| 17 de JUlho de 2020
Sexta-feira
- LIVES DA SEMANA
- MEDIDAS EMERGENCIAIS ANUNCIADAS PELOS GOVERNOS – ATUALIZADO – 17/07/2020
- Governador dá posse ao Conselho Empresarial e de Infraestrutura do Paraná
- Cresce na Câmara a pressão por socorro às empresas
- Recursos do governo federal chegam para apenas 1% das empresas paranaenses
- Governo lançará mais medidas de crédito para pequenas e médias empresas, diz presidente do BC
- Brasil precisa de uma política de reindustrialização
- Empresas apostam em inovação aberta como estratégia competitiva
- Gestores de 4 empresas de tecnologia contam como administram o home office
- Curitiba tem recorde de casos e ocupação de UTIs atinge 95%; pode haver novo decreto nesta sexta
- Ação do MP pede que Estado retome restrições mais severas para combater a Covid-19
- Juiz pede ao Ministério Público mais informações sobre pedido de lockdown no Paraná
- Isolamento social na Região Metropolitana de Curitiba fica abaixo dos 40% durante quarentena restritiva, aponta estudo
- Pandemia fecha 39,4% de estabelecimentos
- Seis em cada 10 brasileiros acreditam que retomada econômica vai demorar, pelo menos, um ano
- Reforma tributária: primeira parte será entregue ao Congresso na terça-feira, afirma Guedes
- Recrutadoras registram aumento na busca de temporários mas queda na abertura de vagas; veja setores em alta
- Número de desempregados diante da pandemia tem alta de 26% em sete semanas, diz IBGE
- Desemprego atinge 12,4 milhões e sobe para 13,1% na 4ª semana de junho, diz IBGE
- Desemprego acelera e 1,5 milhão de vagas são fechadas na última semana de junho
- Artigo: Novo Marco legal do saneamento e o futuro da infraestrutura no país
- Para Ipea, mudança vai ajudar a impulsionar PIB
- IPC-S acelera em 4 das 7 capitais pesquisadas na 2ª quadrissemana do mês, diz FGV
- IPC-Fipe sobe 0,33% na 2ª quadrissemana de julho ante avanço de 0,40% na anterior
- IGP-M na 2ª prévia de julho sobe 2,02% ante 1,48% na 2ª prévia de junho, diz FGV
- Petrobras aumenta preço dos combustíveis nas refinarias a partir de sexta
- Schneider Electric adquire fornecedora de automação industrial para setor de alimentos e bebidas
- VW inaugura nova prensa para estampar peças de todos os veículos produzidos em Anchieta
- Após quatro décadas, marca FNM renasce no país com caminhão elétrico
- Abeifa ainda espera por resposta do governo sobre reduzir imposto de importação
- Thyssenkrupp explora opções para melhorar finanças
- EMBRAPII e IBRAM assinam acordo para fortalecer inovação na área de mineração
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Câmbio
Em 17/07/2020
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Dólar
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Fonte: BACEN
| | | | DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS NA ÁREA DE DEFESA NO NOVO CENÁRIO MUNDIAL
Logo mais, às 19h, os Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores e a empresa Atech, do Grupo Embraer, estarão ao vivo para falar sobre como empresas da Base Industrial de Defesa podem abrir novas frentes de negócios no exterior em plena pandemia.
Dia: 17-07-2020
Horário: 19h
WEBINAR: INTEGRIDADE E COMPLIANCE: GESTÃO E TRANSPARÊNCIA EM TEMPOS DE PANDEMIA
Sua empresa já tem uma estratégia de riscos e compliance pós-pandemia? Neste webinar, especialistas de grandes companhias com atuação global compartilham suas experiências sobre o panorama geral da crise atual, considerando a perspectiva econômica e os impactos nos negócios.
Dia: 22 de julho
Horário: às 16h
DIÁLOGO EMPRESARIAL COM ROBERTO AZEVÊDO - NOVOS DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO COMÉRCIO INTERNACIONAL
No dia 4/8, das 11h às 12h, a CNI irá transmitir o* Diálogo Empresarial com Roberto Azevêdo: novos desafios e oportunidades no comércio internacional*, realizado em parceria com a ICC (Internacional Chamber of Commerce).
Dia: 04 de agosto
Horário: 11H - 12H
| SINDIMETAL/PR | | | | Segue material compilado das Medidas emergenciais anunciadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal atualizado conforme levantamento realizado pela Coordenação de Relações Governamentais da FIEP, sendo incluídas as seguintes informações:
GOVERNO FEDERAL
Medida Provisória nº 992, de 16 de julho de 2020, do Poder Executivo. Dispõe sobre o financiamento a microempresa e empresa de pequeno e médio porte, sobre o crédito presumido apurado com base em créditos decorrentes de diferenças temporárias, sobre o compartilhamento de alienação fiduciária e sobre a dispensa do cumprimento de exigências de demonstração de regularidade fiscal nas operações praticadas pelo Banco Central do Brasil em decorrência do disposto no art. 7º da Emenda Constitucional nº 106/2020, que trata sobre as autorizações de compra e venda pelo Banco do Brasil no período de calamidade pública, alterando legislações que especifica. Edição Extra do Diário Oficial da União de 16/07/2020.
Portaria nº 1.191, de 16 de julho de 2020, do Ministério da Economia. Altera a Portaria RFB nº 978, de 8 de junho de 2020, que dispõe sobre o fornecimento de informações para fins de análise para a concessão de créditos a microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), instituído pela Lei nº 13.999, de 18 de maio de 2020. Edição Extra do Diário Oficial da União de 16/07/2020.
Decreto nº 10.425, de 16 de julho de 2020, do Poder Executivo. Dispõe sobre o Conselho de Participação em Fundos Garantidores de Risco de Crédito para Micro, Pequenas e Médias Empresas e sobre o Conselho de Participação em Operações de Crédito Educativo.
Portaria nº 442, de 16 de julho de 2020, do Ministério da Cidadania. Altera a Portaria nº 428/2020 que dispõe sobre o calendário de pagamentos e saques do auxílio emergencial instituído pela Lei nº 13.982, de 2 de abril de 2020.
Portaria nº 2.842, de 6 de julho de 2020, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Estabelece procedimentos extraordinários referentes aos parcelamentos de débitos regulados pela Portaria nº 946, de 13 de novembro de 2015, que dispõe sobre parcelamento administrativo de débitos oriundos de recursos repassados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação por meio de instrumentos de transferência voluntária, em razão da pandemia.
GOVERNO ESTADUAL
Diário Oficial do Paraná dos dias 16 e 17 não disponibilizados até às 9h no Portal Oficial de Imprensa do Estado.
GOVERNO MUNICIPAL
Decreto nº 101, de Floresta. Medidas de prevenção ao decorrente ao coronavírus em igrejas e templos religiosos.
Decreto nº 7.024, de Marilva. Dispõe sobre medidas adicionais àquelas dispostas nos decretos que decretaram situação de emergência e regularizaram medidas para enfrentamento da pandemia decorrente do Coronavírus.
Decreto nº 135, de Itaperuçu. Dispõe sobre medidas restritivas as atividades e serviços para enfrentamento da emergência em saúde pública, decorrente do coronavírus (covid-19) e dá outras providências.
Decreto nº 524, de Pinhais. Estabelece medidas temporárias de prevenção ao contágio pelo novo Coronavírus (COVID-19) considerando a classificação de pandemia pela Organização Mundial De Saúde (OMS).
Decreto nº 17.466, de Ponta Grossa. Altera o Decreto n. 17.247/2020.
Decreto nº 17.503, de Ponta Grossa. Proíbe a circulação de pessoas nas vias públicas do Município de Ponta Grossa nos dias 17 a 23 de julho de 2020 das 23:00 às 6:00 horas.
Decreto nº 28.317, de Foz do Iguaçu. Altera a Decreto n o 28.303, de 13 de julho de 2020, que dispõe sobre a retomada das atividades comerciais, estabelece novos horários de funcionamento e consolida as medidas já estabelecidas no Município de Foz do Iguaçu de controle e prevenção para o enfrentamento da emergência em saúde pública de importância internacional decorrente da Pandemia do Novo Coronavírus – COVID-19.
Decreto nº 28.318, de Foz do Iguaçu. Estabelece Estado de Alerta Vermelho no Bairro Panorama, como medida de controle e prevenção para o enfrentamento da emergência em saúde pública de importância internacional decorrente da Pandemia do Novo Coronavírus – COVID-19.
Decreto nº 28.319, de Foz do Iguaçu. Estabelece Estado de Alerta Laranja nos Bairros Três Lagoas e Porto Meira, como medida de controle e prevenção para o enfrentamento da emergência em saúde pública de importância internacional decorrente da Pandemia do Novo Coronavírus – COVID-19.
| Sistema FIEP | | | | Conselho empossado nesta quinta-feira (16) se dedicará a pensar o Paraná para os próximos 30 anos, criando plano estratégico de desenvolvimento do Estado, unindo agentes públicos ao setor produtivo paranaense.
Pensar o Paraná para os próximos 30 anos, criando linhas estratégicas de desenvolvimento com foco na modernização do Estado, geração de riquezas, justiça social e ampliação do bem-estar da população. Esse é o objetivo do Conselho de Desenvolvimento Empresarial e de Infraestrutura do Paraná, formalmente empossado nesta quinta-feira (16) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em cerimônia por videoconferência.
Criado por meio de decreto estadual em dezembro do ano passado, o grupo de trabalho se reuniu pela primeira vez para a posse dos 39 conselheiros. Os integrantes estão divididos entre agentes do Governo e do setor produtivo, dos mais diversos segmentos e de todas as regiões do Paraná.
A intenção, explicou Ratinho Junior, é que o Conselho se encontre mensalmente, sempre com uma pauta pré-definida relacionada a temas macros do Estado. Ele destacou que a formalização do órgão atrasou devido à pandemia do novo coronavírus. A expectativa agora, disse, é que a primeira reunião de trabalho ocorra já em agosto.
“A ideia primordial será planejar o futuro do Paraná, marcar um compromisso com o Estado. Um grupo especializado para pensar e deixar um legado de desenvolvimento para as futuras gerações”, ressaltou o governador. “É um conselho com independência, formado por bons paranaenses. Pessoas ligadas e que querem o bem do Paraná e não de um governo”, completou.
INSPIRAÇÃO – Ratinho Junior contou que a ideia de criar um grande conselho estadual para pensar o Paraná nasceu de uma experiência bem-sucedida aplicada na Região Noroeste. Criado há 25 anos, o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (CODEM) foi responsável por planejar, antecipar problemas e ajudar a transformar a cidade em uma das principais do Estado e do País.
“Essa união com a sociedade civil organizada transformou Maringá. É essa união de esforços que queremos aplicar também no desenvolvimento do Paraná”, disse.
GARGALOS – Um dos idealizadores do projeto, o vice-governador Darci Piana vai acumular a coordenação do grupo com a secretaria-executiva do órgão. Segundo ele, a intenção é identificar as principais demandas e apontar soluções para gargalos diversas áreas, como infraestrutura, logística, social e cultural do Estado.
“Vamos ouvir, conversar e construir juntos.
Um grupo de ajuda permanente, com planejamento de médio e longo prazo, para organizar o Paraná”, afirmou. “Queremos pensar um Estado em que todos ganhem. Ser um instrumento de governança dinâmico e eficiente”, acrescentou Jefferson Nogarolli, representante da Região Noroeste e o outro secretário-executivo do grupo.
DESTAQUES - A iniciativa de se criar um fórum permanente de discussão e planejamento do Estado recebeu elogios de diversos segmentos do setor produtivo. Presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken disse que a medida reforça a intenção do Governo do Estado em ser parceiro da sociedade civil organizada no desenvolvimento do Paraná.
“A criação do Conselho demonstra desprendimento, senso democrático e a intenção em pensar no Paraná em primeiro lugar”, afirmou. “Nós, do setor empresarial, nos sentimos felizes e assumimos essa reponsabilidade de ajudar a criar o mapa estratégico do Paraná”, acrescentou Ricken.
Veja quem integra o Conselho de Desenvolvimento Empresarial e de Infraestrutura do Paraná
GOVERNO
Carlos Massa Ratinho Junior – governador
Darci Piana – vice-governador
Guto Silva – chefe da Casa Civil
Valdemar Bernardo Jorge - secretário do Planejamento e Projetos Estruturantes
Sandro Alex - secretário de Infraestrutura e Logística
Renê Garcia - secretário da Fazenda
Mauro Rockenbach - secretário da Justiça, Família e Trabalho
Eduardo Bekin – Invest Paraná
Wilson Bley Lipski – BRDE
Heraldo Neves – Fomento Paraná
G7 + SEBRAE
Darci Piana/Ari Bittencourt - Fecomércio
Sérgio Luiz Malucelli – Fetranspar
Ágide Meneguette – Federação da Agricultura do Paraná
Carlos Valter Martins Pedro – Federação das Indústrias do Paraná
José Roberto Ricken – Ocepar
Camilo Turmina – Associação Comercial do Paraná
Marcos Tadeu Barbosa – Faciap
Vitor Tioqueta – Sebrae
MACRORREGIÃO
Junior Durski – Campos Gerais
Odacir Antonelli – Centro-Sul
Danilo Vendrúsculo - Oeste
Jefferson Nogarolli – Noroeste
Fernando Moraes – Norte
Adonai Arruda – Curitiba e Litoral
CONVIDADOS
Ricardo Gondo – Renault
Marlon Bonilha – Protork
Leonardo Petrelli – RIC
Guilherme Cunha Pereira – RPC
Antônio Espolador – Planeta Pé/Scarpini
Gilson Berneck – Berneck S/A
Félix Bordin – Grupo Barigui
Sérgio Bonacelli – ATT Logística
Cláudio Petrycoski - Petrycoski Fogões
Alceu Vezozzo – Bourbon
José Aroldo Gallassini – Coamo
Carlos Beal – Cia Beal Alimentos
Hélio Rotenberg – Grupo Positivo
Eder Maffissoni – Prati Donaduzzi
Mário Gazin – Móveis Gazin
| Agencia Estadual de Notícias | | | Com o risco de fechamento de milhares de pequenas e microempresas por causa da crise motivada pela pandemia do coronavírus em Curitiba, multiplicou-se, nos últimos dias, a pressão de vereadores e movimentos na Câmara Municipal para que a prefeitura socorra o setor.
As propostas incluem crédito a juro zero, isenção de Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e outras taxas, entre outras medidas. Pelo menos oito projetos com medidas dessa natureza foram apresentadas no período. Como a Câmara está em recesso, eles só devem ser colocados em pauta a partir de agosto.
Entre os que devem provocar maior discussão está a proposta dos vereadores Dalton Borba (PDT) e Professor Euler (PSD), que prevê que a prefeitura, através da Agência Curitiba, ofereça “crédito especial, sem cobrança de juros, aos micro e pequenos empreendedores, bem como aos empreendedores individuais e profissionais autônomos que tiveram suas atividades paralisadas, total ou parcialmente, durante o período de vigência do decreto” que determina isolamento social e paralisação de determinadas atividades econômicas.
As medidas restritivas de isolamento social, impostas por decretos estaduais ou municipais, são fundamentais para minimizar a transmissão do novo coronavírus, mas, infelizmente, acarretam prejuízos”, afirmam eles. “A ideia é garantir que empresas consigam se manter e que empregos não sejam perdidos”, diz a justificativa da proposta.
O projeto recebeu o apoio do coletivo “Fechados pela Vida”, que reúne pequenos empresários de Curitiba atingidos pelas restrições gerada pela pandemia. Na semana passada, eles fizeram um protesto com projeções em dez pontos da capital paranaense e um “arrastão’” nas redes sociais para pedir urgência na votação da proposta.
Auxílio - O outro projeto assinado pelos dois vereadores pretende implementar o Programa de Concessão de Auxílio Financeiro Emergencial (Procafe). A proposta prevê que a prefeitura pague um auxílio emergencial aos taxistas, motoristas de aplicativos, transportadores escolares e microempreendedores individuais (MEIs), cadastrados até 15 de março.
O auxílio proposto corresponderia a uma parcela única de R$ 1,5 mil, paga dentro de até 20 dias após a publicação da lei. O Procafe poderia ser concedido a até 90 mil pessoas, conforme a ordem de inscrição, e não seria cumulativo.
Já Mauro Bobato (Pode) pede que a prefeitura isente de IPTU e outras taxas os empresários que tenham permanecido mais de 90 dias fechadas.
| Bem Paraná | | | Pequenos negócios, assim os grandes, enfrentam dificuldades
Para ajudar a conter as perdas da pandemia do novo coronavírus e socorrer as empresas, o Governo Federal anunciou novas linhas de crédito. Entre elas, o Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) em 16 de junho. Mas os recursos já estão praticamente esgotados e mal conseguiram atender a real demanda no Paraná.
Segundo dados do Banco do Brasil, gestor do fundo, até a quarta-feira, cerca de 168 mil e 500 empresas do país haviam concretizado os empréstimos do Pronampe, contratando o equivalente a R$ 14,3 bilhões. No Paraná, foram 14 mil e 500 beneficiadas, num total de R$ 1,23 bilhão emprestado.
O Paraná tem aproximadamente 1,5 milhão de empresas, sendo 1,35 milhão de micro e pequenas empresas, conforme dados do Sebrae/PR. Ou seja, apenas pouco mais de 1% destas empresas conseguiram acessar o crédito do Pronampe.
O Paraná foi o terceiro estado do País que mais tomou dinheiro pelo programa, superado apenas por São Paulo (43 mil e R$ 3,95 bilhões) e Minas Gerais (21 mil e R$1,77 bilhão), respectivamente.
Além de Caixa e Banco do Brasil, que já haviam anunciado que os empréstimos do Pronampe haviam acabado na semana passada, o Itaú também informou nesta semana que já utilizou todo o limite destinado ao socorro de pequenos negócios.
Do total de R$ 15,9 bilhões liberados pelo Governo Federal, cerca de R$ 13 bilhões, ou 82%, foram geridos por Caixa, Banco do Brasil e Itaú. O restante foi destinado a outras instituições financeiras que já estão anunciando o fim dos recursos.
Barato
A linha de crédito do Pronampe tem a taxa de juros anual equivalente à Selic mais 1,25% ao ano, aproximadamente 0,30% ao mês. O prazo de pagamento é de até três anos (36 meses) e há um período de carência de oito meses para início do pagamento do financiamento.
Além da necessidade urgente em função da crise, a grande procura se justifica em virtude de taxas mais atrativas e melhores condições de pagamento em relação ao praticado no mercado.
“O que ficou claro em função da velocidade com que os recursos se esgotaram nos bancos é que há uma grande demanda por crédito em boas condições como essa. Agora a expectativa é de que, diante dessa situação, o Governo libere novos recursos para este contingente que não foi atendido”, avalia o especialista em crédito da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), João Baptista Guimarães.
“Também é importante lembrar que as micro e pequenas empresas que solicitarem essa linha de crédito precisam manter o atual quadro de funcionários por até 60 dias após receberem a parcela do financiamento”, reforça. Para os micro e pequenos empreendedores que ainda não conseguiram acesso ao crédito do programa neste primeiro momento, o especialista recomenda estar atento, com toda a documentação contábil da empresa em ordem, e acompanhar as notícias. Há uma expectativa de que nos próximos dias o Governo Federal deve liberar mais recursos para o Pronampe.
Conheça as dez áreas que concentram mais MEIs no País
Com a pandemia do novo coronavírus e a crise econômica, muitos trabalhadores que perderam o emprego migraram para as micro e pequenas empresas. Com isso, o número de cadastros de Microempreendedores no Portal do Governo Federal cresceu. Dentre essas pessoas que agora são MEI, profissões da área da beleza como cabeleireiros, pedicures e manicures são as que mais possuem registros.
Isso acontece uma vez que esses serviços, geralmente, estão ligados a empregos informais. Para sanar isso em 2017, foi criada a Lei do Salão Parceiro, para que fosse possível começar a contratar profissionais como parceiros, sem assinar Carteira de Trabalho, celebrando contrato de parceria.
Segundo Alexandre de Carvalho, fundador do Easymei, plataforma recém lançada de auxílio e gestão para microempreendedores, este aumento se deve não só às altas taxas de desemprego, mas também à preocupação das pessoas em regularizar suas funções para sair da informalidade e buscar novas formas de renda para contornar a crise.
Hoje o Brasil conta com mais de 10 milhões cadastros. Se levarmos em consideração apenas as 10 profissões que mais possuem registro, elas já somam 36%, ou seja, mais de 3 milhões de pessoas.
Após a área da beleza, que representa 7,7%, temos comércio varejista de roupas e acessórios, obras de alvenaria e promoção de vendas, que representam 7,3%, 4,4% e 3,3%, respectivamente. “Esses são setores que mesmo com a crise continuam movimentados”, comenta.
A lista das 10 áreas com maior registro de MEIs no Brasil
Profissionais da área de beleza: 7,7% (dos registros)
Comércio varejista de roupas e acessórios: 7,3%
Profissionais de Obras de alvenaria: 4,4%
Promoção de vendas: 3,3%
Lanchonetes, casas de chá, sucos e similares: 2,6%
Fornecimento de alimentos preponderantemente para consumo domiciliar: 2,6%
Minimercados, armazéns ou mercearias: 2,3%
Atividades de estética e cuidados com a beleza: 2,1%
Instalação e manutenção elétrica: 1,9%
Serviços ambulantes de alimentação: 1,9%
Desemprego
Na indústria, situação não é diferente
No setor industrial não é diferente. O último levantamento do Ministério da Economia confirma que a crise acelerou as demissões no Paraná. De janeiro a maio, a indústria de transformação acumula saldo de -8.333 vagas. Setores como vestuário, moveleiro e automotivo são o que registram as maiores reduções de postos de trabalho.
De acordo com o especialista em crédito da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), João Baptista Guimarães, neste momento há uma necessidade maior de crédito para capital de giro. “As empresas precisam de fôlego financeiro para sobreviver até que a situação no Brasil se normalize. Muitos pedidos são para pagamento de salários e de despesas básicas”, informa.
| Bem Paraná | | | Campos Neto cita possibilidade de medida provisória ser publicada ainda nesta quinta. Ele diz que o Pronampe, voltado a micro e pequenas firmas, 'é bom, mas é pouco'.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (16) que o governo pretende anunciar novas medidas para facilitar o crédito para pequenas e médias empresas, de forma a reduzir o impacto da pandemia do novo coronavírus.
Em uma videoconferência, Campos Neto afirmou que uma medida provisória poderia ser editada ainda nesta quinta, com quatro novas medidas. Até a publicação da reportagem, o texto não havia sido publicado no "Diário Oficial da União".
Segundo o presidente do BC, as medidas que já foram anunciadas são boas, mas insuficientes para suprir a demanda. Como exemplo, ele citou o Pronampe, voltado para micro e pequenas empresas e que já esgotou a capacidade de contratação autorizada.
“O Pronampe é bom, mas é pouco diante do que precisa ser feito. Em face disso fizemos um novo grupo de medidas. Uma MP deve sair hoje. São quatro medidas, todas direcionadas para pequenas e médias [empresas]. Entendemos que é uma medida que vai ter alcance muito bom, porque tem um componente importante de baratear o custo de capital dos bancos”, disse.
Campos Neto não detalhou quais seriam essas quatro medidas.
Pronampe esgotado
Com o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), citado pelo presidente do BC, o governo deu garantia para os empréstimos tomados por micro e pequenas empresas.
Todas as instituições financeiras públicas e privadas estavam aptas a operarem a linha de crédito. O programa tem R$ 15,9 bilhões disponíveis para garantir as operações financeiras.
As três instituições que aderiram até esta quinta – Caixa, Banco do Brasil e Itaú Unibanco – anunciaram no começo da semana que o limite do crédito garantido e liberado pelo Ministério da Economia já tinha sido atingido.
Ao comentar as dificuldades de acesso ao crédito por pequenas e médias empresas, Campos Neto disse que em muitos países optaram por fornecer crédito para essas empresas via transferência direta. Já no Brasil, segundo ele, a opção foi criar os programas de crédito, que enfrentam "dificuldade".
“Entendemos que o crédito não chegou nas pequenas e médias como queríamos. Em outros lugares do mundo os bancos não fizeram essa função, foi mais feito por transferência direta. Aqui no Brasil a opção foi fazer transferência direta para pessoas físicas e compensar com os programas de crédito e o que aprendemos hoje é que existe uma dificuldade”.
Imposto sobre pagamentos digitais
Campos Neto também comentou a proposta do ministro Paulo Guedes de incluir na reforma tributária um novo imposto sobre pagamentos ou comércio eletrônico. Segundo ele, a ideia de dar essa contrapartida à desoneração na folha de pagamentos é "relevante", e o Banco Central vai ajudar como puder.
“A gente no Brasil tem que olhar o que temos a ganhar e perder, entender porque ele [o imposto] tem que ser criado. Eu acho que a ideia do ministro de ter um instrumento para poder fazer uma desoneração de folha é relevante”, disse.
Campos Neto afirmou, no entanto, que a alíquota tem que ser muito pequena para não causar uma "desintermediação" financeira – ou seja, uma redução no número dessas transações eletrônicas por conta da taxação.
Crescimento econômico
Durante a sua apresentação, Campos Neto afirmou que tem visto um começo de volta do crescimento econômico do país em “V”. Segundo ele, os dados de confiança e os dados da economia real, como os de arrecadação e consumo de energia, mostram uma melhora econômica.
O "crescimento em V" citado por ele faz referência ao gráfico, e indicaria uma retomada rápida após uma queda rápida. Os economistas usam esse termo em comparação a outros formatos de gráfico, como crescimento "em U" (com recuperação mais lenta) ou "em L" (queda seguida de estagnação).
Campos Neto citou que, no último relatório de inflação, o BC havia estimado uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,4% em 2020. Segundo o economista, o viés de melhora apontado naquele momento vem se confirmando.
“Nos parecia que, apesar de um número de 6,4%, existia um viés de melhor. Nessas últimas duas semanas, o viés está mais claro.”
| G1 | | | Em entrevista à Revista Indústria Brasileira, o ex-embaixador Rubens Barbosa analisa a situação atual do comércio global e defende uma política de estímulo a novas tecnologias, como a aprovação do 5G
“Vamos ter que examinar os acordos com cuidado”, diz Barbosa, sobre tratados comerciais recentes celebrados com a União Europeia, o Canadá, Singapura e a Coreia do Sul
Rubens Barbosa tem uma trajetória profissional singular. Foi embaixador do Brasil em Londres durante as crises econômicas asiática, de 1997, e russa, de 1998, e embaixador em Washington quando um atentado derrubou as torres gêmeas de Nova York, em 2001.
Crises, portanto, não são eventos novos para ele. Até por isso, chama atenção o alerta que faz nesta entrevista. Citando estudo do Banco Mundial, Barbosa considera que “a recessão alta continuará por cinco anos e os países emergentes sofrerão mais”.
Diante disso, “precisaremos de uma política de reindustrialização com estímulos a tecnologias novas. A aprovação do 5G é urgente”, diz ex-diplomata, que atualmente preside o Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (IRICE) e atua como consultor.
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - Como o senhor definiria a situação atual do comércio internacional?
RUBENS BARBOSA - A situação do comércio internacional é grave e está se deteriorando. A projeção da Organização Mundial do Comércio é de uma queda entre 13% e 32% em 2020. Entraremos numa grande recessão e o Brasil terá dificuldades para diversificar suas exportações, sobretudo manufaturas, e a agricultura tende a continuar liderando as exportações por algum tempo.
De janeiro a maio, por exemplo, as commodities representaram mais de 65% das exportações do país, mas o setor também sofrerá o impacto da desaceleração global. A participação do Brasil no comércio internacional, antes da pandemia, estava em queda, chegando a 1,2% do comércio global pela perda da competitividade, sobretudo na indústria. E este ano, por causa da Covid-19, já caiu a 1,06%.
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - Na sua opinião, quais serão os principais impactos da pandemia na correlação de forças comerciais no mundo?
RUBENS BARBOSA - Acho que haverá impactos em três aspectos. Primeiro, nos fluxos comerciais, por causa da tendência de protecionismo e porque alguns países vão retirar parte de suas fábricas da China, como o Japão e os Estados Unidos, gerando novos fluxos de investimento em outros países.
Em segundo lugar, haverá uma tendência de novos padrões ambientais, de sustentabilidade e sanitários mais rigorosos e com mais rastreabilidade, relacionados à pandemia. Em terceiro lugar, acredito que haverá mudanças nas negociações comerciais atuais, com a inclusão de cláusulas ambientais e de saudabilidade.
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - Como garantir que as indústrias de países em desenvolvimento não saiam mais prejudicadas?
RUBENS BARBOSA - Dependerá muito de como cada país sairá da crise. Segundo o Banco Mundial, o cenário de comércio internacional indica um crescimento muito baixo, a recessão alta continuará por cinco anos e os países emergentes sofrerão mais.
No Brasil, precisaremos de uma política de reindustrialização com estímulos a tecnologias novas. A aprovação do 5G é urgente porque favorecerá a inteligência artificial, a robotização, a Internet das Coisas e a modernização da indústria. Segundos dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria), nem 2% da indústria estão no nível 4.0, situação muito desfavorável em termos competitivos.
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - Como o governo poderia estimular o crescimento e a competitividade?
RUBENS BARBOSA - O governo está tomando medidas emergenciais para ajudar grandes, médias e pequenas empresas, mas é preciso pensar em médio e longo prazo. Não é só uma questão empresarial, mas social, porque envolve empregos.
Acho que na pós-pandemia haverá nacionalização de produtos como materiais e equipamentos médicos – setor que deve ser apoiado pelo governo, entre outros. Acho que o governo deveria se concentrar em startups ou em empresas modernas, que usam tecnologias e biotecnologias avançadas que favoreçam a eficiência e a competitividade no comércio internacional.
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - De acordo a CNI, o acordo comercial entre o Mercosul e a Coreia do Sul prejudicará 51 setores no Brasil. Qual é a sua opinião sobre essa parceria?
RUBENS BARBOSA - O governo atual tem uma política de liberalização e abertura da economia. Acordos com a União Europeia, o Canadá, Singapura e a Coreia do Sul estão dentro dessa linha. Na saída da crise vamos ter que examinar esses acordos com cuidado. Não apenas no acordo com a Coreia do Sul, mas em todos os acordos temos que defender os interesses da indústria.
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - No setor eletroeletrônicos no Brasil, por exemplo, como superar as dificuldades do acordo com a Coreia do Sul?
RUBENS BARBOSA - O governo quer negociar isso dentro da perspectiva de abertura gradual. As empresas têm que defender seus interesses. Os setores que se julgam afetados teriam que fazer uma lista de produtos mais sensíveis para entrar na última fase de abertura, colocando alguns deles em lista de exceção. Mas não deveria ser fechado todo um setor por cerca de 15-20 anos – tempo para ser implementado um acordo comercial em toda as fases.
O setor petroquímico, por exemplo, não poderia ficar 100% fora da abertura. Deveria ser definida uma lista de produtos produzidos no Brasil para um período de proteção, com tempo para se modernizarem e se ajustarem às novas demandas do mercado. Os produtos mais afetados deveriam ficar na última cesta de liberalização, mas é importante, paralelamente, o governo apoiar a agenda de competitividade, o que inclui, entre outras, as reformas tributária e do Estado, a desburocratização, a simplificação e o investimento em infraestrutura.
| CNI | | | | Parcerias para inovar são realidade no mundo. No Brasil, recente pesquisa da CNI mostrou que só duas em cada dez empresas têm programas específicos. Natura e Eurofarma se destacam na realização de inovação aberta
A fim de estimular a inovação aberta e a agenda de inovação no Brasil, a CNI firmou parceria com o SOSA
As parcerias entre empresas e startups, universidades e instituições de pesquisa são cada vez mais frequentes.
Essa união, quando feita com a finalidade de inovar, é conhecida como inovação aberta. O conceito foi criado em 2003 pelo pesquisador Henry Chesbrough para descrever o compartilhamento de recursos e de conhecimentos internos de uma empresa a colaboradores externos, com o objetivo de acelerar o processo de inovação.
A inovação aberta já é realidade há duas décadas em países mais inovadores, como Estados Unidos, Israel e Alemanha, onde grande parte das universidades mantém departamentos dedicados a colaboração com empresas e transferência de tecnologia. No Brasil, a inovação aberta não é mais novidade no mercado, mas os casos de parcerias para inovações em processos e produtos ainda são tímidos, com mais frequência em grandes empresas.
De acordo com a diretora de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Gianna Sagazio, a inovação aberta será cada vez mais importante para as empresas inovarem no Brasil e no mundo, especialmente em meio à crise gerada pelo coronavírus e no momento pós-pandemia. Ela considera que as parcerias se mostram imprescindíveis neste período em que inovar com celeridade se tornou fator essencial para a sobrevivência de empresas.
“A jornada da inovação aberta é longa e arriscada, mas quando bem planejada resulta em retornos econômicos e estratégicos fundamentais para a sustentabilidade da empresa no longo prazo”, afirma a diretora da CNI.
Gianna considera as parcerias situações imprescindíveis neste período em que inovar com celeridade se tornou essencial para a sobrevivência de empresas
Segundo ela, as startups têm um papel fundamental para a aceleração da inovação no país. “Está claro que a inovação corporativa realizada em conjunto com startups é uma alternativa viável de inovação rápida e com menores riscos associados ”, completa.
A fim de estimular a inovação aberta e a agenda de inovação no Brasil, a CNI firmou parceria, anunciada no último dia 1º de julho, com o SOSA. A empresa israelense desenvolveu uma das principais plataformas de inovação aberta no mundo, que hoje reúne mais de 15 mil startups prontas para gerar soluções para empresas e investidores em todo o mundo.
Com sede em Israel, um dos países mais inovadores do mundo, o SOSA conta com hubs de inovação em mercados estratégicos, como Nova Iorque e Londres. A parceria busca aproximar a indústria brasileira das startups nos ecossistemas mais inovadores do mundo e acelerar a inovação empresarial. As startups nacionais também podem acessar a plataforma e levar suas ideias para o mundo.
Só duas em cada dez empresas têm estratégia de inovação aberta no Brasil
Recente pesquisa da CNI, realizada pelo Instituto FSB Pesquisa junto a 402 médias e grandes empresas, revelou que só duas em cada dez empresas possuem programa ou estratégia de inovação aberta (30% entre as grandes empresas e 18% entre as médias). Nesse rol estão indústrias como a Natura e a Eurofarma.
Em entrevista à CNI, a gerente de Inovação da Natura, Marcela Martinelli, destacou que 90% dos projetos de tecnologia da empresa são realizados em parceria com agentes externos, sendo que na maior parte das vezes com mais de um parceiro.
Segundo ela, as parcerias são estratégicas para a aquisição acelerada de tecnologia e soluções para o desenvolvimento de novos ingredientes, materiais de embalagem e processos mais verdes para a produção de cosméticos. “O nosso principal desafio é encontrar as startups no timing certo, antes que outro encontre”, disse.
“Temos desenvolvido muitas parcerias, provas de conceito em conjunto e estamos dando suporte para que testem a solução dentro do nosso negócio. Estamos, com frequência, identificando oportunidades que façam sentido para nosso negócio”, acrescentou a gerente da Natura.
A gerente de Desenvolvimento Pré-Clínico da Eurofarma, Gabriela Barreiro, disse à CNI que a empresa do setor farmacêutico tem investido fortemente na busca por parceiros para a inovação. “Na parte de desenvolvimento de produtos, as parcerias são essenciais. Temos a consciência e humildade de entender que a gente não domina todas as áreas e que precisamos de outros players para avançar”, afirmou.
“Parceria permeia todas as áreas de inovação, principalmente com institutos de pesquisa e academia”, completou a gerente da Eurofarma.
Confira dicas para ampliar a inovação em sua empresa
A inovação realizada em conjunto com startups é uma alternativa rápida e com menores riscos associados. Entretanto, poucas parcerias firmadas trazem resultados efetivos ou são sustentáveis no longo prazo. Como estratégia para contornar os problemas mais corriqueiros em um processo de inovação aberta com startups é fundamental sinergia e coordenação entre os envolvidos, com transparência e identificação clara de quais indicadores de performance e resultados serão alcançados.
Antes de iniciar qualquer estratégia de inovação aberta é importante que a empresa conheça suas próprias capacidades
Em outra medida, é vital a definição clara do mandato da colaboração, dos objetivos, dos campos de pesquisa e desenvolvimento que serão objetos da inovação aberta. Dessa forma, a empresa tem a capacidade de mapear e organizar os processos internos que farão a interação direta com a startup, criando um ambiente organizacional ágil e facilitado.
A adoção de uma sistemática de fast track pode ser uma alternativa eficiente, para que a interação entre a empresa e a startup seja bem-sucedida e facilitada. Afinal, os recursos humanos e financeiros de uma startup são limitados quando comparados com o de uma empresa já estabelecida no mercado, e dependem de resultados operacionais e faturamento em um curto espaço de tempo.
Por fim, antes de iniciar qualquer estratégia de inovação aberta é importante que a empresa conheça suas próprias capacidades e pontos de melhoria em sua estratégia de inovação. A jornada da inovação aberta é longa e arriscada, mas quando bem planejada resulta em retornos econômicos e estratégicos fundamentais para a sustentabilidade da empresa no mercado no longo prazo.
| CNI | | | | Com o trabalho a distância estendido, líderes de RH reforçam medidas para manter a produtividade e bem-estar dos funcionários
Para preservar os colaboradores diante da disseminação da Covid-19, muitas empresas têm optado por estender o trabalho em home office, mesmo com a flexibilização das medidas de isolamento social em andamento em várias cidades. Com as estruturas de trabalho remoto montadas logo no início da pandemia e a percepção de que a produtividade permaneceu como nos tempos pré-coronavírus, a decisão tem abrangido companhias de portes variados. Mas como elas estão assegurando que a solução – que se imaginava temporária – funcionará no longo prazo?
Os gestores de Recursos Humanos de quatro empresas que já decidiram permanecer em home office por mais tempo – HostGator, Softplan, Transfeera e Effecti – explicam como estão agindo.
Kit home office
A HostGator, multinacional de hospedagem de sites e serviços para presença online, adotou o trabalho em home office no dia 16 de março, e decidiu permanecer assim pelo menos até o fim de setembro. Os colaboradores puderam levar para casa todos os equipamentos de que precisavam para trabalhar, como computador, fone de ouvido e cadeira. Além disso, eles também passaram a receber um auxílio financeiro mensal adicional para cobrir despesas não planejadas que pudessem ter por conta do home office, como uma conta mais alta de energia elétrica ou de internet.
“Também bancamos a instalação de internet na casa dos colaboradores que não tinham um plano antes do início do trabalho remoto”, diz Giulianna Boscardin, gerente de Recursos Humanos da HostGator.
Na fintech Transfeera, o “vale home office” também se tornou um benefício adicional para os colaboradores, que trabalham a distância desde o dia 15 de março. Os demais benefícios já oferecidos, como o vale-alimentação, foram mantidos. Atualmente, a Transfeera prevê permanecer em home office pelo menos até o fim de julho. Lá, a avaliação sobre o retorno para a sede, em Joinville (SC), é feita mês a mês, a partir de conversas com o time e do cenário da pandemia na cidade.
“Como todo o nosso time conseguiu se adaptar a esta nova rotina, estamos mantendo o trabalho remoto. Priorizamos a equipe sempre, e é essencial proporcionar conforto e bem-estar nesse período de incertezas”, diz o CEO Guilherme Verdasca.
Atenção à saúde mental e emocional
A Softplan, desenvolvedora de software, com perto de 2 mil colaboradores – vai mantê-los trabalhando remotamente até 31 de dezembro. Por isso, adaptou seu programa de promoção à saúde e bem-estar aos novos tempos. O Softplan+Saúde já existia antes da pandemia e passou a oferecer de forma online uma série de atividades que ocorriam presencialmente, como: ginástica laboral, yoga, meditação, acolhimento psicológico, atendimento médico e outros. Também passou a realizar webinars periódicos com todos os colaboradores para tratar sobre saúde física, mental e emocional.
“Nossa principal preocupação desde o início da quarentena vem sendo a saúde e a segurança dos colaboradores e de suas famílias”, explica Edson Honma, diretor de Desenvolvimento Humano e Organizacional da empresa. O mesmo foi feito na HostGator. Entre outras medidas do Programa Sinta-se Bem, uma que faz sucesso entre os colaboradores é a atividade semanal de meditação e respiração em conjunto, batizada de “11 minutos contra a ansiedade”.
Além disso, atendimento psicológico profissional por meio de uma plataforma online foi disponibilizado para todos. “Sabemos que muitas pessoas sentem angústia, aflição e ansiedade por conta do isolamento social. Por isso, priorizamos ações que ajudassem os colaboradores a se sentirem bem consigo mesmos”, diz Giulianna.
Mais de 40% deles já buscaram atendimento psicológico online.
Acompanhar resultados para checar a produtividade
Na Softplan, em 90 dias de teletrabalho, foram realizadas mais de 25 mil reuniões, trocadas cerca de 10 milhões de mensagens, utilizadas mais de 160 mil horas em ligações de áudio e outras 80 mil em vídeo. Fora isso, foram mais de 5 mil visualizações em eventos ao vivo. “Existe um mito de que a produtividade diminui quando os times trabalham remotamente, o que não se comprovou durante esta nossa experiência de três meses de home office na Softplan. A qualidade das entregas mostra que estamos conseguindo nos manter eficientes e ainda mais conectados uns aos outros e aos clientes durante este período de isolamento ”, diz Honma.
Escutar os colaboradores antes de tomar decisões
Para Cesar Nanci, CEO da Pulses, startup que desenvolve soluções para medir o clima organizacional de forma contínua, os colaboradores não devem ficar de fora do processo decisório também quando o assunto é decidir entre voltar para o escritório ou estender o home office.
“É preciso escutá-lo continuamente através de pesquisas. Com estas informações em mãos, a empresa pode tomar ações muito mais assertivas e rápidas, garantindo o bem-estar do seu time”, destaca. Foi o que fez a Effecti, startup de Rio do Sul (SC), que estendeu o home office até o final de julho.
Para entender se os colaboradores estavam preparados para voltar, a empresa realizou uma pesquisa interna, em que 80% indicaram preferir continuar trabalhando de casa por enquanto. Com base nesse resultado, a Effecti definiu que, a partir de 1º de agosto, quem se sentir confortável poderá voltar ao trabalho presencial, mas respeitando uma quantidade máxima de pessoas no escritório.
“Passadas as adaptações iniciais, estamos satisfeitos. O time está trabalhando bem de casa e muitas pessoas relatam que estão mais felizes. A tendência é adotarmos um modelo híbrido”, explica Fernando Salla, CEO da Effecti. “Um ponto positivo é que o espaço físico, que já estava sendo um problema para o crescimento da empresa, deixou de ser”.
| Brasil 4.0 | | | | Curitiba registrou nesta quinta-feira (16) recorde de casos do novo coronavírus em moradores da Capital confirmados em um único boletim. Foram mais 768 infectados, totalizando até ontem 12.158 casos confirmados. Além disso, também foram adicionadas mais 11 mortes pela doença, totalizando 310 casos. E a ocupação de UTIs exclusivas para Covid-19 chegou a 95%. Nesta sexta-feira (17), a Prefeitura deve divulgar um novo decreto com normas gerais para o funcionamento das atividades.
Nesta semana, o governo do Estado decidiu não renovar o decreto da quarentena mais restritiva em vigor desde 1º de julho, deixando para as prefeituras a tarefa de conduzir esta questão. A Associação dos Municípios da Região Metropolitana (Assomec) recomendou a flexibilização das atividades. A recomendação já foi seguida por praticamente todos os membros da associação, à exceção de Curitiba.
Por isso a expectativa quanto ao que será definido para a Capital hoje ou nos próximos dias. No momento em Curitiba vale o decreto que instituiu a bandeira laranja, que permite o funcionamento de parte das atividades em horários diferenciados. A maior expectativa é quanto às chances de mudança de bandeira, no caso a vermelha, que significa restrições mais agudas.
UTIs
Nesta quinta-feira, Curitiba atingiu o maior índice de ocupação de leitos de UTI exclusivos para a Covid-19. O índice chegou a 95% de leitos para adultos na noite de ontem. Até a tarde de ontem, a Capital tinha 313 leitos de UTI exclusivos para a Covid-19, mas poderia abrir mais conforme a necessidade, explicou a infectologista da Secretaria de Saúde, Marion Burger.
Na Grande Curitiba a situação também era preocupante. Na noite de ontem, sete dos 12 hospitais com leitos exclusivos para Covid-19 estavam lotados. Nos que ainda tinham vagas, eram poucos os leitos ainda disponíveis. Da mesma forma, a Secretaria de Estado da Saúde diz que pode adicionar novos leitos em caso de extrema necessidade.
Em um dia, Paraná registra 2.263 novos casos da doença, que avança no interior
A Secretaria de Estado da Saúde confirmou, nesta quinta-feira , 2.263 novos casos e 46 mortes pela infecção causada pelo novo coronavírus. O Paraná soma 48.863 casos e 1.227 mortos em decorrência da doença. Eram 1.010 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estavam internados ontem. 808 pacientes em leitos SUS (334 em UTI e 474 em leitos clínicos/enfermaria) e 202 em leitos da rede particular (63 em UTI e 139 em leitos clínicos/enfermaria).
Há outros 1.035 pacientes internados, 497 em leitos UTI e 538 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo vírus Sars-CoV-2.
Até esta quinta-feira , eram 384 cidades paranaenses com ao menos um caso confirmado pela Covid-19. Em 199 municípios há óbitos pela doença. O Paraná tem no total 399 cidades. Com isso, apenas 15 estavam se nenhum caso da doença, pelo menos até ontem. No começo da semama eram 21.
Ação do MP-PR pede que Paraná retome restrições mais severas
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) reitera requerimento para que Estado adote medidas eficazes para o controle da pandemia de coronavírus no Paraná. Os promotores de Justiça responsáveis pela área de Proteção à Saúde Pública nas quatro macrorregiões do Paraná (Leste, Oeste, Norte e Noroeste) reiteraram ontem uma ação civil pública já ajuizada no final de junho.
Essa ação pede para que a Justiça determine, entre outras medidas, a invalidação de atos normativos do Estado do Paraná que contribuíram para o funcionamento de atividades comerciais tidas como não essenciais — pelo menos enquanto durar o estado de emergência em saúde pública decretado em decorrência da pandemia de Covid-19.
A medida foi adotada em função do anúncio feito pelo Estado de não renovar o Decreto Estadual 4.942/20, que fixava uma quarentena mais restritiva, e que tever duração de 1º de julho a 14 de julho, não sendo renovada.
O Ministério Público do Paraná ressalta no requerimento que tal decisão “opõe-se ao bem comum, à dignidade, à proteção da saúde e da vida dos paranaenses, contrastando nítida e indevidamente com a gravidade e seriedade do impacto sanitário ocasionado pelo coronavírus”.
Os promotores lembram ainda que, até meados de abril, o Paraná vinha adotando regras que o colocavam como referência nacional em prevenção à contaminação pelo coronavírus. Posteriormente, entretanto, as medidas foram sendo relaxadas, a partir de normativas do Estado do Paraná e dos municípios, de modo que atualmente atividades comerciais não essenciais estão com seu funcionamento próximo da normalidade.
Igrejas — Enquanto o MP-PR pede a retomada da quarentena, as igrejas evangélicas fazem pressão para poderem retomar os cultos presenciais em Curitiba com capacidade de 30%. nesta semana representantes das igrejas de várias denominações entregaram um documeto na Prefeitura com essa demanda. Desde a implantação da bandeira laranja está suspenso os cultos presenciais em igrejas da Capital.
Boletim do coronavírus
Brasil acumula mais de 2 milhões de casos
O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira que o novo coronavírus atingiu 2.012.151 de pessoas no Brasil desde o início da pandemia. Desse total, 1.296.328 pacientes conseguiram se recuperar e 76.688 brasileiros morreram. Entre a quarta-feira e esta quinta-feira, o País registrou 45.403 novos casos da doença e confirmou mais 1.322 óbitos.
| Bem Paraná | | | O Ministério Público do Paraná (MP-PR) reitera requerimento para que Estado adote medidas eficazes para o controle da pandemia de coronavírus no Paraná.
Os promotores de Justiça responsáveis pela área de Proteção à Saúde Pública nas quatro macrorregiões do Paraná (Leste, Oeste, Norte e Noroeste) reiteraram nesta quinta-feira (17) uma ação civil pública já ajuizada no final de junho, requerimento para que a Justiça determine, entre ouras medidas, a invalidação de atos normativos do Estado do Paraná que contribuíram para o funcionamento de atividades comerciais tidas como não essenciais, enquanto durar o estado de emergência em saúde pública decretado em decorrência da pandemia de Covid-19.
A medida foi adotada em função do anúncio feito pelo Estado de que não será renovado o Decreto Estadual 4.942/20, que fixava uma quarentena mais restritiva, e que tever duração de 1º de julho a 14 de julho, não sendo renovada.
O Ministério Público do Paraná ressalta no requerimento que tal decisão “opõe-se ao bem comum, à dignidade, à proteção da saúde e da vida dos paranaenses, contrastando nítida e indevidamente com a gravidade e seriedade do impacto sanitário ocasionado pelo coronavírus”. Os promotores também destacam que, após o ajuizamento da ação, em 29 de junho, o número de casos mais que dobrou, conforme o informe epidemiológico divulgado na quarta-feira, 15 de julho, passando de 21.089 para 46.601, e o número de mortes passou de cerca de 600 para 1.181.
Ação civil pública – Na ação civil pública ajuizada em 29 de junho, o MPPR requer também que o Estado do Paraná se abstenha de adotar novas medidas que tenham o mesmo propósito sem prévia apresentação de justificativa técnica fundamentada em evidências científicas e em orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.
Solicita ainda que, em função do agravamento do quadro de contaminação e do número de mortes decorrentes da Covid-19, o Estado do Paraná adote medidas restritivas compatíveis com a gravidade do atual cenário, entre elas o lockdown, sobretudo nas regiões que apresentam quadros mais preocupantes. Tal requerimento considera também o início do inverno, quando as síndromes respiratórias agudas se tornam mais frequentes, impactando as redes pública e privada de saúde. O MPPR justifica a urgência em se adotar tais medidas para evitar mais vítimas e também para prevenir o colapso do sistema de saúde.
Os promotores lembram ainda que, até meados de abril, o Paraná vinha adotando regras que o colocavam como referência nacional em prevenção à contaminação pelo coronavírus. Posteriormente, entretanto, as medidas foram sendo relaxadas, a partir de normativas do Estado do Paraná e dos municípios, de modo que atualmente atividades comerciais não essenciais estão com seu funcionamento próximo da normalidade.
Agravo de instrumento – No âmbito do mesmo processo, a Coordenadoria de Recursos Cíveis do MPPR interpôs nesta quinta-feira, 16 de julho, agravo interno (0037107-62.2020.8.16.0000) contestando decisão monocrática que indeferiu os pleitos dos promotores de Justiça. O MPPR argumenta que o relator que analisou o caso entendeu que não existia necessidade de se decretar o lockdown, nem a proibição de realização de cirurgias eletivas e de se proibir aglomerações, em decorrência da edição do Decreto Estadual 4942/2020.
“Contudo, referido decreto estadual possuía o prazo de validade de 14 dias, vencendo para quase a totalidade das regiões (com exceção do litoral paranaense) no dia 14 de julho de 2020, estando atualmente sem eficácia para regulamentar o necessário isolamento social, a proibição de cirurgias e de aglomerações durante esse período de pandemia.
Assim, mostra-se totalmente necessária a intervenção do Poder Judiciário para impor ao Estado do Paraná a obrigação de adotar medidas mais drásticas visando conter o avanço da Covid-19.” Deste modo, a Coordenadoria requer que seja revogada a decisão contrária aos pedidos do MPPR e deferida tutela de urgência requerida na ação.
A ação civil pública está em tramitação na 4ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Curitiba (processo nº 0002652-59.2020.8.16.0004).
| Bem Paraná | | | O juiz Eduardo Bana, 4ª Fazenda Pública, pediu nesta quinta (16) que o Ministério Público do Paraná (MPPR) se manifeste com urgência sobre o pedido de lockdown no Paraná por causa do avanço da pandemia de Covid-19.
A fim de que onovo pedido de liminar , apresentado pelos promotores, seja aprecidado adequadamente, o juiz pede que o MP especifique o tempo de vigência do lockdown, quais outras medidas que devem ser implementadas além das tomados pelo decreto do governo do Estado 4942/2020, que havia determinado a quarentena restritivo, e especficicar quais regiões quere que seja aplicada a medida restritiva.
Os promotores de Justiça responsáveis pela área de Proteção à Saúde Pública nas quatro macrorregiões do Paraná (Leste, Oeste, Norte e Noroeste) reiteraram nesta quinta-feira (17) uma ação civil pública já ajuizada no final de junho, requerimento para que a Justiça determine, entre ouras medidas, a invalidação de atos normativos do Estado do Paraná que contribuíram para o funcionamento de atividades comerciais tidas como não essenciais, enquanto durar o estado de emergência em saúde pública decretado em decorrência da pandemia de Covid-19.
A medida foi adotada em função do anúncio feito pelo Estado de que não será renovado o Decreto Estadual 4.942/20, que fixava uma quarentena mais restritiva, e que tever duração de 1º de julho a 14 de julho. O Ministério Público do Paraná ressalta no requerimento que tal decisão “opõe-se ao bem comum, à dignidade, à proteção da saúde e da vida dos paranaenses, contrastando nítida e indevidamente com a gravidade e seriedade do impacto sanitário ocasionado pelo coronavírus”.
Os promotores também destacam que, após o ajuizamento da ação, em 29 de junho, o número de casos mais que dobrou, conforme o informe epidemiológico divulgado na quarta-feira, 15 de julho, passando de 21.089 para 46.601, e o número de mortes passou de cerca de 600 para 1.181.
Ação civil pública – Na ação civil pública ajuizada em 29 de junho, o MPPR requer também que o Estado do Paraná se abstenha de adotar novas medidas que tenham o mesmo propósito sem prévia apresentação de justificativa técnica fundamentada em evidências científicas e em orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.
Solicita ainda que, em função do agravamento do quadro de contaminação e do número de mortes decorrentes da Covid-19, o Estado do Paraná adote medidas restritivas compatíveis com a gravidade do atual cenário, entre elas o lockdown, sobretudo nas regiões que apresentam quadros mais preocupantes. Tal requerimento considera também o início do inverno, quando as síndromes respiratórias agudas se tornam mais frequentes, impactando as redes pública e privada de saúde. O MPPR justifica a urgência em se adotar tais medidas para evitar mais vítimas e também para prevenir o colapso do sistema de saúde.
Os promotores lembram ainda que, até meados de abril, o Paraná vinha adotando regras que o colocavam como referência nacional em prevenção à contaminação pelo coronavírus. Posteriormente, entretanto, as medidas foram sendo relaxadas, a partir de normativas do Estado do Paraná e dos municípios, de modo que atualmente atividades comerciais não essenciais estão com seu funcionamento próximo da normalidade.
Agravo de instrumento – No âmbito do mesmo processo, a Coordenadoria de Recursos Cíveis do MPPR interpôs nesta quinta-feira, 16 de julho, agravo interno (0037107-62.2020.8.16.0000) contestando decisão monocrática que indeferiu os pleitos dos promotores de Justiça. O MPPR argumenta que o relator que analisou o caso entendeu que não existia necessidade de se decretar o lockdown, nem a proibição de realização de cirurgias eletivas e de se proibir aglomerações, em decorrência da edição do Decreto Estadual 4942/2020.
“Contudo, referido decreto estadual possuía o prazo de validade de 14 dias, vencendo para quase a totalidade das regiões (com exceção do litoral paranaense) no dia 14 de julho de 2020, estando atualmente sem eficácia para regulamentar o necessário isolamento social, a proibição de cirurgias e de aglomerações durante esse período de pandemia.
Assim, mostra-se totalmente necessária a intervenção do Poder Judiciário para impor ao Estado do Paraná a obrigação de adotar medidas mais drásticas visando conter o avanço da Covid-19.” Deste modo, a Coordenadoria requer que seja revogada a decisão contrária aos pedidos do MPPR e deferida tutela de urgência requerida na ação.
A ação civil pública está em tramitação na 4ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Curitiba (processo nº 0002652-59.2020.8.16.0004).
Paraná soma 48.863 casos e 1.227 mortos por coronavírus
A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta quinta-feira (16) 2.263 novas confirmações e 46 mortes pela infecção causada pelo novo coronavírus. O Paraná soma 48.863 casos e 1.227 mortos em decorrência da doença.
Segundo boletim, 1.010 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão internados hoje. 808 pacientes estão em leitos SUS (334 em UTI e 474 em leitos clínicos/enfermaria) e 202 em leitos da rede particular (63 em UTI e 139 em leitos clínicos/enfermaria). Há outros 1.035 pacientes internados, 497 em leitos UTI e 538 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo vírus Sars-CoV-2.
| Bem Paraná | | | Na capital paranaense, índice ficou entre 40 e 45%; movimentação de pessoas entre a capital e os municípios da região metropolitana também não se alterou com o decreto.
O índice de isolamento social em Curitiba e região metropolitana não alcançou os resultados esperados pelo governo estadual com as medidas restritivas adotadas entre dia 1º e 14 de julho, segundo um levantamento com dados de localização de celulares.
Os dados, coletados pela empresa InLoco e monitorados pela Universidade de São Paulo (USP), mostraram que, ao longo das duas semanas de vigência do decreto, o isolamento nos municípios vizinhos de Curitiba foi, em média, menor do que o registrado na capital.
Enquanto em Curitiba de 40% a 45% das pessoas ficaram em casa, nas maiores cidades da região metropolitana, como São José dos Pinhais, Colombo, Araucária, Piraquara, Fazenda Rio Grande e Almirante Tamandaré, o índice sempre esteve abaixo dos 40% de segunda a sexta-feira.
"As medidas mais recentes não tiveram o efeito que esperávamos", afirmou o presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec) e prefeito de Fazenda Rio Grande, Marcio Wozniack (PSDB).
Esse vai e vem de pessoas, conforme os especialistas, impacta diretamente no número de casos.
"É mais difícil controlar a pandemia quando as pessoas continuam saindo de casa. Curitiba e os municípios do entorno são muito interligados. Qualquer medida de controle tem que passar por uma integração entre eles", afirmou o o epidemiologista da Fundação Nacional da Saúde no Paraná e professor da Universidade Positivo (UP), Moacir Ramos.
O isolamento
Até 14 de julho, o índice variou, em média, entre 35% e 45% durante os dias da semana, nos municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O patamar é o mesmo do período anterior ao decreto.
A expectativa da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) era que o isolamento superasse os 50% no período. O índice só foi alcançado aos domingos, quando decretos municipais determinaram o fechamento de supermercados e outras atividades.
Conforme a pesquisa, realizada em mais de 4 mil municípios do país, as pessoas que percorrem uma distância de mais 450 metros de casa estão descumprindo o isolamento social.
Outro índice calculado pela USP aponta que a movimentação diária de pessoas entre Curitiba e municípios da região metropolitana se manteve estável entre 1º e 14 de julho, repetindo o que ocorreu em junho.
Os dados apontam que cerca de 70% das pessoas que se deslocavam entre os municípios antes do início da pandemia continuaram indo e voltando diariamente de Curitiba.
O número de deslocamentos foi menor no início da pandemia, em março, quando as saídas e entradas da cidade caíram cerca de 50%.
Naquele período, a taxa de isolamento em Curitiba variou de 50% a 57%, os maiores índices já registrados na cidade. Nos municípios vizinhos, entre 20 e 31 de março, o isolamento também foi recorde, variando de 49% a 55%, em média.
"São mais de três meses com alguma restrição, e hoje temos uma dificuldade de adesão das pessoas", afirmou Wozniack.
Os dados do monitoramento apontam que o maior número de deslocamentos na região metropolitana acontece entre Curitiba e São José dos Pinhais e entre a capital e Colombo.
Segundo o médico Moacir Ramos, isso acontece porque muitas pessoas que trabalham em Curitiba moram nas cidades vizinhas e se deslocam para a capital mesmo que os decretos dos municípios do entorno sejam mais restritivos.
"A mensagem é para que as pessoas fiquem em casa, mas enquanto alguns serviços continuarem funcionando, parte desse fluxo vai se manter, especialmente nos dias de semana, e o vírus vai continuar circulando", afirmou o epidemiologista.
A média móvel de novos casos em Curitiba, considerando o boletim de terça-feira (14) era de 412 novos casos por dia. Em relação ao início do decreto, no dia 1º de julho, quando a média apontava para 250 novos casos diários, o aumento foi de 65%.
A média móvel de mortes no mesmo período passou de 5 para 12 – 140% de aumento.
Os especialistas entendem que a variação de até 15%, para mais ou para menos, caracteriza estabilidade da doença no período.
Segundo o epidemiologista Moacir Ramos, os efeitos das medidas demoram, em média, duas semanas para apresentarem impactos nos números de casos e mortes.
Transporte público
Parte do fluxo de pessoas entre Curitiba e as cidades do entorno acontece pelo transporte público metropolitano.
De acordo com dados da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), cerca de 300 mil passageiros usavam o transporte público entre as cidades da região em um dia normal de semana antes da pandemia.
Após o início da pandemia, este movimento caiu para uma média de 120 mil passageiros por dia.
Os dados, no entanto, também mostram que não houve queda de passageiros durante o período de vigência do decreto mais restritivo publicado pelo governo estadual.
"Depois da queda expressiva no início da pandemia, notamos que o fluxo se mantém", disse o presidente da Comec, Gilson Santos.
Segundo Santos, isso acontece porque muitos dos trabalhadores que fazem esses trajetos diariamente são informais. "E nesses casos muitos patrões não atenderam ao pedido de flexibilização de horário", afirmou.
Medidas integradas
De acordo com o médico, todas as medidas de combate ao coronavírus precisam ser integradas por região e devem visar a queda na movimentação de pessoas.
"Toda proposta de controle da pandemia em Curitiba precisa abranger a região metropolitana, e vice-versa", afirmou o epidemiologista.
Na quarta-feira, a Associação dos Municípios da Região Metropolitana recomendou a cada cidade um modelo de decreto que flexibiliza as regras para o comércio, liberando que shoppings e bares, por exemplo, voltem a abrir.
O presidente associação dos municípios, Márcio Wozniack, afirmou que não acredita que a adoção de medidas mais duras possam surtir efeito.
"Temos uma parcela muito grande de pessoas que não acredita na pandemia, há comerciantes que desrespeitaram as últimas medidas. O caminho é tentar conscientizar e trabalhar mais próximo as pessoas colaborem e ajam com responsabilidade", disse Wozniack.
Segundo o presidente da Assomec, o objetivo da recomendação é que todos os municípios tenham decretos alinhados.
"Se um município permite que shoppings abram e outros não, por exemplo, vai haver uma migração. Por isso as medidas devem seguir as mesmas restrições", afirmou.
A Sesa informou que conta com as lideranças municipais e regionais para a articulação de ações coordenadas na execução do Plano de Contingência do Paraná COVID-19.
A secretaria estadual informou que o Fórum Metropolitano de Prefeitos conta com as condições técnicas e políticas, para a definição de medidas pertinentes frente ao cenário da região.
Alternativas
Segundo o epidemiologista Moacir Ramos, uma forma de tentar amenizar os impactos deste fluxo no avanço da pandemia é escalonar os horários dos trabalhadores que continuam se deslocando.
"É uma mudança cultural imposta pelo cenário. Estamos nos adaptando ao trabalho remoto e à telemedicina, por exemplo. Dado que o deslocamento acontece, devemos entender que é preciso flexibilizar os horários de entrada e saída de quem continua indo até o trabalho", afirmou Ramos.
| G1 | | | | A pandemia de covid-19 provocou, na primeira quinzena de junho, o fechamento de 39,4% das 1,3 milhão de empresas que haviam suspendido temporária ou definitivamente suas operações. No total, foram 522,7 mil negócios encerrados no período.
Os dados são da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, que integram as Estatísticas Experimentais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre essas que foram fechadas pela pandemia, 518,4 mil (99,2%) eram de pequeno porte (tinham até 49 empregados), 4,1 mil (0,8%) de porte intermediário (de 50 a 499 empregados) e 110 de grande porte (mais de 500 empregados).
| Bem Paraná | | | Pesquisa da CNI mostra que 2/3 das pessoas dizem que recuperação dos impactos provocados pela pandemia ainda não começou. Receio do futuro leva 71% a cortar gastos mensais
O nível reduzido de consumo tende a ser mantido mesmo após o fim do isolamento social
Ainda que o Brasil tenha começado a promover a retomada das atividades produtivas, a população está insegura e pretende manter seus gastos em patamares reduzidos. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), encomendada ao Instituto FSB Pesquisa, revela que 67% dos entrevistados acreditam que a recuperação econômica ainda não começou e 61% afirmam que ela vai demorar pelo menos um ano para ocorrer.
Apesar de a pesquisa indicar alguma recuperação na renda (caiu de 40% no início de maio para 31% agora o percentual das pessoas que disseram ter perdido em parte ou totalmente a sua renda), grande parte das pessoas ainda continua com as despesas retraídas: 71% dos brasileiros disseram ter reduzido seus gastos mensais desde o início da pandemia. Em maio, eram 74%.
A cautela talvez se explique pela insegurança ainda provocada pela conjuntura atual. Dentre os trabalhadores formais e informais, 71% dizem ter algum medo de perder o emprego, leve recuo em relação aos 77% que tinham algum grau de temor no início de maio. No entanto, o percentual dos trabalhadores que têm medo grande ou muito grande de perder o emprego ficou praticamente estável: 45% agora, ante 48% há dois meses.
“Os dados recentes da economia mostram que o pior da crise causada pelo novo coronavírus pode ter ficado para trás. Mas a pesquisa reforça a enorme importância de se construir uma agenda consistente, com ações de médio e longo prazo, para a retomada das atividades produtivas e do crescimento do país. Recuperar a confiança brasileiro, para que ele volte a consumir, é de suma importância para acelerar esse processo”, afirma comenta presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
“Também é fundamental dar andamento às reformas estruturais e atacar os problemas que aumentam os custos de produção e diminuem a capacidade da indústria brasileira de competir e gerar emprego e renda para os brasileiros”, completa.
De acordo com a pesquisa, o nível reduzido de consumo tende a ser mantido mesmo após o fim do isolamento social. Para todos os produtos pesquisados, que vão desde itens como roupas, produtos de higiene pessoal até bebidas alcóolicas, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, a maioria dos consumidores pretende manter os gastos com eles.
Para se ter uma ideia, os itens que mais devem ter crescimento no consumo no pós-isolamento são as roupas. Mesmo assim, apenas 21% dos entrevistados afirmaram que pretendem ampliar o consumo desses produtos.
Brasileiro segue favorável ao isolamento social
Apesar das perdas econômicas e do medo grande do novo coronavírus ter caído de 53% para 47% em relação ao primeiro levantamento, em maio, os dados mostram que o brasileiro segue favorável ao isolamento social (84%).
O grupo das pessoas que saem de casa apenas para ações essenciais, como fazer compras ou trabalhar, aumentou de 58% para 67% entre maio e julho. Sobre o trabalho remoto, oito em cada dez entrevistados admitem que as tarefas que precisam entregar não podem ser feitas de casa.
A população está dividida quanto ao retorno das atividades do comércio de rua — 49% aprovam e 47% desaprovam —, mas sobre outros itens, como salões de beleza, bares e restaurantes, shoppings, escolas e universidades, academias e cinemas, a maioria dos brasileiros é contra a abertura. Os percentuais variam de 57% a 86% desfavoráveis a reabertura desses estabelecimentos.
Percentual da população endividada recua
Um dado positivo revelado pela pesquisa diz respeito ao endividamento, que apesar de estar num nível elevado, atingindo 45% da população, recuou oito pontos percentuais na comparação com maio, quando 53% dos entrevistados se declararam endividados. E, dentre quem tem dívida, 62% afirmam que conseguirá quitá-la nos próximos 30 dias. O percentual é dez pontos percentuais maior que o registrado em maio.
O levantamento mostrou ainda que 30% dos brasileiros pediram e estão recebendo o auxílio emergencial do governo. Entre eles, a maioria (57%) usou os recursos para compras e 35% destinaram os valores para pagar dívidas.
O levantamento foi realizado pelo Instituto FSB Pesquisa com 2.009 pessoas de todas as Unidades da Federação entre 10 e 13 de julho e tem margem de erro de dois pontos percentuais. Em virtude do próprio isolamento social, as entrevistas foram realizadas por telefones fixos e móveis, em amostra representativa da população brasileira a partir de 16 anos.
| CNI | | | | Ministro da Economia afirmou que proposta já está na Casa Civil. Ele disse que primeira parte deve tratar de pontos em relação aos quais há entendimento, como a criação do IVA.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (16) que entregará na próxima terça (21) ao presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a primeira parte da proposta de reforma tributária do governo. Segundo Guedes, a proposta está pronta e se encontra em preparação na Casa Civil.
Ele afirmou que essa primeira parte da proposta deve englobar pontos em relação aos quais já há entendimento, como o a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que deve englobar impostos federais. O ministro não explicou, porém, quais tributos seriam incorporados - citou somente o PIS-Cofins.
Guedes disse que não quer incluir nessa proposta a criação de um novo imposto que incidiria sobre pagamentos ou comércio eletrônico a fim de não paralisar a tramitação da reforma. A criação desse imposto enfrenta resistência, por exemplo, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
O ministro da Economia tem defendido a ampliação da base de arrecadação. Segundo ele, a criação de um novo imposto que será cobrado em cima de uma base maior permitirá, por exemplo, desonerar a folha de pagamento e financiar programas sociais.
Uma das propostas do ministro é a criação de uma alíquota de 0,2% que seria cobrada em cima do comércio eletrônico.
Segundo Guedes, é "tolice" paralisar toda a reforma por causa de um ponto de discordância. Mas, segundo ele, o assunto será discutido.
“Se a gente começar pelo que nos desune vai acabar a reforma tributária antes de começar”, disse.
No evento, Guedes também confirmou que a proposta vai prever a tributação de dividendos e redução do imposto de renda de empresas.
| G1 | | | | Pandemia levou ao congelamento de vagas por causa da interrupção de atividades; micro e pequenas empresas, responsáveis pela maior parte das contratações do país, foram as mais afetadas.
Diante da crise provocada pelo coronavírus, empresas de recrutamento registraram queda na abertura de vagas desde o começo da pandemia, em março. É o que aponta um levantamento feito pelo G1 com algumas das principais recrutadoras do país: Catho, Page Group, Luandre e Robert Half.
Além do congelamento de contratações, as recrutadoras registraram aumento de vagas nas modalidades de trabalho temporário e contratos PJ (pessoa jurídica).
Na semana passada, um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que a redução das admissões contribuiu mais para a queda do emprego com carteira assinada no país do que o aumento dos desligamentos. Essa queda na abertura de postos de trabalho, segundo Fabrício Kuriki, gerente de business intelligence da Catho, foi observada, de um modo geral, a partir das primeiras semanas de quarentena.
Segundo ele, as micro e pequenas empresas, responsáveis pela maior parte das contratações do país, foram as mais afetadas desde o início da pandemia. “Muitas delas não puderam operar ao longo desse período ou tiveram suas atividades reduzidas. Desta forma, naturalmente ocorre uma diminuição ou paralisação das contratações”, explica.
Outro fator apontado por Kuriki foi a falta de perspectiva de retorno das atividades nos setores de comércio e serviços, duramente afetados pelo isolamento, que acabou diminuindo a confiança dos empresários para abrir novas vagas para suas empresas.
Na Catho, os setores que mais sofreram queda nas contratações foram hotelaria e turismo, o pequeno comércio e o setor de entretenimento. Cada um desses setores registrou diminuição em suas contratações, nos meses de abril e maio, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Lucas Nogueira, diretor de recrutamento da Robert Half, aponta que houve queda na demanda de contratações exatamente em função do cenário da crise, a partir da segunda quinzena do mês de março e, de uma maneira mais aguda, em abril e maio.
“Temos observado pelas conversas e interações com nossos clientes que há ainda um cenário de bastante incerteza econômica, o que impacta em investimentos sendo retardados, adiamento de projetos e engavetamento de propostas, especialmente entre as multinacionais. Não vemos efetivamente o cancelamento dessas iniciativas, mas adiamentos e redimensionamentos de projetos em virtude deste novo cenário”, conta.
Nogueira comenta que, no início da pandemia, as empresas cortaram as posições não tão estratégicas, além das mais operacionais e de menor qualificação, “o que deu um tranco no número de desempregados do país, sobretudo porque grande parte da população economicamente ativa não é igualmente qualificada".
“Agora, as empresas estão pensando duas vezes em demitir.
Primeiro, porque a mão de obra de menor qualificação já foi desligada no momento inicial. E, com um quadro formado por profissionais essenciais, mais qualificados ou estratégicos, as empresas pensam mais vezes antes de uma nova demissão, pois sabe-se que para contratar novamente e treinar esses perfis profissionais é mais desafiador e leva um tempo maior.
Além disso, há uma percepção de grande parte das empresas de que pelo menos o pior da crise econômica já passou. Desta forma, as empresas tendem a permanecer com esses profissionais e tentar reduzir outros custos”, explica.
O diretor de recrutamento da Robert Half aponta ainda que as medidas do governo, como a redução de jornada e salário, de certa forma têm “protegido” uma fatia considerável da população e, consequentemente, as empresas pensam mais antes de um novo desligamento.
O PageGroup também detectou uma diminuição na oferta de vagas em março e abril em quase todos os setores, exceto em alimentação, agropecuária, tecnologia e saúde, que registraram aumento. Em maio, as empresas voltaram a conversar sobre novas ofertas de emprego e, em junho, as contratações foram retomadas.
A Luandre registrou cancelamentos de vagas, principalmente, no início da pandemia. Desde então, alguns setores alimentícios reduziram seu quadro ou suspenderam contratos, enquanto empresas voltadas para serviços a clientes optaram por redução de jornada.
Temporários e PJ
A Catho informou que as contratações pelas modalidades de trabalho temporário, autônomo ou PJ aumentaram “expressivamente” em comparação com o mesmo período do ano passado.
Cresce número de candidatos que passam a aceitar contratação como PJ; entenda a diferença em relação à CLT
A Luandre também registrou aumento de demanda na mão de obra temporária em relação às vagas efetivas em segmentos que continuaram contratando em meio à pandemia.
Lucas Nogueira afirma que na Robert Half, em junho, houve um crescimento de 20% em posições para projetos temporários frente aos meses de março, abril e maio. Segundo ele, há um volume considerável de profissionais qualificados disponíveis e mais propícios a aceitar esse tipo de trabalho.
“Apesar de não ser um modelo de contratação tão novo no Brasil, o que observamos é que as empresas começaram a observar que em um cenário incerto e de horizonte ainda nebuloso, esse tipo de contratação encaixa muito bem. As vantagens são que nesse modelo o profissional atua em um projeto com tempo determinado e dentro desse cenário isso é visto como uma boa possibilidade de contratação”, comenta.
Levantamento da Page Interim, consultoria especializada em recrutamento, seleção e administração de profissionais terceirizados e temporários do PageGroup, mostra que as contratações de terceiros e temporários aumentou principalmente nos setores de TI, Vendas, Finanças, RH e Saúde.
Veja 5 setores que estão contratando temporários e terceirizados
De acordo com Maíra Campos, diretora da Page Interim, apesar da instabilidade econômica atual, há mudança de estratégia de diversas empresas, que acompanham a complexidade do cenário proporcionado pela pandemia.
“A adaptação às novas demandas e a digitalização dos negócios é uma necessidade cada vez mais evidente. Também encontramos diversos desafios de estabilização de operações, reajustes de departamentos e a busca por reduções de custos significativos, que variam de acordo com as especificações das empresas”, conta.
Para a executiva, o investimento em novos cursos e tecnologias é uma boa alternativa para reforçar funções e aprendizados tradicionais e oferecer diferenciais às empresas que estão contratando.
Setores com crescimento de vagas
Na Catho, cargos relacionados à área da saúde, comercial, logística, supermercadista e farmácia são os que mais apresentaram crescimento desde o início do isolamento social até junho. Veja abaixo a lista das 17 ocupações com maior abertura de vagas:
Na Luandre, houve um aumento significativo nos setores de saúde, varejo (inclui e-commerce) e logística. Segundo a empresa intermediadora de mão de obra, muitas vagas do varejo migraram para logística por causa do aumento das vendas online.
O PageGroup aponta que a pandemia do novo coronavírus está provocando uma nova onda de contratações de profissionais de tecnologia e de finanças.
Covid-19 provoca onda de contratações de profissionais de tecnologia; veja cargos em alta
De acordo com a consultoria, a alta demanda no trabalho à distância, em transações online e na capacidade instalada fez com que as empresas acelerassem a busca por executivos da área de tecnologia que possam conduzir projetos de infraestrutura, reforçar a segurança de dados e administrar o suporte técnico.
“Alguns setores, como os de saúde, e-commerce e alimentação, estão sendo muito demandados nesse momento, mas já há casos de outros segmentos buscando mais profissionais de tecnologia. Em geral, essas companhias estão de olho em executivos de infraestrutura e redes, para que possam suportar a estrutura de tecnologia em um momento de alta utilização de equipamentos”, explica Luana Castro, gerente da área de TI da Michael Page e Page Personnel, empresas integrantes do PageGroup.
“Seguindo a mesma lógica, o segmento de comércio eletrônico também apresenta alta. Com as pessoas em quarentena, as compras on-line passam a ser a primeira opção de todo consumidor. Vale também para startups e empresas de mobilidade e logística. Grande parte das empresas opta por continuar as contratações de engenheiros de software afim de manter a plataforma funcionando e com boa operacionalização com a alta demanda”, completa.
Em relação à área de finanças, com o fim da pandemia, as empresas deverão fazer um movimento de busca por novos executivos do setor financeiro. Essa demanda deverá ser mais aquecida com a retomada das atividades e a necessidade de as empresas contratarem especialistas em revisão de fluxo de caixa, negociação com bancos, estruturação de capital e renegociação com fornecedores.
| G1 | | | | Ao todo, 12,4 milhões de brasileiros estavam desempregados na quarta semana de junho, 2,6 milhões a mais que o registrado na primeira semana de maio.
Depois de um leve recuo que interrompeu quatro semanas seguidas de alta, o desemprego diante da pandemia do novo coronavírus voltou a crescer. É o que aponta o levantamento divulgado nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o IBGE, 12.428 milhões de pessoas estavam desempregadas na quarta semana de junho, 675 mil a mais que na semana anterior. Já na comparação com a primeira semana de maio, o contingente de desempregados no país aumentou em cerca de 2,6 milhões de pessoas - uma alta de 26% no período em sete semanas.
“Em relação a primeira semana de maio, o movimento também é de queda na população ocupada, aumento da desocupada e consequentemente aumento da taxa de desocupação. A população desocupada e em busca de ocupação aumentou 26%, em relação à primeira semana de maio”, apontou a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.
Ainda de acordo com o IBGE, o nível de ocupação no país ficou em 48,5%, com queda tanto na comparação com a semana anterior (49,3%) quanto à primeira semana de maio (49,4%).
O levantamento foi feito entre os dias 21 e 27 de junho por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.
Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas.
Na última divulgação, a Pnad Contínua mostrou que, entre abril e maio, cerca de 7,8 milhões de postos de trabalho foram fechados no Brasil, chegando 12,7 milhões o número de desempregados no país. Os dados de junho serão divulgados pelo IBGE no dia 27 de julho.
| G1 | | | | A taxa de desocupação ficou em 13,1% na semana de 21 a 27 de junho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Covid (Pnad Covid), divulgada nesta sexta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa ficou acima tanto dos 12,3% registrados na semana anterior quanto dos 10,5% da primeira semana de maio, primeira semana de referência da nova pesquisa do IBGE.
Eram 12,4 milhões de desempregados na semana de 21 a 27 de junho indicando que 2,6 milhões de trabalhadores passaram ao desemprego desde a primeira semana de maio.
O contingente de pessoas sem emprego sobe para 39,4 milhões quando se leva em conta a população não ocupada que não procurou trabalho (ou seja, fora da força de trabalho), mas que gostaria de trabalhar. Dos 26,9 milhões fora da força que gostariam de trabalhar, 17,8 milhões deixaram de buscar um emprego por causa da pandemia de covid-19 ou por falta de trabalho em sua localidade.
A população ocupada ficou em 82,5 milhões de pessoas na semana de 21 a 27 de junho, primeira queda em relação às semanas anteriores - na semana de 14 a 20 de junho, a população ocupada era de 84 milhões de trabalhadores.
A relativa estabilidade na população ocupada semana a semana indicava que as perdas de empregos - seja com demissões, seja com trabalhadores informais desistindo de trabalhar - haviam parado desde o início de maio. A comparação com a população ocupada na primeira semana de maio sinaliza para o fechamento de 1,4 milhão de vagas nesse período.
Do total de ocupados, 12,5% (10,3 milhões de trabalhadores) estavam afastados por causa de medidas de isolamento social relacionados à covid-19, abaixo dos 19,8% da primeira semana de maio. Essa proporção vem se reduzindo semana a semana, sinalizando para um retorno dos trabalhadores a suas atividades.
Ainda entre os ocupados, 8,6 milhões, ou 12,4% do total, exerciam suas atividades remotamente, trabalhando de casa. Esse contingente tem se mantido estável desde o início da Pnad Covid.
O contingente de trabalhadores ocupados em atividades tidas como informais somou 28,5 milhões na semana de 20 a 27 de junho. Assim, a taxa de informalidade subiu para 34,5%, ante 33% na semana anterior. Na primeira semana de maio, a taxa de informalidade estava em 35,7%, informou o IBGE.
A nova pesquisa é uma versão da Pnad Contínua, planejada em parceria com o Ministério da Saúde, para levantar dados sobre o mercado de trabalho e saúde. A coleta mobiliza cerca de 2 mil agentes do IBGE, que levantam informações de 193,6 mil domicílios distribuídos em 3.364 municípios de todos os Estados do País.
| CNN Brasil | | | | Taxa subiu para 13,1%, a maior em oito, porque, segundo o IBGE, as pessoas estão voltando a procurar trabalho
Com o fechamento de 1,5 milhão de postos de trabalho, a taxa de desemprego acelerou no fim de junho, atingindo o maior valor desde o início de maio, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) passou a divulgar a evolução semanal do mercado de trabalho durante a pandemia.
De acordo com o instituto, 12,4 milhões de brasileiros estavam em busca de trabalho na semana encerrada em 27 de junho, o que equivale a uma taxa de desemprego de 13,1%. São 2,6 milhões de pessoas a mais do que a primeira edição da pesquisa, na semana encerrada no dia 9 de maio.
Em nota, a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, diz que a piora do indicador é resultado tanto da queda da população ocupada quanto do aumento do número de pessoas atrás de emprego. "A população desocupada em busca de ocupação aumentou 26% em relação à primeira semana de maio", disse ela.
A pesquisa do IBGE identificou que 82,5 milhões de brasileiros tinham trabalho na última semana de junho, contra 84 milhões na semana anterior. Foi a primeira vez que a queda no número de ocupados superou um milhão de pessoas desde o início da pesquisa.
O instituto não analisou as razões para a forte queda no número de empregados no país, que ocorre num momento de relaxamento das medidas de isolamento social, com a reabertura de lojas e serviços em grandes cidades que foram epicentros no início da pandemia.
Segundo o IBGE, caiu também o contingente de pessoas que têm emprego mas estavam afastadas do trabalho devido ao isolamento social, que passou de 11,1 milhões para 10,3 milhões de pessoas. Na comparação com o início de maio, são 5,5 milhões de pessoas a menos.
"Isso é resultado de pessoas que podem estar retornando ao trabalho, mas também devido a um possível desligamento dessas pessoas do trabalho que elas tinham", disse a coordenadora da pesquisa do IBGE.
Houve queda também no número de trabalhadores informais, que passou de 29,9 milhões no início de maio para 28,5 milhões na última semana de junho, em um indicativo de que a aceleração do desemprego também atingiu aqueles que não têm carteira assinada.
A taxa de desemprego reflete o contingente de pessoas que diz estar em busca de uma colocação. Segundo o IBGE, porém, há 26,9 milhões de pessoas no país que gostariam de trabalhar mas não procuraram trabalho no período.
Com o relaxamento das medidas de isolamento, caiu o número de pessoas que alegam que a pandemia limita a busca por emprego. No início de maio, eram 19,1 milhões. Já na última semana de junho, foram 17,8 milhões de pessoas.
"A pandemia vem, cada vez mais, deixando de ser o principal motivo que as pessoas alegam para não ter procurado trabalho", afirmou Vieira. Entre os ocupados, 8,6 milhões trabalhavam de forma remota, número que segue estável desde a primeira semana da pesquisa.
Nesta quinta (17), o IBGE divulgou a primeira edição de uma pesquisa sobre os impactos da pandemia nas empresas, que indicou que 522 mil negócios suspenderam atividades ou fecharam definitivamente as portas após o início da crise.
O problema atingiu de forma mais intensa pequenas empresas do setor de serviços, que é uma grande empregador e sofre mais com as restrições à abertura de estabelecimentos comerciais. Nesse segmento se enquadram, por exemplo, bares, restaurantes, hotéis e atividades culturais.
| Folha de S. Paulo | | | | Em artigo publicado nesta sexta-feira (17), no jornal Valor Econômico, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, explica propostas essenciais para impulsionar a infraestrutura e proporcionar o início de um novo ciclo de crescimento econômico
Os empreendimentos em infraestrutura serão decisivos para a retomada da economia brasileira após a pandemia da Covid-19. Porém, para atrair novos investimentos privados, é fundamental que sejam destravadas algumas amarras que, historicamente, têm impedido o Brasil de avançar nessa área. É preciso, por exemplo, aprovar os cerca de dez projetos de lei que atualizam marcos legais do setor, primordialmente na área de licitações e outorgas. A redução dos riscos legais, regulatórios e relativos ao ambiente de negócios também é essencial para atrair capital privado.
Um importante passo nessa direção foi a aprovação, pelo Congresso Nacional, do novo marco legal do saneamento básico, que viabilizará um choque de eficiência nas diversas empresas estatais de saneamento, que, atualmente, são responsáveis pelo atendimento de água e esgoto de mais de 90% dos municípios brasileiros. Além disso, abre espaço para a iniciativa privada atuar na exploração do setor, e institui um regime de licitações, com potencial para atrair grandes investimentos e a geração de, pelo menos, um milhão de empregos em cinco anos.
O modelo atual, baseado em contratos celebrados sem licitação entre estados e municípios, não tem sido capaz de expandir a prestação dos serviços de maneira satisfatória. O novo marco legal melhora a qualidade das regras, ao estabelecer a Agência Nacional de Águas (ANA) como responsável pela regulação do setor, e aumenta a segurança jurídica, ao esclarecer a titularidade nos casos de interesse comum.
Outra medida urgente é a continuidade dos programas de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPP) da União e dos estados. No âmbito federal, a carteira tem mais de 100 projetos, com destaque para a concessão de 22 aeroportos, duas ferrovias, oito rodovias e 12 terminais portuários, além da privatização das companhias Docas de Santos (SP) e do Espírito Santo. A retomada de obras públicas paradas é também uma grande oportunidade para resolver gargalos existentes.
O Brasil investe pouco em infraestrutura, e parte dos investimentos acaba imobilizada em obras paralisadas, que consomem vultuosos recursos e não geram benefícios para a população que as financia por meio do pagamento de impostos. De acordo com o governo federal, atualmente existem cerca de 6 mil obras públicas federais interrompidas ou com início adiado. São projetos em diversos setores, como saneamento básico, transportes, energia e urbanização, que somam investimentos da ordem de R$ 42 bilhões.
No campo da energia elétrica, existem três importantes propostas tramitando no Congresso Nacional. O atual modelo apresenta claros sinais de desgaste, com problemas no planejamento e na gestão dos mercados, que desestabilizaram o segmento, gerando custos adicionais, crescente judicialização e passivos financeiros que recaem sobre os consumidores. O Projeto de Lei 232/2016 propõe um marco legal e estabelece normas para ampliar o mercado livre de energia e viabilizar uma nova estrutura de negócios.
Já o Projeto de Lei 3.975/2019 visa solucionar o problema sistêmico do risco hidrológico, que impõem riscos excessivos aos agentes do setor elétrico, devido às diferenças entre suas obrigações contratuais e as respectivas produções de energia. Tal exposição a liquidações no mercado de curto prazo causa grandes passivos e sujeita empresas a processos judiciais.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, em 2019 esse problema gerou um custo de R$ 11 bilhões. Outra prioridade nessa área é o PL 5.877/2019, que permite a capitalização da Eletrobras, um projeto muito importante para o país, porque a companhia precisa ter a possibilidade de investir sem as amarras do controle público e com a agilidade do setor privado.
No setor de gás natural, o mercado aguarda a aprovação do PL 6.407/2013, que quebra monopólios vigentes. O texto nos aproxima dos padrões de competição e de preço internacionais. Em 2019, a média da cotação do gás, no Brasil, foi de US$ 12 a 13,50 por milhão de BTUs – mais do que o triplo dos US$ 3,50 nos Estados Unidos, e quase o dobro dos US$ 7 na Europa. Os valores aqui são mais altos até mesmo do que os do Japão, que importa 100% do gás que consome. Lá, a média está em torno de US$ 9.
As legislações estaduais do gás natural também devem ser alteradas para viabilizar a quebra do monopólio na distribuição. Também significativo para a modernização da infraestrutura, o PL 3.178/2019 propõe alterações no regime de partilha de produção de petróleo em áreas do Pré-sal. O texto moderniza a legislação atual, ao revogar o direito de preferência da Petrobrás nas licitações do regime de partilha de produção. O projeto prevê, entre outras medidas, a realização de outorgas de concessão.
No setor de transportes, os investimentos federais vêm caindo desde 2010. Em 2019, o total aportado nesse segmento foi de apenas R$ 8,3 bilhões em todo o Brasil. Somos um país rodoviário, com 24% da malha federal pavimentada em estado ruim ou péssimo – situação que deve piorar com a crise gerada pela pandemia.
No setor ferroviário, o PLS 261/2018 permite a realização de outorgas de autorização para o funcionamento de ferrovias, especialmente em trechos curtos e conectados à malha atual. A operação dessas ferrovias, conhecidas como shortlines, aumentaria os investimentos, a integração e a utilização da malha. Nos EUA, existem 550 trechos de shortlines, que somam 80 mil km de extensão ou quase 30% da rede do país.
Na área ambiental, o PL 3.729/2004 estabelece regras claras e dá mais agilidade ao licenciamento. O projeto traz soluções para alguns dos principais problemas nessa área, como excesso de procedimentos e superposição de competências, falta de clareza na condução dos processos e atuação discricionária dos agentes. Por fim, a proposta tenta combater a atual insegurança jurídica, que afeta os empreendimentos mesmo após a obtenção das licenças.
Todas essas propostas são essenciais para impulsionar a infraestrutura e proporcionar o início de um novo ciclo de crescimento econômico. Adicionalmente, como são projetos que utilizam mão de obra intensiva, poderão também ajudar a reduzir os elevados índices de desemprego. A solução dos atuais obstáculos, entretanto, passa pelo aumento da participação da iniciativa privada, tanto nos investimentos quanto na gestão da operação. Temos certeza de que o Congresso Nacional dará seguimento à discussão e à aprovação dos diversos projetos, contribuindo para a melhora do ambiente de negócios e a recuperação da economia no pós-pandemia.
Robson Braga de Andrade - Presidente da CNI
| CNI | | | | Ipea: com imposto unificado sobre o consumo, com taxa de 25% e implantação total em até dez anos, o PIB pode crescer, no acumulado até 2033, 5,42% a mais (Crédito: Divulgação)
Ao simplificar e racionalizar o sistema de cobrança de impostos no País, a reforma tributária poderá acelerar o crescimento econômico. Se vingar a proposta de um imposto unificado sobre o consumo, com taxa de 25% e implantação total em até dez anos, o PIB poderá crescer, no acumulado até 2033, 5,42% a mais do que cresceria num cenário sem reforma. A conta é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O estudo do Ipea, em nota técnica do pesquisador João Maria de Oliveira, considera apenas a unificação dos impostos federais, estaduais e municipais sobre o consumo, embutidos nos preços finais de mercadorias e serviços. Ficaram de fora da estimativa os tributos sobre renda e patrimônio e sobre a folha de salários.
Carga tributária
No Brasil, os diferentes impostos sobre o consumo respondem por cerca de 50% da arrecadação total, o que é considerado uma anomalia internacional. Entre os membros da OCDE – o chamado “clube dos países ricos” -, a maior parte da arrecadação vem de impostos sobre renda e patrimônio, relata o Ipea.
Uma consequência disso é que os preços em geral ficam mais elevados, prejudicando os mais pobres. Eles pagam mais impostos proporcionalmente à renda, porque os tributos embutidos nos produtos são os mesmos para pobres e ricos. Além disso, “benefícios fiscais, regimes especiais e isenções”, previstos numa “montanha de leis, decretos, regulamentos e portarias”, geram distorções na economia, diz o instituto.
“É uma oportunidade de, ao fazer esse rearranjo, possibilitar que a economia se movimente com uma alocação mais eficiente dos investimentos”, disse Oliveira.
| Isto É Dinheiro | | | | A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) ganhou tração em quatro das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda quadrissemana de julho. No período, o índice cheio subiu 0,56%, frente à taxa de 0,5% observada na divulgação anterior.
Tiveram acréscimo nas taxas Salvador (0,64% para 0,69%), Belo Horizonte (0,37% para 0,39%), Recife (0,5% para 0,63%) e São Paulo (0,35% para 0,6%).
Em contrapartida, houve alívio nas taxas de Brasília (0,9% para 0,89%), Rio de Janeiro (0,43% para 0,34%) e Porto Alegre (0,58% para 0,47%).
| Bem Paraná | | | A taxa de inflação na capital paulista, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), desacelerou a 0,33% na segunda quadrissemana de julho, após alta de 0,40% na primeira leitura do mês, informou nesta sexta-feira, 17, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Das sete classes de despesa que compõem o IPC-Fipe, quatro apresentaram arrefecimento em suas taxas. Os principais alívios foram notados nos dois grupos de maior peso do índice.
O conjunto de preços de Habitação passou de variação positiva de 0,43% na primeira medição de julho, para 0,34% na segunda leitura. Já o grupo Alimentação saiu de elevação de 0,51% para 0,28% na segunda quadrissemana de julho.
O conjunto de preços de Saúde desacelerou a alta a 0,61% na segunda medição deste mês, depois de subir 0,70% na primeira quadrissemana, enquanto Educação atingiu queda de 0,07%, depois de cair 0,02% anteriormente.
Já os grupos Transportes (de 0,47% para 0,53%) e o de Vestuário (-0,22% para -0,13%) tiveram aceleração em suas taxas.
Por fim, o conjunto de preços de Despesas Pessoais praticamente repetiu a taxa de 0,35% da primeira quadrissemana de julho, ao ficar em 0,36% na segunda medição.
| Bem Paraná | | | O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) acelerou para uma alta de 2,02% na segunda prévia de julho, após ter aumentado 1,48% na segunda leitura de junho. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 17, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com o resultado, o índice acumulou elevação de 6,50% no ano de 2020 e alta de 9,05% em 12 meses.
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a segunda prévia do IGP-M deste mês.
O IPA-M, que representa os preços no atacado, avançou 2,72% em julho, ante alta de 2,20% na segunda medição do mês passado.
O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, apresentou alta de 0,49% na segunda prévia deste mês, após recuo de 0,14% em igual leitura de junho.
Já o INCC-M, que mensura o custo da construção, teve avanço de 0,64% na segunda medição deste mês, depois da alta de 0,25% apurada na segunda leitura de junho.
O IGP-M é usado para reajuste de contratos de aluguel.
O período de coleta de preços para cálculo do índice foi de 21 de junho a 10 de julho. No dado fechado do mês de junho, o IGP-M teve elevação de 1,56%.
| Bem Paraná | | | Estatal informou que vai aumentar o preço da gasolina em 4%; diesel subirá 6%.
A Petrobras informou nesta quinta-feira (16) que vai aumentar o preço da gasolina em 4% e do diesel em 6% nas refinarias a partir desta sexta-feira (17).
Na semana passada, a estatal anunciou reajuste médio de 5% para a gasolina, mas manteve a cotação do diesel.
O movimento é o nono aumento seguido de preço para a gasolina, em tendência vista desde o início de maio.
Nos postos, os preços da gasolina e do diesel voltaram a subir na semana passada, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Segundo levantamento semanal da agência, o valor médio do litro da gasolina ao consumidor subiu 0,81%, a R$ 4,097. O preço do litro do diesel avançou 1,27%, para R$ 3,147.
| G1 | | | A plataforma EcoStruxure Plant será mais eficaz para a transformação digital de clientes do segmento de bens de consumo embalagens.
A Schneider Electric assinou um acordo para adquirir a ProLeiT , fornecedora de automação industrial, tecnologia de controle de processo e Sistemas de Execução de Manufatura (Manufacturing Execution Systems - MES) para indústrias de Alimentos e Bebidas.
Sediada em Herzogenaurach, na Alemanha, a ProLeiT opera em 10 locais internacionais e desenvolveu um negócio crescente e lucrativo em plataformas de software. A companhia possui um portfólio de contas estratégicas, gerando um grande legado e um canal robusto no segmento de Alimentos e Bebidas (F&B), fornecendo sistemas MES (Manufacturing Execution) e PCS (Process Control) integrados para os segmentos de F&B, Química e Ciências da Vida e a solução líder de mercado para a indústria cervejeira, Brewmaxx.
Com a adição do portfólio de software ProLeiT, a plataforma EcoStruxure Plant da Schneider Electric será ainda mais ideal para impulsionar a transformação digital de clientes do segmento de bens de consumo embalados (consumer-packaged goods - CPG), fornecendo produtividade e eficiência para energia e processos.
Sophie Borgne, SVP Digital Plant comenta: "O ProLeiT traz profundo conhecimento de domínio no processamento de bebidas, alimentos líquidos e outros produtos de consumo embalados. Nossas equipes de P&D combinadas fornecerão a melhor tecnologia integrada da categoria e soluções digitais para indústrias mais inteligentes. Estou ansioso para receber as equipes do ProLeiT de todo o mundo dos negócios da Planta Digital após o fechamento final do negócio."
A aquisição do ProLeiT reforça ainda mais a posição da Schneider Electric em Automação Industrial nos segmentos de Alimentos e Bebidas, com sinergias em potencial em Ciências da Vida e Produtos Químicos.
E Mike Jamieson, presidente do segmento de CPG concorda: "Para clientes de bens de consumo embalados, a extensão de nosso portfólio para incluir o ProLeiT não apenas traz tecnologia líder de mercado para otimização dos processos de produção, mas também uma forte equipe de especialistas nesses processos, cujo conhecimento é codificado em suas plataformas de classe mundial Plant IT e Brewmaxx.
Como um sistema de controle de processo aberto, com funcionalidade MES incorporada, alavancando a tecnologia de ponta e adotando totalmente os padrões e métodos da indústria 4.0, o ProLeiT complementa e aprimora nosso portfólio atual, ao mesmo tempo em que apóia nossa visão para sistemas de automação abertos, interoperáveis e flexíveis. "
A aquisição enriquece a plataforma de software EcoStruxure para clientes de Alimentos e Bebidas, oferecendo controle avançado de processo e software MES, além de conexão nativa às ofertas Modicon e AVEVA. A Schneider Electric acredita que, para impulsionar as mudanças nessa economia digital, o software deve desempenhar um papel de liderança na automação, otimização e gerenciamento de plantas industriais.
Wolfgang Ebster, CEO da ProLeiT AG., confirma que "reunir a ProLeiT e a Schneider Electric é uma ótima oportunidade para combinar experiência e desenvolver negócios de software por meio dos canais da Schneider Electric".
Ebster continua: "Prevemos um tremendo potencial de crescimento em um futuro próximo, impulsionado pelos sistemas de controle de processos da ProLeiT e pelo know-how líder do setor no campo de bens de consumo embalados e pela presença no mercado global da Schneider e produtos complementares. Ao combinar nossa experiência e habilidades no desenvolvimento de software com as competências e a eficiência da Schneider, estamos na pole position quando se trata de impulsionar a transformação e o crescimento da Internet Industrial das Coisas. "
| CIMM | | | | Equipamento traz entre os principais benefícios ambientais: redução do consumo de energia, água, óleo e emissões de CO2.
A Volkswagen do Brasil inaugura oficialmente sua prensa PXL "Extra Large" na área de Estamparia da unidade Anchieta, localizada em São Bernardo do Campo/SP. O investimento para este projeto de modernização da produção vem dos R$ 2,4 bilhões direcionados para as fábricas paulistas, já anunciado, e que estão inseridos dentro do ciclo de R$ 7 bilhões até o final deste ano.
"Esta instalação permite que o processo de produção na Estamparia da fábrica Anchieta tenha o mesmo nível de tecnologia e qualidade disponível no Grupo VW mundialmente", ressalta Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen América Latina. Na ocasião, a Volkswagen do Brasil também celebra o marco de 24 milhões de automóveis produzidos em suas três unidades fabris - São Bernardo do Campo/SP, Taubaté/SP e São José dos Pinhais/PR ao longo de sua história no País.
Mesmo diante da pandemia, seguindo todos os protocolos de saúde e segurança para proteger o time envolvido, o projeto da Estamparia que nasceu no final de 2018 manteve seu cronograma de instalação planejado.
"A PXL, além de oferecer o mais avançado e alto nível de segurança aos nossos operadores, é quatro vezes mais produtiva do que as prensas anteriores. A nova prensa alcança em média 7,1 ciclos por minuto, chegando a 3,4 mil peças em um turno de produção e sua força máxima de estampagem é de 2,1 mil toneladas", detalha António Pires, vice-presidente de Operações da Volkswagen do Brasil e Região América do Sul.
A nova prensa será utilizada para estampar peças de todos os veículos produzidos sob a Estratégia Modular MQB da unidade Anchieta, ou seja, VW Polo, VW Virtus e o mais novo modelo VW Nivus. Este último lançamento contribuiu para viabilizar o projeto, uma vez que com a nova PXL o custo logístico de peças, que eram produzidas em Taubaté, foi reduzido. A fábrica de Taubaté também conta com uma prensa similar a essa inaugurada na Anchieta.
Proteção ambiental e eficiência energética
Adicionalmente, além desta redução nos custos logísticos da Volkswagen, aspectos e impactos positivos em relação à proteção ambiental e eficiência energética também foram levados em consideração.
A nova prensa PXL e suas instalações foram planejadas em total alinhamento às recomendações dos Princípios Ambientais do Grupo Volkswagen. Isso coloca o projeto alinhado às rigorosas práticas exigidas mundialmente pela VW. Outros benefícios estimados:
• Redução do consumo de energia elétrica de aproximadamente 7 mil MWh por ano, equivalente ao consumo anual de 3.720 residências.**
• Novo processo mais moderno e prensa com sistema fechado gera mais eficiência; menos setups; comunização de peças, ou seja, operação com peças em comum; redução de ruídos (até 60% menos) e de vibração.
• Redução do consumo de óleo.
• Redução de geração de sucatas.
• Redução de consumo de ar-comprimido.
• Sistemas de Climatização sem CFC, ou seja, sem utilizar gases refrigerantes agressivos ao meio ambiente.
• Lâmpadas LED e Dimerizadas, com redução de consumo de energia elétrica de 250 MWh por ano.
• Redução de 30% do consumo de água com uso de sistemas de bombas de água industrial com inversor de frequência.
• Redução do transporte interplantas e consequentemente diminuição no consumo de combustíveis e emissões de CO2, este último em aproximadamente 45% / Base - GHG Protocol.
Fábrica Digital
Em função da grande complexidade logística e com o objetivo de assegurar fluxos e processos seguros para os operadores envolvidos, a VW utilizou a Fábrica Digital no planejamento do projeto. Desta forma, com simulações virtuais foi possível otimizar e obter informações sobre possíveis gargalos, interrupções e número de recursos humanos, bem como otimização do layout e espaço para armazenagem de materiais necessários previamente à instalação da nova PXL.
A Fábrica Digital também contribuiu com a simulação virtual do percurso desde o momento em que o caminhão chega na área de Estamparia com os blanks (matéria-prima, chapa de aço cortadas na medida de cada peça a ser estampada), incluindo a movimentação das empilhadeiras dentro da área, até a saída dos materiais. Para se ter uma ideia dos números movimentados após a instalação da nova prensa, no total são 5.032 embalagens com peças já estampadas por semana, mais de 1,6 mil quilômetros percorridos da esteira aos depósitos e mais de 21 mil toneladas de material movimentado por semana.
Logística 4.0
Em um projeto piloto, cerca de 200 racks movimentados entre as três fábricas (Anchieta, Taubaté e São José dos Pinhais), com peças em comum da Estratégia Modular MQB, tiveram rastreadores instalados nas embalagens. Isso gera eficiência no gerenciamento, pois a empresa consegue checar o número de embalagens vazias e obter informações precisas quanto à localização e ao endereço destas embalagens, o que reduz inventário, tempo e custos.
| CIMM | | | | Mais de quatro décadas após sua extinção no mercado brasileiro, a marca FNM, conhecida como Fenemê, vai batizar uma linha de caminhões elétricos que começará a ser produzida em novembro em Caxias do Sul (RS). Por trás do projeto estão os empresários José Antonio e Alberto Martins, filhos José Antonio Fernandes Martins, que atuou como executivo da Marcopolo por 53 anos e é um dos acionistas da fabricante de carrocerias.
A produção dos caminhões será feita nas instalações da Agrale, que também fabrica caminhões e ônibus e onde a FNM terá uma área exclusiva. Boa parte dos componentes, como bateria, motor e sistema digital será importada dos Estados Unidos. A Agrale produzirá os veículos e a montagem final será feita pela Fábrica Nacional de Mobilidades, novo nome para as inciais FNM, antes Fábrica Nacional de Motores.
A FNM foi criada em 1942 em Duque de Caxias (RJ) para produzir motores aeronáuticos e, sete anos depois, foi a primeira a produzir caminhões no Brasil, atividade mantida até 1977, quando foi vendida à Fiat. Dois anos depois a montadora italiana aposentou a FNM e passou a usar sua própria marca até 1985, quando saiu do negócio de pesados. As instalações da fábrica fluminense hoje pertencem à Marcopolo.
Segundo os responsáveis pelo projeto desenvolvido nos últimos quatro anos, o foco serão caminhões para transporte em centros urbanos, os chamados VUCs, com capacidade de carga de 13 e de 17 toneladas.
O motor elétrico terá até 130 quilômetros de autonomia. O valor do investimento ainda não foi revelado. Futuramente o grupo também pretende produzir ônibus elétricos.
Além dos irmãos Martins, a nova FNM tem entre seus sócios investidores nacionais e estrangeiros e uma grande empresa que já encomendou 7 mil caminhões, dos quais 4 mil serão utilizados em entregas no Brasil e 3 mil no México. O nome ainda é mantido em sigilo por questões contratuais.
Hugo Zattera, presidente da Agrale, diz que a empresa está focada na modernidade da logística e do transporte limpo e já desenvolveu caminhões e ônibus movidos a gás metano. "Agora, com essa parceria com a FNM, vamos produzir caminhões e ônibus elétricos com tecnologias internacionais de ponta."
O executivo acredita que em breve o projeto deverá atrair para a região fabricantes locais de componentes, o que reduzirá os custos de produção.
"A fábrica da FNM trará um novo impulso de modernidade para o Rio Grande do Sul", afirma José Antonio Martins.
Tecnologias. De acordo com Martins, os caminhões vão manter o "aspecto vintage" da versão fabricada nos anos 60, mas terão tecnologia de ponta, com tablet ligado com a TI operacional e sistemas de logística dos frotistas, incluindo monitoramento, soluções de vídeo-telemática de câmeras anticolisão com inteligência artificial.
"Será um smart-truck, com sistema de mudança de pista, alerta de partida de veículos à frente, alerta de motorista fumando e distraído, avanço de sinal de trânsito vermelho, aviso de distância mínima dos veículos no trânsito", entre outros itens.
"O FNM estará pronto para se tornar um caminhão autônomo no futuro", informa Marco Aurélio Rozo, diretor de Tecnologia de Informação da empresa.
O grupo vai trabalhar apenas com encomendas e não terá concessionárias. A venda será direta para operadores logísticos por meio de demanda pré-contratada, com pagamento antecipado. A assistência técnica será prestada pela fabricante que irá até o cliente.
Outra montadora do Brasil, a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) também promete iniciar no fim do ano a produção de caminhões elétricos de pequeno porte (o e-Delivery) na fábrica de Resende (RJ).
A empresa informa que terá um grupo de empresas parceiras que vão operar dentro do complexo industrial na produção de componentes, mesmo sistema adotado na fabricação de caminhões e ônibus a combustão, chamado de consórcio modular.
| CNN Brasil | | | | Importadoras indicam que redução de 35% para 20% ajudaria a manter o nível de vendas projetado para o ano
As importadoras e fabricantes de veículos associadas à Abeifa ainda aguardam sinalização do governo federal sobre seu pleito de reduzir o imposto de importação de veículos dos atuais 35% para 20%, o que foi protocolado em abril na secretaria da República.
Para o presidente da entidade, João Oliveira, a redução seria a forma mais eficaz de garantir que o setor de importados mantenha o nível de vendas previsto para 2020, na faixa de 57,8 mil veículos, entre importados e produzidos no Brasil, o que representaria uma queda de 15% sobre o resultado de 2019.
Segundo o executivo, a redução da alíquota não aumentaria o número de veículos vendidos neste ano. Na sua avaliação, indica que se o dólar continuar sem qualquer indício de redução e se nenhuma medida for tomada, a tendência é de que os volumes de vendas diminuam ainda mais.
“Caso não tenha a redução [do imposto de importação], cada marca associada vai precisar readequar a estrutura do seu negócio visando portfólio de produtos, preços e consequentemente, os empregos. Quem trabalha com veículos de maior volume certamente terá mais dificuldade do que as marcas mais premium”, afirma o presidente da Abeifa.
Oliveira explica que reduzir a alíquota não significa ônus para o governo, mas sim “uma defesa do nível de arrecadação, porque sem a redução do imposto, haverá um recolhimento de menos unidades”.
O presidente da Abeifa aponta ainda que se houver a redução para 20%, isso afetaria menos de 30% do total de veículos que são importados no Brasil. Segundo ele, mais de 70% das importações vêm de regiões nas quais o País já tem um tratamento tributário diferenciado, com acordos para tarifas menores, como México e países do Mercosul. Além disso, a redução para 20% é o menor nível permitido dentro dos acordos do bloco do Mercosul.
Atualmente, os veículos vendidos pelas 15 associadas da Abeifa representam 3% do total de automóveis que são emplacados no Brasil.
“Acredito que tem espaço para crescer e espaço para uma política mais liberal nas importações, que estão totalmente em linha com a agenda liberal do governo. É a oportunidade do governo de olhar para o nosso imposto de importação de forma mais estrutural e que isso possa contribuir para nossa indústria continuar prosperando e que os importadoras possam continuar cumprindo com o seu papel na vanguarda do balizamento de preços e referências em novas tecnologias”, defende o presidente da Abeifa.
A perspectiva da Abeifa aponta que a crise pode piorar, uma vez que todos os indicadores de PIB e câmbio se mantém em baixa. No entanto, o vice-presidente da entidade, Divanildo Albuquerque, diz que por ora, não há qualquer indicação por parte de nenhuma associada sobre questionamentos de sua permanência no mercado brasileiro, tanto para aquelas que só importam quanto para as que possuem fábrica no Brasil, caso da Caoa Chery, BWM, Land Rover e Suzuki.
“Nenhuma marca sinalizou qualquer questionamento, todas estão neste momento concentradas em encontrar soluções viáveis para continuar o negócio e as que produzem aqui tem um compromisso de longo prazo com o Brasil.”
| Automotive Business | | | | A Thyssenkrupp (TKAG.DE) está explorando outras opções melhorar suas finanças, que foram atingidas pelos impactos da crise do coronavírus, disse a administração da empresa a seus funcionários em comunicado.
“Com os prejuízos já acumulados no ano fiscal atual, nossa margem de manobra para definir nosso futuro é significativamente menor do que tínhamos assumido antes da crise”, afirmou o conselho de administração na carta de 17 de julho vista pela Reuters.
“Do ponto de vista atual, é improvável uma rápida recuperação das indústrias que estamos atendendo”, afirmou o comunicado.
O conselho disse que o lucro da venda de sua unidade de elevadores, comprada por um consórcio liderado pela Advent e pela Cinven [CINV.UL] por 17,2 bilhões de euros, apenas forneceria um pequeno alívio para o grupo.
Um porta-voz da Thyssenkrupp se recusou a comentar mais sobre o conteúdo da carta.
Sob pressão para apresentar uma história convincente sobre seu patrimônio, depois que a divisão mais lucrativa, a de elevadores, foi vendida, a Thyssenkrupp disse estar explorando quais formas de apoio financeiro ou outros “instrumentos estatais” de intervenção poderiam ser adequados.
| Reuters | | | | Objetivo é potencializar o uso de Inteligência Artificial e Internet das Coisas para aumentar a segurança e diminuir os impactos ambientais no setor
O Brasil é um dos maiores produtores de minerais do mundo. Investir em tecnologias mais seguras e sustentáveis para explorar os recursos naturais do país se apresenta como caminho à retomada econômica no pós-Covid.
Em consonância com essa estratégia, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) e o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) firmaram, nesta quarta-feira (15), uma aliança estratégica para incentivar o desenvolvimento de PD&I no setor, sobretudo em tecnologias de alta complexidade como Inteligência Artificial, Big Data Analytics e Internet das Coisas (IoT). A assinatura ocorreu durante a abertura do e-mineração, evento online que debate os rumos da mineração no país.
A aliança vai aproximar a relação do setor com a rede de Unidades EMBRAPII, importantes centros de pesquisas no Brasil, e torná-la referência para atividades de pesquisa e inovação para toda a cadeia produtiva da área mineral.
As Unidades EMBRAPII possuem competências que podem contribuir para superar os desafios tecnológicos das empresas com soluções em materiais avançados, química verde, reutilização de matérias primas e redução de uso de compostos tóxicos, entre outros.
“A indústria mineral brasileira tem agregado valor em novos produtos. Esse desenvolvimento tem sido obtido, em grande parte, por meio dos projetos desenvolvidos com a EMBRAPII: são mais de 100 projetos da área de Mineração, com dezenas de empresas do setor, que correspondem a um investimento de R$ 200 milhões. O acordo entre EMBRAPII e IBRAM vai potencializar a capacidade inovativa do setor no país ao aproximá-lo de equipe de pesquisadores altamente qualificadas das Unidades EMBRAPII”, destaca o diretor-presidente da EMBRAPII, Jorge Guimarães.
“O acordo de cooperação com a EMBRAPII irá proporcionar a ampliação dos já expressivos investimentos em inovação tecnológica por parte da indústria da mineração brasileira. Esta é uma das formas de os brasileiros acompanharem a evolução da mineração exercida no país”, diz Flávio Penido, diretor-presidente do IBRAM.
A EMBRAPII também oferece às empresas brasileiras a oportunidade de fazer parcerias internacionais. Encontram-se abertas várias chamadas, entre as quais a parceria com a Suécia, que conta com a área de Mineração como uma das cinco áreas prioritárias a serem exploradas. Ainda no tema da Mineração, a EMBRAPII encontra-se em negociação com entidades do Canadá, visando outras possibilidades de parcerias internacionais para o setor
EMBRAPII no e-mineração – O evento online reúne lideranças, autoridades, gestores e especialistas do setor mineral brasileiro, entre elas, o diretor de Planejamento da EMBRAPII, José Luis Gordon, no debate “Inovação aplicada à mineração: desafios e oportunidades”. O presidente da CBMM, Eduardo Ribeiro, e a diretora executiva da Mining Hug, Cláudia Diniz, também participam, além da mediação do diretor da CETEM, Fernando Links.
Cinco Unidades EMBRAPII selecionadas de acordo com projetos na área de mineração, logística, transporte e materiais apresentam potenciais soluções tecnológicas em um pitch com empresas do setor. São elas: Tecnogreen/USP; Poli/USP, Senai/Cimatec, DCC/UMG e IPT Materiais. A proposta é favorecer a geração de negócios e de projetos de PD&I para desenvolvimento de novos produtos e processos industriais. A EMBRAPII financia até um terço do valor do projeto com recursos não reembolsáveis, o restante é dividido entre a empresa e a Unidade EMBRAPII.
| Brasil 4.0 | | | |
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