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| | | | | A lei existe desde 2010, tecnicamente é muito boa, moderna e atual, mas nunca foi implantada devido a outros interesses, diz o professor Marcelo Pereira (FFCLRP)
O Brasil bate recordes nada invejáveis em rankings mundiais de produção e falta de reciclagem de lixo plástico. Dados da World Wide Fund for Nature (WWF), organização não governamental internacional que atua nas áreas da conservação, investigação e recuperação ambiental, colocam o País como o 4º maior produtor mundial de lixo plástico e líder entre os dez maiores poluidores que menos reciclam.
“O problema é complexo e vai além do plástico, que já é seríssimo”, avalia o professor de Educação Ambiental da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, Marcelo Pereira, para quem o Brasil precisa de planejamento e política pública que contemple a “diminuição de geração de resíduos”.
Pereira vê descaso generalizado com o lixo no País. Há dez anos, conta, foi aprovada a Política Nacional de Resíduos Sólidos, com as diretrizes de enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. “A política é tecnicamente muito boa”, mas até hoje não foi implementada.
Para o professor, o descaso com o meio ambiente é cultural e não mobiliza a sociedade, que também “não está nem aí”. Uma política efetiva de resíduos sólidos deve funcionar quando garantir redução na produção de lixo. Como exemplo, diz: “Vamos a qualquer farmácia e pegamos um remédio dentro de uma caixinha que foi colocada numa sacolinha plástica que não serve para nada, exceto ser descartada”.
E o problema toma maiores proporções, segundo o especialista, se compararmos o que acontece numa cidade com perfil muito diferenciado do restante do País, como é o caso de Ribeirão Preto, cultural e economicamente diferente, mas que “basta andar pela cidade para ver vários pequenos lixões, são domésticos, de construção civil e de pequenas indústrias”.
E o descaso chega ao catador de lixo. Sem a inclusão social prometida, “o abandonado pela sociedade vai atrás daquilo que agrega valor ao seu trabalho”. Então, o que funciona com a reciclagem das latinhas de bebidas atende apenas a uma questão de mercado. O lixo plástico vale muito pouco em relação ao que se paga pelo metal.
Assim, entre descasos e mercado menos favorável ao lixo plástico, o Brasil acumula, segundo a WWF, produção de 11.500 milhões de toneladas de lixo plástico por ano, com reciclagem de apenas 145 toneladas, 1,28% do total, enquanto a média mundial é de 9%. As informações divulgadas no final do ano passado são de um levantamento feito em mais de 200 países. Estados Unidos, China e Índia estão à frente do Brasil, nessa ordem.
| Jornal da USP ( publicado em 17-02-2020) | | | | Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo realiza uma série de estudos para fazer as alterações necessárias na legislação e possibilitar o destravamento do sistema dentro de critérios técnicos e jurídicos.
A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo realizou nessa segunda-feira (16) o primeiro workshop para estabelecer a eficiência e celeridade dos serviços públicos disponíveis para o desenvolvimento de um programa voltado a simplificar a abertura e adequação com a legislação de empreendimentos no setor de energias renováveis.
Desde o início da gestão, o Governo do Estado vem adotando medidas no sentido de incrementar a atividade industrial no Paraná. A Secretaria do Desenvolvimento Sustentável realiza uma série de estudos para fazer as alterações necessárias na legislação vigente e implementar um programa que possibilite o destravamento do sistema dentro dos critérios técnicos e jurídicos.
No workshop, foram apontados os principais gargalos do setor e apresentadas sugestões para traçar diretrizes da formatação do Programa Descomplica Industrial, que será desenvolvido no mesmo modelo do Descomplica Rural, iniciativa que teve receptividade entre os produtores rurais e já está beneficiando todo o Paraná.
O secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, explica que a ideia é começar um trabalho similar aos esforços depreendidos no setor agropecuário e traçar um plano de ação nos cinco segmentos de energias renováveis – solar, geotérmica, biomassa, hídrica e eólica - iniciando pela última, de grande interesse tanto no campo como na cidade.
”Estamos posicionando o Estado no papel de propulsor do crescimento sustentável”, disse o secretário. “Estamos colocando à disposição de quem quer empreender, ou daqueles que já estão inseridos no mercado, ferramentas que desburocratizem os processos de licenciamentos e induza a abertura de novas frentes de emprego e renda, essencialmente, com a redução do impacto financeiro que a energia causa na área de produção”, disse Nunes.
Ele ressaltou que a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável está ampliando a discussão com o setor, seguindo o modelo do Descomplica Rural, que deu certo sem demandar custos adicionais, desenvolvido pelo quadro próprio da Secretaria e suas vinculadas. Os técnicos trabalham para criar dispositivos que oportunizam ao empreendedor usufruir dos incentivos do Estado, de acordo com o perfil do seu negócio, setorizando e adequando as normas atuais, conforme a capacidade de produção da empresa e com critérios técnicos e jurídicos bem definidos.
CRESCIMENTO – Manter a trajetória ascendente da indústria paranaense que cresceu 6,7% no ano passado (dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE), é a principal meta da equipe da Secretaria.
O custo com energia compromete 50% da receita, inviabiliza a abertura de novos empreendimentos e leva o empreendedor a buscar mecanismos para desafogar a folha de pagamento e se beneficiar dos incentivos que o governo dá.
Everton Luiz da Costa Souza, presidente do Instituto Água e Terra (IAT), que também participou da discussão, disse que desde o início da gestão o Governo está descomplicando a questão do desenvolvimento industrial no Paraná. “Sob esse viés, podemos afirmar que contribuímos para o crescimento registrado em setembro do ano passado. Estaremos, com esses estudos, readequando as normas jurídicas para descomplicar o processo de legislação ambiental e destravar os novos empreendimentos”, disse.
Segundo ele, uma das medidas é a adequação da Resolução Conjunta Sema/IAP de 2010, que precisa ser revista, tendo em vista as novas tecnologias de produção desenvolvidas.
ACELERAÇÃO - A engenheira química e gerente de Licenciamento do IAP, Ivonete Coelho da Silva, explicou que o Descomplica Industrial tratará da revisão de processo para liberação de empreendimentos energéticos.
“A resolução em pauta normatiza o licenciamento ambiental em todas as modalidades de geração de energia com metas à aceleração pretendida pelo Estado do Paraná. É necessário ouvir o setor e, embasado na legislação, com respaldo na lei, alterar os pontos que não atendem o formato dos empreendimentos existentes hoje”.
Em decorrência das medidas de prevenção adotadas pela Secretaria de Estado de Saúde para evitar a propagação do Covit-19, as próximas reuniões ainda não têm data definida. Mas, os técnicos deverão apresentar as propostas para discussão com o setor produtivo e governamentais, tão logo a situação seja normalizada. A expectativa é que, em 30 dias os primeiros resultados sejam apresentados para análise.
PARTICIPAÇÃO - Participaram da reunião os técnicos da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo e do IAT, da Companhia de Energia do Paraná (Copel), Associação Brasileira de PCHs e CGHs (Abrapch), Associação Paranaense dos Geradores de Energia (APGE), Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) e consultores do setor.
| IAP (publicado em 17-03-2020) | | | | Um cidadão americano que começou a separar o lixo reciclável do tradicional nos anos 1980 e manteve o hábito até 2018 possivelmente nem imaginava. Mas boa parte do plástico que ele separava não era reaproveitado em seu próprio município. Em geral, ao longo dessas quase quatro décadas, as cidades não só americanas, mas também europeias, simplesmente despachavam boa parte desse material para a China – o destino para onde eram enviados 70% do total de material gerado pelos Estados Unidos e 95% dos países da União Europeia.
Os navios asiáticos que levavam produtos de consumo novos (especialmente eletroeletrônicos) para os países desenvolvidos retornavam carregados não só com plástico, mas também com restos de tecido e de minérios.
Tudo era utilizado pela indústria chinesa, cujas recicladoras seguiam padrões pouco exemplares no tratamento desse material. Até que, em janeiro do ano retrasado, o governo de Pequim decidiu, do dia para a noite, não importar mais o lixo do Ocidente (que por lá era conhecido como “yang laji”). A medida restringiu duramente o tipo de material que poderia ser vendido.
Outros países asiáticos passaram a receber parte da demanda, especialmente o Vietnã, a Malásia, a Indonésia e a Tailândia, mas a reação dos governos envolvidos tem sido rápida em impor normas mais rigorosas para esse tipo de importação. A partir do momento em que não foi possível varrer o material reciclável para baixo do tapete, a falta de eficiência e os altos custos dessa indústria vieram à tona.
Na cidade de North Killingholme, na Inglaterra, um aeroporto abandonado está abarrotado com plástico descartado no local – a montanha de lixo é visível a partir de satélites. A Inglaterra, aliás, queimou em 2019 500 mil toneladas de plástico descartado a mais do que no ano anterior. A Austrália enfrenta problema semelhante. Mas é nos Estados Unidos que a crise da reciclagem ficou mais evidente.
Processo difícil
Em parte das cidades americanas de pequeno porte, os programas de reciclagem foram simplesmente abandonados – aconteceu em Kingsport, no Tennessee, e Deltona, na Flórida, onde os moradores agora precisam ir até as cidades vizinhas para levar seu lixo reciclável (e a esmagadora maioria, é claro, prefere simplesmente jogar tudo no lixo comum).
A Filadélfia se viu diante de um impasse quando a empresa contratada para reciclar pediu mais dinheiro. A solução encontrada foi queimar metade dos plásticos que a população separou imaginando que estaria fazendo um bem para o meio-ambiente.
O município de Boston está gastando US$ 2 milhões por ano para reciclar, contra US$ 200 mil em 2017, quando 80% do material era despachado para terras chinesas. Memphis, no Tennessee, passou a reciclar apenas o material de maior retorno comercial (alumínio e papel, principalmente, cujo processo de reaproveitamento é mais simples).
Na Califórnia, mais de mil centros de seleção e reaproveitamento de material descartado abriram falência nos últimos dois anos. Isso porque a reciclagem, realizada de acordo com os padrões internacionais de segurança e controle de emissões, é muito mais difícil e cara do que se imagina.
Em primeiro lugar, reciclar exige lavar. É preciso retirar os resíduos orgânicos dos produtos, o que exige uma grande quantidade de água que fica contaminada com restos de alimentos e gordura. Depois da limpeza, o plástico é aquecido, num processo que gera uma fumaça poluente.
Reciclar também exige separar peças de acordo com o tipo de material, um processo especialmente trabalhoso quando se pensa no aproveitamento de eletrônicos e que ainda por cima gera uma série de resíduos tóxicos, como chumbo, mercúrio e cádmio.
Reutilizar esses produtos evita que eles sejam lançados nos lixões, mas requer uma série de cuidados que, se não tomados adequadamente, podem também trazer prejuízos para a natureza. Foi para evitar esse desgaste ambiental que a China restringiu bruscamente a importação de materiais dos países desenvolvidos. A mudança de estratégia, aliás, transformou o país num dos principais importadores globais do plástico já lavado e aquecido, pronto para ser utilizado pelas indústrias.
Depois de tantos anos estabelecendo normas seguras que, na prática, eram seguidas apenas para uma fração do material a ser reciclado, o mundo se viu diante de um desafio: encontrar formas eficientes e mais baratas de reutilizar seus próprios materiais. “Não fomos bem sucedidos na reciclagem. Depois de 40 anos de tentativas, não fomos capazes de fazer esse processo funcionar. Precisamos de uma mudança sistêmica”, declarou Ellen MacArthur, criadora da fundação que leva seu nome. Ainda não existem respostas concretas para o problema.
O país patina
O Brasil nunca chegou a exportar lixo para a China – em determinada época, nos anos 1980, o país chegou a importar material, que era lançado nos lixões. Hoje o Brasil gera 80 milhões de toneladas de lixo por ano e boa parte das cidades ainda não implementou programas de reciclagem em larga escala. Nem mesmo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010, foi inteiramente implementada, e por isso o Senado expandiu o prazo de adaptação que deveria expirar em 2015. Além disso, a taxação incide tanto sobre o produto novo quanto sobre o reciclado, o que reduz a competitividade.
A dificuldade de implementar a indústria da reciclagem de forma economicamente viável é enorme, portanto, ainda que não falte consciência ambiental. A preocupação dos brasileiros com a reciclagem vem aumentando: segundo uma pesquisa do Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria, 55% dos brasileiros declaram separar, em casa, lixo para reciclagem. Em 2013, eram 47%. No mesmo período, a taxa de separação do óleo de cozinha aumentou de 21% para 34%.
O país é bem sucedido na reciclagem de alumínio, que alcança 97,9% do total descartado, seguido pelo papel, com 63,4%. Em outros materiais, o percentual é consideravelmente menor – segundo o Fundo Mundial para a Natureza, o país recicla apenas 1,2% de seu plástico, por exemplo, mesmo sendo o quarto maior produtor de lixo deste tipo do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China e Índia.
Nas cidades brasileiras, a conta fecha? Não em Curitiba, capital pioneira em ações de reciclagem. Procurada, a secretaria de Meio Ambiente informou: "No âmbito do município, não há viés de sustentabilidade econômica em si. Mas de sustentabilidade ambiental e de geração de renda para as famílias que trabalham com reciclagem".
Prova de que o Brasil também não encontrou uma forma financeiramente viável de reaproveitar boa parte do material que descarta."
| Gazeta do Povo ( publicado em 13-03-2020) | | | | Empresa brasileira aposta na sustentabilidade para criação de parques infantis, reaproveitando materiais e investindo na segurança
A Oikotie, empresa de arquitetura e design para áreas de lazer infantis, apostou na sustentabilidade como forma de crescimento empresarial e inovação. Reaproveitando calçados de borracharia Nike Grind e pneus a empresa desenvolve pisos recicláveis com absorção de impacto para parques infantis, promovendo a segurança e a reciclagem.
“A superfície de absorção de impacto dos nossos espaços é única, utilizamos pneus de veículos comerciais reciclados que passam por um processo complexo para eliminar qualquer tipo de toxicidade e borracha Nike Grind, tecnologia com foco na sustentabilidade e responsável pela reciclagem dos solados de tênis. Dessa forma, tornamos nossos projetos em lugares seguros para as crianças” revela Isabel Seabra, uma das fundadoras da Oikotie.
Composto de 72% de material reciclado, cada metro quadrado do piso usado pela empresa contém borracha de aproximadamente 20 pares de tênis e um pneu de veículo comercial. Usando a borracha dos pneus e dos tênis, desta maneira impede-os de serem descartados nos locais de aterro de resíduos, que já estão saturados.
Como é feito o piso reciclado dos parques infantis
Por meio do programa Reuse-A-Shoe (Reutilize um sapato), lançada no Reino Unido em 2004, a Nike recolhe tênis usados, de qualquer marca, nos pontos de arrecadação e enviam para reciclagem para criar uma borracha granulada chamada Nike Grind.
A Oikotie então recebe o Nike Grind e o utiliza para criar pisos de amortecimento de impacto dos seus parques infantis. Em troca, ela devolve uma parte do valor a vários programas a favor da criança como o ‘Let Me Play’ (“Deixa-me Brincar”) da Nike.
“Este programa promove estilos de vida mais saudáveis para as crianças e conduz a uma mudança social positiva com esporte e diversão, principalmente em áreas mais desfavorecidas”, conta Susana.
| Ciclo Vivo ( publicado em 17-03-2020) | | | | A metrópole que nunca dorme, imortalizada pela voz de Frank Sinatra, também é a que não para de crescer: verticalmente. Os arranha-céus de Manhattan se multiplicam rapidamente. Principalmente os de luxo, assinados por grandes nomes da arquitetura como Renzo Piano que debuta no cenário de projetos residências em Nova York.
As duas imponentes torres do condomínio 65 Broome SoHo do arquiteto italiano foram erguidas no histórico bairro do Soho, com vista privilegiada para o rio Hudson. Reduto de artistas e boêmios, o quarteirão entre as ruas Watts, Varick e Broome Street, se transformou em um paraíso imobiliário com empreendimentos como o realizado pelo escritório Renzo Piano Building Workshop em colaboração os parisienses do Rena Dumas Architecture Intérieure ( RDAI).
Os 115 apartamentos, espalhados nos 30 andares dos dois edifícios, foram entregues no final do ano passado e a construção já virou ponto de referência no bairro. Um complexo único no seu gênero: não só pela estrutura em metal e sua fachada curva, que alude à arquitetura da cidade de Nova York no século 19, mas pelo uso de painéis de vidro realizados com baixo teor de ferro dando assim ainda mais brilho - como o do cristal. Cada torre mede 100 metros e altura e o condomínio ocupa todo o quarteirão.
Renzo Piano, mais uma vez, propõe uma obra onde se destaca os princípios de leveza e transparência, características de seus projetos. "As traves estreitas da estrutura de metal proporcionam ao morador uma vista externa panorâmica e garantem uma transparência que convida a luz atravessar os janelões - do piso ao teto - dos apartamentos", explica o arquiteto italiano que priorizou os pés-direitos altos, de 3,5 metros; e amplos espaços no melhor estilo open space -- imóveis que vão desde o tipo studio, duplex ao multifamiliar com quatro quartos e coberturas. Os preços variam de US$ 2 milhões a US$ 40 milhões.
O decoração dos ambientes internos leva a assinatura de Denis Montel, do escritório francês RDAI, que propôs um design coerente com o projeto arquitetônico, enfatizando o uso de materiais de qualidade como assoalhos em carvalho claro e portas customizadas. Na cozinha, armários em madeira rovere maciça e bancadas em mármore e ardósia.
O requinte e conforto se estendem nas áreas comuns: academia, spa, piscina, sala de jogos para as crianças, biblioteca e vaga na garagem com estação de carga rápida para carros elétricos. Além disso, o 565 Broome Soho será o primeiro condomínio residencial de luxo a aderir ao projeto Think Zero, ou seja, 90% do lixo será reciclado e o restante será levado para ilhas ecológicas e incineradores. Uma revolução não só arquitetônica mas também ambiental no cenário urbano de Manhattan.
| Gazeta do Povo ( publicado em 09-03-2020) | | | | Como reduzir o desperdício no seu negócio ajudando o ambiente, ao mesmo tempo que diminui custos e aumenta a satisfação do cliente? Parece irrealista, mas é perfeitamente possível através da economia circular, tanto aplicada à produção discreta como à produção por processos.
A economia circular é um sistema que procura eliminar o desperdício e a utilização contínua de recursos. Ao contrário da economia linear tradicional, que produz, consome e deita fora, a economia circular exclui o desperdício e a poluição, maximizando tanto quanto possível a utilização de produtos e materiais, e encontrando novas formas de aproveitar tudo o que desperdiçamos.
Junte-se à economia circular
Segundo a Ellen MacArthur Foundation, a indústria transformadora poderia economizar entre dez a quinze por cento dos materiais diretos utilizados na produção. Faça uma análise interna e tente perceber o que a sua empresa poderia economizar através da eliminação do desperdício e embarque numa estratégia que corresponda às necessidades do seu negócio e à legislação que tem de cumprir:
Estas são algumas medidas a considerar:
Prolongue a vida dos seus produtos através de iniciativas como a renovação e a retransformação.
Recicle: separe componentes de produtos e assegure-se de que todos os materiais aptos são reutilizados em novos produtos, em vez de utilizar matérias-primas.
Quais as consequências para o seu desenvolvimento de produtos?
Um aspeto que poderá desejar explorar é a criação de produtos de grande durabilidade, fáceis de utilizar ou que sejam recicláveis, mantendo-se rentáveis.
Atualmente, não consideramos o que acontece aos produtos depois de o consumidor os utilizar. Assumimos que, a partir do momento em que deixam de ser úteis, são deitados fora e substituídos. De certeza que já concebeu produtos para serem fáceis de fabricar, o que não implica necessariamente a sua desmontagem ou reparação.
Aquilo que poderá pretender considerar no processo de desenvolvimento do seu produto é a economia circular. Em vez de pensar apenas na funcionalidade e nos custos, pode considerar todo o ciclo de vida do produto, maximizando o seu valor e materiais.
| Bit Magazine ( publicado em 16-03-2020) | | | | 88% dos materiais produzidos no continente são descartados e não voltam à economia, diz Comissão Europeia
A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, lançou nesta semana uma estratégia para promover a economia circular, a redução das emissões de carbono e a redução de resíduos e descarte de materiais na cadeia de consumo do continente.
O Plano de Ação da Economia Circular e Estratégia Industrial pretende reduzir pela metade o descarte de materiais em áreas como a produção de eletroeletrônicos, também alcançará o setor de embalagens, com amplo impacto sobre a cadeia produtiva de plásticos.
O objetivo é explorar como a circularidade das cadeias produtivas e a eficiência dos recursos podem ajudar no objetivo mais amplo de alcançar a neutralidade de emissões no bloco até 2050 e cumprir com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O plano ainda precisará ser regulamentado em legislação a ser proposta pela Comissão e que demandará de aprovação pelos 27 estados-membros da União Europeia e pelo Parlamento Europeu. Mas na cadeia produtiva de plásticos, o objetivo já declarado da Comissão é chegar à marca de dez milhões de toneladas de plástico reutilizado até 2025 entre os países do bloco. Hoje a maioria dos membros da União Europeia recicla menos de 50% do plástico consumido.
Entre a regulamentação a ser proposta está a redução das embalagens e regras para promover a fabricação de materiais biodegradáveis. A Comissão também tem no foco o combate ao microplástico e ao plástico de uso único, como talheres, copos e canudos.
Haverá ainda imposição de restrições nas cadeias de produção de setores como eletrônicos, têxteis, plásticos e construção. Uma das restrições previstas é a proibição à destruição de bens duráveis não vendidos.
Baterias de veículos elétricos terão conteúdo reciclável
As baterias de veículos elétricos (VE) também estarão sujeitas a novas regras tanto sobre conteúdo reciclado quanto em esforços de logística reversa capazes de melhorar as taxas de coleta e reciclagem para garantir a recuperação de materiais valiosos.
Mas a iniciativa também transborda as fronteiras do bloco europeu com a ambição de garantir que acordos de livre comércio assinados pela UE reflitam os objetivos aprimorados da economia circular.
No âmbito do direito do consumidor, um foco inovador é a promoção do chamado “direito ao reparo”, com garantia de conserto de peças de equipamentos, o que deve impactar fortemente a produção e venda de eletrônicos no continente.
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88% dos materiais produzidos são descartados e não voltam à economia
Para o vice-presidente executivo do Acordo Verde Europeu, Frans Timmermans, o objetivo do plano é garantir um avanço significativo na reutilização de materiais. Hoje apenas 12% das matérias-primas utilizadas são trazidas de volta à economia, demonstrando uma economia ainda majoritariamente linear.
“Alcançar a neutralidade climática até 2050, preservar nosso ambiente natural e fortalecer nossa competitividade econômica, requer uma economia totalmente circular”, diz ele sobre o dado. “Existe um enorme potencial a ser explorado tanto para empresas quanto para consumidores. Com o plano, lançamos ações para transformar a maneira como os produtos são feitos e capacitar os consumidores a fazer escolhas sustentáveis em benefício próprio e do meio ambiente”, diz.
No centro da iniciativa, o Comissário Europeu para o Ambiente, os Oceanos e a Pesca, o lituano Virginijus Sinkevičius, afirma que é preciso dissociar a noção de crescimento econômico da extração de recursos.
“Os comerciantes não devem mais vender lâmpadas, mas luz, não devem vender mais máquinas de lavar, mas cargas de lavagem”, diz Sinkevičius.
| Epbr ( publicado em 13-03-2020) | | | | Dados e novos conceitos mostram que é preciso mudar hábitos
Seria possível viver sem plástico hoje? A resposta pode parecer óbvia para a maioria das pessoas; já para outras, talvez não. Todavia, o mundo que conhecemos não seria o mesmo sem as inovações que o plástico proporcionou nas últimas décadas. Diante da necessidade latente de substituir outros materiais que estavam quase escassos na natureza, ou inviabilizavam a produção em escala industrial, o plástico surgiu como a melhor opção para o desenvolvimento de novas ideias e produtos. Logo, todos perceberam que ele se tornaria indispensável para a evolução de qualquer setor.
Basta olhar ao redor e perceber que estamos cercados de produtos que são feitos ou possuem grande parte construída em plástico dos mais diversos tipos. Por exemplo: esta matéria está sendo escrita em um notebook cheio de plástico; o teclado, o mouse e o monitor auxiliar também. Sem falar da cadeira e dos materiais de escritório. O plástico está presente em quase tudo do nosso dia a dia, não há como negar. Automóveis, smartphones, eletrodomésticos e uma infinidade de coisas.
Considerado o grande “vilão” da poluição ao meio ambiente, e acusado de matar animais marinhos – principalmente as tartarugas mortas por canudos – caso que se tornou um outdoor para condenar o plástico no mundo inteiro, há, ainda, uma simples, mas importante pergunta a se fazer: como o plástico foi parar lá? O problema é o material ou a forma como ele é descartado pela população?
Além da baixa preocupação em reciclar plásticos, segundo dados da Ellen MacArthur Foundation (EMF), apenas 14% das embalagens de plástico utilizadas globalmente chegam às cooperativas de reciclagem, enquanto 40% são destinados a aterros e um terço são descartados em ecossistemas como oceanos e florestas tropicais. Só o Brasil perde R$ 120 bilhões por ano ao não reciclar lixo; e R$ 5,7 bilhões por ano ao não reciclar resíduos plásticos, segundo levantamento do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb)
Economia circular
Então, imagine se em vez de descartar celulares, eletrodomésticos em desuso, esses itens retornassem ao ciclo e pudessem ser reutilizados novamente? Não só aproveitados, mas reinseridos na cadeia de produção? É assim que a chamada economia circular se fundamenta: atuando em oposição à economia linear atual, baseada nos processos “extrair – produzir – descartar”. A economia circular é um novo modelo econômico no qual nada é descartado e todos os elementos da cadeia produtiva são reaproveitados na fabricação de novos produtos, reduzindo a extração de matérias-primas da natureza
A proposta é criar novos fluxos circulares de reutilização, restauração e renovação, em um processo integrado. Portanto a economia circular é vista como um elemento chave para promover a dissociação entre o crescimento econômico e o aumento no consumo de recursos.
Somente o interesse de empresas em obter matéria-prima de plástico reciclado, pode fazer com que cresça o número de empresas oferecendo este produto. Uma matemática muito parecida com a de latinhas de alumínio. À medida que cresceu o interesse, além de aprimoramento de tecnologia, as latinhas de alumínio são consideradas um exemplo perfeito de manufatura de economia circular. Portanto, o maior desafio é fazer com que as pessoas pressionem as próprias empresas a adotá-la.
No entanto, enquanto isso não ocorre, façamos a nossa parte em realizar processos de separação não só dos plásticos, mas também dos vidros, metais, papéis etc., para encaminhá-los à melhor alternativa atual para o problema da poluição causada pelo lixo: a reciclagem.
| Gaucha ZH (publicado em 11-03-2020) | | | |
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