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Chamada de Notícias
Logística Reversa
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A iniciativa busca dar suporte para os proprietários manterem e ampliarem ações.
Proprietários de dez Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN) do Paraná receberam, em abril, a primeira parcela do recurso financeiro referente ao programa estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). A iniciativa busca estabelecer um instrumento econômico que dê suporte financeiro para os proprietários de RPPN manterem e ampliarem as ações de conservação da natureza em suas reservas. O recurso é proveniente do Fundo Estadual do Meio Ambiente.
Um Termo de Compromisso assinado junto à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA), em dezembro passado, garante o repasse total de R$ 223.582,80 distribuídos entre as RPPN para doze meses, inicialmente. Entre as selecionadas pelo edital de chamamento público, as quatro primeiras são a Uru, na Lapa; Sonho Meu I e Sonho Meu II, em Tibagi; e Antenor Rival Crema, em Bocaiúva do Sul, todas apoiadas pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS). As reservas estão entre as melhores avaliadas nos critérios do edital, que considerou a qualidade da gestão e estado de conservação das áreas, entre outros fatores.
Um dos proprietários da Uru, Aristides Tadeu Gianello, explica que a iniciativa de preservar o local foi tomada ainda na década de 1950 pelo avô, que trabalhava na indústria madeireira. “Em algum momento ele sentiu que devia fazer algo pela região. Por isso, junto com os irmãos, ele comprou aquelas terras e, posteriormente, adquiriu mais alguns hectares de terrenos vizinhos. Desde então, é proibido caçar e mais nenhuma árvore foi cortada”, conta Gianello. Para o proprietário, o recurso do PSA é uma ferramenta importante no trabalho pela conservação. “A manutenção de uma reserva tem um custo alto, porque além do pagamento dos funcionários, há ainda os custos com as trilhas, estradas e ponte. Nesse cenário, receber um incentivo econômico é importante e animador”, comenta o proprietário.
Apoio pela conservação
Essas reservas receberam, no início do processo de criação, a contribuição do Programa de Desmatamento Evitado (PDE). Executado pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), há 15 anos, o PDE atua como “ponte” entre donos de propriedades com áreas de vegetação nativa de Floresta com Araucária e Campos Naturais e empresas interessadas em apoiar iniciativas de conservação.
O Programa também é responsável por auxiliar na elaboração do plano de manejo e gestão dessas reservas, um dos principais critérios avaliados para o ranqueamento das reservas selecionadas pelo edital.
Segundo o coordenador do projeto, Marcelo Bosco, a atuação do PDE nessas propriedades foi um elemento essencial para que, agora, elas estejam recebendo o apoio. “Essas áreas são responsáveis pela manutenção dos serviços ecossistêmicos, como a regulação climática e o fornecimento de água limpa, essenciais para a qualidade de vida da população. A partir da criação da RPPN, o plano de manejo é de extrema importância, já que é necessário tê-lo aprovado para que os proprietários possam acessar o edital e receberem o recurso”, explica Bosco.
Além disso, outras duas reservas em Curitiba que receberam o recurso contaram com a atuação de mais um projeto executado pela SPVS: o Condomínio da Biodiversidade (ConBio). As Reservas Particulares de Patrimônio Natural Municipal (RPPNM) Bosque da Coruja, no bairro Pilarzinho e Airumã, em Santa Felicidade, receberam apoio do ConBio, que busca engajar a população na conservação de áreas naturais urbanas e periurbanas. Os técnicos da SPVS visitam propriedades particulares com vegetação nativa e orientam sobre boas práticas de manejo e criação de RPPN.
Terezinha Vareschi, proprietária da RPPNM Airumã, conta que a família sempre teve o desejo de preservar a floresta no imóvel de 36 mil metros quadrados. “A vontade sempre existiu, mas o processo para a criação de uma RPPNM é burocrático e por isso, a ajuda do ConBio foi muito importante para nós”, explica Terezinha. A proprietária também comemora o recurso estadual destinado ao Pagamento por Serviços Ambientais.
“Esperamos que os incentivos sejam cada vez mais frequentes, expressivos, e que o setor público e privado compreenda que ao preservarmos áreas verdes em meio ao ambiente urbano, criamos cidades mais resilientes, ou seja, que são capazes de resistir, absorver e se recuperar de forma mais eficiente às mudanças climáticas”, afirma.
| Ciclo Vivo | | | |
Foi no vai e vem pelas ruas do bairro Serrinha, em Fortaleza, que Lidiane Sousa, 39, aprendeu o ofício. Aos 18 anos, já esmiuçava os sacos de lixo deixados nas calçadas em busca do que poderia ser transformado.
"Até os ossos das sobras de alimento viravam sabão", exemplifica. Ela está na ponta da chamada indústria de reciclagem, que possui grande potencial de crescimento no Brasil, mas ainda perde R$ 8 bilhões por ano em materiais recicláveis desperdiçados em aterros e lixões, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Nesse contexto, a chamada logística reversa, que faz a gestão dos resíduos para que ele retorne ao ciclo produtivo, é determinante a fim de criar uma rota que percorre toda a cadeia para o desenvolvimento socioeconômico e sustentável. Ocorre que, além do impacto ambiental necessário e positivo, a prática gera emprego e renda a recicladores e agrega valor a empresas. Lidiane conta que aprendeu tudo com a mãe, fundadora da Associação dos Catadores de Serrinha (Acores), entidade da qual hoje é presidente. "O catador é um agente ambiental que transforma o lixo em produto e renda", defende.
Na Acores, são 15 toneladas de resíduo recicladas por mês e 20 trabalhadores para separar o material doado por empresas, que, em troca, recebem o certificado do descarte correto. Em 2010, foi estabelecida a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010). A norma obriga empreendimentos fabricantes, distribuidoras e comerciantes realizarem a logística reversa dos resíduos classificados perigosos, como agrotóxicos. Há também alguns acordos setoriais, como os de embalagens, bebidas e alimentos e eletroeletrônicos.
Conforme estudo de viabilidade econômica do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), realizado como suporte ao acordo setorial de embalagens, a logística reversa pode gerar benefícios econômicos de R$ 1,1 milhão por dia. O efeito, no entanto, só seria possível caso 90% da população fosse atendida por coleta seletiva de resíduos. Uma realidade que ainda engatinha no Brasil. Para o levantamento, foram consultados 364
municípios nos diferentes estados, totalizando fatia populacional de 63%, entre novembro de 2015 e novembro de 2017.
Albino Alvarez, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, explica que a educação ambiental é a peça-chave para o sistema funcionar. "Para que a logística reversa dê certo, é necessário implantar a cultura da coleta seletiva. Se a pessoa separa em casa o material, ela passa a ser um elemento ativo do processo", observa. "Este gargalo gente não cruzou, de envolver as pessoas em um trabalho de separação de materiais. Isso porque, hoje, quase tudo vai para o lixo para depois ser separado. O que gera retrabalho e mais gastos. É a coleta seletiva que torna possível a redução grande dos custos", acrescenta.
Paulo Branco, coordenador do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirma que essa é uma questão de responsabilidade compartilhada entre setor público, privado e sociedade. "Se você consegue estruturar adequadamente o processo de logística reversa e de reciclagem, gera oportunidade de trabalho e renda para muitas pessoas que estão na base da pirâmide social no Brasil. As cooperativas de catadores são um veículo importante para a inclusão social", destaca.
A prática evita os riscos à saúde humana, o descarte dos resíduos no meio ambiente e reduz a emissão do dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2), responsável pelo aquecimento global. Aécio Alves de Oliveira, professor do Departamento de Economia Ecológica da Universidade Federal do Ceará (UFC), chama atenção para o risco de precarização do trabalhador e o desequilíbrio gerado pela escala de produtiva industrial. "Deve-se, também, evitar a grande produção. Se um quilograma de lixo é reciclado e depois se produz mais, estamos enxugando gelo", ressalta.
COCA-COLA
A Solar Coca-Cola do Nordeste consegue reciclar 100% dos materiais recicláveis em toda a cadeia produtiva, sem gerar nenhum desperdício. Hoje, 80% do que a empresa fabrica pode retornar ao ciclo. Ao todo, são 350 toneladas de recicláveis por mês. Deste total, 23% de madeira, 17% de vidro e 16% de plástico.
“Entendemos como questão principal a segregação no ponto gerador, em que nós capacitamos toda nossa operação, periodicamente, para que eles façam a coleta seletiva e a disposição dos itens agregados à nossa gestão de resíduos junto ao nosso parceiro”, detalha Rafael Vaz, gerente industrial regional. Para agregar o consumidor à rede sustentável, é realizado o aporte financeiro para o programa Reciclar Pelo Brasil, gerido pelo Instituto Coca-Cola Brasil, e também tem parceria com a concorrente, Cervejaria Ambev. O projeto apoia 40 cooperativas de catadores no Nordeste. Os investimentos não foram divulgados.
AMBEV
A Cervejaria Ambev ampliou o número de garrafas de vidro retornáveis, que podem ser reutilizadas cerca de 20 vezes, no mercado. Para facilitar a troca do produto, foram instaladas mais de 1000 máquinas de coleta por
todo o País. Em 2017, coletaram mais de 115 milhões de vasilhames. Com isso, atualmente, uma em cada 4 garrafas vendidas nos mercados já é retornável. No Ceará, foram coletadas mais de 10 milhões de materiais. O equivalente a cerca de 1.9 milhão de toneladas de vidro.
SUSTENTO
“A reciclagem permite uma renda muito boa, mas o que é coletado nas ruas é pouco. A maior quantidade vem das empresas, que têm obrigação de fazer o destino correto do resíduo. Se a gente conseguisse uma educação ambiental da sociedade, a nossa renda melhoraria muito”, relata Charliany Morais, presidente da Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Fortaleza e Região Metropolitana (Coopmares). Para cada quilo de latas de alumínio, o reciclador recebe R$ 2,50. As garrafas PET variam entre R$ 0,60 a R$ 1,50 o quilo. O vidro é comercializado por R$ 0,05. Mas, quando o produto está e meio ao lixo domiciliar, pode perder o valor pelo desgaste e mistura com materiais que o danificam.
A cooperativa, que conta com 30 sócios, teve a unidade invadida e aguarda atenção do setor público e auxílio do privado para retomar as atividades. Charliany também realiza o trabalho de inclusão social para recuperar a autoestima dos recicladores. “Como os catadores trabalham com os resíduos, eles se sentem como se ali fosse um mundo à parte, se afastam da sociedade. É dali que eles conseguem as roupas, o alimento, a renda. A formação é necessária para eles se reconhecerem como pessoas importantes naquele contexto”, diz.
EXEMPLO
No Reino Unido, por exemplo, as empresas recebem incentivos fiscais para aderir à prática da logística reversa. A falta de uma legislação no País que atenda às necessidades locais é outro problema
| O Povo | | | |
O Instituto Jogue Limpo apresentou relatório das iniciativas de logística reversa realizadas em todos os municípios do Paraná. O instituto reúne 39 empresas que respondem por 91% do mercado de óleos lubrificantes no país.
O diretor-executivo do Instituto Jogue Limpo, Ezio Camilo Antunes, apresentou nesta sexta-feira (24) à equipe da Divisão de Resíduos Sólidos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo o relatório anual de desempenho do sistema de logística reversa de embalagens plásticas de óleo lubrificante usados, desenvolvido pelo instituto.
O Instituto reúne 39 empresas que respondem por 91% do mercado de óleos lubrificantes no país. Em 2018, o sistema de logística reversa das embalagens de óleo lubrificante recolheu 660 toneladas de embalagens plásticas no Paraná, das quais 97% foram destinadas à reciclagem.
No Estado, são três centrais de recebimento de embalagens, em Fazenda Rio Grande, Paiçandu e Cascavel. Nas centrais de recebimento as embalagens são drenadas, prensadas ou moídas, para serem acondicionadas e encaminhadas às recicladoras credenciadas.
“O sistema de logística reversa do Instituto Jogue Limpo atua em 100% das cidades paranaenses e respeita e valoriza todos os municípios. Toda embalagem recolhida é registrada no site em tempo real e os técnicos do Estado e de cada município têm acesso aos registros”, diz o coordenador da Divisão de Resíduos Sólidos da secretaria, Laerty Dudas. “Gostaríamos que os outros setores responsáveis pela coleta de produtos inservíveis tivessem essa mesma consciência”, afirmou.
Segundo Ezio Camilo Antunes, o sistema investiu R$ 3,3 milhões no Estado em 2018 e fez 3 mil coletas no ano. Em cada coleta, o caminhão recebe em média 21 quilos de embalagens plásticas.
O próximo passo para melhorar a coleta e destinação das embalagens de óleo lubrificante usados é a ampliação dos pontos de entrega voluntária e a renovação do termo de compromisso com o Governo do Paraná.
Segundo Antunes, o sistema de logística reversa de embalagens de óleos lubrificantes já atende todo o Estado. A ideia é atender outros segmentos, como oficinas mecânicas e empresas de sistemas automotivos para aumentar a coleta. Cada embalagem recolhida é transformada em matéria-prima para novas embalagens e outros produtos plásticos, retornando à cadeia de produção. Cria-se um ciclo virtuoso, que evita o desperdício de um material plástico derivado do petróleo.
| Agência de Notícias do Paraná | | | | Construção civil reutiliza pequena parte de seus resíduos, priorizando menor produção de detritos. Política Nacional busca rever conceitos no mercado
A discussão de como empresas e governos devem se portar diante da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PRNS), de 2010, está em pauta no mercado. A destinação do lixo ainda é desafio para empresas, como as do setor de construção civil no Ceará. Apesar da legislação, não existem projetos concretos visando a logística reversa para reaproveitamento de detritos gerados nos canteiros de obras.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, apesar de considerar importante a logística reversa, ela é implementada no setor em último caso, levando em consideração estudos do setor, que elegem outra prioridade.
"As empresas são responsáveis pelos seus resíduos e o desafio da construção civil é não gerar resíduo. Quando gerado, a iniciativa é tentar reciclar. Não reciclando, faz-se a logística reversa ou destinação ao local apropriado", explica.
Engenheiro civil especialista em Direito Ambiental e Saneamento e Controle Ambiental, Mansour Daher diz que, assim como no Ceará, em outros mercados no País, em geral, a logística reversa e a reciclagem "ainda são tímidos". "Abaixo de 5% do total de lixo gerado na construção civil local. Os destinos mais comuns têm sido os aterros sanitários, enquanto poderiam ser reutilizados pela indústria", diz ele, que possui estudos sobre o tema.
Entre 2007 e 2014, a quantidade de pontos de lixo nas ruas da Capital saltou 300%. Segundo a Prefeitura, os entulhos gerados pela construção civil geraram, em 2014, 30 mil toneladas de detritos. O engenheiro acredita que pode chegar de 100 mil a 120 mil toneladas se forem contados todos os descartes, até mesmo os que foram para aterros regulares e não passaram por reciclagem ou reaproveitamento.
O reaproveitamento de outros resíduos também é deficitário. Criada em outubro de 2016, a Reciplanet, que transforma pneus usados em chips, teve os negócios diminuídos depois que a quantidade de matéria-prima caiu. O proprietário da usina, Wytalon Araújo, revela que o maquinário só funciona em dois dias na semana por falta de material.
Problemas como os relatados estão sendo discutidos no Seminário Política Nacional de Resíduos Sólidos, promovido pelo Instituto Future, Fundação de Cultura de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Funcepe) e Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce).
Enid Câmara, coordenadora do Instituto Futura, explica que o seminário deste ano é pautado no serviço de orientar gestores públicos e privados sobre a correta destinação do lixo. "Há seis anos temos discutido com os gestores como avançar, pois a Lei considera uma questão de saúde pública".
Natura, Avon, Boticário, Coca-Cola, Nestlé e Unilever seguem a tendência. No Ceará, o Grupo O POVO tem Certificação Florestal (Ceflor) para o uso do papel na impressão do jornal. Há coleta das cápsulas de alumínio e plástico de café Três Corações, no Espaço O POVO de Cultura & Arte.
A Cervejaria Ambev ampliou o número de garrafas de vidro retornáveis, que podem ser reutilizadas cerca de 20 vezes.
| O POVO | | | |
Prêmio Fiesp de Mérito Ambiental chega a sua 25ª edição e tem 70 empresas inscritas. 365 companhias já participaram das 24 edições do prêmio, que teve 662 projetos inscritos e resultaram em uma economia de mais de R$ 2,5 bilhões
O 25º Prêmio Fiesp de Mérito Ambiental vem reconhecendo as melhores iniciativas do setor industrial quando o assunto é sustentabilidade. No total, 365 empresas já participaram do prêmio que contou com mais de 662 projetos inscritos.Todos eles juntos possibilitaram que 10 milhõesde toneladas de resíduos sólidos deixassem de ser geradas e429 mil toneladas de insumos e matérias-primas não fossem consumidos.
Somados, esses e vários outros indicadores resultaram em uma economia de mais deR$ 2,5 bilhões para as empresas. E, consequentemente, em um meio ambiente mais equilibrado. A cerimônia de premiação acontecerá na próxima terça, 4 de junho, às 18h.
Entre as iniciativas que foram desenvolvidas e premiadas ao longo desses anos, está o projeto da empresa Habitar Construções Inteligentes, que criou um sistema produtivo para a construção civil baseado no conceito zero entulho. Por meio de softwares, os engenheiros da empresa criam as paredes da construção já com toda a estrutura interna, reduzindo o tempo da obra, sem gerar desperdício e com redução de custos de até 30%.
Uma revolucionária unidade de tratamento de resíduos sólidos capaz de devorar restos perigosos ao meio ambiente foi a criação da Solum Ambiental, que teve sua iniciativa reconhecida por uma das edições do Prêmio Fiesp de Mérito Ambiental. A máquina, chamada de Vorax, é capaz de processar de duas a 220 toneladas de resíduos sólidos por dia. Desse processo, ainda são gerados gases que se transformam em energia e pedrinhas que podem ser utilizadas na construção civil.
Outro case que mostra como a indústria é personagem principal da economia sustentável é o da empresa HP Brasil que foi premiada por implantar um ecossistema de economia circular único, capaz de reintroduzir em novas impressoras tanques de tinta até 20% da matéria-prima proveniente desse ciclo de logística reversa. O resíduo foi recolhido, tratado e volta a ser equivalente a uma matéria-prima virgem.
Ford Brasil, Eaton, BASF, Eletropaulo são algumas das empresas que já tiveram suas iniciativas reconhecidas pelo Prêmio Fiesp de Mérito Ambiental.
O incentivo às empresas reconhecidas vem por meio de troféus e placas de menção honrosa. Serão premiados projetos finalistas em cada categoria: micro e pequeno porte; médio e grande porte e responsabilidade socioambiental.
De acordo com o diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Fiesp, Nelson Pereira dos Reis, crescer de forma sustentável é buscar evoluir socioeconomicamente, mas de uma forma orientada a não comprometer as gerações futuras. “Toda empresa trabalha forte para ampliar sua produção. Mas isso precisa ser feito de uma maneira sustentável para o meio ambiente, respeitando o que uma sociedade depende para sobreviver, como o abastecimento de água e energia. É por isso que a Fiesp estimula a indústria paulista a criar soluções para continuar atuando de forma eficiente, mas com a consciência necessária”, informa.
Os interessados devem enviar credenciamento até esta segunda-feira (03/06), às 10h, para mariana.soares@sesisenaisp.org.br e rmatuck@fiesp.com.br .
SERVIÇO:
25º PRÊMIO FIESP DE MÉRITO AMBIENTAL
Data e hora: 04 de junho de 2019, às 18h
Local: Espaço Nobre – 15º andar
| Jornal Dia Dia | | | |
Com objetivo de fomentar a reflexão, iniciativas, e, sobretudo, sustentar a tomada de decisão de gestores públicos e privados de todo o Brasil, a Ecomondo Brasil 2019, que acontece até esta quinta, 23 de maio, no São Paulo Expo, promoveu, no segundo dia do encontro, o Fórum Internacional de Soluções Sustentáveis. A Palestra Magna de abertura foi ministrada por Ricardo Young, empresário e professor, que integra o Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo – USP, um dos maiores nomes dos temas de sustentabilidade no Brasil.O especialista discorreu sobre os desafios da gestão sustentável”.
Na visão de Young, o cenário da gestão sustentável no Brasil já esteve melhor – nos anos de 2014 e 2015 -, mas logo após, o país começou a experimentar um retrocesso,segundo ele. “Além da pressão do agronegócio sobre o meio ambiente, as cidades não aceleraram em soluções sustentáveis na velocidade necessária, seja na questão dos resíduos sólidos, da mobilidade ou do transporte urbano. As políticas governamentais são hostis na visão do desenvolvimento sustentável, então, não é um bom momento”, lamentou. No entanto, pondera o professor, o cenário pode melhorar. “A economia das empresas está dando respostas. As demandas da sociedade vão romper as limitações do atual governo e vão se estabelecer progressivamente”, afirmou.
Young também comentou sobre a importância da Ecomondo. “A iniciativa da feira é muito boa. Promovemos um encontro entre cidades e empresas através de soluções tecnológicas e de desenvolvimento sustentável. Traz oportunidades de negócios internacionais. A organização está de parabéns pela promoção do evento”, elogiou.
Na visão da especialista, a PNRS só vai sair do papel quando a indústria de reciclagem, que comporta desde a cooperativa de catador e operadores municipais a fabricantes de embalagens e de produtos, estiver estrutura da. “Enquanto o selos não se conversarem e não trabalharem em parceria, dificilmente as iniciativas isoladas irão conseguir ter a escala necessária para o sistema de sustentabilidade, de economia e social”, enfatizou.
| Ecomundo | | | |
No primeiro painel do Forum Internacional de Soluções Sustentáveis, realiza do nesta quarta, 22 de maio, no âmbito da Ecomondo Brasil, na São Paulo Expo, os palestrantes discutiram o tema “Gestão de Resíduos: interface dos municípios com a logística reversa”. Em sua primeira edição, a Ecomondo Brasil, que é realizada em parceria com a Ecoenergy – Feira e Congresso Internacional de Tecnologias Limpas e Renováveis para Geração de Energia, termina nesta quinta, 23.
O debate contou com a participação de Anícia Pio, gerente do Departamento de Meio Ambiente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e de Cezar Augusto Capacle, representando Rogério Menezes, presidente da ANAMMA – Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente. A mediação foi de Carlos Silva Filho, presidente da Abrelpe- Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais e vice-presidente do ISWA – The International Solid Waste Association.
“O painel teve uma importância fundamental”, destacou Anícia Pio, “porque tocou em um ponto importante da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, que é como conseguimos trabalhar de forma harmônica, em parceria e de forma complementar a gestão de resíduos sólidos urbanos e a gestão de logística reversa”, disse.
Segundo a palestrante, existe uma série de obrigações para o poder público municipal e serviços públicos pelas operadoras que prestam serviço municipal. “Discutimos como, a partir disso, podemos complementar os sistemas de logística reversa no setor industrial. Não podemos descartar a importância da participação das cooperativas nos processos de reciclagem. Eles têm a sua função e precisam ser motivados e capacitados para se tornarem um elo desta cadeia de reciclagem”, frisou.
| Ecomundo | | | |
Nesta terça-feira, 21 de maio, primeiro dia da Ecomondo Brasil, a Scania, empresa líder na produção de caminhões, ônibus e motores no Brasil e no mundo, apresentou ao público suas ambiciosas metas mundiais de sustentabilidade no painel “Driving the Shift”, liderado por Paulo Morais, gerente de Projetos de Engenharia e responsável pela área de Corporate Management da companhia.
Segundo Morais, o grande objetivo da companhia é demonstrar à sociedade que, para a redução expressiva das emissões de carbono, será necessário o envolvimento de todos os setores que de alguma maneira participam do sistema de transporte. Assim, do revendedor de combustíveis ao público consumidor – e não somente o produtor de veículos – todos deverão participar da cruzada pela descarbonização dos transportes e, como consequência, da própria economia.
“A nossa intenção é ser um agente da transformação no mundo dos negócios, viabilizando o transporte sustentável, mas de maneira sistêmica, o que engajaria todos os envolvidos, inclusive nós, os produtores de caminhões, ônibus e motores”, explicou.
O executivo fez questão de reforçar a importância que a sustentabilidade tem atualmente na empresa, que pretende reduzir em 50% as emissões de CO2 em seu processo produtivo, em relação ao ano de 2015.
Morais também frisou que, no Brasil, todo o consumo de energia elétrica da fábrica-sede da Scania, em São Bernardo do Campo (SP), já é baseado em fontes de energias renováveis. “Temos hoje, no Brasil, entre 300 e 400 pessoas de todos os setores da empresa trabalhando em projetos considerados de sustentabilidade”, calculou, celebrando o alto número de envolvidos no tema na companhia.
Parceria bem-sucedida
A gerente de Comunicação Corporativa da Scania, Patricia Acioli, se disse feliz com os resultados do patrocínio da Scania na Ecomundo. “Conhecia a Ecomondo da Europa (na Itália), e quis experimentar a inserção da nossa marca nesta edição”, afirmou. “Acho que foi corajosa a realização deste evento: em geral, em muitos eventos como este, a participação do público quase não existe, e as pessoas nem fazem perguntas nos painéis. Mas achei que aqui foi totalmente o contrário: as pessoas vieram porque queriam ouvir sobre o tema. Vi gente que conhece e que está a fim de conhecimento.”
Patricia elogiou o local, o modelo e nível dos palestrantes e se disse satisfeita com a ação.
“Nossa expectativa (antes do evento) era bem pouca, mas gostei muito desta primeira oportunidade. E a primeira impressão é a que fica”, afirmou, sorrindo. Paulo Morais concordou com a colega de empresa. “O ambiente é muito bom e as pessoas me pareceram interessadas pelo tema de maneira genuína.”
A Ecomondo Brasil acontece até esta quinta-feira no São Paulo Expo.
| Ecomundo | | | |
Medidas estão alinhadas com Grupo R20 - órgão que reúne municípios com foco na implantação da política nacional de resíduos sólidos
A Prefeitura de Ponta Grossa, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), está trabalhando junto com a Divisão de Resíduos Sólidos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo e a Associação dos Municípios do Paraná (AMP) para ampliar a coleta e a destinação de lâmpadas fluorescentes usadas. O Município está enviando notificações às empresas que ainda não aderiram ao programa estadual e não realizam logística reversa para descarte adequado do material.
“Ponta Grossa recebeu há um ano pontos de coleta para o descarte de lâmpadas de uso residencial, mas ainda flagramos o descarte inadequado desses materiais e temos informações de empresas que não estão realizando a logística reversa. Os pontos de coleta suprem parte da demanda domiciliar, mas é preciso ampliar este serviço na cidade e garantir que todo o resíduo de lâmpadas gerado tenha destino correto”, avalia o secretário de Meio Ambiente, Paulo Barros.
O envio de notificações às empresas faz parte das estratégias para ampliar a destinação correta desse material na cidade. A medida está alinhada com Grupo R-20 - órgão consultivo do Paraná que reúne representantes de todos os municípios e consórcios intermunicipais para a gestão associada na implantação da política nacional de resíduos sólidos.
Pontos de Coleta
A Reciclus, uma associação sem fins lucrativos que reúne os principais produtores e importadores de lâmpadas com o objetivo de promover o Sistema de Logística Reversa, instalou na cidade três pontos de coleta de lâmpadas, seguindo cronograma definido em acordo setorial entre o Governo Federal e a Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação (Abilumi). Os pontos de entrega são destinados exclusivamente à população, resultante do uso domiciliar.
“O descarte de lâmpadas depende de logística reversa das próprias empresas que produzem estes materiais, mas a Prefeitura tem a preocupação de buscar por parcerias e alternativas de forma a garantir que Ponta Grossa conte com a destinação correta da maior variedade de resíduos. O recolhimento das lâmpadas permite evitar a destinação de metais pesados para o aterro, além de garantir mais segurança aos nossos recicladores, que tem contato direto com os resíduos destinados à coleta seletiva”, destaca Paulo.
Cada coletor tem capacidade para cerca de 600 lâmpadas compactas e tubulares, em caixas lacradas com numeração para rastreamento até o destino final. Após a coleta, o material é encaminhado para reciclagem, com descontaminação do mercúrio, de forma a garantir reaproveitamento de 95% das lâmpadas, reencaminhando o vidro, alumínio e o mercúrio de volta ao mercado. Mensalmente, estão sendo recolhidas nestes pontos cerca de 1.800 lâmpadas resultante de uso domiciliar.
| A Rede | | | |
O projeto prevê a proibição dos canudinhos na capital paulista e multa de até R$ 8.000 e fechamento do estabelecimento
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em segunda votação, o projeto de lei que proíbe o fornecimento de canudos de plástico na cidade. Vencendo por 32 votos a 2, o projeto da autoria do vereador Reginaldo Tripoli (PV) seguiu para a sanção ou veto do prefeito Bruno Covas (PSDB).
Como funcionará a proibição dos canudos?
De acordo com o texto divulgado, fica proibido ao município de São Paulo o fornecimento de canudos provenientes do plástico em hotéis, restaurantes, bares e padarias, entre outros estabelecimentos comerciais. A lei também se aplicará a clubes noturnos, salões de dança e eventos musicais de qualquer espécie. Somente será permitido que esses locais oferecem canudos em papel reciclável, material comestível ou biodegradável.
Em caso de descumprimento da lei, os estabelecimentos serão inicialmente advertidos. A segunda instância prevê multa de R$ 1 mil e, na terceira, o local deverá pagar uma multa no dobro do valor da primeira autuação. Assim, sucessivamente, até a sexta autuação, estabelecido multa no valor de R$ 8 mil, além do fechamento administrativo do local.
Depois de canudos, São Paulo deseja ampliar restrição ao uso de plásticos em geral
Outro projeto está em andamento na Câmara Municipal. A pauta é para proibir copos, pratos e talheres provenientes de plástico. Essas medidas visam a redução no lixo produzido pela megalópole, algo que beneficiará, e muito, todo o ecossistema, garantindo a sustentabilidade da cidade e do país.
O compromisso com a Organização das Nações Unidas (ONU) é que São Paulo adote ações para eliminar o uso de embalagens de plástico, principalmente as de uso único. Além disso, a cidade deverá encorajar modelos de reuso do material e melhorar os índices de reciclagem do município, os quais estão, atualmente, abaixo dos 10%.
Torcemos para que esta medida seja adotada por todos os municípios do país! A sustentabilidade é urgência atualmente e ações devem ser pensadas para diminuir o impacto da produção de lixo no mundo.
| ILOG | | | |
O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) participou do Encontro Temático “Logística Reversa: panorama atual e perspectivas”, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) nesta quinta-feira, 23, no auditório do Sindicato dos Engenheiros do RS (Senge/RS). A engenheira química Mariza Reis, diretora da Divisão de Destino Final do Departamento, ministrou o painel “Avanços legais da logística reversa e o cenário atual da logística reversa de lâmpadas em Porto Alegre”, dentro do tópico 1, relativo à logística reversa no contexto gaúcho: avanços e dificuldades.
A logística reversa consiste no retorno, para o setor empresarial, de produtos que precisam ser descartados apropriadamente quando passam a não ser mais utilizados pelo consumidor - como é o caso de lâmpadas. Ao serem recolhidos com procedimentos corretos e retornarem aos meios produtivos, os materiais podem ser descartados ou reaproveitados, sem prejuízos à preservação ambiental.
Fabricantes de produtos como geladeiras, pilhas, computadores, pneus, baterias, embalagens e resíduos de agrotóxicos, lâmpadas fluorescentes, de mercúrio e vapor de sódio, óleos lubrificantes automotivos, equipamentos eletrônicos e de informática e eletrodomésticos, por exemplo, são responsáveis pela destinação final dos resíduos industriais provenientes da fabricação de seus produtos, conforme a lei 12.305.
“O consumidor deve participar do sistema. Há muita divulgação para consumo, mas nada de divulgação para logística reversa. Falta investir mais em educação e esclarecer a população sobre os impactos do descarte incorreto”, destaca Mariza Reis. A diretora enfatiza ainda que a reciclagem para gerar um novo produto deve acontecer o máximo possível. Outros palestrantes também discorreram sobre a logística reversa pelo olhar da indústria e do Ministério Público, entre outros setores.
| Prefeitura de Porto Alegre | | | |
A fama dos paraenses em consumir açaí é conhecida no país todo. Há tanta abundância do fruto que pesquisadores do estado realizam diversos estudos sobre como aproveitar suas sementes para fins nobres. Exemplo de uma empreitada que está dando certo é a criação de um concreto permeável em Belém, no Pará, que pode contribuir para evitar alagamentos, além de ser mais uma opção no setor tão poluente que é a construção civil.
O concreto foi desenvolvido por professores da Universidade da Amazônia (UNAMA), Mike da Silva Pereira e Emerson Cardoso Rodrigues, com uma equipe de quatro estudantes. “O trabalho propõe a utilização do material in natura, sem custo de beneficiamento. Evitamos que o caroço de açaí seja depositado como lixo urbano. Essa é uma tentativa sustentável de empregar um elemento tão comum na nossa culinária no ramo da engenharia”, explica o professor Pereira, que é engenheiro civil.
No processo de fabricação são usados partes do concreto permeável tradicional, sendo que parte do seixo (aqueles fragmentos minerais ou de rocha) usado na massa é substituído pelo caroço da fruta. “O caroço de açaí adicionado ao concreto torna a impermeabilidade muito maior, o que pode evitar os nossos tão conhecidos alagamentos”, continua o professor.
Primeiras experimentações
No ano passado, os primeiros resultados da tecnologia foram apresentadas no 3º Congresso Luso-Brasileiro de Materiais de Construção Sustentáveis, em Portugal. Já no início deste ano, um projeto do Núcleo de Responsabilidade Social da UNAMA realizou a reforma de casas, em uma comunidade carente, usando o material ecológico.
“Estamos no projeto piloto, contudo, estamos nos preparando para durante o ano de 2019 reformarmos ao menos uma creche comunitária. O concreto permeável está sendo utilizado como pavimento externo da casa (calçamento) e está sendo confeccionado industrialmente na empresa Parábloco, que é apoiadora, para posterior aplicação -, o que vai ajudar para evitar alagamento no quintal da casa”, afirma Pereira.
É preciso ressaltar que a quantidade de caroço descartada diariamente no Pará é alta. O governo do estado estima volume total em torno de 1,6 a duas toneladas por dia. O resíduo domina as ruas e é considerado entulho. Além de dar um fim adequado, projetos como este podem significar ganhos econômicos e ambientais, ao passo que pode dar ao mercado um produto menos impactante, em comparação ao concreto comum, e nacional.
| Ciclo Vivo | | | |
País tornou-se o principal receptor mundial desse tipo de resíduo.
Depois de a China ter proibido a importação de lixo plástico, interrompendo o fluxo de mais de 7 milhões de toneladas por ano, a Malásia tornou-se o principal receptor mundial desse tipo de resíduo. Agora, o governo quer devolver 3 mil toneladas de plástico que não podem ser reaproveitáveis e que chegaram ao país de forma ilegal.
O lixo que a Malásia recebe é, na maior parte dos casos, reciclado e reaproveitado. Ocorre que nem todo o plástico pode ser reciclado e, por isso, o governo afirma que vai devolver aos países de origem cerca de 3 mil toneladas desse tipo.
Yeo Bee Yin, ministra da Energia, Tecnologia, Ciência, Meio Ambiente e Mudança Climática, informou que 60 contêineres de lixo que foram importados ilegalmente vão ser devolvidos.
“Esses contêineres foram trazidos ilegalmente para a Malásia, sob falsa declaração e outros delitos que claramente violam a nossa lei ambiental”, disse Yeo aos jornalistas, depois de inspecionar os embarques em Port Klang, nos arredores da capital.
O plástico impróprio para reciclagem é queimado, liberando produtos químicos tóxicos na atmosfera. Muitas vezes, ele acaba em aterros sanitários, contaminando o solo e as fontes de água.
As autoridades da Malásia identificaram pelo menos 14 países na origem destes contêineres. Entre eles estão os Estados Unidos, o Japão, a França, o Canadá, a Austrália, Grã-Bretanha e Espanha.
Na Malásia, depois de a China ter proibido a recepção desse tipo de produto, surgiram dezenas de fábricas de reciclagem, muitas sem licença de operação. Essa situação tem levado a população a manifestar preocupação com os problemas ambientais criados pela nova indústria.
De acordo com Yeo Yin, uma empresa de reciclagem com sede na Grã-Bretanha exportou cerca de 50 mil toneladas de resíduos plásticos para a Malásia nos últimos dois anos, embora não identifiquem qual é a empresa em questão. O caso vai ser comunicado por via diplomática para que os governos estrangeiros investiguem tais companhias.
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