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Chamada de Notícias
Logística Reversa
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Flávia Cunha e Luciana Annunziata, fundadoras da consultoria Casa Causa
A quatro anos do centenário, o empório Casa Santa Luzia, em São Paulo, passa por uma transformação para tentar reduzir sua produção de lixo.
As verduras começaram a ser embaladas em folhas de bananeira, que substituem o plástico. As bandejas de isopor serão trocadas por opções biodegradáveis, feitas de bagaço de banana e mandioca, e um espaço foi reservado para coletar materiais como cápsulas de café e sacolas.
Essas soluções foram desenvolvidas com a assessoria da Casa Causa, uma das empresas criadas nos últimos anos para ajudar negócios a reduzir a quantidade de resíduos, cobrança cada vez mais comum dos consumidores.
A ideia dessas consultorias é aproximar os negócios do conceito de lixo-zero, estabelecido pela Zero Waste International Alliance. Para se enquadrar na categoria, empresas devem destinar a aterros sanitários no máximo 10% da sua produção de resíduos.
Criadoras da Casa Causa, a psicóloga Flávia Cunha e a especialista em inovação e aprendizagem institucional Luciana Annunziata já tinham afinidade com o tema da sustentabilidade antes de empreender. Cunha, por exemplo, participa de grupos lixo-zero que atuam em Pinheiros, bairro paulistano onde mora, numa casa quase sem produção de resíduos.
Em 2017, criaram a consultoria com objetivo de ajudar empresas de porte pequeno e médio a reduzir lixo. Em 2018, o faturamento da Casa Causa foi de R$ 80 mil —para este ano, a estimativa é de R$ 130 mil.
A dupla trabalha com nove empreendimentos, além de fazer consultorias gratuitas, como para a Associação São Joaquim, que atende idosos.
O ponto de partida é o mesmo em qualquer negócio: sensibilizar a companhia e seus funcionários para a importância da mudança. Esse é, segundo Cunha, um dos passos mais importantes no processo.
Para um cliente, as sócias recomendaram que as garrafas plásticas vazias usadas pelos funcionários deixassem de ser recolhidas —em vez de ter bebedouros no escritório, a empresa distribuía água engarrafada. Ao ver o acúmulo nas mesas, os empregados entenderam a quantidade de resíduo que estavam gerando.
O passo seguinte é fazer um raio-X do tipo de lixo criado no ambiente. A partir disso, é elaborado um plano de ação.
O plástico é um problema para a maior parte dos pequenos negócios. Nos restaurantes e na academia atendidos pela Ecoe Sustentabilidade, do Recife, o desafio é encontrar alternativas sustentáveis para copos e embalagens. Em alguns negócios, também é possível diminuir a impressão de documentos em papel.
A Ecoe, que completa um ano em setembro, é a primeira certificada pelo Instituto Lixo Zero em Pernambuco.
Segundo sua fundadora, a bióloga especialista em sustentabilidade Susanne Galeno, 29, há menos oferta de produtos que ajudem empresas a reduzir o lixo no Nordeste em comparação com o Sudeste, mas o número de fornecedores com soluções aumentou no último ano.
A tendência é puxada por uma demanda de consumidores por sustentabilidade, mas pode resultar também em economia. Em muitos casos, reduzir a produção de lixo custa o mesmo ou menos do que manter o negócio como está, diz Kallel Kopp, engenheiro florestal e diretor de operações da consultoria Neutralize, de Brasília.
“Sempre apresentamos os ganhos efetivos, tanto financeiros quanto de sustentabilidade”, diz ele. A empresa, que atende cerca de 70 clientes, entregará no próximo mês seu primeiro bar lixo-zero, o Pinella, na asa norte da capital.
A Casa Santa Luzia sentiu isso na prática: após distribuir garrafas de inox aos funcionários para acabar com os copos plásticos, economizou aproximadamente R$ 8.000 por ano —e deixou de descartar cerca de 7.000 unidades por mês.
A Casa Causa ajuda ainda clientes a estabelecer parcerias com outras empresas. Foi assim que a Casa Santa Luzia encontrou outras companhias interessadas em comprar embalagens biodegradáveis. Fazendo um pedido coletivo, conseguiram um desconto.
A consultoria também arrumou uma forma de aproveitar o descarte de tubos de pasta de dentes de um cliente: eles foram destinados a uma empresa que os utiliza para fazer móveis, como mesas e bancos.
Essas mudanças tornam o negócio mais sustentável sem perda de qualidade no serviço, diz o advogado Daniel Morgado, da quinta geração da família a comandar a Santa Luzia.
“Falar de sustentabilidade não é mais uma qualidade, é uma obrigação”, afirma. “A consultoria está nos ajudando a trilhar uma meta e um caminho sólidos.”
| Folha de S. Paulo (publicado em 12-08-2019) | | | |
Estão abertas as inscrições para evento que será realizado em 24 de setembro, em São Paulo. Especialistas brasileiros e estrangeiros apresentarão tendências para negócios baseados no novo modelo econômico
Interessados em entender e identificar oportunidades trazidas pela economia circular podem se inscrever para o Encontro Economia Circular e a Indústria do Futuro, que será realizado em 24 de setembro, em São Paulo. Promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o evento reunirá especialistas brasileiros e estrangeiros que debaterão tendências em relação a esse novo modelo econômico. O Instituto C&A patrocina e a empresa Nespresso apoia o evento.
Entre os temas que serão debatidos estão a melhoria no ambiente regulatório para a transição à economia circular e caminhos para a indústria brasileira desenvolver novos negócios. Para entender mais do tema, assista à entrevista com o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo.
EXPERIÊNCIA DE SUCESSO – Até 2012, a HP trabalhava com vários parceiros locais em seu programa de reciclagem, mas não conseguia atingir o nível de eficiência e produtividade que desejava para impulsionar seu progrsso em direção a economia circular. Foi então que procurou o Flex, grupo multinacional especializado em manufatura de equipamentos eletrônicos para grandes marcas, para a criar o Centro de Reciclagem e Inovação, localizado ao lado das instalações de manufatura para computadores e impressoras HP.
A proposta da HP, no entanto, envolvia a desmanufatura. Ou seja, a Flex deveria recolher os equipamentos da marca HP, desmontá-los e transformá-los em matéria-prima para produtos novos. Assim nasceu em 2012 o Sinctronics, centro de inovação do grupo Flex com sede em Sorocaba (SP), que hoje, além da HP, trabalha para marcas como Lenovo, Panasonic, AT&T e Toshiba.
Material em processo de reciclagem
Em três anos, o Sinctronics aumentou a produtividade em mais de 30%. Para se ter ideia, de 2015 para 2016, o número de cartuchos de toner reciclados pulou de 17 mil unidades para 206 mil. Selando o sucesso da parceria, em 2018, a HP foi finalista no prêmio The Circulars, na categoria Circular Economy Tech Disruptor, que ocorre durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Mensalmente chegam à sede do Sinctronics, em Sorocaba (SP), uma média de 300 toneladas de servidores, impressoras, desktops, monitores, notebooks, celulares e suprimentos de impressão descartados e resíduos industriais. Cerca de 90% sai de lá transformado em matéria-prima ou em produtos novos. Carcaças de cartuchos de tinta, tampas de notebooks e outros objetos de plástico, por exemplo, são derretidos e transformados em um filamento, utilizado nas impressoras 3D para modelar novos objetos.
ZERO RESÍDUO – Dependendo do estado de conservação, máquinas, como impressoras e computadores, tanto podem ser processados e reciclados. Também ganham nova utilidade papelão, ferro, cobre, plástico, alumínio. “Tem parte de produtos, em torno de 5%, que não conseguimos fazer a separação adequada, porque têm um poder energético, então acabam virando energia”, explica Carlos Ohde, diretor de inovações da Flex Brasil.
Por conta disso, nenhum resíduo é enviado para o aterro. “Trabalhamos com o conceito de zero aterro. Inclusive, recebemos a certificação internacional Zero Waste, da Zero Waste International Alliance (ZWIA). Não só o Sinctronics, mas toda a operação da Flex em Sorocaba não produz nenhum lixo”, afirma Ohde.
A sinctronics tem um sistema próprio de logística reversa que diminui em até 30% os custos das indústrias com o recolhimento e reciclagem de seus produtos. Em 2016, a empresa criou um sistema online pelo qual clientes e consumidores podem agendar coleta de resíduos e consultar o andamento das solicitações, o que garante a rastreabilidade de todo o processo.
| CNI (publicado em 12-08-2019) | | | |
A descoberta dos antibióticos no início do século XX causou uma verdadeira revolução na saúde. Os medicamentos “milagrosos”, como eram chamados na época, possibilitaram a cura de doenças até então fatais, como pneumonia, tuberculose e febre reumática. Milhões de vidas foram e ainda são salvas graças a eles.
O remédio “mocinho”, no entanto, também tem um lado “vilão”. Pesquisadores constataram que o uso excessivo de antibióticos afeta não somente a saúde humana, como também a natureza. Em contato com o meio ambiente, os antibióticos podem criar bactérias resistentes, romper o frágil equilíbrio ecológico de rios e até afetar processos biológicos.
Os efeitos negativos já podem ser vistos, inclusive, nos rios do Paraná, segundo Eliane Carvalho de Vasconcelos, pesquisadora e professora do programa de Mestrado e Doutorado em Gestão Ambiental da Universidade Positivo.
“Possivelmente todos os rios do estado que recebem efluente de estações de tratamento, ou aqueles que recebem diretamente os dejetos, estão contaminados por antibióticos”, diz a professora, que também é doutora em Ciências – na área de concentração química analítica – pela Universidade de São Paulo (USP).
A Organização das Nações Unidas (ONU) alerta que “instalações para o tratamento de esgoto não conseguem remover todos os antibióticos e bactérias resistentes da água”.
Rios do Paraná
Nos últimos anos, Eliane tem feito pesquisas nos rios do Paraná envolvendo estudantes de graduação e mestrado. Em um dos estudos, feito no rio Passaúna, na Região Metropolitana de Curitiba, os alunos usaram cebolas orgânicas – geralmente utilizadas como bioindicadores ambientais – para verificar o potencial tóxico da água.
“Foi constatado que havia cafeína, o que indica a presença de substâncias farmacêuticas, como antibióticos e hormônios, uma vez que a cafeína é usada como marcador”, afirma.
Na pesquisa não foi avaliada a quantidade exata de antibiótico no rio, mas, segundo Eliane, já foi possível verificar que a presença dessas substâncias na água afetou processos biológicos da cebola, como a divisão celular, essencial para o crescimento e a manutenção do organismo.
Crise global
A contaminação das águas por antibióticos é um problema mundial. Em maio deste ano, pesquisadores da Universidade de York, no Reino Unido, divulgaram um estudo alarmante sobre o tema, que acendeu o alerta de países, estados e organizações internacionais. Os pesquisadores analisaram 701 amostras de águas coletadas em 72 países e encontram antibióticos em 65% delas.
Uma das consequências desse fenômeno é a resistência aos antibióticos, que acontece quando determinada bactéria se modifica em resposta ao uso ou à exposição excessiva a esses medicamentos. A ONU já classificou a resistência a antibióticos como uma crise global e a meta da entidade, agora, é alcançar níveis de uso adequado de antibiótico em humanos e animais até 2050.
No Brasil, a compra de antibióticos apenas com receita foi um grande avanço para frear o consumo do remédio no país, de acordo com Eliane, e, consequentemente, a presença do medicamento na natureza. Mesmo assim, o consumo ainda é alto por aqui.
O brasileiro usa, em média, 22 mil doses de antibióticos todos os dias, o que coloca o país como o 19º maior consumidor do mundo, na frente dos países da Europa, Canadá e Japão, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Como 80% dos antibióticos são excretados sem ser metabolizados pelo organismo, segundo a ONU, boa parte vai para o esgoto e para a natureza.
“Precisamos continuar reforçando a importância do uso consciente entre seres humanos e na agricultura, que também utiliza antibióticos. Além disso, é preciso continuar com campanhas sobre a importância do descarte correto”, diz a professora.
Descarte
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná e a Prefeitura de Curitiba alertam que antibióticos e outros medicamentos precisam ser descartados em locais adequados, não em vasos sanitários, lixo comum, pias ou locais a céu aberto. Na capital, por exemplo, a coleta de remédios vencidos acontece periodicamente nas proximidades dos terminais de ônibus. Mais informações e o calendário podem ser consultados no site Coleta Lixo. Além disso, as farmácias da cidade também têm pontos específicos para depósito desse tipo de material.
MESTRADO E DOUTORADO – Por meio da realização de pesquisa aplicada para a solução de problemas ambientais, o programa de Mestrado e Doutorado em Gestão Ambiental da Universidade Positivo visa complementar a formação de profissionais que querem contribuir para a utilização adequada dos recursos naturais do planeta. O curso, em seu 15° ano, tem nota 5 na Capes (Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior) e parcerias internacionais.
| Editora Expressão (publicado em 05-08-2019) | | | |
Saiba quais são os desafios que o Brasil precisa enfrentar para ingressar na economia cíclica e deixar de desperdiçar uma verdadeira jazida de minerais, no centro das grandes cidades.
Mineração urbana
Muitas pessoas guardam dentro de casa verdadeiros tesouros em resíduos eletroeletrônicos, mas só conseguem enxergar “lixo”, nos celulares, cabos e peças de computadores esquecidos nas gavetas.
Uma pesquisa realizada pelo Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), com dados de 2018, em quatro estados e no Distrito Federal, revelou que 85% dos entrevistados mantinham algum tipo de equipamento, que não funciona mais, guardado em casa.
Lixo Eletrônico
Esses resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos (REEE) mantêm, em suas composições, minerais de alto valor, como ouro, prata, cobre e alumínio, que podem ser reaproveitados e voltar ao ciclo produtivo em forma de matéria-prima. Segundo a pesquisadora Lúcia Helena Xavier, que integra a equipe da pesquisa do Cetem, isso é possível por meio de uma abordagem estruturada no que é conhecido como economia circular.
O conceito surge em substituição ao modelo tradicional de economia linear, que se baseia em produzir-consumir-descartar, e propõe novas atividades, como a mineração urbana e a logística reversa, a fim de alcançar uma solução sustentável para problemas causados pela falta de gerenciamento dos resíduos.
O Brasil gera anualmente 1,5 milhão de toneladas de resíduos eletroeletrônicos, o que representa 3,4% dos 44,7 milhões de toneladas geradas no mundo. Os dados colocam o país na sétima posição entre os maiores geradores deste tipo de resíduo. No mundo, apenas 20% desse material é coletado e reciclado.
Segundo a pesquisadora do departamento de saúde ambiental da Universidade de São Paulo (USP), Wanda Günther, a parte dos resíduos que não é gerenciada de forma adequada acaba causando problemas como ocupação de grandes espaços urbanos por aterros e locais de descarte inadequado. A contaminação do solo, os riscos à saúde humana e a necessidade de exploração de novos recursos naturais, enquanto os disponíveis são descartados, também aparecem como adversidades geradas nesse cenário.
Um levantamento realizado pela Comunidade Europeia, em 2017, com dados de 2016, revela um potencial econômico de 55 bilhões de euros em matéria-prima secundária (possui impurezas) nos resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos. Em complementação ao estudo, a Universidade das Nações Unidas (UNU) calculou o potencial de alguns dos minerais presentes nesses resíduos. Apenas com a recuperação do ouro presente nos equipamentos descartados, em 2016, a indústria europeia economizaria 18,8 bilhões de euros.
No Brasil, a projeção desse mesmo estudo aponta que seria possível recuperar cerca de R$ 4 bilhões com a mineração urbana de quatro metais (cobre, alumínio, ouro e prata), presentes nos resíduos eletroeletrônicos gerados em 2016. A região sudoeste do país concentra 56% da geração do REEE no Brasil, o que favorece a mineração urbana como fonte de matéria-prima.
De certa forma, já temos mineração urbana ocorrendo no país, de longa data, como é o caso da reciclagem de plásticos, papel, papelão e, especialmente, alumínio. As grandes variações de preços que ocorrem são hoje o maior dificultador para o estabelecimento de estratégias de longo prazo." - Lúcia Helena Xavier, pesquisadora
A reciclagem de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos permite a redução do impacto ambiental causado pela exploração de recursos naturais no planeta.
A variação na monetarização desses recursos se deve a uma má gestão dos resíduos, uma vez que componentes e minerais são extraídos sem o uso de equipamentos de proteção ao meio ambiente e à saúde humana, a fim de serem vendidos por baixos valores. “Há mecanismos para se evitar vieses na 'monetarização' de resíduos. Um deles é o crédito de logística reversa, ou outros mecanismos de incentivos econômicos, introduzindo ônus ou bônus.”
Logística reversa
"É necessário um estudo do fluxo de energia e materiais na cadeia dos resíduos eletroeletrônicos para implantação de um modelo de logística reversa", defende Lúcia Helena.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (lei 12.305/10 e decreto 7.404/10) prevê seis setores prioritários para utilização do método, dos quais apenas o de eletroeletrônico ainda não foi regulamentado.
Após nove anos da criação da norma, em 1º de agosto de 2019, o governo iniciou a consulta pública para debater o acordo setorial de logística reversa de produtos eletroeletrônicos. O debate segue até 30 de agosto. Trata-se do primeiro passo para que consumidores, governo, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes assumam o compromisso.
Além da responsabilidade de cada uma das partes envolvidas, Lúcia Helena Xavier destaca que o acordo setorial precisa estabelecer um quantitativo para coleta e processamento do REEE no Brasil. “Países europeus e norte-americanos possuem instruções específicas estipulando tais percentuais. Por exemplo, na Europa será exigido, a partir deste ano, 65% de coleta, que equivale ao quantitativo em massa de produtos colocados no mercado em período anterior, dois anos em média”, diz.
Segundo o secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, André França, a proposta apresentada prevê, em cinco anos, um aumento de 70 para 5 mil pontos de coleta de resíduos eletroeletrônicos distribuídos pelo país.
As metas de reciclagem são progressivas, elas começam em 1% e, nesses cinco anos, atingem 17%. Pode não parecer muito, estamos falando de 255 mil toneladas de produtos eletroeletrônicos descartados." - André França, secretário de Qualidade Ambiental
O corte inicial proposto abrange os 400 maiores municípios do país, com população acima de 80 mil habitantes, e prevê que todo o material coletado, de acordo com as metas progressivas, será reciclado. Além de desonerar o serviço público de limpeza urbana nesses municípios, aterros sanitários também passam a ter a vida útil prolongada.
Um dos entraves para o acordo é o fato de a geração de REEE estar diretamente relacionada à densidade populacional e ao poder aquisitivo, o que faz com que os centros urbanos sejam grandes geradores, enquanto pequenas cidades distantes tenham menos resíduos e acabem encarecendo o custo para efetivação da logística reversa.
André França explica que o acordo prevê entidades gestoras na forma de pessoas jurídicas sem fins lucrativos, constituídas pelas empresas ou por associação de fabricantes e importadores, que serão responsáveis pela execução das ações relacionadas a estruturação, implementação, gestão e operação do sistema de logística reversa. “Nesses casos, será necessário fazer a consolidação de uma carga para ter viabilidade econômica e destinar esse material para reciclagem”, diz.
O acordo setorial não torna obrigatório o vínculo de qualquer empresa a uma entidade gestora, mas, para André França, essa é uma facilidade que torna a logística reversa viável economicamente. “A grande vantagem de poder contar com uma entidade gestora é você consorciar e compartilhar os custos de operação desse sistema e isso costuma sair mais barato que a atuação individual”, explica.
Catadores
A proposta também reconhece a importância do papel de catadores de material reciclado
Também há a possibilidade de integração no sistema de logística reversa, desde que as associações e cooperativas desses trabalhadores estejam legalmente constituídas e devidamente habilitadas. No Distrito Federal, o Serviço de Limpeza Urbana selecionou e capacitou cooperativas para realizar as etapas de coleta e classificação dos resíduos. Dentre as instituições, está a Cooperativa 100 Dimensão, localizada no Riacho Fundo, região administrativa próxima a Brasília.
Lixo Eletrônico
Segundo Sônia Maria da Silva, diretora-presidente da cooperativa, antes mesmo de serem selecionados, os trabalhadores já atuavam na desmontagem de equipamentos eletroeletrônicos. “Em 2015, a empresa Dioxil [Technology], junto com a Universidade de Brasília (UnB), nos procurou para que começássemos a fazer o desmonte de computadores de onde seria retirado o ouro. Nos capacitaram e a gente já começou a trabalhar com esse tipo de material”, conta Sônia.
Com 64 cooperados, os trabalhadores geram renda a partir de diversos resíduos sólidos. Recentemente, o grupo precisou passar por uma adequação por causa da proximidade da sede com a área residencial. “Pelas normas de prevenção e precaução, nós repensamos como poderíamos trabalhar sem atrair baratas ou ratos para a região e decidimos manter o serviço de triagem apenas de eletroeletrônicos, pneus e óleo de cozinha.” A presidente explica que a decisão passou também pela questão econômica, já que esses são resíduos de alto valor no mercado.
A capacitação e a obrigatoriedade de estarem constituídas legalmente refletem também uma preocupação com a saúde do trabalhador inserido na cadeia. No estudo de viabilidade técnica realizado, em 2012, pelo Ministério do Meio Ambiente, durante o processo de regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, são apontados nove tipos de metais pesados presentes do REEE e as possíveis doenças causadas pela contaminação.
“Os equipamentos eletroeletrônicos não são perigosos, mas há substâncias perigosas nos resíduos que esses equipamentos liberam quando entram em desuso”, afirma a pesquisadora da USP Wanda Günther.
| EBC | | | |
Plataforma digital é mais uma ação do Programa Lixão Zero, que integra a Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana, prioridade do MMA
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) acaba de lançar o Mapa de Financiamento para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos. Trata-se de mais uma ação do Programa Lixão Zero, que integra a Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana, uma das prioridades do ministério.
O mapa é uma plataforma digital que proporciona, com um simples clique, o acesso a todas as opções de financiamento para gestão dos resíduos sólidos, de forma consolidada e atualizada. Clique aqui para acessar.
O painel permite a aplicação de filtros por estado, mecanismo de financiamento, modalidade de apoio (crédito, recursos não reembolsáveis etc), âmbito de atuação do mecanismo e natureza da organização.
Exibe de forma simples, rápida e segura informações importantes para o tomador de decisão, como taxa de juros, carência máxima, prazo, valor máximo, garantias e instituições financeiras intermediárias.
O mapa traz, também, links que direcionam o usuário diretamente para a página da instituição financeira, onde podem ser acessadas mais informações.
O lançamento do painel ocorreu na sexta-feira (2), durante o encontro da Frente Nacional dos Prefeitos, dia em que a Política Nacional de Resíduos Sólidos completou 9 anos.
Com a nova ferramenta, o processo para obtenção de informações sobre financiamento para gestão de resíduos sólidos urbanos, que antes demandava muito tempo e esforço (os dados estavam dispersos, desorganizados e desatualizados), ganhou mais agilidade e eficiência.
| MMA.gov (publicado em 05-08-2019) | | | |
A Comissão de Meio Ambiente (CMA) faz na manhã desta quinta-feira (15) uma audiência pública com objetivo de debater a questão da reciclagem de lixo eletrônico.
São exemplos de lixo eletrônico equipamentos e componentes como computadores, monitores, celulares, pilhas e baterias, televisores, lâmpadas, teclados, impressoras, câmeras fotográficas, aparelhos de som, entre outros. Mercúrio, chumbo, fósforo e cádmio são alguns dos resíduos tóxicos encontrados nesses produtos, elementos que representam riscos à saúde das pessoas e ao meio ambiente se não forem descartados adequadamente. A reciclagem é uma forma sustentável de reaproveitamento dos elementos descartados.
Foram convidados para participar do debate o presidente da Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis, Roberto Laureano da Rocha; o presidente da Comissão de Direito Ambiental da OAB-DF, Romulo Martins Nagib; o gestor de Sustentabilidade da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, Luis Carlos Ribeiro Machado; e representantes do Ministério do Meio Ambiente e do Greenpeace no Brasil;
A audiência, que foi requerida pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO), será interativa e acontecerá no plenário 13 da Ala Senador Alexandre Costa, no Anexo II do Senado.
| Senado Notícias (publicado em 14-08-2019) | | | |
A questão das embalagens na sustentabilidade
Os recursos do planeta estão cada vez mais escassos, e quando falamos da postura da indústria frente a isso, ignorarmos esse fato é um erro grave. No entanto, não é preciso se desesperar: existem maneiras de se adaptar e colaborar com o meio ambiente sem que qualquer empresa sofra no processo.
Com maior acesso à informação, é possível notar o aumento da pressão sobre as indústrias pela garantia da sustentabilidade de suas produções. A questão abrange não apenas os produtos em si, mas a parte que traz grande impacto para o meio ambiente – as embalagens.
Lançada em 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS – é um marco nacional na gestão de resíduos sólidos. É ela quem regulamenta a implementação da Logística Reversa, um importante instrumento de desenvolvimento econômico que tem como objetivo destinar adequadamente os resíduos produzidos no pós consumo, ou seja, as embalagens, e como elas podem retornar à cadeia produtiva, evitando o acúmulo de rejeitos no meio ambiente.
Mesmo tendo sido implementada há nove anos, ainda é comum ver empresários confusos acerca da PNRS e da Logística Reversa, mas é importante que todos estejam atentos às suas responsabilidades, pois a fiscalização está aí e as consequências para quem não não se adequar não são brandas. No estado de São Paulo, por exemplo, a implementação de um sistema de Logística Reversa já é um fator condicionante para a renovação do licenciamento ambiental.
Em paralelo à PNRS e à Logística Reversa, é interessante que as empresas estejam atentas à tecnologia de ponta. Ela pode ser uma importante aliada na caminhada em prol de um planeta mais sustentável, e o investimento em pesquisas pode ajudar a criar embalagens ecologicamente corretas, reduzir a quantidade de material nocivo na sua produção, e até mesmo desenvolver novas fórmulas de invólucro para os produtos. Utilizando as ferramentas corretas, é possível, além de cumprir com a legislação e colaborar para a melhora do meio ambiente, sair a frente no mercado que está cada vez mais competitivo.
Por fim, um outro ponto importante a ser ressaltado é que, independentemente do tipo de embalagem produzida, não devemos “demonizar” nenhum tipo de material. O plástico, por exemplo, tem sido o vilão da vez, mas será que o problema todo está nele ou no seu uso e descarte incorreto? Tudo passa pela conscientização do cidadão. A reflexão é válida, e o planeta Terra agradece.
* Rommel Barion é presidente do InPAR – Instituto Paranaense de Reciclagem –, e do Sincabima – Sindicato das Indústrias de Cacau e Balas, Massas Alimentícias e Biscoitos, de Doces e Conservas Alimentícias do Paraná.
| O Debate ( publicado em 12-08-2019) | | | |
Foco é promover a conscientização para aumentar a reciclagem de vidro no país
Ação #CheersFromTheOcean fez com que os clientes fossem cumprimentados, de forma virtual, por golfinhos quando compravam produtos com embalagens de vidro
O vidro leva cerca de 5 mil anos para se decompor, mas em contrapartida, pode ser reciclado infinitas vezes. Para apoiar esta iniciativa, startups como a brasileira Green Mining, que atua na coleta seletiva e logística reversa de forma eficiente, e a organização europeia Friends of Glass, que apoia o estilo de vida sustentável, se uniram em parceria para incentivar a reciclagem do vidro.
Criada pela European Container Glass Federation (FEVE), uma associação internacional sem fins lucrativos, a Friends of Glass começou como uma campanha de conscientização para o vidro e, atualmente, conta com organizações para promover os benefícios ambientais, de saúde e segurança das embalagens. Impulsionando campanhas voltadas ao consumidor e ativações de varejo em mercados europeus, oferece uma maneira de colaborar na promoção dos benefícios do vidro por meio de mídias sociais e comunicações digitais.
"O vidro é uma matéria prima de longa vida e deve ser reciclado para evitar a contaminação do ambiente, preservando assim, os recursos naturais (solo e água) e contribuindo para o desenvolvimento sustentável. Para nós, a parceria com a Friends of Glass trará resultados positivos, pois queremos inspirar, ainda mais, pessoas a serem ecologicamente ativas e responsáveis", afirma Rodrigo Oliveira, presidente da Green Mining.
De acordo o levantamento realizado pela Abividro (Associação Brasileira das Indústrias de Vidro), a reciclagem do material no Brasil movimenta aproximadamente R$ 120 milhões por ano. "A logística reversa é uma tendência em todo o mundo, em que as empresas se responsabilizam pelo retorno das embalagens pós consumo ao ciclo de produção", diz Rodrigo.
Os golfinhos agradecem
Em uma ação chamada #CheersFromTheOcean, realizada recentemente em Portugal, a Friends of Glass fez com que os clientes fossem agradecidos, de forma virtual, por golfinhos quando compram produtos com embalagens de vidro. No momento que o código de barras era passado pelo terminal de pagamento, os clientes enxergavam imagens e ouviam sons dos animais que os alertavam para a importância da escolha do vidro, em detrimento do plástico.
Segundo estudo divulgado durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, em 2050, o oceano terá mais plástico que peixes, e 99% das aves que consomem animais marinhos também terão plástico em seus estômagos.
Mas se engana quem pensa que somente as espécies marinhas serão prejudicadas. Segundo documento divulgado pela organização não governamental World Wide Fund for Nature (WWF), a contaminação de macro, micro e nanoplásticos já atinge os solos, águas doces e oceanos. "A cada ano, seres humanos ingerem cada vez mais nanoplástico a partir de seus alimentos e da água potável, e seus efeitos totais ainda são desconhecidos", diz o documento.
Sobre a Green Mining
Startup fundada em 2018 para criar soluções em reaproveitamento de embalagens, a Green Mining criou um sistema inteligente de logística reversa que consegue identificar os locais de maior geração de resíduos pós consumo, além de capacitar e contratar catadores de rua para uma coleta sustentável, que evita a emissão de gás carbônico.
A startup já coletou e enviou para reciclagem mais de 200 toneladas de garrafas – o que equivale a mais de 33 toneladas de emissão de CO2 que foram evitadas (dados de 05 de agosto de 2019).
A Green Mining é uma das 21 empresas selecionadas em todo o mundo pela cervejaria Ambev, por meio do programa 100+ Accelerator, que visa impulsionar o progresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e os Objetivos de Sustentabilidade 2025 da multinacional, que inclui dez desafios, lançados a cientistas, especialistas e startups de tecnologia. Mais informações: greenmining.com.br/.
| Segs (publicado em 12-08-2019) | | | |
A masculinidade frágil ganha novo capítulo com o resultado dessa pesquisa: Homens reciclam menos por considerarem o hábito ‘coisa de mulher’.
– Com alegria e sem caretice, Amanda Ramalho desmistifica saúde mental no Esquizofrenoias
A conclusão é de um estudo realizado pela Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Os envolvidos dizem que homens temem ‘parecerem gays’ enquanto separam o lixo orgânico do reciclável.
De acordo com a pesquisa, a luta pela preservação do meio ambiente é vista por muitos homens como ‘coisa de mulher’. Isso se dá, na visão dos pesquisadores, pela influência do machismo – que associa o cuidado ao sexo feminino.
Homens reciclam menos: Mulher andando em empresa de reciclagem
Cerca de 960 voluntários participaram do experimento dividido em três etapas. Janet K. Swim disse em comunicado que a pesquisa reflete “a tendência de ver o ambientalismo como feminino”.
A responsável pelo estudo completou, “as pessoas podem evitar determinados comportamentos por causa dos julgamentos a partir de uma interpretação de gênero de terceiros. Elas acreditam que certas atitudes não condizem com sua orientação sexual”.
Não se trata de algo, digamos, consciente. Os participantes não definiram defensores do meio ambiente como gays e lésbicas. Eles, na verdade, demonstraram incerteza sobre a heterossexualidade do indivíduo.
“Se a pessoa considera importante ser vista como heterossexual, ela vai manifestar comportamentos pró-ambientais que estejam de acordo com o gênero”, disse Swim.
A terceira etapa do experimento mostrou que mulheres optam por se aproximar de outras mulheres. De acordo com os pesquisadores, embora as preferências femininas sejam baseadas em gênero, elas não estão associadas com determinado tipo de comportamento.
Os homens em contrapartida se distanciaram mais de mulheres com preferências ‘masculinas’. Eles se mostraram inclinados em firmar parcerias apenas com mulheres com comportamentos ‘femininos’.
“Ficamos surpresos com apenas mulheres fora dos padrões de gênero enfrentando rejeição. Não é possível dizer os motivos exatos para o fenômeno, mas sem dúvidas trata-se de uma consequência social. Mulheres podem ter essa imagem negativa sem saber o por quê”, concluiu a pesquisadora.
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Depois da Adidas anunciar não só a produção de seu primeiro par de tênis totalmente produzido com material reciclado como o desejo de fazer o mesmo com toda sua produção, agora é a vez da Converse fazer o mesmo – e levar ao mercado um ícone do design de calçados em sua versão reciclada. O Converse ganhou três versões ecologicamente corretas mas sem abrir mão de algo sempre essencial nos tênis da marca: os três modelos da coleção “Converse Renew” são realmente lindos.
Cada modelo foi produzido a partir de um material diferente: o Renew Canvas reaproveita garrafas plásticas e é feito a partir de poliéster 100% reciclado, o Renew Denim reutilizou peças de jeans que seriam descartadas em lixões e aterros sanitários e o Renew Cotton usa como material de base 40% de algodão reciclado, a partir de algodões descartados, para criar um tecido de poliéster.
A ideia da Converse, porém, é que em um futuro breve ainda mais partes e peças de seus tênis sejam também recicladas.
O modelo Renew Canvas já foi lançado, e pode ser adquirido no site da marca. A previsão é que o modelo Renew Denim seja lançado até o final do ano, o Renew Cotton chegue ao público em 2020. O lema da coleção é claro e direto: A vida é curta demais para despediçar – e, diante das imagens, os fãs do design único do Converse não tem com o que se preocupar: é possível consumir de forma consciente e seguir vestindo um belo pisante com estilo.
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Segundo proposta, estabelecimentos que comercializam o produto devem oferecer recipientes apropriados para descarte
A preocupação com o impacto ambiental provocado pelo descarte indiscriminado de cápsulas de café levou o deputado Marcos Garcia (PV) a protocolar o Projeto de Lei 587/2019, determinando a implantação de programa de logística reversa pelos produtores e comerciantes desse tipo de bebida no Espírito Santo.
De acordo com o PL, os estabelecimentos que comercializarem o produto deverão disponibilizar recipientes apropriados para a coleta de cápsulas usadas, em local visível e acessível ao público. O prazo para a adequação à virtual lei será de 120 dias após sua publicação em diário oficial.
O material recolhido deverá ser entregue aos respectivos fabricantes, importadores e distribuidores para ser descartado corretamente. Além disso, os órgãos fiscalizadores ambientais deverão ser notificados pelos agentes comerciais da existência do programa.
Em caso de inexistência de programa de logística reversa de algum fabricante, importadores ou distribuidora, os estabelecimentos comerciais serão autorizados a firmar parcerias com cooperativas ou associações de processamento de materiais recicláveis.
Atualmente, são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista e de produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
Ao justificar a matéria, Marcos Garcia explica que é cada vez maior o consumo de café em cápsulas e, no entanto, faltam mecanismos que estimulem o descarte correto e a reciclagem, uma vez que, devido à composição das cápsulas, o processo de coleta e de reciclagem é diferenciado e difícil.
Segundo ele, para garantir que o consumo de café em cápsulas se mantenha dentro dos critérios de sustentabilidade, é essencial que a logística reversa para esse produto seja obrigatória por lei.
“A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei Federal 12.305, de 2 de agosto de 2010, estabeleceu importantes mecanismos de gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, dentre os quais o sistema de logística reversa. É necessário que o Poder Público tome medidas contundentes para garantir que haja, no mínimo, um adequado gerenciamento desse material no Estado”, pontua.
Tramitação
O PL 587/2019 deve tramitar pelas comissões de Justiça, Defesa do Consumidor, Meio Ambiente, Agricultura e Finanças.
| Assembleia Legislativa Espírito Santos- (publicado em 12-08-2019) | | | |
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