| 17 de mARÇO de 2020
Terça-feira
Câmbio
Em 17/03/2020
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Fonte: BACEN
| | | | | As medidas anunciadas pelo presidente da comissão devem diminuir o número de presentes na sala de reuniões
A comissão mista que analisa a Medida Provisória (MP) 905/2019 tem reunião marcada para esta terça-feira (17), às 14h, para votação do relatório do deputado Christino Aureo (PP-RJ). A MP modifica a legislação trabalhista, com a criação do Contrato Verde e Amarelo.
O presidente da comissão, senador Sérgio Petecão (PSD-AC), anunciou novas regras para o acesso à reunião, com o objetivo de prevenir e conter a transmissão do coronavírus. O acesso será limitado a parlamentares e apenas um assessor por parlamentar.
Também terão direito a entrar na sala de reuniões um consultor e os servidores da secretaria da comissão mista. A lista de autorizados ainda contempla um servidor do Serviço Operacional das Comissões, um servidor da Taquigrafia, um servidor do Serviço de Áudio e outro da TV Senado.
Por alterar uma série de regras nas relações trabalhistas, a MP tem sido motivo de polêmica no Congresso Nacional e já recebeu quase 2 mil emendas. A reunião está marcada para a sala 19 da Ala Senador Alexandre Costa.
| Senado notícias ( publicado em 16-03-2020) | | | | O deputado Luiz Fernando Guerra (PSL) apresentou na Assembleia Legislativa do Paraná, o projeto de lei 168/2020 que estabelece penalidades administrativas a quem divulgar notícia ou informação falsa. Pela proposta, toda informação comprovadamente falsa, veiculada com o objetivo de se conseguir benefício próprio, poderá acarretar multa de R$ 5.350,50 (equivalentes à 50 Unidades Padrão Fiscal do Paraná – UPF/PR em março/2020) para quem elaborar e disseminar informações e notícias falsas, por qualquer meio, com o objetivo de obter vantagem de qualquer tipo, prejudicar pessoa física ou jurídica ou distorcer a verdade.
“O mundo virtual está cada vez mais presente em nosso dia a dia. É com o apoio da internet e das redes sociais que estudamos, nos relacionamos e até trabalhamos. Mas ao mesmo tempo em que essas ferramentas se tornam parte fundamental de nossas vidas, também aumenta o número de pessoas que se aproveitam das novas tecnologias para práticas criminosas”, descreve o parlamentar na justificativa do projeto. “Assim, propomos uma regulamentação mínima, com a finalidade de coibir atuações danosas à sociedade e ao estado democrático de direito, sem ferir a liberdade de expressão ou a liberdade de imprensa”, afirma o deputado.
Segundo o projeto, considera-se infrator quem elabora, divulga e usa mecanismos automáticos de propagação de comunicação em meios virtuais. A medida também autoriza o Poder Executivo a criar o Fundo Estadual de Combate à Informação Falsa, que receberá as multas e utilizará em ações de enfrentamento de notícias falsas.
O deputado explica que de acordo com o projeto, quem compartilhar informação falsa, porém sem intenção de prejudicar a honra ou imagem de alguém, não será punido. Também não será penalizada a pessoa que deixar claro se tratar de opinião pessoal sobre o assunto, para que não se caracteriza censura ou tolhimento da liberdade de expressão, bem como publicações de evidente cunho humorístico. Matérias jornalísticas também não receberão multas.
A justificativa do projeto destaca que “tentamos preservar a atividade dos veículos de imprensa e os jornalistas, provisionados ou colaboradores dos órgãos informativos, que não podem ser processados no livre exercício de sua atividade profissional.
Com a aprovação dessa medida, também ficarão sujeitas à punição pessoas que utilizarem mecanismos automáticos de distribuição massiva de informações inverídicas e fraudulentas, como é o caso dos bots (robôs virtuais). Os bots são softwares concebidos para responder de maneira padrão a algum comando e podem, portanto, acabar sendo programados para esse fim.
Caso o autor da infração seja reincidente, a multa será aplicada em dobro. O valor também dobrará quando o agente propagador das mensagens for servidor público. Se ele utilizar recursos da repartição onde trabalha para cometer o ato ilícito, a multa será quadruplicada. Além da multa, os infratores ficam sujeitos a responder civil, administrativa e penalmente.
De acordo com Guerra, a comprovação do ato resultará para o infrator no pagamento de multa superior a R$ 5 mil. “Toda a intenção neste sentido que afete diretamente o interesse público ou tenha por finalidade obter vantagem de qualquer natureza estará sujeita à multa prevista neste projeto de lei apresentado para debate na Assembleia Legislativa do Paraná.
A matéria determina que a multa será aplicada pela metade caso a divulgação ocorra por compartilhamento de informação ou notícia em redes sociais e aplicativos de dispositivos móveis. No caso de reincidência, a multa será aplicada sucessivamente em dobro. “A multa será em dobro se o responsável for servidor público ou se a notícia falsa se propagar a partir de órgão público”, garantiu.
Não será considerada infração pela proposta de lei o compartilhamento das informações ou notícias em redes sociais e em aplicativos de dispositivos móveis quando não esteja caracterizada a intenção de prejudicar ou afetar a honra ou imagem de pessoa física ou jurídica; assim como a divulgação por pessoas que não tenham conhecimento sobre a falsidade da notícia.
Para o deputado Luiz Fernando Guerra é preciso que as pessoas usem as redes sociais de maneira positiva e com responsabilidade, “a população não pode ficar sujeita a receber informações que não são corretas”. O parlamentar pede que os usuários verifiquem a veracidade antes de compartilhar a notícia.
Imprensa - Luiz Fernando Guerra afirmou que o projeto de lei preservará a atividade dos veículos de comunicação e dos jornalistas, que não poderão ser processados no livre exercício de sua atividade profissional. “Afinal, a preocupação não é com profissionais de imprensa, mas com as pessoas que divulgam informações falsas, especialmente em meio digital e nas redes sociais, gerando danos morais”, concluiu.
| ALEP | | | | Antes dos impactos negativos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, o consumo aparente de bens industriais avançou no Brasil em janeiro. O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais cresceu 9,3% em janeiro ante dezembro de 2019, informou nesta terça-feira, 17, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
No trimestre móvel encerrado em janeiro houve recuo de 4,3%, ainda afetado pelas quedas de 3,1% e 8,3% ocorridas nos dois meses anteriores. Na comparação com janeiro de 2019, a demanda cresceu 5,4%.
O indicador mede a produção industrial interna não exportada, acrescida das importações. Em janeiro, o resultado foi positivo em todos os componentes do consumo aparente: avanço de 8% na demanda por bens industriais e de 14,6% nas importações de bens industriais.
Conforme o Ipea, o bom desempenho de janeiro foi disseminado entre os segmentos. Houve alta de 18,3% nos bens de capital e 5,8% nos bens intermediários. A variação negativa ficou por conta dos bens de consumo semi e não duráveis, com queda de 1,5% ante dezembro de 2019.
Na desagregação por classes de produção, a demanda interna por bens da indústria de transformação cresceu 6,2% em janeiro ante dezembro e a indústria extrativa mineral avançou 23,3% no mesmo período.
Dezessete dos 22 segmentos da indústria de transformação avançaram, com destaque positivo para o segmento outros equipamentos de transporte, com alta de 31,9%.
Na comparação com janeiro de 2019, 14 segmentos tiveram variação positiva, com destaque também para outros segmentos de transporte, que cresceu 97,7%, influenciado pela importação de plataformas de petróleo.
| Bem Paraná | | | | O decreto editado nesta segunda-feira (16), pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, para evitar a propagação da Covid-19 (Coronavírus) no Estado, não abrange o setor de gastronomia e entretenimento, ou seja bares, casas noturnas e restaurantes. A informação é do presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), Fábio Aguayo e confirmada com a assessoria do governo do Estado.
Porém, estes estabelecimentos precisam seguir as diretrizes do Ministério da Saúde, como manter a distância de um metro entre uma pessoa e outra, o que deve fazer com que os locais sejam obrigados a limitar o acesso. Mesmo assim, vários bares e restaurantes de Curitiba anunciaram nesta segunda (16) o fechamento temporário, como Tork n Roll, Mãe, Pulp, entre outros.
| Bem Paraná ( publicado em 16-03-2020) | | | |
Curitiba registra mais dois novos casos de coronavírus em moradores do município. Os dois casos foram confirmados por um laboratório particular da capital paranaense, referenciado pelo Ministério da Saúde.
Os pacientes foram infectados, possivelmente, durante viagens para São Paulo e Rio de Janeiro, locais com registro de transmissão comunitária do novo coronavírus, segundo o Ministério da Saúde.
Com os dois novos registros, sobe para sete o número de casos confirmados na capital paranaense. Cinco casos já haviam sido confirmados na última semana pelo Laboratório Central de Estado do Paraná (Lacen-PR), em relação a pacientes com histórico de viagem ao exterior.
Em todos os casos, os pacientes apresentaram sintomas leves de infecções respiratórias. Todos passam bem e foram orientados a seguir isolamento domiciliar voluntário por 14 dias, sendo acompanhados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). A equipe de Epidemiologia da secretaria monoitora outros possíveis contatos, por precaução.
Além dos casos confirmados, Curitiba ainda investiga 43 suspeitos e já descartou outros 45 casos de pacientes residentes em capital.
Novas medidas
Somando os esforços de preparação para a epidemia do novo coronavírus na capital paranaense, a Prefeitura de Curitiba publicou o decreto 407, na última sexta-feira (13/3), que dispõe sobre as regras para a requisição de bens e serviços de assistência à saúde. O decreto leva em consideração a declaração de emergência de saúde pública de importância nacional.
Com o decreto, caso a disponibilidade seja insuficiente para a demanda na rede municipal de saúde, a SMS poderá requisitar da iniciativa privada a qualquer tempo: leitos hospitalares, insumos, produtos, equipamentos, medicamentos, equipamentos de proteção individual (EPIs) e outros bens para a manutenção da vida, para a cobertura assistencial da população com risco de morte ou sofrimento intenso em decorrência de infecção pelo novo coronavírus. O decreto prevê a garantia de pagamento posterior de indenização justa.
O texto também permite, caso necessário, a suspensão de procedimentos eletivos, em razão de atendimento de urgência pelo coronavírus.
Além deste decreto, na última sexta-feira, a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba também trouxe novas orientações à população:
- Isolamento domiciliar de sete dias para todas as pessoas que retornem de viagem do exterior, mesmo que não apresentem sintomas.
- Isolamento domiciliar de 14 dias para todas as pessoas que retornem de viagem para o exterior e apresentem febre associada a um dos sintomas respiratórios (tosse, coriza, dor de garganta ou dificuldade para respirar).
- Proibição de visitas hospitalares a pacientes internados. Somente serão admitidos os acompanhantes.
- Cancelamento ou adiamento de eventos de massa (principalmente aqueles a partir de 500 pessoas), se houver tempo hábil. Se não houver tempo hábil, a orientação é que ocorra sem público. Em caso de dúvida, os organizadores devem ligar para (41) 3350-9000.
“O tamanho da epidemia será do tamanho da solidariedade de cada curitibano. Se cada um nos ajudar, teremos menos casos, menos transmissão. Quem veio do exterior, fique em casa”, orientou a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.
| Bem Paraná ( publicado em 16-03-2020) | | | | A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) atualizou os casos de coronavírus no Paraná nesta segunda-feira (16). 38 novos casos estão sob análise e 32 suspeitos foram descartados. No total, são 85 casos em investigação no Paraná. Até o momento, o boletim conta os seis casos confirmados da semana passada. Os casos de Campo Largo e Pinhais, confirmados em princípio pelas prefeituras, ainda não estão na lista.
Os descartes foram em: Curitiba (18), Foz do Iguaçu (1), São José dos Pinhais (1), Ponta Grossa (5), Cascavel (1), Cianorte (1), Maringá (3), Londrina (1) e Santo Antonio do Paraíso (1).
A pasta incluiu suspeitas nos municípios de Matinhos, Almirante Tamandaré, Araucária, Alto Paraná, São João do Caiuá, Cambé, Porecatu, Guaíra, Marechal Cândido Rondon, Mercedes, Palotina e Carambeí, que ainda não haviam registrado casos.
Ao todo, a Sesa já descartou 82 casos e monitora atualmente 85 suspeitos. Os seis casos confirmados na semana passada seguem em isolamento domiciliar, sem alterações no quadro clínico.
INFORMAÇÃO – O Governo do Paraná criou um portal voltado para a população para orientação de cuidados básicos que reduzem os riscos de contaminação e transmissão de doenças respiratórias, como por exemplo, o coronavírus.
O endereço www.coronavirus.pr.gov.br está ativo e pode ser acessado por qualquer dispositivo com internet.
“A elaboração e idealização desta plataforma foi um meio que achamos de orientar as pessoas e tirar dúvidas sobre essa doença que é novidade pra todo mundo. Nosso objetivo é que as pessoas repliquem essas informações oficiais, evitando ao máximo o compartilhamento de fake news”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Veja onde estão os casos suspeitos:
Matinhos (2), Almirante Tamandaré (1), Araucária (1), Curitiba (31), Carambeí (1), Ponta Grossa (12), Guarapuava (1), Turvo (1), Foz do Iguaçu (1), Cascavel (3), Umuarama (1), Cianorte (1), Alto Paraná (3), São João do Caiuá (2), Maringá (5), Cambé (1), Londrina (11), Porecatu (2), Guaíra (1), Marechal Cândido Rondon (1), Mercedes (1) e Palotina (2).
| Bem Paraná ( publicado em 16-03-2020) | | | | Homem de 62 anos tinha diabetes, hipertensão e hiperplasia prostática. Nesta manhã, havia 301 casos do novo vírus confirmados pelas secretarias estaduais de Saúde.
São Paulo tem o primeiro caso de morte provocada pelo coronavírus
O estado de São Paulo registrou o primeiro caso no Brasil de morte de pessoa infectada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), segundo informou o governo estadual nesta terça-feira (17). O homem tinha 62 anos e estava internado em um hospital particular. Ele tinha histórico de diabetes e hipertensão, além de hiperplasia prostática — um aumento benigno da próstata que não é uma doença, mas uma condição comum em homens mais velhos que pode causar infecções urinárias.
Até a última atualização desta reportagem, não havia sido divulgada a cidade onde o homem morava e nem se ele viajou ao exterior ou se teve contato com alguém contaminado no Brasil.
Nesta manhã, no momento em que a morte foi anunciada pelo governo de São Paulo, havia 301 casos da doença causada pelo vírus, a Covid-19, confirmados pelas secretarias de Saúde dos estados. Boletim do Ministério da Saúde desta segunda-feira (11) confirmava 234 casos.
A Secretária Estadual de Saúde confirmava, ainda na segunda-feira, 152 casos da doença em São Paulo. O número era mantido até a manhã desta terça. Ao todo, são mais 1.777 casos suspeitos de coronavírus no estado.
O governo de São Paulo avalia que o surto de coronavírus deve durar "de quatro a cinco meses". No entanto, as medidas restritivas adotadas pela administração estadual, como a suspensão das aulas e a restrição de eventos, não devem ser aplicadas durante todo este período.
Estado de emergência na cidade de SP
Nesta terça-feira, foi publicado no Diário Oficial da cidade de São Paulo decreto de estado de emergência, que permitirá à Prefeitura requisitar bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas, com pagamento posterior de indenização justa.
Isso significa dizer que a Prefeitura poderá, por exemplo, exigir dos fabricantes de álcool em gel que vedam o produto a “preço justo” em caso de falta. A medida também autoriza a dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços destinados ao enfrentamento da emergência.
Também foram impostas uma série de medidas para restrição da circulação de pessoas na capital paulista. As aulas nas escolas municipais e estaduais estão sendo suspensas desde o início da semana. A suspensão também ocorre em escolas particulares e universidades.
O governo estadual determinou o cancelamento de eventos públicos estaduais, independentemente do número de pessoas. Funcionários públicos com mais de 60 anos, com exceção dos que atuam nas áreas de Segurança e Saúde, irão trabalhar de casa. A Prefeitura de São Paulo recomendou que os idosos, acima de 60 anos, evitem usar o transporte público para evitar o risco de contaminação e proliferação da doença.
As medidas mudaram o cenário da cidade de São Paulo, que ficou com bem menos carros e pedestres nesta segunda e na terça-feira. Às 8h desta terça, as ruas da cidade estavam vazias e o índice de lentidão estava bem abaixo da média. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), às 7h havia 7 km de congestionamento na cidade, quando a média varia entre 25 e 39 km.
Reavaliação de testes laboratoriais
Ainda nesta segunda, o governo estadual informou que "vai avaliar" a nova recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que todos os casos suspeitos do novo coronavírus sejam submetidos a exames laboratoriais. A afirmação foi feita pelo secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann.
Na sexta-feira (13) o governo de São Paulo havia anunciado que somente pacientes internados seriam submetidos ao teste laboratorial na rede pública e que o diagnóstico clínico seria adotado para outros casos suspeitos.
Escolas
A suspensão gradual nas aulas de escolas públicas e particulares de São Paulo, diante da ameaça do novo coronavírus, começou a valer na segunda-feira (16). A rede pública estadual e municipal de São Paulo vai seguir funcionando até sexta-feira (20). A partir da próxima segunda-feira (23) as portas estarão fechadas por tempo indeterminado.
| G1 | | | | Em reunião virtual com membros da equipe econômica do governo federal, o presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, defendeu que as seguintes providências sejam tomadas urgentemente:
- Postergar o recolhimento de PIS, Cofins, Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) e contribuição do INSS do segundo trimestre para o fim do ano;
- O governo federal precisa coordenar com estados e Distrito Federal o mesmo para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
- Redução das taxas de juros;
- Ampliação imediata de linhas de crédito:
- Linha de capital de giro para grandes, médias e pequenas empresas no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal (CEF);
- Redução de compulsório vinculada ao aumento de linhas de capital de giro dos bancos comerciais, com parcela específica para pequenas e médias empresas;
- Flexibilização da legislação trabalhista, facilitando o trabalho remoto em casa antecipação de férias, entre outros pontos;
- Facilitação do desembaraço de insumos e matérias-primas importadas mesmo antes do desembarque, de modo a acelerar o acesso a produtos que por conta da pandemia ficaram retidos em seus países de origem;
O objetivo dessas medidas aqui propostas é minimizar os efeitos na atividade econômica e no emprego.
| CIMM | | | | Pesquisa do IFL-SP deve ser encaminhada para Brasília
Termômetro O empresário Georges Ebel, representante do IFL-SP, entidade que reúne empresários defensores do liberalismo econômico, distribuiu uma enquete entre altos executivos pedindo sugestões de medidas de desregulamentação e simplificação para estimular o ambiente de negócios após o agravamento da crise do coronavírus. Na mensagem em que enviou a pesquisa, Ebel diz que encaminhará as sugestões a Brasília, mas avisa que vai desconsiderar pedidos de estímulo fiscal.
Diagnóstico "Os impactos na economia têm se mostrado potencialmente mais severos do que na saúde em si. A confiança dos mercados está extremamente baixa, e esse ambiente de incerteza está travando negócios e investimentos", diz Ebel na introdução da pesquisa enviada aos empresários.
| Folha de S.Paulo | | | | Problema do momento é garantir a segurança sanitária nas linhas de produção
A pandemia do novo coronavírus muda o cotidiano das fábricas de automóveis instaladas no Brasil. As empresas adaptam suas rotinas e se preparam para possíveis paralisações da produção.
Múltiplos cenários são avaliados dia após dia e envolvem um grande contingente. As filiadas da Anfavea (associação nacional das montadoras) empregam 125.989 funcionários, de acordo com dados de fevereiro.
Quando possível, as empresas têm recomendado o home office. A General Motors adotou a prática nesta segunda (16), mesma medida implementada na Renault a partir de terça (17). A Volkswagen e o grupo PSA Peugeot Citroën seguem essa mesma diretriz: quem pode, deve trabalhar de casa.
A direção da GM afirma que estão sendo realizados serviços adicionais de limpeza e higienização nos postos de trabalho para quem precisa ir às fábricas. Há linhas de produção e centros tecnológicos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
“Em relação às implicações da pandemia na cadeia produtiva, a GM está em contato diário junto aos seus fornecedores globais. Até o momento, nossa produção local não foi impactada”, diz a empresa por meio de comunicado.
Viagens internacionais e eventos locais estão sendo suspensos em todas as empresas, mas há dúvidas sobre como ficarão as linhas de montagem.
A Renault diz que, até o momento, não houve impacto na produção. A empresa francesa, que produz carros em São José dos Pinhais (PR), afirma não ter fornecedores diretos (tier 1) da China.
“Sabemos que a China é um grande produtor de componentes eletrônicos que poderiam impactar nossos fornecedores tier 2 e tier 3 [níveis secundário e terciário], mas também não há previsão de impactos até o momento”, diz a nota enviada pela montadora, que tem promovido reuniões diárias para definir sua linha de ação.
A Honda também afirma que ainda não houve parada na produção, seja por falta de peças ou de operários. A situação está sendo monitorada diariamente e, segundo a direção da montadora, esse cenário pode ser alterado caso a situação se prolongue.
O problema do momento é garantir a segurança sanitária nas linhas de produção. Dispensários com álcool em gel estão sendo espalhados pelas fábricas, e os departamentos de recursos humanos promovem campanhas de conscientização.
O risco, no entanto, está também nos deslocamentos. As montadoras oferecem transporte em ônibus fretado para os operários, que entram e saem em grandes grupos ao mesmo tempo na virada dos turnos.
Para reduzir o risco de contaminação nos ambientes comuns, a Mercedes-Benz tem orientado os colaboradores a procurarem o ambulatório médico com urgência caso apresentem sintomas de gripe. “Recomendamos também que eventos e reuniões tenham número reduzido de pessoas e que, nos casos possíveis, sejam realizados online”, diz a assessoria de comunicação da montadora.
Com sede em Curitiba, o grupo Volvo América Latina também tem evitado reuniões. A empresa vai antecipar a campanha interna de vacinação contra a gripe para facilitar o diagnóstico de outras viroses.
A Toyota fechou seus centros de visitação, que são espaços de recepção para estudantes e demais interessados em conhecer a história e o método de trabalho da montadora japonesa. Há três unidades no país, localizadas nas plantas de São Bernardo (Grande São Paulo), Indaiatuba e Sorocaba (interior de SP).
“Esses espaços estão fechados para visitas até o fim de março. Após esse mês, vamos avaliar a situação para saber se abriremos ou manteremos fechado por mais algum tempo”, diz a empresa em nota. A produção ainda não foi afetada.
Em comum, todas as montadoras consultadas têm ampliado a atuação dos canais internos de comunicação com os funcionários.
Outras medidas devem ser tomadas ao longo da semana, e as empresas já se preparam para a desaceleração das vendas. Isso deve ocorrer não só pela provável retração da economia, mas também pelo fato de consumidores dispostos a fazer negócio adiarem a ida às lojas, por segurança.
Embora o processo de compra de um automóvel seja iniciado na internet, seu fechamento ainda é prioritariamente presencial, feito na rede concessionária.
| Folha de S.Paulo | | | | Categoria também se preocupa em contrair a doença na casa de clientes infectados
Em casa O mercado de trabalhadores domésticos diaristas está em alerta por dois motivos na crise do coronavírus: quem presta serviço por dia prevê uma onda de cancelamentos, além disso, os próprios trabalhadores estão com medo de contrair a doença na casa de clientes infectados.
Zona contaminada Nathalie Rosário, advogada do Sindoméstica, afirma que a situação dos trabalhadores diaristas é mais preocupante porque eles têm menos proteção do que empregados domésticos de carteira assinada, que possuem garantia de seguir recebendo salário se alguém contrair o vírus.
Limpeza Segundo Rosário, o sindicato já está ajudando a realocar diaristas que perderam clientes contaminados ou com suspeita. "Infelizmente a única alternativa é encontrar uma nova casa", afirma ela.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 16-03-2020) | | | | Superfícies de trabalho e objetos como telefones e teclados devem ser higienizados regularmente
Lavar as mãos com frequência, ter um álcool em gel na mesa e ficar pelo menos um metro de distância do colega de trabalho. Estas são algumas recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) que devem ser adotadas para quem segue indo trabalhar para evitar a disseminação do novo coronavírus.
Declarado pandemia na quarta-feira (11) pela OMS, o coronavírus está impondo um novo ritmo e uma nova postura nas relações de trabalho. Seja para quem continua indo para o trabalho, seja para quem está fazendo home office, é necessário se adaptar a novos hábitos para manter a produtividade e conter o temor pelo coronavírus.
“Mudanças como evitar contato físico e reuniões não é uma coisa que vem do dia para noite”, diz Keitiline Viacava, neurocientista e especialista em empresas. Para Viacava, tanto a empresa quanto chefes e funcionários precisam de reforços que gerem mudança rápida dada a proliferação do vírus, mas como estamos acostumados ao relações atuais de trabalho, é normal o período de transição ser longo.
Cumprimentar pessoas com beijos ou aperto de mão, como diz a OMS, devem ser evitados, reforça a especialista. Para que a mensagem seja absorvida o mais rápido possível, os incentivos devem vir além de emails ou cartazes de conscientização espalhados no ambiente de trabalho. “Vai partir do líder e dos funcionários adotarem uma postura de cuidados que agora são tidos como a básico, mas que vão se propagar e tornar comuns”, diz.
O problema dessa postura, diz Viacava, é esbarrar na discriminação. É preciso levar a situação com leveza sem perder a consciência que é uma situação que exige cuidados, mas que um espirro ou uma tosse possa não ser que a pessoa está infectada pelo coronavírus.
“Temos que ter empatia um com os outros. A instrução é se conter e levar de modo descontraído, dando risada e conscientizando”, diz. Outro cuidado, alerta a especialista, é não cair na conversa na ‘ilusão de controle’, ou seja, acreditar que seja possível controlar situações que são regidas pelo acaso ou por forte controle externo, como o caso do perigo de contaminação pelo coronavírus. “É uma sensação de controle que não existe e que se dá de forma automática”, diz.
COMO SE COMPORTAR TRABALHANDO DE CASA
Para quem está dispensado de ir até a empresa, o grande problema pode ser conciliar produtividade mesmo estando em casa. Para isso, a palavra-chave é comunicação efetiva, diz Nora Mirazon Machado, estrategista em branding e carreiras.
Para Machado, pessoas que sabem gerenciar o tempo e têm competências comportamentais bem desenvolvidas, como trabalhar em equipe e outras habilidades interpessoais, ganham importância neste momento. relacionamento do profissional com os outros criando um relação de confiança.
“Como o contato interpessoal via trabalho remoto é limitado, você não sabe como a pessoa está reagindo”, diz. Segundo a especialista, não devemos cair na cilada de ficar supondo o que o outro está pensando. Para isso, são fundamentais três pontos.
Inteligência emocional: é uma habilidade que ajuda na interação e a prestar mais atenção no outro, diz Machado. É ter empatia e respeitar quando um funcionário ou colega de trabalho com algum familiar infectado.
Comunicação efetiva: É trabalhar para que a mensagem que você está transmitindo chegue ao seu interlocutor, sendo necessário prestar mais atenção ao que outro diz. Aqui, o explicar pela metade é um risco: você não está frente a frente com a pessoa.
Escuta ativa: É prestar atenção ao que outro está dizendo e não ficar supondo o que o outro pensa, um trabalho de se dedicar ao ouvir.
O QUE DIZ A OMS
A cartilha da OMS divulgada em fevereiro lista uma série de diretrizes para evitar a propagação do novo coronavírus no ambiente de trabalho.
Superfícies de trabalho e objetos como telefones e teclados devem ser higienizados com desinfetante regularmente. De acordo com a organização, as empresas devem incentivar os trabalhadores a lavarem as mãos constantemente, garantindo que haja sabonete nos banheiros e álcool em gel no local.
Outro ponto que a organização lista é distribuir cartazes que incentivem os trabalhadores a higienizar as mãos.
A empresa deve garantir que máscaras e/ou lenços de papel estejam disponíveis em seus locais de trabalho, para aqueles que desenvolvam coriza ou tosse no trabalho.
Se o funcionário começar a apresentar leve febre, ele deve ficar em casa em isolamento. A OMS recomenda, também, que evite o contato e tenha afastamento de um metro entre as pessoas e os familiares.
Os funcionários que apresentarem algum sintoma do coronavírus devem ficar em casa, cabendo à empresa decidir se o trabalhador deve seguir em home office ou que fique em repouso.
Para quem retornou de viagem de um dos países que tenha casos registrados da pandemia, o ideal é ficar em casa por 14 dias e monitorar os sintomas.
O QUE DIZ O MINISTÉRIO DA SAÚDE
O Ministério da Saúde recomenda que, para áreas com transmissão comunitária, como em São Paulo e no Rio de Janeiro, tenha redução de deslocamentos para o trabalho.
As reuniões, de preferência, devem ser realizadas virtualmente, e viagens não essenciais (avaliadas pela empresa) sejam adiadas ou canceladas.
Ainda segundo o ministério, o trabalhador deve fazer home office, e adotar horários alternativos para que não ocorra horários de pico no transporte público.
| Folha de S.Paulo | | | | Especialistas recomendam conciliar boa comunicação com os colegas de equipe e disciplina para se organizar
Em tempo de coronavírus, empresas começam a autorizar funcionários a trabalharem remotamente. Para manter a produtividade mesmo em casa, especialistas recomendam conciliar boa comunicação com os colegas de equipe e disciplina na hora de se organizar.
Declarado pandemia na quarta-feira (11) pela OMS, o coronavírus está impondo um novo ritmo e uma nova postura nas relações de trabalho. Seja para quem continua indo para o trabalho, seja para quem está fazendo home office, é necessário se adaptar a novos hábitos para manter a produtividade e conter o temor pelo coronavírus.
O trabalho remoto é uma novidade, mas não chega a ser um bicho de sete cabeças, diz Nora Mirazon Machado, estrategista em branding e carreiras. "O trabalho remoto exige rotina e disciplina, como acordar no mesmo horário e fazer uma uma programação para se tornar produtivo", diz.
"Sai ganhando quem consegue estruturar o dia como se estivesse saindo de casa. Também é indicado encontrar um lugar dentro da casa para onde trabalhar", complementa.
COMO SE COMPORTAR TRABALHANDO DE CASA
Para quem está dispensado de ir até a empresa, a palavra-chave é para continuar o mesmo ritmo de trabalho é a comunicação efetiva, diz Machado.
Para especialista, pessoas que sabem gerenciar o tempo e têm competências comportamentais bem desenvolvidas, como trabalhar em equipe e outras habilidades interpessoais, ganham importância neste momento. Relacionamento do profissional com os outros criando um relação de confiança.
“Como o contato interpessoal via trabalho remoto é limitado, você não sabe como a pessoa está reagindo”, diz. Segundo a especialista, não devemos cair na cilada de ficar supondo o que o outro está pensando. Para isso, são fundamentais três pontos:
Inteligência emocional: é uma habilidade que ajuda na interação e a prestar mais atenção no outro, diz Machado. É ter empatia e respeitar quando um funcionário ou colega de trabalho com algum familiar infectado.
Comunicação efetiva: É trabalhar para que a mensagem que você está transmitindo chegue ao seu interlocutor, sendo necessário prestar mais atenção ao que outro diz. Aqui, o explicar pela metade é um risco: você não está frente a frente com a pessoa.
Escuta ativa: É prestar atenção ao que outro está dizendo e não ficar supondo o que o outro pensa, um trabalho de se dedicar ao ouvir.
COMO MANTER A PRODUTIVIDADE EM CASA
"Além de ser um protocolo para cenários como o atual, o trabalho remoto já é visto como uma ferramenta para retenção de funcionários, que tendem a gostar dessa flexibilidade", explica Lucas Nogueira, diretor de recrutamento da Robert Half, consultoria especializada em seleção e recrutamento.
Mas, como medida protetiva , o home office tomou outras proporções para os negócios. Raphael Falcão, diretor da Hays, empresa de recrutamento, conta que muitas companhias não estavam preparadas para o aumento, na última semana, do número de funcionários que precisaram trabalhar remotamente.
"Isso é um alerta para que as empresas tenham um plano de contingência bem definido e estruturado", diz.
Quanto ao empregado, o primeiro ponto para o novo regime de trabalho funcionar é entender que o objetivo é ganhar em produtividade. "Você não perde tempo se locomovendo, por exemplo. Mas você tem que ter uma rotina preestabelecida", diz Falcão.
Comprometa-se com as entregas e organize-se: Ao trabalhar em casa, o funcionário é responsável pelas tarefas e pela forma como irá executá-las, afirma Amelia Caetano, especialista em gestão remota do Instituto Trabalho Portátil, empresa de consultoria que implementa home office em organizações.
Segundo ela, o gestor deixa de ter o controle do que a pessoa está fazendo nesse regime e passa a ter confiança de que os prazos acordados serão cumpridos.
Para manter a disciplina e o ritmo de execução do trabalho, é importante não programar tarefas de ordem pessoal no horário reservado para o expediente, afirma o diretor de recrutamento da Robert Half. Evite agendar consertos e entregas residenciais, por exemplo.
Mostre em casa que está trabalhando: Principalmente para quem tem crianças, pode ser difícil estabelecer uma divisão clara entre estar trabalhando e estar disponível.
Uma forma de solucionar isso é criar símbolos para que outros moradores da residência saibam que o funcionário está em horário de trabalho.
Amelia Caetano sugere usar um crachá no pescoço ou colocar fones de ouvido como uma forma de mostrar que está ocupado.
Lista de prioridades: Para manter a produtividade, é importante manter o foco na tarefa que está sendo realizada e, em vez de checar e-mails e ligações de forma compulsiva, estabelecer períodos para fazer essa verificação.
Planejar a agenda do dia e criar uma lista de prioridades entre as obrigações também é uma boa forma de se manter produtivo e dar conta de todos os deveres. “Se eu já sei que 50% do meu tempo é gasto com coisas que aparecem no próprio dia, eu vou programar só metade do meu período e deixar o resto para as tarefas imprevisíveis”, sugere Caetano.
Mantenha hábitos saudáveis e tire o pijama: Como no home office todo o trabalho é feito em frente ao computador, o ideal é não fazer as refeições na mesma mesa e se levantar para buscar alimentos ou café. Procure também ter uma seleção de produtos saudáveis para manter uma dieta equilibrada.
A especialista do Instituto Remoto sugere fracionar o horário do almoço com um período para tirar um cochilo de 20 minutos, que ajuda a manter a produtividade.
Outra recomendação importante é tirar o pijama. Não precisar se vestir com trajes específicos para o trabalho faz com que funcionários se mantenham com as roupas que estão ao acordar. Mas, segundo Amelia Caetano, estudos mostram que o desempenho não se mantém o mesmo se não se mantiver o hábito de se arrumar para o trabalho.
| Folha de S.Paulo | | | | Pacote contra vírus prevê injeção de R$ 147,3 bilhões na economia; Medidas equivalem a 2,03% do PIB brasileiro de 2019
O Ministério da Economia anunciou na segunda-feira (16) um pacote de medidas para minimizar os efeitos do novo coronavírus. Em conjunto com ações anunciadas na semana passada, as propostas têm impacto de R$ 147,3 bilhões.
A pandemia já levou o governo a revisar a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano de 2,4% para 2,1%. As previsões do mercado captadas pelo Banco Central estão em 1,68%.
O pacote equivale a 2,03% do PIB brasileiro de 2019, que foi de R$ 7,25 trilhões. Na Austrália, a ajuda foi de 2,3% no PIB. No Reino Unido, de 0,6%.
Confira as medidas estipuladas pelo governo:
- Leilões extraordinários de títulos públicos para reduzir distorções no mercado de títulos e ampliar a liquidez do mercado
- Situação: Efetivada, em coordenação entre Tesouro e Banco Central, com leilões diários previstos até quarta-feira (18)
- Antecipação para abril do pagamento de metade do 13º de aposentados e pensionistas do INSS, no valor de R$ 23 bilhões
- Situação: Depende de edição de decreto presidencial
- Suspensão de prova de vida dos beneficiários do INSS por 120 dias
- Situação: depende de resolução do INSS
- Ampliação de prazos e redução do teto de juros de empréstimo consignado de beneficiários do INSS.
- Situação: Depende de aprovação do Conselho Nacional de Previdência, que tem reunião extraordinária marcada para terça-feira (17)
- Aumento do percentual da renda de aposentados que pode ser comprometida por empréstimo consignado
- Situação: Depende de projeto de lei
- Uso de R$ 75 bilhões pela Caixa para compra de carteira de outros bancos, renegociação de dívidas e para atender o setor do agronegócio
- Situação: Depende de decisão do banco
- Facilitação de negociação de dívidas de empresas e famílias que têm boa capacidade financeira e mantêm empréstimos regulares e em dia, por decisão do Conselho Monetário Nacional. Bancos ficam dispensados de aumentar provisionamento no caso de repactuação de operações nos próximos seis meses.
- Situação: Em vigor
NOVAS MEDIDAS ANUNCIADAS NA SEGUNDA (16):
- Antecipação da segunda parcela do 13º de aposentados e pensionistas do INSS para maio. Valores somam R$ 23 bilhões
- Situação: Depende de decreto presidencial
- Recursos do Pis/Pasep não sacados irão para o FGTS e permitir novos saques. Estimativa de até R$ 21,5 bilhões
- Situação: Depende de aprovação do Congresso. Pode ser medida provisória
- Antecipação do abono salarial para junho. Impacto de R$ 12,8 bilhões
- Situação: Depende de decreto presidencial
- Aumento do orçamento do Bolsa Família em R$ 3,1 bilhões. Medida deve permitir a inclusão de mais de 1 milhão de famílias, que aguardam na fila de espera
- Situação: Depende de aprovação de projeto de lei no Congresso
- Empresas poderão adiar o pagamento do FGTS por três meses. Impacto estimado em R$ 30 bilhões
- Situação: Depende de aprovação de projeto de lei no Congresso
- Empresas do Simples Nacional poderão adiar pagamento de tributos federais, calculados em R$ 22,2 bilhões, por três meses
- Situação: Depende de resolução do comitê gestor do Simples Nacional, prevista para a semana
- Crédito de R$ 5 bilhões do FAT para micro e pequenas empresas
- Situação: Depende de aprovação no Codefat, prevista para quarta-feira (18)
- Corte de 50% nas contribuições para o Sistema S por três meses. Impacto de R$ 2,2 bilhões
- Situação: Pode ser medida provisória ou projeto de lei
- Facilitar o processo para liberar a importação de insumos e matérias primas industriais
- Situação: Depende de dato (instrução normativa) da Receita
- Destinação do saldo do fundo do DPVAT para o SUS. Estimativa de R$ 4,5 bilhões
- Situação: Depende de projeto de lei
- Redução a zero das alíquotas de importação para produtos de uso médico-hospitalar (até o final do ano)
- Situação: Depende de reunião da Camex
- Desoneração temporária de IPI para produtos importados necessários ao combate ao covid-19
- Situação: Depende de decreto presidencial
- Desoneração temporária de IPI para bens produzidos internamente e necessários ao combate ao vírus
Situação: Depende de decreto presidencial
| Folha de S.Paulo | | | | Isolamento só é recomendado para pessoas com diagnóstico confirmado e contatos próximos
Na contramão do que países europeus e alguns países sul-americanos vêm fazendo como medidas de contenção do novo coronavírus em seus territórios, o governo brasileiro informou nesta segunda-feira (16) que manterá suas fronteiras abertas.
"Não estamos pensando em fechar fronteiras, pelo contrário. Vamos agora resolver o problema do navio que está no Recife e temos dentro do navio dois uruguaios e argentinos, passageiros, tripulantes, e vamos receber esses sul-americanos e acompanhar seu isolamento em Recife antes de poder encaminhar para países de origem", afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, durante entrevista à imprensa na tarde desta segunda.
Para tentar combater a pandemia de coronavírus, parte da Europa e vários países da América do Sul fecharam temporariamente suas fronteiras para todos os estrangeiros a partir desta segunda-feira (16).
Na União Europeia, a entrada estará proibida por ao menos 30 dias. A medida engloba os 27 países da União Europeia mais quatro que fazem parte da zona Schengen, espaço de livre circulação dentro do continente.
Exceções serão abertas apenas para cidadãos europeus, residentes e seus familiares diretos, profissionais de saúde ou de transporte, diplomatas, cientistas e em casos de emergência.
Na América do Sul, o movimento começou com a Argentina, que anunciou, ainda no domingo à noite, o fechamento das fronteiras aos estrangeiros por pelo menos 15 dias e o cancelamento dos voos provenientes da Europa e dos Estados Unidos por um mês.
“Acho que é essa a posição do Brasil. Nós vamos receber as pessoas que estão nesse navio e não são brasileiras", disse Gabbardo, em referência a um cruzeiro na costa brasileira no Nordeste.
A medida ocorre após um turista do Canadá que estava em um cruzeiro de bandeira bahamense, retido no porto de Recife, ter recebido diagnóstico de Covid-19. Ele está internado em um hospital da rede privada. Cerca de 600 pessoas, entre passageiros e tripulantes, estão no navio e aguardam o retorno a seus países.
Na sexta (13), o Ministério da Saúde recomendou aos estados a suspensão de todos os cruzeiros marítimos enquanto durar a emergência pelo novo coronavírus. A ideia da pasta era que novas viagens já estivessem vetadas. Já aquelas em andamento seriam analisadas caso a caso.
Menos de um dia após a determinação, o ministério teve que recuar da medida. A situação ocorreu após pressão dentro do governo, segundo apurou a Folha.
Gabbardo explicou que o governo deve fazer novo ajuste sobre a questão dos cruzeiros daqui para frente.
“Temos negociação com as empresas e autorizamos que continuassem com cruzeiros em andamento, que faltavam pouco para terminar, com o compromisso de que não haveria mais nenhum novo cruzeiro saindo e não receberíamos mais nenhum cruzeiro internacional ao Brasil. Todos os cruzeiros saindo deram meia-volta e retornaram aos seus países de origem”, disse.
Durante a entrevista desta segunda, o governo brasileiro manteve ainda a recomendação para isolamento voluntário no país, diferentemente do que autoridades europeias vêm fazendo com o objetivo de tentar conter a dispersão do novo coronavírus.
A medida vale para brasileiros que vierem do exterior, mesmo sem sintomas. Nesse caso, a recomendação é que fiquem por sete dias em casa e procurem a rede de saúde caso apresentem febre e outros sintomas, como tosse e falta de ar.
Para as demais pessoas, a orientação é que evitem aglomerações e adotem medidas de distanciamento social. O isolamento é obrigatório apenas para pessoas com diagnóstico confirmado e seus contatos próximos, como familiares.
Nesta segunda, o Ministério da Saúde atualizou para 234 o número de confirmações de pessoas com diagnóstico com o novo coronavírus.
O governo esclareceu ainda que a recomendação de isolamento voluntário não deve ser aplicada para estrangeiros que vierem ao Brasil para participar de reuniões ou congressos. “Não tem sentido ficar em isolamento em hotel até eles participarem da atividade”, disse Wanderson Oliveira, secretário de vigilância em saúde do ministério.
Prevendo uma situação de emergência daqui para frente, o governo vem conversando com a rede privada de saúde para que a rede pública possa utilizar leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Uma das medidas para evitar que o sistema público não dê conta é modificar o ingresso e a saída de pacientes dessa modalidade de tratamento, para que apenas os que realmente precisem sejam internados em UTIs.
Gabbardo disse que o Ministério da Saúde passará a trocar informações com a rede privada sobre a utilização de seus leitos pela rede pública. “Queremos saber qual a ocupação, quem tem leito ocioso e, se necessário, poderemos requisitar leitos privados. Eles podem ser requisitados para leitos do SUS”, explicou.
Para garantir que o país tenha equipamento e material para tratamento de pacientes que se contaminem com a Covid-19 e precisem de tratamento hospitalar, o Ministério da Economia vai adotar medidas como zerar imposto de importação de alguns equipamentos usados em leitos de UTI, como os de suporte ventilatório, e proibir que o Brasil os exporte.
A mesma medida vale para equipamentos de proteção individual usados por profissionais de saúde, como máscaras e luvas.
Uma possibilidade ainda é que o Brasil tenha acesso a equipamentos adquiridos pela China e que não foram usados. O Ministério da Saúde informou estar em contato com a embaixada chinesa no Brasil.
Ainda durante a entrevista, o secretário-executivo do Ministério da Saúde esclareceu que o governo brasileiro não reprova o uso de alguns medicamentos, como o ibuprofeno para pacientes que contraírem o novo coronavírus.
“Levantou-se a hipótese de que isso poderia reduzir a ação. Nossa secretaria fez revisão, consultou especialistas e, neste momento, não há motivo que justifique substituição do medicamento”, disse Gabbardo.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 16-03-2020) | | | | Mesmo com menor eficácia, assintomáticos poderiam transmitir doença; 86% das infecções não teriam sido registradas, diz estudo
Uma análise estatística do primeiro grande surto do novo coronavírus, na China, indica que quase 90% das pessoas doentes passaram despercebidas quando ainda não havia restrições de viagens em território chinês. O resultado, que acaba de ser publicado na revista especializada Science, indica que o grande avanço da doença pelo país e pelo mundo ocorreu, em grande parte, por causa do movimento de pessoas com sintomas relativamente leves ou mesmo sem sintomas.
Coordenado por Ruiyun Li, da Faculdade de Medicina do Imperial College de Londres, o trabalho é essencialmente uma tentativa de encontrar padrões matemáticos nos processos de espalhamento da doença durante os primeiros meses de 2020.
O grupo liderado por Li levou em conta dois pontos de partida: o fato de que restrições severas a viagens dentro da China foram impostas no dia 23 de janeiro e o de que o surto coincidiu com o período do Festival da Primavera chinês (o chamado “Chunyun”), que dura 40 dias e no qual as viagens de longa distância são comuns.
Ocorre que, pouco tempo após o início das restrições, em 8 de fevereiro, o total de casos confirmados era de apenas 801 em todo o território chinês. O número atual, porém, é de mais de 80 mil, com um total de mortes superior a 3.000, apenas um mês e meio depois.
Para explicar esse abismo numérico entre os dois momentos, os pesquisadores decidiram centrar sua análise no período entre os dias 10 e 23 de janeiro, quando o Festival da Primavera já tinha começado e ainda era possível viajar China afora sem muitos problemas.
Eles levaram em conta as viagens computadas no mesmo período durante o ano de 2018 e calcularam qual seria a taxa básica de transmissão do vírus —ou seja, quantas outras pessoas cada doente (ou contaminado sem sintomas) acabou infectando com o patógeno.
De acordo com a nova pesquisa, os números só batem se 86% das infecções não tiverem sido computadas até o dia 23 de janeiro de 2020. O grupo calcula que os casos documentados da doença provavelmente eram mais eficientes no processo da transmissão —provavelmente por terem sintomas mais intensos, como tosse, e produzirem mais vírus— mas os casos não detectados, muito provavelmente mais leves, conseguiam passar adiante o vírus com 55% da eficácia dos mais severos.
Para a equipe de cientistas, as medidas de restrição, junto com o isolamento social e os cuidados com a higiene, foram eficazes para reduzir a velocidade da transmissão dentro da China. No entanto, não está claro quando será possível parar com essas medidas sem que haja um retorno do surto, dizem eles.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 16-03-2020) | | | | Previdência mantém plano de contratar aposentados, mas não confirma prazo para edital
O avanço do coronavírus no país alterou o atendimento nas agências do INSS e ainda deve afetar os planos do governo quanto à revisão dos benefícios por incapacidade, podendo trazer impactos até mesmo para as medidas de redução da fila de espera por benefícios.
Apesar da crise, a Secretaria de Previdência informou nesta segunda (16) que, por enquanto, está mantida a contratação de servidores aposentados e de militares da reserva que participarão do mutirão convocado pelo governo para reduzir a fila de quase 2 milhões de pedidos de benefícios à espera de análise.
A Secretaria informou, porém, que, diante da pandemia, não poderia confirmar a convocação oficial para até a próxima sexta-feira (20), prazo inicialmente previsto para a publicação do edital.
As perícias médicas para segurados afastados do trabalho por acidente ou doença deverão ser mantidas e só serão interrompidas se o agravamento da crise sanitária levar ao fechamento das agências da Previdência, informou uma fonte do setor.
Mas a convocação de beneficiários de auxílio-doença para passarem pelo pente-fino anunciado há mais de um ano, ainda no início da gestão de Jair Bolsonaro, não deve ocorrer antes de abril ou até que a crise de saúde esteja sob controle.
O pente-fino sofreu diversos atrasos devido a dificuldades no desenvolvimento do sistema que organiza as perícias. A previsão mais recente era que as convocações começassem no início deste ano, o que não ocorreu.
O INSS informou nesta segunda-feira (16) que está limitada a presença de acompanhantes dos segurados durante atendimento nas agências para evitar aglomerações, devido à pandemia do coronavírus.
Segundo o instituto, poderão permanecer, apenas, procuradores ou representantes legais devidamente identificados.
O órgão, seguindo orientações do Ministério da Saúde, reitera que os segurados não precisam ir a uma agência para pedir benefícios.
Basta acessar o Meu INSS por meio do site gov.br/meuinss ou ligar para a Central 135, de segunda a sábado de 7h às 22h.
"O segurado só deve buscar atendimento presencial se for imprescindível, como, por exemplo, em caso de perícia médica", ressalta a nota do INSS.
Nas situações em que for necessário comparecer a uma agência, os segurados devem seguir as regras de higiene e manter sempre as mãos lavadas, com uso posterior do álcool em gel.
De acordo com o INSS, as prestadoras de serviços de limpeza e conservação estão dando especial atenção à limpeza de banheiros, elevadores, corrimãos, maçanetas, áreas de atendimento e salas de perícia.
Além disso, o instituto garante a disponibilidade de sabonetes nos banheiros para a higienização das mãos.
Outra iniciativa, para diminuir o fluxo de segurados que buscam as agências do INSS é restringir o atendimento espontâneo até as 13h.
Após esse horário, só serão feitos atendimentos programados e, caso não tenha agendamento após esse horário, a agência deverá ser fechada.
| Folha de S.Paulo | | | | Servidores idosos, grávidas ou quem mora com idoso deve fazer trabalho a distância
O órgão, seguindo orientações do Ministério da Saúde, reitera que os segurados não precisam ir a uma agência para pedidos de benefícios.
Basta acessar o Meu INSS por meio do site gov.br/meuinss ou ligar para a Central 135, de segunda a sábado de 7h às 22h horas.
"O segurado só deve buscar atendimento presencial se for imprescindível, como, por exemplo, em caso de perícia médica", ressalta a nota do INSS.
Nas situações em que for necessário comparecer a uma agência, os segurados devem seguir as regras de higiene e manter sempre as mãos lavadas, com uso posterior do álcool em gel.
De acordo com o INSS, as prestadoras de serviços de limpeza e conservação estão dando especial atenção à limpeza de banheiros, elevadores, corrimãos, maçanetas, áreas de atendimento e salas de perícia. Além disso, garante a disponibilidade de sabonetes nos banheiros para a higienização das mãos.
Outra iniciativa, para diminuir o fluxo de segurados que buscam as agências do INSS é restringir, a partir desta segunda-feira, o atendimento espontâneo até às 13h. Após esse horário, só serão feitos atendimentos programados e, caso não tenha agendamento após esse horário, a agência deverá ser fechada.
Servidores
O INSS afirma ainda que foi determinado, nesta segunda-feira, que todos os servidores e empregados acima de 60 anos, portadores de doenças crônicas, gestantes e lactantes ou aqueles cujos familiares que habitam na mesma residência estejam no grupo de risco de aumento de mortalidade sejam deslocados do atendimento ao público para exercerem suas atividades de forma remota.
O INSS informa ainda que poderá adotar, a qualquer momento, novas medidas de prevenção sob orientação do Ministério da Saúde.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 16-03-2020) | | | | Grupo de técnicos avalia medidas para estimular a economia para reduzir prejuízos diante da pandemia
No pacote de medidas para suavizar os impactos do coronavírus na economia, o governo avalia antecipar a restituição do IR (Imposto de Renda) de pessoa física neste ano. Isso liberaria mais dinheiro à população num período que deve ser de baixa atividade econômica.
Para aliviar o caixa de empresas, está em estudo também o adiamento do prazo para pagamento de alguns tributos.
Ações para conter a expansão do vírus devem reduzir a atividade econômica do país e, consequentemente, a arrecadação federal. A equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) tem apresentado ideias para estimular a economia e tentar reduzir os prejuízos a empresas.
Por enquanto, as medidas priorizadas não elevam os gastos públicos previstos para o ano, pois o governo ainda precisará ajustar o Orçamento e a meta fiscal deste ano diante do impacto da pandemia, especialmente na queda das receitas.
A proposta de antecipar a restituição do IR é uma tentativa de dar fôlego para a economia a partir de maio, quando está prevista a liberação do primeiro lote de ressarcimento.
Isso seria uma alteração de programação de despesas, sem ampliar a previsão de gastos no ano.
O assunto ainda está em discussão por técnicos do governo. Integrantes da Receita Federal dizem que o órgão já analisa as declarações em velocidade superior ao pagamento das restituições, cujo calendário é definido com base no fluxo de recursos do Tesouro.
Outra mudança de calendário é estudada para aliviar a situação de empresas cujas atividades devem ser fortemente impactadas pelo surto do covid-19.
O Ministério da Economia pediu à Receita Federal um levantamento sobre o adiamento de prazos para pagamento de tributos. A ideia, por ora, é que os patrões paguem os impostos atrasados ainda neste ano para não afetar ainda mais a arrecadação federal.
O governo ainda não bateu o martelo sobre quais tributos podem ser adiados, mas uma possibilidade é a contribuição previdenciária.
Ainda está em estudo se os incentivos serão a alguns setores específicos ou se serão mais amplos. Desde a semana passada, o governo prepara medidas para as empresas aéreas, que sofrem com o cancelamento de voos e queda de demanda.
Técnicos ainda fazem os cálculos para saber quais ações são viáveis diante do cenário de aperto fiscal.
A restrição orçamentária é o principal entrave para a liberação de medidas que minimizem os efeitos da crise. Já está no radar do governo a ideia de pedir ao Congresso autorização para ampliar o rombo fiscal deste ano.
Ainda não está definido se o governo enviará uma nova proposta com o pedido de ampliação da meda, hoje em déficit de R$ 124,1 bilhões, ou se aproveitará um texto que já tramita no Legislativo, com objetivo de agilizar a aprovação.
De qualquer maneira, técnicos da área econômica afirmam que não será possível mudar a meta a tempo de criar uma folga no Orçamento até esta sexta-feira (22), quando o governo anunciará um bloqueio de recursos de ministérios.
Vão pesar nas contas a revisão para baixo da projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano e a provável retirada do Orçamento da privatização da Eletrobras.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 16-03-2020) | | | | A pandemia expõe o que o brasileiro pensa do bem comum
Embora tenhamos notícias claras sobre o que se passa na Europa e na China, só agora caiu a ficha de que aqui também ficaremos confinados em casa, mais dia, menos dia.
É importante ressaltar que essa medida radical não acontece porque o vírus é terrivelmente letal —não há bicho-papão na rua—, mas porque ele atingirá a população massivamente e não haverá leito de hospital suficiente para os casos graves previstos, aumentando enormemente sua letalidade.
A questão é matemática.
A crise é mundial, mas é enfrentada com a cultura local, revelando os valores de cada povo. O que essa crise diz da forma como os brasileiros pensam o bem comum? O que escancara de um presidente que descumpre as recomendações que os profissionais de saúde do mundo todo estão tentando arduamente transmitir para salvar vidas?
Epidemias têm raça, gênero e classe social, pois embora possam alcançar a todos igualmente, não encontram as mesmas condições de prevenção, tratamento e suporte econômico nos diferentes estratos da população.
Quantas pessoas caberão no SUS —desmantelado pelo governo— e no sistema privado de saúde antes que todos os leitos estejam ocupados? Quem ficará à míngua por não ter direitos trabalhistas que lhe permitam ficar em casa? Quem cuidará de quem?
No próximo capítulo da crise, veremos a Covid-19 atingindo em cheio as pessoas que —ao contrário do que o ministro da Economia diz— nunca viajaram para a Disney. A partir daí, será a “pandemia brasilis”.
Abstraindo as terríveis perdas econômicas, as inevitáveis mortes previstas, o efeito catastrófico na cambaleante economia de nosso país e nas diferentes classes sociais, começamos também a pensar na experiência de confinamento em si daqueles que até podem, mas não deveriam sair de casa.
Escuta-se dos pacientes em análise uma preocupação com o confinamento, no qual não haverá com quem deixar as crianças —nem escola, nem profissionais, nem avós—, não poderemos fazer as atividades habituais que nos satisfazem, as que são necessárias ou simplesmente as que preenchem nosso tempo e, por outro lado, teremos que fazer as que comumente delegamos aos outros.
Conviveremos de forma inusualmente intensa com os mais próximos o que, para alguns, será inédito. Os mais velhos —principalmente— se verão privados de familiares e amigos, situação que pode agravar quadros de sofrimento psíquico e doenças psicossomáticas.
Estamos sempre ocupados demais para pensar em nossos problemas, nossa vida amorosa, para estar junto aos filhos. Mas eis que a pandemia nos joga numa espécie de filme de Kubrick —no caso, “O Iluminado”, como bem lembrou Gregório Duvivier.
O vislumbre dessa experiência já tem provocado seus efeitos no divã, que vão do desespero à reflexão. No plano individual, teremos a chance de encarar o que mais pesa quando nos movemos para fora de casa: a necessidade de sobreviver, a aspiração pessoal ou a tentativa —limitante e sofrida— de fugir das relações e de si mesmo.
Já no plano coletivo, o combate à pandemia depende da população privar-se da circulação habitual com a intenção de proteger sua parcela mais vulnerável.
A palavra-chave aqui é solidariedade que, segundo o Aurélio, significa “sentido moral que vincula o indivíduo à vida, aos interesses e às responsabilidades dum grupo social, duma nação, ou da própria humanidade”.
Para quem se diz patriota, boa hora para pensar nos outros e empunhar a bandeira do SUS.
Vera Iaconelli - Diretora do Instituto Gerar, autora de “O Mal-estar na Maternidade” e "Criar Filhos no Século XXI". É doutora em psicologia pela USP.
| Folha de S.Paulo | | | | Grupo de técnicos avalia medidas para estimular a economia para reduzir prejuízos diante da pandemia
No pacote de medidas para suavizar os impactos do coronavírus na economia, o governo avalia antecipar a restituição do IR (Imposto de Renda) de pessoa física neste ano. Isso liberaria mais dinheiro à população num período que deve ser de baixa atividade econômica.
Para aliviar o caixa de empresas, está em estudo também o adiamento do prazo para pagamento de alguns tributos.
Ações para conter a expansão do vírus devem reduzir a atividade econômica do país e, consequentemente, a arrecadação federal. A equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) tem apresentado ideias para estimular a economia e tentar reduzir os prejuízos a empresas.
Por enquanto, as medidas priorizadas não elevam os gastos públicos previstos para o ano, pois o governo ainda precisará ajustar o Orçamento e a meta fiscal deste ano diante do impacto da pandemia, especialmente na queda das receitas.
A proposta de antecipar a restituição do IR é uma tentativa de dar fôlego para a economia a partir de maio, quando está prevista a liberação do primeiro lote de ressarcimento.
Isso seria uma alteração de programação de despesas, sem ampliar a previsão de gastos no ano.
O assunto ainda está em discussão por técnicos do governo. Integrantes da Receita Federal dizem que o órgão já analisa as declarações em velocidade superior ao pagamento das restituições, cujo calendário é definido com base no fluxo de recursos do Tesouro.
Outra mudança de calendário é estudada para aliviar a situação de empresas cujas atividades devem ser fortemente impactadas pelo surto do covid-19.
O Ministério da Economia pediu à Receita Federal um levantamento sobre o adiamento de prazos para pagamento de tributos. A ideia, por ora, é que os patrões paguem os impostos atrasados ainda neste ano para não afetar ainda mais a arrecadação federal.
O governo ainda não bateu o martelo sobre quais tributos podem ser adiados, mas uma possibilidade é a contribuição previdenciária.
Ainda está em estudo se os incentivos serão a alguns setores específicos ou se serão mais amplos. Desde a semana passada, o governo prepara medidas para as empresas aéreas, que sofrem com o cancelamento de voos e queda de demanda.
Técnicos ainda fazem os cálculos para saber quais ações são viáveis diante do cenário de aperto fiscal.
A restrição orçamentária é o principal entrave para a liberação de medidas que minimizem os efeitos da crise. Já está no radar do governo a ideia de pedir ao Congresso autorização para ampliar o rombo fiscal deste ano.
Ainda não está definido se o governo enviará uma nova proposta com o pedido de ampliação da meda, hoje em déficit de R$ 124,1 bilhões, ou se aproveitará um texto que já tramita no Legislativo, com objetivo de agilizar a aprovação.
De qualquer maneira, técnicos da área econômica afirmam que não será possível mudar a meta a tempo de criar uma folga no Orçamento até esta sexta-feira (22), quando o governo anunciará um bloqueio de recursos de ministérios.
Vão pesar nas contas a revisão para baixo da projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano e a provável retirada do Orçamento da privatização da Eletrobras.
A eventual criação de novos benefícios tributários ou liberação de novos créditos extraordinários sem compensação impactará as contas do governo e pode pressionar a próxima reavaliação fiscal, prevista para maio.
O governo estuda ainda regras especiais para liberar auxílio doença para trabalhadores contaminados pelo novo coronavírus.
Esse benefício depende de perícia médica. Técnicos querem flexibilizar essa fase para tentar conter a expansão do covid-19, pois a perícia pressupõe contato com pessoas infectadas.
No entanto, há dúvidas se é possível dispensar todos de uma perícia, já que não se sabe se o Ministério da Saúde terá a capacidade de testar todos os casos suspeitos e, portanto, o governo precisaria encontrar uma outra forma de comprovação para conceder o auxílio-doença em caso confirmado de coronavírus.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 16-03-2020) | | | |
Restrições de viagens deve antecipar também paralisações em Moçambique
A Vale informou nesta segunda-feira (16) que vai suspender as operações em uma mina de cobre no Canadá. A empresa estuda ainda rever planos para a paralisação de plantas de processamento de carvão em Moçambique.
No Canadá, será paralisada a mina Voisey's Bay, que em 2019 produziu em 25 mil toneladas de cobre. Segundo a mineradora, a decisão foi tomada porque a área, na província de Labrador, é remota e só acessível por avião. A empresa diz que a atitude pode proteger a população indígena local contra a pandemia do novo coronavírus.
"A Vale trabalha em conjunto com as comunidades e autoridades para garantir que as nossas operações não atuem como catalisadores para inadvertidamente introduzir o vírus nessas comunidades", disse a companhia.
A produção de cobre na mina será reduzida até que sejam totalmente suspensas por um período de quatro semanas. A decisão afeta também o plano de expansão da mina.
A Vale diz que tem estoques em uma planta de processamento no país, que permanecerá operando. A unidade fica em Long Harbour, cerca de dois mil quilômetros ao sul da mina.
Em Moçambique, a companhia diz que está revisando os planos para paralisação de plantas de processamento de carvão, que estava prevista para o segundo trimestre, diante de restrições de viagens e transportes de equipamentos.
A parada para manutenção estava prevista para durar três meses. A companhia está reavaliando suas operações na região. No quarto trimestre, reduziu em US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 8,5 bilhões, na cotação atual) o valor dos ativos, diante de mudanças nas perspectivas de receita.
A Vale informou ainda que vem adotando outras medidas para evitar a contaminação de seus empregados, como a adoção de home office para parte dos empregados lotados em escritórios corporativos.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 16-03-2020) | | | | Vendas na China 'despencam' em 79% no país de origem da Covid-19. Na Europa, montadoras fazem paralisações em massa; Brasil ainda não teve interrupções nas linhas de produção.
Os efeitos do novo coronavírus na indústria automotiva mundial ainda estão em andamento. Com a crise causada pela pandemia de Covid-19, muitas empresas paralisaram suas atividades pelo mundo. No Brasil, as montadoras afirmam que a produção ainda não foi afetada pela doença, aponta levantamento feito pelo G1.
De acordo com a associação das montadoras de veículos, a Anfavea, não existe uma previsão para a interrupção generalizada, mas o risco do coronavírus afetar a produção nos próximos meses existe.
As fabricantes de motocicletas do Brasil também afirmam que o segmento de duas rodas não foi afetado no Brasil.
Epicentro do novo coronavírus, a China teve a interrupção no funcionamento de várias fábricas no país desde o final do ano passado, quando o vírus Sars-Cov-2. Como reflexo, as vendas de veículos caíram 79% no país em fevereiro, o que fez as montadoras pedirem ajuda ao governo.
Com a expansão do surto pela Europa, montadoras como PSA, FCA, Ducati, Lamborghini e Ferrari anunciaram paralisações.
Veja montadoras afetadas pelo coronavírus
Brembo: uma das principais fabricantes de freio do mundo, a marca suspendeu temporariamente a produção em suas quatro fábricas italianas por falta de peças.
Ducati: a fabricante italiana de motos de luxo suspendeu a produção na Itália por efeito no surto. Até dia 25 de março, a montadora paralisou as atividades em Borgo Panigale, em Bolonha, para readequação da estrutura, com o objetivo de evitar o contágio.
Ferrari: a marca fechou suas duas fábricas até 27 de março, em resposta ao surto de coronavírus na Itália e à crescente escassez de peças.
Fiat Chrysler (FCA): a montadora suspendeu a produção na maioria de suas fábricas europeias. Até o dia 27 de março, as unidades de Itália, Sérvia e Polônia estão temporariamente paradas. Nos Estados Unidos, a fabricante teve um trabalhador diagnosticado Covid-19, em sua fábrica de Indiana, mas a operação permaneceu.
Ford: na Espanha, a Ford anunciou a paralisação de uma das maiores fábricas da empresa fora dos Estados Unidos, após três funcionários testarem positivo para o novo coronavírus.
Lamborghini: a montadora paralisou as operações em Sant'Agata Bolognese. A unidade ficará parada até 25 de março.
Nissan: empregando 3 mil pessoas no local, a marca fechou, momentaneamente, a fábrica de Barcelona por falta de componentes para a produção.
PSA: o grupo automotivo francês PSA anunciou o fechamento de todas a suas fábrica da Europa, que incluem as marcas Citroën, Peugeot, DS, Opel e Vauxhall;
Renault: a montadora anunciou a paralisação nas em Palência e Valladolid, na Espanha, nos próximos dias, afetando cerca de 6 mil trabalhadores. O motivo é a falta de peças.
Seat: integrante do grupo Volkswagen, a marca espanhola irá pausar a produção em Martorell, nas proximidades de Barcelona, por falta de peças. Com isso, cerca de 7 mil funcionários ficarão em casa.
Toyota: apesar da crise que atingiu a China, algumas fabricantes estão retomando a produção, como é o caso da Toyota. A empresa japonesa suspendeu por 1 mês as atividades na unidade de Guangzhou, mas retomou a produção em 16 de março.
Salões cancelados por coronavírus
O surto do novo coronavírus também derrubou o Salão de Genebra, na Suíça, que aconteceria neste mês e foi cancelado às vésperas, pelo risco existente em aglomerações. O mesmo aconteceu com o Salão de Pequim e o Salão de Nova York.
| CIMM | | | | Balanço mostra estabilidade. As vendas de carros de passeio da marca caíram, enquanto a receita cresceu. Grupo diz ainda não ser possível fazer uma previsão sobre os impactos da pandemia da Covid-19.
A Volkswagen divulgou nesta terça-feira (17) o balanço de vendas e lucros de 2019, que mostrou estabilidade em relação ao ano anterior. A marca diz que os números representam melhorias no mix dos modelos e que ainda é "impossível" fazer previsões sobre os reflexos do coronavírus.
De acordo com Herbert Diess, presidente do Grupo Volkswagen, o último ano foi "de muito sucesso" para o grupo. "Estabelecemos bases vitais para todas as mudanças relevantes", apontou.
Volkswagen paralisará fábricas na Europa por pandemia do coronavírus
O grupo registrou o total de 10,95 milhões de veículos vendidos, um aumento de 0,5% em relação a 2018, quando foram vendidas 10,90 milhões de unidades. A receita subiu 7,1%, para R$ 252,6 milhões de euros.
Considerando apenas as vendas da divisão de automóveis de passeio da marca Volkswagen, o número foi ligeiramente menor, 3,68 milhões (contra 3,71 de 2018). Porém, a receita subiu 4,5%, para 88,4 bilhões de euros.
De acordo com a marca, "as melhorias no mix e no posicionamento dos preços compensaram, em particular, as vendas mais baixas (...), os custos de lançamentos e os efeitos negativos da taxa de câmbio".
Já a divisão de veículos comerciais teve queda nas vendas e na receita, com 456 mil unidades e 11,47 milhões de euros, respectivamente.
Coronavírus ainda não é sentido
Frank Witter, membro do Conselho de Administração do Grupo para Finanças e TI, reconheceu que a pandemia do coronavírus está impactando a economia global, mas disse não saber com que gravidade ou por quanto tempo isso afetará o Grupo Volkswagen.
Coronavírus: perguntas e respostas
"Atualmente, é quase impossível fazer uma previsão confiável. Estamos fazendo pleno uso de todas as medidas no modo de força-tarefa para apoiar nossos funcionários e suas famílias, e estabilizar nossos negócios", completou Witter.
O Conselho de Administração da empresa apontou que espera que a economia global cresça em 2020 no mesmo ritmo de 2019, mas que se atenta para riscos vindos de tensões e conflitos geopolíticos, além da expansão mundial do coronavírus.
Fábricas fechadas pela pandemia
A Volkswagen anunciou nesta terça-feira que grande parte de suas fábricas na Europa terão o funcionamento paralisado pelo Covid-19.
"A produção será interrompida em nossas fábricas da Espanha, na de Setúbal, em Portugal, a de Bratislava, na Eslováquia e nas fábricas italianas de Lamborghini e Ducati antes do fim de semana", disse o presidente do grupo, Herbert Diess.
A pandemia já provocou diversos efeitos na indústria automobilística mundial.
| G1/Auto Esporte | | | | De acordo com o presidente do grupo, Herbert Diess, as unidades deverão ficar fechadas por até duas ou três semanas.
A Volkswagen anunciou nesta terça-feira (17) que se prepara para fechar a maioria de suas fábricas europeias por um período de "duas a três semanas" devido à pandemia do novo coronavírus.
A decisão foi anunciada no momento em que os governos europeus adotam medidas mais drásticas para que as pessoas permaneçam em casa. Ao redor do mundo, muitas fábricas estão fechando e interrompem o fornecimento das peças necessárias para a produção de carros.
"A produção será interrompida em nossas fábricas da Espanha, na de Setúbal, em Portugal, a de Bratislava, na Eslováquia e nas fábricas italianas de Lamborghini e Ducati antes do fim de semana", disse o presidente do grupo, Herbert Diess.
Diess também disse que "a maioria das outras fábricas na Alemanha e na Europa também se preparam para suspender a produção" por um período de duas a três semanas.
O conselho trabalhista de Volkswagen, que representa os funcionários do grupo, disse que o fechamento das fábricas será totalmente aplicado a partir da próxima sexta-feira (20) e criticou a diretoria por não adotar medidas antes.
| G1/Auto Esporte | | | |
Fábricas seguem com operação normal, mas adotam medidas preventivas
A produção de veículos ainda não foi impactada pelo avanço do coronavírus no Brasil, que até a segunda-feira, 16, registrava mais de 230 casos confirmados do Covid-19. Diversas montadoras se pronunciaram sobre a situação e todas confirmam que a produção segue dentro da normalidade até agora, embora muitas fábricas já tenham adotado medidas de prevenção e orientações gerais a fim de conter a epidemia e preservar a saúde dos funcionários. Muitas das recomendações foram repassadas pela OMS, Organização Mundial da Saúde, e pelo Ministério da Saúde brasileiro.
Entre as ações já implementadas, todas as empresas consultadas por Automotive Business iniciam nesta semana o trabalho remoto – ou home office – em áreas administrativas nas quais é possível adotar o sistema. Na Renault, a orientação é de trabalhar em casa a partir da terça-feira, 17, para todos os funcionários das áreas administrativas de São Paulo e São José dos Pinhais (PR). A medida também está sendo adotada por empresas como General Motors, FCA Fiat Chrysler e a Mercedes-Benz.
“A medida [home office] é global e tem como objetivo reduzir a probabilidade de disseminação do Covid-19 entre colegas de trabalho, familiares e comunidade e, assim, contribuir para aliviar a pressão sobre os recursos públicos de saúde”, informa a GM em nota.
Para os que ainda vão ficar nos escritórios, grande parte das empresas orientam seus funcionários a evitar reuniões em grupos e utilizar os meios digitais para comunicação, tais como videoconferências e outras tecnologias a fim de evitar aglomerações.
As montadoras também estão intensificando os serviços adicionais de limpeza e higienização nos postos de trabalho para aqueles que não podem realizar as atividades remotamente, além de orientar os empregados com relação a medidas de cunho particular, como evitar contato físico e manter distância mínima de um metro, lavar bem as mãos várias vezes ao dia e usar álcool gel frequentemente.
Muitas delas estão restringindo e/ou suspendendo as viagens internacionais, principalmente para áreas endêmicas, onde o surto é maior. Caso da Toyota que cancelou todas as viagens de e para países como a China, Taiwan, Coreia do Sul, Itália, Irã, França, Alemanha, Espanha, Japão e Estados Unidos. Viagens e visitas regionais também foram canceladas. A empresa acrescenta que está recomendando inclusive que seus funcionários evitem viagens particulares para essas regiões.
No Grupo Volvo, com sede em Curitiba (PR), em caso de pessoas que voltaram do exterior, a empresa reforça a importância de automonitoramento e isolamento por sete dias para funcionários que voltaram de viagens internacionais. A empresa informa que antecipará a vacina interna contra a gripe a fim de facilitar o diagnóstico em caso de outras viroses.
A Hyundai, que possui fábrica em Piracicaba (SP), informa que além das ações de orientações aos funcionários sobre reuniões e restrição de viagens, acrescenta que outras medidas adicionais podem ser tomadas conforme a evolução do Covid-19 e das orientações das autoridades de Saúde. Por enquanto, como todas as demais, a empresa de origem sul-coreana confirma que não há risco de falta de peças importadas neste momento.
| Automotive Business ( publicado em 16-03-2020) | | | | Exportações e vendas às montadoras puxaram setor para baixo e situação tende a piorar com Covid-19
O faturamento das fabricantes de autopeças em janeiro caiu 6,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado foi puxado para baixo pela retração em 26,2% nas exportações (na análise em dólares) e também pela queda de 8% nas vendas às montadoras. A comparação com o faturamento total de dezembro revela alta de 35,1% e o acumulado dos últimos 12 meses aponta crescimento de 4,7%.
Os números foram divulgados pelo Sindipeças, sindicato que reúne empresas do setor. A entidade admite que a situação tende a se agravar em razão da pandemia de Covid-19 causada pelo coronavírus e de outras “fragilidades” do País, como a falta de competitividade.
Das grandes fontes de receita, somente o mercado de reposição anotou alta em janeiro, 7,3% pela comparação interanual. A venda intrassetorial também cresceu, 3,2%, mas sua participação no faturamento anual dos fabricantes de autopeças é pequena, abaixo dos 4%.
EMPREGOS RECUARAM QUASE 5% NOS ÚLTIMOS 12 MESES
O levantamento do Sindipeças informa que o emprego nacional no setor de autopeças recuou 6,5% na comparação com janeiro do ano passado e o acumulado dos últimos 12 meses aponta retração de 4,9% nos postos de trabalho.
A utilização da capacidade instalada em janeiro foi de 69%. Quando se descarta o resultado de dezembro (62% em razão de férias coletivas), esses 69% do primeiro mês de 2020 foram o pior índice desde março do ano passado. O melhor resultado em meses recentes ocorreu em outubro de 2019, com pico de 74% de utilização da capacidade.
| Automotive Business ( publicado em 17-03-2020) | | | | A pandemia do novo coronavírus, a flutuação do preço do petróleo e a revisão das regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) estão entre os fatores de crise que deverão interromper a trajetória de recuperação da economia do país, segundo o mais recente Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF-Mar/2020) da Instituição Fiscal Independente (IFI). De acordo com o relatório, tornou-se mais difícil atingir um crescimento do produto interno bruto (PIB) acima de 2% em 2020.
A aceleração da disseminação do novo coronavírus, combinada com as disputas geopolíticas sobre fornecimento de petróleo, levou os agentes econômicos a revisar para baixo as projeções de crescimento econômico no mundo. Os analistas da IFI preveem que a situação interromperá o ciclo de recuperação da atividade econômica no Brasil.
“Nesse contexto, elemento adicional que preocupa é a elevada taxa de desemprego no Brasil, que tem caído lentamente nos últimos três anos e pode voltar a subir a depender da extensão e duração dos impactos dos choques”, alerta a IFI no relatório.
Coronavírus e petróleo
Como fator de choque econômico, segundo a instituição, a expansão do coronavírus deverá causar redução global na oferta de trabalho, desarticulação de cadeias de produção, retração em investimentos e agravamento maior das condições financeiras das pequenas e médias empresas. O Brasil poderá ser prejudicado de modo especial pela redução das exportações de commodities: “Os preços desses itens tendem a sofrer forte redução, o que geraria impacto sobre os termos de troca e, consequentemente, o nível de renda da economia doméstica”, observa o RAF.
Também chama atenção dos analistas a tendência de fuga de capitais para países com menor percepção de risco, o que resulta em desvalorização do real.
A redução do preço do petróleo (atribuída à tensão entre Arábia Saudita e Rússia em torno da cotação internacional) será benéfica para a atividade econômica, mas terá efeitos fiscais desfavoráveis ao prejudicar o recolhimento de royalties e participações pela União. Essas receitas tinham crescido em importância relativa na arrecadação federal nos últimos três anos e, tomando como parâmetro os exercícios anteriores, a perda potencial em receita pode chegar a R$ 15 bilhões. Essa conta não inclui as perdas de estados e municípios.
BPC
As mudanças nas regras de acesso ao Benefício de Prestação Continuada — vetadas pelo presidente Jair Bolsonaro, mas mantidas pelo Congresso e atualmente suspensas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) — também devem elevar a despesa da União em mais de R$ 26 bilhões, pressionando o teto de gastos: “Em um contexto de vigência de orçamento impositivo, a medida retira espaço do governo na gestão da política fiscal, além de devolver parte relevante da economia de recursos prevista com a reforma da Previdência”.
PIB
Apesar de destacar o baixo índice de inflação registrado em fevereiro e prever novos cortes da taxa de juros, a IFI lembra que, diante da crise global, as projeções de crescimento mundial estão sendo “rapidamente revisadas pra baixo” e, para que seja mantida a previsão de crescimento de 2,2% em 2020, o Brasil teria que apresentar uma trajetória de incremento do PIB pouco provável diante do choque do coronavírus.
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