| 16 de JUNHO de 2020
Terça-feira
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Em 16/06/2020
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Fonte: BACEN
| | | | | O SINDIMETAL/PR,em parceria com o Sistema Fiep, convida para o curso: SOLUÇÕES TRABALHISTAS – PARA ENFRENTAR A CRISE.
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Informações:
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| SINDIMETAL/PR | | | |
A Prefeitura de Curitiba vai voltar atrás em alguns pontos do decreto 774, assinado no sábado passado (13), e que elevou para bandeira laranja o nível de alerta contra a Covid-19. O decreto suspendia as atividades de bares, casas noturnas, clubes esportivos, academias, igrejas e templos religiosos.
Mas, depois de uma série de reuniões nesta segunda-feira (15), algumas atividades podem ser beneficiadas com uma revisão no decreto. A própria Prefeitura confirmou, no começo da noite, que está estudando formas de melhorar a regulamentação das atividades desenvolvidas nas academias de ginástica e esportes durante a pandemia, e assim permitir que voltem a funcionar.
Entre as propostas apresentadas pelo município ao setor está a adesão das academias a um Termo de Responsabilidade Sanitária para o Enfrentamento da Covid-19. O documento seria obrigatório para volta às atividades dos estabelecimentos, além de uma vistoria pela Vigilância Sanitária, ma garantiria que as academias só fechassem em caso da decretação de bandeira vermelha em Curitiba.
As possibilidades de mudança em relação ao estabelecido no decreto 774 serão definidas esta semana. “Qualquer alteração só será possível mediante ampla segurança e posturas sanitárias adequadas, que serão apresentadas esta semana pela Saúde”, disse o secretário de Governo Municipal, Luiz Fernando Jamur, depois da reunião.
A categoria fez dois protestos desde que a bandeira laranja foi determinada: um na frente da casa do prefeito Rafael Greca no sábado e outro na manhã de segunda-feira na frente da Prefeitura de Curitiba, e que reuniu cerca de 100 pessoas. O ato aconteceu antes que a Justiça proibisse manifestações com potencial de aglomerações em Curitiba.
Para voltar a funcionar, a categoria ainda precisa assinar um acordo sobre as novas exigências. Embora a regulamentação só saia provavelmente nesta quarta-feira (17), várias academias da cidade já anunciavam a reabertura para esta terça (16).
Restaurantes
Também no começo da noite de segiunda-feira, a Associação Brasileiras de Bares e Restaurantes do Paraná (Abrasel-PR), que representa mais de 50 mil estabelecimentos no Estado, divulgou que a entidade e a Prefeitura de Curitiba chegaram a um acordo para que os restaurantes da Capital paranaense voltem a funcionar com maior flexibilidade, com salões abertos até as 22 horas.
Pelo decreto de sábado, restaurantes e lanchonetes só poderiam funcionar com atendimento ao público das 11 às 15 horas e só com delivery nos demais horários.
Apesar do anúncio da Abrasel, a Prefeitura não confirmou o acordo. O presidente da associação de restaurantes, Nelson Goulart, disse que reuniões com a Prefeitura aconteceram no domingo e na segunda.
Na tarde de ontem, mesmo com a proibição de manifestações com aglomerações, alguns empresários foram até a região da Prefeitura, para tentar participar das reuniões. Para eles, a forma como o decreto estava, limitando o horário de funcionamento, e ainda assim apenas para o almoço, dificultava a manutenção das atividades. “Somos responsáveis, e estamos pagando pelos irresponsáveis”, disse um deles.
Empresas de fretamento fazem carreata em protesto por três meses sem renda
Alguns empresários de transporte do setor de fretamento de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e Curitiba, realizam na manhã de ontem, uma carreata em protesto pela situação do setor que está, segundo os organizadores da manifestação, há três meses sem renda. A carreata, que começou no Aeroporto Afonso Pena, na RMC, seguiu até a Praça Nossa Senhora de Salete, onde é a sede do govenro do Estado, o Palácio Iguaçú.
O empresário Denis Marciano, um dos organizadores da carreata, disse que o protesto de forma pacífica tem como meta mostrar aos governos estadual e federal os problemas pelo qual o setor está passando. “O governo está fazendo a sua parte, mas está demorando muito para chegar até nós”, disse. ´
Mas o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros por Fretamento de Curitiba e Municípios do Paraná (Sinfretiba), por meio de nota publicada em rede social, afirma não apoiar a manifestação. De acordo, com o texto, “ não há uma pauta razoável a justificá-la” neste momento.
O sindicato lembrou que várias ações de fomento foram tomadas para tentar socorrer o setor, tanto em nível estadual quanto federal. O setor de turismo reúne cerca de seis mil empresas no Paraná e em torno de 70 mil veículos.
| Bem Paraná ( publicado em 15-06-2020) | | | | O Estado chegou a 95 dias de pandemia (desde os primeiros registros, em 12 de março) com 9.583 casos e 326 óbitos, de acordo com o boletim epidemiológico publicado no domingo (14) pela Secretaria de Estado da Saúde. A doença já atingiu 302 cidades no Paraná.
O Paraná registra indicadores preocupantes no início da semana em que deve alcançar a marca de 10 mil pessoas infectadas pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2): aumento no número de casos e de óbitos, recorde no número de internados, 51% de taxa de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para enfrentar a doença, queda na faixa etária média dos diagnosticados e mais de 75% das cidades com registros da Covid-19.
Ao mesmo tempo o Estado mantém a menor taxa de incidência de casos por 100 mil habitantes do País e a quarta menor taxa de mortalidade dentro da mesma regra populacional, atrás apenas de Mato Grosso do Sul, Minas Gerias e Santa Catarina. O Paraná tem a 12ª maior taxa de letalidade (proporção entre o número de mortes e o número total de doentes) do País, com 3,4%, ao lado de Alagoas.
O Estado chegou a 95 dias de pandemia (desde os primeiros casos, em 12 de março) com 9.583 casos e 326 óbitos, de acordo com o boletim epidemiológico publicado no domingo (14) pela Secretaria de Estado da Saúde. A doença já atingiu 302 cidades no Paraná.
SEMANA EPIDEMIOLÓGICA – A análise da semana epidemiológica 24 (07 a 13 de junho) mostra que a média diária de casos e de óbitos aumentou em relação à semana 23 (31 de maio a 06 de junho). A média de novos casos por dia foi de 384 na semana 24, 301 na semana 23 e 213 na semana 22. A de óbitos foi de 10,1 na semana passada, 8,8 na semana anterior e 4,1 na última semana de maio.
A circulação do novo coronavírus aumentou 27% no Paraná na última semana. A diferença é entre os 2.111 casos da semana epidemiológica 23 e os 2.691 da semana 24. No mesmo quadro houve aumento de 13% no número de óbitos, de 62 para 70. A pesquisa da semana epidemiológica leva em consideração a data do diagnóstico do caso ou do óbito e é alterada com frequência nos boletins conforme a identificação de novos registros.
As macrorregiões que registraram maior quantidade de casos novos foram Norte (48%), Leste (27%) e Noroeste (23%). A primeira pulou de 389 para 574 novos casos em sete dias, a segunda de 814 para 1.035 e a terceira de 306 para 377. A incidência aumentou 17% na região Oeste, de 602 diagnosticados com a doença para 705.
Entre a semana 22 (de 34 a 30 de maio) e a semana 23 houve crescimento de 42% no número de casos, e a maior incidência foi na região Noroeste (54%). O número de casos vem aumentando desde a semana 19 (03 a 09 de maio) e o de óbitos desde a semana 22.
Uma análise sobre a evolução diária dos casos e óbitos no mesmo período mostra aumento inferior de casos diagnosticados (23,9%), de 2.129 (semana 23) para 2.638 (semana 24), e crescimento superior (53,8%) em relação às mortes, de 52 para 80. Esse índice é a base dos informes epidemiológicos no Paraná e leva em consideração a quantidade de confirmações em 24 horas.
Nesse indicador, a média de novos casos por dia ficou em 376 na semana passada, contra 304 nos sete dias anteriores. Foram 11,4 mortes por dia na semana 24, contra 7,4 na semana 23.
EVOLUÇÃO – Outra análise do boletim epidemiológico deste domingo (14) mostra como a doença evoluiu lentamente nos primeiros meses da pandemia, mas passou a crescer mais rapidamente nos últimos dias. Foram 15 dias até alcançar 100 casos e 38 dias até 1.000 casos. Na semana passada, o Paraná alcançou mais de 600 novos diagnósticos em um único dia. O Estado também bateu mais de 500 casos em outros três dias.
Essa síntese mostra que a doença dobra no Estado em intervalos espaçados de uma a três semanas. Foram 15 dias até o Paraná alcançar 102 casos (26 de março), mais seis dias até 224 casos (1º de abril) e mais quatro dias até 439 casos (05 de abril), quando havia 10 óbitos confirmados. Depois foram mais 10 dias até 804 casos (15 de abril), mais 21 dias até 1.627 casos (06 de maio), mais 18 dias até 3.212 casos (24 de maio) e mais 13 dias até 6.604 casos (06 de junho), quando havia 232 óbitos.
Em relação aos óbitos a evolução é similar. Foram dez dias até atingir 10 óbitos (de 27 de março a 05 de abril), mais quatro dias até 23 óbitos (09 de abril), mais seis dias até 40 óbitos (15 de abril) e mais 14 dias até 82 óbitos (29 de abril). O salto até 162 casos foi de 28 dias (27 de maio) e até 326 mais 18 dias (14 de junho).
CIDADES – A doença alcançou 302 cidades do Paraná. Algumas regionais de Saúde já registram casos em todos os municípios de sua área de cobertura, como Paranaguá (1ª), Foz do Iguaçu (9ª) e Cianorte (13ª), e outras concentram casos em 80% ou mais das suas cidades, como Curitiba e Metropolitana (2ª), com 89%; Irati (4ª), com 88%; União da Vitória (6ª), com 88%; Pato Branco (7ª), com 80%; Cascavel (10ª), com 92%; Paranavaí (14ª), com 82%; Londrina (17ª), com 85%; Cornélio Procópio (18ª), com 80%; Jacarezinho (19ª), com 81%; e Telêmaco Borba (21ª), com 85%.
Os bolsões com menos casos no rol de cidades ficam na regional de Ivaiporã (22ª), com apenas 37%, e Umuarama (12ª), com 47%.
Ainda na divisão regional, Curitiba e RMC (2ª) concentram 3.102 casos confirmados, com 1.030 recuperados e 129 óbitos, maior registro absoluto. A segunda região em incidência é a de Cascavel (10ª), com 1.320 casos, 242 recuperados e 21 óbitos, e a terceira é a de Londrina (17ª), com 1.100 casos, 318 recuperados e 59 óbitos.
A regional de Saúde de Cianorte é a que concentra o maior coeficiente de incidência de casos por 1 milhão de habitantes do Paraná: 241. É seguida por Cascavel (239) e Cornélio Procópio (181). O coeficiente de mortalidade pela mesma proporção populacional é maior em Londrina (6,1) e Paranavaí (5,8). Em ambos os casos a incidência é menor do que a média nacional e maior do que a estadual.
NACIONAL – Segundo dados do Ministério da Saúde, o Paraná tem a menor taxa de incidência do novo coronavírus do País, índice que se mantém há algumas semanas. O coeficiente paranaense é de 83,8, contra 125,4 da Região Sul e 412,9 do Brasil. A taxa de mortalidade sobre a mesma base populacional é de 2,9 no Paraná, mesma da Região Sul e distante do indicador nacional, de 20,6.
A taxa de letalidade do Paraná é a maior do Sul do País, de 3,4%, contra 2,4% no Rio Grande do Sul e 1,5% em Santa Catarina. O melhor indicador é do Mato Grosso do Sul (0,9%) e o pior do Rio de Janeiro (9,6%). A média nacional é de 5%.
IDADE – O boletim demonstra que a população economicamente ativa ainda é a mais afetada pelo coronavírus, conforme evolução desde o começo dos registros no Paraná. Entre 22 de abril (data em que essa métrica foi inserida nos informes) e 8 de junho, a evolução foi percentualmente mais rápida entre os mais jovens e a população adulta na comparação com os idosos.
Já são 258 casos entre bebês e crianças até 9 anos e 383 entre jovens de 10 a 19 anos. Entre zero e 19 anos o salto foi de 1.645% entre 22 de abril e 8 de junho, de 35 para 611 casos. Essas faixas etárias representam 6,3% dos 9.583 casos no Paraná.
O estudo mostra que 7.450 casos da Covid-19 são de pessoas entre 20 e 59 anos (população adulta), o que representa 77,7% do total. Os casos escalaram 1.082% entre pessoas com 20 a 29 anos (de 147 para 1.739); 888% entre 40 e 49 anos (de 200 para 1.977); 835% entre 30 a 39 anos (de 242 para 2.265); 653% entre 50 e 59 anos (de 195 para 1.469); e 516% entre pessoas com mais de 60 anos (de 242 para 1.492).
Esse crescimento contínuo da circulação da doença na população adulta e infantil ajuda a justificar a queda na média da faixa etária dos infectados no Paraná, que já está em 41,9 anos, menor índice desde o começo desse registro.
INTERNAMENTOS – Segundo o boletim, 419 pessoas continuam internadas (181 em UTI e 238 em enfermarias) no Paraná. É o maior número de internados com diagnóstico positivo da série histórica do informe epidemiológico, na soma de casos graves e moderados.
O recorde anterior foi atingido na última quinta-feira (393) e a última semana epidemiológica inteira manteve média acima dos 300: 382 no sábado, 376 na sexta-feira, 375 na quarta-feira, 317 na terça-feira, 307 na segunda-feira e 357 no domingo. A média da semana 24 foi de 358, contra 318 na semana 23.
A marca de 200 internações foi atingida pela primeira vez no dia 22 de maio, com 223 pacientes. No dia 15 de maio, na metade do mês passado, eram 175 internados. Na semana anterior, dia 7 de maio, o número era de 134, e no dia 1º de maio havia 137 pacientes internados. No dia 17 de abril, quando a métrica começou a aparecer nos boletins, eram 144.
São 3.044 pessoas já recuperadas (31,8%).
LEITOS – Apesar desse cenário, o Paraná ainda mantém taxa controlada de ocupação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adultos, atualmente de 51%, e de enfermarias, também para adultos, de 35%.
Em relação a UTIs e enfermarias, o maior índice de ocupação está na macrorregião Oeste, que abriga Cascavel, Pato Branco e Foz do Iguaçu, entre outros municípios, com taxas de 66% e 42%, respectivamente.
A taxa de ocupação de UTIs pediátricas é de 27% e de enfermarias pediátricas de 20%.
ÓBITOS – O Paraná já perdeu 215 homens e 111 mulheres para a doença. A média de idade é de 67,8 anos. Segundo os dados estatísticos, 66% tinham algum tipo de comorbidade (hipertensão, diabetes, cardiopatia, doença pulmonar, obesidade, doença renal crônica) e 34% eram saudáveis. Quase 80% eram brancos e o grau de escolaridade variado, com predominância de pessoas com ensino médio completo.
Os óbitos já alcançaram 26,8% municípios do Paraná (107 dos 399). Todas as regionais de Saúde já contabilizaram óbitos pelo novo coronavírus, 19 delas com casos em mais de uma cidade da sua área de cobertura.
Segundo o informe epidemiológico, 1.507 paranaenses morreram por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), entre elas a Covid-19, nos cinco primeiros meses e meio do ano.
CASOS
FAIXA ETÁRIA
0 – 5 anos – 189 casos – 1,9%
6 – 9 anos – 69 casos – 0,7%
10 – 19 anos – 383 casos – 3,8%
20 – 29 anos – 1.739 casos – 18,1%
30 – 39 anos – 2.265 casos – 23,6%
40 – 49 anos – 1.977 casos – 20,6%
50 – 59 anos – 1.469 casos – 15,3%
60 – 69 anos – 760 casos – 7,9 %
70 – 79 anos – 450 casos – 4,6%
80 anos ou mais – 282 casos – 2,9%
Total: 9.583 casos
LABORATÓRIOS DOS CASOS POSITIVADOS
Laboratório Central do Estado – 1.791 testes positivos
IBMP – 3.777 testes positivos
Demais laboratórios – 3.053 testes positivos
Testes rápidos – 893 testes positivos
Análise clínico/epidemiológica – 68 casos positivos
Total: 9.852*
*Um dos pacientes com diagnóstico positivo fez o teste nos Estados Unidos, não sendo incluído no gráfico de testes realizados.
GÊNERO
4.613 homens
4.970 mulheres
CIDADES
Curitiba – 1.736
Cascavel – 1.039
Londrina – 865
Maringá – 386
Toledo – 235
São José dos Pinhais – 212
Cornélio Procópio – 209
Cianorte – 204
Foz do Iguaçu – 167
Pinhais – 160
Araucária – 146
Paranavaí – 145
Ponta Grossa – 135
Coronel Domingos Soares – 133
Piraquara – 131
Colombo – 124
Paranaguá – 111
Fazenda Rio Grande – 110
ÓBITOS
FAIXA ETÁRIA
0 – 5 anos – 1 caso – 0,3%
10 – 19 anos – 1 caso – 0,3%
30 – 39 anos – 12 casos – 3,6%
40 – 49 anos – 26 casos – 7,9%
50 – 59 anos – 53 casos – 16,2%
60 – 69 anos – 72 casos – 22%
70 – 79 anos – 77 casos – 23,6%
80 anos ou mais – 84 casos – 25,7%
Total: 326
GÊNERO
215 homens
111 mulheres
CIDADES
Curitiba – 78
Londrina – 41
Cascavel – 15
São José dos Pinhais – 12
Maringá – 11
Piraquara – 8
Fazenda Rio Grande – 7
Paranavaí – 7
| Agência Estadual de Notícias ( publicado em 15-06-2020) | | | | Alguns lojistas da Avenida República Argentina, no bairro Portão, em Curitiba, estavam com as portas abertas nesta terça-feira, 16 de junho, antes das 10 horas da manhã. A reportagem percorreu a via pública às 9 horas e se deparou com vários estabelecimentos abertos (veja as fotos).
Por conta do aumento dos casos de Covid-19 na cidade, o prefeito Rafael Greca editou um decreto, o 774, restringindo o horário de funcionamento das atividades. O comércio de rua, por exemplo, só pode abrir a partir das 10 horas. A medida, entre outras coisa, tem como objetivo escalonar o horário dos estabelecimentos comerciais de modo que se evite a formação de filas no terminais e os ônibus possam transitar apenas com 50% da capacidade.
Procurada pela reportagem, o setor de Urbanismo, que é o responsável pela fiscalização para verificar o cumprimento das medidas, afirmou que várias equipes de fiscalização estão nas ruas e que a população pode fazer as denúncias ao 156 da Prefeitura.
A Prefeitura de Curitiba baixou o decreto e elevou para bandeira laranja o nível de alerta contra a Covid-19. O decreto suspendia as atividades de bares, casas noturnas, clubes esportivos, academias, igrejas e templos religiosos.
Mas, depois de uma série de reuniões nesta segunda-feira (15), algumas atividades podem ser beneficiadas com uma revisão no decreto. A própria Prefeitura confirmou, no começo da noite, que está estudando formas de melhorar a regulamentação das atividades desenvolvidas nas academias de ginástica e esportes durante a pandemia, e assim permitir que voltem a funcionar.
Entre as propostas apresentadas pelo município ao setor está a adesão das academias a um Termo de Responsabilidade Sanitária para o Enfrentamento da Covid-19. O documento seria obrigatório para volta às atividades dos estabelecimentos, além de uma vistoria pela Vigilância Sanitária, ma garantiria que as academias só fechassem em caso da decretação de bandeira vermelha em Curitiba.
As possibilidades de mudança em relação ao estabelecido no decreto 774 serão definidas esta semana. “Qualquer alteração só será possível mediante ampla segurança e posturas sanitárias adequadas, que serão apresentadas esta semana pela Saúde”, disse o secretário de Governo Municipal, Luiz Fernando Jamur, depois da reunião.
A categoria fez dois protestos desde que a bandeira laranja foi determinada: um na frente da casa do prefeito Rafael Greca no sábado e outro na manhã de segunda-feira na frente da Prefeitura de Curitiba, e que reuniu cerca de 100 pessoas. O ato aconteceu antes que a Justiça proibisse manifestações com potencial de aglomerações em Curitiba.
Para voltar a funcionar, a categoria ainda precisa assinar um acordo sobre as novas exigências. Embora a regulamentação só saia provavelmente nesta quarta-feira (17), várias academias da cidade já anunciavam a reabertura para esta terça (16).
Restaurantes
Também no começo da noite de segiunda-feira, a Associação Brasileiras de Bares e Restaurantes do Paraná (Abrasel-PR), que representa mais de 50 mil estabelecimentos no Estado, divulgou que a entidade e a Prefeitura de Curitiba chegaram a um acordo para que os restaurantes da Capital paranaense voltem a funcionar com maior flexibilidade, com salões abertos até as 22 horas.
Pelo decreto de sábado, restaurantes e lanchonetes só poderiam funcionar com atendimento ao público das 11 às 15 horas e só com delivery nos demais horários.
Apesar do anúncio da Abrasel, a Prefeitura não confirmou o acordo. O presidente da associação de restaurantes, Nelson Goulart, disse que reuniões com a Prefeitura aconteceram no domingo e na segunda.
Na tarde de ontem, mesmo com a proibição de manifestações com aglomerações, alguns empresários foram até a região da Prefeitura, para tentar participar das reuniões. Para eles, a forma como o decreto estava, limitando o horário de funcionamento, e ainda assim apenas para o almoço, dificultava a manutenção das atividades. “Somos responsáveis, e estamos pagando pelos irresponsáveis”, disse um deles.
| Bem Paraná | | | | GOVERNO FEDERAL
Portaria nº 413, de 15 de junho de 2020, do Ministério da Cidadania. Dispõe sobre o calendário de pagamentos e saques do auxílio emergencial instituído pela Lei nº 13.982, de 2 de abril de 2020.
Instrução Normativa nº 11, de 15 de junho de 2020, do Ministério do Desenvolvimento Regional. Altera a Instrução Normativa n. 22, de 3 de agosto de 2018, a fim de prorrogar, em caráter excepcional, o prazo para contratação de operações selecionadas
Portaria nº 63, de 9 de junho de 2020, do Ministério da Economia. Suspende temporariamente as atividades de atendimento presencial da Agência da Receita Federal do Brasil em Juazeiro - BA, em função da insuficiência de servidores e com vistas a reforçar os cuidados preventivos e diminuir o risco de contágio pelo coronavírus (SARS-Cov-2).
Resolução nº 5, de 12 de junho de 2020, do Ministério da Economia. Resolução nº 001/2020, de 23/03/2020 (prorrogada em 15 de maio de 2020 - Resolução nº 004/2020) - Estabelece, no âmbito da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, plano de resposta aos impactos gerados pelo vírus Covid-19, fixa critérios de excepcionalidade para solução de situações administrativas, tendo em vista a situação emergencial decretada pelos Órgãos Públicos de Saúde: Federal, Estadual e Municipal, e dá outras providências.
Portaria nº 163, de 10 de junho de 2020, do Ministério da Economia. Prorroga o prazo previsto na Portaria nº 65, de 17 de março de 2020, que "Estabelece orientações, no âmbito da FUNDACENTRO, quanto às medidas de proteção para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus (COVID-19), seguindo o plano de contingenciamento do Governo Federal para reduzir o contágio e preservar os servidores e comunidade do COVID-19, tendo em vista que a situação atual está definida como de transmissão comunitária, não sendo possível identificar a fonte de transmissão, o que significa que o vírus está circulando entre a população.
Resolução nº 565, de 10 de junho de 2020, do Ministério da Infraestrutura. Interrompe o prazo para pagamento de multa decorrente de arbitramento sumário previsto na Resolução nº 472, de 6 de junho de 2018, em decorrência dos efeitos da pandemia da COVID-19.
Portaria nº 151, de 15 de junho de 2020, do Ministério da Infraestrutura. Preserva os efeitos integrais da Portaria nº 80/2020-DG/ANTAQ, de 19/03/2020, com a manutenção do fechamento provisório do protocolo físico, assim como a prorrogação da suspensão da fluência dos prazos processuais até o dia 05/07/2020, com o retorno da fluência normal dos prazos e do funcionamento do protocolo físico a partir do dia 06/07/2020, segunda-feira, salvo fato novo ou circunstância devidamente demonstrada no caso concreto que venha a ensejar a necessidade de outro encaminhamento.
Resolução Normativa nº 886, de 15 de junho de 2020, do Ministério de Minas e Energia. Altera a Resolução Normativa nº 878/2020 - Medidas para preservação da prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica em decorrência da calamidade pública atinente à pandemia de coronavírus (COVID-19).
Portaria nº 1.533, de 12 de junho de 2020, do Ministério da Saúde. Habilita leitos de Unidade de Terapia Intensiva - UTI Pediátrico Tipo II - COVID-19 e estabelece recurso financeiro do Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde - Grupo Coronavírus (COVID 19), a ser disponibilizado ao Estado de Roraima e Município de Boa Vista.
Portaria nº 1.534, de 12 de junho de 2020, do Ministério da Saúde. Habilita leitos de Unidades de Terapia Intensiva - UTI Adulto Tipo II - COVID-19 e estabelece recurso do Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde - Grupo Coronavírus (COVID 19), a ser disponibilizado ao Estado do Rio de Janeiro.
Portaria nº 1.535, de 12 de junho de 2020, do Ministério da Saúde. Habilita leitos de Unidade de Terapia Intensiva - UTI Adulto Tipo II - COVID-19 e estabelece recurso financeiro do Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde - Grupo Coronavírus (COVID 19), a ser disponibilizado ao Estado de Roraima.
Portaria nº 1.536, de 12 de junho de 2020, do Ministério da Saúde. Autoriza, temporariamente, a utilização dos leitos de hospitais de pequeno porte (HPP) para cuidados prolongados e estabelece recurso financeiro do Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde - Grupo Coronavírus (COVID-19), a ser disponibilizado ao Estado do Paraná e Municípios.
Portaria nº 1.541, de 12 de junho de 2020, do Ministério da Saúde. Habilita leitos de Unidade de Terapia Intensiva - UTI Adulto Tipo II - COVID-19 e estabelece recurso financeiro do Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde - Grupo Coronavírus (COVID 19), a ser disponibilizado ao Estado de São Paulo e Município de Jau.
Portaria nº 237, de 18 de junho de 2020, do Ministério da Saúde. Inclui leitos e procedimentos na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do (SUS), para atendimento exclusivo de pacientes com diagnóstico clínico de COVID-19.
Portaria nº 245, de 24 de março de 2020, do Ministério da Saúde. Inclui procedimento na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS, para atendimento exclusivo de pacientes com diagnóstico clínico de COVID-19 e altera o Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/SUS) para permitir o registro de ações relativas ao enfrentamento da COVID-19.
Portaria nº 1.514, de 15 de junho de 2020, do Ministério da Saúde. Define os critérios técnicos para a implantação de Unidade de Saúde Temporária para assistência hospitalar - HOSPITAL DE CAMPANHA - voltadas para os atendimentos aos pacientes no âmbito da emergência pela pandemia da COVID-19.
Portaria nº 1.521, de 15 de junho de 2020, do Ministério da Saúde. Autoriza a habilitação de leitos de Suporte Ventilatório Pulmonar para atendimento exclusivo dos pacientes da COVID-19.
Portaria nº 266-E, de 8 de junho de 2020, do Ministério do Turismo. Altera a Portaria ANCINE nº 151-E, de 19 de março de 2020, que estabelece, em caráter excepcional, medidas administrativas para a mitigação dos impactos do COVID-19 no setor audiovisual e no que se refere às atribuições da Agência Nacional do Cinema - ANCINE, nos limites de sua competência.
Resolução nº 2.046, de 8 de junho de 2020, das Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais. Aprova o calendário para a realização do processo eleitoral por meio de sistema eletrônico no exercício de 2020, e dá outras providências.
Portaria nº 31, de 10 de junho de 2020, das Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais. Dispõe sobre a prorrogação das medidas administravas temporárias para prevenir contágio pelo novo coronavírus (COVID-19), no âmbito de jurisdição do CRP/18ª Região, e dá outras providências.
GOVERNO ESTADUAL
Diário Oficial do Estado dos dias 12, 15 e 16 não disponibilizados até às 9h.
GOVERNO MUNICIPAL
Decreto nº 340, de Arapongas. Dispõe sobre a prorrogação do prazo e manutenção das medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus – COVID-19 e dá outras providências.
Decreto nº 313, de Arapongas. Dispõe sobre a prorrogação do prazo e manutenção das medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus – COVID-19 e dá outras providências.
Decreto nº 774, de Curitiba. Estabelece medidas restritivas às atividades e serviços essenciais e não essenciais como mecanismo de enfrentamento da Emergência em Saúde Pública, decorrente do novo Coronavírus, de acordo com a situação epidêmica da COVID-19 e a situação de Risco Médio de Alerta – Bandeira Laranja – conforme Protocolo de Responsabilidade Sanitária e Social de Curitiba.
| Sistema FIEP | | | | As relações entre o Brasil e diversos outros países têm enfrentado desafios em função da crise gerada pela Covid-19. O cenário atual tem impactado na economia, no mercado de trabalho, na educação, no comércio exterior e em diversos outros setores, mudando, inclusive, a forma de gerar negócios.
E para que esse contexto seja debatido, o Sistema Fiep, por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN), promove, a partir de 17 de junho, uma série de webinários sobre mercados globais, com a participação de representantes de diversos países. O intuito é apresentar um panorama dos impactos socioeconômicos resultantes da pandemia, bem como compartilhar experiências e boas práticas.
Entre as nações que serão abordadas estão Argentina, Alemanha, Portugal, Paraguai, Países Baixos e Reino Unido.
Os encontros serão realizados quinzenalmente e terão duração de uma hora cada. A participação é gratuita, mediante inscrição no site do CIN. Após se inscrever, o participante receberá o link de acesso.
Confira a programação de junho:
Webinar Mercados Globais | Argentina
17 de junho, às 16 horas
O objetivo do evento será discutir o impacto da Covid-19 no comércio exterior entre Argentina e Paraná, bem como a agenda bilateral no novo cenário global.
Os palestrantes serão o ministro Pedro Ezequiel Marotta, cônsul da República da Argentina no estado do Paraná, e Virginia Laura Fernandez, doutora em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Federal do Paraná e professora da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina. O bate-papo terá a moderação de Reinaldo Tockus, gerente executivo de Relações Institucionais e Assuntos Internacionais do Sistema Fiep.
Webinar Mercados Globais | Alemanha
23 de junho, às 10 horas
O encontro debaterá a situação econômica atual de Baden-Württemberg e medidas de internacionalização.
Terá como palestrantes: Ewald Stirner (representante do Estado de Baden-Württemberg no Brasil), Júlio Neto (diretor executivo adjunto do Departamento do Comércio Exterior e Serviços IHK Região Stuttgart), Günther Schmid (chefe do eepartamento de Comércio Exterior da Secretaria da Economia, Trabalho e Habitação de Baden-Württemberg), e Cornelia Frank (chefe do Departamento de Comércio Exterior e Marketing de Localização de Negócios | Baden-Württemberg Internacional). A moderação será feita por Hanno Erwes, diretor da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro.
| Sistema FIEP ( publicado em 10-06-2020) | | | | Uma das questões fundamentais para qualquer gestor é saber quanto sua empresa gasta por mês e, principalmente, quais são as áreas com mais despesas. Ter essas informações em mãos é essencial para planejar os próximos passos e conseguir melhorar a rentabilidade do negócio. Apesar dessa importância, a missão não é das mais fáceis: poucos empresários conseguem identificar os gastos considerados desnecessários no dia a dia. Um aliado importante nessa tarefa é justamente a transformação digital. Por meio dela, as organizações não apenas se adequam a novos processos, mas conseguem ter mais transparência em suas despesas.
A Pesquisa Global de Redução de Custos, realizada pela consultoria Deloitte, indica a dificuldade das empresas de adotarem práticas que controlem seus custos operacionais. No Brasil, quase três quartos das organizações (73%) admitiram que não conseguiram cumprir suas metas no último ano – esse índice é ainda maior na média global (81%). A principal barreira enfrentada pelas companhias brasileiras e mundiais é a falta de gerenciamento de desafios para implementar as iniciativas (71% no Brasil e 65% global). Isto é, a falta de uma visão eficiente e automatizada na gestão.
Ainda que a transformação digital seja a expressão da moda no ambiente corporativo, sua utilização está mais relacionada à automação de processos do que à estratégia de redução de despesas. Contudo, o que muitos profissionais ignoram, é que justamente essa digitalização e a entrada de novas tecnologias no dia a dia trazem mais transparência em todas as tarefas e ações das equipes. Ou seja, o cruzamento de todas as informações coletadas pelas soluções permitem análises mais completas por parte dos gestores, identificando onde há gastos mais elevados e facilitando a tomada de decisão.
Uma boa gestão das despesas deve separar o que são gastos supérfluos e que podem ser otimizados de investimentos que, quando bem executados, permitem a consolidação da empresa em seu segmento. Custos com impressão e gerenciamento de documentos, por exemplo, podem ser reduzidos com o apoio de empresas parceiras, potencializando a produtividade dos colaboradores.
Evidentemente, isso não acontece como um passe de mágica e tampouco é algo natural que acompanha a implementação das soluções tecnológicas. A própria empresa precisa estar pronta para conseguir garantir que a digitalização traga uma visão mais clara sobre a gestão das despesas. A principal medida deve envolver uma mudança na própria cultura organizacional, com os profissionais extraindo informações inteligentes dos processos. Além disso, é algo que deve envolver todas as equipes e não apenas um determinado departamento.
A transformação digital é um caminho sem volta para todas as empresas, mas o conceito vai muito além da digitalização e adoção de novas tecnologias. Sem a estratégia de reduzir custos e aumentar a rentabilidade do negócio, não apresenta nenhum valor ao negócio e tampouco facilita o crescimento a médio e longo prazo. Para que esse objetivo se concretize, é preciso garantir que a missão seja cumprida à risca, isto é, que os profissionais sejam capazes de enxergar todas as despesas e identifiquem quais gastos podem ser cortados sem afetar o dia a dia de todos.
Rodrigo Reis - diretor Comercial e sócio da Reis Office
| Brasil 4.0 ( publicado em 12-06-2020) | | | | Se você está em uma situação parecida com a minha, provavelmente está há semanas trabalhando de casa. Ainda que o home office não fosse exatamente uma novidade para algumas áreas como a de inovação, toda a equipe trabalhando 100% de casa foi uma disrupção que nos tirou das nossas zonas de conforto.
Assim como os profissionais precisaram improvisar para criar um mini escritório nos seus lares, as empresas também se desdobraram para prover um mínimo de infraestrutura para seus colaboradores. Gerir à distância foi outro desafio que surgiu nesse período: como manter a equipe motivada, se até o happy hour precisa ser virtual? Como essas mudanças precisaram ser implementadas na pressa, tudo aconteceu um pouco no atropelo. No entanto, quem tinha uma mentalidade ou uma forma de lidar mais flexível sofreu menos, porque compreendeu a emergência da necessidade, focando em fazer o melhor possível para se adaptar.
“Novos normais”
A transição emergencial para o home office por conta da pandemia de covid-19 é apenas um exemplo prático de uma mudança que afetou muita gente ao mesmo tempo. A verdade é que os processos que virão na esteira das nossas quarentenas ainda vão alterar bastante a forma como interagimos socialmente e irão acelerar a transformação digital de muitos setores.
Por atuar com startups há quase 10 anos, tendo a mirar sempre um horizonte longo, e diante do que tenho visto, acredito que passaremos a ter novas visões sobre a necessidade de presença física para trabalhar, novos entendimentos sobre fronteiras geográficas e a necessidade de viajar, assim como teremos novas regras de etiqueta e higiene para interagir em sociedade. As máscaras que nos acostumamos a usar nas últimas semanas poderão eventualmente continuar existindo e ausentar-se do escritório quando uma pessoa que se sinta doente passe a usá-la e seja vista com bons olhos, como um sinal de cuidado com o coletivo, atitude que acontece em culturas orientais há muito tempo.
O pós-pandemia implicará também em novos planejamentos de negócios. Diversos setores precisarão rever planos e perspectivas, se adequando ao “novo normal” que vai aos poucos surgir. O setor imobiliário, por exemplo, poderá ter que repensar a experiência oferecida em espaços corporativos. Será que as pessoas vão querer voltar a se reunir em estações de trabalho próximas umas das outras, ou vão preferir usar os escritórios como espaços coletivos para reuniões, encontros e brainstormings?
A indústria automobilística é outra que talvez já esteja buscando novos valores e propósitos, especialmente se modos de trabalho mais distribuídos e remotos se instituírem. Afinal, se não gastarmos tantas horas em viagens de ida e volta ao trabalho, será que vamos querer ter carros? Nem mesmo a arquitetura residencial está imune: além de serem espaços privados e aconchegantes, os lares também vão demandar cômodos mais profissionais e neutros, que possam “aparecer de fundo” em videoconferências remotas. Até os decoradores precisarão se adaptar.
Novas oportunidades
Quando uma crise se instala, raramente há como fugir dela. O que nos resta é olhar nos olhos do furacão de forma pragmática e buscar soluções e saídas. Aqui na Wayra, decidimos que seria valioso criar um momento de descontração com a equipe, que está trabalhando de casa. Por isso, nas manhãs de terça a sexta nos reunimos em uma videoconferência só para bater papo e tomar um café juntos. Muitas das nossas startups também têm apostado em integrações remotas semelhantes. Na SocialMiner, por exemplo, foi criado o Health Time Talks, que traz convidados externos para falar sobre cuidados com a saúde física e mental. Como me contou o Ricardo Rodrigues, CEO da SocialMiner, o objetivo é evitar o desgaste emocional dos colaboradores, mantendo o entusiasmo e a alegria que são característicos do time.
Resolvidas as emergências, como a necessidade de manter os times motivados e unidos, é importante olhar com calma para o cenário, porque ele também pode ser fonte de grandes oportunidades. Como bem disse o relatório da Mary Meeker, a covid-19 transformou as nossas vidas de formas que estamos apenas começando a entender. Com isso em mente, tenho percebido que alguns negócios têm na pressão pelo distanciamento social e no aumento do trabalho remoto uma interessante chance de se provarem valiosos.
O setor de saúde é um deles. Se as healthtechs um dia tiveram dificuldade em explicar as vantagens ou a importância de opções como a telepresença médica (como a feita pela Pluginbot), as teleconsultas (como as que são realizadas na bem.care) ou a automação hospitalar (como a feita pela Carenet), a pandemia escancarou os benefícios de uma medicina mais digital. A expectativa é que o caminho fique mais fácil também para outras soluções digitais na área da saúde, como wearables para o monitoramento remoto de pacientes, por exemplo.
Sem poder sair de casa para fazer compras, os consumidores também deram um novo fôlego para o e-commerce. Segundo dados da McKinsey, 40% dos brasileiros estão fazendo mais compras online durante a covid-19, apesar de muitos estarem sofrendo com a necessidade de corte de gastos. Por enquanto, a expectativa de uma significativa parte dos consumidores no Brasil (35%) é de diminuir as idas às lojas físicas, com 40% dos entrevistados indicando que pretendem fazer mais compras online depois do fim da quarentena.
Novas oportunidades também devem chegar para negócios relacionados ao futuro do trabalho, como serviços de telepresença, videoconferência, gestão digital, armazenamento em nuvem e automação de processos. Ao se descobrirem eficientes também em regimes de trabalho remoto e distribuído, muitas companhias deverão passar a contratar profissionais de qualquer lugar do país ou do mundo, tornando esses serviços cruciais para os negócios.
Inovações que digitalizam setores mais tradicionais também vão se destacar. É o caso das fintechs, que digitalizam as transações financeiras do cotidiano, e das iniciativas de e-learning, que apoiam o ensino à distância. Ambas as áreas serão cada vez mais necessárias diante do novo normal que prioriza o distanciamento social.
Para que todas essas inovações do nosso cotidiano possam acontecer, será primordial ter boa infraestrutura de conexão de internet. Tanto é que não me surpreendi de saber que a Vivo detectou um crescente interesse na busca por maior velocidade de conexão, especialmente por fibra. Afinal, uma conexão de qualidade é o que vai permitir que nossas experiências virtuais possam ser melhor integradas com as nossas necessidades reais.
O mundo será dos mais adaptados
Acho curioso perceber que a adaptabilidade e a capacidade de “pivotar”, habilidades que vejo as startups do portfólio da Wayra desenvolvendo, vão se tornar essenciais para todo nós. Com um cotidiano cada vez mais volátil, incerto, complexo e ambíguo, ser capaz de se adaptar às mudanças deixará se ser apenas uma vantagem competitiva: será uma necessidade para sobreviver no mercado.
Quem já tinha refletido em algum momento sobre atuar em home office, por exemplo, ou tinha ao menos pensado em algum modelo híbrido de atuação profissional, hoje está sofrendo um pouco menos com o movimento de home office emergencial. Por isso, acredito que precisaremos estar sempre atentos às mudanças e dispostos a nos adequar às novas realidades.
Diante do que tenho visto, o nosso “novo normal” irá mesclar virtual e real de formas ainda mais interessantes. Quem não estiver se informando e se preparando para se adaptar correrá o risco não apenas de se sentir ultrapassado, mas de perder o seu lugar no futuro. Futuro esse que não vai chegar dentro de décadas, mas em questão de poucos meses.
Essa nova normalidade não será boa ou ruim. Será apenas nova. Meu conselho é um só: não se abale pelas dificuldades e esteja sempre disposto a encontrar saídas.
Carolina Morandini é head de portfólio e scouting da Wayra Brasil.
| Brasil 4.0 ( publicado em 12-06-2020) | | | | Uma das características mais celebradas pelas empresas é a capacidade de resolver problemas. Afinal de contas, líderes devem estar prontos para fornecer respostas, certo? Para vários especialistas, no entanto, ter alguém com resposta para tudo não é o melhor caminho para a inovação: o mais indicado seria criar um ambiente que não se apoie em um ou outro indivíduo, mas sim na habilidade de todos. Em outras palavras, um processo que estimule a inteligência coletiva.
Desenvolvido pelo filósofo Pierre Levy, o conceito de inteligência coletiva refere-se a uma “inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências”. É como se elevássemos o ditado de que que duas cabeças pensam melhor do que uma para outra potência: todas as cabeças juntas, certamente, pensarão melhor do que uma ou duas.
Evidentemente, a teoria proposta por Levy e uma série de pensadores não exclui a necessidade de um líder para coordenar o andamento das operações. A tese defendida pelos especialistas neste conceito é que quanto mais as pessoas participarem do processo, melhores serão os resultados das inciativas.
O papel das lideranças, portanto, seria ajudar a orientar e organizar as etapas de produção e, além disso, identificar e selecionar ideias para reforçar a qualidade dos projetos. Outro aspecto importante da atuação dos líderes é avaliar o conhecimento específico dos colaboradores, analisando as diferentes experiências e perspectivas para montar times que possam gerar as soluções e serviços mais adequados.
O objetivo desse modelo é criar uma atmosfera participativa, que permita ir além do “vestir a camisa”. Mais do que engajar as pessoas em torno de uma meta ou cultura, a proposta é incluí-las diretamente na produção da empresa. É essa habilidade que permitirá, por exemplo, que as companhias consigam expandir suas posições como especialistas da área, minimizando e calculando os riscos.
De acordo com levantamentos de mercado, empresas com maior abertura à diversidade, por exemplo, podem ter um faturamento até 35% maior do que as companhias que relutam a esse tipo de ação. Da mesma forma, pesquisas indicam que organizações com mulheres em seus conselhos administrativos chegam a ter até 20% mais eficiência e agilidade na tomada de decisões. O que os números mostram é que tornar as equipes mais diversificadas proporciona novas perspectivas e pensamentos à operação, ampliando a capacidade de resolver problemas.
A diversidade é apenas um dos exemplos de como abrir espaço para novas ideias e pontos de vista. Outras maneiras de estimular e ampliar a participação das pessoas nos processos de inovação são investir na formação de profissionais in house, além de estabelecer as melhores práticas de mercado para atrair e reter talentos. Além disso, pode ser bastante eficaz estabelecer estruturas internas formais voltadas para a aceleração de ideias.
Este tipo de iniciativa traz benefícios para os colaboradores, que têm a chance de obter reconhecimento, visibilidade e avanços na carreira pelas ideias apresentadas, bem como para as organizações, que passam a contar com um abastecimento contínuo de sugestões realizadas por profissionais de confiança e que conhecem de perto as reais necessidades dos clientes.
Por fim, um item essencial que não pode ser deixado de lado quando o assunto é inteligência coletiva é a multidisciplinaridade. Para isso, porém, é necessário que as empresas possuam e reforcem uma cultura organizacional baseada no incentivo ao trabalho em equipe. Em todas as situações, de qualquer forma, é aconselhável que as companhias contem com ferramentas digitais avançadas, que permitam a automação de tarefas simples e a liberação de talentos para atividades mais estratégicas e relevantes para os resultados de negócios. A tecnologia disponível hoje também permite, por exemplo, que as equipes desenvolvam projetos complexos em colaboração, conectadas, a partir de qualquer lugar e em qualquer tempo.
Ao investir nas pessoas e na infraestrutura adequada para sua atuação, as companhias têm mais chances de pensar o novo. Não é hora de buscar quem tem resposta para tudo, mas sim de realizar as perguntas certas e ter abertura para abraçar respostas que muitas vezes não conhecemos. Somente assim, com as condições corretas para o estímulo da Inteligência Coletiva, as companhias estarão prontas para inovar e gerar valor real aos clientes e a seus próprios colaboradores.
* Lauro Chacon é vice-presidente de Marketing e Capital Humano da Qintess.
| Brasil 4.0 | | | | Disponibilidade de financiamento será fator crítico para recuperação econômica
O impacto da Covid-19 no setor produtivo brasileiro foi grave, com uma queda da produção industrial de 18,8% em abril após um declínio de 9,1% em março, um valor recorde. Em abril, mais de 860 mil empregos foram perdidos, com o número de pedidos de seguro desemprego chegando a 960 mil em maio —um aumento de 53% em relação ao ano anterior.
Esse aumento do desemprego ocorreu apesar de, até a primeira semana de junho, mais de 10 milhões de trabalhadores terem seus contratos suspensos ou salários reduzidos de acordo com a MP 936, o que compensou, ao menos temporariamente, a extinção de empregos.
Segundo as nossas estimativas, o impacto mais grave é sentido pelas micro e pequenas empresas (MPEs) devido à natureza de suas atividades econômicas, geralmente baseadas em interações presenciais (por exemplo, varejo, acomodação, turismo e outros).
Essas empresas necessitam urgentemente de financiamento de capital de giro durante o lockdown, visto que precisam continuar a cumprir suas obrigações e, na ausência de novas receitas, as reservas de caixa se esgotam rapidamente. De fato, de acordo com dados do Sebrae, 89% das MPEs apresentaram uma queda média de 60% nas receitas; ainda mais alarmante, as nossas estimativas indicam que as reservas financeiras de grande parte das MPEs (entre 39% e 56%) não chegam a 21 dias.
Para proteger as empresas viáveis, evitar demissões em massa e preservar a renda das famílias, o governo e o Banco Central lançaram um forte pacote de apoio às empresas e ao setor financeiro, incluindo medidas de apoio à liquidez, diferimento de impostos e medidas trabalhistas para compensar os salários, flexibilizar os contratos e aliviar os encargos regulatórios. O acesso a essas medidas de apoio será fundamental para a sobrevivência das empresas e a manutenção dos empregos, conforme mostra o programa de subsídios salariais da MP 936.
A despeito da posição financeira sólida dos bancos e do pacote de apoio lançado pelo governo, o aumento do risco de crédito devido à inadimplência pode inviabilizar a sustentabilidade dos empréstimos para as MPEs. O levantamento do Sebrae mostra que apenas 14% das MPEs que buscaram crédito obtiveram sucesso.
A escassez de crédito, por sua vez, faz com que os problemas de liquidez das MPEs evoluam para problemas de solvência, resultando em ainda mais empréstimos inadimplentes e aumentando a vulnerabilidade do setor financeiro, o que gera um círculo vicioso no qual as pressões do setor financeiro podem impedir a recuperação real do setor.
À medida que o país reabre parcialmente a economia e o foco se desloca para a fase de recuperação, é importante avaliar quais medidas devem permanecer em vigor por algum tempo e quais devem ser ainda mais direcionadas para minimizar seus custos fiscais. No curto prazo, serão necessárias novas medidas de apoio para facilitar a adaptação das empresas aos novos protocolos de saúde que se fazem necessários (por exemplo, adaptação de espaços, treinamento de funcionários, equipamentos médicos e de saúde e outros).
As empresas precisarão elaborar e implementar esses novos planos de emergência e saúde, que podem ser facilitados com o apoio de serviços de extensão como o Sebrae e o Senai. Um fator fundamental para a definição e implementação dessas políticas será a coleta, em tempo real, de dados econômicos e de saúde para monitorar a situação e agir com rapidez e precisão em caso de reincidência da doença. Isso será essencial para minimizar os custos econômicos da pandemia.
Também pode ser uma excelente oportunidade para acelerar a reforma regulatória empreendida pelo governo e reduzir os custos excessivos de se fazer negócios no Brasil. Implementar e acelerar as reformas para melhorar os procedimentos de insolvência, a abertura de empresas e a proteção dos investidores minoritários são medidas fundamentais para garantir a sobrevivência de empresas lucrativas, reduzindo os custos trabalhistas, agilizando a saída de empresas e, principalmente, facilitando a entrada de novas empresas que criam novos empregos. Alguns países estão alterando seus mecanismos de insolvência com medidas temporárias, visando preservar o funcionamento das empresas viáveis em vez de empurrá-las prematuramente para o caminho da liquidação.
A disponibilidade de financiamento será um fator crítico para o ritmo da recuperação econômica. As empresas precisarão de financiamento para investir e restabelecer o capital de giro. É fundamental, portanto, conter os riscos à estabilidade do setor financeiro, monitorar cuidadosamente as políticas macro-prudenciais e fortalecer a rede de segurança financeira —por exemplo, por meio do projeto de resolução bancária (PLP 281/2019) em análise no Congresso.
Em vista da importância do aumento do risco de crédito, os países têm recorrido à expansão e ajuste de mecanismos de garantia pública parcial ao crédito, além de alavancar soluções tecnológicas para facilitar o financiamento da cadeia de suprimentos por parte das MPEs. No Brasil, além dessas medidas, a implementação de um sistema bancário aberto promoverá a eficiência e a concorrência entre bancos e não-bancos, facilitando ainda mais o financiamento das MPEs. Além disso, as MPEs —que, tipicamente, têm poucas garantias a oferecer— se beneficiariam de reformas que facilitem o registro, negociação e desconto de garantias não-tradicionais, como duplicatas e recebíveis de cartão de crédito, além de políticas de garantias públicas parciais.
As MPEs estão entre os agentes econômicos mais vulneráveis e mais atingidos pela pandemia. São responsáveis por cerca de 60% dos empregos não-públicos no setor formal, excluindo-se os microempreendedores individuais (MEI); se considerarmos os MEIs, a taxa pode chegar a cerca de 80%. Elas também apoiam muitos trabalhadores vulneráveis. É essencial garantir que as MPEs se beneficiem de financiamento e de medidas de apoio aos negócios para superar a pandemia. A crise atual também é uma oportunidade para acelerar a simplificação do ambiente de negócios e ajudar as empresas a acelerarem o processo de digitalização motivado pela pandemia.
Esta coluna foi escrita em colaboração com Bujana Perolli, especialista sênior de setor financeiro do Banco Mundial e Xavier Cirera, economista sênior do Banco Mundial.
Rafael Muñoz - Coordenador da área econômica do Banco Mundial para o Brasil, já trabalhou para a instituição na Ásia e na África.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 15-06-2020) | | | | Índice de Confiança do Consumidor subiu 8,9 pontos, chegando a 71
As prévias dos índices de confiança dos empresários e dos consumidores, medidas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), tiveram altas em junho, na comparação com os resultados consolidados de maio. O Índice de Confiança Empresarial, por exemplo, cresceu 14,5 pontos e alcançou 80 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, na prévia de junho.
A confiança dos empresários no futuro cresceu 20,1 pontos, chegando a 83,1 pontos, enquanto a análise da situação atual teve alta de 7,2 pontos.
Entre os setores pesquisados, a confiança aumentou 17,2% no comércio, 17% na indústria, 10,2% nos serviços e 5,6% na construção.
O Índice de Confiança do Consumidor subiu 8,9 pontos e chegou a 71 pontos, de acordo com a prévia de junho. A percepção sobre a situação atual subiu 5,1 pontos, enquanto a confiança no futuro teve aumento de 11,3 pontos.
A prévia de junho confirma a recuperação da confiança perdida no bimestre de março e abril, devido às medidas de isolamento impostas pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).
| Agência Brasil | | | | Uma portaria expedida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Campinas, em conjunto com integrantes da força-tarefa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no último dia 11, determina que as empresas que fazem serviços de entrega de mercadorias do comércio varejista e de serviços de alimentação em todo o estado de São Paulo sigam regras para proteger todos os entregadores, inclusive os autônomos, da possibilidade de contágio pela covid-19.
De acordo com a portaria, as empresas devem fornecer kits de higienização das mãos e equipamentos de trabalho, composto por soluções com água e sabão, álcool em gel 70% e toalhas de papel, além de máscaras faciais de uso não profissional em número suficiente para a troca a cada três horas. Todos os profissionais devem ser orientados sobre o uso correto do kit, das máscaras e como descartar o material.
“As empresas devem providenciar local para higienização de veículos, bags, bagageiros, compartilhamento de cargas, capacetes e jaquetas, além de providenciar capa protetora ou plástico nas máquinas de cartão. O uso do pagamento por meio de cartão ou transferência digital deve ser incentivado”, diz a portaria.
Os trabalhadores que tiverem sintomas de infecção pelo novo coronavírus devem ser afastados por 14 dias, ou até que saia o resultado do teste, e devem ser orientados a procurar o serviço de saúde. As empresas devem emitir CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) nesses casos.
A empresa IFood disse que não vai comentar a decisão neste momento. A UberEats não retornou o contato da reportagem. A Rappi também não respondeu aos questionamentos.
| Agência Brasil | | | | O apoio ao Estado integra o conjunto de ações da companhia para ajudar no combate à pandemia
A Fiat Chrysler Automóveis (FCA) confirmou o apoio da companhia aos esforços do Fundo de Solidariedade de São Paulo no combate aos efeitos da pandemia de coronavírus no Estado. A empresa vai doar o equivalente a R$ 1 milhão em agasalhos e cobertores, além de 300 mil máscaras cirúrgicas produzidas na recém-inaugurada fábrica própria no Polo Automotivo Fiat, em Betim (MG), onde pode produzir até 1,5 milhão de unidades/mês.
A doação foi anunciada na segunda-feira, 15, em reunião do governador João Doria com empresários e integrantes do Comitê de Crise Covid-19 de São Paulo. Os agasalhos e cobertores serão doados para auxiliar entidades em todo o Estado que atendem pessoas em situação de alta vulnerabilidade social, no âmbito do Projeto Inverno Solidário, coordenado pelo Fundo de Solidariedade. As máscaras serão destinadas a profissionais de saúde.
A extensão do apoio da FCA ao Estado de São Paulo integra o amplo programa nacional lançado pela companhia em março para auxiliar Estados e municípios neste momento de emergência sanitária.
Especificamente em São Paulo, entre abril e maio a Fiat integrou a parceria inédita entre Nivea, Sabesp, Deep, Instituto Olga Kos e Leo Burnett Tailor Made que distribuiu 230 mil produtos de higiene pessoal a 53 instituições localizadas em cinco áreas da Região Metropolitana da capital com maior concentração de pessoas em situação de rua ou alta vulnerabilidade social e ambiental, em ação que beneficiou cerca de 60 mil pessoas.
| Automotive Business ( publicado em 15-06-2020) | | | | Com crise e home office permanente, empresas reavaliam escritórios e iniciam devoluções de imóveis
Mercado imobiliário avalia que taxa de imóveis corporativos vazios voltará a crescer após 3 anos de reaquecimento do setor. Empresas citam redução de custos e necessidade de área menor para locação.
O home office prolongado ou até mesmo permanente e o cenário de recessão da economia têm levado empresas a revisarem planos de negócios e também o tamanho das áreas ocupadas com escritórios. Com a crise da pandemia de coronavírus, a perspectiva do mercado é de aumento do número imóveis corporativos vazios, após 3 anos de reaquecimento do setor.
A consultoria imobiliária JLL estima que, na cidade de São Paulo, o percentual de imóveis comerciais de alto padrão vagos, que encerrou o 1º trimestre em 19,3%, poderá chegar a 23% no final do ano. Já a taxa de disponibilidade, que inclui os espaços ociosos mas que ainda dependem de cumprimento de aviso prévio e de desmobilização para serem ficarem vazios, deverá saltar para 26,8%.
Confirmada a projeção, o percentual de imóveis "sobrando" no mercado poderá superar a taxa observada no final de 2016, no início da última recessão.
“Conversando com os nossos clientes, existe uma percepção das empresas que talvez não seja necessário ter tanto espaço assim e muitos estão num momento de análise e já têm planos para devolver algumas lajes”, afirma Monica Lee, diretora do segmento de escritórios da JLL.
“Olhando a série histórica dos últimos 10, 15 anos, há uma correlação entre a vacância e os índices de emprego e o PIB", diz Monica.
"Tem muitos setores da economia que forem fortemente impactados pela pandemia. Algumas empresas vão passar por uma total mudança no seu modelo de negócio."
O enxugamento de parte dos escritórios, entretanto, só deverá ser mais visível daqui mais alguns meses e em 2021, uma vez que os contratos de aluguel de grandes lajes e nos pontos mais valorizados da cidade são fechados a longo prazo, com cláusulas rígidas e multas para devoluções. Também influencia o tempo de aviso prévio e de desmontagem ou reconfiguração dos espaços alugados.
"O impacto dessas devoluções iniciais não será sentido tão forte no 2º trimestre por conta da demora para que aconteçam. Então, esperamos um movimento de aumento de vacância durante esse ano e esse processo de devoluções e ajustes dos escritórios devem acontecer por mais 1, 2 anos", avalia Fernando Didziakas, sócio da consultoria Buildings.
Além do enxugamento de muitas operações, outros fatores que devem contribuir para o aumento da vacância de prédios de escritórios é a postergação de locações que estavam previstas para acontecer ao longo deste ano, além da inaugurações de novas torres.
A consultoria Newmark Knight Frank prevê a entrega de mais 312 mil metros quadrados de área em novos prédios de alto padrão em 2020 em São Paulo – número mais de 50% superior à média histórica dos últimos anos (200 mil metros quadrados).
Primeiros movimentos de devolução
Entre as empresas que já decidiram devolver áreas ocupadas para reduzir custos está o escritório Kincaid Mendes Vianna Advogados. Originária do Rio de Janeiro, a firma decidiu fechar a unidade na capital paulista, no bairro do Itaim Bibi.
O proprietário das salas ocupadas pediu reajuste dos valores, enquanto o escritório queria desconto. O impasse fez com que a empresa decidisse estender indefinidamente o home office e baixar as portas da sucursal.
De acordo com Camila Mendes Vianna Cardoso, sócia do escritório, a ideia é esperar a reorganização do judiciário e, dependendo das novas práticas, voltar com posição menor.
"Ficamos muito impressionados com a rapidez que todo o Judiciário conseguiu se adaptar às novas tecnologias", diz a advogada.
"Nosso faturamento chegou a aumentar, pois economizamos com passagens aéreas, diárias de hotel e até o tempo de nos encontrarmos com clientes que fiquem distantes dentro das grandes cidades", prossegue. "Juízes estão nos recebendo em audiências online, participamos de julgamentos em Belém do Pará sem sair de casa."
Apesar de o Kincaid Mendes Vianna não vislumbrar um futuro sem uma sede na capital paulista, a mudança deu tração para a adoção do home office pela equipe em determinados dias da semana, com revezamento de cadeiras em metragem menor.
'Podemos usar muito menos espaço'
Lógica igual será adotada pela casa de análise Suno Research. Diferente do Kincaid, que antes da pandemia era avesso ao teletrabalho, a Suno mantinha cerca de 30% do seu time remoto, com profissionais de fora de São Paulo.
A sede da empresa, também no Itaim Bibi, fica dentro de um prédio de coworking da WeWork. Com cinco salas alugadas, ocupavam 70 lugares fixos. Uma redução inicial de 65% foi feita. Mesmo com algum reajuste depois da pandemia, mais dias de home office serão o padrão.
"Precisamos de uma sede em que as pessoas possam ir se não quiserem ficar em casa ou para trabalhar em conjunto, mas podemos intensificar o revezamento de posições e usar muito menos espaço", diz Gian Kojikovski, sócio e diretor de conteúdo da Suno Research.
Também no Rio de Janeiro, a multinacional suíça LafargeHolcim também decidiu entregar o escritório onde trabalhavam 150 funcionários no centro da cidade, segundo mostrou reportagem do "Valor Econômico". A companhia, que emprega 1.500 funcionários no país, estima economizar R$ 2 milhões ao ano, ao eliminar custo fixo com aluguel, condomínio, estacionamento, copa, manutenção e recepcionista.
Coworking fecha unidades
A WeWork, principal empresa de coworkings que atua no país, confirmou ao G1 que comunicou aos clientes e proprietários a decisão de encerrar as operações de dois prédios no Rio de Janeiro – na Rua Visconde de Pirajá e Avenida Pasteur –, além de abortar a abertura de uma unidade em Alphaville, na Grande São Paulo.
A empresa garante que a decisão não compromete o negócio no Brasil, e segue seu plano de aberturas. O fechamento das unidades faz parte de uma "constantemente avaliação das suas operações" que visa a "otimizar o seu portfólio".
Como parte do plano, a empresa destaca que inaugurou mais duas unidades em São Paulo neste mês, ampliando para 29 o número de prédios em que possui operação.
"Sem dúvida há setores que não olhavam para espaços compartilhados e vão olhar agora, principalmente pelo modelo de flexibilidade de aluguéis que oferecemos, que dão liberdade de adaptar o tamanho da operação e ter um orçamento ajustável", diz Lucas Mendes, diretor-geral do WeWork no Brasil.
"Além das facilidades, vamos buscar aumentar a satisfação de quem está conosco e ajudar a gerar networking, mesmo com o home office tendo um papel mais relevante", prossegue Mendes. "Por ora, o que nos cabe é conversar com os nossos clientes para atender aos desejos e garantir um ambiente seguro durante a pandemia."
Home office para sempre e transformação dos escritórios
A avaliação dos agentes do mercado é que mesmo numa situação pós crise do coronavírus, o home office tende a ganhar espaço e cada vez mais adesão de empresas e trabalhadores. Com isso, a tendência para diversos segmentos é que os escritórios se transformem mais em espaços para reuniões, treinamentos e convívio, deixando de ser o local exclusivo para o expediente diário de trabalho.
Estudo divulgado em abril pela Kantar apontou que 23% dos brasileiros diziam estar fazendo home office. Outro levantamento recente divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) revelou que o trabalho remoto pode vir a atingir 22,7% das ocupações no Brasil, alcançando mais de 20 milhões de pessoas.
Com a maior aceitação do trabalho em casa e a percepção por parte dos gestores de que os índices de produtividade continuaram em alta, algumas empresas sinalizam para mudanças definitivas.
O Twitter foi a primeira grande empresa a anunciar o home office para sempre, em alcance global. No Brasil, a primeira a seguir esses passos foi a XP Investimentos.
Sob o mote "XP de Qualquer Lugar", a empresa anunciou no dia 11 aos funcionários que estão todos autorizados a trabalhar permanentemente de casa. Inicialmente, os escritórios da empresa não devem ser entregues, mas transformados em locais de atendimento ou trabalho em grupo.
Capitalizada pelo IPO recente na Nasdaq, a XP diz ainda que pretende construir uma sede aos motes das grandes empresas de tecnologia do Vale do Silício em uma cidade do interior de São Paulo. Uma espécie de showroom para exibir a cultura da empresa e receber clientes.
Se o aumento do trabalho remoto tende a reduzir a necessidade espaço físico das empresas, por outro lado os analistas destacam que, por enquanto, a necessidade de maior distanciamento entre as estações de trabalho também tem sido levada em conta pelas empresas do tamanho ideal da área a ser ocupada.
"Que as empresas necessitarão reacomodar os seus espaços, não há dúvidas, seja pela necessidade de redução, seja para levar o distanciamento social para dentro dos escritórios. Mas, mais uma vez, o cenário ainda é altamente incerto, as atividades ainda não voltaram ao normal e nem se sabe o prazo para que isso ocorrerá", afirma Mariana Hanania, diretora de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Newmark.
Ela avalia que o aumento da taxa de imóveis vagos tende a só ficar mais evidente na virada do ano, e que a acentuar no caso de "uma grande retração econômica e demora na retomada".
"Parte dos ocupantes é de empresas multinacionais, que geralmente devem seguir o planejamento e aprovação de suas matrizes, e os contratos, em geral, são negociados para que não sejam quebrados tão facilmente", diz.
"Sem contar com o fato de que temos visto os proprietários fazendo concessões e acordos para as empresas impactadas; até porque, em um cenário de alta incerteza, ninguém está disposto a correr o risco de perder a receita das locações e ainda ter que arcar com o ônus dos custos com condomínio, IPTU, entre outros."
Em alguns casos, os descontos tem chegado a 50% do valor da locação pelo prazo de 90 dias, como mostrou reportagem do G1. Os analistas lembram ainda que, no médio prazo, o aumento da taxa de vacância, poderá levar a uma queda nos preços de locação.
"O aumento de disponibilidade na cidade pode ser uma boa oportunidade para empresas repensarem sua ocupação e avaliarem seus contratos buscando melhores condições comerciais com preços que tendem a cair à medida que a vacância sobe", explica Monica Lee.
| G1 | | | | Levantamento mostra que maior parte dos entrevistados praticam ou têm tolerância com assédio moral e sexual e corporativismo dentro das empresas.
Levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa do Risco Comportamental (IPRC) mostra que mais da metade dos profissionais brasileiros pratica ou tolera assédio em seu ambiente de trabalho.
Foram analisadas as respostas de 2.435 funcionários e candidatos a emprego de 24 empresas privadas do Brasil, que ocupam posições sensíveis em suas organizações, atreladas à vulnerabilidade de atividades como informações confidenciais, bens, dinheiro e negociações.
O objetivo da pesquisa era compreender a visão das pessoas frente a hipóteses de conflitos éticos e seu nível de resiliência a esses dilemas dentro do ambiente organizacional. Os temas foram subdivididos em Assédio Moral, Assédio Sexual e Corporativismo.
Assédio Moral
A pesquisa revela que 41% dos participantes disseram que iriam se omitir, mesmo vivenciando o assédio moral ao seu lado com outros colegas.
Já 37% dos profissionais indicaram alta resiliência ao se deparar com dilemas que envolvem assédio moral, mostrando que tendem a não aceitar a prática que ocorre na organização.
E 18% dos profissionais disseram tolerar o assédio moral como algo normal e aceitável, muitas vezes acreditando ser o único caminho para o alcance de resultados.
Ou seja:
41% apontaram omissão à prática
37% apontaram rejeição à prática
18% apontaram tolerância à prática
Assédio sexual
A pesquisa mostra que 43% dos profissionais indicaram alta resiliência para não aceitar o assédio sexual em seu ambiente de trabalho.
Já 37% dos pesquisados disseram possuir flexibilidade ética quanto ao tema pois, apesar de entender que assédio sexual não é adequado e se trata de um crime, tendem a cair na cultura da indiferença ao não se importar que colegas sofram abordagens de um superior.
E 16% afirmaram que buscariam deliberadamente se aproveitar da posição hierárquica para tentar subjugar subordinados para favores sexuais.
Ou seja:
43% apontaram rejeição à prática
37% apontaram indiferença à prática
16% apontaram adesão à prática
Corporativismo
A pesquisa mostra que 47% dos entrevistados aceitariam participar ou presenciar ações coletivas de grupos para a “politicagem”, desde que não sejam explícitas e diretamente nocivas a outros colegas.
Já 43% dos profissionais entrevistados consideram o corporativismo nocivo à organização. Essa percepção pode ter origem na ideia de que a famosa “panelinha” prejudica quem não faz parte dela. E isso gera desunião e distanciamento para a organização como um todo.
Já 7% dos profissionais disseram que praticariam o ato de forma consciente e deliberada, provavelmente visando um benefício futuro ou até imediato com essa atitude.
Ou seja:
47% apontaram adesão à prática, com ressalvas
43% apontaram rejeição à prática
7% apontaram adesão à prática por interesse
Abordagem transparente
Para Renato Santos, especialista em compliance e diretor do IPRC, a melhor opção para combater essa tendência que afeta as organizações é uma abordagem transparente e pragmática do assunto, dando informações aos profissionais que já sofreram ou que estão sofrendo assédio. "Eles devem ser capazes de entender o que de fato está acontecendo, afinal, pior do que sofrer assédio, é não conseguir identificá-lo", diz.
Segundo ele, uma das formas de facilitar essa identificação é a aplicação do teste de integridade. Essa ferramenta consiste na simulação de situações antiéticas com o objetivo de avaliar a predisposição do indivíduo para cometer atos imorais ou ilícitos.
"Teste de integridade é um instrumento importante para medir a resiliência do sujeito diante de um dilema ético e, consequentemente, proporciona subsídios para mitigar a fraude na organização. No entanto, não podemos cair em uma visão binária e ingênua ao tentar classificar o avaliado como íntegro ou não íntegro. O ideal, portanto, é demonstrar de que forma as convicções comportamentais do avaliado se distinguem dos valores do avaliador", explica Santos.
O especialista acredita que as organizações precisam não apenas declarar a intolerância a desvios evidentes e diretos, mas também investir na ampliação da percepção moral do indivíduo, por meio do investimento na instrução.
"E a instrução, por sua vez, é mais ampla do que capacitar a equipe exclusivamente para a atividade profissional em sua dimensão técnica. Daí a necessidade de investimento em programas de promoção da ética de forma mais detalhada e aprofundada", enfatiza.
Para Santos, o assédio pode ser evitado se a organização tratar do tema de maneira mais clara e objetiva, por meio de palestras de conscientização, implantando canais de denúncia anônimos e seguros, criando políticas de consequências e, sobretudo, rechaçando o comportamento de assédio em detrimento aos resultados a curto prazo.
| G1 | | | |
Em meio à pandemia do novo coronavírus, todas as oito atividades do varejo registraram perdas na passagem de março para abril, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As perdas alcançaram dois dígitos: Tecidos, vestuário e calçados (-60,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-43,4%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-29,5%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-29,5%), Móveis e eletrodomésticos (-20,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-17,0%), Combustíveis e lubrificantes (-15,1%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-11,8%).
No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o volume de vendas recuou 17,5% em abril ante março. O setor de Veículos, motos, partes e peças encolheu 36,2%, enquanto Material de construção teve redução de 1,8%.
Segundo Cristiano Santos, analista da pesquisa do IBGE, a queda no volume vendido foi recorde em abril ante março em sete atividades. As exceções foram os segmentos de móveis e eletrodomésticos, veículos e material de construção.
"Sendo que as outras que não tiveram (recorde de queda em abril) é porque o ponto mais negativo foi o anterior, o de março", ressaltou Santos.
| Bem Paraná | | | | Segundo instituto, todas atividades sofreram quedas, até os setores considerados essenciais durante a pandemia
O comércio brasileiro despencou 16,8% em abril diante dos impactos da pandemia da Covid-19 no país, no que foi o primeiro mês que começou e terminou com medidas de distanciamento social em todo o país.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é o pior desempenho do setor desde o início da série histórica, que começou em janeiro de 2000.
Todos os ramos de atividade pesquisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sofreram quedas, até os setores considerados essenciais durante a pandemia, como Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-11,8%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-17%).
O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, explicou que uma redução da massa salarial em torno de R$ 7,3 bilhões, uma queda de 3,3%, entre o trimestre encerrado em março para o terminado em abril, contribuiu para o registro negativo de setores essenciais.
“Em março, podemos imaginar o cenário em que essas atividades essenciais absorveram um pouco das vendas das outras atividades que tinham caído muito, mas nesse mês isso não foi possível”, disse Cristiano.
Outro motivo pode ter sido o fato de o consumidor realizou a estocagem de alguns produtos, para evitar sair de casa, segundo o pesquisador.
Essa foi a terceira vez em toda a série histórica que todas as oito atividades pesquisadas pelo IBGE sofreram queda. A maior foi em Tecidos, vestuário e calçados (-60,6%), seguido de Livros, jornais, revistas e papelaria (-43,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-29,5%).
Outros ramos que caíram foram Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-29,5%), Móveis e eletrodomésticos (-20,1%) e Combustíveis e lubrificantes (-15,1%).
As últimas vezes que todas as atividades tiveram queda foram em janeiro de 2016 e julho de 2015, quando o Brasil vivia período de recessão econômica. Mesmo assim, sem os impactos vistos durante a pandemia.
"É muito difícil termos indicadores com dois dígitos de variação, tanto no varejo quanto no varejo ampliado", afirmou o gerente da pesquisa.
Segundo o IBGE, a queda foi generalizada no Brasil, com todos os 26 Estados mais o Distrito Federal sofrendo quedas tanto na comparação com o mês de março quanto com o mesmo período do ano passado, seja no comércio varejista ou no comércio varejista ampliado.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o varejo caiu 16,8%, com recuo em sete das oito atividades pesquisadas. Só Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,7%) mostrou aumento, ainda em menor intensidade que no mês de março (11,0%).
Já o volume de vendas do comércio varejista ampliado, que integra também as atividades de Veículos, motos, partes e peças (-36,2%) e material de construção (-1,9%), caiu 17,5% em abril na comparação com março, a maior queda da série histórica, que começou em fevereiro de 2003.
Esse é o terceiro indicador dos efeitos do distanciamento social sobre a economia brasileira. O IBGE já havia divulgado que a indústria teve queda de 18,8% na comparação com março, a pior da série histórica. E o mercado de trabalho sofreu um recorde de 4,9 milhões de postos de trabalho perdidos no trimestre encerrado em abril. Desse total, o comércio foi o setor que mais sentiu a queda na população ocupada, com 1,2 milhão de empregos a menos.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) decretou pandemia no dia 11 de março. Nas semanas seguintes, estados e municípios começaram a decretar restrições à circulação de pessoas, o que afetou a economia brasileira.
A primeira morte conhecida de Covid-19 no país ocorreu no dia 17 de março. A partir daí, com o avanço da doença, o país promoveu o fechamento de bares, restaurantes e comércio como forma de conter o avanço da doença. Em abril, os efeitos econômicos passaram a ser sentidos com mais intensidade, já que as medidas restritivas duraram do começo ao fim do mês.
Na semana passada, o Banco Mundial projetou que a economia brasileira deve encolher 8% em 2020, um dos piores resultados globais. Segundo a instituição, a contração está ligada às medidas de contenção da propagação do vírus, investimentos em queda e redução nos preços de commodities. Em janeiro, a projeção era de crescimento de 2% para o Brasil.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 15-06-2020) | | | | O presidente Jair Bolsonaro sancionou lei que proíbe o desligamento de serviços públicos como água e energia elétrica nas sextas-feiras, fins de semana e feriados. O texto, que tem origem em projeto aprovado no Congresso Nacional, está publicado no Diário Oficial da União (DOU).
"Esta lei aplica-se aos serviços públicos prestados pelas administrações diretas e indiretas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como aos serviços públicos concedidos ou permitidos por esses entes da Federação", cita a norma sancionada.
O texto estabelece ainda que, nos casos de falta de pagamento, o prestador do serviço deverá fazer uma comunicação prévia ao consumidor de que o serviço será desligado, devendo informá-lo sobre o dia a partir do qual será realizado o desligamento, que precisa ser, necessariamente, durante horário comercial.
Para isso, haverá uma taxa de religação, que só não poderá ser cobrada se a concessionária não fizer a notificação prévia ao cliente. A ausência da comunicação prévia ensejará aplicação de multa à empresa.
| Bem Paraná | | | | As vendas do comércio varejista caíram 16,8% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira, 16, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda foi maior que a mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, do sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, negativa em 11,5%, num intervalo de previsões de -28% a -6,09%.
Na comparação com abril de 2019, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram baixa de 16,8% em abril de 2020. Nesse confronto, as projeções iam de uma queda de 23,9% a 3,6%, com mediana negativa de 13%.
As vendas do varejo restrito acumularam recuo de 3% no ano e alta de 0,7% em 12 meses.
Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 17,5% em abril ante março, na série com ajuste sazonal. A queda foi menor que a mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, negativa em 20,40%, num intervalo de -41% a -9,04%.
Na comparação com abril de 2019, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram baixa de 27,1% em abril de 2020. Nesse confronto, as projeções variavam de uma redução entre 40,4% e 11,0%, com mediana negativa de 29,4%.
As vendas do comércio varejista ampliado acumularam queda de 6,9% no ano e aumento de 0,8% em 12 meses.
| Bem Paraná | | | |
Equipe econômica depende de aval do Congresso para prorrogar mecanismo
O governo Jair Bolsonaro prepara um decreto para ampliar o prazo de suspensão de contrato e redução de salário e jornada de trabalhadores, medida adotada para tentar conter demissões durante a crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.
A proposta do Ministério da Economia prevê que o prazo máximo para a suspensão integral de contratos seja ampliado dos atuais dois meses para quatro meses. Já a redução proporcional de salário e jornada passaria de três meses para até quatro meses.
O decreto depende da aprovação da MP (medida provisória) 936 pelo Congresso e da sanção do presidente Jair Bolsonaro. Foram os parlamentarem que incluíram na MP a possibilidade de prorrogação do dispositivo por decreto enquanto durar o estado de calamidade pública, que se encerra em 31 de dezembro.
Pela proposta da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, é possível combinar períodos de suspensão do contrato com redução de jornada, mas ainda está em discussão o prazo máximo que o trabalhador poderá ser submetido a essas medidas. Hoje, o teto é de 90 dias —o empregador pode, por exemplo, suspender o contrato por 60 dias e, em seguida, reduzir a jornada por mais 30 dias.
O governo espera aprovar a MP no Senado nesta semana sem alterações para que o texto siga para sanção. A votação está prevista para esta terça-feira (16).
A MP que permite a redução de jornada e salário e a suspensão de contratos foi editada no dia 1º de abril com o objetivo de evitar demissões durante a pandemia. Até o momento, quase 11 milhões de trabalhadores já foram afetados pela medida.
Além disso, estima-se que 1 milhão de empregados que tiveram o contrato suspenso estão voltando ao trabalho em setores que ainda não puderam reabrir, como bares e restaurantes.
Membros do ministério afirmam que a eficácia do programa seguirá sob avaliação, sendo possível a adoção de novas ampliações de prazo no futuro. Para isso, bastará a edição de novo decreto estabelecendo a prorrogação.
Pelas contas da equipe econômica, a medida deveria alcançar 24,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada, mais de 70% de todos os empregados formais do país. Após dois meses e meio de vigência do programa, as adesões estão bem abaixo do estimado. O custo total do programa aos cofres públicos é projetado em R$ 51,2 bilhões.
Por acordo individual, o empregador pode fazer cortes de jornadas e salários em 25%, 50% ou 70%, a depender da faixa de renda do trabalhador. Nos acordos coletivos, é permitida redução em qualquer percentual.
Trabalhadores afetados pela medida têm direito a uma estabilidade provisória no emprego pelo período equivalente ao da redução do corte de salarial. Se a empresa decidir demiti-lo sem cumprir a carência, precisa pagar uma indenização maior.
O governo paga aos trabalhadores com redução de jornada e salário uma proporção do valor do seguro-desemprego. A compensação é de 25%, 50% ou 70% do seguro-desemprego, que varia de R$ 1.045 a R$ 1.813,03. No caso da suspensão de contrato, o empregado recebe valor integral do seguro-desemprego.
O governo e senadores estão sendo pressionados por empresários e até mesmo por centrais sindicais para que seja aprovada a nova versão da MP, permitindo uma suspensão de contratos por prazo estendido e ampliação do período de corte de jornada e de salário.
Na semana passada, mesmo líderes da oposição se manifestaram a favor da proposta. “É reivindicação das centrais sindicais de que isso seja votado imediatamente, dado esse hiato de que já falaram aí os companheiros, em relação aos contratos e a essas questões levantadas na medida provisória”, disse o senador Paulo Rocha (PT-PA).
Empresários de setores bastante afetados pela pandemia, como turismo e restaurantes, reclamam que os trabalhadores estão voltando aos seus postos, mas, por medidas de combate à Covid-19, os negócios não estão em pleno funcionamento.
Senadores chegaram a cogitar um mecanismo para que a prorrogação dos acordos de suspensão de contratos fosse retroativa, para aliviar o caixa dos patrões, mas o governo descartou essa possibilidade.
A intenção da equipe econômica e de aliados do presidente Jair Bolsonaro é acelerar a análise da MP. Por isso, o relator da proposta, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), passou a defender que o texto não seja modificado no plenário da Casa.
Em caso de alteração, o projeto teria que voltar para a Câmara. Isso atrasaria os planos do governo de prorrogar a medida de suspensão de contratos e corte de jornada e de salários.
Para o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, embora a medida não seja o que entidades sindicais buscavam, ela precisa ser votada como garantia da manutenção de empregos.
"Não é o melhor texto, mas dentro do cenário é o que conseguimos. Antes a medida como está ser votada do que ela se perder e ter de voltar para a Câmara", disse.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 15-06-2020) | | | | Secretário reforçou que a reforma tributária é uma das prioridades do governo e que há agora um senso de urgência maior para os ajustes prosperarem.
O secretário especial da Receita Federal, José Tostes Neto, afirmou nesta segunda-feira (15) que o governo quer promover uma desoneração da folha de pagamento para estimular a recuperação de empregos após a crise, e que a redução de benefícios fiscais ou revisão de alíquotas de outros tributos podem dar suporte à investida.
"Pelos custos elevados que essa desoneração tem, o grande desafio vai ser encontrar fontes para essa desoneração", disse ele, em debate online promovido no âmbito do Encontro Nacional dos Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (Encat). "Estamos debruçados sobre estudos."
Tostes reforçou que a reforma tributária é uma das prioridades do governo e que, em função dos desdobramentos da pandemia de coronavírus, há agora um senso de urgência maior para os ajustes prosperarem, para que abram espaço para mais investimentos e crescimento econômico.
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Nesse sentido, a ideia do governo é que a proposta seja mais ampla, envolvendo não apenas a parte dos tributos sobre o consumo. Ele afirmou que a comissão mista sobre a reforma tributária no Congresso deve retomar seus trabalhos no início de julho, ainda que por videoconferências.
Tostes disse que a definição do calendário, inclusive quanto à data de votação da reforma, dependerá da agenda de reuniões e debates da comissão para que a aprovação seja possível ainda neste ano. A revisão dos encargos sobre a folha de pagamento das empresas viria para estimular a formalização do emprego, ressaltou ele.
A contribuição previdenciária paga pelos empregadores ultrapassa a casa dos R$ 200 bilhões ao ano. Para abrir mão dessa fonte de receita, o ex-secretário da Receita Marcos Cintra defendia a instituição de um imposto sobre transações nos moldes da antiga CPMF, ideia que acabou recebendo forte oposição da sociedade, políticos e até do presidente Bolsonaro.
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Em sua fala, o atual secretário da Receita não mencionou o eventual imposto sobre transações.
Em relação à renda, Tostes pontuou que a ideia, para pessoas físicas, é que haja reformulação rumo a uma maior progressividade, com mudanças na estrutura da tabela de IR e no conjunto de deduções e abatimentos que são hoje possíveis. Já para as pessoas jurídicas, Tostes disse que o governo mira uma revisão na forma de apuração no lucro real.
"Hoje existem conjuntos de mais de 300 adições e exclusões na apuração do lucro real que tornam esse processo bastante complexo", afirmou ele.
Contribuição sobre bens e serviços
Na parte do consumo, Tostes afirmou que a equipe econômica irá propor a criação de uma contribuição sobre bens e serviços (CBS), fundindo PIS e Cofins como um imposto sobre valor agregado (IVA).
A ideia é que o CBS tenha apuração simples de crédito tributário e proporcione aproveitamento integral de todos os créditos. Segundo Tostes, haveria com isso eliminação de mais de 100 regimes especiais que hoje existem.
O CBS teria alíquota única, com incidência geral sobre todos os bens e serviços, inclusive os intangíveis. Tostes defendeu que esse imposto poderia ser implementado mais rapidamente que o discutido nas reformas tributárias que já tramitam no Congresso, que propõem a unificação de mais impostos sobre o consumo, incluindo de competência estadual e municipal, em um imposto sobre bens e serviços (IBS).
Ele frisou, ainda, que o a criação do CBS é aderente a um futuro IBS, que poderia ser viabilizado num segundo momento.
| G1 ( publicado em 15-06-2020) | | | | O Fundo Monetário Internacional provavelmente vai prever uma contração ainda pior na economia global do que a estimada anteriormente para 2020, e vê “profunda incerteza” sobre o caminho até uma recuperação, disse a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, em um novo blog.
Gopinath disse que a atual crise econômica é mais global e se desenrolou de maneira diferente das crises anteriores, com o setor de serviços sendo mais afetado do que o industrial nas economias avançadas e emergentes, com a inflação amplamente baixa.
Ela também citou uma impressionante divergência entre os mercados financeiros e a economia real, o que poderia pressagiar maior volatilidade nos mercados financeiros e correções potencialmente acentuadas.
| Reuters | | | | Governo defende desoneração da folha e alteração no IR, entre outras medidas
A pandemia do novo coronavírus mudou o eixo de discussão da reforma tributária. Antes muito dirigida às mudanças na composição de impostos sobre o consumo, agora ganha espaço propostas que tratam da tributação sobre a renda.
O secretário especial da Receita Federal, José Tostes Neto, afirmou nesta segunda-feira (15) que o governo quer promover uma desoneração da folha de pagamento para estimular a recuperação de empregos após a crise, e que a redução de benefícios fiscais ou revisão de alíquotas de outros tributos podem dar suporte à investida.
A revisão dos encargos sobre a folha de pagamento das empresas viria para estimular a formalização do emprego, ressaltou ele.
Em relação à renda, Tostes pontuou que a ideia, para pessoas físicas, é que haja reformulação rumo a uma maior progressividade, com mudanças na estrutura da tabela de IR (imposto de renda) e no conjunto de deduções e abatimentos que são hoje possíveis.
Já para as pessoas jurídicas, Tostes disse que o governo mira uma revisão na forma de apuração no lucro real.
"Hoje existem conjuntos de mais de 300 adições e exclusões na apuração do lucro real que tornam esse processo bastante complexo", afirmou Tostes Neto em debate online promovido no âmbito do Encontro Nacional dos Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (Encat).
A formulação de alternativas também mobiliza especialistas no tema que tentam contribuir com a reforma tributária.
O CCiF (Centro de Cidadania Fiscal) elaborou uma proposta de desoneração da folha de pagamento que reduz o custo de contratação em todas as faixas de salário e coloca as contribuições praticamente no mesmo nível dos benefícios gerados.
Ela inclui a desoneração parcial do primeiro salário mínimo da renda de todos os trabalhadores, o fim da contribuição patronal sobre a parcela que excede o teto do salário de contribuição e a eliminação de contribuições não previdenciárias. O impacto total é estimado em R$ 153 bilhões (cerca de 2% do PIB).
As mudanças visam incentivar a formalização e reduzir a “pejotização” de trabalhadores.
A instituição propõe também ampliar a progressividade do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) para financiar a desoneração e tratar toda a renda do trabalho de forma isonômica, com mudanças em regimes de tributação como o Simples.
O modelo permite ainda combinar essas medidas com a criação de um programa de renda básica universal.
Comandado pelo economista Bernard Appy, o CCiF foi responsável pela proposta de reforma tributária do consumo que tramita na Câmara e tem participado de debates sobre tributação de renda.
“A gente propõe eliminar a tributação da renda que resulta em contribuições maiores que os benefícios para todo mundo. Em cima disso muda-se a tabela do IRPF. Não dá para ficar com uma alíquota marginal de 27,5% já que a gente está eliminando aquele excesso de contribuições [sobre a folha] de trabalhadores de alta renda”, afirma Appy. “E tem de fazer mudanças para que a renda nos regimes simplificados seja tributada como a de um trabalhador formal.”
A mudança com maior impacto financeiro (R$ 75 bilhões) prevê alíquotas de 9% sobre o primeiro salário mínimo da renda de todos trabalhadores e de 30% para os valores acima disso.
Os 9% são a estimativa de quanto é necessário para financiar benefícios de risco, como auxílio-doença. Os 30% incluem mais 21% para financiamento dos benefícios programáveis (aposentadoria e pensão por morte, por exemplo).
Em relação ao financiamento, Appy diz que seria necessário rever, por exemplo, benefícios fiscais no IR de pessoas físicas e jurídicas e tributos patrimoniais. Somente as deduções do IRPF representam R$ 50 bilhões por ano.
Com impacto de mais R$ 40 bilhões por ano, a CCiF propõe também eliminar a contribuição patronal sobre a parcela que excede o teto do salário de contribuição. A medida dever vir acompanhada do aumento da alíquota máxima do IRPF, que hoje é de 27,5% e se aplica à faixa salarial acima de R$ 4.664,68.
Uma terceira proposta é eliminar contribuições não-previdenciárias sobre a folha (como Sistema S e salário-educação), com impacto estimado em R$ 38 bilhões por ano.
O CCiF calculou o custo atual das contribuições sobre a folha e os benefícios gerados, por faixa de salário. Atualmente, as contribuições variam de 34% a 38% (considerando o custo para empregados e empregadores) para quem ganha até seis salários mínimos. O valor do benefício para essas pessoas varia de 17% a 30% da renda.
As novas alíquotas efetivas de contribuição propostas pelo CCiF variam de 9% a 26% na faixa até seis mínimos.
“Como você tem benefícios não contributivos, como BPC/Loas e aposentadoria especial rural de um salário mínimo, para um trabalhador com renda abaixo de dois mínimos, o valor das contribuições é muito mais alto que o benefício recebido”, afirma Appy.
Em relação às pessoas com renda acima de seis mínimos, o percentual de contribuições, atualmente, começa em quase 40% cai gradativamente para cerca de 30%. Pela proposta, a nova alíquota efetiva começaria em 26% e cairia para menos de 4% na faixa da renda mais alta utilizada no estudo (50 salários mínimos), percentuais praticamente iguais aos benefícios recebidos hoje.
Para compensar a regressividade da medida (alíquotas menores para salários maiores), haveria aumento no IR.
“Não faz sentido fazer a desoneração do salário acima do teto de contribuição e não aumentar o Imposto de Renda. Você reduziria a progressividade”, afirma Appy.
Ao mesmo tempo, criar uma alíquota extra de IR sem rever a tributação da folha e regimes como o Simples criará mais incentivos à “pejotização”.
Appy afirma que, nesse novo modelo, os benefícios financiados com a tributação da folha ficam ligeiramente acima das alíquotas de contribuição, principalmente para as menores remunerações.
Essa diferença seria zerada, ou seja, os percentuais seriam iguais, caso seja criada uma renda básica do idoso de um salário mínimo (benefício que não seria vinculado a essas contribuições).
A instituição também sugere, como alternativa, uma renda básica universal. Trabalhadores informais declarariam sua renda e a contribuição incidente sobre o valor declarado seria deduzida da renda básica. Quem não faz a declaração recebe o benefício integral, mas não tem direito a benefícios previdenciários.
“Você cria um incentivo para que, na prática, todo brasileiro se formalize em relação à Previdência”, diz Appy.
Considerando as alíquotas de 9% até um salário mínimo e 30% a partir desse valor, seria possível pagar um benefício para pessoas com renda até R$ 1.400, no caso de um benefício máximo hipotético limitado a R$ 200 (para pessoas com renda zero).
O CCiF também calculou qual seria o percentual de contribuições que atualmente supera os benefícios, considerando não só tributos sobre a folha, mas também o IRPF.
Essa tributação é de 14% da renda para quem ganha o salário mínimo, cai para 2% na faixa próxima a dois salários e sobe para quase 20% entre os que ganham cinco mínimos, podendo superar 50% nas faixas mais altas.
Considerando as alíquotas atuais do IRPF, a proposta de desoneração da folha fará com que trabalhadores com renda de até 3,7 mínimos (R$ 3.867) tenham contribuição inferior ao percentual de benefícios em até 14% do salário na soma de IR e tributos da folha. A partir desse valor de renda, a tributação líquida de benefícios sobe até, no máximo, 25,3%.
O Ministério da Economia planeja uma desoneração temporária de tributos sobre salários com objetivo de estimular contratações após o pico do coronavírus, mas ainda não apresentou proposta, financiada por um imposto sobre transações digitais, semelhante à antiga CPMF. Appy afirma que é melhor desonerar a folha corrigindo outras distorções.
Questionado sobre as chances de a proposta do CCiF ser incorporada aos projetos de reforma tributária que tramitam no Congresso, Appy diz que essa decisão é dos parlamentares. “Nosso trabalho é fazer propostas que sejam tecnicamente consistentes. A decisão do que pode ou não ser aproveitado é política.”
| Folha de S.Paulo | | | | O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o Brasil vive "um momento preocupante", com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e que não se pode dar como certo que, na democracia, as instituições vão sempre funcionar. "Risco depende das circunstâncias de quem fale em nome da democracia e de quem a defenda", afirmou em entrevista no Brazil Forum UK 2020, evento da comunidade de estudantes brasileiros no Reino Unido.
O evento ocorre por videoconferência e tem transmissão nas plataformas do Estadão.
"Na questão da democracia, não se deve dar por assente que as instituições vão funcionar. Não estamos nos Estados Unidos ou na Inglaterra, onde as instituições provavelmente funcionam. É verdade que há liberdade de imprensa, Congresso assumindo posições, mas tem um problema: o povo está em casa com medo por causa do coronavírus, não se sente reação popular", disse o tucano.
Para FHC, o Brasil pode cair no autoritarismo se não houver reação a fatos como os ataques contra o STF no domingo. Perto da meia-noite, cerca de 30 manifestantes bolsonaristas simularam com fogos de artifício um ataque à Corte. Os fogos foram disparados na direção do edifício principal do STF, na Praça dos Três Poderes, enquanto os manifestantes xingavam ministros do tribunal.
"Vivemos um momento preocupante, com atentado simbólico ao STF sem reação de autoridades maiores. Há um clima em que você sente que as instituições estão com vigor, querendo reagir", declarou. "Mas nessas horas de dificuldade, não tenhamos dúvida, a instituição fundamental são as Forças Armadas.
Nunca se sabe muito bem, mas não creio que eles tenham, como tinham em 64, um projeto de segurar a esquerda. Eles estão, acredito, com a Constituição. Ainda segundo o ex-presidente, falta rumo ao País. "A retórica do presidente vai no sentido do autoritarismo, mas na mão dele não se sente a espada. Estamos na zona cinzenta, ainda bem. Vai depender da reação. O STF reagiu bastante fortemente em função do que ocorreu ontem (domingo). O que não vejo é rumo. Mesmo (Bolsonaro) não tendo esse projeto (de autoritarismo), ele pode chegar lá. É um momento perigoso."
Polarização
Também participante do evento, a ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que não vê um cenário possível para um impeachment de Bolsonaro neste momento. "Não acredito que estejam dadas as condições para Bolsonaro sofrer um impeachment e também acho que não tem condição de fazer um autogolpe", disse a petista.
Na avaliação dela, há uma escalada autoritária no País que coloca a polarização "no auge". A petista sofreu impeachment em 2016 durante período de marcada polarização política. "O governo trabalha na base da polarização da sociedade. É o tratamento dos adversários políticos como inimigos. É a política de ódio e violência. Há uma anomia do presidente, não tem uma liderança porque não é capaz de reconhecer a crise."
| Bem Paraná | | | | Nova taxa será anunciada amanhã (17) após 2ª parte da reunião
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia hoje (16), em Brasília, a quarta reunião de 2020 para definir a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 3% ao ano. Amanhã (17), após a segunda parte da reunião, será anunciada a taxa ao final do dia.
A mediana (desconsidera os extremos nas estimativas) das projeções das instituições financeiras consultadas pelo BC prevê redução de 0,75 ponto percentual, para 2,25% ao ano, renovando o mínimo histórico.
O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro.
No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.
Taxa de juros
O Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.
A Selic, que serve de referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.
Ao manter a Selic no mesmo patamar, o Copom considera que as alterações anteriores nos juros básicos foram suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC.
Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação.
Quando o Copom aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.
Para 2021, a meta é 3,75%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
As instituições financeiras consultadas pelo BC projetam inflação menor que o piso da meta, em 2020. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é 1,60%, este ano. Para 2021, a estimativa é 3%.
| Agência Brasil | | | | O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) teve deflação de 0,13% na segunda quadrissemana de junho, informou nesta terça-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa ficou 0,23 ponto porcentual acima da registrada na divulgação anterior, quando o índice caiu 0,36%.
Cinco das oito classes de despesa pesquisadas pela FGV tiveram acréscimo nas taxas de variação. A maior contribuição para cima partiu do grupo Transportes, com queda menor nesta leitura, de 0,42%, ante baixa de 1,42% na anterior, puxado pelo comportamento da gasolina (-5,06% para -1,76%).
Também houve acréscimo nas taxas de: Educação, Leitura e Recreação (-1,95% para -1,73%), com passagem aérea (-16,3% para -15,08%); Despesas Diversas (0,06% para 0,19%), devido a serviços bancários (0,01% para 0,21%); Habitação (-0,20% para -0,13%), com computador e periféricos (1,12% para 2,57%); e Comunicação (0,14% para 0,19%), por causa de mensalidade para TV por assinatura (0,00% para 0,23%).
Duas classes de despesa tiveram desaceleração nas suas taxas: Alimentação (0,50% para 0,49%), puxada pelo comportamento de hortaliças e legumes (5,75% para 4,26%); e Vestuário (-0,22% para -0,27%), com a queda nos preços de roupas (-0,12% para -0,17%).
O grupo Saúde e Cuidados Pessoais repetiu a taxa de 0,24% observada na divulgação anterior. Os destaques foram a pressão de medicamentos em geral (0,20% para 0,42%), para cima, e de artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,01% para -0,20%), para baixo.
Influências individuais
Os itens que mais contribuíram para a aceleração do IPC-S foram batata inglesa (19,44% para 19,46%), cebola (26,86% para 21,79%), plano e seguro de saúde (estável em 0,59%), automóvel novo (0,59% para 0,75%) e arroz (2,14% para 2,91%).
Na outra ponta, puxaram o indicador para baixo a tarifa de eletricidade residencial (-0,96% para -1,02%), tomate (-7,58% para -9,96%) e curso de ensino fundamental (-1,52% para -1,68%), além da gasolina e da passagem aérea.
| Bem Paraná | | | | O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu 1,55% em junho, após ter aumentado 0,07% em maio, informou nesta terça-feira (16) a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Quanto aos três indicadores que compõem o IGP-10 de junho, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram alta de 2,35% no mês, ante uma elevação de 0,25% em maio. Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram queda de 0,33% em junho, após a deflação de 0,51% anteriormente. Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve alta de 0,21% este mês, depois de um avanço de 0,19% em maio.
O IGP-10 acumulou um aumento de 4,55% no ano. A taxa em 12 meses ficou positiva em 7,18%. O período de coleta de preços para o indicador de junho foi do dia 11 de maio a 10 deste mês.
IPAs
Os preços agropecuários medidos pelo IPA Agrícola subiram 2,19% no atacado em junho, após um avanço de 0,46% em maio, dentro do IGP-10. Já os preços dos produtos industriais, mensurados pelo IPA Industrial, tiveram alta de 2,41% este mês, depois da elevação de 0,17% no atacado em maio.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 1,95% em junho, ante uma redução de 0,20% em maio.
Os preços dos bens intermediários subiram 0,86% em junho, após recuo de 1,14% no mês anterior. Já os preços das matérias-primas brutas subiram 4,21% em junho, depois da elevação de 2,11% em maio.
| Bem Paraná | | | | Em diálogo com matriz alemã, sindicato dos metalúrgicos conseguiu protelar o fechamento da unidade
A fabricante de autopeças Kostal concordou em manter a operação da unidade de São Bernardo do Campo (SP) ao menos até 30 de setembro. A informação partiu do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que após diálogos com a matriz alemã na sexta-feira, 12, realizou assembleia com funcionários no sábado para comunicar a decisão.
No começo do mês a Kostal havia comunicado ao sindicato a intenção de fechar a unidade de São Bernardo do Campo e também informou pelas redes sociais a decisão de abastecer o Brasil a partir das unidades em Cravinhos (SP), o que implica o fechamento também da unidade de Manaus.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC pretende mobilizar o governo do Estado e também a prefeitura de São Bernardo para evitar o fechamento da unidade.
“Com essa negociação, ganhamos um tempo a mais para discutir a viabilidade da planta e tentar encontrar alternativas que possibilitem a permanência. Caso não sejam encontrados meios, temos mais tempo para discutir como serão feitos os acordos. Mas o objetivo principal é encontrar saídas que evitem o fechamento da planta”, afirma o coordenador do sindicato, Genildo Pereira.
| Automotive Business ( publicado em 15-06-2020) | | | | Frota circulante cresceu pelo segundo ano seguido; média de idade é de 12 anos
A frota de caminhões em circulação no Brasil cresceu em 2019 pelo segundo ano seguido e atingiu 2 milhões de unidades. Esse total foi 2,3% mais alto que o registrado em 2018. O crescimento é semelhante ao registrado pelos automóveis no período.
Os caminhões haviam estagnado em 1,96 milhão de unidades entre 2015 e 2017 por conta da retração nas vendas do setor entre a primeira e a segunda metade da década. Os números foram divulgados em novo estudo do Sindipeças, que reúne fabricantes de componentes.
A idade média dos caminhões aumenta desde 2014. Naquele ano estava em 9 anos e 7 meses e atingiu 11 anos e 7 meses no ano passado. Segundo o novo estudo do Sindipeças, apenas 17% da frota de caminhões tem entre 1 e 5 anos de idade. Os caminhões com 6 a 15 anos são 56% e os mais velhos, com 16 a 25 anos, respondem por 27% do total.
FROTA DE ÔNIBUS CRESCEU SÓ 1,2%
O estudo do Sindipeças revela que a frota circulante de ônibus totalizou 390,9 mil unidades em 2019, registrando pequeno crescimento de 1,2% sobre 2018. O segmento havia atingido um pico de 391,9 mil unidades em 2015 e depois recuou dois anos seguidos, também como consequência da retração no mercado interno.
Como resultado, a idade média cresceu de 8 anos e 11 meses em 2014 para 10 anos e 7 meses no ano passado. A expectativa do Sindipeças para 2020 era de que a frota circulante alcançasse 398,5 mil ônibus, mas o setor foi o mais afetado pela pandemia de Covid-19 e deverá terminar o ano com queda de 52% e vendas. A frota de ônibus tem uma grande concentração de veículos (61%) na faixa entre 6 e 15 anos e outros 20% dos 16 aos 25 anos. A fatia dos modelos com 1 a 5 anos é de 19%.
| Automotive Business ( publicado em 15-06-2020) | | | | Dos quase 38 milhões em circulação, 56% têm entre 6 e 15 anos de utilização
A frota de automóveis em circulação somou em 2019 quase 38 milhões de unidades, anotando acréscimo de 2,4% sobre 2018. A idade média dos carros de passeio cresceu pelo sexto ano seguido e atingiu 9 anos e 10 meses como reflexo dos anos de recessão na metade da década.
Em 2013, a média etária estava em 8 anos e 7 meses. Os dados foram divulgados pelo Sindipeças, entidade que reúne fabricantes de componentes para a indústria automobilística.
A frota total de 2019 chegou a 45,9 milhões de unidades na soma de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Nesse caso a idade cai para 9 anos e 8 meses, puxada pelos comerciais leves, cuja média é de 8 anos e 2 meses.
Estes somavam 5,5 milhões de unidades em 2019, crescendo 3,6% sobre o ano anterior, a maior taxa de crescimento entre as quatro categorias. Antes da pandemia de Covid-19 o Sindipeças projetava uma frota circulante de 47,1 milhões de veículos para 2020, o que não irá ocorrer por causa da projeção de queda de 40% nas vendas.
De acordo com o estudo da entidade, os automóveis com 6 a 15 anos de idade respondem por 56% do total em circulação e aqueles com 16 a 25 anos, 19%. Os modelos de 1 a 5 anos respondem por 25% do total. Em 2018 essa fatia era de 27%. No caso dos comerciais leves, a faixa de 1 a 5 anos responde por 30% do total e os de 6 a 15 anos, 62%. Os mais velhinhos, com 16 a 25 anos, são 8%.
PARTICIPAÇÃO DE IMPORTADOS CAI PELO 4º ANO SEGUIDO
Os veículos importados atingiram em 2019 um total de 6,6 milhões de unidades, o equivalente a 14,4% do total. Em 2015 eles representavam 15,1% da frota circulante. As vendas em queda a partir de 2012 por causa da sobretaxação e mais recentemente em razão da desvalorização cambial tiraram a atratividade dos importados. Automotive Business realizou uma live com João Oliveira, presidente da Abeifa, associação dos importadores, que prevê queda de 30% nas vendas este ano.
MODELOS A GASOLINA SÃO MENOS DE 20%
A análise da frota circulante por combustível indica que os veículos movidos somente a gasolina no ano passado eram apenas 19,5%, ante 69,5% dos modelos flex. Dez anos antes os veículos a gasolina eram cerca de 50%. A participação do diesel cresceu 0,3 ponto porcentual de 2018 para 2019, quando atingiu 10,6%. Nesse intervalo os híbridos e elétricos passaram de 0,03 para 0,1%.
| Automotive Business ( publicado em 15-06-2020) | | | |
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