| 07 e 08 de JUlho de 2020
Quarta-feira
Câmbio
Em 08 /07/2020
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Compra
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Dólar
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Fonte: BACEN
| | | | O SINDIMETAL/PR divulga abaixo o serviço de atendimento prestado pelo SESI aos trabalhadores das indústrias denominado Canal de Apoio à Saúde Mental. É um serviço gratuito disponibilizado aos associados do SINDIMETAL/PR e demais sindicatos.
O Canal conta com profissionais do Sesi especializados em Saúde Mental, prontos para atender colaboradores da indústria que estejam passando por momentos de dificuldade emocional durante a pandemia.
Compartilhem com os seus colaboradores os cartazes (clique na Imagem), bem como o número de WhatsApp abaixo.
Clique na Imagem e abra o documento
| SINDIMETAL/PR | | | | Segue material compilado das Medidas emergenciais anunciadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal atualizado conforme levantamento realizado pela Coordenação de Relações Governamentais da FIEP, sendo incluídas as seguintes informações:
GOVERNO FEDERAL
Lei nº 14.021, de 7 de julho de 2020, do Poder Legislativo. Dispõe sobre medidas de proteção social para prevenção do contágio e da disseminação da Covid-19 nos territórios indígenas; cria o Plano Emergencial para Enfrentamento à Covid-19 nos territórios indígenas; estipula medidas de apoio às comunidades quilombolas, aos pescadores artesanais e aos demais povos e comunidades tradicionais para o enfrentamento à Covid-19; e altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, a fim de assegurar aporte de recursos adicionais nas situações emergenciais e de calamidade pública, com veto parcial, mensagem nº 378/2020.
Lei nº 14.022, de 7 de julho de 2020, do Poder Legislativo. Altera a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, e dispõe sobre medidas de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher e de enfrentamento à violência contra crianças, adolescentes, pessoas idosas e pessoas com deficiência durante a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019.
Instrução Normativa nº 52, de 6 de julho de 2020, do Ministério da Economia. Altera a Instrução Normativa nº 22, de 17 de março de 2020, que estabelece orientações aos órgãos e entidades do Sistema de Pessoal Civil da Administração Pública Federal - SIPEC, quanto às medidas de proteção para enfrentamento ao Covid-19, elacionadas ao processo de recadastramento de aposentados, pensionistas e anistiados políticos civis.
Portaria Conjunta nº 27, de 7 de julho de 2020, Ministério da Economia. Prorroga os prazos previstos nos art. 1º e art. 2º da Portaria Conjunta nº 22, de 19 de junho de 2020, que dispõe sobre o atendimento dos segurados e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social durante o período de enfrentamento ao Covid-19 e disciplina o retorno gradual do atendimento presencial nas Agências da Previdência Social.
Portaria nº 187, de 6 de julho de 2020, do Ministério da Infraestrutura. Dispõe sobre medidas temporárias de prevenção ao contágio pelo coronavírus (COVID-19) na Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (ANTAQ).
GOVERNO ESTADUAL
Diário Oficial do Paraná não disponibilizado no Portal de Imprensa Oficial do Estado até às 9h.
GOVERNO MUNICIPAL
Decreto nº 8.613, de Pontal do Paraná. Dispõe sobre medidas de prevenção ao contágio pelo CORONAVÍRUS (COVID-19) no Município de Pontal do Paraná.
Decreto nº 8.647, de Pontal do Paraná. Dispõe sobre medidas de prevenção ao contágio pelo CORONAVÍRUS (COVID-19) no Município de Pontal do Paraná.
Decreto, de Pontal do Paraná. Dispõe sobre medidas de prevenção ao contágio pelo CORONAVÍRUS (COVID-19) no Município de Pontal do Paraná
Decreto nº 8.694, de Pontal do Paraná. Unifica e dispõe sobre medidas de prevenção ao contágio pelo CORONAVÍRUS (COVID-19) no Município de Pontal do Paraná.
Resolução nº 36, de Cascavel. Aprova o Plano de Ação e Aplicação referente ao Recurso Federal da Portaria do Ministério da Cidadania nº 369 das Ações Socioassistenciais, no enfrentamento da pandemia causada pelo Novo Coronavírus.
Portaria nº 14, de Cambé. Dispõe sobre medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus – COVID-19, no âmbito da Câmara Municipal de Cambé e dá outras providências.
Decreto nº 288, de Cambé. Fica alterado o horário de funcionamento das Repartições Públicas Municipais, a partir do dia 06 de julho de 2020.
| Sistema FIEP | | | Publicada em 7 de julho, a Lei 14.020/2020 estabelece as regras aplicáveis para o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda a partir da data de sua publicação.
Confira no documento a seguir, elaborado pela Gerência Executiva de Relações de Trabalho da CNI, as disposições da Lei.
| SINDIMETAL/PR | | | Com os hospitais de Curitiba e região metropolitana sofrendo para dar conta da demanda de pacientes contaminados pelo novo coronavírus, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital paranaense também já estão tendo dificuldade para lidar com a sobrecarga de trabalho. É o que denuncia o Sindicato dos Sevidores Municipais de Enfermagem de Curitiba (Sismec), que relata a situação da UPA Fazendinha como exemplo.
Confira a situação de cada um dos hospitais da Região Metropolitana de Curitiba
De acordo com Raquel da Silva Padilha, presidente do Sismec, nos últimos dias diversos profissionais da área de saúde repassaram ao sindicato informações sobre superlotações de UPAs. Na madrugada de hoje, a situação mais grave era na UPA da Fazendinha. O cenário é classificado por Padilha como "bem preocupante", uma vez que as UPAs "estão sobrecarregadas, estão muito cheias".
"Na UPA Fazendinha, por exemplo, nesta madrugada eles não tinham lugar para colocar as crianças, estavam tendo de deixar crianças em consultório médico porque não tem [mais lugar]. Estão misturando com os adultos, estava tudo lotado, tudo, tudo, tudo. Não estão sendo transferidos [os pacientes]", relata a presidente do Sismec, comentando ainda que a sobrecarga de trabalho se agrava por conta da necessidade de afastamento de diversos funcionários por motivos de saúde.
"Estamos com 40 profissionais na UPA Fazendinha afastados por Covid e mais alguns por outras doenças. Então mais da metade dos profissionais estão afastados, está com superlotação e os pacientes estão demorando a ser transferidos dali. O pessoal não quer mais fazer extra, estão com medo de fazer extra. A enfermagem está amedrontada, está apavorada", diz a sindicalista.
A situação, entretanto, não chega a ser novidade. No final de junho, quando os primeiros hospitais de Curitiba começaram a colapsar, dois profissionais que estão na linha de frente no enfrentamento à pandemia já haviam relatado o agravamento da situação nas UPAs, em decorrência da superlotação de hospitais.
"Estamos com 100% das vagas ocupadas de UTI para Covid e estamos mantendo pacientes graves na UPA para ganhar tempo e esvaziar alguma vaga. Alguns hospitais já não têm mais vagas nem nos seus pronto atendimentos", disse na ocasião um médico à reportagem.
O Bem Paraná já entrou em contato com a Prefeitura de Curitiba e pediu um posicionamento do governo municipal sobre a situação das UPAs. Tão logo seja dada uma resposta, a reportagem será atualizada.
| Bem Paraná | | | Márcia Huçulak, secretária de saúde: “Às vezes a gente perde a esperança”
A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba confirmou, nesta segunda-feira (6), mais seis mortes de moradores da cidade por Covid-19 e outros 695 novos casos c onfirmados da doença. Todos os resultados novos foram constatados por RT-PCR, teste padrão ouro para a detecção do novo coronavírus. Desde junho, a Capital vem em evolução no número de casos e óbitos.
Diante deste quadro, ontem a secretária de Saúde da Capital, Márcia Huçulak, voltou a criticar o comportamento de muitas pessoas que, mesmo diante do avanço da doença na cidade e dos decretos que impõem mais restrições, continuam a promover aglomerações e não usar máscara.
“Todo nosso mês de julho será muito duro”, disse a secretária, dizendo que essas pessoas parecem não ter entendido a gravidade da situação. “Às vezes a gente perde a esperança na humanidade”, disse.
Em um mês, os casos de Covid-19 subiram cinco vezes. Eram 1.352 casos no dia 8 de junho e ontem o total na Capital chegou a 7.530. As mortes saltaram de 61 para 195 no período. Ontem, a taxa de ocupação de UTIs estava em 87% na Capital.
No Paraná a situação não é diferente. Em pouco mais de um mês o número de casos confirmados da doença no Estado avançou 544%, enquanto o número de óbitos saltou 311%. No dia 1º de junho, o Paraná havia registrado um total de 4.829 contaminações pelo novo coronavírus, com 190 mortes. Já no boletim de ontem eram 32.411 casos e 806 mortes pela doença.
Brasil passa de 65 mil mortes causadas pela Covid-19; casos chegam a 1,6 milhão
O Brasil chegou a 65.487 mortes em decorrência da Covid-19. Foram registradas mais 620 mortes nas últimas 24 horas, conforme atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta segunda-feira. Pelas estatísticas do Ministério da Saúde, foram identificados mais 20.229 casos da doença. Com isso, o número total de pessoas infectadas chegou a 1.623.284. As informações são da Agência Brasil.
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná confirmou ontem mais 1.291 confirmações e 25 mortes pela infecção causada pelo novo coronavírus. O Paraná soma 32.411 casos e 806 mortos em decorrência da doença.
Em Curitiba, foram 695 novos casos e seis óbitos. Com os novos registros, Curitiba chega a 195 mortes e 7.530 casos de moradores da cidade infectados pelo novo coronavírus.
Situação deve piorar no Paraná, diz pesquisador
O número de infectados pela Covid-19 no Paraná deve piorar no decorrer dos próximos dias, mesmo com as novas medidas de isolamento decretadas na semana passada. A projeção é do professor José Rocha Faria Neto, da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), à frente de estudo que monitora a evolução da doença no estado, ligado ao Centro de Epidemiologia e Pesquisa Clínica da Universidade (Epicenter).
“Ainda é muito precoce verificar, nos próximos dias, qualquer impacto das normas de restrição previstas pelo Governo do Estado”, avalia.
Outro ponto que merece atenção diz respeito à taxa de ocupação dos leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no Leste do Paraná, onde fica Curitiba, que o fim de semana era de 82% — número mais alto atingido na região até então. Ainda foi registrado aumento de 11% no número de pacientes internados nas UTIs do Leste entre os dias 30 de junho e 3 de julho.
“É preciso que a população tenha disciplina para reverter o quadro. Quem for de grupo de risco deve ficar em casa e a circulação de pessoas deve ser a menor possível. Quem precisar sair, deve usar máscara sempre, higienizar as mãos com frequência, evitar aglomerações e locais fechados e manter distância de, pelo menos, dois metros de outras pessoas”, orienta o médico.
Os pesquisadores da PUCPR estão dedicando esforços à prevenção e combate do coronavírus no Paraná. No escopo do Centro de Epidemiologia e Pesquisa Clínica da Universidade (Epicenter), é realizado monitoramento diário dos casos de Covid-19 no estado. Os dados são públicos e podem ser conferidos aqui: https://public.flourish.studio/visualisation/2927469/
| Bem Paraná ( publicado em 06-07-2020) | | | As sete cidades litorâneas terão que se adequar às limitações do decreto estadual 4942/20, que trata do fechamento de atividades não essenciais para conter o avanço da Covid-19. As operações dos portos de Paranaguá e Antonina não serão afetadas.
Os sete municípios que compõem a 1ª Regional de Saúde, do Litoral, também terão que se adequar às limitações impostas pelo decreto estadual 4942/20 que restringe o funcionamento de atividades econômicas consideradas não essenciais e a circulação de pessoas em locais públicos por 14 dias para conter o avanço da Covid-19.
A determinação consta em um novo decreto 5041/2020 (AQUI) assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e vale para Matinhos, Paranaguá, Morretes, Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba e Pontal do Paraná a partir desta quarta-feira (8). As operações dos portos de Paranaguá e Antonina não serão afetadas.
Agora são 141 municípios atingidos por medidas restritivas mais severas no Estado. Eles pertencem às regionais de Saúde de Cascavel, Cianorte, Cornélio Procópio, Região Metropolitana de Curitiba, Londrina, Foz do Iguaçu, Toledo e Litoral.
A inclusão das cidades litorâneas leva em conta um cálculo epidemiológico que considera a taxa de incidência por 100 mil habitantes, o número de mortes pela mesma faixa populacional e a ocupação de leitos de UTI nas quatro macrorregionais (Leste, Oeste, Norte e Noroeste).
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, houve aumento de 101% nos casos nos sete municípios entre a semana epidemiológica 26 (460 casos) e a semana 27 (925 casos). A ocupação de leitos de UTI no Hospital Regional do Litoral, que alcançou 95% na área Covid-19 e de 80% ou mais nos demais leitos (traumas, partos e outras situações), também foi levada em consideração nessa decisão.
As medidas estabelecidas no decreto estadual foram apresentadas aos prefeitos dos sete municípios na tarde desta segunda-feira (6). “Precisamos que as medidas sejam adotadas em todos os municípios e também a cooperação dos moradores de Curitiba e da Região Metropolitana para que não desçam ao Litoral neste período. Os casos estão aumentando, a situação é preocupante, e é momento de agir”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Beto Preto. “É uma abordagem de saúde pública. Só vamos conseguir vencer a Covid-19 se estivermos juntos”.
Ele também acrescentou que o Governo do Estado trabalha para ampliar o número de leitos e a capacidade da UTI no Hospital Regional do Litoral nos próximos dias. Atualmente há dez leitos de UTI e dez de enfermaria disponíveis, com lotação de 90%.
PREFEITOS – Os prefeitos falaram que o decreto estadual respalda ações individuais já adotadas ao longo da pandemia, como as barreiras sanitárias, e que é o momento adequado para assumir postura mais dura contra o novo coronavírus. Eles também pediram colaboração dos moradores de Curitiba e Região Metropolitana contra os deslocamentos.
“A informação que temos é que julho será um mês difícil. Temos que entender que a pandemia está chegando em momento delicado no Paraná. Tivemos cinco óbitos nas últimas semanas em Paranaguá”, destacou o prefeito Marcelo Roque. “Essa é a nossa preocupação e a de todos os prefeitos do Litoral. Se não tivéssemos tomado medidas restritivas lá atrás teríamos mais de 300 óbitos nessas cidades”.
“Morretes só tem um respirador. Estamos fazendo tudo o que podemos. Acho que esse decreto do Governo do Estado será bom para unificar a decisão”, ponderou o prefeito de Morretes, Osmair Costa Coelho. “Vamos acompanhar o que a Secretaria prescreve porque é a instituição que tem os quadros capacitados para tomar as decisões que dizem respeito a saúde pública e preservação da vida, mais do que qualquer convicção pessoal”, acrescentou o prefeito de Antonina, José Paulo Azim.
PRINCIPAIS RESTRIÇÕES – A principal medida do decreto 4942/20 é a suspensão das atividades não essenciais por 14 dias, prazo que poder ser prorrogado por mais 7 dias. Segundo o texto, haverá avaliações periódicas da continuidade das medidas depois do início da vigência, levando em consideração a evolução dos casos e critérios técnicos e científicos.
A regra se aplica também a shopping centers, galerias comerciais, comércio de rua, salões de beleza, barbearias, clínicas de estética, academias, clubes, bares e casas noturnas. Restaurantes e lanchonetes poderão atender somente no sistema drive-thru, delivery ou take away (retirada no balcão).
O funcionamento dos mercados, supermercados e similares (frutarias e panificadoras) ficará restrito de segunda-feira a sábado, das 7h às 21h. O fluxo será limitado a 30% da capacidade total, devendo ser controlado com a distribuição de senhas. O acesso será limitado a uma pessoa da família. Crianças menores de 12 anos também não poderão entrar nesses estabelecimentos.
Beto Preto também citou a resolução 856/2020, válida para igrejas e templos religiosos. O documento da Secretaria da Saúde estabelece que todas as igrejas e templos que estiverem localizados nas 141 cidades impactadas pelas restrições deverão abster-se de promover eventos religiosos presenciais, restringindo-se apenas às versões virtuais.
ATIVIDADE ESSENCIAIS – Os serviços essenciais listados no Decreto 4.317/2020 devem seguir os dispostos na Resolução 632/2020 e as notas orientativas da Secretaria de Estado da Saúde, com regras rígidas de higiene e distanciamento social.
| Agência Estadual de Notícias (publicado em 06-07-2020) | | | Prefeitos da Região Metropolitana alinham condutas de prevenção e controle do coronavírus e confirmam o compromisso de cumprimento das medidas determinadas pelo Governo. Municípios do Litoral entrarão na quarentena a partir quarta-feira (08).
Os municípios da Região Metropolitana de Curitiba formalizaram nesta segunda-feira (06), durante reunião do Fórum Metropolitano de Combate à Covid-19, um pacto para alinhamento de condutas de prevenção e controle do coronavírus.
Sugerido pelo prefeito de Campo Largo, Marcelo Puppi, o Pacto Metropolitano foi encampado pelos demais prefeitos como estratégia para garantir unidade nas decisões relacionadas ao controle da pandemia e reafirma o compromisso de todos os municípios no cumprimento do decreto estadual que estabeleceu quarentena mínima de 14 dias para conter a propagação do vírus.
“Esse não é um problema isolado, por isso é importante o alinhamento para podermos gradativamente, e com segurança, voltar à normalidade”, disse o chefe da Casa Civil do Paraná, Guto Silva, na videoconferência promovida pela Assomec - Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba.
Segundo ele, o Governo já começa a perceber os resultados dos primeiros seis dias de quarentena que determina medidas mais restritivas. “Nosso objetivo é alcançar 55% de isolamento social, ainda não chegamos lá, mas a boa notícia é que a Região Metropolitana de Curitiba já está acima das outras regiões abrangidas pelo decreto”, disse.
LITORAL – Guto Silva também anunciou a inclusão dos municípios do Litoral na quarentana. Decreto nº 5041, assinado nesta segunda, acrescentou a 1ª Regional de Saúde de Paranaguá entre aquelas abrangidas pelo decreto publicado em 30 de junho. As medidas para os municípios do Litoral passam a valer a partir de quarta-feira (08).
UNIÃO - A videoconferência também avaliou resultados e discutiu estratégias para a retomada da atividade econômica. Para o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, a primeira semana da quarentena teve boa adesão na Capital. “Tivemos apenas 47 ocorrências de fechamento de estabelecimentos apenas no fim de semana, ou seja, a grande maioria está cumprindo as medidas”, afirmou.
O prefeito de Campo Largo, Marcelo Puppi, destacou o Pacto Metropolitano contra a Covid-19 como um dos maiores legados do pós-pandemia, por ter unido todos os municípios da região. “Não estamos tomando decisões políticas, estamos unidos pela vida e logo poderemos trabalhar num pacto pela retomada da economia, do emprego, do comércio”, disse.
| Agência Estadual de Notícias (publicado em 06-07-2020) | | | Todos os dias, hospitais da Região Metropolitana de Curitiba sofrem com a alta demanda de pacientes com Covid-19 e já apresentam colapso. Conforme dados divulgados nesta segunda (6) pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), quatro dos 11 estabelecimentos com leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do SUS para casos confirmados ou suspeitos de Covid estavam lotados de pacientes, ou seja, com 100% de taxa de ocupação.
São eles: Hospital da Cruz Vermelha, Hospital de Clínicas (HC) Hospital Evangélico e Hospital Municipal de São José dos Pinhais. Nas UTIs, aliás, a taxa de ocupação está acima de 85% nos onze hospitais com vagas exclusivas para pacientes adultos com coronavírus na Grande Curitiba.
Segundo os dados da Sesa, também são quatro enfermarias da Grande Curitiba sem vagas para pacientes de Covid-19 atendidos pelo SUS: Santa Casa, Hospital do Idoso, Hospital São Vicente e Hospital de Clínicas(HC). Lembrando que no caso do HC não há vagas nem em UTIs, que somam 61 leitos, e nem em enfermarias, que somam 83 vagas.
Tema de reunião
O possível colapso geral nos hospitais da RMC foi assunto desta segunda (6) de videoconferência do prefeito de Curitiba, Rafael Greca, com prefeitos da Região Metropolitana de Curitiba. Ele cobrou um esforço para abertura de mais leitos do SUS para covid-19 em hospitais da região. Greca também ofereceu aos municípios vizinhos 50 ônibus da frota da capital para reforçar o transporte metropolitano nesse período de pandemia.
As propostas integram o Fórum Metropolitano de combate à covid, promovido pela Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec) para debater medidas conjuntas, avaliar indicadores e começar a pactuar estratégias de controle e retomada gradativa das atividades. Atualmente, Curitiba conta com 588 leitos do SUS exclusivos para covid-19 (261 de UTI e 327 de enfermaria). Até metade deste mês de julho serão 782.
“Temos capacidade para mais e não vamos deixar ninguém de fora, mas precisamos de apoio com equipamentos como monitores ou da ampliação de leitos também em hospitais de Araucária, Campina Grande do Sul, São José dos Pinhais, até para não estrangular outras condições que também precisam de internamento”, disse Greca.
Boletim da Capital
A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba registrou nesta segunda-feira (6/) mais seis mortes de moradores da cidade por Covid-19 e outros 695 novos casos confirmados da doença. Todos os resultados novos foram constatados por RT-PCR, teste padrão ouro para a detecção do novo coronavírus. Com os novos registros, Curitiba chega a 195 mortes e 7.530 casos de moradores da cidade infectados pelo novo coronavírus.
| Bem Paraná ( publicado em 06-07-2020) | | | Neste último fim de semana, equipes da Prefeitura atuaram dia e noite, em diferentes bairros, para coibir excessos e garantir que comércios e a população obedeçam às medidas sanitárias de saúde previstas em decretos municipais e estaduais. Da manhã de sexta-feira (3/7) até a noite de domingo (5/7) foram realizadas 460 fiscalizações.
Em 30,6% das incursões (141 fiscalizações) foram verificadas irregularidades. Nas demais, os espaços vistoriados estavam adequados ao Decreto Municipal nº 870, pelo qual a capital se alinha às medidas de contenção ao novo coronavírus definidas pelo Governo do Estado pelo decreto 4.942, de 30 de junho de 2020.
Os dados se referem às fiscalizações realizadas pelas equipes da Secretaria Municipal do Urbanismo, Guarda Municipal, Vigilância Sanitária, além de duas Ações Integradas de Fiscalização Urbana (Aifu), promovidas no sábado e domingo, com a participação da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
Foram incursões em bares, lojas, lanchonetes, restaurantes, postos de gasolina, supermercados e outras dezenas de estabelecimentos. Todos haviam sido denunciados pela população.
Denúncias com imagens podem ser feitas pelo aplicativo Curitiba 156
“Estamos em um momento crítico e precisamos do apoio incondicional de toda a população para diminuir a circulação das pessoas, tanto nos estabelecimentos quanto na rua”, diz o secretário municipal do Urbanismo, Júlio Mazza.
Irregularidades
Das 141 irregularidades encontradas, 51 foram interdições de estabelecimentos baseado decreto estadual que restringe as atividades comerciais neste período. Os fiscais expediram 60 notificações (40 em estabelecimentos que descumpriam o decreto 4.942/202 e em 20 estabelecimentos onde foram encontradas irregularidades nos alvarás).
Os fiscais também autuaram 13 estabelecimentos, a partir do decreto 4.942/202, e aplicaram seis notificações a partir da resolução municipal 01/2020, que estabelece regras para o funcionamento das atividades, entre elas o distanciamento social e a organização de fluxo de pessoas, uso de máscaras e oferta de álcool em gel. Foram feitas 11 intimações apresentadas pela vigilância sanitária.
Interdições
As 51 interdições ocorreram em estabelecimentos dos bairros Bigorrilho, Cajuru, Centro, Alto Boqueirão, Orleans, Fazendinha, Rebouças, Tatuquara, Hauer e Xaxim. As equipes paralisaram ainda as atividades em comércios nos bairros Alto Boqueirão, Bigorrilho, Santa Felicidade, Butiatuvinha, Bacacheri, Hauer, Mercês, Santa Cândida, São Lourenço, Santa Quitéria, Pilarzinho, Portão, Boa Vista, Tingui, Centro, Cajuru, Uberaba.
Foram encontrados funcionando em desacordo com a legislação bares, lojas de departamento, tabacaria, floriculturas, restaurante, confeitarias, academias, sorveterias, lojas de roupas e cométicos. Também foram interditadas cafeterias, salão de beleza, clube de tiros, lava-car, distribuidora de bebidas, comércio de tecidos, artigos de festas entre outros.
Segunda-feira
Já na manhã desta segunda-feira (6/7), as fiscalizações da Guarda Municipal fecharam uma loja de móveis na CIC e uma loja de brinquedos no Boqueirão. Ainda no Boqueirão, os guardas do núcleo regional foram acionados para atender a uma denúncia de aglomeração nos fundos de um estabelecimento localizado na Avenida Marechal Floriano Peixoto.
“Ao chegar lá, a equipe verificou que no local estava funcionando uma casa de jogos, com máquinas caça-níquel e outros jogos de azar”, conta o responsável pelo núcleo da GM no Boqueirão, inspetor Vilson Stempinhaki.
No local do caça-níquel, os guardas encontraram seis idosos e um cadeirante jogando. "Assim não é possível a sociedade sobreviver", declarou o prefeito Rafael Greca ao tomar conhecimento.
As atividades foram encerradas e a proprietária encaminhada ao 20º Batalhão da Polícia Militar para assinatura de termo circunstanciado.
| Prefeitura de Curitiba (publicado em 06-07-2020) | | | Nova medida é válida até 31 de julho
Um novo decreto assinado pelo governador Ratinho Junior, publicado na sexta-feira (3) no Diário Oficial do Estado, suspende os prazos administrativos e a cobrança de dívidas por parte do Estado. O governo já tinha editado, no final de março, um decreto que suspendia essa cobrança por 90 dias, uma das medidas administrativas para minimizar o impacto da pandemia do novo coronavírus no bolso dos contribuintes.
A nova medida é válida até 31 de julho e inclui créditos com órgãos da Administração Pública Direta, autarquias e fundações estaduais. “Sabemos que muitas pessoas estão com dificuldades financeiras por causa dos impactos da pandemia. Por isso, resolvemos prorrogar essa cobrança, para um momento que afete menos os contribuintes”, disse o governador.
O mesmo decreto também suspende o acesso aos autos dos processos físicos, a apresentação de protesto de certidões de dívida ativa do Estado e o ajuizamento de execuções fiscais, para evitar a circulação e aglomeração de pessoas.
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) realiza cerca de 30 mil protestos e ajuíza em torno de 400 dívidas por mês. Atualmente, a Dívida Ativa Estadual está em torno de R$ 40,3 bilhões. A suspensão dos prazos de pagamento dá novo fôlego a cidadãos e empresas que tenham algum débito com o Estado, como impostos atrasados, multas ambientais, administrativas, do Procon e outros tipos de créditos.
| Bem Paraná ( publicado em 06-07-2020) | | | O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou nesta segunda (6) a Medida Provisória (MP) 936, que criou o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. A MP permite às empresas suspender contratos ou reduzir jornadas e salários de funcionários até o fim do ano, enquanto durar o estado de calamidade pública decretado por conta da pandemia do novo coronavírus.
"Sancionada hoje a lei que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (MP 936). Todos os benefícios serão custeados com recursos da União, operacionalizado e pago pelo Ministério da Economia diretamente ao empregado", escreveu o presidente em uma rede social.
| Bem Paraná ( publicado em 06-07-2020) | | | Equipe econômica quer que acordos trabalhistas tenham validade de até quatro meses
Ao sancionar a lei que permite a prorrogação do programa de suspensão de contrato de trabalho e corte de jornada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos, que hoje vale a 17 setores da economia.
O Congresso aprovou, em junho, a permissão para o governo estender a flexibilização de regras trabalhistas na pandemia, como a redução de jornada e de salário, e incluiu no projeto um artigo para que a desoneração da folha, medida que diminui o custo de contratação de funcionários, valesse até o fim de 2021.
Bolsonaro, porém, seguiu a recomendação da equipe econômica e vetou o artigo que prolongava a desoneração da folha, por exemplo, para o ramo da informática, com desenvolvimento de sistemas, processamento de dados e criação de jogos eletrônicos, além de call center.
"Também estão atualmente desoneradas as empresas de comunicação, companhias que atuam no transporte rodoviário coletivo de passageiros e empresas de construção civil e de obras de infraestrutura." O ministro Paulo Guedes (Economia) quer uma desoneração mais ampla e permanente.
Essa medida, adotada no governo petista, permite que empresas possam contribuir com um percentual que varia de 1% a 4,5% sobre o faturamento bruto, em vez de 20% de contribuição sobre a folha de pagamento para a Previdência Social.
Agora, caberá ao Congresso analisar o veto de Bolsonaro, podendo aceitar ou derrubar o ato.
O governo argumentou que essa medida não estava prevista originalmente no projeto de lei enviado ao Legislativo, cujo objetivo foi alterar regras trabalhistas para que patrões pudessem reduzir custos e, em troca, o Ministério da Economia criou um benefício para suavizar a queda na renda dos trabalhadores.
Em vigor desde abril, o programa prevê um prazo máximo de dois meses para a suspensão de contratos de trabalho e de três meses para o corte de jornada e, consequentemente, de salário.
O governo quer, agora, estender esses prazos, permitindo que empresas façam uma nova negociação com os empregados para prorrogar a medida.
A ideia é que que o prazo dos acordos seja, no total, de quatro meses -- um mês a mais de corte de jornada e dois meses a mais de suspensão de contrato. Isso deve ser feito por decreto do presidente.
A autorização para que Bolsonaro amplie o prazo da medida foi dada pelo Congresso, que aprovou em junho a proposta de redução de jornada e suspensão de contratos.
O programa foi criado por medida provisória, em abril. Assim, as regras passaram a valer imediatamente, enquanto o Congresso ainda avaliava o projeto.
Em negociação com o governo, os parlamentares decidiram, por ampla maioria, conceder ao presidente o poder de estender os prazos por decreto.
Mais cedo, em uma rede social, Bolsonaro havia anunciado que sancionou a lei que criou o programa trabalhista durante a pandemia da Covid-19. Os vetos foram detalhados mais tarde pela assessoria de imprensa do Planalto.
O programa que permite a redução de jornada e salário ou a suspensão dos contratos já chegou a cerca de 12 milhões de trabalhadores com carteira assinada, segundo balanço do governo.
O Ministério da Economia informou que não há um impacto fiscal adicional com a prorrogação, pois a execução está abaixo do imaginado.
Pelas contas da equipe econômica, a medida deveria alcançar 24,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada, mas as adesões estão em menos da metade do previsto.
Com isso, o custo máximo do programa aos cofres públicos continua dentro do orçamento inicial de R$ 51,2 bilhões.
Bolsonaro vetou um dispositivo que garantia pagamento do benefício emergencial de R$ 600, durante três meses, para os empregados demitidos sem justa causa durante a pandemia que não têm direito ao seguro-desemprego.
O benefício também atingiria empregados domésticos. A justificativa usada pelo Planalto é que o item criaria despesa obrigatória ao Poder Público, o que viola dispositivos constitucionais.
O presidente também barrou um trecho que permitia determinadas deduções tributárias para as empresas que decidam complementar o benefício pago pelo governo para trabalhadores que tenham tido seus salários reduzidos.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 06-07-2020) | | | | O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, a Lei 14.020, de 2020, que permite redução de salários e jornadas, além da suspensão de contratos, durante a pandemia de covid-19, para viabilizar a manutenção de empregos. O texto tem origem na Medida Provisória 936/2020, aprovada pelo Senado, e está publicada na edição desta terça-feira (7) do Diário Oficial da União.
Editada em abril, a MP criou o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, que garante o pagamento, pelo governo federal, de uma parte do seguro-desemprego por até 60 dias ao trabalhador com contrato suspenso ou por até 90 dias se o salário e a jornada forem reduzidos. Ao empregado é garantida também a permanência no emprego pelo dobro do período em que teve o salário reduzido. Em nenhuma situação o salário pode ser reduzido a valor inferior ao salário mínimo em vigor (R$ 1.045).
Entre os pontos vetados, está a prorrogação até 2021 da desoneração da folha de pagamento de empresas de 17 setores da economia. A prorrogação foi incluída no texto pelo Congresso. A lei atual prevê que o benefício da prorrogação será concedido até o fim de 2020.
O governo também vetou trecho aprovado por deputados e senadores que permitiria aos empregados sem direito ao seguro-desemprego dispensados sem justa causa durante a pandemia acesso ao auxílio emergencial de R$ 600 por três meses contados da data da demissão. Retirou também do texto permissão para que o beneficiário que tinha direito à última parcela do seguro-desemprego nos meses de março ou abril de 2020 recebesse o auxílio emergencial.
Na mensagem de veto, o governo alegou que “as medidas acarretam renúncia de receita, sem o cancelamento equivalente de outra despesa obrigatória e sem que esteja acompanhada de estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro”.
Os dispositivos vetados podem ser derrubado por maioria absoluta nas duas Casas. Para se derrubar um veto na Câmara, são necessários 257 votos. No Senado, 41.
| Senado notícias ( publicado em 07-07-2020) | | | Em maio, o número de beneficiários no país caiu para 46,829 milhões de pessoas, contra 47,113 milhões no final de março, segundo dados da ANS.
Os planos de saúde no Brasil perderam 283 mil clientes em dois meses, segundo balanço divulgado nesta terça-feira (7) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em maio, o número de beneficiários caiu para 46,829 milhões de pessoas, contra 47,113 milhões no final de março.
A redução do número de clientes ocorre em meio à pandemia de coronavírus e aumento do desemprego no Brasil.
Em maio do ano passado, o número de clientes estava em 46,956 milhões.
A quantidade de clientes dos planos de saúde vem caindo desde 2015. Somente em 2018, houve uma estabilidade nos números. Em 2019, houve uma perda de 60,4 mil clientes. Em dezembro de 2014, o setor chegou a reunir 50,49 milhões de clientes.
Apesar da queda do número de clientes nos últimos em abril e maio, a ANS avalia que o cenário é de estabilidade.
"No geral, o setor manteve a tendência de estabilidade, com pequenas oscilações em relação aos meses anteriores. Cabe ressaltar que os números podem sofrer modificações retroativas em função das revisões efetuadas pelas operadoras", afirmou a agência, em nota.
A perda de beneficiários tem sido puxada pela diminuição dos planos individuais. Em maio, essa modalidade de contratação tinha 8,95 milhões de clientes, ante 9,042 milhões em igual mês de 2019.
Nos planos coletivos empresariais, o número de beneficiários caiu para 31,609 milhões – 61 mil pessoas a menos na comparação anual.
Já o número de clientes na segmentação exclusivamente odontológica cresceu no país e chegou a 25,373 milhões – alta de 979 mil na comparação anual. Em maior do ano passado, eram 24,394 milhões.
Os números a ANS mostram ainda que existem atualmente 739 operadoras em atividades no país com 17.692 planos ativos.
| G1 ( publicado em 07-07-2020) | | | | A produção industrial cresceu em 12 dos 15 locais pesquisados na passagem de abril para maio, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado reflete o retorno de unidades industriais à produção, mesmo que parcialmente, após as interrupções geradas pelas medidas de combate à pandemia do novo coronavírus.
Em São Paulo, maior parque industrial do País, houve uma expansão de 10,6%. Os demais avanços ocorreram no Paraná (24,1%), Pernambuco (20,5%), Amazonas (17,3%), Rio Grande do Sul (13,3%), região Nordeste (12,7%), Bahia (7,6%), Minas Gerais (6,3%), Santa Catarina (5,4%), Rio de Janeiro (5,2%), Mato Grosso (4,4%) e Goiás (3,0%).
Por outro lado, houve perdas ainda no Espírito Santo (-7,8%), Ceará (-0,8%) e Pará (-0,8%).
Na média global, a indústria nacional avançou 7,7% em maio ante abril.
Comparação com maio de 2019
Também segundo o IBGE, a produção industrial encolheu em 14 dos 15 locais pesquisados em maio de 2020 ante maio de 2019.
Nesta comparação, houve contribuição do efeito-calendário negativo, porque maio de 2020 teve dois dias úteis a menos do que maio de 2019, mas o mau desempenho foi explicado pela diminuição do ritmo da produção por conta da pandemia do novo coronavírus.
As perdas ocorreram no Ceará (-50,8%), Amazonas (-47,3%), Espírito Santo (-31,7%), Santa Catarina (-28,6%), Rio Grande do Sul (-27,3%), São Paulo (-23,4%), Região Nordeste (-23,2%), Bahia (-20,7%), Paraná (-18,1%), Minas Gerais (-15,1%), Pernambuco (-13,5%), Pará (-13,0%), Rio de Janeiro (-9,1%) e Mato Grosso (-3,4%).
Goiás teve avanço de 1,5%, a única taxa positiva, impulsionada pelo ramo de produtos alimentícios (açúcar VHP e cristal, óleo de soja refinado e em bruto, extrato, purês e polpas de tomate, leite condensado e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja).
Na média global, a indústria recuou 21,9% em maio de 2020 ante maio do ano anterior.
| Bem Paraná | | | | A dificuldade apontada pelas pequenas empresas em acessar as linhas de crédito emergenciais do governo fez recair sobre os grandes grupos empresariais o papel de financiador das atividades de seus fornecedores e distribuidores.
Enquanto, de um lado, houve dilatação nos prazos de cobrança dos clientes da distribuição que tiveram estabelecimentos fechados nas cidades em quarentena, de outro, a necessidade de garantir o fluxo de suprimentos no retorno das atividades vem exigindo a antecipação de pagamentos a fornecedores que sofrem com a insuficiência de caixa em razão do longo período de interrupção dos pedidos.
Linhas de antecipação de recebíveis foram abertas por empresas de diferentes cadeias produtivas como a mineradora Vale, a varejista Renner e a fabricante de autopeças Bosch.
"Várias iniciativas de crédito foram lançadas, mas sem efetividade. Até agora, a indústria consegue funcionar sem grandes quebras de abastecimento em razão, simplesmente, de um grande acordo interno, pelo qual um ajuda o outro", comenta Fernando Pimentel, presidente da Abit, entidade que representa a indústria de produtos têxteis, um setor que chegou a manter apenas um terço do parque produtivo ativo em meio à paralisação do comércio de vestuário.
Segundo Pimentel, a cadeia de tecidos e vestuário tem cerca de R$ 20 bilhões em crédito gerado internamente - ou seja, em transações a prazo que não passam pelos bancos. "Só que isso não é suficiente, porque as empresas ficaram 90 dias sem faturar e agora precisam de capital de giro para retomar as atividades. Por mais ações que você faça, nada substitui o crédito bancário. São ações que deveriam ser apenas complementares", afirma o executivo.
Entre as iniciativas de apoio ao funcionamento da indústria têxtil, onde as micro e pequenas empresas são 85% do total, a Renner, maior companhia de varejo de moda do País, colocou de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões em crédito a fornecedores. Ao mesmo tempo, recorre a uma linha do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ampliar o alcance da ação.
A Vale, por sua vez, antecipou os pagamentos de aproximadamente 3 mil pequenos e médios fornecedores. Para os serviços ou materiais entregues até o fim de maio, a mineradora diminuiu em até 85% o prazo de pagamento.
Pagamento antecipado
Na Bosch, um programa permite que parte dos fornecedores receba, antes do vencimento, as faturas emitidas à fabricante de sistemas automotivos. "Esta medida tem o objetivo de ajudar a ajustar o fluxo de caixa do fornecedor neste momento por meio do acesso rápido aos pagamentos futuros", comenta Giulianno Ampudia, diretor de compras da Bosch América Latina. Segundo ele, a taxa cobrada na antecipação do recebível é "extremamente atrativa".
Mas como os grandes grupos também sofreram o baque da pandemia nas finanças, há limitações, por esse tipo de ação acentuar o descompasso entre receitas (adiadas) e despesas (antecipadas), abrindo buracos no capital de giro.
Por isso, muitos preferem apoiar a cadeia através de soluções alternativas que não passem pelo caixa, atuando mais como um facilitador para que o crédito chegue por diferentes caminhos às empresas em dificuldade.
Desde 15 de junho, por exemplo, o BNDES recebe pedidos de grandes empresas, entre elas o da Renner, interessadas numa linha desenvolvida pelo banco para irrigar cadeias produtivas. Nela, uma empresa-âncora - de menor risco e, portanto, com acesso às melhores condições de financiamento - toma o crédito e o repassa a baixo custo a fornecedores e distribuidores da cadeia. Até o momento, porém, nenhuma operação foi contratada nesta modalidade.
Burocracia
O excesso de burocracia e a cobrança pelos bancos de garantias consideradas excessivas são citados por pequenas empresas e microempreendedores como os maiores obstáculos ao acesso das linhas de capital de giro mais baratas. Ainda que o governo tenha lançado fundos de garantias e o Banco Central (BC) tenha injetado uma soma de dinheiro sem precedentes no sistema financeiro, as empresas reclamam que o crédito não chega na ponta.
Em geral, a saúde financeira da cadeia de suprimentos tornou-se um dos principais focos de atenção da indústria na retomada da produção.
Conforme a Mercedes-Benz, montadora de caminhões e chassis de ônibus, a gestão de fornecedores críticos vem sendo um "tópico bastante ativo". A montadora alemã informa que tem procurado oferecer ferramentas facilitadoras para ajudar fornecedores com dificuldades relacionadas a fluxo de caixa.
Além da quebra de receita, uma decorrência da parada brusca das vendas, a pandemia impôs custos não previstos no orçamento de adaptação aos novos protocolos de prevenção da covid-19 nas linhas de produção e estabelecimentos comerciais.
Na Gerdau, onde aproximadamente 4 mil fornecedores são microempresas, companhias de pequeno porte e microempreendedores individuais, a solução tem sido direcioná-los a uma plataforma online da fintech Monkey, que os conecta a potenciais compradores de recebíveis da siderúrgica.
"Cada fornecedor enfrenta uma realidade diferente e buscamos entender e agir de acordo com a necessidade de cada um deles", afirma Vinícius Fernandes de Moura, gerente-geral de suprimentos da Gerdau.
| Bem Paraná | | | | O Ministério da Economia estuda ampliar o limite do Banco do Brasil e da Caixa Econômica no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), aposta do governo Bolsonaro para destravar o crédito para socorrer micro e pequenos empresários na crise, apurou o Estadão/Broadcast com três fontes, que aceitaram falar na condição de anonimato.
Juntos, os dois bancos públicos já emprestaram mais de R$ 5 bilhões. Os concorrentes privados, por sua vez, ainda não começaram a operar a linha.
O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Alexandre da Costa, admitiu ontem que os recursos do Pronampe terão de ser revistos. "Já estamos preocupados, porque recursos do Pronampe vão terminar em breve", admitiu, durante audiência pública virtual da Comissão Mista do Congresso que acompanha as medidas ligadas à pandemia do novo coronavírus.
Diante disso, o Ministério da Economia teria solicitado ao Banco do Brasil, que administra o Fundo Garantidor de Operações (FGO), responsável por garantir as operações, rever os limites do programa. São duas consultas, explica uma fonte. De um lado, a pasta solicitou uma análise sobre a possibilidade de aumentar o limite dos bancos de maneira geral. Também pediu um estudo com foco somente no próprio BB e na Caixa, o que poderia elevar o limite apenas das instituições públicas, que têm sido as mais atuantes no Programa.
Recursos
O orçamento total do Pronampe é de R$ 18,7 bilhões, a partir de R$ 15,9 bilhões que foram aportados em recursos do Tesouro no FGO para serem utilizados como garantias. Cada banco tem direito a um pedaço desses recursos, que varia conforme o porte das instituições. "A divisão inicial foi simplista. Foi em torno de 20% para cada um dos cinco grandes bancos. Não faz muito sentido isto. Então, é natural um ajuste", diz uma fonte, que prefere não ser citada.
O BB foi o banco que mais emprestou no Pronampe até agora. O banco contratou R$ 3,3 bilhões e espera alcançar o teto, de R$ 3,7 bilhões, ainda nesta semana. Em operações, já foram quase 54 mil, conforme informações exclusivas obtidas pelo Estadão/Broadcast. A Caixa liberou R$ 1,84 bilhão em um total de 22,32 mil contratos, de acordo com balanço do banco até às 19 horas de hoje.
Caso o limite de BB e Caixa seja alterado, a fatia para os rivais privados pode se reduzir. Gigantes como Itaú Unibanco e Bradesco, por exemplo, ainda não deram o pontapé na modalidade. As justificativas para não terem começado a operar o Pronampe vão de questões burocráticas, e que impedem a oferta em larga escala e em canais digitais, ao retorno da linha, considerado baixo.
A expectativa de alguns bancos era a de que parte dos entraves caísse com a aprovação de uma nova versão do regulamento do FGO, que garante as operações, esperada para essa semana. Do lado do retorno, o Banco Central flexibilizou as exigências de capital na modalidade como uma forma de torná-la mais atrativa para as instituições financeiras.
Na semana passada, o vice-presidente de agronegócio e governo do BB, João Pinto Rabelo, disse que o Pronampe havia atraído o interesse de 23 instituições financeiras. Desse grupo, 14 entregaram a documentação ao BB, que administra o Fundo Garantidor de Operações, e 5 já tiveram a adesão formalizada.
O Pronampe é mais uma tentativa do governo Bolsonaro de fazer o crédito chegar às mãos dos micro e pequenos negócios. Procurado, o Ministério da Economia não comentou. BB e Caixa também não se manifestaram.
| Bem Paraná | | | A pandemia de covid-19 e as medidas de isolamento social adotadas para impedir a disseminação do vírus impactaram a receita de 18,1% do total de empresas que prestaram informações em maio à Pesquisa Mensal de Comércio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre as empresas que deram alguma justificativa para a variação da receita em maio, 44,5% citaram o coronavírus como principal causa.
Em maio de 2020 ante maio de 2019, houve uma queda de 26,0% no volume de vendas das empresas varejistas que relataram ter sentido o impacto da covid-19 em suas atividades. Entre as empresas que não reportaram qualquer impacto da pandemia em suas receitas, o volume vendido caiu 0,7%.
Na média global, o comércio varejista teve uma redução de 7,2% nas vendas em maio deste ano ante maio de 2019. As empresas que relataram algum impacto devido à covid-19 deram uma contribuição negativa de -6,6 pontos porcentuais para a formação da média do varejo, enquanto as empresas que não relataram qualquer impacto contribuíram com -0,6 ponto porcentuais.
No varejo ampliado - que inclui as atividades de veículos e material de construção -, as empresas declaradamente impactadas pela covid-19 tiveram um recuo de 24,9% nas vendas, enquanto os informantes que não relataram impacto venderam 11,8% menos.
O subgrupo de empresas impactadas pela covid na média do varejo ampliado, que recuou 14,9% em relação a maio de 2019, foi de -5,8 pontos porcentuais, enquanto o subgrupo das não declaradamente afetadas impactou a taxa em -9,1 pontos porcentuais.
Encolhimento
O crescimento recorde de 13,9% nas vendas do comércio varejista brasileiro em maio ante abril ainda foi insuficiente para reverter as perdas históricas acumuladas em março e abril, decorrentes da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgados pelo IBGE.
O varejo encolheu 7,3% em relação ao patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020. Ao mesmo tempo, o varejo ampliado - que inclui as atividades de veículos e material de construção - teve uma retração de 15,4% em relação ao patamar pré-pandemia, já considerando o avanço de 19,6% alcançado em maio.
Segundo Cristiano Santos, analista do IBGE, a flexibilização de medidas de isolamento social tende a beneficiar o varejo, mas a queda na massa de salários em circulação na economia ainda pode prejudicar o ritmo de recuperação das vendas.
"Se você abre a sua loja é possível que você consiga vender mais do que se estivesse fechada, mas vai depender também de quem está comprando, da massa de renda salarial, desses auxílios (emergenciais), depende de uma série de fatores", explicou Santos. "O fator flexibilização acaba puxando para cima, mas o fator queda na massa de rendimento real puxa para baixo, então a gente não sabe qual fator vence essa queda de braço para o futuro", completou.
O pesquisador confirma que o mês de abril foi o pior momento para o comércio varejista. "Até maio, dá para dizer que o pior já passou. O patamar de receita já aumentou, então abril foi o mês mais complicado do ponto de vista da receita das empresas", disse ele. "Quando você tem uma queda muito grande, é muito difícil piorar também. Esse ajuste nos coloca ainda mais ou menos no pior momento da crise de 2016", acrescentou.
| Bem Paraná | | | Os pedidos de falência aumentaram 28,9% em junho ante maio, segundo levantamento nacional da Boa Vista. Na mesma base de comparação, os pedidos de recuperação judicial avançaram 82,2%, enquanto as falências decretadas e as recuperações judiciais deferidas subiram 93% e 103,3%, respectivamente.
Frente a junho de 2019, os pedidos de falência avançaram 87,1% e os de recuperação judicial, 44,6%. Já as falências decretadas e as recuperações judiciais deferidas tiveram alta de 71,3% e 123,4%, respectivamente.
No primeiro semestre de 2020 apenas as falências decretadas registraram resultado negativo, com redução de 14,5% contra o mesmo período do ano passado. Por outro lado, os pedidos de falência avançaram 34,2%, os pedidos de recuperação judicial, 32,8% e as recuperações judiciais deferidas, 45,3%, mantida a base de comparação.
Da mesma forma, na variação acumulada em 12 meses apenas as falências decretadas apresentaram queda em junho (-6,5%). Já os pedidos de falência subiram 28,8%, assim como os pedidos de recuperação judicial (28,2%) e as recuperações judiciais deferidas (37,4%).
Segundo a Boa Vista, o aumento nos pedidos de falências em 12 meses reflete as dificuldades que as empresas encontraram em manter suas atividades na primeira metade do ano em meio à crise provocada pela pandemia de coronavírus. Além disso, como já observado na análise mensal, a tendência é de que as empresas continuem apresentando piora nos seus indicadores de solvência durante o período mais agudo da crise, diz a instituição.
Na análise por porte da empresa, as pequenas foram responsáveis por 93,4% dos pedidos de falências e 94,2% dos pedidos de recuperação judicial, considerando o acumulado em 12 meses. Com relação a falências decretadas e recuperações judiciais deferidas, também houve predominância de ocorrências entre pequenas empresas, que responderam por 95,8% e 94,3% dos totais, respectivamente.
Já na divisão por segmento da economia, o setor de Serviços, que concentra a maior parte dos pequenos empreendimentos, segundo a Boa Vista, respondeu pelo maior porcentual dos pedidos de falência (40,5%), seguido pelo setor de Comércio (29,8%) e Indústria (29,6%). No mesmo período do ano passado, o setor de Serviços respondeu por 42,8% dos pedidos de falência, contra 30,8% da Indústria e 26,4% do Comércio.
| Bem Paraná | | | |
Alta de 13,9% nas vendas é recorde, mas não reverte perdas dos primeiros meses de pandemia
Com a reabertura de lojas em algumas regiões brasileiras durante o mês, as vendas do comércio se recuperaram em maio, fechando o mês em alta de 13,9% após queda recorde de 16,3% no mês anterior. Foi o maior crescimento da série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2000.
Os dados divulgados nesta quarta (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram, porém, que na comparação com maio de 2019, o comércio vendeu 7,2% a menos, o pior desempenho desde 2016. No acumulado do ano, o setor recua 3,9%.
Apesar da alta em maio, diz o instituto, as vendas do comércio brasileiro fecharam o mês em um patamar 7,3% inferior ao registrado em fevereiro, último mês sem efeitos das medidas de isolamento social para controlar a pandemia do novo coronavírus.
“As vendas cresceram de abril para maio, mas o movimento não foi suficiente para rebater todos os efeitos da pandemia”, disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. "Essa variação abrupta para cima não transforma o dado de maio em um dado positivo."
No comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas cresceu 19,6% em relação a abril, informou o IBGE. O volume de vendas está 15,4% abaixo do verificado em fevereiro.
Em maio, todos os ramos pesquisados pelo IBGE tiveram aumento nas vendas. Um dos setores mais afetados pela pandemia, o comércio de vestuário e calçados dobrou as vendas no mês, na comparação com abril. Móveis e eletrodomésticos (47,5%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (45,2%) também registraram altas expressivas.
Na comparação com o ano anterior, porém, apenas hiper e supermercados venderam mais (4,7%). As vendas de vestuário, por exemplo, caíram 62,5%. Materiais de escritório caíram 38,2% e combustíveis e lubrificantes, 21,5%.
No acumulado do ano, apenas os setores considerados essenciais, supermercados e farmácias, registram alta nas vendas, de 5,2% e 2,9%, respectivamente.
Santos diz que os dados interanuais ou do acumulado do ano mostram que os efeitos da pandemia ainda não passaram, mas indicam que o pior já passou para o comércio. "Para o comércio, o pior mês foi abril. Até maio, dá para dizer que o pior já passou."
Ele destacou, porém, que a volatilidade dos números deve ser "o novo normal", já que variações abruptas em um mês tendem a gerar variações abruptas no mês seguinte.
De acordo com o IBGE, a pesquisa aponta perda de ritmo dos impactos do isolamento social no comércio. Entre as empresas pesquisadas, 18,1% relataram impacto em suas receitas em maio. Em abril, esse número era 28,1%, o maior percentual desde o início da pandemia.
As vendas do comércio cresceram em todas as unidades da federação, com destaque para com destaque para: Rondônia (36,8%), Paraná (20,0%) e Goiás (19,4%), que tiveram reabertura do comércio de rua no mês.
A pesquisa do IBGE, porém, não identifica se a recuperação das vendas foi mais influenciada pela ida às lojas ou por uma melhora no comércio eletrônico, já que não há abertura sobre a origem da receita das empresas.
Santos disse, no entanto, que o agamento do auxílio emergencial e a antecipação de 13º para servidores, que caiu em maio, ajudaram a melhorar o desempenho do setor.
A expectativa do mercado é que as vendas cresçam em junho, após a reabertura das lojas no Rio e em São Paulo, as duas maiores cidades do país. Por outro lado, há locais que reabriram antes já reveem a decisão diante do aumento no número de casos.
O gerente do IBGE pondera que o desempenho do comércio nos próximos meses dependerá também da segurança do consumidor em meio a um cenário de perda de emprego e renda.
"Na medida em que o comércio reabre, a gente acaba imaginando que possa haver recuperação dos valores de abril", disse. "Mas isso depende também de quem está comprando, da massa salarial, da renda, dos auxílios emergenciais."
"Fazendo a pergunta de outra maneira: se todo mundo reabrisse agora, a receita subiria? Não sei, depende de como está a renda das pessoas para fazer compras", concluiu.
Na semana passada, o IBGE informou que a produção industrial também esboçou recuperação no mês, com alta de 7% em relação a abril, desempenho impulsionado pela reabertura de montadoras de veículos.
Ainda assim, o setor ainda está longe de retomar a queda acumulada de 26,3% desde o início da pandemia.
| Folha de S.Paulo | | | | Em resposta à crise do coronavírus, Bruno Garfinkel, da Porto Seguro, lança fundo de R$ 100 milhões para abrir vagas de R$ 1.500 por três meses e capacitação
Impedido pela pandemia de fazer um curso para líderes empresariais em Harvard, suspenso após a primeira aula em março, Bruno Garfinkel, presidente do conselho de administração da Porto Seguro, retornou a São Paulo onde fez uma espécie de intensivo em home office.
Tão logo se deu conta da extensão da crise sem precedentes, o empresário começou a desenhar uma resposta para além da filantropia e que fizesse sentido para a companhia e para a sociedade.
O resultado é o lançamento nesta quarta-feira (8) do programa Meu Porto Seguro, que abre 10 mil vagas para desempregados da era Covid-19, uma legião que chegou a 12 milhões de trabalhadores brasileiros, segundo o IBGE.
Em entrevista exclusiva à Folha, Garfinkel explica que a ideia é “dar a vara e ensinar a pescar”, oferecendo um salário de R$ 1.500 mensais, como renda principal ou extra, a trabalhadores temporários selecionados para um programa de três meses de capacitação e formação para o mercado de seguros.
“O propósito é ser uma faísca catalisadora, incentivando a contratação de pessoas neste momento em que o emprego é um lugar muito importante para todos”, diz Garfinkel, um dos primeiro a aderir ao movimento #nãodemita.
“Essa é uma das maiores crises que nosso país já enfrentou. Por isso, é essencial que grandes empresas se mobilizem com iniciativas de solidariedade.”
Ao longo de dois meses e meio, o filho do fundador da seguradora que faturou em R$ 18,3 bilhões em 2019, fez o dever de casa para executar um projeto que corresponde a 10% do lucro líquido da empresa no ano passado, valor aprovado pela família e pelo conselho de administração para o projeto de investimento social na crise do coronavírus.
O Meu Porto Seguro, que recebe inscrições a partir de hoje no site, foi concebido em três frentes: ajudar na renda familiar, formar e educar. O montante será usado como um fundo para gerar 10 mil empregos imediatos. As primeiras contratações devem acontecer até 3 de agosto.
Por meio de metodologia EAD, de ensino à distância, os selecionados serem inseridos em atividades da empresa. São elegíveis às vagas qualquer pessoa que tenha condições de trabalhar em home office e disponha de celular ou computador com acesso à internet.
“Nossa intenção é criar opções para que os brasileiros que se encontram em dificuldades possam percorrer novos caminhos em sua jornada pessoal e profissional”, afirma Garfinkel.
O foco do programa é oferecer oportunidade para aqueles afetados pela crise que estejam fora dos programas assistenciais e emergenciais do governo.
“A ideia é permitir que o desempregado tente uma nova profissão, ao mesmo tempo em que recebe um socorro para despesas como supermercado”, explica Garfinkel.
A típica figura de um corretor de seguro, diz ele, é alguém que quer empreender e tem como principal ativo uma rede de relacionamentos e honestidade.
Quando a pandemia passar, o trabalhador poderá continuar no ramo de seguro, abraçando uma profissão nova.
"Vamos aproximar as pessoas que se sobressaírem de corretores parceiros, dando a oportunidade de crescimento no mundo do seguro”, afirma Roberto Santos, presidente da Porto Seguro, que tem 13 mil funcionários e 36 mil corretores.
Gafinkel e equipes de áreas estratégicas da empresa empreenderam uma maratona diante do desafio logístico de contratar em tempo recorde quase o mesmo número de funcionários permanentes e por um período curto.
O empresário de 42 anos, que já participou de três provas de Iron Man, fala com entusiasmo do trabalho que envolveu da TI, para construção do portal de contratação, à comunicação, para estruturar a divulgação da iniciativa.
A concepção inovadora fomenta ainda indústria de seguros e a economia em geral, partindo da premissa de oferecer “um porto seguro” para quem perdeu a renda na crise do coronavírus.
Uma fórmula que foi sendo montada a partir de meados de abril, quando Garfinkel avaliava cenários para os negócios e como ir além no esforço de ajudar comunidades vulneráveis, doar respiradores para hospitais e distribuir álcool em gel, primeiras ações da companhia para minimizar os impactos da Covid-19.
"No primeiro dia da crise, minha preocupação inicial era saber se temos como pagar nossas obrigações, se tínhamos caixa para indenizar as famílias de quem vai morrer e para atender quem vai ser internado”, relata.
Como administrador e integrante da família fundadora, era preciso garantir antes que a companhia não quebrasse, assim como manter salários e comissões dos funcionários.
Só então, lançou mão da proposta ousada de subtrair dividendos dos acionistas para um programa de geração de renda na crise. "Sou novo no cargo, acredito em competição e em eficiência, mas a filantropia está na essência da nova família."
Presidente do conselho de administração da Porto Seguro há pouco mais de um ano em substituição ao pai, Jayme Garfinkel, que fundou a companhia, ele aceitou o desafio paterno de fazer mais do que filantropia frente à responsabilidade social da empresa.
A ideia do Meu Porto Seguro, inspirado em um post de um desempregado que relatava a perda de sua base de segurança, casou-se com o nome da companhia e com o espírito do programa, que é oferecer um lugar, ainda que transitório, para as pessoas atravessarem a tempestade da pandemia.
"Fico emocionado com a mensagem que estamos trazendo no nosso manifesto que é a de que as oportunidades procuram as pessoas em um momento que também nos trás uma série de reflexões, entre elas como todos nós vamos trabalhar daqui para frente", diz Garfinkel.
A experiência em home office mostrou-se producente e estimulante, com a estruturação de uma solução inovadora em resposta a crise em tempo recorde.
Acostumado a percorrer longas distâncias em corridas mundo afora, como maratonistas, de bike ou em carros turbinados em provas de velocidade, o empresário foi forçado a desacelerar.
Abandonou todos as provas e as viagens, como férias de julho em um trailler com os dois filhos de 10 e 12 anos pelos Estados Unidos, previstos para 2020.
“Deletei a lista anual de planos que faço no meu bloco de notas”, conta, enquanto escrevia novo capítulo pessoal e profissional sem sair de casa, em uma parada forçada por um vírus que dizima vidas e empregos em velocidade.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 07-07-2020) | | | | Linha para microempreendedor individual empresta até R$ 15 mil com juro zero
O Banco do Povo Paulista abriu duas linhas de crédito emergencial destinadas a pequenos negócios cujas atividades foram prejudicadas pela pandemia de Covid-19.
Uma delas, com aporte de R$ 15 milhões, permite empréstimos de até R$ 15 mil a juro zero para MEIs (Microempreendedores Individuais). O financiamento, em 24 parcelas, ainda conta carência de três meses para começar a ser pago.
A segunda linha, voltada a micro e pequenos empresários, tem subsídio de R$ 35 milhões para realizar financiamentos de até R$ 50 mil, com encargo de juros que variam de 0,35% a 0,55% ao mês, e parcelamento em 36 vezes. Também há carência de três meses.
Para ter acesso aos recursos, os interessados precisam atender a duas exigências: concluir pela internet um dos cursos rápidos de qualificação voltados ao empreendedorismo oferecidos pelo governo de São Paulo em parceria com o Sebrae-SP e não possuir restrições no CNPJ e no CPF.
A taxa de juros (ou a ausência dela) dependerá do tamanho do negócio, da análise de risco e da necessidade do requerente, segundo Patricia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo.
O programa, segundo a secretária, prioriza a liberação de crédito para microempreendedores individuais e microempresas mais afetados pela crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus.
“Estamos olhando para os setores mais vulneráveis e que empregam muita gente”, diz a secretária. “São trabalhadores das áreas de beleza, bares, restaurantes, eventos e outros da chamada economia criativa que foram muito afetados pela redução da atividade econômica.”
Cursos
Os cursos rápidos de qualificação empreendedora são oferecidos pelo Centro Paula Souza, por meio do programa Via Rápida, e pelo Sebrae-SP.
A formação busca melhorar a produtividade e a reduzir custos dos negócios. As inscrições podem ser realizadas no site www.empreendarapido.sp.gov.br.
Na página do Empreenda Rápido, ao clicar em “já tenho CNPJ”, o cidadão encontrará os cursos disponíveis para gestão conforme o porte do negócio: microempreendedor individual (MEI) ou pequenas e microempresas (ME/EPP).
Como pedir
Os financiamentos são voltados a pessoas jurídicas com sede no Estado de São Paulo. Podem pedir o microcrédito empresas e empreendedores registrados como:
Na página do Empreenda Rápido, ao escolher a opção voltada a quem já possui CNPJ e o tipo de negócio (MEI ou ME/EPP), o empreendedor encontrará ao final da tela as informações sobre o crédito.
De acordo com as informações disponíveis na página, a linha de crédito sem cobrança de juro é direcionada a microempreendedores individuais.
Falta de crédito
A falta de crédito para micro e pequenas empresas reduziu o alcance das medidas adotadas pelo governo para preservar empregos e a renda dos trabalhadores do setor formal da economia na pandemia do coronavírus, segundo pesquisadores do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), que é ligado à USP (Universidade de São Paulo).
Os mais prejudicados pela falta de crédito às empresas, segundo os pesquisadores, foram trabalhadores de renda média, que não tiveram acesso ao auxílio emergencial de R$ 600, pago aos mais pobres, e que trabalhavam em empresas que não conseguiram mantê-los empregados com a paralisia da economia.
| Folha de S.Paulo | | | | Segundo entidade, altas refletem retomada da atividade industrial após paralisação de indústrias em março e abril devido ao isolamento social para combater a pandemia do coronavírus.
O faturamento real, as horas trabalhadas e a utilização da capacidade instalada voltaram a crescer em maio segundo dados divulgados nesta segunda-feira (6) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Em relação a abril de 2020, o mês de maio apresentou alta de 11,4% no faturamento real, nos dados que já descontam efeitos sazonais.
As horas trabalhadas na produção aumentou 6,6% e a utilização da capacidade instalada passou de 67% para 69,6%. Esse aumento sinaliza uma redução na ociosidade da indústria.
Segundo a entidade, as altas refletem a retomada da atividade industrial depois da paralisação de várias indústrias nos meses de março e abril por causa das medidas de isolamento social impostas para combater a pandemia do novo coronavírus.
Apesar da alta, o economista da CNI Renato da Fonseca destacou que a indústria continua desaquecida já que a alta acontece após dois meses de fortes quedas, mas é um sinal de que o pior já passou.
O mês, no entanto, registrou queda nos empregos (-0,8%), na massa salarial (-8,1%) e no rendimento médio real (-6,5%).
Queda em relação a 2019
Apesar de ter registrado alta em relação a abril de 2020, os dados mostram queda em todos os itens em relação a maio de 2019.
Faturamento real: - 17,7%
Horas trabalhadas na produção: - 18,4%
Emprego: - 4,7%
Massa salarial real: - 15,4%
Rendimento médio real: - 6,5%
| G1 (publicado em 06-07-2020) | | | |
Em um mês foram fechados mais de mil vagas; tendência é de aumento dos cortes a partir de outubro
Junho marcou o início de um inevitável novo ciclo de demissões nas fábricas de veículos em todo o País. Segundo dados divulgados pela associação dos fabricantes, a Anfavea, em apenas um mês foram demitidas 1.059 pessoas, queda de quase 1%, fazendo o nível de emprego do setor descer de 125 mil para 124 mil postos entre maio e junho.
Na comparação com o mesmo mês um ano antes a retração é ainda maior, de 4%, com 5,2 mil cortes, mostrando que as montadoras já vinham reduzindo seus quadros, principalmente por causa de quedas nas exportações, mas já tinham feito a maior parte dos ajustes e agora, pelo visto, terão de cortar mais.
O número de demissões nas montadoras só não foi maior até agora porque a maioria dos fabricantes adotou reduções de jornada e salários e suspensões temporárias de contratos de até dois meses, previstas na Medida Provisória 936 editada em abril pelo governo, que permite essas ações em troca de dois meses de estabilidade dos funcionários atingidos.
“A MP 936 é um ótimo instrumento, mas é temporário. Entre outubro e novembro, quando acaba a maioria dos acordos de estabilidade [baseados na MP], poderemos ver um maior número de demissões. Se a economia não voltar a crescer e a produção não decolar, não temos como manter o mesmo quadro. Portanto, o emprego está em risco sim”, destaca Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
Segundo Moraes, em junho apenas uma das empresas associadas registrou número mais elevado de demissões – a Nissan encerrou um turno de produção em Resende (RJ) e demitiu 398 pessoas, assumindo o custo de dois meses adicionais de salários que os funcionários teriam direito por estarem afastados de acordo com as regras da MP 936. “O restante dos desligamentos foi bastante diluído entre as empresas, basicamente com a não renovação de contratos temporários”, afirma o presidente da Anfavea.
O setor iniciou a crise trazida pela pandemia de coronavírus, em março, com o discurso de que as demissões seriam a última das ações a serem adotadas, porque demissões em massa geram grandes despesas para pagar direitos trabalhistas e perda dos valores investidos no treinamento de funcionários. Contudo, a forte retração das vendas provocou ociosidade recorde nas linhas de produção acima dos 50%, o que torna os cortes inevitáveis.
A Anfavea prevê a produção de apenas 1,63 milhão de veículos no País em 2020, o que representa apenas 36% da capacidade técnica instalada de 4,5 milhões de unidades/ano nas fábricas brasileiras. Para piorar, a recuperação vislumbrada será lenta, com a volta dos patamares pré-pandemia de 2019 somente em mais cinco anos à frente, tornando injustificável a manutenção dos mesmos níveis de emprego no setor.
| Automotive Business ( publicado em 06-07-2020) | | | | Chamado de Breque dos Apps, protesto pede fim dos bloqueios e melhores taxas
Entregadores de aplicativo marcaram para o dia 25 de julho a segunda paralisação da categoria. Após debate sobre a escolha da data entre diferentes grupos que organizam o chamado Breque dos Apps, os trabalhadores decidiram unificar a manifestação.
Na semana passada, 26 mil entregadores optaram por protesto no dia 12 de julho depois de uma enquete que circulou em grupos de diversos estados. O Sindimoto, sindicato que representa parte da categoria, defendeu o dia 14.
Algumas lideranças sindicais queriam evitar que a pauta ganhasse o protagonismo de outras bandeiras, já que o protesto tem adesão de figuras políticas da esquerda que dialogam com parte dos entregadores.
Não há estimativa sobre o número de entregadores que compareceram na manifestação do dia 1º, mas a paralisação durou sete horas e travou algumas vias movimentadas de São Paulo, como a Marginal Pinheiros e a Paulista.
Protestos também foram registrados nas capitais Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife.
Parte dos trabalhadores reivindica CLT, como o grupo Entregadores Antifascistas e motoristas ligados à ala sindical.
De modo geral, o pleito é tabela mínima de frete unificada a todos os aplicativos (cada um tem uma forma de cobrança), auxílio constante durante a pandemia de Covid-19 —com reposição de máscaras e álcool em gel—, maior taxa por quilômetro rodado, fim dos bloqueios considerados injustificados por plataformas e fim do esquema de pontuação, que diminui a nota de quem recusa entregas, por exemplo.
Além disso, motoristas também têm demonstrado insatisfação com a longa espera em restaurantes, o que os impede de fazer novas corridas.
A pandemia de coronavírus no Brasil alterou de forma significativa a dinâmica de trabalho dos entregadores. Apesar do aumento da demanda impulsionada pela classe média confinadada em casa, a mão de obra aos aplicativos de entrega cresceu.
As empresas distribuíram as entregas e não alteraram as taxas, o que deixou quem estava dependente desse serviço antes da pandemia com a remuneração mais baixa: 59% passaram a ganhar menos em relação ao período pré-coronavírus, mostra estudo da Remir (Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista), feito por universidades federais e pelo MPT (Ministério Público do Trabalho).
| Folha de S.Paulo ( publicado em 07-07-2020) | | | | Em tempos de pandemia de covid-19, as centrais sindicais encontraram uma nova forma de manifestação e promoveram nesta quarta-feira, 8, uma aglomeração virtual na Esplanada dos Ministérios. Dessa vez sem bandeiras, fogos de artifício e barracas, o protesto aconteceu com faixas digitais erguidas por avatares - bonequinhos que simularam a presença dos sindicalistas em um mapa em frente ao Ministério da Economia.
As centrais brasileiras buscaram inspiração nos sindicatos franceses que, como era de se esperar, não deixaram de protestar mesmo durante o pico de transmissão do novo coronavírus na Europa. A plataforma utilizada para emular manifestações à distância foi criada na França e leva o nome Manif.app - o termo informal usado como sinônimo para marchas, protestos e passeatas.
Respeitando as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o decreto do governo do Distrito Federal que impede a concentração de grupos numerosos de pessoas em Brasília, apenas líderes da CUT, Força Sindical, CSB, UGT, CTB e NCST estiveram presencialmente na frente do ministério. Já no ambiente virtual, cerca de 400 militantes marcaram presença e deixaram suas mensagens.
No protesto presencial, a pauta foi clara: a ampliação do auxílio emergencial de R$ 600 até o fim do ano, a criação de um programa permanente de renda básica e uma agenda para a retomada segura do trabalho. Um documento com essas propostas já havia sido entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) no mês passado.
Já na manifestação digital, os avatares de duas dimensões ampliaram o leque de demandas. As mensagens contrárias ao presidente Jair Bolsonaro, ao ministro Paulo Guedes dominaram as faixas levantadas pelos militantes em forma de pixels.
Dessa vez, porém, uma manifestação sindical precisou lidar com o contraditório e com provocações em meio a suas próprias fileiras. Como não há controle sobre os comentários feitos na plataforma, alguns apoiadores do governo se infiltraram no protesto e também levantaram faixas digitais com mensagens de apoio a Bolsonaro e Guedes.
O confronto foi inevitável, mas se limitou a xingamentos mútuos, e nenhum bonequinho se feriu. Não houve danos ao mapa virtual nem a necessidade de forças de segurança digitais dispersarem agressores de ambos os lados. Enquanto isso, um torcedor anônimo aproveitou para gritar "vamos Flamengo".
Quem não esteve presente - nem virtualmente - foi o próprio ministro Paulo Guedes, que se mantém em quarentena na residência presidencial da Granja do Torto. Todos os compromissos do ministro na agenda desta quarta e dos próximos dias ocorrerão por meio de videoconferências, já que ele teve contato direto com Bolsonaro - diagnosticado nessa terça com covid-19. Nada impede, porém, que o próximo protesto digital se teletransporte para o local de isolamento do ministro.
| Bem Paraná | | | Companhia aérea tem dívidas que ultrapassam R$ 2,7 bilhões, mas nenhum ativo
A Avianca Brasil pediu na última sexta-feira (3) que o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) decrete a falência da empresa, que está em recuperação judicial desde dezembro de 2018. A companhia aérea está inoperante desde maio do ano passado.
Credores e sindicatos ouvidos pela Folha já esperavam a falência há meses, e pretendem cobrar dos acionistas o pagamento das dívidas da empresa, que superam R$ 2,7 bilhões.
A aérea não quitou nem mesmo os créditos trabalhistas, que têm pagamento preferencial no plano de recuperação judicial. A Avianca Brasil chegou a ter mais de 5.300 funcionários, segundo o sindicato dos aeroviários (trabalhadores em solo) de São Paulo.
A empresa entrou em crise em 2018 e deixou de pagar contratos de arrendamento de aeronaves e motores de sua frota, que chegou a ter mais de 50 aviões, todos alugados. As companhias de leasing donas dos equipamentos entraram na Justiça para retomar os bens, conforme antecipado peal Folha, o que levou a Avianca Brasil a pedir a recuperação judicial em dezembro de 2018.
O mercado já previa que o caminho da empresa seria a falência pelo menos desde maio do ano passado, quando a Anac suspendeu o certificado de homologação de transporte aéreo da Avianca Brasil por razões de segurança operacional. À época, a companhia já operava apenas com cinco aviões e em apenas quatro aeroportos (Santos Dumont, Congonhas, Brasília e Salvador).
Segundo Reginaldo Mandú, presidente da entidade, a Avianca Brasil deixa de existir oficialmente sem pagar praticamente nenhum de seus ex-funcionários.
"Não pagou praticamente nada das dívidas trabalhistas. Vamos entrar na Justiça para que os bens dos donos, os [irmãos Gérman e José] Efromovich sejam usados para quitar as dívidas", afirma ele.
Ondino Dutra, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, diz que a entidade já têm processos nos quais pede que administradores e acionistas da Avianca Brasil paguem o passivo trabalhista.
Operadores portuários e companhias de leasing, em sua maioria, já desistiram de tentar receber a parte que lhes cabe, segundo pessoas familiarizadas com o caso. Há credores maiores, no entanto, que avaliam a possibilidade de rastrear ativos de José Efromovich, que controlava a Avianca Brasil.
Em seu pedido de falência, a Avianca Brasil afirma que a Anac e decisões judiciais que suspenderam o leilão de seus slots (horários de pousos e decolagens) tornaram impossível o cumprimento de seu plano de recuperação judicial.
O plano, aprovado em abril do ano passado, previa o leilão de slots da companhia em três lotes em maio. O certame foi questionado na Justiça por credores da Avianca e pela própria Anac, que entendiam que os ativos não poderiam ser leiloados por serem concessões.
O leilão foi adiado pela Justiça e só foi realizado em julho, com a participação de Gol e Latam, que arremataram dois lotes por US$ 147 milhões.
O evento foi inócuo, no entanto, porque a Anac distribuiu os slots da Avianca segundo seus critérios. Em Congonhas, Azul, Passaredo e MAP levaram os horários.
Gol e Latam disputaram os ativos da Avianca Brasil com a Azul, que chegou a fazer um acordo para a compra dos ativos por US$ 105 milhões. A concorrente também fez empréstimos à Avianca e cobrou na Justiça R$ 61,7 milhões referente ao negócio.
"Óbvio que se o leilão tivesse ocorrido na data inicialmente prevista (7/5/2019), a recuperanda [Avianca Brasil] não teria perdido o direito ao uso dos slots até a efetiva transferência das UPI’s [Unidades produtivas isoladas, que incluem ativos, mas não dívidas] às arrematantes", diz a petição da Avianca.
Com a redistribuição dos ativos pela Anac, segundo a empresa, "o plano aprovado se tornou inexequível", o que justificaria o pedido da falência. No texto, a Avianca Brasil pede à Justiça 60 dias para apresentar a relação de seus ativos.
A Avianca Brasil chegou a ser a quarta maior companhia aérea do país, com cerca de 11% de participação de mercado em 2018.
Apesar de ter o mesmo nome e de também estar em recuperação judicial, a Avianca Holdings, colombiana, não tem relações com a Avianca Brasil. As empresas são irmãs na origem e por anos tiveram os mesmos controladores, a família colombiana Efromovich, mas sempre tiveram as operações separadas.
Além disso, em maio do ano passado uma cobrança judicial acabou afastando os Efromovich do controle efetivo da holding colombiana.
O maior acionista da Avianca Holdings, com 51,53% do capital da empresa, é a BRW Aviation, holding dos Efromovich, mas eles perderam o poder de voto na empresa após deixarem de pagar US$ 456 milhões à United. Hoje, a empresa colombiana é controlada pela acionsta minoritária Kingsland.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 06-07-2020) | | | | A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um reajuste médio de 4,87% nas tarifas da Energisa Sul Sudeste. Para consumidores conectados à alta tensão, o aumento será de 6,90%, e para a baixa tensão, a alta será de 4,03%.
As novas tarifas vigoram a partir de domingo, 12 de julho.
A Energisa Sul Sudeste atende a 797 mil unidades consumidoras em Presidente Prudente (SP) e outros 84 municípios situados nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
A empresa foi uma das empresas que apelou à operação de socorro ao setor elétrico, conhecida como Conta-Covid, o que permitiu diluir o aumento tarifário que ocorreria neste ano.
Sem a adesão, o reajuste teria sido de 10,47%, em média.
| Bem Paraná ( publicado em 07-07-2020) | | | | Avaliando a crise trazida pelo novo coronavírus, a presidente da Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia (UE), Ursula Von der Leyen, afirmou nesta quarta-feira, 8, em discurso no Parlamento Europeu que o mundo entrou na pior recessão em quase 100 anos.
Como fez mais cedo a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, Von der Leyen também defendeu a unidade europeia e o fundo franco-alemão bilionário para amortecer os impactos da covid-19 sobre a economia.
Ela ainda reiterou a necessidade de se aprovar, na Casa em que discursava, o programa Próxima Geração, proposto pela Comissão, que pretende injetar 750 bilhões de euros no sistema financeiro local ao longo dos próximos anos.
| Bem Paraná | | | | Campos Neto também comentou sobre agilidade da plataforma de pagamento Pix
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a avaliar nesta segunda-feira (6) que a economia já iniciou processo de retomada e a um ritmo acelerado.
"Nós temos, por exemplo, dados de arrecadação, dados de tráfego, dados de consumo de energia, dados de fluxo financeiro. Esses dados corroboram com a visão de que o pior já ficou para trás e a gente vai ter um crescimento", disse em entrevista à Record.
"E esse início da volta do crescimento tem sido de uma forma até relativamente acelerado."
Em trecho da entrevista exibido nesta noite, Campos Neto também afirmou que o Pix irá modificar o modelo de negócios de algumas atividades. A plataforma de pagamentos instantâneos do BC está prevista para estrear em novembro.
Ele exemplificou que, com o Pix, o pagamento de uma compra online será por meio de transferência imediata.
"A hora que você comprou, segundos depois o produto já está indo para sua casa", disse.
Há duas semanas, Campos Neto disse que a plataforma permitirá que o consumidor saque dinheiro em estabelecimentos comerciais.
"As regras e os primeiros detalhamentos desse produto serão apresentados na próxima reunião do Fórum PI, em agosto", disse Campos Neto na abertura da 9ª reunião plenária do Fórum Pagamentos Instantâneos.
Segundo o BC, a funcionalidade tem o objetivo de reutilizar o dinheiro no varejo e de ampliação da capilaridade.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 06-07-2020) | | | | Na comparação com maio do ano passado, no entanto, indicador tem queda de 19,6%.
O Brasil registrou, em maio, alta de 28,2% nos investimentos na comparação com o mês anterior. Já em relação a maio de 2019, o indicador teve queda de 19,6%. É o que aponta o Indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FCBF), divulgado nesta terça-feira (7) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
A FBCF é composta por máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos.
Sobre a alta ante abril, o Ipea destacou que “o resultado representou recuperação dos investimentos em relação às quedas verificadas nos dois meses anteriores, resultantes da crise gerada pela pandemia de Covid-19”.
Segundo o Ipea, em maio, houve crescimento de 68,7% nos investimentos em máquinas e equipamento frente a abril. A produção nacional de bens avançou 22%, enquanto a importação cresceu 145,6% no mesmo período. Já a construção civil teve alta de 14,1%.
Investimentos ainda no vermelho
Apesar da alta do indicador no mês, o trimestre móvel encerrado em maio fechou com uma retração de 20,6%. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o indicador também apresentou queda, de 18,4%.
Todos os componentes do indicador tiveram queda na comparação com o mesmo período do ano anterio. Enquanto o segmento máquinas e equipamentos recuou 23,7%, a construção civil e o componente outros registraram baixas, respectivamente, de 16% e 18,5%.
O Ipea destacou, ainda, que no acumulado em doze meses, os investimentos caíram 2,8%.
| G1 ( publicado em 07-07-2020) | | | | Após registrar um tombo em abril, o Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) avançou 28,2% em maio ante o mês anterior, informou nesta terça-feira, 7, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A alta é insuficiente para recuperar as quedas registradas em março e abril. Com isso, o trimestre móvel encerrado em maio fechou com retração de 20,6% ante o período imediatamente anterior.
Na comparação com maio de 2019, o indicador recuou 19,6%, enquanto o trimestre móvel terminado em maio ficou 18,4% abaixo do registrado em igual período do ano passado. No acumulado em 12 meses até maio, a FBCF (medida de todos os investimentos no Produto Interno Bruto) encolheu 2,8%, segundo o Ipea.
Na passagem de abril para maio, o consumo aparente de máquinas e equipamentos (produção nacional destinada ao mercado interno acrescida às importações) avançou 68,7%, mas também não bastou para recuperar as perdas de março e abril. O trimestre móvel encerrado em maio registrou tombo de 25,5% ante o trimestre móvel imediatamente anterior nessa componente. Na comparação com maio de 2019, a componente de máquinas e equipamentos recuou 23,7%.
Desagregando o componente entre produção local e importações, o primeiro segmento avançou 22% em maio ante abril. Já a importação de máquinas e equipamentos saltou 145,6%. Na comparação com maio de 2019, houve queda de 42,2% na produção local, enquanto a importação subiu 49,4%.
Já a componente da construção civil avançou 14,1% em maio ante abril, conforme o Indicador Ipea de FBCF, também insuficiente para recuperar perdas recentes. No trimestre móvel terminado em maio, a queda foi de 14,7% ante o período imediatamente anterior. Ante maio de 2019, o componente da construção civil encolheu 16,0%.
Por fim, o componente classificado como "outros", que inclui os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, avançaram 2,0% na passagem de abril para maio. No trimestre móvel encerrado em maio, recuaram 16,6% na comparação dessazonalizada. Na comparação com maio de 2019, a queda foi de 18,5%.
| Bem Paraná ( publicado em 07-07-2020) | | | Objetivo agora é debater efeitos da pandemia no mercado de trabalho, com atenção à liberdade sindical e aos informais
O governo Jair Bolsonaro retomou as discussões de uma nova reforma trabalhista e sindical. As propostas serão feitas na perspectiva pós-pandemia do novo coronavírus e com medidas para os informais.
Um grupo de especialistas, criado no ano passado e encarregado de elaborar as sugestões, voltou aos trabalhos. Uma reunião já foi realizada na sexta-feira (3) e novo encontro está marcado para as 15h desta quarta (8).
As reuniões do chamado Gaet (Grupo de Altos Estudos do Trabalho) foram iniciadas em setembro. As atividades deveriam ser concluídas em 90 dias, mas foram prorrogadas até 10 de fevereiro.
Até então a perspectiva era de crescimento econômico. Os relatórios com as propostas foram finalizados antes da crise da Covid-19.
A equipe é formada por ministros, desembargadores, juízes, advogados e economistas. As ideias foram discutidas passados pouco mais de dois anos após a reforma trabalhista de Michel Temer (MDB).
A iniciativa é da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. O órgão integra o Ministério da Economia, de Paulo Guedes.
"Novas reuniões para discussão e atualização dos relatórios, à luz dos efeitos da Covid-19 no mercado de trabalho, podem ser realizadas em caráter colaborativo com os integrantes do grupo", afirmou, em nota, a pasta.
Como a Folha mostrou em agosto do ano passado, o objetivo do grupo era fechar uma proposta com o menor número possível de brechas para questionamentos legais. A intenção era finalizar a reforma de Temer.
A Folha levantou que, antes dos efeitos do coronavírus, o grupo já havia tratado de temas como índice de correção de dívidas trabalhistas, limitação de indenização para os danos morais e pluralidade sindical.
As ideias, agora, serão analisadas pelos técnicos do governo, que vão formular as reformas. Alterações nas legislações trabalhista e sindical dependem de apoio no Congresso. Portanto, o governo quer também avaliar a viabilidade política das medidas.
Quatro foram os eixos de análises dos especialistas: economia do trabalho; direito do trabalho e segurança jurídica; trabalho e previdência; e liberdade sindical.
Desde o ano passado, o Ministério da Economia promete enviar ao Congresso uma reformulação das regras sindicais. A intenção é flexibilizar as normas atuais.
A proposta de liberdade sindical plena, em discussão pelo grupo de consultores do governo, permitiria inclusive a criação de sindicatos por empresas.
No caso da reforma sindical, o ponto de partida, porém, é acabar a unicidade sindical —uma única entidade tanto de trabalhadores como de empresas por base territorial: município, uma região, estado ou país.
As organizações poderiam assim representar uma ou mais categorias, profissões ou trabalhadores por empresas. A medida exige a apresentação de uma PEC (proposta de emenda à Constituição), que depende de forte apoio no Congresso.
A partir dessa mudança, o grupo sugere acabar com o registro sindical. Isso tem sustentação dentro do governo.
Somente com o registro, o sindicato hoje pode exercer todas as suas funções, como ter o poder de acionar a justiça como uma entidade.
A ideia de permitir a formação de sindicatos por empresas se sustenta no argumento de que grandes companhias —com filiais por todo o país— têm dificuldade em negociar com diferentes entidades.
Deverá ser proposta, porém, uma transição para a liberdade sindical plena.
Um ponto debatido também no grupo foi a correção monetária das dívidas trabalhistas. O tema polêmico é alvo de contestação no STF (Supremo Tribunal Federal).
Na semana passada, o ministro Gilmar Mendes deu duas decisões sobre a questão.
Na primeira, ele suspendeu processos sobre o uso da TR (Taxa Referencial), hoje zerada, e o IPCA-E, em 1,92% nos últimos 12 meses até junho, para atualizar os débitos. Na segunda, apesar de manter a primeira, disse que as ações seguem, desde que se aplique a TR.
A taxa está prevista na reforma de 2017 e tem sido ignorada na Justiça do Trabalho.
Além de um índice de correção monetária, o trabalhador tem direito hoje a juro de 1% ao mês após a ação ser ajuizada —12% ao ano. Esse índice é considerado elevado por especialistas em um cenário de Selic —a taxa básica de juros— baixa (2,25% ao ano).
O Gaet debateu então um limite. Ele seria de 0,5% ao mês, como ocorre com os precatórios —dívidas públicas reconhecidas em decisão judicial. O máximo seria de 6% ao ano.
O governo tem trabalhado também com uma proposta de correção pelo IPCA-E mais o índice da poupança. A correção da caderneta ao ano é de 70% da Selic mais a TR, o que deve girar em torno de 2% neste ano.
Outro ponto em discussão pelo grupo é a limitação, imposta pela reforma trabalhista de 2017, de indenizações por danos morais. O tema também é questionado no STF.
De acordo com as mudanças na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), as ofensas ao trabalhador são estruturadas em quatro tipos: leve, média, grave e gravíssima. Os limites são de até 3, 5, 20 e 50 vezes o último salário contratual do empregado.
O STF ainda não julgou esse tema. Em um julgamento sobre artigos da Lei de Imprensa, em 2004, a corte já afirmara que não cabe limites a indenizações.
Pelas discussões do Gaet, em caso de morte ou incapacidade permanente, não haveria um teto.
| Folha de S.Paulo | | | | O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 14 pontos na passagem de maio para abril, para 56,7 pontos, informou nesta terça-feira, 7, a Fundação Getulio Vargas (FGV), mas a alta foi insuficiente para recuperar as perdas recentes, provocadas pela crise da covid-19. A elevação acumula em maio e junho recuperou apenas 33% das perdas registradas em março e abril.
Em médias móveis trimestrais, o IAEmp recuou 8,6 pontos, para 46,4 pontos, mínimo da série histórica iniciada em 2008, segundo a FGV. Além disso, mesmo com o crescimento nas duas últimas leituras, o nível do IAEmp de junho é o terceiro menor da série histórica.
"A melhora do indicador sugere uma diminuição do pessimismo sobre o mercado de trabalho nos próximos meses, e que o pior momento parece ter ficado para trás. Contudo, a alta incerteza sobre o controle da pandemia e sobre o formato dessa recuperação econômica ainda são fatores que causam preocupação e podem limitar a continuidade do movimento de recuperação dos empregos", diz a nota divulgada pela FGV.
Por sua vez, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 2,2 pontos em junho ante maio, para 97,4 pontos, primeira alta após avançar 7,7 pontos no acumulado de março a maio. Em médias móveis trimestrais, houve aumento de 1,7 pontos para 98,5 pontos.
"Mesmo com o resultado positivo em junho, o indicador se mantém em patamar elevado sugerindo que ainda não é possível imaginar um cenário de melhora na taxa de desemprego no curto prazo", diz a nota da FGV.
O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, e quanto menor seu patamar, menos satisfatório é o resultado.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo dos dois indicadores é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.
Em junho, todos os sete componentes do IAEmp subiram em, após chegarem ao fundo do poço em abril e acomodarem em maio, informou a FGV. Os indicadores subiram acima dos 17 pontos, com Emprego Previsto e Situação Atual dos Negócios na Indústria variando 24,2 e 20,7 pontos, na margem, respectivamente.
Já a queda do ICD foi influenciada por todas as quatro classes de renda familiar pesquisadas na Sondagem do Consumidor. A maior contribuição para o resultado foi dada pela classe familiar com renda entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00 e pela classe até R$ 2.100. nessas faixas, o Emprego Local Atual (invertido) variou positivamente em 3,5 e 2,8 pontos na margem, respectivamente.
| Bem Paraná ( publicado em 07-07-2020) | | | Após uma forte onda de resgates em meio à pandemia do covid-19, a renda fixa terminou o primeiro semestre do ano com a menor participação da indústria de fundos de investimento desde 2016, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Diante de uma indústria com um patrimônio líquido de R$ 5,5 bilhões, os fundos de renda fixa encerraram junho com uma participação de 38,2% do total, ante uma fatia de 42,4% no mesmo intervalo do ano passado. Mesmo um pouco menor, a categoria ainda é, de longe, a de maior representatividade na indústria de fundos brasileira.
"Com patamar muito baixo de taxas de juros os investidores percebem que a renda fixa tradicional é um porto seguro, mas entregam pouco retorno", disse o vice-presidente da entidade, Carlos André.
Os fundos de ações, que ganham destaque no mercado por conta do cenário de juros baixos empurrando os investimentos para ativos de maior risco, fecharam a primeira metade do ano com uma fatia de 8,5% da indústria, ante 7,3% há um ano. Os fundos multimercados também viram a participação crescer na indústria, com 22,9% do total, ante 21% em junho de 2019.
| Bem Paraná | | | O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 1,60% em junho, após um avanço de 1,07% em maio, divulgou nesta quarta-feira, 8, a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O resultado do indicador ficou dentro do intervalo das previsões do mercado financeiro, que estimavam uma alta desde 1,10% a 1,75%, com mediana positiva de 1,40%, de acordo com as instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast.
Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma elevação de 4,54% no ano.
Em 12 meses, a taxa ficou em 7,84%.
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve elevação de 2,22% em junho, ante uma alta de 1,77% em maio. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, subiu 0,36% em junho, após ter diminuído 0,54% em maio. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 0,34% em junho, depois da alta de 0,20% em maio.
O período de coleta de preços para o índice de junho foi do dia 1º ao dia 30 do mês.
Núcleo
O núcleo do IPC-DI de junho subiu 0,19%, após a elevação de 0,11% registrada em maio. O núcleo do IPC-DI é usado para mensurar tendências e calculado a partir da exclusão das principais quedas e das mais expressivas altas de preços no varejo.
Ainda de acordo com a FGV, o núcleo acumulou uma elevação 1,51% no ano e alta de 2,86% em 12 meses.
| Bem Paraná | | | | Os primeiros seis meses de 2020 foram marcados por uma forte contração nas ofertas de títulos e ações no mercado de capitais, especialmente a partir de maio, provocando uma contração das captações feitas por empresas nesse período de 14% em relação ao mesmo intervalo de 2019, para R$ 150,1 bilhões, de acordo com a Anbima.
O mês de maio foi marcado por forte queda no volume de captações, com R$ 10,5 bilhões em operações nos mercados de renda fixa e variável, representando contração de 71% frente ao mesmo mês de 2019.
Os saques nos fundos de crédito foram o principal motor para a queda de 50,7% nas emissões de debêntures nos primeiros seis meses do ano, para R$ 48,6 bilhões, em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
Uma das conquistas do mercado nos últimos anos, o alongamento dos prazos e a tendência de distribuição cada vez maior das ofertas para investidores do mercado foi interrompida pela pandemia, destacou o José Eduardo Laloni, vice-presidente da associação.
No segundo trimestre, as operações de até três anos ocuparam 50% das ofertas, depois de responderem por 39,2% no primeiro trimestre. De janeiro a junho de 2019, as ofertas até três anos responderam por apenas 18,2% das operações lançadas. Os intermediários e ligados à oferta participaram de 90,7% das ofertas feitas nos primeiros seis meses do ano, contra 33,9% no mesmo período de 2019.
A crise e o ajustamento das regras para permitir que as notas promissórias fossem emitidas sem registro em cartório provocou uma alta de 88% nas ofertas desse instrumento no primeiro semestre, para R$ 18,9 bilhões. A maior concentração foi em abril, quando o volume de notas promissórias emitidas atingiu mais de R$ 30 bilhões, contra praticamente zero no mesmo mês de 2019.
| Bem Paraná ( publicado em 07-07-2020) | | | | Segundo Phil Hogan, comissário de comércio do bloco, tratado dará ganho de 4,5 bi de euros a empresas europeias
O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia estará pronto em outubro para ser votado pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho (líderes dos 27 membros da UE), afirmou Phil Hogan, o comissário responsável por comércio do bloco europeu.
Hogan afirmou que a Comissão (Poder Executivo do bloco) já terminou o trabalho político e a revisão legal dos textos, que agora estão sendo traduzidos para todos os idiomas dos membros das duas partes, para serem enviados a Parlamento e Conselho.
"A partir daí eles terão que decidir quando e como prosseguir, e se pretendem ratificar esse acordo, que trará redução de custos para as empresas europeias de 4,5 bilhões de euros [cerca de R$ 25 bilhões, em tarifas e encargos que deixariam de ser pagos].
A declaração foi dada em audiência no comitê de comércio do Parlamento, na qual eurodeputados questionaram se não é contraditório levar adiante um acordo que, segundo eles, pode pôr em risco a proteção ao ambiente, ao mesmo tempo em que a União Europeia lança um extenso programa de medidas ambientais, o chamado Green Deal, cuja meta é atingir a neutralidade na emissão de gás carbônico em 2050.
Para entrar em vigor, o acordo entre UE e Mercosul precisa ser aprovado por unanimidade pelo Conselho Europeu e pela maioria do Parlamento Europeu e, em seguida, pelos parlamentos nacionais e regionais (em países federativos, como a Bélgica, por exemplo) europeus e pelos parlamentos do Brasil, da Argentina, do Paraguai e do Uruguai.
Os Legislativos, inclusive o Parlamento Europeu, não podem alterar o texto enviado pela Comissão, apenas ratificá-lo ou rejeitá-lo. A parte comercial do acordo pode ser implantada provisoriamente entre países que já tiverem a aprovação de seus parlamentos nacionais, mas, se o documento for reprovado em qualquer das instâncias, volta imediatamente à estaca zero.
Embora Hogan tenha deixado claro que a Comissão quer apressar a entrega do acordo, considerado vantajoso para a União Europeia, a tramitação política não será fácil.
Em discussão desde 1999, o tratado foi negociado até minutos antes de seu acerto político, em 28 de junho de 2019.
Desde as queimadas da Amazônia no final do ano passado, porém, entrou na mira de entidades de proteção ao meio-ambiente e políticos ligados à área, que veem no acordo um incentivo à destruição da floresta pelo agronegócio.
O Ministério da Agricultura brasileiro e diplomatas do país na Europa vinham se reunindo com os europeus para apresentar o argumento de que o desmatamento não interessa aos empresários brasileiros nem é necessário para aumentar a produção.
Mas estatísticas recentes mostrando alta recorde da destruição da floresta no governo Bolsonaro reavivaram a oposição.
Os ministros do Comércio de Holanda e França, onde o tema ambiental mobiliza o eleitorado, propuseram a inclusão de punições mais duras para parceiros que descumprirem parâmetros de proteção ao clima, diretos trabalhistas e direitos humanos.
O respeito ao Acordo de Paris (que estabelece metas ambientais) já está previsto no tratado entre Mercosul e União Europeia, mas há pressão para que se torne cláusula essencial, o que permite reimpor tarifas se houver descumprimento das pré-condições.
Cinco entidades abriram uma queixa na ombudsman da UE pedindo que a tramitação do acordo seja suspensa até que se analisem os riscos previstos no relatório de impacto ambiental, e parlamentos na Valônia (região belga), na Holanda e na Áustria já se manifestaram contra o acordo com o Mercosul (no caso austríaco, em que a decisão do parlamento é vinculante, o governo afirmou no começo de 2020 que não aprovaria o texto).
A revisão da estratégia de comércio da UE estava prevista para 2021, mas foi antecipada por causa do impacto econômico e social da pandemia de coronoavírus e pela mudança na dinâmica global, com a guerra comercial entre China e EUA e a perda de influência da OMC (Organização Mundial de Comércio).
"Precisamos que nossos motores comerciais estejam rodando a todo vapor se quisermos nos recuperar da forma mais rápida, justa e sustentável possível", disse Hogan, após apontar que o PIB europeu deve cair 7,4% em 2020, proporção que é mais que o dobro da estimada para o PIB global (3,5%).
As previsões são de que o impacto da pandemia reduza o comércio internacional em de 10% a 16% neste ano.
"A China emergiu como um parceiro importante, mas também como um rival sistêmico, e os Estados Unidos recuaram de seu tradicional lugar de liderança global", disse Hogan, que citou também como novas preocupações o nacionalismo econômico e o uso do comércio como arma na defesa de outros interesses (o que tem sido chamado de “weaponisation” da política comercial).
| Folha de S.Paulo ( publicado em 07-07-2020) | | | | O Brasil deve passar por uma intensa fase de modernização com a entrada em vigor do Marco Legal do Saneamento, aprovado em junho pelo Congresso Nacional. Projeções da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que a ampliação da rede de água e de coleta e tratamento de esgoto deve gerar mais de 1 milhão de empregos nos próximos cinco anos. Atualmente, quase metade da população brasileira ainda não tem acesso à coleta de esgoto.
O Brasil deve passar por uma intensa fase de modernização com a entrada em vigor do Marco Legal do Saneamento, aprovado em junho pelo Congresso Nacional. Projeções da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que a ampliação da rede de água e de coleta e tratamento de esgoto deve gerar mais de 1 milhão de empregos nos próximos cinco anos. Atualmente, quase metade da população brasileira ainda não tem acesso à coleta de esgoto.
A lei aguarda apenas a sanção presidencial. O texto prevê a universalização do fornecimento de água e coleta de esgoto no Brasil até 2033 e permite a participação da iniciativa privada para atender essa demanda, até então responsabilidade quase exclusiva de empresas estatais.
Em Canavieiras, no litoral norte de Florianópolis, turistas e veranistas convivem com poluição e os problemas causados pela ausência de uma rede de coleta sanitária adequada. Crédito da imagem: Secom
O cenário brasileiro do saneamento é considerado um dos mais atrasados do mundo. São cerca 100 milhões de pessoas no Brasil sem acesso à rede de coleta e tratamento de esgoto, além de 30 milhões que não contam sequer com água tratada, segundo levantamentos do Instituto Trata Brasil.
Dados do IBGE mostram ainda que cerca de 4 milhões de habitantes ainda não têm acesso a banheiro. Esses índices impactam não apenas na qualidade de vida da população, mas principalmente em indicadores de saúde pública, como mortalidade infantil e transmissão de diversas doenças, entre elas dengue, cólera, desinteria e outras.
EMPREGOS E INFRAESTRUTURA
Com metas pré-definidas para as empresas que já atuam no setor – 90% delas de origem pública –, o Marco Legal do Saneamento prevê a abertura de espaço para a atuação da iniciativa privada nas áreas onde as concessionárias atualmente habilitadas não tenham capacidade de atendimento dentro dos prazos estabelecidos.
A expansão das redes de tratamento de água e de esgoto no Brasil deve gerar investimentos estimados entre R$ 500 e R$ 700 bilhões até 2033. Anualmente, o país deveria investir aproximadamente R$ 45 bilhões nessa área, porém apenas 25% desse total vem sendo direcionado ao setor, girando em torno de R$ 11 bilhões ao ano, segundo a Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon).
A rede de tubulações de PVC no Brasil, que em 2012 era de 542,5 mil quilômetros, precisa ser ampliada para 613,4 mil quilômetros até 2033, além da necessidade de manutenção de 381 mil quilômetros de tubulações nos próximos 13 anos, conforme o estudo “Indicadores Econômicos e Sociais da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados e o Impacto do Preço da Energia na Produção e Investimento”, realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicos (FIPE) e a Abiclor-Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados.
Para atender à demanda, a produção de cloro – item essencial para o tratamento da água – precisa aumentar em 700 mil toneladas por ano no país, volume 40% maior do que a produção atual. Em 2019 o Brasil produziu 1,5 milhão de toneladas de cloro.
RETOMADA ECONÔMICA
O presidente da Abiclor e CEO da petroquímica Unipar, Mauricio Russomanno, destaca que, além da benefício social, a universalização do saneamento será um dos projetos mais importantes pós-pandemia, com potencial benefício econômico de R$ 1 trilhão, segundo estimativas do Instituto Trata Brasil.
“Para atingir o objetivo de garantir acesso a água e esgoto a 99% da população serão necessárias a mobilização e a colaboração de diversas cadeias produtivas como as de químicos, materiais de construção, engenharia, arquitetura, equipamentos, entre outras”, diz.
E completa: “Os benefícios do saneamento universal vão muito além de levar dignidade aos 100 milhões de brasileiros sem acesso a esgoto e 30 milhões sem acesso a água potável; ele terá um grande impacto no custo da saúde pública, no desempenho escolar das crianças, na produtividade no trabalho, na valorização imobiliária, no aumento do turismo, enfim, levará o Brasil para o mesmo nível dos países desenvolvidos”.
Russomanno ressalta ainda que o setor de cloro-álcalis operou nos últimos 12 meses com uma utilização de capacidade por volta dos 50% e está preparado para atender à demanda adicional necessária para a implementação do marco do saneamento.
“CHOQUE DE EFICIÊNCIA”
Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a inexistência de concorrência que predomina no setor reflete diretamente na deficiência das redes de saneamento, nos investimentos e na capacidade de gestão do setor. “A abertura de espaço para a iniciativa privada atuar na exploração do setor possibilitará a atração de grandes investimentos e a geração de, pelo menos, um milhão de empregos em cinco anos”, acrescenta.
Andrade afirma que o Marco Legal trará um “choque de eficiência” para as empresas estatais de saneamento, responsáveis atualmente pelo atendimento de mais de 90% dos municípios brasileiros. “A concorrência permitirá que o país coloque um ponto final à inércia desses contratos”, enfatiza.
ATRASOS “O Brasil parou no século 19 nos indicadores de saneamento”, enfatiza o presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos. Os investimentos em água tratada e rede de coleta de esgoto contribuem para a promoção de hábitos de higiene, controle da poluição ambiental e, melhoria da qualidade de vida da população. Doenças como dengue, cólera, lepstopirose, disenteria e outras enfermidades estão diretamente relacionadas à falta de saneamento básico.
Para Paula Rodrigues, coordenadora da Divisão Técnica de Engenharia Sanitária, Recursos Hídricos e Biotecnologia do Instituto de Engenharia, o Marco Legal do Saneamento trará segurança jurídica aos investidores que pretendem financiar o saneamento no Brasil, além de trazer inúmeros avanços na área de saúde pública a partir da efetivação dos investimentos necessários em saneamento básico.
Ela cita um estudo realizado pelo Instituto de Engenharia que mostra que o Brasil precisa de um investimento de U$S 10 bilhões anuais em regiões com maior incidência de doenças de veiculação hídrica. Em contrapartida, esse investimento resultaria numa economia superior a U$S 40 bilhões de dólares nos custos para tratamento de doenças.
SAÚDE E AVANÇO SOCIAL
O presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Ciro Marino, destaca o avanço que o documento trará para o próprio segmento. Segundo ele, com um mercado em expansão, os fabricantes de produtos químicos para saneamento e tratamento de água e esgoto terão a oportunidade de promover novas tecnologias que poderão priorizar a sustentabilidade, eficácia e segurança para tratamento de água consumo humano e tratamento de esgoto doméstico. “Isso deve gerar investimentos em centros de pesquisa no país e na infraestrutura, gerando novos empregos em diferentes áreas.
De acordo ele, o principal benefício do Marco Legal do Saneamento será o reflexo na saúde da sociedade, com a universalização da água tratada e do sistema de coleta de esgoto para toda população. “Isso trará como consequência o desenvolvimento da educação, com a redução do número de ausências escolares decorrentes de problemas de saúde causados por falta de saneamento básico”, comenta.
Marino afirma que o próprio crescimento do mercado pode gerar inovações no setor, em produtos, modelos e serviços. “As empresas associadas à Abiquim têm um compromisso com a melhoria contínua de seu desempenho em saúde, segurança, meio e sustentabilidade”, pontua, referindo-se a iniciativas que buscam reduzir as emissões, o consumo de água e energia, além de aumentar a reciclagem, a segurança de processos e produtos e o diálogo com a comunidade.
Russomano pontua que esse conjunto de fatores e a modernização alcançada com a lei devem colocar o Brasil num novo patamar de visibilidade mundial. “É um cenário que vai mostrar a preocupação do país em reduzir as desigualdades que ficam mais marcadas com as deficiências de saneamento que temos hoje”, diz Mauricio Russomanno. “Por isso, o Marco do Saneamento pode ser também um marco civilizatório”, avalia.
DESAFIOS
A professora aposentada Araci do Carmo Rocher de Matos, 56 anos, conhece a fundo os desafios de viver sem serviços essenciais como saneamento básico e água tratada. Moradora na cidade Doutor Ulysses, na região do Vale do Ribeira, no Paraná, por mais de 40 anos Araci precisou buscar diariamente água no rio para abastecer a residência.
Ela lembra que, nos dias mais frios do inverno, ir ao banheiro era um desafio. A “casinha” – como chamavam o sanitário – era um ambiente de madeira e que ficava na área externa da residência, sem luz ou água encanada. Os dejetos eram lançados diretamente no meio ambiente, sem qualquer tipo de cuidado.
“Nem banheiro tínhamos. Era tudo a céu aberto. As galinhas e outros animais circulavam em meio às fezes humanas. Era muito comum as crianças da comunidade ficarem doentes, com viroses e outros problemas”, relembra a professora.
Atualmente, Araci leva uma vida relativamente confortável. A casa onde mora tem energia elétrica, água encanada e ela é uma das poucas pessoas do bairro onde vive – o Ribeirão das Marrecas – que tem telefone em casa. Apesar de ainda não contar com a coleta de esgoto, tem banheiro dentro de casa e a fossa séptica evita que os dejetos sejam lançados a céu aberto.
Em Doutor Ulysses, apenas 56,8% das residências têm esgotamento sanitário adequado, segundo o IBGE. Ainda assim, as condições de vida na cidade melhoraram muito nos últimos dez anos, segundo a professora. O município, com menos de 6 mil habitantes, está a apenas 104 quilômetros distante da capital, Curitiba.
O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,546 ainda é bastante baixo e coloca o município na 5.253ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros. Porém, em comparação com 1991, há uma grande evolução. Na época, o IDH do município era 0,227. “Ter banheiro e água tratada está ligado à dignidade humana. As condições da população eram bem precárias, mas os investimentos que já foram feitos melhoraram muito a situação por aqui”, afirma."
| Gazeta do Povo ( publicado em 07-07-2020) | | | A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou ontem, em São Paulo, balanço em que indica queda de 50,5% no volume de veículos produzidos no primeiro semestre deste ano. Afetado pela pandemia de covid-19, o total de veículos fabricados no período foi de 729,5 mil unidades.
De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), nos primeiros seis meses deste ano foram emplacados 1.225.663 veículos, entre automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o número foi 36,13% menor (1.918.977 unidades).
| Bem Paraná ( publicado em 06-07-2020) | | |
Em nova projeção, Anfavea prevê apenas 9,2 mil unidades vendidas ao exterior, mas mercado interno igual ao de 2019
Como consequência da queda nas exportações, a produção de máquinas agrícolas e rodoviárias no Brasil deve somar até o fim do ano 46,8 mil unidades, registrando queda de 8% na comparação com 2019. Os impactos da Covid-19 levaram a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) a revisar para baixo as projeções do setor.
No início do ano a previsão era de 56 mil unidades produzidas e alta de 5,4% sobre o ano passado. E a estimativa inicial dos fabricantes era enviar 13 mil máquinas ao exterior, mas foi revista para 9,2 mil, 29% a menos pela comparação com 2019.
“Tivemos queda nas exportações de maneira geral para a América do Sul, em especial Colômbia e Peru. Quando se trata de outras regiões, caíram também as vendas para o Japão”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Alfredo Miguel Neto.
Ele ressalta que houve recuperação nos embarques para a Argentina, onde o produtor decidiu investir em bens de capital. Para o mercado interno, as novas projeções preveem 43,8 mil máquinas, mesmo número alcançado em 2019. A previsão no começo do ano era pouco melhor, 45 mil unidades.
Esse número é a soma de máquinas agrícolas (com perspectiva de alta de 3%) e rodoviárias (com previsão de queda de 24% na comparação com 2019): “O governo federal tem um orçamento para obras de infraestrutura de R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões, é muito pouco”, recorda o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
MERCADO INTERNO QUASE ESTÁVEL NO 1º SEMESTRE
De janeiro a junho de 2020 as vendas internas de máquinas somaram 19,6 mil unidades. O número ficou apenas 1,3% abaixo do resultado do primeiro semestre de 2019. Junho teve 3,9 mil unidades repassadas à rede de concessionárias, volume 0,9% mais alto que o de maio. “O mês teve queda na venda de tratores, que vinha bem no semestre, mas houve alta importante na venda de colheitadeiras de grãos e colhedoras de cana”, recorda Miguel Neto.
Segundo o executivo, a alta nas colheitadeiras se justifica pela pré-venda da safra para a China. No caso das colhedoras de cana, a perspectiva de melhora nos negócios com açúcar e etanol os produtores a voltar a investir. A venda de colhedoras cresceu 160% em junho na comparação com o mesmo mês de 2019.
EXPECTATIVA PARA O PLANO SAFRA
O Plano Safra anunciado em 17 de junho, que prevê R$ 236,3 bilhões em crédito para o agronegócio, deve ser suficiente para o período de vigência, que vai até o meio de junho de 2021.
Para Miguel Neto, a queda de R$ 9,6 bilhões para R$ 9 bilhões nos recursos do Moderfrota não deve impactar o setor por causa da cobertura do setor por linhas de crédito do BNDES e do Banco do Brasil, “com as mesmas condições dentro do Plano Safra”, diz Miguel Neto. Ele acredita ainda que o Plano Safra esteja operacional já a partir do dia 9 de julho.
| Automotive Business ( publicado em 06-07-2020) | | | | Todos os derivados de petróleo fecharam o primeiro semestre em queda, com exceção do gás de cozinha, segundo o Boletim Semanal do Ministério de Minas e Energia (MME). A maior queda continua sendo registrada pelo querosene de aviação (QAV), de 75,1%, acumulada nos primeiros seis meses do ano, refletindo a crise do setor.
O diesel, que ensaiou recuperação até o dia 27 de junho, fechou o semestre em queda de 2,4%, abaixo da gasolina (-7,6%) e do etanol (-23,4%). Já o Gás Liquefeito de Petróleo 13 Kg (gás de cozinha), subiu 15,3%, enquanto o volume de GLP a granel vendido para as indústrias caiu 3,2%.
Segundo o MME, o fator de utilização das refinarias da Petrobras também foi reduzido no final do primeiro semestre, saindo de um pico 75,2% atingido no dia 29 de junho para 72,6% na primeira semana de julho.
O MME informou ainda, que já foram 15 os óbitos nas empresas ligadas ao ministério por causa do novo coronavírus, com 1.801 casos recuperados e 372 pessoas ainda em quarentena, com 14 hospitalizados.
Pela primeira vez, a Petrobras informou que teve 3 óbitos entre seus funcionários próprios, de 1.523 que foram infectados pelo covid-19 , e que 212 estão em quarentena, e 8 hospitalizados.
| Bem Paraná ( publicado em 07-07-2020) | | | | No 1º semestre setor já soma mais da metade do volume previsto para 2020
A Anfavea, associação das montadoras de veículos, parece mais pessimista quando o assunto é caminhão: o mercado de veículos comerciais pesados de carga atingiu a venda de pouco mais de 37,8 mil unidades no primeiro semestre, volume maior que a metade do total previsto pela entidade para o ano, que é de 65 mil caminhões.
Com isso, para completar a previsão, o segmento deverá entregar uma média de 4.533 unidades em cada um dos meses entre julho e dezembro. Vale dizer que este volume médio mensal é semelhante ao que foi registrado em maio, quando os emplacamentos somaram 4,8 mil unidades – um mês fortemente afetado pela pandemia. Em junho, o volume de emplacamentos subiu para 8,9 mil unidades.
O vice-presidente da entidade para veículos pesados, Gustavo Bonini, reforça o argumento de que ainda é cedo para comemorar o resultado de junho, que representou crescimento de quase 86% sobre o volume de maio.
Ele indica que três fatores contribuíram para o aumento visto no mês passado: o represamento de vendas feitas em abril e maio; algumas renegociações feitas no início da pandemia (março) com entregas posteriores (junho) e o mercado de implementos que voltou a operar para entregar o caminhão completo, além de registrar uma recuperação mais rápida que o próprio mercado de caminhões.
“Por isso que no mercado de caminhões preferimos sempre esperar algo entre dois e três meses para indicar qual deve ser a tendência”, afirma Bonini. “É cedo para concluir que já se trata de uma recuperação, devemos ver com cautela os ‘falsos positivos’, tal como ocorre com o coronavírus. Se o Brasil aponta para uma queda de 7% do PIB este ano, a expectativa é de que o mercado de veículos pesados acompanhe esse resultado”, defende o vice-presidente da Anfavea.
Já o presidente da Anfavea, Luzi Carlos Moraes, indica que embora algumas categorias de caminhões estejam desenvolvendo melhores volumes do que outras, como pesados e semipesados graças ao bom momento do agronegócio, ainda assim se trata de queda com relação ao ano passado: de janeiro a junho, as vendas totais de caminhões foram 19% menores do que no primeiro semestre de 2019.
Segundo ele, poderá haver alguma falta de produtos específicos, como modelos mais pesados, nos próximos meses por conta do ritmo menor da produção das fábricas ao adotar novas medidas de prevenção contra o coronavírus.
“Mas a indústria não vai perder nenhuma oportunidade neste momento, pode ter algum atraso de um mês enquanto vamos ajustando as linhas de produção, mas com certeza vamos aproveitar qualquer venda”, disse o presidente da Anfavea.
Por conta da reação em junho, a produção de caminhões também aumentou com relação a maio na ordem de 39%, passando de 4,1 mil para 5,6 mil. No entanto, no acumulado do primeiro semestre, o volume produzido está 37% abaixo do resultado de um ano atrás, que passou de 55,4 mil para 34,8 mil neste ano.
Para Bonini, a produção vista em junho reflete mais a nova realidade do mercado, apesar do incremento sobre maio. “No entanto, ainda está muito abaixo do potencial da indústria e do volume do ano passado”, conclui.
Em sua previsão para 2020, a Anfavea espera produzir 82 mil veículos pesados, sem especificar quantos são caminhões e quantos são ônibus.
ÔNIBUS
As fabricantes esperam concluir 2020 com o emplacamento de apenas 10 mil ônibus, o que representaria, se confirmado, uma queda de 52% sobre os 20,9 mil vendidos em 2019. No primeiro semestre já atingiu mais da metade do volume previsto para o ano, com 5,7 mil unidades emplacadas, apesar de representar uma queda de 40,6% sobre igual período do ano passado.
Em junho, foram licenciados pouco mais de 1 mil chassis, um aumento de 60,5% sobre os emplacamentos de maio, que ficaram em 666 unidades. Isso também reflete o mesmo efeito de represamento de vendas ainda feitas em abril e maio. Apesar disso, o segmento, segundo Bonini, concentra os piores volumes entre todos os demais da indústria.
“Esperamos que neste segundo semestre a reabertura econômica não regrida, o que poderá afetar o mercado e até a produção do setor”, comenta.
| Bem Paraná ( publicado em 06-07-2020) | | | | Entidade não divulga prazos, mas defende que prorrogações de prazos serão necessárias
A associação dos fabricantes, a Anfavea, confirma que está na sua extensa lista de negociações com o governo o adiamento da próxima fase da legislação brasileira de controle de emissões (Proconve), bem como de metas regulatórias de eficiência energética e de segurança do programa Rota 2030. Luiz Carlos Moraes, presidente da entidade, não respondeu ao questionamento sobre de quanto tempo seria essa prorrogação de prazos.
Em entrevista a Automotive Business, Vilmar Fistarol, presidente da CNH Industrial América Latina, disse que o setor defende o adiamento por três anos do Proconve P8, a oitava fase do programa brasileiro de emissões para veículos pesados diesel, que a partir de 2022/2023 tornaria obrigatória a adoção de tecnologia Euro 6 para caminhões e ônibus no País com o objetivo de atender os limites propostos pela legislação. Também poderá ser prorrogado o L7 e L8, que limita as emissões de veículos leves a partir de 2022 e 2025, respectivamente.
A Anfavea também negocia a prorrogação das metas de eficiência energética e de adoção de sistemas de segurança que passariam a vigorar a partir de 2023, conforme o Rota 2030, programa do setor automotivo aprovado em 2018 que prevê três ciclos de desenvolvimento, em 2022, 2027 e 2032. A entidade também não confirma qual o tamanho do adiamento em negociação. Em entrevista a Automotive Business, Francisco Tripodi, da consultoria Pieracciani, disse que o setor estaria pleiteando a extensão de seis meses nos prazos do Rota 2030.
“A pandemia atrasou todo o trabalho de desenvolvimento que vinha sendo feito pelos times de engenharia nos laboratórios e em testes de campo. Por isso o cronograma já foi afetado. Também é necessário lembrar que esses programas representam investimentos altíssimos, que não podem mais ser feitos com a queda do faturamento das empresas e a impossibilidade neste momento de ajuda financeira das matrizes”, justifica Luiz Carlos Moraes.
Segundo o dirigente, o setor discute o problema no momento com o governo para traçar os próximos passos. Ele ressalta, no entanto, que “não se trata de cancelamento, mas de adiamento” para atravessar o período mais difícil da crise.
“Nós defendemos os marcos regulatórios que nós mesmos ajudamos a criar. A questão do desenvolvimento tecnológico deve ser retomada no País, o que existe é um problema de falta de tempo e recursos momentâneo que temos de superar. Isso não significa fugir do desafio tecnológico que temos pela frente, até porque os avanços em emissões, combustíveis alternativos, eletrificação e sistemas de segurança avançados vieram para ficar. Só queremos ajustar o cronograma disso tudo”, relatou Moraes.
| Automotive Business ( publicado em 06-07-2020) | | | | Após queda de 50,5% nos volumes produzidos no primeiro semestre
Após contabilizar expressiva queda de 50,5% nos volumes produzidos no primeiro semestre do ano (729,5 mil unidades) na comparação com o mesmo período de 2019, a associação dos fabricantes, a Anfavea, divulgou na segunda-feira, 6, sua primeira projeção de produção refeita após a chegada da pandemia de coronavírus ao Brasil. A entidade espera por retração de 45% no total de veículos montados em 2020, o que representa 1,63 milhão, o número mais baixo registrado desde 2002.
Para alcançar reduzido o número projetado pela Anfavea, a indústria terá de fabricar cerca de 150 mil unidades/mês de julho até dezembro, outro valor que não se vê há anos, de tão baixo.
Após mais de dois meses em que a maioria das fábricas parou por causa da pandemia, o setor voltou a registrar aumento na produção em junho, com 98,7 mil unidades montadas e alta de 129,1% em relação a maio. Esse crescimento já era esperado, como observou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, já que mais montadoras voltaram a produzir no mês passado, continuando o movimento iniciado em maio – entre as associadas à entidade, apenas a Honda ainda não retomou suas operações em Sumaré e Itirapina (SP), o que irá ocorrer no próximo dia 13.
Contudo, na comparação com junho de 2019 (quando as fábricas montaram 233 mil unidades), a redução este ano foi de 57,7%. Olhando para o primeiro semestre, a perda foi de um trimestre inteiro, pois foram produzidos cerca de 750 mil veículos a menos em relação ao ritmo do ano passado.
CAMINHÕES E EMPREGOS TAMBÉM CAEM
O segmento de veículos leves foi o que apresentou a maior evolução no total de unidades produzidas, com alta de 142,6% em relação a maio, mas, em compensação, também foi o que exibiu a maior queda na comparação semestral, com variação negativa de 51,2% diante do resultado obtido nos seis primeiros meses do ano passado. Foram 685.799 automóveis e utilitários fabricados este ano, contra 1,4 milhão em 2019.
Já entre os caminhões, o crescimento da produção em junho foi mais tímido (39% ou 5,6 mil veículos fabricados em junho, ante 4,1 mil unidades em maio), mas, em compensação, a diferença em relação a 2019 também foi menor: -37,2%. Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea, explica que isso se deveu ao fato de as fabricantes terem retomado suas operações antes das montadoras de veículos leves.
Os estoques também estão relativamente altos, segundo o presidente da Anfavea, e aqui vale uma explicação. Embora o número oficial seja de 36 dias, na prática esse dado foi “inchado” pelos licenciamentos que estavam atrasados por conta do fechamento de unidades do Detran por todo o País. Assim, na prática, os pátios de fábricas e revendas contam com estoques para 46 dias, enquanto o ideal, de acordo com Moraes, é que esse número seja suficiente para 30, 35 dias. Para fazer esse ajuste, as fábricas também terão de adequar seus ritmos de produção.
A crise provocada pela pandemia de Covid-19 também se refletiu no nível de emprego do setor, iniciando um novo ciclo de demissões. Os números apresentados pela Anfavea mostram que houve redução de 0,8% (1,1 mil vagas) no número de funcionários das montadoras em junho na comparação com maio. Em relação a junho do ano passado, porém, a diminuição foi de 4%. Vale lembrar que esses dados se referem apenas aos empregos diretos gerados pelas empresas.
| Automotive Business ( publicado em 06-07-2020) | | | | Vendas para o exterior somaram 119,5 mil veículos no primeiro semestre; previsão é chegar a 200 mil até dezembro
Luiz Carlos Moraes, presidente da associação dos fabricantes de veículos, a Anfavea, divulgou na segunda-feira, 6, que as empresas associadas somaram apenas 19,4 mil veículos exportados em junho. Apesar de o número representar um aumento de 401% em relação a maio, o setor não tem o que celebrar, já que o resultado foi negativo em 52% na comparação com junho do ano passado. No semestre, o resultado foi de queda de 46%, com 119,5 mil unidades vendidas a outros países.
Com desempenho tão ruim e sem perspectivas de melhora no curto prazo, a primeira previsão de exportações feita pela Anfavea após o impacto da pandemia de coronavírus é bem pouco ambiciosa: a entidade projeta não mais do que 200 mil unidades exportadas até o fim de 2020, número que não se via desde o início da década de 1990.
Se esta estimativa se confirmar, as vendas do setor para o exterior terão queda de 53% em relação ao ano passado. A meta é tão baixa que bastará ao setor exportar 13,5 mil veículos por mês (em média) para alcançá-la.
Tamanha redução se deve não só aos efeitos da pandemia nos principais países para os quais o Brasil envia seus veículos, mas também a fatores econômicos, como os que prejudicam a Argentina, principal comprador de veículos brasileiros na região.
O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, lembrou ainda que a defasagem tecnológica dos automóveis brasileiros – acentuada pela falta de investimentos provocada pela crise – não deverá prejudicar o comércio com países vizinhos, pois muitos deles possuem modelos ainda mais atrasados em termos de tecnologia do que o Brasil. Essa lógica, porém, não vale para um possível acordo com países europeus.
Em valores exportados, a redução projetada pela Anfavea é de 50%, com as montadoras faturando US$ 4,9 bilhões este ano, contra US$ 9,8 bilhões no ano passado.
| Automotive Business ( publicado em 06-07-2020) | | | | Israel recorre a tecnologias futuristas para combater uma segunda onda de contaminação por coronavírus, por meio de câmeras térmicas para medir a temperatura de uma multidão ou algoritmos conectados a grandes bancos de dados para determinar as novas fontes em tempo real.
Paradoxalmente, Israel une dois universos opostos: o às vezes anárquico da rua e o hipereficiente das startups de alta tecnologia.
Na encruzilhada desses dois mundos, as autoridades buscam identificar o "novo normal", entre uma economia desconfinada e medidas para evitar uma nova onda de contágio, explica Ran Balicer, chefe de inovação da Clalit, a maior prestadora de serviços de saúde em Israel.
Para isso, é necessário "usar a melhor tecnologia para monitorar o estado de saúde da população", coletando "dados eletrônicos em tempo real" para que as autoridades tomem decisões precisas e rápidas, disse Balicer à AFP.
No início da pandemia, suas equipes trabalharam com a start-up local "Diagnostic Robotics" e o Ministério da Saúde para estabelecer um questionário que as pessoas devem responder em seus smartphones caso apresentem sintomas da COVID-19.
O algoritmo trata esses dados e os contrasta com os de "milhões" de pessoas, explica Kira Radinsk, chefe da Diagnostic Robotics.
- "Alerta"
"Quando o sistema identifica um número crescente de casos sintomáticos, um alerta é enviado ao vice-diretor do Ministério da Saúde, que geralmente aprova imediatamente uma série de testes em um determinado local", explica à AFP.
Isso permite, por exemplo, fechar um bairro para impedir uma "segunda onda" sem paralisar a economia como um todo.
Até o momento, Israel teve bons resultados, com menos de 20.000 pacientes e 300 mortes em um total de 9 milhões de habitantes, uma 'proporção' baixa em comparação com países da Europa e América.
Porém, com o desconfinamento, o número de infectados voltou a crescer, a tal ponto que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu na terça-feira (23/06) por "soluções digitais".
Um exemplo disso é a empresa Anyvision, especializada em tecnologia de reconhecimento facial, e recentemente acusada por várias ONGs de fornecer instrumentos de vigilância em massa nos Territórios Ocupados, a ponto de a Microsoft cancelar seus investimentos e, posteriormente, após uma auditoria, afirmar que as alegações eram infundadas.
Logo no início da crise da saúde, a Anyvision instalou câmeras térmicas especiais em um hospital de Tel-Aviv para informar aos responsáveis quem estava com febre na equipe.
- "Muito poderoso" -
Um sistema de reconhecimento facial também foi instalado no Hospital Sheba, o centro da luta contra a COVID, para identificar em "alguns segundos" indivíduos que entraram em contato com um membro da equipe infectado e identificar quem deveria ficar em quarentena, explica Alex Zilberman, chefe de operações desta start-up.
"Imagine um enfermeiro ou médico que deu positivo. Antes, você precisava entrar em contato com a pessoa por telefone e perguntar: 'Com quem você se encontrou nos últimos 14 dias?' Mas em um lugar como um hospital, era impossível responder".
Tudo isso não parece um pouco com "Big Brother"?
"É um sistema muito poderoso", admite Zilberman. Mas "temos salvaguardas", ele alega, como garantir que os funcionários não entrem no sistema para monitorar as idas e vindas de seus colegas.
Para aliviar os hospitais, o governo assinou um acordo com a start-up local Datos. Os pacientes baixam um aplicativo e inserem seus sinais vitais no sistema, gerando dados processados pelo algoritmo da empresa.
E o sistema envia automaticamente avisos para pacientes ou pessoas em quarentena.
O objetivo da operação é permitir que a equipe de saúde se concentre nos casos mais graves.
| Ind 4.0 (publicado em 07-07-2020) | | | | A WEG S.A. comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral um acordo para a aquisição do controle da startup BirminD, empresa de tecnologia atuante no mercado de Inteligência Artificial aplicada à Industrial Analytics.
Com o fechamento do acordo, a WEG passa a ter 51% do capital social da BirminD, com possibilidade, prevista em contrato, de aumentar sua participação nos negócios, futuramente.
A aquisição faz parte da estratégia da companhia de incluir novos recursos a WEG Digital Solutions e a plataforma IoT WEGnology, lançada recentemente com o objetivo de atender as demandas da Indústria 4.0.
Fundada em 2015 em Sorocaba (SP), a BirminD é uma empresa que provê soluções de otimização industrial focada em trazer os conceitos mais avançados de industrial analytics, um dos pilares da indústria 4.0.
A empresa atende clientes de médio e grande porte oferecendo soluções de análise industrial, otimização de malhas de controle e avaliação do retorno financeiro de serviços antes mesmo de executá-los e sem a necessidade de um especialista em automação ou ciência de dados, utilizando técnicas de machine learning e inteligência artificial.
De imediato, os clientes do sistema de gestão de ativos de motores e inversores: WEG Motor Fleet Management ou dos sistemas MES comercializados, contarão com serviços, ferramentas e aplicações para extrair informações adicionais dos dados armazenados na base de dados (“data-lakes”) destes softwares.
Recentemente a WEG anunciou a aquisição da startup Mvisia, especializada em soluções de inteligência artificial aplicada à visão computacional para a indústria. Agora, com a aquisição da BirminD, a companhia complementa seu ecossistema digital e passa a oferecer as tecnologias de inteligência artificial aplicada, tanto a imagens quanto a industrial analytics.
A WEG esclarece que essa aquisição não ensejará o direito de recesso aos acionistas, por não se enquadrar em qualquer das hipóteses previstas no artigo 256 da Lei 6.404/76, alterada pela Lei nº 10.303/01. O valor pago na referida aquisição não representa investimento relevante para a adquirente nem tampouco o preço médio de cada ação configura qualquer das hipóteses descritas no inciso II do mencionado artigo.
| Ind 4.0 (publicado em 06-07-2020) | | | |
Companhia introduziu três novos equipamentos para facilitar a comunicação à distância e otimizar serviços de supervisão, diagnóstico e vistoria junto aos clientes.
A pandemia da Covid-19 tem imposto uma série de desafios às empresas por conta das restrições e cuidados nas unidades para evitar o contágio de seus funcionários pelo novo coronavírus. Líder em soluções inteligentes voltadas à indústria, a Siemens inova mais uma vez ao introduzir em atividades das áreas de Smart Infrastructure e Digital Industries óculos de realidade virtual que têm facilitado a comunicação junto a clientes e parceiros em tempos de pandemia.
Nas atividades de Smart Infrastructure, o dispositivo acoplado a um capacete transmite imagens em tempo real por meio de uma plataforma conectada a qualquer rede de internet 4G, cujas atividades dentro das fábricas da Siemens podem ser visualizadas por clientes e parceiros em seus computadores ou tablets, sem a necessidade de sair de seus escritórios.
A inovação da Siemens tem facilitado os serviços de gerenciamento de energia elétrica de fábricas de diversos setores como Química, Infraestrutura, Telemarketing, Utilities e Papel & Celulose. Dessa forma, atividades como comandos, checagens de painéis de controle e circuito de correntes, que antes eram realizadas com a presença de clientes nas unidades da Siemens, hoje são realizadas à distância por meio do novo dispositivo.
“Com essa adaptação, ao invés de vir até a unidade da Siemens, o cliente pode ver todo o funcionamento de um painel de distribuição de energia elétrica da sua planta sem sair do seu escritório”, explica o gerente da área de Serviços de Distribution Systems, Anderson Pin Tavares. “Além de facilitar a comunicação, esse equipamento agiliza as atividades e reduz os gastos que o cliente teria para se locomover até uma de nossas unidades”, completa Tavares.
Nesse mesmo contexto, a área de engenharia de telecomunicação de Digital Grids também desenvolveu uma solução para teste remoto em fábrica. Com o objetivo de testar os painéis de sistemas de telecomunicações para os clientes, a área criou uma ferramenta que funciona por meio de duas câmeras físicas que fazem a filmagem dos testes em tempo integral, um celular como câmera móvel para detalhes do painel e, por fim, o compartilhamento da tela de configuração do especialista da Siemens que está operando os testes de maneira remota.
“Enquanto o especialista faz os testes no painel, o cliente pode acompanhar tudo em tempo real e ainda incluir outras pessoas do projeto para comentarem sobre o tema, na mesma conferência, tendo contado o tempo inteiro com o técnico que está operando a máquina”, explicou o coordenador da área de Telecom na Siemens, Paulo Eduardo Galvão.
Já na área de Digital Industries, o equipamento é oferecido aos parceiros para transmitir imagens em tempo real para realizar serviços de Manutenção Assistida, onde especialistas da Siemens conseguem fazer checagens, orientações e diagnósticos de soluções mesmo à distância. Para este serviço é utilizada a plataforma proprietária Circuit Expert, e a inovação tem auxiliado em serviços na área industrial como automação, drives, comandos e motores.
Além dos óculos, a transmissão de imagens também pode ser realizada por meio de dispositivos como smartphones, tablets e laptops, e o serviço demanda apenas conexão a uma rede de internet (3G, 4G ou wi-fi). Entretanto, a utilização dos óculos se diferencia por oferecer melhor qualidade de imagem, evitar ruídos na comunicação, e possibilitar comandos por voz.
“A Siemens já tinha planos de inovar com esse equipamento em nossas atuações de atendimento de campo, mas aceleramos a implementação devido à pandemia. É uma ferramenta colaborativa que facilita a comunicação entre companhia e clientes, e temos tido um feedback muito positivo pois é uma solução que se encaixa perfeitamente ao momento pelo qual estamos passando e que será tendência daqui para frente com muita agregação de valor aos clientes”, afirma Everton Lopes, Head da Unidade de Negócios Industry Services.
Apesar da possibilidade da comunicação ser realizada por meio de dispositivos móveis, o uso dos óculos se diferencia por oferecer melhor qualidade de imagem, evitar ruídos na comunicação, e possibilitar comandos por voz. Com essas características, o equipamento reduz tempo de resposta para as atividades, dá agilidade na comunicação junto aos clientes e aproxima os especialistas da Siemens para auxiliar nos serviços em caso de falhas e inspeções.
Além de estar em linha com as recomendações dos órgãos de Saúde em relação à pandemia, a novidade implementada pela Siemens tem gerado redução de custos com transporte, locomoção e hotel tanto para a companhia quanto para parceiros já que a Siemens tem clientes espalhados por todo o país.
| Ind 4.0 (publicado em 06-07-2020) | | | |
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