| Informação sobre os Clippings de Notícias
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| Há anos o SINDIMETAL/PR mantém um serviço de clipping de notícias diário objetivando que suas empresas associadas estejam sempre bem informadas e atualizadas dos fatos importantes que acontecem no país, no mundo e refletem no setor industrial.
Ocorre que, com a digitalização que hoje vivemos, este trabalho está sendo impactado pelas políticas relativas a publicações, compartilhamentos de dados e exposições de conteúdo.
Desta forma, o SINDIMETAL/PR informa que os seus clippings de notícias estão sendo revisados e adequados às políticas e legislações atuais, mas, continuarão sendo encaminhados às empresas.
Neste momento os senhores poderão sentir alguma diferença no acesso ao material disponibilizado, mas, asseguramos que as notícias continuarão sendo relacionadas, porém com o acesso acontecendo somente através dos links originais dos veículos de comunicação.
Esperamos estar com um novo formato, devidamente adequado e atualizado, em breve.
Desejamos a todos uma boa leitura!
| SINDIMETAL/PR | | | 18 de novembro de 2020
Quarta-feira
Câmbio
Em 18/11/2020
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Dólar
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Fonte: BACEN
| | | | | Retorno a níveis de 2008 preservaria 3,07 mi de empregos no Brasil
O retorno das exportações da indústria brasileira aos níveis de 2008 traria até R$ 376 bilhões por ano para a economia do país e preservaria 3,07 milhões de empregos. A estimativa foi feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e será apresentada hoje (18), no Encontro Nacional da Indústria 2020, evento que ocorre de maneira virtual neste ano.
O levantamento considerou os impactos diretos e indiretos, assim como o pagamento de tributos e o aumento da renda, de um eventual aumento nas exportações de manufaturados ao pico, observado no fim da primeira década do século. De 2005 a 2008, o Brasil exportou, em valores totais, 0,8% dos produtos industrializados em todo o planeta. De lá para cá, a participação caiu para 0,6%.
De acordo com a CNI, caso a participação tivesse sido mantida, as exportações industriais subiriam dos atuais US$ 82,2 bilhões por ano para US$ 105,3 bilhões anuais, alta de 28,1%. Segundo a entidade, cada US$ 1 bilhão exportado a mais por ano gera R$ 4,4 bilhões para a economia brasileira – em impactos diretos, indiretos, sobre impostos e sobre renda – e sustentaria 36.004 postos de trabalho.
Desafios
Para aumentar as exportações da indústria brasileira, a CNI considera necessário maior grau de inserção das empresas brasileiras no mercado internacional. Segundo o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, o Brasil precisa combinar a abertura comercial com a reforma tributária, que aumentaria a competitividade dos produtos brasileiros no exterior.
O fortalecimento das medidas de defesa comercial, com a aplicação de retaliações a países que subsidiam exportações, como a China, também é apontado pela entidade como medida necessária. Apenas em 2019, ressalta a CNI, o Brasil importou US$ 5 bilhões em produtos com subsídios condenados pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
A CNI também defende a desburocratização do comércio exterior, a redução de barreiras comerciais em terceiros mercados, investimentos em logística e infraestrutura para o comércio internacional e a concessão de financiamentos e de garantias às exportações como medidas complementares para impulsionar a conquista de mercados internacionais pelas indústrias brasileiras. Por causa da pandemia de covid-19, as exportações de manufaturados brasileiros caíram 20% de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2019.
| Agência Brasil | | | | Norma foi publicada no Diário Oficial da União de hoje
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu os procedimentos de submissão contínua de dados técnicos para o registro de vacinas contra a covid-19. A Instrução Normativa nº 77/2020 foi aprovada ontem (17) pela diretoria colegiada do órgão e publicada hoje (18) no Diário Oficial da União.
Segundo a Anvisa, os diretores também dispensaram a análise de impacto regulatório e consulta pública para o registro devido ao grau de urgência da vacina e gravidade da doença.
“A medida possibilitará acelerar a disponibilização à população brasileira de vacinas contra o novo coronavírus, desde que demonstradas qualidade, segurança e eficácia conforme os requerimentos técnicos e regulatórios vigentes”, informou a agência, em comunicado.
No procedimento de submissão contínua, os dados técnicos deverão ser encaminhados à Anvisa conforme forem gerados. Assim, as empresas interessadas no registro de vacinas não precisam ter em mãos todos os documentos reunidos para apresentá-los ao órgão regulador.
Submissão contínua
Esse procedimento será normatizado apenas para as vacinas contra covid-19 a serem registradas no país. Segundo a Anvisa, outras autoridades regulatórias de referência, como a dos Estados Unidos, da Europa, da Suíça e da China, já utilizam a submissão contínua em situações específicas.
A proposta da Anvisa prevê o atendimento a dois critérios para uso desse procedimento diferenciado. Um deles se refere à exigência de um dossiê de desenvolvimento clínico de medicamento referente à vacina proposta, protocolado na agência. Outro critério é que a pesquisa esteja em fase 3 de desenvolvimento clínico.
As vacinas que tiverem a análise iniciada pelo procedimento de submissão contínua poderão ser submetidas ao pedido de registro formal após a conclusão da análise do último aditamento protocolado.
Além disso, a empresa deve ter dados suficientes de qualidade, eficácia e segurança para o estabelecimento de uma relação positiva de benefício e risco da vacina, considerando a indicação terapêutica solicitada à Anvisa.
A instrução normativa publicada hoje regulamenta artigo da Resolução nº 55/2010 da Anvisa, que diz que a empresa solicitante do registro poderá procurar a Coordenação de Produtos Biológicos para discutir aspectos relacionados ao desenvolvimento do produto, antes da submissão da documentação de registro.
| Agência Brasil | | | | Senadores acordaram na reunião de líderes fazer sessões deliberativas também nesta quinta (19) e na quarta da próxima semana (25)
Marcos Oliveira/Agência Senado
Proposições legislativas
A terceira etapa do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e o projeto que transfere recursos da União a estados e municípios para compensar perdas de arrecadação provocadas pela Lei Kandir estão entre os itens a serem votados esta semana do Plenário. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, definiu a pauta após reunião remota, nesta terça-feira (17), com os líderes partidários.
De autoria do senador Jorginho Mello, o PL 5.029/2020 estabelece para a terceira etapa do Pronampe um limite de financiamento de R$ 300 mil, com juros de 6% ao ano, acrescidos da taxa Selic — mais altos que os das primeiras etapas (1,25% mais taxa Selic). A carência - prazo para o início do pagamento — permanece em seis meses. O aporte inicial da nova etapa está previsto em R$ 10 bilhões, mas poderá alcançar R$ 40 bilhões.
Criado em maio com o objetivo de apoiar pequenos negócios afetados pela pandemia de covid-19, o Pronampe já destinou quase R$ 28 bilhões por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO). Segundo o governo federal, mais de 450 mil contratos já foram efetuados nas duas primeiras fases. O projeto é relatado pela senadora Kátia Abreu (PP-TO).
Jorginho comemorou no Twitter a inclusão da proposta na pauta de quarta-feira (18). "Conseguimos que o Pronampe 3 entre na pauta de votação do Senado. Terá ajustes, mas continuará uma ação poderosa e efetiva de socorro aos pequenos negócios. E a nova fase deve marcar o caráter permanente do programa, como concebi no projeto", afirmou o senador.
Lei Kandir
Também entra na pauta desta quarta o projeto de lei complementar (PLP) 133/2020, que transfere recursos da União a estados e municípios para compensar perdas de arrecadação provocadas pela Lei Kandir. De autoria do senador Wellington Fagundes (PL-MT), o projeto regula acordo firmado no Supremo Tribunal Federal (STF) entre a União e o Fórum Nacional de Governadores, em Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO).
O texto vai permitir o andamento do acordo que prevê a transferência dos recursos pela União, como forma de compensação aos estados e municípios exportadores de produtos primários e semielaborados, como soja, milho, algodão, carnes, madeira e minérios, que, pela Lei Kandir, são isentos de cobrança de impostos estaduais e municipais com o objetivo de incentivar exportações.
Relatado pelo senador Antonio Anastasia (PSD-MG), o projeto permite a transferência de R$ 65,5 bilhões da União aos entes federados. Desse total, R$ 58 bilhões serão transferidos no período de 2020 a 2037 e estão previstos na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 188/2019, que trata do novo Pacto Federativo.
Ainda para esta quarta-feira está prevista a votação do PL 3.364/2020, já aprovado pelos deputados, que prevê ajuda de R$ 4 bilhões ao setor de transporte público coletivo de passageiros e o PL 3.819/2020 que reinstitui a obrigatoriedade de licitações para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros.
Os senadores devem analisar ainda o PL 3.819/2020, que restabelece a obrigatoriedade de licitações para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros. O texto é do senador Marcos Rogério (DEM-RO) e tem o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) como relator. A matéria chegou a entrar na pauta do Plenário antes das eleições municipais, mas foi retirada depois de divergências em relação aos requerimentos para adiamento de votação. Para evitar as discussões e tentar chegar a um entendimento, o próprio autor pediu o adiamento da votação.
Fust
Os senadores acordaram na reunião de líderes fazer sessões deliberativas também nesta quinta-feira (19) e na quarta-feira da semana que vem (25). Entre as propostas que podem ser votadas nas próximas sessões está o substitutivo da Câmara ao PL 172/2020 que permite o uso de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para a ampliação da banda larga em escolas públicas.
Também está em discussão a votação do PL 6.549/2019 que isenta de taxas e contribuições os sistemas tecnológicos que compõem a chamada internet das coisas. Assim como do PL 4.558/2020 que facilita acesso ao crédito, buscando minimizar o impacto da pandemia do coronavírus na economia. O texto dispensa a exigência de uma série de documentos na hora da contratação ou renegociação de empréstimos, por empresas ou pessoas físicas, junto aos bancos públicos.
Na próxima semana deve ser analisado o PL 4.458/2020, já aprovado pela Câmara dos Deputados, que faz uma séria de alterações na Lei de Falências (Lei 11.101, de 2005). Entre as maiores inovações, estão as possibilidades de financiamento na fase de recuperação judicial, de ampliação do parcelamento das dívidas tributárias federais e de apresentação do plano de recuperação pelos credores. Também entraram na lista o PL 4.554/2020 que propõe alterações no Código Penal para fixar penas mais severas para quem praticar fraude por meio de dispositivo eletrônico e o PL 4.203/2020 que estende a atuação da Codevasf a todas as bacias hidrográficas de Minas Gerais e de Roraima.
Propostas na pauta de quarta-feira (18)
PLP 133/2020 – Compensa perdas arrecadatórias com a Lei Kandir
PL 3.364/2020 – Estabelece auxílio financeiro de R$ 4 bilhões ao setor de transporte público coletivo de passageiros
PL 3.819/2020 - Reinstitui a obrigatoriedade de licitações para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros
| Agência Senado | | | | Encontro Nacional da Indústria acontece de forma virtual até esta quarta (18). Retomada econômica e instrumentos de incentivo ao desenvolvimento industrial dominam primeiro dia.
O Brasil precisa ajustar as contas públicas se quiser ter crescimento econômico sustentável e saudável nos próximos anos. Essa foi a mensagem principal do painel Perspectivas para a Economia Brasileira, que contou com a participação da economista-chefe do Santander, Ana Paula Vescovi, do economista Eduardo Gianetti, e com moderação do gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca.
Segundo os especialistas, as medidas emergenciais adotadas pelo governo para o enfrentamento à pandemia foram importantes para reduzir os impactos negativos na economia, mas não podem se perpetuar por muito tempo sem conter outras despesas dentro do teto de gastos.
Entre as prioridades para o país recuperar a sustentabilidade das contas públicas é aprovar uma ampla reforma administrativa que reduza o engessamento do orçamento público, em especial com salários elevados de servidores.
De acordo com Gianetti, a questão do ajuste das contas públicas é fundamental ainda mais porque há muitas incertezas em relação à dinâmica da pandemia, o momento em que sairá a vacina para combater o coronavírus e o comportamento de consumidores e investidores.
“Precisamos recuperar a confiança na economia brasileira precisamos dessa ancoragem fiscal, por meio de uma reforma administrativa, reajuste no salário-mínimo sem aumentar o poder de compra, privatizações e concessões e manutenção de taxa de juros baixa”, destacou o economista.
Outro ponto prioritário é a retomada das discussões sobre a reforma tributária para tornar o ambiente mais favorável aos negócios. Na visão de Ana Paula, não é necessário aumentar a carga tributária se a sociedade desejar um Estado menor. “Trazer eficiência nesse campo onde temos ineficiência poderá trazer aumento da arrecadação via uma economia mais pujante”, disse.
Política industrial para reforçar a participação do Brasil mercado global
Ajuste de contas, política industrial e cadeia produtiva são destaques do primeiro dia do ENAI
Especialista miram nos exemplos que vêm de fora para reforçar a importância do Brasil definir uma política industrial com o objetivo de dar musculatura suficiente para o país competir no mercado internacional. Com a participação do presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, e do economista CEO da Fator Administração de Recursos (FAR), Paulo Gala, o painel mediado pelo gerente de Políticas Industriais da CNI, João Emilio Gonçalves, tratou dos componentes que devem integrar uma política industrial eficiente.
Os especialistas enfatizaram que a política industrial voltou com força à agenda dos países mais competitivos do mundo. Destacaram que com o surgimento da Indústria 4.0, os governos das principais nações industriais têm trabalhado em políticas robustas para fomentar o desenvolvimento e incorporação de tecnologias digitais nas empresas.
“Sem uma política industrial adequada não teremos condições de competir no mercado global. É como colocar o boxeador peso pena para lutar com o Mike Tyson no auge da sua forma”, comparou o economista Paulo Gala. Ele defendeu que uma política industrial eficiente deve ter uma meta clara, com um espaço de tempo bem definido e a missão objetiva de conquistas mercados internacionais.
“Basta olhar para os países mais desenvolvidos como os EUA, a Alemanha, China ou Coréia do Sul. Empresas como Samsung ou Hyundai não nasceram do espírito empreendedor de um coreano, mas de uma política bem desenvolvida e articulada entre governo e iniciativa privada”, comentou.
Gala destacou que o Brasil está atrasado inclusive no debate sobre o tema. “Essas são questões totalmente superadas em outros países. Se pegarmos os planos de governo do Trump e do Biden, no quesito política industrial são iguais”, explicou.
José Ricardo Roriz Coelho defendeu a importância do desenvolvimento da indústria por meio de uma política coordenada entre o governo e iniciativa privada para alavancar os demais setores da economia.
“A cada real produzido pela, são gerados R$ 2,32 para a economia brasileira como um todo. Para se ter uma ideia, a agricultura gera R$ 1,67 e, o setor de serviços, R$ 1,51 a cada real produzido, de acordo com cálculos da CNI”, comentou Roriz. Ele enfatizou que a política industrial é fundamental o Brasil voltar a ter relevância no comércio exterior.
Integração nas cadeias de valor abre oportunidade para pequenos negócios
Ajuste de contas, política industrial e cadeia produtiva são destaques do primeiro dia do ENAI
A competição hoje no mundo de negócios se dá não apenas entre indústrias, mas cada vez mais entre cadeias de produção de empresas de pequeno, médio e grande portes. Durante o painel “Redefinindo o Supply Chain”, o gerente da Unidade de Competitividade do Sebrae Nacional, César Rissete, afirmou que essa integração entre as cadeias de produção abre cada vez mais oportunidade para os pequenos negócios.
“As pequenas empresas precisam adquirir novas competências, como processos e tecnologias, para conseguir ingressar nas cadeias das médias e grandes empresas”, afirmou Rissete.
João Pedro Branco, partner na McKinsey & Company, ressaltou o ganho que as empresas de diferentes portes têm, ao precisar integrar suas cadeias de produção, em três pontos: a compreensão de seu modelo de abastecimento; a melhoria de seus processos de gestão e planejamento; e a eficácia e eficiência dos processos produtivos.
A seu ver, de um lado, as pequenas e médias empresas têm muito ensinar sobre agilidade e inovação. De outro, as grandes, sobre a importância do processo e do planejamento. “É impossível dissociar a grande empresa da pequena e média”, afirmou.
Sebastian Pereira, sócio-diretor da Sebanella Reciclagem de Gesso, explicou que o processo de produção de sua empresa vai desde o recolhimento de resíduos da construção civil, em 94 pontos, passando pelo armazenamento e industrialização do produto, até a distribuição.
“Fazemos tudo isso com base em indicadores, com uma interligação forte na empresa. Precisamos saber, por exemplo, da quantidade de gesso que o cliente precisa por dia, para mantermos nossa produção abastecida e interligar essas informações com os nossos 94 pontos de recolhimento”, disse Pereira.
Acompanhe os grandes temas em discussão no ENAI
Em dois dias de evento, o ENAI debaterá os grandes temas associados ao desenvolvimento da indústria brasileira e da economia nacional. Representantes de setores industriais, especialistas, pesquisadores e empresários vão debater temas como reformas estruturantes – tributária e administrativa – a necessidade de formulação de uma política industrial em sintonia com as tendências do século 21, a indústria 4.0 e os processos de transformação digital a sustentabilidade e as novas formas de trabalho. Confira!
| CNI | | | | Na abertura do Encontro Nacional da Indústria 2020, Robson Braga de Andrade defendeu uma política industrial com visão de futuro, investimentos em inovação e transição para economia de baixo carbono
Desenvolvimento do Brasil passa pelo fortalecimento da indústria nacional, diz presidente da CNI
A pandemia do novo coronavírus trouxe inúmeros desafios para cidadãos e empresas. Mas, para a indústria brasileira, o momento é de transformar esses desafios em oportunidades. Depois de mostrar resiliência e capacidade de adaptação à nova realidade imposta pela Covid-19, o setor se mobiliza para debater uma agenda para fortalecimento da estrutura produtiva do país e o avanço na agenda de mudanças necessárias para que o país avance na quarta revolução industrial e na economia de baixa emissão de gases do efeito estufa.
“A indústria é capaz de recuperar a economia de um país. É disso que precisamos neste momento. É preciso ter um projeto de desenvolvimento da indústria brasileira, reindustrializar o Brasil, criar condições para o Brasil ter uma indústria competitiva, eficiente e inovadora”, disse o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, na abertura do Encontro Nacional da Indústria (ENAI), que reunirá, em dois dias de painéis e palestras virtuais, associações e executivos da indústria, especialistas e autoridades para discutir o papel do setor no desenvolvimento do país.
Andrade lembrou que as adversidades trazidas pela pandemia exacerbaram os velhos obstáculos para se fazer negócios no Brasil, reforçando a necessidade de o país continuar avançando na agenda de reformas. A modernização do sistema tributário é passo indispensável para se remover o principal fator do chamado Custo Brasil, que reduz a capacidade das empresas brasileiras de competir em igualdade de condições com a concorrência mundial, seja no mercado interno ou no comércio internacional.
“Em paralelo às reformas estruturantes, devemos acelerar a nossa adaptação às grandes tendências do século 21. As mudanças climáticas e a quarta revolução industrial já estão presentes no nosso dia a dia e trazem novos desafios para o Brasil”, disse.
“Necessitamos de uma política industrial que olhe para o futuro, baseada no aumento da produtividade e na transformação das estruturas produtivas. Os investimentos públicos e privados em ciência, tecnologia e inovação são a chave para o país desenvolver modelos de produção e de negócios conectados com a indústria 4.0.”
Pandemia reforçou importância de fortalecer base produtiva
O presidente da CNI lembrou, ainda, que os impactos da Covid-19 sobre as cadeias produtivas globais, com efeitos sobre a disponibilidade de insumos farmacêuticos e respiradores, por exemplo, deixaram evidente a importância de os países fortalecerem suas estruturas produtivas.
Segundo Andrade, a indústria brasileira mostrou-se capaz de se adaptar a esses desafios, por meio de inovação e investimento em tecnologia, ao converter linhas de produção e conseguir suprir o mercado interno com álcool em gel e respiradores, por exemplo.
“Não podemos depender apenas de um fornecedor ou de um cliente. Não podemos produzir tudo, mas podemos produzir mais do que fazemos, com uma indústria forte e diversificada para assegurar o suprimento das cadeias de produção e gerar riquezas”, afirmou.
Desenvolvimento do Brasil passa pelo fortalecimento da indústria nacional, diz presidente da CNI
Para o gerente da Unidade de Competitividade do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Cesar Rissetti, o Brasil enfrenta o desafio de ampliar a produtividade e a competitividade das empresas, num processo que passa por inclusão digital, internacionalização e inclusão das empresas de pequeno porte nas cadeias de valor.
“Estamos juntos com o propósito de tornarmos as nossas empresas, mais eficientes e inovadoras. Com uma indústria mais competitiva, teremos um país capaz de inaugurar um ciclo de verdadeiro desenvolvimento para o país”, afirmou.
Acompanhe os grandes temas em discussão no ENAI
Em dois dias de evento, o ENAI debaterá os grandes temas associados ao desenvolvimento da indústria brasileira e da economia nacional. Representantes de setores industriais, especialistas, pesquisadores e empresários vão debater temas como reformas estruturantes – tributária e administrativa – a necessidade de formulação de uma política industrial em sintonia com as tendências do século 21, a indústria 4.0 e os processos de transformação digital a sustentabilidade e as novas formas de trabalho. Confira!
| CNI | | | | Retorno a níveis de 2008 preservaria 3,07 mi de empregos no Brasil
O retorno das exportações da indústria brasileira aos níveis de 2008 traria até R$ 376 bilhões por ano para a economia do país e preservaria 3,07 milhões de empregos. A estimativa foi feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e será apresentada hoje (18), no Encontro Nacional da Indústria 2020, evento que ocorre de maneira virtual neste ano.
O levantamento considerou os impactos diretos e indiretos, assim como o pagamento de tributos e o aumento da renda, de um eventual aumento nas exportações de manufaturados ao pico, observado no fim da primeira década do século. De 2005 a 2008, o Brasil exportou, em valores totais, 0,8% dos produtos industrializados em todo o planeta. De lá para cá, a participação caiu para 0,6%.
De acordo com a CNI, caso a participação tivesse sido mantida, as exportações industriais subiriam dos atuais US$ 82,2 bilhões por ano para US$ 105,3 bilhões anuais, alta de 28,1%. Segundo a entidade, cada US$ 1 bilhão exportado a mais por ano gera R$ 4,4 bilhões para a economia brasileira – em impactos diretos, indiretos, sobre impostos e sobre renda – e sustentaria 36.004 postos de trabalho.
Desafios
Para aumentar as exportações da indústria brasileira, a CNI considera necessário maior grau de inserção das empresas brasileiras no mercado internacional. Segundo o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, o Brasil precisa combinar a abertura comercial com a reforma tributária, que aumentaria a competitividade dos produtos brasileiros no exterior.
O fortalecimento das medidas de defesa comercial, com a aplicação de retaliações a países que subsidiam exportações, como a China, também é apontado pela entidade como medida necessária. Apenas em 2019, ressalta a CNI, o Brasil importou US$ 5 bilhões em produtos com subsídios condenados pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
A CNI também defende a desburocratização do comércio exterior, a redução de barreiras comerciais em terceiros mercados, investimentos em logística e infraestrutura para o comércio internacional e a concessão de financiamentos e de garantias às exportações como medidas complementares para impulsionar a conquista de mercados internacionais pelas indústrias brasileiras. Por causa da pandemia de covid-19, as exportações de manufaturados brasileiros caíram 20% de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2019.
| Agência Brasil | | | | Avaliação foi feita, nesta terça-feira (17/11), pelo futurista alemão Gerd Leonhard na abertura do 12º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), que pela primeira vez será totalmente online
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Tecnologia será essencial para enfrentar mudança climática, próximo desafio global
No mundo pós-Covid-19, a tecnologia será essencial para enfrentar o próximo grande desafio global, que será a mudança climática, avaliou o escritor e CEO da Futures Agency, Gerd Leonhard, na abertura do 12º Encontro Nacional da Indústria (ENAI). Para ele, o Brasil está no centro da transformação que ocorrerá nesse campo e pode ter uma década de sucesso se souber utilizar as tecnologias digitais para criar novos negócios e reduzir a desigualdade social.
“Após a Covid, a próxima onda será a mudança climática. O Brasil não pode perder a revolução da sustentabilidade global”, afirmou Leonhard, nesta terça-feira (17/11), no encontro promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com correalização do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O futurista avalia que a sustentabilidade será tanto uma necessidade quanto um negócio lucrativo, como já apontam transações feitas em Bolsas de Valores em torno de empresas ambientalmente responsáveis.
Confira como foi a abertura do ENAI
Segundo ele, antes da crise da Covid-19, a tecnologia era vista como uma ferramenta ligada à eficiência, mas agora a prioridade é a resiliência aos desafios. Os negócios bem sucedidos serão aqueles que utilizarem a tecnologia para criar novas respostas com solidariedade, criatividade e agilidade.
“O Brasil é o país da América Latina, junto com a Colômbia, com muita novidade, onde novas ideias estão sendo criadas. Mas precisa ter foco no uso da tecnologia, em criar sua própria tecnologia, usar o próximo ano para se armar para o salto no futuro”, afirmou.
O momento da pandemia, para ele, é de “bifurcação em uma estrada” e deve ser utilizado pela indústria para pensar o impensável. “Temos de chegar no futuro à frente de nossos clientes e dar as boas vindas quando eles chegarem. É um momento para aprender, se juntar, fazer planos e ficar pronto quando o futuro recomeçar novamente”, afirmou.
Na sua visão, as dez tecnologias que fazem a 4ª Revolução Industrial – como big data, internet das coisas e computação quântica – irão convergir nos produtos e serviços dos próximos dez anos. O emprego do futuro também será aquele com qualidades humanas.
“Tudo o que não puder ser digitalizado, automatizado, virtualizado se tornará mais valioso. Esse é o futuro para nossos filhos. No futuro de qualquer emprego o mais importante serão as qualidades e especialidades humanas: humanidade, ética, criatividade e imaginação”, prevê. “Não se preocupem tanto se os seus filhos têm QI alto, preocupem-se com inteligência emocional. Não tente ser o mais esperto, tente ser mais humano”.
O alemão Gerd Leonhard é considerado uma das 100 pessoas mais influentes da Europa. Sua obra trata da relação entre os avanços tecnológicos e as atividades humanas. Seu último título, Tecnologia versus Humanidade (tradução livre), explora as megatendências que, segundo ele, vão mudar radicalmente a sociedade, a economia, os valores e até a biologia.
Acompanhe os grandes temas em discussão no ENAI
Em dois dias de evento, o ENAI debaterá os grandes temas associados ao desenvolvimento da indústria brasileira e da economia nacional. Representantes de setores industriais, especialistas, pesquisadores e empresários vão debater temas como reformas estruturantes – tributária e administrativa – a necessidade de formulação de uma política industrial em sintonia com as tendências do século 21, a indústria 4.0 e os processos de transformação digital a sustentabilidade e as novas formas de trabalho. Confira!
| CNI | | | | Pesquisa foi apresentada em abertura de encontro nacional do setor
Em fase de recuperação da atividade após a fase mais aguda da pandemia de covid-19, a indústria espera faturar mais em 2021. O resultado consta de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentada hoje (17) na abertura do Encontro Nacional da Indústria, que está sendo realizado de forma virtual neste ano.
Segundo o levantamento, 62% das indústrias acreditam que o faturamento subirá no próximo ano. O resultado vem embalado pela recuperação do setor, com as indústrias tendo ao menos retomado os níveis de produção (70%) e de faturamento (69%) na comparação com os números de fevereiro, antes do início da pandemia do novo coronavírus.
Em relação ao nível de mão de obra, a pesquisa mostrou que 73% das indústrias têm o mesmo número de trabalhadores ativos ou estão com mais empregados na comparação com fevereiro. Apenas 27% estão com menos trabalhadores que antes da pandemia.
De acordo com a pesquisa da CNI, 30% das indústrias ainda estão faturando menos que no período pré-pandemia. Embora 87% das empresas tenham sido afetadas pela crise econômica decorrente do novo coronavírus, 45% declaram que a produção atual é maior que a de fevereiro e 49% estão faturando mais que no segundo mês do ano.
Estratégia
A pesquisa mostrou as estratégias adotadas pelas indústrias para enfrentarem a crise. Segundo o levantamento, 40% das empresas disseram ter buscado novos fornecedores no Brasil (para fazer frente às dificuldades temporárias na importação de insumos); 39% compraram máquinas e equipamentos; 30% adotaram novas técnicas de gestão da produção; e 20% investiram em novos modelos de negócio.
Com a recuperação da atividade industrial nos últimos meses, 52% das empresas registram, no mínimo, a mesma lucratividade de fevereiro – 28% com aumento e 24% com a manutenção das suas margens. Apesar da retomada, 47% ainda operam com menor margem de lucro que antes do início da pandemia. Segundo a CNI, uma causa provável para a queda nos lucros seria a alta nos gastos com insumos, afetados pela alta do dólar, e com energia.
Desafios
Na cerimônia de abertura do Encontro Nacional da Indústria, o presidente da CNI, Robson Andrade, listou os principais desafios do setor no cenário pós-pandemia. Para ele, o país deve buscar fortalecer a estrutura produtiva e retomar a agenda de reformas estruturais para avançar na quarta revolução industrial (com indústrias de alta tecnologia) e no desenvolvimento de uma economia de baixa emissão de gases de efeito estufa.
“Em paralelo às reformas estruturantes, devemos acelerar a nossa adaptação às grandes tendências do século 21. As mudanças climáticas e a quarta revolução industrial já estão presentes no nosso dia a dia e trazem novos desafios para o Brasil”, declarou Andrade. “Necessitamos de uma política industrial que olhe para o futuro, baseada no aumento da produtividade e na transformação das estruturas produtivas. Os investimentos públicos e privados em ciência, tecnologia e inovação são a chave para o país desenvolver modelos de produção e de negócios conectados com a indústria 4.0.”
| Agência Brasil | | | |
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