| 31 de JuLho de 2019
Quarta-feira
- Funcionários dos Correios anunciam greve em todo Brasil a partir desta quarta-feira
- Empresários criticam condução de negociação entre governo e caminhoneiros
- FGV: confiança empresarial sobe 0,9 ponto em julho ante junho, para 93,9 pontos
- Número de novas empresas cresce 16,1% no 1º semestre, revela Boa Vista
- Indústria defende redução de custos para compensar abertura comercial
- Utilização da capacidade instalada de máquinas e equipamentos sobe para 76%
- Faturamento da indústria de máquinas e equipamentos cai 6,1% em junho ante maio
- Exportações de máquinas, equipamentos e componentes caem 8% em junho ante maio
- Bens duráveis reagem, mas futuro é nebuloso
- Confaz deve impedir cobrança de ICMS sobre importação temporária, diz CNI
- Desempenho da economia decepciona metade dos consumidores, mostra pesquisa
- Taxa de desemprego cai e fica em 12% no segundo trimestre de 2019
- Governo anuncia mudanças em regras trabalhistas
- Governo Bolsonaro altera normas de segurança do trabalho
- Correção: Bolsonaro fala em mudar regras de trabalho análogo à escravidão
- Bolsonaro improvisa e fala em mudar regras de trabalho análogo à escravidão
- Bolsonaro diz que reforma tributária pode evoluir para ter Estados e municípios
- Avança a possibilidade de acordo entre Brasil e EUA
- Depois de UE, Brasil caminha para fechar acordo com suíços e noruegueses
- Trump quer livre-comércio com Brasil, que acena com acordo “amplo e ambicioso”
- Ross: Trump está comprometido com forte relação com o Brasil no comércio
- CSN tem lucro líquido de R$ 1,894 bi no trimestre, alta de 60%
- Marcopolo instala nova filial no Paraná
- Heliar lança bateria EFB para veículos pesados no mercado de reposição
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Em 31/07/2019
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Fonte: BACEN
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| | | | | Os trabalhadores dos Correios anunciaram que entrarão em greve a partir da noite desta quarta-feira, 31. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a categoria realiza na manhã desta terça-feira, 30, a última reunião prevista no calendário de negociação com os Correios, em Brasília.
De acordo com Fischer Moreira, secretário de imprensa da Fentect, a categoria protesta contra o baixo “reajuste salarial e contra a retirada de direitos históricos da categoria”. Uma das alterações propostas pela empresa é a exclusão de pais como dependentes no plano de saúde dos funcionários e aumento na coparticipação do plano, que hoje está por volta de 30%. O reajuste salarial proposto é de 0,8%, valor considerado irrisório pela federação.
+ Leia mais: Jurista detona Bolsonaro: ‘O caso dele não é para impeachment, mas sim de interdição”
A greve foi anunciada ao presidente dos Correios, Floriano Peixoto, na última segunda, 29. Apesar do indicativo de paralisação, os trabalhadores não descartam novas negociações. “Ainda que tenha uma data marcada para greve, o comando continua a disposição de negociar. Entendemos o momento da empresa, mas é necessário também ver o lado do trabalhador”, afirma Moreira.
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Os Correios estão em meio a uma possibilidade de privatização, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. Os planos do governo, por enquanto, são de investir esforços na reforma da Previdência, enquanto as privatizações ficariam para um segundo momento. Fischer Moreira alega que a base aliada do governo no Congresso Nacional, como a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), divulga informações sobre a empresa que “faltam com a verdade”.
“Não necessariamente a privatização vai trazer preços mais acessíveis, inclusive para regiões periféricas, e a precarização de serviços vai ser ampliada. A gente sabe que existe esse fantasma da privatização e combate essa perspectiva”, diz.
Os Correios afirmaram que “continuam em negociação com representações dos empregados”, com mediação do Tribunal Superior do Trabalho, e que “não é oportuno tratar de greve neste momento”.
| Tribuna PR (publicado em 30-07-2019) | | | | Cabelo em pé A condução das negociações com caminhoneiros tem deixado empresários inquietos. Além do tabelamento do frete, dizem, o ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura) debate pactuar margem de lucro e cota obrigatória de contratação de autônomos. Há críticas a “medidas intervencionistas” e que possam dar margem à caracterização de cartel.
Desfecho O caso deverá ter um desfecho no Supremo Tribunal Federal (STF), que marcou para 4 de setembro o julgamento de três ações diretas de inconstitucionalidade que contestam a lei que criou o tabelamento.
| Folha de S. Paulo (publicado em 30-07-2019) | | | | O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,9 ponto em julho ante junho, para 93,9 pontos, informou nesta quarta-feira, 31, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,1 ponto, interrompendo uma sequência de quatro meses de quedas.
“A alta da confiança empresarial pelo segundo mês consecutivo foi motivada principalmente pela melhora das expectativas. O resultado parece estar relacionado com a aprovação da votação em 1º turno da reforma da Previdência e medidas para incentivar o consumo como a liberação dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e PIS/Pasep”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
Em julho, o Índice de Situação Atual (ISA-E) subiu apenas 0,1 ponto, para 89,9 pontos. Desde março de 2018, o subíndice tem oscilado numa estreita faixa em torno dos 90 pontos, considerada baixa em termos históricos, apontou a FGV. Já o Índice de Expectativas (IE-E) subiu 0,9 ponto no mês, para 101,0 pontos, o maior patamar desde setembro de 2013.
“Para que haja uma recuperação mais consistente será necessária a efetiva melhora do nível de atividade. Na análise setorial, o comércio se destaca e a indústria de transformação segue piorando pelo terceiro mês consecutivo”, completou Viviane.
Houve piora na confiança apenas na Indústria (-0,9 ponto) em julho. O setor de Serviços avançou 2,2 pontos, o Comércio cresceu 2,3 pontos, e a Construção aumentou 2,6 pontos.
A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.694 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 25 de julho.
| Tribuna PR | | | | O número de novas empresas cresceu 16,1% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo levantamento da Boa Vista em todo o País. Já no segundo trimestre em comparação com o primeiro, o indicador recuou 1,5%. No acumulado em 12 meses, houve avanço de 16,8%.
Na classificação por forma jurídica, a variação interanual mostrou crescimento muito mais forte das MEIs (21,4%) do que dos demais tipos de empresas (0,6%) no primeiro semestre. Em termos de composição, as MEIs representam 79% dos casos no 1º semestre. No ano anterior, a participação dessas empresas era um pouco menor, de 75,7%.
Por setores, o setor de serviços atingiu 61,5% da composição das novas empresas, fatia maior do que no mesmo período de 2018 (57,6%). O comércio se manteve estável, com 29,8%, enquanto houve recuo na indústria, de 0,1 ponto porcentual, para 7,8%.
Entre as regiões brasileiras, o aumento de abertura de novas empresas foi generalizado frente ao primeiro semestre do ano passado. A região Norte teve maior aumento de 18,6%, seguido de Sudeste (17%) e depois por Nordeste e Centro-Oeste, com a mesma taxa de crescimento (15,54%). Na região Sul, a expansão foi de 13,9%.
| Bem Paraná | | | | Fabricantes nacionais acreditam que menores tarifas sobre componentes utilizados pelo setor e corte de juros possibilitariam maior competição contra máquinas e equipamentos importados
O setor de máquinas e equipamentos pleiteia a redução de custos para compensar uma maior abertura comercial. Portaria que reduz tarifas de importações está suspensa e entidades discutem alterações do texto com o governo.
“Se houver redução de 14% para 4% da tarifa, o equipamento importado ficará 10% mais barato. A indústria não tem margem para reduzir tanto os custos. Uma maneira de fazer isso seria também diminuir as tarifas dos nossos insumos”, declarou o diretor de Competitividade da Associação da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mário Bernardini, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (30).
A Portaria 309/2019, que estabelece regras para redução temporária da alíquota do imposto de importação para bens de capital e de informática, foi suspensa no último dia 10. O Ministério da Economia não concederá autorização para a compra desses itens com a redução do imposto de importação até o dia 30 de agosto.
Desde o último dia 16, o governo tem se reunido semanalmente como integrantes do mercado, incluindo indústria e importadores, para rediscutir o conteúdo da portaria. “Nossa linha de atuação tem sido prover redações para tornar os critérios aplicáveis de forma que não gere risco de perda de competitividade”, disse o chefe de gabinete da presidência da Abimaq, Rafael Bellini.
O presidente do conselho de administração da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei), Ennio Crispino, acredita que essas discussões irão tornar as regras da portaria mais claras. “Vamos ouvir a indústria e os importadores para tentar alinhar as opiniões no texto final.”
Ele acredita que a portaria traz como novidade positiva levar em conta preço e prazo de entrega de equipamentos similares fabricados no Brasil. “Quando se pede a concessão de redução de tarifas, muitas vezes apresentam-se fabricantes nacionais com preço e prazo de entrega muito maiores, o que torna o investimento inviável para o comprador.”
Crispino defende que os próprios fabricantes de bens de capital serão beneficiados pela medida. “Eles também precisam de máquinas importadas para produzir, mais de 50% do custo vem do maquinário. O setor também está sendo penalizado.”
Bernardini avalia que, além de uma abertura mais ampla, que beneficie componentes utilizados pela indústria de bens de capital, são necessárias outras medidas. “Os juros bancários representam 10% dos nossos custos. Reduzindo pela metade, por exemplo, tornaria o setor mais competitivo”, assinala.
Crispino aponta que pela suspensão estar limitada a um período relativamente curto de tempo, não trará grandes impactos para o setor produtivo. “Até porque o mercado está fraco, não há uma grande demanda por máquinas.”
Porém, ele destaca que uma suspensão definitiva iria prejudicar a competitividade da indústria. “Tudo que é produzido ficaria mais caro e no final, irá atingir o consumidor. Mas o Caio Megale [secretário de Indústria, Comércio e Inovação] deixou claro que não há intensão de revogar a portaria.”
Balanço
O faturamento da indústria de máquinas e equipamentos em junho caiu 6,1% em relação a maio, segundo divulgou a Abimaq ontem (30). Na comparação com junho de 2018, o faturamento recuou 12,1% e no acumulado dos primeiros seis meses do ano teve um crescimento de 3,6%.
O consumo aparente da indústria de máquinas e equipamentos, que considera o consumo interno de parte da produção do setor mais as importações, recuou 5% em junho ante maio. Na leitura de junho contra o mesmo mês do ano passado houve uma alta de 8,4%. No acumulado de seis meses a Abimaq registrou crescimento de 11,6%.
As exportações recuaram em junho 8% ante maio. Na comparação com junho de 2018 houve uma queda de 22,5%. Na soma do ano até junho a queda foi de 7,1%. Em valores, as exportações em junho somaram US$ 681,94 milhões. No ano, até junho, as exportações foram a US$ 4,432 bilhões.
| DCI | | | | O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria de máquinas e equipamentos cresceu 0,5 ponto porcentual em relação a maio para 76%. A informação é da Abimaq, entidade que congrega as empresas do setor.
De acordo com a Abimaq, o Nuci de junho está 0,3 ponto porcentual acima da marca observada em junho do ano passado.
De acordo com a entidade, apesar da melhora relativa do nível de utilização da capacidade instalada, a carteira de pedidos da indústria de máquinas e equipamentos recuou um pouco, sinalizando que as atividades produtivas deverão manter um ritmo fraco nos próximos meses.
| Tribuna PR (publicado em 30-07-2019) | | | | O faturamento da indústria de máquinas e equipamentos em junho caiu 6,1% em relação a maio, segundo divulgou a Abimaq, entidade que congrega as empresas do setor. Na comparação com junho do ano passado, o faturamento recuou 12,1% e no acumulado dos primeiros seis meses do ano teve um crescimento de 3,6%.
O consumo aparente da indústria de máquinas e equipamentos, que considera o consumo interno de parte da produção do setor mais as importações, recuou 5% em junho ante maio. Na leitura de junho contra o mesmo mês do ano passado houve uma alta de 8,4%. No acumulado de seis meses a Abimaq registrou crescimento de 11,6%.
| Tribuna PR (publicado em 30-07-2019) | | | | As exportações de máquinas, equipamentos e componentes recuaram em junho 8% ante maio, de acordo com a Abimaq, entidade que congrega as empresas do setor. Na comparação com junho do ano passado houve uma queda de 22,5%. No acumulado do ano até junho a queda foi de 7,1%.
Em valores, as exportações em junho somaram US$ 681,94 milhões. No ano, até junho, as exportações somaram US$ 4,432 bilhões
As importações também caíram em junho. A queda foi de 2,9% ante maio. Na comparação de junho com junho de 2018 houve um crescimento de 20,5% e no acumulado do ano, avanço de 9,1%. Em valores, as importações somaram em junho US$ 1,507 bilhão. E no ano, US$ 7,780 bilhões.
O saldo entre exportações e importações em junho foi deficitário em US$ 825,57 milhões e no ano, de US$ 3,347 bilhões.
Nível de emprego
O nível de emprego na indústria de máquinas e equipamentos recuou 0,4% em junho ante maio, de acordo com a Abimaq. Com isso, o quadro de empregados diretos no setor em junho era de 307.526 trabalhadores.
Na comparação com junho do mesmo mês do ano passado, o número de empregados no setor cresceu 3,7%. No acumulado do ano até junho houve um crescimento de 4,2% no nível de emprego do setor.
Na media do ano, o quadro de empregados no setor de máquinas e equipamentos é de 306.433.
| Tribuna PR (publicado em 30-07-2019) | | | | Apesar da expectativa do setor crescer 16% este ano, dois desafios estão no horizonte dos fabricantes nacionais: o acordo comercial com a Europa e mudanças tributárias
Com a meta de obter crescimento de 16% nas vendas até o final de 2019, o setor de eletroeletrônicos começou a reagir. Apesar do cenário positivo no curto prazo, a chance de abertura comercial e mudanças tributárias podem lançar a indústria nacional em um cenário de alta competitividade e promover fuga de investimentos na cadeia produtiva.
“Temos profunda preocupação sobre a forma como essa abertura comercial e acordos com blocos econômicos estão acontecendo. Encaramos isso como um desafio a ser enfrentado. Por isso, estamos alinhando conversas com a equipe econômica do governo federal e também com os estados”, diz o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Eletroeletrônicos (Eletros), José Jorge do Nascimento Júnior, destacando que hoje o setor emprega 150 mil pessoas.
Para o dirigente da entidade, a cadeia vive um movimento de recuperação, que deve ser impulsionado com a alta na demanda no segundo semestre. “Vemos com otimismo os próximos seis meses do ano, em virtude da expectativa pela liberação de recursos para os consumidores, como por exemplo o FGTS [Fundo de Garantia por Tempo de Serviço] e décimo terceiro salário, além da chegada de datas comemorativas importantes no varejo.”
Segundo balanço divulgado pela entidade, entre janeiro e junho deste ano, a linha de portáteis registrou alta de 10% no volume de vendas em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2018, o faturamento do mercado como um todo foi de R$ 47,7 bilhões (veja mais no gráfico).
Diante dessa retomada, Júnior lembra que a melhora é lenta e gradual e outra questão no horizonte tem deixado os empresários apreensivos. “É preciso ter cautela com a reforma tributária, uma vez que pode ocorrer aumento da desigualdade entre diversas regiões do Brasil. É possível que ocorra migração de investimento entre os estados e, até mesmo, para fora do País com a saída de plantas industriais do território nacional”. Na visão dele, essas mudanças seriam injustas, pois põem indústrias estrangeiras competindo com fabricantes nacionais.
“Nossos players nacionais arcam com custos extras, como escolta armada para evitar roubos de carga e taxas para escaneamento de container. As condições de competição devem ser igualitárias”, disse, lembrando que a contribuição tributária dessa cadeia à União gira em R$ 20 bilhões anualmente.
Enquanto reformas e acordos comerciais não saem, o curto prazo parece promissor para os empresários. Segundo Nascimento Jr., sinais do reaquecimento do mercado de bens duráveis já estão mais nítidos no terceiro trimestre, principalmente pelo apelo tecnológico. “A conexão dos aparelhos eletrônicos já é realidade e, com isso, vemos parceria entre empresas para satisfazer hábitos de consumo das pessoas”, disse, dando a automação residencial por meio de voz como exemplo.
Para o sócio-diretor da consultoria empresarial GS&Consult, Jean Paul Rebetez, a tendência é que essas novas tecnologias de automação por voz e baseadas em internet das coisas tornem-se mais baratas conforme ganhem popularidade no mercado e maior aderência por parte do consumidor. “Toda nova tecnologia tem um alto valor agregado, até porque muitos vêm com um apelo de produto premium”, afirmou ele, destacando que a entrada de outros players de médio porte no mercado deve acelerar o processo de popularização e diminuição do preço dessa classe de itens.
| Tribuna PR (publicado em 30-07-2019) | | | | Estados descumprem acordo internacional que isenta a incidência de impostos sobre bens admitidos temporariamente no Brasil por meio do ATA Carnet
Desde 2016, o Brasil integra o sistema internacional do ATA Carnet, que simplifica e isenta de impostos a entrada e saída temporárias de bens em 78 países, facilitando o comércio e a realização de grandes eventos no país. Mesmo assim, as secretarias estaduais de Fazenda não cumprem com a simplificação de procedimentos e burocratizam a circulação dos bens amparados pelo ATA Carnet no Brasil.
Em muitos casos, empresas são obrigadas a pagar o Imposto sobre Circulação de Mercadores e Serviços (ICMS) para conseguir movimentar as cargas paradas, irregularmente, em portos e aeroportos. Solucionar o problema depende de resolução do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
"É importante que o Conselho harmonize os procedimentos relacionados à importação temporária pelo ATA Carnet nas secretarias estaduais de Fazenda. Há perda econômica para as empresas e o uso desse instrumento de facilitação de comércio é prejudicado, deixando o Brasil com uma má reputação perante os demais membros do sistema internacional", afirma Carlos Eduardo Abijaodi, diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entidade credenciada pela Receita Federal para emitir o ATA Carnet no Brasil.
A Convenção de Istambul, acordo internacional que regula os termos de uso do ATA Carnet, do qual o Brasil é signatário, impede a cobrança de impostos ou a apresentação de guias de isenção adicionais para a liberação dos itens cobertos pelo documento. Segundo a Câmara Internacional de Comércio (ICC), que reúne as instituições responsáveis pela emissão do ATA Carnet, em 2017 mais de 185 mil documentos foram expedidos no mundo, amparando bens estimados em US$ 26 bilhões.
“Vários países tais como Alemanha, Canada, China, França, Japão, Reino Unido, já apresentaram reclamações à Confederação Nacional da Indùstria (CNI), principalmente os Estados Unidos, um dos principais países a entrar com bens amparados pelo ATA Carnet no Brasil. No momento em que buscamos uma aproximação com esse mercado, o descumprimento do acordo pelos estados brasileiros coloca um obstáculo no incremento dessa relação”, diz Abijaodi.
SABE O QUE É O ATA CARNET? - O ATA Carnet é frequentemente utilizado para a admissão temporária de bens para feiras de negócios, festivais, exposições e eventos esportivos por ser um regime aduaneiro simplificado e ágil. Entre os produtos mais comumente amparados pelo documento estão maquinário industrial, equipamentos esportivos, aparelhos médicos, aeronaves, computadores, ferramentas de reparação, equipamentos de fotografia e filmagem, instrumentos musicais, obras de arte e relíquias pré-históricas.
Desde o início da operação do ATA Carnet no Brasil, 629 empresas brasileiras estão credenciadas no sistema e, entre elas, 247 já utilizaram o instrumento para levar bens temporariamente a outros países. A rede internacional do ATA é composta por 78 países. Até junho de 2019, a CNI emitiu 578 documentos.
| CNI (publicado em 30-07-2019) | | | | Mais da metade dos entrevistados cortaram gastos com refeições fora de casa, roupas, calçados e viagens. Pesquisa foi antecipada pela CNDL/SPC ao G1.
O ano começou com expectativas positivas para o crescimento do Brasil – mas praticamente metade dos consumidores se decepcionaram com o desempenho da economia no primeiro semestre.
Segundo levantamento antecipado ao G1, 44% dos brasileiros iniciaram 2019 com estimativas positivas. Seis meses depois, no entanto, só 13% avaliaram o desempenho como acima do esperado – outros 49% consideraram pior em relação à expectativa inicial. A pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) ouviu 800 pessoas em todas as capitais do país, entre os dias 10 e 17 de junho.
Os dados mostram que três em cada dez consumidores sentiram uma piora na sua situação financeira este ano, atrelada principalmente à alta dos preços e à redução da renda familiar. Mas a proporção dos que precisaram fazer cortes no orçamento foi maior: sete em cada dez 'apertaram os cintos', e 53% recorreram a bicos e trabalhos adicionais para complementar a renda.
Três em cada dez também tiveram que recorrer a um empréstimo para organizar o orçamento; e quase a mesma proporção teve que vender bens para conseguir dinheiro.
"Outras situações comuns vivenciadas foram o desemprego (do próprio ou de alguém da família), com 46% de citações, passar vários meses no vermelho (45%) e ter o CPF negativado por não pagar alguma conta (34%)", aponta a pesquisa.
Cortes no orçamento
A redução nas despesas teve impacto direto no lazer dos consumidores. Veja os gastos que os brasileiros mais cortaram:
Refeições fora de casa (56%)
Idas a bares e casas noturnas (54%)
Compra de roupas, calçados e acessórios (51%)
Viagens (50%)
Idas ao cinema e ao teatro (50%)
Contas em dia
O levantamento mostra, no entanto, que seis em cada dez entrevistados conseguiram manter o pagamento das contas em dia; 35% conseguiram guardar dinheiro; e 30% ainda disseram ter chegado a realizar um sonho de consumo nesse período.
Otimismo para o segundo semestre
Se o primeiro semestre decepcionou, no segundo deve melhorar, acreditam 46% dos entrevistados. O número é próximo aos 43% que creem em melhora nas finanças pessoais, especialmente motivados pelo otimismo de que coisas boas estão por vir (68%) e por terem sido bem-sucedidos na organização de seu orçamento (41%).
“Tecnicamente, o ciclo de recessão iniciado em 2014 no Brasil acabou no final de 2016. Mas o país ainda não se recuperou de alguns dos efeitos da crise e da retração na economia, e a sombra daquele período esteve afetando diretamente o orçamento do brasileiro. Consequentemente, sua percepção sobre o primeiro semestre de 2019 e suas expectativas em relação ao futuro”, explica em nota o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.
| G1 (publicado em 31-07-2019) | | | | População desocupada recuou 4,6%, ou menos 621 mil pessoas em busca de trabalho
A taxa de desemprego no Brasil fechou em 12% no segundo trimestre de 2019, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (31).
O percentual está abaixo dos 12,7% registrados nos três primeiros meses do ano. E é menor também do que os 12,4% registrados no mesmo trimestre de 2018.
Os números divulgados nesta quarta-feira (31) representam o recuo de 621 mil em busca de trabalho em comparação ao trimestre anterior, permanecendo estável em relação ao mesmo período de 2018. No total, são 12,8 milhões de pessoas desocupadas.
A população ocupada, por sua vez, ficou em 93,3 milhões e cresceu 1,6% em comparação a janeiro, fevereiro e março de 2019. São 1,479 milhão de pessoas a mais com alguma ocupação. No segundo trimestre do ano passado, o número também cresceu 2,6%, ou 2,401 milhão pessoas.
No setor privado, foram 33,2 milhões de pessoas com carteira assinada, subindo 0,9% (294 mil pessoas) em comparação ao trimestre anterior, e 1,4% (450 mil pessoas) frente ao mesmo período de 2018.
Por outro lado, o número de trabalhadores sem carteira assinada também subiu nas duas comparações. São 11,5 milhões, subindo 3,4% (376 mil pessoas) com relação ao primeiro trimestre do ano e 5,2% (565 mil pessoas) comparando com o segundo trimestre de 2018.
Outro item que caiu foi o rendimento médio habitual, que ficou em R$ 2.290, 1,3% a menos do que no trimestre anterior e sem variação significativa com o mesmo período do ano passado.
O segundo trimestre de 2019 computou dois recordes na série iniciada em 2012. Primeiro, a população disponível para trabalhar mais horas, chamada de subocupada, atingiu 7,4 milhões de pessoas, enquanto o número de trabalhadores por conta própria alcançou 24,1 milhões.
Já o número de trabalhadores domésticos cresceu 2,4% em relação ao trimestre anterior, ficando em 6,3 milhões de pessoas. O número de trabalhadores no setor público também aumentou, 2,6%, chegando a 11,7 milhões. Em ambas as estatísticas não houve aumento em relação ao mesmo período de 2018.
| Folha de S. Paulo | | | | O governo Jair Bolsonaro anunciou na última terça-feira, 30, mudanças em três normas de segurança e saúde no trabalho, conhecidas como NRs, com o objetivo de reduzir as exigências às empresas. Segundo o secretário especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, as três normas alteradas na terça garantirão uma economia de R$ 68 bilhões em dez anos para o setor privado.
Segundo o secretário, hoje existem 36 NRs que somam mais de 6 mil linhas distintas de autuação que têm impacto direto na produtividade das empresas. “Não podemos conviver com regras anacrônicas que nos atrasam, atrapalham e nos inibem. O empreendedor brasileiro tem uma âncora nos pés na hora de competir com os chineses”, discursou em evento no Planalto.
Além das modificações anunciadas, o governo vai consolidar 158 decretos que tratam de normas trabalhistas em quatro textos. O primeiro reunirá 19 dispositivos que já existem sobre direitos trabalhistas. O segundo abarcará os 51 textos atuais sobre as profissões regulamentadas e seus respectivos conselhos. O terceiro decreto tratará dos colegiados e comissões trabalhistas. E o quarto consolidará os 79 dispositivos que tratam de convenções internacionais do trabalho ratificadas pelo Brasil.
| Tribuna PR | | | | Presidente anunciou primeira etapa de revisão de regras para reduzir exigências sobre empregador
Sob o argumento de que busca ampliar a competitividade no país, o governo Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (30) mudanças em normas de segurança e saúde no trabalho para reduzir exigências impostas aos empregadores.
No total, existem 36 normas regulamentadoras, conhecidas como NRs, que reúnem 6,8 mil regras distintas sobre segurança e medicina do trabalho. Na primeira etapa do processo de revisão, duas NRs foram modificadas e uma terceira, revogada.
As regras devem ser seguidas pelas empresas que tenham empregados regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). As mudanças não exigem aval do Congresso e entram em vigor em 45 dias.
Na avaliação do governo, a regulação vigente representa elevado potencial de multas a empresas por fiscais do trabalho e uma carga que impacta a competitividade dos produtos brasileiros.
A NR 2, agora revogada, exigia uma inspeção de fiscal do Trabalho antes da abertura de um estabelecimento. Para o governo, a revogação diminui a burocracia e reduz a intervenção estatal na iniciativa privada.
A alteração da NR 1 permite, entre outros pontos, o aproveitamento de treinamentos feitos por um trabalhador, em um período de dois anos, quando ele muda de emprego dentro da mesma atividade. A regra atual exige que o curso seja refeito antes do início das atividades no novo emprego.
Outro ponto libera micro e pequenas empresas da obrigação de elaborar programas de prevenção de riscos ambientais e de controle médico e saúde ocupacional. Objetivo é dispensar dessas obrigações estabelecimentos que não oferecem risco, como lojas de roupas, salões de beleza e padarias.
Ainda foi alterada a NR 12, que trata de medidas de proteção para garantir a integridade física dos trabalhadores e a prevenção de acidentes no uso de máquinas e equipamentos.
O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, e o ministro da Economia, Paulo Guedes - Adriano Machado/Reuters
De acordo com o governo, a comissão responsável pelas alterações —composta por representantes do Executivo, dos empregadores e dos trabalhadores— considerou que a regra atual é complexa, de difícil execução e não está alinhada aos padrões internacionais.
Um dos responsáveis pela elaboração das normas, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que as mudanças não representam ampliação de riscos às atividades. Ele ressaltou que as mudanças tiveram apoio consensual de representantes de empregadores e trabalhadores.
“A preocupação que nós tivemos desde o início foi justamente de não permitir que a simplificação tivesse como contrapartida um aumento do número de acidentes de trabalho”, disse.
Segundo o secretário, outras mudanças ainda serão feitas. Como exemplo, ele afirmou que um banheiro de uma pequena empresa está sujeito hoje à cobrança de 42 tipos diferentes de multas.
“Não podemos conviver com regras anacrônicas, bizarras, que nos atrapalham, nos inibem”, afirmou.
Na mesma linha, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que as relações trabalhistas no Brasil “são armas de destruição em massa de empregos.”
O governo estima que as mudanças anunciadas nesta terça têm potencial de reduzir custos do setor produtivo em até R$ 68 bilhões nos próximos dez anos.
| Folha de S. Paulo (publicado em 30-07-2019) | | | | A nota publicada anteriormente tinha um erro no cargo da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP). O correto é líder do governo no Congresso, e não na Câmara, como constou. Segue o texto corrigido:
O presidente Jair Bolsonaro se antecipou à equipe e falou nesta segunda-feira, 30, da intenção de mudar as regras que envolvem trabalho análogo à escravidão, questão polêmica que precisa passar pelo aval do Congresso. Ele citou o assunto durante evento para anúncio de mudanças em normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho.
O secretário especial da Previdência e do Trabalho, Rogério Marinho, explicou que o encaminhamento da proposta precisa passar por deputados e senadores. “Sim (teria que ser projeto de lei). Até porque isso tem que ser fruto de uma operação do Legislativo”, esclareceu após a fala do presidente.
Em seguida, a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ponderou que o projeto ainda está em discussão e não há uma “formatação do texto”. “Há uma ideia para evitar excessos”, disse a parlamentar.
Ela deixou claro que uma eventual proposta com mudanças nas regras sobre trabalho análogo à escravidão não seria resolvida “do dia para a noite”. “É como na Previdência, deve ter uma discussão de um semestre pelo menos.”
Joice defende mudanças na punição para empregadores envolvidos com trabalho análogo à escravidão por considerar que existem relatos de “condenações extremas”, como a perda de propriedade, por “algo menor”, citando como exemplo “o mau uso da caderneta”. Em algumas propriedades, há relatos de trabalhadores análogos ao escravo em que os patrões fazem uso de uma caderneta de dívida como forma de submissão.
“Queremos uma Legislação que defensa o trabalhador, mas defenda também o direito à propriedade”, disse a congressista. Joice afirma que em alguns casos deveria haver apenas a aplicação de uma multa. “Para tirar a propriedade tem que ter a comprovação de algo muito grave.”
Bolsonaro critica a Emenda Constitucional 81 que determina que as propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde for localizado trabalho escravo serão “expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário”.
| Tribuna PR (publicado em 30-07-2019) | | | | O presidente Jair Bolsonaro se antecipou à equipe e falou nesta segunda-feira, 30, da intenção de mudar as regras que envolvem trabalho análogo à escravidão, questão polêmica que precisa passar pelo aval do Congresso. Ele citou o assunto durante evento para anúncio de mudanças em normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho.
O secretário especial da Previdência e do Trabalho, Rogério Marinho, explicou que o encaminhamento da proposta precisa passar por deputados e senadores. “Sim (teria que ser projeto de lei). Até porque isso tem que ser fruto de uma operação do Legislativo”, esclareceu após a fala do presidente.
Em seguida, a líder do governo na Câmara, Joice Hasselmann, ponderou que o projeto ainda está em discussão e não há uma “formatação do texto”. “Há uma ideia para evitar excessos”, disse a parlamentar.
Ela deixou claro que uma eventual proposta com mudanças nas regras sobre trabalho análogo à escravidão não seria resolvida “do dia para a noite”. “É como na Previdência, deve ter uma discussão de um semestre pelo menos.”
Joice defende mudanças na punição para empregadores envolvidos com trabalho análogo à escravidão por considerar que existem relatos de “condenações extremas”, como a perda de propriedade, por “algo menor”, citando como exemplo “o mau uso da caderneta”. Em algumas propriedades, há relatos de trabalhadores análogos ao escravo em que os patrões fazem uso de uma caderneta de dívida como forma de submissão.
“Queremos uma Legislação que defensa o trabalhador, mas defenda também o direito à propriedade”, disse a congressista. Joice afirma que em alguns casos deveria haver apenas a aplicação de uma multa. “Para tirar a propriedade tem que ter a comprovação de algo muito grave.”
Bolsonaro critica a Emenda Constitucional 81 que determina que as propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde for localizado trabalho escravo serão “expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário”.
| Tribuna PR (publicado em 30-07-2019) | | | | O presidente Jair Bolsonaro disse que a ideia do governo é encaminhar uma proposta de reforma tributária que envolva apenas impostos federais, mas que é possível “evoluir” para incluir Estados e municípios. A possibilidade, no entanto, é vista como arriscada por ele. “Até pode evoluir (para incluir estados e municípios), mas toda vez que isso foi feito ao longo dos meus 28 anos na Câmara a proposta não foi para frente e foi arquivada porque há muito interesse”, avaliou.
Ele disse que “todo mundo concorda (com a proposta, desde que não perca nada”. “Acho que o Paulo Guedes (ministro da Economia) está certo, é uma reforma da União. Depois, uma outra PEC poderá ser feita para Estados e Municípios. A minha ideia é a gente simplificar impostos e taxas”, disse após evento no Planalto com anúncio de mudanças em normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho.
Mais cedo, o presidente da República contou que conversou sobre a votação em segundo turno da reforma da Previdência com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre temas econômicos. “Falamos basicamente sobre Previdência. A votação do segundo turno e outras pautas da política”, disse Bolsonaro ao fim do café. Segundo fontes, eles também trataram da reforma tributária.
O presidente da Câmara quer unificar três das cinco propostas que tratam sobre o tema: a do líder do MDB, Baleia Rossi (SP), que já está em uma comissão especial, a que está no Senado, de autoria do ex-deputado Luis Carlos Hauly, e a do governo federal, que ainda está sendo preparada pela equipe econômica. A ideia de Maia é facilitar a análise da reforma para tentar aprovar o texto até o fim deste ano.
A Câmara deverá retomar a votação da Reforma da Previdência na próxima terça-feira, 6, quando os parlamentares estarão de volta à Brasília após três semanas de recesso.
| Tribuna PR (publicado em 30-07-2019) | | | | O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, confirmou, ontem, em São Paulo, que os Estados Unidos têm interesse em avançar em um acordo de livre de comércio com o Brasil.
Mais cedo, o presidente Donald Trump havia declarado, na Casa Branca, que quer seguir em frente com a assinatura de um tratado, sugerindo que um relacionamento amigável com o presidente Bolsonaro (PSL) poderia ajudar a reduzir barreiras comerciais entre as duas maiores economias das Américas.
“Existe, sim, esse interesse refletido nos diálogos entre ele [Trump] e o [presidente] Bolsonaro. É um sinal tangível”, reforçou o secretário, alertando para que o Brasil “tome cuidado” com as exigências da União Europeia (UE) feitas no âmbito do acordo de livre comércio com o Mercosul, para que isso não prejudique um futuro tratado com os Estados Unidos.
“Nós temos diferenças com a Comissão Europeia com relação a certas normas relacionadas a produtos químicos, automotivos, farmacêuticos, alimentos, além das áreas de regulação sanitária, fitossanitária e indicações geográficas”, pontuou Ross. “Tomem cuidado para não entrarem em uma armadilha”, ressaltou.
Ross disse ainda que assinaturas de pactos comerciais levam muito tempo. “O mais importante é fazer um acordo que beneficie a todos, que seja correto.
| DCI | | | | GENEBRA – Depois de fechar um acordo comercial com a UE, o Brasil e o Mercosul caminham para encerrar também as negociações com os países da Associação Europeia de Livre Comércio(EFTA) que reúne Islândia, Noruega, Liechtenstein e a Suíça.
O porta-voz do Departamento Federal de Assuntos Econômicos da Suíça (SECO), Fabian Maienfisch, deixou claro que o processo está em sua reta final e que o acordo poderia ser anunciado em algumas semanas.
Os dois blocos iniciaram as negociações em 2015. Mas foi apenas em 2017 que houve uma decisão política de que um entendimento deveria ser atingido. Nesse mesmo ano, o comércio entre os blocos superou US$ 8,7 bilhões, apontam dados da EFTA. Ao bloco dos quatro países europeus, o Brasil exportou 1,9 bilhão de euros em 2018 e importou 2,6 bilhões de euros no mesmo ano.
Produtos agrícolas, alimentos, café e partes de aeronaves estão entre os principais itens da exportação do Brasil para os mercados do EFTA, que também há conta com tratados comerciais com México, Chile, Colômbia, Equador e Peru.
Mas um dos temores dos suíços é o de ficar de fora de um acordo com o Mercosul e perder espaço para os produtos da UE.
"As negociações estão numa fase avançada", disse o porta-voz. "Estamos confiantes de que seremos capazes de concluir com êxito as nossas negociações nos próximos meses e de que será possível evitar uma ameaça de discriminação nos mercados do Mercosul em relação à UE", afirmou Maienfisch.
Hoje, produtos suíços e europeus sofrem as mesmas tarifas para entrar no bloco sul-americano. Mas com a redução de impostos acertada com a UE, a consequência do acordo seria a de prejudicar os produtos suíços e noruegueses. Enquanto uma máquina alemã entraria no Mercosul isenta de tarifas, o mesmo produto suíço teria de pagar uma taxa de 20%, o que simplesmente o tiraria do mercado.
Não por acaso, a ordem entre os diplomatas é o de apressar as conversas para impedir que os bens suíços não sejam prejudicados.
"Por um lado, a economia suíça beneficia de um melhor acesso a um enorme mercado com uma classe média crescente, a fim de garantir perspectivas de venda", disse Maienfisch. "Por outro lado, queremos evitar a discriminação contra os concorrentes, especialmente da UE", explicou.
Segundo ele, os direitos aduaneiros do Mercosul sobre as exportações suíças são elevados. Em média, um produto suíço paga uma tarifa de 7% para entrar nos mercados sul-americanos. Mas, em alguns produtos, essa taxa pode chegar a 35%.
No governo suíço, a estimativa é de que um eventual acordo comercial com o Mercosul gere um ganho potencial de mais de 200 milhões de francos suíços por ano para a economia suíça.
Mas caso o EFTA não consiga concluir um acordo de comércio livre com o Mercosul, os exportadores da UE terão uma vantagem em termos de custos que poderá atingir 35%.
Hoje, os países do Mercosul importam mercadorias da Suíça no valor de mais de US$ 3 bilhões. "Esses países são, portanto, mercados importantes para a economia suíça de exportação", justifica o porta-voz do governo.
Mas Berna também insiste que um acordo de livre comércio hoje mais do que simplesmente um tratado para poupar o pagamento de taxas aduaneiras. "Um acordo também simplifica o acesso ao mercado para prestadores de serviços suíços, amplia a proteção da propriedade intelectual e introduz novas possibilidades nos contratos públicos", disse Maienfisch.
"Um acordo de livre comércio aumenta a capacidade de planejamento dos agentes econômicos e melhora a segurança jurídica", defendeu.
"O Mercosul afirmou várias vezes que a conclusão das negociações com os estados da EFTA é uma prioridade e a conclusão com a UE não deve mudar nada no que se refere a isso", disse o representante do Departamento Federal de Assuntos Econômicos. Mas ele foi categórico: "o fato de a UE ter encontrado soluções em certos assuntos, que também foram difíceis nas nossas negociações, pode afetar positivamente o nosso processo".
Hoje, os pontos em aberto no acordo dizem respeito ao acesso ao mercado dos produtos manufaturados e agrícolas, bem como a certos pontos importantes no que diz respeito à propriedade intelectual.
| UOL (publicado em 30-07-2019) | | | | Após o presidente Donald Trump afirmar na última terça-feira, 30, que os Estados Unidos irão trabalhar em um acordo de livre-comércio com o Brasil, o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, disse ao Estadão/Broadcast que o Brasil vai atuar para firmar um tratado mais “ambicioso e abrangente” possível com o país.
Ele lembrou que existem várias formas de acordos e parcerias comerciais possíveis, mas frisou que o governo brasileiro buscará um entendimento que inclua a retirada de tarifas e criação de cotas de importação com menos tributos. Para isso, o acordo teria de ser fechado via Mercosul, como foi o da União Europeia, anunciado no fim de junho.
Apesar do entusiasmo provocado pelas declarações de Trump, que disse ainda “amar a relação com o Brasil”, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, que cumpre agenda no País, sinalizou que pode não ser tão simples lançar as tratativas.
Segundo ele, há interesse dos EUA em estabelecer um tratado comercial com o Brasil, mas há risco de compromissos assumidos pelo Mercosul com os europeus, no bojo do acordo firmado pelo bloco com a UE, se tornarem um empecilho. Ross citou que há divergências dos americanos com a comunidade europeia em setores como farmacêutico, químico, de alimentos e automóveis, além de questões fitossanitárias.
“É importante que não haja nada nesse acordo que seja contraditório a um acordo de livre-comércio com os Estados Unidos”, disse a jornalistas após participar de um evento terça em São Paulo.
Para integrantes do governo e do setor privado brasileiro, há uma janela preciosa que deveria ser aproveitada neste momento. Trump vê com bons olhos a aproximação e há tanto no Brasil como na Argentina, os mais influentes países do Mercosul, desejo de que o tema avance. No início do mês, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, falou publicamente sobre a intenção de firmar um acordo comercial com os americanos.
O governo Trump impôs tarifas sobre o aço e o alumínio ao Brasil e a outros países no ano passado, ao tentar fortalecer a indústria de metais dos EUA em meio à sua agenda “América Primeiro”.
Parceiro. Os EUA foram o principal destino de exportações brasileiras de bens (US$ 28,7 bilhões em 2018) e de serviços (US$ 16 bilhões em 2017), de acordo com a Câmara Americana do Comércio (Amcham). Já o Brasil está entre os dez maiores destinos de exportações de bens dos EUA no mundo (US$ 29 bilhões em 2018).
No final de junho, Trump e Bolsonaro se encontraram em Osaka, no Japão, três meses após visita oficial do presidente brasileiro aos EUA. Durante o encontro, Trump elogiou Bolsonaro.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) compartilha a visão de que o Brasil está diante de uma oportunidade única. Há anos a instituição apoia o lançamento de negociações com os EUA, país que mais importa produtos industrializados brasileiros e principal destino de multinacionais do Brasil.
“É a economia desenvolvida com que o Brasil tem mais complementaridade e integração. Por muito tempo o governo brasileiro não tinha interesse em ter relação mais próxima aos EUA, mas o setor privado tinha. A dinâmica de negócios então acabou se acelerando independentemente do governo”, diz Diego Bonomo, gerente executivo de Assuntos Internacionais da CNI.
Mesmo o setor do agronegócio, onde Brasil e EUA competem no mercado internacional em diversos produtos, há interesse em abrir negociações. Segundo Ligia Dutra, superintendente de Relações Internacionais da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), os EUA são o terceiro principal mercado para o setor e há pontos de convergência. “É um parceiro importante e vamos, sim, dar atenção especial”, afirmou.
Abertura. As conversas com os EUA fazem parte dos planos de abertura da equipe econômica de Jair Bolsonaro há alguns meses. Em março, durante visita aos EUA, a possibilidade de abertura de negociações comerciais foi discutida de forma preliminar entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e Wilbur Ross. Hoje, os dois, que se conhecem há anos e têm bom relacionamento, irão se reunir e o tema voltará a ser tratado.
Para Troyjo, negociações com os EUA também envolverão temas que podem avançar bilateralmente, sem a necessidade de aval do Mercosul, como facilitação de comércio, redução de barreiras não tarifárias, convergência regulatória, regras de propriedade intelectual, comércio eletrônico, aceitação de certificados de origem digitais e reconhecimento de operadores econômicos autorizados.
“O intercâmbio comercial entre Brasil e EUA está muito aquém do potencial. Um dos maiores desperdícios de oportunidade é o nível comparativamente pequeno de comércio com EUA, por isso que uma das prioridades para o Brasil é aumentar esse intercâmbio”, disse.
| Tribuna PR | | | | Mudança tem como meta a expansão comercial e fortalecimento da rede
A Marcopolo instalou no Paraná mais uma de suas filiais como sequência ao plano de expansão comercial e fortalecimento da rede. Em Curitiba a empresa continuará concentrando a venda de carrocerias, peças e serviços, enquanto a unidade de Cascavel (PR) manterá a venda de peças e prestação de serviços.
A gestão da filial está sob o comando de Alexandre Cervelin, que já atua como coordenador comercial do mercado paranaense. A fabricante de carrocerias também tem filiais nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
A empresa ressalta que antes de abrir a nova filial, o Paraná já tinha como representante exclusivo desde 1962 a Sulbrave Ônibus e Peças.
| Automotive Business (publicado em 30-07-2019) | | | | O secretário de comércio americano, Wilbur Ross, afirmou nesta terça-feira, 30. durante evento da Amcham (Câmara Americana de Comércio) que o presidente americano, Donald Trump, está comprometido em reduzir barreiras entre os dois países e expandir relações econômicas e laços comerciais, especialmente nas áreas de energia, infraestrutura, agricultura e tecnologia. “O presidente Trump está comprometido com uma relação forte e dinâmica com o Brasil”, disse.
Ele lembrou que a relação de apoio entre Estados Unidos e Brasil é longa, citando o reconhecimento da independência brasileira pelos EUA. E destacou que essa “longa relação está mais forte do que nunca”. Segundo ele, além do comércio, o país apoia o Brasil no fortalecimento da democracia na região.
Ross pontuou ainda que, com o avanço das recentes reformas, os EUA estão “fortemente comprometidos” em apoiar a entrada do Brasil na OCDE.
Ross afirmou que os americanos precisam costurar mais parcerias estratégicas, de forma a gerar “empregos, prosperidade e paz na região”. Ele apontou que o acordo entre Boeing e Embraer é um bom exemplo de cooperação entre governos e empresas dos dois países.
Ross também destacou que há uma equipe de cerca de 50 pessoas ligadas ao Departamento do Comércio dos EUA trabalhando para facilitar as relações bilaterais, o que torna o Brasil um dos três países com maior rede americana. “Estamos trabalhando de perto com o Brasil e outros países da América Latina”, reforçou, ao dizer que os EUA têm interesse em impulsionar a economia regional. “Há potencial para elevarmos o comércio lateral de mútuo benefício”, disse.
| Tribuna PR (publicado em 30-07-2019) | | | | Com um impulso de seu negócio de mineração, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) reportou um lucro líquido de R$ 1,894 bilhão no segundo trimestre do ano, alta de 60% em relação ao observado no mesmo intervalo do ano passado. O montante é ainda quase 14 vezes superior ao lucro do primeiro trimestre deste ano.
O salto do lucro da CSN, que veio bem acima das projeções de mercado, foi impulsionado com a reversão da provisão de imposto de renda e contribuição social (IR/CS), que foi adiado diante da perspectiva de rentabilidade futura em aproximadamente R$ 1,615 bilhão.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$ 2,380 bilhões no intervalo analisado, alta de 68% ante o anotado no segundo trimestre de 2018 e de 38% em relação aos três primeiros meses deste ano. No primeiro semestre o Ebitda chegou em R$ 4,1 bilhões, praticamente a metade do total projetado pela companhia para o ano, em R$ 8,5 bilhões, conforme informou hoje a siderúrgica.
O forte resultado da CSN veio na esteira do forte resultado em mineração. Essa unidade bateu recorde histórico de Ebitda, com R$ 2,021 bilhões no período, aumento de 61% em relação ao anotado no trimestre imediatamente anterior.
A receita líquida no intervalo entre abril e junho chegou em R$ 6,901 bilhões, aumento de 21% na relação anual e de 15% na trimestral.
| Tribuna PR (publicado em 30-07-2019) | | | | Fabricada pela Clarios, tecnologia garante vida útil 40% maior
A Clarios, fabricante da bateria Heliar, lança no mercado de reposição a primeira bateria com EFB (Enhanced Flooded Battery) ou baterias convencionais melhoradas para veículos comerciais pesados. A tecnologia de acumuladores elétricos aumenta em 40% a vida útil do produto quando comparada com baterias convencionais oferecidas no mercado. Segundo a empresa, ela dispensa qualquer tipo de manutenção.
Para o engenheiro de produto da Clarios, Wanderson Violardi, os caminhões e ônibus estão demandando maior necessidade de energia devido à maior tecnologia embarcada. “Os caminhões de frotas precisam de uma bateria mais robusta, para suportar a demanda de novas cargas elétricas” afirma. “A bateria Heliar EFB conta com uma maior capacidade de ciclagem e durabilidade: ela tem uma capacidade de 225 amperes/hora”.
A produção mundial de baterias EFB pela Clarios começou em 2014, na Alemanha, e em 2016 a empresa decidiu também produzi-la no Brasil, em sua planta de Sorocaba (SP), no entanto, apenas para fornecimento direto às montadoras. Com o lançamento do produto para o mercado de reposição, a fabricante estima a produção de 50 mil unidades por ano.
| Automotive Business (publicado em 30-07-2019) | | | |
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