| 07 de NOVEMbro de 2019
Quinta-feira
- Novos Projetos de Lei Coordenação de Relações Governamentais nº 42. Ano XV. 07 de novembro de 2019
- Programa do Fórum Econômico Mundial quer impulsionar indústria 4.0 no País
- Declínio da indústria automobilística gera desaceleração econômica global
- É essencial trabalharmos com o Congresso por investimentos em inovação, diz Robson Andrade
- Nova reforma trabalhista avança no governo
- Reforma administrativa e pacote de estímulo ao emprego devem ficar para a próxima semana
- Indústrias negam fuga de fábricas da Argentina para o Brasil
- Oferta de ações por empresas brasileiras alcança 2º maior volume da história, diz associação
- IBGE identifica que 13,5 milhões de brasileiros ainda vivem com menos de R$ 8 por dia
- Governo eleva projeção oficial do PIB de 0,85% para 0,9%
- Petrobras vende Liquigás por R$ 3,7 bilhões para consórcio de Copagaz e Itaúsa
- Sentimento é de frustração, dizem governadores sobre megaleilão
- Governo vende apenas 1 de 5 áreas em novo leilão pré-sal
- Áreas que não foram arrematadas em megaleilão do pré-sal serão relicitadas em 2020, diz líder do governo
- Queda em preço de energia elétrica faz inflação ser a menor para outubro desde 1998
- Lucro do Banco do Brasil salta 33,5% e alcança R$ 4,5 bilhões no 3º tri
- GM suspende entrega de Onix Plus por risco de incêndio
- Produção de veículos cresce 9,6% em outubro mesmo com queda na exportação
- Cobre fecha em alta com possibilidade de remoção de tarifas entre EUA e China
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Câmbio
Em 07/11/2019
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Compra
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Dólar
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4,095
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Euro
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Fonte: BACEN
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| | | | | Confira nessa edição as proposições apresentadas na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.
ÍNDICE
NOVOS PROJETOS DE ESTADUAL
QUESTÕES INSTITUCIONAIS
Estabelece normas sobre licitação, contratos administrativos e convênios
PL 802/2019, de autoria do Deputado Tercílio Turini (CIDADANIA)
Fica vedada a cobrança da taxa de adesão de serviços públicos
PL 803/2019, de autoria do Deputado Requião Filho (MDB)
SISTEMA TRIBUTÁRIO
Desconto no IPVA para contribuintes que não tenham infrações de trânsito
PL 808/2019, de autoria do Deputado Gilberto Ribeiro (PP)
INFRAESTRUTURA SOCIAL
Institui o Sistema Estadual de Cultura
PL 813/2019, de autoria do Poder Executivo
EDUCAÇÃO
Confere aos profissionais do sexo feminino a exclusividade nos cuidados íntimos com crianças na Educação Infantil
PL 811/2019, de autoria do Deputado Ricardo Arruda (PSL)
INTERESSE SETORIAL
Política de gestão e das atividades de manejo e uso sustentável das espécies de pássaros da fauna nativo, aptos a comercialização
PL 817/2019, de autoria dos Deputados Francisco Bührer (PSD); Luiz Claudio Romanelli (PSB); Márcio Pacheco (PDT); Cobra Repórter (PSD); Tércilio Turini (CIDADANIA); Hussein Bakri (PSD)
| Coordenação de Relações Governamentais Sistema FIEP | | | | O Fórum Econômico Mundial quer disseminar a indústria 4.0 no Brasil. Em parceria com o Ministério da Economia, do governo federal, e com o governo estadual de São Paulo, a organização anunciou nesta quinta-feira, 7, um projeto piloto para impulsionar a Quarta Revolução Industrial nas pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras. A inauguração está planejada para ocorrer em maio de 2020, quando a capital paulista sediará o Fórum Econômico Mundial para a América Latina.
A difusão da Internet das Coisas (de dispositivos inteligentes) no maquinário industrial brasileiro será o foco principal. O objetivo é que diferentes setores, como governos, iniciativa privada, universidades e sociedade civil, colaborem na formulação de soluções e políticas de incentivo industrial. A organização internacional oferecerá suporte financeiro, capacitação de funcionários e colaboração com outras companhias. O projeto irá iniciar com 130 empresas e, até 2021, o número deverá saltar para 2 mil.
O Fórum possui iniciativas similares em países como Estados Unidos, China, Japão, Índia, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Israel, África do Sul e Arábia Saudita. Todos têm como objetivo fomentar a criação de protocolos para tecnologias de rápido desenvolvimento, como veículos autônomos, drones, blockchain.
O Brasil será o único a receber um enfoque nas PMEs, que correspondem a 98,5% das companhias do País, e 90% no mundo, segundo dados do Banco Mundial. Justamente por isso, é importante fazer com que as pequenas companhias não sejam esquecidas.
"Se elas forem deixadas para trás, existem consequências no emprego e no crescimento econômico de um país", afirma ao jornal O Estado de S. Paulo Morat Sönmez, diretor do Centro para a Quarta Revolução Industrial, uma rede com 27 países criada em 2017 pelo Fórum Econômico Mundial.
Indústria 4.0 é a mais recente etapa do processo de industrialização do planeta e abrange a automação e digitalização de atividades das empresas, como o uso de robótica, inteligência artificial e Big Data na produção. Alemanha, China, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul lideram a corrida mundial e fazem investimentos na ordem de bilhões de dólares para aumentar a produtividade e eficiência industrial. Até 2020, devem ser gastos quase 1 trilhão de dólares, de acordo com a Deloitte.
No Brasil, no entanto, o conceito é pouco difundido. Pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) de março de 2018 aponta que 32% das empresas brasileiras não sabem o que significa indústria 4.0. Além disso, 23% afirmaram que não estão preparadas para enfrentar os desafios postos pela digitalização. O estudo conclui que é possível que o País diminua a sua desvantagem em relação aos outros países ao adotar uma política pública nacional para o setor. Do contrário, pode ser que exista um agravamento dessa distância.
A Embraer é um case de sucesso nacional ao utilizar automação na linha de montagem, que agora é toda digitalizada, sem uso de protótipos, e com monitoramento em tempo real do chão de fábrica. Consequentemente, há uma redução de 25% do tempo de produção da aeronave e, portanto, ganho na eficiência. Sönmez, no entanto, destaca que as empresas grandes não terão dificuldades: "Elas têm o dinheiro e o talento".
"Se não nos movermos rápido, ficaremos ainda mais para trás", afirma o diretor do Fórum, apontando que as tecnologias mudam de um dia para o outro. "O governo demora muito tempo para decidir, mas nós não temos mais esse luxo com a Quarta Revolução Industrial."
| Bem Paraná | | | |
Produção de carros encolheu pela primeira vez na década, respondendo por um quarto da queda do PIB
Enquanto a economia global enfrenta sua desaceleração mais acentuada desde a crise financeira, um setor é ao mesmo tempo o culpado e a vítima.
A indústria automobilística afeta a saúde da economia global muito mais do que poderia sugerir sua participação na produção total: as montadoras têm longas cadeias de suprimentos para obter peças; elas também são grandes consumidoras de matérias-primas e produtos químicos, têxteis e eletrônicos; e sua sorte afeta milhões de empregos no setor de serviços em vendas, reparos e manutenção.
No ano passado, o setor encolheu pela primeira vez desde a crise global. O FMI acredita que a queda na produção foi responsável por mais de um quarto da desaceleração da economia global entre 2017 e 2018.
O setor também pode ser responsável por até um terço da desaceleração do crescimento do comércio global entre 2017 e 2018, informou o fundo no mês passado, depois de considerar os efeitos colaterais no comércio de peças de carros e outros bens intermediários.
"O setor automobilístico está pesando muito na atividade e no crescimento da manufatura", disse Gian Maria Milesi-Ferretti, vice-diretor do departamento de pesquisa do FMI, no mês passado.
A previsão do FMI de uma retomada modesta do comércio global em 2020 depende da recuperação do setor. Mas sua análise também ressaltou o potencial de mais danos caso o setor se torne a próxima vítima da crescente disputa comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia; a Casa Branca deve decidir até 13 de novembro se vai impor uma tarifa de 25% sobre as importações de carros.
Alguns executivos da indústria automobilística já culpam a política comercial dos EUA por grande parte dos problemas do setor, em particular por uma forte desaceleração do mercado chinês que havia impulsionado o crescimento das vendas globais.
"Esta guerra comercial está realmente influenciando o humor dos clientes e tem a chance de atrapalhar de fato a economia mundial", disse Herbert Diess, executivo-chefe da Volkswagen, no salão do automóvel de Frankfurt em setembro, acrescentando: "Por causa da guerra comercial, o mercado de automóveis [na China] está basicamente em recessão. (...) Isso é assustador para nós".
Mas se as montadoras sofrem como outras indústrias devido à incerteza geral sobre a política comercial elas ainda não se tornaram um alvo direto da política comercial dos EUA.
Em vez disso, o FMI disse que a desaceleração do setor se deve principalmente a mudanças políticas na China —incluindo a retirada de incentivos fiscais à propriedade de automóveis e a restrição de empréstimos entre pares— e à interrupção causada pela implantação de novos testes de emissões na Europa.
O FMI observou que, em muitos países, os consumidores estão adiando as compras porque os padrões estão em rápida mudança, enquanto aumentam as opções de compartilhamento de carros.
Enquanto isso, as vendas de carros na Índia caíram devido a problemas no setor bancário paralelo, que fornece cerca da metade do financiamento de carros novos. Ao mesmo tempo, a recessão na Turquia e a incerteza relacionada ao brexit no Reino Unido retiveram as vendas em outros grandes mercados.
No geral, as vendas de carros caíram cerca de 3% em 2018 e a produção cerca de 2,4%, depois de corrigidas as diferenças no preço médio dos carros entre os países, disse o FMI.
Uma pesquisa publicada pela Fitch Ratings no início deste ano argumentou que essa queda global nas vendas de carros poderia ter reduzido o PIB mundial em até 0,2% —significativamente mais que as estimativas do FMI—, depois de levar em consideração efeitos colaterais em outras indústrias e os efeitos de salários e lucros mais baixos nos gastos domésticos e empresariais.
"É aqui que a desaceleração global se concentra", disse Brian Coulton, economista-chefe da Fitch Ratings. "Esse foi o setor líder, e não apenas os danos colaterais mais amplos [da guerra comercial]. (...) Não há dúvida de que este é um dos principais fatores do ciclo global de fabricação."
As questões vão piorar se a indústria automobilística for vítima de tarifas retaliatórias. Com as cadeias de suprimentos cruzando fronteiras e processos de fabricação "just-in-time", o setor é especialmente vulnerável a novas barreiras comerciais.
Wilbur Ross, secretário de Comércio dos EUA, sugeriu em entrevista ao Financial Times no mês passado que Washington está inclinada a iniciar conversações com a UE, em vez de impor tarifas sobre importações de automóveis, quando terminar uma suspensão de seis meses neste mês.
No entanto, a ameaça de tarifas permanece viva. Uma análise publicada no início deste ano pelo Instituto Peterson de Economia Internacional concluiu que, se os EUA cumprirem a ameaça, impondo uma tarifa de 25% sobre as importações de automóveis de todos os países, a produção de automóveis dos EUA cairia 1,5%, com o setor reduzindo quase 2% de sua força de trabalho e 195 mil trabalhadores ficando desempregados nacionalmente em consequência do choque macroeconômico.
Se outros países retaliassem, a produção americana cairia 3%, com 624 mil empregos nos EUA perdidos e 5% da força de trabalho do setor deslocada.
"Se eles fizerem isso, sairemos todos perdendo", disse Oliver Zipse, executivo-chefe da BMW, em uma conferência no mês passado, acrescentando que as tarifas ameaçariam empregos e a produção em sua fábrica na Carolina do Sul.
Até agora, os EUA são o único grande mercado em que as vendas de carros permaneceram relativamente resilientes. Grande parte da desaceleração em outros lugares parece cíclica: o declínio ocorreu após vários anos de aumento nas vendas, e exatamente quando muitas montadoras foram obrigadas a fazer grandes investimentos para desenvolver veículos elétricos que, pelo menos em curto prazo, causarão prejuízo.
Mas a incerteza generalizada sobre o comércio —e as preocupações resultantes sobre o crescimento global— não ajudam.
Como apontou Holger Schmieding, economista da Berenberg, esse tipo de incerteza tende a assustar os consumidores com as compras caras: "Se você está indeciso (...) não precisa comprar o carro".
| Folha de S. Paulo (publicado em 06-11-2019) | | | | CNI realizou nesta terça-feira (5) reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação com a presença de autoridades dos poderes Executivo e Legislativo, como os presidentes da Câmara e do Senado
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, afirmou nesta terça-feira (5) que a realização de reunião conjunta da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) com a Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação evidencia uma união de forças em favor da inovação.
Durante a abertura do encontro, realizado na sede da CNI, em Brasília, o dirigente destacou que a ação conjunta tem o potencial de estimular a estratégia inovadora das empresas brasileiras e de ampliar a efetividade das políticas de apoio à inovação, por meio da interlocução entre os setores público e privado.
O encontro teve a presença dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia; do Senado, Davi Alcolumbre; da Frente Parlamentar, Izalci Lucas; da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, Vanderlan Cardoso; do vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira; do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes; do secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa; entre outras autoridades dos poderes Legislativo e Executivo, além de empresários de diferentes setores da indústria.
“A MEI procura fazer com que as empresas brasileiras tenham como estratégia de desenvolvimento a inovação. Discutimos os principais programas do setor, levamos ao governo ações a serem tomadas e ao Congresso Nacional os projetos que podem melhorar o ambiente de negócios do Brasil”, destacou o presidente da CNI.
Robson Andrade ressaltou a importância da parceria do setor produtivo com o poder público. “É essencial trabalharmos juntos para pavimentar um futuro com investimentos robustos e contínuos, a fim de termos condições de acompanhar as mudanças tecnológicas e disruptivas que exigem capacidade de resposta rápida do setor produtivo”, disse. “Dessa forma, garantiremos o posicionamento competitivo do Brasil frente às maiores economias do mundo, com mais e melhores empregos, com ganhos de produtividade e aumento da qualidade de vida da população”, acrescentou.
O presidente da CNI observou que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) fez elevados investimentos em laboratórios de tecnologia de última geração para colaborar com a inovação na indústria e para o desenvolvimento de processos tecnológicos. Ele mencionou que o SENAI e o Serviço Social da Indústria (SESI) mantêm escolas que são referência na preparação de trabalhadores para a indústria do futuro.
LEGISLATIVO – Ao lado de dezenas de parlamentares, Davi Alcolumbre elogiou a capacidade de articulação do setor industrial e do presidente da CNI de “congregar líderes nacionais que buscam o desenvolvimento dessa nação”. “Só o setor empresarial tem condições de fazer a transformação que o Brasil precisa. O Parlamento está fazendo a sua parte, criando condições e olhando um horizonte para o Brasil que seja mais moderno”, disse o presidente do Senado.
Já Rodrigo Maia pontuou que o país precisa criar condições para investir em inovação rapidamente sob pena de não ser competitivo no cenário internacional. “Precisamos investir em tecnologia e criar caminhos para que o Brasil faça parte dessa revolução tecnológica e não fique para trás, como estamos em relação a Europa e Estados Unidos. Isso é fundamental para que o país quer ser daqui a 10, 20 ou 30 anos”, afirmou o presidente da Câmara.
Para o senador Izalci Lucas, a MEI tem sido um fórum de fundamental importância para a interlocução entre o setor empresarial e o Poder Legislativo no que diz respeito à agenda de ciência, tecnologia e inovação. “Tive a oportunidade de participar de duas reuniões da MEI, em São Paulo. Temos acompanhado o que é discutido para alavancar esta agenda. O grande desafio nosso sempre foi essa aproximação com o setor empresarial e a academia”, disse. “Agora, o desafio é conseguir recursos para ciência, tecnologia e inovação, que é fator essencial para o desenvolvimento econômico do país”, completou.
EXECUTIVO – Em seu discurso, o ministro Marcos Pontes pontuou que o Brasil tem enorme capacidade de inovação, mas que precisa de ações conjuntas para desenvolver essa agenda. Uma das contribuições fundamentais, conforme observou, é o trabalho do SENAI e do SESI no sentido de qualificar jovens profissionais para a indústria. “A nossa missão é produzir conhecimento, riquezas para o país e contribuir com a qualidade de vida dos brasileiros.”
O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, também fez questão de ressaltar a parceria com o setor industrial em agendas importantes para a economia brasileira. Segundo ele, a CNI tem “cada vez mais construído agendas convergentes com o governo”. “É realmente um encontro de altíssimo nível. Precisamos fazer outras vezes”, enfatizou.
Segundo Carlos da Costa, o governo tem trabalhado com cinco pilares imprescindíveis para aumentar a produtividade: melhora do ambiente de negócios; aumento da concorrência; incentivo à criatividade; qualificação da mão de obra; e desenvolvimento de políticas públicas eficazes.
PARCERIA COM A ABDI – No fim da reunião da MEI, o presidente da CNI assinou um protocolo de intenções com o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Calvet, voltado para impulsionar a agenda de inovação em pequenas, médias e grandes empresas. O objetivo da parceria entre CNI e ABDI é executar projetos nas áreas de inovação, digitalização de processos produtivos e internacionalização de empresas. Os projetos devem beneficiar 3 mil empresas.
INDICADORES DA MEI – O presidente do Conselho Administrativo da Klabin e líder da MEI, Horário Piva, apresentou aos parlamentares as principais agendas e objetivos da MEI, e destacou o tamanho da urgência de o país definir uma estratégia de inovação de longo prazo. “Hoje, o Brasil investe apenas 1,27% do PIB em inovação. Para sermos competitivos, é necessário alcançar no mínimo 2% do PIB. Precisamos estar juntos para que a ciência, tecnologia e inovação se torne tema prioritário para o nosso país”, frisou.
Piva apresentou dados de levantamento da CNI feito com base em dados do IBGE, segundo o qual as empresas que participam da MEI investem 46,3% a mais em pesquisa e desenvolvimento (P&D) do que a média nacional. De acordo com os dados, as empresas ligadas a MEI aportam 1,13% da sua receita líquida de vendas em P&D, enquanto a média nacional de investimentos é de 0,77% da receita líquida própria de vendas em P&D.
SOBRE A MEI – A Mobilização Empresarial pela Inovação é coordenada pela CNI e reúne cerca de 300 das maiores empresas que atuam no país. É o maior fórum de interlocução entre o governo federal e a iniciativa privada. O grupo reúne empresas que têm se diferenciado no mercado nacional e internacional, e se tornado mais competitivas.
Os líderes da MEI se reúnem a cada três meses em encontros com a presença de representantes do poder público e da academia, nos quais são discutidos e definidos caminhos para potencializar a inovação no setor empresarial brasileiro, e também avaliadas as ações já em curso de estímulo à agenda no país.
Entre as iniciativas da MEI destacam-se diagnósticos e estudos, colaboração com políticas do governo, apoio para empresários inovarem e imersões para ecossistemas de inovação no Brasil e no exterior em grupos que reúnem integrantes de empresas, governo, agências de fomento e universidades.
SOBRE A FRENTE PARLAMENTAR – Presidida pelo senador Izalci Lucas, a Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação é constituída por 208 parlamentares, sendo 165 deputados e 43 senadores, e tem participação de instituições da área, entidades acadêmicas e de representantes do setor empresarial de diversos segmentos. A Frente tem como principal missão defender os interesses do país por meio de investimentos, promoção e discussão da ciência, tecnologia e inovação.
| CNI (publicado em 05-11-2019) | | | | Núcleo de Ives Gandra Martins Filho, ministro do TST, enviou relatório na segunda (4)
Mão de obra Os grupos criados pelo governo há dois meses para desenhar a nova rodada de mudanças na lei trabalhista começam a entregar seus relatórios. O núcleo comandado por Ives Gandra Martins Filho, ministro do TST, que ficou responsável pelos estudos de direito do trabalho e segurança jurídica, enviou seu texto ao governo na segunda (4). “Cumprimos estritamente os 60 dias [prazo definido na portaria de setembro]”, diz o ministro, que ainda não revela detalhes das propostas.
Labuta Os relatórios com os planos dos quatro núcleos, separados em temas como economia do trabalho, segurança jurídica, trabalho e previdência, além de liberdade sindical, serão analisados por um grupo maior, coordenado pelo secretário Bruno Dalcomo, com mais 30 dias para a consolidação das propostas.
O retorno A ideia é ampliar mudanças na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que passou por revisão durante o governo Michel Temer (MDB).
| Folha de S. Paulo | | | | Expectativa era que as propostas fossem apresentadas até sexta-feira (8)
A PEC da reforma administrativa, proposta de emenda à Constituição que remodela o serviço público de todos os entes, deverá ser entregue à Câmara dos Deputados somente na próxima semana, segundo o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
"Acho que vem na próxima semana. Está pronto. Está combinado com o presidente Rodrigo Maia o envio", disse Bezerra nesta quarta-feira (6) ao deixar reunião na residência oficial da presidência do Senado com senadores e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), esperava que a proposta chegasse também na terça-feira (5), quando o Senado recebeu três PECs, mas negou qualquer estresse. A Casa também deve receber do governo um projeto de lei com um novo modelo de privatizações.
Aguardado para esta semana, o anúncio de medidas de estímulo à geração de empregos no país também deve ficar para a próxima semana. O principal item desse pacote é a redução de encargos para empresas que contratarem jovens ou pessoas acima de 55 anos de idade.
Na manhã de terça, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) entregou ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), três propostas de emenda à Constituição: a PEC do Pacto Federativo (para dar maior flexibilidade ao Orçamento e aumentar repasses de recursos a estados e municípios); a PEC da Emergência Fiscal (que institui gatilhos para conter gastos públicos em caso de crise orçamentária de União, estados e municípios) e a dos Fundos Públicos (que revisa 281 fundos).
O conjunto busca reduzir o tamanho do Estado e dá início à implementação do plano defendido por Guedes de a gestão das finanças públicas ter “mais Brasil, menos Brasília”.
Segundo líderes, Maia chegou a consultá-los se deveria participar do ato de entrega do pacote no Senado. A avaliação foi a de que sua ausência poderia significar um contundente rompimento.
O presidente da Câmara adotou um meio termo: recebeu Bolsonaro no Congresso, mas não ficou para a cerimônia, alegando que precisava sair para uma reunião com economistas do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Já Davi Alcolumbre não participou do encontro que reuniu senadores e Paulo Guedes na residência oficial do Senado, apesar de o convite ter partido do comando da Casa.
Inicialmente, a assessoria de Alcolumbre informou que ele havia tido uma indisposição e que chegaria atrasado à reunião, que já havia começado com o ministro e os demais parlamentares na área social da residência.
No início da tarde, no entanto, o presidente do Senado disse que não havia integrado a conversa.
"Eu não participei. Vou conversar com eles [senadores] mais tarde. Passei a noite acordado, cuidando do meu filho", disse Alcolumbre.
Em seguida, a assessoria do presidente do Senado divulgou uma nota sobre a ausência.
"A reunião do ministro Paulo Guedes com os senadores, na manhã desta quarta-feira (6), na residência oficial da Presidência do Senado, foi conduzida pelo vice-presidente da Casa, senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), a pedido do senador Davi Alcolumbre, que passou a madrugada com o filho pequeno no hospital. A criança já teve alta e Davi Alcolumbre já se encontra no Senado, onde segue agenda normal de trabalho", diz a nota.
Indagado sobre a disposição de Guedes para fazer alterações no pacote, Alcolumbre afirmou apenas que esta é uma prerrogativa do Congresso e que não precisa de qualquer autorização do Executivo para isso.
"A gente não precisa da abertura do ministro para fazer alterações na PEC. O Congresso tem autoridade e legitimidade para fazer as mudanças necessárias", afirmou.
Mais cedo, após o encontro com senadores, Guedes disse "ministro da Economia que disser que tem algum ponto inegociável não está preparado para o exercício da democracia" e que " ministro não tem voto. Seria uma arrogância tola dizer que tem algum ponto inegociável".
Nesta quarta-feira, devem ser anunciados os nomes dos senadores que irão relatar as três PECs na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça): Marcio Bittar (MDB-AC), Oriovisto Guimarães (PODE-PR) e Otto Alencar (PSD-BA). Eles integram as três maiores bancadas do Senado.
| Folha de S. Paulo (publicado em 06-11-2019) | | | | Movimento aconteceu no setor de brinquedo nos últimos dez anos
Só que não A fuga de fábricas da Argentina para o Brasil, anunciada no texto que Bolsonaro postou —e depois apagou— nesta quarta (6) nem sequer está nos planos, segundo associações de indústrias como eletrônicos e calçados.
Coisa do passado No setor de brinquedos, até houve movimentos de troca de produção argentina por brasileira, mas foram nos últimos dez anos, quando algumas fábricas escolheram se aproximar do consumidor no Brasil, segundo Synésio Batista, da Abrinq.
Contramão O movimento que aconteceu no passado recente foi diferente. Em busca de menores custos trabalhistas, de energia e impostos, empresas brasileiras tentaram melhor destino no Paraguai.
| Folha de S. Paulo | | | | Quase lá Empresas brasileiras movimentaram R$ 71,4 bilhões em operações de renda variável de janeiro a outubro —R$ 61,2 bilhões em follow-on e R$ 10,2 em IPO—, diz a Anbima (associação do mercado financeiro). É o segundo maior volume registrado pela entidade, atrás de 2007, quando chegou a R$ 75,5 bilhões.
Na área Segundo José Eduardo Laloni, vice-presidente da Anbima, em 2007, o mercado de capitais era aquecido por investidores estrangeiros. “Nas emissões desse ano, temos os locais, graças ao mercado que está se desenvolvendo. É uma cadeia que está levando as empresas a se exporem mais, inclusive as menores ”, afirma ele.
| Folha de S. Paulo | | | | Indicador que mede número de pessoas na extrema pobreza se manteve estável em 2018 em relação a 2017
A ampliação da ocupação e o crescimento do rendimento no trabalho ajudaram a tirar cerca de 1 milhão de brasileiros da pobreza em 2018. Porém, o país ainda tinha 13,5 milhões de pessoas em pobreza extrema, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O número se manteve estável na comparação com 2017, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE divulgada nesta quarta (6). Em 2018, 6,5% da população se encontrava nessa situação, 0,1 ponto percentual a mais que no ano anterior.
Pela linha definida pelo Banco Mundial —que é a métrica adotada pelo IBGE—, são considerados em pobreza extrema aqueles que vivem com até US$ 1,90 por dia (o equivalente a R$ 145 por mês).
Os brasileiros na pobreza extrema aumentaram 2 pontos percentuais entre 2014 e 2018, resultando, no ano passado, em 13,5 milhões de pessoas.
"Esse contingente é superior à população total de países como Bolívia, Bélgica, Cuba, Grécia e Portugal", analisou o IBGE
Por outro lado, são considerados pobres aqueles que tem o PPC menor que US$ 5,50 (R$ 420 por mês) por dia. E esse número caiu de 0,7% no ano passado, atingindo agora 52,5 milhões de brasileiros.
“Esse grupo necessita de cuidados maiores que seriam, por exemplo, políticas públicas de transferência de renda e de dinamização do mercado de trabalho", disse o gerente do estudo do IBGE, André Simões.
No Brasil, o valor do indicador de pobreza do Bolsa Família é de R$ 89, inferior ao parâmetro atual global de R$ 145. Em 2011, o valor de R$ 70 para o benefício era compatível com o valor global daquela ocasião (US$ 1,25 por dia).
O gerente da pesquisa, André Simões, explicou que o valor atual está abaixo por falta de correções monetárias.
"É fundamental que as pessoas tenham acesso aos programas sociais e que tenham condições de se inserir no mercado de trabalho para terem acesso a uma renda que as tirem da situação de extrema pobreza", disse André Simões.
O IBGE creditou a melhora também ao crescimento do rendimento proveniente de aposentadorias e pensões. Porém, essa dinâmica está restrita à Região Sudeste.
"Nas demais regiões a variação não foi significativa", informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Em termos absolutos, cerca de 1 milhão de pessoas alcançaram ou superaram o limite de US$ 5,50 por dia, mas 700 mil delas se encontravam no Sudeste. Já quase metade dos brasileiros (47%) abaixo da linha da pobreza no ano passado estava no Nordeste.
O Maranhão é a unidade federativa com o maior percentual de pessoas abaixo da linha da pobreza: 53% do estado. Santa Catarina, por sua vez, demonstrou a menor desigualdade, com 8% de pobres em sua população.
Todos os estados das regiões Norte e Nordeste apresentaram indicadores de pobreza acima da média nacional, de 25,3% dos brasileiros. Já as demais unidades federativas do país ficaram abaixo desse número.
O estudo do IBGE mostra que mesmo a inserção no mercado de trabalho não é condição suficiente para que a pobreza seja superada. Entre os ocupados, 14,3% estavam em situação de pobreza em 2018.
Desse total, 24,2% exercem a função de trabalhadores domésticos, enquanto 23,4% atuam como empregados sem carteira de trabalho assinada e 19,9% trabalham por conta própria.
É possível analisar também que a pobreza não afeta igualmente a todos os brasileiros.
Entre as crianças recém-nascidas até os 14 anos de idade, 42,3% estavam abaixo da linha. Os idosos representavam somente 7,5% do total.
Na comparação racial, as pessoas de cor ou raça preta ou parda eram 32,9% dos pobres brasileiros no ano passado. Os brancos não tinham menos da metade, com 15,4% deles abaixo da linha da pobreza.
Na área trabalhista, o plano para estimular a criação de empregos ainda está em fase de discussão entre as aladas econômica e política do governo. Por isso, a proposta poderá sofrer algumas modificações até o anúncio.
A Folha publicou nos últimos meses detalhes do pacote em estudo pelo time do ministro Guedes.
A principal medida deve ser a isenção provisória da contribuição patronal para a Previdência. O Ministério da Economia avalia que o custo de contratação de mão de obra no país é muito elevado e, ao reduzir os encargos, mais vagas formais serão geradas.
Portanto, novos contratos podem ficar livres da cobrança de 20% sobre a folha de pagamentos paga pelas empresas. Está em avaliação também um corte no percentual que o empresário deposita mensalmente na conta do empregado no FGTS, além da redução da multa em caso de demissão sem justa causa.
Técnicos querem ainda uma reestruturação no MEI, programa para microempreendedores individuais. Atualmente, há um teto anual de R$ 81 mil de faturamento.
Diferentes faixas de renda e de contribuição podem ser criadas. A ideia é ampliar a inclusão previdenciária e formalização.
Outra medida prevê mudança numa regra da Justiça do Trabalho, onde estão parados R$ 65 bilhões na forma de depósitos recursais – valor em juízo para poder recorrer de sentença trabalhista.
| Folha de S. Paulo (publicado em 06-11-2019) | | | | Para 2020, a projeção passou de 2,17% para 2,32%
O Ministério da Economia elevou a previsão oficial para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2019 de 0,85% para 0,9%. Para 2020, a projeção passou de 2,17% para 2,32%.
A visão expressa pela equipe econômica nas últimas semanas era que fatores como a liberação dos saques do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) levariam a uma melhora nas previsões em novembro para os atuais 0,9%, conforme mostrou a Folha no mês passado.
O Orçamento de 2019 foi elaborado no ano passado pela equipe econômica do governo de Michel Temer, com uma previsão de crescimento de 2,5%. O mercado estava alinhado à estimativa. As perspectivas, no entanto, começaram a se deteriorar já nos primeiros meses do ano.
Em março de 2019, a equipe econômica cortou a projeção oficial para 2,2%; em maio, para 1,6%; em julho, para 0,81%; e em setembro, aumentou para 0,85%.
O mercado atualmente prevê um crescimento de 0,92% para o PIB em 2019, de acordo com o último boletim Focus (compilado pelo Banco Central). Para 2020, a previsão dos analistas é de crescimento de 2%.
Em tese, o aumento na projeção do PIB eleva a previsão de arrecadação do governo por uma atividade mais aquecida e favorece a liberação de recursos contingenciados. Como a melhora nesse caso é vista no fim do ano, no entanto, o aumento nas receitas é limitada.
Para a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a projeção para 2019 diminuiu de 3,62% para 3,26%. No caso do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de 3,67% para 3,26%. Para 2020, a previsão é de 3,53% para o IPCA e de 3,54% para o INPC.
| Folha de S. Paulo | | | | Acordo com a Petrobras ainda depende de aval do Cade
A Liquigás foi vendida por R$ 3,7 bilhões para o grupo formado por Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás Butano. A empresa é a subsidiária da Petrobras que opera no segmento de gás de cozinha e está no plano de desinvestimento da estatal.
Com o acordo, as duas compradoras roubam a liderança de mercado da concorrente Ultragaz, que já havia tentado comprar a Liquigás. A conclusão do negócio depende de aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Em agosto, a Petrobras já havia informado que o consórcio havia apresentado a melhor oferta pela Liquigás e que a próxima etapa seria a negociação de contratos.
É a segunda vez que a Petrobras tenta vender a Liquigás, que é a segunda maior empresa do segmento. No início de 2018, o Cade vetou operação de R$ 2,8 bilhões com o grupo Ultra, que já controla a líder no segmento, a Ultragaz.
Atualmente a Copagaz tem 9% do mercado e, com a compra da Liquigás, crescerá para 27%. A Nacional Gás, que tem 18%, crescerá para 23%. Já a Ultragaz, atualmente líder do setor, passará a ser a terceira maior empresa.
O consórcio chamado para negociar disputou a empresa com outros dois interessados: o fundo de investimentos Mubadala e consórcio formado pela GP Investimentos e a distribuidora de gás de botijão Consigaz.
A expectativa do mercado é que o consórcio vencedor fatie a empresa para evitar questionamentos dos órgãos de defesa da concorrência. A Copagaz, por exemplo, tem forte participação nos mercados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com mais de 30% das vendas, e teria dificuldades em ficar com a fatia da Liquigás.
Já a Nacional Gás Butano tem presença mais forte em estados do Nordeste —é dona de quase metade das vendas na Paraíba e no Maranhão, por exemplo.
Para evitar problemas com o Cade, como na tentativa anterior de venda da subsidiária, a Petrobras impôs restrições aos participantes do processo atual, determinando que empresas já com participação relevante no mercado brasileiro participassem apenas com ofertas conjuntas.
Essa é a terceira venda relevante da Petrobras no ano. A companhia abriu mão do controle da BR Distribuidora por meio da venda de ações em Bolsa realizada em junho, em operação que movimentou quase R$ 9 bilhões.
Antes, a estatal havia vendido a TAG (de gasodutos) por R$ 33,5 bilhões.
| Folha de S. Paulo | | | | Somente a Petrobras apostou no megaleilão; arrecadação é 30% menor que a prevista
Os governadores de alguns dos estados mais beneficiados pelo megaleilão do pré-sal organizado pelo governo federal nesta quarta-feira (6) dizem se sentir frustrados com o resultado e que aguardavam valores superiores, como havia sido projetado.
Sozinha, a petroleira levou a área de Itapu, que tinha bônus de R$ 1,7 bilhão, também com o lance mínimo de 18,15% em óleo para o governo. Não houve lance pelas áreas de Sépia e Atapu.
A falta de interessados nas duas áreas reduz os valores que o governo dividirá com estados e municípios. Dos cerca de R$ 70 bilhões, R$ 34,2 bilhões serão repassados à Petrobras como ressarcimento por mudanças no preço do petróleo após a assinatura do contrato de cessão onerosa.
Entre os estados que previam arrecadar mais de R$ 500 milhões com cessão onerosa estariam Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará e os nordestinos Bahia, Maranhão, Pernambuco e Ceará.
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), disse que o sentimento após o leilão do pré-sal é de frustração. Ele afirmou que a situação é preocupante porque existia uma confiança que não se concretizou.
"Frustrou as expectativas até porque eram quatro blocos e apenas dois conseguiram êxito e sem competição."
Câmara comunicou que o estado vai ter que se reprogramar em relação à chegada dos recursos oriundos da cessão onerosa. "Evidentemente, a situação dificulta. Mas vamos continuar trabalhando. Esperamos que, mais na frente, os erros de condução deste processo sejam corrigidos".
O secretário da Fazenda da Bahia, Manoel Vitório, afirmou que resultado do leilão gerou frustração com relação à expectativa original, que era de uma arrecadação maior.
"Este desfecho só reforça o entendimento que a Bahia sempre expressou, de que os estados precisam ser conservadores quanto às previsões de receitas anunciadas, mas incertas", disse o secretário, da gestão Rui Costa (PT).
O governo do Maranhão, sob gestão de Flávio Dino (PC do B), afirmou que o estado aguardava os recursos da cessão onerosa para o orçamento. Porém, destacou que a ausência do dinheiro não comprometerá a cobertura das despesas obrigatórias do exercício financeiro de 2019.
No Rio, o governo Wilson Witzel (PSL) diz que as receitas não estavam previstas no orçamento, logo, não será necessário ajustar a execução orçamentária em função disso, e que não tinham despesas programadas com esse recurso. Diz, ainda, que a lei permite o uso somente para o pagamento de despesas previdenciárias e com investimentos, e que o estado cumprirá essa determinação.
| Folha de S. Paulo (publicado em 06-11-2019) | | | | Petrobras e chineses foram os únicos a apresentar ofertas
Em mais um leilão sem concorrência, o governo vendeu apenas uma das cinco áreas do pré-sal oferecidas nesta quinta (7). Mais uma vez, Petrobras e chineses foram os únicos a apresentar ofertas.
Para a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), a ausência de estrangeiras nos leilões desta semana representa o fim de um ciclo de acumulação de áreas no pré-sal, iniciado em 2017.
"As empresas estão deixando para trás a fase de assunção de riscos para a fase de colheita dos resultados dos investimentos", disse ele após o leilão.
Nesta quinta, Petrobras e a chinesa CNODC arremataram a maior área do leilão, chamada Aram, com bônus de R$ 5 bilhões e oferta de 29,96% do petróleo produzido para o governo, após o desconto dos custos. Não houve ágio.
Nos leilões do pré-sal, os bônus de assinatura são fixos e a disputa se dá pelo volume de óleo que os consórcios se comprometem a entregar ao governo durante a vida útil dos projetos.
Na véspera, eles haviam se juntado à também chinesa CNOOC para comprar a maior área do megaleilão da cessão onerosa, por R$ 69,9 bilhões, também sem ágio.
A Petrobras havia exercido direito de preferência para comprar três áreas no leilão desta quinta, mas fez oferta por apenas uma. A estratégia surpreendeu o governo. "Foi a única surpresa do leilão", disse Oddone.
E reforçou apoio do governo e do setor ao fim do direito de preferência da estatal em áreas do pré-sal, tema de projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP). "O exercício do direito de preferência da Petrobras naturalmente reduz a competitividade", disse o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
O ministro classificou como exitosa a temporada de leilões de petróleo em 2019, que rendeu ao governo R$ 84 bilhões em bônus de assinatura —foram dois leilões do pré-sal e um do pós-sal.
O resultado dos leilões ajuda o governo a melhorar o resultado fiscal no ano, com a redução do déficit para R$ 80 bilhões a R$ 90 bilhões, ante os R$ 139 bilhões projetados em 2018.
Albuquerque defendeu que as áreas não arrematadas continuam atrativas e serão oferecidas em novos leilões no futuro. Segundo ele, o governo vai rever parâmetros e procedimentos para melhorar a competição.
Antes da oferta, porém, Oddone disse que a era dos bônus bilionários do pré-sal chegou ao fim, tanto pela elevada exposição das petroleiras internacionais no país quanto pela escassez de áreas de grande porte após os últimos leilões.
O governo já aprovou a realização de duas novas rodadas em 2020, uma do pré-sal e outra do pós-sal.
A Petrobras tem 80% de participação no consórcio vencedor do leilão desta quinta, o que significa que desembolsará R$ 4 bilhões. No leilão de quarta, a companhia se comprometeu com R$ 29 bilhões, o que derrubou suas ações durante o pregão na Bolsa.
No leilão de quarta, além da área de Búzios, a estatal arrematou sozinha outra área, Itapu, por R$ 1,7 bilhão.
Para analistas, a ausência de estrangeiros na quinta é resultado dos altos preços das áreas e de incertezas sobre o valor do ressarcimento por investimentos já feitos à Petrobras. No primeiro leilão do ano, em outubro, houve grande participação de empresas privadas.
Em entrevista após o leilão desta quinta, o diretor de Exploração e Produção da estatal, Carlos Alberto Pereira de Oliveira, disse ter ficado satisfeito com o resultado e afirmou que a empresa planeja usar dinheiro do próprio caixa para pagar os bônus.
| Folha de S. Paulo | | | | Resultado de certame frustra prefeitos e governadores, mas parlamentares dizem que isso não deve afetar reformas
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse que as áreas que não foram arrematadas no megaleilão do pré-sal nesta quarta-feira (6) serão relicitadas em 2020, o que, segundo ele, vai garantir os recursos que prefeitos e governadores esperavam ver em seus caixas até o fim deste ano.
Sem concorrência e com lances mínimos, a Petrobras arrematou duas das quatro áreas oferecidas pelo governo. Na maior delas, teve parceria com as estatais chinesas CNOOC e CNODC.
As outras duas áreas não tiveram interessados, frustrando a previsão de arrecadação, que nas perspectivas mais otimistas chegaram a R$ 106 bilhões. Ao fim do leilão, o valor arrecadado ficou em R$ 69,9 bilhões.
Pela conta inicial, estados e municípios receberiam um total de cerca de R$ 21,5 bilhões. Com a frustração de receitas, prefeitos e governadores devem receber agora apenas algo em torno de R$ 10,5 bilhões.
"Vai ter uma repercussão, vai ser menor. Mas isso não quer dizer que estados e municípios não vão ter esses recursos porque as áreas serão licitadas novamente no primeiro semestre do próximo ano", disse Bezerra Coelho.
"Em vez de receber de uma vez aquele número de R$ 21 bilhões, agora, vai receber em torno de R$ 10 bilhões e alguma coisa. E, no próximo semestre, esses recursos vão ingressar", afirmou o líder do governo.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse entender que a frustração não deve prejudicar as reformas e que aguarda a avaliação de analistas do setor para entender o que aconteceu.
"[O resultado abaixo do esperado] Não prejudica as reformas. É uma informação negativa, sem dúvida nenhuma. A nossa expectativa é que o setor privado tivesse maior interesse. Agora vamos ver com os analistas do setor por que o setor privado fugiu do leilão de hoje. Nossa expectativa era que as quatro áreas pudessem ter sido vendidas, mas infelizmente faltou interesse do setor privado. É ruim", disse Maia.
"[Prefeitos e governadores] Vão ficar tristes porque eles queriam estes recursos para estabilizar suas contas", disse o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), salientando que também não acredita que a frustração do leilão tenha impacto na agenda econômica.
Em outubro, a britânica BP e a francesa Total desistiram de participar do leilão.
A presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), disse que a frustração desta quarta-feira tem que fazer o governo repensar sua forma de fazer política. Ela sugeriu que a Total pode ter saído por influência do governo francês, alvo de ataques recentes do presidente Jair Bolsonaro (PSL) por causa do episódio das queimadas na Amazônia.
"Acho que é um recado muito claro para o governo parar de causar insegurança política. Cada vez que o governo cria arestas com quem quer que seja, inclusive com países, com políticos, fruto de resultado de eleições, impacta as relações comerciais do Brasil. Por que será que a grande petrolífera francesa desistiu? Houve participação do governo federal da França no sentido dessa desistência ou não? Essa insegurança das falas infelizes do presidente está prejudicando o próprio governo, mas, mais que o governo, o Brasil", afirmou a senadora.
| Folha de S. Paulo (publicado em 06-11-2019) | | | | Mudança na bandeira tarifária foi o principal fator para o impacto no mês
A queda no preço da energia na maior parte do Brasil contribuiu para que a inflação de outubro fosse a menor desde 1998, informou nesta quinta-feira (7) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O índice ficou em 0,10% no mês passado, menor do que os 0,45% do mesmo período de 2018 e também nos últimos 21 anos. Os dados são do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
A mudança na bandeira tarifária foi o principal fator para que a energia elétrica tivesse um impacto de 0,13 ponto percentual negativo em outubro.
- Vista de linhas de transmissão de energia elétrica no município de Ribeirão Preto, São Paulo - Célio Messias - 2.jul.19/Folhapress
“Em setembro, estava em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1 e, em outubro, passou a vigorar a amarela, cujo acréscimo é menor", disse o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.
De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a bandeira tarifária amarela tem custo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora consumidor. Já a vermelha patamar 1 apresenta custo de R$ 4 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.
A queda na energia elétrica foi demonstrada em todas as áreas pesquisadas pelo IBGE, com exceção de Salvador e Vitória, ambos com alta nos preços. Em Goiânia, o recuo chegou a 5,99%.
No acumulado do ano, o índice registrou 2,60%. Já nos últimos 12 meses, ficou em 2,54%. Segundo o IBGE, está abaixo dos 2,89% registrados anteriormente.
Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, três tiveram deflação de setembro para outubro. O principal destaque foi habitação (-0,61%), com uma contribuição de 0,10 ponto percentual negativo no mês.
Alimentação em domicílio teve queda pelo sexto mês seguido, influenciada pela redução nos preços da cebola (-20,84%) e da batata inglesa (-9,06%).
Por outro lado, as carnes apresentaram alta de 1,77%. Já a alimentação fora de casa passou de 0,04% em setembro para 0,19% em outubro. Refeição registrou 0,24%, enquanto lanche marcou 0,32%.
O item vestuário teve a maior inflação do mês passado, com 0,63%. O gerente da pesquisa informou que a alta é natural para a época do ano por conta da mudança de estação. "Resulta na troca de coleção das lojas", disse Kislanov.
Os destaques nesse item são altas observadas em roupa feminina (0,98%), roupa masculina (0,38%), roupa infantil (0,30%) e joias e bijuterias (2,23%).
A alta da gasolina influenciou o preço dos transportes. Com exceção de Brasília e São Luís, todas as áreas pesquisadas pelo IBGE apresentaram variação positiva no quesito combustível (1,38%).
O economista Luca Klein, da 4E Consultoria, explicou a variação no preço da gasolina. "Ela expõe as influências do aumento internacional do preço do petróleo, reflexo do choque de oferta advindo dos ataques às refinarias na Arábia Saudita", disse ele.
As passagens aéreas também aumentaram (1,93%), após dois meses com variações negativas (-15,66% em agosto e -1,54% em setembro).
A economista do Itaú Julia Passabom explicou que o núcleo de inflação é uma medida acompanhada pelo Banco Central que procura captar a tendência dos preços sem considerar distúrbios resultantes de choques temporários. "Os núcleos vêm rodando baixos, com média de 0,2% mensais", disse ela.
Além de serviços, outro núcleo são os industriais com padrões sazonais, como etanol e cigarro. "Quando olho o núcleo combinado, serviços e industriais, é mais ou menos 38% do IPCA, e o acumulado está rodando bem abaixo da média de inflação, e tem se mantido baixo em diversas leituras", disse Júlia Passabom.
Com relação aos índices regionais, Campo Grande registrou a maior variação, com 0,31%, influenciado principalmente pela alta no preço das carnes, de 4,47%, e gasolina, 2,29%.
Em contrapartida, São Luís registrou deflação de 0,37%, especialmente pela queda de energia elétrica, que na região ficou em 4,43%. A cebola também influenciou, com 25,65% negativos.
O economista Luca Klein apontou que, em novembro, o IPCA deve ter aceleração. "Em grande parte, devido a mudança de bandeira tarifária de energia elétrica em novembro, de amarela para vermelha 1, e pela continuidade da dinâmica de alta dos preços dos combustíveis", afirmou.
Júlia Passabom, do Itaú, acredita que a inflação deve continuar tranquila, em linha com a avaliação do banco.
| Folha de S. Paulo | | | | Crescimento foi impulsionado por crédito e tarifas e serviços; banco fechou 463 agências em 12 meses
O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil deu um salto de 33,5% no terceiro trimestre deste ano em comparação a igual período de 2018, para R$ 4,5 bilhões. O resultado fez o banco revisar para cima suas projeções de lucro em 2019.
De acordo com o relatório divulgado pelo banco nesta quinta-feira (7), essa alta foi impulsionada pela margem financeira (principal receita de um banco, gerada por crédito) e pela receita com tarifas e prestação de serviços.
Enquanto a margem financeira bruta líquida registrou um avanço de 5,6%, as receitas com serviços subiram 8,7%. Os ganhos nessa última linha foram calcados principalmente com os ganhos com seguros, previdência e capitalização e também com administração de fundos.
A carteira de crédito ampliada do banco (que inclui também títulos de valores mobiliários), no entanto, encolheu 0,7%, a R$ 686,7 bilhões.
Os empréstimos para pessoas físicas aumentaram 9,3%, para R$ 209,6 bilhões, mas as concessões para empresas caíram 5,4%, influenciada negativamente pelas linhas de grandes empresas. Os financiamentos ao agronegócio caíram 3% na mesma comparação.
“Estamos mais conservadores no atacado [grandes empresas] e com uma postura mais agressiva para pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas”, afirmou o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes.
O movimento vem em linha com a estratégia adotada pelo mercado de voltar-se mais fortemente ao mercado de capitais como uma tentativa de compensar a maior demanda das grandes companhias pelo segmento de prazos maiores e juros mais baixos.
De acordo com o vice-presidente executivo de negócios no atacado do BB, Márcio Hamilton, tal estratégia tem compensado parte da perda do banco na carteira de crédito voltada às empresas de grande porte.
“Tivemos uma queda de carteira nos últimos 12 meses, mas fizemos emissões tanto no mercado local como no internacional. O processo de maior busca de acesso ao mercado de capitais alinha também com a nossa estratégia de buscar um mix de produtos com um maior índice de retorno na carteira”, explica o executivo. Segundo ele, o banco emitiu um total de R$ 21 bilhões e US$ 15 bilhões no período.
O presidente do BB, Rubem Novaes, destaca ainda que o banco já está com o processo de busca de uma nova parceria na área de gerenciamento de recursos em andamento.
“A busca é por um parceiro vultoso e internacional. Não será concluída este ano porque depende de negociações complexas. Mas já estamos com um número de pretendentes mais reduzidos e logo poderemos caminhar mais rapidamente para uma conclusão”, completa.
Na noite de quarta-feira, o BB anunciou formalmente a parceria negociada há meses com o UBS para a área de banco de investimentos. Os dois bancos buscam crescimento em emissões de dívidas e ofertas de ações.
A inadimplência do banco público teve um aumento de 0,66 ponto percentual, para 3,47%. A alta, segundo o relatório do banco, se deve a um caso específico. Tal efeito extraordinário também afetou o nível de cobertura para cobrir calotes do Banco do Brasil, que reduziu 24,1 pontos percentuais, para 168,6%.
“Não devemos esperar surpresas ou impactos adicionais na gestão desses ativos”, disse o vice-presidente de gestão de risco do BB, Carlos Bonetti.
Em relação às despesas administrativas do banco, que registraram uma alta de 1,6% no período, para R$ 7,7 bilhões, o vice-presidente de relações com investidores, Carlos Hamilton pondera a possibilidade de uma nova elevação no quarto trimestre, como reflexo da Cassi.
Cassi é a Caixa de Assistência que administra o plano de saúde dos funcionários do BB e que anunciou precisar de R$ 1,4 bilhão até 2020 para compor as reservas exigidas pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). “Mas será algo pontual”, acrescentou o executivo.
A instituição revisou suas projeções de crescimento para o lucro líquido ajustado para este ano, que saíram de um intervalo entre R$ 14,5 bilhões e 17,5 bilhões para a faixa de R$ 16,5 bilhões a R$ 18,5 bilhões. Também houve alteração nas expectativas para o crédito rural, que saiu de uma estimativa de crescimento entre 3% a 6% para um avanço entre 0,5% e 3%.
O retorno sobre patrimônio líquido ajustado do banco (também conhecido como ROE), ficou em 15%, alta de 2,7 pontos percentuais no período.
FECHAMENTO DE AGÊNCIAS
O banco público também anunciou nesta quinta-feira (7) que, ao final do terceiro trimestre, havia fechado 463 agências em relação à quantidade vista em igual período de 2018, saindo de 4.147 para 3.684 agências físicas.
Segundo os executivos do banco, o objetivo é trabalhar com agências menores e mais postos de atendimentos, adequando o tamanho e a importância dessas estruturas a um novo mercado, mais digital.
“Estamos com um trabalho de revisitar agências, olhar pontualmente a dinâmica de cada uma e adequar o ponto de atendimento ao volume de negócio e potencialidade da praça. Mas não esperamos uma redução tão relevante para o ano que vem, mas sim uma avaliação ponto a ponto. A presença física continua importante”, disse o vice-presidente de distribuição de varejo, Carlos Motta.
O número de funcionário do banco também sofreu uma redução de 3.360 pessoas no período, para 93.872.
| Folha de S. Paulo | | | | O modelo foi lançado há pouco mais de um mês e vai passar por um procedimento de recall
A General Motors suspendeu as entregas do novo sedã Chevrolet Onix Plus, um dos carros mais vendidos do Brasil.
O modelo, que foi lançado há pouco mais de um mês, vai passar por um procedimento de recall devido a risco de incêndio.
Dois casos se popularizaram por meio de vídeos publicados em redes sociais. O primeiro a circular mostra uma unidade do Onix Plus em chamas no pátio da fábrica, em Gravataí (RS). No outro, um automóvel do mesmo modelo pega fogo em uma estrada do Maranhão, de acordo com a descrição na internet.
Segundo a montadora, os veículos que já foram entregues precisam receber uma atualização do software de gerenciamento do motor.
“Em condições muito especificas e combinadas de pressão atmosférica, temperatura ambiente, umidade relativa do ar e composição do combustível, o software de gerenciamento do motor pode, eventualmente, apresentar falha, com risco de danos ao motor e potencial incêndio, como no caso ocorrido na região Nordeste”, afirma a montadora por meio de nota.
A fabricante diz que o problema é precedido por um aviso no painel do veículo. a luz indicadora de funcionamento incorreto do motor se acende.
A GM afirma que o caso ocorrido em Gravataí não tem relação com o problema detectado agora.
Principal produto da linha Chevrolet, o Onix chegou à segunda geração totalmente renovado. As mudanças incluem motorizações, carroceria e equipamentos. A fabricante tenta ser ágil para contornar o problema, que pode prejudicar seriamente suas vendas.
Em outubro, seu primeiro mês cheio de comercialização, a versão sedã atingiu a sexta posição no ranking nacional, com 7.140 emplacamentos. O primeiro colocado no mês foi a antiga geração da opção hatch (21.198 licenciamentos), que lidera o mercado desde 2015. Os dados são da Fenabrave, entidade que representa as distribuidoras de veículos.
O que a General Motors tenta fazer agora é não repetir o erro da Fiat na década de 1990, quando casos de incêndio do hatch médio Tipo começaram a surgir Brasil afora.
A marca italiana demorou a detectar o defeito (vazamento de fluido da direção hidráulica) e a convocar os recalls. O caso foi determinante para encerrar precocemente a história do modelo no Brasil.
A Chevrolet corre para preservar a imagem do carro enquanto prepara o início das vendas da nova geração com carroceria hatch. Essa opção chegará às lojas na última semana de novembro.
| Folha de S. Paulo (publicado em 06-11-2019) | | | | No ano, a alta é de 3,6%; emplacamento mercado interno tem aumento de 8,7% no período
A produção nacional de veículos mantém o crescimento, apesar da queda nas exportações. De acordo com a Anfavea, associação que representa as montadoras, houve alta de 9,6%% em outubro na comparação com o mesmo mês de 2018. No acumulado de 2019, há um aumento de 3,6%. No total, 2,55 milhões de unidades foram fabricadas entre janeiro e outubro.
Os dados são a soma de carros de passeio, veículos comerciais leves, ônibus e caminhões.
É o mercado interno que tem garantido os bons números. Segundo a Fenabrave (associação das revendedoras), os emplacamentos acumulam alta de 8,7% neste ano. Já foram comercializados 2,1 milhões de veículos leves e pesados.
A participação de vendas diretas segue significativa. Essa modalidade, que inclui a comercialização para frotas de locadoras, representa 45,4% de todos os licenciamentos de veículos no país entre janeiro e outubro de 2019. Há cinco anos, a participação dessa modalidade de negócio, que exige grandes descontos por parte das montadoras, era de 29% sobre o total de veículos comercializados.
As exportações acumulam queda de 34,7% em 2019. A crise no mercado argentino é o principal motivo da retração.
| Folha de S. Paulo (publicado em 06-11-2019) | | | | Os contratos futuros de cobre fecharam em alta nesta quinta-feira, em meio ao otimismo que se estabeleceu nos mercados internacionais com a possibilidade de que Estados Unidos e China retirem tarifas mútuas sobre bens importados.
O cobre para dezembro avançou 2,34%, a US$ 2,7275 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), e o cobre para três meses subiu 1,15%, a US$ 5.975,00 a tonelada, na London Metal Exchange (LME).
No início da tarde, a Bloomberg informou que os EUA confirmaram que a chamada "fase 1" do acordo comercial com os chineses incluirá a remoção de tarifas bilaterais.
Mais cedo, o Ministério do Comércio da China (MofCom) havia comunicado que americanos e chineses concordaram em revogar tarifas sobre produtos importados "em etapas", caso o acordo preliminar seja assinado. "A guerra comercial começou com o aumento de tarifas e deverá terminar com a remoção de todas as tarifas", afirmou o porta-voz do ministério, Gao Feng.
Ontem, a possibilidade de que a assinatura do acordo seja adiada para dezembro, noticiada pela Reuters, havia levado o cobre a fechar em baixa, interrompendo três pregões consecutivos de ganhos.
Para a analista do Commerzbank Barbara Lambrecht, apesar da alta de hoje, "as notícias têm sido muito conflitantes ultimamente para permitir que qualquer euforia real se desenvolva".
Entre outros metais básicos negociados na LME, o alumínio fechou em alta de 0,17%, a US$ 1.813 a tonelada, o chumbo caiu 0,09%, a US$ 2.113 a tonelada, o níquel recuou 0,28%, a US$ 16.200 a tonelada, o estanho subiu 0,24%, a US$ 16.605 a tonelada, e o zinco avançou 0,40%, a US$ 2.485 a tonelada.
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