| 21 de Agosto de 2019
Quarta-feira
Câmbio
Em 21/08/2019
|
|
Compra
|
Venda
|
Dólar
|
4,019
|
4,020
|
Euro
|
4,460
|
4,462
|
Fonte: BACEN
|
| | | | |
ICEI sobe para 59,4 pontos em razão da melhora da percepção sobre as condições atuais de negócios e do crescimento do otimismo sobre o desempenho das empresas e da economia nos próximos seis meses
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) voltou a subir e alcançou 59,4 pontos em agosto. Foi o terceiro aumento consecutivo do indicador, que está acima da média histórica de 54,5 pontos. “A confiança segue elevada”, afirma a pesquisa divulgada nesta terça-feira, 20 de agosto, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão acima dos 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.
A confiança melhorou para todos os portes de empresas. Nas médias e sobretudo nas grandes empresas, está acima da média nacional. Nas grandes empresas, o ICEI alcançou 59,7 pontos neste mês. Nas médias indústrias, ficou em 59,5 pontos e, nas pequenas, em 58,8 pontos. O ICEI é maior na indústria extrativa, segmento em que alcançou 62,8 pontos. Na indústria de transformação ficou em 59,5 pontos e, na construção, em 58,5 pontos.
De acordo com a pesquisa, o aumento do otimismo neste mês é resultado da melhora da percepção das condições atuais dos negócios e do aumento do otimismo sobre o desempenho das empresas e da economia nos próximos seis meses. O índice de condições atuais cresceu 4,1 pontos frente a julho e ficou em 51,1 pontos. Foi a primeira vez desde março que o indicador ficou acima dos 50 pontos, mostrando que os empresários percebem uma melhora nos negócios.
O Índice de Expectativas subiu 1,5 ponto na comparação com julho e ficou em 63,6 pontos em agosto. Foi a terceira alta consecutiva do indicador, o que confirma o otimismo dos empresários em relação ao desempenho das empresas e da economia nos próximos seis meses.
BOAS NOTÍCIAS - Para o economista da CNI Marcelo Azevedo, a melhora da percepção de das expectativas dos empresários refletem as notícias positivas para a economia. “Há uma sequência de boas notícias: a queda dos juros, a liberação do FGTS e a aprovação em segundo turno da reforma da Previdência”, afirma Azevedo.
A pesquisa mostra que a confiança é maior na região Norte, onde subiu 4,0 pontos e atingiu 61,7 pontos. No Nordeste, o ICEI ficou em 59,6 pontos, no Sudeste, em 58,5 pontos, no Sul, 54,9 pontos e, no Centro-Oeste, em 59,2 pontos.
Azevedo destaca que o ICEI é um indicador de antecipa tendências da economia. “Empresários confiantes estão mais propensos a aumentar a produção, o emprego e os investimentos, o que é fundamental para a recuperação da economia”, diz o economista.
Essa edição do ICEI foi feita entre 1º e 13 de agosto, com 2.451 empresas. Dessas, 945 são pequenas, 917 são médias e 589 são de grande porte.
SAIBA MAIS: Acesse a página de Estatísticas do Portal da Indústria e conheça outras pesquisas da CNI.
| CNI (publicado em 20-08-2019) | | | | Índice é maior entre médias e grandes empresas. Para a entidade, maior confiança está relacionada a boas notícias como queda dos juros e aprovação da reforma da Previdência.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) subiu 2 pontos em agosto, chegando a 59,4. Foi a terceira alta consecutiva do indicador da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que mede a confiança do empresário da indústria. O índice foi divulgado nesta terça-feira (20).
Para elaborar o índice, a CNI ouviu 2.451 empresas, entre os dias 1º e 13 de agosto. O indicador de confiança varia de 0 a 100, sendo que, quando está acima dos 50 pontos, mostra que os empresários estão confiantes.
Segundo a CNI, empresários de todos os portes de empresas estão mais otimistas. Empresários de médias e grandes empresas estão mais otimistas que a média.
Nas grandes empresas o índice foi de 59,7 pontos e nas médias 59,5 pontos. Já nas pequenas o índice foi de 58,8 pontos.
De acordo com a pesquisa, houve melhora nas condições atuais dos negócios e também melhoraram as expectativas em relação ao desempenho da economia e das empresas nos próximos seis meses.
O índice de expectativas subiu de 62,1 pontos em julho para 63,6 pontos em agosto. “Há uma sequência de boas notícias: a queda dos juros, a liberação do FGTS e aprovação em segundo turno da reforma da Previdência”, afirmou o economista da CNI, Marcelo Azevedo.
O economista destacou ainda que o indicador antecipa tendências da economia.
“Empresários confiantes estão mais propensos a aumentar a produção, o emprego e os investimentos, o que é fundamental para a recuperação da economia”, avaliou Azevedo.
| G1 (publicado em 20-08-2019) | | | | Reunidos na CNI, nesta terça-feira (20), conselheiros destacaram avanços previstos na MP para o ambiente de negócios. Cenários para aprovação das reformas tributária e da Previdência também foram debatidos
Aprovada pela Câmara dos Deputados e com votação marcada no Senado, a Medida Provisória no 881 recebeu amplo apoio, nesta terça-feira (20), de representantes do setor produtivo. Um dos temas debatidos na reunião do Conselho de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que se reuniu em Brasília, a chamada a MP de Liberdade Econômica foi defendida por sinalizar com avanços na redução de entraves que prejudicam o ambiente de negócios do país, como o excesso de burocracia e a interferência indevida do estado na livre iniciativa.
O assunto foi tema de discussões entre técnicos da CNI, representantes de associações setoriais da indústria e a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), convidada para o encontro mensal do conselho.
Na avaliação da parlamentar, a MP incorporou avanços durante a tramitação na Câmara em relação à proposta enviada pelo poder Executivo, o que deve contribuir para maior abertura e segurança jurídica para se empreender no país. “Precisamos industrializar o Brasil e agregar valor ao que produzimos. Temos de valorizar a indústria e o trabalhador, dando-lhes liberdade, para que possamos avançar”, afirmou.
O presidente do Conselho e vice-presidente da CNI, Paulo Afonso Ferreira, destacou a importância de o Congresso Nacional aprovar a MP da Liberdade Econômica como passo para a redução da burocracia e melhorar as condições de as empresas brasileiras operarem e competirem. Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e presidente em exercício da CNI, Antônio Silva, destacou a importância da previsibilidade para o setor produtivo e a MP, na avaliação do empresário, traz avanços em relação ao papel regulador do estado.
REFORMAS – Além da MP, o cenário para a aprovação das reformas da Previdência Social e a tributária também foram tema de debates entre os membros do Conselho de Assuntos Legislativos. Segundo a senadora, as mudanças no sistema de aposentadorias devem ser aprovadas pelo Senado em 45 dias, enquanto uma nova proposta de emenda à Constituição para a inclusão de Estados e municípios nas novas regras deve ser apresentada e tramitar paralelamente.
Presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara, o deputado Marcelo Ramos (PL-AM) fez uma análise das propostas de reforma tributária em discussão no Congresso Nacional. Segundo ele, o debate deve avançar, não só na simplificação dos impostos, como também na formulação de um sistema que seja mais justo em termos de peso da carga tributária. “A complexidade é grave, mas o maior problema do sistema brasileiro é a regressividade, pela qual o peso dos impostos é relativamente maior sobre as pessoas de menor renda”, explicou.
Outro ponto de preocupação dos conselheiros foi a proliferação de propostas no Congresso Nacional que tentam reverter mudanças trazidas na legislação trabalhista na reforma aprovada em julho de 2017. Para Soraya Thronicke, a modernização da lei é um avanço que precisa ser preservado e ela alertou que é preciso ficar atento a projetos que têm como único objetivo revogar os dispositivos alterados na Consolidação das Leis do Trabalho.
| CNI ( publicado em 20-08-2019) | | | | Segundo o Simpi, 59% das MPIs do interior dizem ter o que precisam de capital de giro
Micro e pequenas indústrias estão crescendo mais no interior do que na Grande São Paulo, segundo indicador do Simpi, sindicato do setor, e do Datafolha. Na região metropolitana, o capital de giro gera dificuldades a 60% das empresas; no interior, a 35%.
Das MPIs do interior, 59% consideram ter exatamente o que precisam de capital. Já na Grande São Paulo, o número cai para 34%.
A coleta de dados para a pesquisa ocorreu entre 16 e 30 de julho de 2019. Segundo o Simpi, 42% das MPIs de todo Brasil estão em São Paulo.
A ação foi contestada pelo prefeito Orlando Morando, que iniciou uma série de planos para a preservação dos empregos. O ato foi apoiado pelo governador de São Paulo, João Doria, que passou a intermediar a compra da fábrica, condicionando a manutenção dos empregos.
Outro lado
Procurada por UOL Carros, a GM afirma que "não tem nada a acrescentar ao texto divulgado", citando o comunicado da Prefeitura de São Bernardo do Campo. A reportagem também entrou em contato com a Ford e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, mas até o momento não obteve resposta.
| Folha de S. Paulo | | | | O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça que os bancos terão de seguir o exemplo da Caixa Econômica Federal e reduzir os juros das suas linhas de crédito. Durante cerimônia de lançamento de linhas de crédito imobiliário com atualização pelo IPCA, no Palácio do Planalto, Bolsonaro lembrou que a Caixa reduziu, há poucas semanas, em até 40% os juros do cheque especial.
“Com certeza, outros bancos vão ter de ir no mesmo caminho”, disse. “Não vai ser uma imposição. Ou eles vão atrás, ou o número de clientes da Caixa vai aumentar e muito”, acrescentou.
No último dia 31 de julho, a Caixa anunciou cortes nas taxas de juros de suas principais linhas de crédito, tanto para empresas como para pessoas físicas. Ainda anunciou na ocasião um novo pacote de serviços, chamado “Caixa Sim”, com corte de até 40% nos juros. Com relação específica ao cheque especial, a redução para pessoas físicas na taxa cobrada pela Caixa foi de 26% e, para pessoas jurídicas, de 33%.
| Folha de S. Paulo (publicado em 20-08-2019) | | | | O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso Dias Cardoso, disse que uma ampla abertura comercial no Brasil traria mais vantagens para os parceiros comerciais do País do que para a economia brasileira.
"Os resultados de longo prazo seriam ínfimos, mesmo as variáveis macroeconômicas", disse, em apresentação no Congresso Brasileiro do Aço, organizado pelo Instituto Aço Brasil (IABr).
O executivo citou pesquisa realizada pela entidade que mostrou que a abertura comercial geraria ganho de bem estar no exterior 21 vezes superior ao gerado a quem está no Brasil. "Teria mais vantagem para as empresas que se relacionam conosco", disse.
Ele comentou, ainda, que a abertura parcial tem risco de desmontar setores específicos sem contrapartidas positivas.
| Bem Paraná | | | | Redução de juros para financiamento de imóveis proposta pela Caixa beneficia setores atrelados a habitação
A redução dos juros dos financiamentos imobiliários anunciada pela Caixa Econômica Federal nesta terça-feira (20) pode significar a retomada de crescimento de dois setores atrelados a construção civil: o de móveis e o de eletrodomésticos.
Com queda de consumo de 1,8% em 2019, o setor moveleiro vê com otimismo as mudanças no crédito imobiliário e estima um crescimento de até 20% no faturamento das indústrias no médio e longo prazo.
Cerca de 25% dos resultados do setor, que faturou R$ 66,5 bilhões no Brasil em 2018, vem de compras para novas residências, segundo a Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário).
“Podemos chegar progressivamente aos R$ 85 bilhões de faturamento anual”, estima Maristela Longhi, presidente da Abimóvel.
O setor tenta sair da estagnação do consumo, provocada pela desaceleração da economia, explorando mercados de países como Estados Unidos, Peru, Chile e Uruguai. No entanto, diz Maristela, este é um mercado incipiente comparado ao mercado interno.
“De 19 mil empresas do setor, somente umas 300 exportam. O consumo interno é muito importante”.
No mesmo embalo, o setor de eletrodomésticos enxerga a possibilidade de ganhar fôlego com o novo formato de financiamento imobiliário.
A estimativa é que as vendas de produtos das linhas branca (geladeira, máquina de lavar e fogão), marrom (televisão, vídeo e som) e de eletroportáteis (liquidificador, sanduicheira, batedeira) cresçam 10%, diz o presidente-executivo da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), José Jorge do Nascimento Junior.
“Qualquer incremento na construção civil residencial é um incremento por consequência à indústria de eletrodomésticos, principalmente para as linhas branca, marrom e portáteis. São esses também os primeiros itens que os consumidores compram: geladeira, máquina de lavar roupa, televisão, micro-ondas, liquidificador, sanduicheiras”, afirma o executivo.
O impacto, porém, não será imediato; caso o novo financiamento imobiliário crescer, os ganhos para o setor virão em uma segunda etapa, quando os financiamentos, de fato, forem consolidados.
“Eu dependo do sucesso e da adesão da Caixa”, diz Junior.
O otimismo da Eletros é justificado pela queda de faturamento e estagnação ao longo dos anos, principalmente quando o setor de construção civil foi severamente afetado por escândalos e pela desaceleração econômica por qual o país passa.
“Chegamos no pico de 2014 e depois fomos ao fundo do poço. Hoje estamos com números de 2010. Precisamos retomar o crescimento. A gente precisa do consumo”, diz o executivo.
Em 2018, foram vendidas 6,7 milhões de unidades da linha branca. Comparado com o primeiro semestre, o segmento teve uma alta de 13%. Apesar da curva positiva o setor acredita que ainda é cedo para falar em recuperação.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 20-08-2019) | | | | Plano diretor pode ter papel importante ao orientar vetores de crescimento
Mal eu desci do carro e ouvi um “salve ‘dotô’”: era o Jacaré. Eu não o via havia seis meses. No sorriso, em primeiro plano, a vistosa dentadura fruto de rifa vendida aos clientes.
O sorriso revelava também a satisfação por ter concluído sua casinha, com o suor do trabalho de cuidador de carros e outros bicos. Mas a coisa não anda bem, o movimento está fraco e, recém concluída a casa, ele teve que alugar um dos dois quartos para complementar a renda. Perdeu o pai e, hoje, ajuda a mãe. Por isso, não dá para bobear!
Ele contava toda essa história com o mesmo sorriso, o que me fez pensar que o dentista tinha errado na mão e, ao colocar a dentadura postiça, tivesse também implantado um sorriso permanente no Jacaré: não era possível que, com tantos problemas, o seu astral permanecesse para cima. Mas era o jeito do Jacaré remar contra a maré, de reforçar sua autoestima e de fortalecer seu estado de espírito porque, se for buscar explicação racional para as agruras da vida, as coisas se tornarão mais difíceis. Assim, o sorriso é a melhor arma para tocar a vida. Que segue, deixa para lá.
Em outros tempos ele tinha trabalho na carga e descarga de caminhões e, junto com o bico dos finais de semana, construiu a casinha. Fiquei pensando de onde vêm a força do Jacaré, como a de tantos outros brasileiros e brasileiras, para manter a chama acesa diante de tantos contratempos.
13 milhões de brasileiros estão desempregados e sete milhões subocupados, além disso, outros cinco milhões são desalentados
Por ter ficado constrangido, eu evitei avançar em perguntas e não sei em que classe dos mais de 28 milhões de trabalhadores brasileiros subutilizados o Jacaré se encaixa: se faz parte dos 13 milhões de desempregados, dos 7 milhões de subocupados, dos 3 milhões que poderiam estar ocupados mas não estão, ou se ele é um dos 5 milhões de desalentados.
É insano pensar que nossas elites econômica e política insistam em não avançar em políticas para aproveitar o enorme potencial de um país rico como o Brasil, propondo programas de austeridade que, direta ou indiretamente, aumentam ainda mais nossa inconcebível desigualdade.
Só seremos um país equilibrado, com um ambiente favorável aos negócios e com perspectiva de longo prazo, se formos capazes de propor políticas ambiciosas compatíveis com a grandeza do Brasil, gerar oportunidades e distribuir riqueza.
O certo é que tudo isso me fez pensar no papel das cidades, isto é, da gestão pública na promoção de perspectivas para os jovens e outras gerações. Existem caminhos para o protagonismo das cidades na geração de oportunidades. O plano diretor pode ter um papel estruturante ao orientar vetores de crescimento e integrar o desenvolvimento habitacional e de negócios. Um olhar para o jovem estimulando o empreendedorismo local e atividades relacionadas à cultura, arte, música, dança e teatro.
A regulamentação, no âmbito municipal, da lei da micro e pequena empresa e a organização de políticas tributárias e fundiárias orientadas ao fomento de atividades produtivas intensivas de emprego são importantes ações.
Outro caminho é a instituição de uma agência de desenvolvimento local com capacidade de oferta para microempreendedores e de outra que pudesse fazer a intermediação entre a oferta de mão de obra e vagas disponíveis.
Pensando em fortalecer a economia local, o poder público municipal pode contratar obras (infraestrutura) e serviços de empresas pequenas ou médias locais, desde a compra de produtos da agricultura familiar para a merenda escolar da cidade, até a contratação para prestação de serviços no município. Da mesma maneira, sensibilizar e incentivar as empresas a contratarem pessoas com deficiência e minorias.
A superação da crise econômica que vivemos tem muito a ver com políticas do Governo Federal, responsável pela proposta de um projeto de país que gere confiança e perspectivas para a sociedade e as empresas.
Mas, enquanto este projeto não vem, o Jacaré e tantos outros podem encontrar no governo local o animador de oportunidades que lhes permita viver com dignidade.
Jorge Abrahão - Coordenador geral do Instituto Cidades Sustentáveis, organização realizadora da Rede Nossa São Paulo e do Programa Cidades Sustentáveis.
| Folha de S. Paulo | | | | Oposição critica a proposta por estabelecer um critério etário para expostos a esse tipo de risco
O governo prepara um projeto de lei para que trabalhadores expostos a agentes nocivos, como mineiros, sejam preparados para atuar em outros setores até cumprirem a idade mínima de 55 anos prevista na reforma da Previdência.
A oposição critica a proposta já aprovada pela Câmara por estabelecer um critério etário para trabalhadores expostos a esse tipo de risco.
De acordo com a reforma da Previdência, esses trabalhadores podem se aposentar após 15 anos de contribuição, mas precisam também completar 55 anos de idade.
A ideia do governo é que esses profissionais possam atuar em outro setor sem exposição a agentes nocivos até que completem a idade mínima.
O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, disse que o projeto de lei vai buscar dar condições para que essas pessoas sejam recolocadas no mercado de trabalho em outros setores.
"Ele pode continuar trabalhando na mina [após 15 anos]? Pode, mas ele pode dizer, estou esgotado, não quero trabalhar nessa atividade, então temos que estabelecer regras ou de adaptação ou de readaptação desse trabalhador".
Segundo Marinho, pelas regras atuais, trabalhadores, como mineiros, se aposentam com 35 ou 38 anos de idade, o que é considerado muito cedo pela equipe econômica.
“O país não suporta esse tipo de situação. Então estabelecemos a regra de elegibilidade, que está clara, e em uma lei ordinária, nós iremos estabelecer a forma de adaptação desse trabalhador a outras atividades, ou na mesma empresa ou no mercado de trabalho”, disse Marinho.
O secretário participou nesta terça-feira (20) de audiência pública na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, onde está a proposta de reforma da Previdência.
O relator do texto senador, Tasso Jereissati (PSDB-CE), afirmou que ainda analisa mudanças a serem sugeridas ao texto. As alterações devem ser feitas em um projeto paralelo, que seguiria para a Câmara.
Isso porque a Câmara já aprovou a proposta da reforma da Previdência, mas teria que dar aval às mudanças do Senado.
"A gente está fazendo cinco ou seis audiências públicas nesta semana para ouvir. A gente não pode simplesmente tomar uma decisão sem aprofundar", disse Jereissati.
Ele reafirmou a intenção de reincluir estados e municípios na reforma. A Câmara retirou o efeito da reestruturação das regras de aposentadoria para servidores estaduais e municipais.
Após a CCJ, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma segue para o plenário do Senado, onde precisa de apoio de 49 dos 81 senadores.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 20-08-2019) | | | | Para ministro, ideal seria fazer mais duas ou três fusões como Embraer e Boeing; ele também voltou a defender nova CPMF
O governo federal deverá privatizar 17 empresas estatais neste ano, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, na noite desta terça-feira (20) em São Paulo. Os nomes das empresas, segundo ele, serão divulgados nesta quarta (21).
"Vamos acelerar as privatizações. Tem gente grande que acha que não vai ser privatizado e vai entrar na faca", afirmou Guedes. O ministro reiterou a meta que deu ao seu secretário de Desestatização, Salim Mattar, de privatizar US$ 20 bilhões neste ano.
Guedes elogiou a fusão entre Embraer e Boeing em seu discurso a uma plateia de empresários e executivos de grandes empresas. Segundo ele, o ideal seria fazer mais duas ou três fusões do tipo com outras empresas brasileiras. "Com o avanço da tecnologia, quem não se modernizar e não tiver capacidade de adaptação vai ficar para trás.
O ministro afirmou, ainda, que o governo tem conversado com países como Estados Unidos e China em busca de acordos comerciais.
"Tem uma competição [mundial] para fazer negócio com a gente e estamos em alta velocidade. Vamos dançar com os americanos e com os chineses", disse.
Pacto federativo
Paulo Guedes afirmou ainda que o governo pretende descentralizar recursos para aumentar os repasses a estados e municípios. Como contrapartida, deverá pedir a desvinculação das receitas de todos os entes federativos.
O ministro falou em desvincular 280 fundos cujos recursos têm destinação específica.
"Não faz sentido ter todas as verbas carimbadas. O ministro Sergio Moro precisa de R$ 50 milhões para ampliar a Força de Segurança Nacional e tem um fundo penitenciário com R$ 1,5 bilhão que não pode ser tocado. É uma insensatez", disse.
Nova CPMF
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu na noite desta terça-feira (20) em São Paulo a volta de um imposto sobre transações financeiras nos moldes da antiga CPMF como substituto da oneração da folha de pagamento das empresas.
A uma plateia de empresários e executivos de grandes empresas, Guedes disse que prefere “abraçar um imposto horroroso” e desonerar a folha de pagamento.
“É o [ponto] controverso [da reforma tributária]. Vamos deixar esse dilema. Querem 20% de encargos trabalhistas e 13 milhões de pessoas sem emprego? Deixa do jeito que está. Eu preferiria não ter de recorrer a isso, mas acho a oneração de folha de pagamento um crime contra brasileiros”, afirmou.
Segundo o ministro, a CPMF funcionou durante quase 13 anos. Para ele, se a alíquota do imposto for pequena, “não machuca”.
“Quando o Fernando Henrique [Cardoso] lançou esse imposto, todo o mundo apoiou porque arrecada rápido”, disse.
“Hoje, um jovem vai chegar e ter o primeiro emprego, saindo da faculdade para trabalhar, 1000 de salário e custa 2000. Precisa reduzir os encargos trabalhistas. Entre um imposto horroroso e a opção pela desoneração da folha, prefiro abraçar o feioso.”
Ao falar antes de Guedes, contudo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou a proposta.
"Eu era presidente nacional do DEM em 2007 e nós derrubamos a CPMF. O presidente da República [Jair Bolsonaro] disse que é contra também. Não vamos brigar com ninguém, ele é contra também", afirmou.
Guedes se disse otimista quanto à aprovação das reformas previdenciária, tributária e do novo pacto federativo.
“Está havendo a coalizão política, mesmo que não explícita e no meio de pedrada e tiroteio, mas todos entendem que tem que mudar a forma de fazer política e estão fazendo isso construtivamente.”
| Folha de S. Paulo ( publicado em 20-08-2019) | | | | O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse a empresários, durante o Congresso Aço Brasil, que a reforma da Previdência é a “proposta mãe” para melhorar a economia brasileira, depois virá a tributária. “Na Previdência, fizemos o que tinha que ser feito.
Não entraram os Estados e municípios, principalmente os do Nordeste, que não quiseram aprovar sem suas respectivas bancadas”, comentou, lembrando que os Estados terão que tomar providências sobre esse assunto.
Bolsonaro disse, ainda, que a equipe econômica, comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, está fazendo o possível “para arrumar a economia do País” e que ele possui total confiança em Guedes, assim como possui em todos 22 ministros. “Todas as vezes que se tentou resolver todos os problemas não se chegou em lugar algum”, comentou.
O presidente afirmou que está trabalhando para se aproximar dos maiores países do mundo, visto que o Brasil não está isolado . “Até a Bolívia está nos procurando”, afirmou, dizendo que eles têm interesse na exportação de gás.
| Tribuna PR | | | |
Jorge Gerdau, que hoje preside o Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo, disse que a reforma tributária que começa a ser discutida no País não pode ser gradual e cobrou, ainda, mais assertividade da indústria brasileira, que deveria, em sua visão, ser mais participativa nessa discussão.
Gerdau disse que o custo Brasil mina a competitividade da indústria, o que afeta, inclusive, a exportação. Segundo ele, a globalização é algo que se está dado no mundo, não é algo político, e o Brasil está atrasado no sentido de estar preparado para esse novo contexto mundial.
O executivo disse que uma reforma tributária gradual, que leve dez anos para realizar mudanças importantes, não é suficiente.
"A mobilização é extremamente importante neste momento. A abertura comercial é uma tendência mundial", disse.
Segundo ele, a indústria brasileira, apesar do custo Brasil, consegue ser competitiva.
| Bem Paraná | | | | Com anos de ruína, reforma e paralisia, pouco se sabe das perspectivas do país
As pessoas perguntam do impacto de uma recessão mundial sobre o Brasil. A gente responde de modo bobinho que o efeito já está sendo ruim pelo menos desde o ano passado, quando a Argentina foi de novo à breca. Francamente, como dizer algo que preste quando a gente sabe quase nada sobre o que se tornou o Brasil depois de cinco anos de depressão?
Meia década de erros vexaminosos e exorbitantes de previsões econômicas é um sintoma da ignorância, mas nem o mais importante, embora alguns equívocos tenham custado caro (como as estimativas de inflação erradas desde 2017).
Para ser menos abstrato, diga-se que o Brasil agora tem taxa básica de juro real a 1,6% ao ano, tendendo a 1% (com inflação baixa e sem manipulações), gasto federal estagnado faz pelo menos três anos e não muito diferente do que era faz cinco anos e investimento público no menor nível em décadas (a depender do método de estimativa do freguês).
Diga-se de passagem que o investimento federal caiu quase 18% neste primeiro semestre (em relação ao semestre inicial do ano passado).
O que foi feito das empresas? Sabemos por meios indiretos que houve uma enorme desnacionalização, que as estatais estão sendo enxutas e/ou estão quebradas, grandes empreiteiras foram à breca e a indústria encolheu ainda mais.
Cinco anos de depressão fizeram as empresas subsistir em experiência de quase morte ou a aprender a viver com um mínimo de pessoal (por feia necessidade e até inovação). O desemprego deve ficar alto por muito tempo; muita gente sem trabalho não terá capacidade de preencher vagas de emprego melhores que talvez apareçam.
Várias empresas parecem vivas, mas não se sabe como reagirão se e quando a demanda voltar a crescer: serão capazes de atender ao mercado ou, talvez apodrecidas, serão atropeladas pela concorrência de importados?
Houve mudanças institucionais extensas, “reformas”, considere-se ou não que elas sejam insuficientes.
Em tese, se e quando a demanda voltar a crescer, pode ser que façam a economia correr mais rápido, embora por si só não levem a economia pegar no tranco.
Seja como for, vai ser aprovada uma reforma imensa na Previdência. A lei trabalhista foi em boa parte desmontada (sem que tenham sido criados modos novos de proteção do trabalho, aliás).
Estão acabando os empréstimos subsidiados dos bancos públicos, do BNDES em particular, que de resto estão sendo encolhidos, embora maiores ainda que nos tempos de Lula 2. Há uma lista extensa, que não cabe nestas linhas, de mudanças microeconômicas (como na área de crédito e finanças). Talvez passe até uma reforma tributária; devem vir mais privatizações.
Depois de anos de choques, depressão, “quebras de série” e outras mumunhas, a previsão macroeconômica tende a ficar ainda mais disparatada do que de costume. Mudanças institucionais, a desestatização, a desnacionalização e a experiência de quase morte ou a passagem das empresas pelo purgatório devem ter causado alteração grande no ambiente microeconômico, por assim dizer.
De interesse mais imediato é saber se: 1) essa economia “seminova” consegue se levantar dos mortos e andar sozinha, sem um tranco estatal (juros ou gasto) ou um grande choque positivo qualquer; 2) no caso de a temporada no purgatório e no reformatório econômico ainda não ter sido bastante para purificar a economia, quanto falta de penitência e por quanto tempo os brasileiros vão aguentar o castigo.
Vinicius Torres Freire -- Jornalista, foi secretário de Redação da Folha. É mestre em administração pública pela Universidade Harvard (EUA).
| Folha de S. Paulo | | | | Oito modelos de carro terão sua certificação revogada; fabricantes deverão pagar multas estimadas US$ 9,5 bilhões
A Coreia do Sul anunciou nesta terça-feira (20) que quer levar à justiça e multar a Volkswagen e a Porsche, no âmbito do escândalo dos motores a diesel manipulados para disfarçar os níveis de emissão de poluentes.
O Ministério do Meio Ambiente informou que mais de dez mil veículos vendidos pelas montadoras alemãs na Coreia do Sul entre maio de 2015 e janeiro de 2018 estavam equipados com programas que permitiam manipular os dados de emissões de dióxido de nitrogênio.
Oito modelos de carro —como Audi A6, Volkswagen Touareg e Porsche Cayenne— terão sua certificação revogada, e os fabricantes deverão pagar multas estimadas U$ 9,5 bilhões (R$ 38,3 bi) , de acordo com a pasta.
"Temos a intenção de continuar respondendo energicamente no futuro às manipulações das emissões de escapamento", declarou um funcionário do Ministério à imprensa.
Na Alemanha, "a Audi retira os veículos das séries A6 e A7 Sportback desde novembro de 2018, e as taxas de tratamento atualmente são superiores a 90%", indica a fabricante do grupo Volkswagen em um comunicado transmitido à AFP, onde afirma "levar em conta" a decisão das autoridades sul-coreanas.
No fim de julho, o ex-diretor-geral da Audi Ruper Stadler foi enviado à Justiça alemã no âmbito deste escândalo mundial, que veio à tona há quatro anos.
Stadler e outros três diretores e ex-diretores da Audi devem responder na justiça por "fraude", "emissões de certificados falsos" e "propaganda enganosa" pela venda de 434 mil Volkswagens, Audis e Porsches, equipados com programas que permitiam disfarçar as emissões de dióxido de nitrogênio quando os veículos eram testados.
| Folha de S. paulo ( publicado em 20-08-2019) | | | | O consumo total de gás natural cresceu 1,77% em junho ante maio, informou nesta terça-feira, 20, a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). Na comparação com igual mês do ano passado, houve uma queda de 23,41%. No acumulado do primeiro semestre, o consumo caiu 5,4%, totalizando para 57,9 milhões de metros cúbicos/dia.
O consumo na indústria em junho caiu 3,22% em relação a maio e 1,43% na comparação com junho de 2018. No primeiro semestre, foi 2,5% superior a igual período do ano anterior.
O segmento residencial registrou alta de 25,2% na comparação com maio e estabilidade ante o mesmo mês de 2018. No semestre o setor registrou retração de 2,2%, em função das temperaturas, em média, mais elevadas.
A geração termelétrica teve alta de 12,5% em junho ante maio. Na comparação com junho de 2018, houve recuo de 50,1%. No balanço do semestre, a queda foi de 19,9%.
No GNV o consumo recuou 1,6% ante o mês imediatamente anterior. Na comparação com junho de 2018, avançou 1,1%. No confronto com o primeiro semestre, a alta foi de 5,2%.
Em junho, o número de clientes que consomem gás natural chegou a 3,565 milhões de clientes – número de medidores nas indústrias, comércios e residências e outros pontos de consumo.
Em nota, o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, destaca que com os sinais econômicos corretos, o consumo de gás natural pode crescer em todo o País.
O executivo lembra que o Termo de Compromisso de Cessação (TCC) firmado entre o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Petrobras poderá reduzir a concentração de mercado existente e abrir chances para uma concorrência maior na oferta.
“Entretanto, o TCC ainda é insuficiente. É preciso que fique mais claro como será o acesso de novos agentes à infraestrutura essencial (rotas de escoamento, unidades de processamento e terminais de GNL), além de criar regras que deem segurança operacional ao mercado, garantindo o abastecimento”, diz.
| Tribuna PR ( publicado em 20-08-2019) | | | | Os empregados da Petrobras participam de um processo de consulta promovido pelos sindicatos para avaliar as propostas de acordo coletivo da direção da companhia. Previamente, o diretor da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Adaedson Costa, afirma que “o acordo coletivo não atende aos anseios da categoria”.
Os sindicatos têm ouvido a posição dos funcionários também sobre a possibilidade de recorrer a uma greve, como meio de demonstrar à direção da petroleira que não estão de acordo com as propostas de reajuste salarial e benefícios trabalhistas.
Segundo os sindicatos, a empresa apresentou um porcentual de reajuste inferior ao da inflação, correspondente a 70% do INPC acumulado desde setembro do ano passado. Também quer acabar, gradualmente, com o adicional de permanência no Estado do Amazonas. E também quer aumentar a contribuição dos funcionários no plano de saúde.
| Tribuna PR (publicado em 20-08-2019) | | | | Em breve participação em evento do setor siderúrgico em Brasília, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que há, neste momento, preocupação em torno da situação da Argentina, depois da prévia das eleições presidenciais do país vizinho indicar derrota de Mauricio Macri. Segundo ele, dependendo de como for a postura da Argentina com a eleição de Alberto Fernández, o acordo do Mercosul poderá ser revisto e que o Brasil pode seguir o "caminho do bilateralismo".
Bolsonaro disse que neste momento o resultado na corrida presidencial na Argentina ainda pode ser revertido. Ele pediu, até mesmo, colaboração da plateia nesse sentido, formada por executivos do setor do aço.
Na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, se o candidato da ex-presidente Cristina Kirchner vencer as eleições na Argentina e quiser fechar o Mercosul, atrapalhando o acordo com a União Europeia, o Brasil sairá do bloco.
| Bem Paraná | | | | Em reunião na segunda, partes estabeleceram a assinatura para um protocolo de intenções
O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, e o presidente da General Motors (GM) na América do Sul, Carlos Zarlenga, firmaram, na segunda-feira (19), um compromisso para contratação preferencial de funcionários da fábrica da Ford, de São Bernardo.
O encontro ocorreu na sede da montadora em São Caetano e contou a presença também da vice-presidente da GM na América do Sul, Marina Willisch, diretor de Relações Governamentais para o Mercosul, Adriano Barros, e o assessor especial do Governo de São Bernardo, Fernando Longo.
A reunião, de aproximadamente uma hora, estabeleceu a assinatura para um protocolo de intenções entre as partes, onde a Prefeitura de São Bernardo intermediará na absorção dos funcionários demitidos da Ford na planta industrial da GM, de São Caetano.
O programa vai utilizar a Central de Trabalho e Renda (CTR), de São Bernardo, onde além de fazer o encaminhamento, realizará também uma prévia qualificação dos profissionais para atender as novas tecnologias do mercado automobilístico.
"A reunião foi muito positiva. A Prefeitura de São Bernardo, por meio do CTR, vai encaminhar, de forma oficial, remanescentes da Ford e outras montadoras. Assim, a GM dará uma análise preferencial para todo esse corpo funcionários. Preferência no currículo. Isso é ótimo para o município, pois podemos fazer essa realocação dos trabalhadores", destacou o prefeito Orlando Morando.
O presidente da GM, Carlos Zarlenga, destacou a iniciativa e discorreu sobre a importância da parceria. "É uma excelente ideia. Primeiro porque, como o prefeito disse, são profissionais já treinados. Segundo, estamos fazendo um forte investimento e vamos precisar de talentos para operar. É um ganha-ganha tanto para São Bernardo quanto para a GM", afirmou Zarlenga.
Em fevereiro deste ano, os dirigentes da Ford de São Bernardo anunciaram o fechamento da unidade fabril, sem apresentar plano de desmobilização e encerram com um quadro de aproximadamente 4.000 funcionários.
| Folha de S. paulo ( publicado em 20-08-2019) | | | | FCA, Ford, Basf, Bosch, Mercedes-Benz e Scania recebem reconhecimento por boas práticas
A indústria automotiva está distante da maturidade digital no Brasil, segundo apurou o Índice de Transformação Digital do Setor Automotivo, feito por Automotive Business em parceria com o Cesar, centro privado de inovação estabelecido em Recife (baixe o relatório completo aqui). Ainda assim, há organizações empenhadas em fazer movimentos importantes nessa área para colher frutos no futuro.
Automotive Business, com o apoio do Cesar, reconheceu seis destas empresas com o Prêmio AB | Inovação e Transformação Digital no Setor Automotivo, entregue na segunda-feira, 19, durante o ABPlan – Workshop Planejamento Automotivo 2020, em São Paulo.
Para apurar os vencedores e suas boas práticas, convidamos os respondentes da pesquisa realizada para construir o Índice de Transformação Digital do Setor Automotivo a destacarem as ações mais relevantes que desenvolvem pela transformação digital. Após o levantamento, uma seleção feita por Automotive Business e pelo Cesar, destacando as companhias que realizaram os movimentos mais consistentes nessa área.
Conheça os vencedores e suas iniciativas:
BASF - REVOLUÇÃO NA CULTURA E NOS PROCESSOS
Em fase madura da implementação de soluções de indústria 4.0 no Brasil, a Basf desenvolve localmente estratégia abrangente para a transformação digital, conforme conta Letícia Mendonça, diretora da unidade de Catalisadores da companhia para a América do Sul. Com isso, a executiva calcula que a Basf tenha alcançado mais proximidade dos clientes e capacidade de entregar novas respostas.
Letícia diz que a abordagem é digitalizar tanto os processos quanto a abordagem da companhia e a cultura interna. Entre as iniciativas em curso, está a fábrica da companhia em Indaiatuba (SP) que recebeu investimento para se adaptar aos conceitos de indústria 4.0. Outra frente importante de trabalho, destaca, é o onono, Centro de Experiências Científicas e Digitais que a organização inaugurou em São Paulo. “Um ambiente inovador e colaborativo para a cocriação de soluções de maneira ágil para atender as demandas do mercado”, conta.
BOSCH - DIGITALIZAÇÃO NO AFTERMARKET
Na divisão de aftermarket da Bosch na América Latina a revolução aconteceu na maneira de entender de quais soluções o mercado precisa. A empresa apostou em metodologias de design baseadas no ser humano, como design thinking e user experience, para mapear problemas do segmento de reposição automotiva e criar novas respostas. Lucas Frugis, chefe da área digital de Automotive Aftermarket para a região, conta que a iniciativa já começa a render bons frutos.
Segundo ele, a Bosch estruturou seis projetos voltados a atender as reais necessidades do segmento – a maior parte deles ainda está em desenvolvimento, mas uma solução já está em operação. É o eXtra, programa de pontos para que oficinas mecânicas ganhem prêmios ao comprar produtos Bosch. “Estamos desenhando o MVP (Minimum Viable Product) e vamos começar os testes de mais uma solução nos próximos meses”, conta, adiantando que tem mais novidade por vir.
FCA - ARRISCAR PARA GERAR VALOR AO CLIENTE
A FCA entendeu que, para acompanhar o acelerado ritmo da digitalização, não basta fazer planos. É preciso estar sempre em ação – e manter o foco em criar valor para o cliente. Quem fala a respeito é André Souza, CIO da companhia para a América Latina. “O processo de transformação digital em uma empresa com da nossa complexidade é de longo prazo e precisa considerar uma mudança cultural feita de forma gradual”. Segundo ele, a concorrência da organização não se resume mais no setor automotivo, passando também a incluir empresas de tecnologia.
O executivo diz que o processo de transformação digital da FCA está estruturado em cinco frentes, que ele chama de Digital Manufacturing; Customer Engagement and Commercial; New Digital Business; Digital Backoffice (digitalização de processos internos); e Connected Services and Vehicles. Segundo ele, há um trabalho constante para engajar os colaboradores da companhia na condução deste processo. “Um das ações impulsiona a empresa a ser cada vez mais guiada pelo uso de dados”, conta. Souza aponta que a revolução só será bem-sucedida se estiver focada em melhorar a experiência do cliente.
FORD - DE OLHO NA JORNADA DO CONSUMIDOR
Facilitar a vida das pessoas com segurança e assertividade. É assim que a Ford resume a sua busca com a transformação digital. Enquanto encerra as atividades de sua fábrica em São Bernardo do Campo, reduzindo seus ativos físicos, a companhia aponta estar trabalhando para ampliar seu patrimônio digital ao melhorar processos e criar novas soluções para aprimorar a jornada do consumidor.
A Ford informa que suas ações para a transformação digital se encaixam na estratégia global, mas com autonomia e iniciativas locais. Um dos exemplos, aponta a fabricante, é o FordPass, plataforma que foi desenhada para oferecer comodidades aos clientes, como o agendamento de serviços na rede de concessionárias. A empresa destaca também soluções como o uso de realidade aumentada para fazer o diagnóstico dos problemas do carro e prestar assistência técnica remota para o veículo, além do uso de robôs para automatizar processos internos.
MERCEDES-BENZ - UM ECOSSISTEMA PARA A DIGITALIZAÇÃO
Depois de anos seguindo a cartilha tradicional da indústria, de busca constante por eficiência na fábrica, a Mercedes-Benz dá passos no Brasil para avançar na transformação digital em outras frentes, trabalhando em uma revolução de cultura e de abordagem do mercado, como conta o Chief Information Officer (CIO) da companhia, Maurício Mazza. “Precisamos atuar como um ecossistema, ao lado de uma série de parceiros, para entregar o melhor ao cliente”, diz.
Mazza conta que a Mercedes-Benz começa a colher agora os frutos do alto investimento que fez nos últimos anos para modernizar as fábricas e em ações internas. “Com operações eficientes, engajamento das pessoas e controle financeiro minucioso, construímos a fundação para aplicar agora uma série de conceitos, como machine learning, analytics e big data”, diz. Outra frente importante para a transformação digital da empresa, conta, é o que está além dos portões das fábricas. Neste caso a Mercedes-Benz comemora a frota de 10 mil caminhões conectados, equipados com o sistema FleetBoard, que já circulam no Brasil. Mazza cita também a TruckPad, startup em que a montadora detém o controle minoritário.
SCANIA - APOSTA NA CONECTIVIDADE
Na Scania, entre as ações de transformação digital, está o investimento na conectividade e na gestão cuidadosa dos dados para melhorar a entrega aos clientes. A companhia aponta que a estratégia é contribuir para elevar o nível de gestão de quem usa caminhões da marca, identificando oportunidades e reduzindo custos.
Fábio Souza, diretor de serviços da fabricante no Brasil, conta que, em 2017, a companhia lançou os Serviços Conectados. Por meio da solução, os veículos transmitem informações para um módulo na fábrica, que gera relatórios ou permite o acompanhamento em tempo real do desempenho do veículo, dependendo do plano de assinatura. O executivo conta que a ferramenta oferece informações detalhadas da operação e, a partir delas, o cliente pode tomar providências para economizar combustível, diminuir emissões de poluentes e aumentar a rentabilidade e disponibilidade da frota.
| Automotive Business (publicado em 20-08-2019) | | | | Pesquisa encomendada pela FCA confirma consumidores mais dispostos a alugar do que comprar bens
Uma pesquisa encomendada pela FCA Fiat Chrysler revela novos perfis e hábitos do consumidor que tendem a mudar bastante a relação montadora-cliente. O trabalho foi apresentado por Andrea Bisker, diretora da Stylus Advisory, empresa responsável pela execução da pesquisa.
“Os resultados nos permitem observar com antecipação as grandes mudanças que estão para ocorrer”, afirma a executiva.
O conteúdo identificou que os consumidores trocam cada vez mais a posse de produtos pelo acesso a eles por meio de locação. Pode ser uma furadeira, um móvel e é o que explica o crescimento da demanda por aplicativos de transporte.
A pesquisa indica também que fatores como renda estagnada e o difícil acesso a um imóvel levam as pessoas a valorizar mais as experiências vividas (numa viagem, por exemplo) do que a posse de um bem. E vale recordar aqui que, depois da casa própria, o automóvel é o segundo bem mais caro para uma família tradicional.
A pesquisa mostra ainda o crescimento da oferta de moradias compartilhadas (como nos escritórios de co-working) e o número de residências que abrigam três gerações de uma mesma família. Isso não é uma sentença de morte para o automóvel, mas fica claro que há menos espaço e dinheiro disponível para ele nessa sociedade mutante.
| Automotive Business (publicado em 20-08-219) | | | | Elevada capacidade produtiva mundial e volumes regionais tímidos são empecilhos para fabricar transmissões automáticas no Brasil
A produção no Brasil de câmbios automáticos, atualmente presentes em quase metade dos veículos vendidos no mercado interno, ainda é algo distante na opinião de Luiz Santamaria, diretor de compras da FCA Latam, Celso Simomura, vice-presidente de compras da Toyota, e David Padrão, gerente de compras da Volkswagen, que participaram de painel do Workshop Planejamento Automotivo ABPLAN 2020 , realizado por Automotive Busines s na segunda-feira, 19, no WTC Events Center em São Paulo.
Ainda que a participação dessas transmissões tenha triplicado nos carros vendidos no País na última década e a oferta é crescente em todas as marcas e segmentos, os executivos defendem que os volumes atuais ainda não justificaram a nacionalização.
“É um investimento muito alto e que, portanto, exige uma demanda também muito alta. Mas a produção nacional de transmissões automáticas vai acontecer com o decorrer do tempo”, afirma Celso Simomura, da Toyota.
O executivo reforça que as tecnologias adotadas pela Toyota são globais, mas nem sempre elas atendem as necessidades técnicas e de custos de uma região. “Precisamos adequá-las aos mercados e produzi-las de forma competitiva.”
Curiosamente, as três empresas representadas no painel do ABPLAN 2020 compram transmissões automáticas de um mesmo fornecedor, a Aisin, que atualmente importa as caixas do Japão. A empresa é uma subsidiária do Grupo Toyota.
Padrão, da Volkswagen, lembra que todos os câmbios oferecidos na linha brasileira da Volkswagen vêm do Japão e regionalizar a produção é uma premissa sobre a qual a montadora vem trabalhando há muito tempo, sem, entretanto, chegar a um veredito.
Já o diretor de compras da FCA é claramente o menos esperançoso de que poderá encontrar algum fornecedor local, no curto prazo, os câmbios automáticos que equipam os Fiat e Jeep montados em Betim (MG) e Goiana (PE). Há, segundo ele, outros dois empecilhos, além da demanda considerada ainda insuficiente para justificar o investimento em uma linha de produção de transmissões automáticas: um mercado pulverizado e a elevada capacidade produtiva instalada nos principais polos automotivos mundiais, como o Japão.
“Seria interessante se tivéssemos uma maior padronização dos câmbios que as montadoras daqui utilizam. Geraríamos uma escala maior. Mas sou cético que tenhamos câmbios automáticos nacionais no curto prazo, até porque tem muita ociosidade lá fora”, afirma Santamaria.
| Automotive Business (publicado em 20-08-2019) | | | | Índice de conteúdo local de autopeças deve crescer nos próximos dois anos
Três das maiores montadoras instaladas no Brasil fizeram brotar discretos sorrisos nos rostos dos fornecedores da cadeia automotiva que participaram do Workshop Planejamento Automotivo ABPLAN 2020, realizado por Automotive Business na segunda-feira, 19, no WTC Events Center em São Paulo. Representantes dos departamentos de compras das três asseguraram que vão gastar mais em autopeças, partes e serviços em 2019 e pelo menos nos próximos dois anos.
Luis Santamaria, diretor de compras da FCA América Latina, Celso Simomura, vice-presidente de compras da Toyota, e David Padrão, gerente de compras da Volkswagen, justificaram os dispêndios mais generosos: é preciso dar conta dos diversos lançamentos de veículos, do crescimento da produção em 2019 e também de projetado novo avanço dos negócios em 2020.
A FCA, por exemplo, já tem certo que desembolsará cerca de R$ 17 bilhões na América Latina em 2019, perto de 16% a mais do que no ano passado. Santamaria vê oportunidades inclusive de aumentar o índice de conteúdo local, em especial nos veículos que a empresa produz no Polo Automotivo Jeep em Goiana (PE), hoje da ordem de 60%, bem abaixo dos 95% alcançados nos modelos originários da planta Fiat de Betim (MG).
Já Simomura, sem revelar quanto nem qual a variação, afirma que as compras da empresa “crescerão bastante” este ano por conta do início de produção da nova geração do Corolla, que será apresentada no início do mês que vem.
O sedã médio mais vendido do mercado brasileiro e o principal produto da fabricante aqui incorporará vários recursos de assistência à condução, teve seus motores nacionalizados e será o primeiro carro híbrido nacional – e o primeiro híbrido flex, bicombustível do mundo. “É um lançamento que deve impactar os valores de compras também em 2020”, admite o executivo.
A Toyota, que na média de seus três modelos fabricados nas fábricas paulistas de Sumaré e Sorocaba contabiliza 70% de conteúdo local, reconhece que terá alguma dificuldade de aumentar o conteúdo local no novo Corolla. O principal entrave, naturalmente, está na parte híbrida elétrica do powertrain. “Precisaremos de muito volume para nacionalizar esses componentes”, diz o vice-presidente de compras.
O cronograma de lançar 20 veículos nacionais e importados entre 2017 e 2020 tem impulsionado as compras na Volkswagen de forma ainda mais evidente. David Padrão calcula que para isso, e também para atender o atual crescimento do mercado interno acima dos 10% no ano, em 2019 a montadora gastará 30% a mais do que em 2018, ou algo entre R$ 16 bilhões e R$ 17 bilhões.
Por conta desse esforço a fabricante estima que o índice médio de conteúdo local já esteja em 76%, mesmo com a chegada, em menos de dois anos, do Polo, Virtus e T-Cross, três modelos construídos sobre a plataforma modular MQB, principal investimento da montadora no País nos últimos anos.
Padrão, contudo, ainda vê margem para avanços de participação das autopeças brasileiras, mesmo no curtíssimo prazo. Ele projeta que o índice de nacionalização deve subir para até 79% ainda este ano com a compra local de, dentre outros componentes, sistemas de infoentretenimento.
| Automotive Business ( publicado em 20-08-2019) | | | | Modelo tem capacidade para até 115 passageiros e recebe motor dianteiro
A Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) criou um chassi para veículos com até 15 metros de comprimento e três eixos, dois deles direcionais. Com capacidade para até 115 passageiros e 22 toneladas, ele recebe motor MAN D08. As suspensões são pneumáticas.
O veículo está sendo mostrado pela primeira vez em Brasília (DF), no Seminário Nacional NTU, que ocorre até o dia 22, quinta-feira. O motor é dianteiro. A VWCO não informou detalhes como potência, tipos de transmissão disponíveis ou capacidade de manobra.
Pelo comprimento o novo Volksbus surge como meio-termo entre os articulados de 18 metros e os modelos Padron, desde que o trajeto permita. Dois pontos vão limitar a aplicação desse chassi. Um é o próprio comprimento e o outro, o balanço traseiro de mais de quatro metros.
No entanto, a nova opção chega em um momento de recuperação do mercado de ônibus. De janeiro a julho foram licenciadas 14,5 mil unidades no País, registrando alta de 54,7% sobre igual período do ano passado.
| Automotive Business (publicado em 20-08-2019) | | | |
|
| | |
|
|