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28 de MARÇo de 2019
Quinta-feira
- Ampliação de Serviços Eletrônicos da Receita Federal é destaque em matéria do Valor Econômico
- Relatora vota para excluir ICMS da base de cálculo da CPRB;julgamento é suspenso
- Armínio Fraga vê riscos para tramitação da reforma da previdência no Congresso
- Onyx nega que aprovação de PEC do Orçamento seja derrota
- É preciso que reforma da Previdência ocorra e que ela seja impactante, diz Fraga
- Indicador de incerteza da FGV cai 2,1 pontos em março ante fevereiro
- IGP-M acelera a 1,26% em março, após 0,88% em fevereiro, revela FGV
- Dólar opera em alta, após alcançar R$ 4
- Bolsa despenca 3,6% com agravamento da crise entre governo Bolsonaro e Congresso
- Com venda de ações, lucro do BNDES cresce 10% em 2018
- Previsão de crescimento de carga de energia no País em 2019 é revista para 3,4%
- Honda inaugura fábrica sem novos modelos, vagas e aumento de produção
- Honda inaugura fábrica de Itirapina em busca de produtividade
- América do Sul resiste a campanha global por veículos elétricos, dizem montadoras
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Em 28/03/2019
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Fonte: BACEN
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| | | | | Vice-governador recebe cônsules e diz que o Governo do Estado está aberto a parcerias público-privadas e investimentos da iniciativa privada. Darci Piana também se reuniu com o cônsul-geral do Chile.
O Governo do Paraná aposta no pacote de investimentos em infraestrutura e na modernização do Estado para ampliar o intercâmbio comercial com a Alemanha. As ações já implementadas e as planejadas pela atual gestão foram apresentadas nesta quarta-feira (27) pelo vice-governador Darci Piana ao cônsul-geral da Alemanha, Axel Zeidler, e ao cônsul honorário Andreas Hoffrichter. A reunião aconteceu no Palácio Iguaçu.
O vice-governador destacou que, nas próximas semanas, o governo paranaense vai lançar um programa abrangente de investimentos em infraestrutura, com ações em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e energia elétrica. Piana disse que o Estado está aberto a parcerias público-privadas (PPPs) e investimentos diretos da iniciativa privada alemã, além de ter interesse em importar tecnologias que reduzam custos e aumentem a produtividade das empresas paranaenses.
“Além de trabalharmos num governo novo, austero, com corte de despesas, precisamos de capital de fora, e nos interessa que venha de países que tenham tecnologia e possam nos ensinar e investir para ampliar a nossa capacidade produtiva, melhorar o nosso parque industrial e, com isso, ganhar emprego e renda, fazendo com que o Estado melhore ainda mais”, afirmou.
Ele ressaltou que a nova gestão está empenhada na desburocratização visando facilitar o trâmite dos investidores. “Não pode uma empresa demorar 2, 3 anos para ter autorização para começar a produzir ou até para começar a própria empresa. Temos conversado com a Junta Comercial, IAP, Sanepar, Copel, todas as nossas vinculadas, para agilizar investimentos no Paraná e mostrar que nossa preocupação é fazer desse Estado o mais moderno do País”, disse o vice-governador.
INTERESSES - O cônsul alemão salientou que a ideia é expandir o intercâmbio econômico, gerando benefícios mútuos. “O Paraná pode oferecer as melhores condições para a indústria alemã, que já tem uma base forte na Grande Curitiba. Além disso, tem muitas empresas pequenas e médias que poderiam aproveitar esse bom clima para investimentos”, afirmou. Entre as áreas de interesse estão as indústrias automobilística e eletrometalmecânica, setores em que já atua no Estado, além de energia renovável e eficiência energética, onde o país é líder mundial.
MODELO DE GESTÃO - “O interesse das empresas alemãs no Paraná é muito grande e um dos motivos é a infraestrutura muito melhor, em comparação com outros estados. Não é à toa que, nos últimos anos, o PIB do Paraná cresceu acima da média nacional”, enfatizou o cônsul honorário, que também preside a Câmara de Comércio Brasil-Alemanha. Na avaliação de Hoffrichter, o Paraná é um Estado modelo na gestão e as medidas de austeridade e redução de custos são um sinal positivo para os investidores alemães de que o Estado está fazendo a lição de casa - e alemão gosta muito quando alguém faz a lição de casa.
CHILE - Darci Piana também recebeu o cônsul-geral do Chile, Mario Patricio Arriagada de Lafuente, e o cônsul honorário Luiz Celso Branco. Na reunião, o vice-governador disse que o Governo do Paraná quer estreitar ainda mais a relação com o país, principalmente na área comercial. O cônsul-geral chileno ressaltou que o Chile está de portas abertas para futuras parcerias com o Estado.
| Agência de Notícias Governo do Paraná (publicado em 27-03-2019) | | | | Ebanx, startup da capital que facilita as compras em sites estrangeiros como Spotify e AliExpress
Três tendas gigantes na Rua XV de Novembro, entre a Avenida Marechal Floriano Peixoto e a Alameda Doutor Muricy, irão receber 14 startups curitibanas, que irão expor seus produtos, soluções e serviços. Boa Impressão (impressora 3D popular), Ebanx (pagamento em sites estrangeiros), Hi Technologies (saúde), VRGlass (realidade virtual na educação e treinamento), Prevention (Adam Robo), 4vants (inspeção remota) e Favo Tecnologia (hortas residenciais automatizadas) são algumas das empresas que vão apresentar suas inovações na Feira da Inovação, que marca os 326 anos de Curitiba com a apresentação das novas tecnologias que já estão impactando a vida dos curitibanos.
A mostra que começa hoje e segue até sabado, será no calçadão da Rua XV de Novembro, no Centro, e reune startups, universidades, representantes da economia criativa e projetos da Prefeitura. Também terá um desfile de moda conceitual, comemorativo ao aniversário da capital, com estampas inspiradas em artistas curitibanos e peças de artesãos locais das lojas #CuritibaSuaLinda.
“Todas as startups da Feira de Inovação foram destaques no Smart City Expo Curitiba 2019, que ocorreu na semana passada, e agora é hora da população também ver de perto as novidades criadas por elas”, salienta Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba, órgão ligado à Prefeitura e responsável pela organização do evento comemorativo.
Ela reforça que todas as empresas integram o Vale do Pinhão, o movimento do município e do ecossistema para levar a inovação para toda a cidade. “Serão três dias para os curitibanos conhecerem as inovações que garantiram à capital o título de cidade mais inteligente do país”, frisa ela.
Duas equipes de competição da Universidade Federal do Paraná (UFPR) também vão expor veículos construídos por estudantes e que buscam ser mais eficientes em termos de energia. Uma das atrações será um Baja, pequeno modelo off-road para uma pessoa e que alcança a velocidade máxima de 60 km/h.
Serviço
Data: de hoje a sábado (30/3)
Horários: Quinta-feira (28/3), das 13h às 19h; sexta-feira (29/3), das 9h às 19h; e sábado (30/3), das 9h às 13h. O desfile ocorre na sexta-feira (29/3), às 15h. Já os pitchs estão programados para sexta-feira (29/3), durante todo o dia de funcionamento do evento.
Local: Calçadão da Rua XV de Novembro, entre a Avenida Marechal Floriano Peixoto e a Alameda Doutor Muricy, no Centro.
Conheça as startups que estão expondo
Beetools
Escola de idiomas curitibana usa a realidade virtual e a inteligência artificial para ensinar inglês.
Ebanx
No Brasil, 40% dos correntistas têm acesso limitado a produtos financeiros, incluindo cartão de crédito internacional. É esse espaço que a startup curitibana Ebanx ocupa. Entre os clientes mais conhecidos do Ebanx estão Airbnb, AliExpress, Gearbest, Spotify e Wish.
MCities
A startup curitibana adotou soluções da chamada “Internet das Coisas” (rede de tecnologia embarcada capaz de coletar e transmitir dados) para criar as duas primeiras ruas “interativas” do Brasil. Na Alameda Prudente de Morais e na Rua XV de Novembro.
Prevention
O Adam Robo é a segunda geração de um equipamento de pré-teste de visão criado pela startup curitibana Prevention.
VRGlass
Além de produzir óculos de realidade virtual para smartphones, a VRGlass desenvolve conteúdos educacionais, de treinamento e promocionais para serem utilizados por meio da realidade virtual, aumentada e mista.
Smart Matrix
A empresa da capital desenvolve softwares baseados em inteligência artificial para gestão geográfica e territorial.
Favo Tecnologia
A Favo Tecnologia é uma startup da capital que surgiu, há dois anos, e comercializa hortas verticais (Apis) automatizadas para pequenos espaços com autoirrigação via aplicativo de smartphone
ForeVR
Startup, que irá se instalar no Worktiba Cine Passeio, é especializada em foto e filmagem 360° e realidade virtual. A empresa busca proporcionar ao usuário uma experiência totalmente imersiva, com cenas dinâmicas e fluidas.
4vants
Voltada a empresas e concessionárias do setor elétrico, a startup usa drones e inteligência artificial para inspecionar de forma remota as redes de distribuição e transmissão de eletricidade.
WAAS
O Instituto Social WAAS (We Are All Smart), com sede no Centro de Curitiba, promove o desenvolvimento de habilidades necessárias para o mercado 4.0 (cognição, interpessoal e intrapessoal) e ensino tecnológico (eletrônica, programação e gestão de projetos) para jovens.
Maker Tech
Startup oferece oficinas de desenvolvimento da cultura maker (faça você mesmo) para empresas, projetos sociais e escolas. O trabalho é desenvolvido através de kits, como de robótica, e tem como objetivo mostrar que qualquer pessoa pode consertar, modificar, criar e produzir objetos com as mãos, uma tendência mundial que impulsiona a inovação.
Boa Impressão 3D
Uma das impressoras 3D de baixo custo mais vendidas do Brasil nasceu e é produzida em Curitiba, mais precisamente no bairro Bigorrilho.
| Bem Paraná (publicado em 27-03-2019) | | | | O Índice de Preços ao Consumidor do município de Curitiba (IPC) para a terceira quadrissemana de março, que compreende o período entre 21 de fevereiro a 23 de março, apresentou variação de 0,57%, segundo pesquisa do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social).
No cotejo com o resultado da semana anterior a taxa declinou em 0,11 ponto percentual; por sua vez, quando comparada com o mesmo período de fevereiro observa-se trajetória de ascensão dos preços médios dos produtos e serviços coletados pela pesquisa.
Dentre os nove grupos de despesa integrantes do IPC somente dois exibiram variações negativas: Habitação (-0,21%) e Vestuário (-0,05%).
A principal influência foi do grupo Despesas Pessoais com alta de 2,46%, refletindo os aumentos de 5,82% em pacotes turísticos nacionais, 3,52% em empregada doméstica, 12,76% em locação de dvd, 8,47% em pacotes turísticos internacionais e 4,90% em mensalidade de clube de lazer.
Outra contribuição importante para o resultado final adveio do grupo Alimentos e Bebidas, com aceleração de 1,35%. Influíram sobre essa taxa as elevações de preços de 29,84% em tomate, de 20,77% em feijão-preto, de 28,40% em banana caturra, e de 24,84% em mamão.
Na sequência, verificou-se a variação de 0,48% em Saúde e Cuidados Pessoais destacando-se, em um dos extremos, o aumento de 3,07% em serviços de hospitalização e, em sentido oposto, o decréscimo de 1,21% em creme de pele e bronzeador.
A quarta principal contribuição para o índice foi do grupo Comunicação, com acréscimo de 0,91%. Seus principais destaques foram a alta de 3,05% em serviços de telefonia fixa residencial e a queda de 3,30% em mensalidades de tv por assinatura.
O aumento de 0,92% em Artigos de Residência teve como influência determinante a elevação de 8,21% no item cama.
Já a variação de 0,05% em Transporte refletiu, por um lado, os reajustes de 2,64% em gasolina comum e de 4,38% em tarifa de ônibus urbano e, por outro, as quedas de 1,11% em automóvel usado, 17,84% em passagem aérea, 1,32% em conserto de veículo, 3,46% em seguro voluntário de veículo e 0,89% em IPVA.
| Bem Paraná | | | | Em primeira reunião do Condefesa, órgãos estaduais apresentaram cases e prioridades na área. Ex-comandante do Exército, general Villas Bôas ressaltou que regularidade e previsibilidade nos recursos são fundamentais
Na primeira reunião do Conselho Temático da Indústria de Defesa (Condefesa), realizada nesta terça-feira (27), em Brasília (DF), o presidente do colegiado, Glauco Côrte, afirmou que a indústria brasileira trabalhará para apoiar projetos estratégicos que contribuam para o crescimento da indústria da defesa. O Conselho foi criado pela Connfederação Nacional da Indústria (CNI) em novembro de 2018.
Glauco Côrte, que também é um dos vice-presidentes executivos da CNI, destacou que, com o novo conselho, os projetos serão desenvolvidos por meio da denominada “tríplice hélice”, um sistema integrado composto pelo governo, pela academia e pela indústria. Na prática, o objetivo dessa integração é contribuir para fortalecer a inovação tecnológica e para possibilitar o uso comum das tecnologias entre as áreas civil e militar.
“O Condefesa é uma instância consultiva da CNI e tem o principal papel de promover a aproximação entre indústria, Forças Armadas, forças auxiliares, governo e academia”, disse o presidente do conselho. “Vamos trabalhar pela geração de oportunidades de parcerias entre esses setores, bem como pelo desenvolvimento da inovação nessa área estratégica para o Brasil”, afirmou Côrte.
O presidente do conselho ressaltou que, em 2017, o Brasil ficou em 11º lugar no ranking mundial dos países que realizam gastos limitares. “Para isso, o Brasil alocou cerca de R$ 25 bilhões em gastos militares, o que representa menos de 2% do gasto militar global”, afirmou. “Na América Latina, o nosso país é o que mais investe em gastos militares. Somos responsáveis por 50% dos gastos militares regionais”, disse Côrte, que ressaltou ainda que, no mundo, os produtos da indústria da defesa movimentam cerca de R$ 1,5 trilhão ao ano.
A estimativa é que a base industrial de defesa movimente cerca de 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Esse mercado é responsável por cerca de 60 mil empregos diretos e 240 mil indiretos e por um processo de desenvolvimento com alto valor agregado na produção, elevada intensidade tecnológica e grande potencial de exportação.
Também presente na reunião, o presidente da CNI em exercício, Paulo Afonso Ferreira, disse que a iniciativa privada deve atuar em parceria com o governo e a sociedade para contribuir para o crescimento do país. “Estamos todos dentro do mesmo barco chamado Brasil. Há alguns anos, tínhamos em torno de 2% do comércio mundial. Hoje, temos pouco mais de 1%. Temos de estar integrados para avançar”, afirmou Ferreira.
Durante a primeira reunião do Condefesa, representantes dos conselhos estaduais de Defesa apresentaram cases de projetos desenvolvidos no setor e suas prioridades na área. Também participaram do encontro representantes dos comandos das três Forças Armadas – Aeronáutica, Exército e Marinha – e dos ministérios da Defesa, das Relações Exteriores e da Justiça e Segurança Pública.
DEMANDAS – O ex-comandante do Exército Brasileiro e atual assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Eduardo Villas Bôas afirmou que, nesta primeira reunião, foi identificada uma grande quantidade de iniciativas regionais, de diferentes setores, na área de defesa. “O próximo passo é uma convergência e uma coordenação entre essas iniciativas porque isso se fará com que tudo se potencializa no sentido de obtermos resultados mais elevados”, afirmou o general, que, quando comandante do Exército, foi um dos incentivadores da criação do conselho.
Durante seu discurso na mesa de abertura da reunião, Villas Bôas ressaltou que, hoje, diante do enorme vazio no território brasileiro, muitas vezes as Forças Armadas são a única presença do Estado em muitas localidades do país.
O general disse ainda que, pelo fato de não haver qualquer percepção de ameaça do ponto de vista da defesa nem por parte da população nem das autoridades, a tarefa de convencer sociedade e governo sobre a importância de alocação de recursos adequados para a defesa se torna árdua.
Villas Bôas destacou, no entanto, que a tarefa das Forças Armadas vai muito além de se preparar para “fazer face ao inimigo”. Essa tarefa, segundo ele, envolve desde o atendimento a demandas da sociedade e do território nacional como um todo, passando pela projeção do Brasil no exterior, até a proteção da identidade nacional.
“Nesses aspectos, temos que levar para a sociedade e para os decisores para que eles entendam que defesa não é gasto, mas investimento”, enfatizou o general, acrescentando que, mais importante do que os recursos, são sua “regularidade e previsibilidade”.
Para Villas Bôas, o Brasil está ficando “perigosamente defasado”, na comparação com países semelhantes a ele, do ponto de vista do seu aparato de defesa. Ele destacou, por exemplo, as dificuldades enfrentadas em função da crise e do confronto com a Venezuela.
Diretor-geral do SENAI e superintendente do SESI, Rafael Lucchesi afirmou que a agenda de tecnologia, modernização, emprego e renda tem forte articulação com o domínio da tecnologia. “Nenhum Estado nacional faz isso sem um sistema de defesa. A tecnologia é fundamental em qualquer sistema industrial bem desenvolvido”, afirmou.
O professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) e presidente da Associação de Estudos de Defesa, Alcides Costa Vaz, por sua vez, ressaltou a relevância da atualização dos estudos na área para que a sociedade se sensibiliza sobre a estratégia de defesa e segurança nacional. Já o presidente do Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (Simde), Carlos Erane de Aguiar, considerou necessária a articulação entre universidade, governo e indústria com o objetivo de aumentar o protagonismo da indústria de defesa brasileira no exterior.
SOBRE O CONDEFESA – O Condefesa foi implantado pela CNI em novembro de 2018. O novo órgão vai trabalhar para incentivar o crescimento do setor da defesa, por meio da aproximação da indústria, das Forças Armadas e do alinhamento dois oito conselhos já implantados nas federações das indústrias em todo o Brasil.
Entre as atribuições do conselho estão a proposição e o acompanhamento de políticas que tratem dos interesses da indústria da defesa; a elaboração de estudos; e a antecipação a demandas prioritárias da defesa e segurança em termos de projetos, novas tecnologias e produtos e serviços.
| CNI | | | | Em 2 dias, presidente e vice se reúnem com representantes de companhias em SP
Embora já estivessem organizados havia cerca de um mês, dois eventos que reuniram o empresariado com a alta cúpula do governo nesta semana em São Paulo ganharam uma nova proporção depois que foi deflagrada a crise política entre o Planalto e o Congresso na esteira da reforma da Previdência.
Na terça-feira (26), uma visita do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), ultrapassou a capacidade do auditório da entidade, na avenida Paulista.
Chegaram mais de 700 representantes da empresas para ocupar os 456 lugares do teatro, levando a organização a ligar telões em salas anexas e até no 15º andar, no espaço reservado para as reuniões da diretoria.
Mourão discursou defendendo a reforma da Previdência e ressaltou o valor do diálogo com o setor privado.
Conforme um empresário presente, o vice-presidente chegou acompanhado de vários generais, fez um excelente discurso e passou ótima impressão.
Assumiu compromisso com a liberdade, citando três exemplos: expressão, religião e escolha. E em um afago a Bolsonaro afirmou que o presidente é um democrata.
As palavras preparado, articulado e ponderado foram as mais usadas para descrever o vice —adjetivos que não têm sido dirigidos a Bolsonaro.
Mais tarde, Mourão seguiu para um jantar informal na casa do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, para o qual foram convidados 30 empresários e executivos de peso, como André Gerdau (Grupo Gerdau), Flavio Rocha (Riachuelo), Josué Gomes da Silva (Coteminas) e David Feffer (Suzano).
A lista abrange uma série de chefes de grandes empresas como Marcelo Melchior (Nestlé), Fabio Coelho (Google Brasil), Frederico Curado (Ultra), Paulo Cesar de Souza e Silva (Embraer), entre outros.
O ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim e o maestro João Carlos Martins, da orquestra do Sesi-SP, também foram chamados por Skaf, que bancou o jantar como pessoa física.
À mesa de Mourão sentaram-se, de um lado, o ex-ministro e hoje secretário da Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, e de outro, o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, fundador das concessionárias Caoa.
Embora o jantar não tivesse sido pautado para tratar da escalada retórica entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), uma disputa que ameaça a aprovação da reforma, o assunto dominou as rodas de conversas na noite.
Nesta quarta-feira (27), foi a vez de Bolsonaro falar diretamente com empresários.
Após cancelar um evento na Universidade Mackenzie em razão de protestos de alunos, Bolsonaro foi ao bairro do Morumbi, na casa de Elie Horn, fundador da Cyrela e um dos apoiadores de sua candidatura.
A reunião, que também já estava marcada com antecedência, foi um evento benemérito para arrecadar doações para a Unibes (União Brasileiro-Israelita de Bem-Estar Social), como parte dos projetos de filantropia desenvolvidos por Horn.
A expectativa, porém, entre os convidados era que a reunião se transformasse em um ato de apoio dos empresários mais próximos do presidente.
Dessa vez, além de Flavio Rocha, que comparecera ao jantar de Mourão, reuniram-se nomes próximos de Bolsonaro, como Sebastião Bonfim (Centauro) e Meyer Nigri (Tecnisa), além de Benjamin Steinbruch (CSN), Michael Klein (Grupo CB) e outros.
Parte dos jornalistas foi impedida de chegar à rua onde fica a casa de Horn.
Assim como fez Mourão na Fiesp na noite anterior, Bolsonaro defendeu a reforma.
"O passar do tempo ajuda os parlamentares a entender o que é a reforma da Previdência. Eu fui parlamentar por 28 anos, eu sei das pressões. Estamos fazendo isso não é por nós, é por nossos netos", disse.
O presidente ficou no local por cerca de 40 minutos apenas. De acordo com um dos presentes, ele teve de sair porque a primeira-dama Michelle Bolsonaro teve um mal-estar.
Segundo um empresário, levantou-se um interesse natural pelos eventos diante da insegurança gerada no mercado, depois que complicou a tramitação da reforma da Previdência, com a briga pública entre Bolsonaro e Maia.
Skaf já vinha tentando trazer Mourão para um evento na entidade, mas —coincidência ou não— conseguiu uma confirmação para esta semana.
O presidente da Fiesp então alterou as datas das reuniões semanais de Fiesp e Ciesp para caber na agenda do vice.
Segundo uma pessoa com vivência na política empresarial, o afago do empresariado a Mourão e as cobranças sofridas por Bolsonaro não são nenhum tipo de golpe contra um presidente eleito com larga maioria pela população, mas sim uma "luz amarela".
Ou, nas palavras de um banqueiro, um a espécie de "hedge", pois o rumo do país está imprevisível com a briga entre Planalto e Congresso.
| Folha de S. Paulo | | | | O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta quarta-feira, 27, a redução da tributação sobre as empresas e afirmou que a arrecadação deveria ser compensada pelo aumento da cobrança sobre lucros e dividendos.
“Se o mundo todo começa a reduzir impostos sobre as empresas, você precisa fazer isso sem prejudicar a distribuição de renda. Se o brasileiro abre uma empresa nos EUA a um custo tributário de 20% e aqui custa 34%, temos que reduzir no Brasil também para 20%. E aumentamos a tributação de lucros e dividendos para 15% para compensar”, afirmou, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. “Quem é rico e recebe mais dividendos não pode sair em vantagem”, completou.
| Tribuna PR | | | | A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou a julgar nesta quarta-feira, 27, processo para decidir se o ICMS deve compor a base de cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), que foi instituída por medida provisória em 2011 e convertida em lei no mesmo ano. Os ministros julgam a questão por meio de dois recursos da Fazenda Nacional e um de uma empresa, que antagonizam a discussão sobre o cálculo.
Em 2018, a Primeira Seção determinou suspensão da tramitação, em todo o País, dos processos pendentes, individuais ou coletivos, que discutam a viabilidade de inserir o ICMS na base da CPRB, até que a Corte finalize o julgamento dos três recursos em análise nesta tarde no STJ.
Também no ano passado, com base na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins, a Segunda Turma do STJ decidiu que o imposto não poderia ser considerado no cálculo da CPRB.
A turma observou que, embora o objeto do julgamento não fosse o mesmo da Suprema Corte, há uma similaridade do debate que leva à mesma conclusão que teve o STF em relação ao PIS e a Cofins. Advogados que defendem as empresas no STJ fizeram a mesma observação da tribuna, na busca de convencer os ministros pela exclusão do ICMS da CPRB.
| Tribuna PR (publicado em 27-03-2019) | | | | Nesta terça-feira, dia 26 de março, o jornal Valor Econômico publicou matéria destacando os investimentos feitos pela Receita Federal em serviços eletrônicos para resolver, em um menor tempo, pendências de pessoas físicas e jurídicas.
A Receita Federal decidiu investir em serviços eletrônicos para tentar resolver, em um menor tempo, pendências de pessoas físicas e jurídicas
A Receita Federal decidiu investir em serviços eletrônicos para tentar resolver, em um menor tempo, pendências de pessoas físicas e jurídicas. Desde o início do mês, é possível, por exemplo, abrir processo pela internet para solucionar problema com a emissão de Certidão Negativa de Débitos (CND). Antes, era preciso agendar previamente o atendimento, comparecer em uma das delegacias do órgão e aguardar a resposta.
Um outro serviço, que deve ser lançado no mês que vem, prevê atendimento em tempo real no site da Receita. Os contribuintes poderão se comunicar por meio de um chat com os servidores para tratar de assuntos que envolvem a restituição e a compensação de tributos e também nos casos de retificação de pagamentos feitos por pessoas físicas.
"A intenção é ficar com os serviços mais simples no atendimento presencial e com os mais complexos, que demandam mais tempo, no virtual", afirma José Humberto Valentino Vieira, coordenador-geral de atendimento da Receita Federal.
Já era possível emitir a CND pelo site do Fisco. Mas quando havia alguma pendência - tanto nos dados como em valores devidos - o contribuinte precisava abrir, em uma das unidades da Receita, um dossiê eletrônico. Só então teria uma resposta sobre a emissão da certidão.
O prazo de até dez dias para a resposta ao contribuinte começava a ser contado somente a partir da data desse protocolo. E não era tão fácil e rápido obtê-lo. No ano passado, por exemplo, foram registrados quase 130 mil situações de contribuintes que tiveram problemas para agendar o atendimento em uma unidade do órgão.
Esse dossiê eletrônico é o que, agora, pode ser feito pelo e-CAC, o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte, que permite a comunicação com o Fisco via internet. Estão aptos a usar esse sistema os contribuintes que têm certificado digital. Eles poderão abrir o processo a qualquer hora e em qualquer dia da semana e o prazo de dez dias para a resposta começa a ser contado no momento do envio das informações.
O novo serviço demandou uma reorganização, diz o coordenador da área de atendimento do órgão. Ele explica que foram criadas equipes para atender especificamente essa demanda virtual. Há uma equipe para cada delegacia regional. Isso significa que um contribuinte de São Paulo, por exemplo, pode ter o seu processo analisado por um servidor que está localizado no interior do Estado.
"O especialista continua no lugar de origem dele, mas deixa de estar vinculado a um gestor na unidade dele e passa a estar vinculado a um gestor virtual", diz José Humberto Valentino Vieira. A intenção, acrescenta, é que o trabalho se torne cada vez mais eficiente.
Especialista na área tributária, o advogado Rubens Lopes, do escritório WFaria, vê a mudança com bons olhos. Porém, afirma, é preciso avaliar como funcionará na prática. "Com o protocolo manual nós tínhamos abertura para falar com os fiscais sobre o caso. Agora, com o procedimento todo eletrônico, talvez não seja mais possível esse contato direto", pondera.
Essa interação com os fiscais, acrescenta o advogado, era uma via importante, principalmente para os casos mais complexos. "Como serão analisadas essas demandas a partir de agora? Poderemos continuar em contato com os fiscais? O nosso receio é que caiam num buraco negro."
Antes de começar a valer, esse sistema passou por uma fase de testes em Minas Gerais. Os contribuintes continuavam protocolando os processos de forma física, mas, internamente, a demanda era distribuída para a equipe virtual. O tempo de resposta para a maioria dos casos, segundo o órgão, foi de até 48 horas.
Haverá um monitoramento do sistema, segundo a Receita Federal, e também do chat, que será liberado aos contribuintes a partir de abril. O funcionamento do chat, no entanto, será um pouco diferente. Há uma equipe de 20 servidores treinada para atender os contribuintes e estará disponível em horário comercial.
Por meio desse canal, os contribuintes poderão fazer os pedidos para a transformação dos processos eletrônicos na PER/DCOMP - o sistema para solicitar a restituição e compensação de tributos - em outro formato, em que é possível apresentar recurso nos casos em que o contribuinte não concorda com a decisão da Receita sobre os valores que têm a receber e deseja se manifestar. Hoje é necessário ir até uma unidade e, de forma presencial, pedir a transformação do processo. Em 2018, a Receita Federalrecebeu 27 mil pedidos do tipo.
Também via chat será possível fazer a regularização de débitos da pessoa física. Essa demanda surge quando, por exemplo, o contribuinte apresenta a declaração de Imposto de Renda e tem valores a pagar e escolhe parcelar o pagamento. Hoje, se ocorre algum erro com as parcelas - a pessoa esquece de pagar, paga atrasado sem incluir o valor da multa ou em valor menor -, é preciso ir até a Receita. Isso poderá ser feito por meio do chat. A Receita realizou 210 mil atendimentos em 2018.
Segundo o coordenador de atendimento da Receita Federal, outros serviços ainda devem ser disponibilizados ao longo deste ano. Na abertura de dossiê à distância, além da certidão negativa, por exemplo, pode ser incorporado ao serviço outras certidões - como de obras, imposto rural e retificações de pagamento de pessoa jurídica. Para o chat, pretendem incluir ajustes de guia de conta corrente de pessoa jurídica e orientações para preenchimento das obrigações acessórias.
Para Suzana Barroso, tributarista no escritório Rocha, Marinho e Sales Advogados, as ferramentas devem ajudar os contribuintes e o Fisco. A advogada considera que o uso de dossiê digital à distância não prejudica os contribuintes porque as empresas já caminham para isso. "Não imagino que uma empresa hoje que está no lucro real não seja informatizada", afirma.
A advogada considera que eventuais problemas no procedimento eletrônico, por falhas na tecnologia, serão contornados. "São mais prós do que contras", diz. A Receita, segundo ela, vem dando vários sinais de que isso vai continuar acontecendo. O meio físico, acrescenta, não deverá ser abolido, mas poderá cair em desuso.
| Receita Federal (publicado em 26-03-2019) | | | | A ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), votou nesta quarta-feira (27) pela exclusão do ICMS da base de cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB). Para a ministra, o STJ deve seguir o mesmo entendimento que teve o Supremo Tribunal Federal (STF) quando excluiu a incidência do ICMS no cálculo do PIS e da Cofins. Em seguida, o ministro Gurgel de Faria pediu vista (mais tempo de análise) do processo, o que interrompeu o julgamento.
Durante a sessão, no entanto, os ministros aproveitaram para cancelar súmulas antigas do STJ que previam que a parcela relativa ao ICM incluía-se na base de cálculo do PIS e do Finsocial, que estavam contrariando o que decidiu o STF em 2017, em recurso com repercussão geral, sobre o cálculo de PIS e da Cofins.
A ministra relatora do caso envolvendo a CPRB destacou que as turmas do STJ vêm se posicionando contrárias à inclusão do ICMS no cálculo na contribuição previdenciária sobre receita bruta, principalmente em função da recente decisão da Suprema Corte. Para Costa, o ICMS não deve ser considerado porque é uma tributação estranha ao objeto da CPRB.
“Cumpre recordar, dada a esteira do que decidiu o STF, que a Suprema Corte assentou a inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base do PIS e da Cofins entendendo que o valor do ICMS não se incorpora ao valor do contribuinte, constituinte mero caixa, cujo destino final é o cofre público”, observou.
No ano passado, a Primeira Seção determinou suspensão da tramitação, em todo o País, dos processos pendentes, individuais ou coletivos, que discutam a viabilidade de inserir o ICMS na base da CPRB, até que a Corte finalize o julgamento dos três recursos que começaram a ser analisados pelo STJ nesta tarde.
| Tribuna PR (publicado em 27-03-2019) | | | | O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga disse nesta quarta-feira, 27, que vê riscos para a tramitação da reforma da Previdência no Congresso Nacional. “Está longe de ser um consenso. O governo vai ter de mobilizar toda sua energia e capital político para conseguir este resultado (aprovação da reforma)”, afirmou a jornalistas, após participar de painel na Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (EESP/FGV).
Fraga disse que, embora não seja especialista em política, reconhece que, “olhando de fora, o clima está difícil”.
“O País continua tendo uma quantidade enorme de partidos. E a política funciona a partir de negociações. Isso não tem nada a ver com o modelo de corrupção, rejeitado por todos nós. Tem a ver com política. A política existe na Noruega, no Japão, nos EUA. Precisamos fazer política com P maiúsculo”, afirmou Fraga.
Na avaliação do economista, que presidiu o BC durante o segundo mandato do Governo Fernando Henrique Cardoso, a reforma da Previdência é o principal item da pauta econômica e social do País neste momento.
Ele defendeu a mudança nas aposentadorias e disse que o atual regime é “repleto de injustiças”. “Por isso, há muitas e boas razões para se fazer a reforma e para que ela seja impactante”, afirmou.
| Tribuna PR (publicado em 27-03-2019) | | | | Texto passou em votação célere na Câmara e agora será submetido ao crivo dos senadores
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, negou que a aprovação de uma PEC (proposta de emenda constitucional) que retira do governo poder sobre o Orçamento seja uma derrota para a gestão de Jair Bolsonaro.
"Nós não enxergamos derrota nenhuma, quanto mais puder ser compartilhado o Orçamento público entre o Parlamento, que representa a sociedade, e o governo, que tem a missão de executar, melhor", afirma.
Ao deixar um almoço com lideranças evangélicas em Brasília, Onyx disse que a aprovação do texto é uma "vitória da autonomia do Parlamento brasileiro".
Em votação relâmpago, deputados aprovaram na noite de terça (26) um texto que torna o Orçamento mais engessado, pois classifica como obrigatório o pagamento de despesas que hoje podem ser adiadas, principalmente investimentos.
Apesar de afirmar nesta quarta-feira (27) que não é uma derrota, Onyx foi ao Congresso na tarde de terça ao lado da líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) para discutir o tema.
Antes de eles se reunirem com lideranças partidárias, Joice disse no Palácio do Planalto que "pautas bombas" devem ser desarmadas com diálogo em resposta à possibilidade de a PEC ser aprovada.
O texto passou em votação célere na Câmara, já em dois turnos, e agora será submetido ao crivo dos senadores.
Onyx disse ainda que Bolsonaro deve dar início a conversas com presidentes dos partidos na próxima semana, quando voltar de uma viagem oficial a Israel.
Ele deve receber na quinta-feira (4) os presidentes do DEM, ACM Neto, e do PRB, deputado Marcos Pereira.
"Ele vai iniciar esse processo na próxima semana. Logo depois de conversar com presidentes de partidos vamos voltar aquilo que vocês assistiram em dezembro, os líderes de bancadas, os vice-líderes, para aumentar o dialogo", afirmou.
O ministro negou mudanças no governo para atender a demandas dos partidos.
"O governo Bolsonaro é diferente. É um governo que desde o início, contrariando o que eram as expectativas, vem fazendo um diálogo sério, produtivo, responsável", afirmou.
Onyx negou que o governo vá interferir na votação da PEC do Orçamento no Senado, para onde o texto foi enviado após aprovação da Câmara. "Nos vamos interferir", disse.
Na terça, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), se comprometeu a votar a proposta "o mais rápido possível".
"Se pudesse todo o Orçamento do Brasil serem emendas impositivas para fazer as obras importantes de norte a sul deste país, teríamos um país com menos desigualdade", afirmou.
O avanço do projeto ocorre em um momento em que o governo tem dificuldades em manejar o Orçamento e deve anunciar o contingenciamento de R$ 30 bilhões do montante previsto para ser gasto em 2019.
Impacto
Segundo técnicos da Câmara, se a proposta for promulgada, de um Orçamento total de R$ 1,4 trilhão, o Executivo teria margem de manobra em apenas R$ 45 bilhões das despesas.
Os cálculos consideram números relativos a 2019.
Atualmente, cerca de 90% do Orçamento já é composto de gastos obrigatórios, como Previdência e salários.
O restante –R$ 137 bilhões– é despesa discricionária, que pode ser cortada.
Mas, pela PEC, os programas destinados a prover bens e serviços para a população, como a área de infraestrutura e educação, passam a ser de execução obrigatória.
Assim, segundo técnicos de Orçamento da Câmara, sobrariam apenas a parte de Orçamento para custeio da máquina pública —energia elétrica, terceirizados, etc. Isso soma, em valores de 2019, R$ 45 bilhões.
Essa foi a segunda derrota do governo na Câmara. Em fevereiro, os deputados derrubaram um decreto presidencial que mudava regras da LAI (Lei de Acesso a Informação).
A PEC do Orçamento impositivo estava parada na Câmara desde 2015. O texto não estava nem previsto para a pauta do plenário da Casa até a manhã de terça-feira (26).
Para ele, três fatores afetam o mercado: a disputa entre a classe política e Judiciário, explicitada pela prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB), um presidente que não consegue desanuviar tensões e ainda a dificuldade de tocar apenas uma pauta, a Previdência.
As novas regras para aposentadoria são consideradas fundamentais pelo mercado financeiro para o reequilíbrio das contas públicas. Foi a larga vantagem de um governo que se posicionava pró-reforma e que tinha um economista liberal como fiador que deu impulso à Bolsa desde o final do ano passado.
Com o aumento da incerteza sobre a reforma, porém, a Bolsa despenca e retorna ao patamar de início do governo Bolsonaro.
Nesta quarta-feira (27), o Ibovespa, o principal índice do mercado acionário brasileiro, cedeu 3,57%, a 91.903 pontos. O giro financeiro superou a média diária do ano, de R$ 16 bilhões, alcançando R$ 17,9 bilhões.
O principal impacto negativo veio de ações da Petrobras e do setor bancário, mas a queda foi disseminada pelo Ibovespa –apenas três papéis avançaram nesta quarta.
Outros indicadores também reagiram à crise política. O dólar subiu mais de 2% e fechou a R$ 3,9550, no maior patamar desde outubro. Naquela época, a larga vantagem de Bolsonaro sobre o segundo colocado na corrida eleitoral, Fernando Haddad (PT), trazia euforia ao mercado financeiro.
Além disso, o risco-país medido pelo CDS (Credit Default Swap) sobe quase 6%, a 183,8 mil pontos. Os contratos de juros futuros negociados na B3 também avançam.
No exterior, as perdas das Bolsas americanas foram mais modestas, ao redor de 0,5%. As moedas emergentes também tiveram um dia de perda ante o dólar.
| Folha de S. Paulo (publicado em 27-03-2019) | | | | O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga defendeu nesta quarta-feira, 27, a necessidade de o governo federal encampar uma reforma da Previdência que seja “impactante” no sentido de diminuir o gasto previdenciário em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
Ao estimar que cerca de 35% do PIB seja de carga tributária, Armínio calcula que 80% deste total (em torno de 28% do PIB) seja destinado à soma de pagamento de servidores e da Previdência.
“É preciso que a reforma da Previdência ocorra e que ela seja impactante. Mas eu tenho muito medo de sair com uma reforma que vale apenas 1% do PIB na média quando nós deveríamos levar estes 28% do PIB (de gastos com pagamentos) para 23%, 22%”, disse Armínio.
Além da reforma da Previdência, Armínio defendeu ainda o que chamou que “reforma do RH do Estado”. Para ele, esta reforma passaria pela avaliação de todos os servidores públicos e que as progressões automáticas sejam eliminadas. “Mas isso não ocorre da noite pro dia”, constatou.
Na avaliação do ex-presidente do BC, diante deste cenário, é possível afirmar que o Estado brasileiro está quebrado ou praticamente quebrado. “Se a conta for feita da maneira correta, vamos ver que muitos Estados estão quebrados e os que não estão podem ficar”, comentou.
| Tribuna PR (publicado em 27-03-2019) | | | | O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) recuou 2,1 pontos na passagem de fevereiro para março, alcançando 109,2 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 28. Apesar da queda, o indicador segue acima da média histórica. "A redução desse nível depende de um alinhamento do Congresso com o governo na aprovação de reformas que são necessárias para a recuperação econômica", diz a FGV, em nota.
O IIE-Br é composto por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
Em março, os dois componentes puxaram o IIE-Br para baixo. O componente de Mídia recuou 2,2 pontos entre fevereiro e março, contribuindo com uma redução de 2,0 pontos no resultado agregado. Já o componente de Expectativa recuou 0,5 ponto no mesmo período, tirando 0,1 ponto para o comportamento final do indicador.
A coleta do IIE-Br é realizada pela FGV entre o dia 26 do mês anterior e o dia 24 do mês de referência.
| EM.com | | | | A inflação medida pelo Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) acelerou em março para 1,26% de uma taxa de 0,88% anotada em fevereiro, divulgou nesta quarta-feira, 27, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o avanço de março, o IGP-M passou a acumular no ano alta de 2,16% e elevação de 8,27% no período de 12 meses encerrado neste período.
O IGP-M de março na margem ficou dentro do intervalo das expectativas do mercado colhidas pelo Projeções Broadcast, de 0,99% A 1,40%, mas um pouco acima da mediana de 1,25%.
A abertura do IGP-M mostra uma aceleração de 0,45 ponto porcentual no Índice de Preços no Atacado (IPA), para 1,67% este mês ante uma elevação de 1,22% em fevereiro.
O procedimento revela também uma alta de 0,58% no Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), mais que o dobro da alta de 0,26% registrada em fevereiro. Já o INCC-M repetiu a variação de 0,19% verificada em fevereiro.
Os preços agropecuários medidos pelo IPA Agrícola subiram 3,90% na leitura do IGP-M de março; em fevereiro, havia subido 2,71%. Na mesma direção, o IPA Industrial avançou 0,83%, ante elevação de 0,74% no mês anterior.
Os Bens Finais tiveram seus preços aumentados em 1,93%, em média, ante 1,19% no mês passado e os Bens Intermediários avançaram 0,87% ante uma queda de 0,35% no mês passado. As matérias-primas brutas desaceleraram a 2,33% no IGP-M deste mês após alta de 3,23%.
| EM.com | | | | Na última sessão, moeda atingiu o maior patamar de fechamento desde 1º de outubro, fechando a R$ 3,95.
O dólar opera em alta nesta quinta-feira (28), chegando a alcançar R$ 4 no início da sessão. Os investidores continuam de olho nas tensões políticas entre Executivo e Legislativo, e nas negociações para a reforma da Previdência.
Às 10h41, a moeda norte-americana subia 0,21%, vendida a R$ 3,9627. Veja mais cotações. Logo na abertura da sessão, chegou a R$ 4,0156, cotação máxima do dia até o momento.
O dólar fechou em forte alta na quarta-feira (27), subindo 2,27%, a R$ 3,9548. Foi o maior patamar de fechamento desde 1º de outubro, quando encerrou a sessão cotado a R$ 4,0174.
A tensão política que já se prolongava desde a semana passada se deteriorou de vez no fim da quarta-feira, depois que o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) voltaram a trocar farpas publicamente.
Em entrevista à "TV Bandeirantes" no fim da tarde, Bolsonaro disse que Maia estaria "abalado por motivos pessoais", em possível referência à prisão do ex-ministro Moreira Franco, padrasto de sua esposa, na semana passada.
Maia rebateu, afirmando que "abalados estão os brasileiros, que estão esperando desde 1º de janeiro que o governo comece a funcionar", acrescentando que o presidente está "brincando de presidir o Brasil".
"Estamos num cenário muito ruim de forma geral, o dólar chegando a R$ 4 indica que o mercado coloca em dúvida a possibilidade de uma reforma da Previdência dada essa crise política que foi instalada", afirmou à Reuters a estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte.
"O que vemos desde o meio da semana passada, e o que ficou escancarado nesses últimos dias, é que falta de fato ao governo a articulação política", ponderou a estrategista.
Na véspera, o mercado monitorou a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Guedes afirmou que a "bola" da reforma da Previdência "está com o Congresso".
Guedes disse que não tem apego ao cargo ao ser questionado se deixaria o posto caso a reforma da Previdência trouxesse uma economia menor do que a almejada.
A percepção geral ainda é de aprovação da Previdência, embora já seja aventada a possibilidade de que o texto só chegue ao fim da tramitação no ano que vem, destacou Fernanda à Reuters. "Acho que ainda assim a gente aprova a reforma, mas vai ser muito mais suada do que pensávamos que seria. Imaginava que teria volatilidade, mas de jeito algum da forma que está".
O cenário externo também influencia nas negociações locais, com o dólar avançando cerca de 0,4% ante uma cesta de moedas, diante da maior aversão ao risco.
Cada vez mais bancos centrais estão se unindo ao Federal Reserve em adotar posturas "dovish" (de afrouxamento da política monetária), o que reforça preocupações sobre a saúde da economia global em geral.
Atuação do BC
O Banco Central anunciou que realizará nesta quinta-feira leilão de até US$ 1 bilhão em operação de venda de moeda com compromisso de recompra, buscando colocar dinheiro novo no mercado e amenizar a pressão no dólar.
Também fará leilão de até 14,43 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de abril, no total de US$ 12,321 bilhões.
| G1 | | | | Dólar fechou a R$ 3,96, no maior patamar desde o começo de outubro, antes do 1º turno
Depois de uma breve recuperação na véspera, a Bolsa brasileira despencou mais de 3% nesta quarta-feira (27), reflexo da crise política que coloca em xeque a aprovação da reforma da Previdência. O dólar avançou mais de 2% e fechou no maior patamar desde o começo de outubro, antes do primeiro turno.
Na noite de terça-feira (26), o governo de Jair Bolsonaro (PSL) sofreu uma nova derrota no Congresso, após a Câmara aprovar em dois turnos e por esmagadora maioria, o Orçamento impositivo.
O texto tira do Executivo autonomia para contingenciar gastos e coloca em dúvida o cumprimento do teto, aprovado na gestão Temer.
Em email a investidores, o banco digital Modalmais destaca que a medida fazia parte das pautas bombas preparadas por Eduardo Cunha, ainda no governo Dilma.
Segundo a corretora Guide, a votação relâmpago abriu a “caixa de pandora” do Congresso, ao expor a divergência entre o parlamento e o governo Bolsonaro.
E de pouco adiantou o ministro da Economia, Paulo Guedes, falar sobre a reforma da Previdência na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado. Lá ele afirmou que permanecerá no governo se “o presidente apoiar coisas que podem resolver o Brasil”.
“Vocês acham que vou brigar para ficar aqui?”, questionou o ministro ao Senado.
Desde a semana passada, o presidente está sendo cobrado por deputados a defender e trabalhar pela reforma da Previdência.
Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), trocaram acusações sobre de quem seria a responsabilidade de convencer o Congresso e a sociedade sobre a necessidade de aprovação de novas regras para a aposentadoria.
“O evento dos 100 mil pontos [registrado no começo da semana passada] mostrou que para continuar avançando precisaríamos de mais notícias boas, o que não aconteceu”, André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos.
| Folha de S. Paulo (publicado em 27-03-2019) | | | | Com venda de ações, lucro do BNDES cresce 10% em 2018
Resultado, porém, sofreu impacto negativo de inadimplência de Venezuela e Cuba
O BNDES registrou lucro de R$ 6,7 bilhões em 2018, crescimento de 10% com relação ao verificado no ano anterior. O desempenho do banco, porém, foi prejudicado pelo calote em financiamentos concedidos a Venezuela e Cuba.
Desde 2016, com a melhora do mercado de ações, o BNDES tem vendido fatias de empresas em que tem participação. Em 2018, apenas com papéis da Petrobras e da Vale, o banco lucrou R$ 4,8 bilhões.
O lucro total com venda de empresas passou de R$ 3,6 bilhões para R$ 6,1 bilhões. Assim, o lucro do BNDESPar, braço de participações do banco estatal, foi de R$ 7,2 bilhões, alta de 90%.
O presidente do BNDES, Joaquim Levy, disse em entrevista que o banco continuará reduzindo sua participação em empresas, também com o objetivo de reduzir os efeitos das volatilidades do mercado em seu balanço.
A estratégia no mercado de ações está sendo alterada, para privilegiar empresas nascentes e instrumentos financeiros para financiar investimentos em infraestrutura. “Queremos encontrar aplicações e ativos que diminuam a volatilidade e tenham mais valor adicionado. Carregar Petrobras não traz valor adicionado”, afirmou.
Levy defendeu a atuação do BNDESPar, citando a operação de venda da Eletropaulo para a italiana Enel em junho. “Pegamos uma empresa que estava em crise, que tinha certas dificuldades, fomos melhorando a governança, preparamos para passar para o nível mais alto da bolsa e, no final, em parte pelo mercado, em parte pela melhora da empresa, apareceu um investidor.”.
O BNDES era o segundo maior acionista da distribuidora e lucrou R$ 1,1 bilhão com a venda das ações para a Enel.
O volume de empréstimos do banco permaneceu em queda, refletindo o desempenho da economia e a redução de subsídios na concessão de financiamentos. O BNDES fechou 2018 com uma carteira de R$ 520 bilhões em empréstimos, 7% a menos do que no ano anterior.
Assim, o lucro com a intermediação financeira caiu de R$ 8,3 bilhões para R$ 6,4 bilhões. Com o bom resultado na venda de ações, o banco pagou 62% mais impostos do que em 2017, chegando a um montante de R$ 5,2 bilhões.
As provisões contra calotes somaram R$ 5,9 bilhões com a inclusão na lista de contratos assinados com empreiteiras para obras na Venezuela e em Cuba, no valor de R$ 2,2 bilhões para cada país. Como os países estão atrasando os pagamentos, os contratos entraram na lista de devedores duvidosos do banco estatal.
Levy frisou, porém, que são contratos garantidos pelo Fundo de Garantia à Exportação, vinculado ao Ministério da Fazenda, que cobrirá eventuais dívidas nos contratos.
O presidente do BNDES disse que o banco está estudando a melhor forma de devolver ao Tesouro recursos emprestados nos governos petistas para subsidiar financiamentos. Ao fim de 2018, esses recursos somavam R$ 307 bilhões, R$ 109 bilhões a menos do que em 2017.
O governo pede R$ 126 bilhões em 2019 para ajudar a reduzir o déficit fiscal. “Acredito [que a devolução] será significativa, muito alinhada com as expectativas do governo”, disse ele, acrescentando que o banco está se organizando e reorientando atividades para devolver os recursos “de maneira bem organizada”.
| Folha de S. Paulo (publicado em 27-03-2019) | | | | A previsão de crescimento de carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) foi reduzida para 3,4%, o que representa uma redução de 0,2 ponto porcentual quando comparada com a projeção inicial de 3,6%. A nova estimativa faz parte da primeira Revisão Quadrimestral da Carga para o Planejamento Anual da Operação Energética 2019-2023, divulgada nesta quarta-feira, 25, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Em montantes de energia, a redução corresponde a uma projeção 70 megawatts médios (MW médios) menor, já que inicialmente a carga estava prevista para 68.897 MW médios e agora passou a 68.827 MW médios.
Em breve nota, o ONS destacou que a queda na previsão da carga reflete o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2018, que foi menor do que o inicialmente estimado. “O PIB de 2018 foi abaixo do esperado, resultando em uma herança estatística menor para o PIB de 2019”, explicaram as entidades em documento. Por conta do efeito estatístico, o PIB estimado para 2019 foi revisado de 2,3% para 2,2%.
As entidades salientaram que o cenário macroeconômico pós 2019 foi mantido em virtude do alto nível de incerteza e indicaram que, em termos setoriais, houve redução das projeções da indústria, por conta do desempenho econômico e do desastre de Brumadinho.
| Tribuna PR (publicado em 27-03-2019) | | | | Foi uma cerimônia simples, com um terço dos convidados presentes na festa do lançamento da pedra fundamental da fábrica, em 2013. Sem novos modelos, vagas e aumento de produção, a Honda inaugurou ontem sua segunda unidade no País, em Itirapina, no interior de São Paulo.
A fábrica estava pronta havia três anos, mas a empresa decidiu esperar a melhora da economia para iniciar operações. Quando anunciou o investimento de R$ 1 bilhão, cinco anos atrás, o mercado brasileiro batia recorde, com 3,8 milhões de unidades vendidas. Inaugurada em 1997, a fábrica de Sumaré operava em capacidade máxima de 120 mil veículos ao ano com horas extras diárias, inclusive em fins de semana.
O projeto de duplicar a capacidade produtiva com a nova unidade, que seria inaugurada em 2016 com 2 mil empregos diretos, foi travado pela crise econômica, que derrubou as vendas totais à metade. A recuperação começou lentamente e, este ano, as fabricantes esperam vender 2,9 milhões de unidades.
Ainda que o grupo continue atuando com horas extras e tenha produzido 138 mil carros em 2018, acima portanto da capacidade em dois turnos e jornada normal, o presidente da Honda América do Sul, Issao Mizoguchi, diz que a decisão de abrir a fábrica neste momento tem mais a ver com a necessidade de reduzir custos operacionais – já que a nova unidade é mais moderna, ampla e eficiente – do que com a ainda insuficiente recuperação do mercado.
“Não houve melhoria significativa no mercado que justifique o aumento da produção, mas, como o segmento é cada vez mais competitivo, aqui temos melhores equipamentos e melhor eficiência para buscarmos redução de custos”, diz Mizoguchi.
A solução encontrada pelo grupo foi transferir gradualmente a produção de automóveis de Sumaré para Itirapina, e concentrar na fábrica antiga a fabricação de motores, ferramentas, componentes, além de centro de pesquisa e desenvolvimento e a sede administrativa.
A fábrica começou a operar no fim de fevereiro, com a produção de 90 unidades ao dia do Fit. No segundo semestre chegará o utilitário-esportivo HR-V e os demais modelos da marca (WR-V, Civic e City) serão transferidas gradualmente até 2021, quando o grupo espera atingir a capacidade de 120 mil unidades da nova fábrica.
Sem novas vagas
Neste momento, a fábrica opera em um turno, com 450 funcionários, todos transferidos de Sumaré. Ao longo dos próximos dois anos, a intenção é trazer, ao todo, 2 mil trabalhadores, e manter 1 mil nas linhas de componentes.
A estratégia para evitar cortes em Sumaré frustrou os moradores de Itirapina, muitos dos quais já haviam feito cursos no Senai, passado por entrevistas e aguardavam ser convocados. Hoje, a maior empregadora da cidade é a Prefeitura, com 800 funcionários, e dois presídios, com 400 trabalhadores.
O prefeito de Itirapina, José Maria Cândido (MDB), diz que estão sendo contratados terceirizados para áreas de limpeza, restaurantes e conservação. “Ocorreram por volta de 200 contratações até agora”, diz.
Presente no evento, o governador João Doria (PSDB), que recentemente lançou o programa IncentivAuto, afirmou que a Honda poderá usufruir do incentivo de redução de ICMS futuramente. “O setor pode crescer e a Honda dobrar seu investimento e ter acesso ao programa”, disse. Ao ser questionado sobre o tema, Mizoguchi respondeu: “Antes de pensar em investir mais, teremos primeiro de recuperar o R$ 1 bilhão que enterramos aqui.”
O IncentivAuto prevê desconto de ICMS de 2,7% a 25% para empresas que investirem no Estado a partir de R$ 1 bilhão e gerarem no mínimo 400 empregos diretos. O programa foi lançado após negociações com a General Motors, que ameaçava suspender investimentos no País. Após vários acordos para redução de custos, a montadora anunciou investimentos de R$ 10 bilhões até 2024.
| Tribuna PR | | | | Planta mais moderna está pronta desde 2015 e recebeu investimentos de R$ 1 bilhão
Em busca de mais produtividade e custos menores de sua operação industrial no Brasil, a Honda fez a inauguração oficial de sua fábrica de Itirapina (SP) na quarta-feira, 27. O investimento de R$ 1 bilhão feito na segunda linha de fabricação de automóveis da marca japonesa no País foi anunciado em 2013 e a planta ficou pronta no fim de 2015, com obras de construção civil terminadas e equipamentos instalados, mas com a abrupta queda do mercado brasileiro a empresa tomou a inusitada decisão de congelar os planos, deixou tudo pronto e parado até um mês atrás, quando a produção comercial foi iniciada - após três anos em que apenas 35 funcionários cuidavam da manutenção dos equipamentos e ligavam as máquinas duas vezes por semana, sem produzir nada.
Há cerca de um ano a Honda tomou a decisão de iniciar a operação em Itirapina com a transferência gradual, de 2019 a 2021, da produção de todos os carros nacionais da marca, até então produzidos somente em Sumaré, também no interior paulista, distante cerca de 100 km da nova fábrica.
O primeiro modelo a ser transferido para a linha de Itirapina é o hatch compacto Fit, que está sendo produzido desde o fim de fevereiro em um turno, ao ritmo de 90 unidades/dia por 450 empregados, que também vieram de Sumaré. No segundo semestre chega o SUV compacto WR-V e o total de funcionários deve alcançar mil pessoas. A chegada do SUV médio compacto HR-V está prevista para 2020, devendo ser seguido pelo sedã compacto City e, por último, virá o Civic - único montado sobre plataforma maior, diferente dos demais.
Inspeção final: Fit é o primeiro carro a ser produzido pela Honda em Itirapina
Issao Mizogushi, presidente da Honda South America, explica que começar a produção com carros já conhecidos “reduz os riscos de problemas de qualidade que costumam acontecer em novas fábricas, pois já são produtos conhecidos”. Segundo ele, a operação não envolve novas contratações, pois o plano é transferir para Itirapina cerca de 2 mil funcionários que trabalham na linha de automóveis de Sumaré – 90% deles já aceitaram o pacote de benefícios oferecidos para se mudar com a família.
Outros mil devem permanecer na antiga unidade, inaugurada em 1997, onde será mantida a sede administrativa sul-americana da empresa e as áreas de motores (fundição, usinagem e montagem), injeção de plástico (produz painéis e outras peças plásticas), ferramentaria, engenharia, pesquisa e desenvolvimento. A intenção é desafogar Sumaré, que hoje opera no topo de capacidade sem possibilidade de novas expansões, ao contrário de Itirapina, com amplos espaços ainda vazios que sugerem futuras ampliações.
“Em Itirapina vamos aumentar nossa eficiência de produção com a introdução de novas tecnologias e equipamentos mais modernos. Temos aqui mais flexibilidade para atender as demandas de nossos clientes e oferecer produtos diversificados”, afirmou Issao Mizogushi em seu discurso de inauguração da fábrica.
O executivo destacou que no momento não há necessidade de aumentar a produção no Brasil. Sumaré tem capacidade nominal de produzir 120 mil veículos/ano em dois turnos, igual a Itirapina. Com horas extras, a Honda fez 138 mil carros em 2018 e no pico da demanda em 2016 chegou a 150 mil. “O mercado parou de cair, mas não está crescendo muito. Nossa decisão de transferir a produção para Itirapina é para produzir o mesmo volume, mas com custos menores e mais competitividade”, explica Mizogushi.
Até 2021, a linha de Sumaré permanece em operação paralela com Itirapina. Mas após esse período de transição a linha antiga não será desmontada, ficará desativada com todos os equipamentos lá. Caso o mercado cresça muito mais do que a Honda prevê, portanto, existe a possibilidade de manter a produção de algum modelo em Sumaré - talvez a plataforma maior do Civic, último na agenda de transferências.
SEM INCENTIVOS
A Honda ficou de fora do programa de incentivo lançado este mês pelo governo do de São Paulo, o IncentivAuto, que prevê descontos de 2,7% a 25% no ICMS de veículos produzidos no Estado que sejam resultado de investimento mínimo de R$ 1 bilhão e que gerem ao menos 400 novos empregos – o benefício máximo é concedido para aportes acima de R$ 10 bilhões, como o anunciado pela GM semana passada. “O investimento da Honda já está consolidado, mas talvez em mais alguns anos a empresa possa colocar mais R$ 1 bilhão aqui para usar o IncentivAuto”, disse o governador João Doria, que esteve na inauguração.
“Gostaria de ter uma máquina do tempo para poder incluir no incentivo nosso investimento em Itirapina, mas estamos fora. Antes de pensar em investir mais é preciso recuperar o R$ 1 bilhão que enterramos aqui”, rebateu Mizogushi ao falar com jornalistas após a cerimônia.
Antonio Megale, presidente da associação de fabricantes, a Anfavea, considerou que “a Honda tomou uma decisão sábia ao adiar a inauguração de sua nova fábrica, mas triste para o setor que naquele momento, em 2015, tinha começado a cair do pico de 3,8 milhões de veículos em 2013 para cerca de 2 milhões, fazendo o mercado brasileiro cair de quarto para nono maior do mundo”, observou o dirigente. “Mas esta inauguração comprova que estamos voltando a crescer, que o Brasil tem potencial e deve alcançar novamente o patamar de 4 milhões de unidades nos próximos anos”, confia.
FÁBRICA AMPLA E MODERNA
Pintura: tintas especialmente preparadas para a Honda eliminam uma camada e reduzem emissões
Itirapina já abriga todas as operações industriais de uma grande fábrica de veículos, em terreno de 5,8 milhões de metros quadrados e área construída de 138 mil m2, com estamparia, solda, pintura e montagem final. Existem muitos espaços completamente vazios ainda, que sugerem que a capacidade poderia ser dobrada sem necessidade de novas construções.
A Honda obteve ganhos expressivos de produtividade em todas as áreas. Na estamparia, apenas uma linha de três prensas (uma de 1,6 mil toneladas e duas de 1 mil cada uma), com três batidas, faz uma lateral inteira. Até 2020 todos os ferramentais (moldes) serão feitos no Brasil, na recém-inaugurada ferramentaria de Sumaré.
Na área de armação de carrocerias (soldagem) a maioria das operações foi automatizada. Os 73 robôs, mais modernos, são 30% mais rápidos que os de Sumaré. Na cabine de pintura seis robôs executam a maior parte da cobertura externa, usando tinta especialmente formulada para a Honda, que elimina uma camada do processo e reduz em 60% as emissões de gases voláteis.
| Automotive Business (publicado em 27-03-2019) | | | | De acordo com executivos, subsídios a combustíveis como etanol e gás natural dificultam introdução dos híbridos no mercado local
Executivos da Toyota e da GM conversaram esta semana sobre fontes tradicionais de combustível, como etanol, gás natural e diesel, destacando como o mercado de automóveis da América do Sul provavelmente resistirá ao movimento global para veículos elétricos nos próximos anos.
Mesmo que as montadoras reformulem seus negócios globais para focar em carros elétricos na Europa, América do Norte e Ásia, os executivos que coordenam a produção no Brasil e na Argentina priorizam os motores de combustão em parte devido aos subsídios concedidos a esses combustíveis.
"O futuro da energia da Argentina é o gás natural", disse Cristiano Ratazzi, que lidera a unidade do país da Fiat Chrysler, bem como o grupo comercial de montadoras da Argentina, Abefa. Ele acrescentou que o combustível diesel, visto com maus olhos em grande parte do mundo, também tem potencial para isso.
A produção de gás natural na Argentina deve aumentar fortemente à medida que as petrolíferas estrangeiras e a estatal YPF investem bilhões na Vaca Muerta, uma das maiores reservas de gás de xisto do mundo.
Já Aurelio Santana, diretor-executivo da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), mostra otimismo com o etanol.
"É muito importante que o governo apoie investimentos em pesquisa e desenvolvimento envolvendo o etanol", disse Santana. "Precisamos manter o que já temos aqui", afirmou, destacando a vantagem energética do etanol do Brasil.
A resistência aos veículos elétricos ressalta a influência política dos produtores locais de cana-de-açúcar no Brasil e de gás natural na Argentina. Recentemente, o Congresso brasileiro aprovou o Rota 2030, que oferece benefícios significativos para montadoras que optam por investir em pesquisa de etanol.
Montadoras se encontraram esta semana num evento do setor em São Bernardo do Campo, sede histórica do setor automobilístico brasileiro, que ainda está se recuperando do choque no início do ano, após a Ford anunciar que vai fechar sua fábrica na região.
Até agora, a Toyota é a única montadora a anunciar que planeja fabricar um modelo híbrido na América do Sul, com um motor que funciona com eletricidade, etanol ou gasolina.
"É a melhor solução para a nossa região", disse Celso Simomura, vice-presidente de Operações da Toyota no Brasil.
A General Motors anunciou no início do mês um investimento de R$ 10 bilhões no Brasil durante os próximos cinco anos, mas nada disso vai para os carros elétricos, disse Carlos Zarlenga, chefe da GM na América do Sul.
A GM começará a importar veículos elétricos este ano para testar o mercado, acrescentou ele, mas ainda não há planos para montá-los internamente.
Principal executivo da Volkswagen para a América do Sul e Caribe, Pablo Di Si, disse que a montadora vai importar seis modelos elétricos ou híbridos para o Brasil até 2023. Mas ele também disse que não há planos de produzi-los localmente.
"Na América Latina, precisamos considerar todas as ressalvas", disse Di Si, apontando a falta de uma estrutura legal para veículos elétricos e falta de infraestrutura de recarga, mesmo que a Volkswagen queira vender 1 milhão de veículos elétricos globalmente até 2025.
Ratazzi, da Fiat, acredita que as velhas formas de combustão sobreviverão na América do Sul no médio prazo. "Em 2030", previu ele, "o motor a combustão ainda terá um lugar".
| Folha de S. Paulo (publicado em 27-03-2019) | | | | Relatório diz que na montadora 'ninguém podia fazer objeção ao senhor Ghosn'
Um comitê externo que analisa a governança na Nissan Motor disse nesta quarta-feira (27) que há fatos suficientes para se suspeitar de violações de leis e de uso particular de fundos da empresa por parte do ex-presidente do conselho Carlos Ghosn.
Após uma auditoria de três meses da governança da Nissan na esteira de um escândalo que abalou a indústria automotiva global, o comitê atribuiu a culpa diretamente ao que classificou como concentração de poder de Ghosn. O órgão também apontou o papel de Hiroto Saikawa, diretor-executivo da empresa, no arranjo salarial de Ghosn que está no cerne do escândalo.
Exatamente 20 anos depois que a montadora francesa Renault concordou em resgatar a Nissan, o comitê disse que na cultura administrativa da Nissan "ninguém pode fazer nenhuma objeção ao senhor Ghosn”, que era “endeusado dentro da Nissan como um salvador que resgatou a Nissan do colapso”.
O grupo emitiu 38 recomendações para fortalecer a governança da Nissan, entre elas que altos cargos executivos da montadora japonesa não devem ser ocupados por pessoas que têm cargos executivos na Renault ou na parceira minoritária Mitsubishi Motors.
O comitê também propôs que a maioria dos diretores, inclusive o presidente do conselho, seja de executivos independentes e externos, também sugeriu que o cargo de presidente da empresa seja abolido.
As recomendações do comitê externo de sete membros vêm semanas depois de Nissan e Renault anunciarem que reformularão sua aliança —uma das maiores entre montadoras de veículos do mundo—para acabar a presidência antes exercida por Ghosn.
“Existem fatos suficientes para se suspeitar de violações de leis e regulamentos, de violações de regras internas e também do uso particular de fundos e gastos da empresas por parte do senhor Ghosn”, disse o comitê em seu relatório.
O texto também destacou Greg Kelly, diretor da Nissan que também foi indiciado, por supostamente ter ajudado Ghosn a evitar a supervisão, e disse que Saikawa assinou documentos relacionados a compensações que Ghosn receberia depois de se aposentar.
“Está claro que há questões que exigem melhoras com respeito à governança da Nissan, já que esta não poderia evitar a má conduta”.
Ghosn, que foi libertado neste mês pagando uma fiança de US$ 9 milhões depois de passar mais de 100 dias em um centro de detenção de Tóquio, disse que as acusações que lhe foram imputadas “não têm mérito”. Kelly também negou as acusações.
| Folha de S. Paulo (publicado em 27-03-2019) | | | | Cerca de 30 empresas integram a Rede AB Diversidade. A iniciativa tem ainda apoio da ONU Mulheres, do MM360, VDI, Goldenberg Consultoria, Anfavea e Sindipeças
Quando empresas assumem o desafio de tornar o seu quadro de colaboradores mais plural, de se engajar na busca por diversidade, o resultado é o impacto positivo nas receitas, no potencial de inovação e na sociedade, conforme apontam estudos de uma série de consultorias, como a MacKinsey.
A fim de fomentar esse caminho dentro do setor automotivo, Automotive Business promoveu o primeiro encontro da Rede AB Diversidade, iniciativa inédita que cria um campo neutro de troca entre as organizações da indústria que busca construir novas soluções nesta área. Líderes das quase 30 empresas-membro da Rede se reuniram na segunda-feira, 25, para discutir o tema. O projeto contará com encontros mensais até novembro.
O projeto surgiu após os resultados da pesquisa Presença Feminina no Setor Automotivo, realizada pela Automotive Business e divulgada em 2018, apontarem que o perfil de empresas do segmento ainda é majoritariamente masculino e homogêneo, contrastando com a demanda cada vez mais forte da sociedade brasileira e global por diversidade e inclusão. A partir do levantamento, ficou clara a oportunidade de expandir o tema para além das questões de gênero, colocando em pauta também a necessidade de buscar diversidade racial, de orientação sexual, gerações, classe social e inclusão de pessoas com deficiência (PCD).
COLABORAÇÃO EM BUSCA DE NEGÓCIOS MAIS SUSTENTÁVEIS
Durante a abertura do evento que inaugura a temporada de trabalho da Rede AB Diversidade, a diretora executiva da Automotive Business, Paula Braga, destacou os objetivos do projeto e o seu caráter colaborativo. “Quando realizamos a pesquisa Presença Feminina no Setor Automotivo levantamos um desafio desta indústria, que era criar igualdade de oportunidades. Percebemos que era necessário dar continuidade ao tema e convidar todos os líderes, sem restringir por grupos, para construir soluções”, diz. E continua:
“O plano é integrar os profissionais com suas diferentes visões para desenhar ações capazes de transformar o setor. É uma oportunidade para inspirarmos essa mudança.”
O ciclo de palestras trouxe profissionais de organizações referências no assunto, proporcionando aos líderes que participaram do encontro um panorama sobre a diversidade no setor automotivo brasileiro, meios de fomentar a presença de grupos diferentes no quadro de colaboradores e cases de sucesso de outros setores da economia.
Os participantes foram encorajados a refletir sobre os impactos positivos da inclusão de mulheres, negros, homossexuais, deficientes e de diferentes gerações nas organizações. Esses reflexos são notados, por exemplo, no aumento da produtividade, a partir da criação de um ambiente de trabalho mais satisfatório e acolhedor para o colaborador; na oportunidade de inovação em projetos como reflexo de pensamentos diversos e no posicionamento da marca perante os consumidores, variáveis que podem contribuir para os ganhos financeiros da empresa.
As lideranças também tiveram a oportunidade de trocar experiências e conhecimento durante uma sessão de cocriação que consistiu em pensar, na prática, como implementar a diversidade dentro do setor automotivo, avaliando necessidades, oportunidades, desafios e outras importantes variáveis para o sucesso da iniciativa.
A Rede AB Diversidade é uma rede privativa de fomento à diversidade, especializada nas características e necessidades de inovação e engajamento do setor automotivo, criada e coordenada por Automotive Business e pela MHD Consultoria com o apoio da ONU Mulheres, MM360, VDI, Sindipeças, Anfavea, EY e Goldenberg Consultoria.
| Automotive Business (publicado em 27-03-2019) | | | | Discussão foca no desafio de criar oportunidades igualitárias nas empresas do setor
Tem mais um episódio do AB Cast no ar. O tema da vez é a necessidade de ampliar a diversidade entre os colaboradores das empresas automotivas, com maior participação de mulheres, negros, profissionais de diferentes gerações e bagagens culturais, além de pessoas com deficiência.
O programa marca a estreia da Rede AB Diversidade, um projeto pioneiro no setor automotivo que nasce para desenhar novos caminhos e soluções capazes de gerar igualdade de oportunidades nas empresas automotivas. O projeto reúne cerca de 30 empresas e conta com o apoio da ONU Mulheres e do MM360.
A discussão é conduzida por Giovanna Riato e Paula Braga, de Automotive Business, que conversam com Tania Macriani, CEO da MHD Consultoria e principal parceira na realização da Rede AB Diversidade.
O AB Cast é o primeiro podcast do Brasil dedicado a quem atua ou quer atuar setor automotivo. Dá para escutar o programa direto no navegador, dando o play logo acima, ou no celular, nos principais agregadores de podcasts, como Spotify e iTunes. Neste caso, basta sincronizar o programa e dar o play para ouvir onde quiser.
| Automotive Business (publicado em 27-03-2019) | | | |
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