa ser transformado em combustível para automóveis e aeronaves.
“Se você conseguir produzir hidrogênio verde, isso muda tudo o jogo”, diz Gross. “A longo prazo, queremos ser a empresa de hidrogênio verde”. Completa.
Logo, por enquanto, a startup está focada em energia solar. O maior desafio para a Heliogen, no momento, é convencer as empresas a investirem na troca para esse sistema, mais sustentável. Gross disse que anunciará em breve os primeiros clientes.
| CIMM | | | | O governo brasileiro terá uma visão muito pragmática em relação ao futuro do Mercosul, disse nesta quinta-feira o secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo. As decisões serão baseadas sobretudo nos interesses do País.
Nesse caso, o foco é a integração do País à economia mundial. Em pronunciamento no Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), ele destacou que a sintonia entre a Casa Rosada do ex-presidente argentino Mauricio Macri e o Planalto do presidente Jair Bolsonaro foi fundamental para a concretização do acordo Mercosul-União Europeia.
O presidente Jair Bolsonaro foi explícito quanto à decepção na eleição do peronista Alberto Fernandez à presidência da Argentina e chegou a dizer que não o cumprimentaria pela vitória, o que deixou no ar questionamentos sobre a possibilidade de entendimento com o vizinho e sobre qual será o destino do Mercosul.
“Não vamos nos permitir trafegar em velocidade de comboio, onde todos andam na velocidade do carro mais lento. Nossa disposição em integrar a economia brasileira à economia internacional é inabalável”, destacou. “A postura em relação ao Mercosul vai refletir essa determinação”, disse.
Troyjo alertou ainda para o perigo de o País ficar enredado com o que chamou de “armadilha mexicana”, onde os benefícios de acordos comerciais foram bastante questionados, porque o país não fez as reformas estruturantes concomitantemente.
“É por isso que digo que o grande acordo comercial que o Brasil precisa fazer é consigo mesmo”, afirmou, mencionando a importância das reformas como a da Previdência e a aceleração do processo de privatização para colocar o Brasil à frente de outros emergentes e como um país vitorioso no cenário internacional na década de 2020.
| Tribuna PR ( publicado em 21-11-2019) | | | |
|
| | |
|
|