| 02 de DEZEMBRO de 2019
Segunda-feira
- Entra em funcionamento a linha direta entre Curitiba e Tunas do Paraná
- Confiança da pequena indústria tem melhor outubro desde 2011
- Confiança empresarial sobe 1,0 ponto em novembro ante outubro, diz FGV
- Ministro Marcos Pontes quer colaboração da indústria em decisões do MCTIC sobre inovação
- CNI e Apex-Brasil firmam parceria para promover inovação
- Diplomatas estrangeiros estão otimistas com a economia brasileira em 2020
- Trabalho temporário deve crescer mais no fim do ano
- Governo estuda se erro de quase US$ 4 bi na balança comercial pode ser ainda maior
- Bancos prometem abater até 90% de dívida em negociação
- Cheque especial representa 13,2% da margem de intermediação dos bancos
- Especialistas relativizam efeito do dólar na exportação
- IPC-S tem alta de 0,49% em novembro, após queda de 0,09% em outubro, revela FGV
- Comércio eletrônico fatura R$ 3,2 bilhões com a Black Friday em 2019
- Em crise, indústria automotiva alemã anuncia 50 mil demissões em 2019
- GM amplia capacidade da fábrica de Gravataí
- GM apura avanço na qualidade de fornecedores em premiação anual
- BorgWarner terá segundo cliente para turbo flex em 2020
- Iochpe-Maxion realiza mudanças em diretoria no Brasil
- Toyota Yaris é o carro com a menor depreciação
- Governador e secretários do DF devem receber BMWs elétricas
- Para atender Rota 2030, indústria desenvolve novas tecnologias
- Etanol é a aposta enquanto carro elétrico não vem
- Bolsonaro diz que pode falar com Trump sobre tarifa do aço. 'Tenho canal aberto'
- Trump acusa Brasil e Argentina de desvalorizarem moedas e diz que vai restaurar tarifas sobre aço e alumínio
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Em 02/12/2019
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Fonte: BACEN
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| | | | | Uma nova linha de ônibus que faz a ligação entre Tunas do Paraná, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e Curitiba passa a funcionar nesta segunda-feira (2). O município fica a 80 quilômetros da Capital. A linha é da Rede de Transporte Coletivo Metropolitano e funcionará de segunda a sábado.
Até então, o município não tinha o atendimento metropolitano e a ligação entre as duas cidades era feita por linha intermunicipal, com chegadas e saídas na Rodoferroviária de Curitiba. A gestão dessa linha é do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR).
A linha saíra de de Curitiba na Rua Pedro Ivo, ao lado do Terminal do Guadalupe. As saídas de Tunas do Paraná serão às 5 horas, no ponto em frente ao restaurante Boa Esperança. O retorno ocorre pela Rua Pedro Ivo, em Curitiba, às 18h30.
A tarifa dessa nova linha custa R$ 10. A linha municipal tem o preço de R$ 23. Os ônibus são equipados com bancos almofadados, piso rebaixado e ar-condicionado.
| Bem Paraná | | | | Perspectiva do setor é positiva, mostra levantamento do CNI
Aquecimento A confiança das pequenas indústrias atingiu o maior patamar para outubro desde 2011, mostra levantamento a ser divulgado pela CNI nesta semana. A perspectiva, de acordo com mil empresas, chegou ao maior nível para o mês desde 2014.
Pendurado A Credz, operadora de cartões de crédito de cerca de 50 redes de varejo, fechou parceria com a Negocia Fácil para os clientes da bandeira Visa parcelarem pagamentos em atraso online. Haverá desconto de até 90% até o dia 7 de dezembro.
| Folha de S. Paulo | | | | O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 1,0 ponto em novembro ante outubro, para 95,4 pontos, informou nesta segunda-feira, 2 a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 0,4 ponto, o quarto mês consecutivo de crescimento.
"A confiança empresarial segue em trajetória gradualmente ascendente. Há insatisfação com a situação corrente dos negócios, que é ainda considerada aquém da 'normalidade' pelo empresariado. Já as expectativas evoluíram favoravelmente no mês, praticamente convergindo para o nível neutro de 100 pontos", avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
"Se, por um lado, o Comércio já não está tão otimista quanto nos meses anteriores, após o anúncio da liberação de recursos do FGTS, a Indústria ganhou algum fôlego após cinco meses de marcante desânimo. A confiança da Construção continua sendo a menor entre os grandes setores, mas sua evolução tem sido a mais favorável neste segundo semestre", completou Campelo Júnior.
Em novembro, o Índice de Situação Atual (ISA-E) caiu 0,2 ponto, para 92,2 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-E) subiu 0,6 ponto, para 99,9 pontos.
"O ISA ainda muito inferior aos 100 pontos retrata um empresariado insatisfeito com o ritmo dos negócios - ainda abaixo do nível considerado 'normal' - e com expectativas neutras (nem pessimista nem otimista) em relação à evolução da economia nos próximos meses", acrescentou Campelo Júnior.
Entre os componentes do ICE, houve melhora na confiança da Indústria, Serviços e Construção em novembro. A confiança da Construção vem crescendo desde o final do segundo trimestre de 2019 (à exceção de setembro), e nesse mês atinge o maior nível desde setembro de 2014 (89,9 pontos). Outra notícia favorável do mês foi a melhora das expectativas industriais, que vinham piorando nos dois meses anteriores, apontou a FGV.
A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.382 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 26 de novembro.
| Bem Paraná | | | | Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações quer participação da Mobilização Empresarial pela Inovação em reuniões do ministério e trabalhos conjuntos. Ele participou de encontro da MEI
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, afirmou nesta sexta-feira (29) que pretende unir forças com o setor produtivo, a academia e o Poder Legislativo para alavancar a agenda de inovação no Brasil.
Ele participou da última Reunião de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) de 2019, realizada no escritório da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo. Coordenada pela CNI, a MEI reúne mais de 300 das principais lideranças empresariais do país.
Ao lado do presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, o ministro Marcos Pontes convidou a MEI para participar de decisões estratégicas sobre a agenda de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no ministério. Ele pretende alinhar o trabalho do MCTIC com o da MEI e contar com representantes do movimento para a realização de trabalhos conjuntos. “Gostaria muito de ter a MEI para participar das decisões dentro do ministério”, disse Pontes. “Aceitamos o convite, ministro”, afirmou o presidente da CNI.
De acordo com o ministro do MCTIC, o principal desafio do país nessa área é a transformação de conhecimento em recursos e em tecnologia. “Precisamos de coordenação, financiamento, qualificação de RH e segurança jurídica. Estamos aqui para ajudar e contribuir para que isso aconteça em prol da inovação no Brasil”, afirmou Pontes.
“Estamos trabalhando dentro do governo de forma muito coordenada. Precisamos unir as nossas forças para atingir esse objetivo”, acrescentou o ministro, antes de observar que se sentia em casa na reunião por ter sido aluno do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e do Serviço social da Indústria (SESI), instituições coordenadas pela CNI.
CONTRIBUIÇÕES DA MEI – O presidente da CNI destacou que, desde que foi criada em 2008, a MEI tem colaborado fundamentalmente com a inovação no Brasil. “Nesses 11 anos de MEI, conseguimos dar uma contribuição muito grande ao país nas políticas de ciência e tecnologia. A MEI contabiliza resultados que impactam no aprimoramento do ecossistema de inovação brasileiro”, enfatizou.
Ele também enumerou algumas das principais conquistas da MEI. “Ao longo desses 11 anos, contabilizamos resultados que impactaram no aprimoramento do ecossistema de inovação brasileiro. Entre eles estão a inserção da inovação na Constituição Federal; a contribuição e participação na sanção do novo Marco Regulatório de Ciência, Tecnologia e Inovação e de sua regulamentação; a manutenção da Lei do Bem; e a contribuição para a definição de novas diretrizes curriculares nacionais para as engenharias”, destacou o presidente da CNI.
Robson Andrade mencionou ainda o Programa de Imersões em Ecossistemas de Inovação, que já realizou mais de 20 missões no Brasil e em países como os Estados Unidos, Alemanha e Israel. Ele observou que a primeira imersão de 2020, que já está com inscrições abertas para a participação de empresários, será na China, em março. Também haverá imersões no ano que vem à Índia e a Finlândia.
“Gostaria de convidar os senhores a viajar no ano que vem à Finlândia. Temos muito a mostrar para vocês em relação ao ecossistema de inovação. Vamos mostrar políticas de inovação e comunicação, o 5G, a economia circular. Na Finlândia não existe lixo, só existe oportunidade para usar as matérias novamente”, disse o embaixador da Finlândia no Brasil, Jouko Leinonen.
Presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, participa de reunião da MEI
SETOR PRODUTIVO – Também presente à reunião da MEI, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, listou iniciativas que a pasta tem adotado em prol do desenvolvimento do país – todas com a participação do setor privado. “Há boas práticas sendo desenvolvidas na Amazônia, por exemplo, mas em uma escala bem abaixo da necessária. O governo sozinho não vai resolver o problema da Amazônia, é o setor produtivo com pesquisa e desenvolvimento voltados aos negócios que será fundamental”, frisou Salles.
O ministro substituto da Casa Civil, Marcelo Barros Gomes, detalhou, por sua vez, a Política Nacional de Inovação, que está em fase de desenvolvimento. Segundo ele, o objetivo do governo é se adequar às melhores práticas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e integrar os diferentes atores em torno da agenda de CT&I. “Esse ambiente finalmente será implantado integralmente com base em patamares diferenciados de políticas públicas com o padrão da OCDE. O que interessa nesse processo é que todos se mobilizem na direção das melhores práticas: sociedade, setor produtivo e o governo”, afirmou.
INVESTIMENTOS – O vice-presidente da Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação, deputado Vitor Lippi, disse que tem trabalhado incessantemente pela manutenção e aumento dos recursos destinados ao financiamento à CT&I. Ele elogiou o que chamou de “trabalho extraordinário” realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que já investiu mais de R$ 1,3 bilhão em cerca de 800 projetos de inovação.
“Apesar do nosso potencial de riqueza, estamos muito aquém de onde poderíamos estar porque faltou visão estratégica e investimento. Podemos recuperar o Brasil rapidamente, mas para isso precisamos todos nos unir”, afirmou Lippi.
Para o presidente do Conselho de Administração da Utrapar e líder da MEI, Pedro Wongtschowski, a redução de investimentos públicos tem inibido a inovação no Brasil. Ele alertou para a importância de os contingenciamentos não atingirem a Embrapii, que “tem sido muito eficiente e levado CT&I às empresas”. Ele alertou também para a importância da criação de mecanismos que tornem a Lei do Bem menos burocrática e para a urgência da formação de talentos, especialmente na área de engenharia. Se a formação não avançar isso vai ser um limitador do crescimento da atividade inovadora no Brasil.
Também fizeram apresentações na reunião, o presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Márcio Santos, que destacou políticas voltadas para o desenvolvimento econômico e social, e para a promoção da competitividade do país; a presidente da IBM América Latina, Ana Paula Assis, que falou sobre inteligência artificial, o 5G e internet das coisas; e o presidente da Quantum4, Ricardo Pelegrini, que apresentou o MEI Tools – programa que reúne um conjunto de instrumentos para fortalecer a capacidade inovativa das empresas.
| CNI ( publicado em 29-11-2019) | | | | Protocolo de Intenções entre as duas instituições prevê a adoção de esforços conjuntos para atração de investimentos em inovação para o Brasil e inserção de empresas brasileiras inovadoras no cenário global
Presidente da CNI, Robson Braga de Andrade e presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia na assinatura da parceria
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) firmaram nesta sexta-feira (29), durante a Reunião de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), em São Paulo, um Protocolo de Intenções para promoção conjunta de ações voltadas ao ambiente de inovação no país.
O Protocolo prevê intensificar e ampliar a cooperação para implementação de ações futuras nas áreas de atração de investimentos em inovação para o Brasil, inserção global das empresas brasileiras via inovação e promoção internacional de negócios.
“A Apex é uma grande parceira da CNI na promoção comercial. A gente já tem trabalhado muito em harmonia. Vamos unir esforços para atração de investimentos para o Brasil e para a abertura de mercados”, disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
“De 2015 para cá, houve uma explosão da atividade empreendedora de base tecnológica no Brasil. Saímos de quatro mil startups para mais de 12 mil. Um cenário inteiramente novo está se desenhando com grande velocidade e, atenta a essa tendência, a Apex-Brasil quer potencializar a sua contribuição. Para isso, este acordo com a CNI é de fundamental importância”, afirmou o presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia, durante o evento.
Segovia destacou a grande sinergia que há entre as duas instituições para o desenvolvimento de projetos e para o atendimento conjunto da “causa” da inovação, com o fomento de práticas no estado da arte e sensibilização de um número cada vez maior de empresas para a importância de perseguir o ciclo virtuoso da inovação como diferencial competitivo, no Brasil e no exterior.
O Protocolo prevê iniciativas como: compartilhamento de informações sobre instrumentos de incentivo à inovação vigentes no Brasil e produção de conteúdo para atração de investimentos e reposicionamento da marca Brasil; organização conjunta de eventos nacionais e internacionais de interesse comum; realização de imersões a fim de aumentar investimentos em inovação no Brasil; compartilhamento de dados, metodologias e redes de relacionamento para potencialização de resultados de programas coordenados pelas duas instituições e, ainda, ações de promoção de negócios internacionais no Brasil e no exterior.
Segovia também destacou o papel do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI): “Considerando que boa parte dos membros da MEI são multinacionais, vislumbramos, por meio dessa nova parceria, explorar, por exemplo, potencial de aproximação com as subsidiárias brasileiras, de modo a abrir portas para as matrizes no exterior acelerando, portanto, novos investimentos no país”, concluiu o presidente da Apex-Brasil.
| CNI (publicado em 29-11-2019) | | | | Pesquisa mostra que 44,1% das representações diplomáticas acham que cenário será melhor
Diplomatas estrangeiros estão otimistas com o desempenho da economia brasileira em 2020. Pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) aponta que só 8,8% das 34 representações diplomáticas baseadas em Brasília entrevistadas acreditam que ela vá piorar.
ALICERCES
Para 44,1% das embaixadas, a economia no país será melhor no ano que vem. Ainda de acordo com o levantamento, a reforma trabalhista é a mais importante entre as alterações propostas pelo governo federal. Em seguida vem a tributária, citada como prioritária por 25% dos ouvidos.
MUNDO
A pesquisa, realizada entre 20 de agosto e 20 de setembro, também aponta que 79,4% consideram importante a adesão do Brasil à OCDE.
O OUTRO
O Itamaraty está há meses com dois embaixadores na representação do Brasil junto a organismos internacionais, em Londres. A situação inusitada decorre da demora do Senado em aprovar Hermano Telles Ribeiro, que deixará o posto, como embaixador no Líbano. A indicação foi feita em agosto pelo governo.
SIAMESES
O substituto de Ribeiro, Marco Farani, já está em Londres. Na prática, os dois diplomatas chefiam o posto, com duplicidade de salários e verbas adicionais. A indicação está sendo represada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que, procurado por meio de sua assessoria, não se manifestou. O Itamaraty também não comentou.
| Folha de S. Paulo (publicado em 02-12-2019) | | | | Associação projeta 7.000 empregos a mais além dos 570 mil previstos em setembro
Curto prazo A Asserttem (associação de agências de trabalho temporário) refez as contas, apostando que os últimos quatro meses do ano devem registrar mais contratações do que as 570 mil da previsão feita em setembro. Serão ao menos 7.000 a mais. Mas o número pode subir se o balanço da Black Friday for positivo.
Gestação Marcos de Abreu, vice-presidente da entidade, atribui a melhora ao decreto de Bolsonaro que regula esse tipo de trabalho e a decisão do TST que definiu que grávidas em contratos temporários não têm direito a estabilidade no emprego.
| Folha de S. Paulo (publicado em 01-12-2019) | | | | Resultado de outubro está passando por revisão; motivo de atualização não foi explicado
O governo estuda se o erro que levou a uma correção nos dados na balança comercial de novembro pode ser mais amplo que o divulgado até agora.
Na última quinta-feira (28), o Ministério da Economia corrigiu os dados das exportações brasileiras registradas em novembro, elevando em US$ 3,8 bilhões o fluxo da vendas acumuladas no mês.
Pelas novas informações, o país exportou nas quatro primeiras semanas de novembro o equivalente a US$ 13,5 bilhões, ante US$ 9,7 bilhões reportados antes.
A diferença fez o saldo comercial do mês passar de um déficit a um superávit. De acordo com os novos números, a balança está superavitária em US$ 2,7 bilhões em novembro (os dados anteriores apontavam um resultado negativo de US$ 1,099 bilhão).
O governo não descarta uma nova correção que abranja também, pelo menos, o mês de outubro. As análises continuam.
As causas da retificação ainda não foram totalmente explicadas. Em nota, o ministério afirmou apenas que "foram detectadas inconsistências relacionadas à transmissão e à recepção dos dados para processamento das estatísticas de comércio exterior".
Segundo a pasta, a atualização dos dados é um procedimento normal, mas a alteração significativa em novembro "foi ocasionada por um evento não usual".
Foi constatado até o momento que houve uma falha no sistema do governo que impediu o recebimento de informações.
A interpretação é que, embora tenha afetado de forma significativa o movimento registrado, o problema foi pontual. Por isso mesmo, a falha não teria sido detectada a tempo da divulgação dos números originais.
O problema identificado na balança comercial é inédito, mas representa a segunda correção relevante de números por parte do Ministério da Economia em pouco mais de dois meses.
Em setembro, a pasta anunciou que tinha superestimado em R$ 5,8 bilhões sua estimativa para a despesa com pessoal e encargos sociais da União neste ano. A mesma falha levou o governo a mudar, neste mês, o projeto de Orçamento de 2020.
George Soares, secretário de Orçamento Federal, afirmou em entrevista à imprensa sobre a modificação do Orçamento que a retificação no item era decorrente principalmente de uma superestimativa nas contas de servidores do Ministério da Educação gerada em 2018 e constatada apenas em 2019.
"Não se percebeu isso à época. Só foi percebido em 2019", disse. " Demorou um pouco para tirar isso [superestimativa] da base", afirmou.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 01/12/2019) | | | | Agências ficarão abertas até as 20h em semana dedicada à orientação financeira
Os maiores bancos brasileiros iniciam nesta segunda-feira (2) um programa de renegociação de dívidas. O Itaú Unibanco, o Banco do Brasil, o Santander e a Caixa Econômica Federal prometem descontos de até 90% sobre os valores em atraso.
A ação, batizada de Semana de Negociação e Orientação Financeira, será realizada até sexta-feira (6). Nas capitais, esses bancos terão agências com horário de funcionamento estendido até as 20h.
A lista pode ser consultada no site criado pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) para promover o programa de negociação, o www.paporetocomfebraban.com.br/negociar. O mutirão foi anunciado pela entidade e pelo Banco Central no dia 21 de novembro.
No Banco do Brasil, poderão participar os clientes pessoa física com operações de crédito vencidas há mais de 30 dias. As condições divulgadas pelo banco incluem desconto no valor do débito, parcelamento em até 120 meses e até 180 dias para iniciar o pagamento renegociado.
Nesta semana, 57 agências em capitais e no Distrito Federal terão o funcionamento estendido para esse atendimento. As operações de negociação poderão ser feitas também pelo site e pelo aplicativo do BB. O banco diz que terá juros menores e redução de até 14% nas taxas.
A Caixa Econômica Federal afirma que as condições para renegociação dependerão do perfil de cada cliente. Para empresas com crédito comercial em atraso, haverá a possibilidade de unificar os contratos e fazer um parcelamento só para todas as dívidas, que ainda poderão ser pagas em até 96 vezes.
O que os bancos prometem
Banco do Brasil
Quem pode participar
Qualquer pessoa física com operação de crédito vencida há mais de 30 dias
Descontos
Até 92% no valor da dívida
Até 14% nos juros dos valores renegociados
Condições de pagamento
Até 120 meses
Carência de até 180 dias
Caixa Econômica Federal
Quem pode participar
Qualquer pessoas física com operação de crédito vencida há mais de 30 dias
Descontos
Até 90% no valor da dívida com mais de um ano de atraso
Taxas a partir de 1,99% para débitos com mais de 90 dias de atraso
Condições de pagamento
Carência de até 30 dia para iniciar o pagamento
Parcelamento da dívida renegociada em até 6 vezes
Outras condições previstas são a realização de uma pausa no pagamento de uma prestação que esteja vencida ou a vencer e a repactuação da dívida, com novo prazo para quitação.
No crédito imobiliário, o mutuário poderá pagar uma entrada sobre o valor que deve e incorporar o restante às demais prestações. Outra opção será pagar a entrada e comprometer-se a fazer os demais pagamentos em dia, pelos três meses seguintes. Depois desse prazo, o saldo devedor será incorporado ao restante do contrato.
Quem tiver até três parcelas do financiamento imobiliário em atraso poderá usar o saldo do FGTS para reduzir em até 80% o valor da prestação, por 12 meses. O funcionamento com horário estendido valerá para um agência em cada capital do país.
No Santander, clientes pessoa física ou jurídica com atrasos de até 60 dias terão reduções de até 20% nas taxas. Os descontos de até 90% do valor da dívidas são previstos para clientes com débitos vencidos há mais de 60 dias.
O que os bancos prometem
Itaú-Unibanco
Quem pode participar
Qualquer pessoas física com operação de crédito vencida há mais de 30 dias
Descontos
Até 90% no valor da dívida com mais de um ano de atraso
Taxas a partir de 1,99% para débitos com mais de 90 dias de atraso
Condições de pagamento
Carência de até 30 dia para iniciar o pagamento
Parcelamento da dívida renegociada em até 6 vezes
Santander
Quem pode participar
Pessoas físicas e jurídicas com dívida em atraso
Descontos
Até 90% no valor da dívida para atraso acima de 60 dias
Até 20% de redução nas taxas para atraso de até 60 dias
O Bradesco vai participar e informou que terá prazos e taxas diferenciadas, de acordo com o perfil dos clientes, mas não divulgou os parâmetros.
O Itaú Unibanco diz que 81 agências ficarão abertas até mais tarde. O banco promete taxas reduzidas, a partir de 1,99%, para cliente com débito vencido há mais de 90 dias. A renegociação feita pessoalmente nas agências pode dar o direito a até 90% de desconto no valor da dívida.
O Banrisul afirma que oferecerá desconto sobre o total da dívida e nos juros.
A semana de renegociação é a primeira medida concreta de um acordo firmado entre o BC e a Febraban para melhorar a educação financeira do país. O projeto tem quatro pilares, que devem ser implementados até maio de 2020.
| Folha de S. Paulo (publicado em 01-12-2019) | | | |
Real foi a 4ª moeda que mais perdeu valor frente ao dólar em novembro
No acumulado no ao dólar já subiu 9,43% frente ao real. Somente em novembro, alta foi de 5,73%. Trump acusou Brasil e Argentina de desvalorizarem 'maciçamente' suas moedas.
O real foi a quarta moeda que mais perdeu valor em relação ao dólar no mês de novembro, segundo levantamento da Austin Rating com o comparativo das variações de 121 moedas no mundo.
O real se desvalorizou 5,2% frente ao dólar em novembro, ficando atrás somente do bolívar soberano, da Venezuela (-36,1%), do kwacha, da Zâmbia (-9,3%), e do peso do Chile (-8,1%).
No acumulado no ano, o Brasil ocupa a 13ª posição no ranking das moedas que mais perderam valor frente ao real. A liderança é da Venezuela (-98,3%), seguida pela Argentina (-37,2%) e Angola (-37%).
O dólar opera em leve queda nesta segunda-feira (2), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusar Brasil e Argentina de desvalorizarem "maciçamente" suas moedas e anunciar que irá restaurar tarifas sobre importações de aço e alumínio do Brasil e da Argentina.
Do início do ano até a última sexta-feira (29), o dólar já subiu 9,43% frente ao real, barateando as exportações brasileiras e aumentando a competitividade dos produtos do país lá fora. Somente em novembro, a alta foi de 5,73%.
Impactos da declaração de Trump
As declarações de Trump fizeram o mercado de câmbio abrir sob pressão nesta segunda-feira, mas ao longo da sessão o dólar mudou de rumo e passou a cair ante o real.
Trump acena a eleitores ao elevar tarifas sobre aço brasileiro, avaliam auxiliares de Bolsonaro
Bolsonaro diz que, 'se for o caso', falará com Trump
Para o economista da Austin Rating, Alex Agostini, entretanto, são diversos os fatores que tem contribuído para a disparada do dólar no Brasil nas últimas semanas.
"A declaração de Trump deixa evidente que ele parece não compreender como funciona o mercado de câmbio global. Ou seja, quais os fatores que influenciam o preço das moedas de forma direta e indireta. Trump, como sempre, tem o foco na sua agenda de reeleição, então adota medidas e faz declarações que são direcionadas à sua base de apoio político, que são os empresários norte americanos", avalia.
O economista afirma que, ainda que Integrantes da equipe econômica do governo brasileiro tenham sinalizado que o novo patamar do dólar veio para ficar, o Banco Central tem reforçado sua operações de intervenção no mercado de câmbio de forma a tentar conter a volatilidade e garantir liquidez.
A alta do dólar tem como pano de fundo principal o movimento de maior saída de dólares do país e a preocupação com a desaceleração da economia mundial e as incertezas em torno das negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos para colocar fim à guerra comercial que se arrasta desde o começo de 2018.
Além disso, também tem pesado no câmbio a maior tensão social na América Latina e a queda dos juros no Brasil e o diferencial em relação aos Estados Unidos, o que também contribui para manter afastado um fluxo maior de capital externo para o mercado brasileiro.
| Tribuna PR (publicado em 30-11-2019) | | | | Moeda americana bateu recordes nominais na semana passada
A afirmação de que a alta do dólar irá impulsionar as exportações e conter as importações, feita pelo ministro Paulo Guedes (Economia) na semana passada, é questionada por especialistas de comércio exterior, empresas e entidades ligadas à indústria.
Após a moeda americana bater recordes nominais consecutivos neste mês, chegando à máxima de R$ 4,2580 na quarta (27), o ministro Guedes, em evento em Washington, afirmou que o país deveria se acostumar com o elevado patamar do câmbio e que, nesse cenário, as indústrias devem vender mais para fora.
"O dólar está alto. Qual o problema? Zero. Nem inflação ele [dólar alto] está causando. Vamos exportar um pouco mais e importar um pouco menos", afirmou.
Dados da balança comercial, do Ministério da Economia, mostram que o Brasil exportou mais no período 2011-2013, quando o câmbio estava mais desfavorável ao exportador –mas a atividade interna e externa era mais intensa– do que nos dois últimos anos.
Nas importações, o nível de atividade econômica e do comércio internacional também influenciou mais os resultados que a cotação do dólar. Os dados mostram que a média diária subiu 30% nos últimos três anos, apesar do dólar 13% mais caro em termos nominais.
Estudo da FEA-USP também mostra que a desvalorização ocorrida desde 2014, quando a moeda era negociada por volta de R$ 2,70, não reduziu as importações de produtos com alto valor tecnológico da indústria, embora tenha contido as compras de insumos para indústrias de baixa tecnologia. Os cálculos foram feitos pelo pesquisador Paulo Morceiro, da Fipe e do Nereus (Núcleo de Economia Regional e Urbana) da FEA-USP.
Na média, a participação dos importados na indústria passou de 16,5% (2003/2004) para 24,4% (2013/2014) e recuou para 22,3% em 2016, principalmente em razão da desaceleração da economia nacional. A parcela dos insumos importados na indústria de alta e média-alta tecnologia avançou de 26,3%, para 38,7% e 41,4%, respectivamente, nesses três períodos.
O pesquisador afirma que houve duas ondas de substituição de produção doméstica por importações, em períodos de câmbio apreciado, nos anos 1990 e no início da década atual, que fizeram com que alguns elos da cadeira produtiva desaparecessem no Brasil. E esses elos não serão recompostos automaticamente só por causa do câmbio.
"Isso foi se perdendo ao longo de vários anos, e a reconstrução não é algo automático. É mais difícil reconstruir hoje do que no passado, pois os países estão investindo caminhões de dinheiro em setores mais sofisticados, e o Brasil ficou parado esse tempo todo. O padrão de competição mudou, e reconstruir vai ser muito mais difícil", diz Morceiro.
"A taxa de câmbio vem se desvalorizando, mas as exportações estão demorando a reagir. A partir do momento em que a economia começar a crescer, aí o câmbio vai começar a jogar favoravelmente."
Para José Augusto de Castro, presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), a tese de o dólar alto impulsionar as exportações é teoricamente compreensível, mas, na prática, ganha outros contornos.
Ele diz que, no caso das commodities, o preço da mercadoria é definido nas Bolsas ou pelo importador internacional, então o valor dos produtos independe da taxa de câmbio.
"Você vai aumentar o ganho das empresas que exportam commodities. Mas é a rentabilidade da operação, não é a exportação que vai crescer, porque a competitividade do produto não se altera."
A valorização do dólar, então, afetaria mais a competitividade dos manufaturados do país. Castro ponderou, porém, que tais mercadorias têm a Argentina como um de seus principais destinos. "Só que a Argentina está em crise. Então não adianta eu colocar um preço melhor porque eles não vão comprar", diz.
Sandra Rios, diretora do Cindes (Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento), lembra que hoje o mundo vive uma queda no comércio internacional por causa do conflito EUA x China, e isso impacta o Brasil também.
"A demanda externa é um fator que dificulta muito o crescimento de exportações por aqui. Minha impressão é que esse é o fator determinante neste momento [para destravar as vendas para fora]."
Ela diz ainda que uma estabilidade na moeda americana aqui no Brasil, mesmo alta, seria fundamental para que o exportador consiga ter previsibilidade.
O presidente da Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados), Haroldo Ferreira, corrobora a tese da previsibilidade do câmbio. "Se o dólar ficasse em R$ 4 ou R$ 4,20 e não alterasse muito, tudo bem. O problema é fechar um negócio com o dólar agora e depois ele estar R$ 3,80."
Ele diz também que o setor calçadista usa de 20% a 25% de insumos importados, e, com o dólar mais caro, o preço dos produtos que usam materiais provenientes de outros países pode subir, impactando assim as exportações.
No caso da indústria elétrica e eletrônica, o presidente da Abinee (associação do setor), Humberto Barbato, diz que o segmento importa muitos produtos que não têm produção local e não podem ser substituídos por similares nacionais. Sobre as vendas externas, ele diz que o novo patamar de câmbio contribui para aumentar o nível de exportação.
“O produto brasileiro vai se tornando mais barato do que no exterior. Então a tendência é um crescimento das exportações. Como esses contratos são mais de longo prazo, isso depende muito de oportunidades”, afirma Barbato, ressaltando também a necessidade de um câmbio mais estável.
O gerente-executivo de Política Econômica da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Flávio Castelo Branco, afirma que a consolidação do câmbio nesse novo patamar pode contribuir para a recuperação da economia em 2020 e, no médio prazo, ajudar o setor industrial a elevar exportações e substituir importações.
“Teremos uma melhoria da competitividade dos produtos brasileiros. Para os exportadores, vai permitir ganhos melhores e incentivar o aumento da produção para exportação. Para a indústria que utiliza insumos importados, pode gerar alguma pressão de custo, mas, a médio prazo, isso pode reverter em substituição por produção doméstica”, diz Castelo Branco.
Para a CNI, o câmbio está se ajustando a uma nova realidade de taxas de juros mais baixas e mudanças no cenário internacional, de menor liquidez, em um ambiente de inflação sob controle e alguma melhora nas contas públicas no Brasil.
“Isso não se constitui um problema para a economia brasileira. Esse choque cambial deve ser absorvido sem causar estresse na economia. Um cenário de estabilidade macroeconômica e com avanço das reformas pode potencializar os efeitos dessa mudança de preços relativos dos produtos brasileiros em relação aos internacionais. Isso poderia ser uma alavanca para o crescimento em 2020”, diz Castelo Branco.
| Folha de S. Paulo (publicado em 01-12-2019) | | | | O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,49% em novembro após variação de 0,25% na terceira quadrissemana do mês e retração de 0,09% em outubro. Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,31% no ano e de 3,61% nos 12 meses encerrados em novembro. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 2, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O resultado ficou acima do teto do intervalo das expectativas apuradas pelo Projeções Broadcast, que iam de alta de 0,31% a 0,44%. A mediana indicava avanço de 0,42% para o indicador.
Na margem, seis das oito classes de despesa do índice registraram avanço nas suas taxas de variação. Puxado pela aceleração de carnes bovinas (4,37% para 8,00%), o grupo Alimentação foi o que mais contribuiu para a alta do IPC-S, com taxa de 0,42% ante 0,06% da divulgação anterior.
Também registraram alta nas taxas de variação Habitação (0,23% para 0,50%), com o aumento da tarifa de eletricidade residencial (0,88% para 2,52%); Despesas Diversas (1,98% para 3,14%), puxadas por jogo lotérico (15,26% para 26,16%); Educação, Leitura e Recreação (0,29% para 0,59%), com influência de passagem aérea (5,42% para 12,35%); Transportes (0,23% para 0,33%), com contribuição da alta de gasolina (0,66% para 0,99%); e Comunicação (0,01% para 0,14%), puxada por pacotes de telefonia fixa e internet (0,09% para 0,56%).
Por outro lado, o grupo Vestuário apresentou desaceleração na taxa (0,30% para 0,26%), pela deflação de acessórios do vestuário (0,01% para -0,16%). Já Saúde e Cuidados Pessoais repetiu a taxa registrada na última apuração (0,26%), com influência para cima de produtos farmacêuticos (-0,06% para 0,09%) e pressão para baixo de aparelhos médico-odontológicos (0,15% para -0,40%).
Influências individuais
Além de jogo lotérico, tarifa de eletricidade residencial, passagem aérea e gasolina, contribuiu para a alta do índice o avanço do preço da alcatra, que passou de variação de 7,35% na terceira quadrissemana do mês para 11,81% nesta divulgação.
Por outro lado, pressionaram o IPC-S de novembro para baixo a batata-inglesa (-10,51% para -13,80%), tomate (-13,86% para -11,74%), cebola (-19,11% para -16,56%), leite tipo longa vida (-2,41% para -2,40%) e massas preparadas e congeladas (-1,96% para -2,81%).
| Bem Paraná | | | | Varejo arrecadou 20% a mais do que em 2018; valor médio por compra não subiu
O faturamento do varejo online brasileiro ficou em R$ 3,2 bilhões na edição de 2019 da Black Friday, segundo a Ebit|Nielsen, empresa de pesquisa de mercado e monitoramento de dados. Os valores consideram as compras fechadas na quinta (29) e na sexta-feira (30).
Em 2018, as lojas online venderam R$ 2,6 bilhões. Descontada a inflação de 2,54% até outubro, o aumento foi de 20%. O valor médio das compras, no entanto, caiu de R$ 608 para R$ 602.
No dois dias considerados no monitoramento da Ebit|Nielsen foram registrados 5,33 milhões de pedidos; em 2018, foram 4,27 milhões, uma alta de 25%.
Para Ana Szasz, da Ebit|Nielsen, os números deste ano demonstram que a data entrou no calendário de comrpas do brasieiro. “Nesta edição, vemos que as pessoas compraram diferentes tipos de produtos, ou seja, a alta não foi puxada apenas pelos mais caros”, diz, em nota.
O monitoramento aponta também para uma alta significativa nas compras fechadas por dispositivos móveis. Nos dois dias de acompanhamento, 55% das compras feitas no comércio eletrônico foram fechadas a partir de celulares.
Na comparação com o ano passado, a alta foi de 103%. O faturamento do varejo com as compras feitas por meio dos celulares dobrou e chegou a R$ 1,7 bilhão. Em 2018 foram R$ 830 milhões. O valor médio por compra não variou tanto e saiu de R$ 552 para R$ 574.
Ana Szasz diz que a edição de 2019 da Black Friday consolidou as compras por meio dos smartphones. Ela afirma que “garantir uma boa experiência mobile foi o diferencial para bons resultados.”
Na campanha deste ano, 418 mil consumidores fizeram a primeira compra pela internet, 12% a mais do que em 2018. Ao todo, 2,85 milhões de brasileiros compraram nesta Black Friday, uma aumento de 18% ante à edição anterior.
Segundo a Ebit|Nielsen, o Instagram tomou a dianteira, neste ano, como um dos motivadores para compras durante a Black Friday, ultrapassando o Facebook.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 01-12-2019) | | | | Custo para investir em elétricos e pressão por queda nas vendas e nos lucros afetam Mercedes, Audi e Continental
A Daimler anunciou que cortará mais de 10 mil postos de trabalho nos próximos dois anos. A controladora da Mercedes-Benz ampliou uma série de cortes devastadores de pessoal por empresas de todo o setor automobilístico da Alemanha.
O custo de investir em veículos elétricos e a pressão causada pela queda de vendas e de lucros estão estimulando uma reforma severa de todo o setor, com 50 mil perdas de empregos anunciadas até agora neste ano.
As companhias alemãs foram as mais atingidas, com a fabricante de autopeças Continental anunciando em setembro que havia 20 mil empregos em risco em suas unidades, e a Audi anunciando 10 mil cortes nesta semana.
Na Daimler, Wilfried Porth, conselheiro que responde pelos recursos humanos, anunciou que os cortes de empregos ficariam na “casa baixa dos cinco dígitos”, mas se recusou a revelar uma estimativa precisa.
“A indústria automobilística está passando pela maior transformação de sua história”, a companhia declarou.
A Daimler já havia anunciado a demissão de um décimo de seus executivos, como parte de seu esforço para economizar € 1,4 bilhão em custos de pessoal, mas agora demitirá também “milhares” de empregados adicionais da área administrativa, o que elevará o total internacional de demissões pela empresa a mais de 10 mil.
Com a desaceleração sofrida pelo setor automobilístico, que é a parte dominante da economia alemã, Berlim anunciou nesta sexta-feira (29) uma nova estratégia industrial que inclui medidas de proteção contra tomadas de controle de tecnologias cruciais por companhias estrangeiras.
A decisão foi criticada pela VDA, a organização setorial da indústria automobilística alemã, que advertiu que isso “restringiria a atividade industrial”.
A VDA havia advertido anteriormente que 70 mil empregos estariam em risco no país nos próximos anos, um período em que as empresas estarão lidando com as consequências de seu abandono gradual da produção de carros com motores de combustão interna.
A PSA, da França, e a Fiat Chrysler vão se fundir para ajudar a ampliar seu investimento em veículos elétricos, enquanto a Volkswagen e a Ford combinaram alguns de seus recursos de desenvolvimento.
A Daimler disse em novembro que apresentaria lucros significativamente baixos pelos próximos dois anos, mencionando a dupla ameaça da saída britânica da União Europeia e das tarifas, bem como a luta por produzir quantidade suficiente de carros acionados por baterias para cumprir as metas de emissão de poluentes que entrarão em vigor em breve na União Europeia.
Se a Daimler não conseguir atingir uma média de emissões de cerca de 100 gramas de dióxido de carbono por quilômetro rodado, em 2021, pode encarar multas de mais de €1 bilhão impostas por Bruxelas.
Trabalhadores de linha de montagem não foram incluídos nos mais recentes cortes. A Daimler havia chegado anteriormente a um acordo com os representantes dos trabalhadores, que negociam em nome do pessoal operacional da companhia na Alemanha, para garantir os operários contra demissão compulsória até o final de 2029.
Só na marca Mercedes, o custo de pessoal chega a € 13 bilhões anuais.
O presidente-executivo Ola Kalenius expressou frustração com a “inércia” dos custos de pessoal, mencionando a dificuldade de lidar com as severas leis trabalhistas. “É [a área de gastos] que requer mais trabalho, especialmente na Alemanha”, disse.
A Daimler anunciou que reduziria seu quadro de pessoal “de maneira socialmente responsável” e usaria “o atrito natural para eliminar os postos de trabalho que não estiverem ocupados”.
A montadora de automóveis, que tem 140 mil empregados diretos na Alemanha, acrescentou que pacotes de incentivo a desligamentos voluntários também seriam oferecidos a trabalhadores perto da idade de aposentadoria.
| Folha de S. Paulo (publicado em 30-11-2019) | | | | Na última quarta-feira (27), a GM inaugurou oficialmente a linha de montagem do novo Onix na fábrica de Gravataí (RS). A unidade - que está completando 19 anos de operação e já produziu quase 4 milhões de veículos - recebeu investimento de R$ 1,4 bilhão ao longo dos últimos dois anos para passar a produzir o novo Onix (hatch) e o Onix Plus.
Desde a sua inauguração, em 2000, a fábrica gaúcha passou por três grandes ampliações. A primeira em 2006, quando teve inicio a fabricação do Celta e a capacidade de produção foi elevada para 230 mil veículos/ano.
A segunda, em 2010, com a entrada em linha do Prisma, e a capacidade foi ampliada para 350 mil veículos/ano. “Esta é a terceira grande expansão nestes 19 anos de funcionamento sempre incorporando os mais avançados processos de produção existentes a fim de atender as necessidades técnicas da nova linha de produtos”, comentou Marcos Munhoz, vice-presidente da GM América do Sul.
Equipada com novos robôs - que agora já são mais de 700 -, novo prédio de injeção de polímeros, com quatro novas máquinas de injeção de para-choques, e vários recursos de Indústria 4.0, IoT e Realidade Aumentada, a fábrica irá ampliar a cadência de produção, de 63 para 66 veículos por hora, a partir do início de 2020.
Segundo Luis Mesa, diretor do Complexo Industrial Automotivo da GM de Gravataí, muitos processos da fábrica foram digitalizados, como as simulações de volume de produção da linha, que buscam os melhores meios de transporte e de movimentação das peças.
Foram instalados softwares de controle de produção que programam o mix de modelos diretamente para a linha de produção, o que traz agilidade e reduz a necessidade de grande volume de estoque. Outro software integra os sistemas que controlam os parâmetros de produção de acordo com os sistemas de qualidade, garantindo que cada parafuso tenha o torque exato, por exemplo.
Os novos robôs trabalham sincronizados, com sistemas de visão que realizam autocorreções automáticas, dentro do conceito de manufatura 4.0. Integrados com sensores a laser, os robôs realizam verificações dimensionais online dos carros produzidos. A velocidade de processamento de dados e conectividade dos robôs com os demais equipamentos foi otimizada por meio de sistemas de comunicação Ethernet IP.
De acordo com a montadora, a IoT - Internet das Coisas invadiu a linha de montagem, que agora está equipada com sensores, sinalizadores, equipamentos e sistemas que se comunicam através de rede Wi-Fi. Além disso, são utilizados sistemas de movimentação autônoma - os AGCs (Automatic Guided Cart ou carrinhos automáticos guiados), que servem para o transporte interno de componentes. Além disso, grande parte das peças possuem rastreabilidade por meio de sistema de RFID (sistema de identificação por rádio frequência).
Também são utilizadas ferramentas auxiliares de montagem especiais e proteção de segurança de equipamentos rotativos que foram desenvolvidas via software e transferidas por rede diretamente às máquinas CNC para produção.
“Realizamos o escaneamento 3D de peças que geram comparações com os modelos matemáticos a fim de garantir qualidade em escala milimétrica”, destaca Luis Mesa. Além do escaneamento, o levantamento do volume de área produtiva também utiliza máquinas 3D de última geração para vislumbrar possíveis interferências estruturais no processo.
O uso da realidade aumentada (VR) também chegou ao chão de fábrica. Com óculos de realidade virtual, os operadores treinaram o processo de montagem do Novo Onix mesmo antes de a primeira carroceria do modelo existir.
Usando a mesma tecnologia, a fábrica se utiliza de drones para manutenção preventiva de telhados, calhas, chaminés e para verificação de pontos de difícil acesso, como em pontes rolantes. “Como a nossa prioridade é buscar sempre a maior segurança das nossas pessoas, a robotização torna-se essencial nestes casos. Além disso, ela é capaz de realizar as tarefas com precisão em menor tempo”, comenta o diretor da fábrica.
Ao longo deste ano, foram contratados mais 500 funcionários para trabalhar na nova linha, além de outros 1.500 na cadeia de fornecedores. O número de fornecedores também foi ampliada, com a incorporação de sete novos sistemistas - cinco instalados no complexo e dois fora. A área construída do Compelxo Industrial de Gravataí foi ampliada de 154 mil m² para 161 mil m².
| Usinagem Brasil ( publicado em 01-12-2019) | | | | Sétima edição do Supplier Quality Excellence Award aumenta em 400% número de empresas premiadas
Na sétima edição do Supplier Quality Excellence Award, a General Motors América do Sul premiou esta semana a qualidade de 62 fornecedores instalados em 68 fábricas na região.
Segundo a montadora, houve avanço significativo na consistência de sua cadeia de suprimentos, com crescimento de 400% no número de empresas premiadas na comparação a primeira edição do reconhecimento, que começou a ser apurado em 2012. Do total de 392 fornecedores das operações sul-americanas da GM (310 deles no Brasil), 76 ou 20% deles já foram reconhecidos, e 50% dos premiados em 2018 receberam novamente o prêmio este ano.
Este ano 17 empresas fornecedoras receberam o prêmio da GM pela primeira vez, nove pela segunda vez, oito pela terceira, 13 pela quarta, cinco pela quinta e dois pela sexta. Cinco fornecedores tiveram mais de uma planta premiada: duas da Autoneun, duas da Basf, duas da Freudenberg, duas da IPA e três da Mahle. Foi concedido reconhecimento especial para Aisin, Casco e NGK, pela consistência apresentada em todas as sete edições da premiação.
Para premiar seus fornecedores, segundo a GM, são adotados 13 critérios, com medições específicas de metas internas feitas no ano anterior ao da premiação, que abrangem aspectos relacionados à conformidade dos componentes fornecidos, performance no sistema de gestão da qualidade e a eficiência na entrega.
OS PREMIADOS
Clique no Link e veja a lista de todas as empresas premiadas na sétima edição do GM Supplier Quality Excellence Award
| Automotive Business (publicado em 29-11-2019) | | | | No segundo semestre empresa fornecerá turbinas para motores 1.0 e 1.3 bicombustíveis. Também começa a fornecer motor de partida para start-stop
A BorgWarner confirmou que a partir do segundo semestre de 2020 sua linha de produção de turbos para veículos leves flex em Itatiba (SP) vai ganhar um segundo cliente no Brasil. Atualmente a fábrica só fornece turbinas de motores Otto para uma montadora no País, a Volkswagen, que usa o componente nos motores EA 211 1.0 e 1.4 TSI produzidos em São Carlos (SP) e usados no Up!, Polo, Virtus, T-Cross e Golf.
Vitor Maiellaro, diretor geral da operação, informou que fechou as negociações esta semana com o segundo cliente. Ele não revela qual fabricante usará o turbocompressor feito em Itatiba, mas adiantou que eles serão usados em motores flex 1.0 e 1.3 – é provável, portanto, que seja a FCA (Fiat Chrysler Automobiles) que em maio deste ano anunciou investimento de R$ 500 milhões para produzir em Betim (MG) os motores turbinados GSE (de Global Small Engine) T3 e T4 flex, baseados nos propulsores 1.0 e 1.3 Firefly já produzidos na unidade. Caso seja este mesmo o novo cliente, a BorgWarner tem potencial para duplicar e triplicar a produção de turbos no País, já que a FCA fará do Brasil uma base exportadora desses motores e já contratou a compra de 400 mil unidades para fábricas do grupo na Europa até 2022.
Até 2014 a BorgWarner só produzia aqui turbos para veículos comerciais a diesel, com volumes bem menores. Com os lançamentos nos últimos dois anos de versões turbinadas em boa parte da linha Volkswagen produzida no Brasil, a BorgWarner vem elevando consistentemente a produção de turbinas para veículos leves na fábrica de Itatiba. Esperava-se que esse movimento acontecesse alguns anos antes, mas com a crise econômica muitos projetos foram adiados – caso dos motores turbinados da FCA – e só agora começam a ser retomados.
Principal concorrente da BorgWarner, a Garrett também começou a fornecer turbos para veículos leves otto no Brasil, para a fábrica de motores da GM em Joinville (SC), que este ano iniciou a produção de versão turbinada do motor tricilíndrico 1.0 do novo Onix e sua derivação sedã Onix Plus – e que em 2020 também terá também terá uma versão de 1,2 litro. Contudo, este turbocompressor ainda é importado e a Garrett espera iniciar a fabricação nacional no segundo semestre de 2020.
O potencial é grande. Estimativas apontam que serão vendidos por ano no Brasil mais de 1 milhão de carros equipados com motores turbinados a partir da metade da década que está prestes a começar. No mundo todo esta já é uma tendência tecnológica importante usada para reduzir consumo de combustível e emissões. Em 2017 os turbos já estavam presentes em 43% dos veículos leves vendidos globalmente naquele ano e a expectativa é que este porcentual cresça para 59% em 2027.
MOTOR DE PARTIDA START-STOP
Outra novidade confirmada da BorgWarner no segundo semestre do ano que vem é a produção nacional, em Brusque (SC), de motores de partida para carros equipados com sistema start-stop, que desliga o motor do veículo nas paradas do trânsito para economizar combustível. Sem revelar nomes, Adson Silva, diretor geral da divisão PowerDrive Systems no Brasil, afirma que duas grandes montadoras no País vão usar o componente em carros 1.0 e 1.3 – ao que tudo indica, a FCA pode ser um desses clientes.
Com potencial de economizar de 10% a 15% de combustível no ambiente do para-e-anda do trânsito das grandes cidades, o sistema start-stop é outra tendência global que está chegando ao Brasil, favorecido pela metas de eficiência energética adotadas pelo País. “Em 2017 42% dos veículos vendidos no mundo já tinham start-stop e a estimativa é que em 2027 esse porcentual salte para 65%”, destaca Adson Silva.
| Automotive Business (publicado em 29-11-2019) | | | | Augusto Ribeiro Junior e Elcio Mitsuhiro assumem novos cargos na companhia
A Iochpe-Maxion, fabricante de rodas automotivas, anuncia mudanças em sua diretoria no Brasil com a nomeação de Augusto Ribeiro Junior como novo CEO para a divisão Structural Components, dedicada à produção de longarinas, travessas e chassis montados para veículos comerciais e conjuntos estruturais para veículos leves.
Antes de sua nomeação, ele ocupava o cargo de diretor financeiro e de relações com investidores desde junho de 2016.
Para assumir seu lugar na área financeira, a empresa contratou Elcio Mitsuhiro: com mais de 20 anos de experiência nos setores automotivo, financeiro e alimentício, o executivo ingressa na empresa após desenvolver a função de diretor vice-presidente de finanças e de relação com investidores na BRF.
| Automotive Business (publicado em 29-11-2019) | | | | Modelo vence edição 2019 do prêmio Maior Valor de Revenda, da Agência AutoInforme
O Toyota Yaris é o carro com a menor depreciação do mercado brasileiro ao alcançar índice de 7,1% com um ano de uso de acordo com levantamento anual da Agência AutoInforme, que realizou a 6ª edição do prêmio Maior Valor de Revenda - Autos, na sexta-feira, 29.
Nesta edição a premiação contou com 17 categorias e avaliou os 107 veículos zero quilômetro mais vendidos de 24 marcas (confira a lista completa no fim do texto).
O Toyota Yaris concorreu na categoria hatch compacto e ficou à frente de Chevrolet Onix (7,9%) e Hyundai HB20 (8,7%). Além de revelar o vencedor geral, a categoria hatch compacto também registrou os veículos com os menores índices de depreciação deste ano.
“O Selo Maior Valor de Revenda já está consolidado no mercado e vem sendo utilizado pelas empresas em suas campanhas de produto”, afirma o editor da Agência AutoInforme, Joel Leite. “Que essa iniciativa possa contribuir para o engradecimento do mercado”, completa.
Joel Leite aponta que a perda do valor dos carros não é pequena. “Poucos foram aqueles veículos que alcançaram um índice de depreciação abaixo de 10%: apenas 32 modelos de 14 marcas ficaram com índice abaixo disso e estamos falando de um universo de 720 carros”. Ele lembra que o recorde foi alcançado pelo Honda HR-V na edição de 2016, quando o modelo perdeu apenas 4,5% de seu valor após um ano de uso.
Entre os modelos premiados neste ano que alcançaram índice de depreciação abaixo de 10% estão os Volkswagen Tiguan, Saveiro e Up!, Renault Kwid, os Chevrolet Cobalt, Prisma e Equinox, Jeep Compass, Hyundai HB20S e Creta, Fiat GranSiena, Honda City, Volkswagen Virtus e os Toyota Corolla, Hilux e SW4.
Com relação a todos os 17 premiados desta edição, seis deles melhoraram suas posições com relação ao índice alcançado na pesquisa anterior (2018): todos os Toyota - Prius, Corolla, Hilux e SW4 - Volkswagen Saveiro, e Chevrolet Prisma.
CRITÉRIOS
A pesquisa considera a comparação feita entre o preço real do veículo novo praticado no mercado e o preço do mesmo carro após um ano de uso. Neste caso, o estudo não utiliza o preço de tabela. Como parâmetro, foram considerados os preços de cada modelo em agosto de 2018 (novo) e em agosto de 2019 (usado).
Segundo Joel Leite, o estudo avalia ainda diversas ocorrências do mercado durante a cotação, como a disponibilidade do produto, os bônus (descontos e promoções) concedidos pelas fábricas e repassados ao consumidor, entre outros fatores, a fim de eliminar as distorções de preços provocadas por tais ações. Como regra da pesquisa, foram eliminados os carros que tiveram modificações consideráveis nos últimos doze meses e também aqueles que não atingiram o volume mínimo de 1 mil unidades vendidas no período de captação dos preços.
Neste ano, a categoria sedã grande foi extinta pela baixa representatividade nas vendas.
VENCEDORES
Confira neste link a lista dos carros que receberam o selo Maior Valor de Revenda da AutoInforme nas 17 categorias de 2019
| Automotive Business (publicado em 29-11-2019) | | | | Entrega será em comodato: uma para uso do governador e três a serem compartilhadas entre secretários
Na tomada Gilvan Máximo, secretário de Tecnologia do Distrito Federal, espera receber neste mês quatro veículos elétricos da BMW em comodato: um para uso do governador e três para serem compartilhados entre os secretários.
Teste A BMW confirma a intenção de fazer convênio com a ABDI (agência de desenvolvimento industrial), mas diz que os detalhes ainda estão em estudo. Em outubro, a agência lançou um projeto piloto de compartilhamento de 16 automóveis elétricos da Renault para servidores do DF.
Bateria O deputado Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF) quer criar uma frente parlamentar para propor incentivos do governo ao mercado de carros elétricos no Brasil. Segundo ele, a coleta das assinaturas necessárias começa nesta segunda-feira (2).
| Folha de S. Paulo (publicado em 01-12-2019) | | | | Montadoras também desenvolvem tecnologias de aperfeiçoamento dos motores atuais e dos próprios veículos para cumprirem o novo limite de eficiência energética. Além disso, estão trazendo ao País carros híbridos e elétricos que ajudarão no cumprimento das metas. Eles têm pontuação maior que os modelos a combustão, embora seja necessário volume significativo de venda para obter bons resultados.
O diretor de Assuntos Governamentais da Volkswagen, Antonio Megale, diz que a empresa avalia qual a melhor tecnologia vai se encaixar em cada um dos modelos da marca. Uma delas é o sistema de indicação de troca de marcha. Outra é um equipamento que mede automaticamente a pressão dos pneus, alertando sobre a necessidade de calibrar. "Quando o carro roda com pneu vazio ou com a marcha errada consome mais combustível", justifica.
Na opinião de Henry Joseph Junior, diretor técnico da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as montadoras já tiveram "trabalho puxado" para atender às normas do Inovar-Auto, que exigia redução de 12% no consumo de combustíveis. O novo corte de 11% vai vigorar de 2022 a 2025. A partir daí, as regras serão ainda mais rígidas em razão de normas sobre limite de poluentes determinadas pelo Proconve.
Joseph cita exemplos de medidas a serem adotadas, a maioria delas extensão do que já foi aplicado para o Inovar-Auto, como motores mais eficientes. Várias fabricantes passaram a equipar veículos com propulsores de 3 cilindros e agora vão estender o equipamento para toda a gama de produtos.
Outras ações que estão em curso são a retirada de linha de modelos obsoletos, redução do peso dos veículos, mudança na aerodinâmica, uso de plataforma (base) de produção mais moderna, instalação de start-stop e ter um mix balanceado, com modelos de maior porte (mais pesados) e pequenos (mais leves). A injeção direta, que hoje equipa entre 10% e 15% dos carros, deve estar em 40% deles em 2025, prevê Botelho.
A medição da eficiência leva em conta o desempenho médio de todos os veículos vendidos pela marca, mas o corte do IPI só vai valer para o modelo que ultrapassar a meta. "As empresas terão de ser rápidas nas decisões pois, se dormir, não vai dar tempo de reagir", diz Joseph.
Megale ressalta que a estratégia da Volkswagen inclui a venda do Golf GTE híbrido plug in. O modelo tem um motor a combustão e outro elétrico que pode ser carregado na tomada e custa R$ 200 mil. "Essa é a primeira de uma grande ofensiva que faremos para a eletrificação de nossos produtos."
Segundo ele, por enquanto não há plano de produção local de veículos híbridos. "À medida que as vendas aumentarem e os custos de produção baixarem fará sentido produzir inicialmente CKDs (kits desmontados) e depois o carro completo."
A Volkswagen superou a meta do Inovar-Auto e obteve redução de 1 ponto porcentual no IPI. O objetivo agora é superar também as exigências do Rota 2030 em eficiência e segurança e obter 2 pp de desconto.
A Honda trará ao Brasil no próximo ano o Accord, primeiro de três híbridos prometidos até 2023. Para carros a combustão, a marca tem adotado soluções como turbo e injeção direta de maior performance, transmissão do tipo CVT - que reduz o consumo e melhora o desempenho - e carrocerias mais leves com aços de alta resistência.
A BMW já oferece cinco modelos elétricos e híbridos que, juntos, venderam 300 unidades entre 2014 e 2018. Neste ano, deve superar esse volume "e a tendência é de crescer cada vez mais pois seremos muito agressivos em 2020", diz a diretora de Relações Governamentais, Gleide Souza. Segundo ela, no momento não há plano de produção local, mas ressalta que a fábrica de Araquari (SC) é flexível - ou seja, poderá produzir no futuro.
Nos cinco carros a combustão fabricados no País, a BMW colocou motores mais eficientes, novas tecnologias e materiais mais leves para atender normas do Inovar-Auto. Parte das inovações será estendida para contemplar o Rota. "Com o mix de produtos que temos não vislumbro nenhum problema para atender às metas", diz Gleide.
Apenas Ford e General Motors conseguiram 2 pp de corte no IPI por superarem a meta do Inovar-Auto, mas as duas marcas não comentaram o que estão desenvolvendo para cumprir o Rota alegando tratar-se de "questão estratégica".
| Bem Paraná | | | | Está em curso mais uma investida por parte da indústria automobilística para manter o etanol no foco como combustível alternativo até que veículos elétricos se tornem viáveis economicamente no Brasil, o que só deve ocorrer no longo prazo.
O País é o único fabricante de carros que rodam com etanol e as montadoras, junto com produtores do combustível, apostam na ampliação do seu uso e até mesmo que o produto terá papel importante nos automóveis do futuro.
O grupo FCA (dono da Fiat e da Jeep) trabalha no desenvolvimento de tecnologia inédita para motores só a etanol, mais eficiente que o antigo carro a álcool - que tinha como base motores a gasolina -, e do que os atuais flex quando abastecidos com o combustível da cana. Para o futuro um pouco mais distante, a Nissan desenvolve tecnologia para usar bioetanol em veículos movidos à célula de combustível.
Já a Toyota colocou nas ruas em setembro o Corolla híbrido flex, que tem como opção o uso do álcool para o motor a combustão operar em conjunto com a bateria elétrica. O modelo produzido em Indaiatuba (SP) custa a partir de R$ 125 mil e atualmente tem fila de espera de cerca de três meses.
Parte desses projetos tem no horizonte o atendimento às metas de melhora da eficiência energética dos veículos estabelecida pelo programa automotivo Rota 2030.
A partir de 2022, os novos automóveis produzidos no País ou importados terão de consumir 11% menos combustível que os atuais, o que diminuirá também as emissões de poluentes na atmosfera.
No programa anterior, o Inovar-Auto, as empresas cumpriram exigência de melhora de 12% em relação aos carros que circulavam no mercado em 2012. Essa norma ainda vai valer para os próximos dois anos.
A corrida é acirrada, pois quem não cumprir a meta terá de pagar multa a ser depositada em um fundo governamental para programas de modernização do setor de autopeças.
Já quem superar o limite estabelecido de 11% terá desconto de 1 a 2 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), benefício similar ao do programa anterior. Conseguiram o bônus extra para ser aplicado neste ano pelo Inovar-Auto a Ford e a General Motors (2 pp), Audi, Honda, Mercedes-Benz, Nissan, PSA, Renault, Toyota e Volkswagen (1 pp).
Diferença
Com o novo motor, o plano da FCA - que atendeu a meta dos 12% do Inovar-Auto - é reduzir a diferença de consumo do etanol, hoje 30% maior que o da gasolina. Chamado de E4, o motor turbo é um projeto da engenharia brasileira e deve ficar pronto em dois anos. A Fiat foi a primeira marca a lançar no País o carro a álcool no início dos anos 1980, um Fiat 147.
Trabalho semelhante está em estudo pela fabricante de autopeças Bosch. "Cabe a nós (setor automotivo) continuar trabalhando na evolução do etanol", diz Besaliel Botelho, presidente da Bosch América Latina.
O diretor de Assuntos Regulatórios e Compliance da FCA, João Irineu Medeiros, explica que o etanol é um combustível altamente renovável quando se considera o ciclo desde o cultivo da cana até o que sai do escapamento do carro.
"Trabalhamos num modelo conceitual que reduzirá substancialmente a diferença entre o uso do etanol e o da gasolina", diz Medeiros. "Essa tecnologia é patente nossa e não existe no mercado hoje."
O grupo também vai começar a produzir na fábrica de Betim (MG), no fim do próximo ano, uma nova família de motores turbo que vai equipar utilitários-esportivos e picapes produzidos pela Jeep na unidade de Goiana (PE). "Esses motores permitirão ganho significativo de eficiência que, somados a novos sistemas eletrônicos, pneus e aerodinâmica vão nos ajudar a atender as normas do Rota 2030", informa Medeiros.
Edson Orikassa, gerente de assuntos governamentais e regulamentação veicular da Toyota, prevê que o Corolla híbrido flex deve ultrapassar o mínimo de redução de consumo exigido na primeira fase do Rota (que vai até 2025), e usufruir do crédito de 2 pp de IPI. No Inovar-Auto a empresa obteve desconto de 1 pp.
Segundo Orikassa, "até 2025 teremos globalmente pelo menos uma versão híbrida de cada produto da marca e a tendência é de que também cheguem ao Brasil em algum momento".
Parceria
Na semana passada, a Nissan assinou acordo de parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), da USP, para acelerar o projeto que usa bioetanol em veículos movidos a célula de combustível. Em teste pela empresa desde 2016, a solução substituirá o hidrogênio pelo etanol, eliminando a necessidade de infraestrutura de abastecimento de hidrogênio e até mesmo os riscos de se transportarem cilindros com o composto químico. De acordo com a Nissan, a tecnologia permitirá uma autonomia de mais de 600 km ao veículo com apenas 30 litros de etanol, além de não emitir nenhum poluente na atmosfera.
Ela está prevista para ser testada em automóveis em até cinco anos e dará à Nissan vantagem extra na medição da eficiência energética de seus veículos. Até lá, a montadora pretende ampliar as vendas do elétrico Leaf, lançado oficialmente no País em julho e hoje comercializado a R$ 195 mil.
Cada carro elétrico tem o fator da medição de eficiência multiplicado por quatro e, o híbrido, por três. "Também estamos trabalhando no desenvolvimento de novas tecnologias relacionadas à combustão para aumentar a eficiência dos carros", informa a Nissan.
Nova tecnologia
Fabricantes de caminhões e ônibus também precisam atender metas de redução de consumo e emissões e trabalham em várias frentes. Uma das novidades apresentadas recentemente foi o caminhão sem retrovisor da Mercedes-Benz.
No lugar dos espelhos, duas telas de LCD e câmaras de alta definição são instaladas dentro do veículo e permitem um campo de alcance de até 200 metros. O sistema também tem alerta de pedestre e reduz o consumo de combustível em 0,5% a 1% por melhorar a aerodinâmica ao eliminar os grandes espelhos das laterais.
No Brasil há 30 anos, a Pósitron vai oferecer essa tecnologia, chamada de Mirror Eye, para montadoras e o mercado de reposição a partir de 2020. "Inicialmente será importada da Europa, mas, como temos fábrica em Manaus, a tendência é de que seja produzida localmente", diz Obson Cardoso, diretor de operações da empresa.
| Bem Paraná | | | | O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 2, que, "se for o caso", conversará com o presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o anúncio feito pelo norte-americano, de aumentar tarifas sobre aço e alumínio de Brasil e Argentina como forma de compensar a desvalorização da moeda destes países. A medida foi anunciada mais cedo por Trump no Twitter.
"Vou conversar com Paulo Guedes. Se for o caso ligo para o Trump. Tenho um canal aberto com ele", disse Bolsonaro. "Converso com Paulo Guedes e depois dou a resposta. Para não ter de recuar, tá ok?", completou Bolsonaro.
A proximidade com Trump é frequentemente apontada pelo governo brasileiro como uma conquista da gestão Bolsonaro.
Em uma publicação no Twitter, no entanto, o presidente Trump afirmou que Brasil e Argentina têm desvalorizado as próprias moedas e, por conta disso, anunciou que vai retomar tarifas sobre aço e alumínio provenientes dos dois países da América do Sul.
"A desvalorização não é boa para os nossos fazendeiros", disse o chefe da Casa Branca, acrescentando que o que vem acontecendo com as moedas locais frente ao dólar causa dificuldades para as exportações americanas. "O Fed (Federal Reserve, o banco central americano) precisa agir para que países não tirem vantagem de nosso dólar forte", completou.
| Bem Paraná | | | | Sobretaxa sobre produtos foi adotada no ano passado em meio à guerra comercial com a China, mas Brasil e Argentina tiveram 'alívio' da cobrança em agosto.
Donald Trump anuncia retomada de tarifa sobre aço e alumínio do Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou nesta segunda-feira (2), em uma rede social, Brasil e Argentina de desvalorizarem "maciçamente" suas moedas, e afirmou que vai reinstalar as tarifas de importação sobre o aço e o alumínio dos dois países.
"Brasil e Argentina têm presidido uma desvalorização maciça de suas moedas. O que não é bom para nossos agricultores", escreveu Trump em uma rede social. Portanto, com efeito imediato, restaurarei as tarifas de todo o aço e o alumínio enviados para os EUA a partir desses países".
Trump ainda usou a oportunidade para criticar o Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano.
"O Federal Reserve deveria agir da mesma forma, para que países, que são muitos, não se aproveitem mais nosso dólar forte, desvalorizando ainda mais suas moedas. Isso torna muito difícil para nossos fabricantes e agricultores exportarem seus produtos de maneira justa", disse ele, que frequentemente tem defendido juros mais baixos nos Estados Unidos.
Nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que falará com Trump sobre o anúncio referente às tarifas.
O dólar opera com pequenas variações nesta segunda-feira.
Desvalorização do real
Do início do ano até a última sexta-feira (29), o dólar já subiu 9,43% frente ao real, barateando as exportações brasileiras e aumentando a competitividade dos produtos do país lá fora. Somente em novembro, a alta foi de 5,73%.
O real foi a quarta moeda que mais perdeu valor em relação ao dólar no mês de novembro, segundo levantamento da Austin Rating, com uma desvalorização de 5,2%. A moeda brasileira ficou atrás somente do bolívar soberano, da Venezuela (-36,1%), do kwacha, da Zâmbia (-9,3%), e do peso do Chile (-8,1%).
O ranking considera as variações de 121 moedas no mundo. No acumulado no ano, o Brasil ocupa a 13ª posição. A liderança é da Venezuela (-98,3%), seguida pela Argentina (-37,2%).
Em agosto de 2018, Trump anunciou um alívio nas cotas de importação de aço e alumínio que excedam as cotas livres do pagamento das sobretaxas impostas pelo governo dos Estados Unidos em março do mesmo ano. A decisão de flexibilizar a tarifa atingiu as cotas de aço da Coreia do Sul, Brasil e Argentina, além do alumínio da Argentina.
Desde então, as empresas americanas que compram aço do Brasil não precisam pagar 25% a mais sobre o preço original, caso comprovem falta de matéria-prima no mercado interno.
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